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FEVEREIRO DE 2017 Publicação mensal da EDITORA CONDOMÍNIOS DIRETOR RESPONSÁVEL Alessandro Rios - MTB 31.649 DIRETORA ADMINISTRATIVA Kelly Rios ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Bianca Marchione DEPARTAMENTO COMERCIAL Fabiano Rios DEPARTAMENTO DE ARTE Juliana Siqueira ASSESSORIA JURÍDICA Dr. Daniel Figueira de Barros PUBLICIDADE 19 3445.5125 revistacondominiosnet@gmail.com TIRAGEM 5.000 exemplares PERIODICIDADE Mensal CIRCULAÇÃO Condomínios cadastrados de Limeira PONTO DE VENDA Revista Condomínios Rua Tenente Belizário, 763 | Centro Limeira - SP | Fone: 19 3445.5125 Os anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Condomínios apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião dos colaboradores não reflete necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.
Leia a Revista Condomínios pela internet: www.editoracondominios.com.br
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Editorial O verão está no ar! Por isso, preparamos várias matérias sobre como você pode aproveitar melhor a estação mais quente e descolada do ano. Que tal conhecer, por exemplo, alguns cuidados básicos para manter os cabelos sempre bem hidratados? No mundo da moda, a novidade é a volta dos brincos de acrílico, que garantem um ar descontraído aos looks de verão. Agora, nem tudo é festa. O calor forte pode provocar mal-estar e até problemas de saúde mais graves. Por isso, preparamos uma reportagem com dicas importantes sobre como se precaver dos principais males causados pelo forte calor. A edição deste mês traz ainda as tendências em arquitetura e decoração para 2017; dicas para manter um bom relacionamento com os colegas de trabalho; os encantos da Polinésia Francesa; a preocupação da indústria automobilística em oferecer opções com mais espaço interno; além de uma curiosa reportagem sobre a utilização de drones para fins militares. Tudo isso sem falar, é claro, na entrevista super especial com o ator Cauã Reymond, nosso destaque de capa. Esta é, sem dúvida, mais uma daquelas edições imperdíveis da Revista Condomínios. Tenha uma excelente leitura e até a próxima!
Alessandro Rios
revistacondominiosnet@gmail.com
Kelly Rios
revistacondominiosnet@gmail.com
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ÍNDICE
16 TELEVISÃO Marcelo Adnet volta às telas com “Tá no Ar” repaginado
COLABORADORES 18 Enrico Ferrari Ceneviz
30 EMPREGO Dicas para manter um bom relacionamento com os colegas de trabalho
19 Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho 24 Alessandro Rios 34 Rosiane Bacellar
36 BEM-ESTAR
35 Dra. Stella M. F. Pranzetti Vieira
Confira o que não pode faltar na sua mala de viagem
40 Valter Garcia Júnior 41 Fabiana Massaro
42 PALADAR Conheça os principais benefícios do quiabo para a saúde
44 Lucas Brum 45 Érica Bigon 52 Dra. Eliane Dibbern 54 Dra. Patrícia Milaré Lonardoni
46 BELEZA Brincos em acrílico chegam com tudo neste verão
68 Valter Koppe 76 Andréa C. Bombonati Lopes 77 Émerson Camargo
58 CARROS
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Lançamentos de 2017 priorizam mais espaço interno
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Cauã Reymond - Ator da Rede Globo Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN 12
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TECNOLOGIA Texto: Paula Leite/Folhapress Foto: Reuters/Divulgação/Folhapress
De volta ao futuro Confira o que mudou 10 anos após lançamento do primeiro iPhone Cerca de 1 bilhão de iPhones foram vendidos na década desde o seu lançamento. Se no início todos os aplicativos para o aparelho eram feitos ou controlados pela Apple, logo a empresa abriu sua App Store, ou loja de apps, e a partir daí surgiu tanto um novo mercado - com milhões de desenvolvedores criando novos aplicativos - quanto a possibilidade de que cada usuário usasse seu celular para fazer o que mais gosta. Gradualmente, com sucessivas gerações de iPhones e de seus concorrentes, o smartphone tomou o lugar de aplicativos de mensagens baseados em desktops, como ICQ e MSN, da câmera, do tocador de música e até da televisão - muita gente hoje só vê vídeos na tela do celular. Outros apps mudaram o jeito de pedir comida, pedir táxi, ir ao banco, jogar videogame e até de trabalhar. Antes de tudo isso, porém, foram algumas decisões de design feitas por Jobs e sua equipe que se mostraram cruciais para o salto no desenvolvimento dos celulares inteligentes. Já existiam, antes do iPhone, telefones com touchscreen e, até antes disso, muita gente já usava Palm Pilots e similares para organizar sua agenda. Mas esses aparelhos normalmente exigiam que se usasse uma pequena caneta para tocar a tela e escrever; alguns tinham teclado físico além da tela sensível. Mas a lógica de suas telas era a do computador desktop, com janelas e pequenos menus em toda parte, gerando uma trabalheira para entrar na internet pelos precários navegadores que só acessavam sites feitos especificamente para celulares. Jobs insistiu que o iPhone nunca teria canetinha. A grande sacada da tela sensível foi o chamado multitouch. Ao reconhecer o toque em mais de um ponto da tela, o iPhone permitiu o uso de gestos para realizar ações comuns. Abandonando a lógica das interfaces gráficas dos desktops, tornou o uso do celular muito mais intuitivo. Outra aposta de risco de Jobs foi dar fim ao teclado físico - os Blackberrys, sucesso na época, os tinham e tornaram facílimo enviar mensagens e e-mails. Mas o presidente da Apple e sua equipe perceberam que, ao fazer o teclado aparecer só na hora em que era necessário, poderiam dedicar toda a parte da frente do telefone à tela, tornando-a maior sem aumentar o tamanho do produto. Mesmo assim, muita gente demorou a aceitar abandonar o teclado físico e se entregar à novidade. 14
O sucesso do iPhone fez surgir milhares de telefones similares de outras marcas e impulsionou a criação pelo Google de um sistema operacional e ecossistema de apps paralelo, o Android. Com preços mais baixos, os smartphones com Android têm hoje 87% do mercado, contra pouco menos de 13% do iOS, sistema do iPhone, segundo a consultoria IDC. Se hoje nos EUA se compra um bom Android por menos de US$ 100 (R$ 322), o iPhone mais recente, o 7, custa a partir de US$ 649 (R$ 2.090) - mais do que custava o primeiro modelo, dez anos atrás. Com menos inovação e surpresas de uma encarnação para outra do iPhone, a Apple tem cada vez mais dificuldade em convencer seu cliente a trocar seu celular por uma nova versão. As vendas vêm caindo pela primeira vez nos últimos três trimestres, ainda que a empresa tenha uma margem de lucro muito maior que as concorrentes com a venda de celulares. Para alguns, a Apple tem tido dificuldade em inovar desde a morte de Steve Jobs em 2011, mas há também o fato de que o mercado de smartphones atingiu a maturidade, ao menos nos países desenvolvidos, onde praticamente todos já têm smartphone e a mudança que se vê em novos produtos é incremental, sem grandes saltos. No Brasil, onde o iPhone novo custa a partir de R$ 3.499, ou mais de três salários mínimos, o telefone da Apple sempre foi e continua sendo um produto para poucos.Mas o país não perdeu a onda tecnológica que ele criou - há 168 milhões de smartphones no Brasil, número que não para de crescer.
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TELEVISÃO Texto: Fabiana Schiavon/Folhapress| Foto: Divulgação/Folhapress
“Tá no ar”: o retorno Em nova temporada, programa terá mais convidados; equipe se esforça para não perder uma piada O programa que deu novo tom ao humor na TV chega à sua quarta temporada. Marcelo Adnet e elenco voltam com uma extensa lista de participações especiais - muitos famosos têm pedido para participar da atração, segundo a equipe. E a promessa de que tudo pode virar uma boa piada. Entre os novos quadros estão paródias de séries de TV, propagandas, novelas e brincadeiras com a política. “[A concepção do programa] começa pelo tema sobre o qual queremos falar. Depois, pensamos em como tratá-lo. O único motivo que nos faz desistir é não conseguirmos encontrar uma boa piada. Se não tiver graça, não vale a
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pena”, explica Marcius Melhem, um dos roteiristas do programa ao lado de Marcelo Adnet. Entre os quadros desta temporada há a “Escolinha Bíblica”, uma paródia de “Escolinha do Professor Raimundo”, e o reality show da família Karlakian, uma brincadeira com a famosa família Kardashian, que tem um programa retratando seu dia a dia. Alguns quadros, já famosos, continuam, como o “Jardim Urgente”, as piadas envolvendo a Galinha Pintadinha e o “Te Prendi na TV”. A situação política do Brasil também está em pauta. Em
um dos videoclipes que vai ao ar, os atores cantam uma música inédita, tendo como tema as ocupações nas escolas de todo o país. “Nós não criamos algo para criticar alguém. Nesse caso, queríamos dizer que os estudantes têm direito de reivindicar, porque a educação no Brasil não vai bem. A intenção não é bater em ninguém”, diz Adnet. “É uma piada. Nós usamos o estilo americano de fazer musical, mas dentro de uma cena decadente, com estudante apanhando e voando spray de pimenta”, esclarece o humorista, já em tom de piada. Comerciais de TV também entram no repertório. Já está na internet a paródia “Branco no Brasil: Há mais de 500 anos levando vantagem”, que critica o racismo. “Não pedimos autorização às empresas, apenas fazemos. As marcas têm se sentido lisonjeadas por usarmos as propagandas como inspiração”, diz Melhem. Os mesmos 11 atores das temporadas anteriores continuam no elenco. Entre eles, Danton Mello, que adianta um pouco dos quadros que já gravou. Um deles tem a participação da apresentadora Angélica. “Eu sou um motorista de Uber que está levando a Angélica, e acabamos em meio a
Marcelo Adnet: apresentador e um dos criadores da atração
um protesto de taxistas”, conta o ator. Mello também faz o papel de Jon Snow, personagem de Kit Harington na série “Game of Thrones” (HBO). “Foi pesado, porque eu tive de gravar com temperatura de 40 graus, fazendo coreografia de uma batalha com aquele figurino [o personagem usa roupas para se proteger da neve].” Mello destaca que a rotina de gravações é pesada, apesar de a atração não ser tão longa. “O programa é muito bonito, tem qualidade, mas uma cena de segundos a gente passa o dia inteiro gravando. Trabalhamos de segunda a sábado, muitas horas por dia.”
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Artigo
Como lidar com o condômino “Cri-Cri” Enrico Ferrari Ceneviz Diretor geral do Grupo Mercúrio Bacharel em Administração de Empresas e Ciências Contábeis Especialização em Administração de Condomínio, Qualidade e Produtividade Corretor de Imóveis CRA-SP 130083 (conselho Regional de Administração) CRC-SP1SP231763/0-3 (Conselho Regional de Contabilidade) CRECI 83940(Conselho Regional de Corretores de Imóveis) www.grupomercurio.com.br
Envie suas dúvidas Acesse nossa página na internet: www.grupomercurio.com.br Na Divisão Administração de Condomínios, envie sua pergunta pelo campo “Contato”. As dúvidas mais frequentes serão selecionadas e publicadas nas próximas edições.
