Revista Controle & Instrumentação nº266

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Instrumentação, Elétrica, Controle de Processos, Automação Industrial, Predial e Metrologia Ano 23 – nº 266 – 2021 – www.controleinstrumentacao.com.br

Papel de destaque na aplicação de tecnologias

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Sumário

Talking About

Cover Page 28 A Jornada de Transformação Digital

Papel de destaque na aplicação de tecnologias

do setor de papel e celulose

A abordagem econômica atual ainda segue o padrão de extração/ produção/consumo/descarte, mas a economia circular ganha visibilidade, e o compromisso de quem se compromete com a sustentabilidade do planeta. Afinal, ela é considerada capaz de se regenerar por si mesma, é um sistema no qual extração e produção são organizadas de forma que os resíduos de um sejam um recurso para outro(s). A implantação dessa nova economia representa uma mudança sistêmica, novas oportunidades econômicas, benefícios ambientais e sociais. Em tese, uma economia circular vai diminuir a pressão sobre o meio ambiente, melhorar as cadeias de suprimento de matérias-primas, aumentar a competitividade, e promover o crescimento econômico. O papel se encaixa em uma economia circular? Claro! Desde sempre, o papel foi reciclado, e seus produtores estão acostumados a pensar o negócio de maneira circular, com anos de antecedência: precisam plantar árvores, cinco anos antes de ter a fábrica pronta. Aprenderam logo a reutilizar e reciclar. Também estão entre os primeiros a usar massivamente a tecnologia em toda a cadeia do negócio: a indústria de papel e celulose pode desempenhar um papel de antecipação de novas tendências! As tecnologias disruptivas já são realidade no setor, desde o monitoramento das florestas, até a logística, passando por cada etapa da produção, de cada tipo de papel. E, um pouco do trabalho desenvolvido no setor você, leitor, conhece na matéria de capa desta edição. Artigos e as notícias sobre os negócios de TO, TA e TICs também estão aqui – lembrando que estamos contando para você diariamente o que acontece, através de nossas mídias sociais e newsletters semanais. Chama a atenção, a mudança nas datas de alguns eventos – veja na seção steps que algumas foram transferidas 2022; apesar da vacinação avançada, os protocolos para eventos ainda parecem precisar de ajustes – saúde em primeiro lugar! Boa leitura O editor Colaboraram: assessorias de imprensa

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www.controleinstrumentacao.com.br ISSN 0101-0794

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Art 39 Tomada de Decisões Baseada em Dados – Sushi Sensor

43 Seções Permanentes 06 12 14 17 49

News Boletim PI Brasil Market Energies Cast

Próxima Edição –

Metrologia e Calibração Conformidade, gestão do processo, rotinas de calibração, Análise e emissão de certificados

NESTA EDIÇÃO Capa: Foto cedida pela Cenibra

www.editoravalete.com.br DIRETOR RESPONSÁVEL Waldir Rodrigues Freire DIRETORIA editoravalete@editoravalete.com.br ASSINATURAS comercial@editoravalete.com.br

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Os grandes eventos do setor estão todos aqui ao alcance

Steps 2021

novembro 09 a 11 – FPSO Brasil Congress – dora.zhang@iqpc.com.sg 09 a 13 – Automec – Rheed Exhibitions – Expo Center Norte /

E https://www.automecfeira.com.br/pt-br.html

16 a 19 – COBEE/2021 – 18º Congresso Brasileiro de

Eficiência Energética / E www.cobee.com.br/conta/cadastro

2022 O maior e mais completo evento do setor elétrico e eletrônico, da Geração de Energia à Conectividade, da Cadeia Produtiva do Setor Elétrico à Transformação Digital das Indústrias, a FIEE é um hub para os compradores de todas as indústrias – incluindo os mais diversos setores da Economia, como Energia, Telecomunicações, Mobilidade, Construção, Cidades, entre outras – onde se encontram diversas tecnologias e soluções, para eficiência e produtividade. A FIEE – Feira Internacional da Industria de Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade – apresenta uma feira segmentada, focada na evolução de seus setores, com exclusivas rodadas de negócios, conteúdo técnico setorizado, tecnologias aplicadas e muita oportunidade de novos negócios e conhecimento. O evento é segmentado, onde a FIEE Connectivity é palco para as tendências que transformam as indústrias, e a tornam cada vez mais convergentes, como indústria digital, IOT, digitalização, inteligência artificial, blockchain, enfim, tudo sobre a transformação digital e conectividade. E, a FIEE Energy, segmento dedicado a toda infraestrutura do setor elétrico, onde o mercado de energia e seus consumidores encontram soluções para as principais fontes de energia, tanto para geração centralizada, geração distribuída, como para cogeração de energia. Um mercado que está em plena transformação, e aqui apresenta a sua ampla variedade de soluções, de geração, transmissão e distribuição ao consumo de energia. De 29 de março a 01 de abril, no SP Expo. Informações: visitante@reedalcantara.com.br https://www.fiee.com.br/pt-br/o-evento.html O Conselho de Administração e a Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração – ABM, com o apoio da Comissão Organizadora Master, decidiram adiar a 6ª edição da ABM WEEK para o próximo ano. A semana técnico-científica, que aconteceria de 19 a 21 de outubro de 2021, foi transferida para os dias 7, 8 e 9 de junho de 2022. O local permanece o mesmo: o Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo. Informações e inscrições: https://www.abmbrasil.com.br/por/evento/abm-week-6-edicao

A 16ª edição da Analítica Latin America (www.analiticanet.com.br) foi transferida para 21 a 23 de junho de 2022, e avisa que quem estava inscrito já tem credenciamento confirmado automaticamente. Nesse meio tempo, o mercado de analítica terá um espaço na FCEsPhama e Cosmetic (Inscrições em https://www.fcepharma.com.br/credenciamento?utm_ medium=email&utm_source=sharpspring&sslid=M7M0MTC zNDW0MDa2BAA&sseid=MzI2MDUwMjEwMAYA&jobid=3 a26485a-6399-4340-9f81-d75768f65ee0) A Fenasucro & Agrocana se consolidou como o único evento do mundo exclusivamente voltado a todos os elos da cadeia produtiva de bioenergia, no que se refere à produção de etanol, açúcar, bioeletricidade e todos os seus subprodutos. Nos últimos anos, a marca se reposicionou para atender a outras indústrias, e fontes geradoras de energia sustentável sinérgicas, aos elos de sua cadeia produtiva, como: energia eólica e energia solar, além das indústrias de alimentos e bebidas e papel e celulose. Sua comunidade é uma das responsáveis pela transição energética, do mundo, para uma nova matriz energética mais sustentável, mais limpa e renovável. E essa comunidade reúne-se anualmente, para troca de conhecimento, tecnologias e negócios com os principais players e fornecedores desse setor, durante a feira presencial da Fenasucro & Agrocana, localizada em um dos principais hubs mundiais da indústria sucroenergética, Sertãozinho, no interior de São Paulo. A Fenasucro & Agrocana reúne, anualmente, cerca de 1.000 marcas, de todos os segmentos da cadeia produtiva, para apresentar soluções, inovações e tendências do mercado, e profissionais dos principais pilares da matriz energética e de todos os elos da cadeia produtiva de bioenergia. De 16 a 19 de agosto de 2022, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho/SP, organização de Reed Exhibitions Brasil (Reed Exhibitions) e CEISE Br. Com base no cenário brasileiro e nas projeções de cobertura da vacinação em 2021, o Conselho de Administração do IBP optou por transferir o evento, que seria realizado entre 21 e 24 de setembro deste ano, para o período entre 26 e 29 de setembro de 2022. A decisão foi tomada pensando na segurança de todos os stakeholders envolvidos – expositores, patrocinadores, congressistas, autores, visitantes e colaboradores –, mantendo as proporções do maior evento de óleo e gás da América Latina. O cuidado se faz ainda mais necessário, pelo caráter híbrido da conferência, que terá parte da programação online, e outra, física, diretamente do Pier Mauá, zona portuária no Rio de Janeiro. A decisão marca também a volta da conferência a um ano par, pelo qual ficou tão conhecida, no calendário de eventos de óleo e gás.

Mais notícias e eventos nas nossas redes sociais

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Os grandes eventos do setor estão todos aqui ao alcance

Steps

PEOPLE Mateus Hernandes Rodrigues é o novo Head Internacional da DB1 Global Software, uma empresa do Grupo DB1, especializada no desenvolvimento de software sob demanda, e sua missão é reforçar a estratégia de internacionalização da empresa nos Estados Unidos. Entre as metas para 2022, estão a abertura de uma sede fora do país, a prospecção de novos leads e clientes no exterior, o aumento de visibilidade em plataformas de networking, participação na publicação de artigos em revistas bem-conceituadas de todo o mundo, e a estruturação da operação nos Estados Unidos, a fim de atingir um patamar de qualidade e performance tão bom quanto, ou superior, ao que eles têm lá. Mateus ingressou no Grupo DB1, em abril de 2013, como estagiário, para uma função que não existia, e ele não sabia realizar, a Análise de Pontos de Função. É Engenheiro de Produção e Gestão de Projetos, formado pela Universidade Estadual de Maringá, com MBA em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas. A Scania anunciou Fábio Souza como novo vicepresidente e diretor-geral das operações comerciais, no Brasil. A partir de 1.º de outubro, Souza sucederá a Roberto Barral, que, nos últimos cinco anos, vem sendo o principal executivo das operações comerciais no país, e que ocupará, na mesma data, posição estratégica na Europa. Fábio Souza iniciou sua carreira na Scania em 2001 como analista de peças. Em 2004, liderou a gestão de precificação de peças, para a América Latina. Em 2006, foi para a Scania México, para atuar como gerente de Serviços e, três anos depois, se tornou diretor da área. Em 2013, retornou ao Brasil, para assumir a diretoria de Serviços, e iniciou uma revolução na forma de oferecer soluções, e atender as necessidades dos clientes. Ainda foi o responsável por introduzir na empresa, no Brasil, a conectividade nos caminhões e ônibus, e o pioneiro programa de manutenção flexível, com cobrança por km rodado e pagamento por faixa de consumo de combustível. Na posição, ficou até 2019, quando foi nomeado diretor-geral das operações comerciais da marca, na África do Sul. No país africano, Fábio Souza também é membro do Board da Scania Soluções Financeiras, e responde pela vice-presidência de veículos pesados da NAAMSA, associação local das fabricantes de veículos automotores. Fábio é graduado em engenheira industrial, pela FEI, com pós-graduação em administração de empresas e marketing, pela ESPM. Possui, ainda, especialização em administração e gestão, pela Stockholm School of Economics (Suécia).

O BMW Group do Brasil anunciou Otávio Rodacoswiski como Diretor Geral da fábrica do BMW Group em Araquari/SC, em substituição a Mathias Hofmann, que se aposenta, após quase 30 anos de empresa. Otávio Rodacoswiski assume a função a partir de 1º de setembro e, em suas funções no Brasil, irá se reportar diretamente para o círculo de produção da BMW, na Alemanha. Com mais de 20 anos de experiência na indústria automotiva e na produção de motores, motocicletas e automóveis, o brasileiro Otávio, de 48 anos, é Técnico em Mecânica pelo Cefet-PR, formado em engenharia mecânica pelo Centro Universitário Positivo, e fala três idiomas: inglês, alemão e português. Otávio volta à fábrica de Araquari após dois anos, quando atuava como Diretor da Montagem, e deixou o Brasil para assumir outras funções no BMW Group. Nesse período, atuou no setor de Production System Strategy, em Munique. Otávio teve seu primeiro contato com a BMW em 1999, quando trabalhou na Tritec Motors, em Campo Largo, uma joint venture da BMW que fabricou motores para a planta da MINI, em Oxford. Em 2007, ingressou no BMW Group como Lean Manufacturing Specialist, na fábrica de motores de Steyr, Áustria. Retornou ao Brasil em 2009, para assumir a função de Gerente Sênior de Produção na fábrica de motocicletas de Manaus/AM e, posteriormente, como Gerente Sênior de Pós-Vendas de BMW Motorrad, em São Paulo. Em 2013, chegou à fábrica de Araquari, onde atuou primeiro como Gerente Sênior de Montagem e, a partir de 2016, assumiu a posição de Diretor. Mathias assumiu a liderança da fábrica do BMW Group, em Araquari, em janeiro de 2018, quando substituiu Carsten Stoecker. Antes, já havia desempenhado funções-chave de gestão em diferentes áreas de produção, como Diretor da Fábrica de Motores em Hams Hall (Inglaterra), Diretor da Fábrica em Tiexi, Shenyang, na China, e Vice-Presidente de Compras de Equipamentos de Produção e Construção, em Munique, na Alemanha.

Erramos Na matéria “Ethernet intrinsecamente a dois fios – ABNT IEC TS 60079-47 – 2-WISE”, publicada na Edição 265/p. 53, o logotipo da ABNT estava desatualizado: o correto é o apresentado aqui. Destacamos, nesta oportunidade, os importantes trabalhos voluntários efetuados pelos profissionais brasileiros que participam das Comissões de Estudo da ABNT, como por exemplo, para o acompanhamento da evolução das normas técnicas internacionais das Séries IEC 60079 e ISO 80079 sobre “atmosferas explosivas”. O Brasil é um país do tipo “P” (Participante), membro do TC

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31 da IEC (Equipment for explosive atmospheres), e participa de todo o processo de elaboração, atualização, comentários, revisão, votação, aprovação e publicação destas normas técnicas internacionais. Os profissionais brasileiros das Comissões de Estudo da ABNT/CB-003 (Eletricidade), que compõe o Subcomitê SCB 003:031 (Atmosferas explosivas), já elaboraram ou revisaram, desde 2005, mais de 100 normas técnicas brasileiras adotadas, publicadas pela ABNT, envolvendo o tema “segurança dos equipamentos e instalações em atmosferas explosivas. E parabenizamos a ABNT e os membros das respectivas Comissões de Estudo pelos significativos trabalhos e esforços em prol do alinhamento, harmonização e adoção das normas técnicas brasileiras com as respectivas normas internacionais da IEC e da ISO”.

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Grupo WIKA reestrutura a Assistência Técnica A partir de agora, além da tradicional atividade de reparo dos instrumentos das Grandezas de Pressão (ex: manômetros, selos diafragma, etc.), Temperatura (ex: termômetros bimetálicos e a gás, etc) e Nível (ex: indicadores, visores e chaves de Nível, etc.), o departamento de Assistência Técnica do Grupo WIKA, expandiu a sua atuação para reparo dos equipamentos primários para Calibração voltados a Laboratórios, como por exemplo, balanças e controladores de pressão, banhos termostáticos, entre outros. Outro serviço já disponível é o reparo de analisadores e detectores de gás para utilização em Gás SF6. Previamente, esses serviços eram analisados na matriz (Alemanha). Com essa nova expansão, a unidade de Ipe-

Divulgação

Fábrica e equipe WIKA (Iperó-SP)

ró/SP está apta a fazer um diagnóstico preciso e rápido. Quando não for possível fazer o reparo nas instalações da WIKA do Brasil, os instrumentos serão enviados para a matriz (após aprovação do cliente). Com o diagnóstico sendo realizado no Brasil, o tempo de resposta ao cliente será bem menor, mas tendo a mesma qualidade do serviço padrão alemão.

Petrobras e Gerdau assinam contrato para fornecimento de gás natural A Petrobras e a Gerdau assinaram contrato para o fornecimento de gás natural no ambiente livre de comercialização para atendimento à unidade da Gerdau, localizada em Ouro Branco/MG. Esta celebração representa a primeira migração contratual de um cliente do mercado cativo para o mercado livre, e um marco no processo de abertura do mercado de gás natural. “O acordo direto, entre a Petrobras e a Gerdau, materializa a orientação da Petrobras de ir ao encontro dos objetivos do consumidor, ofertando novos produtos e soluções comerciais, aderentes às necessidades dos clientes, garantindo confiabilidade, competitividade, flexibilidade e satisfação para ambas as empresas”, afirma Rodrigo Costa, diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras. Para a Petrobras, o contrato faz parte da carteira de novos produtos, lançados em 2021, que oferece aos seus clientes novas condições comerciais, possibilitando-lhes uma melhor gestão de seu portfólio de compras de gás. O contrato acordado representa a indexação de um mix de produtos, com vigência até 2025. Além disso, o contrato confere, à Gerdau, segurança de suprimento e condições comerciais mais aderentes ao seu perfil de atuação, sendo que o início do fornecimento está previsto para ocorrer em 1º de janeiro de 2022, e após a celebração de contrato de serviço de distribuição entre a Gerdau e a respectiva Companhia Distribuidora

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Local, em consonância com a evolução legal e regulatória do mercado de gás natural de Minas Gerais. Divulgação “Essa parceria com a Petrobras coDivulgação roa a estratégia da Gerdau, de buscar o desenvolvimento e suprimento do mercado Gás no Brasil. Dessa forma, entendemos que, com o mercado desenvolvido, mais players seguirão na mesma direção, e novas oportunidades surgirão”, disse Vinicius Moura, gerente Geral de Suprimentos da Gerdau. A Petrobras e a Gerdau reforçam seus laços comerciais, além do compromisso e pioneirismo no desenvolvimento de soluções comerciais, com o objetivo de viabilização do ambiente de comercialização de gás natural aberto, competitivo, sustentável e cada vez mais desenvolvido no país.

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Ciência e inovação valorizados Divulgação

O primeiro dia do Congresso Andav 2021, promovido pela Andav – Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários – e pela Zest Eventos, teve, como destaque, palestras e painéis que promoveram o debate e a reflexão de temas estratégicos ao setor – alguns foram trazidos pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que participou da abertura da Plenária do evento. “Nosso modelo de agricultura tropical, baseado em muitos dos produtos e técnicas disseminadas por vocês (distribuidores), é um exemplo para o mundo: que é possível produzir, mas também conservar. É através da ciência e da inovação que alcançamos a posição de vanguarda que temos hoje no mundo”, declarou Tereza Cristina. Divulgação O debate sobre as últimas tendências tecnológicas do setor contou com dois painéis: um deles focado nas inovações em genética agropecuária, e outro, nas novidades em inteligência artificial e conectividade. Para a chefa geral da Embrapa Informática, Silvia Massruhá,

Transmissor de Densidade TDM-01

o protagonismo do Brasil na agricultura mundial se deve muito aos aportes em produção e em pesquisa de campo, nos últimos anos, mas a tecnologia tem papel determinante na evolução do setor. “Temos cada vez mais estações agrometeorológicas, conexões com satélites, drones que fazem monitoramento da lavoura, uso de blockchain, e o emprego da inteligência artificial nos campos” disse Silvia. Já o diretor de inovação da IBM Garage, Fabrício Lira, destaca a importância da inteligência artificial e disse que, apesar de parecer algo abstrato, a tecnologia tem muitas capacidades que, quando combinadas, geram soluções únicas ao agro, como seleção genética de sementes para determinado clima e terra. “Inteligência artificial leva a pensar em automatização dos processos, em otimizar algo que existe, ancorada em transparência e confiança”. Porém, os custos e os serviços de conectividade em áreas rurais são alguns dos entraves, para que os benefícios da tecnologia sejam aproveitados por todos os produtores brasileiros. Ciente disso, o diretor de investimentos e inovação do Ministério das Comunicações, Pedro Lucas, afirmou que a cobertura das conexões deve ser ampliada através dos serviços do 4G no edital do 5G, a quinta geração da telefonia móvel, que ainda será lançada. Com o edital, todas as redes vão chegar ao campo, e permitir a conectividade mais próxima do produtor. Lucas acrescentou que a tecnologia vai ser difundida pelas rodovias federais pavimentadas – os grandes corredores logísticos vão ter cobertura 4G, possibilitando o controle da frota, da logística e da rastreabilidade de produtos e insumos.

