Revista Petro & Química n°398

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A lebre e a tartaruga

A crise climática que impacta o mundo com enchentes arrasadoras não tem sido suficiente para que o sistema arrisque uma guinada rápida em direção às energias renováveis. Entende-se: quando se freia bruscamente um carro, somos jogados para frente, existe a possibilidade do travamento das rodas, aumentando a chance de derrapagem e o risco de colisões. E ainda, de acordo com um levantamento da Vehicle Artificial Intelligence (VAI), veículos que costumam passar por freadas repentinas chegam a um aumento de 10% no consumo de combustível. Parece um bom paralelo para se entender por que o mundo ainda investe tanto em petróleo e gás – uma parada brusca de investimento poderia jogar as economias no caos. Mas é preciso reduzir a velocidade em algum momento. Entra em cena, então, uma avalanche de pesquisas pró e contra a abertura de novas áreas de exploração, incluindo a Margem Equatorial Brasileira (MEqB). “Outros países gostariam de alcançar em 2050 o status do mix energético que o Brasil tem hoje” e “Se não explorarmos a MEqB seremos importadores de petróleo em 2030” são pontos de partida da defesa da exploração daquela fronteira – principal tema desta edição. Claro que o Brasil já importa petróleo e não é porque nossa posição é invejada que vamos fazer como o coelho e descansar em ‘berço esplêndido’; quando o assunto é mitigação, remediação e transição é preciso trabalhar incansavelmente.

A posição dominante é que se deve explorar o petróleo na Margem Equatorial, com respeito ao meio ambiente. E nessa edição, você encontra, leitor, o que essa fronteira é, quais as propostas da Petrobras, o que pensam os especialistas, quais os impactos econômicos dessa exploração e o que diz o artigo mais polêmico que trata do impacto ambiental na região.

Um outro assunto, que pode otimizar todos os trabalhos, inclusive a exploração de áreas tão sensíveis, é a tecnologia de Inteligência Artificial (IA) que já está sendo usada massivamente no setor de petróleo e gás. E foi assunto de uma boa discussão na Rio Oil & Gas, ou melhor, na ROG.e – novo nome do maior evento do setor de óleo e gás da América Latina que inclui agora o E de energias, todas elas -, da qual trazemos uma retrospectiva – complementando a que já está no ar desde outubro em nosso site.

A edição traz artigos imperdíveis e muita notícia - os últimos meses foram bem movimentados no setor de energia como um todo – tanto que nossos encontros nas mídias sociais foram também muito intensificados. E as newsletters trouxeram outro tanto de estudos, pesquisas, eventos. Estamos preparando nossa lista de assuntos para 2025. Sobre o que você gostaria de ler? Conta pra gente!

Boa leitura.

O editor

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39. matéria de capa

Uma fronteira sob tensão

Inteligência artificial conquista a indústria

6. jornal

10. Foresea realiza primeira operação de perfuração de poço de petróleo automatizada no Brasil, com tecnologia HMH

30. especial

62. opinião

62. Biodiesel: Estudo corrobora a opinião do setor de transporte de cargas

63. Impactos da digitalização e da automação no transporte de produtos perigosos

66. artigo

66. POSV de Alta Pressão em FPSOs

67. Como resolver a sazonalidade

e a descontinuidade da geração de energia renovável por meio do armazenamento de energia

70. Medição da Qualidade do Gás

Natural: Reduzindo Erros e Incertezas

77. notícias da Petrobras

77. Petrobras inicia contratação de plataformas do projeto Sergipe Águas Profundas

80. Petrobras divulga teaser para cessão de participação minoritária do Campo de Tartaruga na Bacia SergipeAlagoas

102. retrospectiva

102. ROG.E: Muito mais que óleo e gás

126. Brasil dá visibilidade a invisíveis no G20

135. Nuclear Legacy 2024

151.

176. empresas e negócios

186. excelência sustentável

190. Na COP29, IBP reforça compromisso com transição energética

199. produtos e serviços

O sistema de controle para automação de processos: controle baseado em PC

Automação total de todos os processos e plantas integração de todas as funções de controle em uma única plataforma de hardware e software redundância de cabos e controle para aumentar a disponibilidade do sistema amplo portfólio de componentes para proteção contra explosão Módulos EtherCAT com interfaces intrinsecamente seguras para a conexão direta de dispositivos de campo até a zona 0/20 suporte a padrões típicos da indústria, como NAMUR, HART e FDT/DTM integração perfeita do MATLAB®/Simulink® e Labview no TwinCAT TwinCAT MTP para modularização do sistema

BNDES e AIIB assinam memorando de R$ 16,7 bi para investimentos no Brasil

O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) assinaram durante a Cúpula de Líderes do G20, Memorando de Entendimento (MoU) para a disponibilização de R$ 16,7 bilhões do AIIB ao BNDES para investimentos no Brasil.

A assinatura aconteceu na Marina da Glória, espaço destinado para delegações oficiais, e contou com a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do presidente do AIIB, Jin Liqun, do vice-presidente do AIIB, Konstantin Limitovskiy, e do diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco, Nelson Barbosa. O objetivo do memorando é complementar o financiamento de projetos alinhados ao Fundo Clima e ao Novo PAC.

No caso do Novo PAC, os projetos devem promover a integração econômica entre o Brasil e Ásia nos setores de infraestrutura de transporte,

“O memorando assinado com o AIIB comprova que o BNDES retomou a sua missão de promover o desenvolvimento econômico e social do país e que tem ampla capacidade de diversificar o funding e buscar importantes parceiros internacionais para o financiamento de projetos sustentáveis e de infraestrutura que beneficiem tanto o Brasil quanto a Ásia”, explica Mercadante.

conectividade energética e digital, água e saneamento.

As duas instituições ainda colaborarão nos esforços para financiar projetos de reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e apoiar os projetos de desenvolvimento urbano e infraestrutura social para a realização da COP-30, em Belém. A cooperação também tem o objetivo de mobilizar capital privado para projetos de infraestrutura.

@ Gabriel Souza/Divulgação BNDES

“Estamos muito satisfeitos em assinar este MoU expandido com o BNDES, aumentando o escopo da nossa parceria existente para cofinanciamento no Brasil. O BNDES é um parceiro institucional prioritário do AIIB no Brasil”, disse o vice-presidente do AIIB, K. Limitovskiy.

“Nossa colaboração expandida nos permitirá apoiar projetos de infraestrutura e iniciativas estratégicas que impulsionem o desenvolvimento sustentável e fomentem o crescimento econômico no Brasil, na Ásia e além, e esperamos contribuir para os objetivos da COP-30 por meio do cofinanciamento de projetos estratégicos de clima e especialmente de adaptação no Brasil.”

O AIIB é um banco multilateral focado no desenvolvimento da Ásia, com sede na cidade de Pequim, na China, mas com membros de todo o mundo, incluindo o Brasil.

Governo de

SP

investe R$ 32 milhões

em novo centro para produção de hidrogênio verde

O Governo do Estado de São Paulo criou um centro de pesquisa avançada para promover energias limpas e contribuir com o combate às mudanças climáticas. Acaba de ser lançado o Centro de Ciências para o Desenvolvimento de Energias Renováveis e Combustíveis do Futuro (CCD - ERCF), que ficará nas instalações do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O novo centro tem como missão principal promover a produção e o uso do hidrogênio de baixo carbono, uma fonte de energia com potencial de descarbonizar a economia e reduzir as emissões dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera.

O Governo aportou R$ 32 milhões no projeto, sendo R$ 9 milhões financiados

pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp); R$ 11 milhões do IPT e da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil); mais R$ 12 milhões de recursos financeiros da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. A verba será usada em infraestrutura, equipamentos, pesquisa e treinamentos.

O CCD terá apoio técnico da Semil, que definiu o centro como estratégico junto à Fapesp e atuará no seu desenvolvimento, sob coordenação do IPT. O projeto avaliará diferentes aspectos da produção, armazenamento, transporte, distribuição, uso e regulamentação do hidrogênio de baixo carbono. Esse produto é apontado como umas das

soluções para a descarbonização, com aplicações que vão desde a geração de eletricidade até o uso em processos industriais e no transporte.

A subsecretária de Energia e Mineração da Semil, Marisa Barros, destaca a importância dessa iniciativa para o futuro sustentável do estado. “Estamos em um momento crucial para investir na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias buscando inovações que no futuro farão parte da estratégia de mitigação das nações rumo à neutralidade de carbono. Com este projeto, estamos construindo as bases para um futuro mais limpo, seguro e sustentável”, afirma Marisa.

O diretor-presidente do IPT, Anderson Correia, também reforça o compromisso do instituto com o desenvolvimento de soluções tecnológicas voltadas para a sustentabilidade. “O IPT tem a responsabilidade de buscar alternativas que contribuam de forma significativa para a descarbonização global. Esse centro é um grande passo nessa direção”, declara.

Esse investimento faz parte de uma estratégia mais ampla do governo de São Paulo para apoiar iniciativas que promovam o uso de energias renováveis e reduzam a emissão de gases do efeito estufa. O hidrogênio de baixo carbono, considerado uma das grandes apostas para o futuro energético, será essencial para atender às metas de sustentabilidade do estado.

O biometano também é uma aposta importante, identificada em um estudo desenvolvido pelo Governo de São Paulo com a Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. O levantamento detectou um grande potencial para a cadeia do biometano no estado. Com a adoção de incentivos, investimentos e políticas de fomento, o setor pode contribuir para a redução dos gases de efeito estufa e gerar mais de 20 mil empregos com o aumento da produção desse combustível renovável.

A Cetesb- Companhia Ambiental do Estado de São Paulo apresentou procedimentos específicos de licenciamento ambiental das plantas de produção de biocombustíveis no Estado de São Paulo a partir da cana-de-açúcar e de resíduos sólidos.

O mercado tem reagido aos estímulos

“Estamos padronizando e agilizando os processos de obtenção de licenças para produção de energia limpa, contribuindo para as metas de descarbonização do estado”, explica Thomaz Toledo, diretor-presidente da CETESB.

oferecidos, com a inauguração de várias iniciativas. No último dia 6 de novembro foi inaugurada uma usina de biometano em Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo. A planta, com capacidade instalada para produção de aproximadamente 70 mil m³/dia do biocombustível, processará o biogás captado pela Solví Essencis, em sua Unidade de Valorização Sustentável (UVS), um dos maiores aterros sanitários do mundo. Com 3,5 milhões de metros quadrados, a área recebe 10,5 mil toneladas diárias de resíduos, principalmente da Grande São Paulo e de outros municípios.

A unidade evitará a emissão de cerca de 300 mil toneladas de CO2 equivalente por ano, contribuindo para a transição energética e descarbonização das

indústrias da região. Além disso, a planta poderá emitir créditos de carbono.

Para a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, São Paulo está na vanguarda da transição energética. “Estamos buscando parcerias, garantindo todos os estímulos e investindo para acelerar a descarbonização em nosso estado. Na logística, por exemplo, estamos investindo quase R$ 300 milhões nas obras de ampliação da capacidade de escoamento da Hidrovia Tietê-Paraná. Outro exemplo é o sistema de Travessias Litorâneas: a nova parceria públicoprivada, que está em fase de modelagem, exigirá que as embarcações sejam substituídas por versões sustentáveis”, exemplifica.

@Divulgação

Foresea realiza primeira operação de perfuração de poço de petróleo automatizada no Brasil, com tecnologia HMH

Norbe IX é uma das únicas sondas no mundo com operações automatizadas no piso de perfuração (drill floor)

Pela primeira vez no Brasil foram realizadas operações automatizadas em um poço de petróleo, com o emprego de tecnologia da empresa norueguesa HMH. A manobra realizada com a automação completa ocorreu em um poço na Bacia de Santos, e foi realizada pelo navio-sonda Norbe IX da Foresea, que se torna pioneira em operações automatizadas com o sistema HMH na indústria brasileira de perfuração

offshore. Além de maior precisão e consistência, a inovação proporciona mais segurança à operação e à tripulação por ser realizada sem a necessidade de nenhuma pessoa exposta na red zone, que é a área de maior risco no piso de perfuração.

Em julho deste ano, a Foresea já havia realizado os primeiros testes em alto mar e anunciado que deveria concluir o processo de automação da sonda

Norbe IX, com a implementação total da tecnologia, até o fim deste segundo semestre de 2024. A meta foi alcançada no último dia 21 de novembro, quando a sonda fez sua primeira manobra 100% automatizada. Com a inovação, as manobras com tubo de perfuração e durante a perfuração do poço, que representam mais de 60% de todas as operações de um navio sonda, passarão a ser realizadas sem nenhuma pessoa exposta na red zone.

“Esse é um grande marco para a Foresea e para a indústria nacional na direção de operações mais sustentáveis e seguras. Além da maior eficiência, a automação dos equipamentos também traz um importante ganho de segurança, na medida em que reduz drasticamente a necessidade de trabalhadores do lado de fora da cabine do sondador”, ressalta o COO da Foresea Heitor Gioppo.

O diretor de Operações da Foresea, Renato Costa, explica que a automação também exige uma alta qualificação dos integrantes que operam e supervisionam o sistema: “Desde antes da implantação da automação na Norbe IX nossos profissionais já estavam sendo capacitados com treinamentos em simuladores na HMH, na Noruega. E mesmo hoje, com a automação já em operação, eles seguem treinando se aperfeiçoando em simuladores 3D, na HMH de Macaé”.

Automação com IA para aumentar segurança na perfuração

A nova tecnologia de automação, desenvolvida de forma pioneira no Brasil em parceria com a fabricante norueguesa HMH, é composta pela plataforma Deal (Drilling Equipment Automation Layer) e por dois sistemas

operacionais que se chamam CADs 2.0 e Drillers Assist. O primeiro comanda a automação dos equipamentos do piso de perfuração. Já o Drilllers Assist é um conjunto de softwares para segurança e automatização de tarefas, que no futuro utilizarão inteligência artificial para auxiliar o driller (sondador) na construção do poço.

A Rig Manager da Norbe IX, Clarisse Rodrigues, destaca que a automação é o resultado de um trabalho de excelência com cooperação de profissionais de diferentes áreas, todos unidos e focadas para levar mais segurança e consistência às operações de perfuração: “Este é

um marco da indústria de perfuração no nosso continente e mostra que é possível usufruir dos benefícios dos avanços tecnológicos com maior segurança, ganho de eficiência e redução da exposição de pessoas no piso de perfuração”.

A Norbe IX é a primeira sonda no Brasil e uma das únicas no mundo a contar com operações totalmente automatizadas do sistema HMH. Com a automação, em vez de realizar manualmente dezenas de movimentos repetitivos, o sondador passa a contar com um dispositivo similar ao piloto automático, tornando as operações mais seguras e consistentes.

ASSISTA AO VÍDEO DA PRIMEIRA MANOBRA DE AUTOMAÇÃO DA NOBRE IX

Cursos.

As importações europeias de gás são quase um terço mais poluentes do que se pensava

As importações de GNL da Europa são 30% mais poluentes do que o assumido pela UE em sua lei de transporte verde, mostra um novo estudo da Energy and Environmental Research Associates em nome da T&E (TransportEnvironment). A T&E insta a UE a rever a sua legislação FuelEU Maritime para garantir que o impacto total do gás fóssil seja tido em conta.

O gás é visto como uma alternativa mais limpa aos combustíveis tradicionais para navios, como o óleo combustível pesado, que é um dos combustíveis mais poluentes do mundo. Hoje, existem quase 1.200 embarcações movidas a GNL em todo o mundo, com cerca de 1.000 nas carteiras de pedidos das empresas de navegação. A T&E estimou anteriormente que um quarto do transporte marítimo da UE poderia funcionar com GNL em 2030.

Contudo, o mais recente estudo mostra que o GNL de grandes fornecedores para a UE, como EUA, Catar, Rússia e Argélia, é quase tão ruim quanto o combustível que substitui. Mesmo quando o GNL vem de países menos poluentes, como Noruega e Reino Unido, as reduções de emissões são limitadas.

VEJA O ESTUDO COMPLETO

A lei de combustíveis verdes para transporte marítimo da UE (FuelEU Maritime) calcula as emissões de combustível com base no ciclo de vida, levando em consideração as emissões a montante e a bordo. As emissões a montante da extração, produção e transporte de GNL podem variar consideravelmente dependendo da origem do combustível e da forma como é produzido. A FuelEU Maritime não leva em conta essas diferenças, em vez disso, usa um fator de emissões padronizado a montante de 18,5 gramas de CO2 equivalente por megajoule (MJ) de energia. Isso torna o GNL uma solução tentadora para as empresas de navegação

atingirem as metas de sustentabilidade. Mas a análise da T&E mostra que as emissões de GNL importado para a Europa são, na verdade, 30% maiores do que isso, a 24,4 gCO2e/MJ. Um único grande navio porta-contêineres movido a GNL emitiria, portanto, 2.731 toneladas extras de CO2 equivalente a cada ano.

A lei FuelEU Maritime entra em vigor no início de 2025, quando os armadores começarão a contabilizar seus combustíveis. A Organização Marítima Internacional (IMO), por sua vez, ainda não determinou os fatores de emissão padrão de diferentes combustíveis, incluindo o GNL.

“O gás fóssil nunca será sustentável e é ainda mais sujo do que se pensava anteriormente. Extrair, transportar e queimar metano é um negócio com vazamentos. Essa busca cara está levando as principais empresas de transporte marítimo a desperdiçarem bilhões em uma solução que não as aproximará de suas metas de emissão zero. Em vez disso, eles devem se concentrar em investir na produção de e-fuels verdes. A UE e a IMO podem parar de incentivar o gás fóssil levando em consideração suas emissões de todo o ciclo de vida - do solo ao mar”, disse Inesa Ulichina, oficial de transporte da EU Affairs.

MCTI e Finep liberam R$ 243

para

reator nuclear

O Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), um projeto estratégico para o país, está mais perto de se tornar uma realidade já que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Finep - Financiadora de Estudos e Projetos anunciaram a liberação de R$ 243 milhões para avançar na construção do empreendimento, que será um dos mais importantes centros brasileiros de pesquisa para aplicações da tecnologia

milhões

Maquete das instalações do Reator Multipropósito Brasileiro, em Iperó (SP)

@Divulgação

nuclear em benefício da sociedade, em áreas como saúde, agricultura e meio ambiente.

“Estamos dando mais um passo para colocar a ciência brasileira em um novo patamar. O RMB é um projeto de tecnologia de ponta na área nuclear, que vai viabilizar a autonomia do nosso país na produção de radioisótopos, usados na fabricação de fármacos para tratamento do câncer. Assim, vamos reduzir riscos de desabastecimento, diminuir custos e ter melhores condições para atender à população. É a ciência, a saúde e o desenvolvimento caminhando juntos”, enfatizou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

A instalação principal do RMB consistirá em um reator nuclear de pesquisa, que utilizará as radiações geradas na reação nuclear para várias aplicações, por exemplo, em áreas como medicina, indústria, agricultura e meio ambiente. Também se constituirá como um equipamento estratégico para a qualificação de combustíveis e materiais nucleares, além de fornecer um laboratório nacional para a utilização de feixe de nêutrons em pesquisa científica e tecnológica em diferentes campos.