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Nestes 25 anos à frente da Mercúrio, muitas vezes me deparei com moradores que parecem estar de mal com a vida. Antes de começar a reunião, geralmente, sou alertado pelo síndico ou conselheiro sobre o problema que o condomínio tem enfrentando com o chamado condômino “cri-cri”. Costuma ser um morador que não está aberto a novidades, tem perfil fiscalizador, sua opinião jamais pode ser contrariada e, dificilmente, volta atrás em seu posicionamento, mesmo estando claro que errou. O rosto se apresenta de forma carrancuda e nas mãos parece carregar pesadas pedras, prontas para serem lançadas. Já tem estratégias elaboradas com dois intuitos: 1) Prevalecer sua vontade através de argumentos infundados ou pela intimidação; 2) Não obtendo receptividade dos demais pares, promove tumulto com objetivo de desestabilizar o ambiente para que não haja votação. Em uma apresentação onde minha equipe explicava o funcionamento da chamada “Portaria à Distância”, um morador deste perfil levantou a mão e foi logo falando em voz alta: “Quero avisar a todos que os prédios que implantaram esse tipo de atendimento à distância tiveram desvalorização no imóvel de 50%”. O buchicho na sala estava formado, pois é óbvio que nenhum dos moradores gostaria de ter tamanho prejuízo. Então, perguntei ao “cri-cri”: “Por gentileza, aonde o senhor obteve esse dado, pois desconheço completamente a veracidade dessa informação?” O morador levantou e retrucou: “Fiz pesquisa na internet antes de vir para a reunião”. Imediatamente entramos na net, e através do data show, começamos, na
frente de todos, a procurar a tal informação. O silêncio tomou conta do salão. É obvio que não encontramos nada a respeito sobre a desvalorização, muito pelo contrário, diversas matérias salientavam que após implantação da portaria à distância, os apartamentos valorizaram por dois motivos: 1) Melhoria no nível de segurança do edifício; 2) Diminuição da taxa condominial. Recentemente, um morador cri-cri, o qual se mudava de prédio em prédio anualmente, insistia em todos os quais passavam em dizer que o cálculo feito dos impostos sobre a remuneração ou isenção do síndico estava errado. Por diversas vezes comprovamos que não estava errado. Não satisfeito, o cri-cri ingressou com uma ação contra a Administradora e Síndico. Resultado: houve rejeição sem análise de mérito. Agora, o síndico e administradora tomarão as providências judiciais e policiais contra as calúnias e acusações infundadas feitas por esse condômino de forma pública e aberta. Portanto, oferto algumas dicas para síndicos e conselheiros lidarem com profissionalismo com o chamado morador cri-cri: a) Tenha sempre em mãos argumentos sólidos; b) Registre em ata possíveis acusações e agressões verbais como meio de prova na polícia ou justiça; c) Se porventura o morador insatisfeito propagou informação denegrindo a imagem do corpo administrativo ou levantando suspeitas sem provas contra a gestão, é de suma importância que se tome as medidas judiciais e policiais cabíveis. Sabemos que sempre haverá um condômino cri-cri em cada condomínio, sendo necessário saberem identificar quem são, e filtrar suas farpas e ataques levianos.
Saúde Bucal
A solução para o ronco The solution to snoring Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho | Cirurgião Dentista graduado pela USP e especialista em Prótese Dental | Consultório: 19 3451.8769 (Limeira-SP)
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A apneia do sono é um problema que atinge grande parte da população brasileira. Seus principais sintomas são: ronco, episódios visíveis de interrupção da respiração e sono excessivo durante o dia. E não é só isso. O ronco pode ser excessivamente alto e interferir no sono de outras pessoas. Já os portadores de sintomas mais graves costumam acordar com sensação de sufocamente, refluxo esofágico, boca seca, espasmos da laringe e vontade de urinar.
O que é muito importante dizer, porém, é que existe uma solução simples para o problema: o uso de aparelho intra-oral. Os aparelhos orais se articulam entre si, evitando o ronco e a apneia do sono. De fácil adaptação, são indicados para casos de ronco primário (sem apneia) e aqueles em que ocorram apneias obstrutivas leves e moderadas. Se você sofre com esse tipo de problema, agende uma consulta e saiba mais sobre esse assunto.
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9 9210-0088
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TECNOLOGIA Texto: Ronaldo Lemos/Folhapress Foto: Joel Silva/Folhapress
Drone vira arma de guerra Departamento de Defesa dos EUA divulga vídeo que mostra utilização de drones para fins militares Em 1942, em meio ao desespero da Segunda Guerra, um dentista chamado Lytle Adams convenceu o presidente Roosevelt a desenvolver um novo tipo de arma. Sua ideia era pegar morcegos de um tipo comum nas cavernas do Novo México e fazer com que cada um deles fosse equipado com uma bomba incendiária. A partir daí os morcegos seriam soltos por um bombardeio americano voando em baixa altitude e se espalhariam pelos céus do Japão de forma aleatória, incendiando o maior número possível das casas típicas do país, construídas com papel e bambu.
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A ideia foi concretizada (principalmente pelo fato de o dentista ser amigo de Eleanor Roosevelt). Um grande número de morcegos foi capturado e um tipo de bomba de 28g foi desenvolvida para ser grampeada nos animais. Foram gastos US$ 2 milhões na empreitada, e mais de 6.000 morcegos foram capturados. Só que o experimento provou-se um desastre. As bombas não funcionavam, ou pior, os morcegos saíam do controle e incendiaram várias estruturas militares dos EUA, incluindo um aeroporto. Essa história pitoresca mostra que o desejo de matar pelo ar, por meio de meios autôno-
mos, vem de longe. Corte para 2017. O Departamento de Defesa dos EUA divulgou o primeiro vídeo do uso militar de enxames de drones autônomos. Um caça F-18 lançou com sucesso 104 drones chamados Perdix a mais de 740 km/h (curiosamente, cada drone é exatamente o tamanho de um morcego). Imediatamente esses 104 aparelhos foram capazes de se reagrupar. Cada um atua como unidade autônoma, capaz de atualizar seu plano de voo de acordo com as circunstâncias reais que encontra. Isso leva em consideração o ambiente, as interações com outros drones, obstáculos e a missão. De outra forma seria impossível controlar 104 objetos simultaneamente. Tal como os morcegos, cada drone pode ser equipado com armamentos, só que muito mais letais do que bombas incendiárias. São também capazes de receber ordens remotas. Por exemplo, o vídeo divulgado mostra imagens impressionantes, como o enxame assumindo as mais diversas formas tridimensionais e cercando um alvo sob todos os ângulos. O Perdix foi desenvolvido por um estudante do MIT, à época com pouco mais de 20 anos. Agora é uma das principais tecnologias militares dos EUA. Quem escutou o som do enxame descreveu a experiência como “aterrorizante”.
Soldado controla drone em operaçao militar o Haiti
Como toda a tecnologia militar, a tendência é que com o passar do tempo ela se massifique, tornando-se acessível também ao setor privado ou indivíduos. O avanço desse conceito é capaz de produzir mudanças profundas na forma como pensamos a guerra (que fica ainda mais parecida com um videogame) ou mesmo a segurança nas cidades. É mais um exemplo do admirável mundo novo que já habitamos.
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Uso estratégico do Facebook Live Você já pensou em começar a usar o Facebook Live para estreitar o relacionamento com seus clientes? Não?! Pois saiba que essa ferramenta, que permite a transmissão de vídeo ao vivo de uma forma extremamente simples, pode ter um papel importante dentro da sua estratégia de marketing. Na verdade, algumas empresas até começaram a usar esse recurso, mas de forma equivocada. Às vezes, cometendo exageros. A eficiência desse tipo de comunicação está relacionada ao fato de que a transmissão ao vivo ocorre sem cortes, legendas ou outros recursos de edição. É uma espécie de “a vida como ela é”, e isso tem um apelo muito forte junto ao público de um modo geral. Haja vista o sucesso de programas do tipo “Big Brother Brasil”. Se vídeos gravados funcionam tão bem, imagine vídeos ao vivo… Mas, apesar de ser um recurso muito fácil de ser usado, é muito importante que o Facebook Live esteja inserido em um planejamento estratégico. Lembre-se que, no mundo dos negócios, a ideia é usar esse tipo de recurso como forma de engajar clientes e gerar vendas. Sendo assim, antes de sair fazendo vídeos por aí, faça os seguintes questionamentos: – qual a melhor maneira de usar o Facebook Live para alavancar minhas vendas? – que tipo de conteúdo vou transmitir? Ele é de fato relevante para o meu público? – essas transmissões serão realizadas com que frequência? A melhor maneira de usar o Facebook Live será definida entre você e sua audiência. É bom lembrar, no entanto, que não existe
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“regra geral”. Ou seja, um determinado tipo de vídeo pode funcionar muito para uma empresa, mas não para outra. Além disso, é muito lembrar que o vídeo deve refletir a identidade da sua empresa. Por isso, cuidado com o excesso de amadorismo. De qualquer forma, vou dar algumas ideias de como você pode usar essa ferramenta no seu negócio. 1. Dicas úteis e rápidas: você pode transmitir algumas dicas que sejam realmente úteis para seu público através de um vídeo curto. Esse tipo de conteúdo pode trazer muitas visualizações. 2. Programa semanal com as novidades: esse conteúdo vai estimular sua audiência a seguir o programa frequentemente. 3. Por “trás das câmeras”: mostrar como é produzido um produto, um trecho da reunião de brainstorming da equipe, a organização de um evento etc. As pessoas gostam e sentem curiosidade em saber o que acontece por trás das câmeras. 4. Transmitir um evento ao vivo: você está participando de um evento que é interessante para seu público? Então, compartilhe! 5. Entrevistas com clientes ou funcionários: deixe sua audiência conhecer as pessoas que fazem parte da sua marca. Entreviste clientes, funcionários e parceiros… O grande poder dessa ferramenta está atrelado ao fato de que as pessoas querem cada vez mais interagir com pessoas reais e não com logotipos de empresas.
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IMÓVEIS Texto: Júlia Zaremba/Folhapress | Fotos: João Ribeiro e Marco Antonio/Folhapress
Tendências 2017 Imóveis compactos e decoração econômica devem prevalecer neste ano A tendência é que 2017 seja um ano de economia: imóveis menores, decoração pouco colorida e projetos de design ou jardinagem mais em conta, segundo especialistas. No mercado imobiliário, os protagonistas serão os apartamentos compactos, com até dois dormitórios. Na decoração, tons neutros e objetos sustentáveis devem ficar em voga na decoração em 2017. Simplicidade é o termo que vai definir o novo ano, afirma Sueli Garcia, do escritório de consultoria P.O. Box: “Haverá redução de excessos. Os ambientes terão poucos ornamentos”. A diminuição do tamanho dos imóveis, que não comportam mais tantos objetos, e a crise econômica colaboram para essa tendência, diz Garcia. A designer observa ainda que os ambientes serão compostos por cores neutras, como o off-white, e derivadas de elementos da natureza, como o marrom. Em um cenário de casas pequenas, os móveis modulares, que permitem a constante customização dos espaços, também devem fazer sucesso, apontam Alexandre Salles, professor do Istituto Europeo di Design, e Noura Van Dijk, vice-presidente da Associação Brasileira de Designers de
Interiores. Para os dois profissionais, o uso de peças recicladas e de fibras naturais nos projetos também ganham força neste ano. PAISAGISMO A crise econômica vai ditar até a escolha das plantas para o jardim. Em vez de projetos suntuosos, com plantas grandes, surgem como alternativa mais barata suculentas, cactáceas e hortas orgânicas, que exigem pouca manutenção, aponta a paisagista Ana Paula Magaldi. Segundo ela, entre todos os gêneros, são as suculentas que devem ter mais destaque. Levar as plantas do jardim para dentro de casa também deve ser outra tendência. “Além de decorativas, algumas espécies ajudam a purificar o ar de casa”, observa Sueli Garcia, sócia do escritório de consultoria P.O Box. Sistemas de reúso da água para o jardim e o uso de revestimentos sustentáveis em áreas externas também serão uma preocupação maior daqui em diante, afirma o paisagista Alex Hanazaki: “A sustentabilidade será uma obrigação, não apenas uma preocupação”..
Sala em tons neutro é tendência para 2017. Projeto: Oscar Mikail
Aposte na colocação de plantas na decoração. Projeto: Marcelo Rosset
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EMPREGO Texto: Anna Rangel/Folhapress Foto: Danilo Verpa/Folhapress
Competição no trabalho Bom relacionamento com os colegas de trabalho é fundamental para subir na carreira A disputa pela sobrevivência no mundo corporativo acirra a competição entre colegas e pode acabar em politicagem, quando há troca de favores e uso da relação interpessoal para conseguir ascensão dentro da empresa. O resultado é um ambiente de conflito e desarmonia, um pesadelo para gestores. É impossível cortar a política do trabalho, mas há formas de lidar com ela e usá-la para o bem, de acordo com a doutora em comunicação e professora emérita da USC (Universidade do Sul da Califórnia) Kathleen Reardon. “Adotar uma postura política no trabalho faz parte. Mas ela deve estar baseada em criar conexões com os colegas, mostrando-se disponível e sendo honesto”, afirma Reardon, autora do livro “The Secret Handshake” (“O Aperto de Mão Secreto”). Para Reardon, pequenas atitudes ajudam a trazer boa visibilidade para o profissional, entre elas oferecer ajuda sempre que possível, criando um “banco de favores”, fazer elogios sinceros, dar crédito ao trabalho alheio e buscar mentores que possam dar dicas para melhorar o trabalho.
