outubro 2011 ano VIII nº 88
Hora de poupar Com tantas incertezas nos mercados globais, a revista Mercado Brasil preparou um guia para você entender as principais alternativas de investimentos
Especial Entrevistas com R$12,00
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NEGÓCIOS - GESTÃO - ASSOCIATIVISMO - DESTAQUE EMPRESARIAL - EMPREENDEDORISMO- LOGÍSTICA - MERCADO ECONÔMICO
os principais nomes do Seminário de Negócios Internacionais (SENI), que ocorre em Jaraguá do Sul
expediente
editorial
Para onde ir N
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e veja a edição na íntegra
esta edição da Mercado Brasil, conseguimos um bom mix de assuntos. Nossas reportagens abordam desde a sempre problemática questão das finanças pessoais até como implantar a inovação nas empresas. Porém, todas elas têm um ponto em comum. E, basicamente, ele é o que poderíamos discutir nessa questão: para onde ir. Para as pessoas, essa questão está expressa com mais afinco em nossa capa. Em tempos de incertezas – com a Europa oscilante e os Estados Unidos e o Japão com as economias engessadas – onde nós devemos aplicar os recursos? A repórter Kamila Schneider ouviu diversos especialistas e traz, nesta capa, alguns caminhos possíveis. anos
5 fale conosco redação Mande cartas para a editora, sugestões de temas, opiniões ou dúvidas: jornalismo@revistamercadobrasil.com.br Fone: 47 3275 2277
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Já, para as empresas, a questão é outra. Para onde ir em busca da diferenciação? Para alguns, uma boa resposta é a expressa pelo especialista Hitendra Patel. Para ele, é preciso surpreender o consumidor e isso só é possível inovando sempre. Já, para Marcelo Castilho, professor de cursos de pós-graduação, as empresas precisam ter o impulso para questionar, para romper com paradigmas e tentar o novo. Seja qual for a sua escolha, o ponto é que se faz necessário agir. E agir rápido. Nós esperamos que as ideias desses especialistas ajudem-no a sair da zona de conforto e surpreender. Boa leitura, Cristiano Escobar Maia
índice
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Tempo de poupar
Em tempos de desaceleração global, conheça as melhores opções para poupar e descubra qual o seu perfil de investidor
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negócios
micro e pequenas
Sociedade digital impulsiona mudanças na maneira de trabalhar, consumir e viver. Conheça o que diz o consultor de estratégia, Ricardo Neves, em entrevista a Mercado Brasil.
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gestão
inovação
Inovação é a ferramenta mais eficaz para lutar contra a insegurança do mercado. Entenda como implantá-la em empresas de todos os portes.
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novas mídias
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Segundo estimativa do Sebrae, 3 milhões de micros e pequenas empresas ainda não aceitam nenhum tipo de pagamento eletrônico.
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especial
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É preciso estar atento aos anseios dos consumidores e às constantes transformações da sociedade. E surpreender sempre. É o que defende Hitendra Patel, pesquisador na área de crescimento estratégico.
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estante
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agenda
MBonline
www.portalmercadobrasil.com.br O Futuro Desejável
Entrevista
Nesta edição da Revista Mercado Brasil, temos uma entrevista com o consultor de estratégia Ricardo Neves, com mais de 20 anos de experiência em empresas, organizações de desenvolvimento e governos, no Brasil e no exterior. Nela, Neves fala sobre a Visão 2020, conceito criado pelo consultor e esmiuçado na trilogia Renascença Digital, de sua autoria. No nosso portal, está disponível a versão completa da entrevista, além de um pequeno resumo da obra de Neves.
Este mês, uma série de especialistas estarão reunidos na ExpoVendaMais, em Curitiba, PR. Por isso, a Revista Mercado Brasil preparou para o portal uma entrevista exclusiva com o diretor-fundador da Editora Quantum, Raul Candeloro, que também é diretor-geral do evento. Candeloro fala sobre o papel do gestor na hora de contratar e preparar o vendedor, os erros que os gestores cometem diante de sua equipe de vendas e a importância de conhecer o cliente. Não deixe de conferir o material completo no nosso portal!
FACEBOOK Além de ser uma ampla rede de relacionamentos, o Facebook também traz conteúdo inteligente para os usuários. Novidades sobre economia, gestão, sustentabilidade, negócios e tecnologia estão na página da Mercado Brasil. Curtir o perfil é garantia de conhecimento e informações de primeira mão sobre o novo portal.
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Os seguidores do Twitter da Mercado Brasil, além de receberem informações sobre as revistas, vão ser os primeiros a saber quais foram as mais recentes postagens no portal e notícias do mercado. E o melhor: você ainda pode repassar todas as informações aos seus seguidores através do Retweet. Siga @mercado_brasil.
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ASSINATURA Para aqueles que não dispensam uma boa revista impressa, ainda podem solicitar a assinatura da Mercado Brasil pelo novo portal. Na página inicial, é só clicar na seção “Assine” e preencher o formulário. O pagamento pode ser feito no cartão de crédito. E pronto! É só esperar a sua edição chegar pelos Correios.
mercado
Convênio estimula exportação de móveis Disseminar a cultura exportadora das indústrias de móveis do oeste de Santa Catarina e ampliar as vendas no mercado mundial. Esses são os objetivos do convênio que a Associação dos Madeireiros e Moveleiros do Oeste - Amoesc e o Sindicato da Indústria Madeireira e Moveleira do Vale do Uruguai – Simovale assinaram recentemente com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - Fiesc. O convênio permitirá ampliar o acesso de aproximadamente 140 empresas do grande oeste catarinense a produtos e serviços de apoio disponíveis nas instituições do governo e também do setor privado. O polo moveleiro da Amoesc compreende 86 municípios, conta com 383 indústrias e é responsável pela geração de 5,5 mil empregos diretos.
Setor de apicultura registra crescimento Santa Catarina figura o quarto lugar em produtividade de mel no País, fabricando 6 mil toneladas por ano. Em todo o Brasil, a produção chega a 45 mil toneladas. No território catarinense, já são 350 mil colmeias, com aproximadamente 30 mil famílias trabalhando no setor, sendo que 80% delas têm a apicultura como principal atividade econômica. Um dos destaques é o município de São Miguel do Oeste que comemora o aumento de produção de mais de 50% em um período de três anos.
mercado
Cervejas de Blumenau premiadas no Chile A cervejaria blumenauense Bierland foi premida durante a Copa de Cervejas da América, que aconteceu em Santiago, no Chile, em setembro. Com a participação de 280 variedades de cerveja, provenientes de 21 países, o evento foi organizado pela revista Alma Cerveza e Maltexco. A Bierland voltou com duas medalhas de bronze, uma no estilo Bock e outra com a Imperial Stout. ABierlandPale Ale foi eleita ainda a melhor cerveja da categoria EnglishPale Ale.
Catarinenses são consagradas com o Prêmio Ser Humano Das cinco empresas vencedoras do Prêmio Ser Humano SC 2010 que se inscreveram na premiação nacional, duas foram consagradas com o Prêmio Ser Humano “Oswaldo Checchia” 2011. As catarinenses Comércio e Indústria Breithaupt S/A e Fundação Pró-Rim se destacaram com projetos na área de desenvolvimento sustentável e responsabilidade social. Na categoria Empresa Cidadã, a Breithaupt S/A recebeu o prêmio bronze, com o case “De mãos dadas com a Inclusão”. E na categoria Organizações do Terceiro Setor, o prêmio bronze foi para o case “Rins do Riso”, da Fundação Pró-Rim. O prêmio é promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos.
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mercado
Entre os 400 destaques nacionais A D&A Comércio Exterior, com unidades nas cidades catarinenses de Blumenau e Itajaí, está na lista das 400 empresas que se destacaram em comércio exterior, de acordo com o anuário da Análise Brasil Global, que traça um parâmetro das principais empresas do setor no País. Somente em importação, a organização cresceu 65% em relação a 2009. Para a direção da empresa, o reconhecimento demonstra o momento de valorização da moeda local e a realidade da economia na região.
Cresce procura por planos de previdência privada A insegurança em relação à previdência pública, o aumento da expectativa de vida e a estabilidade econômica. Esses fatores têm contribuído para um aumento expressivo na procura por planos de previdência privada, que cresce em ritmo acelerado no Brasil e, principalmente, na região Sul do País. Dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida - Fenaprevi revelam que os aportes em planos deste tipo passaram de R$ 7,3 bilhões, em 2001, para R$ 46 bilhões, em 2010. O segmento também elevou sua participação no PIB - Produto Interno Bruto brasileiro, passando de 0,82%, há uma década, para 1,45%, no ano passado.
mercado
Bilden cresce 126% A Bilden, empresa com sede em Jaraguá do Sul e partner da multinacional sueca QlikTech, registrou o maior crescimento de faturamento na história. Criada em 2000 e representante dos sistemas de Business Inteligente QlikView, da QlikTech, desde 2006, a Bilden teve aumento de 126% em seu faturamento de janeiro a agosto. “Optamos por uma postura mais agressiva no mercado e esses resultados demonstram que fomos bem-sucedidos”, avalia Marcio Manoel da Silveira (foto), diretor executivo da Bilden. Para ele, também pesaram no desempenho a consolidação nos mercados de Santa Catarina/Paraná – de Florianópolis a Curitiba, Jaraguá do Sul e Vale do Itajaí -, o aumento da oferta de serviços de customização de software e a chegada da versão 10 do sistema de BI QlikView.
HAVAN IMPLANTA FACE DETECT A rede Havan instalou em suas filiais o sistema Face Detect, com o objetivo de reforçar a segurança nas lojas e diminuir o número de furtos de produtos. O moderno programa de computador, de tecnologia suíça, faz o mapeamento do rosto da pessoa flagrada furtando ou em atitude suspeita. Na próxima vez em que esta pessoa entrar em uma loja Havan, o programa detecta a imagem de sua face e envia um alerta na tela dos computadores da sala de segurança, informando o histórico da última ocorrência, com data, hora e tipo de evento. A partir de então, a pessoa passa a ser monitorada pelo fiscal, para impedir que uma nova ocorrência venha acontecer. Se durante o monitoramento for pega em flagrante de furto, a Polícia Militar é acionada e os procedimentos legais adotados. Após a implantação do Face Detect, aumentou em 300% o número de pessoas flagradas ou suspeitas de furto detectadas.
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Signativa fecha parceria com a Magento A Signativa, agência digital especializada em desenvolvimento de projetos e consultoria na área de comércio eletrônico com matriz em Blumenau, SC, fechou parceria com a Magento, detentora da maior plataforma de e-commerce do mundo. A plataforma é utilizada por referências no e-commerce, como a Adidas, a Nokia, a Samsung e a Ford. A primeira loja virtual de acessórios Chevrolet em Santa Catarina, da Santa Clara Veículos (www.staclara.com.br/loja-acessorios), foi desenvolvida pela Signativa, já utilizando a plataforma Magento.
mercado
Baumgarten elabora relatório de sustentabilidade A Baumgarten Gráfica, de Blumenau, SC, trabalha na elaboração de seu primeiro relatório de sustentabilidade, que será publicado no início de 2012. Para a produção do documento, a indústria ouve a opinião dos stakeholders – funcionários, clientes e fornecedores - através de pesquisas. O material será organizado por meio da metodologia Global Reporting Initiative – GRI, modelo mais utilizado pelas grandes empresas em todo o mundo.
Weg recebe Selo Social A Weg acaba de receber o selo do Programa Começar de Novo, do Conselho Nacional de Justiça. A homenagem é referente ao convênio que a empresa possui há onze anos com o Presídio Regional de Jaraguá do Sul. A companhia utiliza a mão de obra de detentos e faz a reintegração de egressos nos seus parques fabris. Para receber o selo do CNJ, é necessário que as instituições comprovem a oferta e realização de cursos de capacitação para presos, bem como a contratação desta mão de obra.
Jorge Santana, Laureci Sabel, Hugo Sérgio Dittrich, Ivonete Maria Sabel e Carlos Eduardo Sabel.
