Revista Franquia & Negócios – Ed. 97

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ANO 16 | Nº 97 | R$ 30,00 | JUN/JUL 2021

AS MAIORES FRANQUIAS Veja as redes que entraram para o top 50 do setor em pleno ano de pandemia

É HORA DE UNIR FORÇAS Cresce o movimento de fusões e aquisições no franchising

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GRANDES EMPRESAS, PEQUENOS NEGÓCIOS Modelo de microfranquias conquista as redes tradicionais

QUANTO MAIS, MELHOR Multifranqueados apostam em unidades deficitárias para crescer

LAVOU, "TÁ" NOVO Busca por consumo consciente e crise econômica aquecem o mercado de recomércio. Pautado pela venda ou troca de itens usados, esse modelo de negócios deve atingir US$ 64 bilhões em faturamento até 2024


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Tendências e oportunidades em meio à pandemia

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Revista Franquia & Negócios ABF

FOTO: KEINY ANDRADE

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setor de franquias é naturalmente um sinalizador de tendências, que esses tempos pandêmicos tornaram ainda mais evidentes. Mas quais são as tendências quanto ao comportamento do consumidor? Para sabermos mais a respeito dessas tendências e as compreendermos melhor, Franquia & Negócios deste bimestre traz uma entrevista com a dunnhumby, líder global em ciência de dados do consumidor. Outra tendência que vamos analisar mais profundamente nesta edição é a do chamado recomércio. Em um conceito similar ao da logística reversa, o recomércio possibilita a reinvenção de produtos usados que voltam ao varejo em forma de novos produtos. Vamos conferir quem está operando esses negócios e como estão atuando. Algo que o franchising já havia apontado como uma tendência, tornou-se realidade e que se fortaleceu neste período é o compartilhamento de um mesmo espaço por diferentes marcas para reduzir custos. Este assunto também é detalhado nesta F&N. Procuro sempre enxergar o copo meio cheio do que o contrário, e mesmo em meio aos desafios que todos nós estamos enfrentando não é diferente. Há um rico aprendizado que podemos extrair dessa experiência e que, acredito, levaremos pelo resto de nossas vidas. Encontrar oportunidades pode estar entre as lições extraídas da Co-

vid-19. E é isso que um grupo de multifranqueados, que mostramos numa de nossas reportagens, está fazendo. Eles decidiram assumir operações deficitárias na pandemia e nos contam suas experiências e seus resultados até aqui. O franchising é também um setor forte por sua diversidade e abrangência. Um exemplo disso são os negócios e segmentos que estão bombando nesse período de pandemia, como as farmácias, empresas de Saúde, Beleza e Bem-Estar; os supermercados, do segmento de Alimentação, e construção civil, ligado à Casa e Construção. São redes de franquias que, beneficiadas por desenvolverem atividades consideradas essenciais e que, por exemplo no caso das marcas de Casa e Construção, viram um aumento da demanda em vir-

tude da permanência das famílias em suas residências. Enfim, há muito ainda para aprendermos e novas oportunidades podem ser encontradas a cada dia. E nada melhor do que ficarmos atentos às tendências e a essas oportunidades. Aproveite a leitura! Saúde e um forte abraço, André Friedheim, Presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF)



SUMÁRIO | EXPEDIENTE DIRETORIA ABF

30 | ENTREVISTA

34 | EXPANSÃO

46 | FUSÕES E AQUISIÇÕES

50 | MULTIFRANQUEADOS

Rogerio Aversa, diretor da dunnhumby – empresa que atua com ciência de dados do consumidor –, fala sobre as tendências em 2021 para compras on-line e lojas físicas

Descubra as estratégias das marcas de franquias que, em pleno ano de pandemia de Covid-19, entraram para o seleto grupo das 50 maiores redes em número de unidades

Os movimentos de fusões e aquisições de redes de franquia devem aumentar este ano, melhorando a escala e as negociações de pontos e com fornecedores na rede

54 | MICROFRANQUIAS

Veja quais redes de franquias tradicionais lançaram microfranquias para se adequar à grande demanda do mercado: investimento em operações abaixo de R$ 90 mil

42 | TENDÊNCIA

Busca por consumo consciente e crise econômica aquecem o mercado de recomércio, de venda de itens usados. Saiba tudo sobre esse modelo que deve atingir US$ 64 bilhões até 2024

Conheça exemplos de multifranqueados que, mesmo em ano atípico, enxergaram oportunidade em operações deficitárias e aumentaram o número de unidades

64 | NICHO

Acompanhe os planos de franquias de três segmentos que aumentaram as vendas no ano da maior crise sanitária da história: supermercados, farmácias e materiais de construção

70 OPEN BANKING

Banco Central inicia a primeira fase do Open Banking, sistema bancário aberto. Como ele vai funcionar na prática e qual será o impacto para as empresas?

E MAIS:

60 PONTO COMERCIAL

Marcas de franquias com sinergia passaram a dividir o mesmo espaço físico em busca de redução de custos. Veja exemplos e saiba o que fazer para essa parceria dar certos

12 | Na Mira do Franchising • 74 | Artigo 78 | Ponto de Vista

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Revista Franquia & Negócios ABF

Diretor-presidente: André Friedheim Diretor vice-presidente: Antonio Bento Moreira Leite Diretor Administrativo-financeiro: Jae Ho Lee Diretor Jurídico: Sidnei Amendoeira Junior Diretor Internacional: Natan Baril Diretora de Capacitação: Fabiana Estrela Diretor de Marketing e Comunicação: Rodrigo Nogueira de Abreu Diretor Institucional: Marcelo Maia Tavares de Araújo Diretor de Franqueados: Alberto Tadassi Oyama Diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos: Adriana Auriemo Miglorancia Diretor de Estratégia Digital: Carlos Alberto Zilli Presidente da Comissão de Ética: Bruno Eloel Arena Presidente da ABF Seccional Rio: Beto Filho Diretor ABF Regional Sul: André Belz Diretora Regional Centro-Oeste: Claudia Regina Vobeto Pinto Diretora Regional Minas Gerais: Danyelle Van Straten Diretor Regional Nordeste: Cândido Espinheira Diretor Regional Interior de São Paulo: Rogério Gabriel Conselho Fiscal: Bruno Lins Gorodicht, Sylvio Korytowski e Keuson Nilo da Silva Conselho ABF: Ricardo Figueiredo Bomeny, Maria Cristina C. da Motta Franco, Altino Cristofoletti Junior, Carlos Sadaki, Décio Pecin, Juarez Leão, Luiz Henrique Oliveira do Amaral, Fernando José Fernandes Junior EDITORA RESPONSÁVEL

Editora Lamonica Tels.: 55 (11) 3256-4696 / (11) 3251-3476 Publisher: José Lamônica lamonica@editoralamonica.com.br PRODUÇÃO Editora: Andréa Cordioli (MTb: 31.865) andrea@editoralamonica.com.br Repórter colaboradora: Renata Turbiani Diagramação: Marcelo Amaral marcelo@ditoralamonica.com.br Diagramador colaborador: Lucas Barone Faria COMERCIAL Thais Andrade: (11) 99115-3339 thais@editoralamonica.com.br Bruna Ribeiro: (11) 98568-2920 bruna@editoralamonica.com.br ADMINISTRATIVO Logística e Mercado: Mônica Cavalcante monica@editoralamonica.com.br Administração e Financeiro: Silvia Medeiros silvia@editoralamonica.com.br Parceria:

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Segundo levantamento recente da ABF/AGP, as Franquias de Saúde, Beleza e Bem-Estar enquadram-se entre as que mantiveram os melhores resultados nos primeiros meses de crise. O estudo confirma a tendência que aponta a saúde como prioridade para o consumidor no cenário pós-pandemia - boa notícia para prestadores de serviço do segmento na rede privada.

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#franquias #franquiasdesucesso #acontecenofranchising Por Andréa Cordioli - andrea@editoralamonica.com.br

As notícias mais quentes do mercado

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HOME ANGELS LANÇA MODELO DE NEGÓCIOS HOME OFFICE A Home Angels lançou o modelo de negócios home office focado nas pequenas e médias cidades do País: o Home Angels Express. Com investimento inicial a partir de R$ 41 mil e sem a necessidade de um ponto comercial, o novo formato é destinado apenas a cuidadores de idosos e foi pensado para atender as necessidades dos moradores do interior. A rede prevê inaugurar 50 unidades nesse novo formato até o fim deste ano. Atualmente, 15 investidores estão entre as fases de avaliação e treinamento. “O cliente poderá solicitar um cuidador por um período determinado, por exemplo, quatro, seis ou oito horas para que o profissional realize os serviços de banho, organização do quarto ou fazer o asseio do assistido; e

HOT’N TENDER APOSTA EM DARK KITCHEN A Hot’N Tender pretende abrir uma dark kitchen nos bairros de Humaitá e Copacabana, no Rio de Janeiro, sendo a primeira das sete inaugurações focadas em delivery planejadas para 2021. No último ano, com a contratação de soluções da Linx, a rede de franquias especializada em frango crocante aumentou em 1.500% as vendas no delivery e em 15% o ticket médio. Entre as soluções adotadas estão o Delivery App (e-commerce próprio), o Integrador Delivery (que centraliza e automatiza o recebimento de pedidos dos principais marketplaces do mercado no PDV) e o Linx Degust (software de ponto de venda e gestão para food service), além de QR Codes (para atrair clientes ao e-commerce próprio). No período, com a operação mais automatizada, foram inauguradas 12 franquias, totalizando 50 lojas da HNT operando com a tecnologia Linx. “Conseguimos melhorar o processo de tomada de decisão e retomar o nosso planejamento. Otimizamos o cardápio, focando nos produtos com mais margens e que vendem mais, e agora temos uma visão estratégica dos dados e da atuação da rede como um todo: de todas as franquias, em diferentes regiões e em tempo real”, disse o CEO da HNT, Daniel Lazary. hotntender.com.br

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não necessariamente um contrato de 24 horas como é o que entregamos no modelo atual chamado Home Angels Premium”, disse o sócio-diretor, Artur Hipólito. homeangels.com.br

ENERGY BRASIL QUER ALCANÇAR 600 FRANQUIAS EM 2021 A Energy Brasil quer alcançar a marca de 600 franquias este ano. Hoje com 400 unidades, a rede de energia solar vai lançar em junho novo modelo de negócio: o contêiner, o que deve facilitar a instalação da marca em grandes centros. “Trata-se de um mercado extremamente promissor. Em 2020, em nosso terceiro ano de franchising, e em plena pandemia, inauguramos mais de 200 franquias”, afirmou o sócio-diretor da Energy Brasil, Marcelo Macri. Atualmente, além do novo modelo contêiner, a Energy Brasil oferece outros três modelos de franquia: Home, no qual o franqueado tem seu próprio negócio dentro de casa; Store, no qual o investidor tem uma estrutura física padronizada e a identidade visual da marca em uma loja exclusiva da Energy Brasil; e o modelo Store in Store, no qual o lojista adapta seu comércio para comercializar os produtos e a mão de obra Energy Brasil. O investimento em uma franquia da rede parte de R$ 30 mil e o prazo de retorno é previsto entre 6 e 12 meses. energyfranchising.com.br/franquia/


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NA MIRA DO FRANCHISING

ESPETTO CARIOCA TEM NOVA IDENTIDADE VISUAL

POPEYES, CONTROLADA PELA BK BRASIL, INVESTE NO RIO DE JANEIRO A rede de restaurantes de frango frito Popeyes – controlada pela BK Brasil, também responsável por operar os restaurantes Burger King no País – abriu a sua segunda unidade no Rio de Janeiro, no Shopping Nova América. A primeira unidade da marca no mercado fluminense está localizada no Shopping Nova Iguaçu, sendo que a intenção da Popeyes é chegar até o final do ano com mais quatro lojas no Rio de Janeiro, informa o VicePresidente de Desenvolvimento do Burger King e Popeyes no Brasil, Gustavo Fehlberg. O carrochefe da rede, que conta com outras 44 unidades na capital, interior e litoral de São Paulo, é o The Sandwich, que combina frango crocante com maionese premium, picles e pão brioche tostado na manteiga. Em todo o mundo, Popeyes tem mais de três mil restaurantes. popeyesbrasil.com.br

Com o intuito de democratizar o ambiente, o Espetto Carioca investiu R$ 110 mil em nova identidade visual. O projeto, assinado por Stúdio Zéh Arquitetura, tem por objetivo reforçar o tom de boêmia ao ambiente através do revestimento colorido que remete a um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro: a escadaria Selarón, localizada entre os bairros de Santa Teresa e Lapa. “Entendemos que é importante para a marca, a cada cinco anos, mais ou menos, trazer novidades, seja em pequenos detalhes, como fonte ou logotipo, até uma reformulação total da identidade visual. Assim, o cliente não ‘enjoa’ do que está consumindo e a marca se rejuvenesce”, disse o diretor Comercial do Espetto Carioca, Bruno Gorodicht. Além de presença no Rio de Janeiro, o Espetto Carioca tem mais de 30 unidades nos estados da Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e São Paulo. espettocarioca.com.br

CAFÉ CULTURA PLANEJA TER 260 LOJAS ATÉ 2026 O Café Cultura planeja alcançar 260 lojas em todo o País até 2026. Hoje com mais de 20 unidades nos três estados da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), a rede catarinense de cafés especiais calcula chegar ao final deste ano com 46 pontos, chegando à região Sudeste a partir do Rio de Janeiro. Ainda na região Sul, a empresa também entra este ano em importantes mercados, como o de Curitiba (PR). Nesta cidade, as unidades estão localizadas no ParkShoppingBarigüi, no Bairro Batel e na tradicional Rua Coronel Dulcídio. “O mercado de cafés especiais é muito desenvolvido na capital paranaense, com um público consumidor exigente e que valoriza as boas experiências”, disse a fundadora e CEO do Café

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Cultura, Luciana Melo. Para crescer nesse período de pandemia, o Café Cultura tem apostado no delivery, no gerenciamento de custos e em novas formas de vendas. “Somos a única rede de cafeterias com o conceito Farm to Cup, que garante a qualidade em todos os processos, da fazenda à xícara”, disse um dos sócios, Carlos Zilli. cafeculturabrasil.com


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MONITORIAS REFORÇO ESCOLAR ESTREIA NO FRANCHISING Criada em 2015 pelos empreendedores Rafael Rocha, Carolinne Coutinho e Danielle Ratte, a Monitorias Reforço Escolar iniciou operação no franchising com um modelo de franquia 100% on-line e modulável. Ao adquirir a franquia, o franqueado deve comprar mensalmente uma cota mínima de 20 aulas no valor de R$ 600,00. Segundo a empresa, estas aulas não expiram e o franqueado pode vendê-las como preferir. Ou seja, ele pode precificar as aulas conforme cada negociação, tendo a liberdade para trabalhar de acordo com as condições de negociação, localização da sua unidade, descontos para alunos mais carentes, entre outros. A tabela de preço da Monitorias possibilita ao franqueado vender as aulas de R$ 38,00 até R$ 72,00 por aula (cada aula dura 45 minutos). O investimento na microfraquia com operação home based parte de R$ 5.990. Hoje a rede tem

20 unidades, sendo uma própria na Grande São Paulo e 19 franqueadas no Distrito Federal e nos estados de Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. A Monitorias Reforço Escolar espera terminar 2021 com 100 franqueados e atingir faturamento de R$ 1,2 milhão. www.monitorias.com.br

ESTUDO DA IPSOS APONTA O BOTICÁRIO COMO UMA DAS DEZ MARCAS MAIS INFLUENTES ENTRE OS BRASILEIROS O Boticário acaba de ser apontada como uma das dez marcas mais influentes entre os brasileiros no ranking “The Most Influential Brands” de 2020, idealizado pela empresa de pesquisa de mercado Ipsos. Ocupando o oitavo lugar, a marca é a única empresa brasileira na lista. Além do Boticário, o ranking é formado por empresas como Google, na liderança, Youtube (2º lugar), Samsung (3º lugar), Microsoft (4º lugar), Facebook (5º lugar), Colgate (6º lugar), Nestlé (7º lugar), Mercado Livre (9º lugar) e MasterCard (10º lugar). Os resultados reforçam o alto poder de influência das marcas de tecnologia para os brasileiros. A pesquisa é realizada anualmente e tem como objetivo avaliar as marcas e sua influência no cotidiano e no comportamento dos consumidores. O levantamento considera seis dimensões para avaliar a influência das marcas: Inovação, Confiança, Presença, Responsabilidade Social, Engajamento e a dimensão estreante Covid-19, que avalia o desempenho das empresas durante a pandemia. oboticario.com.br

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ORAL UNIC CHEGA À CAPITAL PAULISTA A Oral Unic inaugurou sua primeira unidade na cidade de São Paulo, no bairro de Santana, na Zona Norte. A unidade tem mil metros quadrados, centro cirúrgico e é a quarta unidade do franqueado Antonio Verrastro, que também atua com a marca em Limeira, Americana e Araras, no interior do Estado de São Paulo. Ainda este ano, a Oral Unic prevê abrir mais duas unidades na capital paulista, região em que considera haver espaço para abrigar 23 de suas clínicas. A cidade do Rio de Janeiro também está no radar e, segundo mapeamento feito pela franqueadora, a região tem espaço para 16 de suas unidades. Fundada em Santa Catarina por Nadim Farid, a Oral Unic vendeu 100 franquias em 2020, sendo 75 para franqueados da própria rede. No período, o faturamento cresceu 80%, para R$ 370 milhões. Para 2021, a meta da rede de clínicas odontológicas é alcançar 185 unidades em operação e faturar R$ 700 milhões. oralunic.com.br


300 mil reais faturamento médio mensal. 60% dos franqueados possuem mais de uma unidade. Captação de clientes – Clínica cheia. Única franquia do setor com agência de marketing digital especialista. Mentoria individualizada com foco em alta performance. Especializada em ortodontia, estética e implantes. Única REDE com marca própria de alinhadores estéticos. +150 unidades vendidas. 25 clínicas inauguradas em 2021.