Débora Malandrin: facilidade em se comunicar é ponto forte no trabalho
QUEM INDICA Se antes os gestores permaneciam no mesmo cargo por muitos anos, tomando decisões a portas fechadas, hoje as escolhas são mais baseadas em resultados, e não em preferências pessoais. Para Souza, mudanças na estrutura organizacional ajudaram a diminuir a politicagem, mais comum no início de sua carreira, há dez anos. “Alguns gestores mais velhos agiam como se a relação com eles
COLEGUISMO O engenheiro de vendas Luis Zerba, 35, da Salesforce, percebeu que sua timidez atrapalhava na hora de se mostrar um candidato viável para uma promoção, mas procurou se colocar à disposição para ajudar colegas e gestores no dia a dia. A estratégia rendeu frutos. “As pessoas foram notando essa característica até que me tornei conhecido por ser um profissional solícito”, afirma. “Com a fama, veio a indicação para meu emprego atual, feita por um colega que admirava essa capacidade.” Já os mais comunicativos, como a publicitária Débora Malandrin, 35, da F.Biz, usam essa vantagem competitiva sem nem perceber. “Sinto que essa habilidade ajuda no trabalho porque aumenta minha rede de contatos, mas não é algo calculado, com a intenção de me aproveitar ou pedir favores mais tarde”, diz. 30
fosse mais importante do que o trabalho”, afirma. O diretor de recursos humanos da SAP, Marcelo Carvalho, aponta que, hoje, as equipes devem ser mais diversas. “Não há espaço para um ‘clubinho do gestor’, onde todos são iguais a ele”, diz. Mudanças como as determinações de RH em colegiados, em que o gestor não decide sozinho sobre uma promoção, ajudam a minimizar o impacto da politicagem, segundo Josué Bressane, sócio da recrutadora Falconi Gente. “Diluir o poder de decisão controla escolhas baseadas em critérios subjetivos”, diz a doutora em administração Liliana Vasconcellos. O engenheiro Luis Figaro, 35, teve problemas com antigos gestores e diz ter aprendido com isso. “Dou crédito a todos publicamente para que a equipe saiba que pode confiar em mim”, afirma.
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TELEVISÃO Texto: Leandro Vieira/Folhapress| Foto: Eduardo Knapp/Folhapress
Fim da nudez? Em 2017, Globeleza deixa nudez de lado e homenageia festas típicas de Carnaval; iniciativa agrada Quem assistiu às novas vinhetas da Globeleza percebeu a mudança. Em 2017, a musa do Carnaval da Globo não está mais com o corpo nu, coberto apenas por pinturas, como nos outros anos. Agora, ela usa fantasias típicas de festas carnavalescas de todos os cantos do Brasil. A mudança interrompe um costume iniciado em 1991, quando a Globeleza estreou, “na tela da TV, no meio desse povo”, com Valéria Valenssa. Desde então, a Globeleza sempre apareceu nua. “A ideia não
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era mudar o visual dela, mas enriquecer a vinheta com outros ritmos que compõem o Carnaval brasileiro e que traduzem a festa que toma conta do país”, explica a emissora, em nota. A mudança agradou a Erika Moura, paulistana que interpreta a Globeleza desde 2015. “O mundo do Carnaval está na minha vida desde sempre. Foi interessante ter contato direto com festas típicas brasileiras”, conta ela, que, antes de ser Globeleza, já frequentava as quadras das escolas Mocidade Alegre
e Tom Maior, em São Paulo. Ela diz que as novas vinhetas têm recebido elogios. “As pessoas falam bem dos vídeos. Todos, incluindo homens, dizem que estão interessantes. Eu não vejo diferença entre a Globeleza pintada e vestida”, decreta. A alteração foi elogiada por pessoas ligadas aos movimentos feministas, que consideravam a nudez da personagem vulgar. Erika discorda. “Nunca vi o meu corpo como um objeto sexual, e, sim, como um instrumento para a manifestação do Carnaval. Mas, se a mudança agradou, fico feliz. Gosto de fazer as coisas para o público”, afirma a beldade. Ainda por meio de nota, a Globo afirma que a mudança nada teve a ver com deixar de mostrar a Globeleza nua. “A ideia da vinheta tem a ver com a diversidade do Carnaval, que é uma festa popular, vanguardista, inclusiva, contestadora e múltipla. Buscamos um formato que representasse isso.” A emissora afirma que não sabe se vai manter o mesmo esquema nos próximos anos.
Erika Moura, 22 anos, 1ª paulistana a ser eleita Globeleza
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Arquitetura
A importância de contratar um arquiteto Rosiane Bacellar | Arquiteta | Tel: 19 9 9841.6531 (Limeira SP) |rosianebac@hotmail.com
Muitas dúvidas surgem na hora de construir ou reformar seu imóvel, seja ele residencial, comercial, industrial... Para lhe ajudar, irei listar alguns motivos para você contratar um arquiteto qualificado. É este profissional que irá ajudá-lo para que seu sonho se torne realidade e não vire um pesadelo. 1. O arquiteto é o profissional certo para transformar suas necessidades e desejos em soluções espaciais concretas. Isso se dará através de um projeto arquitetônico bem elaborado, com conhecimentos técnicos para materializar, projetando o sonho em rea-
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lidade através da edificação. Questões como estética, iluminação, ventilação, conforto e bem-estar devem ser igualmente proporcionados para que os ambientes funcionem de acordo com seus usuários. 2. Contratando um profissional de arquitetura, você tem um investimento com retorno imediato. Ele vai garantir a segurança na hora de construir, evitar gastos desnecessários não correndo o risco de comprar materiais a mais, consequentemente evitando desperdícios. Vai elaborar um cronograma físico-financeiro facilitando a programação para
execução da obra, atingindo assim de forma eficiente seus objetivos. 3. Devido à sua formação técnica, na fase de execução do projeto, o arquiteto torna-se um grande aliado. Além de planejar, ele vai gerenciar todas as etapas e todos os serviços da obra. Ele pode fazer, com rigor, a contratação de mão-de-obra, serviços e a aquisição de materiais alcançando de forma eficiente o resultado almejado. 4. Para a contratação de um arquiteto, procure saber como ele desenvolve seu trabalho e conheça sua vida profissional,
sua formação acadêmica e se possui registro junto ao CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) - órgão fiscalizador da classe. Obtenha informações sobre trabalhos realizados e saiba quais serviços irá lhe oferecer através de um contrato. Os benefícios de uma obra bem planejada compensará o pagamento feito a um bom profissional. Confie a elaboração de um projeto e a execução da obra para profissionais experientes com qualificação e responsabilidade legal, evitando assim desgastes futuros e desnecessários.
Artigo
Limites Dra. Stella M. F. Pranzetti Vieira | Médica Pediatra Talvez seja o que de mais importante se possa passar a uma criança e fazê-la entender a importância de levar tais conceitos para toda a vida. Acredito que a maioria dos problemas atuais poderiam ser evitados se adultos de hoje quando crianças tivessem recebido educação adequada e soubessem respeitar o próximo. Muitas crianças rotuladas de hiperativas são simplesmente crianças sem limites, que não estão sendo educadas de forma adequada e que não sabem até onde podem ir nas diferentes situações. Isto gera desconforto e constrangimento nas pessoas que convivem com a criança, mas o maior problema é que elas passam a ser discriminadas por ou-
tras crianças e adultos da família e fora dela. Todos sabem como se torna difícil a convivência com crianças mal educadas e sem limites que não respeitam ninguém. Todos conhecemos crianças assim e sabemos identificá-las facilmente, só não sabemos o que fazer por elas antes que seja tarde demais. Se na infância isto causa sofrimento para as crianças e para os adultos da família, a situação fica insustentável na adolescência. Nessa fase eles já tem seus próprios conceitos e o tempo de formar ideias e construir o futuro ficou para trás. Não quero dizer com isto que crianças devem ser tratadas com rigidez para que sejam educa-
das. Muito pelo contrário, o que elas precisam é de muito amor e atenção e um ambiente onde prevaleçam o respeito e a paz. Mas também precisam desde bem pequenas entender que existem regras que devem ser seguidas. É muito difícil educar e a gente só vai saber se acertou ou errou quando for tarde demais. Por isso é preciso bom senso e paciência em todas as situações para que as crianças se sintam amadas mesmo quando precisamos corrigi-las. Nunca bater, nem gritar, nem perder a calma - mesmo nos momentos mais difíceis - é a única forma de transmitir segurança e ensinar a diferença entre o certo e o errado.
Em uma casa onde os adultos gritam o tempo todo, as crianças se comportarão da mesma forma sempre. Aquelas que apanham também batem. Crianças são incríveis e gostam de acertar e de serem aprovadas e ficam felizes quando isto ocorre. Portanto reforçar atitudes positivas sempre ajuda. Mas quando erram devem ser corrigidas com firmeza e não há nada pior para elas do que sentirem que nos decepcionaram. Amamos muito nossos pequenos e esta é a maior razão para nos preocuparmos tanto em fazer o melhor para transformá-los em seres humanos capazes de enfrentar a vida e o mundo tão difícil dos adultos.
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BEM-ESTAR Texto: Lucilene Oliveira/Folhapress | Arte: Folhapress
Saindo de férias Mala de viagem deve incluir remédios para socorro rápido Para garantir que os dias de descanso fora de casa não sejam interrompidos por alguma dor de cabeça ou por aquela indesejada má digestão, é fundamental levar na bagagem um kit de medicamentos para utilizar em casos de emergência. Especialistas afirmam que o estojo de remédios deve ser reforçado quando a viagem inclui crianças. Além dos frascos de remédio, é fundamental preparar um kit de primeiros socorros - com itens como antisséptico e material para curativo - para usar imediatamente em casos de quedas ou cortes e assim, evitar infecções. “Nunca dá para prever quando a criança vai ter um problema de saúde ou sofrer um pequeno acidente. Os pais devem sair de casa preparados para tudo porque pode ser que eles estejam em um local com difícil acesso a uma farmácia ou hospital e terá de se virar sozinho”, disse o pediatra Alexandre Okamori, da Rede de Hospitais São Camilo. O especialista destaca a importância de antes da viagem os pais procurarem um médico para obter orientações sobre a dosagem dos produtos. O profissional também pode indicar remédios possíveis de serem usados pelo paciente em caso de necessidade, pois isso evita os riscos da automedicação.
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Okamori destaca também que, por ser um medicamento seguro, o antialérgico pode ser usado sem grandes preocupações dos responsáveis pelas crianças após picadas de insetos. Mas ressalta que é necessário fazer a prevenção, usando repelentes nos em um local de mata. É preciso conter no estojo de medicamentos, também, remédios para o alívio de azia e má digestão. “As pessoas costumam exagerar na comida nesses dias, por isso é preciso ter um remédio na mão para aliviar incômodos estomacais”, afirmou o clínico geral e geriatra do Hospital das Clínicas Paulo Camiz. Ações simples podem evitar transtornos Atitudes simples podem ajudar a evitar desconfortos. “O uso do protetor solar, óculos solar, boné e o consumo abundante de água são atitudes cruciais para evitar dor de cabeça neste período”, diz o clínico geral e geriatra do Hospital das Clínicas Paulo Camiz. Pode impedir uma insolação, por exemplo. Ele ainda sugere remédio contra enjoo meia hora antes de atividade em que a pessoa costuma passar mal.
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EMPREGO Texto: Anna Rangel/Folhapress Foto: Fabio Braga e Adriano Vizoni/Folhapress
Dando um tempo... Cresce o número de pessoas que resolvem dar um tempo na carreira depois dos 40 anos de idade; organização financeira é essencial para quem toma essa decisão A falta de organização financeira é um dos maiores fatores de estresse para quem tira um sabático, segundo a psiquiatra Ana Maria Rossi, presidente do ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil). Por isso, é indispensável planejar o período e calcular os gastos não apenas durante toda a licença, mas garantir algum respiro até uma recolocação no mercado. “Conseguir um novo emprego pode demorar, por isso deve haver uma forma de se segurar por um tempo mesmo sem renda”, afirma o chefe do laboratório de produtividade da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Roberto Camanho. Para o professor de finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas) William Eid, pós-doutor em administração, é preciso manter as expectativas de acordo com o tamanho do bolso. “Todo o mundo gostaria de viver com luxo e
sem economia e nem sempre dá.” Quanto e como economizar depende da natureza do sabático. “Quem vai sair do país pode começar dois ou três anos antes”, afirma Eid. Como primeiro passo, a dica é montar um orçamento detalhado para o período. Isso foi vital para que a publicitária Heloisa Andrade, 47, não ficasse sem dinheiro durante o ano que passou em Dublin, na Irlanda. Ela começou o plano definindo seus objetivos e atividades, local e duração da viagem. Em seguida, vendeu o carro, alugou seu apartamento e cortou todos os gastos considerados supérfluos. “Fui detalhista nesse planejamento e não descartei trabalhar lá, se necessário. Graças às contas que fiz antes de sair do Brasil, o dinheiro durou até o fim”, diz. Período sabático ajuda a repensar carreira, mas retorno à rotina é desafio.