O RMB será construído em Iperó, município localizado no interior do estado de São Paulo, junto ao Centro

Industrial Nuclear de Aramar, da Marinha Brasileira, que está desenvolvendo o protótipo em terra do reator do submarino nuclear brasileiro.

Os recursos liberados para o projeto são não reembolsáveis e têm origem no Fundo Nacional de Desenvolvimento

“Para termos uma ideia, o combustível nuclear, que vai tanto para o projeto do submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear quanto para as usinas de Angra, poderá ser testado no Reator

Multipropósito Brasileiro”, exemplificou o diretor científico e tecnológico da Finep, Carlos Aragão.

Científico e Tecnológico. Eles financiarão a fase de implantação do RMB, por meio da execução de projetos detalhados de engenharia de prédios nucleares e radioativos; da execução das obras de infraestrutura do sítio do RMB; da aquisição de matérias-primas e itens importados para a fabricação dos componentes principais do reator nuclear; do detalhamento final da infraestrutura técnica do Laboratório de Feixe de Nêutrons; e da execução de programas ambientais no local, conforme exigido pelo IBAMA.

“Essa é a etapa que permitirá que o projeto saia do papel e que a construção do reator seja efetivamente iniciada. O projeto conta com a participação da Investigaciones Aplicadas (INVAP), uma empresa argentina, e também da nossa Amazul, empresa pública da Marinha. Portanto, é realmente um marco”, defendeu Aragão.

Perfil 2023: Indústria do plástico impulsiona economia brasileira gerando mais de 370 mil empregos

A Abiplast - Associação Brasileira da Indústria do Plástico acaba de anunciar a publicação do seu principal anuário, o Perfil das Indústrias de Transformação e Reciclagem de Plástico no Brasil, que nesta edição apresenta os resultados em 2023. O documento traz uma análise detalhada do balanço da indústria e do crescimento do setor, com informações sobre a estrutura e o desempenho da produção, a demanda, a reciclagem mecânica pós-consumo e o faturamento. O anuário revela que, no ano passado, foram produzidos no país 7,04 milhões de toneladas de produtos plásticos, enquanto o consumo atingiu 7,49 milhões de toneladas e que tem um faturamento estimado em R$123,36 bilhões.

“A publicação do Perfil 2023 é essencial para o setor, pois oferece uma visão clara dos desafios e oportunidades que enfrentamos. O documento apresenta dados sobre a produção, consumo e reciclagem de plásticos no país, além de destacar a importância do plástico em áreas essenciais da economia, como construção civil, alimentos e automotivo”, afirma José Ricardo Roriz Coelho, presidente do Conselho da Abiplast.

VEJA O RELATÓRIO COMPLETO LINKEDIN

Rhodia anuncia projeto para atingir 97% de descarbonização da planta industrial de Paulínia (SP)

A Rhodia, integrante do grupo Solvay, lançou dois projetos sustentáveis em sua unidade de Paulínia (SP): um para reutilização de água em processos industriais e outro para a adoção de caldeiras a biomassa, alinhados à meta global de redução de impactos ambientais. A cerimônia ocorreu durante a Missão Econômica Belga, liderada pela princesa Astrid da Bélgica.

“Essas iniciativas mostram que é possível unir inovação industrial à proteção de recursos naturais, atendendo às demandas por menor pegada de carbono e hídrica”, afirmou Daniela Manique, CEO da Rhodia na América Latina. A fábrica, referência global em sustentabilidade, já reduziu 95% das emissões de carbono desde 2005, e alcançará 97% até 2027. O projeto climático, em parceria com a

ComBio Energia, substitui combustíveis fósseis por biomassa e conta com investimento de €45 milhões, alinhandose às metas da Solvay de neutralidade de carbono até 2030 no Brasil e 2050 globalmente. Já o projeto de reuso de água, com €1,5 milhão em investimentos, entrará em operação em dezembro de 2024, reduzindo a captação hídrica em 4,2 milhões de m³ anuais.

Philippe Kehren, CEO global da Solvay, destacou que os projetos fortalecem o compromisso com produtos e processos sustentáveis, contribuindo para os objetivos regionais de conservação de recursos naturais e redução de emissões no Brasil. Além disso, a Rhodia preserva a Mata Atlântica local, habitat de espécies ameaçadas como o Lobo Guará e o Tamanduá Bandeira, reafirmando sua liderança responsável no setor.

EDP leva energia limpa a comunidades de cinco países africanos

Mais de 150 unidades de saúde que prestam cuidados primários à população e cerca de 20 escolas estão entre os principais beneficiários dos projetos selecionados na 6ª edição do Fundo A2E (Acesso a Energia) em cinco países africanos: Moçambique, Quênia, Maláui, Nigéria e Ruanda. Ao todo, serão nove projetos que, através do recurso a energias renováveis, irão promover o desenvolvimento social, ambiental, e

econômico em comunidades rurais desses países. No total, estima-se que estes novos projetos beneficiem cerca de 300 mil pessoas diretamente e mais de 5,5 milhões indiretamente.

O apoio a projetos de acesso a energia limpa tem sido uma prioridade para a EDP, no âmbito da sua estratégia global de impacto social, o EDP Y.E.S. – You Empower Society, e em linha com um dos temas centrais em discussão na

“Uma em cada 11 pessoas no mundo ainda não tem acesso a eletricidade, e dois bilhões vivem sem água potável. Foi para ajudar a mitigar estes números que criamos o Fundo A2E, um programa que vai além de uma contribuição financeira – representa, sobretudo, um compromisso com a melhoria da qualidade de vida das comunidades e um passo em direção a um futuro mais sustentável e com maior inclusão energética”, afirma Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP e presidente da Fundação EDP. “Na EDP, queremos continuar a liderar uma transição energética justa, impactando positivamente as comunidades com energia limpa, segura e acessível, sem deixar ninguém para trás.”

@Divulgação

ACP Bioenergia capta R$ 100 milhões com fundo verde de investimentos

A ACP Bioenergia, uma das principais fornecedoras independentes de canade-açúcar para usinas e produtora de soja e milho, com atuação em cinco estados do país, finalizou neste mês de novembro de 2024, a estruturação de um novo financiamento, no valor de R$ 100 milhões e com prazo de 10 anos junto ao Rabobank, banco de atuação global especializado em soluções financeiras e estratégicas para o agronegócio, em parceria com o Fundo Agri3.

“Ao optarmos por uma transação com indicadores de desempenho sustentáveis, reafirmamos nosso compromisso com a consolidação de um modelo de negócio que prioriza o cuidado com as regiões em que atuamos, a partir do desenvolvimento socioeconômico das comunidades e da adoção de uma agricultura regenerativa com a conversão de áreas degradadas em áreas produtivas. Acreditamos com veemência que a expansão agrícola, fundamentada nos princípios de ESG, é o caminho a ser trilhado para a longevidade do agronegócio mundial”, destaca Caio Marchini, Diretor Financeiro da ACP Bioenergia

O Fundo Agri3, iniciado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) e pelo Rabobank, em parceria com IDH e apoiado pelo FMO, banco holandês de desenvolvimento empresarial para operações sustentáveis, tem como objetivo mitigar as mudanças climáticas e auxiliar na transição para a agricultura regenerativa.

Muito além de suportar financeiramente os projetos e investimentos agrícolas da Companhia, que neste ano ultrapassou a barreira dos 100 mil hectares de cana, soja e milho, em seus nove polos produtivos localizados em cinco estados do país, o financiamento atrelado a KPIs sustentáveis é uma iniciativa que reforça o posicionamento de atuarmos de forma sustentável, alinhados com os melhores preceitos ambientais.

“Refletindo todos os esforços de sua profissionalização e alta governança, nos últimos quatro anos a companhia finalizou com sucesso diversas emissões consecutivas de CRA, tendo concluído a captação de R$ 448 milhões de reais no mercado de capitais brasileiro, além da contratação de diversas outras operações relevantes com os principais bancos comerciais e de investimentos do Brasil, consolidando a ACP como um dos principais players do agronegócio brasileiro”, ressalta, Marchini.

Nos próximos 10 anos, a ACP Bioenergia irá intensificar políticas e práticas sustentáveis como a utilização de insumos biológicos e compostos em substituição aos químicos convencionais; conversão de áreas degradas de pastagem em áreas altamente produtivas; aumento de produtividade por hectare; programas de treinamento e capacitação de pessoas em regiões com baixa disponibilidade de mão de obra; manutenção de certificações como a VIVE; avaliação de emissões e monitoramento de Gases de Efeito Estufa.

Com uma trajetória de crescimento, marcada pela expansão sustentável de

O Presidente-Executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, disse que essa é uma data histórica, diante dos desafios que o marco regulatório superou desde 2014, ano em que foi apresentado à Comissão Nacional de Segurança Química (CONASQ) o projeto inicial. “O consenso em torno desse tema foi algo inédito. Trabalhadores, movimentos ambientalistas, indústria, Congresso Nacional e Poder Executivo se reuniram em um debate de alto nível para fazer essa lei avançar. Essa construção com todos os segmentos vai colocar o Brasil no primeiro nível no que diz respeito à segurança química no mundo”, disse.

O Deputado Flávio Nogueira acredita que houve sensibilidade por parte do governo ao sancionar a lei sem vetos, após a aprovação no Congresso. “Esse esforço plural é um marco para o Brasil, que agora poderá contar com um inventário essencial para o meio ambiente e para nossas importações e exportações”, declarou.

Desde 2014, a Abiquim integra o debate sobre uma abordagem para o gerenciamento seguro das substâncias químicas no país. Na CONASQ, o setor colaborou para a construção de arranjos institucionais e a minuta de legislação para estabelecer o controle industrial de insumos.

Por iniciativa da Associação, um estudo de impacto regulatório foi desenvolvido e apresentado ao grupo de trabalho da CONASQ. Esse levantamento se baseou em dois grandes referenciais internacionais de regulação de substâncias químicas: o REACH (Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemicals) da União Europeia e o CMP (Chemicals Management Plan) do Canadá.

Atualmente, estão com seus quadros regulatórios específicos para produtos químicos já consolidados ou em fase de implementação: Estados Unidos, União Europeia, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul, China, Suíça, Reino Unido, Turquia, União Econômica da Eurásia (Rússia, Cazaquistão, Bielorrúsia, Armênia), Canadá, Costa Rica, Equador, Chile e Colômbia.

Hoje, o Brasil tem a 6ª maior indústria química do mundo, gerando mais de 2 milhões de empregos. O setor também ocupa o posto de mais sustentável, com emissões de carbono nacionais até 51% menores, comparado às demais indústrias químicas internacionais. “Nossa expectativa é de um crescimento exponencial nas frentes econômica e ambiental, uma vez que estaremos em vantagem nas negociais comercias pelo mundo”, comenta o Presidente-Executivo da Abiquim.

Workshop no Dia Q

O chamado Dia Q da Segurança Química pela importância da data que marca um compromisso nacional com as novas diretrizes, a Abiquim realizou o workshop “Novo Marco para a Gestão Segura de Substâncias Químicas”, discutindo a implementação da nova lei. Com apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o encontro contou com a participação de autoridades do governo, entidades, associações, associados e outros agentes do setor químico.

O Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Felício Maluf Filho, disse que reduzir a desigualdade e promover a economia passam necessariamente pelo fortalecimento da indústria, em especial a de transformação. “Foi uma das construções mais interessantes que vi dentro do Congresso Nacional do ponto de vista de indústria e poder público. A nova lei traz competências mais claras para avaliação e gestão de riscos de substâncias químicas, todos saem ganhando”, afirmou Maluf.

Já Agnes Soares da Silva, Diretora do

De acordo com a Gerente de Assuntos Regulatórios e Sustentabilidade da Abiquim, Camila Hubner Barcellos, com o novo marco será possível avaliar todos as substâncias utilizadas na produção e propor alterações nos processos, caso seja necessário. “Para aquelas substâncias que têm maior impacto à saúde humana e meio ambiente, medidas para gestão dos respectivos riscos devem ser implementadas. A lei vai exigir que todos os fabricantes cadastrem os produtos (exceções constam no artigo 3º do PL) e assim poderemos conhecer tudo que está sendo comercializado no país.” @Divulgação

Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, destacou o impacto da Lei para a segurança do trabalhador. Ela lembrou da relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, mais especificamente do ODS 12, que diz respeito a padrões de produção e consumo sustentáveis. Para ela, “a retomada de crescimento tem que vir com a marca da segurança da saúde da população e com a marca da segurança química.”

A pesquisadora Tassia Lopes Junqueira, que coordenou o estudo no LNBRLaboratório Nacional de Biorrenováveis do CNPEM, explica que, apesar de mais caro do que o querosene, o SAF produzido a partir de óleo microbiano responde à urgência do setor de aviação em cumprir metas de sustentabilidade, que envolve reduções expressivas de emissão de carbono, de 2027 a 2050.

A pesquisadora acrescenta ainda que avanços em biotecnologia, cruciais para aprimorar o processo de fermentação, vão tornar o custo do produto mais competitivo.

“Como temos uma grande biodiversidade no país, a prospecção de micro-organismos e enzimas pode impulsionar avanços significativos para o desenvolvimento da tecnologia.”

O estudo também aponta o impacto de melhorias no processo de produção.

“Se for possível diminuir o tempo de fermentação ou aumentar a quantidade de óleo acumulado nas células, por exemplo, vai acontecer uma redução no volume necessário de reatores para o processo, o que tem grande impacto nos custos de fabricação”, complementa a pesquisadora Isabelle Sampaio.

A tecnologia tem potencial de, gradativamente, substituir matériasprimas extraídas de oleaginosas tradicionais, como soja e palma, frequentemente associadas a desmatamento e perda de biodiversidade. O óleo microbiano feito de cana-de-açúcar reduziria esses impactos relacionados ao uso de terra, apresentando uma produtividade por área cerca de quatro vezes maior que a do óleo de soja.

A pesquisadora Andressa Neves Marchesan destaca que o processamento do óleo microbiano poderia se beneficiar da infraestrutura já instalada no país. “O processo de conversão do óleo em combustível pode utilizar os mesmos catalisadores das refinarias de petróleo. A mesma tecnologia ainda pode ser utilizada para a produção de diesel verde, ampliando os impactos econômicos da tecnologia e sua relevância para a redução nas emissões de carbono no setor de transporte”.

“Tenho certeza de que a nossa cooperação geocientífica beneficiará o mundo inteiro. Afinal, há uma demanda global por minerais de alta tecnologia e o Brasil tem um grande potencial para minerais de lítio, grafita, cobre, níquel, urânio e elementos de terras raras. Além disso, a parceria fortalece a presença internacional do SGB”, enfatizou o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo.

Para o diretor de Geologia e Recursos Minerais, Valdir Silveira, essa parceria é estratégica e visa aumentar a cooperação bilateral entre o SGB e instituições americanas: “A parceria propicia trocas de experiências e conhecimento em várias áreas das geociências, além de oferecer oportunidade de interação entre pesquisadores para discutir a transição energética, segurança alimentar e mudanças climáticas”.

Silveira complementou: “As parcerias com serviços geológicos e agências internacionais são estratégicas para o SGB e para o país, trazendo avanços tecnológicos, científicos e econômicos. Essas colaborações oferecem acesso a recursos e conhecimentos globais, que podem ser aplicados diretamente às necessidades do Brasil”.

Na assinatura do acordo estavam presentes, além da diretora de Infraestrutura Geocientífica, Sabrina Góis, o chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais (ASSUNI), Rafael Duarte, e os assessores da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) Marcos Ferreira e Anderson Dourado. As primeiras atividades em campo ocorreram entre 28 de outubro e 5 de novembro de 2024.

Para a chefe do Departamento de Recursos Minerais do SGB, Maisa Abram, os Estados Unidos são um importante parceiro econômico do Brasil. A primeira etapa de campo, com foco em lítio, consolida o início de uma parceria na pesquisa de minerais estratégicos, possibilitando para o SGB um aprendizado com o uso de novas tecnologias.

Para o Brasil, de uma maneira geral, é uma oportunidade de gerar conhecimento e atrair investimentos neste setor de pesquisa mineral. “Esta parceria, na perspectiva americana, pode resultar em um ambiente favorável de suprimento de bens minerais importantes para a transição energética, bem como oportunidade de investimentos por empresas americanas”, destacou Maisa Abram. Durante a pesquisa,

a identificação de 57 leads exploratórios com volume recuperável potencial estimado em 6,2 bilhões de barris de óleo equivalente na porção noroeste da bacia, ressaltando a relevância geológica da região; e o potencial impacto econômico que a exploração da área trará: a cada 100 mil barris produzido é esperado um incremento de R$ 10,7 bilhões no PIB do estado do Amapá e geração de mais de 53 mil empregos, segundo simulações do Observatório Nacional da Indústria. O estudo oferece subsídios para o planejamento energético e incentiva a exploração sustentável da Margem Equatorial, alinhando o Brasil às tendências globais de produção offshore, como as bacias da Guiana e do Suriname, que têm apresentado resultados expressivos na última década.

Este caderno é parte de um esforço contínuo da EPE, iniciado em 2022, para desenvolver uma metodologia robusta de avaliação volumétrica de hidrocarbonetos. Ele contribui para a análise detalhada de diferentes regiões brasileiras, incluindo outras porções da Bacia da Foz do Amazonas, como o Cone do Amazonas e a região sudeste, além de bacias como Pelotas, Tucano Sul e Parecis.

Com este estudo, a EPE reafirma seu compromisso com a transparência e a redução de assimetrias de informação, fornecendo dados robustos para enriquecer os debates sobre o desenvolvimento energético do Brasil.

CONFIRA O ESTUDO NA ÍNTEGRA

Uma fronteira sob tensão

É um Eldorado, e como tal, envolve interesses diversos e tem gerado muitas discussões, principalmente ambientais: explorar ou não explorar?

Na vastidão da Margem Equatorial Brasileira, uma nova fronteira emergiu, carregando consigo promessas de riquezas inimagináveis e desafios ambientais profundos. Estendendose por mais de 2.200 km e abrigando cinco bacias sedimentares, essa região detém bilhões de barris de petróleo, potencializando debates entre sustentabilidade e desenvolvimento econômico. Enquanto empresas e governos vislumbram um futuro repleto de oportunidades energéticas, a complexidade ambiental e social da área impõe uma pergunta crucial: como equilibrar progresso e preservação?

A Margem Equatorial Brasileira (MEqB) é uma continuação natural da margem continental da Guiana e do Suriname, uma região que se estende por mais de 2.200 km ao longo da costa entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte. Ela é composta por cinco bacias sedimentares: Potiguar (RN), Ceará (PI,CE), Barreirinhas (MA), Pará-Maranhão e Foz do Amazonas (PA, AP), que juntas têm 42 blocos. A região tem 37 licenças para exploração de petróleo, 16 delas suspensas por questões ambientais.

