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ANO 15 | Nº 88 | R$ 15,00 | DEZ/JAN 2020
Franchising se mobiliza cada vez mais em torno de ações sociais e sustentáveis
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SELO DE EXCELÊNCIA 2019 Excelência em franchising. Uma conquista de grandes marcas, uma vitória para todo o setor. Confira as marcas que estão contribuindo para o melhor dia a dia de suas redes e sendo reconhecidas como excelência pelos seus franqueados.
Juntos, somos o franchising brasileiro.
EXCELÊNCIA EM CONVERSAÇÃO
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EXPEDIENTE
/editoralamonica
DIRETORIA ABF
Diretor-presidente Diretor vice-presidente Diretora Administrativa-financeira Diretor Jurídico Diretor Internacional Diretora de Capacitação Diretor de Marketing e Comunicação Diretor de Institucional Diretor de Franqueados Diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos Presidente da Comissão de Ética Presidente da ABF Seccional Rio Diretor ABF Regional Sul Diretora Regional Centro-Oeste Diretora Regional Minas Gerais Diretor Regional Nordeste Diretor Regional Interior de São Paulo
André Friedheim Antonio Bento Moreira Leite Bruna Brunet Saraiva Nasser Fernando Tardioli Lúcio de Lima Fábio Khouri de Oliveira Fabiana Estrela Alessandro Gonçalves Pereira Sidnei Amendoeira Junior Alberto Tadassi Oyama Adriana Auriemo Miglorancia Jae Ho Lee Beto Filho Antonio Carlos Diel Claudia Regina Vobeto Pinto Danyelle Van Straten Leonardo Lamartine Rogério Gabriel
CONSELHO FISCAL Fernando José Fernandes Junior, Sylvio Korytowski e Leonardo de Almeida Cubiça CONSELHO ABF Ricardo Figueiredo Bomeny (presidente), Maria Cristina C. da Motta Franco, Altino Cristofoletti Junior, Carlos Sadaki, Décio Pecin, Fernando Fernandes e Juarez Leão
EDITORA RESPONSÁVEL Editora Lamonica Tel.: 55 (11) 3256-4696
Publisher José Lamônica - lamonica@editoralamonica.com.br
Editora Andréa Cordioli (MTb: 31.865) andrea@editoralamonica.com.br Repórteres colaboradores Janaína Langsdorff, Márcia Rodrigues e Paulo Gratão Diagramador Marcelo Amaral - marcelo@ditoralamonica.com.br Diagramador colaborador Lucas Barone Faria Comercial Thais Andrade - 11 99115-3339 - thais@editoralamonica.com.br Parceria: Bruna Ribeiro - 11 98568-2920 - bruna@editoralamonica.com.br Luzia Rodrigues - 11 97014-2726 - luzia@editoralamonica.com.br Logística e Mercado Mônica Cavalcante - monica@editoralamonica.com.br Administração e Financeiro Silvia Medeiros - silvia@editoralamonica.com.br Plataforma digital www.editoralamonica.com.br
NAS VERSÕES DIGITAL E IMPRESSA WWW.FRANQUIAENEGOCIOS.COM.BR
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Revista Franquia & Negócios ABF
C A R TA D O P R E S I D E N T E
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#transformacaodigital #responsabilidadesocial #sustentabilidade
Sobre transformação digital, responsabilidade social e sustentabilidade
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Revista Franquia & Negócios ABF
Foto: Keiny Andrade
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unca se falou tanto em transformação digital como na atualidade e o franchising está surfando nessa onda. Redes têm investido em inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), realidade virtual, totens de autoatendimento, sistemas eletrônicos de automação acionados via smartphones, entre outras soluções e inovações. Nessa era da transformação digital, a Associação Brasileira de Franchising (ABF), como entidade oficial do setor no Brasil, está mergulhando mais fundo na tecnologia. Segunda maior entidade do setor de franquias mundial e benchmark internacional, a ABF intensificou seus investimentos em recursos humanos e técnicos para acompanhar as rápidas transformações tecnológicas que acontecem em todo o mundo e influenciam os negócios e toda a sociedade. E se por um lado o setor de franquias nunca esteve tão tecnológico, por outro lado está cada vez mais ligado à responsabilidade social e à sustentabilidade, temas da matéria de capa desta edição de Franquia & Negócios. Em meio à revolução provocada pelo avanço da internet, das mídias sociais, o mundo parece mais tecnológico e menos humanizado. Porém, o que está ficando mais evidente é
que o ser humano está no centro das transformações digitais. Por trás da frieza das máquinas há pessoas. Por trás da inteligência artificial há uma inteligência humana e real. Por trás dos dados há histórias de vida. Esta edição que encerra 2019 e descortina 2020 trata dos negócios com foco nesses temas de fundamental importância. Eles estão relacionados às boas práticas do franchising, tão estimuladas e propagadas pela ABF, valorizadas pelo mercado e pela sociedade.
As redes de franquias estão avançando nesses campos, conscientes de que de nada vale a tecnologia se ela não estiver a serviço das pessoas. Pessoas como você, caro(a) leitor(a), a quem desejo excelentes festas e que o Ano Novo seja memorável, repleto de realizações e de muito sucesso em todos os aspectos da sua vida. Um forte abraço, André Friedheim Presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF)
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DA POPULAÇÃO BRASILEIRA NÃO FREQUENTA UMA ACADEMIA *
O Studio Mormaii surgiu para atender este público, através de exercícios intensos e divertidos, com segurança e cuidado profundos, num ambiente acolhedor e livre de julgamentos.
SUMÁRIO
Veja nesta edição
56 CAPA
Franchising investe em ações de responsabilidade social como um “give back” à sociedade e de olho no novo consumidor, que prioriza marcas responsivas e sustentáveis
46 FINANÇAS
A queda da taxa de juros básica da economia brasileira abre espaço para investimentos e regularização de débitos no franchising. Como o franchising pode surfar nessa onda?
Estudo do Comitê Brasileiro de Cores (CBC) define as cores para os negócios em 2020. Confira no bate-papo com a arquiteta Margaret Candossim
66 NICHO
Ao contrário das paletas, as franquias de açaí estão driblando o “cansaço” do consumidor com boas alternativas, inovações e sucesso internacional
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Sete em cada dez brasileiros consideram a Reforma Tributária importante, mas somente um em dez está bem informado sobre o tema. Saiba como essa mudança impacta o franchising
Com o crescente movimento vegano e vegetariano, como as redes de franquias estão se adaptando a esses novos hábitos de consumo?
Adeus canudos, copos e até embalagens plásticas. Descubra como as franquias estão se adaptando à uma sociedade mais sustentável
Revista Franquia & Negócios ABF
Franquias do universo geek crescem a reboque da expansão do mercado de games, animes e superproduções dos estúdios de cinema. Acompanhe as novidades
Veja quando vale a pena abrir um Centro de Distribuição ou negociar abastecimento com fornecedores locais, considerando a padronização do franchising
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SAUDABILIDADE
50 COMPORTAMENTO
78 LOGÍSTICA
40
TRIBUTOS
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36 ENTREVISTA
SUSTENTABIBILIDADE
84 INTERNACIONAL Quer investir em franquias fora do Brasil? Conheça os países que incentivam a expansão de marcas e empreendedores nacionais em seus territórios
E MAIS:
24 Na Mira do Franchising 88 Aspectos Legais do Franchising 90 Ponto de Vista
NA MIRA DO FRANCHISING
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#franquias #franquiasdesucesso #acontecenofranchising Por Andréa Cordioli - andrea@editoralamonica.com.br
As notícias mais quentes do mercado SENADO APROVA ALTERAÇÃO NA LEI DO FRANCHISING
Fotos: Divulgação
Perto de completar 25 anos, em dezembro de 2019, a Lei do Franchising (8.955/94) está perto de ser substituída. No dia 6 de novembro, o plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 219/2015, que revogará a lei vigente, introduzindo novas regras no setor de franquias. Para a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o PL 219/2015 trouxe novidades importantes, como a previsão expressa de que não existe relação de consumo entre franqueador e franqueado (entendimento já consolidado nos tribunais brasileiros), a validade da eleição de juízo arbitral entre as partes e de que não há vínculo empregatício entre os funcionários dos franqueados e a franqueadora, mesmo que em período de treinamento. “Com essa nova regra, conseguimos manter as conquistas originais, deixar mais claros alguns pontos e acrescentar dispositivos que podem acelerar, por exemplo, a abertura de novos unidades e, portanto, o crescimento do setor como um todo”, disse o presidente da ABF André Friedheim
ÁGUA DE CHEIRO LANÇA MODELO DE LOJA CONTAINER
CI INTERCÂMBIO E VIAGEM INVESTE EM NICHO RELIGIOSO A CI Intercâmbio e Viagem lançou novo produto com foco no público religioso. É o Intercâmbio Zion, que oferece hospedagem com famílias cristãs e em residências próximas a igrejas, além de priorizar instituições de ensino com tradição cristã. Segundo a empresa, Estados Unidos, Canadá e Austrália aparecem como os principais destinos para esse formato de intercâmbio. Além dos programas educacionais, a CI passa a ofertar também programas de imersão de dez dias em Israel e programas missionários, como, por exemplo, voltado para trabalhos voluntários em destinos como África do Sul e Moçambique. De acordo o último censo do IBGE, havia cerca de 42,3 milhões de fiéis no país, o que representava 22,2% da população brasileira. www.ci.com.br
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Revista Franquia & Negócios ABF
A Água de Cheiro lançou novo modelo de negócio: a loja container. Com investimento inicial de aproximadamente R$ 119 mil, a loja de 15 m² aparece como alternativa aos dois modelos que a marca já trabalha – quiosque e loja completa. “Nosso objetivo é ofertar novas possibilidades ao investidor e estar na vanguarda do mercado de franquias brasileiro, uma vez que se trata de um modelo que tem ganhado o varejo internacional cada vez mais”, comenta o diretor da Água de Cheiro Olindo Caverzan Junior. A Água de Cheiro pretende atingir a marca de 70 operações abertas em 2019. Atualmente a rede conta com mais de 140 unidades em todo o Brasil. www.aguadecheiro.com.br
FRANQUEADO DO DIVINO FOGÃO REPRESENTA O BRASIL NO BEST FRANCHISEE OF THE WORLD
GRANDVISION BY FOTOTICA ABRE E-COMMERCE A GrandVision by Fototica lançou no último trimestre de 2019 seu e-commerce, em linha com a iniciativa global da companhia de acompanhar a transformação digital que ocorre em todos os segmentos do mercado. O objetivo é atingir novos clientes e reforçar a presença e reconhecimento no território brasileiro. “Essa é uma oportunidade para entrada em mercados antes não explorados. Atingiremos praças nas quais não temos lojas físicas, aumentando assim o reconhecimento da marca e, consequentemente, a base de clientes”, disse a gerente de marketing da GrandVision By Fototica Ana Paula Farias. O e-commerce está disponível para todos os estados e regiões brasileiras. A marca tem no País 100 lojas, entre franquias e unidades próprias. www.grandvisionbyfototica.com.br
Fotos: Divulgação
O franqueado do Divino Fogão Luiz Fernando Canizares representará o Brasil na final mundial do prêmio Best Franchisee of the World, que ocorrerá na Itália em janeiro de 2020. O franqueado, que agora disputará com finalistas de outros oito países (Alemanha, Áustria, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, México e Suíça), ficou em primeiro lugar na etapa brasileira da premiação, ocorrida em novembro de 2019. Em segundo e em terceiro lugares ficaram, respectivamente, Aline Opitz, do SPA das Sobrancelhas, e Wagner Andreatto da Silva, da Açaí Concept. Nessa fase, foram inscritos 33 cases, que foram avaliados por jurados qualificados em três Da esq. p/ a dir.: Reinaldo Varela (Divino Fogão), José Lamônica (Editora Lamonica), Luiz Fernando Canizares (Divino Fogão) e critérios: impacto do franchising na vida do franqueado, Paulo César Mauro (Global Franchise da família e da comunidade; inovações e crescimento acima da média do segmento; e paixão do franqueado pelo trabalho e sua capacidade de comunicar isso de forma eficaz. Criado em 2010, o Best Franchisee of the World – Etapa Brasil é organizado pela Global Franchise Consulting e pela Editora Lamonica. www.bestfranchiseeoftheworld.com/
ORAL UNIC QUER ALCANÇAR 60 UNIDADES EM 2019 Fundada há três anos pelo dentista Nadim Farid Nicolau Neto, a Oral Unic abriu 49 unidades em dez estados brasileiros e prevê fechar 2019 com 60 clínicas em funcionamento – outras 31 já foram vendidas e devem ser abertas no decorrer de 2020. A rede de clínicas odontológicas também espera elevar o seu faturamento de R$ 91 milhões, em 2018, para R$ 215 milhões em 2019. A empresa foi uma das 12 selecionadas, entre as 150 inscritas, para participar do programa ScaleUp da Endeavor, cuja mentoria visa a escalar o negócio mais rapidamente. A Oral Unic se posiciona no mercado premium, focado nas classes C e B. O investimento em uma unidade da marca é de aproximadamente R$ 950 mil, incluindo equipamentos odontológicos. oralunic.com.br Dezembro e janeiro de 2020