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NA MIRA DO FRANCHISING CAMPINAS CELULARES LANÇA FORMATO CONTÊINER A Campinas Celulares lançou novo modelo de negócio: o contêiner. Segundo a rede de assistência técnica, o novo formato surgiu da demanda de um franqueado que estava com dificuldade para achar um ponto em um shopping em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. A solução foi instalar a loja na área externa, no pátio do estacionamento do shopping, inaugurando, assim, a primeira unidade da rede em formato contêiner. O plano agora é finalizar este ano com 36 unidades neste modelo, principalmente em cidades do interior e regiões metropolitanas. Fundada no interior de São Paulo em 2009, a Campinas Celulares mais do que dobrou o faturamento no ano passado em relação a 2019 – de R$ 2 milhões para R$ 4,5 milhões – e elevou o número de lojas no período de oito para 15. Durante a pandemia, o serviço prestado pela empresa foi considerado como essencial, o que ajudou na expansão. campinascelulares.com.br

PICCADILLY CHEGA AO FRANCHISING COM PLANO DE ABRIR 150 UNIDADES A Piccadilly aderiu ao franchising com a expectativa de se aproximar do consumidor, oferecer um maior mix de produtos em um único lugar e ganhar visibilidade em todo o País. O plano da calçadista feminina é abrir 25 unidades este ano – sendo duas no Equador – e 150 em cinco anos. “Para concretizar essa meta, já estamos com negociações avançadas em diversas frentes, principalmente em regiões como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, que são mercados com maior potencial”, disse o Head de Franquias, Marcos Finokiet. O plano de expansão da Piccadilly tem foco em shopping centers, mas também trabalha com modelos para lojas de rua e galerias comerciais. Presente em mais de 100 países, totalizando 13 mil pontos de venda no Brasil e 7 mil pontos de vendas no exterior, a Piccadilly produz 20 mil pares de calçados por dia e cinco milhões por ano. piccadilly.com.br

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DISENSA COMEMORA TRÊS ANOS NO BRASIL COM 196 LOJAS A Disensa, rede de franquias da LafargeHolcim, comemorou seu terceiro aniversário no Brasil com a marca de 196 lojas. Até o final do ano, a empresa estima alcançar 400 unidades. A rede também comemorou aumento do ticket médio de 56% e das vendas brutas de 35% no período de fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021, justamente o primeiro ano da pandemia de coronavírus. Para alcançar esses resultados, a Disensa apostou em vendas por WhatsApp, treinamentos e consultoria em marketing, além de ter implantado o Cartão Disensa, com o objetivo de dar maior poder de compra ao consumidor e financiamentos mais longos aos lojistas. Em 2020, o faturamento da empresa cresceu 32% sobre 2019, alcançando R$ 219 milhões. disensa.com.br



NA MIRA DO FRANCHISING

PLIÉ LINGERIE OPTA PELO MODELO DE FRANCHISING PARA EXPANDIR A Plié Lingerie optou pelo franchising para acelerar a sua expansão. O objetivo da marca de lingerie e shapewear é abrir 40 franquias este ano e crescer 60% até o ano que vem. O investimento em uma franquia da rede varia entre R$ 450 mil a R$ 550 mil, com lucratividade de 12% a 15% e previsão de retorno de 18 a 24 meses. Além da expansão via franchising, a rede pretende dobrar o número de lojas próprias, de nove para 18, aumentar a presença em lojas multimarcas – hoje são seis mil pontos – e ampliar o mix de produtos com novos lançamentos, como a linha Fitness. Até o final deste ano, a empresa prevê produzir 2,5 milhões de peças para dar suporte à expansão. No ano passado, apesar da pandemia de coronavírus, a rede cresceu 25%, desempenho puxado pelo e-commerce, que aumentou 185% no período. plie.com.br

NÃO+PELO APOSTA EM UNIDADE PREMIUM, COM NOVOS LAYOUT E TECNOLOGIA A Não+Pelo lançou, em maio, a sua primeira unidade premium, localizada na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Em junho, está prevista mais uma inauguração em Bacabal, no Maranhão. Segundo a multinacional, o layout da unidade premium – com investimento a partir de R$ 375 mil – apresenta um design mais moderno, sonorização, aromaterapia e cromoterapia, além de contar com uma nova tecnologia de mix de lasers – um deles, inclusive, exclusivo para peles bronzeadas. Até o final deste ano, a Não+Pelo prevê implantar mais unidades premium nas cidades de Sorriso e Lucas do Rio Verde (Mato Grosso), Dourados (Mato Grosso do Sul), Recife (Pernambuco), Campo Mourão e Maringá (Paraná) e Nova Petrópolis e Canela (Rio Grande do Sul). Outra novidade na empresa é a implantação, também até dezembro, de uma linha de cosméticos para homens e mulheres. naomaispelo.com.br

AGGRO MIRA EXPANSÃO PELO CENTRO-OESTE E SUDESTE A Aggro Nutrição Inteligente no Campo traçou um plano de expansão para as regiões Centro-Oeste e Sudeste: a meta é abrir 30 franquias nessas regiões ainda este ano. Entre os alvos de expansão da a rede de agronegócios focada em suplementação animal estão cidades dos seguintes estados: Goiás (Goiânia, Jataí, Lucas do Rio Verde e Rio Verde), Tocantins (Palmas), Mato Grosso (Campo Grande), Minas Gerais (Betim, Divinópolis, Ipatinga, Itabira, Montes Claros, Patos de Minas, Pouso Alegre e Ubá) e São Paulo (Bragança Paulista, Birigui, Catanduva, Itapetininga, Jacareí, Leme, Piracicaba e Salto). Em menos de um ano no mercado de franchising, a Aggro alcançou a marca de 50 unidades vendidas, estando presente em 18 estados. A expectativa de faturamento para este ano é de R$ 4 milhões. A Aggro atua no modelo de microfrannquia (investimento a partir de R$ 25 mil) e Flex, na qual o franqueado pode atuar em três frentes: Home, Sala Comercial ou Ponto Comercial. www.aggro.com.br

MARY HELP COMEÇA A OPERAR EM CIDADES DE 30 MIL A 70 MIL HABITANTES A Mary Help começou a operar com o modelo de home based em municípios menores, com 30 mil a 70 mil habitantes. Com lucro líquido médio mensal estimado em R$ 6 mil, o investimento total nessa modalidade é de R$ 32 mil. “O valor inicial de investimento é mais baixo em cidades menores, pois há menos custos na montagem do escritório. O franqueado também pode optar por trabalhar sempre em home based ou pode, futuramente, abrir uma unidade física”, disse o fundador e diretor da Mary Help, José Roberto Campanelli. A primeira unidade franqueada home based já foi inaugurada em Jaguariúna, São Paulo. No total, a Mary Help tem 124 unidades. maryhelp.com.br/home

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um franqueado www.franquiacastor.com.br *Os valores podem variar conforme cidade, estado e gestão.


NA MIRA DO FRANCHISING KID RECANTO BUFFET ANUNCIA EXPANSÃO POR MEIO DE FRANQUIAS O Kid Recanto Buffet entrou para o franchising com quatro modelos de negócios, além da opção de conversão de marca. O investimento é de R$ 290 mil no modelo mini – voltado para cidades do interior e festas com até 80 pessoas – ou a partir de R$ 580 mil nos modelos Padrão, Vila e Prime. Nos valores das franquias estão inclusos o projeto arquitetônico e taxa de franquia. A rentabilidade estimada é de 20% a 30% e o prazo de retorno é calculado entre 18 e 24 meses. Atualmente, a rede tem seis unidades em São Paulo, nos bairros dos Jardins, Santana, Tucuruvi, Vila Guilherme, Água Branca e Vila Romana, e projeta alcançar dez franquias até o final deste ano. A princípio, a marca prioriza a expansão para cidades num raio de 150 km da capital. “Dar um passo de cada vez e, em um futuro próximo, atingir todo o território brasileiro”, disse o gerente de Expansão da rede, Leonardo Oliveira Pavan. kidrecantobuffet.com.br/franquias/

APLICATIVO CEOFOOD LANÇA UNIVERSIDADE DELIVERY Com o objetivo de capacitar pequenos e médios empreendedores, o aplicativo Ceofood lançou a Universidade Ceofood Delivery, com o objetivo de oferecer um curso de capacitação e mentoria para lojistas, profissionais autônomos e demais interessados migrarem para o ambiente digital. Os módulos contemplam desde o cadastro nas plataformas de delivery até a atualização do cardápio/portfólio, o acompanhamento de pedidos e a divulgação nas redes sociais. A matrícula custa R$ 897,00 e pode ser parcelada em seis vezes. “Mesmo que a pessoa esteja em uma área em que nosso aplicativo ainda não atue, ela poderá se cadastrar e vender diretamente pela nossa plataforma. Essa é uma forma de ampliar a nossa área de atuação em todo o País e auxiliar milhares de lojistas que têm de fechar as portas durante essa pandemia”, disse o fundador do grupo Ceofood e Ceopag, Kawel Lotti. universidade.ceofood.com.br

ENJOY DOBRA DE TAMANHO NO PRIMEIRO ANO DE PANDEMIA A Enjoy, rede de escolas de ensino de inglês profissionalizante com foco em jovens entre 11 e 18 anos das classes média e média-baixa, dobrou de tamanho entre março de 2020 e março de 2021, elevando o número de franquias no período de 65 para 127, entre unidades em funcionamento e a serem inauguradas. Segundo o cofundador da Enjoy, Denis Sá, a Enjoy representa uma perspectiva de inclusão social e inserção profissional, uma vez que agrega em seu projeto educacional o ensino de inglês associado ao aprendizado sobre tecnologia e a cursos profissionalizantes nas áreas de Marketing Digital, Programação, Design Gráfico e Administração. Segundo ele, 87% dos franqueados contam com mais de uma unidade e 33% deles tem mais de três escolas. Com

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Denis Sá, cofundador da Enjoy aproximadamente 20 mil alunos em 24 estados do País, a Enjoy planeja alcançar 200 unidades até o final deste ano. cursoenjoy.com.br


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NA MIRA DO FRANCHISING

ALEXANDRE SITA LANÇA LIVRO “FRANQUEADO FELIZ VENDE BEM” O CEO da Proselling, Alexandre Sita, lançou no dia 15 de abril o livro “Franqueado feliz vende bem”, com dicas práticas para os franqueados alcançarem as suas metas e obterem sucesso nos negócios. Administrador de empresas e especialista em vendas consultivas, Sita também compartilha na obra o seu Método de Aceleração Comercial Proselling (MACPRO), que busca trazer retorno mais rápido aos investimentos. Nos cases apresentados no livro, com depoimentos de clientes como Divino Fogão, Kumon, RE/Max, entre outros, o autor relata os dilemas, os desafios e o prazer em constatar que as soluções teóricas colocadas em prática refletem o que é ser feliz em vendas. “Vender é uma arte; uma combinação de processos que, somados com atitude, disciplina e fé, ao final dá certo”, afirmou Sita. Publicada pela Editora Literare Books International, a obra foi lançada em dois formatos: impresso e e-book e está à venda nas principais livrarias físicas e on-line do País a partir de R$ 39,90. bit.ly/franqueadofeliz

REDE CONSULTING NOW CHEGA A 60 CONSULTORES EMPRESARIAIS A rede de franquias Consulting Now alcançou 60 consultores empresariais com a inauguração, este ano, de cinco novas franquias em quase todas as regiões do País. As novas unidades estão localizadas em Itaquaquecetuba (SP), Campo Grande (MS), Recife (PE), Itajaí (SC) e Florianópolis (SC). “O cenário atual e a necessidade de as empresas de atingirem objetivos econômicos, financeiros e organizacionais, evoluindo mesmo em tempos de crise, é o que tem despertado o interesse de novos franqueados, que vislumbram a rede como uma oportunidade de gerar resultados e confiabilidade para os futuros clientes, e um negócio promissor para investir”, disse o fundador e CEO da Consulting Now, Vicente Gomes. Empresa do Grupo InterMaster, a Consulting Now tem 26 anos de experiência em alavancagem de resultados e reorganização de empresas de pequeno e médio portes. O investimento inicial em uma unidade da rede é de R$ 49 mil. consultingnow.com.br

EVOLUTE ONLINE REFORMULA NEGÓCIO PARA SOBREVIVER À PANDEMIA Após ver o caixa esvaziado, demitir 40 funcionários e perder praticamente a metade dos franqueados durante a pandemia de coronavírus – de 102 unidades em funcionamento passou para 55 –, a rede de cursos Evolute Online reformulou o negócio e hoje comemora os resultados. Entre os mais de 70 cursos presenciais que oferecia, a empresa decidiu focar em apenas uma modalidade de ensino, o inglês, e transformar as suas franquias em escritórios para a venda de kits de livros para escolas de cursos via licenciamento. Essa plataforma on-line produzida com material didático próprio, que hoje já conta com dez mil usuários, dá direito a 192 horas de curso de inglês on-line por 24 meses a um custo de R$ 1,2 mil. Essa remodelação permitiu à rede abrir cinco escritórios com o novo formato e ter a previsão de inaugurar mais 10 unidades próprias e 40 franquias até o final deste ano e chegar a 300 unidades em cinco anos. “Um modelo mais enxuto, com foco em apenas uma modalidade, proporciona ao

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Vinicius Almeida, diretor de Expansão, e Alexandre Loudrade, diretor de Operações da Evolute Online

empreendedor uma lucratividade cerca de 53% maior do que antes”, disse o diretor de Expansão da Evolute Online, Vinicius Almeida. evoluteonline.com.br


ONDE VOCÊ ENXERGA SEUS LUCROS DAQUI PRA FRENTE? MARGEM DE LUCRO MÉDIO DE 14%* RETORNO MÉDIO EM 30 MESES* MAIS DE 1.400 LOJAS CA RO

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*As informações sobre a margem de lucro e tempo de retorno mencionadas no anúncio são meras estimativas obtidas por meio dos dados e dos resultados médios fornecidos por todas as unidades franqueadas do sistema atualmente existentes. O lucro e tempo de retorno efetivos de novas unidades do sistema estão sujeitos aos riscos inerentes às atividades comerciais em geral e dependem de uma série de fatores para se confirmarem, como, por exemplo, mas não limitado: à localização e “maturação” do ponto comercial, aos custos com instalação da unidade franqueada (obras, mobiliário, estoque, equipamentos etc.), aos custos de ocupação, aos custos com folha de pagamento e demais despesas, à dedicação e gestão do próprio franqueado, ao cenário econômico, entre tantos outros. Assim, os dados e valores aqui expostos não podem ser interpretados, sob hipótese alguma, como promessa ou garantia do prazo de retorno de investimento, de lucro ou de faturamento. **De acordo com o ranking oficial divulgado pela ABF em 2021, a Óticas Carol é a 8ª maior rede de franquias do Brasil (https://www.abf.com.br/estudo-abf-das-50-maiores-franquias-do-brasil/).