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Solução de armazenamento de energia apoia descarbonização A Wärtsilä fornecerá um sistema de armazenamento de energia de bateria (BESS) para a AGL Energy Limited, uma das empresas líderes de energia integrada da Austrália. O sistema de 250 MW / 250 MWh será instalado na Ilha de Torrens, no sul da Austrália. Será o primeiro projeto BESS em escala de rede da AGL, e o segundo maior na Austrália. Quando instalado, o sistema suportará um amplo portfólio de ativos de geração, tanto térmicos quanto renováveis, e ajudará a Austrália a descarbonizar e fazer a transição para um futuro de energia 100% renovável. O pedido com a Wärtsilä foi feito em julho de 2021. AGL é um provedor de serviços essenciais integrado, com capacidade de geração de eletricidade de mais de 11.000 MW, representando aproximadamente 20% da capacidade de geração total dentro daquele país. O pedido de mais de 100 MEUR é o primeiro, colocado no âmbito de um acordo assinado entre a Wärtsilä e a AGL, em 2020, para o fornecimento de projetos de armazenamento de energia. AGL planeja até 1 GW de armazenamento de energia, em escala de rede, em toda a Austrália, um país com recursos de energia renovável incomparáveis. A capacidade flexível do BESS da Wärtsilä fornece um meio eficiente, para equilibrar o

fornecimento de energia de fontes renováveis, mantendo a estabilidade e confiabilidade da rede. A tecnologia de armazenamento de energia desempenhará um papel fundamental na transição do setor de energia australiano Divulgação dos combustíveis fósseis convencionais, para uma energia mais limpa e renovável. “AGL e Wärtsilä compartilham a visão de trazer energia mais limpa e sustentável para o mercado, da maneira mais eficiente possível. Estamos entusiasmados em ver nossos planos de armazenamento Divulgação de energia, em escala de rede, ganhando vida e em trabalhar com a Wärtsilä, como um parceiro de projeto”, comentou o Diretor de Operações da AGL, Markus Brokhof. O sistema Wärtsilä irá operar inicialmente no modo de seguimento de rede, antes de mudar posteriormente para o modo de formação de rede (geração síncrona virtual – VSG), tornando-se a maior solução de armazenamento de energia, capaz de operar neste modo. Isso permitirá tempos de resposta muito rápidos, e preparará as instalações de Torrens Island para o futuro.

Investimento de R$ 100 milhões para montar parque fabril Dois anos após finalizar a aquisição da brasileira Sleep House, o grupo espanhol Pikolin, segundo maior da Europa, e com um faturamento anual superior a R$ 2,5 bilhões (€ 440 milhões), prepara uma ofensiva no mercado nacional. Atualmente com 52 unidades Sleep House, espalhadas principalmente no Estado de São Paulo, o grupo projeta, em três anos, chegar a mais de 200 lojas em todo o Brasil, e a montagem ou aquisição de outra fábrica, com um investimento total de cerca R$ 100 milhões, até 2024. Com base no modelo de franchising, a empresa colocará em prática, no segundo semestre, uma agressiva estratégia de expansão, para ampliar a rede Sleep House a partir de São Paulo, onde o grupo mantém um depósito de 10 mil m2 – com mais de 25 mil produtos para pronta-entrega –, em direção ao Interior Paulista e ao Rio de Janeiro. Até o fim do ano, a meta prevista no

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plano de negócios é contar com 65 lojas. Para o ano que vem, o objetivo é de pelo menos 108 unidades. Até 2023, a projeção é de 191 lojas. Em 2019, o grupo adquiriu os ativos de uma fábrica de colchões, espumas e travesseiros em Santa Catarina, a 180 Divulgação km de Florianópolis. Atualmente, a unidade – com quase 30 mil m2 – emprega mais de 300 colaboradores diretos, e 150 indiretos. Com significativa participação no mercado hoteleiro brasileiro, a fábrica responde também pelos produtos exportados para mercados vizinhos, como Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Colômbia e Chile. Líder no segmento de colchões na Espanha e na França, a companhia tem sede em Zaragoza, dispõe de 10 fábricas, e uma rede com mais de 500 lojas em 25 países – além da unidade fabril brasileira, são sete plantas na Europa e duas no Sudeste Asiático, empregando mais de 3 mil funcionários.

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Produção cresce, mesmo com paralisações de fábricas Divulgação

Apesar das paralisações totais ou parciais de 11 fábricas ao longo do mês de agosto, por conta da crise dos semicondutores, o esforço logístico das montadoras permitiu que a produção de 164 mil unidades superasse, em 0,3%, o volume de julho. Segundo o levantamento mensal feito pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – houve queda de 21,9% na produção, em relação a agosto de 2020, quando ainda não havia falta de componentes eletrônicos; o pior resultado para um mês de agosto, desde 2003. Após tantos meses rodando a um ritmo abaixo da demanda, os estoques nas fábricas e nas concessionárias estão sendo consumidos rapidamente, e sem condições de renovação nos pátios, no curto prazo. A Anfavea reporta que, na virada do mês, havia apenas 76,4 mil unidades disponíveis, estoque suficiente para menos de duas semanas de vendas, o que explica as filas de espera para vários produtos. É o pior nível, em mais de duas décadas. “Essa situação dos semicondutores traz uma enorme imprevisibilidade para o desempenho da indústria no restante do ano. Num cenário normal, estaríamos produzindo num ritmo acelerado nesta época do ano, quando as vendas geralmente ficam mais aquecidas”, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. “No ano passado,

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tínhamos boa produção no segundo semestre, mas uma demanda imprevisível, em função da Pandemia. Neste ano, temos a volta da demanda, mas infelizmente uma quebra considerável na produção”, acrescentou. A baixa oferta de produtos derrubou mais uma vez os números de licenciamentos. Foram 172,8 mil unidades vendidas, no pior agosto, desde 2005. A queda foi de 1,5%, sobre julho, e de 5,8%, em relação a agosto de 2020. Em meio à retração, alguns segmentos se destacam positivamente. Pela primeira vez na história, os SUVs venderam mais que a soma de hatches e sedãs, no país. Também os híbridos e elétricos tiveram participação recorde nas vendas, com 3.873 unidades, 2,4% de todo o mercado. Outros destaques positivos são a reação das exDivulgação portações e a manutenção do nível de emprego, ao longo da Pandemia. Após recuo em julho, as exportações reagiram em agosto, com alta de 23,9%, sobre o mês anterior. Ao todo, foram 29,4 mil autoveículos embarcados, 5,5% a mais que em agosto do ano passado. O segmento de caminhões é outro que colhe bons resultados, mesmo em meio à carência de certos insumos. A produção de 15 mil unidades cresceu 1,1%, sobre julho, enquanto as vendas de 13 mil unidades representaram alta de 8,1%, sobre o mês anterior.

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Modernização da fábrica de celulose de Guaíba-RS A Valmet e a CMPC assinaram uma carta de intenções (LOI) para o fornecimento da tecnologia chave para o projeto BioCMPC. A meta do projeto é aumentar a capacidade de produção da linha 2 da fábrica de celulose de Guaíba, de 1,5 milhão de ADt/ano (toneladas secas ao ar por ano), para 1,85 milhão de ADt/ano. A modernização está prevista para entrar em operação no quarto trimestre de 2023. As empresas pretendem finalizar o contrato durante o próximo mês. Este projeto de modernização, o BioCMPC, além de aumentar a capacidade de produção da fábrica de Guaíba, também irá melhorar o desempenho ambiental da unidade, com ações como, por exemplo, o aumento da produção de energia renovável, e a redução no consumo de água no processo de produção de celulose. “A Valmet entregou a linha 2 da fábrica de Guaíba, da CMPC, em 2015, e a fábrica tem sido uma referência para muitas de nossas tecnologias. Ao longo desses anos, introduzimos soluções de Internet Industrial de valor agregado, e oferecemos nossos serviços especializados para manutenção da fábrica. Ser escolhido como o principal parceiro para este projeto notável reforça o compromisso da Valmet com um futuro mais sustentável”, disse Celso Tacla, presidente da Valmet na América do Sul. Com este projeto, a Valmet continua entregando a melhor tecnologia disponível, combinada com soluções líderes em automação e internet industrial, para uma produção de celulose ainda mais sustentável e eficiente – esta entrega contará com a mais moderna tecnologia, para diminuir o uso de água, reduzir as emissões e eliminar gases odoríferos. Os especialistas da Valmet apoiarão a otimização do desempenho da fábrica, tanto no local quanto remotamente. A entrega da Valmet para a modernização da linha 2 da fábrica de celulose de Guaíba incluirá reformas na secagem de celulose, linha de fibras, evaporação e planta de licor branco, uma nova caldeira de recuperação, e um novo tratamento de cinzas, além de uma extensão no sistema digital de controle distribuído (SDCD), incluindo aplicações avançadas de internet industrial. A entrega é complementada por pacotes de peças sobressalentes. A modernização da linha inclui melhorias para alta confiabilidade e desempenho, com baixo impacto ambiental. A modernização da linha de secagem de celulose aumentará a capacidade de secagem e enfardamento, e performance, com os mesmos altos requisitos de segu-

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rança operacional, que sempre orientam os projetos da Valmet. A modernização inclui melhorias para depuração e secagem, passagem de ponta automática, e uma linha adicional de enfardamento. Na linha de fibras, a modernização inclui a atualização da tecnologia da planta de cozimento, melhorias na linha de fibras na lavagem marrom e lavagem pós-oxigênio, bem como um estágio adicional de branqueamento. A modernização oferece flexibilidade para minimizar o uso de água e a geração de efluentes, melhorando a sustentabilidade da linha de fibras e dos KPIs ambientais. A modernização da planta de licor branco inclui o aumento da capacidade do forno de cal e caustificação. O preDivulgação cipitador eletrostático (ESP) do forno de cal e o filtro de lama de cal garantirão baixas emissões. A planta de evaporação será atualizada para processar 2.000 t de água, por hora. O projeto de oito efeitos oferece alta economia de vapor, e apresenta a inclusão de mais um evaporador Valmet Tubel, robusto e confiável. A planta de tratamento de condensado será aprimorada, e garantirá somente geração de condensados limpos, reduzindo o consumo de água da fábrica. A nova caldeira de recuperação terá uma capacidade projetada para 1.900 tds/d (toneladas de sólidos secos por dia), e contará com vários recursos de alta eficiência, para baixo consumo de energia e alta geração de vapor. A entrega também inclui precipitadores eletrostáticos (ESP), feitos sob medida para as condições da caldeira de recuperação. As cinzas da caldeira de recuperação serão tratadas com a tecnologia Ash Leaching Divulgação Duo, que oferece fácil operação, e maior eficiência e flexibilidade, para maximizar a recuperação dos produtos químicos de cozimento. A fábrica da CMPC em Guaíba já é uma referência no setor, como uma fábrica livre de odores. A coleta e o manuseio dos gases odoríferos da fábrica serão ainda mais eficientes, com a modernização destas tecnologias nas ilhas de processo. A entrega de automação inclui o sistema digital de controle distribuído “Valmet DNA”, e controles avançados de processo (APC), analisadores e medições online, para determinadas áreas de processo. A entrega conta ainda com um amplo pacote de serviços Valmet Industrial Internet (VII), com suporte especializado local e remoto. Os serviços de VII incluem suporte do Valmet Performance Center, aplicações como Data Discovery, Dynamic Center Line Advisor, ferramentas de monitoramento de performance e simuladores de treinamento de operadores.

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C&I News

ArcelorMittal reinicia operação da aciaria em Barra Mansa/RJ A ArcelorMittal retomou oficialmente as operações da Aciaria na unidade de Barra Mansa/RJ, no ano em que completa seu centenário de Brasil. A iniciativa demandou investimentos da ordem de R$ 19 milhões, para consolidar a segurança das pessoas e dos ativos, a reforma e melhoria de equipamentos utilizados na produção e nos cuidados com o meio ambiente, a partir do mês de setembro. A retomada das atividades na Aciaria é fruto do crescimento da demanda do mercado de aço, e pela expectativa de crescimento econômico do país. Foram gerados, desde abril, cerca de 130 novos empregos diretos. Segundo Tatiana Nolasco, Diretora de Negócios Industriais das unidades de Barra Mansa e Resende, a empresa está sempre atenta às dinâmicas de mercado e às possibilidades de novos projetos e investimentos na região. “Investimos muito nessas unidades, nos últimos 3 anos, em termos de processo, tecnologia e segurança das

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pessoas e dos ativos. Para viabilizar o retorno da Aciaria, após 2,5 anos de paralisação, priorizamos investimentos para garantia da segurança, das pessoas e dos processos, que é a nossa maior prioridade. Também estruturamos um robusto programa de capacitação das pessoas. Sentimento de gratidão, por protagonizar esse momento histórico de retomada dessa Aciaria, algo que tem um significado enorme para todos que trabalham conosco, e para a comunidade, gerando número considerável de empregos na região, tudo com zero acidente”, destaca. Divulgação

Desenvolvimento de papéis ecológicos em coater piloto mais moderno do mundo A poluição ambiental gerada pelo plástico é um dos grandes desafios do nosso tempo. Por isso, alternativas ecológicas às embalagens à base de petróleo vêm sendo pesquisadas, há muito tempo. Uma solução inovadora e sustentável para esse desafio são os papéis barreira versáteis, altamente recicláveis, e totalmente biodegradáveis. Entretanto, o processo de revestimento desses papéis é muito sofisticado, devido, tanto à alta precisão envolvida na aplicação de uma ou mais camadas funcionais, quanto à sensibilidade dos revestimentos a variações de temperatura durante a sua secagem. Com o aumento do interesse de clientes, do mundo inteiro, pela realização de testes em papéis barreira e outras soluções flexíveis de embalagens, a Voith decidiu investir em uma ampla reforma no coater piloto, instalado em seu Centro de Tecnologia, em Heidenheim, para equipá-lo com as tecnologias mais avançadas do mercado. Dessa forma, os recursos de secagem da máquina foram significativamente aumentados, o sistema de guia da folha foi aprimorado, e a máquina foi equipada com tecnologias de automação de ponta, para oferecer as melhores condições de teste para os clientes. “Com a modernização do coater piloto, os clientes da Voith poderão realizar testes extremamente

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flexíveis, com diferentes revestimentos, em todos os tipos de papéis especiais, papéis embalagem, papéis cartão Divulgação e gráficos – e tudo isso com uma secagem de máxima eficiência”, afirma Frank Opletal, diretor de tecnologia da Voith Paper. “Os clientes poderão então usar o conhecimento adquirido nesses testes para aplicações práticas. Com a possibilidade de produzir pequenos lotes, para testar o mercado, ou comparar diferentes conceitos de máquinas, nossos clientes aumentarão a confiabilidade do seu planejamento para projetos futuros.” Com esta reforma, mais uma vez, a Voith aumenta a flexibilidade do coater piloto. As diferentes estações modulares de revestimento do coater piloto permitirão testar até 18 variantes de revestimentos. Assim, as duas estações SpeedSizer AT, por exemplo, poderão ser usadas, não apenas da maneira convencional, para a aplicação de tinta, mas também como uma prensa de cola, ou SpeedSizer de alta penetração. Além dos métodos de aplicação existentes (rolos ou lâminas no SpeedSizer ou no DynaCoat), a máquina oferecerá o novo DynaLayer – a opção mais utilizada para tipos de papel barreira, com funcionalidades especiais. A tecnologia compacta por cortina permite aplicar até três camadas de revestimento, simultaneamente.

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W ebinar aborda Tecnologias PROFIBUS e PROFINET

Treinamentos PI Brasil | 2º semestre / 2021

No dia 19 de agosto, a PI Brasil promoveu o webinar Tecnologias PROFIBUS e PROFINET, com duas palestras. A primeira delas foi “Alarmes e Diagnósticos em Redes PROFIBUS”, que mostrou os conceitos básicos das redes PROFIBUS DP/PA, além do tratamento de alarmes e eventos para o gerenciamento de ativos do sistema. O tema foi apresentado por Renato Fernandes Júnior, professor doutor de Engenharia de Controle e Automação na Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia e coordenador do Centro de Competência PROFIBUS/PROFINET Certificado (PICC/UFU).

Para informações sobre os cursos, locais e inscrições, basta acessar: www.profibus.org.br/treinamentos. Confira o calendário de cursos oferecidos pela PI Brasil, por meio dos Centros de Treinamentos PROFIBUS/PROFINET Certificados (PITCs), para o segundo semestre, com capacitações presenciais e online.

PRESENCIAIS CPE – Engenheiro Certificado PROFIBUS Data: 22 a 26/11/2021 Local: PITC WESTCON – São Paulo-SP Data: 13 a 17/12/2021 Local: PITC Inatel – Santa Rita do Sapucaí-MG

Paulo Toledo, sócio fundador e diretor da Toledo & Souza Engenharia, coordenador do PICC/Toledo & Souza Engenharia e diretor de Tecnologia PROFIBUS DP/PA na PI Brasil, abordou “PROFINET - Alarmes e Troubleshooting”, para se entender o básico sobre a qualidade e a quantidade de informações que o protocolo possui, tanto para o gerenciamento dos ativos instalados em PROFINET como para manutenção da própria rede.

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CPNE – Engenheiro Certificado PROFINET Data: 08 a 11/11/2021 Local: PITC Inatel – Santa Rita do Sapucaí-MG ONLINE * Membros PI Brasil possuem desconto especial na inscrição.

Introdução ao protocolo AS-I Data: 18/10/2021 Introdução ao protocolo IO-Link Data: 25/10/2021

** Cursos aplicados na modalidade online não oferecem certificação.

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PI e os ventos da mudança ainda era o nível de automação – Tecnologia Operacional (Operational Technology - OT). O uso da Ethernet no campo de produção abriu uma porta para uma comunicação quase sem barreiras para os níveis de TI dos locais de produção, mesmo entre locais diferentes. Mesmo que os diferentes formatos de dados e semânticas que se estabeleceram nos dois níveis ainda formem uma certa barreira, isso já atendeu a um importante pré-requisito para chegar a um nível mais alto de digitalização.

Se quiser ser bem-sucedido, você tem que reconhecer as tendências e estar aberto àquelas que trazem grandes benefícios aos seus clientes. Por exemplo: fabricantes de equipamentos e sistemas de produtos para uso em ambiente de produção reconheceram os benefícios dos sistemas de comunicação há mais de 30 anos. Para ter liberdade de escolha referente a produtos, os usuários finais têm demandado padrões abertos nesse sentido. Isso levou, entre outras coisas, ao desenvolvimento do PROFIBUS e à fundação da organização PROFIBUS para garantir o desenvolvimento e disseminação a longo prazo dessa tecnologia. No início, as atividades de desenvolvimento estavam focadas nas comunicações em tempo real para automação industrial. Só gradualmente foram acrescentados aspectos orientados à aplicação. Apareceram os primeiros perfis, por exemplo, PA Devices. No decorrer do desenvolvimento, apareceu a segunda geração de sistemas de comunicação baseados no padrão IEEE Ethernet standard, PI (PROFIBUS & PROFINET International) focados em importantes aspectos orientados para aplicação, tais como os formatos de dados padronizados para perfis e diagnósticos desde o início. O PROFINET rapidamente se estabeleceu como líder de mercado devido à sua forte coordenação com os usuários finais. No entanto, a área de aplicação

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A medida para uma ampla realização da Indústria 4.0 está diretamente relacionada com os dois fatores de digitalização consistente e padronização horizontal bem como vertical da troca de dados e informações. A base para isso é uma tecnologia de comunicação robusta com capacidade em tempo real para OT, e também uma plataforma de comunicação segura e poderosa para controle de produção, bem como para troca de dados com a nuvem e outros serviços de TI. O resultado desse ambiente de mudança é que as comunicações industriais se tornaram ainda mais importantes e dominantes do que eram antes. No entanto, esse ambiente em mudança também alterou decisivamente a perspectiva dos grupos de trabalho envolvidos em desenvolvimentos tecnológicos. Por um lado, o forte foco nos problemas de comunicação deu margem a uma crescente temática que, além da visão das comunicações, também se refere a diferentes aspectos de aplicação e assume uma visão entre níveis. Por outro lado, mudaram os processos de desenvolvimento. Hoje, uma organização dificilmente chega a uma posição de abranger todos os aspectos. E isso nem é necessário, porque na área de TI do ambiente industrial, por exemplo, está disponível a OPC Foundation, uma organização que já proporcionou uma base sólida de tecnologias estabelecidas que formam

um complemento ideal para as tecnologias no ambiente OT. O complemento inclui os dois aspectos de padrões para comunicação vertical e formatos de dados padronizados. Era logico, portanto, para a PI desenvolver esses aspectos em cooperação com a OPC Foundation. Com relação ao canal de comunicações, os especialistas demonstraram alto grau de previsão anos atrás, quando decidiram admitir a OPC UA como um canal coexistente nas redes PROFINET. Assim, somente formatos de dados em nível cruzado tinham que ser manipulados. Nesse contexto, padrões complementares foram criados em grupos de trabalho conjuntos para vários aspectos, nos quais são especificados modelos de informação aberta; outros estão em obras. Há ainda outro campo no horizonte que só pode ser resolvido por meio da cooperação com outras organizações. A disponibilidade da TSN (Time-Sensitive Networking) levanta a questão das redes convergentes na área OT, em que outros sistemas de comunicação baseados na Ethernet são usados em um sistema além do PROFINET. Deve ser possível configurar tais redes de uma maneira sobreposta. Outro exemplo de um campo abrangente nesse contexto é a segurança. Os usuários finais já estão pedindo a harmonização das diferentes abordagens. Essa mudança exigiu uma nova direção estratégica no desenvolvimento das tecnologias da PI. A PI aceitou o desafio. A resposta é a transição de um portfólio tecnológico que antes era orientado a comunicações para outro orientado para informações.