Para a publicitária Heloisa Andrade, 47, autora de “Sabático 45 - Crônicas, Histórias e Dicas sobre um Período Transformador” (Poligrafia, 160 págs., R$ 32,90), a decisão pelo sabático de um ano na Irlanda veio puxada pelo desânimo com a carreira e a morte do pai, em 2011. “Ao encarar o fato de que a vida uma hora acaba, percebi que estava trabalhando demais e fazendo pouco o que eu mais amava.” Após quatro anos, em 2015, Andrade foi para Dublin aprender inglês.
A administradora Patrícia Chaccur, 50, aproveitou uma reestruturação da empresa onde trabalhava, em 2014, e tirou uma pausa de um ano e meio para focar a vida pessoal. “Foi bom ver que existe um mundo além da multinacional após 21 anos”, afirma. “Queria descobrir dons que me dão alegria e estar mais presente na vida do meu filho, que tinha sete anos.” Chaccur redescobriu a dança e a escrita e adotou um estilo de vida menos intenso. Ela atua de casa na área em que trabalhava, gestão de marca, mas não sabe se volta para o mundo corporativo. “Achava que não teria que me reinventar a essa altura da vida, mas vi que encerrar um ciclo era necessário.”
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PARLARE DI VINO
Vinho no verão é tudo de bom! Gino Contin Júnior | Empresário e sommelier
Não é por que a estação mudou e o calor chegou que você tem que parar de beber vinho, na realidade o que muda são os estilos, a forma de servir e principalmente quais as características que você tem que procurar na hora de comprar um vinho ideal para estes dias “calientes”. Brancos Vamos começar pelos mais procurados: quanto às características, sem dúvida os vinhos mais leves, de baixo teor alcoólico, que tenham notas florais e cítricas e principalmente refrescantes. Aproveite esta temporada para descobrir novas uvas e sabores como: Pinot Grigio da Itália com suas notas cítricas e florais; Torrontes da Argentina, que tem aromas marcante de lichia; Verdejo da região de Rueda que dá vinhos vibrantes de muita fruta e boa acidez; Moscatel nacional que não sejam muito doces; a Gewürztraminer da região da Alsácia com seus toques picantes (“Gewürz” significa “tempero” em alemão); o White Zinfandel da Califórnia que de branco não tem nada, pois sua cor é rosé e seus aromas são divinos e não podemos deixar de fora as clássicas Chardonnay e Sauvignon Blanc. Espumantes Sem dúvida nenhuma são os queridinhos do verão, um bom espumante gelado a 6° é tudo de bom, se você gosta de bebidas mais secas as opções são os Bruts e DemiSecs, mas se você curte bebidas mais doce o ideal seria um bom Moscatel nacional ou um Asti italiano, já quem prefere a doçura mais controlada um Prosecco ou um Riesling Itálico. Uma curiosidade: o espumante possui gás carbônico, potássio e magnésio o que estimula o apetite e melhora a digestão quando consumido com moderação. Tintos Nos vinhos tintos, o melhor são uvas de estruturas mais leves, com aromas frutados, florais e vegetais, com graduação alcóolica abaixo de 13° e principalmente acidez e frescor. Evite os que passaram por madeira. Quanto às uvas, mais uma vez aposte em novas descobertas como: Bonarda da Argentina que tem boa fruta e acidez; Pinot Noir da Patagônia e do Chile que tem boa
fruta; Cabernet Franc com suas frutas tropicais e especiarias; o Barbera italiano e sua leveza; a Gamay francesa que produz o Beaujolais e o Beaujolais Nouveau vinho muito frutado, leve e fresco, o ícone dos vinhos tintos para o verão na França. Serviço A temperatura ideal é em torno dos 14° para os tintos, 8° para os brancos e 6° nos espumantes. Para manter a temperatura você pode colocar um balde com uma proporção maior de água do que gelo só para manter a temperatura, se o seu tinto gelar demais tire-o do balde ou segure o bojo da taça com as duas mãos para aquecer a bebida, simples assim. Gelo no vinho pode? Bom, o vinho é seu e você bebe como quiser, mas muitas pessoas colocam pedras de gelo nos vinhos brancos e rosés, isso vai alterar o gosto do vinho pois vai dilui-lo com a água do degelo, eu particularmente não vejo problemas e até gosto. O único detalhe é que o gelo tem de ser de boa qualidade para são alterar muito os aromas do vinho com substâncias como o cloro da água. Espero que vocês descubram novos e deliciosos vinhos neste verão.
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Artigo
Os erros comuns no uso de estratégias digitais de marketing Valter Garcia Junior | Administrador de Empresas Especializado em e-commerce | www.cakeweb.com.br | Fone: (19) 98117.2187
O marketing digital abrange um conjunto de estratégias: o que pode funcionar para uma empresa pode não ser o melhor caminho para outra. Porém, existem algumas atitudes que não são indicadas para nenhum tipo de negócio. Fique atento: Ter um perfil no lugar de uma fan page Algo fica muito evidente em praticamente todas as redes sociais: a diferença entre um perfil pessoal e o de uma empresa. Este último é chamado de “fan page” e oferece muitos recursos que um perfil não proporciona.
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Apenas postar Um dos erros é programar uma série de posts automáticos e não interagir com o público. Mais do que ter posts, você deve ter muitos de comentários, menções, compartilhamentos, perguntas e repostas. Ser inconstante É importante que você mantenha todos os canais de compartilhamento de conteúdo atualizados, como o site, blog e as redes sociais da empresa. Não ter uma Landing Page Se você está investindo em links patrocinados, não direcione seus visitantes para um site com diversos pontos de distração. Dessa forma o visitante perde o foco e deixa de rea-
lizar a ação que você espera. Não investir em design responsivo De acordo com dados divulgados pelo IBGE este ano, a maioria dos usuários brasileiros se conecta à web utilizando telefones móveis. Se alguém entrar em seu website ou blog pelo celular e o design não estiver adequado à tela do aparelho, essa pessoa provavelmente desistirá da visita. Todo o mundo está sujeito a cometer erros, ainda mais quando está começando a se dedicar a uma atividade relativamente recente. O importante é manter-se sempre bem informado. Fonte e-commerce news
Designer de Interiores
Varandas que encantam! Fabiana Massaro | Contato: 19 9-7406.6806 | Limeira SP | www.fabianamassaro.com.br Com a chegada da estação mais quente do ano, o verão traz consigo muito calor, sol, energias e assim muitas pessoas têm ainda mais vontade de se refrescar em uma área verde, principalmente se essa área for em sua residência. Seguem então algumas dicas e tendências para não errar na hora de escolher os acabamentos para esse espaço. A decoração da varanda precisa ser planejada para oferecer conforto, criando ambientes para relaxar em família e receber os amigos. A primeira dica é analisar o tamanho do seu espaço. Os jardins verticais são uma tendência que chegou para ficar, pois eles dão a chance de cultivar flores ou montar uma horta em ambientes menores como uma varanda de apartamento, ou seja, se consegue um resul-
1 tado favorável, desde que seja bem projetado, a todos os tamanhos de varandas. Outra forma de deixar mais charmosa a sua varanda é o uso de iluminação adequada, a maneira mais atual de iluminar a área externa é a utilização de fitas de led, up lights embutidos no solo e arandelas de paredes com design exclusivo, próprios para sol e chuva. Decks de madeira natural, sintética ou de cerâmica como os de porcelanatos, criam verdadeiros
2 encantos de aconchego e beleza aos nossos olhos, pois fazem a combinação ideal com o verde das plantas naturais. O uso de almofadas-enfeites não pode ser deixado de lado, pois dão vida ao seu ambiente, porém devem ser muito bem escolhidas, seguindo sua manutenção por serem expostos às intempéries, tecidos “acquablock” (impermeáveis) são os mais indicados para esses ambientes, luminárias de velas também são muito bem-vindas.
3 As texturas com efeito “handmade” de renda e de tricô e as estampas alegres marcam presença nas almofadas, juntamente com o uso de elementos naturais e artesanais feitos de fibras ou madeira - são elegantes e resistentes às mudanças climáticas. Definitivamente, a varanda é um lugar de descontração e pode ter várias funções, depende da necessidade do morador, mas sempre com o objetivo de reunir todos em um ambiente alegre e gostoso.
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PALADAR Texto: Karina Matias/Folhapress | Foto: Divulgação/Folhapress
Quiabo no prato Rico em nutrientes, o vegetal faz bem à saúde, dá sabor a receitas e ajuda na perda de peso, pois tem fibras e também poucas calorias Provido de muitas vitaminas e minerais, o quiabo auxilia no bom funcionamento do organismo e costuma ser usado em receitas saborosas. Fonte de fibras, também é recomendado em dietas saudáveis, pois promove a sensação de saciedade e é pouco calórico. Cada 100 g deste ingrediente tem cerca de 35 calorias, o que o torna estratégico na perda ou na manutenção do peso. Seus efeitos podem ser sentidos, ainda, na hidratação da pele e na saúde do cabelo, já que o vegetal é rico em vitamina A e em carotenoides, segundo a nutricionista funcional Regina Moraes Teixeira.
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Especialista em reeducação alimentar e em nutrição gestacional, a profissional complementa que o quiabo também beneficia a visão e é indicado a gestantes, por ser rico em ácido fólico. “Esse ácido é essencial para a formação do tubo neural do feto, que dará origem ao sistema nervoso”, explica. A nutricionista Adriana Miyuki Koizumi, da rede de supermercados Hirota, ressalta que o quiabo possui cálcio e ferro entre seus minerais. “E há estudos que citam que ele é ótimo para ajudar no controle da asma e na redução do colesterol”, destaca. Ela apenas pondera que pessoas com
Alcatra ao forno com quiabo Ingredientes
níveis altos de ácido úrico no sangue devem consumir este ingrediente de forma moderada, pois aponta nele o oxalato, que pode facilitar a formação de pedras nos rins. “Todos os alimentos devem ser consumidos com moderação e com rotatividade, a fim de que essa diversidade de nutrientes no organismo seja garantida”, reforça Regina. Ambas as nutricionistas salientam que a baba do quiabo não faz mal à saúde, pois possui uma grande quantidade de fibras. Com isso, o consumo dela é indicado como forma de melhorar o funcionamento do intestino. Veja a seguir a receita que a Revista Condomínios selecionou com este alimento!
1 peça de alcatra de 1,5 kg 1 xíc. (chá) de vinho branco Sal e pimenta a gosto 1 pote de maionese (300 g) 1 col. (sobremesa) de açafrão 300 g de quiabo Sal a gosto 1 col. (sopa) de farinha de trigo Óleo de soja para fritar
Modo de preparo
Coloque a carne em uma assadeira e, com a ponta de uma faca afiada, faça vários furos na peça. Regue-a com o vinho e, em seguida, polvilhe o sal e a pimenta. Cubra a fôrma e deixe marinar na geladeira durante uma hora. Em uma tigela, misture a maionese e o açafrão. Envolva toda a carne com a m aionese, cubra-a com papel-alumínio e asse-a em forno preaquecido a 220º C durante uma hora. Retire o papel-alumínio e deixe a carne mais um pouco no forno, apenas até a maionese dourar. Lave e enxugue os quiabos, corte-os ao meio no sentido longitudinal e polvilhe o sal e a farinha. Em uma frigideira funda, aqueça óleo suficiente para cobrir os quiabos e frite-os até dourar. Sirva a carne com o quiabo, que deverá ser regado com o molho formado na assadeira (coado)
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Artigo
La La Land
Favorito das premiações é uma ode ao cinema musical clássico
Lucas Brum | Editor de imagens R7 da Rede Record e TV Cultura Damien Chazelle é um diretor e roteirista de 31 anos que estourou em Hollywood no Oscar do ano passado com o excelente Whiplash. Neste ano, a ousadia do jovem cineasta foi mergulhar em um passado cult que milhões adoram, mas poucos ousam mexer. La La Land é um musical vibrante, com sapateado, jazz, romance quase perfeito costurado com uma grande crítica à cidade título, Los Angeles, conhecida como a terra dos sonhos, sucesso e da felicidade plena, mas que pode ser replicadas em qualquer lugar do mundo na era Instagram. Chazelle é afiado no roteiro, especialmente na conclusão de suas histórias e não poderia ser diferente com seu novo filme. Como ele homenageia com muito cuidado clássicos do cinema como West Side Story, Cantando na Chuva, New York, New York ou até dramas de diálogos emblemáticos como Crepúsculo
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dos Deuses e o inatingível Casablanca (a personagem de Emma Stone é uma fã de Ingrid Bergman, o que para os calejados já entrega o fim do filme sem dissabor), La La Land se segura com sua trilha sonora original empolgante, cenas OneR ou long shot sequences (os chamados planos sequências, aquelas cenas longas e sem cortes), com muitos dançarinos, coreografias e câmera vibrante. Se o filme não te ganhar com a cena de abertura, realizada em uma rodovia a céu aberto sem recursos de computação gráfica, saia da sala de cinema. La La Land é esperto em utilizar dois dos atores mais queridos do cinema comercial atual e coloca-os para serem artistas completos. Emma Stone é popular em bilheterias de comédias românticas, mas insossa em sua carreira. Aqui, ela tem a chance de brilhar. Canta bem e é graciosa. Ryan Gosling deve ser o homem mais charmoso do cinema atual.