O espaço mais setentrional do litoral brasileiro possui diversidade de

paisagens costeiras onde se destacam, mais ao norte, penínsulas cobertas por manguezais, canais estuarinos alongados e uma significativa insularidade marcada por a presença de grandes ilhas como São Luís e Marajó ; a leste, o litoral é mais reto e existe um maior número de baías e enseadas. O domínio das marés amazônicas no norte abrange o litoral lamacento do Amapá, a foz do Amazonas e as reentrâncias do Maranhão, enquanto a leste, o litoral é marcado por poucos fluxos de sedimentos e duas paisagens típicas – um litoral semiárido mais favorável à produção de energia eólica e as dunas dos Lençóis Maranhenses.

A MEqB tem reservas de bilhões de barris de petróleo; 5,6 bilhões de barris apenas no bloco para o qual a Petrobras busca licença do Ibama. A região já interage com 30 companhias que fizeram 67 descobertas de 2015 até 2023. A Guiana descobriu 11 bilhões de barris de petróleo na região desde 2015 e produz atualmente 375 mil b/d. O Suriname descobriu mais de 4 bilhões de barris na região desde 2020, ainda não produz comercialmente, mas já abriu licitação e seu presidente, Chan Santokhi, anunciou a criação do programa “Regalias para Todos”, onde cada cidadão surinamês vai receber uma parte dos futuros lucros provenientes das grandes reservas de petróleo que o país possui. Dessa forma, o governo do Suriname pode chegar a distribuir US$ 750 (cerca de R$ 4,3 mil) para cada habitante do país.

“O petróleo da Margem Equatorial será fundamental para recompor as reservas do país”, afirmam os presidentes da ABGP – Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo, SBGf – Sociedade Brasileira de Geofísica e SPE – The Society of Petroleum Engineers do Brasil: Carla Araujo, Luiz Braga e Anna Paula Lougon.

E explicam: assim como o Pré-Sal foi fundamental para compensar o declínio da produção da Bacia de Campos, da mesma forma o pico de produção com posterior declínio do pré-sal está previsto para a próxima década e há necessidade urgente que novas áreas sejam exploradas para busca de novos campos que, como sabemos levam de 5 a 7 anos para serem desenvolvidos. Mas é fundamental que novas descobertas confirmem a ocorrência de uma nova província petrolífera para que não coloquemos em risco a nossa autossuficiência, reforçam os presidentes das entidades, acrescentando que a descoberta de volumes significativos de óleo offshore em Gana (2007) e na Guiana (2015), destaca a região da Margem Equatorial como fronteira promissora de exploração e produção de petróleo na América do Sul”.

Para os presidentes da ABGP, SBGf e SPE Brasil, a superação do desafio do licenciamento ambiental na região se dará através do conhecimento que já se tem sobre a região, bem como o atendimento de todos os requisitos necessários para resguardar o meio-ambiente.

Carla Araujo
Luiz Braga
Anna Paula Lougon

“Mais de 500 poços exploratórios já foram perfurados nas bacias da Foz do Amazonas, Pará Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar Mar (de acordo com dados da ANP). A perfuração destes poços se deu a partir da década de 80 e existe, portanto, um volume apreciável de dados e uma grande experiência acumulada na perfuração e avaliação de poços. Entretanto, a região de águas profundas nestas bacias segue ainda muito pouco explorada”, comentam os presidentes das entidades de geologia, geofísica e engenharia, e ainda segundo eles, grandes projetos de pesquisa realizados ao longo de mais de 30 anos, tais como os projetos PIATAM Terra e Mar, o projeto LEPLAC e o Projeto Costa Norte são fontes de informação confiável e de qualidade para que se entenda a singularidade e a sensibilidade da Margem Equatorial e para que se avance no processo do licenciamento ambiental na região.

Como muitas vezes acontece no setor de petróleo e gás, o sucesso da Margem Equatorial da Guiana e do Suriname é contada como uma história que começou com o sucesso inicial da exploração em terra e só chegou ao sucesso offshore pela perseverança das agências de petróleo, a utilização do sucesso da exploração na Margem de Transformação Africana e uma combinação de fatores tecnológicos. E de fato, a Margem Equatorial dos vizinhos brasileiros está no topo da produção mundial de petróleo e gás.

O maior sucesso da área está creditado à Guiana e à Exxon que iniciou atividades de exploração naquela área em 2008, coletando e avaliando dados sísmicos 3D suficientes para perfurar com segurança seu primeiro poço de exploração em 2015, Liza-1. Os três primeiros projetos — Liza Fase 1, Liza Fase 2 e Payara — estão produzindo em média mais de 650.000

Detalhamento do sistema de produção da primeira fase de desenvolvimento de Liza

@Divulgação/Exxon

barris de petróleo por dia, segundo a Exxon e há planos para aumentar a capacidade de produção para mais de 1,3 milhão de barris de petróleo por dia até o final de 2027, quando o consórcio liderado pela ExxonMobil Guyana prevê ter todos os seus projetos offshore na região em funcionamento.

A ExxonMobil Guyana e seus coempreendedores no bloco Stabroek, Hess e CNOOC, atingiram 500 milhões de barris de petróleo produzidos naquele bloco offshore. O grupo comprometeu quase US$ 55 bilhões para desenvolver seis projetos sancionados pelo governo no bloco offshore de Stabroek, na Guiana. Desde a primeira produção em 2019, mais de US$ 5,4 bilhões em receitas de petróleo e royalties foram pagos ao Fundo de Recursos Naturais da Guiana e mais de 6mil guianenses trabalham nas operações do bloco Stabroek, segundo a Exxon.

Para a Petrobras, a Margem Equatorial Brasileira é uma estratégica e promissora fronteira exploratória em águas ultra

profundas que ela trabalha como tal há muito tempo. Em maio de 2022, a Petrobras recebeu autorização do Ibama para a avaliação pré-operacional - condição para a licença de exploração. E no Plano Estratégico 2024-2028 da companhia está prevista a perfuração de mais 16 poços exploratórios na região da Margem Equatorial Brasileira.

A Petrobras explica que o resultado de um poço exploratório, junto aos demais estudos de geologia e geofísica, serve para auxiliar a identificação de possíveis acumulações de óleo e/ou gás natural na área da concessão, bem como permitir a expansão do conhecimento para as demais bacias sedimentares da região. Se encontrados resultados promissores, a empresa realiza uma avaliação desta descoberta para poder definir quantos poços serão necessários, estimativa de produção e se é comercialmente viável. Caso a análise indique que a descoberta possui potencial comercial, a companhia pode fazer a Declaração de Comercialidade e concluir a fase Exploratória, adentrando, então, a fase de Produção, em que a área passaria a ser um campo produtor - o contrato possui prazo definido de 27 anos. O tempo entre uma descoberta, sua declaração de comercialidade e a produção varia de acordo com as atividades necessárias para essa constatação, podendo levar a prazos superiores a 3 anos. Caso as descobertas sejam comercialmente viáveis, ainda serão necessários licenciamentos específicos para esta fase de Produção, com Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO), conforme rigorosos requisitos dos órgãos licenciadores e fiscalizadores no Brasil, assim se fazendo

@Exxon
@Exxon

necessário todo o processo de consultas formais de acordo com o processo de licenciamento ambiental.

“ Acreditamos que as novas fronteiras exploratórias de Óleo & Gás fazem parte da solução energética do futuro, garantindo fornecimento seguro de energia e que se desenvolverá de forma integrada com outras fontes de energia. O setor de energia deve seguir contribuindo com a minimização das mudanças climáticas, elevando a contribuição de fontes renováveis e melhorando a eficiência dos fósseis, por meio de investimentos e medidas que reduzam e compensem suas emissões. E é importante ressaltar que além de energia, o petróleo é matéria prima para uma série de indústrias como alimentícia, têxtil, petroquímica, farmacêutica, entre outras”, pontua a Petrobras.

Também na MEqB a Petrobras busca utilizar as tecnologias mais modernas de posicionamento de sondas marítimas em ambientes de águas profundas apresentam elevado grau de robustez e confiabilidade, contando com várias redundâncias e sistemas preparados para operar em condições ambientais

variadas. As sondas e equipamentos utilizados são de última geração, contando com tecnologias de ponta, incluindo um robusto sistema de posicionamento, e equipada para operar com segurança nas condições ambientais específicas do local onde irá atuar. E a Petrobras adota estratégias de Parcerias e Colaboração - com outras empresas do setor, instituições de pesquisa e universidades - para compartilhar conhecimentos e desenvolver novas tecnologias. Por isso, dentro de suas práticas de sucesso, “a Petrobras entende que a exploração da Margem Equatorial Brasileira vai abrir uma nova fronteira a partir da qual ela ampliará sua atuação nos diversos Ecossistemas de Energia, em que a extração de petróleo e gás natural é partícipe e elemento fundamental no processo de transição e diversificação energética justa”.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende a exploração de petróleo na Margem Equatorial Brasileira, região conhecida como Foz do Amazonas, dizendo que a “questão do petróleo não é de oferta, mas de demanda global”.

Mapa batimétrico da Margem Equatorial Brasileira
Copyright 2019, SBGf - Sociedade Brasileira de Geofísica

O potencial petrolífero da MEqB tem sido corroborado por descobertas recentes feitas por outras empresas em regiões vizinhas, sendo uma das últimas fronteiras exploratórias no país - a Margem Equatorial inclui bacias na costa da Guiana e do Suriname, na qual já atuam 24 empresas e onde ocorreram 60 descobertas com volume estimado de mais de 11 bilhões de barris.

Dados do World Energy Outlook 2022 da Agência Internacional de Energia (IEA) indicavam que novos projetos em águas ultra profundas no Brasil teriam papel relevante no atendimento à demanda mundial de energia. Mas os levantamentos Outlook da IEA examinam cenários de longo prazo –

não são previsões. De qualquer forma, a demanda global de petróleo tem se mantido em todos os cenários, mesmo nos de transição energética acelerada. Também baseado em dados da IEA, a demanda de petróleo modelada para o Brasil e região é crescente, passando por um pico em 2030, sendo maior em 2050 do que em 2021.Não apenas no Brasil; no mundo todo, o compromisso com a redução real de consumo de hidrocarbonetos existe mais nos discursos e o petróleo tem recebido mais investimentos e é reconhecido como fundamental para a transição energética e o desenvolvimento social e econômico. No braço-de-ferro entre meio ambiente e economia, a última vem ganhando.

O Simulador de Impacto do Petróleo na Margem Equatorial é um produto de dados desenvolvido por especialistas do Observatório Nacional da Indústria a partir de uma matriz insumo-produto adequada à mensuração dos impactos econômicos da atividade petrolífera no conjunto das economias estaduais abrangidas. O simulador se baseia nos dados do Sistema de Contas Regionais de 2019, neutralizando os possíveis desvios ocasionados pela pandemia da Covid-19 a partir de 2020.

ACESSE O SIMULADOR AQUI

Mas é bom destacar que a Petrobras é uma empresa brasileira de mais de 70 anos de atuação, que iniciou na década de 1950 as primeiras perfurações de poços nas bacias sedimentares terrestres do Amazonas e Solimões; e na década de 1970, realizou as primeiras perfurações em águas rasas na Bacia da Foz do Amazonas onde perfurou mais de 70 poços. Além disso, perfurou e produziu petróleo e gás em Urucu, na Floresta Amazônica. “Todas essas operações foram e são realizadas com total segurança e responsabilidade, de forma sustentável e sem danos ao meio ambiente. As instalações da Petrobras são operadas por empregados treinados e capacitados para suas atividades, utilizando os melhores padrões de segurança. Os equipamentos passam por inspeções e ensaios para verificação de integridades e as manutenções preditivas e preventivas são planejadas e realizadas empregando as melhores técnicas e metodologias do mercado de óleo e gás”, assegura a companhia.

ACESSE O VÍDEO COMPLETO

Apresentação de Jonilton Pessoa no workshop Potencializa E&P

“O local onde a gente vai perfurar o poço não é um paraíso ecológico isolado, circulam mais de mil cargueiros pela área. A Petrobras já perfurou mais de 5.400 poços. A perfuração do poço não causa derramamento. O maior derramamento de óleo que se tem é no transporte”, afirmou Sílvia Anjos.

A Petrobras se diz atenta aos compromissos de responsabilidade socioambiental, reforça que analisa cautelosa e diligentemente todo o contexto de onde pretende operar e reconhece os desafios da região. Para isso, emprega esforços no atendimento aos rigorosos critérios do processo de licenciamento ambiental e possui amplo plano de relacionamento com as partes interessadas, tais como Universidades, sociedade civil, associações comerciais e secretarias estaduais, dentre outras. A atuação da Companhia se pauta fortemente em ações de prevenção, bem como treinamento constante de sua equipe. Alguns exemplos são a realização de diversos simulados em vários níveis como parte da preparação para a Avaliação Pré-Operacional (APO)

@ Guarim de Lorena / Petrobras

exigida pelo órgão ambiental. A Petrobras está envidando todos os esforços e mobilizou a estrutura necessária para a realização da APO, requisito do processo do licenciamento ambiental que consiste em simular um evento acidental envolvendo vazamento de óleo no mar, com o objetivo de avaliar a eficácia do Plano de Emergência Individual (PEI) da Petrobras para a atividade de perfuração.

“O pessoal do meio ambiente, do Ibama e dos órgãos estaduais tem que mostrar para a gente em que limite podemos fazer. A gente não pode tudo, mas eles também não podem tudo”, declarou A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, ao afirmar que a companhia atenderá ao pedido do Ibama por mais esclarecimentos sobre o licenciamento ambiental na MEqB.

Em 2023, a decisão do presidente do Ibama, o biólogo, ambientalista e advogado, Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça, acompanhou o parecer técnico do Instituto de 20 de abril de 2023 - o documento recomendava o indeferimento da licença e o arquivamento do processo, alegando

que o plano de proteção oferecido pela Petrobras tinha deficiências significativas e não reduzia satisfatoriamente os impactos de um eventual vazamento de óleo. Além disso, os técnicos do Ibama afirmaram que o EIA -Estudo de Impacto Ambiental não abrangia as complexidades da região e que o plano de comunicação era incompleto em relação às comunidades indígenas. “(...)Por todo o exposto, acompanho o entendimento da equipe da Coordenação de Licenciamento Ambiental de Exploração de Petróleo e, em função do conjunto de inconsistências técnicas, me manifesto pelo indeferimento da licença ambiental para a Atividade de Perfuração Marítima no Bloco FZA-M-59 na Bacia da Foz do Amazonas”, dizia o despacho. Mais de um ano depois, a decisão foi adiada com pedido de maiores detalhamentos para perfurar poço na foz do Amazonas, mas deve sair até o fim de 2024, segundo o Ibama.

Perseguindo o melhor resultado, a Petrobras vem redobrando seus esforços para a região, onde afirma que vai adotar soluções conectadas com as melhores práticas de ESG, combinando inovação, eficiência e redução de pegada de carbono, em linha com as metas e ambições da Petrobras para todas as suas operações.

@Petrobras

A Petrobras vem implementando desde junho de 2022, por exemplo, projetos como o monitoramento de desova de tartarugas em praias arenosas dos estados do Amapá e Pará, monitoramento de aves costeiras e migratórias da região, ações de proteção da biodiversidade, de comunicação social e de educação ambiental, além de projetos de monitoramento e atendimento à fauna local.

A companhia ainda realizou um amplo mapeamento de áreas costeiras e oceânicas da região, que será disponibilizado com todos os dados de monitoramento ambiental em sites para a comunidade científica, além de estar planejando ações para caracterização ambiental dos ecossistemas da MEqB e das Bacias da Foz do Amazonas, ParáMaranhão e Barreirinhas; elaboração de estudo socioambiental das comunidades

tradicionais extrativistas marinhas das regiões de manguezal da costa, contendo a caraterização da população, do uso e do aproveitamento dos recursos pesqueiros; mapeamento dos manguezais e classificação do estado de degradação e; quantificação da capacidade de estoque de carbono nos manguezais.

A faixa costeira da MEqB, cuja complexidade de interações terramar é o foco dos cuidados ambientais, possui áreas protegidas de diversas categorias e reportadas a vários níveis de administração. Essas áreas protegidas incluem diferentes categorias de acordo com o nível de proteção estabelecido pelo Sistema Nacional de Áreas de Proteção (SNUC): proteção integral e uso sustentável. E o número de áreas costeiras protegidas sob responsabilidade federal aumentou na última década. As reservas extrativistas (RESEX) se destacam sendo que 16 estão localizadas no estado do Pará.

VEJA O GRÁFICO COMPLETO

Entre os muitos pronunciamentos a favor da exploração da MEqB, destaca-se uma ‘nota técnica’ elaborada por Allan Kardec Duailibe Barros Filho (Professor da Universidade Federal do Maranhão, Ex Diretor da Agência Nacional do Petróleo), Luis Ronaldo Gomes Carmona (Professor de Geopolítica da Escola Superior de Guerra, Rio de Janeiro) e Pedro Victor Zalán (Presidente da ZAG Consultoria em Exploração de Petróleo, Rio de Janeiro) buscando

sensibilizar os brasileiros do potencial petrolífero na franja oceânica norte do território nacional. “O Brasil realizou nas últimas décadas uma revolução energética. Saímos da condição de alta vulnerabilidade, caracterizada pela condição de importador de energia, para a condição não apenas de autossuficiência em produção de petróleo e gás, como de exportador. (...) a expressão “novo Pré-Sal” refere-se tão somente a reservas petrolíferas potencialmente recuperáveis nas bacias sedimentares brasileiras localizadas entre o litoral do Amapá e o litoral do Ceará. Por óbvio, dadas as características geológicas da franja marítima norte do Brasil, não se trata de exploração abaixo da camada de sal, inexistente naquela região. Tampouco há confirmações – só possíveis por meio de campanhas exploratórias – dos volumes recuperáveis. A expressão “um novo PréSal”, portanto, refere-se à expectativa, como comprovado na vizinha Guiana, da existência de campos de petróleo que combinados, apresentam volume comparável ao Pré-Sal no Sudeste brasileiro”, comentam os especialistas.

Para eles, a exploração petrolífera na Margem Equatorial brasileira está ligada à necessidade do Brasil de se apropriar das amplas riquezas de suas águas para apoiar um novo ciclo de desenvolvimento nacional; trata-se de uma questão de Segurança Nacional explorar a Amazônia Azul, não apenas no âmbito da Zona Econômica Exclusiva, mas também além do seu limite de 200 milhas náuticas.

Os três especialistas resumem o desenvolvimento da Margem Equatorial como um todo, começando com o sucesso das prospecções no Oceano Atlântico Equatorial e as descobertas

Famílias petrolíferas e sua correlação através do Atlântico

nas águas profundas da costa ocidental da África. O potencial petrolífero do lado Sulamericano do Oceano Atlântico Equatorial descoberto em 2011 nas águas profundas da Guiana Francesa - apenas 50 km da fronteira com o Amapá – estimulou a ANP a licitar, a valores recordes de bônus, vários blocos situados na margem continental norte do Amapá durante o Bid 11 (2013). Em 2015, veio o estrondoso sucesso da ExxonMobil na Guiana, no bloco Stabroek.