(*) Peter Wenzel, diretor executivo PROFIBUS Nutzerorganisation (PNO)

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IoT: onde investir até 2022 Devido ao atual ambiente de negócios incerto, os fornecedores de tecnologia de IoT podem ganhar participação de mercado, visando às regiões, tecnologias e verticais mais atraentes, enquanto ‘despriorizam’ as menos atraentes. Recentemente, entrevistamos um provedor de tecnologia IoT, que quase perdeu todo o negócio, devido aos efeitos do Covid-19, mas mudou rapidamente. A empresa obteve sucesso inicial no mercado, fornecendo soluções para a digitalização de edifícios de escritórios comerciais. No início de 2020, aconteceu o Covid-19 e, da noite para o dia, todos os investimentos em prédios comerciais foram interrompidos, porque as pessoas ficaram em casa. Seis meses depois, ainda em meio aos bloqueios, a empresa estava prosperando novamente. Por quê? Eles mudaram seus esforços para a digitalização de edifícios especializados, como aeroportos e hospitais, que precisavam urgentemente de rastreamento e outras aplicações de IoT. Este exemplo mostra que, em tempos de mudança, o sucesso de todo um negócio de tecnologia pode depender da compreensão de quais segmentos de mercado são ou permanecem atraentes, e quais estão limitando seus orçamentos. Os mercados podem mudar radicalmente em questão de meses, e os fornecedores de tecnologia precisam estar cientes dessas mudanças, e estar prontos para a dinâmica. O último relatório State of IoT destaca mais de 100 notícias recentes relacionadas à IoT, as 100 maiores rodadas de financiamento relacionadas à IoT dos últimos nove meses, grandes aquisições no espaço, a contribuição de nossa equipe sobre 36 tendências atuais, e uma visão do cenário de fornecedores de IoT: o mercado de IoT está claramente acelerando, apesar de prejudicado pela escassez de chips. Os mercados de tecnologia digital em geral tiveram um impulso constante e difundido, em 2021. Como Julie Sweet, CEO da Accenture , disse em teleconferência de junho de 2021: “A dinâmica do mercado que estamos vendo não é apenas de recuperação do padrão de gastos mais baixos no início da Pandemia, mas de um crescimento mais sustentado da demanda, à medida que as empresas correm para se modernizar e acelerar suas iniciativas digitais.”

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Isso também é o que estamos ouvindo em nossas discussões de pesquisa sobre tecnologia de IoT. As duas principais preocupações remanescentes na indústria no momento são a escassez de chips semicondutores IoT, e os impactos regionais contínuos do Covid-19. Os orçamentos de tecnologia em 2021 e em 2022 diferem muito por região, e ainda estão fortemente correlacionados aos impactos regionais do Covid-19, com a América do Norte e a Europa aumentando os gastos com tecDivulgação nologia de IoT, enquanto a maioria dos lugares na APAC e no resto do mundo são cautelosos, quando se trata de inovação e investimentos em tecnologia. Existem muitas oportunidades para fornecedores de tecnologia. Abordar algumas das tendências de demanda atuais no mercado os ajudará a fortalecer suas soluções e conquistar clientes. Aqui estão oito tópicos de tecnologia importantes pelos quais os clientes estão cada vez mais dispostos a pagar: 1. Serviços de migração e modernização em nuvem; 2. Interfaces de desenvolvimento de baixo código / sem código; 3. Configurações ou recursos de cibersegurança de última geração; 4. Soluções ponta a ponta fáceis de configurar – a complexidade ainda é inimiga de todas as iniciativas de IoT; 5. Soluções que suportam interfaces de programação de aplicativos (APIs) abertas e ecossistemas de dados – há um foco crescente em dados limpos e / ou estruturas de dados semânticos, para contextualizar, sintetizar e resolver problemas de dados de IoT; 6. Soluções de ponta inteligentes e conectadas; 7. Ofertas que apoiam iniciativas de sustentabilidade; 8. Aplicativos de software com infusão de AI.

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Market

Poderoso, transparente, seguro O sistema da Beckhoff para fornecimento e monitoramento de energia

www.beckhoff.com/power-supply-and-energy-monitoring Fonte de alimentação Potente: até 960 W/1,440 W e classificação de alta eficiência Transparente: LED DC OK e contato de relé para indicação de status 24/48 Vcc Seguro: operação confiável e longa vida útil Proteção contra Sobrecorrente Poderoso: proteção e EtherCAT em um único dispositivo Transparente: as informações de monitoramento garantem alta disponibilidade do sistema Seguro: proteção de 24 Vcc, desligamento rápido para a faixa de ms Monitoramento de energia Potente: ampla gama de cartões de medição, transformadores de corrente SCT de 1 A a 5.000 A Transparente: medição de potência em qualquer máquina até a faixa de μs Seguro: monitoramento de isolamento com base na medição de corrente residual contínua (tipo A)

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Market

Empresas preferem “usar” a comprar equipamentos de infraestrutura tecnológica A Simpress, empresa especializada em terceirização de equipamentos de tecnologia, realizou um levantamento com cerca de 150 líderes de tecnologia de grandes empresas brasileiras, durante o evento CIO Brasil, organizado pelo IT4CIO, e o resultado demonstra que a maioria já atua no modelo híbrido de contratação de infraestrutura de TI. Ou seja, parte de seus hardwares é própria, e parte é gerenciada por empresas terceiras, através do modelo de outsourcing, com gestão completa já inclusa. Essa é uma tendência sem volta, avalia a Simpress, que atua nesse mercado há 20 anos. Segundo a companhia, são vários os fatores que levam as empresas a priorizarem o outsourcing, locando a maior parte dos equipamentos de TI. Entre eles, a flexibilidade para aumentar o volume dos equipamentos, de uma hora para outra, a economia gerada, a facilidade de manutenção e atendimento aos usuários, o foco da equipe de TI em atividades core, o gerenciamento mais efetivo do parque, e até o descarte correto dos equipamentos, ao final do seu ciclo de vida. Cerca de 55% dos entrevistados afirmou que suas empresas trabalham com modelo híbrido nos escritórios, alugando e comprando equipamentos: 23% fazem outsourcing, e 22% compram os equipamentos e soluções. Em relação aos equipamentos, o outsourcing de impressão é utilizado por 26,4% da amostra, seguido pela locação de notebooks e desktops (25,4%), e pelo aluguel de smartphones e tablets (19,4%). O gráfico a seguir mostra qual a prioridade das empresas, em relação aos equipamentos no modelo do outsourcing. A dificuldade em gerenciar o parque de equipamentos é o principal motivo que leva à adoção do modelo de outsourcing, que libera os gestores dessa tarefa, proporcionando mais eficiência e agilidade para os negócios. Entre os principais desafios encontrados pelos gestores, o maior é ter a gestão do parque instalado dos equipamentos de TI (34%), seguido pela dificuldade em gerenciar mais de um fornecedor (15%), e pela falta de tempo do time de TI para gerenciar a infraestrutura (17%).

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Divulgação

Atenta a esse movimento, a Simpress criou o conceito de Outsourcing das Coisas (OoT). “A tendência do ‘usar’ versus o ‘ter’ invadiu recentemente a vida pessoal, e ganhou um novo impulso, também, na área corporativa”, explica Paulo Theophilo Moreira, diretor de Marketing da Simpress. Segundo o executivo, o crescimento do modelo de outsourcing para smartphones e coletores de dados foi impulsionado, principalmente, pelo varejo e pelas operações de e-commerce. “Muitos varejistas adotaram o WhatsApp como ferramenta de atendimento ao consumidor e de vendas, mas não dispunham de equipamentos suficientes para todos os vendedores, e precisavam de uma gestão e monitoramento do parque mais eficiente. Já nas empresas de e-commerce, a automação para acompanhar o crescimento do setor foi essencial, e os coletores de dados, por exemplo, tiveram papel fundamental para garantir o controle dentro dos centros de distribuição e a rastreabilidade das entregas”, explica Paulo. Atualmente, a Simpress gerencia mais de 400 mil equipamentos instalados pelo Brasil, em 1.600 empresas de todos os setores da economia. Sua atuação é voltada para o público corporativo de grandes e médias empresas, e conta com uma rede de revendedores para o mercado SMB (Small Business). Desenvolveu a plataforma SaaS, para levar às empresas benefícios que atendam às suas necessidades com impressão, digitalização, otimização de processos, locação de desktops, notebooks, smartphones e tablets, além de soluções que levam inovação digital e segurança. Divulgação

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Energies

Diretrizes para o Leilão de Reserva de Capacidade de 2021

Eletronorte vende 49% na NBTE

Eletrobras

Com a publicação da Lei 14.120/21 (oriunda da Medida Provisória 998) e do Decreto 10.707/21, que regulamentou a contratação de reserva de capacidade na forma de potência, o Ministério de Minas e Energia realizou a consulta pública 108/21, para discutir, com a sociedade, a proposta de diretrizes para o Leilão de Reserva de Capacidade de 2021. Após analisar as contribuições, o Ministério publicou as diretrizes do Leilão, que será realizado no dia 21/12/2021, por meio da Portaria MME 20/21. Segundo tais diretrizes, poderão ser contratadas, potência elétrica e energia associada, somente por meio de empreendimentos termelétricos, novos e existentes, com início de suprimento de potência a partir de julho de 2026, e de energia, a partir de janeiro de 2027. No certame, serão negociados dois produtos com prazo de suprimento de quinze anos: 1. Produto Energia: o compromisso de entrega consiste em energia proveniente de novos empreendimentos de geração, na modalidade quantidade, associada à geração inflexível. Para oferta desse produto, poderão participar empreendimentos termelétricos com inflexibilidade operativa anual de até 30%; 2. Produto potência: o compromisso de entrega consiste em disponibilidade de potência. Poderão ofertar esse produto: a. Empreendimentos de geração termelétrica totalmente flexíveis, novos e existentes; e b. Empreendimentos termelétricos, novos e existentes, com inflexibilidade operativa anual de até 30%, que se sagrarem vencedores do produto energia. Somente será admitida a participação de empreendimentos com CVU inferior a R$ 600/ MWh, e o detalhamento da sistemática a ser adotada no leilão de reserva de capacidade de 2021 será objeto de consulta pública, a ser divulgada pelo MME. No comunicado publicado no site do Ministério, foi informado que a contratação de 8.000 MW de usinas térmicas, prevista na Lei 14.182/21, que versa sobre a desestatização da Eletrobras, vai ser objeto de outro leilão de reserva de capacidade, com condições específicas, com perspectiva de ser realizado no primeiro trimestre de 2022. Em complemento, o comunicado informa que as entidades governamentais do setor elétrico estão avaliando a possibilidade de contratação de reserva de capacidade para o curto prazo, para atendimento a demandas emergenciais, em razão da crise hídrica, frente à possibilidade disposta na MP 1.055/21.

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Divulgação

A Eletronorte e a Leovac Participações S.A. assinaram o Contrato de Compra e Venda de Ações da Norte Brasil Transmissora de Energia S.A. (NBTE). No documento, a Eletronorte se comprometeu a alienar a totalidade de sua participação de 49% na NBTE; o equivalente a R$ 700 milhões pela operação, referenciado a 31 de dezembro de 2020. Em Fato Relevante, a Eletrobras afirmou que a operação será concluída após a obtenção das devidas aprovações, da realização do pagamento e da transferência das ações. A atividade está no escopo da iniciativa de racionalização das participações societárias da Eletrobras, nos termos do Plano Diretor de Negócios e Gestão (PDNG 2021-2025), divulgado ao mercado por meio de Fato Relevante, em 23 de dezembro de 2020. A NBTE é uma sociedade por ações de capital fechado e prazo indeterminado, constituída em 6 de maio de 2008. Tem, como objeto social, único e exclusivo, a construção, implantação, operação e manutenção do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica da Rede Básica do Sistema Elétrico Interligado, composto pela Linha de Transmissão Coletora Porto Velho (RO) / Araraquara 2 (SP), n° 2, em Corrente Contínua, em 600kV, bem como as demais instalações necessárias às funções de medição, supervisão, proteção, comando, controle, telecomunicação, administração e apoio. A alienação da participação da Eletronorte na NBTE, com base em oferta apresentada pelo sócio, para o exercício do direito de venda conjunta, envolveu diversas áreas da Empresa; foi realizada Due Diligence, Valuation e Fairness Opinion, que são estudos e laudos que certificaram se o valor ofertado é justo, e remunera adequadamente o investimento realizado pela Eletronorte.

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Energies

Inauguração da primeira planta piloto de hidrogênio verde em Magallanes, Chile

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Novo heliostato revoluciona mercado de energia solar térmica

Chile Ministry of Energy

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O lançamento da primeira planta piloto em escala industrial do Chile para produção de hidrogênio verde, em Cabo Negro, norte de Punta Arenas, contou com a presença do Ministro de Energia e Minas, Juan Carlos Jobet, junto com representantes da Enel Green Power Chile, AME, Siemens Energy, Porsche, Enap e Exxon Mobile, e autoridades locais. Essa usina vai produzir hidrogênio verde, por meio do processo de eletrólise, movido diretamente por uma turbina eólica, que capta a energia do vento abundante na região. Esta será a primeira planta do gênero no país, e uma das maiores da região. Também é um marco, pois, é o primeiro projeto da Enel Green Power para produzir hidrogênio verde que começa a ser construído globalmente. “Esta inovação destaca de forma concreta o progresso feito no desenvolvimento de um projeto, que mostra como Divulgação será possível para as empresas atingirem seus objetivos de sustentabilidade em setores de difícil descarbonização, e que até hoje foram obrigados a usar combustíveis fósseis. Com suas condições para desenvolver e promover as energias renováveis, o Chile é o lugar ideal para a pesquisa, o desenvolvimento e a implementação de novas tecnologias, que contribuirão para o desenvolvimento sustentável do país," disse Paolo Pallotti, gerente geral da Enel Chile. Este primeiro projeto piloto, em escala industrial para produzir hidrogênio verde, é alimentado por energia verde gerada por uma turbina eólica de 3,4 MW, e usa um eletrolisador de 1,25 MW, que produzirá hidrogênio verde a partir da água. Esse hidrogênio será então usado para produzir combustíveis neutros em carbono. A planta deve estar operacional no segundo trimestre de 2022. Os dados fornecidos pelo eletrolisador, a operação e o desenvolvimento desse combustível são hoje uma fonte para o desenvolvimento do hidrogênio verde já em escala industrial, que começa a se delinear em Punta Arenas. A Patagônia é conhecida por ter uma das melhores energias eólicas do mundo, devido à sua proximidade com a Antártica, como mostra um estudo de recursos eólicos realizado pela EGP Chile, nos últimos anos.

A Acciona desenvolveu, em conjunto com a espanhola Tewer , um novo heliostato, com uma superfície de 146 m2, sob o nome de ATH146. Esta solução é resultado de um longo processo de design, fabricação e montagem, com o objetivo de otimizar seu desempenho e qualidade ótica, além de reduzir seu custo. O heliostato está sendo testado nas instalações do Ciemat, na Plataforma Solar de Almería. A Acciona explica que “o objetivo deste projeto é estabelecer a padronização necessária da tecnologia solar térmica renovável, para que possa enfrentar os desafios construtivos que se avizinham. Portanto, este heliostato tem um desenho modular, capaz de se adaptar às diferentes condições do solo em todo o mundo, ao ponto de resistir em locais com alta atividade sísmica e erosiva, como o Chile ou o Marrocos”. O desenvolvimento do ATH146 foi possível, graças às diferentes inovações técnicas aplicadas no processo. Entre eles, está o projeto de uma faceta inovadora composta por um espelho solar altamente refletivo apoiado por apenas três perfis lineares; o desenvolvimento de um sistema de montagem e de bordas sem tensão, que minimiza os erros de montagem, e a simplificação do tubo; torque para evitar complexas operações, e permitindo a fabricação em uma única peça; e a criação de um sistema de controle inteligente, que reduz os tempos de calibração. A Acciona integrou toda a cadeia de valor do setor termossolar espanhol, aproveitando a liderança das empresas espanholas neste setor, para finalmente ter um heliostato que garanta a melhor solução para a construção e operação de um campo solar resistente, confiável e de alto desempenho. “O heliostato ATH146 favorece o desenvolvimento de tecnologias renováveis gerenciáveis em consonância com o Plano Nacional Integrado de Energia e Clima, e a estratégia de Descarbonização do setor elétrico espanhol, apresentando-se no mercado como um produto de baixo custo, que promoverá a implantação desta tecnologia em nível nacional e internacional, conseguindo também uma redução significativa das emissões”, acrescenta a Acciona.

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Energies

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Energies

Campo Largo 2 opera 100% Divulgação

A ENGIE obteve a autorização de operação comercial pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica das três últimas das 11 centrais eólicas do Conjunto Eólico Campo Largo 2, nos municípios de Umburanas e Sento Sé, na Bahia. Com investimento de R$ 1,6 bilhão, o empreendimento incrementou 361,2 MW ao portfólio da Companhia e ao sistema elétrico nacional. Com isso, a ENGIE chega a 1.262,6 MW de capacidade instalada em energia eólica, no Brasil, dos quais mais de 1 GW, apenas na Bahia, considerando, além de Campo Largo 2, os Conjuntos Eólicos Campo Largo 1 e Umburanas, que entraram em operação em 2018 e 2019. “As sinergias existentes na região, entre elas, a utilização da mesDivulgação ma subestação, linha de transmissão, infraestrutura de canteiro e acessos internos, possibilitaram a aceleração da entrega deste empreendimento. Além disso, mesmo diante da Pandemia por Covid-19, o alto comprometimento e a experiência dos nossos times em campo foram diferenciais na gestão deste projeto, em meio a tantos desafios”, disse Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da Engie Brasil Energia. As obras do Conjunto Eólico Campo Largo 2 foram iniciadas em julho de 2019, e os primeiros aerogeradores começaram a ser montados em julho de 2020, atividade realizada paralelamente à ampliação da subestação, e implantação das redes de média tensão. A entrada em operação comercial do primeiro parque aconteceu em fevereiro de 2021 e, em agosto, foram finalizadas as montagens dos 86 aerogeradores, e o comissionamento de todas as máquinas. Por conta da grandiosidade do empreendimento, a logística para o transporte de equipamentos de grande porte e a Pandemia de Covid-19 foram alguns dos maiores desafios da obra, que gerou aproximadamente 2.200 postos de trabalho, chegando a contar com 1.500 trabalhadores no pico de produção, em mais de 40 frentes de trabalho paralelas. Foram cerca de 4.600 toneladas de aço, e 47 mil m³ de concreto utilizados, além da implantação de 75 quilômetros de acessos internos, e 101 km de redes de média tensão, com mais de mil postes. Para contribuir com a meta global do Grupo, de ter mais de 90% do seu EBTIDA oriundos de fontes renováveis, a Engie segue investindo fortemente em energia eólica. Agora, os esforços da Companhia se voltam para o Conjunto Eólico Santo Agostinho, localizado nos municípios de Lajes e Pedro Avelino, a 120 km de Natal, no Rio Grande do Norte. Com investimentos de R$ 2,3 bilhões, Santo Agostinho terá uma capacidade instalada de 434 MW, contando com 70 aerogeradores, e deverá iniciar a sua operação até março de 2023. “A expansão da energia eólica no Brasil, dado o seu potencial, está no centro da estratégia de crescimento da ENGIE. Vamos seguir contribuindo, para tornar a matriz elétrica nacional cada vez mais limpa, atentos a todas as oportunidades de acelerar a transição para uma economia de baixo carbono no país”, finaliza Sattamini.