Ele canta, dança, toca, faz a lição completa e não abre um botão da camisa. O filme transborda bom gosto, fantasiado de história de amor, mas com aquela sensação que o real assunto tratado, nossos sonhos e percalços, precisam de egoísmo. Até lá, você pode encontrar maneiras de ser feliz com alguém. Em tempos de Trump e de uma onda conservadora global, é um sopro no jardim que já está seco.
Artigo
Microagulhamento, Drug delivery, que tratamento é esse? Érica Bigon - Fisioterapeuta Especializada em Dermato Funcional | CREFITO 119068-F | Sundara Spa Urbano Fone: (19) 3702-5634
Para quem gosta da área de
pequenas rupturas, que irão
de produto, fica por responsa-
estética e está sempre por den-
aumentar a formação de colá-
bilidade do profissional avaliar
tro dos novos tratamentos, com
geno, a vasodilatação e aumen-
se o paciente é apto para a rea-
certeza já ouviu um desses ter-
tam a absorção de nutrientes ou
lização das sessões.
mos, mas o que é isso? Quem
medicamentos depositados na
pode fazer? E para o que serve?
pele, o famoso Drug delivery.
Essa técnica pode ser realizada em qualquer lugar do cor-
Microagulhamento ou Te-
É importante que o equipa-
po, incluindo a face. É indicado
rapia por indução percutânea
mento possua registro na AN-
para tratamento de estria, cica-
de colágeno é uma técnica na
VISA, e principalmente ser de
triz de acne, rejuvenescimento,
qual são usadas diversas agu-
uso individual e descartável.
manchas ou rugas. Para todas
lhas esterilizadas de aço cirúr-
Normalmente, as sessões são a
as afecções, é muito importan-
gico, que normalmente estão
cada um mês, com duração de
te seguir as orientações do pro-
dispostas em um rolo. Esse rolo
30 a 60 minutos, podendo ou
fissional após a realização da
é aplicado na pele provocando
não ser associado algum tipo
sessão.
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BELEZA Texto: Laís Oliveira/Folhapress | Fotos: Divulgação
Acessório descolado Os brincos de acrílico devem dominar as ruas e as areias neste verão; eles deixam o visual mais informal e têm preço acessível Os brincos de acrílico, que fizeram muito sucesso nos anos 1980, voltaram com tudo nesta temporada e prometem ser a sensação do verão, pois são grandes, coloridos, divertidos e baratos. A blogueira e educadora física Wesliane Cristine do Nascimento, 25 anos, da página de moda e beleza “Se Liga Bonita!” (seligabonita.com.br), diz que seu estilo muda de tempos em tempos, mas que os brincos de acrílico não sairão das orelhas dela nos próximos meses. “Adoro essa tendência. Acho que ela tem tudo a ver com sol e mar. Além disso, costuma ser um acessório barato, o que deixa a novidade mais acessível para todos.”
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Para a consultor a Lili Fuzikava, da RE Consultoria de Imagem e Estilo, as opções maiores e mais chamativas dão ar jovial à roupa e permitem o uso sem preocupação. “Existem peças em forma de boca, de bichos e de frutas. Já as geométricas são menos despojadas e ótimas para deixar impactante uma combinação neutra.” É assim que Aline Devecchi, 26 anos, publicitária que escreve no blog “Cor do Batom” (cordobatom.com.br) insere os brincos de acrílico nos visuais que monta. “Acho que as roupas e acessórios têm poder de transmitir nossas emoções, e eu gosto de usar desse artifício para me expressar. Mas, em geral, eu combino essas peças mais chamativas
com camisetas, vestidinhos e algo mais básicos para deixar o brinco brilhar”, diz. Outra dica dada por Lili é optar por brincos confeccionados com dois materiais, para um efeito mais chique. “Em um visual mais sofisticado, a pessoa pode escolher um acessório de acrílico com mistura de metal, que se encaixa melhor em eventos noturnos ou mais sociais.” A consultora de imagem e”personal stylist” Juliana Bacellar lembra que, apesar de estar na moda, o brinco da moda não necessariamente combina com todas as personalidades. “Acho que eles são mais indicados para mulheres Esportistas e criativas. Dependendo do estilo da pessoa, o acessório pode poluir o visual.”
Apesar de ter ganhado adeptas, a tendência deve durar pouco.” Como ocorreu com outras, que foram sucesso e depois acabaram perdendo a graça, acredito que, neste caso, não será diferente”, diz Aline. Juliana concorda com ela: “Por isso a minha indicação é que quem gosta da novidade aproveite o momento para abusar das composições com ele, além de garantir a compra de diversas opções”. A dica que a blogueira dá considera o fato de que, quando não estiver mais em alta, o acessório não será tão facilmente encontrado para vender por quem quiser seguir usando-o. Também não deverá ter mais tanta variedade de modelos dele, após a tendência passar.
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CAPA Texto: Geraldo Bessa/TV Press | Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN
Duplo mortal
Na pele dos gêmeos Yaqub e Omar, Cauã Reymond mergulha na história trágica de “Dois Irmãos”
Cauã Reymond tinha 23 anos quando leu “Dois Irmãos” pela primeira vez. Presente de sua mãe, o romance lançado em 2000 por Milton Hatoum causou um verdadeiro alvoroço no ator, que tinha acabado de sair de “Malhação” e começava a galgar novos personagens dentro da Globo. “Eu devorei o livro e, mesmo sem muita experiência, me vi interpretando Yaqub e o Omar. Os dilemas familiares e as intrigas causadas pelo excesso e pela total falta de amor regem a história de forma muito profunda”, explica. Nas mãos do diretor Luiz Fernando Carvalho desde 2010, o roteiro da minissérie assinado por Maria Camargo, começou a ganhar força dentro da Globo e chamou a atenção de Cauã. “Fiquei muito entusiasmado com a ideia de participar do projeto. Faria qualquer personagem. E me sinto um sortudo por ter ficado com os gêmeos”, garante ele. O caminho até o ponto exato dos gêmeos foi longo. Cauã estava cansado depois de protagonizar o seriado “O Caçador” e a microssérie “Amores Roubados”, ambos projetos de 2014, mas não se intimidou com o convite de Carvalho para “Dois Irmãos”. Durante três meses, mergulhou em um intenso processo de preparação, onde fez diversas leituras ao lado do elenco, exercitou voz e corpo, conheceu e criou conexões com os outros atores que interpretam os personagens na infância e na juventude - as crianças Lorenzo e Enrico Rocha e jovem Matheus Abreu. E, por fim, foi destacando as diferenças entre Omar e Yaqub de forma extremamente coletiva. “Não dá para entrar em um projeto desses sem se desconstruir, deixar o ego em casa. Dei o meu melhor para o papel, mas algo que combinasse com o que foi feito pelos outros atores e respeitasse a coerência da história”, ressalta. Depois de longos ensaios, o elenco começou a série de viagens até o estado do Amazonas, onde a história do livro
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é ambientada. E entre passeios de barco e banhos de rio, Cauã sentiu que estava em um projeto que lhe daria outra visão sobre a carreira. “A minissérie me levou para um tipo de drama que eu ainda não tinha experimentado. Tenho feito coisas muito boas na televisão. ‘Justiça’ foi um trabalho incrível e difícil, por exemplo. A experiência em ‘Dois Irmãos’ foi tão forte que agora me sinto pronto para qualquer personagem”, destaca. Com tudo gravado desde o final de 2015, “Dois Irmãos” acabou na “geladeira” da Globo por questões estratégicas da direção. Para Cauã, a minissérie merece o lugar de destaque que tem na programação de verão da emissora, usando o horário das 23 horas a favor dos temas fortes retratados no texto. O maior deles é a delicada relação entre Omar e sua mãe, Zana, interpretada pelas atrizes Gabriella Mustafá, Juliana Paes e Eliane Giardini. “O incesto entre a Zana e o Omar fica muito no ar, sempre de forma muito sensível e implícita. A mãe o leva para esse lugar. E, em cena, me deixei levar. É um trabalho corajoso e diferente”, analisa. Confiante e com os olhos vibrantes ao falar do papel duplo, Cauã acredita que todos os personagens que teve até aqui o prepararam para “Dois Irmãos”. Hoje, aos 36 anos e com uma bagagem de mocinhos e jovens complexados que o consagraram como um dos principais novos galãs da emissora, o ator agora tem um pouco mais de autonomia ao selecionar seus papéis. E entre o simples entretenimento de novelas como “Avenida Brasil” e a “Regra do Jogo” e a pressão dramática de projetos mais curtos como “Amores Roubados” e “Justiça”, ele prefere o meio do caminho. “A televisão está aí para fazer o público rir e chorar, mas acho totalmente possível e necessário que produções mais comerciais convivam com projetos mais densos e que levem o telespectador a alguma reflexão. Isso é bom para todo mundo”, acredita.
RETROSPECTIVA # Antes de investir na televisão, Cauã Reymond trabalhou como modelo. E por conta da profissão, chegou a morar em cidades como Paris, Milão e Nova Iorque. # Em 2000, aproveitou a estadia pela “Big Apple” para cursar Artes Dramáticas na renomada Actor’s Studio. # Disposto a ficar de vez no Brasil, Cauã começou a cursar Psicologia. No entanto, interrompeu os estudos ao saber que tinha passado em um teste para “Malhação”, onde atuou nas temporadas 2002 e 2003. # O primeiro protagonista do ator em novelas foi o romântico e destemido Jesuíno de “Cordel Encantado”.
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Dermatologia
Psoríase Alerta da Sociedade Brasileira de Dermatologia Dra. Eliane Dibbern É uma doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa. Com incidência familiar em 30% dos casos. Sua característica mais comum são as placas avermelhadas, descativas, em regiões de dobras, cotovelos, joelhos, couro cabeludo, unhas. Aparece antes dos 30 anos ou após os 50 anos, podendo aparecer na infância. Alguns fatores podem piorar o quadro: stress, alterações de temperatura, infecções. Os pacientes apresentam fases de melhora e de piora. Sendo que uma das indicações para manter a doença estável é sempre dei-
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xar a pele hidratada. Alguns estudos atuais demonstram a associação da doença com alterações ósseas e aumento da incidência de Diabetes melito, aumento dos níveis de colesterol e triglicérides, consequentemente aumento de alterações cardíacas. As orientações atuais demonstram que é importante uma busca mais ativa reflexionada a lesões ósseas e alterações metabólicas, para prevenção e tratamento precoce dessas doenças associadas. Os exames disponíveis hoje não são específicos. Para diagnóstico da lesão de pele, poderá ser realizada biopsia
se houver dúvida diagnóstica, pois, a lesão é típica. No caso de suspeita de lesão óssea, geralmente, poderá ser diagnosticada com RX. Em relação ao tratamento, irá depender do grau de atividades da doença. Nos casos de lesões de pele apenas e localizadas, pode-se usar apenas tratamento tópico. Entre as medicações tópicas temos: cortisonas (cuidado com atrofia de pele em uso prolongado), calcipotriol, tacrolimus. Nos casos mais avançados, em que há muitas lesões, ou não respondem ao tratamento tópico, usamos os tratamen-
to sistêmicos (ciclosporinas, metrotexate, acitretina). E há alguns anos, iniciou-se o uso de medicações sistêmicas que chamamos de biológicos. Essas medicações melhoram muito o quadro de pele, mas principalmente os casos onde há comprometimento ósseo (artrite artropática). Nesse caso, o acompanhamento passa a ser com dermatologista e reumatologista, para que se previna as artrites que são incapacitantes. Como vemos, é importante um diagnóstico precoce para tratamento das incapacidades da artrite psoriática.
