REVISTA CONDOMÍNIOS ED 74

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MARÇO DE 2017 Publicação mensal da EDITORA CONDOMÍNIOS DIRETOR RESPONSÁVEL Alessandro Rios - MTB 31.649 DIRETORA ADMINISTRATIVA Kelly Rios ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Bianca Marchione DEPARTAMENTO COMERCIAL Fabiano Rios DEPARTAMENTO DE ARTE Juliana Siqueira ASSESSORIA JURÍDICA Dr. Daniel Figueira de Barros PUBLICIDADE 19 3445.5125 revistacondominiosnet@gmail.com TIRAGEM 5.000 exemplares PERIODICIDADE Mensal CIRCULAÇÃO Condomínios cadastrados de Limeira PONTO DE VENDA Revista Condomínios Rua Tenente Belizário, 763 | Centro Limeira - SP | Fone: 19 3445.5125 Os anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Condomínios apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião dos colaboradores não reflete necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Editorial A Revista Condomínios chega às suas mãos repleta de reportagens pra lá de especiais. Que tal conhecer um pouco mais sobre a carreira da apresentadora Fernanda Lima? No comando da 10ª temporada do programa “Amor e Sexo”, ela tem demonstrado maturidade para lidar com temas picantes e polêmicos. “Meu objetivo não é gerar conflitos, mas promover aprendizados”, resume a apresentadora. Vale a pena conferir! A edição deste mês traz também: dicas para evitar vazamentos dentro de casa; a opinião de pais que utilizam aplicativos para cuidar melhor de seus filhos; a paixão dos consumidores brasileiros pelos jipes urbanos; o cuidado com a pele dos bebês sob sol forte; os benefícios da maçã para a saúde; o alerta de médicos e especialistas sobre os aceleradores de bronzeamento e muito... muito mais! Aproveite também para conferir os artigos de nossos colaboradores, que, mais uma vez, trazem dicas super importantes para o seu dia a dia. Tenha uma excelente leitura e até a próxima edição!

Alessandro Rios

revistacondominiosnet@gmail.com Leia a Revista Condomínios pela internet: www.editoracondominios.com.br

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Kelly Rios

revistacondominiosnet@gmail.com


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ÍNDICE

14 BELEZA As vantagens (e os riscos) dos aceleradores de bronzeamento

36 TELEVISÃO Rodrigo Faro prepara novidades para sua nova temporada na Record

16 Enrico Ferrari Ceneviz 17 Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho 22 Alessandro Rios 30 Dr. Luiz Antonio César Assunção

38 EMPREGO Profissões muito disputadas exigem formação além da faculdade

56 CARROS Jipes urbanos caem no gosto do consumidor brasileiro

72 TURISMO Bogotá: redução nos índices de violência provoca aumento no número de turistas

74 BEM-ESTAR

31 Dra. Stella M. F. Pranzetti Vieira 34 Érica Bigon 37 Gino Contin Júnior 44 Lucas Brum 46 Dra. Eliane Dibbern 54 Dra. Patrícia Milaré Lonardoni 59 Valter Garcia Júnior 65 Fabiana Massaro 69 Valter Koppe 75 Andréa C. Bombonati Lopes 79 Émerson Camargo

Conheça as causas e soluções para pelos encravados

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Fernanda Lima- Apresentadora da Rede Globo Foto: Divulgação/Rede Globo 10

COLABORADORES

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TELEVISÃO Texto: Leandro Vieira/TV Press | Foto: Vinicius Pereira/Folhapress

Orgulho de ser pop Marcos Mion se firma como apresentador popular e Record muda o “Legendários” para as noites de sexta Marcos Mion chama a si mesmo de apresentador popular sem problemas. O paulistano de 37 anos, que comanda há sete anos o “Legendários” da Record, afirma estar no ponto da carreira onde sempre pensou estar. “Meu objetivo de vida foi me tornar um comunicador popular e acredito ter conseguido. Eu não estaria há tanto tempo no ar, com uma atração que tem dado bons números de audiência, se eu não tivesse me tornado um apresentador que fala com o povo e para o povo”, afirma Mion. Exibido nas noites de sábado, o “Legendários” tem garantido o segundo lugar de audiência à emissora. Segundo o Ibope, a média da Record em janeiro foi de 7,6 pontos, contra 6,1 do SBT (cada ponto equivale a 69 mil domicílios na Grande São Paulo). A partir de março, Mion terá o desafio de repetir os bons resultados nas noites de sexta-feira, e ele revela que aprovou a mudança. “A Record quis montar uma programação forte, nos horários nobres, durante a semana. Senti uma grande honra ao ser chamado para ajudar nisso.” Como os estilos de telespectador das noites de sexta e de sábado são parecidos, o programa não passará por grandes alterações, diz ele. Além de Marcos Mion no comando, o elenco continua o mesmo. O programa contará com Juju Salimeni e com os personagens Mionzinho, Blade e Hulk Magrelo. “Vamos seguir com o tipo de diversão na qual acreditamos. Porém, estamos prontos para nos adaptarmos às mudanças que o dia for requisitando”, conta o diretor Fernando Soares Pereira. Esse senso de adaptação, inclusive, é apontado

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Marcos Mion: apresentador do programa “Legendários”, da Record

por Mion como um dos fatores de sucesso do “Legendários”. “Nunca tivemos pudor em abrir mão de algo que não agradasse ao público. Esse é o segredo de qualquer programa que queira ser duradouro na televisão.” Ainda segundo o apresentador, o “Legendários” também tem como trunfo mostrar panoramas diferentes dos artistas. “O público tem acesso aos cantores e atores de que gosta pela internet ou pelos DVDs. Nós buscamos dar uma alternativa a isso. No ‘Legendários’, os artistas brincam, se emocionam, saem de suas zonas de conforto. E eles gostam de participar do programa. Todo o mundo ganha”, explica Mion. O diretor Fernando Pereira também ressalta a originalidade. “Além da nossa experiência destes anos, fazemos estudos. Mas sabemos que o que faz o ‘Legendários’ ir bem é o fato de ele ser verdadeiro. É uma atração para a família, que procura um jeito original de fazer um programa de auditório”, avalia.


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BELEZA Texto: Laís Oliveira/Folhapress | Arte: Divulgação

Bronze acelerado Acelerador de bronzeamento ajuda a pegar cor mais rápido, mas produto tem de ser usado com filtro solar Musa da bateria da Acadêmicos do Tatuapé, a modelo Gabi Miranda, 28 anos, usa o acelerador de bronzeamento para pegar um bronzeamento de forma mais rápida. No entanto, diferentemente do bronzeador, o acelerador não tem nenhum fator de proteção solar e possui substâncias que estimulam o processo natural de pigmentação - enquanto o bronzeador tem um pigmento que tinge a camada superficial da pele, segundo a dermatologista Larissa Viana. “O acelerador agiliza o bronzeado, fazendo com que a pessoa pegue cor mais rapidamente, podendo ficar menos tempo exposta ao sol. Ele tem tirosina, ingrediente que atua nas

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células especializadas na produção de melanina e induzem à maior pigmentação”, explica a médica. A melanina é a responsável pela cor da pele. “Peles mais brancas produzem menos. As negras, mais. E ela é produzida pelo organismo como um mecanismo de defesa aos raios solares. O acelerador de bronzeamento não é prejudicial ao estimulá-la”, afirma a dermatologista Carla Vidal. Como não tem nenhum fator de proteção solar, é fundamental que ele seja usado com um protetor solar. “Esses dois produtos devem estar sempre associados, e as marcas deixam isso claro nas embalagens. Usar apenas o acelera-


dor causará os mesmos danos à pele do que se não tivesse nenhuma proteção: queimadura e ardência. Sol sem proteção é proibido”, reforça Carla. Há, ainda o risco de câncer de pele, de envelhecimento precoce e de manchas, causados pelos raios ultravioletas. O indicado é passar primeiro o acelerador no corpo, uniformemente, como se fosse um hidratante. E, após 15 minutos, aplicar o protetor solar - com FPS30, no mínimo. “Não há restrição quanto ao uso, porém a exposição ao sol deve ser feita com cautela. Os riscos para a saúde da radiação solar são bastante conhecidos”, lembra Fernanda Sanches, fundadora da marca Biomarine, que tem estes produtos. O ideal é tomar sol apenas nos horários recomendados pelos especialistas, antes das 10h e depois das 16h. É o que faz Gabi, que pega sol gradualmente para conquistar o bronze desejado. “Mesmo

já sendo um pouco morena, eu passo protetor”, diz. Os especialistas lembram que cada corpo reage de forma diferente ao sol e aos produtos usados. “A tonalidade resultante depende do tempo de exposição e da cor natural da pele da pessoa”, avisa Fernanda.

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Artigo

Telas em elevadores e áreas comum Monitores mostram avisos mais importantes e permitem interação do morador com as informações do condomínio

Enrico Ferrari Ceneviz Diretor geral do Grupo Mercúrio Bacharel em Administração de Empresas e Ciências Contábeis Especialização em Administração de Condomínio, Qualidade e Produtividade Corretor de Imóveis CRA-SP 130083 (conselho Regional de Administração) CRC-SP1SP231763/0-3 (Conselho Regional de Contabilidade) CRECI 83940(Conselho Regional de Corretores de Imóveis) www.grupomercurio.com.br

Envie suas dúvidas Acesse nossa página na internet: www.grupomercurio.com.br Na Divisão Administração de Condomínios, envie sua pergunta pelo campo “Contato”. As dúvidas mais frequentes serão selecionadas e publicadas nas próximas edições.

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Tempos atrás, para organizar o fluxo de informações dentro de um condomínio, os murais e as correspondências eram ferramentas muito importantes. Hoje, porém, em um mundo em que estamos conectados quase 24 horas por dia, é natural que a tecnologia ganhe espaço na comunicação condominial. Desenvolvido há algum tempo, o conceito de Telas para Condomínios saiu do papel e tem conquistado espaço em condomínios com uma solução eficiente: mostrar as notícias úteis do local em telas espalhadas pelas áreas comuns. É um verdadeiro mural digital do condomínio. As telas em elevadores e áreas comum vieram atender uma necessidade de comunicação das atividades, como notícias e dicas, assim como mostrar aos moradores as reservas feitas nos ambientes do condomínio. O funcionamento da aplicação é prático: um monitor é instalado e integrado a um módulo operacional. A partir daí, as telas replicam as informa-

ções geradas internamente de maneira instantânea e segura. Ter a informação em tempo real e com a segurança da aplicação que controla os dados é fundamental para evitar problemas operacionais ou de segurança, além de proporcionar ao condômino a facilidade de acompanhar informações sem ter que acionar um agente de segurança ou da administração. Entendendo o sistema • Foi desenvolvido para atender e facilitar a demanda de comunicação entre condomínio e moradores • As informações são fornecidas por administração, síndico e portaria • É possível até encontrar listas de estabelecimentos próximos e informações sobre o trânsito em volta do condomínio. Em breve! Mais uma inovação que o Grupo Mercúrio estará trazendo!


Saúde Bucal

Você pode mastigar melhor! You can chew better!

Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho | Cirurgião Dentista graduado pela USP e especialista em Prótese Dental Consultório: 19 3451.8769 (Limeira-SP)

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Sim, você pode mastigar melhor! E aqui estou me referindo a pessoas que, por algum motivo, perderam um ou ou mais dentes da arcada inferior. Através do Implante Carga Imediata tipo Protocolo Mandibular, conseguimos restabelecer todos os dentes da arcada inferior do paciente dentro do prazo máximo de 72 horas. A cirurgia é pouco invasiva e bastante tranquila. Utilizamos medicações pré-operatórias que garantem maior conforto ao paciente, reduzindo de forma bas-

tante siginificativa a ocorrência de dores e edemas. Dentro do prazo de dois, ou no máximo três dias, o paciente já estará recuperado e pronto para voltar a mastigar, levando uma vida normal. Vale ressaltar que esse tipo de procedimento proporciona benefícios tanto no aspecto funcional quanto estético. Isso significa dizer que, além de poder voltar a mastigar e sentir o sabor dos alimentos, o paciente terá um sorriso agradável e bastante natural.

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PALADAR Texto: Karina Matias/Folhapress | Foto: Divulgação/Folhapress

Sabor e fibras Versátil e gostosa, a maçã possui nutrientes que ajudam a melhorar o funcionamento do intestino e a combater sintomas da azia e enjoos Muito comum no Brasil, a maçã é uma fruta saborosa e versátil, que apresenta vários benefícios à saúde. O alimento é rico em vitaminas B1 e B2 e também em ferro e fósforo, além de ser repleto de fibras. A nutricionista Vivian Talarico, da clínica L&L Espaço Vida ao Corpo, atribui a este último fator, inclusive, a grande contribuição da fruta para o bom funcionamento do intestino e para a diminuição do colesterol ruim. Uma dessas fibras, chamada pectina, auxilia também no controle dos níveis de açúcar no sangue. “E, para o emagrecimento, a maçã colabora com a rápida sensação de saciedade, o que

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auxilia na dieta”, destaca. Apesar das vantagens, muitas pessoas associam este ingrediente a um efeito indesejado: a prisão intestinal. A nutricionista explica, porém, que isso só ocorre quando não há hidratação. “Consumir fibras em excesso sem ingerir água, em geral, pode causar certa constipação”, explica. O ideal, aponta Vivian, é que a fruta seja consumida com a casca, um hábito que garante o melhor funcionamento do intestino. A profissional lembra, ainda, que os antioxidantes presentes neste alimento ajudam o organismo a minimizar


Creme de leite condensado e maçã

complicações respiratórias. Matheus Silva Gomes, nutricionista, salienta que a fruta também é recomendada para amenizar sintomas de azia e enjoos. Isso ocorre por ela ser rica em quercetina e em ácido málico, substâncias que têm função adstringente no corpo humano. Segundo os especialistas, não há qualquer contraindicação no consumo da maçã, a não ser em casos específicos de alergia ou de restrição alimentar. No Brasil, os tipos mais comuns encontrados em varejo são fuji, gala e red. E, segundo Gomes, não há diferenças significativas entre eles. “O que muda são a textura e o sabor.” O ingrediente também é muito utilizado em pratos salgados, além dos doces. A Revista Condomínios selecionou uma receita. Confira!