Allan Kardec, Luis Carmona e Pedro Zalán pontuam na ‘nota técnica’ que a Bacia do Pará-Maranhão seria “a mais promissora da Margem Equatorial para o Sistema Petrolífero Cretácico e onde

@Schiefelbein et al., 2000

a exploração e a produção poderia acontecer da maneira mais rápida possível. Os Recursos Prospectivos Recuperáveis Riscados calculados para estes 10 prospectos são da ordem de 2030 bilhões de barris de óleo. Podemos, consequentemente, concluir que o Potencial Petrolífero da Bacia do Pará Maranhão é da ordem de 20-30 bilhões de barris recuperáveis; cerca da metade dos recursos descobertos até hoje no Pré-Sal”.

Os especialistas ainda apontam falhas nas análises do Ibama para a não concessão de licenciamento ambiental para a perfuração de poços exploratórios na parte norte da Bacia da Foz do Amazonas (Amapá) e para a não colocação de novos blocos em leilões da ANP (Bids) na parte sul da Bacia da Foz do Amazonas (Pará) e na Bacia do ParáMaranhão (cobrindo ambos estados).

Uma tradução equivocada para recifes de corais - o que alguns artigos acadêmicos pontuam como recifes gera muito ruído quando se fala em impactos ambientais. Mas os três especialistas citam o professor Figueiredo Jr, da UFF Universidade Federal Fluminense (2018) que pontua que não há corais nestas águas profundas turvas e escuras do Amapá ao Maranhão, apenas bancos de rodolitos (algas vermelhas) fósseis, mortos, sem vida. O polêmico artigo pode ser encontrado numa edição da Science de 2016 onde se verifica que a expressão não é coral, mas desde o título, recifes: Um extenso sistema de recifes na foz do Rio Amazonas.

Os três especialistas apontam que, em caso de algum derramamento de óleo (probabilidade mínima para um poço exploratório) não haveria contaminação dos manguezais do Amapá e Pará porque a Corrente Norte Brasileira é muito forte e carregaria qualquer material flutuante para um vórtice situado no meio do Oceano Atlântico Equatorial.

Blocos de exploração de petróleo e gás e áreas ambientalmente significativas na Margem Continental da Amazônia Brasileira. As áreas do Grande Sistema de Recifes da Amazônia foram classificadas por Araújo et al. (2021), com base em dados de Moura et al. (2016). Blocos de exploração sob concessão em julho de 2023 (ANP, 2023; 2021). Outras fontes de dados: Áreas protegidas e áreas prioritárias (MMA, 2018), EBSAs (CBD, 2023) e Ecoregiões Marinhas (Spalding et al., 2007)

CONFIRA O ARTIGO AQUI

Mas os pesquisadores ponderam que a Margem Continental da Amazônia Brasileira é um ambiente mal compreendido, “ainda sub-representado em termos de conhecimento científico na maioria das disciplinas. Existem lacunas em áreas-chave para avaliação de impacto, como hidrodinâmica marinha (Molinas et al., 2020), padrões espaço-temporais em biodiversidade e parâmetros oceanográficos (Banha et al., 2022) e dinâmica de pesca artesanal (Araujo et al., 2021). E embora a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) em nível de projeto seja necessária para o licenciamento ambiental no Brasil, ela tem limitações intrínsecas no escopo e nos recursos disponíveis para gerar conhecimento aprofundado para avaliar adequadamente os impactos potenciais da exploração e produção de petróleo na região (Bond et al., 2014; Swanepoel et al., 2019). Estudos de base amplos são evidentemente necessários para dar suporte tanto à avaliação de impacto em nível de projeto quanto ao planejamento regional (Francini-Filho et al., 2018), mas isso não deve ser esperado do processo de licenciamento ambiental. A indústria de petróleo e gás pode desempenhar um papel importante no financiamento de tais iniciativas, idealmente por meio de acordos de governança em toda a indústria. Enquanto isso, a falta de compreensão abrangente do ambiente do ACM dificulta a tomada de decisões adequadas sobre a exploração de petróleo e gás na região”.

Mas é preciso redobrar a atenção, porque, do ponto de vista estritamente ambiental, é muito difícil estruturar uma resposta a emergências com vazamento de óleo na região. E afirmar que mesmo

que haja vazamento não chega aos manguezais é apostar alto: os manguezais são extremamente vulneráveis à poluição por óleo (classificados como 10 em uma escala de sensibilidade do litoral que vai de 1 a 10) e sustentam a oferta proteica da população litorânea dessa região com a pesca. Há que se considerar que a região da MEqB é um litoral de deslocamento terrestre extremamente difícil, com diversas unidades de conservação ao longo do litoral, o que dificulta o estabelecimento de bases de atendimento a emergências e a própria logística de contingência.

A Petrobras tem de fato um modelo de sucesso desenvolvido nesse tema no litoral do sudeste, mas que é impossível de replicar na margem norte pelas características do litoral.

E mesmo que o óleo não chegue à costa, ele pode comprometer a saúde do sistema de recifes que existe ao longo do litoral daquela região. Além da importância ecológica por si, é um ecossistema fundamental para a manutenção e reprodução dos estoques pesqueiros da região.

Algumas modelagens de derramamento de óleo indicam grande chance de um óleo vazado chegar em poucas horas no território marinho da Guiana Francesa e daí em diante. Ainda não existem acordos diplomáticos bi ou multilaterais que garantam uma adequada resposta a um vazamento em territórios estrangeiros. Existe um estudo sobre o passivo que existe na região como um todo? Pessoas e barcos envolvidos na emergência vão poder circular livremente pelas fronteiras?

O histórico de acidentes da Petrobras não é ruim, mas também

matéria de capa

não é irretocável. O Relatório Anual de Segurança Operacional da ANP relativo a 2023 mostrava que acidentes com vazamento acontecem rotineiramente nessa indústria. E na Margem Equatorial, existe o desafio das fortíssimas correntes e condições operacionais bastante distintas das bacias do sudeste. Tanto que em 2011 a Petrobras teve que interromper uma perfuração com a sonda SS-52 na Foz do Amazonas porque não conseguiu manter a posiçãofelizmente, o vazamento foi apenas de fluido hidráulico.

Sensibilidade do litoral da Margem Continental Amazônica a vazamentos de óleo, incluindo sítios Ramsar. Três categorias de blocos de exploração de petróleo e gás: blocos sob concessão, blocos permanentemente oferecidos como área aberta e blocos atualmente em estudo, em julho/2023 (ANP, 2023). Os manguezais são mostrados em vermelho, pois recebem a maior avaliação no Índice de Sensibilidade Ambiental – ESI (MMA, 2016b, 2016a).

Os especialistas citam ainda a extensão das 200 milhas marítimas ainda que isso não seja fundamental para que o Brasil possa explorar a Margem Equatorial. “O Brasil pode explorar e explotar a Margem Equatorial, tanto dentro do limite das 200 milhas marítimas (=360 km) da sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE) como na região da PCE além das 200 milhas marítimas, ainda em análise pela CLPC”, explica Jairo Marcondes de Souza, Geofisico Senior, Integrante do GT LEPLAC.

Ele conta que o Brasil apresentou três Propostas Parciais Revistas (PPR), com o limite exterior de sua Plataforma Continental Estendida/Jurídica/Legal (PCE/PCJ/PCL) em regiões distintas da Margem Continental Brasileira (MCB), para a análise da Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU (CLPC/ ONU).

A CLPC analisou e aprovou o limite da PCE/PCJ/PCL na porção mais ao sul da MCB, na fronteira marítima do Brasil com o Uruguai, mas as PPR da Margem Equatorial e da Margem Leste/Sul ainda estão em análise, ou seja, oficialmente, o Brasil ainda não tem o limite exterior da sua PCE analisada e validada pela CLPC na totalidade da MCB.

A questão da legalização das águas marítimas não é um impeditivo, mas foi

importante para maior tranquilidade jurídica na disputa centenária sobre o controle de Essequibo - uma área de 160 mil km2 localizada a oeste do Rio Essequibo, que hoje responde por cerca de 75% dos 215 mil km2 do território da Guiana e é uma área rica em minérios e pedras preciosas, está sob controle da Guiana desde 1966. Essa região faz fronteira com o Brasil, através do estado de Roraima.

Esta nova fronteira mostra a tensão entre as diferentes vertentes da transição energética e da sustentabilidade que, ao invés de trazer novas forças para o jogo de poder global, reforça as já atuantes porque são as empresas petrolíferas que atuam tanto na renovação das suas reservas como na produção de energias renováveis.

Este texto foi finalizado na primeira semana de dezembro

Inteligência artificial conquista a indústria

A chegada de novas tecnologias de uso geral é um dos principais motores do crescimento econômico. Entre as tecnologias relacionadas à Indústria 4.0 como Big Data e Machine Learning, a que mais tem chamado a atenção é a inteligência artificial (IA). Muito porque ela trabalha como uma tecnologia de previsão, e previsões estão no centro da tomada de decisão sob incerteza. Ou seja, a IA tem ajudado a resolver uma variedade de problemas de negócios, para automatizar tarefas, como suporte à

inovação de produtos e muito mais. Em todo tipo de atividade e indústria.

Recentemente o DNV divulgou um levantamento (Transforming through uncertainty) que mostra que o uso da IA na indústria de petróleo e gás está crescendo à medida que as empresas digitalizam suas operações para gerar mais eficiência de recursos e menores emissões de carbono. Um estudo da Mordor Intelligence mostra que o mercado global para aplicações de IA em cadeias de valor de petróleo e gás deve chegar a quase US$ 3 bilhões este ano e a US$ 5,2 bilhões em 2029 – escolha uma empresa de pesquisa e ela vai mostrar esse mesmo crescimento das aplicações no setor. Quase metade (47%) dos profissionais da indústria de petróleo e gás pesquisados pelo relatório do DNV dizem que suas organizações usarão IA em operações em 2024.

Ainda segundo o DNV, apenas 15%

dizem que suas organizações estão usando IA em operações diárias (12%) e apenas 3% relatam uso altamente integrado e/ou avançado de IA; quase metade (47%) diz que o uso de IA está em estágios de planejamento.

O próprio DNV aponta que a chave para o uso mais intensivo é a confiança. ‘Desenvolvedores e fornecedores externos de componentes e sistemas IA precisam provar por meio de validação e verificação que seus produtos são confiáveis’.

Essa confiança parece que vem sendo conquistada. Na indústria de petróleo e gás, os programas de IA mais comumente usados são os Machine Learning / aprendizado de máquina, definidos pela ISO/IEC 22989 como um processo de otimização de parâmetros de modelo por meio de técnicas computacionais, de modo que o comportamento do modelo reflita os dados ou a experiência. Esse

O que os profissionais de petróleo e gás disseram

sobre a digitalização no início de 2024

Fonte: DNV 2024

A digitalização é central para a estratégia da minha organização

As tecnologias digitais estão permitindo a transição energética para minha organização

A digitalização melhorou nosso desempenho empresarial

No próximo ano minha organização usará aplicativos baseados em IA em nossas operações

As mudanças regulatórias estão tornando mais difícil para minha organização se beneficiar da IA

* % que concorda menos % que discorda

subconjunto da IA já está trabalhando há algum tempo na indústria através de instrumentos inteligentes.

O DNV aponta como exemplo a falha da linha de amarração, que pode ter consequências catastróficas onde sensores de tensão física podem ser difíceis e caros de manter; o Machine Learning pode ser aí preciso e menos dispendioso - em mais de 99% dos casos de teste simulados, o algoritmo de Machine Learning do DNV conseguiu identificar com precisão a condição de linhas de amarração de instalações de petróleo offshore.

A base de toda essa tecnologia é o dado confiável e o gerenciamento de sua qualidade - validação e verificação de produtos e serviços de IA/ML são vitais; monitoramento, testes e atualizações de segurança cibernética são mais que necessários. E ainda existe a questão de pessoal treinado porque é preciso que além de conhecer as tecnologias, ele conheça o processo, para que a IA/ ML não seja uma caixa preta. Nesse contexto, as práticas recomendadas (RPs) do DNV podem orientar organizações e

indústrias na aquisição, desenvolvimento e operação de IA e outras soluções digitais. Essas práticas incluem a DNVRP-0671 AI-enabled systems assurance, a primeira RP do mundo sobre como garantir a confiabilidade de sistemas industriais habilitados para IA.

Os maiores produtores globais de petróleo e gás já têm estratégias de IA no upstream, no downstream e, às vezes até no midstream. Entre esses players está a Petrobras que através de cientistas de dados, engenheiros e técnicos do Centro de Pesquisas (Cenpes), vem desenvolvendo diversos projetos inovadores. Um deles em parceria com a PUC-Rio, criou uma tecnologia de inteligência artificial especializada em controlar a qualidade dos gases provenientes das refinarias, aumentando a eficiência energética das operações e minimizando as emissões de gases de efeito estufa: a Smart Tocha , que utiliza IA para controlar o desempenho do sistema de tocha.

@DNV

As tochas são sistemas de segurança das refinarias e devem ser mantidas sempre acesas. Elas queimam o excesso de gases resultantes do processamento de petróleo de maneira segura para o meio ambiente. A queima de gás é inerente ao processo produtivo, mas estamos sempre buscando minimizar seus efeitos. Com a Smart Tocha, a queima dos gases nas tochas das refinarias são monitoradas por câmeras 24 horas por dia. A partir das análises dessas imagens, feitas com o uso de inteligência artificial, e de dados de variáveis operacionais, o sistema de controle realiza o ajuste automático da vazão de vapor. Como o monitoramento é feito em tempo real e on-line, essa

vazão de vapor está sempre ajustada para o ponto ótimo, o que garante que os gases estão sendo queimados com a menor emissão possível.

Outro bom exemplo de utilização da IA na indústria é o da ENEOS Materials Corporation que aplicou o Factorial Kernel Dynamic Policy Programming (FKDPP), um algoritmo de IA da Yokogawa baseado em aprendizado por reforço, em uma fábrica de produtos químicos. A aplicação veio depois de um teste de campo bem-sucedido no qual essa IA de controle autônomo demonstrou um alto nível de desempenho ao controlar uma coluna de destilação por quase um ano inteiro.

Segundo os times envolvidos, a chave para o aprendizado por reforço é o como a função de recompensa é projetada: ‘ao incorporar estreitamente o conhecimento de controle do setor de processos na função de recompensa, é possível criar um modelo de controle de IA com um alto nível de confiabilidade e validade, capaz de obter uma operação estável durante todo o ano. O fato de esse teste de campo ter confirmado a capacidade do modelo de ser aplicado como está, mesmo após a realização de manutenção e reparos regulares, implica a robustez desse modelo de controle de IA. A Yokogawa define a IA de controle autônomo como uma IA que deduz o método ideal para o controle de forma independente e tem um alto nível de robustez, permitindo que ela lide de forma autônoma, até certo ponto, com situações que não tenha encontrado anteriormente.

A Pix Force, startup referência em Inteligência Artificial no Brasil, desenvolveu um sistema que realiza a detecção e o monitoramento de óleo. O sistema de IA Pix Blue permite a identificação imediata de vazamentos no ambiente marinho em sua origem, possibilitando a criação rápida e eficaz de planos de contingência e mitigação dos

Colunas de destilação na fábrica de produtos químicos da ENEOS Materials

eventuais danos ambientais causados pelo desastre. Além de contribuir para reduzir a quantidade de óleo derramada nos oceanos, a ferramenta permite o recolhimento desta substância em tempo hábil, evitando que sua propagação possa causar maiores danos. A plataforma utiliza inteligência artificial e sensores para realizar esse monitoramento, e envia alertas em caso de eventuais desastres. A análise conjunta desses sensores possibilita a identificação de óleo de maneira mais precisa e abrangente, superando as limitações dos sensores isolados, e contribuindo para a preservação do meio ambiente. A empresa esteve na OTC e na ROGe apresentando seu trabalho em 2024.

Outro desenvolvimento que pode ser usado como referência é o da Wintershall Dea que em 2020 estava pronta para acelerar uma iniciativa AI@ Scale, com várias unidades corporativas e de negócios internas trabalhando com IA, mas cada uma com seus projetos e propósitos únicos e isolados ainda que a intenção fosse expandi-los, se bemsucedidos. Portanto, o desenvolvimento de soluções AI@Scale pedia uma plataforma e metodologia centralizadas que permitisse acessar dados e conceder acesso a outros. Com esse objetivo em mente, a empresa estabeleceu um centro de competência (CoC) para IA e ciência de dados e uma colaboração com a IBM Consulting – que além de ampla experiência em desenvolver recursos de IA em escala, havia formado uma parceria com a Microsoft, e a Wintershall Dea já estava usando o Azure para sua

plataforma de dados. A IBM adaptou então sua metodologia IBM® AI@Scale para acomodar a plataforma existente e trazer a expertise da Microsoft conforme necessário.

A Wintershall Dea tem dois tipos de projetos de IA: projetos tradicionais de grande escala e pequenos e fáceis de implementar “vaga-lumes”. Um vagalume é um conceito da Wintershall Dea para conduzir um projeto de IA rápido e escalável para resolver um problema simples. Como há funcionários treinados em ciência de dados em toda a empresa, as unidades de negócios podem desenvolver e codificar vaga-lumes de forma independente e recorrer ao CoC para suporte conforme necessário. Os vaga-lumes começam pequenos, então às vezes pegam fogo. Quando isso acontece, eles são construídos para escalar rapidamente. Os projetos de grande escala miram alto desde o início.

@Divulgação/WintershallDea/Sören Weper, 2023
© Divulgação/Total/Florian von der Fecht, 2017

Em 2021, a Wintershall Dea investigou a aplicação de IA para manter a integridade de seus poços de gás e petróleo na Noruega. Essa manutenção é particularmente importante para poços em operação, especialmente poços submarinos. Com km de tubos enormes envoltos em múltiplas camadas de aço e concreto no fundo do mar, pequenos vazamentos podem ser imperceptíveis por longos períodos de tempo, mesmo na presença de um sistema de monitoramento de poços de última geração — até que se tornem grandes o suficiente para causar grandes problemas nos piores casos. Portanto, a detecção precoce é essencial. Mesmo com análises diárias, alguns problemas eram simplesmente indetectáveis para seres humanos. Usando IA, a equipe desenvolveu um caso de uso para analisar dados de sensores existentes de forma muito mais intensiva e precisa do que era possível anteriormente. Assim que conseguiram confirmar que tinha o modelo certo, a equipe o conectou com dados ao vivo dos sensores do poço. Atualmente, se a IA detecta uma anomalia, ela envia um e-mail para os engenheiros porque a equipe se encontra no processo de construção de uma interface de usuário/engenheiros. Notável também é o Programa de Transformação Digital da Repsol, iniciado em 2018, com a vocação de ser transversal a todos os negócios da empresa e que tem conseguido com sucesso escalar a digitalização em grande parte de seus processos, implantando iniciativas em toda a cadeia de valor. Na exploração e produção, graças à digitalização, planeja e monitora as atividades de perfuração remotamente e, assim, melhora a

perfuração em termos de velocidade e CapEx ao mesmo tempo em que consegue redução no consumo de energia e água, bem como na logística necessária para perfurar um poço. Nas estações de serviço e nas lojas a Repsol recolhe milhares de dados em tempo real - são mais de 550 iniciativas digitais em toda a Companhia.