Comemoração entre colaboradores marca 25 anos da Consistem Os 25 anos de fundação da Consistem Sistemas foram comemorados ao som da banda Vintage Cult, no London Pub, com o acompanhamento do DJ residente da casa noturna de Jaraguá do Sul. Embalada por sucessos dos anos 80 e 90, a festa, no dia 2 de setembro, reuniu a diretoria, funcionários e familiares, além de convidados especiais e permitiu momentos de grande confraternização que marcaram uma trajetória de conquistas e de realizações, fruto do comprometimento de toda a equipe. Para completar a alegria, a empresa homenageou funcionários por tempo de serviço. Na mesma noite, a Consistem recebeu placa em reconhecimento à contribuição para o desenvolvimento da indústria brasileira do setor de Tecnologia da Informação, concedida pela Assespro - Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet e entregue pelo diretor Hugo Sérgio Dittrich ao presidente Laureci Sabel.
mercado e construção
Olivier Anquier participa de lançamento do Otto Sky View O chefe de cozinha francês, Olivier Anquier, participou, recentemente, do evento de lançamento do empreendimento Otto Sky View, do Grupo Estrutura, em Joinville, SC. Recepcionados por Ary Holland Trio de Jazz, os mais de 300 convidados conheceram o primeiro empreendimento de luxo da maior cidade do Estado e participaram ainda de uma aula show de culinária com o renomado chefe internacional. O residencial de torre única terá 32 apartamentos com pé-direito duplo de 6 metros de altura, tendo o primeiro andar 15 metros acima do nível da rua, apresentando uma visão única e privilegiada da cidade. A localização é na Rua Otto Boehm, entre as ruas Blumenau e Expedicionário Holz. Pré-reservas estão sendo feitas com as imobiliárias parceiras do empreendimento: W Prime, SC Brokers, Anagê Imóveis e Loocau.
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Palazzo pesquisa tendências durante feira internacional
Censi apresenta sistema exclusivo na ExpoConstruir
Profissionais da empresa Palazzo Pisos e Revestimentos, com sede em Corupá, Norte catarinense, estiveram, recentemente, na Itália, onde visitaram o Cersaie - Salão Internacional da Cerâmica para a Arquitetura, que ocorreu na cidade de Bologna. O evento reuniu expositores que são referências mundiais nos setores de cerâmicas para pisos e materiais de construção em geral. O objetivo da viagem foi pesquisar tendências e ideias inovadoras para aprimorar os produtos desenvolvidos pela marca. Os próximos lançamentos com assinatura da Palazzo estão previstos para o início de 2012. A empresa tem como foco a fabricação de revestimentos cimentícios em texturas e cores inspiradas nos tons da natureza.
Para detectar e bloquear o vazamento de água nas caixas acopladas dos vasos sanitários, a Censi Sistemas Hidrossanitários acaba de lançar o sistema antivazamento LeakLock®. A novidade foi apresentada ao mercado durante a ExpoConstruir, que aconteceu no mês de setembro, na capital do Ceará, Fortaleza. O produto, inédito no mercado, impede que a caixa acoplada encha logo que um vazamento é detectado. A novidade é composta por um mecanismo para entrada de água que bloqueia o abastecimento nas caixas acopladas até que cesse o problema. Com mecanismo universal, o sistema antivazamento da Censi pode ser adaptado a qualquer caixa acoplada. A novidade evita o desperdício de água, gerando economia e preservação dos recursos naturais.
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Entenda como e quais os benefĂcios de começar a investir desde muito cedo kamila
schneider
Hora de guardar seu DINHEIRO
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e alguém quiser obter grandes conquistas, precisará correr grandes riscos. Essa é uma premissa que está impregnada nas mais variadas camadas do mercado. Mas, uma delas, em especial, é praticamente regida por esse modelo: o mercado de investimentos. Assustador para uns, encantador para outros, esse é um mercado que está sempre atraindo as atenções. E acredite, os especialistas afirmam que esta deveria ser uma atividade comum a todos os homens. O benefício é claro: multiplicar o capital de maneira eficaz e planejada. Mas, para isso, é preciso saber o tamanho do risco que se está disposto a correr.
O mundo dos investimentos Informação é tudo: antes de começar a investir, é fundamental entender aonde seu dinheiro será aplicado e quais as melhores opções para o seu perfil de investidor. De acordo com o diretor da Título Corretora, Marcio Cardoso, o primeiro passo é saber quais investimentos se adequam aos seus objetivos e necessidades. Uma pessoa jovem, por exemplo, poderá apostar em investimentos de maior risco, à medida que conhece melhor o mercado. Já pessoas mais velhas deverão procurar investimentos mais seguros, que não representem um grande risco ao seu capital. “Um jovem poderia distribuir seu capital entre renda-fixa, por ter uma taxa de retorno boa, e uma parcela menor em renda variável (consulte tabela na página 23). Na medida em que ele conhece e entende de renda variável, compreendendo que é um dinheiro em longo prazo, que pode mudar essa composição”, aconselha.
Para o consultor da TB Investimentos, Leandro Corrêa, entender todo o processo de investimento é primordial para obter um bom retorno. Segundo o especialista, quando se escolhe uma modalidade de investimento “às cegas”, corre-se o risco de aplicar o capital em algo que não se enquadra à necessidade do investidor. Seria como comprar um mini-cooper para uma família de cinco pessoas: é um carro eficiente, porém não se enquadra com o perfil do comprador. “Quando alguém vai comprar um carro, primeiro olha o modelo, qual é o seguro, a autonomia, motorização, opcionais, qualidade, marca, tudo isso antes de comprar. E é exatamente isso que se deve fazer antes de investir: saber qual é o tipo de risco que o investimento oferece, o retorno, perfil em relação ao tipo de investimento, custos, qual é o tempo de resgate, etc”. A diferença, aponta Corrêa, é que o consumidor já sabe comprar um carro. Agora, é preciso aprender a comprar um investimento.
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Qual é o meu perfil? O perfil do investidor é definido por uma série de fatores, mas o principal deles é o nível do risco que ele estará disposto a correr. O retorno financeiro é proporcional ao risco do investimento: quanto mais o investidor estiver disposto a aceitar o risco, mais chances ele tem de ter um retorno financeiro muito superior ao investido, enquanto investimentos de menor risco também oferecem retornos menores. Ainda assim, Cardoso explica que é preciso ter em mente que todo o investimento oferece algum tipo de risco, seja abrir uma empresa, apostar em uma franquia ou investir em ações. O que irá determinar o sucesso não é acreditar que existe um investimento 100% seguro, mas sim conhecer os rumos que cada investimento toma. Dessa forma, um investimento de risco pode se tornar seguro quando o investidor entende, acompanha e analisa as nuances que o envolvem.
No que devo investir? De acordo com o diretor da Fractal, Celso Grisi, existe um modelo adequado de investimento para cada perfil de investidor, inclusive para aqueles que nunca investiram. Pessoas que possuem uma reserva financeira depositada em uma poupança, por exemplo, podem dar o primeiro passo rumo ao mercado financeiro investindo em tesouro direto, que é um programa de vendas de títulos públicos. Por serem ativos de renda fixa, eles permitem mais segurança quanto à remuneração que o investimento irá gerar. No caso de pessoas que já formaram alguma poupança e desejam manter um ritmo de investimento patrimonial adequado, Grisi indica uma diversificação por meio de um fundo que tenha renda variável. Porém, é importante que o investidor entre com uma perspectiva em longo prazo, como uma carteira moderada de fundo. Segundo o especialista, aqueles que já têm sua colocação patrimonial, com parte do seu dinheiro aplicado, e pretendem alavancar seus investimentos correndo algum risco e, principalmente, têm “gás” para isso, devem ver a renda variável como uma boa opção de investimento. Apesar de possuir um nível de risco mais elevado do que a renda fixa, se o investidor conhecer as nuances do mercado o retorno pode ser compensador. Por outro lado, Grisi considera este um momento desfavorável para investir em commodities. Com exceção dos produtos rurais que encontram neste investimento uma ferramenta de proteção, o especialista desaconselha esta modalidade devido aos altos preços e oscilações bruscas em um curto espaço de tempo. “Os preços estão muito altos e o investidor corre o risco de se ver manobrado por especuladores internacionais e perder dinheiro”, afirma. E complementa: “Ali devem ficar reservado aos grandes investidores, com grande conhecimento do mercado. Não é um mercado para um homem comum”.
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PERFIS DE INVESTIDOR CONSERVADOR: é aquele que investe 80% em renda fixa e aplica 20% em outros produtos, como fundos imobiliários, ações, etc.; MODERADO: aplica em torno de 55% em fundos de renda fixa e os outros 45% em títulos de investimentos mais arriscados; MODERADO AGRESSIVO: do total, aplica 45% só em fundos de renda fixa e 55% em produtos com risco um pouco maior; AGRESSIVO: destina 25% mais ou menos para fundos de renda fixa e o restante em investimentos mais arriscados; MUITO AGRESSIVO: 10% dos seus investimentos são em renda fixa e o resto em produtos com maior risco.
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Entenda melhor alguns investimentos que estão em alta no mercado
RENDA FIXA COM TÍTULOS PRÉ-FIXADO O que é: títulos ou papéis nos quais o investidor tem claramente definido quanto vai ganhar. Nestes investimentos, o investidor contrata a remuneração e já saberá qual será a recuperação, por pré-fixar o valor ou um índice, como o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo, por exemplo. É importante lembrar que a rentabilidade é conhecida antecipadamente somente se o título for mantido até o vencimento, ou seja, se o investidor não vendê-lo antes do prazo. Exemplos: LTNs - Letras do Tesouro Nacional; NTN-F - Letras do Tesouro Nacional - série F.
RENDA FIXA COM TÍTULOS PÓS-FIXADO O que é: títulos ou papéis em que o rendimento irá depender de uma remuneração fixada em algum indicador ou indexador, usado para corrigir o valor do título. As LFTs - Letras Financeiras do Tesouro, por exemplo, são corrigidas pela Selic – taxa referencial de juro definida pelo Banco Central -, ou seja, quanto maior a for a taxa básica da economia, melhor o rendimento. Exemplos: NTN-C - Notas do Tesouro Nacional, série C (indexador: IGP-M); NTN-B - Notas do Tesouro Nacional, série B (indexador: IPCA).
RENDA VARIÁVEL O que é: são as ações que ficam sujeitas a um valor de mercado, compostas de ativos de renda variável, ou seja, em que não é possível dimensionar o retorno financeiro no momento da aplicação. A tributação também irá depender das modalidades em que são negociados os ativos ou contratos. Apesar do risco maior, se bem avaliados os fatores, pode gerar um rendimento muito maior do que o aplicado. Exemplos: ações, fundos de ações e clubes de investimento.
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FUNDO IMOBILIÁRIO O que é: quando uma empresa ou grupo cria um fundo representativo de uma cadeira de imóveis, é possível adquirir cotas desses imóveis e tornar-se um dos donos do empreendimento. Além de receber parte dos rendimentos do imóvel, como valores de aluguéis (que variam de acordo com a cota adquirida), se o imóvel valorizar, as cotas do investidor irão acompanhar a valorização (assim como o oposto).
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FUNDO DENOMINADO EM DÓLAR O que é: um fundo em que o valor é expresso em dólar. Se a moeda desvalorizar em relação ao real, o investidor irá receber o valor em dólar. Com isso, ele pode receber menos do que o investido e perder dinheiro. Por outro lado, se o dólar valorizar, os ganhos podem ser consideráveis. FUNDO DE INVESTIMENTOS EM DIREITOS CREDITÓRIOS – FIDC O que é: é a aplicação de uma parcela do patrimônio em direitos creditórios e títulos representativos. Os fundos podem ser abertos – quando os cotistas podem efetuar mais aplicação ou solicitar resgate das cotas a qualquer momento – ou fechados – em que o resgate das cotas tem um prazo mínimo de duração.