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NA MIRA DO FRANCHISING

INSTITUTO GOURMET LANÇA A CAMPANHA “SUA COZINHA IG” Para incentivar o engajamento nas aulas on-line e o negócio de seus alunos, o Instituto Gourmet lançou a campanha “Sua Cozinha IG”, na qual vai sortear uma cozinha completa entre os alunos que obtiverem 100% de presença nas aulas virtuais. “Lançaremos duas aulas por semana, com chats abertos e em tempo real para que eles possam fazer comentários e tirar dúvidas”, disse o sócio-diretor da rede, Glaucio Athayde. Nas aulas on-line, os alunos recebem ebook com receitas, estimativa de custos e dicas para comercialização. Com o aumento do delivery na pandemia, o Instituto Gourmet adicionou ao curso tópicos que reforçam a importância dessa modalidade e a praticidade que ela traz no âmbito gastronômico. “Enviamos para todos os franqueados para que eles reforcem e divulguem para os alunos, manuais explicativos sobre como abrir MEI e como se cadastrar em diversas plataformas delivery”, disse Athayde. institutogourmet.com

BURGER KING CRIA SITE COM ‘MATCH’ ENTRE CLIENTES E CUPONS O Burger King lançou recentemente um novo site em linha com o processo de rebranding da rede, que visa mostrar a rede de fast food como a “mais conectada com seus consumidores”. Uma das novidades é o CupoMatch, que dá ‘match’ entre clientes e cupons de acordo com o perfil das pessoas e necessidades do momento. Outra novidade é que, além dos filtros por preços e ingredientes, o Burger King insere um botão específico para o tamanho da fome do público, ou seja, se o cliente estiver com muita fome, os maiores combos e sanduíches do cardápio são apresentados. A acessibilidade também faz parte da nova plataforma, permitindo uma comunicação especial voltada para deficientes visuais e para pessoas com necessidades específicas em relação à atenção. O novo site também apresenta uma evolução da responsividade para mobile chamada de PWA, que transforma a navegação do site em um uma experiência próxima de aplicativos de mobile. burgerking.com.br

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LOVE GIFTS CRESCE 300% DURANTE A PANDEMIA A Love Gifts, rede de franquias de presentes criativos nordestina, cresceu 300% durante a pandemia de coronavírus com algumas ações, como o aumento da fabricação própria e a criação do modelo home based, na qual o franqueado atua exclusivamente com delivery local dos produtos próprios da rede. “Nós possuíamos um faturamento de cerca de R$ 40 mil em produtos próprios e conseguimos atingir a marca de R$ 150 mil, dependendo do mês”, afirmou o fundador da Love Gifts, Fábio Farias. Hoje a marca tem mais de 540 produtos próprios, sendo que, em 2019, esse número era de 170. Fundada em Campina Grande, na Paraíba, a Love Gifts obteve um faturamento de cerca de R$ 6 milhões em 2020. Hoje, a rede tem 29 unidades em funcionamento e a meta é inaugurar mais 21 franquias este ano. A Love Gifts tem três modelos de negócios: Home Based, Loja Slim e Loja Smart com investimentos de R$ 29,9 mil, R$ 98 mil e R$ 122 mil, respectivamente lovegiftspresentes.com.br

BOALI FECHA PARCEIRA COM O COMITÊ OLÍMPICO DO BRASIL A Boali fechou parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) para o fornecimento de alimentação para a delegação brasileira com o slogan “Boali, a BOA ALimentação Oficial do Time Brasil”. O contrato abrange a participação nos jogos de Tóquio, que ocorrerão em julho de 2021, e os de Paris, em 2024. Essa parceria marcou o primeiro passo da campanha Time Boali, formada por uma equipe de atletas de várias modalidades que estarão na disputa pelas medalhas nos Jogos Olímpicos e que serão o rosto da Boali nas ações realizadas. Entre os nomes já confirmados estão Paulo André do atletismo, Duda Lisboa do vôlei de praia, Duda Amorim e Bombom do handebol, Grummy do polo aquático e Ana Marcela, da maratona aquática. Além dos esportistas, o time também é formado pelos funcionários, franqueados, clientes e parceiros que acreditam nos valores da rede. boali.com.br



NA MIRA DO FRANCHISING TWICE VIRA FRANQUIA E QUER ALCANÇAR MAIS DE 100 MIL ALUNOS EM 2021 O sistema de ensino bilíngue TWICE, pertencente à Rhyzos Educação, acaba de virar rede de franquias. A meta de expansão do TWICE foca nas principais regiões do País, com o objetivo de alcançar mais de 100 mil alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental ainda este ano. Atualmente, esse sistema está presente em cerca de vinte escolas em seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraná e Acre. “Pequena, média ou grande, não importando o local em que esteja instalada, com o TWICE qualquer escola pode oferecer um projeto pedagógico em inglês”, disse a fundadora da Rhyzos Educação, Maria Cláudia Amaro. A taxa de franquia do modelo home based parte de R$ 20 mil e o faturamento médio mensal está projetado em R$ 35 mil. “Nossos livros e materiais de apoio caminham lado a lado com o Currículo Nacional. Na prática, o TWICE complementa o projeto pedagógico na língua materna, potencializando o ensino como um todo”, finalizou. www.twicebilingual.com.br

FINI DOBRA O TAMANHO DA SUA ÁREA LOGÍSTICA No ano em que comemora 50 anos de existência na Espanha e 20 anos de atuação no Brasil, a Fini expandiu a sua área logística de 15 mil m² para 30 mil m². Com o dobro de espaço, a expectativa da empresa é atender o aumento da demanda nos mais de 200 mil pontos de venda dos produtos da marca. Segundo a empresa, 45 pessoas já foram contratadas para a área logística e, caso a demanda continue em ritmo crescente, novas contratações estão previstas para o segundo semestre. A marca também investiu em um novo sistema de gestão de armazém, o que permitirá maior controle, acuracidade e aumento da produtividade. As modificações também beneficiam os lançamentos, como o realizado recentemente de renovação das embalagens dos produtos, com personagens mais contemporâneos e melhor visualização de informações. A marca encerrou o primeiro trimestre com 91 unidades e a expectativa de chegar à 100 até o fim do ano. finistore.com.br

SOLARPRIME ANUNCIA NOVO CEO A Solarprime tem novo CEO: Marcelo Nogueira. O executivo vai liderar uma série de transformações e investimentos que a empresa avalia para ampliar a sua atuação no mercado de energia solar. Atualmente, a rede conta com mais de 360 unidades em todas as regiões do País e tem como meta chegar a 500 unidades até o final deste ano. Marcelo Nogueira é engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pós-graduado em negócios em universidades como Dom Cabral, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Oxford University. Nas três últimas décadas, Nogueira atuou em empresas como ABB (Asea Brown Boveri), Oi S.A, Itaú/Unibanco, Via Varejo e Cogna. Fundada em 2014 em Passos, Minas Gerais, a Solarprime oferece solução completa em energia solar com foco nas classes A e B. solarprime.com.br

CARLOS WIZARD E RICARDO BELLINO CRIAM FUNDO PARA INVESTIR EM STARTUPS Os empresários Carlos Wizard e Ricardo Bellino, em parceria com a Bossa Nova Investimentos, criaram um fundo para investir com startups e negócios em expansão. Com R$ 50 milhões em capital intelectual e financeiro para investimentos, o Mentor S/A reúne também empresários e empreendedores como Chaim Zaher, Antonio Carbonari Neto, Janguie Diniz, Caito Maia, João Kepler, Pablo Marçal, Edu Lyra, João Mendes, Rachel Maia, Nathalia Arcuri e Carol Paifer. “Percebemos que podemos contribuir não apenas com nosso capital intelectual, mas também com recursos para acelerar o crescimento de negócios promissores”, disse Carlos Wizard. No primeiro momento, o Mentor S.A selecionará 20 projetos, sendo dez empresas já em operação com potencial de crescimento e dez startups em estágio inicial. Segundo Wizard, os aportes serão definidos caso a caso, assim como a participação do Mentor S/A no capital dos projetos apoiados. “Queremos auxiliar o empreendedor a multiplicar 10 vezes o valor de seu negócio. Faremos isso no espaço de tempo mais breve possível”, concluiu. www.mentorsa.com.br

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E N T R E V I S TA

#comportamento #consumo #pesquisa

Os clientes querem... preço PESQUISA REALIZADA PELA DUNNHUMBY APONTA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR PROVOCADAS PELA PANDEMIA: OITO EM DEZ BRASILEIROS PRIORIZAM O VALOR NA SUA DECISÃO DE COMPRA

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ual o fator determinante para a realização de uma compra? Atualmente, no Brasil, é o preço. Essa é a conclusão do estudo Consumer Pulse, Onda 6, promovido pela dunnhumby, empresa que atua com ciência de dados do consumidor. Os resultados do levantamento, que está em sua sexta edição – a primeira foi realizada entre 29 de março e 1º de abril do ano passado e a última entre 18 e 14 de fevereiro deste ano –, mostram que 80% dos brasileiros têm priorizado o valor, enquanto apenas 21% colocam a qualidade em primeiro lugar.


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A partir disso, grande parte acabou desenvolvendo novos hábitos. A pesquisa indica que, de cada dez pessoas, nove estão utilizando no mínimo uma das seguintes estratégias antes de entregar seu dinheiro: pesquisar on-line as melhores promoções (58%), comprar onde os preços regulares são baixos (57%), comparar preços em diferentes lojas antes de decidir (47%), comprar marcas com o menor preço (43%), só comprar algumas marcas quando estão em promoção (41%), comprar pacotes maiores quando disponíveis (38%), procurar por cupons on-line (31%), estocar produtos que estão em promoção (23%) e usar muitos cupons de desconto (17%). Para saber um pouco mais sobre o estudo, os novos comportamentos do consumidor e o impacto disso nas empresas, a revista Franquia & Negócios, conversou com o diretor de Preços e Promoções da dunnhumby, Rogerio Aversa. Confira a seguir os principais trechos da entrevista. A dunnhumby divulgou recentemente a sexta edição do Covid-19 Pulse Study. Quais resultados você destaca em relação ao Brasil? Destaco três: gasto com alimentação, preço dos produtos e perda de renda. O consumidor brasileiro é de longe o que mais sentiu em todo o mundo o aumento nos gastos com alimentação, com 67% dos entrevistados afirmando isso. Sobre a alta generalizada dos preços dos produtos, mais uma vez o Brasil (76%) se apresenta no topo da lista dos 22 países pesquisados, e essa percepção pode ser facilmente comprovada pelos indicadores de inflação. Por exemplo, a inflação geral em 2020 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 4,52% e a inflação de alimentos e bebidas, 14,09%. Também percebemos a baixíssima confiança do consumidor na economia – o patamar médio entre março de 2020 e fevereiro de 2021 foi de 84,5% – e, nas suas finanças pessoais, com uma degradação acelerada entre novembro de 2020 (65%) e fevereiro de 2021 (74%). Isso pode ser explicado pelo aumento do desemprego, perda da renda familiar e questões associadas à liberação do auxílio emergencial. O quanto esse novo cenário imposto pela pandemia tem impactado no comportamento do consumidor brasileiro? Eu diria que esses três fatores (gasto com alimentação, preço dos produtos e perda de renda) provocaram um incrível aumento na sensibilidade e na percepção de preços, resultando em quatro principais mudanças de hábitos: pesquisa on-line para encontrar melhores preços e ofertas, comprar em lojas que propiciam preços regular-

Rogerio Aversa, diretor de Preços e Promoções da dunnhumby

mente mais baixos, comparar preços em diferentes lojas antes de decidir pela compra e comprar marcas com preços mais baixos. Hoje, o consumidor deseja fazer compras como antes, mas também rompeu a barreira do digital e agora está pesquisando mais preço do que antes. Essas mudanças são as mesmas no restante do mundo? São similares, mas os patamares têm sido maiores no Brasil. Você acredita que esses novos hábitos deverão se tornar permanentes? Acredito que sim. Devido à crise econômica, ficou registrado no estudo que esse comportamento está mais acentuado. E dá para pegamos como exemplo as crises anteriores, como a global de 2008/2009 e a brasileira de 2014. Nesses mesmos períodos, acompanhamos o crescimento estrondoso do formato Cash&Carry, conhecido por atacarejo, no Brasil. Esse modelo, apesar de apresentar um sortimento bem reduzido se comparado aos de super e hipermercados, tem preços e marcas altamente competitivas e atrativas ao consumidor e até hoje persiste no mercado nacional. OutubroJunho eAbril novembro e julho maiode de2020 2021

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E N T R E V I S TA O estudo da dunnhumby mostra que, mesmo com o crescimento do e-commerce, o consumidor não tem a intenção de trocar totalmente o modelo de compras presencial pelo virtual. Qual a análise que você faz sobre isso? Parece haver um limite de compras para o on-line e, pelos números, esse limite já foi alcançado para cerca de 30% dos consumidores. Muitos entraram num momento em que o e-commerce não estava preparado para atender a demanda tão alta e não tiveram boas experiências. Além disso, o preço está sendo um fator muito importante e o frete pode estar limitando o diferencial de preços mais competitivos. Sabemos que nos últimos anos o varejo online vem diminuindo o frete grátis, muito em função do aumento dos custos logísticos.

os estabelecimentos estão fazendo um bom trabalho para a prevenção do vírus, adotando protocolos já amplamente divulgados pela mídia e mais alguns, como disponibilização de face shield, instalação de películas protetoras nos caixas e implementação de sinalização para distanciamento social nas filas. Hoje, as pessoas estão mais confortáveis para ir às compras. Em março de 2020, 73% da população alegou que não se sentia segura ao frequentar lojas e supermercados, “O PREÇO DO PRODUTO É UM já em fevereiro de 2021 este número caiu para 50%.

Mas, com isso, como deve ser o futuro do e-commerce FATOR FUNDAMENTAL DE no Brasil? Diante desse novo cenáO futuro pode ser promisDECISÃO DE ESCOLHA. PORÉM, rio que vivemos, além dos sor, mas ainda há muito a ser É PRECISO CONSIDERAR QUE cuidados com a segurança, construído. Veja algo interesquais estratégias os negósante que a pesquisa mostrou O CONSUMIDOR COMPRA UM cios devem adotar para atrair sobre a satisfação do consuCARRINHO COM DIVERSOS e manter o consumidor? midor com sua experiência É importante salientar que, de compras nos canais Loja PRODUTOS, E O DILEMA DOS neste novo contexto do consuFísica, Click & Collect e DeliVAREJISTAS É SABER QUAIS midor brasileiro, com orçamenvery. Em novembro de 2020, to apertado e perspectiva de 41% estavam satisfeitos com DELES DETERMINAM ESSA perda de renda, o preço do proo Delivery On-line. Foi o mês DECISÃO DE ESCOLHA.” duto é um fator fundamental de da Black Friday, época em que decisão de escolha, como afira indústria do varejo se prepaRogerio Aversa, diretor de Preços mam 80% dos brasileiros entrera em termos de planejamento e Promoções da dunnhumby vistados para a pesquisa. Poestoques, entrega, ofertas e rém, é preciso considerar que o preços atrativos, e o consumiconsumidor compra um carrinho com diversos produtos, dor percebe essa melhora. Assim, há uma imensa oportue o dilema dos varejistas é saber quais deles determinam nidade para os varejistas fidelizarem esses novos clientes essa decisão de escolha. Na dunnhumby, trabalhamos que experimentam o on-line se usarem a mesma estratécom varejistas no Brasil e mundo afora com muita ciência gia da Black Friday. de dados e inteligência artificial para determinar essa lista de 300-400 produtos que geram percepção de preço e A pesquisa também indica que, entre março de levam o consumidor a comprar toda a sua cesta naquele 2020 e fevereiro deste ano, diminuiu a preocupalocal. Mas só isso não é suficiente. Há outros fatores que ção do brasileiro com a pandemia. De que forma também compõem esta percepção de preço e que as emisso impacta nas empresas e no varejo? presas precisam ficar atentas, como promoções, ofertas A diminuição da preocupação com a pandemia é personalizadas, sortimento de produtos nas lojas, marcas natural pelo cansaço emocional. Mas são os efeitos ecopróprias de qualidade comparável às marcas tradicionais, nômicos dela que estão moldando o comportamento de comunicação e experiência de compra, quer seja na loja compra, com mais pesquisa de preço e procura em vários física ou no on-line. Tudo isso corrobora na atratividade estabelecimentos. Apesar disso, pelos resultados do esdo consumidor para escolher o seu principal varejista. tudo, vemos que o consumidor brasileiro considera que

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E X PA N S Ã O

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CONHEÇA AS ESTRATÉGIAS DE TRÊS MARCAS DE FRANQUIAS QUE, EM PLENO ANO DE PANDEMIA, REGISTRARAM FORTE CRESCIMENTO NO NÚMERO DE UNIDADES E ENTRARAM PARA O SELETO GRUPO DAS 50 MAIORES REDES DO BRASIL

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Top 10

Marcas de franquias que passaram a integrar, em 2020, o “Top Ten” do franchising: Óticas Carol, que subiu da 11ª para a 8ª posição; Seguralta, que passou do 12º para o 9º lugar; e Burger King, que avançou do 14º para o 10º lugar.