A digitalização e a inteligência artificial, na Repsol, alcança todos os colaboradores porque a empresa quer que essas tecnologias sejam percebidas como grandes aliadas para facilitar as tarefas e também para que possam desenvolver suas próprias aplicações e robôs RPA através de soluções Do It Yourself . A Repsol acredita que a inteligência artificial generativa será uma revolução e aumentará as capacidades das pessoas e o seu nível de autonomia.

A Repsol elaborou um pesquisa em colaboração com a Accenture-Avanade, a Microsoft e a MIT Technology Review que apontou que 61,9% dos funcionários que usavam a IA da empresa declararam preferir não voltar a trabalhar sem ela . Além disso, o grupo gastou em média 2 horas por semana a menos do tempo de trabalho para realizar suas tarefas. Para proceder a pesquisa, 300 colaboradores tiveram acesso ao Copilot para Microsoft 365 e outros 250 atuaram como grupo de controle. As equipes dedicadas a Operações e Produção foram as que mais economizaram minutos brutos graças ao Copilot for Microsoft 365 (260,41 min/semana), seguidas pela Engenharia e Manutenção (225,42 min/semana); Financeiro e Seguros (218,67 min/ semana). Os menos impactados aí foram Assuntos Jurídicos (34,5 min/semana) ou Impostos e Jurídicos (15,02 min/semana).

Delegação de tarefas ao Copilot para Microsoft 365

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O “IBM Global AI Adoption Index 2023”, levantamento encomendado pela IBM e conduzida pela Morning Consult, aponta que a América Latina teve uma forte aceleração na implementação de Inteligência Artificial nos últimos dois

anos em empresas com mais de mil funcionários. Dos profissionais de TI entrevistados na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, 67% disseram que suas organizações aceleraram a implantação da tecnologia nos últimos 24 meses - acima da média global, que é de 59%.

A IBM observou que existem empresas de todos os setores e tamanhos passando da fase de experimentação para novos investimentos em IA ao tirarem proveito dos primeiros benefícios trazidos pela tecnologia.

A pesquisa destaca que as aplicações mais comuns de IA nas empresas que exploram a tecnologia na América Latina são: trabalho digital (39%), automação

de processos de TI (36%), marketing e vendas (35%). Por outro lado, algumas aplicações em estágios muito iniciais de adoção citadas são os diagnósticos em saúde (8%), análise de risco ambiental (10%) e sustentabilidade (16%).

O IBM AI Adoption Index também revelou que, seguindo a tendência global, a maior barreira para a adoção de

“Isso mostra a grande oportunidade que há para explorar novos casos de uso, aproveitando os ganhos que a IA pode gerar, mantendo a confiança e a governança como peças centrais, cocriando com o ecossistema e capacitando profissionais para a construção do futuro. O potencial é imenso”, disse Tonny Martins, gerente geral da IBM América

Latina.

IA nas empresas da América Latina é a limitação de habilidades, conhecimento ou especialização no tema (32%) e, para minimizar esta questão, 38% das empresas estão planejando investir em requalificar e desenvolver as respectivas equipes.

Em outro levantamento, o Institute for

Business Value (IBV) aponta que 82% dos CEOs brasileiros acreditam que transparência da IA generativa – e outras novas tecnologias – é o elemento-chave para conquistar a confiança dos clientes. Por isso, 62% dos CEOs entrevistados concordam que a governança para inteligência artificial generativa deve ser estabelecida à medida que as soluções são projetadas, garantindo que a ética, a transparência e a conformidade regulatória estejam integradas desde o início, em vez de serem abordadas somente após a implantação.

Realizado com 3.000 CEOs de mais de 30 países e 26 indústrias, incluindo o Brasil, o estudo global anual da IBM, The CEO Study 2024 (https://www. ibm.com/downloads/documents/usen/10a99803fc2fdcb7), destaca que 51% dos CEOs brasileiros entendem que a vantagem competitiva das suas empresas dependerá de quem tem a IA generativa mais avançada; 74% dos executivos brasileiros destacam que o êxito dessa tecnologia dependerá mais da aceitação, do engajamento das pessoas e da cultura organizacional do que das capacidades técnicas da própria tecnologia; 78% dos CEOs do país planejam manter ou acelerar o ritmo de mudança transformacional de sua organização neste ano, sendo que 68% vão correr mais riscos do que a concorrência para manter sua vantagem competitiva no mercado; 37% dos CEOs entrevistados no Brasil planejam contratar pessoal adicional por causa da IA generativa e 35% acredita que sua força de trabalho exigirá requalificação nos próximos três anos; 72% dizem ter a rede certa de parceiros para executar sua estratégia de negócios. Ter um bom parceiro é meio caminho andado!

Biodiesel: Estudo corrobora a opinião do setor de transporte de cargas

Desempenho dos caminhões e impacto no meio ambiente são pontos considerados pelas empresas

@Divulgação/Canvas

Marcel Zorzin é diretor operacional da Zorzin Logística. Formado em administração de empresas pelo Colégio Modelo, atualmente divide suas atenções entre o cargo na transportadora e em atividades nas entidades de classe, coordenador do núcleo da Comissão de Jovens Empresários (COMJOVEM) do ABC, tendo sido eleito presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do ABC (Setrans) para o triênio 2025 a 2027.

Em 2023, o CNPEConselho Nacional de Política Energética decidiu adotar um período de transição para viabilizar o teor de biodiesel no óleo diesel B em 20%

até 2030. Atualmente, o combustível possui uma mistura de 14%, com acréscimo de 1% a partir de 1º de março de 2025. A decisão se baseia na teoria de que quanto

maior a porcentagem de biodiesel adicionada ao diesel, menos poluente se torna o combustível e, assim, teríamos um transporte mais sustentável e

menos poluente para o setor rodoviário de cargas. Entretanto, um estudo apresentado pela Universidade de Brasília (UnB) revela que o aumento na proporção de biodiesel no diesel comercial pode trazer complicações que afetam diretamente o motor dos veículos, aumentando as emissões de poluentes e diminuindo a eficiência energética.

Mas o impacto do biodiesel no desempenho dos caminhões não será positivo. Deve ser levado em consideração que nosso biodiesel é um dos piores em termos de qualidade, com uma facilidade enorme de contaminação. Dessa forma, haverá um aumento significativo do consumo de combustível pelos veículos, já que o biodiesel não tem uma queima perfeita. Assim, os custos obrigarão o caminhão a utilizar o diesel.

O estudo realizado pela UnB foi baseado na operação de um motor com a mistura de 20% de biodiesel (B20). Os

resultados mostram que, ao elevar a mistura de 7% para 20%, as emissões específicas de CO2 aumentam consideravelmente, em função da diminuição da potência efetiva do motor.

Com uma mistura nessa porcentagem surgem problemas como a formação de resíduos e a contaminação do óleo lubrificante, exigindo maior atenção para a manutenção das peças do motor. O biodiesel pode se contaminar facilmente e criar falhas no abastecimento, como a exigência constante de troca de filtros, entupimento das mangueiras e problemas nas unidades injetoras, que precisam ser trocadas porque algum agente contaminante se misturou a ele, causando esses problemas. É fácil encontrar relatos de veículos com problemas mecânicos gerados, normalmente, por filtros entupidos.

Além da pouca eficiência dos motores dos caminhões, o fator mais preocupante para

as empresas envolve o impacto ao meio ambiente. A análise revelou um aumento substancial das emissões de NOx (óxido de nitrogênio), gás extremamente prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente, pois provoca infecções respiratórias e pode induzir à ocorrência de chuva ácida.

Acredito que deveríamos ter um biodiesel verde de boa qualidade antes de alterar as porcentagens de mistura, já que o custo de uma transportadora está atrelado às questões de combustíveis. Imagine aumentar a média de todos os caminhões do Brasil movidos a diesel? Se colocarmos isso em perspectiva, além do aumento de custo, temos o impacto ambiental desse acréscimo, que não vejo ser levado em consideração. É importante ter um olhar clínico nessas situações, pois um filtro sujo pode causar diversas avarias no caminhão, questões que estão diretamente ligadas à segurança viária.

Impactos da digitalização e da automação no transporte de produtos perigosos

Entidade de classe afirma que incorporação de novas tecnologias será um dos principais motores de transformação no segmento

@Divulgação/Canva

Segundo dados de um relatório divulgado pela Kinea Investimentos, em 2022 o mercado global de inteligência artificial alcançou um movimento de US$450 bilhões, apontando um crescimento significativo para os próximos anos, que pode alcançar US$900 bilhões até 2026 e representará uma evolução de 19% ao ano.

Transporte Rodoviário de Cargas, principalmente o segmento de produtos perigosos, enxergou uma oportunidade de utilizar essas tecnologias para redução de acidentes causados por fadiga, sonolências, distração e uso de aparelhos celulares. As inovações tecnológicas permitem

que os sistemas possam analisar um grande volume de dados em tempo real, identificando padrões e tomando decisões inteligentes para aprimorar a eficiência, segurança e economia no setor.

Vale ressaltar que as consequências de um único tombamento com vazamento de produto perigoso podem trazer sérios danos à população, ao meio ambiente e às empresas.

Para a Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP), a incorporação de tecnologias avançadas será um dos principais motores de transformação no transporte de

A ABTLP é uma entidade de classe com mais de 25 anos de atuação, criada para defender os interesses de transportadores e operadores logísticos com trabalho no segmento de produtos perigosos, junto aos poderes constituídos em âmbito nacional, estadual e municipal

produtos perigosos, revolucionando a forma como as operações logísticas são planejadas e realizadas. Para os próximos anos, esperase que as inovações proporcionem maior segurança, rastreabilidade e eficiência, além de fortalecer a conformidade com regulamentações específicas do setor, impulsionando o desenvolvimento sustentável e competitivo do segmento.

“Os nossos associados já utilizam diversas ferramentas que fazem a diferença no dia a dia. Entre elas, estão os sistemas de monitoramento em tempo real, que permitem

acompanhar veículos e cargas de forma contínua, garantindo mais controle e eficiência. Softwares para otimização de rotas e previsão de manutenção preventiva também são bastante utilizados, ajudando a reduzir custos e a melhorar a produtividade. Além disso, soluções que asseguram a integridade e transparência na gestão de documentos e dados trazem mais confiabilidade para as operações. Por fim, os sistemas de telemetria avançada têm sido grandes aliados na segurança operacional, monitorando o desempenho dos veículos e o comportamento dos motoristas”, afirma o presidente da ABTLP, José Maria Gomes.

A obtenção de dados relacionados à velocidade, frenagem, aceleração, rotação do motor e outros fatores

faz com que a inteligência artificial possa reconhecer padrões e hábitos de direção inadequados ou perigosos. Com isso, os softwares enviam automaticamente um alerta para a equipe de segurança fazer a análise e emite alertas para o motorista dentro da cabine, tudo sem interferência manual.

Quando questionada sobre o apoio aos associados para a implementação dessas novas tecnologias, a entidade revela que tem como principal foco atuar em parceria com os órgãos reguladores, garantindo a evolução da legislação de acordo com as inovações, no qual cria um ambiente propício para a implementação dessas ferramentas. Também realizam seminários e treinamentos, que promovem a conexão entre as empresas parceiras e os fornecedores, e incentivam o desenvolvimento de parcerias estratégicas que impulsionam o setor.

“E com todos esses benefícios citados anteriormente, em questões de sustentabilidade, a

tecnologia atual possibilita a otimização de rotas, diminuindo o consumo de combustível e, por consequência, a redução das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, se houver a diminuição de ocorrências, será minimizado o risco de derramamentos de substâncias químicas nocivas, que evita a contaminação do solo, água e ar, e protege a biodiversidade e a saúde humana, além de preservar os ecossistemas naturais”, reforça Gomes.

De acordo com a entidade, o setor ainda enfrenta desafios como os altos custos iniciais de implementação, qualificação profissional e a resistência à mudança em um setor tradicionalmente conversador.

“Para enfrentar esses obstáculos, a ABTLP oferece suporte técnico, promove a troca de experiências entre os associados e busca parcerias com entidades públicas e privadas para viabilizar incentivos fiscais e financeiros que facilitem a adoção dessas tecnologias”, finaliza o presidente.

POSV de Alta Pressão em FPSOs

A produção de petróleo offshore está se deslocando cada vez mais para locais em águas profundas. Nessas regiões, com profundidades de produção que podem alcançar 6.000 m ou mais, unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarga (FPSO) estão sendo amplamente utilizadas.

O Desafio:

Os gases associados produzidos juntamente com a matéria-prima são retornados e injetados no solo. À medida que depósitos mais profundos são explorados, as pressões necessárias para a injeção desses gases estão aumentando. Atualmente, compressores e bombas que operam com pressões acima de 600 bar-g já estão em uso para vencer a pressão de “Shut in” dos reservatórios. Para que a planta tenha uma pressão de operação de 600 bar-g, por exemplo o sistema precisa ser projetado para pressões superiores. Isso ocorre porque um sistema geralmente opera 15% abaixo da pressão de resposta das válvulas de segurança. Neste caso, a pressão de projeto seria de 690 bar-g. Isso é determinado pela função das válvulas de segurança acionadas por mola.

Explicação:

De acordo com as regulamentações aplicáveis, as válvulas de segurança devem fechar com uma diferença de 7-10% abaixo da pressão ajustada. Além disso, tanto as regulamentações quanto a maioria dos fabricantes recomendam uma diferença de 3-5% entre a pressão de fechamento e a pressão de operação

para garantir o fechamento adequado da válvula e a recuperação de uma boa vedação.

Quando as pressões de operação ultrapassam 90% da pressão ajustada, as válvulas de segurança acionadas por mola às vezes não fecham completamente, o que resultaria em perda constante de meio. Como resultado, todo o sistema deve ser projetado para uma carga maior.

A necessidade de uma pressão de projeto mais alta não só torna o sistema mais caro, mas também mais pesado, o que é indesejável, especialmente em embarcações.

Em um FPSO, no entanto, não é apenas a pressão que deve ser considerada, mas também as condições externas. As válvulas de segurança em FPSOs protegem módulos topside, como os

usados para separação e tratamento de óleo e gás, compressão, injeção ou geração de energia.

Os risers submersos também são protegidos a bordo. Devido ao ambiente específico de aplicação, as válvulas precisam ter propriedades específicas, como maior resistência à corrosão por água salgada, atmosfera salina e sulfeto de hidrogênio. Além disso, as aprovações necessárias pelas sociedades classificadoras devem estar disponíveis.

POSV de Alta Pressão em FPSOs

As válvulas de segurança operadas por piloto para altas pressões podem reduzir as pressões de projeto.

As pressões de projeto podem ser reduzidas utilizando válvulas de segurança operadas por piloto com diferenças menores de pressão de fechamento. Isso economiza material porque estágios de pressão mais baixos podem ser utilizados. Isso se deve à diferença de funcionamento entre

válvulas de segurança acionadas por mola e válvulas operadas por piloto. (blowdown)

Para proteger os compressores de gás em um dos seus FPSO´s, um dos maiores afretadores do Brasil contrataram a LESER. Especialmente para essa aplicação, a LESER desenvolveu ainda mais a válvula de segurança operada por piloto Tipo 821, permitindo proteger pressões ajustadas maiores que 600 bar-g

A Válvula de segurança foi fabricada em um bloco de Super Duplex para garantir a resistência mecânica à pressão e à corrosão.

A Solução técnica da LESER garantiu o perfeito funcionamento, vedação adequada para evitar emissões indesejadas e ainda uma solução de produto que tem suporte técnico e disponibilidade de partes e peças para manutenção e reparo no Brasil, aumentando a confiabilidade e disponibilidade da aplicação como maior benefício.

Como resolver a sazonalidade e a descontinuidade da geração de energia renovável por meio do armazenamento de energia

Francisco Abreu Victer (à direita na foto), da Fundação Getulio Vargas, e Severino Virgínio Martins Neto (à esquerda, na foto), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, identificaram algumas oportunidades nos despachos termoelétricos e as apresentaram durante a ROGe

Os jovens pesquisadores colocam que “as fontes de energia renováveis

desempenham um papel crucial na transição energética global, fornecendo opções econômicas e de baixo carbono para geração de eletricidade. Apesar desses benefícios, a intermitência inerente da energia renovável — amplamente influenciada por condições ambientais flutuantes — frequentemente resulta em períodos em que a produção de energia não se alinha com as demanda de consumo. Essa discrepância exige o uso de fontes de energia convencionais mais caras e com maior emissão para preencher as lacunas, como usinas termoelétricas a carvão, diesel e gás. A implementação de soluções de armazenamento de energia, particularmente baterias de íons de lítio, pode apresentar uma estratégia viável para mitigar esses problemas. Essa abordagem foi adotada com sucesso em vários mercados internacionais (..)

A pesquisa da dupla investiga fatores que influenciam as decisões de despacho de usinas termoelétricas no mercado de energia brasileiro e identifica regiões ideais para a instalação de futuras instalações de armazenamento de baterias. E destacam as vantagens da integração de soluções de armazenamento como maior eficiência de custos, redução de emissões de carbono e melhor estabilidade da rede. “Além disso, o potencial de sinergias entre sistemas de armazenamento de energia renovável e geradores de combustível fóssil existentes apresenta uma oportunidade de otimizar os recursos energéticos e reforçar a segurança energética em uma escala mais ampla.

A experiência internacional mostra que as baterias de íons de lítio já são tecnologias de armazenamento de energia consolidadas, mas, ao discutir a necessidade dessas baterias no mercado brasileiro, é necessário ter uma visão clara dos casos de uso realistas onde essas novas tecnologias podem ser aplicadas.

Os pilares que compõem a matriz elétrica brasileira são: 1 - geração intermitente eólica e solar, que é a principal fronteira de crescimento do setor (aproximadamente 90% da nova capacidade instalada em 2023; ANEEL); 2 - uma base de geração hidrelétrica, resiliente e flexível, mas com restrições técnicas em cenários onde a hidrologia não é favorável; e 3 - geração termelétrica, que pode ser inflexível na linha de base de geração devido a contratos legados ou problemas hidrológicos, ou ser despachada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) em cenários onde apenas as usinas hidrelétricas não são suficientes para responder à intermitência das renováveis, bem como outros problemas específicos. Ao analisar as oportunidades de inserção de outras tecnologias de armazenamento no sistema elétrico, estamos lidando principalmente com a

complementação de certas atividades realizadas pelos grupos 2 e 3. Nesse sentido, é necessário reconhecer as vantagens dos geradores térmicos e hidrelétricos para entender onde - e se - há espaço para baterias de íons de lítio. Da experiência internacional, um ponto fica claro: em situações de geração de médio prazo (mais de 4 horas) e longo prazo (sazonal), as baterias de íons de lítio enfrentam limitações significativas, uma vez que a experiência internacional mostra armazenamento ótimo entre 2 e 4 horas (Fallahifar & Kalanta, 2023). Essa faixa de armazenamento significa que elas não são a solução mais viável para armazenar energia por longos períodos, devido à relação entre capacidade e custo, nem para despacho de carga base ou períodos maiores do que essas 4 horas.