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Investimentos em alta Alguns investimentos estão em alta e poderão ser uma boa aposta para quem deseja ampliar o seu capital. Investir em renda fixa é uma das aplicações mais seguras hoje do mercado e o retorno é praticamente garantido. Neste investimento, o investidor empresta dinheiro para bancos, empresas ou o governo, e mais tarde recebe o dinheiro de volta mais os juros. Atualmente, a taxa de juros está em cerca de 12% ao ano. “A taxa de juros no Brasil é relativamente alta, então aplicar no título do tesouro que está seguindo a taxa do Selic, um título pós-fixado, pode ser um bom negócio. O investidor vai estar seguindo o comportamento da taxa de juros não importa aonde ela vá, é um ativo seguro, você vai entrar e sair desse título a um preço bem justo, com créditos entre compra e venda bem justos”, aponta Cardoso. A segurança oferecida por esse investimento tem feito aumentar o número de pessoas físicas participando desse mercado, afirma o especialista. Outro mercado que está em alta é o de investimento
em fundos imobiliários, que é a compra de cotas de imóveis de grande valor. De acordo com Corrêa, a remuneração desses fundos está muito interessante, já que o investidor recebe uma participação do valor arrecadado em aluguéis – pelo qual não precisa pagar imposto de renda – e suas cotas acompanham a valorização do imóvel real. “É bem interessante, são imóveis sempre acima de R$ 50, R$ 70, R$ 100 milhões de reais, são grandes empreendimentos. Significa comprar imóveis de maneira inteligente pelo mercado financeiro e ganhando bem. Em 2010, esse mercado valorizou 25%, devido ao mercado aquecido”, explica Corrêa. Subindo ainda mais o nível de risco existem as ações. A queda nos preços esse ano tornou essa uma boa época para comprar ações e os especialistas se demonstram otimistas em longo prazo. Esse é um investimento que exige mais cuidado: o ideal é aplicar parte do capital nisso e outra parte em outros produtos e títulos. A quantidade específica vai depender de cada investidor.
O melhor investimento de todos é o investimento em educação, que dá a lucidez para a pessoa tomar a melhor decisão possível” Leandro Corrêa, consultor da TB Investimentos
Mercado atraente Corrêa utiliza um exemplo simples para demonstrar as vantagens do mercado de investimentos: quando uma pessoa trabalha, em contrapartida do seu tempo e conhecimento dedicado, ela ganha dinheiro. Esse dinheiro é utilizado para manter um custo de vida, dentro das escolhas de consumo dessa pessoa. Daí surge aquela conhecida lógica: se os gastos são menores do que a renda, sobra dinheiro; se são maiores, falta. Então, é preciso gastar menos do que se ganha ou economizar para que sobre algum dinheiro. Quando esse dinheiro sobrar, há duas escolhas: guardá-lo para que ele permaneça igual, ou investir, para que ele cresça. Corrêa explica que essa é a grande vantagem de investir dinheiro: ampliar seu capital ao mesmo tempo que isso não influencia diretamente sua rotina ou afazeres. “Você ganha, gasta e sobra,
sobrou vai investir e esse investimento vai gerar mais dinheiro. Imagina fazer isso todo o mês, ao longo do tempo, vai chegar uma hora que a renda vai estar lá em cima. Imagina então quando todo o mês esse dinheiro pagar os teus gastos de vida”. Neste estágio, a renda do trabalho passa a ser secundária, destaca Corrêa, e a pessoa sai daquele ciclo de trabalhar/gastar, para entrar no ciclo trabalhar/investir/receber. O problema é que isso não se ensina na escola, e por isso é tão importante que as pessoas procurem conhecer e aprender sobre o assunto, ressalta o especialista. “As pessoas precisam conhecer os riscos. Quando conhece fica mais fácil porque ela entende os fatores a que está exposta”, explica. “Por isso eu diria que o melhor investimento de todos é o investimento em educação, que dá a lucidez para a pessoa tomar a melhor decisão possível”.
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Esforço x Estratégia 3o Fórum de Dirigentes de RH propõe mudança na cultura organizacional No Brasil, as organizações valorizam mais o esforço do que as estratégias de seus colaboradores. “Compram” o tempo das pessoas e não as suas ideias. Controlam rigorosamente o cumprimento de horário, mas não ligam se a equipe não contribuir com inovações. Um paradigma que precisa ser quebrado pelas empresas que desejarem estabelecer um bom relacionamento com seus talentos, especialmente os das novas gerações, que enxergam o esforço de maneira diferente. Este desafio foi proposto pela facilitadora Dulce Magalhães - educadora, escritora e palestrante -, durante o
3o Fórum de Dirigentes de Recursos Humanos, promovido pela ABRH-SC no dia 16 de setembro, no Hotel Plaza Itapema. Dulce instigou os 80 gestores presentes a refletirem o papel do RH na necessária mudança de cultura das organizações. Sob o tema “Abra a porta: o que criamos, é o que queremos?”, o Fórum teve como objetivo discutir estratégias e tendências e apontar um caminho para o RH no Estado. Para a presidente da ABRH-SC, Luzia Fröhlich, o evento tem extrema importância por reunir os principais pensadores da área no Estado, representando as maiores empresas e organizações.
Processo educacional Durante o Fórum, os gestores de RH puderam refletir sobre a realidade de suas organizações, que não difere das demais empresas brasileiras. De acordo com a palestrante, nosso modelo de paradigma é baseado na escassez, especialmente de recursos (tempo, dinheiro, talentos, conhecimento, relacionamentos). Como a escassez impacta no poder, o esforço acaba se tornando fundamental para alcançar resultados. O paradigma expansor do esforço é a estratégia, com a percepção de novas formas de se fazer o mesmo. “Isso exige abrir mão do esforço, mudar a cultura da empresa. O grande desafio dos gestores de RH é a mudança de visão, a começar por eles mesmos”, afirma Dulce.
(47) 3246-2395 - www.abrhsc.org.br - secretaria@abrhsc.org.br
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“O Fórum deveria ser feito com mais frequência, pois é muito importante num evento com iguais, poder refletir atitudes e desafios. No dia a dia isso não é possível, pois estamos focados no fazer e dedicamos pouco tempo para pensar. Aqui saímos do fazer para pensar, conseguindo elaborar mais as estratégias e entender as demandas que vêm surgindo nas empresas, no mercado, nas pessoas e nas gerações”. Scheila Ayres VIACREDI
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ABRH-SC - Associação Brasileira de Recursos Humanos / Seccional Santa Catarina Rua Samuel Heusi, 463, Sala 813 - Centro - Itajaí/SC - CEP: 88301-320
Opinião
“O Fórum é uma oportunidade que os dirigentes de RH têm de olhar para o espelho ao invés de olhar pela janela. Enxergar a realidade de si mesmos, o que se pode mudar, ser e fazer para depois poder olhar pela janela e enxergar os outros (empresas, pessoas)”. Jefferson Leonardo ABRH Nacional
inovação
Apesar de ter crescido nos últimos anos, o índice de inovação ainda é baixo no Brasil kamila schneider
A economia do novo
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odos os dias, milhares de pessoas criam ideias, e a crença em uma boa ideia as leva a pensar em como alcançá-las, como partir do ponto A para o B. Esse processo se chama inovação. O conceito, apesar de muito conhecido, ainda é um mistério para muitos. Mas como definir algo tão necessário, complexo e que não pode ser tocado? Basicamente, inovar está relacionado à mudança. Dentro das empresas, é a transformação de ideias criativas em produtos ou ações que otimizam processos, reduzem custos e geram melhorias.
A importância de inovar Poucos entendem o que é, realmente, inovar. O economista e diretor-presidente da Humantech Gestão do Conhecimento, Celso Valentim, explica que, por meio da inovação, as empresas conseguem se diferenciar e avançar na conquista ou manutenção de mercados. Isso quer dizer que, em um mercado dinâmico e complexo, em que empresas brasileiras concorrem com produtos e serviços de qualquer lugar do mundo, é preciso buscar o novo. “O investimento em inovação é fator de diferenciação em diversas frentes, não somente na obviedade que é trazer o lucro e retorno financeiro ou de mercado. Por meio do investimento e das inovações estão soluções e melhorias que atingem a sociedade. Inovar movimenta a economia e a sociedade”, ressalta Valentim.
Como surge essa necessidade De acordo com o consultor em inovação, com MBA em gestão de projetos pela FGV, Marcelo Castilho, a necessidade de inovar tem relação direta com o contexto social e econômico que o mundo vive. Hoje, esse contexto é de insegurança, instabilidade, ampliado por uma competição econômica acirrada entre os países - impulsionada pelos países emergentes - e as empresas. “Essa mistura de insegurança, principalmente dos papéis que exercíamos no mundo – antes havia um país que ditava regras e hoje isso já não está tão claro –, e competição absurda criam um clima para valorizar a ideia de inovação. Ela é uma saída para lidar com essa hipercompetição e incerteza”, diz Castilho, que também é coordenador do curso de pós-graduação em Inovação da Sustentare Escola de Negócios. Nessa perspectiva, a inovação se tornou um conceito da moda. Mas nem sempre é interessante inovar, destaca Castilho. Segundo ele, para se falar em inovação é preciso antes pensar no oposto: o que é a não mudança? O que significa ficar onde está? Para alguns negócios permanecer onde está pode ser interessante, dependendo do contexto que está inserido. “Você pode simplesmente se adaptar, sem fazer uma mudança. Manter uma rotina e, dependendo, se dar bem com isso”, ressalta.
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Essa mistura de insegurança (...) e competição absurda cria um clima para valorizar a ideia de inovação. Ela é uma saída para lidar com essa hipercompetição e incerteza” Marcelo Castilho, consultor em inovação e MBA em gestão de projetos pela FGV
WEB: FERRAMENTA DE INOVAÇÃO
Segundo Valentim, as redes sociais são ferramentas eficazes para gerir a inovação. O modelo de colaboração iniciado na rede pelos consumidores introduz também um novo sistema de trabalho que acelera o ritmo do processo tecnológico em todos os setores, indica o especialista, influenciando uma série de itens competitivos como inovação, qualidade e fidelização. “A busca de retorno e investimentos em pesquisa sobre os hábitos e desejos dos consumidores mudou ao se perceber que milhões de pessoas testam e melhoram produtos diariamente. Assim, no mercado mundial, conseguir definir o sentimento de clientes e consumidores, aplicando essa informação na forma de novos conhecimentos, torna as empresas mais dinâmicas e força a inovação”, diz Valentim.
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A inovação no Brasil O Brasil ainda possui um contexto desfavorável para inovação, apesar do crescimento registrado nos últimos anos, aponta Castilho – de acordo com o boletim “Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea, o Brasil cresceu 0,05% entre 2005 a 2008 nos indicadores de inovação nas empresas, resultado aquém das expectativas. A dificuldade das empresas brasileiras em adequarem a inovação aos seus processos vem, principalmente, da história econômica do País, fruto de um legado deixado pela época da inflação: a ênfase na proteção de mercados fechados e a cultura de competir por vantagens. “Historicamente, o País nunca esteve preparado para o empreendedorismo. Criou nas empresas um foco muito grande de proteção financeira. Por um lado, isso nos ajudou na crise de 2008, mas, por outro, vai contra a inovação, porque trabalha com o campo do risco calculado. E essa exposição, de ousar numa posição empreendedora de acertos e erros, não existe muito no País”. O modelo mental em torno da qualidade é muito forte no Brasil, o que de certa forma ofusca o movimento de inovação, explica Castilho. “A inovação é um impulso muito diferente da lógica da qualidade. É o impulso do questionamento das coisas, a identificação de passos de rompimento”.