Top 50

16 marcas de franquias têm mais de 1 mil unidades: O Boticário, McDonald’s, Cacau Show, Subway, AM/PM, Lubrax+, CVC Brasil, Óticas Carol, Seguralta, Burger King, Wizard By Pearson, Get Oil, BR Mania, Shell Select, Óticas Diniz e Bob’s

FOTO: DIVULGAÇÃO

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odos os anos, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulga o ranking das 50 Maiores Redes de Franquias do Brasil por número de unidades em operação – a base de análise são as 1,4 mil associadas da entidade e, nesta edição, envolveu apenas as com investimento acima de R$ 90 mil. Apesar de a pandemia de coronavírus ter impactado o setor, assim como toda a economia, o levantamento mostra que o volume de operações dessas marcas aumentou 5% em 2020 frente a 9% no ano anterior, o que só evidencia a maturidade e a capacidade de reação e adaptação tanto delas, quanto do sistema. “A força e a resiliência do franchising nacional estão refletidas nessa lista. Nesse período de dificuldades sem precedentes em mais de um século para pessoas e empresas no enfrentamento da pandemia de Covid-19, essas franquias demonstraram a importância do trabalho em rede e dos princípios e valores que norteiam o setor”, afirma o presidente da ABF, André Friedheim. Nesse último levantamento, cujas posições iniciais foram ocupadas por O Boticário, com 3.620 unidades no Brasil; McDonald’s, com 2.567; Cacau Show, com 2.371; Subway, com 1.863, e AM/PM, com 1.804, algumas redes se destacaram por seu alto percentual de expansão. Uma delas foi a Acquazero Eco Wash, franquia especializada em limpeza ecológica automotiva, que registrou cresci-

“FICOU MAIS FÁCIL VENDER SERVIÇOS QUE ANTES AS PESSOAS NÃO ENTENDIAM A IMPORTÂNCIA. POR EXEMPLO, HIGIENIZAÇÃO INTERNA E OXI-SANITIZAÇÃO, QUE TEM COMO UM DE SEUS FUNDAMENTOS A ELIMINAÇÃO DE FUNGOS, BACTÉRIAS E VÍRUS. ” Henrique Mol, diretor-executivo da Acquazero Eco Wash e presidente do Grupo Encontre Sua Franquia

mento de 152% no número de operações. A rede passou de 154, em 2019, para 388 no ano passado, e saltou da 111ª posição para a 43ª. Segundo o diretor-executivo da rede e presidente do Grupo Encontre Sua Franquia, Henrique Mol, são vários os fatores que explicam esse desempenho. O primeiro é a empresa atuar em uma área atrelada ao setor de limpeza, sendo que ele foi positivamente afetado pela pandemia. “As pessoas estão cada vez mais preocupadas com a higienização do ambiente que frequentam, seja escritório, casa ou carro e, hoje, nossas soluções são baseadas nisso.” Outro ponto que ele destaca é o aumento do faturamento das unidades devido à elevação do tíquete médio. “Ficou mais fácil vender serviços que antes as pessoas não entendiam a importância. Por exemplo, higienização interna e oxi-sanitização, que tem como um de seus fundamentos a eliminação de fungos, bactérias e vírus. Todo esse processo auxiliou na apresentação da marca para o novo investidor”, acrescenta. A alta do delivery e das vendas on-line (por aplicativo e e-commerce), canais que já existiam na Acquazero há alguns anos, mas que foram potencializados desde o

Junho Abril e julho maio de 2021

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

E X PA N S Ã O

Acquazero Eco Wash registrou crescimento de 152% no número de operações: de 154, em 2019, para 388 no ano passado. O salto foi da 111ª posição para a 43ª.

início da crise da Covid-19, também refletiram nos resultados. Este ano, a empresa, nascida em 2009 e formatada em franquia em 2010, pretende fechar 2021 com 700 operações. “Vamos rumo à primeira posição no ranking das 50 Maiores Redes da ABF. O número que tenho na cabeça é de 3,8 mil unidades e sei que temos capacidade para atingi-lo”. Mais uma companhia que teve importante performance no levantamento da Associação foi a Re/Max Brasil. A franquia imobiliária cresceu 80%, ampliando o nú-

Top 50

Marca de franquia que abriu mais unidades em 2020: OdontoCompany (363)

mero de unidades de 247, em 2019, para 444, em 2020. Com isso, passou a ocupar o 35º lugar – antes, estava em 67º. Para chegar a esse resultado, o CEO Peixoto Accioly aponta que foram trabalhados três pilares: reconhecimento de marca, força de venda e tecnologia avançada. “Temos uma força de vendas engajada, que passou por treinamentos para saber como se portar e agir durante a pandemia. Também fazemos uso intenso de tecnologia para prospectar e fechar negócios. Com boa parte dos escritórios temporariamente fechados no ano passado, nosso mantra foi: não entramos em lockdown, apenas modificamos a forma com que nos comunicamos com o mercado. Deu resultado”, analisa. O executivo relata ainda que a franqueadora tem apostado muito no omnichannel, tanto para auxiliar o cliente em sua jornada de compra quanto para facilitar o trabalho dos seus mais de seis mil corretores empreendedores. “Acreditamos na sinergia dos mundos on-line e off-line, e é assim que atingiremos nosso maior objetivo: ser a imobiliária preferida dos brasileiros, em todos os estados da Federação.” A Re/Max Brasil fechou 2020 com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 3,6 bilhões, aumento de 99,67% na compa-

Top 50

Marcas de franquias que entraram no ranking das 50 maiores por número de unidades em 2020: Shell Select, Remax, Mercadão dos Óculos, Acquazero, Clube Melissa, Casa do Construtor e Sodiê Doces

Re/Max Brasil cresceu 80%, ampliando o número de unidades de 247, em 2019, para 444, em 2020

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E X PA N S Ã O FOTOS: DIVULGAÇÃO

“TEMOS UMA FORÇA DE VENDAS ENGAJADA, QUE PASSOU POR TREINAMENTOS PARA SABER COMO SE PORTAR E AGIR DURANTE A PANDEMIA. TAMBÉM FAZEMOS USO INTENSO DE TECNOLOGIA PARA PROSPECTAR E FECHAR NEGÓCIOS. COM BOA PARTE DOS ESCRITÓRIOS TEMPORARIAMENTE FECHADOS NO ANO PASSADO, NOSSO MANTRA FOI: NÃO ENTRAMOS EM LOCKDOWN, APENAS MODIFICAMOS A FORMA COM QUE NOS COMUNICAMOS COM O MERCADO.” Peixoto Accioly, CEO Re/Max Brasil

O caminho para o crescimento Para as franquias que desejam seguir a mesma trilha da Acquazero, Re/Max Brasil e Mercadão dos Óculos, o Head na Kick Off Invest, Claudio Tieghi, dá algumas dicas. Segundo ele, o caminho do crescimento para chegar ao seleto grupo das maiores franqueadoras deve ser pavimentado com base em um planejamento estratégico que leve em conta a estrutura que se precisará ter à medida que vai ascendendo. Caso contrário, o resultado poderá ser desastroso. “Além disso, invista nas pessoas, fortaleça a cultura organizacional e aposte na diversidade. Com um propósito claro, bons produtos e/ou serviços e uma viabilidade financeira bem alicerçada, o ‘organismo’ terá condições de crescer de forma saudável, minimizando possíveis anomalias”, aponta. Ainda no campo da estratégia, ele indica privilegiar quem já está dentro de casa. “Franqueados de sucesso podem assumir mais unidades expandido suas fronteiras territoriais e contribuindo para que outros sigam seus exemplos.” Outras recomendações do especialista para melhorar o desempenho e ampliar a rede, sobretudo nesse cenário de pandemia, são considerar mais a presença da marca de forma virtual, oferecer oportunidades para que os atuais franqueados possam vender seus produtos e/ou serviços em praças ainda não exploradas, reforçar a estrutura de vendas multicanal, reduzir os atritos no processo de compra, preparar muito bem as equipes, investindo, inclusive, em treinamentos para essa nova forma de vender, principalmente pelo WhatsApp, e avaliar a possibilidade de conversão de marcas próprias. Apesar disso, o consultor salienta que ter muitas unidades não é sinônimo de sucesso: “Há formatos que não se viabilizam em grande escala. A opção por ganhar território sem garantir que o negócio continue sendo bom para os já franqueados pode ser um risco. Uma rede consegue ser saudável e apresentar ótimos resultados sendo, por exemplo, 50% menor do que seu principal concorrente”, disse. Tieghi lembra que, para estabelecer o valor de uma marca, os intangíveis pesam muito. “Uma franquia que assume compromissos com o meio ambiente e com a sociedade, valoriza as pessoas e pauta os negócios em princípios e valores éticos que contribuem para o seu desenvolvimento também no longo prazo, vale muito mais”, finaliza.

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Revista Franquia & Negócios ABF


Top 50

FOTOS: FERNANDO CARVALHO

Participação de marcas com mais de dez anos no mercado salta de 57% para 71%

ração com o ano anterior. Em same store sales, o crescimento foi de 57%. Para este ano, a meta é expandir ainda mais os negócios, dobrando o faturamento e chegando a 600 unidades. Segundo dados da ABF, o Mercadão dos Óculos foi outra marca com excelente desempenho em 2020, apesar da crise da Covid-19. Com 396 unidades, a rede de óticas teve alta de 67% no número de operações – em 2019, eram 237 –, e passou da 70ª colocação para a 42ª no ranking das 50 Maiores Redes de Franquias do Brasil. “Agimos rápido diante da pandemia. Logo no início da quarentena promovemos uma maratona de treinamentos com os franqueados, que puderam aprimorar o conhecimento técnico. Além disso, em maio, investimos em tecnologia e lançamos uma ferramenta eletrônica que proporciona uma nova experiência de venda para o cliente, em que ele conhece e visualiza em tempo real os efeitos desejados para a lente que irá comprar”, conta o diretor executivo da empresa, Gustavo Freitas. Além disso, a franqueadora firmou uma parceria com laboratórios para a produção de lentes próprias, combinação que ajudou a aumentar o tíquete médio em até 25%; expandiu para cidades pequenas, com até 30 mil habitantes, cresceu por meio dos multifranqueados (no ano passado, eles representaram 101 das 225 franquias comercializadas), e está investindo em inteligência emocional – nesse último ponto, está desenvolvendo um trabalho com os franqueados para ajudá-los na contratação de equipes que tenham exatamente o perfil do negócio.

“AGIMOS RÁPIDO DIANTE DA PANDEMIA. LOGO NO INÍCIO DA QUARENTENA PROMOVEMOS UMA MARATONA DE TREINAMENTOS COM OS FRANQUEADOS, QUE PUDERAM APRIMORAR O CONHECIMENTO TÉCNICO. ALÉM DISSO, EM MAIO, INVESTIMOS EM TECNOLOGIA E LANÇAMOS UMA FERRAMENTA ELETRÔNICA QUE PROPORCIONA UMA NOVA EXPERIÊNCIA DE VENDA PARA O CLIENTE” Gustavo Freitas, diretor-executivo do Mercadão dos Óculos

“O que também contribuiu foi o fato do nosso modelo ser considerado serviço essencial e 90% de nossas lojas serem de rua, permitindo o funcionamento durante boa parte do ano”, aponta o executivo. Atualmente, o Mercadão dos Óculos está com mais de 570 unidades, somando as em operação e as que estão em implantação. Até o fim do ano, o plano é inaugurar 200 e comercializar outras 250.

Junho e julho de 2021

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E X PA N S Ã O RANKING DAS 50 MAIORES MARCAS DE FRANQUIAS NO BRASIL POR NÚMERO DE UNIDADES Posição 2020 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10 º 11 º 12 º 13 º 14 º 15 º 16 º 17 º 18 º 19 º 20 º 21 º 22 º 23 º 24 º 25 º 26 º 27 º 28 º 29 º 30 º 31 º 32 º 33 º 34 º 35 º 36 º 37 º 38 º 39 º 40 º 41 º 42 º 43 º 44 º 45 º 46 º 47 º 48 º 49 º 50 º

Fonte: ABF

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Posição 2019 1º 2º 4º 5º 3º 7º 10 º 11 º 12 º 14 º 13 º 9º 15 º 16 º 17 º 25 º 18 º 24 º 21 º 20 º 22 º 23 º 27 º 26 º 30 º 31 º 37 º 28 º 29 º 47 º 34 º 32 º 33 º 67 º 35 º 45 º 38 º 40 º 39 º 36 º 38 º 70 º 111 º 40 º 44 º 43 º 41 º 48 º 51 º 62 º 52 º

Revista Franquia & Negócios ABF

Marca

Unidades 2020

Unidades 2019

Var.

O Boticário McDonald’s Cacau Show Subway AM/PM Lubrax + CVC Brasil Óticas Carol Seguralta - Bolsa de Seguros Burger King do Brasil Wizard By Pearson Jet Oil BR Mania Shell Select Óticas Diniz Bob’s OdontoCompany Correios Help! Loja de Crédito Chilli Beans Dia% Fisk Centro de Ensino CCAA Hering Store CNA Espaçolaser Chiquinho Sorvetes Oggi Sorvetes Clube Turismo Localiza Hertz Nutrimais 5àsec Havaianas Piticas Remax Arezzo KNN Idiomas Prepara Cursos Profissionalizantes Kopenhagen Microlins Hinode Carmen Steffens Mercadão dos Óculos Acquazero Chocolates Brasil Cacau Casa de Bolos Giraffas Mundo Verde Spoleto Clube Melissa Casa do Construtor Sodiê Doces

3620 2567 2371 1863 1804 1665 1425 1394 1325 1302 1258 1172 1132 1109 1107 1017 997 994 855 847 778 767 725 664 629 587 566 554 546 528 524 468 467 453 444 436 427 409 406 401 400 400 396 388 385 385 382 377 343 332 318 315

3806 2459 2322 1864 2377 1643 1414 1335 1325 1209 1260 1491 1181 NF 1154 1047 634 994 700 830 865 768 728 577 612 519 509 411 523 522 351 442 452 451 247 440 365 409 388 401 434 409 237 154 388 370 373 377 349 318 275 315

-5% 4% 2% 0% -24% 1% 1% 4% 0% 8% 0% -21% -4% -4% -3% 57% 0% 22% 2% -10% 0% 0% 15% 3% 13% 11% 35% 4% 1% 49% 6% 3% 0% 80% -1% 17% 0% 5% 0% -8% -2% 67% 152% -1% 4% 2% 0% -2% 4% 16% 0%


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TENDÊNCIA

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#consumoconsciente #responsabilidadesocial #economiacircular

Recomércio em alta A BUSCA POR UM CONSUMO MAIS CONSCIENTE E A CRISE ECONÔMICA, DOIS FATORES POTENCIALIZADOS PELA PANDEMIA, TÊM AQUECIDO O MERCADO DE PRODUTOS USADOS

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ada vez mais pessoas têm pautado suas decisões de compras no efeito ou no impacto do produto no meio ambiente, na saúde e na sociedade. É o chamado consumo consciente (ou responsável), uma tendência que ganhou um impulso ainda maior com a pandemia do novo coronavírus – inclusive por conta da crise financeira que ela provocou – e tem tido reflexos extremamente positivos no recomércio, ou seja, na venda de itens usados. Para se ter uma ideia do tamanho e do potencial desse mercado, pesquisa realizada pela consultoria GlobalData mos-

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Revista Franquia & Negócios ABF

tra que ele deverá atingir US$ 64 bilhões (aproximadamente R$ 339,8 bilhões na cotação do dólar do dia 13 de maio) até 2024, ultrapassando o segmento de vendas tradicionais. Em se tratando apenas do setor de moda, a edição 2020 do estudo “Os consumidores por trás do crescente mercado de segunda mão da moda”, realizado pela consultoria Boston Consulting Group (BCG) e pela plataforma Vestiaire Collective, indica que o setor de revenda é estimado atualmente entre US$ 30 bilhões (cerca de R$ 159,3 bilhões) e US$ 40 bilhões (R$ 212,4 bilhões), com previsão de crescer de 15% a 20% globalmente nos próximos cinco anos.


Para 70% dos entrevistados o caráter sustentável do recomércio, também chamado de recommerce e comércio reverso, é a principal razão para a compra – em 2018, esse índice era de 62%. Mas o aspecto econômico, a variedade de itens e a exclusividade também pesam na decisão. Ainda segundo o levantamento, mirando um pouco mais para frente, em 2023, 27% dos guarda-roupas dos consumidores de produtos de segunda mão serão compostos por itens que já tiveram outros donos. “Há alguns anos temos observado uma mudança importante no comportamento do consumidor. Ele passou a olhar mais para marcas que não visam apenas o lucro. Hoje, há um senso de urgência em formar comunidades mais conscientes do poder e do impacto do consumo”, analisa a especialista em Customer Experience e fundadora da SKS CX Customer Experience Consultancy, Stella Kochen Susskind.

FOTO: DIVULGAÇÃO

FOTO: SHIRLY GLIKAS

Stella Kochen Susskind, especialista em Customer Experience e fundadora da SKS CX Customer Experience Consultancy

Outra grife que aderiu recentemente ao movimento foi a Levis. No final do ano passado, ela lançou nos Estados Unidos a plataforma Levi’s SecondHand, que está associada a um programa de recompra. Com eles, os consumidores têm a opção de adquirir jeans usados ou trocar itens seminovos por pontos, que podem ser revertidos na compra de produtos. No Brasil, algumas iniciativas interessantes também têm surgido. Como a da Marisol S/A. A empresa, fundada em 1964 e que faz parte do franchising desde o ano 2000, apresentou em dezembro de 2020 o projeto Re-conta. Com o lema “roupas paradas não contam histórias”, ele incentiva as pessoas a selecionarem peças usadas das marcas Lilica Ripilica, Tigor T. Tigre e Marisol – mas desde que estejam íntegras, ou seja, sem rasgos, furos e manchas – e trocá-las por créditos (de 30% do seu valor) para serem usados na aquisição de novos itens. Os produtos coletados passam por processo de curadoria da plataforma Enjoei e são colocados à venda em uma loja on-line exclusiva, alimentando, assim, a proposta de economia circular. “O Re-conta tem como objetivo ressignificar o uso e prolongar o tempo de duração das peças, dar mais vida a elas”, explica o presidente da companhia, Giuliano Donini. “Muitas roupas marcam a nossa vida, se tornam parte das nossas lembranças. Com essa

CONCEITO REFORMULADO O conceito de recomércio não chega a ser uma novidade – os tradicionais sebos e brechós estão aí para confirmar. Contudo, a partir da reflexão da população sobre a importância de cultivar novos valores, e também a das empresas de se tornarem social e ambientalmente mais responsáveis, este mercado mudou. Aos poucos, passou a atrair novos apoiadores, inclusive marcas tradicionais (e até de alto luxo), como Gucci e Burberry, que antes não enxergavam potencial no que não é novo. “A entrada delas tem um significado importantíssimo, pois contribui para combater o preconceito em relação a compra de usados”, analisa Stella.