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NA MIRA DO FRANCHISING
CIELO ANUNCIA TAXA ZERO PARA NOVO CLIENTE A Cielo passou a oferecer a partir de outubro de 2019 taxa zero de desconto para novos clientes que adquirirem maquininhas da companhia. Eles serão isentos da tarifa por três meses ou até atingir R$ 1,5 mil em vendas no débito e crédito à vista; o que ocorrer primeiro. “Estamos simplificando para ajudar o empreendedor brasileiro a impulsionar seus negócios”, afirma o presidente da Cielo Paulo Caffarelli. Desde março de 2018, a Cielo vendeu mais de 1 milhão de maquininhas. Até aquela data, a empresa apenas alugava os equipamentos. Atualmente a empresa conta com um portfólio de oito máquinas, que atendem desde o microempreendedor até grandes empresas. A Cielo também lançou em outubro o aplicativo Cielo Pay, voltado ao empreendedor. www.cielo.com.br
PETZ CHEGA A ITU COM CASA DE CACHORRO GIGANTE Com investimento de R$ 5 milhões, a Petz inaugurou a sua primeira megaloja na cidade de Itu. A unidade foi construída em terreno de mais de 1.100 metros² na Av. Dr. Otaviano Pereira Mendes, 1254, na Liberdade, bairro que fica a 20 minutos da região central de Itu. A primeira unidade inaugurada na “Cidade dos Exageros” conta com ambiente instagramável de 4,5 metros de altura, iluminado, mobiliado e aberto para visitas diariamente, das 8 horas às 22 horas. A Petz também lançou um álbum de figurinhas com informações sobre diversas raças de cães e gatos. O livro colorido tem 52 páginas com espaços para 272 figurinhas, entre elas 32 cromadas, e está à venda em todas as unidades e pode ser adquirido também no site da rede por R$ 7,90. O pacotinho de figurinhas custa R$ 1,99 (com cinco unidades). www.petz.com.br
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Revista Franquia & Negócios ABF
MUNDO VERDE ABRE PRIMEIRA FLAGSHIP STORE Em linha com a estratégia de crescimento focada na experiência do consumidor, o Mundo Verde abriu a sua primeira loja conceito no País. Localizada na rua Oscar Freire, em São Paulo, a flagship tem 82m² divididos em dois andares e o diferencial de promover ações para os consumidores, como a orientação dos benefícios dos produtos por uma equipe de nutricionistas. “A proposta é que a loja seja completamente focada na experiência 360º do consumidor e referência para as 400 lojas que temos em todo o País. O brasileiro está aberto ao lifestyle saudável e experiências que gerem conexão com as marcas, o que nos motiva a planejar lojas diferenciadas”, afirma a CEO do Mundo Verde Cláudia Abreu. Com cinco mil produtos, 60% a mais que as unidades franqueadas, a flagship terá como destaques a marca própria Mundo Verde Seleção e a nova marca Elixir. www.mundoverde.com.br
NA MIRA DO FRANCHISING
CONTAINER SEGURANÇA ADOTA SISTEMA “GANHA-GANHA” A Container Segurança, rede de locação de contêineres para obras do Brasil, decidiu adotar o sistema “ganha-ganha” com seus franqueados. Aqueles que indicam um novo franqueado recebem, caso essa indicação resulte em venda, parte dos royalties da nova operação e 50% da taxa de franquia, que atualmente é de R$ 30 mil. “Quem vende franquia é franqueado satisfeito. E nada mais justo do que recompensá-los por eventuais indicações que se concretizem em novas franquias”, disse o diretor de Franquias e Operações Walmir Castanha. A Container Segurança tem 115 franquias em 13 estados e no Distrito Federal e pretende abrir novas franquias em todo o Brasil, especialmente em regiões que
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considera promissoras, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins e os estados do Nordeste. www.containerseguranca.com.br
ALPHABETO TRAÇA PLANO DE EXPANSÃO PELO PAÍS
MAJÔ BEAUTY CLUB QUER 35 UNIDADES NO PRIMEIRO ANO
Melhorar a experiência de compra do consumidor e garantir qualidade e preço competitivo são os objetivos da Alphabeto em 2020, ano em que a marca de vestuário infantil pretende diversificar seu modelo de negócio para fortalecer a presença na região Sudeste e impulsionar a expansão nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. A rede também pretende investir em treinamento e capacitação dos colaboradores, modernização do parque fabril e na eficiência de processos. Hoje, a Alphabeto produz mais de dois milhões de peças ao ano para atender 76 lojas e 650 multimarcas. O investimento em uma loja de 50m² gira em torno de R$ 300 mil. www.alphabeto.com
A diretora da Regional Centro-Oeste da ABF Claudia Vobeto lançou nova rede de franquias: é a Majô Beauty Club, clube de beleza especializado em serviços de depilação, manicure, estética facial e corporal e sobrancelhas. Com investimento inicial a partir de R$ 180 mil, a empresa espera fechar 2019 com 177 mil atendimentos de beleza, faturamento de R$ 12 milhões e 35 unidades. Hoje, a rede tem 30 lojas em oito estados: Maranhão, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Roraima e Mato Grosso do Sul, além de Brasília. Entre os serviços oferecidos pela rede estão depilação com cera, a laser e à linha, tratamentos faciais, estética avançada, podologia, limpeza e design de sobrancelha, tintura e alongamento de cílios, day spa (massagem e spa para os pés) e em algumas unidades, serviços de cabeleireiros. A Majô trabalha com uma linha própria de cosméticos, que está à venda para o consumidor final. majobeautyclub.com.br
Revista Franquia & Negócios ABF
A Sobrancelhas Design conquista o prêmio máximo de franquia internacional A Sobrancelhas Design, maior rede especializada no tratamento e recuperação de sobrancelhas do mundo, conquistou o prêmio de franquia internacional na categoria Master, concedido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). A nova conquista se soma a chancelas conquistadas pela marca, como melhores franquias do Brasil por 5 vezes consecutivas e o selo de excelência em franchising por 4 vezes seguidas. Com uma técnica exclusiva e produtos próprios,
tendo como objetivo transformar olhares de acordo com a simetria facial, a SD é líder mundial do segmento atuando nos EUA, Europa e América Latina, com mais de 500 unidades comercializadas. O Grupo SD, dono das marcas Sobrancelhas Design, Eyebrow Design, SD MAKE•UP e Instituto SD, atende mais de 4 milhões de clientes por ano. A holding mantém crescimento acelerado, se consolidando internacionalmente e está aberta a novos investidores nacionais e internacionais.
Informações comerciais +55 (85) 3077-2877 www.sd.com.br
Fotos: Divulgação
NA MIRA DO FRANCHISING
GRUPO HEINEKEN PROMOVE RECICLAGEM DE VIDRO O Grupo Heineken disponibilizou nove máquinas que trituram garrafas de cerveja de vidro em unidades dos supermercados da rede Pão de Açúcar e Extra, localizadas na capital paulista. Batizada de Volte Sempre, a iniciativa, que está em fase piloto e terá duração de três meses, faz parte do Movimento Mais com Menos criado pela companhia, e busca promover o descarte correto desse tipo de resíduo. Para incentivar a participação do público, o Grupo trouxe a Méliuz como parceira da ação, startup brasileira de cashback. Para essa iniciativa específica, a cada garrafa reciclável de vidro depositada na máquina de triturar, o participante receberá R$ 0,10 de cashback no aplicativo da Méliuz. Ao completar R$ 20,00 de saldo no extrato da Méliuz, o consumidor poderá solicitar o resgate do valor para sua conta corrente ou poupança, sem nenhum custo. www.heineken.com/br
SABRINA SATO INVESTE NA REDE DE FRANQUIAS PEIXE AO CUBO A apresentadora e empresária Sabrina Sato inaugurou em novembro de 2019 o seu mais novo investimento em sociedade com Ricardo Tavares, dono do Manihi, Rafael Bertani, especialista em franquias, e Fabio Freitas, da FCB: é o Peixe ao Cubo, rede de franquias de comida japonesa. “Já conhecia o Peixe ao Cubo e sempre gostei dos produtos e do modelo de negócio. Quando recebi o convite para sociedade percebi que havia ali uma grande oportunidade”, disse Sabrina. O objetivo da rede é conquistar 100 franquias até 2025, sendo metade de lojas físicas e metade de contêineres. O investimento inicial em uma unidade do Peixe ao Cubo com cerca de 120m² é estimado em R$ 580 mil. A taxa de franquia é de R$ 50 mil e a projeção de faturamento é de R$ 180 mil no primeiro ano e de R$ 285 mil no quinto ano. www.peixeaobubo.com.br
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GRUPO ACERTE BUSCA INVESTIDORES PARA SP, MA, MG, PR E RS Com 220 unidades em operação, o Grupo Acerte – detentor das marcas de franquias Quality Lavanderia, Prima Clean Lavanderias Express, Laundry 4 You e Linha e Bainha Costuras – busca investidores nas cidades de Barueri, Santo André, São Bernardo do Campo, São Carlos e São Paulo, no Estado paulista, Araguari e Uberlândia, em Minas Gerais, além das capitais São Luís (MA), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). “Temos unidades nesses locais, mas vemos que a demanda permite essa ampliação em bairros diferentes. Além de novos empreendedores, também estamos avaliando com franqueados que desejam ampliar o negócio e se tornarem um multifranqueado do Grupo”, comenta a gerente nacional de expansão e gestão de lojas do Grupo Acerte Claudia Coifman. O Grupo Acerte prevê aumentar o faturamento em 20% em 2019, em relação ao ano passado. www.afranquia.com.br
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NA MIRA DO FRANCHISING
ONODERA ESTÉTICA INICIA INTERNACIONALIZAÇÃO A Onodera Estética decidiu iniciar a sua internacionalização com a abertura em 2020 de uma unidade na cidade de Braga, em Portugal. “A Onodera sempre foi procurada por empresas para iniciar esse processo de internacionalização, mas não tínhamos a confiança necessária para seguir em frente. Afinal, o segmento de estética demanda conhecimento e, sobretudo, cuidado. Quando recebemos a proposta de um dos melhores franqueados da rede, entendemos que era o momento de expandir a marca”, disse a sócia-diretora da rede Lucy Onodera. Menor que as unidades convencionas, a nova operação terá uma mescla de funcionários brasileiros e portugueses. No Brasil, a rede está presente em dez estados com 50 unidades. www.onodera.com.br
AME E SALVE A MARINA
MEGAMATTE LANÇA NOVO MODELO DE NEGÓCIO A Megamatte lançou novo modelo de negócio: é o Megamóvel, formato exclusivo para quem já possui uma franquia da marca e cujo investimento parte de R$ 60 mil e o faturamento médio mensal está previsto em R$ 35 mil. O primeiro Megamóvel foi inaugurado dentro da loja de artigos de festa Vivian Festas, localizada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A Megamatte tem mais de 140 lojas em seis estados brasileiros e a meta é atingir 160 unidades até abril de 2020. Para abrir uma franquia da Megamatte, o investimento inicial começa a partir de R$ 199 mil, com lucro médio aproximado de 12 a 15% sobre o faturamento (modelo quiosque). www.megamatte.com.br
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A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença neurodegenerativa que atinge 1 em cada 10 mil recém nascidos, sendo fatal na infância por causar fraqueza e atrofia muscular progressiva. Mas existe uma chance de cura: um medicamento especial que deve ser tomado antes dos dois anos. Entretanto, esse remédio só está disponível nos Estados Unidos e por um custo elevado: R$ 9 milhões. A Talita Souza é funcionária da Cielo e sua filhinha, Marina, é portadora da AME. Nós entramos na campanha para ajudá-la a levantar os recursos necessários para a cura da Marina e pedimos que você também faça parte dessa campanha. As doações podem ser feitas para Marina Moraes de Souza, CPF: 556.839.808-95, nos seguintes bancos: Caixa (Agência 3007/ CP 17897-5), Bradesco (Agência 1382/ CP 1005166-5) e Itaú (Agência 3006/ CP 20442-8). Saiba mais sobre a história de Marina no cureamarina.com
Fonte: Relatório final - Pesquisa do Selo ABF de Excelência em Franchising 2019. (2) Os valores aqui descritos (retorno do investimento e faturamento) são uma estimativa e também decorrem da média realizada nas escolas da rede em 2019. (3) Faturamento médio estimado para escolas de porte médio. (4) O investimento em questão resulta da média de investimento em uma escola de porte compacto ou pequeno, calculado com base no investimento realizado por unidades do Sistema CNA. Esse valor pode variar de acordo com o porte e localização da escola. *Consulte condições.