Em busca do novo É fato que as empresas já estão mais cientes de que a inovação não ocorre da noite para o dia, afirma Valentim, porém, muitas organizações ainda veem a inovação mais como o centro das despesas do que como uma área rentável. Para que essa perspectiva mude, é fundamental perceber que o processo de inovação de algo maior envolve e influencia milhares de outras pequenas coisas. “Sistematizar o processo de inovação auxilia na tomada de decisão da empresa para priorizar ideias, verificar sua viabilidade de implementação e transformá-la em projeto de desenvolvimento, incluindo a inovação aos produtos e processos”, afirma Valentim. Essa avaliação permite reduzir os riscos de investimentos. Esse processo exige engajamento: toda a empresa deve participar dessa mudança. “Nenhuma consultoria consegue mudar você ou sua empresa, sem que todos queiram, efetivamente, romper o paradigma da inovação”, diz Valentim.
gestão
Inovar é preciso! A inovação exige criatividade, planejamento e uma pitada de ousadia, ensina o pesquisador Hitendra Patel débora volpi
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azer diferente, surpreender clientes e conquistar um mercado exigente e competitivo. Desafios cada vez mais presentes no dia a dia das organizações e capazes de tirar o sono de empresários, dos iniciantes aos mais experientes. Isso porque fazer aquilo que ninguém fez vai muito além de conhecimento e recursos. A inovação exige criatividade, planejamento e uma pitada de ousadia. Não há fórmula secreta e muito menos receita pronta para inovar dentro das empresas. É preciso estar atento aos anseios dos consumidores e às constantes transformações da sociedade. É o que defende o sul-africano Hitendra Patel, pesquisador na área de crescimento estratégico, inovação e tecnologia. Em palestra para um público de cerca de 700 pessoas, no grande teatro da Scar, em Jaraguá do Sul, SC, no último mês, o autor do livro Connectivate apresentou cases de empresas que inovaram e apontou tendências de mercado na atualidade. Entre elas, a
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necessidade de tornar-se verde. “O mundo começa a reconhecer que estamos ficando sem recursos e a gente começa a pensar em soluções renováveis. E, hoje, o consumidor valoriza as empresas que pensam nisso”, afirmou. O especialista citou ainda a disponibilidade e a segmentação como tendências capazes de transformar a forma de se fazer negócios no mundo todo. “A disponibilidade da empresa para com seus clientes precisa ser permanente. Outra coisa: as minorias estão se tornando público-alvo. Então a segmentação é uma forte tendência de mercado”, explicou. Patel enfatizou ainda por diversas vezes uma afirmação capaz de surpreender e instigar. “O mundo está ficando pequeno”, repetiu insistentemente. E justificou: “Cada vez mais o mundo é homogêneo e qualquer inovação pode ser aplicada em lugares diferentes, pois não há mais barreiras ou distâncias que impeçam um produto ou serviço de chegar rapidamente a todas as pessoas”. Segundo ele, as inovações que surgem a partir das novas tecnologias, transcendem culturas e crenças, rompem barreiras e criam novos modelos de negócios. Um exemplo foi a popularização do uso da internet que abriu por meio das redes sociais uma nova maneira de se comunicar e interagir. “As pessoas sempre se conectaram com pessoas. E as companhias sempre quiseram estar em contato com seus clientes e fornecedores. Mas no passado, não tínhamos ferramentas para isso. Agora temos conexão em todo lugar, a todo tempo”, disse. E esta conexão influencia os hábitos de consumo, que estão ficando cada vez mais globais. “Hoje, nós ouvimos as mesmas músicas, assistimos aos mesmos filmes, nos vestimos da mesma maneira e falamos dos mesmos vinhos franceses. Isso no mundo todo. Estamos ficando cada vez mais iguais, porque estamos todos conectados. Então, está mais fácil vender qualquer coisa em qualquer local. Temos gostos similares e começar uma empresa hoje, é mais fácil que há 20 anos. Hoje, você vai mais rápido”, concluiu.
As inovações mudam as regras Groupon, Google, Facebook, Apple e Skype. O que estas empresas bilionárias, que já conquistaram clientes pelos quatro cantos do globo, têm em comum? Todas surgiram a partir de uma inovação. Seus criadores apostaram em serviços que ninguém jamais ofereceu e mais: tiveram feeling para trazer para o mercado produtos que as pessoas adoram. “O facebook é muito usado. Ninguém consegue parar de olhar o facebook. Por que isso acontece? Porque as pessoas gostam de se ver, de saber o que acontece na vida dos seus amigos, gostam de espionar. Então, quem criou o facebook pensou nisso também”, resumiu. Patel ainda dá algumas dicas para quem pretende inovar dentro de seus negócios. “Cada vez que você faz algo novo na sua companhia, isso cria valor. Isso é inovação. Não importa se alguém já tentou fazer igual. Se criou algo novo, você é inovador”, analisou. Para ele, as oportunidades de inovar e crescer estão por toda parte: das pequenas empresas às grandes organizações. “A empresa pequena pode parecer maior. Você pode agir maior do que você é. Aquilo que você fazia ontem pode não ser bom para amanhã. Os bons lideres reconhecem que é preciso começar a pensar hoje no que você vai fazer amanhã”, concluiu.
SOBRE PATEL Patel tem sua formação realizada nos Estados Unidos. É graduado em engenharia elétrica, matemática e física pela Washington University em Saint Louis, PhD em ciências dos materiais pela Iowa State University of Science and Technology e MBA pela Northwestern University. Atuou na Motorola em pesquisa de tecnologias emergentes, a transferência de tecnologia e a comercialização de produtos.
let’s go to market
Push or pull? Renato A. Machado
é diretor executivo da Market Growing, consultoria especializada no desenvolvimento e na otimização de estratégias para entrada ao mercado. www.marketgrowing.com.br renato.machado@marketgrowing.com.br
Em virtude da inexistência de um programa de canais e desalinhamento com os objetivos estratégicos da organização, temos neste ecossistema uma série de frustrações, riscos, conflitos e a falta de foco que afeta diretamente o resultado comercial da organização. Infelizmente, a maioria dos patrocinadores dos programas de canais atua de forma míope na gestão deste ecossistema. Sem regras claras e sem processos que promovam o desenvolvimento e a manutenção das competências e consequentemente mais vendas, podemos dizer que esta frota ficará a deriva. Um programa bem definido, planejado e ou sustentável, faz com que tenhamos um comando dentro do ecossistema ou um comando para os integrantes do programa de canais. Hoje, temos desde grandes fabricantes estrangeiros até as pequenas empresas familiares nacionais, a existência de “programas de canais” que ocorreram por “osmose” na tentativa e erro ou um modelo imposto pela matriz.. Nos dois casos teremos, na maioria das vezes, um grande desequilíbrio no comando deste ambiente, primeiro pela falta de gestão e segundo pela falta de transparência.
A política comercial é apenas um “capítulo” do programa de canais, tendo como propósito apenas definir as regras operacionais do processo de vendas. O programa de canais, além dos elementos operacionais, também abrange elementos táticos desde o recrutamento dos parceiros até a gestão. Sendo assim: - De que forma poderemos sustentar as mudanças geradas por novos produtos ou novos panoramas econômicos? - Como iremos definir a capacidade e o potencial isolado de cada canal? - Como poderemos ter receitas distribuídas dentro do ecossistema de canais? - Seu canal é um elo da sua cadeia de valor ou um dos “P’s” em marketing? Precisamos tratar vendas indiretas como a mais rentável,sustentável e longeva estratégia de crescimento. Uma questão de sobrevivência.
Market Growing firma parceria com grupo Argentino A Market Growing, conquistou um espaço essencial para seu crescimento no mercado latino através de uma parceria com a empresa CDN Group, que atua à mais de 15 anos na busca, seleção e recrutamento de canais para soluções de mobilidade na América Latina. Assim, a Market Growing passa a abranger negócios na América Latina assim como Dubai e Europa. Segundo Gaston Correa, diretor da CDN Group, “com essa aliança, abrimos um novo foco, em um país com
grandes empresas com portfólios distintos, conquistando grandes contas e parceiros que possibilitem um crescimento da área de TI nos países da América do Sul”. De acordo com o diretor da Market Growing, Renato Machado, “o momento é de comemorar essa conquista.
Um novo mercado é sempre desafiador e nos coloca em um patamar das grandes empresas mundiais. É com orgulho que anunciamos este crescimento da Market Growing para o mercado mundial”.
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negócios
Sociedade digital impulsiona mudanças na maneira de trabalhar, consumir e viver kamila schneider
2020:
rumo à economia do conhecimento V
ocê já parou para pensar como o mundo estará daqui a uma década? A sociedade está passando por mudanças, isso é perceptível, mas será que o mundo sabe a dimensão dessas mudanças? E mais: será que está preparado para elas? Para o consultor de estratégia, Ricardo Neves, esse será um período turbulento para a sociedade e a economia mundial. Com mais de duas décadas de experiência em empresas, organizações de desenvolvimento e governos, Neves observou e analisou os aspectos mais representativos desse fenômeno e afirma: a visão estratégica é a maneira mais eficiente de se preparar para o que o especialista chama de Futuro Desejável, ou onde queremos estar até 2020. Em entrevista à revista Mercado Brasil, Neves fala sobre as influências que o processo de digitalização tem sobre a sociedade, a transição da economia pós-industrial para a economia do conhecimento, a importância de planejar os passos e conhecer os desafios e oportunidades para os próximos anos. O especialista é um dos palestrantes do ExpoVendaMais, que ocorre dias 17, 18 e 19 de outubro, em Curitiba, PR.
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negócios Mercado Brasil Em sua palestra na ExpoVendaMais, você irá trabalhar os passos para se desenvolver a Visão 2020. O que significa esse termo? Por que utilizar 2020 como referência? Ricardo Neves Essa ideia vem na trilogia Renascença Digital, uma coleção de livros que eu escrevi. Esta década que iniciamos agora e que se prolonga até 2020 vai ser a década mais turbulenta e de maiores mudanças que a humanidade já passou. Aquela empresa que focar somente o “agora” vai ter uma miopia, não vai entender o que acontece no mundo e periga aterrissar de barriga em 2020, se não se esborrachar antes disso. A ideia é que vale a pena investir agora e redesenhar o que chamam de visão estratégica. É aquela coisa que fica lá na frente e independente se ficar escuro, você sabe que o norte está lá. Essa ideia é uma provocação para que as empresa procurem desenvolver uma visão de médio e longo prazos que vai orientá-las.
MB Hoje as empresas focam pouco o futuro? Elas não estão preparadas para o que virá a seguir?
RN O que ocorre é que a maior parte das empresas está sufocada em resultados em curto prazo. Então a empresa passa 99,99% do tempo com energia concentrada em ter resultados. É como dirigir um carro e olhar apenas os indicadores no painel e de vez em quando olhar para fora. Não podemos apenas olhar para fora, mas temos que olhar o que vem duas, três curvas à frente. Isso é definir estrategicamente.
As pessoas precisam entender que, cada vez mais, o mercado estará interessado em pessoas e empresas capazes de produzir soluções, e essas soluções devem ser individualizadas” MB Você afirma que esta é uma década de profundas mudanças na sociedade. Que fatores o levam a acreditar nisso?
RN A humanidade passa por uma fase que é a sociedade digital global, em que tudo o que o ser humano faz em termos de trabalho, consumo e estilo de vida está passando por um liquidificador que é a digitalização. A indústria fotográfica passou por isso ai ainda nos anos 90, mudou quase que da noite para o dia e teve que redefinir seus projetos. A mesma coisa vai acontecer com a mídia: provavelmente a maior parte dos jornais vai estar extinta do papel em 2020, não fará sentido, sobretudo num mercado em que a maior parte da população vai ter um tablet na mão, continua fabricando notícias numa cadeia produtiva totalmente insustentável. Essa é a maior das forças transformadoras que vamos viver ao longo dessa década, que vai afetar não somente a produção, mas também a forma como vivemos e nos relacionamos. E isso é só o começo.
MB Quais são os principais desafios que as empresas irão enfrentar nos próximos anos?
RN O primeiro desafio é ter colaboradores que sejam capazes de visualizar respostas para os problemas que estão emergindo. Significa que a coisa mais importante para a empresa passa a ser as pessoas com capacidade de pensar fora da caixa, o talento inovador.
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negócios O segundo desafio é reproduzir essas pessoas e conseguir criar um ambiente para que elas trabalhem como equipe. Não adianta ter “o iluminado” dentro da empresa, que vai fazer chover. Essas pessoas talentosas vão ter que possuir uma forma colaborativa de trabalhar.
MB Falando em oportunidades: no que as empresas devem investir?