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RenovaBio atinge 21 milhões de CBIOs

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O RenovaBio atingiu a marca de 21 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs) validados na Plataforma CBIOs, em 2021. Somando-se a esse número o estoque de CBIOs emitidos e não aposentados em 2020, são 25 milhões, disponibilizados no mercado, garantindo a quantidade suficiente para cumprimento das metas estabelecidas para o ano de 2021. Em 2021, os distribuidores de combustíveis fósseis (gasolina e óleo diesel), partes obrigadas ao cumprimento de metas individuais no RenovaBio, já adquiriram mais de 13 milhões de CBIOs (quantidade superior a 50% da meta total), dos quais foram aposentados, até o dia 6 de setembro, aproximadamente 3,4 milhões. A aposentadoria de um CBIO ocorre quando seu detentor o retira definitivamente do mercado, impedindo qualquer negociação futura. O cumprimento das metas individuais dos distribuidores de combustíveis se dá pela quantidade de CBIOs por eles aposentados. Apesar de terem até 31 de dezembro de 2021 para cumprir as metas individuais, alguns distribuidores já comprovaram o atendimento das metas estabelecidas para o ano. O RenovaBio é a política nacional instituída com os principais objetivos de estimular a produção e consumo de biocombustíveis no Brasil, baseada na previsibilidade, sustentabilidade ambiental, econômica e social, e de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na matriz de combustíveis.

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Plantas de biogás ganhadoras de edital para investimento em infraestrutura © CIBiogás

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O projeto GEF Biogás Brasil anunciou as nove propostas ganhadoras de um edital de seleção de plantas de biogás, no sul do Brasil. O edital oferece um investimento total de cerca de 4 milhões de reais, para a otimização da infraestrutura e das operações das propostas selecionadas. O edital também vincula as plantas de biogás escolhidas ao Projeto GEF Biogás Brasil como unidades de demonstração (UDs), apresentando ao mercado brasileiro cases de sucesso, que podem ser replicados em todo o país. O investimento é destinado à compra de equipamentos ou serviços de maior robustez, que promovam ganhos de eficiência e segurança. As obras de otimização têm o objetivo de transformar as plantas de biogás selecionadas em modelos de sucesso e inovação, implementados em situação real, com viabilidade técnica e econômica. O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), e executado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás). “Queremos garantir que o mercado brasileiro conte com plantas de biogás que sirvam como exemplos de operações bem-sucedidas, sustentáveis e rentáveis”, explica o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim. “O objetivo é entregar ao mercado plantas de biogás, com modelos de negócio inovadores e replicáveis em circunstâncias variadas”, esclarece o coordenador adjunto de Inovação em Tecnologias Setoriais do MCTI, Gustavo Ramos. O edital de seleção de unidades de demonstração foi regido pela UNIDO de forma independente, e os recursos para investimento são oriundos do GEF, que é um mecanismo multilateral de cofinanciamento, que apoia projetos em países em desenvolvimento. O edital de seleção de uni-

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dades de demonstração atende a demandas importantes do setor de biogás; a seleção contemplou empreendimentos localizados na Região sul do Brasil, voltados para o uso de resíduos orgânicos agrícolas, agropecuários, agroindustriais, ou oriundos da distribuição e/ou do armazenamento de gêneros agrícolas. As propostas selecionadas pelo edital de unidades de demonstração do projeto GEF Biogás Brasil foram: recuperação de biofósforo contido em digestato resultante da biogestão anaeróbica de resíduos orgânicos (Humorgan); usina termelétrica a biogás (Fecularia Três Fronteiras); obtenção de biometano e recuperação de CO2 extraído do biogás para uso na insensibilização no abate de animais (3DI Engenharia); central de Bioenergia abastecida com dejetos de suínos por meio de veículos pesados movidos a biometano (EnerDinBo Geradora de Energia); arranjo produtivo e sustentável de uma granja de suínos (Granja Kist e Froelich); planta de biometano Tamboaras (Sinergas GNV do Brasil); desenvolvimento de unidade referencia na produção de fertilizantes com alto valor agregado a partir Divulgação da valorização do digestato de efluentes por cogeração em plantas de biodigestão (Luming/Master Agroindustrial Ltda); unidade referência de agroindústria autossuficiente em eneria elétrica e térmica, a partir de cogeração com biogás (Luming/Amidos Bankhardt Ltda). O Projeto GEF Biogás Brasil realizou estudos de mercado, para identificar algumas necessidades de inovação em tecnologias e modelos de negócios, que permitam ser replicados no país. Um comitê técnico levou em consideração o impacto social, ambiental, econômico, financeiro e técnico de cada proposta candidata. Além disso, o comitê também fez visitas técnicas às plantas de biogás pré-selecionadas após uma análise preliminar. Durante as visitas presenciais, foram avaliadas a viabilidade, replicabilidade, inovação técnica e capacidade de melhoria das plantas de biogás.

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Lactec e Copel reforçam parceria O consumo de energia elétrica no Brasil deve triplicar até o ano de 2050, segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética. Para que o setor elétrico acompanhe essa demanda, são necessários investimentos e bastante trabalho, considerando fatores como a eletrificação da frota de transporte e a geração de energia de fontes sustentáveis. A parceria entre o Lactec, centro de referência em inovação e pesquisas tecnológicas, e a Copel, Companhia Paranaense de Energia, já dura 62 anos e é rica em frutos, incluindo a maior eletrovia do país, com 12 eletropostos instalados, ao longo de 700 km – utilizados para a recarga de veículos elétricos. As empresas têm, atualmente, mais de 30 iniciativas em conjunto em diversas frentes de desenvolvimento tecnológico, para agregar valor ao mercado de energia, e aprimorar os serviços prestados à população. Copel

O Lactec promoveu evento online e ao vivo, com cerca de 300 colaboradores das duas empresas. Os palestrantes relembraram momentos memoráveis da história, em conjunto das instituições, e trataram dos desafios atuais do setor energético. O Sinergy Talks teve o apoio do U.S. Commercial Service – Departamento de Comércio da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, e trouxe as experiências do país na transição energética, com a participação de dois especialistas de lá. Brandon Burke, vice-presidente de Políticas e Regulação da Rede de Negócios de Energia Eólica Offshore, trouxe cases de sucesso da implantação de parques eólicos, em pontos estratégicos dos Estados Unidos; Angelina Galiteva, presidente do Conselho de Administração do Sistema Operador da Califórnia, apresentou as metas daquele estado norte-americano, para a redução das emissões de carbono nos processos de geração de energia. Pensando no futuro do mercado de energia, a Copel e o Lactec têm os olhos voltados para temas como a aplicação de sistemas smart grid; o uso de inteligência artificial e realidade virtual; segurança cibernética; robótica; aplicação de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês); Geração Distribuída de energia e mobilidade elétrica. Para o presidente do Lactec, Luiz Fernando Vianna, o que garante o sucesso da parceria é a paixão em comum pela inovação. “O Lactec está aqui para tornar realidade o que vem acontecendo de melhor mundo afora, em termos de tecnologia. Não é à toa que nos tornamos um dos melhores centros de pesquisa e tecnologia do país. A Copel também sempre acreditou na inovação e, por isso, nós ainda temos muito a fazer juntos”, afirma. O diretor-presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, acrescenta que o setor terá mais desafios no futuro, do que teve até agora. “Estamos fazendo o maior investi-

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mento da América Latina em smart grids, mas a inovação não se resume aos grandes projetos, e passa também pela ampliação de ecossistemas e visão de futuro. Nós pensamos nessa parceria com o Lactec, como algo que vai se estender pelos próximos 30, 40 anos”, destaca. Até o momento, os projetos realizados pelas empresas cobrem linhas de pesquisa de áreas de Sistemas Elétricos de Potência; Tecnologias em Energia; Sistemas Eletrônicos; Desenvolvimento de Sistemas; Geotecnologia; Energias Renováveis; Materiais de Engenharia e Gestão de Recursos Ambientais. Divulgação Uma das frentes de estudos do Lactec para o setor elétrico se propõe a avaliar a aplicação de tecnologias de cidades inteligentes, aproveitando a infraestrutura de comunicação de sistemas de smart grids. O projeto de pesquisa e desenvolvimento atende demanda da subsidiária de distribuição da Copel, e é realizado no âmbito do Programa de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O piloto do projeto está em implantação em Ipiranga/PR, área de concessão da Copel Distribuição, e a primeira cidade do país a ter todas as unidades consumidoras atendidas com medidores inteligentes. Em princípio, será testada a inserção de três tecnologias: automação da iluminação pública, medição inteligente de consumo de água, e automação do monitoramento climático. Os pesquisadores do Lactec desenvolveram os módulos com os circuitos eletrônicos, que permitirão a conexão dos dispositivos de cidades inteligentes (luminária, medidor de água e estação meteorológica) à rede de comunicação (smart grid) da Copel, em Ipiranga. Foi desenvolvida, também, toda a parte sistêmica, ou seja, como os dados dos equipamentos vão trafegar, via rede inteligente da concessionária, e como essas informações serão processadas e coletadas, posteriormente. A previsão é de que os equipamentos sejam instalados em campo em setembro. Ensaios preliminares foram realizados na própria sede do Lactec, em Curitiba, comprovando a funcionalidade dos protótipos. Os ensaios em campo permitirão avaliar, também, como a utilização de outros serviços impacta o desempenho da rede de comunicação, projetada originalmente para smart grid. Divulgação O gerente do projeto pela Copel Distribuição, Tiago Augusto Silva Santana, lembra que a subsidiária tem realizado investimentos consideráveis, na implantação de redes elétricas inteligentes, que irão abranger um terço de sua área de concessão. “Haverá uma rede de comunicação, com capilaridade ainda

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Energies não existente em áreas rurais, e que poderá ser compartilhada com outras soluções. O projeto de P&D, em parceria com o Lactec, vem atender a essa nova demanda, modelando técnica e economicamente a melhor forma para que todos possam usufruir, de maneira produtiva, desses investimentos”, analisou. Ainda de acordo com Santana, projetos como o que está em andamento tendem a fomentar o compartilhamento de infraestrutura, o que vai ao encontro das recomendações do órgão regulador. Em nota técnica, resultante de uma consulta pública, a Aneel propôs alternativas para que as distribuidoras de energia comecem a compartilhar seus ativos de comunicação com outros interessados. “Atendemos consumidores nos locais mais remotos possíveis. Essa capilaridade confere, às distribuidoras, um papel muito importante na promoção das cidades inteligentes”, acrescentou Santana. Divulgação Para o coordenador do projeto de P&D pelo Lactec, Lourival Lippmann Júnior, sob a perspectiva tecnológica, cidade inteligente é aquela que é totalmente conectada, pois, é preciso uma rede de comunicação robusta e de elevada permeabilidade, para viabilizar a implantação das aplicações de smart city. Por isso, uma das vertentes relevantes da pesquisa é a avaliação do desempenho da rede, em múltiplas aplicações simultâneas, para cidades inteligentes que, no caso de Ipiranga, segue as mesmas diretrizes propostas para o protocolo Wi-SUN (padrão de conectividade sem fio). Lippmann explica que uma das principais tendências para infraestruturas de comunicação de elevada permeabilidade e abrangência é o uso de redes mesh, ou em malha, que são mais versáteis para as tecnologias de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) e redes inteligentes. Segundo ele, o Wi-SUN – padrão relativamente novo no mundo, e que começa agora a ser aplicado também no Brasil – trouxe mais um diferencial, que são os requisitos mais rígidos para garantir a segurança e confiabilidade na transmissão dos dados. O Lactec vem atuando, há mais de 10 anos, de forma pioneira, na aplicação de protocolos que utilizam a topologia de redes mesh em projetos para o setor elétrico.

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Stena Recycling investe em nova planta de reciclagem de baterias A Stena Recycling tem planos de construir uma nova planta de reciclagem de bateria de íon de lítio em Halmstad, Suécia; após a conclusão, a instalação deve tornar-se uma das unidades de reciclagem de baterias mais avançadas da Europa. (Fonte: Stena Recycling) A nova instalação permitirá a reciclagem de 95% de uma bateria de íon-lítio, que é a bateria mais comum usada em veículos elétricos. A nova fábrica representa um investimento de cerca de US$ 29 milhões e estará localizada ao lado do Centro de Reciclagem Stena Nordic em Halmstad. “Vemos um forte crescimento na venda de veículos elétricos, onde precisamos atender às necessidades de nossos clientes, para descartar baterias usadas de forma segura e ambientalmente correta. Este investimento é parte de nossa estratégia de ser líder na coleta e processamento mecânico de baterias de íon-lítio, para Divulgação estabelecer um ciclo circular para baterias”, disse Fredrik Pettersson, diretor administrativo da Stena Recycling Suécia As vendas de veículos elétricos aumentaram 43% globalmente em 2020. Além disso, o número de baterias de íon-lítio usadas em veículos deve aumentar quase dez vezes na próxima década, de acordo com um relatório da Circular Energy Pesquisa e Consultoria. “Agora estamos respondendo à demanda do mercado. Temos orgulho de oferecer uma solução circular para baterias de íon-lítio. Será uma grande vitória para o meio ambiente e para o ciclo de vida das baterias, quando recuperarmos metais críticos, como lítio, níquel e cobalto, que são escassos no mundo todo “, diz Fredrik Pettersson. As baterias serão inicialmente coletadas nas 90 instalações da Stena Recycling, na Suécia e, posteriormente, em outros países onde a Stena Recycling opera. A triagem inicial ocorre nessas instalações, mas a maior parte da reciclagem é feita na nova instalação. Uma colaboração com a multinacional Johnson Matthey também adiciona outra etapa do processo, para produzir materiais totalmente refinados, que podem ser usados na produção de novas baterias de íon de lítio: fechar o ciclo e criar novas matérias-primas para baterias, a partir da reciclagem, é crucial para alcançar uma cadeia circular de matérias-primas.

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Investir em termelétricas pode agravar a crise hídrica O IEMA – Instituto de Energia e Meio Ambiente – lançou notas técnicas mais que oportunas. “Crise hídrica, termelétricas e renováveis: Considerações sobre o planejamento energético e seus impactos ambientais e climáticos” analisa a principal medida, adotada no Brasil, para evitar um apagão energético – acionar as termelétricas fósseis e seu uso em tempo integral. Como consequência, o documento alerta que se deve esperar um aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no setor elétrico, impactos ambientais na qualidade do ar, limitações para a ampliação das demais fontes renováveis, e um potencial agravamento da crise hídrica no futuro. “Para evitar quadros futuros de risco de abastecimento, indica-se que o planejamento reveja os critérios para a contratação de energia, no médio e longo prazo, evitando o cancelamento de leilões do ambiente regulado, como foi o caso em 2020, ou a baixa contratação registrada nos últimos leilões de energia nova e existente”, afirma Ricardo Baitelo, coordenador de projetos no IEMA e o autor principal da nota. No caso atual, o planejamento de longo prazo parece ter sido desconsiderado, quando maximizar o acionamento das termelétricas é a última solução para reduzir o risco de um novo racionamento, um ciclo que gera mais GEE, e pode piorar as secas. O Brasil tem optado por avançar com a operação e a instalação das termelétricas fósseis, que usam carvão e derivados do petróleo para gerar energia. Os últimos leilões de energia elétrica existente deste ano, permitiram, pela primeira vez, o funcionamento em tempo integral das termelétricas contratadas. Além disso, a Lei 14.182/2021, que trata da privatização da Eletrobras, determina a inserção de 8 GW de termelétricas a gás natural operando em tempo integral – hoje, a capacidade instalada de termelétricas a gás é de 15,7 GW. Essa inserção de 8 GW de usinas termelétricas acumulará, em 15 anos de operação, a emissão de 260,3 MtCO2,e mais do que as emissões de todo o setor de transportes, em 2019. E mais: em relação à demanda por água, 23 termelétricas cadastradas nos leilões de energia

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existente propõem a utilização de água doce em seus sistemas de resfriamento, sendo que nove delas estão em bacias com balanço hídrico quantitativo preocupante, crítico ou muito crítico. E, sobre a qualidade do ar, das 57 usinas licenciadas participantes dos leilões, apenas 18 estão localizadas em municípios equipados com pelo menos uma estação de monitoramento da qualidade do ar. Esse instrumento é importante para saber a concentração de poluentes no ar respirado pela população local. Para piorar, esse investimento em termelétricas Divulgação pode gerar um ciclo de mais secas. Os efeitos das mudanças climáticas já influenciam a variação da hidrologia brasileira, responsável por 65,2% da geração de eletricidade, em 2020. Segundo o boletim divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste fecharam agosto com pouco mais de 20% de sua capacidade de armazenamento. Esse patamar registrado segue o cenário mais pessimista, projetado pelo órgão no estudo prospectivo para o período seco, que ocorre entre junho e novembro. O estudo Uso de Água em Termoelétricas traz uma análise crítica sobre o uso de água pela termeletricidade no Brasil, ressaltando os potenciais riscos para a disponibilidade hídrica com a perspectiva de expansão da geração termelétrica no país. Ainda que a matriz elétrica tenha reduzido a dependência em relação à fonte hidrelétrica, nos últimos 20 anos, em parte graças ao crescimento das fontes eólica e solar – aumento de quase 50% aconteceu durante a Pandemia, enquanto a maior parte dos demais setores econômicos e industriais encolheu – o processo de diversificação da matriz deveria manter o curso, priorizando energias renováveis variáveis. “A segurança da oferta de eletricidade pode ser garantida pela contratação de renováveis flexíveis, e termelétricas a biomassa. O desenvolvimento das regras para a regulação de sistemas de armazenamento de eletricidade no sistema elétrico permitirá sua inserção, ao longo desta década, apoiando a descarbonização da matriz”, finaliza Baitelo.

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Projeto de sistema de automação da nova fábrica da LD Celulose inova com virtualização do sistema Soluções da Valmet auxiliam no gerenciamento da produção de celulose solúvel na planta em Indianópolis (MG); Em execução desde o início do ano, os testes do projeto do sistema de automação da nova planta da LD Celulose, em Indianópolis (MG), estão em fase de aceitação final. Os testes estão sendo realizados em uma estrutura desenvolvida especialmente para este projeto pela Valmet, em Sorocaba (SP), que conta com 230 painéis e tem como principal inovação um ambiente totalmente virtualizado, com dois clusters para a conexão virtual/on-line de todas as máquinas e sistemas que envolvem a operação da fábrica mineira em um mesmo hardware. Tal configuração garante alta disponibilidade e grande segurança do sistema. Ao todo, o projeto tem 55 especialistas envolvidos na implementação da tecnologia. Os primeiros gabinetes foram enviados para a nova fábrica em construção no final de maio e a entrega completa deverá ser finalizada em outubro de 2021, juntamente com a conclusão dos testes. “Nesse projeto, conseguimos captar um nível de

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tecnologia que não era utilizado no setor de automação, mas sim mais difundido na área de TI”, explica o especialista de automação e instrumentação da LD Celulose, Jacson Santi. “Esse é o grande diferencial: virtualizar todas as máquinas e sistemas que envolvem a operacionalidade da fábrica”, explica. Com a pandemia, um dos desafios do projeto foi adequar testes que normalmente eram realizados nas unidades da Valmet, em Sorocaba e na Finlândia, para a execução quase toda remota, com a participação dos times da Valmet e da LD Celulose em diferentes localidades. O gerente de projetos da Valmet, Sandro Silva, explica que “tínhamos um ambiente preparado para receber a equipe da Finlândia e da LD em Sorocaba, mas priorizando a segurança de todos, optamos por realizar quase tudo de forma remota. Mesmo com este desafio, estamos atingindo todas as metas estabelecidas”, explica.