Ingredientes 2 gemas 1 xíc. (chá) de suco de laranja 1 lata (395 g) de leite condensado 1 maçã grande, em fatias finas 1 col. (chá) de canela em pó (opcional) Modo de preparo Em um recipiente, misture as gemas com o suco de laranja e o leite condensado. Reserve. Distribua as fatias de maçã em refratários pequenos. Por cima delas, despeje a mistura reservada. Finalize polvilhando com a canela (se preferir, antes desta etapa, é possível fazer nova camada de maçã). Leve para assar em forno médio (180º C) preaquecido por cerca de 40 minutos. Sirva quente!

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Como vender pelo WhatsApp? Você sabia que o WhatsApp é uma plataforma com mais de um bilhão de usuários, atingindo praticamente todos os cantos do mundo? Sim, a ferramenta que possibilita a troca de mensagens de texto, entre outros recursos, tem mais usuários do que o Instagram, LinkedIn, Twitter e Pinterest juntos. Segundo a 3ª Pesquisa Nacional do Varejo Online, realizada pelo E-Commerce Brasil em parceria com o Sebrae Nacional, o WhatsApp é o quinto canal mais utilizado por e-commerces para atendimento pré e pós-venda, além de ser responsável por 35% da concretização das vendas online. Mas não é porque esse canal está sendo adotado como método de venda e atendimento que todos os lojistas online obtêm sucesso por meio dele. O que determina sua eficácia é a forma de utilização. Para não correr o risco de transmitir uma imagem pouco profissional, não envie mensagens muito informais e tome cuidado na hora de adicionar os contatos em grupos no aplicativo sem a prévia autorização. Não é indicado também realizar o disparo de promoções em massa que não são do interesse do cliente (por exemplo, se ele comprou um tênis e começa a receber divulgações de óculos de sol).” Antes de começar a vender qualquer coisa, no entanto, você vai precisar obter os contatos dos clientes. E isso pode ser feito de duas formas: 1. Dê o número da sua empresa para que adicionem É o mais fácil dos métodos, você sequer estará pedindo para o usuário passar o seu contato ou qualquer outra informação. Você é que estará oferecendo o número da sua empresa, dando às pessoas a opção de adicionar ou não.

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2. Peça autorização para adicionar o usuário É um pouco mais difícil do que a primeira tática. No entanto, com esse método você está eliminando uma etapa de aquisição. O que você tem que fazer é elaborar um pedido gentil para que o cliente informe o número dele e autorize que você o adicione. Um post no Facebook ou uma imagem no Instagram com um pedido amigável do número do usuário (inbox) é um exemplo simples de fazer, você só tem que saber como atrair da melhor forma. Com os contatos cadastrados, você pode começar a usar o WhatsApp para: 1. Dar suporte ao cliente: O suporte ao cliente fica mais dinâmico e desperta proximidade quando a interação é feita via WhatsApp. Mostra que por trás da empresa existe uma pessoa ali para tirar dúvidas e resolver os problemas. 2. Promover produtos e serviços Você pode usar o WhatsApp para enviar imagens, vídeos dos seus produtos, e mensagens de texto para usuários. Procure usar vídeos para gerar maior engajamento e pense em estratégias criativas. Um exemplo prático de marketing criativo no WhatsApp é o da campanha da Colgate, que utilizou o aplicativo para uma estratégia inovadora: convidou as pessoas a enviarem selfies de seus sorrisos através do WhatsApp para um número de telefone exibido no pacote de creme dental para concorrerem a uma reforma dentária completa. Legal, né! Abuse da criatividade, mas jamais se esqueça da regra mais importante: NÃO SEJA INVASIVO!


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NEGÓCIOS Texto: Diego Maia/Folhapress | Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Negócio de emergência

Cresce no país o número de pessoas que abrem empresa após demissão, sem planejamento; para especialistas, é preciso buscar ramo conhecido A crise tem levado muitos brasileiros a abrir pequenos negócios sem nenhum planejamento. Esse fenômeno tem nome: é o empreendedorismo por necessidade. Ele ocorre quando uma pessoa perde o emprego e, sem fonte de renda, decide empreender. Em 2016, 12,3 milhões de pessoas ficaram desempregadas no país, segundo o IBGE. A organização da Feira do Empreendedor, do Sebrae-SP, calcula que 80% dos atendimentos realizados nessa edição têm como objetivo resolver problemas de quem abriu um negócio às pressas. A GEM (Global Entrepreneurship Monitor), pesquisa da London Business School feita em dez países, detectou que o fenômeno segue o desdobramento da crise brasileira: entre 2014 e 2015, o índice de empresas abertas por necessidade no país cresceu de 29% para 43,5%. Foram entrevistados 2.000 empreendedores no Brasil. O psicólogo Samuel Lana, 33, diz que se viu forçado a abrir um negócio quando perdeu o emprego, em 2011. Amante de skate, não gastou muito tempo para definir em qual ramo iria entrar. Ele criou com mais dois amigos uma fábrica do produto em Jaguariúna (SP), em 2012. “Não estudamos o mercado e tivemos transtornos com a importação das peças. Nossos gastos acabavam superando o valor das vendas.” Após um ano e meio de operações e 650 skates produzidos, a fábrica fechou em 2013 – e com dívida. “Não tínhamos um plano de negócio e tudo o que a gente decidia hoje, mudava no dia seguinte”, pontua. Hoje, Lana segue à frente de outra empresa, só que optou por um modelo já pronto: uma franquia do ramo imobiliário. A administradora Valdirene Diniz, 36, de Suzano (Grande SP), ainda não voltou aos trilhos após ter sido demitida, em 2012. Desde 2015 ela tenta erguer a Sr. Brigadeiro e a Sra. Beijinho, que produz doces com recheios como tequila e especiarias. “Quando perdi o meu emprego, entrei em depressão. Não é fácil manter um negócio próprio, mas sinto que ele pode crescer”, afirma. 26

Priscila Lançoni e Fabiana Nemer criaram empresa de dieta para atletas

PLANEJAMENTO Para Paulo Ribeiro, gerente do Sebrae-SP, uma empresa só prospera se consumir, ao menos, seis meses de planejamento. “Nesse intervalo, o empresário vai estudar se o produto ou serviço que ele oferece tem demanda e quais são os custos e os entraves.” Foi o que fez a administradora Fabiana Nemer, 45. Ela e mais uma sócia criaram a Vilight, empresa de São Paulo que desenvolve dietas para atletas e pessoas que passaram por cirurgia bariátrica. “Experimentamos a comida da concorrência e selecionamos o que era bom e o que não era para a nossa cozinha”, diz a administradora. Nemer diz que foi impactada pela crise, mas a empresa segue firme. “Tive que demitir dez funcionários porque os pedidos caíram 35%. Foi o planejamento que nos salvou.” “A dica universal é começar pequeno em um ramo que, de fato, já conhece”, afirma Igor Piquet, gestor de aceleração de negócios da Endeavor. Muita gente quebra, diz ele, por investir mais que do que o lucro suporta. Ribeiro, do Sebrae-SP, chama a atenção para outro detalhe: a caixinha dos imprevistos. “O empresário precisa guardar um recurso para cobrir gastos não planejados.”


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CARROS Texto: Rodrigo Mora/Folhapress | Fotos: Divulgação/Folhapress

Ganhando as ruas... Novo ‘jipinho’ da Renault, Captur atrai por estilo, mas tem limitações A Renault será a primeira a oferecer dois utilitários compactos no mercado nacional ao mesmo tempo. Além do já conhecido Duster, a marca terá o Captur. O novo produto é menos refinado do que seus belos traços sugerem, porém mais sofisticado do que seu colega de showroom. O preço do Captur parte de R$ 78,9 mil na versão Zen, que é equipada com motor 1.6 flex (120 cv) e câmbio manual de cinco marchas. Airbags frontais e laterais são itens de série, bem como rodas de liga leve e sistema de som compatível com smartphones. A caixa automática do tipo CVT chega em breve, segundo a montadora francesa. A opção mais potente chama-se Intense e tem motor 2.0 (140 cv). Custa R$ 88.490, tem propulsor 2.0 e transmissão automática tradicional, com quatro marchas. É o mesmo conjunto que equipa as opções mais caras do Duster. O Captur ensaia vir ao Brasil desde 2013. O plano inicial da Renault era importá-lo até que os arranjos para sua produção local estivessem prontos, no início de 2015. Contudo, a desvalorização do real e os primeiros momentos da crise econômica inviabilizaram sua chegada. O projeto mudou no meio do caminho. O Captur original usa a plataforma do Renault Clio europeu - é um carro menor e mais sofisticado. Já o modelo nacional foi desenvolvido para mercados emergentes, como Rússia e Índia, e parte da base do Duster. Seu custo de produção é menor, mas há ganho significativo de espaço interno. A capacidade do porta-malas foi elevada de 377 litros para 437 litros. Contudo, perdem-se os eficientes motores turbinados disponíveis na Europa e o câmbio automatizado de dupla embreagem. O conjunto utilizado na versão 2.0 automática brasileira está defasado. Resultado: percebe-se certa lentidão nas acelerações e trocas de marchas abruptas. O 28

retrocesso fica ainda mais evidente quando se sabe que algumas montadoras já têm transmissões de sete, oito e até nove velocidades. “Temos uma estratégia industrial que corre paralelamente à dos veículos. Quando lançamos um, temos que usar nele o que há disponível no atual estágio desse plano. Nesse momento, não tínhamos um câmbio com seis marchas, mas, para esse perfil de cliente, achamos que essa solução [quatro marchas] será suficiente”, explica Antonio Fleischmann, diretor de desenvolvimento de produto da Renault para a América Latina. Resta saber como o público receberá o Captur, que tem concorrentes de peso como Honda HR-V, Jeep Renegade, Nissan Kicks, Peugeot 2008, Hyundai Creta e Chevrolet Tracker, todos disputando mercado em faixa de preço que parte de R$ 70 mil.


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Direito

Recuperação judicial e o engano dos dados estatísticos Dr. Luiz Antonio César Assunção | lacassuncao@gmail.com | Carolina Varga Assunção OAB/SP 40.967 OAB/SP 230.512

No dia 4 de fevereiro p.p., diversos diários publicaram notícias alvissareiras, que tratavam da diminuição dos decretos de falências e recuperação judicial. Manchetes ou chamamento para a notícia, como esta “Decretação de falência, solicitação e processos de recuperações judiciais também registraram quedas em janeiro”; e, também, como está, do último dia 3: “Pedidos de falência recuam em janeiro, aponta Serasa”. Como se não bastasse, O jornal Valor, um dos mais lidos, pelos empresários, exalta que “Os pedidos de falência em janeiro caíram 31,3% na comparação com dezembro em todo o Brasil. A queda foi de 8,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Serasa Experian, divulgados nesta sexta feira. Os pedidos de recuperação judicial, por sua vez, caíram 43,4% ante dezembro e recuaram 14,6% na comparação com janeiro de 2016”. Gostaríamos, tais dados realmente dissessem a verdade geral e linear da realidade econômico-financeira do Brasil, e não de apenas este período milagroso – de dezembro para janeiro últimos. Não estamos dizendo que são falsos ou que não correspondem à realidade ora informada. Entretanto, sabemos, sim, como operadores do direito, há mais de 43 anos, atuando na área jurídica, que infelizmente, tais dados não significam as expectativas geradas, porque limitados a um tempo específico e altamente peculiar, conforme explicitações abaixo. Esse, digamos, momento mágico ocorrido de dezembro de 2016 para janeiro de 2017 e que a Serasa Experian atribui que “pode ser um sinal de que, com as reduções da taxa básica de juros e com a esperada saída da recessão, essa estatística esteja demonstrando seus primeiros sinais de estabilização”, tem suas causas em outros motivos. Com todo respeito, entendemos, salvo melhor juízo, que a redução da taxa básica de juros é ainda muito pequena e a sua duração

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menor ainda, incapaz, portanto, e a nosso sentir, de gerar a expectativa presumida e anunciada pela Serasa Experian, e que a esperada saída da recessão é meramente e também uma outra expectativa. A grande verdade para a realidade destes dados divulgados reside em apenas duas coisas, as quais não são familiares à Serasa Experian, pois a mesma não é do ramo; a) A grande maioria das férias dos magistrados brasileiros ocorre nos meses de dezembro e janeiro, significando isto, necessariamente, uma semi paralisação das atividades do nosso Judiciário, inclusive e principalmente na confecção de sentenças, vez que os respectivos juízes substitutos deixam para os titulares, quando das suas voltas, tais atos; e, b) A grande novidade instituída pelo artigo 220 do nosso Novo Código de Processo Civil, isto é, a suspensão do curso dos prazos processuais nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive, o que significa, literalmente, férias de 30 (trinta) dias para os advogados. Ora, sendo estes os patrocinadores de qualquer pedido de recuperação judicial, e a isto somada a suspensão dos prazos processuais e as férias dos magistrados, houve, naturalmente, a mesma paralisação das atividades advocatícias. Este foi o grande diferencial e que nos parece ser a correta razão para existência das tão propaladas e alvissareiras notícias para a economia brasileira. Todavia, só mesmo ao chegar o início de março próximo para aferirmos, com base na divulgação das novas estatísticas – estas com base neste mês de fevereiro de 2017, que nos parece já estar a todo vapor -, com quem está a razão sobre os reais motivos destes números surpreendentes sobre as reduções dos decretos de falências e pedidos de recuperação judicial no país, divulgados agora (de dezembro de 2016 para janeiro de 2017): se conosco ou com a Serasa Experian.