RN As pessoas precisam entender que, cada vez mais, o mercado estará interessado em pessoas e empresas capazes de produzir soluções, e essas soluções devem ser individualizadas. As soluções têm a característica de que possuem bem mais valor agregado do que um mero commodity. Não adianta apresentar um produto ou serviço matador, o que importa é apresentar soluções para as necessidades de cada um – para as pessoas, soluções para ter controle sobre a vida, e para as empresas, sobre os processos.
A ideia é que antes que [a empresa] seja obrigada, ela já visualize quais sãos as alternativas de plano A, B, C e D. Quanto mais cedo criar caminhos individuais e rotas de fuga, mais cedo ela vai driblar crises e abraçar as oportunidades” MB
Você já afirmou anteriormente ser fundamental que o gestor seja capaz de possuir uma visão estratégica. Qual é o papel do gestor nesse processo de autoconhecimento do negócio? RN Estamos deixando para trás a economia pós-industrial e entrando no mundo da economia do conhecimento. O que é mais importante é a empresa ter a capacidade de criar soluções diferenciadas, gerar valor agregado. O gestor que se vê num mundo em que se produzem coisas que todo mundo pode produzir – que é o mundo dos commodities - está fadado a ter resultados muito amargos, porque este é um mundo que está acabando. Quem produz dessa forma faz isso com o olho no retrovisor, enquanto quem produz com valor agregado está olhando pelo para-brisa. O gestor precisa ter noção de que é um líder e está ajudando talentos criativos a encontrarem soluções de valor agregado. Ele tem que se entender como o líder educador de um time que trabalha na economia do conhecimento.
MB Quais são as mudanças que os consumidores irão passar neste período? Para que as empresas precisam estar preparadas?
RN O consumidor exige ser tratado como único, não gosta de ser colocado num sacão. O primeiro passo é muito complexo: as empresas terão que entender o mercado na base do um a um. Pegamos as teleoperadoras e perguntamos qual é a mais querida: nenhuma delas! Elas cresceram tão violentamente que ainda não conseguiram fazer o tratamento na base do um a um. Como resultado temos um giro de clientes monumental. Esse é um exemplo muito ilustrativo. O player que tiver capacidade de ter um conhecimento profundo a ponto de entender as pessoas uma a uma e, em segundo lugar, tiver a capacidade de comunicar de forma absolutamente privilegiada, vai ganhar enormemente.
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micro e pequenas
Prêmio reconhece mulheres empreendedoras
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FOTO: André Conti
ulheres empreendedoras de todo o País podem se inscrever até o dia 5 de dezembro para o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Ao reconhecer o talento de mulheres bem-sucedidas, o prêmio motiva o empreendedorismo por meio da experiência das vencedoras. O prêmio se divide em etapas estadual e nacional e possui duas categorias: Pequenos Negócios e Negócios Coletivos. Para se inscrever é preciso ter mais de 18 anos e estar à frente de empresas ou grupos classificados como micro ou pequeno porte. Inscrições pelo site www.mulherdenegocios.sebrae. com.br ou em um posto de atendimento do Sebrae.
Capacitação em Rondônia Para auxiliar os produtores de mandioca do assentamento agrícola Joana D’arc 3, próximo a Porto Velho, em Rondônia, o Sebrae realizou, em setembro, a capacitação Negócio Certo Rural. Dividido em cinco encontros, o projeto ajuda os produtores a perceberem o cultivo da mandioca como um empreendimento rural, melhorando a gestão das propriedades e vendendo derivados da raiz. Participaram da capacitação cerca de 50 produtores rurais, de diversas agrovilas da região. FOTO: William Jorge Heron
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micro e pequenas FOTO: Denys Cruz
Sebrae compensa CO2 O Sebrae do Amazonas plantará 472 árvores nativas para compensar a emissão de gás CO2 e resíduos sólidos gerados durante o Encontro Sebrae de Negócios - Oportunidades para 2014, realizado em setembro. Durante o encontro, foram gerados cerca de 30 toneladas de CO2, pelo menos 13 kg de material orgânico e 20 kg de inorgânico, e um consumo de energia elétrica estimado em 120 quilowatts/hora. Já para a estimativa de CO2 são levados em consideração a respiração humana, a queima de combustíveis fósseis utilizados para deslocamento dos participantes e o consumo de energia elétrica.
FOTO: sebrae bahia
Especialista recomenda Salas do Empreendedor Os municípios devem estabelecer espaços voltados ao atendimento dos empreendedores individuais - EI e de micro e pequenas empresas MPE, a chamada Sala do Empreendedor, que tem como finalidade abrir e formalizar pequenos negócios. Essa foi uma das recomendações feitas pelo economista Rômulo Rende, especialista em Lei Geral e consultor da Confederação Nacional dos Municípios - CNM, durante um chat realizado no Portal do Desenvolvimento Local, sobre a Implantação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Segundo o especialista, esse espaço é um grande fomentador do empreendedorismo, já que presta atendimento aos empreendedores e permite que eles encontrem informações e soluções sobre as dúvidas da Lei Geral da MPE.
FOTO: Bernardo Rebello
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micro e pequenas
Sebrae premia produção jornalística
FOTO: Bernardo Rebello
Estão abertas as inscrições para a quarta edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo, que apoia e incentiva a produção jornalística relativa ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas no Brasil. As inscrições vão até o dia 16 de janeiro de 2012 e poderão ser inscritas matérias publicadas no período de 1o de janeiro a 31 de dezembro de 2011. As pautas devem ser ligadas aos temas empreendedorismo, cooperação, competitividade, inovação, inclusão produtiva, sustentabilidade e políticas públicas. O prêmio tem etapas regional, estadual e nacional. Neste ano, a novidade é a inclusão de uma menção honrosa para trabalhos publicados nas redes sociais. Serão distribuídos R$ 96,5 mil em prêmios. Informações www.portalimprensa.com.br/premiosebrae
Pagamento eletrônico nas MPE Segundo estimativa do Sebrae, 3 milhões de MPE ainda não aceitam nenhum tipo de pagamento eletrônico – o que representa mais da metade das cerca de 5,3 milhões de empresas do Simples Nacional. Para esclarecer os empreendedores sobre os benefícios do cartão, o Sebrae firmou uma parceria com o Instituto Redecard, para a participação em dois projetos do instituto: o Programa Empreendimento Sustentável do Instituto Redecard – que irá apoiar empreendedores para transformarem seus negócios em empresas sustentáveis, e o Palco Itinerante Redecard – projeto cultural que visa aproximar a Redecard dos varejistas brasileiros. O Sebrae oferecerá palestras em todo o País, a partir de janeiro de 2012, ajudando os empresários a avaliar os impactos da utilização de meios eletrônicos de pagamento.
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apoio www.sebrae.com.br
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gestão de empresas Marcelo Deschamps gerente educacional da Fundação Fritz Müller
A internacionalização das empresas exige qualificação
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globalização da economia exige das empresas brasileiras um esforço para se adaptarem à nova realidade mundial, com métodos cada vez mais apurados de administração empresarial, controle eficaz do capital financeiro, novas tecnologias, baixos custos de produção, mão de obra altamente qualificada, entre outros requisitos que elas nem sempre são capazes de ter. No mundo globalizado, a competitividade das empresas tornou-se uma questão de sobrevivência. E só têm sucesso no mercado externo, as empresas que investem no capital intelectual e em tecnologia. A colocação de um produto no mercado internacional exige uma pesquisa profunda de hábitos, usos, costumes e cultura do povo daquela nação com a qual se pretende estabelecer relações comerciais, para que erros não sejam cometidos e coloquem todo o projeto a perder. E esta atividade exige pessoal qualificado. As empresas que atuam ou que pretendem desenvolver suas atividades de comércio exterior, encontram, atualmente, um cenário mercadológico mundial bastante diversificado e com concorrência
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muito acirrada. Neste cenário, sobrevivem aquelas que possuem em seu quadro funcional competência, profissionalismo, qualidade, eficiência e criatividade. Portanto, com mudanças cada vez mais aceleradas, as empresas veem-se sob uma nova pressão: recrutar, treinar e desenvolver líderes capazes de atender às demandas de um mercado globalizado. Quais são os parâmetros que irão guiar essa busca? As organizações operam em um contexto onde produtos e serviços viraram commodities e o cliente tem ao alcance das mãos, em qualquer lugar e a qualquer momento, um produto e/ou um serviço. Nesta realidade, as empresas e seus gestores têm o desafio de estarem aptos a acompanhar e até antecipar-se às mudanças decorrentes da globalização e de produzirem algum diferencial que lhes garanta vantagem competitiva sustentável no longo prazo. Este diferencial das empresas muitas vezes reside em seu quadro de pessoas, pois produtos e processos muitas vezes podem ser copiados.
novas mídias
Marcelo Tas, no encerramento do Futurecom 2011, chama a atenção das empresas sobre a real propriedade de suas marcas e a interação com os consumidores cristina teresa santos
Tudo ao mesmo tempo agora. E agora? O
evento mais importante de Telecomunicação e Tecnologia da Informação na América Latina, o Futurecom, reuniu em São Paulo, em sua 13a edição, cerca de 15 mil pessoas de 40 países, além dos 230 expositores e 5 mil congressistas. As principais questões que afetam o setor de Telecomunicações foram tratadas em seus Painéis de Debates e, entre os assuntos discutidos, destacam-se a infraestrutura para a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, banda larga, a regulação na América Latina, cloud computing, redes sociais, tablets e smartphones, sem esquecer educação, colaboração, comunicação unificada, marcas e conteúdos. Em sua palestra de encerramento, Marcelo Tas colocou em cheque justamente a questão do conteúdo: “estamos numa feira de tecnologia; o
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que há de mais moderno em telecomunicações está sendo apresentado aqui. E agora? Precisamos interagir, as empresas precisam ouvir seus clientes, precisamos criar e disseminar conteúdo inteligente”. Segundo ele, tudo é rede: desde a sala de aula na escola às reuniões no cafezinho na empresa. É claro que muita coisa mudou e muda o tempo todo. “Quando eu ia à escola, só copiava no caderno tudo o que o professor escrevia no quadro, quando copiava; hoje em dia, as nossas crianças contam com inúmeros provedores de informações e já sabem de tudo o que está acontecendo antes de chegar na sala de aula”, compara, alertando às empresas: “a geração atual não depende mais de você, ela vai atrás das informações do jeito que ela quiser e atenção: ela também publica”.
novas mídias
Os verdadeiros donos das marcas As empresas têm que entender que não são mais donas das suas marcas e precisam ter coragem de se ver como os consumidores as veem. “Essa avalanche de comunicação que cai sobre nossas cabeças requer um grande esforço, o de ouvir. Não é fácil, mas vale muito a pena”, aborda o apresentador. No Brasil há uma aderência muito rápida às redes, mas existe uma preguiça de levar o que nasce na rede para o mundo real.
Otimização do tempo De acordo com o apresentador Marcelo Tas, estamos num estágio de sentir no mundo real o que rola no virtual. “Monitorar é paliativo, o centro do negócio é aprimorar o que você faz, entendendo o que o consumidor quer”, diz. A informação é preciosa e muito veloz; na maior parte do tempo, ela não tem nem relevância. “Ganha quem consegue colocar mais qualidade ao longo do tempo”. E o tempo está cada vez mais curto. O cafezinho também é uma rede, e de grande valia. Ali podem surgir ideias e as conversas podem fomentar ótimos negócios, mas não é coerente ficar o dia inteiro no café. Da mesma forma no Facebook. “É o fator humano que promove a responsabilidade e a transparência”.
Chave de Ouro O encerramento do Futurecom com a palestra de Marcelo Tas fechou o evento com chave de ouro. Depois de painéis, palestras e exposições, percebe-se que há muito mais a considerar do que apenas estrutura. O Brasil espera receber trânsito de 600 mil estrangeiros e cerca de 3 milhões de turistas brasileiros – grande parte dessas pessoas com dispositivos móveis, smartphones e tablets, demandando uma excelente velocidade de acesso e ampla área de cobertura. E aí? Teremos condições de manter todo mundo conectado? Governo e operadoras garantem que sim.