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Outro grande diferencial para a escolha da Valmet como grande parceira na nova fábrica foi sua experiência em projetos greenfield no mercado de celulose. “Tivemos várias reuniões para mostrar nossas soluções, para ressaltar nossa capacidade de execução de projetos e, para embasar a escolha da LD, promovemos uma visita de referência em uma fábrica na Região Sul do país, onde pudemos trocar experiências com o usuário final. A LD Celulose busca inovação e somos referência nesse segmento para a indústria de papel e celulose", analisa a gerente de aplicação da Valmet, Simone Almeida.

A inovação para a virtualização dos sistemas da nova fábrica também teve o apoio do time da Valmet na Finlândia, característica que, segundo a LD, mostrou a diferenciação da Valmet em sua oferta aos clientes. “Ter a Valmet como parceira é muito positivo. Temos comprovado que foram

adotadas as melhores tecnologias no projeto. Isso nos dá uma expectativa muito boa, já que os grandes diferenciais da Valmet são a tecnologia embarcada, tanto na virtualização, quanto no encontro de diagnósticos, pois conseguimos, a partir da sala de automação, realizar uma análise de toda a planta. Tudo isso com uma interface muito assertiva”, afirma o especialista em automação da LD Celulose, Alan Alves.

Simone complementa que o bom desenvolvimento do projeto durante a fase in house credencia a parceria para a fase seguinte, on site, quando ocorre o comissionamento e a partida da fábrica. “O grande objetivo é manter essa parceria não só agora, nesse período, que vai até o start up da fábrica, mas sim, ao longo de toda a jornada da nova fábrica da LD Celulose, oferecendo todas as nossas soluções em automação e serviços, seguindo a nossa proposta Valmet’s way to serve”, finaliza.

Mais informações: www.valmet.com.br

A Valmet é líder global no fornecimento e desenvolvimento de processos tecnológicos, automação e serviços para os segmentos de celulose, papel e energia. A visão da Valmet é se tornar líder global no atendimento aos clientes. O escopo completo de fornecimento inclui fábricas de celulose, linhas de fabricação de papel, cartão e tissue, além de plantas para geração de bioenergia. Os serviços abrangem desde manutenção e peças de reposição até melhorias nas fábricas. Já as avançadas soluções em automação da Valmet englobam desde simples medições até projetos de automação completos em toda a planta fabril, otimizando o uso de matérias-primas e energia. A Valmet possui mais de 14 mil colaboradores em todo o mundo e, na América do Sul, opera com unidades em Araucária (PR), Sorocaba (SP), Belo Horizonte (MG), Imperatriz (MA) e Concepción, no Chile.

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A Jornada de Transformação Digital do setor de papel e celulose

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e alguém ficasse apenas com a superfície de notícias que pregavam que a indústria de papel desapareceria, com a digitalização e a economia circular, deveria pensar em rever essa ideia. “Papel Papel é cool novamente”, novamente”, disse Cristiano Teixeira, presidente da Klabin, em um evento internacional do setor, ano passado. As projeções de crescimento dos últimos dois anos tiveram de ser revistas a partir da Pandemia – que apontavam forte queda em 2020, com todos os mercados amargando perdas significativas, com exceção da China. De fato, a Pandemia catalisou tendências globais, destacando a digitalização e o trabalho remoto na indústria. Some-se a isso, o ensino a distância e o comércio eletrônico avançando, e pode-se imaginar o impacto no setor de papel e celulose. Ressalte-se que alguns ambientes organizacionais são mais propícios à inovação – caso do setor de papel e celu-

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lose, que percebeu que soluções ecologicamente corretas aumentavam a competitividade, e estimulavam as empresas a se transformarem. Nesse contexto, as tecnologias disruptivas emergiram como instrumentos, para relacionar assuntos do ambiente, tecnologia, RH e produção, permitindo que o dia a dia seja programado, e funcione como propulsor de mais inovação. Para quem não vê a sustentabilidade do uso da tecnologia, vale lembrar que, ainda nos anos 1990, John Elkington ampliou o conceito de sustentabilidade, criando o triple bottom line line,, com a integração do viés econômico, social e ambiental – sua teoria defende que os aspectos econômicos não são suficientes para a sustentabilidade global de uma organização, por isso é preciso alinhar os aspectos econômicos ao contexto social e ambiental. Integração é palavra-chave: a Internet das Coisas também não é resultante de apenas uma nova tecnologia, mas de várias, que se complementam. E se um dos

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maiores desafios da indústria de papel e celulose é garantir o funcionamento ininterrupto de sua produção, é pela integração de tecnologias – sensores, algoritmos, gêmeos digitais, e outras – que ela alcança esse objetivo. O setor já é altamente automatizado, tem, por cultura, aproveitar o máximo potencial das tecnologias e, por isso, há algum tempo, tecnologias como Artificial Intelligence, IIoT, Machine Learning e Digital Twin começaram a ser implantadas, tornando a extração, o processamento e a análise de dados, automatizados e precisos. As tecnologias estão em toda a cadeia do negócio, desde o florestamento e captação da madeira, produção, logística etc.: rastreiam o fluxo de material, em tempo real, da colheitadeira para a fábrica, com otimização da entrega, análises avançadas, para melhorar todas as fases da produção como o controle de kappa e aumento de rendimento da fibra, sempre com otimização do uso de energia. Segundo estudo da Mckinsey, as empresas que estão maximizando seu retorno sobre o investimento digital fazem bem três coisas: capturam o valor e colocam capacitadores de tecnologia certos, nos lugares certos;

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criam novos recursos internamente, já que a transformação digital requer novas habilidades e novas maneiras de trabalhar; e gerenciam as mudanças, afinal, mesmo aas melhores soluções não agregam valor, a menos que sejam bem adotadas.

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1 - Marco Coghi – Presidente da ISA Campinas; 2 - Cassius Barros – Gerente de aplicações na Yokogawa; 3 - Gabriel Morgan da Silva – Gerente de serviços industriais – Valmet; 4 - Danuza Santana – Gerente de desenvolvimento de portifólio da América do Sul – Siemens; 5 - Ivan Medeiros – Gerente de vendas de soluções digitals e sistemas de automação – Voith Paper; 6 - João Pedro – Consultor Sênior de soluções para América Latina da divisão de APM - AspenTech, 7 - Paulo Henrique Cardoso Mendes – Consultor de Manutenção – Suzano; 8 - Raquel Goulart – Especialista na gerência de tecnologia de automação corporativa – Klabin; 9 - Flávio Mine – Diretor Setorial Papel e Celulose da ISA Campinas e Engenheiro de Manutenção na Cenibra

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Uma solução efetiva pede conhecimento, bons parceiros e pessoal bem-preparado. “É preciso dominar os conceitos, e utilizá-los apropriadamente em cada segmento da indústria. Por isso, a Seção Campinas da ISA – International Society of Automation –, estabeleceu diretorias setoriais, reunindo os pares de cada segmento, para otimizar as discussões técnicas. Com essa visão, já organizou cinco seminários, para tratar de assuntos ligados ao estado da arte, inovações, transformação digital e outros itens da automação industrial setorizada. Setorizar dá melhor eficácia, na tratativa de assuntos de estudo de caso, problemas enfrentados, particularidades dos sistemas, e aplicações pelos profissionais envolvidos em cada setor – temos reunido mais de 500 participantes efetivos, em média, em cada seminário”, conta Marco Coghi – Presidente da ISA Campinas. O Seminário de Automação na Indústria de Celulose e Papel deste ano, focado em apresentar cases do setor, e identificar os valores agregados, gerados com a adoção de tecnologias, teve Suzano e Klabin como âncoras, e tratou de assuntos, como monitoramento e gestão de ativos e de alarmes, ferramentas para construir uma operação 4.0, como está sendo a jornada da digitalização na indústria de papel e celulose, e cases reais. “O debate sobre os Fatores Críticos de Sucesso para projetos de inovação, Indústria 4.0, Transformação Digital, avaliando os desafios de implementar, e sobre capacitação e preparação das pessoas, dentro desta nova revolução industrial, gera um compartilhamento de experiências, e uma colaboração extremamente relevante para o setor”, afirma Flávio Mine – Diretor Setorial Papel e Celulose da ISA Campinas, e Engenheiro de Manutenção, na Cenibra. Mine pontua que já era comum as empresas possuírem um Plano Diretor de Automação, para direcionar investimentos, e que, com os ganhos obtidos através do uso e mineração dos dados, surgem novas tecnologias, chamadas emergentes, que agora estão sendo consideradas em investimentos futuros; migrando de um Plano Diretor de Automação para Plano Diretor de Digitalização – que pode ser dividido em etapas, conforme modelo de maturidade da Acatech (figura). Mas, por onde começar? Mine sugere a criação de um grupo de trabalho multidisciplinar, e a capacitação de profissionais que irão conduzir os projetos e iniciativas desta 4ª Revolução Industrial, e a digitalização de processos manuais de obtenção de dados, como o primeiro passo. Em seguida, a avaliação da maturidade das empresas, identificação de gaps, entre os objetivos estratégicos da empresa e situação atual, a convergência entre OT & IT e a elaboração de um RoadMap, que suportará toda a estratégia e planejamento para condução deste processo de Transformação Digital das empresas, conforme a metodologia sugerida pela Acatech (figura). Mine ainda enfatiza que, para o sucesso da jornada pela Transformação Digital nas empresas, é imprescindível o apoio da alta liderança e a mudança de Mindset, aliado à incorporação da inovação na Cultuta Organizacional das empresa. Alguns fornecedores de automação também ofere-

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cem soluções para os projetos de Digitalização e Indústria 4.0. Mas, agora, existem novos players: as startups entraram também nesse mercado – avaliado em US$ 348,83 bilhões, em 2019, projetado para atingir US$ 368,10 bilhões, em 2027, segundo a Fortune Business Insights. As startups vieram para contribuir com a Inovação Aberta, e acelerar as iniciativas ligadas ao processo de Transformação Digital e Indústria 4.0. Estudo da AFRY Management Consulting, e da Pöyry no Brasil, apontava, em 2020, que a demanda por papel de imprimir e escrever, e o segmento de tissue, cresceram. E também que foi aquecido o mercado de embalagens, devido à maior demanda por produtos considerados essenciais, em especial em função da Pandemia. Com mudanças na demanda por produtos ambientalmente corretos, plantas energeticamente eficientes, e margens pressionadas, o setor já se ajustava antes da Pandemia e, além de otimizações pontuais, esperava o startup de três grandes projetos de celulose no Brasil: o da LD – Amadeus (MG), o da Bracell (SP), e o da Klabin (PR).

LD Celulose A LD Celulose S.A. é uma joint venture, entre a austríaca Lenzing e a brasileira Dexco, implantando uma das maiores fábricas de celulose solúvel do mundo, no Tri-

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ângulo Mineiro. Com investimento estimado de R$ 5,2 bilhões, a planta fica entre os municípios de Indianópolis e Araguari, e terá capacidade para produzir 500 mil toneladas de celulose solúvel, por ano. A celulose produzida aí será utilizada na indústria têxtil, gerando tecidos com inovação, sustentabilidade e alta tecnologia. Iniciada em agosto de 2019, a obra segue em ritmo acelerado, para o início das operações no primeiro semestre de 2022. Pioneira na transformação digital na América Latina, executando os projetos e bases de dados dos sistemas de forma totalmente integrada, a planta está sendo totalmente construída com os mais modernos sistemas de engenharia de processo, engenharia esquemática e tridimensional, com a integração de todos os bancos de dados da planta, digitalizando todo seu ativo. O objetivo é agregar inovação, em todo o processo de construção que atualmente forma a espinha dorsal da LD Celulose, com ferramentas de engenharia esquemática, modelos em 3D, e base de dados integrada, que abrangem o projeto, a construção, o start-up, a operação e a manutenção da fábrica. Para a implantação do sistema, foram utilizadas ferramentas de domínio de todo o grupo e, posteriormente, criadas configurações de base de dados própria, a qual as empresas alimentam, com os seus projetos. Os sistemas buscam vantagens na segurança do processo, além da antecipação da avaliação da operação, por meio de modelos consistentes antes da construção física, então, quando entrar em operação, a fábrica terá reunido, em um só banco de dados, as informações dos mais de 70 mil documentos de engenharia, necessários ao longo de cerca de 50 meses, entre implantação e construção. Com a digitalização de todo seu ativo, a LD Celulose cria o chamado “Gêmeo Digital”, uma representação virtual da fábrica, que permite antecipar ajustes, avaliar alternativas de construção e montagem, otimizar o planejamento como um todo, além de permitir colaboração

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Planta da LD global para otimizações nos processos, e produção usando tecnologias do mundo inteiro. A visualização do ambiente físico em 3D e combinada com a informação técnica disponível em banco de dados integrados, aumentam a eficácia da operação, possibilitando o rastreio de toda especificação necessária para a manutenção da fábrica. A LD teve um grande avanço, durante toda a gestão do projeto, com a atualização de todas as informações e progresso de todos os fornecedores, em uma base semanal, permitindo conciliar as necessidades e interesse, tanto da LD Celulose, como dos fornecedores. Toda a informação de projeto, tramitando entre os envolvidos, praticamente em tempo real, tem agregado muita transparência em todo o processo; com isso, as tomadas de decisões acontecem de forma mais segura e ágil, reduzindo os riscos, incertezas e conflitos. Quando estiver em operação, a planta terá capacidade de produzir 500 mil toneladas de celulose solúvel, por ano, que serão utilizadas para produção de roupas, produtos de higiene, beleza, entre outros. Além disso, o processo de produção gerará cerca de 144 MW de energia limpa, sendo que mais de 50% deste total será comercializado e distribuído na rede nacional de distribuição de energia. Gustavo Dessotti Pinto, PMO & Intelligence System Coordinator da LD Celulose, explica sobre a importância da criação do Plano de Gerenciamento do Projeto ainda durante a fase implantação. “Este documento fornece, para o time de projeto, bem como outras partes interessadas, toda a organização, padronização e integração da metodologia de gestão de projetos e procedimentos operacionais aplicáveis, permitindo a melhoria e perpetuação dessa metodologia, nos investimentos atuais e futuros da LD Celulose S/A”.

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Visão Digital da Planta da LD Inserido no PMP, Plano de Gerenciamento do Projeto, existe um capítulo detalhado e exclusivo, sobre a utilização de Ferramentas e Sistemas de Engenharia, em especial sobre o conjunto de soluções e diretrizes definidas para gestão integrada de engenharia para a LD Celulose, garantindo total colaboração e transferência de dados atualizados e confiáveis, entre todas as disciplinas, ao longo de todo o ciclo de vida da planta. A LD Celulose utiliza de engenharia para indústrias de processo, contendo soluções CAE (Engenharia Assistida por Computador), CMMS (Sistema de Gerenciamento de Manutenção Computadorizado). Com a solução a LD Celulose, realiza ainda uma gestão integrada de projetos, desde o planejamento até a manutenção, permitindo a aplicação simultânea de engenharia, onde fluxogramas e dados de engenharia podem ser manuseados por vários engenheiros, técnicos e designers, ao mesmo tempo. A solução de design integrado 3D permite o desenvolvimento de modelos em design detalhado, interativo, produzindo todos os resultados do projeto associados, verificação de consistência e produção de relatórios, desenhos em escala e isométricos, a partir de um modelo 3D, consolidado e aprovado. A LD Celulose desenvolveu um Padrão de Engenharia de Sistema Contratual, que deve ser seguido pelos parceiros. Esse projeto envolveu a definição das ferramentas; definição da configuração do projeto (referência de mas-

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sa de dados), com simbologia do projeto, critérios de tag, templates; metodologia de compartilhamento de trabalho; atualização e sincronização de bases de dados – monitoramento e gerenciamento; determinação de um nível de detalhamento compatível, entre todos os fornecedores e todas as ilhas de processo; quais padrões devem ser seguidos; principais documentos para o ciclo de vida da planta, como PIDs, diagramas EIA padronizados; além de definir a Administração, treinamento e suporte aos usuários da LD e seus fornecedores, na implantação do projeto. “Alinhado com as diretrizes de Sustentabilidade, toda a informação é consultada de forma digital, diretamente dentro das bases de dados do gestor eletrônico de documento, engenharia esquemática detalhamento 3D. E em termos de Central de documentação, tanto a temporária para o projeto, quanto a permanente para operação, alguns resultados já podem ser contabilizados, como a redução da área e mobiliário do arquivo impresso em cerca de 90%, comparado com projetos similares; a redução de 80% da infraestrutura corporativa (recursos, impressoras, plotters, papel, toner), comparada aos padrões de mercado; redução de 50% dos custos com todo o processo de gestão de documentação, atuando com time mais enxuto, especializado e de alta performance”, conta Gustavo.

Projeto Star – Bracell

@Bracell

O Projeto Star, a nova fábrica da Bracell, é um ambi-

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cioso esforço para expansão da capacidade atual de produção. Ele representa o maior investimento privado, no Estado de São Paulo, nos últimos 20 anos, e vem criando oportunidades de desenvolvimento econômico e social, não apenas em Lençóis Paulista e Macatuba, mas também nas proximidades de Agudos, Areiópolis, Borebi, Bauru, Pederneiras, São Manuel, Barra Bonita, Jaú e Igaraçu do Tietê, e em todo o Estado de São Paulo. O startup viabilizou o ambicioso projeto de expansão da companhia em São Paulo, que irá diversificar e aumentar a produção da unidade para 1,5 milhão de toneladas de celulose solúvel, ou até 3 milhões de toneladas de celulose kraft, por ano. Com o início das operações, a empresa passa a ser a maior produtora de celulose solúvel do mundo. A Bracell tem a maior caldeira de recuperação do mundo, e o primeiro gaseificador de biomassa em operação no setor de Papel e Celulose na América do Sul. Estes e outros investimentos, com foco em desenvolvimento sustentável e economia circular, refletem a preocupação da empresa com o clima, com a comunidade e com o país. A nova fábrica foi construída com duas linhas, que operam de forma flexível. Nos próximos dois anos, o planejamento da produção será realizado em etapas, com foco na estabilidade operacional dos dois produtos. Após este período, as linhas serão utilizadas para a produção de celulose solúvel ou celulose Kraft, de acordo com as demandas da companhia. E o projeto contará com o que existe de melhor, em termos de tecnologia para o setor, aliado à estrutura da Bracell, e mão-de-obra capacitada já existente na região. “A Bracell possui um Plano Diretor, que foi desenvolvido pela equipe de Engenharia e Manutenção da companhia, para orientar os colaboradores, por meio de procedimentos e instruções de trabalho em atividades técnicas em campo. O documento define uma estratégia de trabalho, com norteadores que dividem as ações e respon-

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Cover Page sabilidades em três etapas: a construção do Projeto Star, o período de startup e estabilização; e após a estabilização da fábrica. A Rede Industrial do Projeto Star foi projetada pelas áreas TI e TO, com os princípios da Indústria 4.0, totalmente integrada, e com suporte para obtenção de informações gerenciais, para subsidiar a tomada de decisão. Para otimizar o processo, criou-se o Business Partner, uma posição que envolve as duas áreas técnicas, para integrar e acelerar iniciativas inovadoras, ligadas a temas como Cybersegurança”, conta Ciro Cesar Nascimento Tasso, gerente de TI da Bracell, que destaca que as equipes de Automação e de Engenharia de Manutenção por lá fazem parte da Coordenação de Confiabilidade, e os trabalhos realizados pelos times contemplam digitalização, desenhos e ações descritas. @Divulgação

de previsibilidade de falha. Ciro conta ainda que os conceitos de economia circular e produção sustentável estão presentes em todos os processos da Bracell, desde a geração da própria energia limpa, até o reaproveitamento de resíduos. “O plano de expansão da Bracell é 100% focado em redução de impactos ambientais, preservação do meio ambiente e sustentabilidade. Somos pioneiros na construção de uma fábrica de celulose de nova geração, que fornecerá produtos flexíveis e biodegradáveis, usando a mais avançada tecnologia. Com o início das operações da nova fábrica, o Projeto Star, a Bracell será capaz de diversificar e aumentar a produção, para 1,5 milhão de toneladas de celulose solúvel, ou até 3 milhões de toneladas de celulose kraft, por ano”. Outro foco da Bracell é a geração e distribuição de energia elétrica limpa para as operações da planta, então, investiu em equipamentos de última geração e alta tecnologia nos seus ciclos de processos, e até construiu uma nova subestação de 440kV, conectada à rede de transmissão com tecnologia GIS (Gás Insuflado), com capacidade instalada de 420 MW, movidos por três turbogeradores, que são suficientes para atender a demanda da fábrica, e permitir a exportação para a rede SIN – Sistema Interligado Nacional –, de cerca de 150 MW a 180 MW excedentes de energia de fontes renováveis, sem emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), capazes de atender 750.000 residências, ou cerca de três milhões de pessoas.