ESPAÇOLASER INAUGURA LOJA NÚMERO 500 EM SÃO PAULO A Espaçolaser, marca de depilação a laser, inaugurou em novembro sua loja de número 500, no Shopping Anália Franco. A unidade é própria e nasce com o novo conceito de loja da rede: arquitetura aberta, iluminação diferenciada e tecnologia para o ambiente de loja. Com 40m² e equipada para aplicar diversos tipos de tratamento de depilação a laser, a loja tem capacidade para realizar, em média, mais de dois mil procedimentos por mês. Em 2019, a Espaçolaser inaugurou 91 novas unidades, sendo 5 próprias, 32 franquias e 54 franqueadas. Para 2020, a expectativa é inaugurar mais 125 novas operações em todo o Brasil, chegando a um total de 625 lojas. Desde a fundação da empresa, em 2002, já foram realizados cerca de 19 milhões de procedimentos. Atualmente a rede tem mais de dois milhões de clientes ativos em sua base. www.espacolaser.com.br
DÍDIO PIZZA MIRA CIDADES DO INTERIOR DE SÃO PAULO A Dídio Pizza traçou um plano de expansão gradual que mira cidades do interior de São Paulo, como Mogi das Cruzes, Americana, Sorocaba, Limeira, Piracicaba e Paulínia. “Nossa expansão sempre será de forma espiral, na qual as lojas antigas ajudem a alavancar vendas para as recém-inauguradas, sendo todos beneficiados, franqueados com apoio da assessoria, fornecedores com menor custo logístico, franqueador menor custo operacional e clientes bem atendidos”, disse o diretor e fundador da Dídio Pizza Elidio Biazini. Atualmente a rede de pizzarias delivery conta com 25 unidades e espera fechar o ano com 34. O investimento inicial na marca é de R$ 265 mil e o faturamento médio mensal é de R$ 81 mil com rentabilidade a partir de 12%. O retorno do investimento é estimado em 27 meses. www.didio.com.br
Seja um Franqueado A It’s Grill é a alta gastronomia no fast food. Corte especiais de Picanha, Mignon, Entrecôte, T-Bone, entre outros e acompanhamentos selecionados
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E N T R E V I S TA
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#tendencia #cores #sucesso
A cor dos negócios A ARQUITETA MARGARET CANDOSSIM APONTA AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DE CORES PARA OS NEGÓCIOS EM 2020 A PARTIR DE UM ESTUDO CONDUZIDO PELO
Foto: Divulgação
COMITÊ BRASILEIRO DE CORES (CBC)
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em 2020
E
nquanto a música de Rita Lee usa o rosa choque para exaltar a força da mulher, a poesia deixada por Tim Maia incentiva a busca de um sonho azul da cor do mar. Uma canção fala da natureza feminina, a outra de esperança. São muitas as sensações ligadas às cores e retratadas não só na música. Elas cercam a vida emocional das pessoas, e também os negócios. Do vermelho que desperta o apetite, ótima pedida para os restaurantes, ao verde com propriedades curativas, que pode decorar as lojas de serviços de bem-estar
Fotos: Divulgação
e saúde, é imprescindível buscar orientação para entender a influência de cada tonalidade no ambiente e até na decisão de compra. A arquiteta especializada em varejo Margaret Candossim integra o Comitê Brasileiro de Cores (CBC) e conta, na entrevista a seguir, quais são as tendências para 2020. O franchising deve ficar atento à quais cores em 2020? São quatro famílias cromáticas: Geo-Raízes, Infinitum, Young Yang e Floralis. Para chegar a essa gama de cores realizamos inúmeras análises. Estudamos, inclusive, os filmes indicados ao Oscar, as tonalidades mais significativas entre os vencedores, entre outros aspectos que nos ajudam a balizar todo o direcionamento da pesquisa. Quais as características da paleta Geo-Raízes? Esse grupo remete às profundezas da terra, dos vulcões, dos fenômenos naturais, e está associado às grandes transformações que o mundo tem vivido nos últimos anos, seja na política, na forma como as pessoas vem se sentindo ou na relação do homem com a natureza. Vermelho, magenta, dourados, marrom, preto, cores escuras e terrosas predominam nessa referência à Geologia. Qual é a relação das cores do Infinitum com a tecnologia? O estudo dessa variante de cores incluiu a observação do céu, das estrelas e das explosões no espaço, feita com a ajuda de telescópios do planetário da cidade de Campinas (SP). Nesse grupo, estão as pessoas ligadas à tecnologia e influenciadas pelas revoluções provocadas pela nova mentalidade das startups, com mindset de trabalho colaborativo e cocriação. Traz cores gaseificadas, quase frias, que lembram as múltiplas colorações do infinito, do místico e enigmático. São os diferentes tons de azul, cinzas, passando pelo lilás, violeta, tons pálidos, areia e branco. A escolha da paleta Young Yang favorece que tipo de franquia? Chamar a atenção dos jovens é um dos maiores desafios das marcas atualmente. Temos as gerações Y e Z, por exemplo, cada vez mais seduzidas pela tecnologia, e atraí-los demanda uma estratégia à parte. A seleção das cores certas não pode faltar nesse plano. Adolescentes prestam atenção em vitrines chamativas. As cores vibrantes de azul e verde peridoto, o cinza e matizes de amarelo e laranja, que compõem a paleta do Young Yang, são ideais para as franquias que têm os adolescentes como público-
alvo. Essa paleta representa justamente o comportamento esperançoso dos jovens da geração Millenium. Qual é o significado da classificação Floralis? A variação de cores existentes dentro da paleta Floralis simboliza vida e alegria. São cores fortes e marcantes como lilás, roxo, violeta, rosa, vermelho, laranja e verde, que estão relacionadas a folhagens e à variedade de flores da natureza, remetendo ao romantismo. Como foi feito o estudo para identificar essas tendências? A cartela de cores foi criada pelo Comitê Brasileiro de Cores (CBC) por meio do Centro de Estudos da Cor da América Latina (Cecal). O projeto envolveu o trabalho de 40 pesquisadores nacionais e internacionais, e tem a certificação do Centro Universitário Belas Artes. A cartela é considerada uma referência para os profissionais que atuam em toda cadeia produtiva dentro da arquitetura, decoração, design e setores correlatos. De quanto em quanto tempo há mudanças nas cores que caracterizam uma sociedade? Vivemos em um mundo que se transforma a todo momento de uma forma cada vez mais intensa e veloz. As cores espelham esse dinamismo. Diante desse cenário,
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percebemos que as alterações vêm acompanhando esse movimento de forma cada vez mais rápida, ano a ano. Se tivesse que escolher uma cor para o humor do brasileiro hoje, qual seria? A cor do Brasil hoje é o laranja. Ela é uma mistura de tudo o que o brasileiro já passou, e que ainda vem passando, diante do cenário de crise e desemprego. Mas, ao mesmo tempo, representa a garra e a esperança de viver dias melhores à frente. E para os negócios? Depende dos objetivos do empreendedor. Precisa entender o que ele pretende, a estratégia do negócio, as características do produto que ele comercializa, o perfil de quem o consome, a linguagem visual adequada, entre outros aspectos que devem ser analisados mediante a consultoria de profissionais preparados para orientar os franqueados, como arquitetos e designers. Caso contrário, o posicionamento pode ficar confuso, como vem acontecendo com muitas marcas.
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Como relacionar a cor a um determinado tipo de empreendimento? É preciso buscar orientação técnica. A cor vermelha, por exemplo, é indicada para restaurantes por liberar
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a fome. Já o verde está mais ligado a saúde e bem-estar, enquanto o lilás transmite tranquilidade. O branco geralmente lembra paz, mas está associado também a reflexão. É preciso tomar cuidado com os modismos. Um exemplo é o cinza. Se essa cor não for bem aplicada poderá criar um ambiente de tristeza e depressão. Não recomendamos também o dourado para marcas cujo target são as classes D e E, pois trata-se de uma escala de cor que não cria identificação com essa faixa social. A iluminação também é fundamental para harmonizar o ambiente. Há lojas que se transformaram no passeio das famílias. Ter um clima acolhedor é imprescindível para não inibir a entrada das pessoas de qualquer nicho. Como o nosso cérebro processa as cores? As cores desempenham um papel primordial para determinar a decisão de compra e impulsionar o negócio em questão. O rosa, e outros tons mais femininos, chamam a atenção das mulheres, e podem até determinar uma compra por impulso. São as cores que sinalizam o movimento do cliente dentro das lojas. Elas têm influência em nosso emocional. Cada pessoa reage a partir de sua própria personalidade, processos mentais e gatilhos inconscientes. Assim como os aromas, as cores têm uma memória que se comunica com cada indivíduo, influenciada por circunstâncias de vida, sentimentos daquele momento, entre outros fatores. O cientista alemão Johann Wolfgang Von Goethe foi quem criou a Teoria das Cores. De acordo com ele, a cor está relacionada com a luz, mas não somente. Considera-se também a percepção que cada um tem diante de um determinado objeto. É por isso que o efeito das cores é universal, mas a identificação dos tons é subjetiva.
TRIBUTOS
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#simples #reformatributaria #simplificacao
Prepare-se para a Reforma Tributária A POSSÍVEL SIMPLIFICAÇÃO DO SISTEMA NÃO SIGNIFICA REDUÇÃO DE IMPOSTOS E COMEÇAR JÁ A BUSCA POR INFORMAÇÕES É PRIMORDIAL PARA PREVENIR O IMPACTO ADVERSO DAS MUDANÇAS
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Reforma Tributária é importante para 72% dos brasileiros, mas somente 10% estão bem informados sobre o tema, 40% não sabem nada e 46% conhecem apenas um pouco. Os dados da pesquisa feita pelo Ibope a pedido da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que em setembro de 2019 entrevistou duas mil pessoas em todo o País, mostram um cenário tão indefinido quanto as propostas discutidas no Congresso – a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 45/2019, em tramitação na Câmara, e a PEC 110/2019, em análise no Senado. Ainda
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falta o projeto do governo que, em outubro, anunciou a criação de um grupo que terá 120 dias para apresentar as propostas. Diante das incertezas, antecipar-se à busca por orientação é ainda mais imprescindível. Mas como se preparar? É importante, primeiro, saber que existe uma corrente favorável à unificação de impostos por meio do chamado Imposto sobre Valor Agregado (IVA) ou Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que deve incorporar tributos como Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS).
não só diminuir a burocracia como também contribuir para o desenvolvimento do setor de franchising em todos seus segmentos de atuação”, confirma o sócio do Baril Advogados Associados Natan Baril. Mas há alguns precauções a serem observadas. “Eu não criaria uma expectativa de redução tributária, pois a premissa da reforma é simplificar o sistema”, lembra o consultor da Bicalho. Cerveira concorda: “Dependendo do segmento explorado, poderá ocorrer uma majoração global nos tributos decorrentes da atividade”, alerta o advogado. Nem a desoneração da folha de pagamento – uma das promessas da reforma – é garantia de diminuição da carga de impostos. “É possível que haja apenas uma realocação de tributos. E mesmo que essa redução aconteça, não é imediata”, apontam Flávia Amaral e Dayane Souza. Uma nova gestão de tributos deve entrar na rotina de empresários, gestores e contadores, e manter as obrigações tributárias em dia é fundamental para que todo o processo transcorra sem percalços. “Com a conturbada situação política atual, é difícil saber qual proposta será aprovada”, pontua Marcel Rodrigues, sócio do escritório RAS Advogados. Mesmo assim, aprofundar-se nas normas próprias da atividade é uma forma de garantir que o franqueador “transite de forma menos onerosa no emaranhado regulatório existente, evitando incorrer em infrações”, insiste Fernando José Fernandes Júnior, do Fernando José Fernandes Advogados.
PRÓS E CONTRAS A insegurança gerada pelo sistema tributário brasileiro é um dos maiores entraves para a captação de investimentos. “Ficamos reféns de um esquema caótico, pagamos muito, mas não temos a segurança de que pagamos certo”, resume Renato Alves de Oliveira, da Bicalho Consultoria Legal. A simplificação pode funcionar como a alavanca para um ambiente mais competitivo e confiável, especialmente para o pequeno franqueado. “Eles terão mais clareza sobre o custo total dos tributos incidentes sobre a sua unidade de negócio”, frisa Daniel Alcântara Nastri Cerveira, sócio do Cerveira, Bloch, Goettems, Hansen & Longo Advogados Associados. Flávia Amaral e Dayane Souza, da Chiarottino e Nicoletti, acrescentam que “uma das alternativas seria a diminuição da tributação incidente sobre o consumo, que serviria como impulsionador de compras e, logo, como impulsionador de negócios”. A meta é livrar o Brasil das amarras econômicas e tributárias que desestimulam o investimento externo e interno. “Uma tributação mais simples e calibrada vai Dezembro e janeiro de 2020
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FOTO: DIOGO FIGUEIREDO
TRIBUTOS O QUE FAZER
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Manter as obrigações tributárias em dia e rever o planejamento fiscal são os primeiros passos para saber lidar com as mudanças. “A falta de preparo pode gerar prejuízos enormes, multas, juros e ações fiscais. E até mesmo inviabilizar o negócio”, adverte Oliveira. Ao mapear as incidências tributárias, o empreendedor conseguirá projetar os impactos financeiros, evitando surpresas. “Ele terá tempo para adaptar o seu negócio de maneira planejada”, confere Rodrigues. Contar, desde já, com especialistas contábeis e tributaristas pode ser um auxílio e tanto na correta implementação de futuras normas legislativas. Flávia Amaral e Dayane Souza ainda chamam a atenção para os regimes especiais de tributação. “A empresa que conta com algum benefício tributário deve ficar atenta, para que, caso seja impactada, consiga reajustar o seu sistema de gestão empresarial”, comenta Flávia. Realizar estudos específicos para as atividades desenvolvidas pela franquia, acompanhar as notícias, filtrar fontes de pesquisas, buscar informações coerentes, selecionar opiniões capazes de sustentar a tomada de decisões e seguir os movimentos de associações capazes de auxiliar na interpretação dos debates e propor medidas para a adequação às regras são as dicas dos especialistas. O apoio pode vir também de instituições vinculadas ao fomento de negócios, como o Sebrae.
Fernando José Fernandes Júnior, do Fernando José Fernandes Advogados
OS MAIS IMPACTADOS O setor de serviços pode ser um dos mais impactados. De um lado, está uma eventual desoneração na folha de pagamentos. “Aqueles que possuem uma demanda maior com mão de obra empregada poderão ser beneficiados com a diminuição da carga no INSS”, adianta Cerveira. Mas de outro, vem a discussão sobre o aumento das taxas sobre serviços. “Ajustes e emendas ainda se farão necessários para garantir a aplicação de pelo menos três faixas de alíquotas para o IBS: a desoneração da folha de pagamento; tratamento diferenciado e geração de crédito para as empresas do Simples e a implantação do Sistema em 180 dias”, explica Baril. Já a preocupação de Oliveira é com a redistribuição das competências tributárias. “A centralização e legislação em âmbito federal torna os estados e municípios apenas fiscalizadores. Outro ponto é a troca dos créditos de ICMS por títulos públicos, o que poderia se transformar em um pesadelo para as empresas, pois seriam pagos em longo prazo, visto o caos orçamentário dos estados”, comenta. Esse cenário pode erguer uma barreira à simplificação. “A guerra fiscal está apenas começando”, avisa Fernandes Júnior.
Reflexos da Reforma Tributária § Ambiente favorável ao fomento de investimentos e negócios § Maior transparência e facilidade no entendimento dos tributos; § Simplificação e segurança tributária § Maior êxito na expansão de franquias, com melhores resultados § Redução nas falências das empresas, motivadas por decisões equivocadas na gestão dos tributos
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Revista Franquia & Negócios ABF
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TRIBUTOS
FOTO: DOUGLAS LUCCENA
O que dizem os contribuintes
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A carga tributária é considerada muito elevada para 84% dos brasileiros, segundo o levantamento da ACSP. Entre os donos de franquias não é diferente. “Os impostos são extremamente altos, mesmo para empresas no simples, como é o nosso caso”, afirma o diretor de expansão da Tip Top Ricardo Marcondes. Segundo ele, a quantidade de taxas pagas sobre vendas, compras e folha de pagamento não correspondem a um percentual aceitável das vendas. Cabe ao franqueado arcar com investimentos e a geração de emprego. “Já o governo chega a arrecadar mais de 30% de impostos em alguns casos, sem ter que correr qualquer risco quanto a sobrevivência ou não do negócio”, reclama Marcondes. Adequar a carga tributária ao funcionamento de cada negócio sem onerar demasiadamente o proprietário da loja é um dos clamores do varejista, que ainda aguarda o avanço das discussões. “Fica a esperança de que essa reforma venha a ajudar a diminuir a carga tributária de forma geral e, com isso, ajudar mais na geração de emprego no nosso País”, espera Marcondes. A Tip Top tem 67 anos de história, mas opera há 11 anos como franquia. Neste período, abriu 120
lojas que vão de 40 a 200 metros quadrados. A rede deve atingir um faturamento de aproximadamente R$ 160 milhões em 2019, um crescimento de 10%. A Nutty Bavarian engrossa o coro dos empreendedores que anseiam por melhorias. “A nossa tributação é uma das mais complicadas do mundo, temos impostos diferentes em todos os processos desde a compra de materiais até o faturamento. Além de complicar, encarece tudo”, lamenta o sócio franqueador da Nutty Bavarian Daniel Miglorancia, que possui 150 lojas e deve fechar 2019 com faturamento próximo de R$ 65 milhões. O empreendedor é favorável à criação do imposto único. “Esse tributo não diferencia a prestação de serviço da venda de um bem, ele incide sobre o lucro que uma operação gera. Muito mais fácil de entender e de fiscalizar”, acredita. A Nutty Bavarian credita à simplificação a possibilidade de colocar novamente o Brasil entre os mercados com maior potencial de negócios do mundo.