Artigo

Vivendo Dra. Stella M. F. Pranzetti Vieira | Médica Pediatra

Desde o instante que fomos concebidos começa a luta pela sobrevivência, que vai ficando mais difícil à medida que crescemos e tomamos ciência das inúmeras barreiras que temos que vencer todo instante. Bebês se viram como podem, gritam muito, mamam muito e requerem atenção o tempo todo numa tentativa constante de mostrar ao mundo que chegaram e querem ficar. Fica difícil às vezes para os pais entenderem o motivo de tanto estardalhaço, mas é a única forma de comunicação que eles têm e usam

com muita competência. Crescendo, aparecem as birras e as vontades que tentam impor sem a menor cerimônia deixando os adultos completamente sem ação. Mesmo porque não há como explicar e provar que estão errados e o que não pode simplesmente não pode e fim. Vai piorar progressivamente e nessa luta diária onde todos tem incontáveis funções o tempo passa e vem a vida adulta repleta de responsabilidades. Fazemos escolhas na vida e no trabalho, somos felizes ou não com elas e seguimos

vivendo cada dia como conseguimos, nesta fase tantas coisas acontecem que tempos depois quando relembramos parece que nem fomos os protagonistas de tantas histórias. De repente, nos damos conta da importância da vida, nosso bem maior e parece que os dias passam depressa demais e não há como detê-los. O Natal que demorava tanto pra chegar acabou de acontecer e está aí de novo, e o aniversário que nunca chegava se repete com uma insistência insuportável. Não queremos presentes, queremos ape-

nas que os 365 dias durem 730 ou 1095 e que a vida flua devagar, sem pressa, para que tenhamos tempo de usufruir dos seus encantos. “Saúde e paz” é o que desejamos a todos e a nós mesmos todos os dias. Desde sempre, desde o nascimento, em qualquer idade, em qualquer momento, são as únicas coisas que realmente tem valor e é por elas que devemos lutar. Queria mesmo é viver para sempre ao lado das pessoas que amo e que me amam. Minha família querida, que faz a minha vida linda e incrivelmente feliz.

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BEM-ESTAR Texto: Gislaine Gutierre/Folhapress | Arte: Folhapress

Cuidado com as crianças Bebês de até 6 meses de idade não podem usar protetor solar; médicos explicam que pele é muito sensível e imunidade ainda é baixa Bebês de até seis meses de idade não podem receber nenhum tipo de protetor ou bloqueador solar sobre a pele. Há risco de irritação, alergia e até de queimaduras provocadas por agentes químicos do produto. “Nessa idade, o ideal é que nem fique exposta ao sol”, diz Claudio Wulkan, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein. O médico explica que a pele do bebê é muito sensível e seu sistema imunológico (de defesa) ainda é frágil. Por isso, se tiver de sair com o bebê, os médicos recomendam vesti-lo com roupas frescas, mas que deem boa cobertura ao corpo, deixá-lo com chapéu, e, se estiver no carrinho, que seja estendida a tampa, de modo que faça

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sombra maior. Colocar um paninho limpo e levar sobre o rosto do bebê também ajuda. “É habito dos antigos que dá supercerto”, diz o dermatologista. “Antigamente não havia filtro solar”, diz Wulkan. O pediatra Nelson Douglas Ejzenbaum, da Sociedade Brasileira de Pediatria, diz que cuidados especiais se estendem a crianças com até seis anos de idade. A partir dos seis meses e até os dois anos de idade, as crianças precisam usar produto específico para bebês. “São os filtros do tipo ‘baby’. Eles funcionam como uma barreira física, rebatendo os raios solares. São mais densos, também”, explica Ejzenbaum. Para crianças de 2 a 6 anos, a opção é o produto


infantil, que também pode funcionar um pouco mais parecido com o dos adultos, absorvendo os raios do sol, sem prejudicar a pele. “As pessoas se esquecem e passam o mesmo protetor na família toda. Não pode”, diz o pediatra. Ele afirma que o FPS (fator de proteção solar) não precisa mudar conforme o tom de pele do bebê: o importante é que todos devem usar FPS acima de 30. “O acima de 30 protege 97% da radiação, o de 70, 98,5%”, diz Wulkan. Ficar minutos ao sol é bom para a saúde Alguns minutos ao sol, fora do horário de pico, entre as 12h e as 15h (entre as 13h e as 16h, no horário de verão), e sem protetor solar, é bom para produzir vitamina D. “Bebês de até seis meses podem ficar uns 5 minutos”, diz o dermatologista Claudio Wulkan, do hospital Albert Einstein. “Mas o leite materno também é fonte de vitamina D”, avisa. Crianças maiores podem ficar de 10 a 15 minutos sob o sol.

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Artigo

Pilates nos desvios posturais Érica Bigon - Fisioterapeuta Especializada em Dermato Funcional | CREFITO 119068-F | Sundara Spa Urbano Fone: (19) 3702-5634

Os desvios posturais ocorrem de-

na execução dos exercícios, princi-

por promover a liberação de endorfi-

correntes de traumas, hábitos de pos-

palmente naqueles que envolvem

na no corpo; com isso, a pessoa passa

tura inadequados adquiridos no tra-

mobilização vertebral, o indivíduo

a se sentir mais disposta e consegue

balho ou por forçar a coluna a receber

terá auxílio em sua correção postu-

uma resposta fisiologicamente mais

impactos em uma postura antálgica

ral, na tentativa de colocar as vérte-

positiva. Por ser uma técnica com

ou ainda em movimentos realiza-

bras em seu devido lugar, juntamente

vários benefícios ao mesmo tempo,

dos de maneira incorreta, hérnia de

com os outros comandos, ao ativar

desde o alongamento à correção pos-

disco, entre outros. O Pilates nesses

o centro de força, juntamente com a

tural, estimulando sempre o centro

casos promove uma conscientização

tonificação do abdômen consegue-se

respiratório, têm-se respostas signifi-

adequada da postura, fazendo com

a melhora da postura. Outra grande

cativas em se tratando de bem-estar,

que o aluno perceba seu corpo. A

vantagem é a redução e até elimina-

liberação do estresse e qualidade de

respiração também possui papel fun-

ção de dores. A prática de atividade

vida, já que a expiração é bastante so-

damental. Respirando corretamente

física ajuda a aliviar dores crônicas

licitada no decorrer dos movimentos.

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TELEVISÃO Texto: Leonardo Volpato/TV Press | Foto: Divulgação/Record

Hora do Faro

Rodrigo Faro completa 35 anos de carreira em alta no Ibope e conta o que prepara de novo para o “Hora do Faro” O apresentador Rodrigo Faro não quer mais nada, a não ser continuar à frente de seu “Hora do Faro”, que vai ao ar todos os domingos à tarde, na Record. Completando 35 anos de carreira e quase três deles trabalhando em um dos dias mais disputados da televisão brasileira, ele revela que a atração terá novidades a partir deste mês, data em que também comemora nove anos na emissora paulistana. “Estamos pensando em novos formatos para alguns quadros. Recebo todos os dias histórias interessantes de pessoas no meu Instagram. Quando vejo que rende, logo penso em aproveitar no programa”, diz. Ele completa: “Outra novidade é o nosso cenário. A partir de março, ele terá mais painéis de LED giratórios e a plateia ficará à frente, como em um teatro. Vai ser todo tecnológico”, destaca Faro. E quem gosta dos quadros que já fazem sucesso, como o “Dança, Gatinho”, em que ele imita algum artista, pode ficar tranquilo. “O ‘Dança’ eu não posso ficar muito tempo sem fazer, pois o povo reclama. Esse quadro é como se fosse o meu banco da praça do Carlos Alberto de Nóbrega, o meu ‘Videocassetadas’ do Faustão”, comenta. O quadro, porém, não será semanal e deve ir ao ar em ocasiões previamente programadas pela direção. No final do ano passado, Faro já havia remodelado quadros, como o “Te Quero de Volta”, no qual alguém luta por um amor do passado. Agora, ele conta com a ajuda de artistas que fazem a trilha sonora do casal. “No ‘Roda da Vida’ eu também vou mexer”, revela, sobre a atração que mostra histórias de superação. Ele também adianta que cada vez mais o programa terá ligação com a internet, tanto em relação ao conteúdo disponibilizado nas redes sociais como com participações de gente ligada a esse meio. “Hoje em dia, todo o mundo assiste à TV com a internet ao lado. Vamos continuar agradando da criança ao vovô e à vovó que nos acompanham”, diz. “O público pode esperar bastante coisa legal no ‘Hora do Faro’ em 2017. Nosso desafio é colocar novidades no ar

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Apresentador Riodrigo Faro com a mulher; Vera Viel; e as filhas fantasiadas de Marilyn Monroe no “Hora do Faro”; da Record.

todos os domingos e contar histórias variadas”, completa O “Hora do Faro” vai bem em audiência e fechou o mês de janeiro com média de 10 pontos. Também belisca a liderança da Globo algumas vezes. “Só tenho a agradecer ao público que fez com que eu me consolidasse aos domingos, dia dos mais nobres da programação. Costumo dizer que estou em uma competição com ídolos, Faustão, Silvio Santos. De verdade, nunca imaginei que um dia isso ocorreria”, destaca. Feliz da vida, o apresentador só pensa em curtir seu momento. “Não me considero ‘o cara’, ou ‘o melhor do país’ no que faço, sério mesmo. Mas quando eu leio, vejo ou presencio algum carinho, me permito emocionar. Com humildade, vejo que faço algo legal”, conclui.


PARLARE DI VINO

Vinho Brasileiro sim! Por que não? Gino Contin Júnior | Empresário e sommelier Resolvi escrever sobre nossos maravilhosos vinhos e produtores pois como sommelier ouço sempre no empório e no bar Maverick pessoas recusarem as indicações de vinhos brasileiros com a alegação equivocada que não gostam deles pois são ruins. Ledo engano, muitas destas pessoas tomam vinhos de países vizinhos e até mesmo do velho mundo bem inferiores em relação aos nossos e acham que é melhor só pelo fato de serem importados, não é porque é Italiano ou Francês que ele é bom, o que define a qualidade é a idoneidade e capacidade do produtor, seja ele de que país ou região for. Hoje, a produção de vinhos finos no Brasil chega a 10.000 hectares de uvas Vitis vinífera (que faz vinhos finos, a Vitis Labrusca faz o de mesa), divididos principalmente entre seis regiões: Serra Gaúcha, Campanha, Serra do Sudeste e Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul, Planalto Catarinense, em Santa Catarina, e Vale do São Francisco, no Nordeste do país. São aproximadamente 150 vinícolas elaborando vinhos finos espalhadas pelo país. Uma região que vem se destacando é o estado de São Paulo, visto por muito tempo como o patinho feio dos vinhos, hoje já tem vinícolas premiadas como a Gaspari em Espirito Santo do Pinhal e muitas se modernizando como na cidade de São Roque. O Brasil, é o quinto maior produtor vitivinícola do Hemisfério Sul, vem produzindo vinhos desde o começo de sua colonização. Mas foi a chegada de imigrantes italianos a partir de 1875, que trouxe importância à atividade. 1881 data o mais antigo registro de elaboração do vinho no Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, com o apontamento de 500 mil litros produzidos na cidade de Garibaldi. O número consta em relatório feito em 1883 pelo cônsul da Itália, Enrico Perrod, depois de visita à região. Hoje o Brasil tem mais de 3.000 prêmios internacionais com os seus vinhos, fruto dos grandes investimentos em inovações tecnológicas, no manejo e produção de rótulos de excelente qualidade. O Brasil também tem a uva que o representa a Merlot, da mesma maneira que a Malbec para a Argentina, a Carménère para o Chile e a Tannat para o Uruguai. Como sempre vou convidar você meu leitor a fugir do lugar comum e provar um Tannat da Campanha, um Alicante Bouschet da Serra Gaúcha e não podem ficar de fora as uvas exóticas como Marcelan, Anchelota, Egiodola, Peverella entre tantas outras que produzem vinhos únicos.

Hoje o Brasil encontra a sua maestria nos espumantes, que encara de frente produtores tradicionais como franceses e italianos, vem daí grande parte dos prêmios internacionais que recebemos, parece até que Dom Pérignon é brasileiro. Um guia de bons produtores de espumantes: Adolfo Lona Casa Valduga Cave Geisse Chandon (Excellence Brut e Brut) Cooperativa Aurora Dal Pizzol Don Giovanni Dunamis Estrelas do Brasil Marson Salton Pizzato Vallontano Uma observação: a maneira correta de se falar é vinho Brasileiro e não vinho nacional, pois em qualquer país de origem um vinho é nacional. Abra a sua mente e seu paladar para os vinhos do Brasil e surpreenda-se, deixe de lado a sua Síndrome de Macunaíma, ao contrário de outros povos, o brasileiro tem a mania de se auto menosprezar, e achar que não produzimos coisas dignas.

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EMPREGO Texto: Anna Rangel/Folhapress Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Um lugar ao sol Profissões muito populares pedem formação além da faculdade Quase metade das matrículas no ensino superior no Brasil se concentra em apenas dez cursos, entre eles direito, administração e engenharia, segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), divulgados no fim de 2016. Não por acaso, as vagas mais disputadas no mercado de trabalho são justamente as que estão relacionadas com as formações populares. Um posto de engenheiro civil, por exemplo, recebe 2,4 vezes mais candidaturas que outras vagas no mesmo setor, de acordo com levantamento da recrutadora Page Personnel. O de planejador tributário, formado em administração ou direito, tem duas vezes mais candidatos que a média

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da área fiscal. Só nessas três graduações há 1,9 milhão de alunos matriculados por todo o país. Como se destacar na multidão? Para Renato Ferreira, chefe da Coordenadoria de colocação profissional da FGV (Fundação Getulio Vargas), não basta tirar boas notas. “O jovem precisa ter cartas na manga: boas competências comportamentais, como atitude positiva, liderança e persuasão, além de participar de iniciações científicas ou empresas juniores e falar outros idiomas”, afirma. Segundo ele, antes de buscar uma vaga é preciso muito mais do que preencher o currículo. “Tem que sair da bolha do curso e gostar de viagens, arte ou tecnologia. Quem tem uma vida interessante se destaca.”


Larissa Menezes, 18 anos, na universidade que estuda, em SP

Como se destacar em um ambiente competitivo RECRUTAMENTO Evite termos batidos para se descrever, como “estratégico”, “criativo” e “inovador”, usados em excesso, segundo pesquisa deste ano do LinkedIn. ESFORÇO Além de um bom desempenho acadêmico, envolva-se com atividades fora da faculdade, como eventos, workshops e cursos livres.