Giuliano Donini, presidente da Enjoei Junho e julho de 2021

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TENDÊNCIA

Dicas para ter uma marca mais sustentável e responsável - Incentive as compras repetidas: muitas pessoas têm uma necessidade fundamental por compras. Sendo assim, estimule-as a fazerem a reposição sustentável, ou seja, comprar apenas quando o produto que já possuem estiverem totalmente gasto, e não porque desejam coisas novas. E recompense-as por isso. - Ofereça serviços: à medida que o consumo muda, as marcas não podem oferecer apenas produtos, mas também serviços e experiências. Aproveite e ofereça opções que integre a sustentabilidade em suas ofertas de serviços. - Dê visibilidade a suas ações: os clientes estão cada vez mais interessados em produtos sustentáveis e responsáveis. Com isso, torne mais acessível e visível as ações que está realizando. Fonte: Kantar

FOTO: DIVULGAÇÃO

ação, queremos criar ciclos de memórias e participar da vida de outras crianças, ao mesmo tempo em que valorizamos o dinheiro do consumidor e nos comprometemos com um mundo mais sustentável”, acrescenta. Por enquanto, o projeto está em fase piloto em três lojas Lilica & Tigor de São Paulo, mas a ideia é expandir para todos os pontos de venda da empresa até o começo de 2022 – são 301, entre franquias, próprios e licenciados, e 4,4 mil multimarcas. E apesar do pouco tempo de execução, Domini se anima com os resultados. “Tivemos aumento de 7,2% no ticket médio e, em dezembro, em apenas dez dias, registramos R$ 22 mil em compras de clientes inativos que voltaram às lojas por conta da sua ativação.”

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Revista Franquia & Negócios ABF

VANTAGENS PARA AS EMPRESAS Segundo Stella, o investimento no recomércio, seja através da venda direta de produtos de segunda mão, da instituição de programas de recompra, da formalização de parceria com plataformas de revenda existentes ou qualquer outra estratégia, é realmente vantajoso para as empresas. “Ele gera movimento, atrai o consumidor, e isso é particularmente importante no período atual, em que as pessoas estão pensando 500 vezes antes de gastar. Também cria uma boa imagem para o negócio, mas isso desde que seja trabalhado de forma genuína e com propósito”, analisa. Pesquisas sobre o tema também comprovam a força das companhias engajadas e que, de alguma forma, praticam a responsabilidade socioambiental. Uma delas é a “Vida Saudável e Sustentável 2020: Um Estudo Global de Percepções do Consumidor”, realizada pelo Instituto Akatu e a GlobeScan. De acordo com os resultados, 44% dos entrevistados recompensaram uma empresa socialmente responsável no último ano e 35% pensaram em fazer isso, mas não concretizaram – na edição anterior, de 2019, esses índices foram de 41% e 34%, respectivamente. Já o levantamento “2021 Global Marketing Trends”, comandado pela Deloitte, aponta que os consumidores têm grandes expectativas em relação às marcas e que, em meio à pandemia da Covid-19, elas aumentaram. Pelos dados coletados, 79% dos participantes relembraram exemplos de empresas que responderam positivamente à crise sanitária para ajudar clientes, funcionários e comunidades. Além disso, um em cada quatro concordou fortemente que essas ações mudaram positivamente a sua percepção em relação à empresa e um em cada cinco ficou fortemente fidelizado por causa delas. Por outro lado, de quatro pessoas, uma abandonou uma marca por perceber uma ação negativa nesse período. “Diante desse novo cenário e desse novo consumidor, os empresários precisam ficar ainda mais atentos. Eles devem focar na experiência de compra, para que ela seja efetiva, ter uma comunicação clara e sempre cumprir o que prometem. A relação entre gestores de marca e clientes precisa estar no centro de um processo estratégico de atendimento e fidelização. O varejo, assim como o mundo, está em profunda transformação, e as relações de consumo demandam um olhar especializado para entender às suas aspirações”, completa Stella.


Franquias de brechós em alta FOTOS: DIVULGAÇÃO

A

busca por um consumo mais consciente, especialmente entre os jovens que fazem parte das gerações Y (nascidos entre 1980 e 1995) e Z (1996 e 2010), também tem feito o mercado de brechós dar um salto, favorecendo, inclusive, as franquias desse segmento. Caso da Arena Baby. Criada em 2015, a rede contabilizou receita de R$ 4,8 milhões no ano passado – este ano, a projeção é chegar a R$ 15 milhões. Atualmente, a rede conta com 17 unidades, sendo três próprias, e uma plataforma de vendas on-line. Por mês, cada uma fatura em média R$ 60 mil com a venda de roupas, acessórios e brinquedos – cerca de 90% do acervo é formado por peças seminovas e que são entre 30 e 80% mais baratas que nas lojas convencionais. Outra marca que tem tido bons resultados é a Peça Rara. Há 15 anos no mercado, ela entrou para o franchising em 2019 e, este ano, firmou sociedade com a SMZTO, fundo de private equity especializado no sistema. Com 13 operações, seu plano de expansão prevê, até o final do ano, um total de 42 em funcionamento, abrangendo todas as capitais do País. Em 2020, a rede teve faturamento de R$ 18 milhões. A meta, para os próximos meses, é chegar a R$ 50 milhões e, para 2022, a R$ 96 milhões. “Tem havido um aumento significativo na procura por nossos artigos de forma geral, e muito por conta pandemia. Ela fez as pessoas pararem para refletir, repensarem o consumo e sua visão de vida”, aponta a fundadora e CEO Bruna Vasconi.

O presidente do Conselho da SMZTO, José Carlos Semenzato, é taxativo sobre o potencial da marca: “O varejo de itens seminovos está em evidência e tem se tornado um dos mais fortes no mundo nos últimos anos. A mudança de comportamento do consumidor tem permitido que ele dedique cada vez mais parte do seu orçamento para compras conscientes e de qualidade. Nesse sentido, a Peça Rara tem se destacado pela base sólida que vem construindo desde sua fundação e tem um grande mercado para explorar. Apostamos que pode se tornar referência em seu setor de atuação”.

Bruna Vasconi, fundadora e CEO da Peça Rara

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FUSÕES E AQUISIÇÕES

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#consolidação #mercado #união

Unir para crescer APESAR DA CRISE PROVOCADA PELA COVID-19, AS OPERAÇÕES DE FUSÕES E AQUISIÇÕES TÊM ATRAÍDO AS EMPRESAS, INCLUSIVE DO FRANCHISING

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Revista Franquia & Negócios ABF


Rose Lourenço, Ana Hickmann e Sidney Eduardo Kalaes, transação entre a Além do Olhar – Ateliê de Sobrancelhas

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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orte estratégia de crescimento para as empresas, as operações de fusões e aquisições atingiram um patamar importante em 2020, mesmo com a pandemia de coronavírus. Segundo o relatório anual M&A Report, produzido pela consultoria de gestão Bain & Company, foram realizadas mais de 28,5 mil transações no mundo todo – a maioria no segundo semestre –, que geraram um volume de US$ 2,8 trilhões. No Brasil, pelos dados da consultoria empresarial PwC, foram anunciadas 1.038 fusões e aquisições, um volume 48% superior à média do mesmo período dos últimos cinco anos (701) e 14% maior do que no ano anterior (912). Os setores que mais atraíram a atenção de investidores no período foram TI, serviços auxiliares, serviços de saúde, serviços públicos e financeiro. Apesar do levantamento não especificar as negociações ocorridas no franchising, muitas foram registradas, o que só corrobora a força e a resiliência das redes nacionais. Um exemplo foi a união, em outubro de 2020, da Arezzo&Co – grupo que reúne as marcas Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever, Alme e Vans – com a Reserva, dona de seis marcas: a própria Reserva, Reserva Mini, Oficina Reserva, Reserva Go, EVA e INK. O acordo foi avaliado em R$ 715 milhões. “Em 2019, colocamos nossos pés em novos mercados, com a distribuição exclusiva da marca Vans em território brasileiro. No ano passado, aprendemos, vibramos e nos sentimos confiantes para dar mais um passo. A operação de incorporação da Reserva tem como grande motivação o capital humano, a força de sua marca e o potencial para expandir muito além de seu core, algo que será fundamen-

Alexandre Birman, CEO da Arezzo&Co

tal na consolidação da nossa plataforma de moda. Criaremos, sem dúvida, um grande ecossistema de negócios”, disse o CEO da Arezzo&Co, Alexandre Birman, em comunicado enviado à imprensa. Outra transação envolvendo franquias ocorrida no ano passado foi a sociedade entre a Além do Olhar – Ateliê de Sobrancelhas, rede da área de estética e beleza, com o Grupo Kalaes, que tem em seu portfólio as marcas Instituto Ana Hickmann, Maislaser by Ana Hickmann e Odonto Special, e a empresária e apresentadora Ana Hickmann. Os valores não foram informados. “Começamos a paquera em março e oficializamos o negócio em agosto, apesar da pandemia”, conta o presidente da holding multisetorial, Sidney Eduardo Kalaes. De acordo com ele, dois pontos principais chamaram a atenção para a marca. “O primeiro foi o carinho com que ela foi desenhada. Ali tem história, tem vida e vemos o cuidado com cada detalhe. O segundo é o seu potencial de crescimento, por ser uma empresa inovadora e que traz uma proposta completamente diferente do que já existe hoje no mercado.” Criada em 2014 pela empresária Rose Lourenço, a Além do Olhar, até o segundo semestre do ano passado, tinha apenas sete unidades em funcionamento, seis em Goiânia (Goiás) e uma em Rondonópolis (Mato Grosso). Após a parceria, foram comercializadas 30 unidades em sete meses. O novo plano de expansão prevê a abertura de 50 operações até o final de 2021, totalizando 300 em um prazo de cinco anos. “Comecei o negócio e logo vendi as primeiras unidades, mas todas na minha região, que era onde eu conseguir dar suporte. Tinha vontade de abrir em outros estados, crescer, mas me faltava estrutura. Durante dois anos fiquei OutubroJunho e novembro e julhode de2020 2021

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FOTO: DIVULGAÇÃO

FUSÕES E AQUISIÇÕES

José Carlos Semenzato (SMZTO), o 2º da esq. p/ a dir., ladeado pelos fundadores do Instituto Gourmet: Glaucio Athayde, Robson Fejoli e Lucilaine Lima

paralisada, até que conheci o Sidney. Firmar a sociedade com ele e a Ana me possibilitou fazer a expansão de forma organizada e agregou valor à minha marca, justamente o que eu precisava”, relata a fundadora. Mais um movimento de fusão e aquisição no franchising ocorrido em 2020 foi a venda de 33% do Instituto Gourmet, rede de ensino profissionalizante em gastronomia, para a holding SMZTO, formada por outras 13 marcas, entre elas Casa X, Instituto Embelleze, Espaçolaser e L'Entrecôte de Paris. Na visão do sócio do Instituto Gourmet, Glaucio Athayde, essa estratégia é o melhor caminho para se atingir o sucesso. “Claro que, para isso, tem que avaliar muito bem quem será o parceiro. O novo sócio tem que gerar valor para o crescimento e o desenvolvimento da companhia, como foi no nosso caso. Entendemos que, com a experiência de quem já criou e desenvolveu várias marcas, chegaríamos muito mais rápido aos nossos objetivos. Além de mais visibilidade, credibilidade e velocidade de expansão, teríamos um processo de governança e profissionalização muito grande”, destaca o executivo. Em 2020, a companhia obteve faturamento de R$ 63 milhões, alta de 40% em relaçãoao ano anterior. Athayde pontua que, além de não fechar nenhuma unidade, 71 novas foram comercializadas. Para este ano, a meta é atingir R$ 100 milhões em receita e vender mais de 80 operações. “Em dois anos, teremos 300 em todos os estados brasileiros.”

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No Brasil, mesmo com a Covid-19 fora de controle, movimentos importantes continuam acontecendo no franchising. Um dos principais foi anunciado no dia 20 de abril: a compra de 70% das ações do Grupo Uni.co, dono das marcas Puket, Imaginarium, MinD e Lovebrands, pelo Universo Americanas. Segundo a gigante do varejo nacional, que tem uma forte plataforma digital com as marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato, cerca de 1,7 mil lojas em todo o País e mais de 46 milhões de clientes ativos, a negociação faz parte da estratégia de crescimento inorgânico, baseada na aquisição de novos negócios e marcas que possam ser potencializados pelos seus ativos. Do ponto de vista do Grupo Uni.co, atualmente com 440 lojas (todas franquias), mais de 2,8 mil pontos de vendas multimarcas e canais digitais, o acordo se deve à oportunidade de se tornar uma nova vertical de negócios do Universo Americanas, com potencial muito maior para o crescimento e longevidade do negócio. Também em abril o Grupo Soma, dono de marcas como Farm, Animale, Maria Filó e Cris Barros, comprou por R$ 5,1 bilhões a Cia.Hering, detentora da Hering Store, Hering Kids – juntas, elas têm mais de 760 unidades – e Dzarm. Na ocasião da negociação, as empresas salientaram que as operações terão como pilares centrais a utilização e difusão de uma cultura digital, transferência de know-how entre pesquisa e desenvolvimento das marcas, fortalecimento da cadeia de fornecimento, expertise em franquias sendo difundida para algumas marcas do grupo e potenciais ganhos de eficiência tributária e operacional.

FUSÕES E AQUISIÇÕES NO BRASIL ENTRE 2010 E 2020 Ano

Número

2010

799

2011

752

2012

771

2013

812

2014

879

2015

742

MERCADO EM ALTA

2016

597

Este ano, os acordos de fusão e aquisição seguem em alta, com o apetite renovado de investidores após a desaceleração causada pela pandemia em algumas regiões do mundo, sobretudo na América do Norte. Para se ter uma ideia, dados compilados pela Bloomberg apontam que essas transações atingiram US$ 1,1 trilhão no primeiro trimestre.

2017

643

2018

658

2019

912

2020

1038

Revista Franquia & Negócios ABF


S

obreviver, reestruturar, sair da crise, aumentar a lucratividade, ganhar escala e força, expandir, gerir com mais eficiência, manter a competitividade, aumentar o portfólio, adquirir conhecimento ou tecnologia, melhorar ou ampliar os canais de distribuição. Essas são apenas algumas das razões que levam as empresas a comprar ou se unir a outras. “No fundo, o que elas buscam é crescimento. Para isso acontecer, a soma de esforços e competências e a otimização de recursos são fundamentais, ainda mais no franchising, com tantas marcas operando. Acredito que veremos cada vez mais movimentos assim daqui para a frente, e não só de fusões e aquisições, mas também de cooperações, associações, alianças e acordos operacionais”, aponta o fundador e presidente do Grupo Cherto, Marcelo Cherto. Para o especialista, a pandemia evidenciou o quanto as redes, em especial as pequenas, precisam se profissionalizar e se preparar para as dificuldades. “Nos últimos meses, se deu bem quem estava capitalizado e estruturado e tinha feito investimentos em tecnologia. Isso nos mostrou que muitas das franquias nacionais precisam evoluir e, em alguns casos, o único jeito de fazer isso é se juntando com outras.”

FOTOS: PAULA KOROSUE

Transações devem aumentar no franchising

Marcelo Cherto, fundador e presidente do Grupo Cherto

pais são saber qual é o real propósito da ação, passar pelo processo de valuation (mensuração da marca) e auditoria, estar com a documentação necessária em dia e definir como será feita a transição. “Mais alguns pontos que também contam muito são a cultura da empresa, que deve sempre ser respeitada, e a transparência com que a negociação será repassada para a rede. Tudo precisa ficar bem claro para que o negócio seja realmente vantajoso para as duas partes e para evitar ruídos no futuro”, completa a advogada.

OPERAÇÃO EXIGE CUIDADOS

FOTOS: PAULA KOROSUE

Ainda que as operações de fusões e aquisições sejam consideradas positivas, o seu sucesso depende de uma série de fatores. A sócia do escritório Novoa Prado Advogados, Thais Kurita, aponta que os princi-

Thais Kurita, sócia do escritório Novoa Prado Advogados

Junho e julho de 2021

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M U LT I F R A N Q U E A D O S

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#oportunidade #repasse #negóciopróprio

Um é pouco, dois é bom e três (ou mais) é essencial OS MULTIFRANQUEADOS ESTÃO AUMENTANDO EM NÚMERO NO FRANCHISING E, DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19, TIVERAM PAPEL AINDA MAIS RELEVANTE

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Revista Franquia & Negócios ABF


FOTO: CADU NICKEL

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m 2017, 68,5% das redes de franquias com atuação no Brasil contavam com multifranqueados (franqueados que possuem mais de uma operação da mesma marca ou de marcas diferentes). No ano seguinte, esse índice subiu para 74,5% e, em 2019, para 82%. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF). No ano passado, apesar de ainda não haver números oficiais, esse perfil de investidor ganhou força, e muito por conta da crise provocada pela Covid-19. “A pandemia acabou sendo uma oportunidade para eles. Primeiro porque surgiram boas opções de repasse, já que uma parcela dos franqueados, em especial os menores, teve dificuldades e não conseguiu manter suas unidades. E, segundo, devido à maior abertura para negociações, como de alugueis e até de compra de franquias”, analisa a especialista em direito empresarial e sócia do escritório Andrea Oricchio Advogados, Andrea Oricchio. Na visão da advogada, esses empreendedores ou empresários que comandam mais de uma operação são fundamentais para o sucesso do franchising. “Eles são alavancadores de mercado e auxiliam a franqueadora tanto na própria gestão da rede quanto na expansão, otimizando o processo. Além disso, são parceiros firmes e que assumem riscos junto com a marca”, indica.