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FINANÇAS
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#jurosbaixos #debitos #investimento
DÍVIDAS
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É hora de pagar as dívidas? JUROS MENORES FAVORECEM PAGAMENTO DE DÍVIDAS E INVESTIMENTOS, MAS ESPECIALISTAS CHAMAM ATENÇÃO PARA CUIDADOS QUE PODEM AJUDAR A NÃO CONTRAIR NOVOS DÉBITOS
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o primeiro semestre de 2019, mais de cinco milhões de micro e pequenas empresas estavam no vermelho, segundo mapeamento do Serasa. É uma quantidade 6,1% maior do que os seis primeiros meses de 2018. Em outubro, a taxa Selic baixou para 5%, um índice histórico, e que pode ter motivado muita gente a pensar em regularizar débitos pendentes ou até investir em um negócio.
A reportagem da revista Franquia & Negócios conversou com o especialista em franchising e tributação Daniel Gudiño e com a especialista em finanças e investimentos Luciana Ikedo para avaliar as melhores opções de destinação de capital nesse período que, apesar da perspectiva de melhora, segue incerto. Gudiño vê que os empresários ainda estão preocupados sobre como lidar com o cenário da economia brasileira. “As empresas não estão pagando os fornecedores e o mercado interno está completamente desamparado, desaquecido, é uma espiral, essa crise prolongada está gerando muitos problemas.” No entanto, ele acredita que é um bom momento para a regularização de débitos. O especialista comenta que as empresas de franquia costumam seguir um ciclo de endividamento: primeiramente, deixam de pagar impostos, depois fornecedores e, por último, os empregados. Como o Estado é o primeiro “prejudicado”, cria maneiras de regularização. “Já era esperado que hou-
“NESSE CONTEXTO DE JUROS BAIXOS, O INVESTIMENTO EM UMA FRANQUIA OU EM ATIVOS FINANCEIROS DIVERSIFICADOS – COMO AÇÕES DE EMPRESAS NA BOLSA DE VALORES, COTAS DE FUNDOS IMOBILIÁRIOS, DEBÊNTURES E CDBS DE BANCOS DE SEGUNDA LINHA – PASSAM A SER MUITO MAIS INTERESSANTES”
vesse essa retração de juros porque ninguém está com fôlego para pagar”. Ele sugere que quem tem dinheiro, priorize a regularização financeira.
APROVEITE AS OPORTUNIDADES Luciana explica que o período pode ser uma oportunidade de concentrar diversas dívidas, com prazos e taxas diferentes, em uma mesma negociação. “Ao ser contratada (a nova negociação) de forma que esteja aderente ao fluxo de caixa, sem que onere demais o empresário, pode fazer que haja um fôlego financeiro importante para a empresa. Além disso, pode ajudar a evitar o endividamento no curto prazo, que é o mais caro e acontece por falta de capital de giro”, comenta. A especialista sinaliza que qualquer oportunidade de redução de despesas, renegociação de débitos ou juros menores devem ser aproveitadas. “Assim, negocie ou renegocie bem o aluguel, os royalties e até mesmo a taxa de franquia. Peça desconto, negocie bem o pagamento, reduza as taxas de juros dos financiamentos e tenha especial atenção aos custos fixos, que independentemente do nível de geração de novos negócios terão que ser honrados”, sugere.
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Luciana Ikedo, especialista em finanças e investimentos
Daniel Gudiño, especialista em franchising e tributação
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FINANÇAS
SE EU TENHO R$ 100 MIL, INVISTO EM UMA FRANQUIA OU APLICO EM RENDA FIXA? Nota da economista:
Se houver interesse em abrir uma franquia com esse capital, algumas considerações devem ser feitas:
1 Certifique-se de ter reservado um valor para custos pessoais equivalente a, pelo
menos, seis meses sem precisar retirar nada da empresa. “Esse valor deverá permanecer sob os cuidados da pessoa física, apartados da pessoa jurídica, iniciando esse novo ciclo com uma das dicas mais importantes para o empresário: segregar os recursos da PF e da PJ”, explica Luciana.
2 Avalie todos os custos que envolvem a implementação de uma franquia, como
capital de giro necessário, cronograma financeiro para a implementação do negócio, bem como a estimativa de retorno e quais são os custos mensais (royalties, taxa de propaganda, entre outros).
Depois de todas essas considerações, o empresário deve avaliar a disponibilidade total de seus recursos financeiros, descontando os valores para a manutenção de sua vida pessoal e nunca investindo a totalidade do que possui num negócio, seja ele qual for. A falta de liquidez pode levar ao endividamento da pessoa física e da pessoa jurídica, trazendo inúmeros problemas e dores de cabeça no futuro.
3 Luciana sugere que o empreendedor invista o valor referente ao capital de giro em ativos de alta liquidez, como Tesouro Selic
ou Fundos de Investimentos de Renda Fixa atrelados ao DI (taxa de juros que acompanha a taxa básica de juros). “Esses ativos têm pouca volatilidade e farão com que o recurso seja remunerado na fase de implantação e também depois que a empresa estiver operacional, gerando maior eficiência na gestão do fluxo de caixa”.
4 Dessa forma, se o valor total disponível for de R$ 100 mil, sem reservas pessoais ou valores adicionais para o capital de giro, o investidor deve considerar adquirir uma franquia mais barata, e aplicar o restante em investimentos conservadores, de alta liquidez e atrelados ao DI.
DÍVIDAS PAGAS! É HORA DE INVESTIR, OU COMPRAR UMA FRANQUIA? Com os juros baixos, o mercado está mais aberto para negociações e torna os investimentos em economia real mais atrativos do que somente os de renda fixa. “Quando avaliamos historicamente, as taxas reais de juros, descontando a inflação, na década de 90, os juros reais estavam na casa dos 20%. Assim, ao optar por um investimento em renda fixa, com baixo risco, as pessoas viam seu capital dobrar em quatro anos. Nesse cenário, pode ser muito mais vantajoso deixar o dinheiro investido, correndo riscos mínimos, do que se aventurar no mundo do empreendedorismo com todos os desafios que o envolvem”, analisa Luciana. Por outro lado, no cenário atual, com juros reais na casa de 2% ao ano, o mesmo investidor de renda fixa terá que manter o recurso aplicado por 35 anos. “Isso faz com que os investidores avaliem com muito mais ‘carinho’ e vontade outras opções de investimentos e aceitem correr mais riscos para que a rentabilidade fique mais atrativa. Assim, neste contexto, o investimento em uma franquia ou em ativos financeiros diversificados como ações de empresas na bolsa de valores, cotas de fundos imobiliários, debêntures e CDBs de bancos de segunda linha passam a ser muito mais interessantes”.
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INVESTIMENTO EM FRANQUIA A especialista avalia que esse movimento se torna importante para a retomada econômica, pois faz com que o empresário volte a investir e gerar empregos e novos negócios, a fórmula para fazer a economia girar. Gudiño chama atenção para a opção por investimento no franchising, que precisa ser mais cauteloso. Mesmo mais seguro que outras formas de empreendedorismo, o franchising também apresenta riscos, pois depende de uma série de variáveis, que vão desde o modelo do negócio, local a ser implementado, marca, processos operacionais, entre outros.
DÍVIDAS
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#universogeek #games #animes
O lado lucrativo da força FRANQUIAS DO UNIVERSO GEEK SE PREPARAM PARA UMA EVOLUÇÃO HERÓICA NOS PRÓXIMOS ANOS Compartilhe este conteúdo
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nfluenciador, leal e engajado. Assim é o público geek, que cresce a reboque do potencial de expansão do mercado de games, animes, das superproduções dos estúdios de cinema e dos eventos do setor. A CCXP, por exemplo, entrou para o calendário de cultura pop do Brasil em apenas cinco anos. Realizada entre os dias 5 e 8 de dezembro no São Paulo Expo, a edição de 2019 teve os ingressos do sábado (7/12) esgotados assim que as vendas do primeiro lote foram abertas, em abril. A expectativa é receber 270 mil visitantes. O filme Star Wars: Episódio IX - A ascensão Skywalker, com estreia em 19 de dezembro, também deve levar uma legião de fãs aos cinemas, e também à lojas, para adquirirem produtos da saga. Aliás, a trama assinada pelo cineasta norte-americano George Lucas inspirou a criação do Dia do Orgulho Geek, instituído no dia 25 de maio de 1977, data em que Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança chegava às telonas decretando o fim do sequestro da princesa Leia por Darth Vader. Foi aí que a indústria percebeu o poder de negócios embalados pelas películas. Mas o mercado ainda está longe da batalha final, e as franquias que operam no universo geek podem esperar anos heróicos à frente. Em 2020, são aguardados os lançamentos dos longametragens da Viúva Negra e Os Eternos, sem contar as novas séries da Marvel – Falcão e Soldado Invernal – que devem marcar a estreia da Disney no streaming. “Essa tecnologia está ajudando na divulgação de novos personagens e revivals. Os franqueadores devem estar atentos a todos. Hoje, só o cinema não resolve”, adverte a consultora Celina Kochen.
produto, a exemplo de Star Wars e Harry Potter, que engajaram fortemente o consumo nos últimos anos”, confirma Caroline de Paula, da Care Franquias. Mais negócios, novos públicos e potencial de rentabilidade crescente. Esses são os super poderes do setor, que começa a receber, inclusive, uma gama maior de oponentes. Estudar detalhadamente os mercados e oportunidades é fundamental. “As telas influenciam 100% nos negócios das franquias. A Piticas é uma empresa baseada em licenciamento de produtos, portanto, surfamos junto com o crescimento do mercado geek. O sucesso de um filme ou série é diretamente relacionado ao sucesso de uma coleção”, diz Felipe Rosseti, que em 2010 fundou a Piticas ao lado do irmão Vinícius. “O nosso faturamento dobrou de março para abril, embalado pelos Vingadores”, complementa Vinícius Rosseti, referindo-se ao longa Vingadores: Ultimato, que encerrou a sequência do universo Marvel depois de 22 filmes exibidos desde 2008. Segundo dados da Rakuten Digital Commerce, o tíquete médio de quem consome itens da cultura pop no Brasil é 66,56% superior em relação ao consumidor geral. O público
ÍDOLOS IDOLATRADOS O hábito de se expressar por meio de personagens é cada vez mais percebido no dia a dia. E o que move os geeks não é o preço dos produtos e sim a paixão pelas histórias que eles representam. “Vilões e heróis disputam igualmente a posição nas camisetas, copos e suvenirs. As superproduções do cinema potencializam o consumo desse tipo de
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Felipe Rosseti e Vinícius Rosseti, fundadores da Piticas
geek gasta R$ 548 por transação, enquanto o valor médio em outros setores é de R$ 329. Estima-se que o mercado geek movimente mais de R$ 138 bilhões em todo o mundo ao ano.
PLANO INFALÍVEL No momento de estreia dos filmes, a Piticas apoia os seus franqueados com material de ponto de venda a fim de destacar a coleção, brindes do filme, mídia off-line (rádio e TV fechada) e mídia digital (Google Ads, Facebook Ads, Instagram, YouTube). “Juntamos todas essas forças para que a coleção seja vista pelos admiradores do filme e, assim, impulsionar as vendas”, explica Felipe Rosseti. A consultora Caroline de Paula sugere antecipação aos lançamentos, além de, pelo menos, um corner dos produtos para exposição ao público. As redes sociais também são aliadas estratégicas para potencializar as vendas, principalmente nas franquias com atuação em m arketplace e e-commerce. “Um cronograma de ativações nas lojas com personagens, eventos cosplay e promoções no PDV também funcionam muito bem”, afirma Caroline. A Piticas faz lançamentos pertinentes a cada novidade aventada pela indústria do entretenimento, que vem mudando ao longo dos últimos dez anos. “Os estúdios entenderam que os filmes podem ser mainstream e, com isso, as empresas licenciadas vêm expandindo cada vez mais os produtos. Esperamos que o melhor ano da história seja o de 2020”, acredita Felipe Rosseti. Um dos planos da Piticas é lançar um evento proprietário da marca em julho do próximo ano. “Queremos trazer experiência sem onerar o bolso dos nossos fãs”, antecipa Vinícius Rosseti. Do primeiro quiosque aberto no Itu Plaza Shopping,
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na cidade de Itu (SP), para os 388 pontos de venda existentes hoje, a Piticas cresce a uma velocidade média da ordem de 20% ao ano em faturamento, o que corresponde à inauguração de 120 a 140 lojas por ano. A expectativa é fechar 2019 com cerca de 430 estabelecimentos entre lojas (30%) e quiosques (70%). “Até o final de 2020, chegaremos a 550 unidades em todo o País, elevando o percentual de lojas para 50%”, planeja Felipe Rosseti. A Piticas deve financiar aproximadamente R$ 10 milhões para migrar o seu modelo de quiosques para lojas. A primeira foi inaugurada no Road Shopping Itu (SP) em 2010, puxando uma rede com estabelecimentos de 28 metros quadrados em média. A transição já traz o primeiro espaço de 220 metros quadrados no shopping SP Market. As camisetas são o carro-chefe da marca. Mais de 20 mil peças saem diariamente da fábrica de onze mil metros quadrados situada em Guarulhos (SP), que deve receber um aporte de mais R$ 3 milhões em novos maquinários. A perspectiva é fechar 2019 com mais de cinco milhões de itens ante o volume de 2,8 milhões confeccionados no ano anterior. O mix de produtos ainda traz os bonecos funkos, canecas, almofadas, moletons, action figures, mochilas, bolsas, carteiras, pins, chaveiros, bonés e chinelos, totalizando mais de cinco mil itens. Há ainda uma linha kids com lançamento previsto para 2020, além da expansão de funkos com selos exclusivos da Piticas e uma grife própria, sem licença, focada no target nerd hardcore. Os licenciamentos são um motor e tanto para a expansão da rede. A estreia foi em 2013 com uma coleção do Bob Esponja, da Nickelodeon. Hoje, a Piticas detém os direitos de comercialização de mais de 60 marcas.