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Nutrição
Não deixe a obesidade infantil crescer Dra. Patrícia Milaré Lonardoni | Nutricionista | Tel: 19 3443.3236 (Limeira SP) | patricia.milare@itelefonica.com.br
Fazer boas escolhas alimentares não é ver o quanto de calorias ou o teor de sódio contido em determinado alimento, mas sim, aproveitar nutrientes e energias essenciais para o organismo e, consequentemente, para sua saúde. O primeiro passo para seguir esee caminho é consumir produtos orgânicos e locais - consumir alimentos sazonais, sem fertilizantes e agrotóxicos, alimentos que não enfrentaram longo tempo para transporte. Alimentos verdadeiramente frescos podem ser usados para preparar sua torta de
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legumes, o bolo de cenoura e a vitamina de frutas do lanche da tarde. Eles são alimentos vitais e que proporcionam vitalidade para você. O segundo passo é dizer não ao desperdício. Há alguns meses dei dicas aqui sobre o que podemos fazer para não desperdiçar. Quer novas dicas? Refogue as folhas da cenoura; bata casca da manga (riquíssima em fibras) com o suco verde; rale as cascas dos limões (que são ricas em óleos essenciais importantes) sobre saladas; faça farinha (rica em antioxidante) com a casca
da cebola assada. O terceiro passo para comer com consciência é entender as armadilhas dos rótulos. Não se engane facilmente com termos como integral, light, zero, diet, sem gordura trans., sem conservantes. As letras grandes do rótulo nem sempre condizem com as pequenas da tabela nutricional. Nela, os ingredientes estão em ordem decrescente de concentração – o primeiro ingrediente é o que está mais presente. E evite ingredientes com terminações “ante” e “or” – estabilizante, conservador,
corante, entre outros. E um passo fundamental é cozinhar em casa. Isso faz com que você tenha controle do que põe no prato. Você sabe a procedência do alimento, qual tipo e quanto de cada ingrediente (sal, óleo, etc.) usou na preparação e proporciona a quantidade que realmente necessita comer. Faça isso por você nesse novo ano que se inicia. Faça boas escolhas para sua saúde. Coloque em prática esses passos. Coma com consciência. E um 2017 repleto de paz e saúde para você!
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BELEZA Texto: Laís Oliveira/Folhapress | Foto: Rivaldo Gomes/Folhapress
Cabelos bonitos no verão Produtos com filtro solar e muita hidratação são essenciais para evitar os danos aos fios causados por raios de sol, mar e piscina Não é somente a pele que precisa de cuidado reforçado durante os dias de calor. O cabelo também sofre com os raios solares e necessita de proteção para não ficar danificado. “Os raios solares queimam os fios, isso é comprovado. No verão, a intensidade dos raios é muito maior”, diz o cabeleireiro Marcos Dal Bello, conhecido como Dr. Cabelo. O que acontece é que o sol tira a proteção natural dos fios, responsável pelo brilho e pela maciez. “O contato com os raios UVB é o principal responsável pela degradação da queratina, a proteína que compõe a estrutura dos fios. Os danos a essa substância deixam o cabelo mais frágil, quebradiço e ressecado”, conta o cabeleireiro Diego Queiroz,
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do salão MGHair. A agressão é ainda maior quando somada aos malefícios causados pela água do mar e da piscina, que detonam os fios e os deixam porosos e desidratados. “O sal faz com que as cutículas do cabelo fiquem abertas e retira toda a hidratação, seja a natural ou a sintética”, avisa o “hair stylist” Érico Poloni. Na piscina, o cloro altera o PH do fio, retira ingredientes como lipídios e oxida e causa desbotamento em todos os tipos de coloração - principalmente nos loiros. Mas não é preciso deixar de sair de casa nem abrir mão de aproveitar as férias. Alguns cuidados são eficientes para evitar os danos. “No verão, o correto e indicado é hidratar
mais o cabelo - pelo menos uma vez por semana- e proteger e selar os fios antes da exposição aos raios solares”, diz o Dr. Cabelo. É recomendado o uso de produtos com proteção solar. “É essencial utilizar aqueles que permanecem nos cabelos, para que os fios sejam protegidos. O mercado de cosméticos tem várias opções, como os sem enxágue e os finalizadores. Mas, após a mulher entrar no mar ou na piscina, deve reaplicar o produto”, recomenda Poloni. É o que faz a modelo fitness Letícia Mazzoneto, 21 anos, que cuida com carinho das madeixas. “Além de utilizar xampus específicos para o meu tipo de cabelo, faço hidratações, uso água termal e passo óleo de coco às vezes, antes de dormir, para nutrir os fios”, conta. Os óleos são bem-vindos quando passados levemente após uma escova, para ajudar a selar as cutículas, mas não ajudam na proteção. “A reação química do PH da água do mar ou da piscina vai agir de qualquer maneira”, aponta o Dr. Cabelo. E, se os fios ficarem ressecados, é hora de investir em hidratações em casa e também nas profissionais feitas em salão, que são mais intensas e que ajudam a nutrir e a fortalecer as madeixas.
Letícia Mazzoneto: cuidados redobrados com os cabelos durante o verão
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CARROS
Novo hatch da Fiat terá dimensões maiores que as do Palio
Texto: Eduardo Sodré/Folhapress | Foto: Divulgação/Folhapress
Questão de espaço... Lançamentos de 2017 valorizam o espaço interno; conheça algumas novidades O ano de 2016 foi fraco em vendas e farto em lançamentos, e 2017 não deve ser muito diferente. Enquanto aguarda por dias melhores, o mercado automotivo vai sendo recheado por produtos que já estavam nos planos desde antes desses tempos bicudos. O que une modelos que estreiam neste ano é a maior disponibilidade de espaço interno. Mesmo o diminuto Renault Kwid oferece folga para as pernas de passageiros no banco traseiro, o que será um diferencial importante para concorrer com VW Up! e Fiat Mobi. O novo compacto terá motor 1.0 de três cilindros e adereços que remetem ao uso em trechos de terra. O ápice do espaço será a Chrysler Pacifica, minivan de oito lugares e pouco mais de cinco metros de comprimento. Para ajudar a pôr ordem nessa casa sobre rodas após uma viagem, um aspirador de pó embutido está entre os itens de série. Na Fiat, o principal lançamento do ano será um novo hatch de porte médio que substitui de uma só vez Punto e Bravo. O desenho o aproxima do atual Tipo europeu, mas a receita é brasileira. Unidades com pesados disfarces já rodam por estradas de Minas Gerais: a chegada às lojas deve ocorrer em abril. A Ford reinou sozinha entre os utilitários compactos por uma década, mas agora vê seu EcoSport encoberto pela poeira levantada por Honda HR-V e Jeep Renegade. Está na hora de reagir. A montadora americana prepara o lançamento da linha 2018 de seu SUV compacto, que ficará mais refinada. O modelo foi apresentado recentemente nos Estados Unidos, mas chega primeiro às lojas do Brasil, provavelmente no segundo semestre. As mudanças serão maiores na cabine, que terá central multimídia com tela sensível ao toque e novas forrações. Na parte mecânica, é esperada a utilização do motor 1.0 turbo que já equipa versões do Fiesta. O Honda CR-V também chega com novidades: está maior e trará motor 1.5 turbo. Os novos modelos devem estimular o mercado ao longo de 2017, mas não há expectativa de alta expressiva nos emplacamentos em relação ao ano passado. “Estamos saindo de um período de crescimento alavancado pelo consumo e por gastos governamentais. Isso não cabe mais, e hoje vivemos um choque de transição”, afirma Rogélio Golfarb, vice-presidente da Ford.
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RENAULT KWID: novo compacto popular terá ares de jipinho e motor 1.0 com três cilindros
CHRYSLER PACIFICA A van de oito lugares vem para substituir a Town & Country no mercado nacional
HONDA CR-V: nova geração do utilitário de luxo está maior e equipada com motor 1.5 turbo
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PALADAR Texto: Karina Matias/Folhapress | Foto: Divulgação/Folhapress
Fonte de energia Sem glúten nem gordura, a tapioca é bastante consumida, mas precisa ser combinada com alimentos nutritivos Comum nas regiões Norte e Nordeste, a tapioca é preparada com goma de mandioca e tem ganhado espaço em dietas funcionais no Sudeste. Geralmente servida com recheio, ela deve ser, porém, bem combinada para compensar a falta de nutrientes. Mas o consumo precisa ser moderado. “A tapioca é basicamente carboidrato, o que significa que é uma boa fonte de energia. Por isso virou moda entre esportistas”, explica a nutricionista Iara Pasqua, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. O fato de não ter gordura nem glúten contribuiu para que se tornasse popular.
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Iara reforça, entretanto, que a iguaria não tem muitos minerais, vitaminas nem fibras e que, por isso, seu consumo deve ser comedido - e não substituir outras fontes de carboidrato, como o pão integral. O ideal é ter uma dieta diversificada, alternando esses alimentos. Uma dica mais saudável é servi-la com combinações nutritivas, como legumes e ricota ou frango e vegetais. “O principal benefício da tapioca é a diversidade de recheios que ela pode ter, o que tende a torná-la saborosa e nutricionalmente completa”, destaca a nutricionista Cintya Bassi, do Hospital e Maternidade São Cristovão. Para quem
Tapioca com sardinha Ingredientes
125 g de sardinha em óleo 1 tomate pequeno sem sementes picado 1 col. (chá) de orégano 1 xíc. (chá) de farinha para tapioca 1 col. (sopa) de semente de chia 2 col. de queijo tipo cottage
faz atividade física, ela indica o recheio de banana e canela para consumo antes do treino. As profissionais afirmam que pessoas diabéticas devem tomar cuidado, pois a tapioca possui alto índice glicêmico. Ou seja: é rapidamente transformada em açúcar no sangue. “Neste caso, o consumo deve ser ponderado, para evitar descontrole da glicemia”, recomenda. Cinthya dá dicas que servem, ainda, a quem quer evitar o sobrepeso: “Acrescente fibras, como gergelim, aveia e chia, à massa. Nos recheios, priorize proteínas magras e gorduras de boa qualidade, como frango, tofu, ovos mexidos, pasta de amendoim, verduras e legumes”.
Modo de preparo
Deixe escorrer o óleo da sardinha, coloque-a em uma tigela e amasse-a levemente com o auxílio de um garfo. Junte o tomate e o orégano. Mexa e reserve. Em outra tigela, coloque a farinha de tapioca e a chia. Misture. Aqueça uma frigideira pequena em fogo médio e distribua nela metade da mistura da farinha de tapioca com chia. Espalhe até formar uma camada uniforme, cobrindo o fundo da frigideira. Deixe no fogo até ficar firme. Despeje uma colher (sopa) de cottage em metade da massa, cubra com metade do recheio de sardinha e dobre a tapioca. Repita a operação com o restante dos ingredientes. Sirva a seguir.
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CARROS Texto: Eduardo Sodré/Folhapress | Fotos: Divulgação/Reuters/Folhapress
As novas tendências Montadoras exibem carros ‘verdes’ no Salão de Detroit, mas priorizam jipões Herbert Diess, alto executivo do grupo Volkswagen, entra no palco sem gravata e sorridente. Cabe a ele apresentar o ID Buzz, carro conceitual que remete à Kombi e rouba a cena no Salão de Detroit. Atrás do protótipo, a expressão “Electrify America” (“eletrificando a América”) se destaca no telão. Como todo “showcar” dos dias de hoje, a van do futuro é elétrica e conectada - e mais um exemplo do que tem ocorrido em todos os grandes eventos automotivos da década. Carros que parecem projetados na Terra do Nunca são exibidos com pompa, mas têm lançamento incerto.
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O evento realizado no último mês no pavilhão de exposições Cobo Center, região central de Detroit, confirma a estratégia das fabricantes: exibir veículos que mexam com a emoção do grande público e despertem mais simpatia por tecnologias “verdes”, para depois conseguir lucrar com grandes volumes de vendas. Esse é o caminho para reduzir custos e, quem sabe, o preço final ao consumidor. “Em 2025, queremos vender um milhão de carros elétricos por ano, tornando esse tipo de mobilidade a nova marca comercial da Volkswagen”, disse Diess ao apresentar o Buzz. Segundo ele, o primeiro modelo da
família ID, um derivado do Golf, será lançado em 2020. “Serão acessíveis a milhões de pessoas, e não apenas para milionários”, afirmou o executivo. O que ocorre na Chevrolet não é muito diferente, embora a empresa tenha o mérito de ter levado um carro elétrico às ruas americanas, o compacto Bolt. Seu preço equivalente a R$ 120 mil (sem os descontos legais dados a carros que não poluem) é proibitivo para o americano médio. Contudo, a iniciativa rendeu um prêmio inédito para a mobilidade limpa: o Bolt foi eleito o carro do ano por jornalistas dos EUA e do Canadá. Entretanto, isso não foi o suficiente para desviar as atenções de outro jipão luxuoso que chega às lojas com preço mais atraente que o carrinho de emissão zero. O novo Chevrolet Traverse estreia nos Estados Unidos neste primeiro trimestre. Seus preços devem partir dos mesmos R$ 96 mil pedidos pelo concorrente. Esse choque de sonho e realidade é a marca da edição 2017 do Salão de Detroit, que ocorre em meio à apreensão pelos rumos que serão dados pelo presidente eleito, Donald Trump, e à euforia de um recorde de vendas. Foram comercializados 17,5 milhões de automóveis nos EUA em 2016.