Andrea Oricchio, especialista em direito empresarial e sócia do escritório Andrea Oricchio Advogados

“A primeira marca de franquia que investi foi a Megamatte, em 2015. A escolha foi fácil. Fiz contato com diversas fraqueadoras do segmento de alimentação, e a primeira que me retornou foi a Megamatte. As outras precisei fazer um segundo contato para obter informações. Outro ponto que facilitou foi conhecer bem os produtos, uma vez que antes de me tornar fraqueado eu já tinha uma ótima experiência como cliente. Gostei tanto da operação e dos resultados que logo que a loja completou um ano, comecei a sondar novas oportunidades. Poucos meses depois inaugurei a segunda. Busquei também diversificar, mas sempre no segmento de alimentação, e aprender com a experiência de outras marcas, tanto que hoje tenho quatro lojas das Megamatte – inclusive, duas foram abertas durante a pandemia –, três da Cosechas e uma do Giraffas, além de três de marcas próprias que criei e uma unidade de cozinha hospitalar. Como multifranqueado, a principal vantagem que enxergo é o faturamento em escala. A segunda, mas não menos importante, é que, por já conhecer o negócio e sua rentabilidade, conseguimos prever melhor seu desenvolvimento, ou seja, os riscos são amenizados. Hoje, estou com 12 unidades em operação, mas sigo procurando novas oportunidades. Com a crise atual, tenho focado mais na Megamatte, por ser uma marca conhecida no mercado e com uma operação diferenciada, que facilita a abertura e a gestão de novas lojas. O planejamento para 2021 é abrir mais duas unidades dessa rede.”

FOTO: DIVULGAÇÃO

12 unidades em operação e de olho em mais

Dennis Luiz Amarante Gomes, multifranqueado das marcas Megamatte e Cosechas e franqueado do Giraffas – Rio de Janeiro

Junho e julho de 2021

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M U LT I F R A N Q U E A D O S

Ainda segundo Andrea, os multifranqueados exigem menos treinamento e supervisão, tem curva de aprendizado menor do que os franqueados unitários, respeitam a marca, os produtos, a liderança da franqueadora e os limites que o contrato de franquia lhes impõe e contribuem muito com o negócio por conhecerem profundamente cada uma de suas operações, assim como o varejo brasileiro.

O COO da Oral Sin, Luiz Teixeira, também só vê pontos positivos: “a presença deles valida qualquer negócio, pois eles atuam como multiplicadores do conhecimento, tanto interna quanto externamente, e atraem novos investidores, fatores que são importantíssimos para o crescimento”. A rede de clínicas odontológicas é composta, atualmente, por mais de 50% de multifranqueados, cada um com média de 8 a10 unidades.

“Quando decidi ter uma franquia pesquisei várias marcas e, dentro do que eu podia investir, a Óticas Carol era que mais se encaixava. Além da parte financeira, o que pesou na decisão foi que, naquela época, ainda havia muitos bons pontos em São Paulo e o fato de a rede trabalhar com um bem essencial, o que faz com que seja menos suscetível a crises. Abri a primeira unidade em 2007 e confesso que não pensava em ter mais, mas no ano seguinte surgiram algumas oportunidades e os meus sócios-investidores me incentivaram a aproveitá-las. Inauguramos, então, a segunda. Em 2011, partimos para a terceira, a primeira em um shopping, e a partir daí o negócio alavancou. Essa unidade registrou um bom faturamento de cara e isso me animou a querer investir mais. Comecei a mapear novos pontos e operações de repasse e, em 2013, pulei de três para seis lojas, sempre tendo sócios-investidores como parceiros. Nos anos seguintes, abri mais três, mas me desfiz de outras duas e, no ano passado, mesmo com a pandemia, assumi mais duas de repasse. Hoje, temos nove no total. Não é um processo fácil comandar tantas unidades e, por enquanto, não pretendo expandir além disso. Por outro lado, eu e meus sócios construímos um negócio saudável e organizado e chegamos num patamar em que conseguimos ter boas equipes e boa relação com a franqueadora.” Bruno Fucci, multifranqueado da Óticas Carol – São Paulo

25 unidades, em sete estados: 11 delas abertas na pandemia “Quando me formei na faculdade de Odontologia, montei uma clínica na minha cidade, Campo Mourão, no Paraná, mas não consegui fazer com que ela deslanchasse. Durante esse período, um amigo me falou da Oral Sin, me interessei pela proposta, pela seriedade com que a empresa trabalha, e resolvi vender o consultório e montar uma franquia. Como não havia mais disponibilidade onde eu morava, escolhi um local próximo, o município de Toledo. A inauguração foi em fevereiro de 2016 e, nos primeiros meses, faturei bem mais do que o esperado. Naquela hora já decidi que queria mais unidades e, em outubro do mesmo ano, abri a segunda em Uberlândia, Minas Gerais. A partir dali, expandi para outras localidades. Em cinco anos, abri 25 clínicas em sete estados, sendo 11 durante a pandemia e, dentre elas, algumas de repasse. No momento, tenho mais seis em implementação e sete em negociação – em todas elas tenho sócios. Minha meta é chegar a 38 até março de 2022. Para conseguir administrar tantas clínicas, montei, no ano passado, uma empresa para me dar retaguarda, o Grupo Gestão de Performance em Franquia (GPF), com sede em Goiás. Com isso, conseguiremos continuar crescendo. Acredito que ainda tem muita oportunidade para mim na Oral Sin e no franchising como um todo.” Felipe Rodrigues, multifranqueado da Oral Sin – Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo

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A ideia era ter uma, mas viraram nove franquias



MICROFRANQUIAS

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#investimento #paratodososbolsos #empreendedorismo

Grandes empresas, pequenos negócios REDES DE FRANQUIAS TRADICIONAIS LANÇARAM FORMATOS DE MICROFRANQUIAS PARA SE ADEQUAR À GRANDE DEMANDA DO MERCADO

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Eduardo Murin, diretor de Expansão do CNA

FOTO: LUIZE SILVA

A

pandemia de coronavírus obrigou empresas de diversos segmentos e tamanhos a se reinventarem, e no franchising não foi diferente. Diante de um cenário tão desafiador, as redes desse sistema precisaram fazer diversas mudanças e, sobretudo, investir em novos formatos para se manterem ativas e atrair investidores. Paras muitas delas, a solução foram as operações mais enxutas e baratas. Assim, ganharam destaque as microfranquias, com investimento inicial abaixo de R$ 90 mil. Esse modelo de negócio, que vem numa crescente na última década e deverá seguir em forte alta este ano, caiu nas graças até de marcas tradicionais. É o caso da Calçados Bibi. Com o objetivo de potencializar a sua presença, a empresa que atua desde 1949 no segmento infantil estruturou, em julho do ano passado, um modelo mais econômico, de R$ 90 mil. Ele contempla instalações, soluções tecnológicas, primeiro estoque, capital de giro e taxa de franquia. O faturamento médio mensal estimado é de R$ 40 mil e, o prazo de retorno, de 12 meses. Para efeito de comparação, os outros modelos oferecidos pela rede são a Loja Padrão e a Loja Light, cujos investimentos totais (já incluindo taxa de franquia, showroom e capital de giro) são de R$ 580 mil e R$ 300 mil, respectivamente, com faturamento médio mensal entre R$ 100 mil e R$ 160 mil e entre R$ 70 mil e R$ 100 mil. “O grande diferencial da microfranquia é ingressar em lojas que contam com um mix de produtos infantis. Nelas, há um espaço reservado apenas para os calçados da Bibi e o logo da marca é inserido na fachada da uni-

Andrea Kohlrausch, presidente da Calçados Bibi

dade. Para agregar ainda mais, o negócio passa a contar com todo o nosso sistema de gestão e os projetos de transformação digital, que auxiliam de forma efetiva no aumento das vendas”, comenta a presidente da companhia, Andrea Kohlrausch. O formato é parecido com o licenciamento, com a vantagem de que o franqueado recebe todo o suporte da franqueadora, além de se tornar um embaixador da marca na cidade. O novo projeto foi pensado, principalmente, para municípios menores, com até 100 mil habitantes, e que não contam com shopping centers. Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, foi o primeiro a recebê-lo. Para 2021, a meta é abrir dez pontos. Há 48 anos atuando no segmento educacional, o CNA também abraçou o modelo de microfranquia para melhorar seus resultados. Em fevereiro deste ano, a rede lançou dois modelos: Franquia Escola CNA e Franquia Studio CNA. Ambos têm valor inicial de R$ 35 mil. “Atuamos para responder aos estímulos e mudanças do mercado em alinhamento com as rápidas transformações. Percebemos a necessidade e a oportunidade como uma tendência e nos movimentamos rapidamente para reagir a isso com esses novos formatos de franquia que passamos a comercializar”, destaca o diretor de Expansão da empresa, Eduardo Murin. A Franquia Escola CNA foi pensada para ser instalada dentro de instituições de ensino, e tanto para quem já é franqueado da rede quanto para mantenedores de colégios. A Franquia Studio CNA, por sua vez, foi idealizada para cidades com até 35 mil habitantes e prevê um ponto comercial com uma sala de aula, em espaço econômico com até 40 m². Nela, o franqueado precisa ser, necessariamente, professor de inglês, espanhol ou dos dois idiomas. Além dos dois lançamentos, a rede continua trabalhando com seus outros quatro modelos (compacto, pequeno, médio e grande), com investimento entre (a parJunho e julho de 2021

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FOTO: TOMIO STUDIO

tir de) R$ 95 mil e (a partir de) R$ 350 mil. Atualmente, são 630 escolas em operação e o plano de expansão para 2021 prevê a abertura de mais 165 em todas as regiões do País, com ênfase no Norte e no Sul e nos estados de Minas Gerais e Bahia. Para o fundador da Loja de Franquia, Lucien Newton, a microfranquia resgata muito dos primórdios do franchising, da sua essência. “É um modelo que surgiu forte na década passada e ganhou relevância com a pandemia. O que aconteceu é que a atual crise forçou as empresas a buscarem alternativas de expansão e com custo reduzido. Ficou claro que esse é o caminho, até porque é um tipo de negócio eficiente, inteligente e, muitas vezes, flexível. Não à toa tem sido adotada por grandes franqueadoras, marcas consagradas, como estratégia de sobrevivência.” Junto com a necessidade de se diminuir os custos e dar continuidade ao negócio, outro importante impulsionador das franquias mais enxutas tem sido oferecer uma oportunidade para o pequeno empreendedor. “Em outros momentos de dificuldade econômica, o mercado de franquias recebeu profissionais em busca de alternativas de renda, é o conhecido empreendedorismo por necessidade. Agora, algumas redes têm nos relatado esse maior interesse, especialmente entre as microfranquias”, aponta a diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e sócia-diretora da microfranquia Nutty Bavarian, Adriana Auriemo. Segundo ela, são dois perfis principais: os profissionais que perderam o emprego e com o dinheiro da rescisão

Lucien Newton, fundador da Loja de Franquia

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MICROFRANQUIAS

Adriana Auriemo, diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e sócia-diretora da microfranquia Nutty Bavarian

decidem investir e pequenos empresários que aproveitam a queda dos preços dos aluguéis e a baixa dos juros para abrir novas frentes. “Em menor quantidade, temos ainda franqueados que expandem suas operações e investidores em busca de diversificação de seus ativos”, acrescenta.

TODO MUNDO DE OLHO Em 2020, segundo dados da ABF, operavam no País 562 redes com modelo de microfranquia, sendo 63% puras (apenas com este modelo). Este ano, espera-se que o número seja ainda maior, e não só pela entrada das marcas tradicionais, mas também das mais novas. Lançada em 2014, a Bubble Mix Tea, rede de preparo da bebida taiwanesa Bubble Tea, é uma delas. Antes da pandemia, cerca de 85% de suas unidades ficavam em shoppings e galerias comerciais, locais que tiveram de ser fechados várias vezes desde março do ano passado, o que impactou fortemente no faturamento. “Por conta disso, pensamos que precisávamos de um modelo de negócio voltado para a rua e preferencialmente mais barato. Criamos, então, o To Go e o Express. O To Go é focado no take away. Tem um cardápio bem objetivo, com a novidade de o franqueado também poder vender produtos alimentícios para complementar o portfólio, e funciona em espaços compactos, a partir de 4,5 metros. O Express é uma store in store, idealizada para ser uma operação reduzida dentro de um estabelecimento já existente”, conta o sócio-diretor da empresa Rogério Arcanjo.


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Artur Hipólito, sócio-diretor da Home Angels

O primeiro formato tem investimento inicial de R$ 85 mil, incluindo taxa de franquia, maquinário básico e kit de utensílios, com projeção de faturamento mensal entre R$ 20 mil e R$ 40 mil. Até abril deste ano, sete unidades haviam sido vendidas e a meta é chegar a 20 em dezembro. No segundo, o valor é de R$ 25 mil, com faturamento médio mensal entre R$ 10 mil e R$ 25 mil. As vendas até o momento somam 11 operações, devendo a chegar a 35 nos próximos seis meses. Com as novidades, a empresa agora conta com quatro formatos de franquias. Os outros dois são loja e quiosque padrão, cujos investimentos iniciais ficam entre R$ 155 mil e R$ 180 mil, e o faturamento médio mensal, entre R$ 40 mil e R$ 75 mil. O payback estimado é entre 18 a 30 meses.

A rede de cuidadores de pessoas Home Angels, apesar de já ter nascido como microfranquia, em 2009, também decidiu criar uma opção mais econômica para captar interessados e conseguir se manter durante a maior crise sanitária da história. “A pandemia nos fez ter a necessidade de criar um modelo específico para pequenas e médias cidades. Assim nasceu o Home Angels Express, focado apenas em cuidadores de idosos e na oferta de serviços com uma carga horária menor, com contratos de quatro horas”, diz o sócio-diretor da marca Artur Hipólito. O lançamento tem taxa de franquia entre R$ 25 mil e R$ 35 mil e investimento pré-operacional de cerca de R$ 16 mil. O modelo tradicional ofertado pela marca, o Premium, tem taxa de franquia entre R$ 35 mil e R$ 50 mil e investimento de aproximadamente R$ 39 mil. Atualmente, a Home Angels conta com 105 unidades ativas. Com o Express, o plano é dobrar de tamanho até meados de 2022.

Rogério Arcanjo, sócio-diretor da Bubble Mix Tea

AS DEZ MAIORES MICROFRANQUIAS DO BRASIL POR NÚMERO DE UNIDADES Posição 2020

Marcas

Unidades em 2020

Unidades em 2019

Variação

Pit Stop Skol

1866

NF

-

Kumon

1585

1563

1%

Acqio

1036

1703

-39%

Ceopag

357

349

2%

Ceofood

331

327

1%

Maria Brasileira

317

209

52%

Touti

292

146

100%

Lava e Leva Lavanderia

276

276

0%

Solarprime

263

NF

-

10ª

É Seguro Corretora

196

NF

-

Fonte: Associação Brasileira de Franchising (ABF)

Junho e julho de 2021

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MICROFRANQUIAS

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Conheça algumas marcas que lançaram modelos de microfranquia durante a pandemia

Blue Sol Energia Solar: a rede que atua no setor de energia solar fotovoltaica lançou recentemente o modelo de microfranquias Next, cujo investimento é de R$ 25 mil, com payback em 6 meses. A expectativa é atingir 300 unidades até o final do ano.

MicroPro Desenvolvimento Profissional e Comportamental: a escola desenvolveu um modelo de operação mais enxuta para cidades do interior de São Paulo com 70 mil habitantes. O investimento é de R$ 89 mil

Buddha Spa: para minimizar os impactos do mercado durante a pandemia, a franquia do segmento de beleza e bem-estar lançou a microfranquia de massagem Smart Spa. O investimento inicial é de R$ 39 mil e os serviços são realizados na casa do cliente.

Minds English School: com o fortalecimento do home office e a migração para o coworking, a rede de idiomas lançou a microfranquia Coworking. O investimento é de R$ 69 mil e permite um faturamento de até R$ 35 mil.

Escape60: com investimento inicial de R$ 25 mil, a nova microfranquia da marca de jogos de fuga contempla acesso ao conteúdo de sete jogos on-line. O serviço pode ser realizado de forma remota, em um escritório ou no home office.

Park Education: batizado de Park Fit, o novo modelo de negócios da marca de ensino de inglês e espanhol tem valor de investimento inicial a partir de R$ 50 mil. O plano de expansão prevê a abertura de 20 unidades ainda em 2021.