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JUNTE-SE À LÍDER GLOBAL DE ESPAÇOS DE TRABALHO UMA EXCELENTE OPORTUNIDADE DE FRANQUIA DE VÁRIOS LOCAIS EM UM SETOR QUE CRESCE RAPIDAMENTE. Até 2030, os espaços de trabalho flexíveis responderão por 30% do espaço ocupado de imóveis de uma empresa grande. – Pesquisa da JLL A IWG é a principal provedora de espaços de trabalho flexíveis do mundo, conectando milhões de profissionais que pensam parecido e permitindo que eles sejam mais produtivos. Nossos clientes incluem desde alguns dos mais bem-sucedidos empreendedores e pessoas físicas, e 90% das empresas da Fortune 500 formam parcerias conosco. Em toda a nossa rede global de espaços de trabalho e coworking, conseguimos fornecer soluções para todo tipo de empresa, estilo de trabalho e faixa de preços por meio do nosso portfólio de marcas: Regus, Spaces, HQ e Signature by Regus. Com uma demanda por espaços de trabalho flexíveis que cresce exponencialmente, procuramos ampliar rapidamente nossa rede de centros por meio de um programa de franquia global. Isso criou uma oportunidade de investimento única nesse setor empresarial que cresce rapidamente, permitindo que nossos parceiros de franquias aproveitem nossas plataformas ajustáveis e nosso modelo empresarial comprovado. Se você tem a motivação, os recursos e a dedicação para fazer parte da nossa história de crescimento global,
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C O M P O R TA M E N T O LUTA COM DNA GEEK
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Apesar do ritmo acelerado de crescimento, o setor poderia ter avançado a passos ainda mais largos se não fosse tão sensível a taxas e regras de importação. “O Brasil tem um problema que é a burocracia. Uma das formas de ajudar os empreendedores seria o governo passar por uma reforma tributária”, avalia Felipe Rosseti. É preciso cuidado com as negociações. “Os royalties de licenciamento têm que caber no preço final do produto, e não baixar a margem do franqueado”, alerta a consultora Celina Kochen. Franquias e franqueados do segmento geek devem atentar para aquilo que é fundamental em qualquer montagem de rede: o custo de ocupação (aluguel, condomínio) respeitando sempre o limite permitido para cada segmento, custos fixos controlados e gerenciamento de mark-up dos produtos, além do investimento em marketing digital com estratégica baseada no perfil socioeconômico do target do segmento. “O principal é a operação ter um DNA próprio e não em cima de personagens ou modismos. Saber aproveitar os temas para colabs e licenças, além de alinhar corretamente o timing dos lançamentos também é primordial”, frisa Celina. A rede Imaginarium, por exemplo, acaba de mudar uma coleção. Saíram os produtos da linha Harry Potter e entraram os itens de “Friends”, fruto de uma parceria com a Warner. Essa é uma das maiores apostas da franquia catarinense neste fim de 2019, ao lado de objetos inspirados em Star Wars. Embora não tenham mais destaque nas prateleiras, os artigos de Harry Potter, que chegaram a representar 25% das vendas da Imaginarium, ainda podem ser encontrados nas lojas.
Newton Ribeiro, CEO do grupo Uni.co dono da marca Imaginarium
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Hoje, a Imaginarium possui 245 unidades em todo o Brasil. Em 2020, espera abrir mais dez franquias. “O foco agora será no ambiente digital, onde esperamos um crescimento de 50% no próximo ano”, conta Newton Ribeiro, CEO do grupo Uni.co, dono da marca Imaginarium, especializada em artigos de decoração, eletrônicos, utilitários e presentes. De acordo com Ribeiro, a definição das licenças passa por uma seleção criteriosa. “Precisa ter afinidade com o público”, ressalta ele. A Imaginarium trabalha com um grupo de designers de produtos e curadores que pesquisam tendências capazes de se transformarem em produtos que vão surpreender os consumidores nas lojas. “Levamos, em média, cerca de um ano entre o desenvolvimento de um produto e a sua materialização nas prateleiras”, estima Andrea Mendes, diretora de marcas do grupo Uni.co. Em 2018, uma luminária com comando de voz da linha Harry Potter ganhou o prêmio “Melhores do Ano Warner Bros Consumer Products” na categoria de inovação, um reconhecimento interno voltado aos licenciados do estúdio. A Imaginarium levou ainda o troféu de “Storytelling” pela história contada por meio de toda a coleção. Escolher os licenciamentos que realmente falam com a marca e conciliar o cronograma de lançamentos com a definição do mix de produtos é apenas uma parte da estratégia. O visual merchandising de vitrine e interior de loja, a campanha de divulgação no meio digital e no ponto de venda, além de treinamento da equipe são outros cuidados apontados por Celina Kochen. “Ações de marketing e vitrines são chamariz”, confere Ribeiro. Segundo ele, a cultura pop já está atrelada à essência da marca Imaginarium, que tem funcionários de diversas tribos. Mas os franqueados também precisam seguir a mesma pista, preparando-se para responder às perguntas do público geek, além de estarem devidamente abastecidos.
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Bem me quer Por Janaina Langsdorff
A RESPONSABILIDADE SOCIAL JÁ PRATICADA NO FRANCHISING PODE AJUDAR AINDA MAIS A DIMINUIR AS DESIGUALDADES DO BRASIL
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renda dos brasileiros mais pobres (5%) diminuiu 3,2% (para R$ 153 em média por mês) em 2018. Já os mais ricos (1%) passaram a ganhar 8,4% a mais (R$ 27.774) no mesmo período, acumulando rendimentos que chegam a ser 33,8 vezes maior que a média dos 50% mais pobres. Recorde histórico na série apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNADC) do IBGE desde 2012, a disparidade transforma as iniciativas sociais capitaneadas pelo mundo corporativo em um alento para a população carente. Mas a redução das diferenças é uma bandeira que precisa estar genuinamente enraizada na cultura das empresas para que possa ser replicada. “Empreendedores e franqueadores têm papel fundamental. Se quem comanda não se importa com a diminuição da desigualdade social e econômica, dificilmente a empresa e a rede de franquias vai incorporar esses valores”, constata o consultor da Ancona Consultoria Paulo Ancona.
Foto: Divulgação
jovens”, confirma Ancona. Mas será que as marcas sem propósito estão com os dias contados? A cobrança tende a ser maior e alguns movimentos de boicote começam a extrapolar os limites de nichos restritos.
DE PROPÓSITO
Políticas, manuais e treinamentos endossados pelos próprios donos dos negócios têm o poder de mudar a realidade do mercado de trabalho. A força dos franqueadores é ainda maior. “A mesma capilaridade que permite ao franchising ter historicamente um desempenho melhor do que o PIB, possibilita gerar empregos, movimentar a economia e diminuir desigualdades”, compara Ancona. A escolha de uma causa genuína deve levar em consideração a cultura, a missão e os valores da rede. Buscar projetos alinhados aos benefícios de produtos e serviços comercializados pela franquia são outras prerrogativas que precisam ainda contar com parceiros e organizações confiáveis. “O segmento de mercado atingido deve ser sensível à causa. E o apoio deve ser contínuo, e não algo pontual, para assegurar a relação. Do contrário, costumam gerar erros e perdas de tempo e de recursos”, ratifica o diretor-geral da Netplan Consultoria Daniel Alberto Bernard. Marca que apoia a causa certa cai não só nas graças, mas também no bolso dos consumidores. Cada vez mais, as pessoas dão preferência a produtos vindos de empresas socialmente responsáveis. “É possível inferir que uma parcela da população já leva o consumo responsável em conta no momento de escolher uma marca, principalmente os mais
Foto: Keiny Andrade
Paulo Ancona, consultor da Ancona Consultoria
Algumas redes criaram institutos ou organizações sociais sem fins lucrativos com o objetivo de resolver problemas que, separadamente, o governo, a iniciativa privada e a sociedade ainda não conseguiram solucionar. Criado em 2004, o Instituto Grupo Boticário é um exemplo. Entre beneficiários diretos e indiretos, mais de 800 mil pessoas já foram impactadas por meio do apoio a um total de 47 projetos sociais, culturais e esportivos que empregaram mais de quatro mil profissionais apenas em 2018. Cerca de 200 refeições diárias foram distribuídas no ano passado a crianças e adolescentes de 5 e 13 anos de idade em situação de vulnerabilidade social atendidas pela associação Passos da Criança, que atua na comunidade Vila Torres, em Curitiba (PR). A maior rede franqueada do Brasil bate bola também com o Instituto Futebol de Rua. Mais de dez mil crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos de idade já foram atendidos no Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo desde 2006.
Daniel Alberto Bernard, diretor-geral da Netplan Consultoria
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Crianças no Instituto Cacau Show
Na área cultural, uma das parcerias é com a organização social Gerando Falcões, que atua desde 2011 nas periferias de São Paulo. Nos últimos cinco anos, mais de 33 mil pessoas foram assistidas. A atuação se estende ainda para a promoção de espaços culturais – O Mundo do Perfume (SP), Teatro Dr. Botica (SP), Teatro de Bonecos Dr. Botica (PR) e Espaço Histórias Grupo Boticário (PR) – que já receberam mais de 750 mil visitantes em 2018. “Além de levar encantamento para a sociedade, trazemos a magia e disseminamos a cultura e os valores do Grupo Boticário para nossos colaboradores e franqueados”, diz a diretora-executiva do Instituto Grupo Boticário Malu Nunes.
GESTO DOCE Quarta maior franquia do Brasil, com 2.250 lojas e faturamento de R$ 3,5 bilhões em 2018, a Cacau Show atua por meio do Instituto Cacau Show (ICS), que já disponibilizou atividades educacionais, esportivas e culturais para mais de 3,4 mil pessoas, entre crianças e adolescentes do município de Itapevi (SP), onde está localizada a sua sede administrativa e industrial. “Temos um plano estratégico para os próximos cinco anos, revisado periodicamente para adequação às novas necessidades e estamos trabalhando em um programa
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para desenvolvimento de indicadores”, conta Clóvis Madeira, presidente do ICS, que nasceu em 2009 inspirado na ideia de aproveitar a quadra poliesportiva da fábrica de Itapevi para oferecer, no contraturno escolar, ações aos alunos regularmente matriculados em escolas públicas. Entre os projetos conduzidos por 50 profissionais, dos quais 40 são educadores, estão os programas Infância, voltado para crianças de 6 a 13 anos, é baseado na pedagogia de Paulo Freire e do médico e educador Janus Korczak; Inspire Jovem, que promove desenvolvimento social, educacional e profissional para jovens; Jovem Aprendiz, que segue lei federal cuja meta é aumentar as oportunidades de inserção no mercado de trabalho. O ICS apoia ainda a implantação do ensino integral na rede pública municipal de Itapevi para o Ensino Fundamental I, por meio da contratação de consultoria especializada neste tipo de projeto.
PUXANDO A CORRENTE A 28ª edição da ABF Franchising Expo, realizada no Expo Center Norte (SP) em junho de 2019, expôs ações
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lideradas pelo Grupo Incense, com o programa de capacitação profissional para jovens ChamaViva Perfume do Conhecimento – Mentoria Social em Franchising, feito em parceria com a Obra do Berço; pelo projeto Recomeçar, organizado pelo Gerando Falcões para egressos do sistema carcerário; pelo Instituto CNA, que encampa a causa da educação, e pelo Instituto Ronald McDonald, que defende a causa da oncologia pediátrica. O Boulevard Social da ABF ainda contou com a presença dos Amigos do Bem, que já transformou a vida de mais de 75 mil pessoas nos estados de Alagoas, Ceará e Pernambuco com projetos educacionais e autossustentáveis. Em 2017, a parceria da organização com a ABF somou uma arrecadação de mais de R$ 110 mil, valor aplicado em equipamentos para uma fábrica de beneficiamento de castanhas, gerando emprego e renda na região. Desde 2016, a ABF e os Amigos do Bem organizam caravanas ao Sertão, incentivando o engajamento de líderes ligados à entidade em ações capazes de fomentar novos projetos de formação e capacitação. A entidade ainda estimula os seus associados a fazerem doações com o objetivo de manter as crianças e adolescentes acolhidos nos Centros de Transformação dos Amigos do Bem. “As iniciativas gerais na área de responsabilidade social vêm ganhando algum espaço, mas ainda estão longe de atender as demandas sociais num País carente de ações públicas como o nosso”, avalia Clóvis Madeira, presidente do Instituto Cacau Show (ICS). O consultor Paulo Ancona lembra que é importante trabalhar com todos os públicos da empresa – produtores, fornecedores, clientes, concorrentes, governo, sociedade, ambiente, colaboradores, sócios, parceiros, franqueados, investidores – e não só com as comunidades para que a gestão social seja verdadeiramente incorporada. “Os franqueadores devem atuar como líderes, puxando a transformação positiva da sociedade”, ressalta Ancona. Não adianta doar dinheiro para supostos parceiros e ignorar a realização das ações. “As causas defendidas pelas empresas devem chegar, na prática, a serem observados pelo público, para que não pareçam mera demagogia”, adverte Ancona. O descontrole dos projetos é um dos fatores que podem fazer com que as iniciativas se percam. Além da falta de comunicação de ações implementadas, as (falsas) propagandas de projetos não concretizados e a prática de valores que não fazem parte do dia a dia da empresa são outros motivos para o descrédito.