No Futurecom também foi abordada a questão das aplicações da Banda Larga e suas contribuições para o desenvolvimento da sociedade brasileira: anúncio feito recentemente pelo governo prevê um plano de internet por R$ 35 com velocidade de 1 Mbps que deve ser iniciado em 90 dias, apenas nas grandes cidades, e deverá chegar a 70% dos lares brasileiros em 2014, ano em que será realizada a Copa do Mundo no País. De acordo com a Telebrasil, as cidades-sede da Copa já contam com índices de penetração de banda larga fixa e móvel compatíveis com os maiores mercados mundiais de internet rápida.
E Santa Catarina? Dígitro, Khomp e Intelbras compareceram ao Futurecom com estandes próprios. A primeira anunciou sua expansão na América Latina: sua atuação em 16 países por meio de revendas regionais será reforçada com escritórios próprios no Peru e no Paraguai. A Khomp divulgou à External Board Series, uma linha de placas externas ao servidor que podem ser instaladas em racks e que trabalham a conversão da telefonia convencional (analógica) para a tecnologia IP. Também investindo na tecnologia IP como a grande vedete das telecomunicações do futuro, a Intelbras esteve presente no Futurecom com uma gama de produtos focados em grandes empresas que ne-
cessitam de sistemas de alta capacidade, como a central telefônica de grande porte Infinity Solution, o software de gerenciamento de chamadas ICC – Intelligence Contact Center –, e um portfólio completo de serviços para dar suporte aos produtos e aplicações, além de equipamentos de redes e segurança. Apenas visitantes, a AGM Telecom, Cianet Networking e V.Office aproveitaram o evento para networking, enquanto a Teltec Networks, de Florianópolis, instalou uma sala temática dentro do grande estande da Cisco e, através de um case de sucesso com o Senai de Santa Catarina, apresentou tecnologias de datacenter e nuvem privada (private cloud).
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consumo e lazer
Alma corporativa A Motorola e a Nextel trazem ao mercado o novo smartphone push-to-talk “Titanium”, com sistema Android 2.1, tela touchscreen e teclado Qwerty físico. O smartphone tem tela touchscreen HVGA de 3.1 polegadas e resolução de 320 x 240 pixels, mas não dispensa o teclado físico para proporcionar mais agilidade na hora da digitação. Apesar de ter sua parte de software limitada por causa do sistema Android, o Titanium é um ótimo aparelho corporativo, já que possui o serviço de rádio da Nextel. É equipado também com WiFi, conector microUSB, memória de 180 MB e recurso de redução de ruído dupla para o microfone. O produto já está à venda e o preço sugerido é de R$ 1.190,00.
Assento ecológico Unindo sustentabilidade e design, a empresa catarinense Meu Puff Ecológico lançou o Puff Eco 2.0. Composto por papelão ondulado de alta resistência 100% reciclável e biodegradável, o puff é montado por encaixe, sem utilizar nenhum tipo de cola ou parafusos, e suporta um peso de até 200 kg. Além disso, o puff pode ser personalizado de acordo com o gosto do usuário, com várias opções de estampas e cores. É possível selecionar a estampa desejada pelo site da empresa – www.meupuffecologico. com.br -, no momento da compra. O valor do produto varia entre R$ 39,90 (normal), R$ 59,90 (personalizado), até R$ 120 (com rodinhas ou elástico para revistas).
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Espaço de sobra A empresa G-Technology desenvolveu o maior HD externo do mundo, com 8 TB de memória interna dividida em dois HDs. Os HDs, de 4 TB cada, ficam unidos em um case de alumínio, equipado com uma porta de rápida conexão Thunderbolt, com capacidade para transferir até 10 Gbps, além de possuir um cooler que mantém os dois HDs na temperatura adequada. O aparelho é acessível ao sistema Mac OS X. O lançamento está previsto para este mês. Outras versões do produto irão incluir portas eSATA, FireWite 800 e USB 2.0.
especial
Seni 2011 debate comércio internacional Evento discutirá estratégias e soluções de gestão em comércio exterior. Entre os temas, estão gestão de negócios sustentáveis e desindustrialização kamila schneider
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especial
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CONFIRA A PROGRAMAÇÃO*
20 de outubro
14 horas - Gestão de negócios sustentáveis Palestrante: Julio Bin 16 horas – Workshop: Incoterms 2010 Palestrante: Samir Keedi 16 horas - Workshop: Soluções em créditos para negócios Internacionais Palestrante: Gilson Luiz Barreto 17 horas – Workshop: Promoção comercial das mercadorias Brasileiras no Exterior – APEX Palestrante: Vinicius Rafael Terra Estrela 17 horas – Workshop: Desembaraço aduaneiro de mercadorias sob regime de vigilância sanitária em Santa Catarina: estado da arte, desafios e perspectivas Palestrante: Telesmagno Neves Teles
21 de outubro
9 horas - Competitividade da indústria nacional e no mercado internacional Palestrante: Miguel Jorge 10 horas - Internacionalização de marcas brasileiras: desafios e oportunidades Palestrante: Daniela Khauaja 11 horas - Investimentos diretos e a internacionalização das empresas brasileiras Palestrante: Frederico A. Turolla 14 horas - Brasil competitivo no mercado internacional e a reforma tributária Palestrante: Paulo Rabello de Castro 15 horas - Painel de Desindustrialização Líderes empresariais de Santa Catarina participam do debate com a mediação de Frederico Turolla. Com: Marcelo Hack, Carlos Tavares d’Amaral e Vicente Donini. 17 horas - O Brasil e as novas fronteiras do comércio Palestrante: Sérgio Silva do Amaral
Mais detalhes sobre os palestrantes e a programação no site www.senisc.com.br. *A programação está sujeita a alterações
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o longo dos últimos anos, o Brasil tem demonstrado grande capacidade em crescer e evoluir. Fruto disso é o aumento de sua representatividade na economia mundial e o crescimento registrado em diversos setores do mercado interno. De acordo com o Relatório Global de Competitividade, do Fórum Econômico Mundial, divulgado em setembro, o Brasil subiu cinco posições do ranking mundial de competitividade em 2011 e, segundo o Índice de Confiança em Comércio Exterior, do HSBC, é hoje o 8o país na escala que avalia a confiança dos empreendedores. Pensando nesse potencial, o Seminário de Negócios Internacionais – Seni reúne no Teatro Scar, em Jaraguá do Sul, SC, especialistas de todo o País para discutirem as perspectivas deste cenário. O Seni chega à sua 12a edição com uma grande mudança: o evento passa a ter dois dias de programação intensa – 20 e 21 de outubro -, com palestras e workshops voltados para empresários, profissionais e estudantes do setor. A experiência registrada nas 11 edições anteriores animou os organizadores a ampliarem o seminário - nesse período, o Seni já reuniu mais de seis mil participantes. Para esta edição, a expectativa é que 700 pessoas compareçam ao evento. Segundo o presidente da Comissão Organizadora do 12o Seni, Mário Marques (foto), a programação do evento foi pensada de maneira a atender às necessidades das empresas do setor, trazendo informações pertinentes aos negócios de cunho internacional, com temas atuais que instiguem o debate. O objetivo é promover um intercâmbio de ideias entre os profissionais e proporcionar um espaço para a construção de conhecimento e relacionamentos entre as empresas e profissionais. “Temos a convicção de que são temas atuais, pertinentes, de que com certeza absoluta vai acrescentar muito, não só no conhecimento cultural, técnico, mas no dia a dia desses profissionais. Muitas ideias e opiniões serão debatidas e com certeza isso será de grande valia para o dia a dia”, afirma Marques.
Globalização A era da globalização exige que as empresas visualizem a economia e o mercado como um todo, explica Marques, e não somente dentro do seu País. Segundo especialista, esse é um movimento fundamental e que só tende a crescer. Para ele, o Seni é uma grande ferramenta de atualização e troca de experiência, que permitem um intercâmbio efetivo de ideias. “Debater a experiência de empresas que já foram internacionalizadas, como proceder, a maneira de fazê-lo e até os erros que foram cometidos e não devem ser repetidos por outros negócios é um intercâmbio efetivo. O Seni vem, realmente, para ser um agente facilitador de orientação”.
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É fundamental entendermos para aonde está caminhando o comércio, quais são as oportunidades, desafios, apoios do governo, como podemos nos preparar, e, sobretudo, termos uma discussão em que as empresas possam colocar questões concretas para obter respostas”. Ex-embaixador do Brasil em Londres e Paris, Sérgio Silva do Amaral.
O Seni é mais uma amostra não apenas da liderança da região e Santa Catarina, mas também da experiência do Estado em assumir mais posições competitivas no cenário internacional. Santa Catarina, como um estado pequeno, mas dinâmico e muito pujante, tem uma contribuição interessante para dar ao País nesse aspecto”. Frederico A. Turolla, doutor em economia.
“É importante falarmos nisso como uma forma de incentivo e quanto mais mostrarmos cases de sucesso, mais aprenderemos. Nós somos entrantes tardios na internacionalização, a vantagem é que podemos partir de determinado ponto, não precisamos errar. Assim, só podemos partir do acerto”. Daniela Khauaja, doutora em administração.
“As empresas precisam se reinventar e isso significa quebrar muitos paradigmas, saber o que eu quero, como vou contribuir para essa transformação. O fórum, apesar de ter assuntos extremamente diferenciados, trabalha em cima de uma formação empresarial. O que queremos levar para lá é justamente essa discussão”. Julio Bin. especialista em marketing e em negócios sustentáveis, de empresas.
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De olho no mundo O ex-embaixador do Brasil em Londres e Paris, Sérgio Silva do Amaral, fala sobre a capacidade brasileira de aumentar sua representatividade no mercado internacional
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força do Brasil no mercado externo cresceu rapidamente nos últimos anos e mostrou que as empresas brasileiras têm maturidade o suficiente para concorrer lado a lado com grandes potências. Ainda assim, a representatividade do País é de apenas 2% diante do comércio mundial. Em entrevista à Revista Mercado Brasil, o ex-embaixador do Brasil em Londres e Paris, Sérgio Silva do Amaral - que também é presidente do Conselho Empresarial Brasil-China – CEBC, conselheiro da Fiesp e membro do Conselho Diretor da WWF - fala sobre a complexidade do comércio no século 21, explica porque o Brasil tem capacidade de crescer muito mais e quais são os empecilhos para este crescimento.
Mercado Brasil O que tem despertado o interesse do Brasil em abrir novas fronteiras de comércio? Quais seriam os benefícios de abrir mais o leque de negociações com outros países? Sérgio Silva do Amaral Nos anos 90, o Brasil fez importantes reformas econômicas e uma delas foi a abertura da economia ao comércio exterior. Quando você abre o comércio para as exportações é preciso abrir o mercado dos outros países para as suas exportações e aí o Brasil começou, talvez até com certo atraso, a buscar novos acordos comerciais. E teve êxito nesse objetivo, porque hoje temos um volume de comércio na ordem de quase 400 bilhões de dólares, o que foi uma taxa de crescimento bastante grande nos últimos anos. O importante quando buscamos aumentar esse comércio exterior é levar em conta não só o mercado, mas as condições de acesso. Antigamente, só se pensava nas tarifas, cotas, demandas desses Países. Hoje, o comércio é muito mais que isso, gera muitas oportunidades para o exportador, mas também traz muitos desafios. As empresas têm que estar atentas para buscar abertura de mercados de seu interesse e se proteger contra a entrada de produtos que possam ser uma concorrência desleal ou muito forte. MB O Brasil tem registrado um aumento significativo no número de exportações e importações nos últimos anos. O que esses avanços representam? SSA O Brasil tem um potencial muito grande para crescer, ele já cresceu muito. Hoje, exportamos cerca de R$ 200 bilhões e importamos R$ 180 bilhões, mas o País ainda representa menos de 2% no comércio mundial. Temos países que cresceram muito mais do que
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nós, como a China, que também representava 2% e no último ano chegou a 6%. Nós melhoramos muito, nossos produtos são competitivos, mas eles sofrem com as desvantagens do Custo Brasil, que é a carga tributária elevada, uma infraestrutura inadequada e, sobretudo, um câmbio muito defasado. Temos o desafio de abrir mais mercados e agregar valor aos nossos produtos.