A estudante Larissa Menezes, 18, foi atraída para o curso de direito pela suposta estabilidade e chance de trabalhar em diversas áreas. “Ouvia dos parentes advogados que não ia ficar desempregada, mas agora vejo que não tinha interesse genuíno na profissão”, diz. Depois de um ano de curso e seis meses de desgosto, Menezes tomou a decisão de trancar a matrícula, sob protestos do pai, e escolheu uma graduação mais adequada a seus interesses, mas ainda uma das preferidas nas universidades: engenharia civil. “Hoje sei que não dá para escolher a faculdade só pela chance de um dia me empregar por causa dela.”

INTERESSE Não deixe de lado seus hobbies, que também podem ajudar no desenvolvimento pessoal e são úteis para acumular novos conhecimentos. IDIOMAS Hoje, falar outra língua é fundamental para avançar na carreira. Invista em cursos de inglês ou espanhol para melhorar o currículo e complementar a formação. EDUCAÇÃO Boa atitude é indispensável: os RHs contratam pelo currículo, mas demitem pelo comportamento. Aprenda a trabalhar em equipe, ouvir críticas e colaborar. SOCIABILIDADE Estabeleça uma rede de contatos ainda durante a graduação e fortaleça-a sempre que possível, já que esses relacionamentos podem ser fundamentais.

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COMPORTAMENTO Texto: Giuliana Miranda/Folhapress | Foto: Danilo Verpa/Folhapress

“Parei de tomar a pílula” Mulheres abandonam os anticoncepcionais hormonais e investem em outros métodos, como a camisinha Celebrada como símbolo da liberdade sexual na época de seu surgimento, na década de 1960, a pílula anticoncepcional é hoje encarada de um jeito muito diferente por cada vez mais mulheres. Para elas, seu uso se tornou em larga medida uma imposição dos parceiros e serviu para que a responsabilidade de evitar uma gravidez acabasse recaindo apenas sobre a mulher. Em consultórios médicos e em grupos de discussão na internet, o debate tem esquentado. Além de buscarem métodos alternativos, elas também procuram maneiras de dividir o sentimento de responsabilidade sobre a contracepção. Não há números oficiais que indiquem a quantidade

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de mulheres que têm repensado seus métodos contraceptivos devido a questões ideológicas, mas o movimento já se faz sentir em muitos consultórios médicos no Brasil. “Vejo um movimento de mulheres, ainda limitado a redes sociais, organizando-se para exigir dos planos de saúde que indiquem médicos que ofereçam contracepção não hormonal. Mulheres estão convidando os parceiros a refletir sobre contracepção e optando pelo uso correto e exclusivo de preservativo”, diz a ginecologista Halana Faria. “Deixar de usar pílula tem sido um motivo para que mulheres passem a dialogar mais sobre a necessidade de usar preservativo em todas as suas relações.”


Mestra em Saúde Pública pela USP, Halana atua no Coletivo Feminista Sexualidade em Saúde, ONG que prioriza o atendimento médico humanizado ao público feminino. Para ela, ainda existe no país a ideia de que as mulheres são as únicas responsáveis pela contracepção. “Não vamos nos esquecer que há serviços de atendimento geridos por instituições religiosas que recusam-se a oferecer DIU e laqueadura por exemplo. Que quando uma mulher apresenta efeitos colaterais à contracepção hormonal frequentemente não consegue acesso a alternativas”, afirma Halana, que diz não ser contrária à pílula. “Não faço coro à demonização da contracepção hormonal. Acho que há mulheres e grupos sociais que podem, sim, beneficiarse do seu uso e isso precisa ficar claro”, diz Halana, que ressalta a importância do acesso à informação para que as mulheres possam tomar decisões. Ana Carolina de Magalhães, pesquisadora na área de Física, usou a pílula anticoncepcional sem perceber qualquer problema ou efeito adverso por mais de uma década. Durante uma temporada no Canadá, porém, ela começou a repensar o uso do método e passou a pesquisar

Ana Carolina abandonou a pílula com o apoio do marido

alternativas não hormonais. Ela conta que, nesse processo, teve o apoio do marido para abandonar a pílula e, também, “dividir as responsabilidades” para evitar uma gravidez não planejada. Hoje o casal optou pelo diafragma e pela camisinha associados. “Parte da decisão de usar a camisinha associada ocorre porque é praticamente a única opção de contraceptivo que o homem usa. As outras são coito interrompido, que não nos agrada, além de não ser um método muito confiável, e a vasectomia, que nem sempre é reversível. Sentimos falta de outras opções”, explica. “Usando a camisinha e o diafragma, cada um fica responsável por um método”, conta Ana Carolina.

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Ricardo Ferreira (dono da franquia), Mário Botion (prefeito), Roberta Botion (1ª dama), Adinaela de Paula e Luciano Luna

Maria Eduarda de Paula, Adinaela de Paula, Luciano Luna e Marianna de Paula

Bianca Dotto Naitzke e Clara Dotto Naitzke

Coquetel de inauguração da Ice By Nice

Fabiana Fatoreto e Lucca Fatoreto Pellegrini

Os empresários Adinaela de Paula e Luciano Luna receberam convidados para apresentar o novo empreendimento da cidade, a Ice By Nice. A sorveteria, que aposta em taças criativas e picolés customizados, chega a Limeira e promete ser a sensação do verão. Os clientes podem contar com um ambiente agradável e muito despojado, que foi recentemente reformado para atender melhor o público da região. A Ice By Nice fica na Av. Maria Buzolin, 752, Jardim Piratininga. Andréa Pessatte, Edson Yoshiaki Assato e Luciana Paggiaro

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Artigo

SWITCH Nintendo Switch chega ao mercado e tem demanda alta Lucas Brum | Editor de imagens R7 da Rede Record e TV Cultura

O aguardado videogame da Nintendo, o Switch, chegou no último dia 3 de março em todos os principais mercados do mundo. O sistema que funciona como um videogame caseiro e pode ser levado como um portátil é a nova aposta da centenária companhia para se manter relevante no mercado de hardware. Compacto, bonito, sem cara de brinquedo, silencioso e de fácil programação, ele caiu na graça das desenvolvedoras, que seguem receosas pelo sucesso do aparelho. A julgar pelas vendas iniciais, a Nintendo está revivendo o boom da era Wii, de 2006, ao marasmo do primeiro ano do Wii U, seu último videogame que teve bons jogos, mas patinou no gosto popular. A empresa chega com uma linha de

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jogos tímida, mas com várias promessas populares já para os primeiros seis meses de plataforma. O grande destaque sem dúvidas é o novo jogo da série Legend of Zelda, Breath of the Wild. Talvez o jogo de videogame mais aguardado dessa década, ele deve ser a principal razão para que milhões de nintendistas ou saudosos fãs das aventuras de Link e da princesa Zelda nos videogames Super NES ou Nintendo 64 regressem para o videogame da dona de Super Mario. Por falar no encanador, ele já está garantido para o Natal. O Nintendo Switch vem acompanhado de 2 controles Joy Con, os novos controles remoto da Nintendo, em alusão ao joystick do Wii. Dessa vez, eles possuem mais botões, giroscópios

mais modernos, NFC, câmera com medição de distância e o novo Rumble HD, sistema de vibração que a empresa diz ser a nova evolução na sensação tátil dos jogos. O preço sugerido é de US$ 300, mas se prepare para pagar bem mais por aqui. Os lojistas do mercado cinza estão cientes da procura e estão jogando o preço no alto. Pesquise com atenção.


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Dermatologia

Hiperidrose Dra. Eliane Dibbern

Hiperidrose é uma condição clínica em que a pessoa sua excessivamente e de forma imprevisível. Pessoas com hiperidrose podem suar mesmo quando a temperatura está baixa ou quando estão descansando. Causas Suar ajuda a manter o corpo frio. Todas as pessoas suam, especialmente em dias com temperaturas muito altas, após exercícios físicos ou durante uma situação estressante, que deixe a pessoa muito nervosa, com raiva, envergonhada

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ou com medo. No entanto, o suor excessivo também pode ocorrer em outras situações. Pessoas com hiperidrose parecem ter glândulas sudoríparas superativas. O suor incontrolável pode levar à sensação de desconforto significativo, tanto físico como emocional. Quando o suor em excesso afeta as mãos, pés e axilas, é chamado de hiperidrose primária ou focal. A hiperidrose primária afeta de 2% a 3% da população. Ainda assim, menos de 40% dos pacientes com essa condi-

ção busca auxílio médico. Na maioria dos casos de hiperidrose primária, nenhuma causa é encontrada, o que leva os médicos a acreditarem que trata-se de um problema hereditário. Se a sudorese ocorre como resultado de outra condição médica, é chamada hiperidrose secundária. O suor pode ocorrer em todo o corpo ou em apenas uma área. Entre as condições que podem causar hiperidrose secundária estão: problemas hormonais, tumores, tuberculose, diabetes, me-

nopausa... Tratamento de Hiperidrose O tratamento para suor excessivo causado por hiperidrose costuma ser clínico ou cirúrgico. Nos casos mais leves, podem ser indicados medicamentos orais e de uso tópico. A aplicação de botox também ajuda a controlar a sudorese. Quadros mais graves, porém, podem exigir intervenção cirúrgica. Nela, ocorre a retirada das glândulas sudoríparas das axilas, ou de gânglios da cadeia simpática (simpatectomia).


GIRO

Sanchez Propaganda é destaque A Sanchez Propaganda alcançou resultados expressivos no ano de 2016. Conquistou sete prêmios, sendo três deles no prêmio Recall – um ouro e dois bronzes - e mais quatro no Mídia Festival – um ouro, da Equipe Sanchez: Ingrid Graf, Felipe Dias, um bronze e dois pratas -, Parte Rafael Sanchez, Amanda Rodrigues, Moisés Guedes promovido pela APP Campinas – Associação dos Profissionais de Propaganda. De acordo com o novo Ranking Estadual Recall, a Sanchez Propaganda ocupa agora a 16ª posição, sendo uma das melhores da região de Limeira. Esse destaque no mercado é resultado de um trabalho em equipe que é pensado de forma estratégica e inteligente para gerar resultados.

“Libertadores do Riso” realiza campanha de arrecadação de latinhas O grupo “Libertadores do Riso”, que leva momentos de alegria e descontração para pacientes da Santa Casa de Limeira, iniciou, em novembro de 2016, uma campanha de arredação de latinhas de alumínio e vidros. Toda a renda obtida com a venda do material será revertida em prol da Santa Casa. Para atingir a meta de arrecadação de um milhão de latinhas, o grupo disponibilizou um serviço de coleta em domicílio pelo telefone: 9 9787.1922. Os organizadores da campanha, que segue até dezembro de 2017, solicitam o apoio de toda a população.

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CAPA Texto: Geraldo Bessa/TV Press | Foto: Divulgação/Rede Globo

Poder feminino

À frente do “Amor & Sexo”, Fernanda Lima ganha autonomia e amadurece como apresentadora

Fernanda Lima é do tipo que luta até o fim quando acredita em algo. A prova disso é a permanência do “Amor & Sexo” na grade da Globo. No comando do programa há nove anos e 10 temporadas, ela não deixou de acreditar no projeto em momento algum. Entre as críticas às primeiras edições e o possível cancelamento em 2014, Fernanda acredita que a produção amadureceu. E junto com todas as adversidades, ela se tornou uma profissional mais confiante. “Aprendi muito ao longo da história do programa. E a cada risco de cancelamento, a gente surgia mais forte e mais conectado ao público. Me sinto mais madura e pronta para qualquer coisa hoje em dia. E fico feliz com a sobrevida do programa”, valoriza a apresentadora de 39 anos. Gaúcha de Porto Alegre, Fernanda começou a trabalhar cedo. Aos 14 anos, já estava posando para fotógrafos famosos e nas passarelas de grandes grifes. O sonho de apresentar surgiu na virada dos anos 2000, quando comandou programas na Rede TV! e na extinta MTV Brasil. Foi na MTV, inclusive, que seu nome se tornou conhecido, a partir de produções como “Fica Comigo” e “Luau MTV”. Na segunda metade dos anos 2005, seu nome acabou chamando a atenção da Globo. De início, foi contratada para substituir Angélica no “Vídeo Game”, quadro exibido dentro do “Vídeo Show”. Mas logo depois enveredou pela atuação em novelas como “Bang Bang” e “Pé na Jaca”. No entanto, a apresentação falou mais alto e Fernanda acabou se envolvendo com projetos como “Por Toda Minha Vida” e o atual “Amor & Sexo”. “Foi um processo natural e que fez valer o que eu queria para a minha vida. Esse contato com o público é maravilhoso e essencial para mim”, explica. Desde 2014, a cada estreia de uma nova temporada do “Amor & Sexo”, a Globo diz que será a última. É uma maneira de repercutir mais o programa? Não vejo dessa forma. Acho que, a partir da temporada de 2014, que seria 50

realmente o fim, o programa ficou muito mais forte. Foi onde a gente acertou no formato e na abordagem. Encontramos o equilíbrio entre informar e entreter e isso nos deu uma sobrevida. Ao final das duas temporadas seguintes, a gente achou que já tinha falado de tudo e que o programa tinha se esgotado. E foi a resposta do público, reclamando e elogiando, que nos deu a dimensão de que ainda tínhamos muito a conversar. Como assim? Não só o Brasil, mas o mundo passa por uma onda enorme de conservadorismo. Nossas últimas temporadas foram muito corajosas ao defender direitos femininos e de outras minorias. Desde a primeira temporada que a gente levanta a bandeira da diversidade e isso foi se intensificando. Ganhamos fãs e detratores, mas o que nos interessa sempre é o número de pessoas que nunca tinham parado para pensar em assuntos como novas famílias e transexualidade, mas que passam a ter empatia por esses temas a partir de um programa de tevê. O Brasil vive um momento delicado de polarização e valorização de ideias retrógradas. Foi mais difícil montar uma temporada em meio a essa situação? A gente teve de bater mais a cabeça para se chegar a certos assuntos. O debate sobre amor e sexualidade sempre vai existir e ele tende a ser muito rico. O objetivo do programa é trazer esse debate para o vídeo com carinho, sem criar conflitos que gerem oposições, mas um aprendizado mútuo. É uma estratégia viável? Sim. Acredito que as pessoas tenham o mesmo ideal em relação ao amor e à sexualidade. É claro que existem pontos de divergências, mas grande parte do público quer viver melhor suas relações e entender as causas da repressão que, de alguma forma, todos nós sofremos.