Sua vantagem está em lidar com flutuações horárias na produção de energia solar e eólica, que podem ser imprevisíveis (Ren, Wang, Wan & Hong, 2024). As baterias podem responder rapidamente a essas variações, fornecendo ou armazenando energia conforme necessário para manter a estabilidade da rede (Fallahifar & Kalanta, 2023).

Por outro lado, para e de médio e longo prazo necessidades energéticas, como cobrir períodos prolongados de baixa produção de energia renovável ou atender à demanda sazonal, as baterias atualmente não conseguem competir economicamente (Fallahifar & Kalanta, 2023). Como tal, do jeito que os custos atuais estão, não há cenário em que as baterias de íons de lítio possam substituir

economicamente as usinas hidrelétricas brasileiras. No entanto, no contexto de substituição ou complementação de usinas termoelétricas, as baterias têm vantagens significativas dentro de seu horizonte ideal de armazenamento. Ao contrário das usinas termoelétricas, que têm um custo inicial fixo, uma rampa de produção lenta e precisam operar dentro de perfis de geração específicos para manter a eficiência de combustível, as baterias podem começar a fornecer energia quase instantaneamente (Ryu, Chung & Park, 2021). Isso as torna particularmente valiosas para atender às demandas de pico ou para fornecer energia rapidamente quando há interrupções imprevistas na produção de energia.

Severino e Francisco destacaram, ao longo do artigo e da apresentação no evento, “diversas oportunidades e desafios associados à integração de baterias de íons de lítio na matriz energética do Brasil, particularmente para necessidades de despacho de curta duração em atividades termelétricas atuais. A descoberta de que cerca de 49,73% dos despachos tiveram duração de 4 horas ou menos, o que representou apenas 0,873% do volume total de geração termoelétrica, mostra uma oportunidade intuitiva para soluções de armazenamento de curto prazo, considerando os custos de inicialização de usinas termelétricas”.

VOCÊ ENCONTRA ESTE E OUTROS

Medição da Qualidade do Gás Natural: Reduzindo Erros e Incertezas

por: Carlos Eduardo R. B. Barateiro (Universidade Estacio de Sá), Noemi Cristina Hernandez (Faculdade Mauá de São Paulo) e Francisco Javier Aguilera Camacho (Instituto Tecnológico de la Construcción / México)

Introdução

Tipicamente o gás natural e o gás natural liquefeito são comercializados com base na energia. Isso tem todo o sentido uma vez que o gás é utilizado para gerar calor através de um processo de queima – quanto mais energia for transferida, menos volume é necessário. A energia entregue é o produto da vazão volumétrica pelo poder calorífico do gás. Mesmo nas aplicações onde o foco é apenas a medição volumétrica (medições fiscais e de custódia), é necessário colocar-se a composição do gás na parametrização do computador de vazão e assim se obter sua densidade, que deve ser corrigida pelo fator de compressibilidade.

Ou seja, a qualidade do gás - sua composição e demais características físico-químicas, afetam diretamente os resultados das medição, tanto em volume como em energia. Operando-se grandes quantidades de transferência, mesmo pequenas discrepâncias podem levar a grandes prejuízos financeiros.

Assim é necessário ser aplicado as melhores técnicas para reduzir os riscos da medição.

Medição da Qualidade do Gás

O gás natural no seu estado gasoso ou liquido é composto de diversos componentes que podem variar de acordo com o campo onde é extraído. Mesmo durante a operação normal de um campo é comum se encontrar variações

no dia-a-dia. O quantitativo proporcional de cada um desses componentes afeta as propriedades do gás – maior presença de metano, por exemplo, leva à uma menor quantidade de energia transferida por volume.

A qualidade do gás é expressa por diversos parâmetros como, por exemplo:

• seu poder calorífico: quantidade de energia por volume (MJ/m³) que pode ser o superior (quando a água formada na combustão está no estado líquido) ou inferior (quando a água formada está no estado gasoso).

• massa específica: massa do gás pelo volume ocupado (kg/ m³).

• densidade relativa: massa específica / massa específica do ar (adimensional).

• índice de Wobbe: poder calorífico dividido pela raiz quadrada da densidade relativa do gás (MJ/m³).

A Resolução ANP nº 16 de 17 de junho de 2008, retratada na Figura 1, apresenta a especificação completa do Gás Natural comercializado no Brasil.

A qualidade do gás pode ser obtida de duas formas:

• a partir de uma amostra colhida manualmente na linha do escoamento, que é analisada em um laboratório com o uso de um cromatógrafo manual.

• a partir de uma amostra colhida automaticamente por um cromatógrafo de processo que é conectado à linha do escoamento.

Tanto no cromatógrafo de laboratório

como no de processo, a obtenção da composição do gás é realizada efetuandose a separação dos componentes com o uso de uma ou mais colunas de separação. Detectores então instalados na saída desses colunas quantificam o volume de cada componente presente na amostra (Figura 2).

Erros e Incertezas da Qualidade do Gás

Temos várias fonte de incerteza na obtenção da composição do gás:

• Representatividade da amostra.

• Condicionamento da amostra.

• Gás de calibração do cromatógrafo.

• Gás de arraste da amostra.

• Controle da operação do cromatógrafo.

• Erros de parametrização do cromatógrafo ou do computador de vazão.

• Manutenção, procedimentos e pessoal.

Representatividade e Condicionamento da Amostra

A amostra colhida da linha de processo precisa ser uma representação a mais fidedigna possível do fluxo. Quando fazemos a coleta através de uma sonda

manual ou mesmo quando existe comandada automaticamente pelo cromatógrafo de processo, devem ser adotados alguns cuidados em relação à montagem dessa sonda.

A recomendação básica é que seja

Figura n° 1: Especificação do Gás Natural conforme Resolução ANP nº 16
Figura n° 2: Arquitetura de um Cromatógrafo

instalada na parte superior da tubulação e se estendendo até o terço médio central da linha. Deve-se evitar sua instalação onde haja muita turbulência porque essa agitação pode fazer com que os contaminantes, existentes na parte inferior no fundo do tubo, sejam incluídos na amostra. Essa turbulência pode ser causada por curvas, válvulas, ou qualquer outro elemento que alterem ou impactem o fluxo normal das linhas de corrente do gás.

A norma ISO 10715:2022 (Natural gas - Gas Sampling) traz diversas recomendações que devem ser seguidas com respeito à essa sonda e sua instalação, inclusive recomendando que seja posicionada a mais de 20 diâmetros de qualquer medição da vazão e com pelo menos 5 diâmetros de trecho reto a montante (Figura 3).

No entanto, um dos principais requisitos é o condicionamento dessa amostra. A presença de água, particulados e condensados pode saturar o recheio das colunas de separação do cromatógrafo, levando a necessidade de sua substituição. As colunas são um dos componentes mais caros desse equipamento, não raro representando cerca de 50% do seu custo quando precisam ser substituídas. Não é à toa

que existe uma grande preocupação na utilização de cromatógrafos de processo na exploração e produção, dado à grande quantidade desses indesejáveis componentes nesses fluxos. Na Figura 4 temos um exemplo de um sistema de condicionamento da amostra dotado de um regulador de pressão e o filtro para remoção da água, particulados e condensados.

O sistema de condicionamento também efetua a redução da pressão antes do arraste para o interior das colunas uma vez que tipicamente, os escoamentos são efetuados com pressões muito acima dos limites de operação dessas colunas de separação.

Outra consideração que precisa tomada é com respeito a preservação das amostras colhidas manualmente nos cilindros de coleta. Tipicamente esses cilindros (Figura 5) são dotados de duas válvulas de bloqueio e não raro deixam de ser estanques com o uso contínuo. Essa é a razão que muitas vezes as amostras são perdidas antes mesmo da análise poder ser realizada no laboratório. Assim o recomendado é que sejam feitos testes periódicos na sua estanqueidade

Figura n° 3: Sonda de Amostragem Manual de Gás Natural
Figura n° 4: Sistema de Condicionamento da Amostra

da mesma forma como fazemos com as válvulas de bloqueio de entrada e saída dos tramos de medição.

Particularmente quando temos gás natural liquefeito temos ainda mais desafios devido a baixa temperatura e alta pressão. A ISO 8943:2007 (Refrigerated light hydrocarbon fluids - Sampling of liquefied natural gas - Continuous and intermittent methods) descreve os procedimentos a serem aplicados para a vaporização do líquido antes da análise pelo cromatógrafo. A transição da fase liquida para a gasosa pode não ser completa ou realizada em uma única etapa. Ou seja, ainda permanecer uma quantidade significativa não vaporizada no momento do envio às colunas. A vaporização parcial faz com que os componentes do gás mais voláteis se vaporizem primeiro, deixando uma amostra enriquecida na fase líquida. Ou seja, as fases acabam não sendo uma representação verdadeira do escoamento. Na Figura 6 temos o

esquemático do funcionamento de um sistema de amostragem de gás natural liquefeito.

Gás de Calibração do Cromatógrafo

O cromatógrafo é um analisador! Ou seja, como todo analisador, emite o resultado da medição do mensurando comparando contra um valor de referência. Um bom exemplo é o medidor de pH que infere o valor dessa variável, comparando o quão longe está a concentração de íons de hidrogênio (H^+) existentes no processo em relação à um eletrodo de referência - tipicamente uma solução de cloreto de potássio (KCl), cujo pH constante é 7 e que equivale a uma concentração desses íons de 10^(-7) mol/L.

Assim, periodicamente o cromatógrafo precisa ser calibrado contra um Material de Referência Certificado (MRC) que é um gás padrão envazado com a composição a mais próxima possível ao do escoamento. A razão básica da necessidade dessa calibração está no próprio funcionamento do cromatógrafo. A amostra colhida é arrastada para dentro da coluna de separação que possui um recheio (tipicamente uma terra rara). Os componentes mais leves atravessam a coluna mais rapidamente e ao chegar ao fim do curso, o detector simplesmente detecta a chegada do componente sem saber quem está chegando. Por isso precisamos “treinar” os detectores para que possam identificar a ordem de chegada dos componentes.

Há uma grande confusão em relação a como podemos atribuir a confiabilidade desse gás padrão. Genericamente o conceito de exatidão apresenta o quão próximo está o valor de um mensurando

Figura n° 5: Cilindro de Coleta de Amostras de Gás Natural
Figura n° 6: Sistema de Amostragem de Gás Natural Liquefeito

em relação ao valor verdadeiro. Já a precisão refere-se à capacidade de se obter uma pequena dispersão dos valores medidos em medições consecutivas desde que nas mesmas condições de repetibilidade. Precisão é independente de exatidão. Você pode ser muito preciso (baixa dispersão) mas ter baixa exatidão (longe do valor verdadeiro).

Quando precisamos analisar a confiabilidade desse gás padrão é mais comum utilizarmos conceito de tolerância, que tecnicamente é a capacidade de um método de fabricação atender ao valor nominal especificado pelo usuário final, para definir a qualidade do processo de fabricação. Assim, a tolerância define a faixa de variação que o valor do produto do processo poderá variar.

Quando precisamos envasar o gás padrão para calibração do cromatógrafo, o próprio gás envasado precisa ser analisado por um cromatógrafo para verificar sua conformidade. Imprecisões nesse gás padrão produzirão erros na medição aumentando ainda mais as incertezas do sistema de medição. Mas não temos problemas somente no envase. Um gás de calibração padrão é uma mistura homogênea de componentes desde que convenientemente misturados. Assim, logo após o envase, o cilindro é agitado por um tempo para que ocorra a homogeneização. No entanto, o cilindro mantido em repouso, depois de um tempo, os componentes mais leves (metano, etano etc.) se separam e ficam no topo com os componentes mais pesados se depositando no fundo. Portanto, antes da realização do processo de calibração é necessário uma nova homogeneização da mistura.

Outro fator que agrava essa separação dos componentes dentro do cilindro é quando o expomos a baixas temperaturas. Isso provoca a mudança de fase (gás para líquido) dos componentes mais pesados, deixando o gás padrão com uma mistura bifásica não homogênea. Portanto, a calibração deve ser realizada em condições de temperatura definidas pelo fabricante cuidando-se para que o cilindro do gás padrão não seja submetido a baixas temperaturas tanto no transporte como no seu armazenamento.

Obviamente, considerando que o gás natural é composto principalmente de metano, este é o componente com maior peso em termos de impacto na obtenção do valor da composição do gás e portanto do poder calorifico. Assim é esperado que a empresa responsável pelo envase do gás padrão assegure um bom controle na sua quantificação.

Por fim há um aspecto mais importante: o gás natural do processo muda! Assim, pode ser necessário ter-se vários cilindros com composições diferentes para atender as possíveis variações que possam ocorrer nesse processo. Ou seja, é necessário o acompanhamento permanente do processo e identificar a necessidade de recalibração do cromatógrafo.

Gás de Arraste

O gás de arraste serve para movimentar a amostra colhida e devidamente condicionada para percorrer o trajeto dentro da coluna. Esse gás deve ser inerte e puro ou seja, não deve interagir com a amostra e deve estar isento de impurezas. A presença de água ou oxigênio no gás de arraste pode oxidar / hidrolisar componentes da amostra e eventuais hidrocarbonetos podem levar

à falsos resultados na análise da amostra. Alguns tipos de detectores demandam gases de arraste específicos (He, N_2 e H_2) com grau de pureza mínimo, que devem atender as especificações dos fabricantes. A não conformidade com esses requisitos podem levar a resultados errôneos.

Controle da Operação do Cromatógrafo

Todo cromatógrafo, seja o instalado em laboratórios ou no processo, precisam ser constantemente avaliados quanto ao seu desempenho. A ISO 10723:2012 (Natural gas - evaluation for analytical systems) especifica um método para determinar se um sistema analítico para análise de gás natural é adequado para o propósito. Ele pode ser usado para determinar uma faixa de composições de gás às quais o método pode ser aplicado, usando um gás de calibração especificado, enquanto satisfaz critérios previamente definidos para os erros máximos e incertezas na composição

ou propriedade ou ambos, ou para avaliar a faixa de erros e incertezas na composição ou propriedade (calculável a partir da composição) ou ambos ao analisar gases dentro de uma faixa definida de composição, usando um gás de calibração especificado. A avaliação de desempenho permite definir uma forma de comparação (benchmark) identificando a deterioração da operação do cromatógrafo antes que provoque grandes impactos nas medições.

Com o foco de mantermos os devidos controles de possíveis variações, é bastante útil ser utilizado a metodologia definida pela ISO 6974-3:2018 (Natural gas — Determination of composition and associated uncertainty by gas chromatography). Essa norma descreve a precisão que pode ser esperada do método cromatográfico gasoso, com os valores para a magnitude da variabilidade que pode ser esperada contendo portanto como a avaliação do viés da degradação.

Por fim é recomendado que não se conecte o cromatógrafo diretamente ao computador de vazão, sem que antes seja feita algum tipo de validação da análise. O ideal é que os operadores façam essa validação com base nos valores esperados para a cromatografia. Ou pelo menos, seja instalado algum algoritmo de validação no computador de vazão de forma que valores da análise sejam comparados com os valores normais esperados com alguma banda de variação admissível. Outra forma de se monitorar é definir pontos de alarme da cromatografia no próprio computador de vazão. Tipicamente são usados parâmetros da ordem < 50 ppm para garantir uma boa confiabilidade das análises.

Erros na Parametrização do Cromatógrafo ou do Computador de Vazão

Existem diversas parametrizações necessárias para a correta operação do cromatógrafo. São parâmetros típicos: a temperatura do forno de vaporização das amostras; a pressão, a vazão ou a velocidade do gás na coluna; os volumes de injeção e condicionamento das amostras; e a própria periodicidade das análises. No próprio computador de vazão é necessário ser verificado se

a parametrização da composição do gás está coerente com a última análise realizada pelo cromatógrafo.

Manutenção, Procedimentos e Pessoal

Procedimentos bem elaborados irão garantir que as tarefas sejam executadas corretamente e de acordo com as melhores práticas. Equipes de operação e de manutenção adequadamente treinadas, de preferência nos fabricantes dos cromatógrafos, podem corrigir problemas imediatos e garantir a correta operação. Obviamente isso não elimina a necessidade de suporte técnico desses fabricantes e por isso é recomendado o estabelecimento de contratos de assistência técnica.

Conclusões

A cromatografia do gás natural tem diversos desafios que precisam ser controlados para minimizar riscos da medição e por consequência, impactos financeiros substanciais. Um programa de inspeções regulares nos equipamentos e a realização de análises críticas, tanto no processo da coleta, transporte, armazenamento e nos próprios resultados das análises físicoquímicas realizadas, é uma excelente forma de se evitar erros e aumentos das incertezas.

Petrobras inicia contratação de plataformas do projeto Sergipe Águas Profundas

A Petrobras iniciou novo processo de contratação para construção de até duas unidades de produção de petróleo do tipo FPSO, destinadas ao projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP), na Bacia de Sergipe-Alagoas. A modalidade de contratação será do tipo Build, Operate and Transfer (BOT), no qual a contratada é responsável pelo projeto, construção, montagem e operação do ativo por um período inicial definido em contrato. Posteriormente a operação será transferida para a Petrobras.

O processo prevê a licitação de uma unidade firme para o SEAP 2 e uma opção de compra de um segundo FPSO similar, com previsão de aplicação para o SEAP 1. A previsão é que a unidade firme (SEAP 2) entre em operação em 2030.

As unidades terão capacidade de processar 120 mil barris por dia (bpd) de petróleo e até 12 milhões de m3 de gás por dia, sendo o gás especificado e exportado diretamente para venda, sem necessidade de tratamento adicional em terra.

A escolha da modalidade BOT é resultado da estratégia da Petrobras de buscar novos modelos de contratação de FPSOs. Essa abordagem visa trazer solução de financiabilidade para projetos de óleo e gás, considerando que a unidade será própria da Petrobras,

além de viabilizar o início da produção dos projetos no menor tempo possível. Desta forma, a companhia busca garantir benefícios trazidos por novos projetos para a sociedade brasileira e o retorno do investimento para seus acionistas.

A Petrobras segue empenhando todos os esforços para o desenvolvimento desses projetos com economicidade, considerando que estas unidades são estratégicas para ampliar a disponibilidade do gás nacional, além de abrir uma nova fronteira de produção na região Nordeste.

Sergipe Águas Profundas

O projeto SEAP 1 abrange as jazidas pertencentes aos campos de Agulhinha, Agulhinha Oeste, Cavala e Palombeta, localizados nas concessões BM-SEAL-10 (100 % Petrobras) e BM-SEAL-11 (60% Petrobras e 40% IBV Brasil Petróleo LTDA).

O projeto SEAP 2 abrange jazidas pertencentes aos campos de Budião, Budião Noroeste e Budião Sudeste, localizados nas concessões BM-SEAL-4 (75% Petrobras e 25% ONGC Campos Limitada), BM-SEAL-4A (100% Petrobras) e BM-SEAL-10 (100% Petrobras).