Puma - Klabin “Nas fases de finalização do Projeto Star, startup e estabilização da fábrica, o foco da automação está em garantir as instalações e funcionalidades, ou seja, garantir que o que foi adquirido pelo projeto funcione e gere valor. Existem ainda as etapas de utilização das ferramentas, e o mapeamento de softwares e sistemas, que possam integrar as tecnologias,” esclarece Ciro. E nem poderia ser diferente, já que a Bracell é sócia-fundadora do grupo C4IR, centro afiliado do Fórum Econômico Mundial, focado na Indústria 4.0, cujo objetivo é discutir e implementar tecnologias emergentes e disruptivas, a fim de aumentar a produtividade, a competitividade e o desenvolvimento social. Esses temas são debatidos no grupo, e geram potenciais melhorias, a serem implementadas na Bracell – que tem o cuidado de manter treinados, com as tecnologias implementadas, todos os públicos envolvidos, das áreas de tecnologia, operação e manutenção, passam por treinamentos; isso faz parte do plano de implementação da empresa. Da mesma forma, a Bracell escolhe parceiros que estejam alinhados aos seus objetivos, ligados às soluções digitais e de Indústria 4.0; seus fornecedores precisam ser aderentes à estratégia de longo prazo, e oferecer soluções que se comuniquem com os sistemas existentes, além de atender aos requisitos de disponibilidade de equipamento, de confiabilidade e

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A Klabin – maior exportadora de papel do Brasil, com 23 fábricas aqui no país e uma na Argentina – está numa jornada de transformação digital, porque algumas iniciativas já foram implementadas, outras em estudo e desenvolvimento. Com um investimento de R$ 8,5 bilhões, a Klabin colocou em operação o Projeto Puma, em 2016, que já nasceu na Indústria 4.0. Com outros R$ 9,1 bilhões de investimentos, a empresa elaborou o Projeto Puma II, que deu partida na primeira máquina de papel (MP27) do projeto, que tem capacidade de 450 mil toneladas de Eukaliner, primeiro papel kraftliner do mundo, feito 100% com fibras de eucalipto. @Klabin

Visão noturna de PumaII Controle & Instrumentação


A visão da equipe da Klabin é de que a Indústria 4.0 é a indústria inteligente, apoiando os processos industriais e buscando trabalhar de forma disruptiva, em colaboração com todos os envolvidos – colaboradores, clientes e fornecedores. @Klabin

Máquina 27 A integração e a convergência, das novas tecnologias habilitadoras com os processos, formam o conceito-chave da Indústria 4.0, sem esquecer que as pessoas são a base de tudo. Para facilitar o andamento dos projetos de digitalização, a Klabin criou Comitês de Transformação Digital, formados por colaboradores de diversas áreas, para garantir a governança das demandas de tecnologia. O Plano Diretor da Klabin começou em 2018, e busca avançar seu nível de maturidade. Nesse caminho, já tem controle, desde a parte florestal até a logística. Mais novidades devem aparecer em breve, até porque a Klabin está para lançar sua própria nuvem – hoje trabalha com a Amazon.

Veracel - Suzano

Mas nenhum setor vive apenas de grandes projetos. As pequenas melhorias e implantação de tecnologias de maneira pontual são constantes no setor.

Gaia III – Irani

@Irani

@Veracel

Veracel Eunapolis/BA Com projetos de inovação ligados ao aumento de eficiência, somente nos últimos dois anos, a Veracel implementou diversas iniciativas no conceito de Indústria 4.0, porque acredita que a transformação digital e a ampliação de conectividade trazem enormes benefícios, tanto do ponto de vista de eficiência e redução de custos,

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quanto da gestão da informação. A empresa tem trabalhado a transformação digital, através da sinergia entre TI e o time Industrial. E, entre as iniciativas, está a implementação do wifi industrial (que possui mecanismos de segurança de dados específicos para esta finalidade) em todo o chão-de–fábrica, o que vai permitir a utilização de celulares com reconhecimento térmico, em todo processo de inspeção operacional da companhia. Esses celulares poderão alimentar o histórico de desempenho de cada equipamento, reportando dados de forma contínua para as nossas avaliações. Outro projeto – em andamento – é a implementação de sensores de monitoramento dos ativos industriais, para a verificação online da condição dos equipamentos, sem a necessidade de que um operador conecte cabos de leitura para realizar a análise das informações da máquina. A Veracel trabalha agora na renovação da sala de confiabilidade 4.0, que vai centralizar todos os dados monitorados de toda planta, com visibilidade de informações de monitoramento em tempo real, transformando dados em informação, e abastecendo de forma contínua os gestores responsáveis. A empresa passou a utilizar inteligência artificial, alinhada ao conceito de manutenção, para prever problemas e necessidades do maquinário da fábrica: o projeto está em execução desde agosto de 2020, e foi possível, através de dados históricos, predizer falhas de equipamentos, com até 6 semanas de antecedência.

A catarinense Irani Papel e Embalagens tem buscado a melhoria de seus ativos, tanto que pretende investir R$ 1,2 bilhão, até 2025 – concentrando-se em 2023 –, como preparação para um ciclo de crescimento. A empresa deve instalar uma nova unidade de papelão ondulado em Minas Gerais, vai repotencializar pequenas centrais hidrelétricas, para garantir autossuficiência energética, e continuar tocando o projeto Gaia III, atualização tecnológica

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Cover Page da máquina #2 da Unidade Papel de Vargem Bonita/SC – um investimento de R$ 57.612,00 que está finalizando a engenharia básica, e deve startar no final de 2022. A iniciativa mais recente da Irani – em parceria com a Nanox Tecnologia – foi o desenvolvimento de uma embalagem de papel que é antiviral, antibacteriana e antifúngica. A empresa diz estar pronta para oferecer o produto aos clientes, e vê maior potencial de adesão entre os frigoríficos, as indústrias alimentícias, além dos segmentos de e-commerce e delivery.

Cenibra

@Cenibra

Cenibra

A Cenibra – Celulose Nipo-Brasileira S.A –, que está celebrando 48 anos neste setembro, vive em constante busca do ponto ótimo de todo o seu negócio. Fundada em 1973, a Empresa pertence ao Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development – JBP –, um grupo de empresas japonesas, tendo a Oji Holdings como principal acionista. Localizada no município de Belo Oriente, região leste do Estado de Minas Gerais, a Empresa tem capacidade de produção de 1.200.000 toneladas de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto. Possui cerca de 8 mil empregados próprios e terceiros. A celulose da Cenibra está presente em mercados como Ásia (54%), Europa (32%), América do Norte (12%) e mercado interno (2%). O produto é utilizado na fabricação de papéis para fins sanitários, papéis especiais, para imprimir e escrever, papel cartão e embalagens. A unidade industrial é abastecida com madeira de áreas próprias, arrendadas e madeira adquirida de pequenos produtores, por meio do Programa Fomento Florestal – programa que está presente em 80 municípios mineiros, e que representou 16% da madeira consumida na indústria, em 2020. Apoiada nas melhores práticas e tecnologias, a Cenibra realiza uma série de iniciativas, que contribuem para o desenvolvimento de seu negócio de maneira sustentável – possui programas de monitoramento de água, solo, fauna e flora, desenvolvidos em parceria com universidades e organizações não-governamentais, e alinhados a padrões rigorosos de certificações ambientais. Tanto que, em 2021, a Cenibra foi a grande vencedora, na categoria “Melhor Empresa” do Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza, considerado o Oscar da ecologia brasileira, por ser a maior premiação do país na área ambiental.

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Os níveis crescentes de eficiência alcançados pela Cenibra são fruto da capacitação constante, e da alta qualidade de seus empregados. A Empresa desenvolve programas, que oferecem oportunidades de crescimento, e promovem o gerenciamento de talentos, para assumir posições gerenciais e estratégicas. Essas iniciativas visam a aumentar o nível de engajamento das equipes, por meio da ampliação do autoconhecimento dos líderes, bem como o desenvolvimento de comportamentos mais eficazes para liderar. Ao longo dos anos, foi naturalmente sendo modernizada, e atingiu um estágio de plenitude das novas tecnologias, a automação de processos seguiu um planejamento, com vistas à modernização do seu parque tecnológico. Com a chegada exponencial das novas tecnologias – o conjunto trazido pelos conceitos da Indústria 4.0 – houve a necessidade de maior integração entre a TA/TO e TI, juntos, foi possível replanejar o processo de modernização, e agregar a ele a transformação de forma mais ampla, em que estas três áreas focam na sustentabilidade da empresa, associada fortemente ao conceito EGS (Ambiental, Social e Governança). A capacitação de funcionários com as novas tecnologias é essencial neste processo transformacional, em que o desafio de conhecer as novas tecnologias, e aplicá-las de forma a gerarem resultados para o negócio, é minimizado, quando há um conhecimento técnico consolidado. Distinguir o que é onda tecnológica e o que é um gerador de valor para o negócio não é tarefa simples, sempre requer maturidade e decisões consensadas. Um projeto inovador deve ter o envolvimento das áreas de tecnologia, e também operacionais; juntos, aumentam a possibilidade de sucesso. “A Cenibra tem um planejamento para os próximos anos, e um time muito qualificado, que discute frequentemente os próximos passos tecnológicos do negócio, a fim de mantê-lo sustentável. E é válido lembrar que nem todas as tentativas são exitosas, entretanto, a corporação deve possuir uma boa resiliência às falhas, caso contrário, o processo inovador fica comprometido”, ressalta Ronaldo Ribeiro, gerente do DETIN – departamento de TI e Telecom da Cenibra. A Cenibra tem aplicado com sucesso tecnologias como Machine Learning, Drones, Edge Computing, Cloud, Realidade Virtual e Aumentada, Internet das coisas e outras, é uma jornada de longo prazo, temos um planejamento estratégico de tecnologias, alinhado com a estratégia do negócio. Muitas iniciativas estão em curso, com Provas de Conceito – testes de curta duração e de baixo custo – e, caso sejam bem-sucedidas, são ampliadas para outras unidades de negócio. Sabendo que as pessoas são a base de todos os processos, a Cenibra iniciou recentemente um programa de pós-graduação, com foco em conceitos de Big Data e Ciência de Dados, para mais de 30 funcionários, e há uma expectativa grande para este grupo, pelo uso de Inteligên-

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Cover Page cia Artificial nas atividades do dia-a–dia, com a melhoria dos processos e consequente melhoria nos resultados. “Mensurar os ganhos em se implantar uma nova tecnologia nem sempre é tarefa fácil; em alguns casos, dependendo do tipo de projeto, é possível calcular os retornos de forma mensurável, mas, em outros, somente conseguimos ver os benefícios quando a ferramenta implantada tem uma paralisação, por exemplo, para uma atualização tecnológica, e os usuários não mais conseguem conviver sem ela. Também é possível observar que tecnologias implantadas no passado possibilitaram uma operação mais tranquila de algumas unidades, durante a Pandemia. É sábio avaliar o valor que as novas tecnologias estão trazendo para os negócios, não somente o quanto em retorno financeiro. Estamos em um momento em que temos de repensar no ambiental, no social e na governança, tudo isto gera mais valor ao negócio, do que rendimentos financeiros, somente”, pontua Ronaldo, que vê o setor entrando em uma nova onda, onde os cuidados com o ser humano trazem um novo modelo de gestão, que inclui as comunidades nas quais as empresas estão inseridas, com projetos maravilhosos, que promovem verdadeiramente o aumento da dignidade dos seres humanos. Para consolidar esta nova era, as empresas têm investido em um modelo de governança focada em compliance e gestão de riscos, em que a verdade e a ética reforçam a sustentabilidade dos negócios. “Na Cenibra, não tem sido diferente, estamos fortemente inseridos nos conceitos ESG, com ações concretas para preservação ambiental, de forma sustentável, muitos investimentos nas comunidades em que a empresa está

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inserida, e também nas relações com as pessoas, e uma onda forte de governança, trazendo como contribuição a cultura japonesa que nos é repassada, desde a fundação da empresa,” conta Ronaldo.

Economia circular O Setor de Celulose e Papel é altamente dependente do meio ambiente, então, para sua sustentabilidade, ele sempre foi muito cuidadoso, e os conceitos trazidos pelo ESG chegam em um momento que fortalece este cuidado, que o setor já possuía. Muitas iniciativas são percebidas para preservação ambiental, como exemplo, os cuidados com solo, água, redução de emissões atmosféricas, dentre outras iniciativas. A celulose solúvel é uma matéria-prima extremamente rica para a indústria. Sobre o uso da celulose como matéria-prima, vale ressaltar que ela é aplicada na produção de diversos bens de consumo e produtos para a indústria, como embalagens, papeis de impressão, de uso médicohospitalar, sanitários e autoadesivos. Nestes casos, são valorizadas as propriedades físicas das fibras, como resistência, comprimento e capacidade de absorção de água. Entretanto, outras características do insumo, como o grau de pureza, têm se tornado um coringa para a indústria, que está constantemente buscando reduzir seus impactos ambientais, e se tornar mais sustentável. Na indústria têxtil, por exemplo, a utilização da celulose empregada na fabricação de tecidos, principalmente da viscose, é produzida através da purificação química da madeira, atingindo pureza semelhante à do algodão, e viabilizando a produção de tecidos confortáveis, respiráveis e versáteis.

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Tomada de Decisões Baseada em Dados – Sushi Sensor Cassius Magdo De Barros application solution manager da Yokogawa South America

No ambiente industrial, ter a capacidade de tomar decisões informadas por dados não é opcional, é essencial. As empresas que utilizam dados para tomada de decisões simplesmente apresentam melhor desempenho. Orientar as decisões de manutenção, melhorias e operação, visando à maximização de vida dos ativos, reduz o custo de operação, e garante continuidade de produção. Em um mundo dinâmico, entregar dados tratados, que permitam fazer análise de falhas e estudo de falhas futuras, permite ao time de confiabilidade e manutenção trabalhar de forma otimizada e dinâmica, entregando respostas e análise precisas dos ativos mecânicos. A tendência na manutenção de equipamentos da planta mudou, da manutenção convencional (BDM), em que os dispositivos são reparados e as peças são substituídas apenas após a ocorrência de uma falha, para a manutenção baseada no tempo (TBM), em que a inspeção, o reparo e a substituição são realizados em intervalos regulares. Como o BDM não evita falhas no equipamento, o mesmo é usado até que ocorra uma anormalidade. Assim, o BDM carrega o risco de comprometer a segurança da planta, e causar uma suspensão inesperada da produção. Por outro lado, a TBM evita esses riscos, realizando a manutenção do equipamento em intervalos regulares, independentemente de o equipamento estar com defeito ou não. No entanto, a TBM acarreta o risco diferente de excesso de manutenção, o que aumenta os custos de operação (manutenção), e até mesmo a taxa de falha. A manutenção baseada em condições (CBM) está atraindo cada vez mais a atenção, pois, pode resolver os problemas de BDM e TBM, monitorando as condições dos instrumentos da planta e ativos mecânicos, prevendo sua deterioração, e realizando manutenção preventiva. No entanto, este método ainda não é usado na prática, por que monitorar as condições do equipamento é caro, e as tecnologias ainda não estão maduras o suficiente, para avaliar o estado de deterioração do equipamento, e detectar indicações de falha, com base nos dados adquiridos. Para monitorar as condições do equipamento de forma quantitativa, a Yokogawa desenvolveu o Sushi Sensor, que pode monitorar facilmente a vibração, pressão e a temperatura da superfície do equipamento, a um baixo custo. Com um design elaborado, que aproveita ao máximo o invólucro de resina, as funções e desempenhos necessários foram alcançados no volume mínimo. A Figura 1 mostra uma visão externa do XS770A. O sensor tem um design característico, começando com uma base octogonal, e terminando com um topo quadrado.

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A base octogonal permite a montagem por parafuso para prender a base no objeto medido, usando uma chave inglesa, e a parte superior quadrada permite o armazenamento eficiente de placas de circuito, bateria e antenas no corpo.

Figura 1 – Visão externa do Sushi Sensor XS770A

As faces frontal e traseira da caixa têm uma área suficiente. Um ícone na face frontal indica a posição da interface NFC; os usuários podem comunicar-se com o sensor, segurando seus terminais móveis próximos a este ícone. Além de ser leve, a resina permite a passagem de ondas eletromagnéticas. Essa vantagem permite que as antenas sejam integradas ao invólucro, tornando a estrutura do sensor mais simples, do que aquelas com antenas externas. Plástico reforçado é usado na parte principal da caixa, para garantir a resistência ao meio ambiente. A base é feita de metal, para detectar, com segurança, a vibração e a temperatura do objeto medido. Aço inoxidável resistente à corrosão é usado para aumentar a resistência ambiental. A Figura 2 mostra o interior do invólucro. A bateria pode ser substituída facilmente; a parte superior é colocada em um suporte, no lado interno do invólucro, e a parte inferior o é em uma almofada dentro do suporte da bateria, para permiƟr tolerância dimensional e fácil subsƟtuição da bateria. A placa do sensor é fixada firmemente à base de metal, com dois parafusos, para evitar que seu ruído afete a resposta de frequência.

Figura 2 – Estrutura Internar do Sushi Sensor

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Art Interface para configurações e manutenção Uma interface compatível com NFC é usada para configurações e manutenção. Essa interface consome menos energia do que os indicadores de LED, LCD, ou a comunicação por infravermelho. Por meio dessa interface, o Sushi Sensor pode comunicar-se com smartphones que tenham a função NFC, tornando a interface do usuário mais flexível, amigável e simples. Por meio de um smartphone, o usuário pode configurar o sensor, verificar informações como o nível de bateria restante, e ler as indicações, independentemente do ciclo de atualização predefinido. Assim, além de coletar dados do sensor de um local remoto, as condições do sensor podem ser verificadas, em campo, com um smartphone, assim como em uma rodada de operação convencional.

Método de Comunicação O Sushi Sensor usa o padrão LoRaWAN, para transmissão sem fio de dados do sensor. Esse método de comunicação é adequado para monitorar eventos, como desgaste mecânico e degradação de equipamentos, que são alvos de rondas do operador para manutenção, monitoramento ambiental e gerenciamento de energia. O protocolo de comunicação sem fio LoRaWAN é um método de comunicação assíncrono, relativamente simples, e o processamento estrito em tempo real não é necessário no firmware. Assim, o consumo de energia do processador pode ser reduzido, e o sensor ser compacto e leve. Quando a potência de saída é de até 7 dBm, a distância de comunicação é de até 7 km, graças à alta sensibilidade do LoRaWAN. Esta longa distância de comunicação significa que toda a área da planta pode ser coberta sem repetidores, embora, normalmente, este ambiente tenha muitas estruturas nas instalações. Isso é crucial para permitir que o Sushi Sensor seja implantado facilmente. Em projetos executados em campo (planta real), um único gateway cobriu com sucesso uma área de vários quilômetros quadrados, que é típico para um local de fábrica. O Sushi é um sensor (sem fio e compacto) ideal para IoT Industrial, e foi desenvolvido para ambientes industriais agressivos, possui excelente robustez ambiental. Embora as máquinas rotativas tenham baixa prioridade em termos de monitoramento de equipamentos, devido aos altos preços, o Sushi Sensor permite o monitoramento remoto e contínuo de tais equipamentos, medindo suas vibrações, temperaturas e pressões. Além disso, grandes quantidades de dados podem ser adquiridas e acumuladas automaticamente na nuvem, o que permite que as habilidades e o know-how da equipe de manutenção veterana sejam usados, não apenas dentro de uma fábrica, mas também em outras instalações dentro e fora do Brasil. A tecnologia foi desenvolvida para substituir as rondas convencionais do operador, e melhore drasticamente a manutenção do equipamento. O conhecimento e know-how em manutenção de equipamentos acumulados em campo

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podem ser usados de forma mais eficiente. Com o Sushi Sensor, a Yokogawa aumentará a eficiência de manutenção das fábricas e da infraestrutura da sociedade.