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DE DENTRO PARA FORA Para afastar a pecha de oportunismo e hipocrisia, a marca precisa, primeiro, praticar a responsabilidade social com o seu público interno. O recrutamento de colaboradores é o pontapé inicial para a formação de equipes diversas, seguido por políticas de incentivo à diversidade e inclusão social capazes de coibir gestos preconceituosos. No dia a dia, a ajuda vem de canais de denúncias anônimas administrados por um time habilitado para investigar e punir eventuais abusos. A partir daí, é possível implantar treinamentos e palestras recorrentes com orientações para que os colaboradores pratiquem esses princípios entre si e no relacionamento com fornecedores e clientes. “O endomarketing é parte dos esforços de gestão de pessoas numa organização bem estruturada”, destaca Bernard. A seleção de franqueados não é diferente. “Tudo começa com a escolha daqueles que já tenham o alinhamento ideológico com os valores da rede, pois é mais fácil incentivar algo que já faz parte integral de sua persona do que mudar a cultura”, observa Ancona. O próximo passo é integrar a gestão socialmente responsável ao planejamento estratégico a fim de que possa ser incorporada por toda a rede. “O contrato de franquia, os manuais e treinamentos devem refletir isso. Os consultores de campo, a comunicação interna e externa também devem levar essa mensagem a todas as unidades”, aconselha Ancona, frisando que existem ainda as ferramentas de incentivo como divulgação de cases de boas práticas adotadas por unidades e premiações. A orientação da área de recursos humanos é vital para que os franqueados cuidem da saúde e da segurança dos funcionários. Inclusão e diversidade nas vagas, condições dignas de trabalho, equidade de condições, intolerância a práticas discriminatórias em relação a gênero, raça, orientação sexual, idade, crenças religiosas ou políticas, além de compromisso com o desenvolvimento profissional da equipe são outras bases para uma relação respeitosa. Hipocrisia não tem vez quando o assunto é responsabilidade social. Preencher a quota de contratações estipuladas por lei para deficientes físicos, por exemplo, é o mínimo que uma empresa deve fazer. “É preciso buscar o ‘lucro ótimo’ ao invés do ‘lucro máximo’”, alerta Ancona. Políticas de preços justos e o uso de indicadores de responsabilidade social em relatórios de desempenho também são bem-vindos.
SAUDABILIDADE
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#veganismo #vegetarianismo #saude
A tendência que virou
realidade NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO PERMEIAM DIVERSOS SEGMENTOS E MOTIVAM TRANSAÇÕES E INOVAÇÕES CONSTANTES NO SEGMENTO DE FRANQUIAS
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NÃO CAIA EM SENSO COMUM – E NÃO ENGANE OS CLIENTES Em 2019, a rede brasileira de fast food Giraffas incorporou opções vegetarianas e veganas ao seu cardápio. “Trata-se de uma demanda social. Grupos de colegas, amigos e familiares buscam um restaurante que agrade ao gosto e preferência de todos e os novos pratos do Giraffas chegam ao encontro dessa necessidade”, explica o fundador e CEO da marca Carlos Guerra.
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S
audabilidade, veganismo, vegetarianismo e outras tendências têm feito com que marcas de franquia de todo o mundo mexam em seus negócios para encontrar melhores formas de atender a públicos tão diversificados. Segundo pesquisa do Ibope Inteligência, 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos e, de todos os entrevistados, 60% disseram, ainda, que se os preços de produtos vegetarianos e veganos fossem compatíveis com os que eles já estão acostumados, o consumo seria garantido. Esse percentual se tornou um indicador impossível de ser ignorado, em diversos segmentos. A origem dos produtos vendidos é um dos principais critérios para compra, atualmente. Muitas empresas, entretanto, se deparam com a questão da descaracterização do negócio ao oferecer produtos destinados a esse público. “É importante atender as demandas do consumidor dentro do nicho de atuação da empresa. Existem públicos para os diferentes tipos de produtos e serviços, dessa forma a franquia que vem dando certo em um mercado promissor não deve mudar radicalmente seu conceito, mas, ao mesmo tempo, não pode ignorar as tendências do mercado”, explica o diretor-executivo da MDS Franchising Carlos Ruben Pinto.
Carlos Ruben Pinto, diretor-executivo da MDS Franchising
Alimentação é um dos segmentos mais afetados por essa tendência, e justamente por isso está mais exposto a possíveis erros do que outros nichos. “Para acenar sem descaracterizar é necessário se adaptar, pesquisar, ouvir as pessoas – elas darão os sinais, indicarão os novos caminhos, enfim, mudar. No segmento de alimentação, certamente será necessário desenvolver novas linhas de produtos que sejam efetivamente naturais, comprovadamente saudáveis, ou seja, que não sejam alimentos processados e que não contenham aditivos ou conservantes químicos. E, ao divulgá-los, sempre tomar o cuidado de ser verdadeiro, nunca enganar os clientes”, explica o especialista. Ele acrescenta, ainda, que é importante não se deixar levar por crenças do senso comum. “As pessoas que buscam uma alimentação cada vez mais saudável e que adotam o veganismo, ao contrário do que muitos podem pensar, comem muito bem e de forma variada. Existem centenas de alimentos naturalmente veganos como arroz, feijão, legumes, hortaliças, castanhas, frutas e muitos outros”. Ruben Pinto alerta que o medo da “descaracterização do negócio” em nome das tendências é um perigoso caminho que pode destinar ao fracasso.
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SAUDABILIDADE
OUTROS NICHOS TAMBÉM APOSTAM Apesar de Alimentação ser o nicho mais visível, quando se trata de saudabilidade e novos comportamentos, outros segmentos também têm passado por fortes transformações. Alguns até unem forças. A Mundo Verde, por exemplo, já tem mais de 30 anos de experiência no segmento de alimentação saudável, faturou R$ 580 milhões em 2018 e acaba de ampliar seu portfólio com a aquisição da Aloha. A empresa é especializada em óleos essenciais e cosméticos naturais. A abrangência da distribuição da Mundo Verde foi uma das razões para o acordo. “Acreditamos que esse movimento tem o potencial de fazer a Aloha crescer dez vezes nos próximos cinco anos, atingindo um faturamento de R$ 200 milhões”, afirma o fundador da Aloha Carlos Wizard Martins. De acordo com Charles Martins, CEO do Mundo Verde, a compra da Aloha é uma forma de ampliar o portfólio de produtos e canais de distribuição. No final de 2018, a rede adquiriu a Natue, plataforma de comércio eletrônico de produtos naturais, com faturamento de R$ 18 milhões
em 2017. “O crescimento via aquisições é uma das estratégias que definimos para o Mundo Verde”, explica. Outra rede de franquias do gênero, a Armazém Fit Store, também começou com a venda de produtos alimentícios, mas hoje se propõe a ajudar o consumidor a “usar” produtos melhores. No estoque há desodorante sem alumínio, sabonetes sem glúten, entre outras coisas.
NÃO SEJA REATIVO Para atender plenamente os novos anseios do consumidor, a franquia precisa sair do lugar comum, de acordo com o especialista. “Quando as pessoas mudam de comportamento o mundo muda. Portanto, o recomendável é se aproximar cada vez mais dos clientes, inspirar-se neles, juntar sustentabilidade com qualidade, conveniência com experiência, mostrar os impactos positivos de sua marca no meio ambiente e jamais resistir ou ignorar”, comenta. As mudanças fazem parte do processo evolutivo e, em um país com o tamanho do Brasil, isso é ainda mais constante. Ruben Pinto acredita que o empreendedor nacional não pode, em hipótese alguma, ser reativo. “É preciso entender que vivemos no mundo todo momentos de grandes mudanças, e que as mudanças nos hábitos de consumo abrem espaço para novos produtos, novos negócios, novas possibilidades, e consequentemente, acabam por exigir novos olhares e novas capacitações”.
FOTO: MATHEUS MEIRELES
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Charles Martins, CEO do Mundo Verde
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Todos à procura de ouro roxo FRANQUIAS DE AÇAÍ EXPANDEM A PRESENÇA DE REDES NO BRASIL E NO EXTERIOR
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preocupação com a saúde obriga um número cada vez maior de pessoas a repensar a sua dieta. Ao mesmo tempo, dá peso à expansão das franquias que têm o açaí como principal ingrediente do seu core business. Famoso pelas suas propriedades nutritivas, o fruto originário de uma palmeira típica da região Amazônica, o açaizeiro, vem puxando o crescimento das redes de alimentação saudável, que em 2018 tiveram um faturamento 25,92%
maior do que em 2017, segundo dados da 13ª Pesquisa Setorial ABF Food Service, realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). “O conceito do açaí é bem mais poderoso. Ele é considerado um ´superfood’, tem as características funcionais desejadas pelo consumidor e atende ao movimento de saudabilidade 3.0”, confirma Simone Galante, da Galunion Consultoria para Foodservice. O ouro roxo, como é conhecido, encabeça negócios exclusivos e ainda participa do mix de produtos de outras cadeias. Muitas vezes, assume até o lugar de uma refeição, além de suprir o nicho dos snacks, sem contar as variadas formas de consumo em momentos de indulgência cobertos por doces e frutas. Ao unir sabor e saúde, o açaí amplia a sua capacidade de atrair consumidores, tornando-se um negócio promissor e cada vez mais consistente. “Não é modismo. O açaí tem um elevado potencial de crescimento pela importância que representa para todo o mercado de alimentação”, ratifica João Baptista Junior, coordenador do Comitê de Food Service da ABF. Simone concorda: “se houver crescimento sustentado pela demanda não teremos uma onda”. Segundo ela, o negócio tende a ser passageiro quando ocorre uma abertura excessiva de pontos de venda além da demanda e com baixa qualidade de produto e serviço.
DÁ GOSTO A preocupação em melhorar a velocidade do serviço e padronizar a qualidade do produto acompanha a Fast Açaí antes mesmo da sua criação. Responsáveis pela abertura da primeira casa de venda de açaí do Centro-Oeste do Brasil, em 1998, os sócios Frederico Junqueira, Belisário Junior, Mauricio Lima e Pedro Lima iniciaram em 2012 os testes para que a tradicional receita de açaí na tigela pudesse ser produzida a partir de uma máquina de sorvete. “Após seis meses, o processo foi dominado e os fundadores perceberam que tinham um novo negócio nas mãos”, conta Odilon Moura, gerente de franquias da Fast Açaí. Inaugurada em formato de quiosque dentro de um hipermercado da cidade de Goiânia (GO), a primeira loja ainda hoje tem clientes fiéis. O status de franquia veio em 2013 e, um ano depois, a Fast Açaí já tinha a sua primeira loja franqueada fora do estado de Goiás, que foi aberta em Brasília.
Fast Açaí § Valor da franquia: a partir de R$ 80 mil § Royalties: taxa de 5% do valor de vendas
Foto: Divulgação
§ Prazo médio de retorno do investimento: entre 18 e 24 meses
Odilon Moura, gerente de franquias da Fast Açaí Dezembro e janeiro de 2020
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SAÚDE PARA DAR E VENDER A Concept Açaí também cresce de forma saudável. A franquia alagoana avança a uma velocidade de 30% desde 2014, quando abriu a sua primeira loja, ainda hoje instalada no número 170 da avenida Dr. Antonio de Barros, no bairro de Jatiúca, orla central de Maceió (AL).
Concept Açaí § Valor da franquia: a partir de 90 mil § Royalties: fixo a partir de R$ 2 mil § Prazo médio de retorno do investimento: 15 meses
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“A marca já nasceu como franquia”, lembra Jath Azevedo, diretor-geral da Concept Açaí. No início, o empreendimento tinha dois quiosques, um toten e uma loja. Em 2015 chegou ao Recife, ganhando assim a sua primeira operação fora de Alagoas. Hoje, a rede soma 300 operações em 18 estados. A expectativa é inaugurar 68 lojas Fotos: Divulgação
A rede começou com oito lojas. Hoje, está presente em 12 estados. “Já são quase 200 unidades nos últimos cinco anos”, acrescenta Moura. “A meta é lançar mais 80 unidades até 2020, sendo 30 em 2019”, diz Moura. A expectativa é que o grupo Fast Açaí feche 2019 com uma movimentação de mais de 1,3 milhão de toneladas de açaí, o equivalente a uma receita superior a R$ 60 milhões – alta de aproximadamente 12% em relação a 2018. Os números são nutridos justamente pela relação do açaí com a alimentação saudável. “Em um mundo cada vez mais urbano, o mercado das superfrutas tem crescido de maneira consistente por proporcionar uma grande quantidade de nutrientes em apenas uma porção”, destaca Moura.
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em 2019, ano que deve registrar um faturamento aproximado de R$ 115 milhões, acréscimo de 25% na comparação com o ano anterior. Uma das maiores franquias do Nordeste, a Açaí Concept ajuda a ostentar a fama da iguaria brasileira em solo estrangeiro. A empresa criada pelo empresário Augusto Miguel já tem 24 lojas em operação na Argentina, Canadá, Chile, Equador, Estados Unidos, Portugal e Suíça, além do Brasil, e pretende chegar ainda à Austrália, Holanda e Inglaterra. Na Fast Açaí, a expansão internacional começou em 2016 com uma loja inaugurada nos Estados Unidos, que atualmente soma quatro unidades, mesmo número de estabelecimentos encontrados em Angola. Os próximos destinos devem ser Paraguai, Jordânia, Europa e África do Sul, cuja primeira loja está programada para abrir as portas em 2019. A OakBerry é outra rede que caiu no gosto internacional. A marca nasceu em São Paulo no ano de 2016 e, apenas três anos depois, abriu o seu primeiro quiosque no Florida Mall, em Orlando, nos Estados Unidos.
Jath Azevedo, diretor-geral da Concept Açaí
Bom até no frio Inovações não faltam para aumentar as vendas do açaí mesmo em dias mais frios. “Aqui temos um ponto crucial. Há marcas com uma proposta de valor muito bem feita, ancorada nas questões funcionais, e o consumo do açaí acontece de forma independente do clima. Muito menos sazonal do que a categoria de sorvetes em geral”, compara a consultora Simone Galante. O exemplo da Fast Açaí vem da loja de Santa Maria (RS). Mesmo em uma das regiões mais geladas do País, bastou apenas o próprio açaí para gerar aceitação. “O açaí nos ajuda a vender mesmo em dias mais frios por estar relacionado a um produto mais saudável, com nutrientes e, no nosso caso, por ter polpa 100% orgânica e selo de alimento confiável”, explica Moura. Ainda assim, a rede busca surpreender a freguesia com opções sazonais, como o bolinho de chocolate quente com açaí, além de um mix desenvolvido por engenheiros de alimentos em parceria com franqueados e expoentes da indústria de alimentos no Brasil e no mundo. “Nesse momento, estudamos o cultivo de matéria-prima orgânica próxima a nossa base de operações”, revela Moura. A Fast Açaí tem indústria própria desde 2014. Instalada em Aparecida de Goiânia (GO), a fábrica opera com uma capacidade produtiva que pode chegar a 5,2 milhões de toneladas de açaí ao ano. Mas a empresa tem planos para construir uma nova planta capaz de absorver o crescimento projetado para o negócio nos próximos 15 anos. Para ir além de sucos e sorvetes, a Concept Açaí introduziu a tapioca, lanches naturais e novos cremes em seu cardápio. “Temos parceiros e fornecedores que desenvolvem os nossos produtos em conjunto”, comenta Jath Azevedo. As vendas são alimentadas ainda pelo delivery, especialmente no inverno. “Existe sim uma sazonalidade, mas inserimos outros produtos em nosso mix para contribuir com o aquecimento das vendas”, conclui.