ID - Buzz: carro conceitual da Volkswagem
Bolt: o 1º carro elétrico a chegar às ruas americanas
Chevrolet Traverse: novo modelo traz traços dos jipões
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TELEVISÃO Texto: Luana Borges/TV Press | Foto: Divulgação
De degrau em degrau No ar em “Rock Story”, Marina Moschen aproveita sua experiência em “Malhação” Marina Moschen ainda está descobrindo e aprendendo sobre o universo da televisão. Mas protagonizar “Malhação”, na temporada de 2015, foi uma ótima escola – antes, havia interpretado Amália na primeira fase de “Os Dez Mandamentos”, da Record. Tanto que, em “Rock Story”, ela já se sente mais íntima de um “set” de gravação. A “sede” por novas experiências no veículo, aliás, apareceu quando ainda estava no ar na novela infantojuvenil e fez um teste para a trama das 19 horas. Aprovada, acabou sendo escalada para interpretar a “patricinha” Yasmin. “A experiência em ‘Malhação’ foi muito boa. Então, eu queria continuar trabalhando, estudando, independentemente se fosse na tevê, no cinema ou no teatro. E tive a oportunidade de fazer a Yasmin. Estou muito animada e feliz de interpretá-la”, empolga-se. Na história escrita por Maria Helena Nascimento, Yasmin é a irmã mimada do cantor Léo Régis, de Rafael Vitti. Anda sempre bem vestida e chama atenção de Tom, papel de João Vitor Silva. Mas acaba se apaixonando mesmo por Zac, interpretado por Nicolas Prates. Para compor a personagem, Marina observou algumas garotas em shoppings que se assemelhavam às características de Yasmin. “Fico vendo como essas meninas bem arrumadas andam, quais são as motivações para elas se interessarem tanto por marcas de roupa, por esse universo. Acho que é um exercício de você olhar o outro e tentar entender como funciona aquela
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cabeça”, ressalta ela, que também se inspirou em blogueiras, como a Camila Coutinho, para criar Yasmin. “Minha personagem não chega a ser uma blogueira, mas como as blogueiras se importam muito com roupa, elas trabalham com isso, aproveitei como inspiração”, conta. Quando protagonizou “Malhação”, Marina exibia cabelos longos na pele da mocinha Luciana. Mas, para viver Yasmin, a atriz precisou cortar os fios um pouco abaixo dos ombros. Assim que soube da caracterização da personagem, ficou um pouco nervosa e foi se preparando psicologicamente para o dia da transformação. “Foi difícil me acostumar, mas amei o resultado. Acho que até levaria para a minha vida”, imagina, aos risos. Aliás, um dos aspectos que mais animam Marina em “Rock Story” é o fato de, justamente, ter a chance de interpretar um tipo completamente oposto ao papel que viveu em “Malhação”. Enquanto na trama “teen”, fazia a típica mocinha, na novela das sete, encarna uma jovem mais esnobe. Além disso, se antes ela conviva com um grupo grande de atores que, juntos, estavam descobrindo os mecanismos da televisão, agora fica mais concentrada no núcleo de sua personagem. “Convivo mais com Ana Beatriz Nogueira, Rafael Vitti e João Vicente de Castro. Não é mais aquele grupo enorme de pessoas gravando juntas”, compara, citando os intérpretes de Néia, Léo Régis e Lázaro em “Rock Story”.
TURISMO Texto: Lígia Mesquita/Folhapress Fotos: Thiago Pompeu/Folhapress
Polinésia Francesa
Destino número um de lua de mel e preparado sob medida para casais, país também recebe bem os solteiros
A Polinésia Francesa, no clichezão de agentes de turismo, é o destino número um de lua de mel. Então, desde o momento em que o turista bota os pés no solo do arquipélago, tudo é pensado para receber bem quem acaba de desembarcar na vida a dois. Mas isso não significa que viajantes solitários não sejam bem tratados ou não consigam aproveitar as 130 ilhas agrupadas em cinco arquipélagos que compõem o território francês na Oceania. Desses, os dois mais conhecidos são as Ilhas da Sociedade, onde ficam Taiti, Moorea e Bora Bora, e as Ilhas Marquesas, com várias de suas paisagens retratadas pelo pintor francês Paul Gauguin (1848 - 1903), que ali viveu. Para quem viaja do Brasil, é uma longa jornada. Saindo de São Paulo, é possível ir por Los Angeles (EUA) ou pelo Chile, via Ilha de Páscoa. Pela primeira opção, são 12 horas de voo até os Estados Unidos. Chegando lá, espera-se mais 14 horas até encarar o segundo voo, de pouco mais de oito horas. Então, se você sair numa segunda à noite do Brasil, chegará lá na quarta-feira, num fuso-horário de oito horas a menos. Ou seja, tire seu primeiro dia na Polinésia para não fazer nada, porque o jet lag é puxadíssimo. Em cada chegada a um hotel, recebe-se um colar feito de flores locais, como a branca tiarê (uma espécie de gardênia), com a saudação ia orana: oi ou bom dia, no idioma polinésio. Na hora de ir embora, as plantas são trocadas por conchinhas, marcando sua despedida. DISNEY DOS RESORTS Se o primeiro destino for a ilha mais famosa da Polinésia Francesa, Bora Bora, o turista terá que encarar um outro voo de 50 minutos para chegar ao destino. O ideal é escolher uma poltrona na janela, porque os uaus começam lá de cima ao avistar lagoas azuis-esverdeadas no mar. Bora Bora, como disse um polinésio, é a Disney dos resorts. As praias são tomadas por esses grandes hotéis, com bangalôs que ficam em cima da água e têm chão de vidro para os hóspedes verem os peixes. Quartos bem mais em conta ficam nos jardins. No Bora Bora Pearl Beach Resort & Spa, por exemplo, a
Vista geral da Ilha de Bora Bora, na Polinésia Francesa
diária em bangalô no jardim custa a partir de US$ 465 (R$ 1.522) com café da manhã. Ao pisar em um deles, o modo relaxamento total é acionado. Ali, é só curtir a praia particular, fazer stand-up paddle, aproveitar o spa e a piscina. Bora Bora tem um pequeno centro com restaurantes e lojinhas. Os resorts oferecem traslado de barco em horários determinados até o píer central. Os passeios mais legais são os de mergulho livre na costa de corais e com tubarões e arraias. Os barcos das agências buscam o hóspede no hotel e levam a alto-mar. A vista parece um filme de Jacques Cousteau, com dezenas de peixes coloridos. Tudo é lindo até que aparece o primeiro tubarãozinho galha-preta a seu lado. Mesmo os que dizem não ter medo ficam paralisados. Depois vêm vários outros tubarões e aí é encarar a aventura ou voltar correndo para o barco. No fim do tour, o barco irá ancorar em um motu, que são ilhotas particulares com uma pequena infraestrutura, como banheiro, churrasqueira e mesinhas. Enquanto o visitante curte uma praia isolada, com espreguiçadeiras à disposição, o marinheiro prepara o almoço: o tradicional peixe branco mahi-mahi cru ao leite de coco, frango na grelha, arroz e pão de coco. Como em toda excursão, sempre existe aquela taxa extra de mico a se pagar (além dos US$ 150). O guia vai fazer gracinhas, dançar, ensinar como se abre um coco e por aí vai. Mas você estará num lugar tão lindo que dá para rir até de piadinha sem graça.
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NEOTÉRICAS
Valter Koppe Inicialmente,
prezado(a)
| neotericas@uol.com.br.
leitor(a),
Ainda assim, o foco será todos nós,
aquecer e abrir o apetite dos que gostam
cabe explicar o aparente estranho nome
leigos, usuários finais das maravilhas do
de tecnologia, vamos elencar algumas das
que dei para a coluna. O significado, con-
mundo moderno.
novidades apresentadas na maior feira de
forme os dicionários, é “novo, moderno,
Por isso tentaremos fugir dos termos
eletrônicos e tecnologia que ocorreu de
que traz novidades”. E a inspiração para a
técnicos e, quando isso não for possível, os
05 a 08 de janeiro de 2017 em Las Vegas, a
utilização do nome tenho a agradecer ao
mesmos serão explicados para que todos
Consumer Electronic Show.
amigo jornalista, Carlos Alberto Ruberto,
entendam. Não sou profissional da área,
De acordo com a imprensa especiali-
que sempre que nos encontrávamos em
mas sempre estive antenado à inevitável e
zada, dentre os milhares de lançamentos
seu programa na Rádio Estereosom e,
veloz evolução das tecnologias, em espe-
presentes na feira, destacaram-se as TVs
no ar, ou após a entrevista, algum assun-
cial, a partir do advento do computador
cada vez mais finas (tecnologia OLED),
to sobre tecnologia vinha à tona, ele me
pessoal e, posteriormente, da Internet.
dispositivos de realidade virtual e de rea-
chamava de “neotérico”. Portanto, vamos
Não sou tão antigo assim, mas meu
lidade aumentada, um colchão inteligen-
tratar neste espaço de tecnologia, focada
primeiro contato com computadores se
te, carros elétricos, carro com emoções,
no entretenimento, bem-estar e qualidade
deu no ano de 1982, quando nem exis-
carros autônomos, pendrive com capaci-
de vida que os recursos tecnológicos po-
tia o PC e muito menos as linguagens e
dade de 2Tb, entre outros. Maiores deta-
dem nos proporcionar.
ambientes visuais hoje existentes. Para
lhes na próxima edição. Até lá!
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IMÓVEIS Texto: Júlia Zaremba/Folhapress | Foto: Zanone Fraissat/Folhapress
Morando em contêiner Modelo de moradia que usa contêineres reformados ganha popularidade Morar em um contêiner pode parecer sinônimo de viver confinado em um lugar quente e barulhento. Mas, com poucas intervenções, esses caixotes de metal se transformam em uma alternativa de moradia confortável, flexível e mais barata do que as casas de alvenaria tradicionais. Existem dois tipos de contêineres mais comuns para habitação: de seis e de 12 metros de comprimento. O primeiro tem cerca de 15 metros quadrados, o segundo, 30 m². Todos são feitos de aço. “Morar em um contêiner é uma atitude importante em termos de sustentabilidade. Combina com a tendência de as pessoas viverem em espaços cada vez menores e mais simples”, afirma Eduardo Nardelli, professor de arquitetura da Universidade Presbi-
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teriana Mackenzie. Mas, para cumprir a meta “verde”, a peça não pode ser nova, segundo Sasquia Obata, professora de arquitetura da Faap: “O aço é um recurso não renovável e consome muita energia para ser produzido. Se deixar de ser um objeto de reúso, vai gerar muito impacto na natureza”. O preço é outro atrativo: um contêiner custa entre R$ 3.000 e R$ 12 mil, dependendo do modelo - os refrigerados, usados para transportar alimentos, têm isolamento térmico e são mais caros. Porém, não basta comprar um contêiner e simplesmente colocá-lo em um terreno. “O caixote pesa cerca de duas toneladas, tem que ter uma base estável para não afundar.
O arquiteto Danilo Corbas e sua casa-contêiner
É preciso fazer uma fundação rasa com laje de concreto”, diz o arquiteto Daniel Kalil. Depois da instalação, é hora de fazer as intervenções. A principal é colocar revestimentos termo-acústicos. O arquiteto recomenda que sejam usados materiais isolantes como lã de rocha. É preciso, contudo, prestar atenção quanto à escolha dos pisos, explica Danilo Corbas, do escritório de arquitetura Container Box: “Eles devem ser maleáveis para suportar a movimentação natural da estrutura metálica, que se expande e contrai”. O arquiteto recomenda evitar pisos e revestimentos cimentícios, que podem rachar. Porcelanato e cerâmica, diz, estão liberados.