Petrobras lucra R$ 32,6 bilhões no 3º trimestre de 2024

A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 32,6 bilhões no 3º trimestre de 2024 (3T23). A companhia apresentou outros indicadores financeiros consistentes no trimestre, como EBITDA Recorrente de R$ 64,4 bilhões, fluxo de caixa livre de R$ 38 bilhões e uma forte geração operacional de caixa (FCO), de R$ 62,7 bilhões, um dos seis melhores fluxos de caixa operacional trimestrais de sua história. Os dados estão detalhados nos Resultados Financeiros do 3º trimestre de 2024.

@Divulgação

“Apresentamos um lucro líquido expressivo no trimestre, com uma forte geração de caixa e redução tanto da dívida financeira quanto da dívida bruta. Tudo isso em um cenário desafiador, de queda no preço do petróleo brent. Além disso, no 3º trimestre realizamos investimentos de US$ 4,5 bilhões em projetos que garantirão o futuro da companhia. Nossos resultados mostram que estamos no caminho certo”, destacou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

O FCO é um indicador da capacidade da companhia de gerar recursos a partir de suas operações regulares e é um relevante índice para avaliação do desempenho de uma empresa.

O EBITDA Ajustado Recorrente do 3T24 foi de R$ 64,4 bilhões, 3% superior ao trimestre anterior. O aumento da taxa de câmbio média do real frente ao dólar, o maior volume de petróleo produzido pela companhia no mix de derivados e o crescimento nas vendas contribuíram para o resultado. Esses fatores positivos foram compensados, parcialmente, pela queda de 6% no preço do Brent e a menor margem de derivados, em especial pela redução de 16% da diferença do preço do diesel em relação ao petróleo (crackspread). O EBITDA Ajustado Recorrente representa o lucro recorrente obtido antes do pagamento de juros, impostos e do cálculo de depreciações e amortizações.

A dívida financeira da companhia foi reduzida em 2,1% no último trimestre, para cerca de US$ 25,8 bilhões, o menor patamar desde 2008. A dívida bruta também foi reduzida em 0,8%, para US$ 59,1 bilhões (montante que inclui US$ 33,4 bilhões em arrendamentos), permanecendo dentro da faixa estabelecida no Plano Estratégico 20242028 da Petrobras.

Investimentos e retorno para acionistas e sociedade

A Petrobras investiu forte no 3º trimestre, totalizando US$ 4,5 bilhões, cerca de 30% acima do trimestre passado.

O foco dos investimentos continua, principalmente, nos grandes projetos do Pré-sal. Nos primeiros nove meses do ano, os investimentos somaram US$ 10,9 bilhões, representando um aumento de 19,5% em relação ao mesmo período do ano anterior (9M23). A projeção de CAPEX total para 2024 da Petrobras está mantida para no patamar entre US$ 13,5 bilhões e US$ 14,5 bilhões, conforme anunciado em agosto.

A boa performance da Petrobras permitiu ao Conselho de Administração aprovar o pagamento de dividendos no valor de R$ 17,12 bilhões, a serem pagos em duas parcelas (fevereiro e março), em acordo com a Política de Remuneração aos Acionistas da Petrobras.

No terceiro trimestre de 2024, a companhia recolheu R$ 64,4 bilhões em tributos, pagos aos diversos entes federativos (União, estados e municípios) e que representam a relevante contribuição da Petrobras para a sociedade brasileira.

Novas plataformas

Os resultados financeiros do 3T24 se somam a relevantes marcos operacionais, que contribuirão para a produção futura de petróleo e gás da companhia. Em 30 de outubro, o navio-plataforma Marechal Duque de Caxias (Mero 3) começou a produzir óleo e gás, no campo de Mero, bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de

Santos. A unidade tem capacidade de produzir até 180 mil barris de óleo e de comprimir até 12 milhões de m3 de gás, tudo isso diariamente.

O FPSO Maria Quitéria, cuja previsão inicial era começar a operar 2025, teve sua entrada antecipada, e produziu o seu primeiro óleo em 15 de outubro. A unidade tem capacidade de produzir diariamente até 100 mil barris de óleo e de processar até 5 milhões de m3de gás. Instalada no campo de Jubarte, no présal da Bacia de Campos, a plataforma está equipada com tecnologias para redução de emissões, incluindo o ciclo combinado na geração de energia, que permite maior eficiência operacional associada à redução em cerca de 24% de emissões operacionais de gases de efeito estufa.

Outro marco importante em outubro foi a chegada ao Brasil do navio-plataforma Almirante Tamandaré, vindo da China. A unidade será instalada no Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, na costa do Rio de Janeiro. Plataforma do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês), Almirante Tamandaré é a primeira unidade de alta capacidade a ser instalada no campo, com potencial para produzir até 225 mil barris de óleo (bpd) e processar 12 milhões de m3de gás por dia.

Petrobras

divulga teaser para cessão de participação minoritária do Campo de Tartaruga na Bacia

Sergipe-Alagoas

A Petrobras iniciou a etapa de divulgação da oportunidade (teaser) referente à cessão de sua participação minoritária de 25% no Campo de Tartaruga, localizado no município de Pirambu-SE, em águas rasas da Bacia de Sergipe-Alagoas, operado pela SPE Tiêta (Petrorecôncavo).

O teaser, que contém as principais informações sobre a oportunidade e os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes, está disponível aqui.

A parcela de produção da Petrobras do Campo de Tartaruga, considerando a média dos primeiros nove meses de 2024, foi de aproximadamente 41 bpd de óleo e 723 m³/dia de gás associado.

A produção total do Campo é menor que 1% da produção total do estado do Sergipe. A decisão de desinvestimento leva em conta tratar-se de ativo não operado, sem sinergia com o portfólio da companhia.

A eventual cessão da participação da Petrobras no Campo não impactará as demais atividades da companhia na região. Conforme estabelecido no Plano de Negócios 2025-2029, a Petrobras manterá importantes investimentos no estado de Sergipe, com a previsão de contratação de dois navios plataformas do tipo FPSOs para a área de Sergipe Águas Profundas (SEAP) com capacidade de produção de até 120 mil barris por dia cada um e a construção de um gasoduto

com capacidade de 18 milhões m3/dia. Por se tratar de um campo não operado pela Petrobras, não há empregados da companhia atuando exclusivamente no ativo. Portanto, a cessão da participação da Petrobras no Campo de Tartaruga não irá gerar impacto para sua força de trabalho própria ou terceirizada.

A presente divulgação está de acordo com as normas internas da Petrobras e com as disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto 9.355/2018.

As principais etapas subsequentes do projeto serão informadas oportunamente ao mercado.

Sobre o Campo Tartaruga

O campo de Tartaruga está localizado no litoral norte do estado de Sergipe, no município de Pirambu, em águas rasas da Bacia de Sergipe-Alagoas. Os poços foram perfurados direcionalmente, a partir da base situada na porção terrestre do Campo. A Petrobras detém 25% de participação do ativo e a SPE TIETA (empresa controlada pela Petrorecôncavo) é a operadora, com 75% de participação.

Petrobras assina Acordo de Princípios com a European Energy

A Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 16/11/2023, informa que assinou hoje com a empresa dinamarquesa European Energy um Acordo de Princípios (Heads of Agreement). Este acordo representa uma importante etapa nas negociações para estruturar uma parceria de negócios visando à implantação de uma planta de e-metanol em escala comercial no Brasil, a ser instalada em Pernambuco.

O e-metanol é uma solução de baixo carbono que pode ser usada em processos industriais ou como combustível, especialmente no transporte marítimo, sendo produzido por meio da junção do hidrogênio de baixa emissão de carbono, obtido a partir da eletrólise da água utilizando fontes de energia renováveis, como solar e eólica, e o dióxido de carbono de origem biogênica.

A European Energy, reconhecida por

sua expertise em energia renovável, trará conhecimento inestimável da primeira instalação comercial de e-metanol em larga escala da Dinamarca, programada para iniciar as operações em 2024. A instalação dinamarquesa está projetada para produzir 32.000 toneladas de e-metanol anualmente, apoiada por acordos de compra com várias empresas importantes, incluindo a AP Moller –Maersk.

@EuropeanEnergy

“A parceria com a Petrobras é importante para o nosso trabalho no Brasil, que é um mercado-chave para nós. Os recursos abundantes do país e a localização geográfica o tornam um centro ideal para a produção de metanol verde”, disse Thiago Arruda, vice-presidente para a América Latina.

A European Energy tem sido uma participante importante no cenário de energia renovável do Brasil desde 2016, com sede em Recife, estado de Pernambuco. A empresa tem ampla expertise local em desenvolvimento, construção e operação de ativos de energia renovável, tendo conectado 187 MW de capacidade solar e eólica à rede nacional.

Solidificando ainda mais seu compromisso, a European Energy garantiu um contrato de arrendamento de terras de 25 anos com o Porto de Suape para a instalação proposta de metanol verde. Esta instalação será fundamental

“À medida que lideramos a transição para um sistema de energia de baixo carbono, é essencial formar parcerias que gerem impacto genuíno”, disse Jaime Casasus-Bribian, Diretor e Chefe de projetos Power-to-X nas Américas, Península Ibérica e Austrália para a European Energy. “Nossa parceria com a Petrobras é uma dedicação mútua a um futuro sustentável. Ao combinar nossas forças e inovar juntos, estamos nos posicionando como pioneiros na descarbonização dos setores industriais difíceis de abater.”

para dar suporte à transição do Brasil em direção a soluções de energia sustentável, posicionando Pernambuco como líder em tecnologia verde.

A celebração do Acordo de Princípios está alinhada ao Plano Estratégico 2050 e ao Plano de Negócios 2025-2029 (PN 2025-29), que visam preparar a Petrobras para liderar a transição energética justa, reduzindo suas emissões e ampliando a oferta de produtos mais sustentáveis.

Petrobras e mais quatro empresas públicas brasileiras enviam carta com propostas ao G20

A diretora de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, entrega a carta à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, junto com os representantes das outras estatais

Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES e Itaipu Binacional entregaram à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, uma carta com propostas para os chefes de estado que compõem o G20. No documento, as empresas apresentam 32 contribuições relacionadas à transição energética, à reforma da governança global e ao combate à pobreza e à fome, dentre outras. A carta foi entregue ao presidente Lula no encerramento do fórum como parte da Declaração do G20 Social.

O objetivo das empresas líderes de setores estratégicos no Brasil é contribuir para o cumprimento efetivo da agenda global de desenvolvimento sustentável. Com uma atuação conjunta e coordenada, o grupo quer ajudar a promover uma economia regenerativa e equitativa e que

impacte positivamente a população, as cidades e cadeias produtivas brasileiras para uma economia de baixo carbono. Como contribuição, as estatais se comprometem a estabelecer parcerias e relações com empresas socialmente e ambientalmente responsáveis.

O documento reafirma a meta conjunta de impactar positivamente a sociedade brasileira, contribuindo, nos limites de suas atuações, para a ampliação do acesso da população às políticas públicas e para a superação da pobreza e das desigualdades. A importância da troca de conhecimento entre países que enfrentam desafios similares e compartilham da mesma realidade geográfica e climática também é reforçada na carta, assim como as discussões para a justiça climática e a diversidade de povos.

@Divulgação/MDS/RobertaAline

O G20 Social reuniu mais de 47 mil participantes e culminou na entrega da declaração final ao presidente Lula. O documento, elaborado com a contribuição de diversos setores da sociedade, aborda temas cruciais como o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, além da necessidade de uma transição energética justa e da

reforma da governança global.

A declaração final do G20 Social destaca a necessidade de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com a criação de um fundo específico para financiar políticas públicas e programas de combate à fome. O documento defende a soberania alimentar, o acesso democratizado à terra e à água, e a promoção de uma alimentação saudável para todos.

“Este é o momento histórico para mim e para o G20. Ao longo deste ano, o grupo ganhou um terceiro pilar, que se soma ao político e ao financeiro: o pilar social, construído por vocês. Aqui tomou forma a vontade coletiva, motivada pela busca de um mundo mais democrático, mais justo e mais diverso”, afirmou o presidente Lula, ao lembrar que o documento entregue é o começo de um processo, e não o fim.

Petrobras,

Gerdau e Sulgás assinam primeiro contrato para fornecimento de gás natural no mercado livre no Rio Grande do Sul

@Geraldo Falcão/AgênciaPetrobras

Petrobras, Gerdau e Sulgás assinaram contratos para o fornecimento de gás natural no ambiente livre de comercialização, atendendo a unidade de produção de aços especiais em Charqueadas e a planta de produção de aços longos em Sapucaia do Sul, chamada Riograndense, localizadas no Rio Grande do Sul. O acordo marca a primeira migração de um cliente do mercado industrial cativo para o mercado livre no estado gaúcho. Assim, a companhia se torna pioneira na mudança para esse modelo de comercialização no estado, cujas regras foram recentemente aprovadas pela agência reguladora gaúcha (AGERGS) e pelo governo do estado do RS.

“A Gerdau, cuja história centenária se iniciou há mais de 123 anos no Rio Grande do Sul, tem o estado como uma de suas bases para crescimento no longo prazo e este acordo reafirma o compromisso da empresa em fortalecer a competitividade de suas Operações. A nova parceria com

“A ampliação da parceria entre Petrobras e Gerdau no mercado livre de gás, demonstra que o portfólio de venda de gás natural da Petrobras está, a cada dia, mais competitivo e atrativo. Estamos investindo mais de US$ 7 bilhões em novas infraestruturas de ofertas de gás natural além de oferecer diversas opções de contratos flexíveis, adequados às necessidades dos clientes, com diferentes modalidades de prazo e indexadores, contribuindo para a descarbonização e aumento da competitividade da indústria nacional”, afirma o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

a Petrobras, viabilizada pela atuação em distribuição da Sulgás, representa movimento pioneiro e inovador na busca pelo desenvolvimento do mercado livre do gás natural no Rio Grande do Sul, um insumo que acreditamos ser fundamental para a produção e descarbonização do aço nos próximos anos”, afirma Flávia Souza, diretora global de energia e suprimentos da Gerdau.

Para a Sulgás, o mercado livre é positivo para todos os agentes do mercado: os consumidores passam a ter maior liberdade de escolha, os supridores atuam em um mercado mais aberto e competitivo e a distribuidora segue focada em expandir e operar a rede com segurança e excelência, conectando mais consumidores ao sistema, com o propósito de promover o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Apoiar e integrar o mercado livre do gás faz parte dessa jornada.

“O mercado livre de gás natural constitui um avanço do setor no Estado do Rio Grande do Sul, resultado, em grande parte, da atuação da AGERGS a partir de 2021, como novo ator nesse ambiente, responsável pela regulação técnica independente e imparcial. Com isso, a economia gaúcha ganha

“O Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, acompanhou o processo que culminou na migração da Gerdau para o mercado livre de gás natural e entende que essa migração amplia o ambiente de competitividade, trazendo eficiência energética para a indústria. O Rio Grande do Sul, que tem uma matriz energética diversificada, compreende a relação que a suficiência tem com o desenvolvimento econômico”, afirmou a secretária da pasta, Marjorie Kauffmann.

mais competitividade em momento estratégico de reconstrução do Estado”, afirma Luciana Luso de Carvalho, Conselheira-Presidente da AGERGS.

A parceria entre a Petrobras e a Gerdau para o fornecimento de gás natural no ambiente livre de comercialização desse insumo teve início em 2021, com o atendimento da planta de Ouro Branco (MG). Em junho deste ano, as empresas anunciaram a migração da unidade Cosigua, localizada no Rio de Janeiro.

Petrobras inicia operação comercial da UPGN do Complexo de Energias Boaventura

A Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), localizada no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ), já está operando comercialmente com seu primeiro módulo, que tem capacidade de processar 10,5 milhões de m³/dia. Com a partida do segundo módulo, prevista para até o fim deste ano, a capacidade total de processamento será de 21 milhões de m³/dia.

A UPGN do Boaventura vai contribuir para o aumento da oferta do produto para o mercado nacional, reduzindo a dependência de importações. O gás natural escoado para a unidade é um gás

bruto que, após o processamento, gera pelo menos três derivados: Gás Natural (GN); Gás Liquefeito de Petróleo (GLP ou gás de cozinha); e C5+ (matéria-prima na indústria petroquímica e produção de combustíveis).

O gás natural disponibilizado pela Petrobras ao mercado, incluindo o gerado pelo escoamento no Gasoduto Rota 3 e processado na UPGN do Boaventura, compõe um portfólio focado no mercado nacional. Ou seja, o gás natural produzido na unidade recéminaugurada integra a carteira do volume total ofertado pela companhia.

“Além de aumentar a capacidade de escoamento, o Projeto Integrado Rota 3 também traz uma maior flexibilidade para nossas atividades, já que, independentemente do ponto de conexão, o gás dos campos de produção da Bacia de Santos pode ser escoado para as diversas unidades de processamento da companhia, incluindo a nova UPGN do Complexo de Energias Boaventura”, explica a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi.

“A partida comercial da UPGN do Boaventura consagra o início de um projeto integrado com alta complexidade operacional, que vai desde a exploração até a entrega na saída da UPGN, e reafirma o nosso firme propósito de ofertar um maior volume de gás ao mercado nacional. São novas infraestruturas com capacidade de até 18 milhões de m³/dia no escoamento, e até 21 milhões de m³/dia no processamento, contribuindo para o desenvolvimento do país e preservando a sustentabilidade financeira da companhia.”, afirma o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França. O Projeto Integrado Rota 3 faz parte do Sistema Integrado de Escoamento de Gás da Bacia de Santos, responsável pelo escoamento de campos como Tupi, Búzios e Sapinhoá, entre outros.

Em 2023, a Petrobras celebrou mais de 34 contratos de fornecimento de gás natural, após participação vencedora em chamadas públicas de distribuidoras e processos competitivos de consumidores livres, que representaram a venda de mais de 70 bilhões de m³ em contratações com vendas previstas até 2034. Além disso, a Companhia celebrou com diversas empresas instrumentos para avaliação de oportunidades relacionadas à transição energética.

“O início de operação de um projeto tão relevante para o mercado de gás é essencial para o país e para aumentar a competitividade da Petrobras no novo ambiente dinâmico e competitivo do mercado de gás nacional. Reforçamos o nosso portfólio de ativos, investimos no Brasil e vamos conseguir reduzir as importações. Com isso, pudemos oferecer novas condições comerciais aos clientes Petrobras e aumentamos a nossa confiabilidade de fornecimento, que já é de praticamente 100%. Agora vamos com toda a nossa energia e mais o novo gás do Complexo de Energias Boaventura para as distribuidoras e para os clientes da indústria interessados em soluções sustentáveis e competitivas”, completa o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim.

Oportunidade para a Indústria Naval Brasileira

A Petrobras publicou no dia 14/10/2024, na Petronect, a oportunidade 7004319880, relativa à construção da Plataforma P-86 do tipo FPSO que irá operar nos campos de Marlim Leste e Marlim Sul. A Plataforma terá a capacidade de processar 140 mil bbl/d de óleo, 300 mil bbl/d de líquido, 7 milhões de Sm³/dia de gás e tratar e injetar 300 mil bbl/d de água.

O prazo final é 08/04/2025.