Digitalizando Dados Desenvolvimentos recentes em tecnologia de aprendizado de máquina também ajudam a analisar as condições do equipamento com base nos dados adquiridos. Em meio às grandes mudanças no ambiente de negócios da indústria de manufatura nos últimos anos, as empresas estão buscando criar novo valor, usando a transformação digital, e inovando a gestão e produção. Manter a alta disponibilidade e confiabilidade dos equipamentos da planta e, ao mesmo tempo, melhorar o desempenho operacional é a chave para a continuidade dos negócios. Buscando atingir este target, as empresas vêm buscando recursos para digitalização dos dados. Digitalização significa adotar sensores, com capacidade de converter variáveis do mundo real em informações com relevância na cadeia de análise. Coletar dados não é o objetivo dos clientes; eles querem obter valor ou benefício dos dados. Por exemplo, eles desejam detectar qualquer sinal de anormalidade do equipamento com antecedência, monitorando a tendência dos dados; eles também desejam prever falhas, ou diagnosticar um mau funcionamento, usando IA e aprendizado de máquina, para tratar e analisar dados. Eles esperam que um novo valor seja criado a partir dos dados. Convencionalmente, a tarefa de criação de valor foi deixada para trabalhadores qualificados, que aplicaram sua intuição e experiência, para fornecer julgamentos precisos. No entanto, cada vez mais trabalhadores qualificados estão se aposentando, mesmo com o aumento do número de pontos a serem monitorados. Algumas contramedidas são necessárias para superar essa situação. Além disso, ainda existem grandes quantidades de dados de equipamentos, que ainda não foram digitalizados. Eles podem trazer um valor radicalmente diferente do valor existente. A Yokogawa chama essa etapa da digitalização de Sensemaking (criação de sentido). O Sensemaking facilita a criação de valor significativo a partir dos dados, e tem um papel importante na tomada de decisões orientada por dados. Atualmente, não é fácil para os clientes, compreender e analisar o significado dos dados, e determinar como implementá-los na operação diária. Em outras palavras, muitos fornecedores entregam aos clientes ferramentas para digitalização, mas não oferecem, com sucesso, ferramentas para digitalização, para fazer uso total dos dados da planta. Os fornecedores devem oferecer uma solução que facilite a mudança de detecção para criação de sentido. Essa solução tem um papel crucial na realização da manutenção com dados digitalizados do equipamento. Além disso, como tecnologias digitais inovadoras, como inteligência artificial (IA), Internet das coisas industrial (IIoT) e big data surgiram nos últimos anos, um número crescente de clientes deseja introduzir essas novas tecnologias digitais para melhorar a produtividade.

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Art Os dados do processo de produção, obtidos por meio da tecnologia de operação (OT), têm sido usados para melhorar a produtividade das plantas. Os dados de equipamentos obtidos a partir de tecnologia da informação (IT) são cada vez mais usados, para melhorar a eficiência da manutenção de equipamentos. Ao unir esses dados (OT + IT), as tecnologias digitais inovadoras têm o potencial de criar um novo valor para a indústria.

Hospedagem de dados Uma vez que os sensores têm a capacidade de medir e enviar esses valores para um gateway, os dados precisam ser armazenados na forma de histórico, para posterior análise, correlação, tratamento e adoção de algoritmos de AI. De modo geral, os dados são enviados para um ambiente de nuvem. Na nuvem, é possível analisar os dados do processo de produção e os dados do equipamento de forma integrada, e esses dados integrados podem ser usados para oƟmizar a produção. Analisaremos todo o negócio dos clientes, desde a idenƟficação de seus problemas potenciais, até o projeto e implementação da solução ideal, executando uma operação segura e estável, e mantendo e melhorando a eficiência da produção. A Yokogawa acumulou força no domínio OT. Ao combiná-lo com a mais recente TI, iremos oƟmizar o processo de produção, automaƟzar e oƟmizar toda a cadeia de valor, incluindo a cadeia de abastecimento, reduzir o risco, e melhorar a eficiência. Os dados salvos e integrados na nuvem podem ser usados, não apenas para a planta de desƟno, mas também para quaisquer plantas do mesmo Ɵpo, em todo o mundo. Na nuvem, é possível combinar dados do processo de produção em tempo real, que são coletados por meio de redes de sensores e dados de equipamentos, que são coletados com mais frequência do que nas rondas do operador, e também é possível analisar os dados integrados com precisão. Com base no conhecimento do negócio e do domínio, os dados do processo de produção obƟdos da OT são combinados, na nuvem, com os dados do equipamento obƟdos da TI (dados IIoT). Os dados trarão transformação além das fábricas, ou seja, transformação da gestão corporaƟva, negócios e pessoas. Este sistema irá garanƟr alta lucraƟvidade e crescimento sustentável para os negócios.

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O ganho na adoção desta tecnologia está em obter resultados analíticos, sem a necessidade de criar modelos ou modelar dados, para cada cenário ou equipamento.

Esboço da tecnologia de julgamento com base na aprendizagem da máquina O procedimento para analisar dados, usando aprendizado de máquina e os tipos de aprendizado de máquina, são descritos abaixo. Duas fases de aprendizado de máquina. Um método ou programa, com o qual um computador aprende padrões de dados e encontra regras de forma autônoma entre os padrões, é chamado de aprendizado de máquina. Em geral, a análise de dados, baseada no aprendizado de máquina, consiste na fase de aprendizado e na fase de julgamento. ƔƔ Fase de aprendizagem Na fase de aprendizagem, os dados mulƟdimensionais – alguns são relevantes e outros irrelevantes –, coletados por vários sensores, são inseridos em um servidor ou nuvem. Depois de aprender de forma autônoma, a AI produz os resultados na forma de modelos. Esses modelos incluem regras extraídas dos dados. ƔƔ Fase de julgamento Com base em um modelo em fase de aprendizado, é criada uma ferramenta de julgamento. Na fase de julgamento, os dados online de vários sensores são inseridos na ferramenta, que compara esses dados com o modelo, e avalia e produz se são normais ou anormais. Em geral, leva algum tempo para criar um modelo na fase de aprendizado, enquanto o julgamento na fase de julgamento requer pouco tempo. Nas análises de dados da planta que a Yokogawa realizou, usando aprendizado de máquina, a fase de aprendizado normalmente levou cerca de 20 horas, enquanto a fase de julgamento não demorou mais do que 100 mseg. O julgamento de dados online é concluído muito rapidamente, por isso, é altamente viável julgar as condições do equipamento em fábricas reais, com ferramentas de julgamento de aprendizado de máquina em tempo real. A Figura 5 apresenta um exemplo de análise de dados para julgamento de condição do ativo.

Uso de IA / aprendizado de máquina Com o ambiente de nuvem, os clientes podem integrar os dados em toda a planta, e acessar perfeitamente os resultados de análises avançadas, obtidas por meio do uso total de IA e tecnologias de aprendizado de máquina. Com a ajuda de IA / aprendizado de máquina, as anormalidades do equipamento podem ser previstas, e os detalhes da falha podem ser diagnosticados. Os resultados do diagnóstico facilitam o julgamento, a tomada de decisão e a ação para a manutenção do equipamento. Além disso, a integração com os dados do processo de produção fornecerá, aos clientes, orientações sobre a tomada de decisões e ações, que levam não apenas à atividade de manutenção, mas também à qualidade do produto.

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Figura 5 – Algoritmo de detecção de anomalia em estagio inicial

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sa é muito , mesmo boa sim até satne interes , dados é demais

Pesqui

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Art Soluções Orientadas para cadeia de valor do cliente Toda tecnologia aqui discutida tem a premissa de obter dados de componentes industriais, hospedar valores, tratar dados, aplicar algoritmos de AI e, por fim, entregar ao usuário informações precisas, históricos e ferramentas, que permitam monitorar a saúde dos ativos, identificar o estado de desempenho atual do ativo em relação à sua condição de projeto ou ideal, avaliar desgastes e redução de performance, gerar KPI, identificar oportunidades de redução de consumo de energia e ou insumos, avaliar o comportamento futuro dos equipamentos monitorados, e assim planejar as ações de operação, manutenção e melhorias, garantindo sempre o melhor cenário, e fornecer de maneira automática relatórios de causa de falhas, e apontar pontos de falhas futuras. Todas essas informações são exibidas de forma simples e intuitiva em Dashboards customizáveis. Essa nova modalidade de negócios dispensa aquisição de licenças de softwares, servidores, gateways. Toda inteligência embarcada, hospedagem, tratamento de dados, modelagem, telas, interfaces, são oferecidas na forma de serviços, com contratos anuais e cobranças mensais. Surge aqui um novo modelo de negócios com cobrança recorrente, que entrega ganhos imensuráveis aos usuários, a baixos valores mensais, permitindo assim ao usuário utilizar verbas de OPEX para pagamento de serviços mensais, que vão gerar ganhos muitas vezes superiores ao investimento mensal. Na figura 4, um exemplo de tela, com as informações tratadas e todas as análises.

Figura 4 – Dashboard

No ambiente de nuvem, os usuários podem integrar os dados em toda a planta, e acessar perfeitamente os resultados de análises avançadas, obtidas com o uso total de IA e tecnologias de aprendizado de máquina. Com a ajuda de IA / aprendizado de máquina, as anormalidades do equipamento podem ser previstas, e os detalhes da falha podem ser diagnosticados. Os resultados do diagnóstico facilitam o julgamento, a tomada de decisão, e a ação para a manutenção do equipamento. Além disso, a integração com os dados do processo de produção fornecerá, aos clientes, orientações sobre a tomada de decisões, e ações que levam, não apenas à atividade de manutenção, mas também à qualidade do produto.

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Cyber security Conectar o mundo real e o mundo cibernético requer alguns cuidados, como a segurança cibernética. Para introduzir a tecnologia da informação, enquanto mantém a estabilidade e confiabilidade da operação, é necessário um bom conhecimento de TI e OT. Como os ataques cibernéticos agora têm, como alvo, a indústria de manufatura, as pessoas responsáveis pela infraestrutura de TI em campo, as seções do sistema de informação, e os fornecedores devem trabalhar juntos, para reduzir esse risco. Além disso, é necessário preparar as medidas com antecedência, e implementá-las rapidamente, quando ocorrer algum incidente. A Yokogawa colabora, há muito tempo, com clientes em TI e sistemas que funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana, e oferece vários tipos de suporte. Em relação ao compromisso da Yokogawa com a operação de campo, alguns exemplos são apresentados no artigo, “Soluções ideais derivadas de pesquisas de campo: Contra medidas de segurança cibernética para plantas de próxima geração.”

Conclusão Concentramo-nos na mudança de detecção, para dar sentido aos dados, e explicar como alcançar a construção de valor, por meio de detecção inteligente com base em negócios e conhecimento, análise de dados avançada, e um método de negócios do ciclo OODA (observar e julgar as condições, tomar decisões e agir). Além disso, mostramos, por meio de vários exemplos, que o Sushi Sensor pode facilitar a digitalização dos equipamentos da planta, minimizando o custo de manutenção, e garantindo confiabilidade e disponibilidade do equipamento. O artigo concluiu que, na etapa final da transformação digital, podemos ajudar os usuários a criar um novo valor, somando análise de dados e experiência de processos, usando toda e qualquer fonte de informações sobre o processo, em conjunto com os dados digitalizados. Se a IA, o aprendizado de máquina e outras tecnologias avançadas puderem ser totalmente utilizados, será possível criar um novo valor, e maximizar os lucros de toda a fábrica. Além disso, o compartilhamento de dados por meio da nuvem possibilitará operar várias fábricas semelhantes de forma eficiente, melhorar a eficiência operacional, e promover mudanças em toda a fábrica, entre várias fábricas, e em toda a empresa. Com os desenvolvimentos recentes na Internet das Coisas Industrial (IIoT), muitos sensores, incluindo Sushi Sensors, são montados em equipamentos de fábrica, para fácil aquisição de dados quantitativos. Ao analisar esses dados do sensor, usando aprendizado de máquina, a deterioração ou falha do equipamento pode ser detectada com alta precisão. Essas duas tecnologias – tecnologia de sensor incluindo Sushi Sensors, e tecnologia de análise de dados, usando aprendizado de máquina – permitirão o uso prático do CBM (Manutenção Baseado em Condição).

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Regulamentos de IA da União Europeia impactam os negócios As regras propostas pela UE são apenas mais um passo, em direção à regulamentação global de IA. Veja como as organizações inteligentes estão se preparando para a conformidade e gerenciando os riscos de IA. À medida que a inteligência artificial (IA) se torna cada vez mais incorporada à estrutura dos negócios e de nossa vida cotidiana, tanto as corporações quanto os grupos de defesa do consumidor têm feito lobby, por regras mais claras para garantir que ela seja usada de forma justa. Em maio, a União Europeia se tornou o primeiro órgão governamental do mundo a emitir uma resposta abrangente, na forma de projetos de regulamentação voltados especificamente para o desenvolvimento e uso de IA. Os regulamentos propostos se aplicariam a qualquer sistema de IA, usado ou fornecendo resultados, dentro da União Europeia, sinalizando implicações para organizações em todo o mundo. Pesquisa da McKinsey mostra que um grande número de organizações ainda tem muito trabalho a fazer, para se preparar para esta regulamentação, e abordar os riscos associados à IA de forma mais ampla. Em 2020, apenas 48% das organizações relataram reconhecer os riscos de conformidade regulamentar, e menos ainda (38%) relataram trabalhar ativamente para resolvê-los. Proporções muito menores reconheceram outros riscos evidentes, como aqueles relacionados à reputação, privacidade e justiça. Essas estatísticas são alarmantes, dados os incidentes, bem divulgados, em que a IA deu errado, e porque regulamentações relacionadas à IA, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da Europa, já existem em partes do mundo. A IA apresenta uma tremenda oportunidade para avanços na tecnologia e na sociedade. Está revolucionando a forma como as organizações criam valor nos setores de saúde, mineração e serviços financeiros. Para que as empresas continuem a inovar com IA, no ritmo necessário para se manterem competitivas, e obter o maior retorno de seus investimentos em IA, elas precisam enfrentar os riscos da tecnologia. A pesquisa confirma isso: as empresas que obtêm os maiores retornos da IA são muito mais propensas a relatar que estão envolvidas na mitigação ativa de riscos, do que aquelas cujos resultados são menos impressionantes. Embora a regulamentação da UE ainda não esteja em vi-

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gor, ela fornece uma visão clara do futuro da regulamentação da IA, como um todo. Agora é a hora de começar a entender suas implicações, e tomar medidas para se preparar para elas, bem como para os regulamentos que certamente seguirão. Essas etapas também apoiarão a conformidade com os regulamentos atuais, e mitigarão outros riscos de IA não regulamentares. As organizações devem entender que a estrutura de risco da regulamentação se concentra exclusivamente nos riscos que a IA representa para o público, não no conjunto mais amplo de riscos de IA para as próprias organizações – por exemplo, o risco de perdas, devido a inventário classificado incorretamente. O projeto de regulamento propõe diferentes requisitos para os sistemas de IA, dependendo do seu nível de risco, e os sistemas na categoria de risco inaceitável não seriam mais permitidos na União Europeia. Conforme proposto atualmente, os sistemas de alto risco estariam sujeitos ao maior conjunto de requisitos, incluindo supervisão humana, transparência, cibersegurança, gestão de risco, qualidade de dados, monitoramento e obrigações de relatórios. O regulamento teria alcance extraterritorial, o que significa que qualquer sistema de IA, que forneça produção dentro da União Europeia, estaria sujeito a ele, independentemente da localização do provedor ou do usuário. Pessoas físicas ou jurídicas, localizadas na União Europeia, que coloquem um sistema de IA no mercado da União Europeia, ou que utilizem um sistema de IA dentro da União Europeia, também estarão sujeitas à regulamentação.

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Testes em softwares são necessários para diminuir bugs No fim de agosto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou as regras para o sexto teste de segurança das urnas eletrônicas, processo criado ainda em 2009, e que exige um exame detalhado de hardware e software da urna eletrônica. Até o fim de novembro, os investigadores terão de inspecionar os códigos-fontes dos sistemas, e apontar eventuais bugs ou, numa linguagem bem popular, erros ou panes da plataforma. Testes de qualidade de software, assunto em alta na capital do Brasil e no mundo todo, foi também o tema do recente DevTalk – evento on-line, promovido pela Assespro-PR Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação. De maneira detalhada, Paulo Gevaerd, da Beholder Company, e Everton Arantes, da Prime Control, apresentaram, aos participantes, conceitos que vêm assegurando qualidade e avanços. “O tema [testes de software] é crítico. Afinal, é fundamental que os bugs sejam evitados, e que cada vez mais os softwares apresentem qualidade e excelência, pois, isso melhora a relação com os usuários, clientes e a própria rentabilidade da empresa desenvolvedora. Assim, ela evita retrabalhos e reduz a sustentação”, disse Lucas Ribeiro, presidente da Assespro-PR. Reprodução O teste do software é a investigação que fornece as informações sobre sua qualidade, em relação ao contexto em que ele deve operar. Em um mundo cada vez mais digital e acelerado, o desafio dos testadores é entregar o programa “redondinho”, sem os tais bugs, que, na linguagem da informática, quer dizer um pouco mais que simplesmente um erro. Paulo Gevaerd, da Beholder Na literatura, um bug de sof- Company tware é conceituado como uma falha em um programa de computador/sistema, que faz com que ele produza um resultado incorreto e se comporte de maneira não intencional. “Não existe uma solução milagrosa, embora, ao longo dos anos, a forma Reprodução de se fazerem os testes tenha mudado bastante. O grande desafio é entregar mais rápido, e com qualidade”, destacou Everton. A saída, apontou Paulo, é a organização: se o processo de qualidade está implementado, existe uma maior chance de garantir essa qualidade. Na prática, é o cliente Everton Arantes, da Prime que vai perceber o bug, mes- Control

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Reprodução

mo sem saber que se trata de um erro identificado pelos programadores. Por exemplo, sabe aqueles segundos entre o Menu e a transferência bancária do seu banco? Esse mínimo tempo é considerado uma eternidade para a programação, e pode indicar uma (enorme) falha. “Na Web, esperar três segundos é normal. No aplicativo, isso é muito”, afirma Everton. A tecnologia vem salvando a tecnologia. Entre outras sugestões, baseados em suas experiências, Everton e Paulo citaram dois programas simples, que podem ser usados para a automação de testes, além de automação de processo robótico também. O Robot Framework, definido por Everton como “uma das melhores e mais simples ferramentas para automação”, é aberto, extensível, e pode ser integrado virtualmente a qualquer outra ferramenta, para criar soluções de automação. Além disso, ele tem sintaxe fácil, com recursos que podem ser estendidos por bibliotecas implementadas com Python ou Java. Outra opção apontada é o Cypress, um novo framework de testes de código aberto e de fácil configuração, que dispensa a necessidade de baixar ferramentas e bibliotecas separadas, para configurar seu conjunto de testes. Sua curva de aprendizado é bem menor, e seus scripts são escritos igualmente via JavaScript. “O Cypress é outra ferramenta que vem crescendo bastante”, destacaram os profissionais no DevTalk. As métricas têm apenas uma regra. “O número de bugs dentro de casa [da empresa de TI] precisa ser maior do que fora dela”, disse Everton. Isso quer dizer que, se for para dar algum problema, que isso ocorra sem afetar a qualidade de vida dos clientes. “No caso da métrica interna, é para saber como está a qualidade dentro de casa. Na externa, preciso questionar: como está a qualidade para o meu cliente, para quem usa minha solução? É preciso comparação, ou não se tem uma base. Bugs por hora de desenvolvimento, por exemplo, por story point, bug/hora. Mas, você precisa saber se está melhorando ou piorando”, afirma.