Fábrica de Bolo Vó Alzira: a empresa ampliou seu portfólio com dois modelos de microfranquia, o ponto de venda e o quiosque. O investimento parte de R$50 mil, com lucratividade média estimada de 12% a 20% e payback em 30 meses.

Sterna Café: durante a pandemia, a rede de cafés lançou os modelos Sterna Café Dark Kitchen (investimento de R$ 89.750), focado no preparo e na entrega, dispensando área para atendimento de salão, e Carrinho Sterna Café (R$ 80.750), com área mínima de 5 m² e cardápio reduzido.

Ginástica do Cérebro: por conta da pandemia, a rede de cursos de estimulação cognitiva desenvolveu um modelo de operação voltado para cidades pequenas, com investimento inicial de R$ 13 mil (inclui taxa de franquia, kit de abertura e capital de giro). O faturamento médio mensal é a partir de R$ 6,5 mil. Love Gifts: a rede de franquias de presente criativos lançou no ano passado o formato de microfranquia home based, no qual o franqueado atua exclusivamente com delivery local e regional. O investimento inicial é de R$ 29,9 mil.

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Turquesa Esmalteria: a novidade da rede de beleza para driblar a crise é o modelo Turquesa Petit. O investimento inicial é de R$ 53 mil, com faturamento médio de R$ 50 mil (loja madura) e prazo médio de retorno de 16 meses. Via Certa Educação Profissional: a empresa de cursos profissionalizantes também está operando com microfranquias. O novo modelo de negócio funciona exclusivamente on-line e tem investimento inicial de R$ 15 mil, sendo R$ 10 mil de taxa de franquia.



PONTO COMERCIAL

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#sinergia #economia #visibilidade

Marcas apostam no compartilhamento de espaço FRANQUIAS COM SINERGIA PASSARAM A DIVIDIR O MESMO AMBIENTE EM BUSCA DE REDUÇÃO DE CUSTOS. VEJA ALGUNS EXEMPLOS E SAIBA QUAIS AS REGRAS PARA A PARCERIA DAR CERTO

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sazonalidade –, falar com o mesmo público-alvo e uma aumentar o tíquete médio da outra. “Se não tiver essa leitura, talvez não seja tão interessante atuar dessa forma”, complementa. O que também é importante é a franqueadora autorizar o negócio e, caso o comando seja feito por pessoas distintas, a negociação ser clara e bem especificada sobre quais são os seus direitos e deveres.

EXEMPLOS DE SUCESSO Entre as empresas do franchising que tem apostado alto nesse tipo de projeto está a Halipar, holding de alimentação e participações, dona das marcas Montana Grill, Croasonho, Milanetto, Griletto e JinJin. Há dois anos, mais ou menos, ela trabalha no desenvolvimento FOTOS: DIVULGAÇÃO

E

m 2020, uma tendência que se consolidou no franchising foi a das dark kitchens, também chamadas de cozinhas fantasmas ou virtuais. Este ano, no entanto, esse movimento de compartilhamento cresceu – potencializado pela pandemia de Covid-19 – e chegou até às lojas físicas, resultando na divisão de espaços por marcas sinérgicas. Com essa ação, mais do que reduzir custos, as marcas buscam também otimizar a operação e diversificar o mix de produtos. “O sistema de franquias já tinha esse tipo de modelagem, só que não era tão explorado. Foi mesmo com o surgimento das dark kitchens que vimos que podemos ter, no mesmo ambiente, duas, três, quatro bandeiras distintas coexistindo e, em cima disso, ganhar escala e eficiência operacional”, disse o presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), André Friedheim. Ele salienta que existem basicamente duas formas de se trabalhar esse conceito: o mesmo franqueado operar várias marcas ou cada uma ser de um franqueado diferente. “Independentemente de como esse compartilhamento seja feito, acredito que é sempre um ganho para o sistema, pois fomenta o mercado, cria colaboração entre as redes e ainda melhora a experiência do consumidor.” Apesar disso, o presidente da ABF observa que, para a parceria dar mesmo certo, as marcas precisam ser sinérgicas e complementares – às vezes por questões de

Jorge Mariano, gerente de Expansão do Grupo Halipar

OutubroJunho e novembro e julhode de2020 2021

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FOTO: DIVULGAÇÃO

PONTO COMERCIAL

“AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL NOS OBRIGARAM A FECHAR AS UNIDADES E, COM ISSO, NOSSO FATURAMENTO CAIU VERTIGINOSAMENTE. A PARTIR DAÍ COMEÇAMOS A PENSAR EM MANEIRAS DE MINIMIZAR OS CUSTOS E OTIMIZAR A OPERAÇÃO. UMA DAS QUE ENCONTRAMOS FOI COLOCANDO TODAS AS REDES NO MESMO LOCAL E, COMO ELAS TÊM RELAÇÃO, SINERGIA, DEU SUPER CERTO” Luis Zemlenoi, diretor de Expansão do Grupo VA Licenciamento e Franquias

do Halifood, um modelo de negócio que visa justamente reunir, em um mesmo ambiente, suas diferentes marcas, com sistema único e cozinha compartilhada. A primeira unidade foi inaugurada em fevereiro de 2020 no Parque Corporativo Bresco Viracopos, localizado a 2,5 km do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo. Ela conta com quatro das cinco bandeiras do grupo e recebeu um investimento de cerca de R$ 1,5 milhão. A segunda iniciou a operação em fevereiro deste ano, com três marcas, no setor de alimentação de um posto de gasolina no bairro Chácara Flora, na capital paulista. O valor empregado ficou acima de R$ 1 milhão. De acordo com o gerente de Expansão da companhia, Jorge Mariano, esse novo formato traz uma série de vantagens tanto para o empreendedor ou empresário, quanto para o cliente: “o franqueado paga um valor mais barato do que se fosse adquirir cada marca separadamente, tem uma redução significativa nos custos da operação, já que se trata de uma única empresa, que compartilha os mesmos funcionários e tem o mesmo estoque, e tem aumento da rentabilidade. Pelo lado do consumidor, ele pode escolher entre diversas opções em um único espaço, o que certamente melhora a sua experiência”.

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Revista Franquia & Negócios ABF

Os próximos Halifood serão inaugurados na Vila Mariana e em Pinheiros, ambos na cidade de São Paulo. A meta da Halipar é fechar o ano com dez operações e, a partir de 2022, emplacar entre oito e dez unidades por ano. Outra empresa que resolveu apostar no compartilhamento de espaços foi o Grupo VA Licenciamento e Franquias, detentor das marcas Evolute Profissionalizantes e Idiomas, EvoEstágios e Evolute On-line. O principal motivador, aponta o diretor de Expansão Luis Zemlenoi, foi a crise provocada pela pandemia da Covid-19. “As medidas de isolamento social nos obrigaram a fechar as unidades e, com isso, nosso faturamento caiu vertiginosamente. A partir daí começamos a pensar em maneiras de minimizar os custos e otimizar a operação. Uma das que encontramos foi colocando todas as redes no mesmo local e, como elas têm relação, sinergia, deu super certo”, avalia. Das 123 operações, 17 aderiram. O executivo diz que tanto o mesmo franqueado pode ter mais de uma marca no local, quanto empreendedores diferentes podem comandar cada uma delas. E, segundo ele, a economia, em qualquer uma das situações chega a 35%. “Como a Evolute exige uma instalação maior, de cerca de 200 m², a EvoEstágio e a Evolute On-Line têm ido para dentro dela, sendo implementadas em salas pequenas, de uns 20 m²,


FOTO: DIVULGAÇÃO

mas com toda a identificação necessária. Caso sejam comandas por franqueados diferentes, funciona meio que como uma sublocação, com toda a negociação sendo feita entre eles, mas com o apoio da franqueadora”, explica. Lez a Lez, do segmento de moda, e Café Cultura, de alimentação, são mais algumas redes que identificaram boas oportunidades na divisão de espaços. As duas têm uma unidade em conjunto, com cada bandeira sendo comandada por um franqueado, desde 2018, na cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. “Identificamos a sinergia de público das duas marcas. Elas conversam com o mesmo perfil de cliente”, aponta o sócio da rede de cafeterias Café Cultura, Carlos Zilli. “A tendência que existe de associar produto com serviço de alimentação também acelerou esse projeto. A briga pelo bolso do consumidor aumentou com a omnicanalidade. Todos disputam o mesmo consumidor de diferentes formas em diferentes canais. Concentrar forças com produtos complementares e para um público sinérgico passou a ser um diferencial competitivo e que tem atraído cada vez mais seguidores.” Devido ao sucesso do modelo, comprovado pelo aumento da frequência nas compras e do tempo de permanência na loja, as empresas, agora, estão trabalhando no desenvolvimento de novos formatos, adaptados a cada localidade, a fim de haja total adequação.

FOTO: PAULO CORDEIRO, AGÊNCIA PORTAL DA ILHA

Lez a Lez, do segmento de moda, e Café Cultura, de alimentação, identificaram boas oportunidades na divisão de espaços

“TODOS DISPUTAM O MESMO CONSUMIDOR DE DIFERENTES FORMAS EM DIFERENTES CANAIS. CONCENTRAR FORÇAS COM PRODUTOS COMPLEMENTARES E PARA UM PÚBLICO SINÉRGICO PASSOU A SER UM DIFERENCIAL COMPETITIVO E QUE TEM ATRAÍDO CADA VEZ MAIS SEGUIDORES” Carlos Zilli, sócio da rede de cafeterias Café Cultura

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NICHO

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#supermercados #farmácias #construçãocivil

Eles estão firmes e fortes

ENQUANTO ALGUNS SEGMENTOS SOFREM COM A PANDEMIA, OUTROS CRESCEM, EM ESPECIAL SUPERMERCADOS, FARMÁCIAS E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. CONFIRA COMO ALGUMAS DESSAS FRANQUIAS TÊM CRESCIDO E QUAIS SÃO SEUS PLANOS PARA O FUTURO

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Revista Franquia & Negócios ABF


FOTOS: THIAGO BARRETO

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esde que foi decretada a pandemia do novo coronavírus, cada segmento da economia foi impactado de maneira diferente. Enquanto muitos registraram quedas vertiginosas nos números e, pior, perderam empresas, outros não se abalaram e ainda cresceram de forma significativa. São os considerados essenciais ou que oferecem produtos e serviços necessários para este período atípico. Dentre eles, três em especial se destacam, inclusive no sistema de franquias: supermercadista, construção civil e farmácias. “Nunca passamos tanto tempo em casa. Isto fez com que o conceito de morar bem fosse mais valorizado, seja pela aquisição de um novo lar, com mais espaço, ou mesmo a conquista do próprio espaço, diminuindo assim os índices de coabitação. Também mudou os hábitos de alimentação, tornando cozinhar uma terapia, e impulsionou temas como saúde, bem-estar e higiene”, aponta o fundador da consultoria All Franchising, Alexandre Barreiro. Alexandre Barreiro, fundador da consultoria All Franchising

A seguir, confira como três franquias nacionais – Bio Mundo, Casa do Construtor e Drogarias Max –, com atuação em cada uma das áreas indicadas, têm conseguido obter ótimo desempenho em meio à maior crise sanitária e econômica da história recente e quais os seus planos para o futuro.

SUPERMERCADO Devido, sobretudo, às medidas de isolamento social e a busca por uma dieta mais equilibrada, fatores que contribuíram com a elevação do consumo dentro do lar, o ano de 2020, apesar de tudo, acabou sendo extremamente positivo para o setor supermercadista. Pelos dados do Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade, a alta real registrada – deflacionada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – foi de 9,36% na comparação com o mesmo período de 2019. Para este ano, a projeção é de aumento de 4,5%. O reflexo de todo esse cenário foi sentido pela Bio Mundo, que, pela classificação da Associação Brasileira de Franchising (ABF), entra na categoria de empório, mercado e loja de conveniência. “Sofremos um pouco com as operações em shoppings, devido ao lockdown. Porém, isso foi compensado com o crescimento na procura por produtos naturais e de alimentação saudável, em nossas lojas de supermercado e de rua, a implementação de vendas por WhatsApp, a adesão a plataformas de delivery e ao lançamento de diversos produtos de marca própria”, relata o CEO da empresa, Edmar Mothé. Junho e julho de 2021

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

NICHO

Edmar Mothé, CEO da Bio Mundo

Diante disso, a franquia fechou o ano passado com faturamento de R$ 128 milhões e 122 lojas com contratos assinados, um crescimento de 23% em relação a 2019. As projeções para 2021 são otimistas: bater R$ 190 milhões, o que representaria uma alta de 48%, e abrir 50 novas unidades. “Apesar da segunda onda da Covid-19 no primeiro semestre, seguimos investindo e sustentando esse plano”, afirma o executivo. “O setor de alimentação é equilibrado, de baixo risco e essencial, e, o de alimentação saudável, é o do futuro, sendo o que mais cresce. Longe de ser um mercado de nicho, é um mercado de alta relevância, com um faturamento expressivo. Atualmente, o Brasil ocupa o 4º lugar

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no ranking mundial dos países que mais consomem produtos de alimentação saudável, com uma marca de quase R$ 100 bilhões de faturamento”, complementa.

CONSTRUÇÃO CIVIL Um dos termômetros da economia, a construção civil, apesar da queda de 2,8% no ano passado, encerrou 2020 com alta de 9,8% nas vendas de imóveis e sendo o setor que mais gerou novas vagas de emprego com carteira assinada no País (106.753). Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Em se tratando do varejo de materiais de construção, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2020 foi encerrado com 10,8% de variação acumulada, a quarta taxa positiva consecutiva e a segunda maior da série histórica (a primeira foi o ano de 2010, com 15,7%). Esse resultado foi influenciado pelas vendas de material para obras de pequeno porte e reparos. Uma das principais redes deste segmento, a Casa do Construtor, especializada na locação de equipamentos para construção civil, pequenos reparos, manutenção, limpeza pesada e jardinagem, mesmo enfrentando algumas adversidades, encerrou o primeiro ano da pandemia com ótimos resultados e ainda foi listada pela primeira vez no ranking da ABF das 50 Maiores Franquias do Brasil em número de unidades. Suas operações chegaram a 322 em 2020, ante 275 no ano anterior, o que representa um incremento de 16%. Com isso, o faturamento bateu à casa dos R$ 328 milhões, alta de 18% em relação a 2019. Para 2021, os planos são inaugurar mais 100 unidades, crescer 33% e chegar a uma receita de R$ 440 milhões e, em cinco anos, a meta é ainda mais ambiciosa, chegar a 1 mil lojas.



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NICHO

Altino Cristofoletti Junior, CEO da Casa do Construtor

Segundo o CEO da empresa, Altino Cristofoletti Junior, esse bom desempenho se deve a alguns fatores, em especial ao aquecimento de pequenas obras e a tendência do “faça você mesmo” devido ao maior tempo de permanência das famílias em casa para manter o distanciamento social. “Quando a pandemia começou, em março, tivemos uma diminuição no faturamento e nos contratos. Mas já a partir de abril percebemos uma mudança importante com a ressignificação do lar, que se tornou não apenas um ambiente de proteção, mas também o local de trabalho, estudo e lazer. As pessoas, então, resolveram fazer melhorias e adaptações e passaram a realizar certas atividades, como cuidar do jardim, que antes eram desempenhadas por terceiros”, analisa. Outras questões que impactaram positivamente no negócio, aponta o executivo, foram a classificação da construção civil como atividade essencial, o que permitiu que suas lojas continuassem operando mesmo com algumas restrições no atendimento em grande parte do Brasil, e a aceleração do seu processo de digitalização, implantando ou aprimorando canais virtuais para franqueados e para o consumidor.

divulgados pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostram que o faturamento das empesas associadas chegou a R$ 58,17 bilhões em 2020, um crescimento de 8,8% em relação ao ano anterior. No franchising, o segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar, no qual entram as farmácias, também foi um dos que teve os melhores desempenhos, com alta de 3,1% no ano. Entre as redes que confirmam esse resultado está a Drogarias Max – em 2020 cresceu 41% em valor e 31% em unidades. “O fechamento dos centros comerciais foi um grande impulsionador. Os consumidores que ficavam o dia todo no escritório ou em atividades externas tiveram, devido às ações de restrição de circulação, que ficar mais tempo em casa, passando a consumir mais nas drogarias locais. Outro fator que gerou esse crescimento foram os produtos relacionados tanto à prevenção e fortalecimento da imunidade do organismo, como vitaminas A e C e Zinco, quanto à higiene e proteção, entre eles, álcool em gel, sabonetes antissépticos, luvas e máscaras”, indica o gerente de Negócios da marca, Lucas Procópio. Com 122 unidades atualmente, a Drogarias Max projeta um crescimento mais ousado para 2021 devido ao novo plano de expansão em andamento. “Flexibilizamos a entrada de novos franqueados e estamos com um pacote promocional, válido até 31 de dezembro. Por isso, nossa expectativa é de crescimento de 25% em relação a 2020. É uma meta ousada e desafiadora, mas estamos com novas estratégias e trabalhando ativamente para atingir esse número.” Algumas delas, destaca o executivo, são a disponibilização para os franqueados de indicadores e análises sobre o seu negócio, importantes ferramentas para a administração do ponto de venda, e um novo portal de compras, inclusive com versão para celular, que permite a aquisição instantânea em condições diferenciadas e traz informações sobre tíquete médio da loja, número de atendimento, projeção do fechamento do mês e metas de vendas.