Eduardo Sterblitch e Fernanda Lima em gravação de “Amor & Sexo”

Os direitos femininos sempre foram uma pauta importante para você e isso parece estar mais evidente no vídeo. Como foi esse processo? Aconteceu de forma natural. Cada temporada tem seu foco e acho que o feminismo tomou grandes proporções ao longo desses últimos dois anos. É um assunto que está tomando as ruas. E quanto mais mulheres reprimidas, mais ele cresce. A busca por igualdade deve ser incessante e falar sobre isso é fundamental. Ainda tem muita gente que acha que feminismo é o oposto de machismo. A presença do humorista Eduardo Sterblitch na bancada do “Amor & Sexo” é a grande novidade da décima temporada do programa. Como você e sua equipe avaliam a entrada de um novo elemento? Nos preocupamos em ter sempre alguma coisa nova a cada temporada. O Eduardo é um sujeito muito engraçado e inteligente, mas ele vem da turma do “Pânico”, conhecida pelas piadas sexistas, que são bem comuns no humor brasileiro. A presença dele no projeto é uma grata surpresa. A gente precisou descobrir como ele se portaria em um programa comandado por uma mulher e que não aceitaria nenhuma brincadeirinha machista ou grosseira. Criativo como ele é, acabou se adaptando muito bem. Ao longo de nove anos de existência, o “Amor & Sexo” acabou se tornando cada vez mais musical e performático. Como os números são pensados? É preciso muita

antecedência e foco. A gente só viu mesmo que ia rolar uma nova temporada depois da boa audiência, mesmo aos sábados, dos episódios da edição de 2016. Quando finalizei os trabalhos no “Superstar”, reuni a turma, vi quem estaria disponível para novas gravações e já fomos arquitetando tudo. A parte musical e de dança exigem antecipação porque tudo precisa estar pronto antes de começarem as gravações. No dia, é preciso estar tudo em total sintonia. Então, a gente pensa nas músicas, arranjos, coreografias, dançarinos e vamos montando o que fica melhor e “casa” melhor com o debate daquele dia. Vamos falar sobre feminismo? Então é nesse dia que vamos dançar “Run The World (Girls)”, da Beyoncé. Você fala com muita propriedade dos mais diversos pontos técnicos do programa. Como é a rotina de não apenas apresentar, mas participar do conteúdo do “Amor & Sexo” de forma ativa? É parar de viver e só trabalhar, né? Ainda bem que minha família entende. Sou completamente apaixonada pelo projeto e se meu comprometimento não fosse total, algo soaria estranho no resultado. Não é como o “Superstar”, que eu só preciso estar no estúdio e apresentar. São três meses discutindo e criando, dois ensaiando e semanas de gravações intensas. É complexo, mas faço tudo sorrindo de orelha a orelha. A minha felicidade vem de ter um espaço nobre onde consigo falar sobre coisas importantes e com liberdade. 51


Resultado final depois da aplicação de gel

BELEZA Texto: Rivaldo Gomes/Folhapress | Foto: Rivaldo Gomes/Folhapress

Tendência... Penteado de aspecto molhado volta com tudo neste verão O penteado que cria o visual de cabelo molhado e já fez bastante sucesso no passado voltou a aparecer no tapete vermelho. “Esse estilo era adorado nos anos 1980. Depois, sumiu e, agora, está com tudo novamente”, diz o cabeleireiro Adam Simon, do salão Studio João Franco. Para a cabeleireira Annyelle Karla, do salão Perfil Espaço de Beleza, o penteado seguirá em alta nos próximos meses. “Ele é a cara do verão. O efeito molhado dá a sensação de ter acabado de sair do banho.” O produto mais usado para criar

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esse efeito nos fios é o gel, mas ele não é o único. “É possível usar também uma musse ou mesmo o ‘live-in’ [espécie de cremes em enxágue]. Para escolher o mais adequado, vale pedir a indicação de um profissional”, diz Davi Lira, cabeleireiro do Studio Fashion Day. A quantidade de produto utilizado também depende de sua qualidade. “Quanto melhor for, menos será necessário para fixar o penteado. E o aspecto visual ficará melhor”, explica Simon. O cabeleireiro Robson Trindade ressalta, no entanto, que quem usa o

penteado com frequência deve ter alguns cuidados extras. “O gel que possui álcool na composição pode gerar desgaste nos fios, então, opte por produtos sem esse componente. Além disso, na hora de lavar, é importante usar um condicionador bom, que trate dos fios e os mantenha saudáveis.”


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Nutrição

Alimentos essenciais para um boa memória - só não esqueça de comê-los Dra. Patrícia Milaré Lonardoni | Nutricionista | Tel: 19 3443.3236 (Limeira SP) | patricia.milare@itelefonica.com.br

Alimentos coloridos, ricos em antioxidantes, auxiliam nossa saúde e previnem inflamações e, consequentemente, graves patologias – inflamação é uma reação do corpo a qualquer reação não-saudável do organismo. Sendo assim, qualquer doença é inflamação. Para prevenir e tratar inflamações/doenças do cérebro, envelhecimento e qualquer outra situação que prejudique a memória, o melhor a fazer é consumir alimentos ricos em antioxidantes, com diversos compostos bioativos e proprie-

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dades anti-inflamatórias. Durante o processo de envelhecimento, as células da microglia começam a produzir níveis excessivos de citocinas inflamatórias. As citocinas induzem ao déficit de memória, a sonolência, perda de apetite e os comportamentos depressivos, o que contribui ao envelhecimento cognitivo, bem como para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Para manter seu cérebro saudável, inclua em seu cardápio frutas roxas como uva, ameixa e amora, ricas

em fitonutrientes antioxidantes, as antocianinas, que agem neutralizando os danos dos radicais livres, e exercendo efeitos benéficos na aprendizagem e memória, além de proteger o cérebro de estresse oxidativo, reduzindo complicações relacionadas à idade, doenças neurodegenerativas e prevenindo a depressão. Mirtilos (blueberries) e romã são fontes de ácido elágico que bloqueia as vias metabólicas que podem levar ao câncer. Para temperar seus pratos, lembre-se da cebola - os

altos níveis do antioxidante e antiinflamatório quercetina, faz dela um poderoso protetor contra doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. E outro tempero que não pode faltar em seu prato é o açafrão-da-terra combinado com pimenta-do-Reino negra: os compostos bioativos dessa dupla – curcumina e piperina – são potentes antiinflamatórios e antioxidantes que proporcionam saúde do cérebro, das articulações, do coração, do fígado, do pâncreas, além de ser analgésico natural.


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CARROS Texto: Eduardo Sodré/Folhapress | Fotos: Eduardo Knapp/Folhapress

Os queridinhos... Jipinhos urbanos caem nas graças do brasileiro e vivem onda de lançamentos Quatro jipinhos vermelhos no fundo da garagem traduzem o desejo de um povo. O brasileiro está apaixonado por esses carros, como mostram os números de venda. O segmento de utilitários compactos cresceu 7% entre 2015 e 2016 - foram emplacadas 214.410 unidades no ano passado, segundo a Fenabrave (entidade que reúne as distribuidoras de veículos). Enquanto isso, as vendas gerais de veículos despencaram 20,2% no mesmo período. A alta procura justifica a chegada de novos modelos. O mais recente é o Hyundai Creta, que usa a base do sedã médio Elantra e parece maior do que é. Acomoda quatro

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adultos sem aperto e tem porta-malas amplo, embora um pouco menor que o do Honda HR-V. Não por acaso, o Hyundai é o que mais se aproxima do rival de origem japonesa em proposta e preço. Na pista de testes, vantagem para o sul-coreano em aceleração. Contudo, o Honda se mostrou mais eficiente nas provas de consumo - embora forte, o motor 2.0 do Creta automático (seis marchas) não é o suprassumo da tecnologia. Nesse quesito, a Chevrolet leva a melhor. O ano da montadora americana começa com a renovação do jipinho urbano Tracker. Seu motor 1.4 flex é o


mais moderno disponível na categoria, fato comprovado pela vantagem sobre os concorrentes na pista. “O carro foi calibrado para as ruas do Brasil, a suspensão tem um ajuste que não é igual ao dos EUA”, diz Brent Deep, gerente da área de performance da Chevrolet. Antes de pegar a estrada, cabe observar as mudanças de estilo. O painel do Chevrolet agora tem mostradores com ponteiros, que substituem o sistema digital de antes. O lado negativo é a falta de controles de estabilidade. Todos os rivais trazem o item pelo menos como opcional. O espaço é bom no banco traseiro do Tracker, mas o porta-malas comporta apenas 306 litros - pouco mais que o encontrado no compacto Chevrolet Onix (289 litros). Famílias com dois filhos terão dificuldade de acomodar as coisas para viajar. O assunto espaço não é o preferido do Jeep Renegade e seu parco bagageiro (260 litros), mas há outras qualidades. Embora a versão 1.8 flex não seja 4X4, seu estilo remete ao pioneiro CJ1 da Segunda Guerra, o jipe original. O motor chega a 2017 com melhorias. O ganho de potência - de 132 cv para 139 cv - e a adoção do sistema

Acima, os carros HR-V (Honda), Tracker (Chevrolet), Creta (Hyundai) e o Jeep Renegade

Start/Stop (que desliga o motor em paradas no trânsito e o religa automaticamente) deixaram o Renegade um pouco mais econômico, mas sem grandes avanços em desempenho. Em 2016, Honda e Jeep dominaram as vendas. Agora, o ano já começa com Creta e Tracker chegando às lojas, além de Nissan Kicks, Renault Duster, Ford EcoSport - às vésperas da remodelação -, Suzuki Vitara, Peugeot 2008, Citroën Aircross... E a lista continuará a crescer ao longo do ano.

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TELEVISÃO Texto: Luana Borges/TV Press | Foto: Ita Mazutti/Divulgação

O avesso do avesso Em “Sol Nascente”, Luma Costa vive personagem oposta à de “Pé na Cova” A feição angelical de Luma Costa bem poderia enquadrá-la no estereótipo da mocinha frágil. Mas, a cada trabalho, a atriz mostra que pode subverter esse paradigma e interpretar tipos bem diversos entre si na teledramaturgia. Basta comparar sua atual personagem, a recatada Elisa de “Sol Nascente”, com a anterior, a extravagante Odete Roitman de “Pé na Cova”. Enquanto no seriado de Miguel Falabella a atriz viveu uma “stripper” em boa parte das cinco temporadas da série, agora, na trama das 18 horas, encarna uma jovem religiosa e reprimida que, aos poucos, vai se soltando. “Eu estava morrendo de saudades de fazer novela. Quando Elisa apareceu para mim com todas as suas possibilidades, me senti instigada. E como atriz, nada melhor do que receber uma personagem que nos tira da nossa zona de conforto”, avalia. Na história escrita por Walther Negrão, Suzana Pires e Júlio Fischer, Elisa se estabelece na fictícia Arraial de Sol Nascente ao conseguir um emprego na recepção da pousada em troca de hospedagem. Religiosa, a jovem se veste de forma conservadora. Até que ganha uma transformação de visual de Paula e Dora, papéis de Anna Lima e Juliana Alves, respectivamente. “Essa personagem me levou para um reencontro com o humor. Mas a graça da Elisa está na descoberta de um mundo que ela nunca visitou. Dar esse frescor à sua trama é muito divertido”, salienta. Antes do início das gravações de “Sol Nascente”, Luma participou de um “workshop” junto com o restante do elenco. Foi quando teve a oportunidade de fazer uma preparação corporal para se entrosar com os colegas de cena. Além disso, a atriz foi em busca de uma religiosidade interna para entender melhor o universo em que Elisa está 58

inserida. “Apesar de ter humor na trama da personagem, eu tinha dentro de mim o compromisso de fazer essa relação dela com a religião algo crível e respeitoso. Então, pesquisei muito sobre a origem dos santos, por exemplo. Elisa é quase uma enciclopédia nesse sentido”, explica. Desta vez, Luma aparece em cena com uma caracterização completamente oposta à de sua personagem anterior, a Odete Roitman de “Pé na Cova”. Ela, que estava loura na série de Miguel Falabella, adotou o tom castanho escuro nos cabelos para viver Elisa, que está quase sempre de óculos de grau e roupas comportadas. Mas agora a personagem já experimenta algumas “ousadias” no figurino, com direito a vestidos curtos e bem coloridos. Para a atriz, todos esses elementos são importantes para seu trabalho de composição. “O casamento entre caracterização e figurino é fundamental para um ator se apropriar de seus personagem. Pelo menos, penso assim. É como se a gente virasse uma chave quando veste aquele figurino ou ajeita o cabelo”, acredita. Na tevê desde uma participação em “Um Anjo Caiu do Céu”, de 2001, Luma acumulou personagens em tramas da Globo como “Começar de Novo”, “Malhação” e “Fina Estampa”, em “Floribella”, da Band, e em novelas da Record como “Luz do Sol” e “Poder Paralelo”. “Quanto maior for a experiência, mais rico é o caminhar. Todos os trabalhos são válidos, servem como fonte de aprendizado”, orgulha-se ela, que enxerga todas as personagens que fez com importância. “Mas a Odete está em um lugar especial. Texto incrível, elenco fantástico”, entrega. “Sol Nascente” – Globo – De segunda a sábado, às 18h20


Artigo

Mobile será o principal canal para vendas online em 2017 Valter Garcia Junior | Administrador de Empresas Especializado em e-commerce | www.cakeweb.com.br | Fone: (19) 98117.2187