MB Quais são os setores que mais exportam no Brasil hoje? O País sempre foi um grande exportador agrícola, essa colocação permanece igual? SSA Somos hoje uma economia cada vez mais baseada nos produtos naturais, seja os minerais, minério de ferro ou produtos alimentares. Graças a competitividade da nossa agricultura temos um potencial muito grande para exportar esses produtos, mas precisamos processá-los para agregar mais valor, assim ele será mais caro e irá trazer mais remuneração. Outros mercados são fortes, temos todo o complexo do agronegócio, temos também um componente importante de partes, peças, máquinas e até mesmo automóveis, áreas de tecnologia avançada, como a tecnologia aeronáutica, e em breve teremos o petróleo.
Antigamente, só se pensava nas tarifas, cotas, demandas desses países. Hoje, o comércio é muito mais que isso, gera muitas oportunidades para o exportador, mas também traz muitos desafios”. MB
O Brasil possui uma indústria atrativa para o mercado internacional? SSA Temos um grande poder de atração que vem de um mercado interno forte, da estabilidade político-econômica que faz com que quem invista aqui não sofra as ameaças de graves problemas políticos. Nossa legislação é muito acolhedora para investimentos estrangeiros, porque dá às empresas de fora as mesmas vantagens que são dadas para as empresas brasileiras. O Brasil tem registrado taxas de crescimento altas dentro do mercado internacional, o que o torna atrativo.
MB Qual é a importância de debater e analisar esse setor?
SSA É importante conversar sobre esse assunto no momento em que o comércio cresce tanto, em que existem tantas mudanças na economia mundial, com a recessão do crescimento nos EUA e na Europa e o surgimento de novos mercados, como o da Ásia. É fundamental entendermos para aonde está caminhando o comércio, quais sãos as oportunidades, desafios, apoios do governo, como podemos nos preparar, e, sobretudo, termos uma discussão em que as empresas possam colocar questões concretas para obter respostas. 56
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institucional
Perini Business Park completa dez anos em 2011 Maior condomínio industrial multissetorial do Brasil já responde por 2,65% do PIB de Santa Catarina e 19% de Joinville, a maior cidade e principal polo econômico do Estado.
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Perini Business Park, de Joinville, SC, comemora 10 anos de operação em 2011 consolidado como o maior do País no segmento empresarial multissetorial, abrigando empresas de diferentes nacionalidades e setores numa área total de 2,8 milhões de metros quadrados. Além de preservar intacta área verde de 650 mil m2, há muito espaço pra crescer. Fruto de uma iniciativa empresarial visionária e arrojada, que desde a sua concepção foi resultado de um planejamento em longo prazo, atualmente calcula-se que cerca de 40% do projeto final do Perini Business Park esteja concluído. Hoje, são aproximadamente 7 mil trabalhadores que atuam nas quase 100 empresas instaladas no condomínio, representando os mais diversos setores: metalmecânico, plástico, logístico, químico, construção civil, automobilístico, metalúrgico, eletroeletrônico e agrobusiness. Além da diversidade setorial, o capital mundial se faz presente com multinacionais da Alemanha, Argentina, Bélgica,
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Brasil, Estados Unidos, Itália, França, Portugal e Suíça. “Os executivos que nos visitam conseguem facilmente identificar um cenário de organização e pleno desenvolvimento”, afirma Jonas Tilp, diretor-comercial do empreendimento. O condomínio tornou-se assim uma das principais alavancas econômicas da maior cidade do Estado, representando nada menos que 19% do Produto Interno Bruto - PIB do município e 2,65% de Santa Catarina (dados 2008). Nos últimos quatro anos dobrou de tamanho e a meta agora é aumentar mais 50% nos próximos cinco. O sucesso do Perini está baseado num novo modelo de negócios que já é tendência internacional e vem se consolidando no Brasil. Em vez de galpões construídos pelas próprias empresas que precisam investir em infraestrutura própria, ampliando, reformando ou mudando de imóvel, elas estão optando por fazerem parte de condomínios empresariais. Trata-se de um investimento dos mais rentáveis, pois, ao invés de imobilizar capital
institucional para construir e administrar um imóvel próprio, a empresa aplica os recursos disponíveis com foco no seu negócio, preservando o fluxo de caixa, para investir em diferenciais competitivos na sua produção e gestão de pessoas, por exemplo. “Muitas empresas saíram dos grandes conglomerados urbanos, como São Paulo, em busca de menores custos e mais qualidade de vida. Encontraram isso em SC, além de descobrirem um polo empreendedor e com excelente mão de obra. Procuramos manter sempre uma visão de futuro em mais longo prazo, ao investir em soluções com base em experiências de grandes negócios. Imaginando Joinville daqui a 15 anos, prevemos no condomínio um cenário de aproximadamente 15 mil funcionários em mais de 200 empresas”, revela Marcelo Hack, superintendente do Perini Business Park. Afinal, “a região norte catarinense tornou-se nos últimos anos o principal polo logístico da América Latina por concentrar 6 portos num raio de 45 a 220 km, 4 aeroportos, a principal rodovia norte-sul do País (BR-101) e linhas ferroviárias. E nós estamos localizados bem no meio dessa confluência estratégica”, destaca Hack.
Marcelo Hack, diretor Superintendente
Jonas Tilp, diretor-comercial
Etapa catarinense do Campeonato Sul-Brasileiro de Balonismo foi patrocinado pelo Perini Business Park em comemoração aos 10 anos de operação
O CHARME DE UMA VILA GERMÂNICA DENTRO DO CONDOMÍNIO Especialmente construída para abrigar as empresas do segmento de serviços e conveniências do condomínio, a Vila Germânica contempla restaurantes, bancos, padaria etc., além de oferecer áreas arborizadas de descanso e circulação exclusiva para pedestres. Tudo isso tendo como cenário uma arquitetura urbana moderna que resgata e prestigia a origem alemã da cidade com uma réplica original das emblemáticas casas históricas de Joinville.
Vista parcial da Vila Germânica
Casa Suíça – espaço privilegiado para eventos empresariais
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O potencial brasileiro Segundo especialistas, exemplos de sucesso mostram que o Brasil tem capacidade para encarar o mercado externo
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internacionalização das empresas brasileiras é um movimento recente, que teve origem nos anos 70. Pela primeira vez, esse processo se apresenta de forma consistente diante do mercado internacional, partindo de uma competitividade genuína adquirida pelas empresas brasileiras”. A colocação do doutor em economia pela FGV, Frederico A. Turolla, reforça uma perspectiva já conhecida: o Brasil, aos poucos, conquista um espaço significativo no mercado internacional. De acordo com o especialista, as empresas brasileiras que se internacionalizaram de forma mais marcante são justamente aquelas que mais sofreram com a competição nos anos 90. Essa consolidação foi o resultado de uma competição acirrada marcada pela abertura comercial e a apreciação do câmbio do real. “Foi um período muito duro e dramático que custou empregos e fechamentos de muitas empresas. As que foram bem-sucedidas se tornaram verdadeiros campeões globais, porque resistiram a uma competição desesperadora no mercado brasileiro. Foram capazes de se ajustar, ganhar musculatura e a partir dai estavam prontas para ganhar os mercados internacionais”.
O desafio de sobreviver fora do País O exemplo destas empresas de sucesso é o que ajuda a impulsionar a internacionalização das organizações brasileiras. Elas provam que o mercado interno brasileiro tem força suficiente para conquistar seu espaço no exterior, indica Turolla, que também cursou um intercâmbio em Economia Internacional e Finanças na Universidade de Brandeis, nos EUA. “O Brasil de algum tempo para cá tem se mostrando com uma base de empresas sólidas, profissionais e competitivas, mas cuja a capacidade de competir no exterior é seriamente limitada pelo peso da tributação e ineficiência do setor público”. Segundo o especialista, a participação do go-
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verno é uma “faca de dois gumes”: por um lado, tem o papel de incentivar este processo, mas peca através da alta carga tributária; e por outro, ao subsidiar a internacionalização, cria o risco do surgimento dos chamados “campeões nacionais”, cuja internacionalização não se dá pela capacidade de competividade genuína. Com a competição cada vez mais global, mostrar-se capaz de enfrentar concorrentes com vantagens que não são artificiais é fundamental. Elas precisam derivar de uma competitividade real para que não aconteça o chamado “voo de galinha”, que é quando a empresa voa (cresce) e cai logo em seguida, por não possuir subsídios capazes de mantê-la viva no mercado.
O Brasil de algum tempo para cá tem se mostrando com uma base de empresas sólidas, profissionais e competitivas, mas cuja a capacidade de competir no exterior é seriamente limitada pelo peso da tributação e ineficiência do setor público”. Frederico A. Turolla, doutor em economia pela FGV.
Internacionalização da marca As empresas brasileiras que conquistaram seu espaço no mercado externo possuem uma característica em comum: a marca. De acordo com a doutora em administração de empresas com MBA em Marketing pela Western Internacional University - WIU de Londres, Daniela Khauaja, o Brasil possui marcas de peso no mercado internacional, que hoje representam boa parte dos lucros obtidos pelas organizações que as detém. Saber gerir a marca é primordial neste processo. Por meio desta gestão a empresa é capaz de criar uma marca, definir um posicionamento e investir na divulgação deste nome para que as pessoas compreendam este posicionamento. Por meio de uma marca fortalecida, é possível obter mais valor agregado sob o produto e gerar uma margem de lucro maior. O que acontece no Brasil é que muitas empresas ainda vendem commodities, ao invés de marcas. Assim, mesmo sendo um grande produtor de café, por exemplo, o Brasil se vê ofuscado por países que investem na industrialização e gestão da marca de seus produtos - como, no caso do café, a Alemanha. “Como temos um mercado grande que está crescendo, as empresas ‘se acomodam’ e querem aumentar o seu volume no próprio mercado interno ao invés de criar marcas globais. Mas não deveríamos perder a oportunidade de nos desenvolvermos, já que nesses últimos anos as empresas originárias de países desenvolvidos estão com dificuldades. Seria o momento de o Brasil entrar neste cenário”, afirma.
(...) não deveríamos perder a oportunidade de nos desenvolvermos, já que nesses últimos anos as empresas originárias de países desenvolvidos estão com dificuldades. Seria o momento de o Brasil entrar neste cenário”. Daniela Khauaja, doutora em administração de empresas
Sem complexo de inferioridade De acordo com Daniela, as empresas brasileiras precisam superar o complexo de inferioridade presente no País. Hoje, a indústria brasileira possui condições de concorrer lado a lado com empresas de todos os cantos do mundo, diz a especialista, e se mostra competente o suficiente para superá-las. “O desafio está em criar estruturas, fazer as bases para a internacionalização, entender os processos burocráticos e ter pessoas preparadas para isso”, destaca Daniela. “Depois disso, é preciso criar valor para o cliente e pensar em uma oferta que não seja insubstituível, mas difícil de substituir”.
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O movimento da sustentabilidade Para o especialista Julio Bin, para mudar o modelo econômico mundial vigente é preciso uma reinvenção das empresas uma verdadeira reinvenção das empresas, uma transformação que reavalie a definição de crescimento econômico. Não se trata de eleger um país “modelo” e seguirmos seus passos: aqui mesmo, no Brasil, temos muitos projetos de sucesso no setor – o que falta é disseminação e a vontade de investir nestas ideias. Em entrevista a Mercado Brasil, Bin fala um pouco mais sobre esse importante tema da atualidade.