FARMÁCIA Um dos setores da economia que menos sofreu com a crise provocada pelo novo coronavírus certamente foi o de farmácias, por conta do aumento dos cuidados com a saúde e a necessidade de compra de medicamentos para a realização de tratamentos de doenças, inclusive a Covid-19. Dados

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Lucas Procópio, gerente de Negócios da Drogarias Max


Ser ABF é ser mais FORTE. Um associado conta com a FORÇA de uma associação que defende, promove e desenvolve o mercado de franquias no Brasil, incentivando o crescimento e fortalecimento do setor. Ser ABF é contar com o apoio desta entidade em todos os momentos: Network | Capacitação | Selo de Excelência | Internacionalização | Reconhecimento Representatividade | Eventos Nacionais e Internacionais | Mentoria | Infraestrutura Parcerias | Comunicação | Inteligência de Mercado

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OPEN BANKING

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#crédito #novasregras #compartilhamento

Consumidores no controle

O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO ABERTO PROPOSTO PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL DEVERÁ SER ENCERRADO EM DEZEMBRO DE 2021, TRAZENDO VANTAGENS PARA PESSOAS FÍSICA E JURÍDICA

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sistema financeiro nacional passa por uma grande transformação desde o ano passado: primeiro com a implementação do Pix (meio de pagamentos e transferência instantâneos) e, agora, com o Open Banking (ou Sistema Financeiro Aberto) – uma iniciativa que, como explica o Banco Central do Brasil, tem como principais objetivos levar inovação ao sistema financeiro, promover a concorrência e melhorar a oferta de produtos e serviços financeiros para pessoas físicas e jurídicas. Em fevereiro deste ano, entrou em funcionamento a primeira fase do programa, para compartilhamento padronizado de informações sobre canais de atendimento, serviços e produtos financeiros tradicionais. A segunda etapa inicia-se em julho. Nela, os consumidores, caso queiram, terão o controle para compartilhar seus dados (cadastrais, transações em conta e informações sobre cartões e operações de crédito) com as instituições de sua preferência. O próximo passo será realizado no final de agosto, quando os clientes terão acesso a serviços como pagamentos e propostas de crédito – e não apenas nos canais das instituições financeiras, mas em diversas plataformas.

As instituições participantes do Open Banking só poderão compartilhar dados e serviços de clientes que tenham solicitado o compartilhamento após as seguintes etapas: § Consentimento § Autenticação § Confirmação

Em dezembro, está previsto o quarto e último passo, com a ampliação do conceito de Open Banking para incluir mais opções que poderão ser compartilhadas. Na prática, com essa novidade, clientes pessoas físicas e corporativos conseguirão usar seus dados em benefício próprio, para encontrar produtos e serviços que mais se adequem às suas necessidades e sem precisar iniciar relacionamento com a instituição financeira ofertante. Fora isso, como os dados passam a ser do cidadão ou da companhia, poderão ser compartilhados com as empresas participantes, que vão além dos bancos tradicionais. “O sistema tende a transformar o cenário financeiro do País. Empoderado, o consumidor poderá usufruir de ampla variedade de serviços financeiros, ter acesso a taxas de juros mais atrativas, maior limite de crédito, bem como mais agilidade e menor custo nas operações”, diz Rafael Pereira, presidente da Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), entidade que integra o Conselho Deliberativo da estrutura de governança do Open Banking.

Soluções que poderão ser desenvolvidas a partir do Open Banking § Comparadores de serviços e tarifas § Apps de aconselhamento financeiro e planejamento familiar § Iniciação de pagamentos em mídias sociais § Marketplace de crédito Fonte: Banco Central do Brasil

Rafael Pereira, presidente da Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD)

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OPEN BANKING

Benefícios do Open Banking Mais competição: com acesso aos dados dos usuários, instituições participantes poderão fazer ofertas de produtos e serviços para os clientes de seus concorrentes, que poderão obter tarifas mais baixas e condições mais vantajosas. Melhor experiência no uso de produtos e serviços financeiros: torna possível que as instituições participantes ofereçam soluções que facilitam ao consumidor controlar a sua vida financeira. Quem, por exemplo, possui mais de uma conta bancária ou tem conta em um banco e empréstimo em outro, poderá ver todas as suas informações em um único local. Fonte: Banco Central do Brasil

Ricardo Rocha, professor de Finanças do Insper

O professor de Finanças do Insper, Ricardo Rocha, avalia que, assim como Pix, o novo Sistema Financeiro Aberto será extremamente positivo. “Com ele, teremos uma maior concorrência entre as instituições financeiras, a introdução de produtos mais inteligentes e a chegada de novos agentes, por exemplo, bancos de cooperativas, bancos digitais e fintechs. Tudo isso abre boas perspectivas e, no final, é ótimo para o consumidor.”

VANTAGENS PARA EMPRESAS

Serviços Financeiros do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Cristina Vieira. Além disso, a especialista salienta que as companhias terão a possibilidade de ter um maior controle de sua vida financeira devido aos novos produtos e serviços que certamente surgirão, como app de controles financeiros integrado com a conta corrente. “Com isso, o próprio empreendedor poderá fazer (a gestão).” Mas, para que a relação com os agentes do sistema financeiro seja realmente positiva e efetiva, Rocha, do Insper, pontua que os comandantes das empresas precisam ter um relacionamento saudável com as instituições bancárias. “É fundamental ter um bom diálogo e um bom histórico, pois aí eles conseguirão ‘pechinchar’ e ‘brigar’ pelas melhores condições.” FOTO: HUGO SANTAREM RODRIGUES

Em se tratando especificamente de empresários e empreendedores, a lista de benefícios se torna ainda maior. “Eles poderão escolher, com mais facilidade, com quem querem se relacionar tendo em vista as vantagens ofertadas. São inúmeras as possibilidades que o Open Banking irá gerar”, afirma a analista de Capitalização e

Instituições participantes Somente instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem participar do ecossistema do Open Banking. A regulamentação prevê participantes obrigatórios e voluntários, a depender do porte e do dado ou serviço que está sendo compartilhado. A lista completa está disponível no link https://openbankingbrasil.org.br/quem-participa/ Fonte: Banco Central do Brasil

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Cristina Vieira, analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)


Pontos de segurança § O cliente tem o completo controle dos seus dados § Todo o processo ocorre num ambiente com diversas camadas de segurança, com autenticação do consumidor e das instituições participantes § Somente instituições autorizadas participam § As regras de segurança cibernética precisam ser cumpridas § Há regras também para responsabilização das instituições e de seus dirigentes § O Banco Central supervisiona todo o processo

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Fonte: Banco Central do Brasil

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POSITIVO PARA O FRANCHISING Pelo fato de possibilitar uma oferta de serviços financeiros por mais agentes, inclusive agentes não financeiros, o Open Banking também deverá trazer muitas oportunidades para o franchising. “O mercado como um todo se beneficia de qualquer inovação, mas desde que seja aplicada de maneira correta”, avalia o CEO da MemoCash Soluções, rede de sistemas de vendas e gestão e que vai aderir ao sistema de forma voluntária, Vitor Fonseca. O executivo acrescenta que esse novo conceito em implantação no País “está trazendo um discurso e uma democratização muito grande para pessoas físicas e jurídicas e resolvendo algumas operações que eram consideradas extremamente caóticas, como fazer um empréstimo bancário e migrar uma conta bancária e seu passivo para outro banco”. Agora, na sua visão, cabe às pequenas e médias empresas se prepararem para seguir o ritmo acelerado que esse tipo de inovação traz, sobretudo porque os consumidores estão atentos a isso. “Eles aprenderam que são donos do seu dinheiro e acabam o levando para quem está mais preparado para suprir suas experiências”, finaliza.

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#legislação #medidasprovisórias #pronampe

Antes tarde do que nunca Por Sidnei Amendoeira Jr.

MEDIDAS DE APOIO AO SETOR SÃO DIVULGADAS PELO GOVERNO FEDERAL, COMO A DECISÃO DE TORNAR O PRONAMPE DEFINITIVO, A RENOVAÇÃO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS TRABALHISTAS E A REABERTURA DO PROGRAMA DE RETOMADA FISCAL PELO MINISTÉRIO DA ECONOMIA

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§ O programa passa a ser uma política oficial de crédito com tratamento diferencial e favorecido às MEs e EPPs; § O Governo Federal fica autorizado a aumentar sua participação no Fundo Garantidor de Operações (FGO); § A linha de crédito concedida corresponderá a até 30% da receita bruta anual do ano anterior e, para empresas com menos de 12 meses, a 50% do capital social ou 30% da média do faturamento até então multiplicado por 12; § O Sebrae será informado para poder dar suporte a quem puder receber o empréstimo; § Foram estabelecidos juros máximos de Selic + 1,25% para operações até 31/12/20 e 6% a partir de 1/1/21; e § As instituições financeiras operarão com recursos próprios, mas haverá garantia do FGO de até 100% de cada operação, não podendo superar 85% da carteira total da instituição.

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ando sequência ao tema principal dos últimos dois artigos, importante informar a todos que, ainda que muito tardiamente na opinião deste colunista, finalmente começaram a sair as tão esperadas medidas de apoio ao nosso setor. Em primeiro lugar, no último dia 11 de maio, foi aprovado o Projeto de Lei 4.139/2020, que reuniu diversos outros projetos, dentre eles o 5.575/2020, que tornou definitivo o Pronampe – Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei 13.999, de 18/5/2020). Da mesma forma foram renovadas as Medidas Provisórias Trabalhistas. Assim, a MP 936, convertida na Lei 14.020, de 06/07/20, foi retomada agora pela MP 1045, de 27/04/21, que permite acordar a redução proporcional da jornada de trabalho e do salário, por mais 120 dias (art. 7º), nos seguintes percentuais: 25%; 50% e 70%. Para tanto, o empregado deve ser avisado com dois dias de antecedência.

Sidnei Amendoeira Jr., diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF)

Neste período, o empregado receberá do empregador a parte do salário que foi mantida e do Governo Federal o valor equivalente ao da redução, calculado com base no valor do seguro-desemprego, o chamado BEM - Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (art. 6º). Da mesma forma, a citada Lei 14.020/20 permitiu a suspensão dos contratos de trabalho no ano passado. Agora, com a nova MP, abriu-se novo prazo de 120 dias (art. 8) para tanto. Nesse período o empregado receberá do Governo Federal o valor de 100% do seguro-desemprego (art. 6º, II, “a”), salvo no caso de empresas com receita bruta acima de R$ 4,8 milhões anuais (ano calendário 2019), que terão que arcar com 30% do salário durante a suspensão e o governo com os demais 70% (arts. 8º, §6º). Importante destacar que, durante esse período de suspensão, o empregado não pode atuar de qualquer forma para o empregador, presencialmente ou a distância, sob pena deste pagar àquele a remuneração integral e demais penalidades legais (art. 8º, §5º). As medidas de suspensão e redução podem ser adotadas com relação a qualquer trabalhador formal (com carteira assinada) de qualquer categoria, até mesmo gestantes, exceto para quem já esteja recebendo seguro-desemprego e para os trabalhadores do setor público. O contrato de trabalho que foi suspenso ou reduzido poderá ser retomado: ao fim do período de suspensão/redução previsto no acordo; antecipadamente pelo empregador; ou com o fim do estado de calamidade pública, o que ocorrer primeiro (art. 7º, §1º, I e II e art. 8º, §4º, I e II).

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A RT I G O

Durante o período do acordo e após o reestabelecimento do contrato, por período igual, há estabilidade e o funcionário não pode ser demitido (art. 10). Assim, se o contrato foi suspenso por dois meses, durante esses dois meses e por mais dois meses, não poderá ser demitido. A dispensa sem justa causa que ocorrer durante esse período sujeitará o empregador ao pagamento, além das verbas rescisórias previstas em lei, a indenização no valor de (art. 10, §1º) que podem variar de 50% a 100%. As medidas em questão poderão ser celebradas por meio de negociação coletiva (art. 11) e poderão até estabelecer percentuais diversos dos que constam na MP, mas, se isso for feito, o BEM não será pago para as reduções menores que 25%; será de 15% nas reduções entre 25% e 50% e será de 50% para reduções acima de 75%. Também poderão celebradas ser por meio de negociações individuais (art. 12): para quem recebe valor igual ou inferior a R$ 3.300,00, desde que o empregador tenha auferido no ano de 2020 receita superior a R$ 4,8 milhões; para quem tenha diploma de grau universitário e salário de duas vezes o teto do regime da previdência; e para todos os demais, o acor-

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do pode ser individual na redução de até 25%, mas tem que ser coletivo para redução de 50% ou 70% e pode ser individual quando não haver qualquer redução salarial. Os acordos devem ser informados ao Ministério da Economia em até dez dias pelo empregador, sob pena de ter que pagar a remuneração (art. 12, §4º). O BEM será pago em até 30 dias contados do recebimento da informação através de declaração a ser enviada via site Empregador Web. Por sua vez, a MP 1046/2021 “reeditou” a antiga MP 927/2020 que caducou e não foi convertida em lei. A nova MP estabelece que podem ser concedidas: férias individuais, para os que já têm ou não o período aquisitivo (art. 5º); e férias coletivas (art. 11). Em qualquer dos casos, haverá a necessidade de pré-aviso com 48 horas de antecedência ao funcionário e estaria dispensada a comunicação ao sindicato e ao órgão do Ministério da Economia (secretaria do trabalho). Essas férias podem ser revogadas a qualquer momento (art. 6º). Ademais, o adicional de um terço de férias poderá ser pago até o prazo para pagamento da gratificação de Natal (art. 7º); também pode ser antecipado o gozo dos feriados (art. 14); alterado o regime para teletrabalho; e constituído banco de horas com compensação em até 18 meses (art. 15). Outra notícia relevante diz respeito à nova Lei, 14.151, sobre afastamento das gestantes, ou seja, durante a emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus, as empregadas gestantes deverão permanecer afastadas das atividades de trabalho presencial, sem prejuízo de sua remuneração. Por outro lado, poderão ficar à disposição para exercer as atividades em seu domicílio, por meio de teletrabalho. Por fim, mas não menos importante, foram divulgadas medidas de reabertura do Programa de Retomada Fiscal pelo Ministério da Economia do Governo Federal. Assim, basicamente as empresas no regime do Simples podem, sem limitação de valor, desde que impactadas pela pandemia, parcelar débitos em entrada de 4% do valor pago em até doze vezes e mais 133 parcelas adicionais, com descontos de até 70% (Portaria PGFN 18.731/2020). Na mesma linha, na Transação Extraordinária Covid-19 tratadas nas Portaria PGFN 9.924/2020 e 14.402/2020. A primeira permite, a todos os devedores, sem limite de valor, aderir para parcelar débitos da seguinte forma: 1% de entrada em três parcelas e saldo em mais 81 ou 142 parcelas adicionais conforme a situação do contribuinte. A segunda, para valores de até R$ 150 milhões, é para devedores impactados pela pandemia, com entrada de 4% em doze vezes e saldo em mais 72 ou 133 parcelas adicionais conforme a situação do contribuinte, podendo os descontos variar de 50% a 70%.


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Fazer o quê? Por Luciano Pires*

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E

m minha vida profissional sempre me deparei com coisas que não aconteciam, os “não-eventos”. E ao interpelar o responsável, invariavelmente vinha um “tô esperando o fulano”, “tô esperando a liberação”, “tô esperando o orçamento” e outras variedades de esperas. E, quando eu apertava a pessoa, vinha aquele infalível “fazer o quê”? E a culpa do não acontecimento era confortavelmente transferida para um terceiro. Num texto de Moacyr Scliar, que tratava da eliminação do Brasil numa das Copas do Mundo, ele dizia que a frase mais comum foi o clássico “Fazer o quê?”, marca registrada do fatalismo brasileiro. Perdemos, fazer o quê? E Scliar explica: ‘Fazer o quê?’ serve para o curto prazo, para o momento de perplexidade, de desamparo. (…) No caso, esse desamparo resulta, não do destino, mas de uma invencível compulsão. O cara que prefere a sede à água, o cara que prefere, à cabeça, a parede que vai rachar a cabeça, esse cara realmente vai se ferrar, mas não pode evitá-lo: é o seu jeito de ser, fazer o quê? * Luciano Pires pires.com.br www.lucianopires.com.br Por definição, trata-se de uma pergunta sem resposta, o símbolo da resignação. Uma resignação que, aliás, até ajuda as pessoas, impedindo-as de caírem no desespero. Numa crônica, Fernando Sabino fala de sua empregada que, numa daquelas chuvaradas devastadoras, perdeu o barraco onde morava. Além do “fazer o quê?”, a mulher produziu uma reflexão consoladora: pelo menos, ela disse, não vai faltar água para a lavoura. Quando alguém se queixa de coisas como tristeza, sensação de inutilidade, desamparo, um norte-americano inevitavelmente dirá: ‘Do something about it’, faça alguma coisa a respeito, não fique se lamentando. Fazer, numa sociedade eminentemente pragmática, é a coisa básica. Foi pelo fazer que os norte-americanos chegaram aonde chegaram, mesmo que o modelo por eles construído desagrade a muita gente. Para a vida como um todo, a pergunta correta é “O que fazer?”.

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