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#meioambiente #recursosfinitos #conscientizacao
Verde que te quero ver
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR GUIA FRANQUEADOS NA BUSCA POR PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS
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nvestir em práticas sustentáveis é um caminho sem volta. Mas ainda há empresas que sequer escolheram uma trilha. Quem não tem mais dúvidas é o consumidor. Ele já entendeu a gravidade da questão ambiental e vem desistindo de comprar produtos e serviços indiferentes à preservação do meio ambiente. O impacto dessa decisão pode causar nos negócios um estrago tão devastador quanto os danos provocados pelo homem na natureza.
“Cuidar do meio ambiente já não é um diferencial e sim pré-requisito e oportunidade para a inovação”, sinaliza a consultora Eleine Bélaváry, da Connexion, especializada em empreendedorismo sustentável. Estudo da KPMG aponta a sustentabilidade como uma das sete tendências do varejo atual, impulsionada principalmente pelo hábito de compra da geração verde. “Vivemos uma transformação cultural e o nível de conscientização é crescente”, acredita o sócio-diretor e líder da área de varejo da KPMG Brasil Paulo Rogério Ferezin. O consultor cita uma pesquisa realizada pela Unilever, que serve como guia para o planejamento de ações sustentáveis pelo mercado franqueador brasileiro. O levantamento descobriu que um terço das pessoas prefere comprar marcas com base em seu impacto social e ambiental. Um em cada cinco consumidores diz que escolheria uma marca se suas credenciais de sustentabilidade fossem mais evidentes na embalagem ou no marketing. O potencial inexplorado alcança a cifra de US$ 1,13 bilhão. “Performance e reputação permanecem essencialmente atreladas a uma agenda de sustentabilidade”, destaca Eleine. A preocupação com o meio ambiente tem deixado as pessoas mais predispostas a consumir produtos que manifestam o mesmo cuidado. “A probabilidade de vender mais é maior”, confirma Ferezin.
MÃOS À OBRA
Foto: Rafa Vitoriano
A rede carioca de chá mate orgânico Megamatte, criada em 1994, conseguiu reduzir em 25% os custos de implantação ao lançar as lojas container, em 2018. Esse percentual só vale se comparado ao formato de lojas com
45 metros quadrados, mas a expansão é promissora. “O modelo atrai investidores com médio investimento e dá versatilidade para quem está ingressando no franchising”, diz Julio Monteiro, CEO da Megamatte. Segundo ele, o aporte inicial nas lojas container é de R$ 240 mil. Considerada sustentável por reduzir em 90% os resíduos de uma construção convencional como cimento, areia, cal e tijolos, a estrutura tem instalação rápida e já existem formatos autossuficientes, que otimizam ainda mais o fluxo operacional. A Megamatte diminuiu ainda a utilização de equipamentos em aço inox e desenvolveu outros mais compactos, que viraram até padrão para toda a rede. As três unidades que hoje operam nesse modelo estão localizadas no Rio de Janeiro. “Trabalhamos com o franqueado na sugestão do melhor modelo de negócio para o ponto”, frisa Monteiro. Segundo ele, atuar com base em uma causa é o primeiro passo para engajar os franqueados em torno de práticas sustentáveis, trabalho que a Megamatte intensificou a partir de 2014. Envolver as pessoas é outro desafio, pois requer um profissional preparado para multiplicador as mensagens certas. Atualmente, a rede estuda técnicas de aproveitamento do resíduo de erva-mate. Hoje, a rede possui 150 unidades em seis estados. O plano é alcançar 160 operações até abril de 2020.
Megamatte, loja aerotown
Dezembro e janeiro de 2020
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S U S T E N TA B I L I D A D E
“SEMPRE ACREDITAMOS QUE A EDUCAÇÃO TEM PAPEL DE PROTAGONISMO NO FOMENTO À CIDADANIA E À GERAÇÃO DE RESULTADOS POSITIVOS NO PLANETA” Piero Franceschi, vice-presidente de franquias da Pearson, dona da marca Yázigi
FALANDO A MESMA LÍNGUA
nos consumista é uma das saídas para que o tiro não saia pela culatra. “Precisa fornecer evidências para legitimar atitudes”, reintera Eleine. Para Ferezin, a ação tem que fazer parte da essência da marca. E é assim que a sexagenária rede de escolas de idiomas Yázigi vem atuando. “Sempre acreditamos que a educação tem papel de protagonismo no fomento à cidadania e à geração de resultados positivos no planeta”, lembra Piero Franceschi, vice-presidente de franquias da Pearson, dona da marca Yázigi. A marca aderiu ao Global Goals, da Organização das Nações Unidas (ONU), que traz 17 metas mundiais de desenvolvimento sustentável até 2030. E já cumpriu três delas: Elephant Parade (2017), #Desencanudese (2018), #MenosCarbonoMaisFuturo, que em agosto de 2019 arrecadou materiais recicláveis levados depois para a correta destinação, e Yázigi Day mutirão de coleta de lixo realizado em setembro. Desde o início de 2019, professores, alunos e funcionários gravaram um total de 250 vídeos com o tema “Dá para fazer no escuro”, sobre economia de energia elétrica. As ações do Yázigi são realizadas por meio do programa de cidadania “Act to Impact”, criado em 2017. De acordo com Franceschi, esses são caminhos naturais da marca, que prega a formação de cidadãos do mundo. “Os conceitos de sustentabilidade sempre estiveram presentes dentro da sala de aula. Fazem parte do nosso DNA”, enfatiza. Com 60 mil alunos e 4,5 mil colaboradores em 300 escolas distribuídas por 24 estados, o Yázigi
Não adianta apenas surfar na onda. “Oportunismo existe, porém o consumidor de hoje não se ilude mais. Ele quer enxergar a entrega e não a promessa”, adverte Ferezin, da KPMG. Adotar uma propaganda verdadeira e me-
O canudo como exemplo Em 2018, o Rio de Janeiro proibiu o uso dos canudos de plástico, seguido pela cidade de Santos (SP). Em julho de 2019, foi a vez de todo o estado paulista aderir à medida sancionada por meio de um Projeto de Lei que prevê multa de cerca de R$ 5,3 mil – o dobro na reincidência. “Faltou contextualizar a preocupação com o meio ambiente. As marcas poderiam aproveitar esse momento para se transformarem em agentes da mudança cultural e não apenas em agentes de resposta”, orienta Ferezin, da KPMG. Dados para fortalecer a conscientização da cadeia franqueadora existem aos montes. Segundo Eleine, da Connexion, o canudo representa 4% de todo o lixo plástico do mundo e pode levar até mil anos para se decompor. Já o Banco Mundial estima que os plásticos representem 10% do total de 1,4 bilhão de toneladas de resíduos gerados globalmente ao ano. “O futuro do varejo pode ser bem parecido com um passado sem plástico, onde consumidor leva os próprios recipientes para condicionar os produtos”, comenta Eleine, com base em estudos sobre o futuro do varejo. Seja qual for o modelo, a sociedade do bem-estar vem deixando a era do consumo cada vez mais para trás. O processo é lento, mas a transição desafiará os empreendedores nos próximos anos. Estudar as pesquisas e os movimentos sociais dentro e fora do Brasil são algumas das atitudes capazes de colocar as franquias como protagonistas de uma história que será crucial para determinar o futuro dos negócios.
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S U S T E N TA B I L I D A D E
A natureza agradece quando você usa:
§ Recursos naturais de forma consciente § Equipamentos ecoeficientes § Logística de baixo carbono § Gestão adequada de resíduos orgânicos e sólidos § Materiais de baixo ambiental Ana Vecchi, CEO daimpacto Ana Vecchi Business Consulting § Campanhas de engajamento § Ações de apoio à comunidade § Projetos arquitetônicos alinhados aos princípios sustentáveis disponibiliza guias que ajudam a engajar toda a sua cadeia dando ainda liberdade para que o próprio dono da unidade crie ativações na sua praça.
CONSCIÊNCIA LIMPA Para cada limpeza realizada com uma quantidade média de 30 peças de roupas, a 5àsec economiza mais de 80 litros de água potável em relação à lavagem feita em máquinas domésticas. A redução chega a 15% na comparação com as lavanderias tradicionais. “Reutilizamos a água dos ciclos e economizamos mais de 300 ml de detergente e amaciante a cada limpeza”, conta o diretor de Operações da 5àsec Fernando Toledo. A rede trabalha para mostrar aos franqueados a importância de um processo produtivo que respeite o consumo consciente. Cada etapa é pensada para gerar economia a partir do controle no uso de água e energia. Descontos ainda incentivam o cliente a retornar os cabides. Há ainda ações para a redução do consumo de plásticos, que foram substituídos por itens biodegradáveis, além do estímulo à coleta seletiva. As estratégias são debatidas pelo Comitê de Sustentabilidade da marca, criado em 2017 e conduzido hoje pela direção da 5àsec com a participação de cinco franqueados. Novas iniciativas estão previstas, como a substituição do porta ticket plástico por um similar biodegradável. As capas plásticas utilizadas para a entrega de roupas também darão lugar a protetores retornáveis, envolvendo toda rede, hoje composta por 448 pontos de venda espalhados pelo Brasil. A meta é encerrar 2019 com mais seis lojas.
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“REUTILIZAMOS A ÁGUA DOS CICLOS E ECONOMIZAMOS MAIS DE 300 ML DE DETERGENTE E AMACIANTE A CADA LIMPEZA” Fernando Toledo, diretor de Operações da 5àsec
LOGÍSTICA
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#centrodedistribuicao #parceirolocal #gestaooperacional
Centro de distribuição
x
fornecedores locais Por Marcia Rodrigues
NÃO HÁ FÓRMULA SECRETA SOBRE QUAL CAMINHO ADOTAR NA FRANQUIA; É PRECISO OLHAR TODA A CADEIA E VER QUAL OPÇÃO FAZ MAIS SENTIDO PARA A REALIDADE DE CADA OPERAÇÃO
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P
ensar na logística de um negócio, ou seja, em como será feita a produção e a entrega do seu produto ou serviço para a toda a rede até chegar ao consumidor final, é tão importante quanto confabular estratégias para alavancar as vendas. Mas, afinal, quando vale a pena abrir um centro de distribuição ou negociar o abastecimento de suas lojas com fornecedores locais? A resposta não é tão simples como a pergunta, segundo o especialista em logística Marcus Cordeiro, diretor da consultoria ba}Stockler. É preciso avaliar toda a sua cadeia produtiva antes de tomar a decisão.
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“É uma decisão cara e estratégica para a saúde da empresa. O empresário precisa analisar o custo como um todo para a cadeia completa e ver o que faz sentido para a sua realidade. A decisão varia de situação para situação. A prioridade é manter a qualidade dos seus produtos e serviços, além de oferecer o melhor custo para seus clientes”, comenta Cordeiro. Para o especialista, se a rede dispor de bons fornecedores, que garantam a entrega loja a loja, mantendo o padrão e a qualidade que são características de uma franquia, nem sempre existe a necessidade de se investir na estrutura de um centro de distribuição. A avaliação não está concentrada apenas no segmento de atuação da franquia. “Na minha consultoria, por exemplo, eu atendo clientes da área de alimentação que constataram que era necessária a construção de um centro de distribuição, enquanto outros conquistaram uma rede de fornecedores confiável e que ofereciam todos os requisitos que eles precisavam para atender seus franqueados, descartando a necessidade do apoio de um centro de distribuição em regiões mais afastadas da sua fábrica”, ressalta o executivo.
REDUÇÃO DO FRETE A Patroni, franquia de pizzarias, viu a necessidade de abrir um centro de distribuição, em 2017, no Recife (PE), para atender as 30 operações que mantém no Nordeste. Entre elas, Paraíba (RN) e Fortaleza (CE). Todos os insumos que abastecem as lojas da rede são preparados e congelados na fábrica de três mil metros quadrados que a rede mantém em Diadema, no ABCD paulista, em São Paulo.
Marcus Cordeiro, diretor da consultoria ba}Stockler
“Quando iniciamos as operações no Nordeste, mandávamos tudo diretamente de São Paulo para a região. Não contávamos com um ponto de apoio. A entrega chegava a demorar uns 15 dias e percebemos que isso estava atrapalhando as nossas operações. Na época chegamos a avaliar o transporte aéreo, mas vimos que era muito caro. Com isso decidimos investir em um centro de distribuição”, diz o diretor de Expansão da Patroni Admilson Souza. Atualmente a franquia tem 215 unidades. As regiões Sul e Sudeste são abastecidas diretamente pela fábrica paulista via terrestre. Com as operações do centro de distribuição, Souza afirma que reduziu muito o frete para os franqueados. “Tudo que sai da fábrica de São Paulo para Recife é considerado tributariamente como transferência de mercadoria, ou seja, não entra no enquadramento como barreira fiscal. Antes tínhamos de embutir imposto nelas também. Com o centro de distribuição, além de melhorar os custos para o franqueado, também conseguimos reduzir o preço no produto em 5% para o consumidor final.” O próximo passo da rede é abrir um centro de distribuição em Manaus para atender esse Estado e Roraima. “Estão surgindo mais operações na região e identificamos que acima de seis lojas é necessário o apoio de um centro de distribuição local”, conta Souza. Dezembro e janeiro de 2020
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LOGÍSTICA
“ACREDITAMOS QUE UM DISTRIBUIDOR LOCAL FICA MAIS PRÓXIMO DO DIA A DIA E OFERECE MAIS EXCELÊNCIA NA OPERAÇÃO. PARA O NOSSO TIPO DE NEGÓCIO, É UMA OPÇÃO VIÁVEL E EFICAZ NO SENTIDO LOGÍSTICO” Lupercio Moraes, presidente da Rochinha
AGILIDADE NO ABASTECIMENTO Na rede de sorvetes Rochinha as lojas da capital de São Paulo são abastecidas por operador logístico terceirizado. Todas as cidades em que a marca atua estão localizadas fora da capital, como Litoral Norte, Sul e interior, e as lojas são abastecidas diretamente pela fábrica de São José dos Campos, localizada no Vale do Paraíba, no interior do Estado. Atualmente a franquia tem 19 lojas espalhadas pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, além da Kombi Rochinha – um food truck que está em operação em eventos da capital paulista. A empresa também atua com 24 distribuidores locais que fazem operações de abastecimento nas praias e nos pontos de venda.