Até o final deste ano, a maior parte dos varejistas online deve priorizar o ambiente mobile em vez do desktop. Ao mesmo tempo, consumidores passarão a ter mais confiança em realizar compras de maior valor agregado por meio dos smartphones. Isso é o que revela o relatório Digital Commerce & Marketing Outlook 2017. “No ano passado, acertamos em cheio algumas previsões como, por exemplo, o aumento das jornadas de compra multi-device, a maior influência da web nas aquisições off-line, entre outras. Nosso

objetivo é fomentar o mercado com informações relevantes e estratégicas”, explica Fernando Tassinari, diretor da Criteo no Brasil. Consumidores farão compras de alto valor agregado por dispositivos móveis. No ano passado, o desktop liderou essas vendas, mas em 2017, os consumidores se sentirão igualmente confortáveis para realizar esse tipo de compra por smartphone. Em 2017, os varejistas devem investir mais em anúncios no formato do Google Shopping e expandir os mecanismos de pesquisa para melhorar a desco-

berta e a conversão de clientes O mercado ocidental vai priorizar o mobile no lugar do desktop. Varejistas que são líderes e possuem maturidade na web móvel já percebem 39% a mais de conversões se comparados aos que ainda não estão nesse ambiente. Atualmente, a Ásia (especialmente a China) é líder mundial em participação de vendas móveis, além de guiar em inovação no segmento, fornecendo uma experiência muito superior aos usuários. Fonte e-commerce news

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COMPORTAMENTO Texto: Fabiana Futema/Folhapress | Foto: Karime Xavier/Folhapress

As novas “babás” Pais recorrem a aplicativos para acompanhar o crescimento dos filhos, guardar dados médicos e até ajudar na amamentação A tecnologia virou mesmo uma aliada dos pais – principalmente os de primeira viagem – na criação dos filhos. Há aplicativos que informam a hora da mamada, ajudam a armazenar informações sobre o crescimento da criança e ainda dão uma mãozinha para contratar babás ou mostrar a localização dos pequenos. Por sugestão da própria pediatra da filha, a analista de sistemas Silvya Fontolan Henrique, 31, começou a usar um aplicativo que reúne dados sobre peso e altura e calendários de consultas e de vacinas. “O app já passa para minha agenda a data das próximas consultas. Tenho tudo anotado: quando apontaram os dentes, quando a Valentina passou por alguma intercorrência médica”, conta ela. O pediatra e neonatologista Carlos Eduardo Correa também vê vantagens no uso desses aplicativos que guardam informações da criança, como tipo sanguíneo e histórico de problemas de saúde. “Facilita quando ela precisa ser atendida por um médico diferente”, diz. “O prontuário é do paciente, não do médico. Esses aplicativos dão aos pais o direito de tê-lo.” O fato é que a preocupação a ponto de transformar o celular em praticamente um centro de monitoramento dos filhos é mais comum com o nascimento do primeiro filho. A administradora Andrea Sanvidotti, 34, utilizou aplicativos na sua primeira gestação. Para a gravidez do caçula, de 1 ano, não sentiu necessidade de recorrer a esse tipo de plataforma. “Aprendi muito coisa na primeira gestação, fiquei mais segura sobre o que esperar de cada fase de desenvolvimento. Na segunda, já tinha mais noção.” O uso dessas tecnologias, porém, merece cuidados. Um aplicativo que mostrava o desenvolvimento semanal do bebê causou certa apreensão durante a gravidez de Silvya. “Havia uma informação sobre quanto peso a criança deveria ganhar por dia e fiquei preocupada porque ela estava 60

Silvya guarda os dados da filha em um aplicativo

abaixo daquilo. A pediatra me tranquilizou dizendo que isso variava muito de criança para criança.” Para evitar a interpretação equivocada desses gráficos, a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) lembra que a avaliação periódica feita por um pediatra é essencial. “É bom que as informações sejam acompanhadas pelos pais, mas quem tem discernimento para avaliar se os dados estão normais ou alterados é o pediatra”, diz a presidente da SBP, Luciana Silva, “Preocupa-me que os pais possam olhar para gráficos de crescimento e achar que toda criança tem que estar na linha do meio, no percentil 50, e que aquelas que estiverem acima ou abaixo têm algum problema”, diz o pediatra Carlos Eduardo Correa. Luciana Silva faz um alerta também para a forma como os pais podem utilizar aplicativos de controle de mamadas. “Uma criança pode esvaziar um seio em poucos minutos enquanto outra demora mais. Elas nascem com pesos diferentes, têm velocidades diferentes de crescimento. Não dá para colocar todas no mesmo patamar.” A pediatra defende ainda limites de tempo para utilização de tela não apenas para as crianças, mas também para os pais. “É importante que os pais tenham tempo para brincar ao ar livre com os filhos, conversar com eles.”


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IMÓVEIS Texto: Júlia Zaremba/Folhapress | Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Evitando vazamentos Manutenção nas tubulações e cuidados com bricolagem ajudam a evitar o problema Se a pintura da parede estufa e há manchas no teto do imóvel, é hora de acender o alerta vermelho. Ambos são indícios de vazamentos, que podem causar desde danos nos revestimentos até doenças respiratórias. O problema tem origem, na maioria das vezes, em áreas molhadas dos imóveis, como a cozinha e o banheiro, onde há tubulações hidráulicas. De acordo com Mércia Bottura, engenheira civil da USP, as emendas que conectam os tubos são os principais pontos de vazamentos. “Elas podem não ter sido bem instaladas. Nesse caso, é preciso chamar mão de obra especializada para consertar”, diz. Intervenções e reformas mal planejadas também po-

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dem causar infiltração, segundo Bottura. Há o risco, por exemplo, de o morador atingir uma tubulação enquanto instala um espelho na parede. Por isso, diz a engenheira, antes de se aventurar na bricolagem é fundamental ter a planta da unidade em mãos. Antônio Giansante, professor de engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, cita ainda a movimentação natural das estruturas de uma construção como uma das causas de problemas no sistema hidráulico. “Um lado da casa pode afundar mais do que o outro, aumentando a tensão nas tubulações”, explica. Além das instalações hidráulicas, as de esgoto também são capazes de dar dor de cabeça aos moradores. Esse tipo


Roberta Busch, em seu apartamento: sofrimento com infiltrações

CHUTE O BALDE Saiba como detectar e consertar vazamentos OBSERVAÇÃO Veja se a parede e o teto estão estufados ou apresentam manchas. Também é importante checar se não há água pingando embaixo da pia e do tanque. DIAGNÓSTICO É preciso investigar a causa do problema. Especialistas costumam usar uma espécie de estetoscópio para saber de onde está vindo o pinga-pinga. É possível ainda tirar um raio-x da parede.

de vazamento costuma demorar mais para ser notado, porque o forro que fica embaixo do sistema sanitário é mais espesso do que o da parede, observa Bottura. No fim das contas, quem mais sofre é o vizinho de baixo, que ganha de “presente” teto e paredes mofados. Para evitar esses problemas, Giansante diz que é preciso realizar manutenções periódicas nas instalações. De preferência, a cada seis meses. Se a prevenção não tiver sido feita, dificilmente será possível fugir do quebra-quebra para remediar a situação.

TRATAMENTO Para consertar a tubulação, é necessário quebrar a parede. Nos prédios mais antigos, o reparo pode dar mais trabalho - os canos costumam ser de ferro galvanizado, dificultando as emendas. AGENTE EXTERNO Se as infiltrações forem causadas pela água da chuva, significa que há algo errado com a impermeabilização da construção e talvez seja preciso refazê-la. REMÉDIO Nas casas, as infiltrações podem ser causadas ainda pelo excesso de umidade nas fundações. Nesse caso, é preciso chamar um especialista para impermeabilizar os pés das paredes do imóvel.

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COMPORTAMENTO Texto: Fabiana Futema/do New York Times/Folhapress | Foto: Avener Prado/Folhapress

Mais anos, menos sono Envelhecimento do corpo e do sono faz com que terceira idade seja a campeã em distúrbios e em cuidados a serem tomados em prol da saúde Os distúrbios do sono são muito mais comuns em idosos do que na população mais jovem. Eles roubam a chance de essas pessoas desfrutarem do sono reparador de que tanto precisam. A insônia muitas vezes passa batida em check-ups médicos de rotina, o que reduz a qualidade de vida e agrava outros problemas físicos e emocionais, incluindo a perda de função cognitiva. Seus efeitos são devastadores quando ela surge todas as noites, seja na dificuldade em adormecer, em continuar dormindo ou em acordar muito antes da hora. Além disso, ela pode estar ligada a outros problemas de saúde subjacentes, como transtornos psiquiátricos e incontinência urinária. A depressão pode ser causa ou consequência da insônia persistente. Com a sonolência, também aumenta o risco de quedas e de fraturas. Um estudo de 1995 do Instituto Nacional de Envelhecimento dos EUA, feito com mais de 9.000 pessoas idosas, revelou que 42% tinham dificuldade em pegar no sono e em continuar dormindo. É provável que haja mais afetados hoje, quando muitos passam um bom tempo olhando para telas eletrônicas antes de se deitar – perturbando os ritmos biológicos do organismo. “As pessoas idosas não podem ficar encarceradas em um apartamento, em um cômodo. O idoso precisa interagir. É isso que vai reforçar o ritmo biológico”, diz a Dalva Poyares, professora da Unifesp. Existem dois tipos de insônia: a primária é fruto de um problema principalmente durante o sono, como a apneia obstrutiva do sono, a síndrome da perna inquieta (que afeta 15% a 20% dos adultos mais velhos), ou uma tendência a realizar fisicamente os movimentos vividos em sonhos. A não ser que um parceiro observe o que acontece, as pessoas dificilmente ficam sabendo que têm problemas. O diagnóstico geralmente vem com um exame especializado: a polissonografia. A pessoa dorme em um laboratório, ligada a instrumentos que registram sua respiração, ritmo cardíaco, pressão sanguínea, movimentos corporais e o tempo passado nas diferentes fases do sono. A insônia secundária é a mais comum: decorre de um problema de saúde subjacente, dos efeitos colaterais de drogas (como o álcool) e remédios, sonecas diurnas e ruído e luz excessivos no quarto.

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Maria José Barata Dias, de 69 anos, que costuma acordar 2 vezes durante a noite

Entre as condições médicas que causam insônia estão insuficiência cardíaca, refluxo gastroesofágico, doenças pulmonares, artrite, alzheimer e incontinência urinária. Tratando-as, a insônia muitas vezes é aliviada. As causas da insônia que não têm natureza médica podem ser remediadas com uma boa higiene do sono. Consiste em limitar as sonecas a menos de 30 minutos por dia, de preferência no início da tarde; evitar estimulantes e sedativos; evitar refeições pesadas e reduzir a ingestão de líquidos nas duas ou três horas antes de se deitar; maximizar a exposição à luz forte durante o dia e minimizá-la à noite; criar condições confortáveis para dormir e ir para a cama apenas quando se está com sono. Para quem não consegue pegar no sono depois de cerca de 20 minutos, os especialistas recomendam sair do quarto e fazer algo que relaxa, como ler um livro (impresso sobre papel, e não numa tela iluminada), até ter vontade de voltar para a cama. Outra dica é fazer atividade física, mesmo que de forma comedida. A ingestão de soníferos pode ser problemática para idosos, que são naturalmente mais sensíveis a efeitos colaterais, como sonolência excessiva. Outras alternativas são substâncias como melatonina ou valeriana, vendidas em farmácias de manipulação. A eficácia delas ainda não foi comprovada por pesquisas. E existem ainda alimentos que também podem ajudar a promover o sono, como bananas, cerejas, kiwis, aveia, leite e chá de camomila – apesar de as evidências também serem principalmente anedóticas.


Designer de Interiores

Banheiros com personalidade Fabiana Massaro | Contato: 19 9-7406.6806 | Limeira SP | www.fabianamassaro.com.br São chamados de salas de banho, dando uma entonação especial a esse ambiente importante da casa, onde podemos nos revigorar, tomar uma boa ducha para seguir em frente. Para um bom projeto arquitetônico, pensar com personalidade no momento

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de escolher os acabamentos,

agradar clientes desde os mais

dade rolar sem medo. Linhas

de sofisticação ao espaço. Já

faz toda diferença no resul-

clássicos até os mais contempo-

geométricas e coloridas refor-

os revestimentos de estampas

tado final, deve-se levar em

râneos. No piso ou na parede,

çam a tendência de 2017, mas

geométricas dão um ar con-

consideração o estilo de seus

acabamentos estampados dei-

devem ser usadas com cautela

temporâneo ao ambiente. Vale

frequentadores tornando esse

xam o banheiro com um toque

para não se tornarem pro-

muito a pena pesquisar e es-

ambiente em algo inusitado. As

divertido. O estilo pode seguir

postas cansativas. O banheiro

colher com bastante carinho

empresas cerâmicas estão in-

ou não o do restante da casa: o

que exibe mais elementos de

esses acabamentos, pois valori-

vestindo alto em ousadia para

importante é deixar a criativi-

tons neutros, propicia um ar

zam e muito a sua obra.

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NEGÓCIOS Texto: Redação/Folhapress | Foto: Bruno Santos/Folhapress

Ponto certo

Consultorias e ferramentas on-line que mapeiam consumo ajudam empresário a escolher local para abrir uma loja A escolha do ponto comercial, decisão que envolve valor de aluguel, localização e custo de reforma, é uma das mais cruciais para determinar o futuro de um negócio. O primeiro passo antes de definir o local é identificar o público-alvo e observar onde circulam essas pessoas. Para ajudar nessa função, consultorias de geomarketing levantam dados como estabelecimentos por bairro e gasto médio dos moradores, diz a consultora do Sebrae-SP Beatriz Micheletto. O estudo em geral custa a partir de R$ 1.000 por mês, mas há outras opções. “Quem não tem verba pode usar ferramentas gratuitas como Google Maps e Foursquare para essa triagem”, afirma ela.