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esde que as discussões sobre sustentabilidade se tornaram mais efetivas ao redor do mundo, as modificações na maneira de produzir e consumir surgiram, tímidas, em meio às mais diversas economias. Mas, mesmo diante da urgência de um novo modelo econômico mais sustentável, muitas empresas ainda pecam por desconhecer os meios para esta mudança. De acordo com o especialista em negócios sustentáveis pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e professor da Sustentare Escola de Negócios, em Joinville, Julio Bin, a busca por novos caminhos para a economia segue lenta. Para ele, o impulso para esta mudança está em
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Mercado Brasil Sustentabilidade é compatível com o padrão de negócios atual? Lucro e sustentabilidade são compatíveis? Júlio Bin É o contrário. O problema é o modelo de negócios que temos. Esse sim é insustentável. Sustentabilidade significa entender que os recursos biofísicos do planeta são finitos, que o bem-estar das pessoas deve ser equitativo e lucratividade não pode estar somente atrelada aos ganhos financeiros. Se não houver equilíbrio entre estas variáveis, não haverá futuro! O planeta não está em risco. O que está em risco é nossa existência nele. Temos que encontrar uma forma de criar um modelo econômico equilibrado, sustentável, onde o crescimento e lucratividade não signifiquem literalmente consumir o planeta e as pessoas. MB A economia mundial hoje já pode ser considerada sustentável? Ou ainda falta um bom percurso antes de chegar a esse patamar? JB Se formos olhar para o nosso modelo econômico, ele ainda é insustentável e essa é a grande discussão que está acontecendo nesse momento no mundo inteiro: o que podemos fazer para mudar o modelo econômico atual? Hoje, o mundo é regido por um modelo desenhado no século 19, na Revolução Industrial. Já está comprovado que não
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ESCALA DE SUSTENTABILIDADE
é consumindo o planeta que vamos conseguir manter uma economia sustentável. Precisamos quebrar esse paradigma de consumo cíclico, onde pegamos tudo que está vivo e transformando em commodities.
MB As empresas têm alguma influência sobre a construção de uma mentalidade mais sustentável na sociedade?
JB Sim, principalmente aqui no Brasil. Em outros países, vemos o governo fazendo um papel mais proativo com relação à temática da sustentabilidade. Aqui, o papel da iniciativa privada é muito grande, pela representatividade e o poder de influência que as empresas possuem hoje. Elas têm o papel fundamental não só de colocar a sustentabilidade como premissa básica na gestão de sua operação, mas também como exemplo para o seu público.
O planeta não está em risco. O que está em risco é nossa existência nele”. MB E como o consumidor pode pressionar as empresas? É factível pensar em mudança no modelo de consumo? JB Primeiro, com a sua consciência. A partir do momento que ele entende sua responsabilidade como cidadão e o poder que tem de exigir respeito à sua cidadania. O resultado natural de um consumidor responsável são produtos e serviços mais sustentáveis, tanto de empresas privadas como das públicas. As empresas que adaptarem seus processos e sua gestão para atender ao novo consumidor da nova economia serão com certezas mais competitivas e definitivamente mais sustentáveis.
De modo geral, as empresas brasileiras encontram-se em um dos quatro estágios da escala de sustentabilidade, aponta Bin, que pode ser usada também para pessoas. PRIMEIRO NÍVEL: DEFENSIVO Neste estágio, a sustentabilidade aparece como inimiga. A empresa entende que existe um debate sobre o tema, mas se fecha para o assunto por desconhecimento. O SEGUNDO NÍVEL: PREVENTIVO Ainda por desconhecimento, a empresa percebe o tema como risco e pelo receio de errar deixa a sustentabilidade de lado. TERCEIRO NÍVEL: OFENSIVO A empresa já entendeu o tema e a sustentabilidade passa a ser uma oportunidade de negócios. QUARTO NÍVEL: EFETIVAMENTE SUSTENTÁVEL – OU, PARA AS PESSOAS, ETAPA DO “EU SUSTENTÁVEL” A sustentabilidade passa a ser um jeito de ser e de fazer negócios, fazendo parte do DNA da empresa/indivíduo.
MB O marketing sustentável ainda é forte nas empresas?
JB Existe uma grande diferença entre marketing responsável e marketing oportunista, que se utiliza do tema socioambiental apenas para induzir clientes ao consumo. Marketing responsavelmente é utilizar o tema por convicção, para que as ações de uma empresa possam servir de exemplo e até ser uma referencia para a sociedade. Usar o conceito de sustentabilidade de forma cosmética é um grande erro. Os consumidores estão cada vez mais responsáveis e saberão boicotar empresas que não façam esse movimento de forma ética e verdadeira.
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Olegário Concessionária Pós Venda abre unidade especializada em funilaria e pintura Concessionária pós venda planeja atender 300 veículos por mês
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oinville conta a partir de agora com o que há de melhor e mais moderno nas áreas de funilaria e pintura. A Olegário Concessionária Pós Venda das renomadas marcas Hyundai, Volvo, Subaru e TAC tem uma estrutura inigualável, com tecnologia e ferramentas de ponta, e profissionais altamente treinados e capacitados para o serviço. A unidade já está funcionando. Os atendimentos continuam concentrados na rua Iririú. Na avaliação de Ivanor Olegário, diretor da empresa, a implantação desses serviços proporciona mais qualidade, comodidade e, principalmente, segurança ao cliente, quando deixa seu veículo para receber os reparos. “O local tem espaço e estrutura de primeiro mundo, algo inédito em Joinville, para oferecer aos clientes um serviço de altíssima qualidade de acordo com os padrões internacionais exigidos pelas montadoras. O cliente terá atendimento personalizado, deixará seu veículo conosco e não irá se preocupar com absolutamente nada”, garante. Olegário investiu mais de R$ 1 milhão nesse projeto, em equipamentos de última geração, como um laboratório de tintas com 200 mil fórmulas de cores mundiais e uma cabine para pintura de pressurização a 80 graus com 28 mil metros cúbicos de ar por hora filtrados e aquecidos em parceria com a Du Pont, que utiliza o sistema ChromaPremier Pro nos procedimentos de repintura. O sistema foi cientificamente formulado para per-
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mitir uma fácil e rápida aplicação, que confere um acabamento premium, de alta qualidade aos veículos, proporcionando também alta produtividade nos processos. Olegário tem certeza de que essa unidade será um sucesso no mercado, pois, além da alta capacidade técnica instalada, os processos e equipamentos utilizados visam a proteção ao meio ambiente, um dos valores fundamentais e compromisso diário da Olegário Concessionária Pós Venda.
Serviço
Olegário Concessionária Pós Venda (rua Iririú, 1.747, bairro Iririú – Joinville) - Marcas atendidas: Hyundai, Volvo, Subaru e TAC Atendimento: segunda a sexta-feira, 7h30 às 12 horas e 13h30 às18 horas - Contato: (47) 3437-2322
estante dica de leitura
Seis propostas para o próximo milênio Para a consultora Lise Chaves, as seis conferências que Italo Calvino preparou para a Universidade de Harvard sobre as qualidades que um escrito deve trazer vão além da literatura e abordam “atributos significativos que distinguem os homens do entorno”. O autor identifica as qualidades que apenas a literatura pode salvar: leveza, rapidez, exatidão, visibilidade, multiplicidade, consistência, que dão título aos capítulos do livro. “Cada texto parece ir além da literatura e falar das desejadas competências que diferenciam alguns. Numa análise acurada de cada atributo, Calvino nos leva, gradativamente, a uma percepção que extrapola as obras citadas e por isto mesmo, se torna perene e universal”.
Autor: Italo Calvino Editora Companhia das Letras, 144 páginas – R$ 36,00
A saga brasileira:
Até que enfim é segunda
a longa luta de um povo por sua moeda
Maestro
Para Roxanne Emmerich, o pontapé inicial para o sucesso da empresa é a criação de um ambiente de trabalho acolhedor para os profissionais. No livro “Até que enfim é segunda: como criar um ambiente de trabalho motivador e produtivo para você e sua equipe”, a autora apresenta histórias reais de profissionais que adotaram atitudes para acabar com os atritos dentro do escritório, elevar a capacidade de trabalho da equipe e melhorar seu desempenho pessoal, criando um ambiente mais receptivo e agradável.
A jornalista Miriam Leitão traça o percurso do Brasil para a estabilização de sua moeda. A autora atravessa a hiperinflação do plano real, os congelamentos, planos de curta duração e o confisco do governo Collor para contar a história econômica recente do País. A análise desse percurso, vivido bravamente pelos brasileiros, mostra, segundo Miriam, que a população do País não aprovaria um governo que permitisse uma inflação alta e descontrolada.
Baseando-se na sua própria experiência, o maestro Roger Nierenberg conta a história de um executivo que adapta a realidade de uma orquestra ao seu negócio. Em “Maestro”, o autor cita algumas lições valiosas obtidas da gestão de um maestro sob uma orquestra, como: a motivação deve nascer tanto do subordinado quanto do líder; o gestor deve compartilhar sua visão e estimular a responsabilidade de cada profissional; liderar ouvindo; e permitir que cada um se sinta dono do projeto ou da empresa.
Autora: Roxanne Emmerich Editora Sextante, 144 páginas – R$ 19,90
Autora: Miriam Leitão Editora Record, 476 páginas – R$ 49,90
Autor: Roger Nierenberg Editora Sextante, 128 páginas – 19,90
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agenda
OUTUBRO
NOVEMBRO
18 a 20
8 a 11
Local: Transamérica Expo Center (TEC), São Paulo, SP Informações: www.petsa.com.br
Local: Parque de Exposições Vila Germânica, Blumenau, SC
10a Feira Internacional de Produtos da Linha Pet e Veterinária - Pet South America 2011
Informações:
22 a 27
www.eurofeiras.com.br
22o Congresso Brasileiro de Avicultura Local: Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo, SP
Informações: www.ubabef.com.br/congresso
8 a 10
13a Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade - Fimai Local: Expo Center Norte Pavilhão Azul, São Paulo, SP
23 a 26
Informações: www.fimai.com.br
Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica - XXI SNPTEE Local: Centro de Convenções do Costão do Santinho Resort Spa, Florianópolis , SC Informações: www.xxisnptee.com.br
Cursos e Oficinas Programa de excelência no atendimento ao cliente Período:17 a 19 Local: Centro Empresarial de Jaraguá do Sul - Acijs, Jaraguá do Sul, SC Informações: www.acijs.com.br
Como gerenciar pessoas Período: 25 a 27 Local: Associação Empresarial de Criciúma – Acic, Criciúma, SC Informações: www.acicri.com.br
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2a Feira da Indústria de Embalagem, Gráfica e Comunicação Visual PackprintSign
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11 a 20
3o Salão Imobiliário de Balneário Camboriú - SIBC Local: Parque de Exposições Av. Brasil, Balneário Camboriú, SC
Informações: www.sibc.com.br
Cursos e Oficinas Habilidades Interpessoais e Gestão de Mudanças Período: 9 e 10 Local: Associação Empresarial de Joinville – Acij, Joinville, SC Informações: www.acij.com.br
Sete alternativas para remuneração fixa e variável Período: 17 e 18 Local: Hotel Tannenhof, Joinville, SC Informações: www.ibecc.com.br
Powergrid Brasil Joinville irá receber, entre os dias 19 e 21 de outubro, a primeira edição da Feira e Congresso de Energia - Powergrid Brasil. O evento reúne as principais novidades em tecnologia, infraestrutura e serviços focados no consumo eficiente de energia, compra de energia e sustentabilidade. Entre os expositores estão empresas de geração, transmissão e distribuição de energia; equipamentos industriais; meio ambiente; e concessionárias. Em paralelo à feira acontece um congresso voltado para profissionais e empreendedores interessados em melhorar a eficiência energética das organizações. Informações: www.powergridbrasil.com.br
FTN 2011 Entre os dias 24 e 26 de novembro, Florianópolis, SC, cedia o Fórum de Turismo de Negócios – FTN 2011, evento que reúne empresas para estimular o turismo de negócios. Durante os três dias do fórum, os participantes poderão acompanhar palestras com convidados internacionais que irão abordar temas como hotelaria, marketing, investimentos, moda, tecnologia e sustentabilidade. Além disso, serão organizadas duas reuniões de negócios, dois desfiles de moda e uma feira com produtos para o setor. A expectativa é que mais de quatro mil pessoas visitem o fórum. Informações: www.ftnonline.com