Ele mesmo vive em uma casa feita com quatro contêineres de 30 m² cada um. Cada módulo custou R$ 6.000. Contando com a reforma, o gasto foi de R$ 125 mil. “Morava em um apartamento e não sinto muita diferença entre os dois. Minha qualidade de vida aumentou muito”, afirma. A instalação de portas e janelas, com a ajuda de molduras, e a justaposição de módulos exigem que pedaços do contêiner sejam cortados. É fundamental reforçar a estrutura depois disso para que ela não ceda, diz Corbas. Instalações elétricas e hidráulicas ficam aparentes, geralmente nas laterais, o que facilita a manutenção e vistoria do sistema, de acordo com Obata.
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BEM-ESTAR Texto: Gislaine Gutierre/Folhapress | Arte: Folhapress
Entendendo o herpes Crianças correm risco maior de contrair o vírus; doença aproveita para atacar quando sistema de defesa do corpo está baixo Expor-se ao sol por horas pode levar à queda da imunidade e abrir espaço para que o corpo seja infectado pelo vírus do herpes simples. A doença acomete gente de todas as idades, mas as crianças, por ainda não terem seu sistema de defesa totalmente formado, podem pegar de maneira mais fácil. “Esse é um vírus oportunista”, diz a infectologista do Hospitale Maternidade Santa Joana Rosana Richtmann. A médica explica que o vírus do tipo simples se aproveita do momento de fragilidade do corpo para atacar. Por isso, quem está na praia, por exemplo, tomando muito sol, se alimentando mal ou até dormindo menos pode ficar mais vulnerável. Os sintomas da doença são as bolhas que aparecem dentro da boca ou fora, em volta dos lábios. A dor, porém, é o principal. “Às vezes a criança não consegue engolir alimentos por causa da dor”, diz Rosana. O pediatra e infectologista do Hospital Infantil Sabará
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Marco Aurélio Safadi diz que o contágio é muito comum. Ele pode ser dar, por exemplo, por beijo, contato com saliva, e por copos e talheres infectados. Entre crianças em idade escolar, a possibilidade de pagar doença é ainda maior. “Elas compartilham as coisas e levam muito as mãos e objetos à boca”, diz. Transmite a doença quem tem as bolhas aparentes. Mas mesmo quem não tem sintoma algum pode estar com o vírus ativo e contaminar os outros. “O herpes fica no corpo para sempre”, diz Safadi. Não há cura, apenas crises, que podem ou não reaparecer, mas o primeiro surto é sempre o mais forte. Cuidado especial devem ter as gestantes, pois os fetos podem pegar o vírus do herpes durante o parto - caso elas tenham herpes genital-ou se a bolsa estourar. A cesariana é uma forma de evitar o contato do bebê com as feridas durante o parto.
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CARROS Texto: Eduardo Sodré/Folhapress | Foto: Divulgação/Folhapress
Pilotando a nova L200 Controles de estabilidade de picape corrigem ‘barbeiragens’ de motorista; confira as impressões do repórter Eduardo Sodré sobre o novo modelo da Mitsubishi O instrutor insiste: “Mantenha a aceleração para perceber como atua o controle de estabilidade”. Difícil é fazer o cérebro entender que a Mitsubishi L200 Sport, uma picape de quase duas toneladas, vai contornar a curva fechada apoiada em traquitanas eletrônicas. O sistema corta o giro do motor, distribui a atuação dos freios aqui e acolá, segura a carroceria e pronto: o curvão do autódromo Velocità, em Mogi Guaçu (a 164 km de São Paulo) fica para trás. Um trecho fora-de-estrada vem em seguida. A picape sacoleja, mas permanece controlável. A nova L200 foi pensada para aquela turma que dirigia carros convencio-
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nais e agora precisa - por necessidade ou vaidade - de um veículo de grande porte. A “babá eletrônica” é tão eficiente que minimiza o desempenho comedido. A Mitsubishi ficou atrás de rivais nas provas de desempenho e consumo, o que mostra o limite de seu motor 2.4 turbodiesel (190 cv). A Chevrolet S10 2.8 (200 cv) foi 3,5 segundos mais rápida na aceleração de zero a 100 km/h. A nova L200 convive com outras quatro picapes da linha - todas com carroceria antiga. A família foi colocada lado a lado em um estacionamento no autódromo, sendo possível perceber a evolução.
O modelo mais atual recebe melhor o motorista, que dirige com pernas mais esticadas. A sensação é de estar em um utilitário de luxo, embora o acabamento mais rústico remeta à força bruta dos carros de trabalho. A versão avaliada é a completa HPE (R$ 175 mil), que tem bancos com ajuste elétrico e forrados de couro, câmbio automático de cinco marchas, sete airbags e sistema de tração 4X4 com acionamento eletrônico. Há bom espaço no banco traseiro: passageiros encontram ali um encosto mais inclinado que o habitual no segmento. Longas viagens são vencidas sem cansaço, com pernas bem acomodadas. Apesar da comodidade, a L200 é um pouco menor que
as principais concorrentes. A S10, maior de todas, tem 5,41 metros de comprimento na versão cabine dupla, 13 cm a mais que a picape Mitsubishi. “Ao reduzir a distância entre eixos, há melhora no comportamento. A curvatura da cabine compensa o espaço interno”, diz Fabio Maggion, supervisor de engenharia da Mitsubishi do Brasil. A L200 é montada em Catalão (GO) e teve 9.943 emplacamentos em 2016, segundo a Fenabrave (federação das distribuidoras de veículos). A líder da categoria é a Toyota Hilux, com 34 mil licenciamentos no ano passado. Desde outubro de 2016, o controle acionário da Mitsubishi pertence à também japonesa Nissan. Ainda não foi divulgado qual será o plano de sinergia das empresas.
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Artigo
Sobre Filósofos e a experiência rara da amizade Andréa C. Bombonati Lopes | Psicóloga e Psicanalista | Rua Frederico Ozanan, 94 | Limeira SP | Fone: 98132-7989 Para: B.J./ D.D.M./ K.C. /S.D. e também E.B e F.F.B. .E sempre, para G.T.
Era uma vez (toda história que se preze começa assim) um senhor, que poderia ser eu, ou mesmo você, leitor, ou até alguém que conhecemos de perto, que recebeu uma notícia terrível. Ele recebeu a notícia de que perderia algo muito valioso. Algo que constituía sua identidade, que organizara boa parte da sua vida até aquele momento. Algo em que havia acreditado e creditado boa parte das suas expectativas e sonhos dos quais, agora, se veria alienado. Então, ele se sentiu desamparado, traído e irremediavelmente só, daquela solidão mais avassaladoramente dolorosa porque não podia compartilhar com ninguém o que estava acontecendo e porque talvez nem mes-
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mo pudesse ser compreendido. Foi então que recebeu uma carta, mais ou menos assim: “Há um texto de Saramago, que nos fala sobre o progresso do homem na ciência e tecnologia, ao mesmo tempo em que aponta a estagnação no campo da bondade. Em seu discurso, no momento da entrega do Nobel, Saramago repete que as injustiças se multiplicam e as desigualdades aumentam. Temos oferecido indiferença ao outro e isso se volta para nós. Adorno, filósofo da Escola de Frankfurt, lembra que quem muito olha para o outro como um objeto, vai se tornando objeto também. Não sei se esses são tempos mais obscuros ou mais tristes. Não sei se na Idade Média ou no século XIX tudo fosse melhor; mas porque
não aprendemos o suficiente, a história se repete. E a transgressão a tudo isso, às vezes, parece impossível. Porque não temos tempo, porque nos falta o sentido de coletividade e há sempre muita urgência. Para chegar a um lugar em que, talvez, ninguém esteja nos esperando... Num cenário que nos convida a desistir de sonhos, prenhe de uma melancolia contínua. Mas há um acontecimento que nem Saramago nem Adorno tocaram. E é um acontecimento que vem quebrar o círculo cínico da desesperança: a amizade. A amizade é a relação que escapa de todas as normas, que muitos não entendem, porque se inventa uma relação com o outro. Porque as amizades são singulares! E, justamente, por-
que não se repetem, elas possibilitam que os modos de vida que tecemos com os amigos nos ajudem a romper as normas da indiferença, da angústia, da ausência de entusiasmo que nos oferecem alguma ameaça. E é na amizade que é possível encontrar o que há de mais humano em nós: o encontro com o outro. O exercício de materializar o amor que nos despossui de nós mesmos”. E então, aquele senhor, que poderia ser eu, ou você, leitor, ou alguém que conhecemos, guardou a carta num cofre ao final do arco-íris, a salvo da chuva, para poder reler sempre que desejasse. Nunca mais se sentiu em irremediável solidão. Porque conheceu a inefável experiência da amizade. E viveu feliz para sempre. Fim.
Segurança
A tecnologia aliada à mão de obra especializada Émerson Camargo - Pós-graduado com especialização em Segurança Pública e Privada MBA em gestão estratégica de negócios MBA em gestão de pessoas | Fone 7802-5064 – ID 55*139*7222
A segurança patrimonial não se embasa unicamente no homem de segurança, mas sim à tecnologia e mão de obra especializada. A otimização dos sistemas de segurança é uma realidade em nosso país e já está revolucionando o mercado da segurança, exigindo dos gestores uma redefinição de cultura e desafio dos novos paradigmas. A integração dos sistemas de segurança é basilar para que a estratégia de segurança seja eficiente e eficaz atingindo de forma clara e concisa os resultados esperados. O homem nunca será descartado, porém sua especialização será incontestável. O novo conceito de segurança está alicerçado nos pilares da dissuasão, detecção e ação, ou seja, “pronta resposta”. • Dissuasão: são as barreiras psicológicas impostas para que o patrimônio não sofra a agressão. • Detecção: é a forma como a empresa ou institui-
ção identifica a contingência, monitorando e supervisionando as condutas realizadas através dos meios tecnológicos ativos da segurança. • Ação: é a resposta pronta e efetiva ao risco detectado. Sem dúvida esses pilares estão exclusivamente interligados à formação, treinamento e especialização dos homens de segurança privada, que são capacitados em academias especializadas em cursos de formação (lei 7.102/1983) e que após sua formação passa a se chamar “Vigilante”, terminologia dada pela portaria D.P.F. 3.233/2012 ao profissional capacitado em curso de formação e responsável pela execução de atividades de segurança privada armada ou desarmada. Lembre-se de que a agilidade do vigilante é que ditará o nível de operacionalidade na detecção e na pronta resposta ao risco detectado.
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BEM-ESTAR Texto: Gislaine Gutierre/Agora | Arte: Folhapress
Cuidado com o sol! Calor excessivo pode provocar diversos problemas, como mal-estar e confusão mental; conheça algumas recomendações O calor pode não apenas provocar mal-estar, mas também levar uma pessoa a ter confusão mental e morrer. Esse risco é decorrente da desidratação e os idosos são vulneráveis a sofrer com esse quadro. Com eles, o cuidado deve ser redobrado, assim como com as crianças. “Nosso cérebro é que diz quando precisamos de água, e então gera a sensação de sede”, explica o clínico geral da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Paulo Olzon. “Quando envelhecemos, o controle de temperatura e sede perde a eficiência.” A orientação do médico para quem convive com idosos é prestar atenção em eventuais mudanças de hábito. “Se a pessoa estiver muito sonolenta, cansada, dormindo mais do que o de costume e sem diálogo quando é chamada a conversar, é bom procurar um médico”, diz. A evolução do quadro pode levar à confusão mental. Clínica-geral, geriatra e professora do Hospital das Clínicas, Flávia Barros de Azevedo afirma que mucosas da boca e dos olhos esbranquiçadas são sinais de desidratação. Criar o hábito de consumir líquido é, sobretudo para idosos, o caminho para evitar os males do calor. Queixa comum no verão, a pressão baixa, segundo Olzon, costuma ser confundida com os sintomas normais do calor no corpo, como sonolência, principalmente após as refeições, cansaço e indisposição. “Algumas pessoas se adaptam bem ao calor e outras não, por questões genéticas”, afirma o médico. A falta de sódio, perdido no suor, também pode dar esses sintomas. Tomar bebidas isotônicas - como as consumidas por atletas - é uma forma de repor sódio. “Quando for beber água, pode pôr sal debaixo da língua”, indica Olzon. O médico também lembra que bebidas alcoólicas desidratam. Por isso a dica é consumi-las acompanhadas de água. 80
Colocar compressas de água fresca sobre a testa de crianças pequenas ajuda a amenizar os efeitos do calor no corpo. A dica é da clínica geral e geriatra e professora do Hospital das Clínicas, Flávia Barros de Azevedo. “As crianças têm pouca água no corpo e não têm percepção clara da sede”, afirma a clínica-geral, que pede atenção especial sobretudo às crianças de zero a cinco anos.
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