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Serverius atualiza com solução Huawei A Holanda é o ponto de partida europeu da enorme New Eurasian Land Bridge, que conecta a Europa com a Ásia. Já abrigando uma indústria de energia renovável bem desenvolvida, que é uma fonte de fornecimento de energia estável, o país está há muito tempo na vanguarda. À medida que o mundo entra na Quarta Revolução Industrial por meio de computação inteligente e big data, a Holanda faz bom uso de seus recursos, atualizando toda a sua indústria de computação em nuvem, para colocar um foco renovado na construção e operações de data centers. Hoje, a Holanda é um dos nós da rede de backbone da Europa, com muitos cabos submarinos e recursos de conectividade. E, à medida que os gigantes da tecnologia aumentam o investimento em data centers, um terço de todos os data centers europeus estão localizados em Amsterdã e arredores. A Serverius é o maior fornecedor holandês de infraestrutura completa de TI, operando três centros de dados, e fornecendo interconexão de rede de backbone europeu entre Amsterdã e a cidade alemã de Frankfurt. Ela oferece serviços de data center – como hospedagem, conexão e segurança de rede – para mais de 2.000 grandes empresas globais. O acesso rápido aos dados é crítico, e os modelos de Inteligência Artificial exigem dados atualizados, para serem capazes de se adaptar às condições de negócios em constante mudança. Um grande número de interfaces 100G já foi implantado em redes DCI, e até mesmo requisitos de transmissão 400G estão surgindo; o sistema de rede DCI, baseado em Wavelength Division Multiplexing (WDM), da Serverius, usou a tecnologia de transmissão óptica Dispersion Compensation Module (DCM), projetada para 10G de comprimento de onda. Claramente, essa tecnologia é incapaz de atender aos crescentes requisitos de tráfego de hoje, muito menos amanhã. No entanto, embora a evolução do DCI seja crítica para o desenvolvimento de serviços de data center, garantir a continuidade do serviço e proteger os investimentos existentes na rede são igualmente importantes. A Serverius precisava de uma solução de evolução suave, para transformar sua rede legada em uma rede DCI voltada para o futuro, capaz de atender os requisitos de desenvolvimento de serviço da próxima década, minimizando o impacto nos serviços existentes. Parceira estratégica da Serverius, a Huawei forneceu sua solução DC OptiX – baseada no OptiXtrans DC908 – atendendo aos requisitos de atualização de rede DCI da empresa,

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e trazendo maior valor para a empresa em geral. A solução DC OptiX é compatível com a rede DCM legada da empresa, fornecendo uma solução de largura de banda grande, de 200G a 800G DCI de comprimento de onda. Esta solução evita a necessidade de alugar novas fibras ópticas, e suporta a rápida atualização dos recursos da camada óptica DCI na rede ativa, minimizando o impacto sobre ela. E, após a conclusão, com base na tecnologia da banda Super C, a capacidade de fibra única, agora, é capaz de atingir um máximo de 48 Tbit/s, com a capacidade de evoluir para um máximo de 88 Tbit/s. O primeiro lote de OptiXtrans DC908s foi implantado em dois centros de dados, Dronten e Meppel, triplicando a capacidade DCI entre eles. “Fizemos um progresso encorajador, ao trabalhar com a Huawei, e isso é sublinhado por nosso objetivo, de tornar a web mais rápida e segura. Para fornecer uma atualização de largura de banda muito necessária, a Huawei propôs uma solução de reconstrução que é compatível com a camada óptica existente, seguindo uma análise aprofundada da rede DCI ao vivo. Esta solução, não só atualiza a largura de banda, mas também corta o investimento em fibra óptica, evitando a necessidade de gerenciar vários sistemas DCI. Huawei OptiXtrans DC908 fornece uma solução orientada para o futuro, de banda ultra larga, rápida e suave. O design automático e inteligente também permite fácil implantação e agilidade no serviço”, diz Sergey Petukhin, chefe de infraestrutura de conectividade da Serverius.

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Impactos da LGPD para os Data Centers A tecnologia permite acessar e fornecer informações de qualquer lugar, facilitando processos que demoravam horas, e hoje são realizados em minutos: muitos dados pessoais ficam expostos online, correndo riscos de serem acessados para o uso indevido. Atualmente, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) faz cumprir a segurança destas informações. Esta lei exigiu que muitas empresas tivessem de se adaptar a estas novas regras de privacidade de dados. Com os Data Centers, não foi diferente. “É importante que estejam protegidos, tanto de danos físicos quanto virtuais de seus colaboradores”, comenta a diretora jurídica da Odata, Erika Patara. O primeiro passo é adotar a metodologia Privacy By Design, na qual os profissionais da companhia precisam incorporar a privacidade e a proteção de dados pessoais, em todos os projetos desenvolvidos pela organização. Usando este conceito, o trabalho deve ser feito em torno da proteção de informações, desde a concepção de sistemas e projetos, até a arquitetura incorporada no Data Center. Para que um provedor de Data Center se proteja contra danos físicos, que podem influenciar na proteção dos dados de seus clientes, o ideal é investir em redundância, mesmo que os dados sejam guardados na nuvem. Além disso, é importante prezar pela segurança do local, com controles e verificação de acesso. Já contra a proteção de danos virtuais, é necessário dispor de tecnologias de segurança, como a criptografia de dados, firewalls e programas antimalware, que tornam a intercepção de informação mais difícil. Erika destaca ainda alguns requisitos fundamentais, para assegurar as condições de segurança e as premissas da LGPD para Data Centers: • Mapeamento de quais dados são tratados, por quais áreas e com qual finalidade; • Atualização de softwares e sistemas de controle de hardware; • Monitoramento frequente de recursos; • Política de controle de acesso físico e online; • Divulgação e treinamento dos colaboradores, com relação às boas práticas de TI; • Garantia de que a informação, mesmo manipulada, mantenha seu conteúdo e suas características originais; • Disponibilidade, ao manter a informação sempre disponível para uso legítimo. Além disso, outra solução para os Data Centers é investir

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em certificações internacionais de segurança de dados, como a ISO 27000 e a PCI DSS. “Uma boa forma de promover a proteção física neste setor é alinhá-lo a padrões internacionais de segurança de dados. Tais certificações estabelecem processos capazes de manter uma política de cibersegurança mais confiável”, explica Erika. Os dados pessoais ficarão, a cada dia, mais valiosos, já que é com base neles, que traçam perfis de compra e análises de comportamento. Portanto, as pessoas estão mais conscientes deste papel, e mais seletivas quando precisam compartilhar tais informações. A fiscalização da proteção de dados será efetiva, e consequentemente as empresas investirão em tecnologias mais seguras, capazes de evitar possíveis ameaças de invasão ou roubo de informações.

Vale destacar que o Data Center nada mais é do que um conjunto de equipamentos, utilizados por uma organização para o processamento e armazenamento de dados, sistemas e aplicações. Essa estrutura reúne servidores, banco de dados informatizados e componentes auxiliares, como storages e ativos de rede. Uma das funções mais importantes é assegurar que as informações e sistemas hospedados nos Data Centers possam ser acessados a qualquer momento. A estrutura do controlador do Data Center é o local onde rodam o sistema e a rede de dados é instalada e mantida. É este lugar que deve operar, com base nos preceitos da LGPD. É importante frisar que, apesar de não atuar diretamente no processamento de dados dos usuários, e de não exercer a responsabilidade sobre tais informações, cabe aos Data Centers garantir a proteção física dos ambientes, para que a gestão das informações seja segura.

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Esboço da estrutura de segurança cibernética para gerenciamento de ransomware O NIST – National Institute of Standards and Technology (EUA) – publicou um novo rascunho de orientação sobre ransomware, para organizações. O documento traz conselhos sobre como se defender contra o malware, o que fazer em caso de ataque, e como se recuperar dele. A estrutura estabelece o The Ransomware Profile, um guia para ajudar as organizações a traçar o perfil de seu estado de prontidão; ele mapeia os objetivos de segurança da Estrutura, para Melhorar a Infraestrutura Crítica da Segurança Cibernética, Versão 1.1 (também conhecida como Estrutura da Cibersegurança), para recursos e medidas de segurança que dão suporte à prevenção, resposta e recuperação de eventos de ransomware. O perfil inclui ajudar a avaliar o nível de prontidão de uma organização, para mitigar ameaças de ransomware, e reagir ao impacto potencial dos eventos. O perfil também pode ser usado para identificar oportunidades de melhorar a segurança cibernética, para ajudar a impedir o ransomware. A publicação também detalha algumas etapas preventivas básicas que uma organização pode tomar, agora, para se proteger contra a ameaça de ransomware. Não é particularmente novo, mas reforça o cuidado baseado numa estratégia de prevenção, que requer

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uma equipe adequada – e especialmente importante para organizações de médio e pequeno porte, que agora são alvo dos ataques também.

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LG e MAGNA em joint venture A LG Electronics e a Magna International Inc. acordaram transação, que estabelece uma joint venture entre as duas empresas. A nova empresa, que se chamará LG Magna ePowertrain, está sediada em Incheon, Coreia do Sul, e será liderada por uma forte equipe de gestão. À frente da nova empresa, estará o CEO Cheong Won-suk, um veterano que está há 20 anos na LG, e que, mais recentemente, ocupou a posição de vice-presidente e Head do Segmento de Soluções Verdes da empresa. Antes da LG, Cheong trabalhou por Sede da LG Magna e-Powertrain em Incheon, Coreia do Sul quase uma década na Dae-drive relacionados. ewoo Motors R&D. Javier A expectativa é de que as sinergias de design, enPerez, que está na Magna desde 2016, será o novo COO da genharia e fabricação, criadas pela LG Magna e-Powerempresa, responsável por supervisionar as operações diárias train, permitam a ambas as empresas reagir rapidamente da joint venture. Perez traz, para a LG Magna e-Powertrain, às tendências do mercado, e capitalizar sobre a crescente a experiência de quase um quarto de século na fabricação, mudança global, em direção à eletrificação de veículos. e controle de qualidade de automotivos, 18 anos dos quais A nova empresa desenvolverá componentes powertrain, baseados na Ásia. que oferecem aos fabricantes de automóveis um portfólio escalável, desde soluções completas, que permitem a eletrificação e funcionalidade, até a integração de software operacional inteligente, e controles em novos sistemas de e-drive. “A parceria com a Magna permite que a LG amplie sua produção global, crie oportunidades de negócios adicionais, e ofereça sinergias em compras e inovação tecnológica. Espera-se que esta abordagem integrada e colaborativa resulte em uma rápida oferta aos clientes, e capitalize sobre o rápido crescimento do mercado mundial de powertrain elétrico”, disse o CEO Cheong. “Espera-se que o mercado de e-motores, inversores e sistemas de acionamento elétrico apresente um crescimento significativo, entre agora e 2030. Nossa joint venture reúne A criação da joint venture reúne a força da Magna, especialistas da Magna e da LG, para oferecer um portfólio de em sistemas de transmissão elétrica e fabricação automotisoluções elétricas de primeira linha. Ao alavancar as tecnova de primeira linha, com a experiência da LG, no desenlogias existentes, as capacidades de engenharia e as pegadas volvimento de componentes para e-motores e inversores. globais, a LG Magna e-Powertrain busca viabilizar avanços, O anúncio da Equipe Executiva da LG Magna e-Powerque ajudem as montadoras a alcançar alguns dos maiores detrain representa um marco importante para essa joint vensafios futuros na eletrificação de sua linha completa de veícuture, que fabricará e-motores, inversores e carregadores los”, disse o COO Perez. de bordo e, para certas montadoras, produzirá sistemas de

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A Hikvision lançou o aplicativo Hik-ePartner, uma plataforma de gerenciamento, onde os usuários (incluindo distribuidores, subdistribuidores, integradores, instaladores entre outros), podem obter acesso fácil a todas as informações dos produtos da Hikvision. Com o aplicativo, que atua como um assistente de segurança empresarial, o usuário recebe as últimas notícias da Hikvision, lançamentos de produtos, soluções para pequenas e médias empresas, folhetos de marketing, incluindo todos os tipos de infográficos e One Swipes (guias de vendas intuitivos), documentos e vídeos de como configurar, tudo isso, para auxiliar no funcionamento dos negócios de segurança. Além disso, possui um programa de recompensas, que permite aos instaladores escanear código dos produtos a cada compra, juntar pontos, e trocar por novos produtos e descontos, de forma simples e rápida. As contas Hik-ProConnect – aplicativo que oferece serviço de segurança baseada em nuvem – e Hik-ePartner podem ser integradas entre si, aumentando a eficiência e flexibilidade de gerenciamento. O Hik-ePartner busca oferecer suporte para facilitar, no dia-a– dia, eficiência e agilidade para um melhor gerenciamento. C&I_266 - 03 Os Sistemas Móveis de Dosagem e Envase da Metroval são customizados, e utilizam o princípio dos medidores volumétricos ou mássicos por efeito Coriolis. Associado a um sistema de pré-determinação e válvulas, o produto oferece excelente desempenho, com erro máximo de 0,5% do valor medido, na faixa em que é calibrado. Além disso, a facilidade na mobilidade do sistema permite maior agilidade na operação de dosagem e envase, e com valores exatos pré-setados. Os sistemas são compostos por bomba, filtro, medidor de vazão volumétrico ou mássico, tubulações, válvulas dosadoras, e IHM para Preset de Batch, além de contar com estrutura robusta e facilidade na operação. A Metroval desenvolveu sistemas de dosagem, compostos por medidores volumétricos ou mássicos, para serem utilizados na dosagem de matérias primas líquidas, mas também sistemas de envase móveis ou fixos, que permitem o envase dos produtos finais, nos mais diversos recipientes, como em latas, tambores e containers. Estes sistemas são muito utilizados para dosagens e/ou envase de tintas e vernizes.

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O PCON Kompressor-Y18 da Presys é um calibrador de pressão automático, com compressor de ar interno. Disponível nas versões para Montagem em Rack (Rack Mounting), e uso em campo (Field Service). Nenhum software adicional ou computador é necessário para gerar um relatório de um teste de calibração rapidamente, e os dados são protegidos, em concordância com os requisitos de segurança da CFR 21 Parte 11. PCON-Y18 é ideal para calibrar seus instrumentos de maneira mais eficiente nas áreas industriais, ele se tornará rapidamente uma ferramenta indispensável no seu trabalho do dia-a-dia, permitindo ganhos reais de produtividade. Possui tela colorida sensível ao toque (touchscreen) de 5,7”. Processador Dual Core de 1 GHz e memória Flash de 16 GB; Ethernet, Wi-Fi via adaptador USB/Ethernet USB/serial com protocolo SCPI; Webserver Integrado, tecnologia cliente-servidor, para buscar tarefas no servidor remoto; Porta USB; Comunicação Hart / Profibus opcionais; Teste automático de pressostatos; Corrente de Entrada: -1 mA a 24,5 mA, ± 0,01% do fundo de escala; Fonte de Alimentação para Transmissor: 24 Vcc regulada; Teste de Estanqueidade; Compensação da Exatidão de Temperatura, de 0°C a 50°C; Pressão e unidades selecionáveis pelo usuário: Pa, hPa, kPa, MPa, bar, mbar, psi, mmHg@0°C,cmHg@0°C, mHg@0°C, inHg@0°C, inH2O@4°C, mmH2O@4°C, cmH2O@4°C, mH2O@4°C, mmH2O@20°C, cmH2O@20°C, mH2O@20°C, kg/m², kg/cm², mtorr, torr, atm, lb/ft²; controle de velocidade: 10s (para aumento de 10% da pressão do fundo de escala em um volume de 50 ml); e compressor interno para geração de pressão positiva e negativa.

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A linha de equipamentos de campo da Vivace, com foco em monitoração e posicionamento de sistemas lineares e rotativos. Disponíveis nos protocolos de comunicação HART 7/4-20 mA e Profibus PA, estes equipamentos foram desenvolvidos com tecnologia de baixíssimo consumo e alto desempenho, permitindo medições robustas, de alta exatidão, e com a segurança que os processos que utilizam elementos finais de controle exigem. Utilizando-se de um sensor magnético sem contato mecânico com o conjunto atuador/válvula, os equipamentos de posição da Vivace propiciam medições e controle estáveis, em ambientes expostos a temperaturas e vibrações, sem que o processo seja afetado. Em casos extremos, possibilita ainda a montagem especial de um sensor remoto, mantendo o equipamento longe dos ruídos e intempéries do processo. Os equipamentos contam com diagnósticos auxiliares para manutenção preditiva dos elementos finais aos quais são conectados, configurados e monitorados por ferramentas de fácil utilização, garantindo ao usuário o total controle do estado geral do conjunto instalado. Entre os benefícios, estão a alta exatidão e estabilidade de medição e controle da posição, no longo prazo; o sensor magnético local ou remoto sem contato mecânico; a configuração de falha segura; caracterização personalizada da curva de medição / atuação; diagnósticos para manutenção preditiva; LCD de 5 dígitos, rotativo, multifuncional e com bargraph; ajuste local intuitivo, configurável e com função de edição rápida. Estão disponíveis em HART 7 /4-20mA e Profibus-PA, NAMUR NE43 (para modelos HART® 7 /4-20mA). C&I_266 - 06 O analisador de pneumática inteligente AVENTICS Série SPA monitora sistemas e instalações pneumáticos. O gateway integrado de IIoT Edge com PACEdge registra, continuamente, os dados dos sensores integrados da unidade de preparação de ar, e fornece ideias acionáveis. Isso permite aos usuários melhorar a eficácia geral do equipamento (OEE), otimizando nossas soluções, e, juntamente com a análise de software, permitem que os clientes melhorem a eficácia, a eficiência e a sustentabilidade gerais dos equipamentos de suas máquinas. Traz computação de borda; visualização local dos dados do sensor; nenhuma exigência de software adicional (navegador da Web); medição sem substituição do processo controlado por PLC; portátil, pode ser usado em diferentes máquinas. Inclui todas as funções necessárias para começar a usar IIoT.

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C&I_266 - 05 Em conformidade com as mais recentes normas internacionais para sistema de medição de vazão, em aplicações de transferência de custódia, o Sistema de Medição de Vazão AuditFlow da Smar atende, na totalidade, as funcionalidades de um Sistema Eletrônico de Medição. Isto é, além de realizar os cálculos de correção da vazão em tempo real, possui características de segurança dos dados, rastreabilidade e auxílio, de forma a atender as recomendações de verificação/calibração dos instrumentos. O módulo computador de vazão HFC302 do Sistema de Medição de Vazão AuditFlow é totalmente configurável, e concebido com o que há de mais avançado em hardware e software para monitorar, corrigir e controlar vazões de líquidos e gases. Possui alta confiabilidade da informação: rastreabilidade segundo as normas API-21.1 e API-21.2, incluindo alteração em configuração dos transmissores; vários níveis de redundância disponíveis; linearização dos fatores KF/NKF/MF, em função da frequência para medição de líquidos; entrada para analisadores / cromatógrafos via Modbus ou FoundationTM fieldbus; economia e agilidade no comissionamento da instrumentação de campo, através das redes digitais FoundationTM fieldbus; congrega até 30 usuários identificados por username, com 4 níveis de acesso (configurável) e possibilidade de dupla senha; tem alto nível de segurança das informações: verificação da escrita e leitura do relatório na memória NVRAM e Banco de Dados, além da checagem periódica da memória de programa e configuração. Com selo eletrônico: a detecção de rompimento de lacre registrada como evento pelo Computador de Vazão; riqueza de informações de diagnóstico e status, que somente um Sistema de Medição baseado em fieldbus pode oferecer; seleção de unidade de engenharia para cada grandeza; alta flexibilidade no tratamento de override de uma variável secundária: 5 modos de tratamento; medição de gás, com placa de orifício usando até três transmissores de pressão diferencial: evita-se o uso de porta placa e erros na instalação da placa, e ao mesmo tempo, obtém-se redundância de transmissor de pressão diferencial; capacidade para 20 composições de gás natural, associados a cada um dos poços; verificação da consistência da composição do gás, realizada na entrada manual pelo usuário ou pelo cromatógrafo; estação para líquido e gás: operações com as vazões medidas, inclusive gerando relatório de quantidades transacionadas (QTR); teste de poço com duração máxima de 48 horas: avaliação do potencial de produção dos poços para alocação da produção em medição compartilhada; e muito mais.

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