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O Sebrae oferece ainda o estudo Potencial de Consumo, que apura os hábitos de consumo de cada bairro de São Paulo. “O empreendedor deve fazer sua lição de casa, mesmo se tem ajuda da franqueadora, e levar em conta até a localização dos concorrentes para entender por que estão ali”, afirma Cláudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da ABF (Associação Brasileira de Franchising). A administradora Mariana Dalmaso, 29, que abriu uma unidade da franquia de petshops Petland em Moema (São Paulo), foi a campo e demorou cinco meses antes de escolher o ponto ideal. “Usamos ferramentas de geomarketing, oferecidas pela franqueadora, e passamos tardes no bairro observando a circulação ou visitando estabelecimentos”,


afirma. Aberta em 2015, a franquia cresceu cerca de 20% em 2016 e faturou R$ 1,5 milhão. A escolha do ponto deve levar em conta também o orçamento.” O custo de aluguel não pode passar 20% do faturamento”, afirma Cláudia Bittencourt, diretora do Grupo Bittencourt, consultoria especializada em franquias. Quem ainda não encontrou o lugar perfeito não deve apressar a procura, segundo a consultora Beatriz Micheletto, do Sebrae-SP. Há quem leve meses para fechar um contrato de locação e até reconstrua o local. Depois de visitar 12 pontos em Campinas (SP), o engenheiro Eduardo Mattua, 56, franqueado da Dídio Pizza, optou por um terreno com visibilidade, mas sem nenhuma estrutura. Só o que havia ali era um antigo galpão, demolido em seguida. “Como o local fica em uma avenida movimentada, ganhamos evidência. Não achamos um imóvel pronto, então construir tudo foi a melhor decisão possível”, diz. Segundo Micheletto, do Sebrae-SP, é um erro investir em um lugar mais barato para tentar secar custos. O advogado Leonardo Marques, 45, que hoje tem cinco

Franquia do petshop Petland: 5 meses para achar o melhor ponto

bares e restaurantes em Belo Horizonte (MG), abriu seu primeiro bar, o Boteco da Carne, no piso superior do imóvel de um amigo para economizar, o que não valeu a pena. “O bar foi aberto em 2006, e os dois anos seguintes foram os mais difíceis da minha vida. Eu me questionava se estava no ramo certo”, afirma. Para Marques, o ponto era péssimo porque não tinha acesso a pé e ficava longe dos bairros boêmios. Ao transferir o bar para o centro, o faturamento saltou de R$ 30 mil para R$ 90 mil por mês.

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TELEVISÃO Texto: Programa Expressão | Fotos: Wagner Morente

Novidade no ar

Programa Expressão é a nova atração da TV Jornal nos finais de semana

O Programa Expressão, apresentado pelo delegado de polícia Siddhartha Carneiro Leão e o jornalista Santiago Lourenço, reestreou na programação da TV Jornal em 17 de dezembro do ano passado e se tornou a mais nova atração da emissora nos finais de semana. O programa, exibido aos sábados e domingos às 12h, entra na segunda temporada com atrações para telespectadores de todas as idades. A primeira temporada em que o programa foi apresentado ocorreu no segundo semestre de 2015, quando surpreendeu a todos pela capacidade de conteúdo e produção. Na época, artistas de expressão nacional como Ovelha, Ângelo Máximo, Falcão, As Marcianas, Vanderley Cardoso, Fernando Mendes, Ricardo Braga, Rita Cadillac, entre outros, foram algumas das celebridades que ajudaram a atração a ganhar peso e credibilidade. Pensando em fortalecer ainda mais o programa, Siddhartha, que é o diretor-geral e Santiago, diretor de produção, fecharam uma parceria com o Isca Faculdades e passaram a gravar o talk show no estúdio do curso de Jornalismo do instituto. A ideia é formatar um produto que seja atrativo para quem está assistindo e para os anunciantes. A intenção também é promover uma interatividade com os alunos do curso de Comunicação Social e proporcionar aprendizado prático. Todo o conteúdo do programa é definido pela dupla de apresentadores. Enquanto o delegado mantém contatos

Santiago Lourenço, cantor “Ovelha” e Siddhartha Carneiro Leão

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com artistas famosos e contatos publicitários, o jornalista convida as atrações regionais e acompanha de perto a produção, gravação e edição do programa. Aos convidados que residem na capital ou em cidades distantes são oferecidos transporte, alimentação e hospedagem em hotel. Após a reestreia, já passaram pelo palco do Programa Expressão: a dupla Edson & Hudson e os cantores Markinhos Moura e Donizeti. A produção confirma que outros grandes nomes da música popular brasileira se apresentarão no programa. O programa conta com uma hora de duração e um dos pontos fortes é o momento de reflexão entoado por Siddhartha no início e no meio da atração. “O que queremos é levar uma mensagem bíblica e alegrar a vida das pessoas que gostam do nosso programa. Não medimos esforços para produzir um conteúdo melhor a cada gravação”, disse. Santiago ressalta que os programas são produzidos com equipamentos de alta definição para atender os padrões atuais da TV Jornal, que passou a transmitir com tecnologia digital. “Procuramos fazer programas com qualidade, trazendo artistas e pessoas diferentes, além de abrir espaço à prestação de serviço. O telespectador ganha muito, pois se diverte e se informa”, define. A locutora Débby Salvi também participa do programa apresentando merchandising. A direção estuda novas parcerias e a realização de concursos para atrair ainda mais a participação da comunidade.

Falcão

Dupla Edson e Hudson


NEOTÉRICAS

QLED ou OLED? Qual a melhor tecnologia em aparelhos de TV? Valter Koppe | neotericas@uol.com.br. Uma das sensações foi apresentada pela gigante sul-coreana LG (Lucky Goldstar, ou estrela de ouro da sorte, numa tradução livre para o português). Trata-se de uma finíssima TV de apenas 2,6 milímetros de espessura nos tamanhos 65 e 77 polegadas. A TV é tão fina que não possui suporte de mesa pois sua montagem se dá com hastes de imã, como se coloca um quadro na parede. Por isso a linha foi batizada de OLED W, onde esse W significa Wall (parede). Já a sopa de letrinhas OLED significa diodo orgânico que emite luz (organic light-emitting diode). A tecnologia possui contraste e nitidez das imagens superiores e, por se autoiluminarem não necessitam de luz de fundo, permitindo assim dispositivos cada vez mais finos. A resolução da

imagem, claro é em 4K, ou seja, Ultra HD com telas de 3840 x 2160 pixel, o equivalente a 8.294.400 pixels no painel da TV contra 2.073.600 pixels no Full HD. Outro diferencial, segundo a fabricante, é o sistema operacional embutido no aparelho o webOS 3.5, com maior interatividade e suporte para vídeos em 360 graus. A TV, que leva a marca comercial de LG Signature – OLED TV W entrou em pré-venda nos Estados Unidos no início de janeiro e não tem previsão de lançamento no Brasil. Enquanto isso a outra gigante Coreana da tecnologia, a Samsung, lançou sua TV com a tecnologia QLED que promete cores mais vivas e 100% realistas e um preço menor que sua concorrente que usa a tecnologia OLED. A diferença é que a QLED (quantum light-emitting diode) usa os cha-

mados “pontos quânticos” que são cristais em nano escala que absorvem luz e a reemitem em uma onda diferente, bem específica, ou seja, como cada onda representa uma cor diferente, teoricamente, garantem uma maior nitidez e fidelidade às cores do mundo real. Outro argumento usado pela Samsung, em favor de sua tecnologia é a provável durabilidade pois, enquanto a tecnologia OLED utiliza material orgânico (semicondutores de hidrocarbonetos) cujo uso pode gerar desgastes, na tecnologia QLED, baseada em cristais inorgânicos, esse risco de degradação praticamente não existe. É briga de cachorro grande! É esperar para ver. As TVs QLED da Samsung estão sendo lançadas neste mês nos Estados Unidos e não têm previsão de chegada ao Brasil e muito menos definição de preço.

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PALADAR Texto: Karina Matias/Folhapress | Foto: Divulgação/Folhapress

Versátil e nutritiva Consumida em saladas ou em pratos quentes, a berinjela tem propriedade diurética e possui vitaminas e sais minerais que protegem o coração Consumida em saladas ou em pratos quentes, a berinjela tem propriedade diurética e possui vitaminas e sais minerais que protegem o coração Saborosa, a berinjela é um legume versátil que pode ser usado de diversas formas na culinária, como em saladas, em acompanhamentos ou em pratos principais. Rico em vitaminas A, B e C e em sais minerais, como cálcio, potássio, ferro, fósforo e magnésio, o alimento é recomendado por nutricionistas para compor uma dieta saudável. Segundo especialistas, a berinjela possui grande quantidade de fibras e de antioxidantes, que desempenham um importante papel na proteção ao coração. “Ela também ajuda a

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reduzir o colesterol e a melhorar o fluxo sanguíneo”, destaca Regina Carrijo, nutricionista do Hospital Santa Catarina. A profissional destaca que o ingrediente pode ser um aliado em dietas para a redução de peso, já que essa forte presença de fibras também promove a sensação de saciedade. “Há, ainda, a propriedade diurética da berinjela, que ajuda o corpo a desinchar, eliminando a retenção de líquido”, reforça Iara Pasqua, nutricionista e coordenadora do Serviço de Nutrição do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Ela salienta que o ingrediente tem poucas calorias e que muitas pessoas o utilizam cru para fazer uma bebida detox, batido com água e suco de limão ou laranja.


Pastéis assados com berinjela e palmito

Um jeito de aproveitar melhor os benefícios do alimento é não consumi-lo frito. “Isso adiciona gordura que não é saudável, além de calorias adicionais”, explica Regina, que complementa que alguns estudos sugerem que propriedades encontradas na berinjela podem atuar preventivamente contra alguns tipos de câncer Na hora da compra, então, é recomendado verificar se a consistência do legume está firme e se a casca está lisa e sem rupturas. “Ele é muito sensível ao calor e estraga com facilidade. Por isso, é importante que seja consumido fresco. Também é fundamental que seja bem lavado antes de utilizado”, orienta Iara.

Ingredientes 4 xíc. (chá) de água 200gdepalmito fresco 3 col. (sopa) de creme vegetal sabor manteiga (ou manteiga) 1 berinjela grande (em cubos pequenos) 2 col. (sopa) de farinhade trigo 1 col. (chá) de sal 1 xíc. (chá) de leite desnatado 1 col. (sopa) de cebolinha verde picada 15 discos de massa para pastel (15 cm de diâmetro) Modo de preparo Em uma panela grande, ferva a água e deixe o palmito cozinhar por 15 minutos. Após retirá-lo do fogo, escorra e corte-o em cubos pequenos. Em uma panela média, aqueça a manteiga e refogue a berinjela e o palmito por cinco minutos. Polvilhe a farinha de trigo sobre o refogado e misture. Junte o sal e o leite e cozinhe em fogo médio por mais cinco minutos ou até engrossar. Com o fogo já desligado, junte a cebolinha. Deixe esfriar. Preaqueça o forno em temperatura média (180º C). Unte uma assadeira retangular grande (40 cm x 28 cm) e reserve. Coloque uma colher (sopa) do recheio no centro de cada disco de massa, umedeça as bordas com água e, em seguida, feche os pastéis pressionando esses cantos com um garfo, para que não abram. Coloque-os lado a lado na assadeira untada e leve ao forno por 20 minutos ou até começar a dourar. Retire do forno e sirva em seguida

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TURISMO Texto: Gustavo Fioratti/Folhapress Fotos: Juliana Vines/Folhapress

Novo horizonte

Queda nos índices de violência abre espaço para a efervescência cultural e leva brasileiros à capital colombiana

Os taxistas de Bogotá estão visivelmente satisfeitos com os brasileiros – e os valores baixos das corridas tornam esse amor recíproco. A queda nos índices de violência na última década no país foi fundamental para lustrar a relação. E agora são os bons preços que fazem a viagem valer ainda mais a pena. Em restaurantes caros, como no Juana La Loca, prato principal e bebida dificilmente chegam à cifra de 80 mil pesos (ou R$ 86 reais). Dependendo da época, dá para reservar uma noite no hotel cinco estrelas Tequendama, um dos mais tradicionais da capital, por R$ 200. Pelos bons preços – e também porque a violência no país vem diminuindo –, a visitação de brasileiros deu um salto de 40% em 2014, de acordo com dados do governo colombiano. Praticantes do portunhol não raro são cumprimentados com a frase “somos hermanos”. O que se revela para o turista é uma cidade movimentada, com ruas cheias de gente até 2h, todos os dias. Com clima de montanha (2.640 metros acima do nível do mar e noites sempre frias) e edifícios que dificilmente passam dos oito andares, os bairros mais conhecidos da cidade carregam a atmosfera afável dos subúrbios europeus, só que menos certinhos e mais sujos no bom sentido. Gentrificação não é uma tônica. Andar a pé ou de bicicleta é aconselhável – cercado de montanhas, o miolo da cidade é plano. Só o trânsito é que não contribui com o ciclismo. Ele, sim, ainda não foi resolvido por um processo de reurbanização que tem sido considerado internacionalmente como modelo. Quem cruza Bogotá pela avenida 7ª, eixo comercial importante, vê a paisagem mudar muito pouco, talvez mais na parte norte. A região histórica e de ruas estreitas da Candelária se abre logo no início do trajeto ao Sul, depois segue o bairro Chapinero, decadente na medida certa, e na outra ponta fica a chamada Zona Rosa, com suas ruas arborizadas e prédios residenciais de arquitetura de primeira linha. A parte rica da cidade não se cercou de muros. Não veremos o neocolonial de fachada e as imitações neoclássicas do século 20. Como Bogotá é comprida, pode ser legal ficar hospedado na Zona G, entre o norte e o sul, onde as padarias e confeitarias servem os melhores cafés da manhã da capital. Vale a pena pular uma das refeições matinais oferecidas nos pacotes hoteleiros 72

Acima, Playa Blanca, na saída de Cartagena e, ao lado, bolsas produzidas por índios, à venda nas ruas de Cartagena

para fazer o desjejum por lá. Porém a região obrigatória – e a que vai consumir mais tempo do turista – é a Candelária e o centro histórico, onde ficam o Museu do Ouro, o Museu Botero e o Museu de Arte do Banco da República. Quem caminha por ali passa de conjuntos de ruas estreitas a praças abertas. É o caso da imensa Plaza de Bolívar. Ou do parque de los Periodistas, que ganhou esse nome nos anos 1960 porque era palco de encontro de jornalistas. São punks, artistas de rua e grafiteiros que hoje convivem por lá. Os bares, padarias e restaurantes dos arredores atendem à demanda de trabalhadores e estudantes. As lojas costumam deixar os petiscos na vitrine, muitas vezes no limite da calçada. Toda esquina tem alguém vendendo arepa, massa circular à base de milho. Os pães de queijo são em forma de rosca e tão gostosos quanto os do Brasil. Verdade que nem sempre estão fresquinhos. Vai do espírito aventureiro de cada um. Observar a escolha do bogotano pode ser uma saída.