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“Acreditamos que um distribuidor local fica mais próximo do dia a dia e oferece mais excelência na operação. Para o nosso tipo de negócio, é uma opção viável e eficaz no sentido logístico”, comenta o presidente da Rochinha Lupercio Moraes. Moraes ressalta, no entanto, que atuar com distribuidores não é uma operação barata, “mas os pontos positivos são maiores”. Ele destaca a eficácia das operações em alta temporada, por exemplo, onde a agilidade do abastecimento é primordial.
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LOGÍSTICA
Não há uma periodicidade padrão para o abastecimento dos distribuidores e franquias da rede. “Tudo depende do local do ponto de venda/franquia e da época do ano. No geral, para lojas franqueadas o abastecimento é semanal. Para os distribuidores, que abastecem os pontos de vendas é mensal.”
LOJAS PRÓPRIAS MAIORES Com 300 franquias em 22 Estados do país, a Ecoville, rede de produtos de limpeza, conta com 12 lojas próprias que atuam como centros de distribuição para as unidades franqueadas. A previsão é a de que, até o final do ano, mais duas bases sejam inauguradas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo Leonardo Castelo, presidente da Ecoville, o modelo de negócio foi escolhido por ser o mais barato e conseguir suprir a demanda da rede. “Em vez de abrirmos grandes galpões, optamos por usar lojas maiores como centros de distribuição e ficar mais próximo de nossos franqueados.” Castelo conta que uma parte das 300 franquias é atendida diretamente pela indústria, situada em Joinville (SC), e outra pelas lojas próprias. “Antes de termos as lojas que atuam como centro de distribuição, tínhamos problema de capilaridade, ou seja, precisávamos esperar o fechamento da carga para mandar um caminhão. Hoje, por sermos uma rede grande, não temos mais essa necessidade, mas sentimos que era melhor manter as lojas para facilitar o abastecimento das franquias.” Diferentemente de muitas redes que optam por eliminar as lojas próprias e ter operação apenas com lojas franqueadas, a Ecoville quer manter 20% da rede como loja própria.
“EM VEZ DE ABRIRMOS GRANDES GALPÕES, OPTAMOS POR USAR LOJAS MAIORES COMO CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO E FICAR MAIS PRÓXIMO DE NOSSOS FRANQUEADOS” Leonardo Castelo, presidente da Ecoville
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INTERNACIONAL
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#expansao #semfronteiras #oportunidades
Parcerias ajudam na internacionalização de franquias PAÍSES OFERECEM BENEFÍCIOS PARA AJUDAR FRANQUIAS BRASILEIRAS A LEVAR NEGÓCIOS, BEM COMO EMPREENDEDORES LOCAIS A ABRIR EMPRESAS POR LÁ Por Paulo Gratão
O
sonho de expandir fronteiras e levar a marca de franquia para outros territórios pode ser facilitado por meio de parcerias. O profissionalismo, boas práticas e reconhecimento que precede o franchising brasileiro ajudam a abrir portas em diversos países. É estimado que existam cerca de 30 mil redes de franquias em todo o mundo, sendo que quase 10% disso está no Brasil. Segundo a International Franchise Association (IFA), entidade equivalente à ABF nos Estados Unidos, há franquias em mais de 65 diferentes segmentos da economia. A ABF, em colaboração com a Apex-Brasil, tem feito um esforço de estimular a internacionalização de redes brasileiras ao longo dos anos. Essa ação tem ajudado a abrir portas em outros países, por meio de parcerias com entidades locais.
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PORTUGAL Portugal é um dos principais destinos de franquias brasileiras. Por essa razão, aquele país está preparado para receber os empreendedores nacionais, conhecendo bem as diferenças entre o ambiente de negócios brasileiro e português. A Associação de Franquias de Portugal, inclusive, oferece um curso específico para empreendedores brasileiros que queiram abrir negócios em terras lusitanas.
MACAU Em 2019, a ABF esteve com quatro empresas brasileiras na feira de Macau, a Macao Franchise Expo, que oferece benefícios para falantes de língua portuguesa. “Os participantes receberam os estandes gratuitamente, além de reembolso de parte das passagens aéreas, duas diárias de hotel, transfer, entre outras coisas”, explica Amado. Para ter acesso, é preciso realizar, pelo menos, dez reuniões de negócios durante a feira, por meio do sistema de matchmaking oficial do evento.
Bruno Amado, gerente de projetos internacionais da ABF
§ Estande de 9m²
A reportagem da Franquia & Negócios mapeou com a área de inteligência da ABF, pelo menos, dois países que oferecem benefícios para a entrada de marcas ou empreendedores brasileiros. “Temos uma parceria muito forte com a Associação de Franquias de Portugal (AFP). Além disso, posso mencionar o caso da província de Macau na China, que, oferece incentivos para que marcas de países de língua portuguesa participem da sua feira de franquias”, explica o gerente de projetos internacionais da ABF Bruno Amado.
§ Duas diárias de hotel no período da feira (se forem dois representantes da empresa dividindo apartamento o benefício pode ser ampliado para 4 diárias) § Reembolso de despesas com passagens aéreas até 5.000 MOP (cerca de 640 dólares) § Reembolso de despesas com deslocamento entre Hong Kong e Macau (balsa ou ônibus)
MARCAS BRASILEIRAS NO EXTERIOR POR SEGMENTO Moda
35
Saúde, Beleza e Bem-Estar
25
Alimentação
22
Casa e Construção
18
Serviços Educacionais
15
Comunicação, Informática e Eletrônicos
12
Serviços e outros negócios
7
Hotelaria e Turismo
4
Entretenimento e Lazer
3
Serviços Automotivos
2
Limpeza e Conservação
2
FONTE: ABF
Dezembro e janeiro de 2020
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INTERNACIONAL PRINCIPAIS DESTINOS DE FRANQUIAS BRASILEIRAS 59
34
32 22
Estados Unidos
Portugal
Paraguai
Bolívia
14
14
13
13
12
12
Argentina
Chile
Angola
Colômbia
México
Espanha
FONTE: ABF / 2018
FATORES A SEREM CONSIDERADOS ANTES DE INTERNACIONALIZAR Além dos benefícios oferecidos por países, é preciso considerar uma gama de fatores antes de levar a marca ou resolver empreender em países de culturas diferentes. O especialista Daniel Bernard, da consultoria NetPlan, ajudou a elencar as razões abaixo, presentes também no Guia de Orientação à Internacionalização de Franquias, desenvolvido pela ABF e pelo Sebrae.
1.
Tamanho do mercado no país de destino
13. Proximidade cultural com o país de destino
2.
Forte apelo internacional do formato do negócio
14. Custos crescentes de expansão nacional
3.
Nível de prosperidade econômica do mercado de destino
15. Desempenho financeiro da empresa insatisfatório
4.
Oportunidades de nichos não atingidos nos mercados de destino
16. Ambiente político desfavorável no Brasil
5.
Posse de alguma vantagem competitiva sobre competidores internacionais
17.
6.
Objetivos organizacionais expansionistas
7.
Fortalecimento da imagem da empresa
19. Proximidade geográfica do país de destino
8.
Acúmulo de conhecimento para a empresa
9.
Obtenção de economias de escala
10. Oportunidades limitadas de expansão no mercado nacional
11.
Expansão internacional dos concorrentes
12. Taxas cambiais favoráveis para a expansão 86
Revista Franquia & Negócios ABF
no mercado nacional
Entrada de novos competidores internacionais no Brasil
18. Ambiente econômico desfavorável no Brasil 20. Perda de participação de mercado no Brasil 21. Baixos custos de operação/investimento no mercado internacional
22. Interesse de investidores internacionais 23. Desejo pessoal do presidente da empresa 24. Interesse dos próprios franqueados da rede em expandir internacionalmente
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ASPECTOS LEGAIS DO FRANCHISING
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#reformatrabalhista #relacoesdetrabalho #novastecnologias
Trabalho temporário Por Fernando Tardioli*
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mbora tenha sido aplaudida e trazido avanços significativos, a Reforma Trabalhista ainda não foi capaz de resolver todos os desafios das relações de trabalho. Especialmente diante de um varejo cada vez mais dinâmico e impactado diariamente pelo advento de novas tecnologias, é preciso buscar proteção legal para as novas relações de trabalho. Nesse sentido, no último dia 14 de outubro, foi publicado o Decreto nº 10.060, que regulamenta a Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário. Conhecer mais sobre esse modelo de contratação é importante para os empresários do varejo, já que o trabalho temporário é uma alternativa interessante de contratação em períodos de aumento de demanda, como o Natal, datas comemorativas, férias ou licenças de colaboradores fixos, entre outras situações. O Decreto, em seu artigo 2º, define o que é o trabalho temporário: “... considera-se trabalho temporário aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços ou cliente, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços”.
Para que não fique nenhuma dúvida, o trabalhador temporário não pode ser contratado diretamente pelo tomador do serviço, mas sim por meio de outra empresa que atue com trabalho temporário. O contrato não pode ser superior a 180 dias, ainda que em dias não consecutivos, mas pode ser prorrogado, porém apenas uma vez por um período máximo de mais 90 dias. A jornada de trabalho do temporário não pode extrapolar oito horas diárias – a menos que o tomador do serviço trabalhe com uma jornada específica que extrapole esse limite. Nesse caso, as horas excedentes devem ser pagas com acréscimo mínimo de 50% – e se essas horas forem cumpridas no período noturno, é preciso somar mais 20%, no mínimo, à remuneração. Ainda sobre remuneração, o trabalhador temporário terá que receber o mesmo que os empregados fixos da empresa contratante que atuam na mesma função – e o valor não pode ser inferior ao salário mínimo praticado em cada Estado. Também são garantidos o seguro de acidente de trabalho, férias proporcionais, pagamento do INSS e FGTS. Só não será devida a multa rescisória de 40% em caso de demissão sem justa causa. Vale ressaltar que o tomador de serviço, ou seja, aquele que contrata o trabalhador temporário, tem responsabilidade solidária pelo pagamento das obrigações trabalhistas e previdenciárias. Portanto, fica a dica: exija sempre da empresa de trabalho temporário não só o contrato de trabalho, mas também a comprovação de que todos os tributos e demais obrigações referentes a esse trabalhador são cumpridos rigorosamente. Além de ser um direito – seu e do temporário – é uma medida para evitar problemas desnecessários.
* Fernando Tardioli é diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF), do World Franchise Council (WFC), da Federação Ibero-Americana de Franquias (FIAF) e sócio do escritório Tardioli Lima Advogados
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P O N T O D E V I S TA
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Paralisia por análise Por Luciano Pires*
U
m potencial patrocinador dos meus podcasts pediu informações sobre minha audiência. Mandei. Aí pediu mais informações sobre downloads. Mandei. Então pediu informações sobre os posts nas mídias sociais. Mandei. E aí pediu sobre o site… Pô, aí eu reclamei. Chega, né? As informações solicitadas não têm qualquer relevância! A resposta? “Estamos analisando.” Cara, mas que tanto analisam? E enquanto analisam a coisa fica empatada. Meses. Recebi um e-mail interessante do amigo leitor Pedro Lanzoni, que me apresentou um conceito delicioso que explica o que acontece: “…minha percepção quanto ao desaparecimento acelerado daquilo que se pode qualificar como visão estratégica é a mesma que a sua. Esses rapazes e moças poliglotas, recém-saídos de cursos de MBA, são extremamente eficientes em fazer coisas. Desde que alguém lhes diga o que fazer. Deixados à própria sorte para tomar decisões, não as tomam. Há uma expressão que usávamos em outra empresa, onde trabalhei por muito tempo, para demonstrar a maneira pela qual projetos não avançavam – paralisis by analysis.” Paralisia por análise, que delícia! A falta de experiência e repertório dessa moçada impetuosa e um medo terrível de correr riscos causam a paralisia pela análise. No afã de resolver o assunto, mais gente é colocada no processo: se é para errar, que seja em conjunto. Assim, a responsabilidade é compartilhada. E lá vem mais opiniões inseguras. Mais dados a serem coletados e analisados, analisados, analisados… E a dança em círculos torna-se permanente, com as decisões sendo postergadas, os processos avolumandose e todo mundo ocupado demais… analisando.
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* Luciano Pires pires.com.br www.lucianopires.com.br Qual é o problema de dizer “não queremos” ou “não nos serve” ou até mesmo um “não gostamos”, hein? Qualquer retorno é melhor que nenhum. Mesmo uma negação é um alívio, pois acaba com a paralisia e abre caminho para que nossa energia seja focada em outras frentes. Mas não. Não vem nem um sim, nem um não. Só um “estamos analisando”. Paralisia por análise. Acontece com você?
Foto: Divulgação
#podcast #audiencia #decisao
Imagem meramente ilustrativa. Contém Glúten e Lactose. Alérgicos: contém farinha de trigo, ovos, leite de vaca e derivados. Pode conter traços de amendoim, amêndoas, nozes, castanha-do-pará e castanha de caju.Campanha válida de 13/11/19 a 25/12/19.
Nas festas de fim de ano
sodiedoces.com.br
artmaker
iê d o S m o c e r o m e m o c
A Biofílica Investimentos Ambientais S.A. certifica que aposentou em nome da
Antilhas Gráfica e Embalagens Ltda. 1.663 toneladas de CO2 equivalentes
Reduções Verificadas de Emissões pelo selo Verified Carbon Standard para
neutralização referente ao Inventário de emissões de 2018. As emissões foram reduzidas a partir de atividades do
Projeto REDD+ Manoa, que contribuem para a conservação de 74 mil hectares de Floresta Amazônica nativa e de sua biodiversidade, promovendo o desenvolvimento socioeconômico local. A aposentadoria destas Reduções Verificadas de Emissões, as quais são intransferíveis e exclusivas da Antilhas Gráfica e Embalagens Ltda., foi realizada na plataforma de registro IHS Markit, e pode ser localizada por meio do número de série:
6913-358331349-358333011-VCU-007-MER-BR-14-1571-01012015-31122015-0
www.verra.org
São Paulo, 17 de julho de 2019.
antilhas.com.br | 11 4152-1100