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BEM-ESTAR Texto: Gislaine Gutierre/Folhapress | Arte: Folhapress

Cutucar a pele? Nem pensar! Dica é não mexer e deixar o pelo crescer; tratamento envolve remédios e, em casos graves, até cirurgia Cutucar pelo encravado pode lesar a pele e levar mais tempo para sarar. A dica de especialistas para quem sofre desse desconforto é primeiro deixar o pelo crescer. Muitas vezes o problema acaba sumindo sozinho. Segundo a dermatologista Cintia Guedes Mendonça, da Clínica Vitalli, o pelo encravado é aquele que cresceu para dentro da pele. É por isso que ele costuma criar uma pequena bolinha avermelhada no ponto onde ele deveria ter saído. Ele pode até sair da pele e entrar com a ponta de novo. “A raiz do pelo pode acabar infectada por bactéria que já existe em nossa pele”, diz Cintia. Nesse caso, o local do pelo encravado vai ficar parecido com uma espinha. Essa inflamação, chamada foliculite, pode evoluir para um abcesso, causando ligeira dor local, pus e calor, como explica o dermatologista Carlos Eduardo Fonseca Parenti, da L&L Espaço Vida ao Corpo. Uma dica é colocar compressas de água morna sobre o local. “Isso fará com que a

secreção saia”, diz, embora ache ainda melhor fazê-lo sob orientação médica. Se a pessoa tem sempre essas complicações, ir ao dermatologista é essencial. Alguns casos mais graves de pelos encravados podem exigir cirurgia, que é simples. Já o tratamento clínico pode incluir remédios e pomadas. Segundo Parenti, o pelo encravado surge por uma predisposição natural da pessoa, mas quem tem pele negra tem mais risco, pois os pelos tendem a enrolar mais. Há, porém, formas de evitá-lo. Principalmente em quem depila, pois esse é um gatilho. Para isso, Cintia sugere fazer esfoliação na pele um dia após a depilação, para remover células mortas e assim abrir espaço para a saída do pelo. “Você pode misturar uma colher de sopa de mel com açúcar, e aplicá-la na pele, fazendo movimentos circulares”, diz. “Depois, é só retirar com água.”

Depilação a laser evita o problema A forma mais eficaz de evitar pelos encravados, segundo médicos, é a depilação a laser. Mas o bom resultado vai depender de vários fatores. Segundo o dermatologista Carlos Eduardo Parenti, da L&L Espaço Vida ao Corpo, o raio laser cria vibrações no pigmento (cor) do pelo até “queimá-lo” na raiz. Por isso, atua bem em pelos escuros. Quem tem pele escura, porém, corre mais risco de lesão ao redor do pelo. 74


Artigo

As pontas que ficam soltas Andréa C. Bombonati Lopes | Psicóloga e Psicanalista | Rua Frederico Ozanan, 94 | Limeira SP | Fone: 98132-7989 Para: todas as professoras e suas alunas

Ela veio me procurar contando de um sofrimento que vinha lhe roubando noites de sono. Lecionava numa escola para jovenzinhos que se preparavam para ser universitários. Alegre, cheia de vitalidade e enamorada pela própria vocação de ensinar. Certo ano letivo, essa professora viveu uma experiência muito interessante. Viu-se tomada de assalto por uma jovenzinha, que ávida em seus quinze ou dezesseis anos, contestava-lhe os atos de saber, as condições de condução pedagógica, o programa curricular, todo o seu ser de professora. Ela a ouviu, num primeiro momento, buscando compreender de que

lugar vinha tanto fel; palavras armadas em punho, a aluna a contestava e disparava as críticas, grifadas com hostilidade. A professora me contava que sempre fez o seu melhor – boa parte de nós sempre fazemos, ainda que não haja garantia de que o nosso muito será suficiente. Ela me dizia que ignorava os motivos e razões que possam ter ajudado a criar a relação de belicosidade que se costurou ali entre ela e essa aluna durante os meses que se seguiram. “Quando o sinal tocava e as aulas com aquela classe se iniciavam, eu me sentia desfalecer, parece que ficava gelada e que perdia minhas condições de trabalhar”, num sofrimento crescente que

lhe impunha preparar as aulas num ritmo de exigências a fim de evitar o confronto com a aluna. Numa das vezes em que novo embate houve, ela saiu da classe em franco transtorno, contando que chegou a repensar a carreira que havia escolhido, a questionar a própria vocação. Mas o ano se findou e as coisas se acalmaram com entrega de notas, avaliações e período de recesso. Ela se aquieta, e sai, aliviada. Eis que na distribuição de aulas do próximo ano, a professora, perplexa, descobre que lecionará novamente para a mesma aluna. O primeiro impulso, ela conta, foi de solicitar à coordenadora que fizesse troca de sala, mas sob que razões? E de-

pois de dias de um desespero silencioso, ela adentra a sala de aula e consegue constituir uma outra relação com a aluna rebelde. Conta que, sem saber muito bem como, ela constrói um estatuto novo de relação professora-aluna mais honesto, mais límpido, sem débitos do que se foi. E se sente imensamente feliz. Professora e aluna permutando lugares-aprendizes! As pontas que deixamos soltas vêm solicitar que possamos dar algum alinhavo de sentido àquilo que antes, não nos trazia significado. E a lição que fica: se as pessoas podem nos ajudar a significar as coisas, então também podemos, no olhar para as coisas, ressignificar as pessoas.

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Confira os flashes da Palestra “Marketing Digital para Empresas”, realizada no dia 15 de fevereiro, no auditório da Acil, em Limeira. Durante o evento, Alessandro Rios apresentou o Inbound Marketing, conjunto de estratégias que visa fortalecer o relacionamento entre empresas e consumidores por meio de conteúdos relevantes.

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TECNOLOGIA Texto: André Monteiro/Folhapress Foto: Stephen Lam/Reuters

Fechando o cerco Mark Zuckerberg diz que vai apertar cerco contra sensacionalismo no Facebook O criador do Facebook anunciou que a empresa irá adotar novas medidas para apertar o cerco contra a disseminação de conteúdo sensacionalista na plataforma. A rede social é a maior do mundo, com quase dois bilhões de usuários, e vem sendo alvo de críticas de que promove notícias falsas e que tem regras que dificultam a pluralidade de opiniões. O anúncio foi feito em forma de um longo manifesto publicado por Zuckerberg na própria plataforma. No texto, e empresário reconhece que “as duas preocupações mais discutidas no ano passado foram sobre a diversidade de pontos de vista que vemos (‘filter bubble’) e a precisão de informações (‘fake news’)”, mas afirma estar mais preocupado com “o impacto do sensacionalismo e da polarização” ideológica, que levam “a uma perda de entendimento comum”. Durante a campanha presidencial americana, conservadores acusaram a empresa de ter um “viés liberal” na exibição das notícias mais importantes. Após a vitória de Donald Trump, a rede foi acusada de não ter atuado suficientemente para barrar a viralização de conteúdo falso que favoreceu o republicano. Zuckerberg defende que as “mídias sociais oferecem pontos de vista mais diversos do que os meios tradicionais” e que leva a sério a disseminação de conteúdo falso, mas indica que ainda não encontrou método eficiente de combater o fenômeno. “Estamos avançando com cuidado porque nem sempre há uma linha clara entre fraudes, sátira e opinião”, afirma. De concreto, o empresário anunciou que foram feitas mudanças no algoritmo do Facebook para tentar reduzir o alcance do sensacionalismo. “Percebemos que algumas pessoas compartilham histórias com títulos sensacionalistas sem nunca ler. Em geral, se você ficar menos propenso a compartilhar uma história depois de lê-la, é um bom sinal de que o enunciado era sensacionalista.” Segundo o texto, a rede irá monitorar esses indicadores de leitura e compartilhamento para analisar as reportagens e os veículos que as publicam e reduzir sua exibição na linha do tempo dos usuários. “Há muitos passos como este que tomamos e continuaremos a tomar para reduzir o sensacionalismo e ajudar a construir uma comunidade mais informada.” O manifesto de Zuckerberg também aborda outras iniciativas da empresa no sentido de “construir uma comunidade global”. Segundo o texto, o Facebook do futuro terá a missão de “nos manter seguros, nos informar, promover o engajamento cívico e a inclusão”. 78

Mark Zuckerberg, criador do Facebook, durante conferência em São Francisco

CRÍTICAS

Alguns analistas de mídia receberam as novidades de forma cética, enxergando que trazem novos e maiores riscos ao jornalismo profissional. “O Facebook já está com o dinheiro. Agora, Zuckerberg está deixando claro que quer que sua empresa tome várias das atuais funções -n ão apenas a receita de publicidade - das organizações jornalísticas tradicionais”, afirmou Adrienne LaFrance na revista “The Atlantic”. “Ele usa linguagem abstrata mas o que ele está descrevendo na realidade é a criação de uma empresa com os objetivos clássicos do jornalismo. De certa forma, Zuckerberg está construindo uma empresa jornalística sem jornalistas.” No manifesto, o fundador da rede social diz que uma das preocupações da empresa é com a sustentabilidade da indústria de mídia, mas não cita planos específicos além dos que estão na Iniciativa de Jornalismo do Facebook, divulgada em janeiro. “Uma indústria de notícias forte é crítica para a construção de uma comunidade informada. Devemos fazer mais para apoiar a indústria de notícias para garantir que esta função social vital seja sustentável - desde promover os veículos locais, desenvolver formatos melhores para dispositivos móveis, até melhorar a gama de modelos de negócios das organizações.”


Segurança

Os poderes efetivos do agente de segurança privada Émerson Camargo - Pós-graduado com especialização em Segurança Pública e Privada MBA em gestão estratégica de negócios MBA em gestão de pessoas | Fone 7802-5064 – ID 55*139*7222 O foco da segurança privada é regular os comportamentos e as circunstâncias de modo a mitigar e evitar delitos criminosos, além de atuar na prevenção, detecção e intervenção desses delitos. O profissional de segurança privada tem, como qualquer cidadão, autoridade para prender em flagrante delito, ou agir em legítima defesa própria ou de outrem, porém os poderes efetivos do agente de segurança privada amparados pela legislação específica são maiores que os do cidadão comum. Esses agentes são chamados de vigilantes - essa é a terminologia utilizada na legislação específica que trata sobre os assuntos relacionados à segurança privada em todo o território nacional. Os vigilantes constituem uma categoria profissional com direitos e prerrogativas que se diferem dos cidadãos comuns, além de serem facilmente reconhecidos por sua vestimenta típica que os remetem a uma imediata sensação de segurança. Por atividades de segurança

privada, temos: Vigilância patrimonial - atividade exercida em eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade do patrimônio; Transporte de valores: atividade de transporte de numerário, bens ou valores, mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais; Escolta armada: atividade que visa garantir o transporte de qualquer tipo de carga ou de valor; Segurança pessoal: atividade de vigilância exercida com a finalidade de garantir a incolumidade física de pessoas. Devido a importância e a complexibilidade das atividades de segurança privada no Brasil, elas são reguladas, autorizadas e fiscalizadas pelo MJ - Departamento de Polícia Federal e são complementares às atividades de segurança pública nos termos da legislação específica.

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TELEVISÃO Texto: Anna Bittencourt/TV Press | Foto: Jéssica Lima/Divulgação

Olhar interior

Para interpretar Nézia, de “A Terra Prometida”, Juliana Kelling buscou inspiração na adolescência

Quem vê Juliana Kelling em “A Terra Prometida” pode se surpreender. A intérprete da desleixada Nézia do folhetim bíblico esconde, atrás de muitos artifícios, olhos marcantes e um sorriso largo. Na história de Renato Modesto, a hebreia revive o clássico do “patinho feio”. Difícil é imaginar que o papel foi inspirado na vida da própria atriz. Juliana conta que, no início de sua adolescência, era bem parecida com sua personagem. “Com 13 anos, eu era bem assim. Não arrumava o cabelo, não fazia a sobrancelha. Ninguém olhava para mim. Sofria muito ‘bullying’”, conta aos risos. Hoje, bem mais segura de sua aparência, a atriz assume ser muito vaidosa. Por isso, para ela, foi um choque saber que precisaria deixar tudo de lado para estar na trama bíblica. “Adoro maquiagem e salto alto. Então, foi muito difícil”, confessa. Apesar disso, a atriz não pensou duas vezes quando foi chamada para fazer o teste. “Seria meu primeiro personagem grande em uma novela. Não dava para recusar”, explica ela, que passou pelas audições assim que parou de gravar “Os Dez Mandamentos”, onde interpretava uma das esposas do faraó Seti, defendido por Zé Carlos Machado. “Nem achava que ia rolar o papel. Era muita gente brigando por ele. Mas acabou dando tudo certo e eu fiquei muito feliz”, celebra. Além de buscar referências em sua adolescência, Juliana foi atrás de outros recursos para dar vida a Nézia. A novela colombiana “Betty,

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A Feia” e o longa “Um Amor Para Recordar” foram as suas maiores influências. Isso, claro, fora o trabalho de caracterização. “Frisaram meu cabelo, parei de fazer as sobrancelhas e adotei um jeito corcunda de andar. Fora a maquiagem, que forçava umas marcas de expressão”, conta. Quando o lado externo de Nézia já estava bem fortalecido, foi a hora de ir atrás de uma preparação mais profunda. Para isso, participou de “workshops” em uma fazenda em Vargem Grande, no Rio de Janeiro, para se ambientar a cuidar dos animais. “Também tivemos aulas com um historiador para entender como viviam os hebreus e fizemos um estudo bíblico sobre Josué”, relembra. Natural de São Paulo, a atriz de 26 anos começou a carreira cedo. “Com seis anos já fazia publicidade”, entrega. Durante a adolescência, deixou os planos de lado e, mais velha, acabou se formando em Publicidade e Propaganda. No entanto, o desejo de estar na tevê falou mais alto. Depois de várias participações em novelas, ela vai trilhando uma carreira na Record. Juliana já está confirmada no elenco de “O Rico e Lázaro” - que estreia na sequência de “A Terra Prometida”. “A minha personagem, Dalila, é uma hebreia que vai para a Babilônia. Como é muito boa com costura, acaba sendo fiel escudeira das princesas e da rainha”, antecipa. “A Terra Prometida” – Record – De segunda a sexta, às 20h30.


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