VEJA A LISTA COMPLETA AQUI

Petrobras e Yara acordam cooperação técnica e industrialização de ARLA 32

A Petrobras, em continuidade ao Comunicado ao Mercado de 09 de julho de 2024, assinou com a Yara e a Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), subsidiária integral da companhia, dois acordos, em mais uma etapa para construção de uma potencial parceria nos segmentos de fertilizantes e produtos industriais.

O primeiro acordo prevê a comercialização, pela Yara, de Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32) produzido na ANSA, o qual será elaborado utilizando como matéria-prima ureia fornecida pela Yara. Este acordo permitirá a retomada da produção nacional do produto, que atualmente é importado. O processo de industrialização será realizado em paralelo às atividades de retomada integral da operação da fábrica de Araucária.

O segundo é um acordo de cooperação técnica para desenvolvimento de estudos conjuntos nas áreas de fertilizantes e produtos industriais correlatos, bem

como contempla esforços de transição energética vinculados a projetos de descarbonização e produção de fertilizantes renováveis e de baixa intensidade de carbono. Essa cooperação científica, tecnológica e operacional tem por objetivo atingir uma maior eficiência produtiva e aumento da oferta desses produtos no mercado.

Conforme comunicados divulgados ao mercado em 6 de junho e 15 de agosto de 2024, a Petrobras investirá R$ 870 milhões para o retorno das atividades operacionais da ANSA. A fábrica, localizada no Paraná, está hibernada desde 2020 e teve o retorno das suas atividades operacionais aprovado em junho de 2024. A previsão é de que a fábrica volte a operar em maio de 2025, num esforço de antecipação da previsão inicial. As atividades de desibernação e retomada estão sendo realizadas diretamente pela Petrobras e ANSA.

@Michel Chedid/Agência Petrobras Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA)

PBio e BB juntas para fortalecer produção de biocombustíveis

A Petrobras Biocombustível (PBio), subsidiária integral da Petrobras, e o Banco do Brasil (BB) assinaram, durante a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, acordo de cooperação técnica para identificar iniciativas voltadas à promoção de biocombustíveis e fontes de energia renovável, incluindo a aquisição de insumos de fornecedores e de cooperativas de pequenos produtores. A vigência do acordo será de cinco anos.

“O acordo entre a BB e PBIO é uma iniciativa importante para identificar sinergias no segmento de biocombustíveis. O BB tem soluções de apoio e financiamento para a cadeia produtiva do biodiesel e atua junto a empresas agroindustriais e cooperativas de agricultura familiar; a PBIO tem relevante expertise e atuação na produção e comercialização de biodiesel e está entrando em nova etapa, sua atuação deve ser potencializada considerando novas oportunidades de negócios abertas pela transição energética justa”, disse o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

“O desenvolvimento de novas cadeias de suprimento de matérias primas, com inclusão social, é um dos pilares da nossa estratégia.

O acordo com o BB nos permite avançar com mais robustez e velocidade nesse processo”, afirma o Presidente da PBIO, Alex Gasparetto.

A cooperação ainda tem o objetivo de avaliar oportunidades de desenvolvimento na cadeia de negócios dos biocombustíveis, estimulando a atuação sustentável em todo o ciclo produtivo dessa energia renovável, com responsabilidade ambiental, social e econômica.Para o BB, a assinatura deve contribuir para o compromisso brasileiro de alcançar as metas de sustentabilidade do setor energético e alinhadas com os objetivos globais para a transição para uma economia de baixo carbono.

“Nos últimos dois anos somamos R$ 36 bilhões em captações externas para projetos de bioeconomia, transição energética e agricultura sustentável, por exemplo. São investimentos que transformam a vida de quem produz matérias-primas e insumos importantes para os mais diversos setores da economia. Tudo isso respeitando os nossos povos tradicionais e os biomas brasileiros”, disse a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

Petrobras e BNDES fazem nova

parceria para restauração ecológica na Amazônia

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, assinaram o protocolo de intenções do Restaura Amazônia, programa de restauração ecológica com geração de emprego e renda na Amazônia Legal. A nova parceria prevê o investimento de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos, sendo R$ 50 milhões do Fundo Amazônia.

A Petrobras e o BNDES aportarão recursos de forma conjunta para ampliar o impacto dos projetos selecionados em editais e restaurar em torno de 15 mil hectares de vegetação nativa. O programa atua nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão, alcançando territórios estratégicos, como o chamado Arco do Desmatamento, visando a transformálo no Arco da Restauração. O primeiro desses editais será publicado ainda este ano.

“A Petrobras apoia projetos de conservação, restauração e uso sustentável de florestas e outros ecossistemas. Esses projetos são reconhecidos por utilizar soluções baseadas na natureza com foco na mitigação das mudanças do clima e aumento da resiliência climática. Estamos usando toda essa experiência para contribuir no financiamento de outros projetos com foco no bioma amazônico”, afirma a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacando que as Soluções Baseadas na Natureza visam não só à conservação da biodiversidade, mas também transformações sociais positivas nas comunidades envolvidas.

O Restaura Amazônia conta com a parceria do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e contribuirá para a contenção do desmatamento e a conservação da biodiversidade em terras indígenas, territórios de povos

e comunidades tradicionais, unidades de conservação, áreas públicas não destinadas e APPs e reserva legal de áreas de assentamento e de pequenas propriedades rurais.

“Essa iniciativa traz benefícios tanto para a mitigação da mudança climática quanto para as comunidades locais, estruturando a cadeia de restauração e gerando renda e emprego no próprio território. Além de criar um cinturão de proteção para conter o avanço do desmatamento, restaurar as florestas é a forma mais eficiente e barata de promover a captura de carbono, com escala”, explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Entre os benefícios esperados com o Restaura Amazônia estão a preservação da biodiversidade, disponibilidade de recursos hídricos, redução da erosão, melhoria do microclima, remoção de dióxido de carbono da atmosfera, além de geração de empregos e renda. O programa também contribui para a implementação do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), com o fortalecimento da cadeia produtiva da recuperação, atração de investimentos e uma consolidação de um sistema de monitoramento.

Com o Restaura Amazônia, o governo federal começou a desenvolver esse amplo arco florestal de 6 milhões de hectares, retirando 1,65 bilhão de toneladas de CO2 até 2030, e alcançando 24 milhões de hectares até 2050 – uma área superior ao estado de São Paulo.

Além da assinatura do protocolo de intenções do Restaura Amazônia, a Petrobras e o BNDES também anunciaram projetos selecionados para restauração

de biomas no edital Corredores de Biodiversidade, da iniciativa Floresta Viva, que contará com investimentos de R$ 58,6 milhões das duas empresas nos próximos cinco anos.

Foram selecionados 12 projetos de restauração ecológica com área total de 2.744 hectares e fortalecimento da cadeia produtiva da restauração em sete corredores de biodiversidade para a conservação do Cerrado e do Pantanal. Os projetos vão atuar nos estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso Sul, alguns em áreas que sofreram com impacto de período de estiagem e fogo.

O FUNBIO, parceiro gestor do Floresta Viva, foi responsável pela condução e operacionalização do edital. Os projetos contemplados foram: Sementes do Cerrado (DF, MG e GO); Restaura (MT); Veredas do Acari (MG); Restauração Ecológica e Café (MG); Cerradão: Conservação e Restauração (GO); Conectar (MG); Comunidades Gerais (MG e BA); Caminhos das Nascentes (MS); Canastra Viva (MG); Floresta Viva Sertão Veredas-Peruaçu (MG); Biodiversidade e Cadeias Produtivas (GO); Elo das Águas (DF).

Esses projetos estão em regiões estratégicas do bioma Cerrado e da Bacia do Alto Paraguai, importante para a conservação do Cerrado e do Pantanal. A expectativa é que os projetos tenham impacto positivo no fortalecimento de políticas públicas relacionadas à conservação, restauração e manejo integrado do fogo além de favorecer o envolvimento dos atores locais e o fortalecimento da cadeia da restauração de forma efetiva e socialmente integrada,

com geração de emprego e renda.

O Floresta Viva é uma iniciativa do BNDES que, por meio de matchfunding, totaliza um investimento de mais de R$ 500 milhões em projetos de soluções baseadas na natureza. A iniciativa visa não apenas à restauração ecológica, mas também o estímulo à economia local e à promoção do desenvolvimento sustentável nos ecossistemas manguezal, cerrado e pantanal. Além deste edital, a Petrobras o BNDES também lançaram um edital1 para recuperação de áreas de manguezais no valor de R$ 47 milhões, por meio do qual foram selecionados oito projetos entre o Norte e Sudeste do Brasil.

Considerando o edital Corredores de Biodiversidade e o edital Manguezais do Brasil, a parceria entre BNDES e Petrobras na iniciativa Floresta Viva totalizou investimentos de mais de R$ 100 milhões para apoio a 20 projetos de restauração ecológica em biomas essenciais para a preservação ambiental no país.

Além dos investimentos em parceria com o BNDES, a Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, apoia nove projetos na região da Amazônia Legal, nas linhas de Educação e Floresta e Clima. O investimento total nesses projetos é de R$ 62 milhões.

@Floresta Viva

Plano de Negócios 2025-2029 prevê investimentos de US$ 111 bilhões

O Plano Estratégico 2050 (PE 2050) e o Plano de Negócios 2025-2029 (PN 2025-29) aprovados pelo Conselho de Administração foram apresentados pela diretoria da Petrobras.

O Plano Estratégico 2050 preserva a visão da companhia de ser a melhor empresa diversificada e integrada de energia na geração de valor, construindo um mundo mais sustentável, conciliando o foco em óleo e gás com a diversificação em negócios de baixo carbono (inclusive produtos petroquímicos, fertilizantes e biocombustíveis), sustentabilidade, segurança, respeito ao meio ambiente e atenção total às pessoas.

No horizonte do PN 2025-29, a Petrobras prevê investimentos de US$ 111 bilhões, sendo US$ 98 bilhões na Carteira de Projetos em Implantação e US$ 13 bilhões na Carteira de Projetos em Avaliação, composta por oportunidades com menor grau de maturidade e sujeitas a estudos adicionais de financiabilidade antes do início da execução. O investimento total previsto para os próximos cinco anos é 9% superior ao volume previsto no PE 2024-28.

A Petrobras possui a vantagem competitiva de ter uma produção de petróleo com baixo custo e uma das menores intensidades de carbono do mundo. Essas condições permitem

conciliar a liderança na transição energética justa com a exploração responsável de óleo e gás no país, de forma a manter o patamar de produção futuro próximo ao atual. Assim, o planejamento da Petrobras incorpora a ambição de que a empresa deve manter sua relevância atual no fornecimento de energia e no desenvolvimento econômico do Brasil, passando de 4,3 exajoules (EJ) em 2022 para 6,8 EJ em 2050, mantendo a representatividade da Petrobras em 31% da oferta primária de energia do Brasil. Além disso, a Petrobras reafirma a ambição de neutralizar suas emissões operacionais até 2050.

No quinquênio de 2025 a 2029, a companhia concentrará seus esforços no aproveitamento destas oportunidades do mercado de óleo e gás, com foco em reposição de reservas, na produção crescente com menor pegada de carbono e na ampliação da oferta de produtos mais sustentáveis e de maior qualidade no seu portfólio.

Sob a ótica financeira, a prioridade é uma estrutura de capital mais adequada, flexível e eficiente, com geração de caixa superior aos investimentos e obrigações financeiras, mantendo a sólida governança de aprovação de projetos, que garante a realização de investimentos rentáveis e aprovados somente com valor presente líquido (VPL) positivo em cenário de robustez. Com projetos de alto retorno, a companhia visa assegurar a distribuição do valor gerado para a sociedade, por meio de dividendos e tributos.

Distribuição anual dos investimentos (CAPEX) da Carteira em Implantação

* Projetos sancionados são aqueles com autorização para dispêndios.

Exploração e Produção (E&P)

Com investimentos totais de US$ 77,3 bilhões previstos para o quinquênio do Plano (5% superiores ao plano anterior), o segmento de Exploração e Produção (E&P) destina cerca de 60% para os ativos do pré-sal, consolidando uma grande fase de investimentos nessa província e reforçando seu diferencial competitivo, por meio de uma produção de petróleo de melhor qualidade, com baixos custos e menores emissões de gases de efeito estufa. Ao mesmo tempo, a companhia mantém grandes projetos de revitalização (REVITs), buscando aumentar os fatores de recuperação em campos maduros, especialmente na Bacia de Campos.

São projetos que se destacam pela dupla resiliência (econômica e ambiental) e alto valor econômico, compondo um portfólio viável a cenários de baixos preços de petróleo no longo prazo, com Brent de equilíbrio prospectivo, em média, de US$ 28 por barril e intensidade de carbono de até 15 kgCO2e por barril de óleo equivalente no quinquênio. A companhia também prevê uma média

do Custo Total do Petróleo Produzido (CTPP)- que inclui custo de extração, participações governamentais e depreciação e depleção - de US$ 36,5/ boe durante esse período, considerando participações governamentais de acordo com o Brent médio estimado como premissa do planejamento.

Serão implantados 10 novos sistemas de produção até 2029, utilizando tecnologias de última geração que permitem mais eficiência e menores emissões, sendo que nove já estão contratadas. Além disso, há cinco projetos em implantação para além de 2029 e mais seis projetos em estudo. A Petrobras é a operadora de todos esses projetos, com exceção do Raia que é operado pela Equinor.

Carteira de novos sistemas de produção

Com este Plano, a Petrobras projeta atingir a produção total de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boed), sendo 2,5 milhões de barris de óleo por dia (bpd). Para o acompanhamento do Plano, considerase uma margem de variação de ±4%.

Curva de Produção 2025-2029

Para fazer frente aos desafios de reposição de reservas, a Petrobras aumentou os investimentos em atividades exploratórias, totalizando um CAPEX de US$ 7,9 bilhões no quinquênio (5% superior ao plano anterior).

Em paralelo, o Plano proposto também inclui projetos que visam aumentar a disponibilidade de gás e um olhar mais atento para os ativos maduros, com o objetivo de avaliar as possibilidades de prolongamento da vida produtiva desses ativos e seus sistemas de produção e, em último caso, iniciar as atividades de descomissionamento, seguindo as melhores práticas de sustentabilidade na destinação de ativos em final de ciclo de vida. A destinação sustentável de equipamentos e abandono de poços demandarão dispêndios de US$ 9,9 bilhões nos próximos cinco anos.

Refino, Transporte e Comercialização + Petroquímica e Fertilizantes (RTC)

O PN 2025-29 destina US$ 19,6 bilhões em investimentos totais no segmento de Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC), representando um aumento de 17% em

relação ao plano anterior.

Os investimentos em refino visam, principalmente, a aumentar a capacidade do parque da Petrobras, ampliando a oferta de produtos de alta qualidade, como Diesel S10 e lubrificantes, e de combustíveis de baixo carbono. Também buscam melhorar a eficiência das unidades avançando na descarbonização das operações e no aumento da disponibilidade operacional.

Com os projetos na carteira RTC do Plano, planeja-se aumentar a capacidade de destilação de 1.813 mil barris por dia (bpd) para 2.105 mil bpd, com destaque para os projetos da RNEST, que incluem revamp (ampliação) do Trem 1 e conclusão do Trem 2.

A Petrobras aumentará a capacidade de produção de Diesel S10 em 290 mil bpd em seu parque de refino, considerando os projetos da Carteira de Implantação, e contará com sua primeira unidade de lubrificantes Grupo II (mais modernos), com capacidade de 12 mil bpd até 2029. Além disso, com projetos na Carteira de Avaliação, há potencial de adicionar capacidade de produção de Diesel S10 em mais 70 mil bpd para além de 2029. No âmbito do programa BioRefino, a companhia planeja ofertar produtos de baixo carbono, com menor emissão de gases de efeito estufa (GEE), sendo protagonista na transição energética e atendendo a demanda crescente por renováveis. Por meio do programa, a Petrobras ampliará sua capacidade de produção do Diesel R5 (com 5% de conteúdo renovável), por rota de coprocessamento, integrado com as operações de algumas unidades de seu parque de refino.

Há ainda outros projetos e estudos

envolvendo biocombustíveis produzidos por diferentes rotas tecnológicas, com destaque para plantas dedicadas de Bioquerosene de Aviação - BioQav (SAF) e Diesel 100% renovável (HVO) via rota HEFA (Hydroprocessed Esters and Fat Acids), além de estudos de ATJ (Alcohol to Jet), rota para produção de SAF através do processamento de etanol. Também estão em avaliação projetos de biorrefino em parceria com a Refinaria Riograndense e com a Acelen. Os principais investimentos de Comercialização e Logística focam na remoção de gargalos logísticos e na expansão da atuação em mercados estratégicos. Destacam-se a iniciativa de construção de 16 novos navios de cabotagem e a implantação de projetos logísticos para aumentar a presença em mercados em crescimento, como, por exemplo, investimentos no Terminal Aquaviário do Porto de Santos e a construção de novo duto de combustíveis claros para abastecimento do CentroOeste.

Adicionalmente, há a retomada de atividades nos segmentos de Fertilizantes, com investimentos que totalizam, no quinquênio, US$ 900 milhões em projetos como a retomada da construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), em Três Lagoas (MS), e a reativação da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), em Araucária (PR).

No segmento de Petroquímica, serão conduzidos estudos para oportunidades de negócios em sinergia com o Refino.

Gás Natural e Energias de Baixo Carbono

Os projetos de Gás Natural e Energia (G&E) receberão investimentos totais de

US$ 2,6 bilhões, mantendo as iniciativas previstas no plano anterior com foco na confiabilidade e disponibilidade dos seus ativos para assegurar a competitividade na operação e comercialização de gás e energia, além de incluir projetos para redução das emissões e iniciativas para a inserção de fontes renováveis.

O PN 2025-29 considera o desenvolvimento de duas usinas termelétricas (UTEs) no Complexo de Energia Boaventura, em Itaboraí (RJ), sendo a implementação desses projetos condicionada ao sucesso em leilões futuros de reserva de capacidade de energia.

Quanto às Energias de Baixo Carbono (escopo 3), o Plano aprovado contempla projetos e estudos nos segmentos de geração renovável onshore (eólica/ solar); bioprodutos (etanol, biodiesel e biometano); hidrogênio de baixo carbono; captura, transporte e armazenamento de carbono (CCUS) e outros.

Transição energética

Levando em conta todas as iniciativas de baixo carbono (escopos 1, 2 e 3), o investimento totaliza US$ 16,3 bilhões em transição energética, englobando, além dos projetos em Energias de Baixo Carbono, projetos para descarbonização das operações e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que permeia todos os segmentos. Esse volume representa 15% do CAPEX total previsto para o quinquênio (contra 11% no plano anterior) e um aumento de 42% em relação ao plano anterior.

Investimentos em transição energética

A atuação em negócios de baixo carbono visa à diversificação rentável do

portfólio, promovendo a perenização da Petrobras. No que se refere a projetos em geração renovável, a companhia buscará atuar preferencialmente em parceria com empresas de grande porte do setor, com o objetivo de descarbonização das operações, integração da carteira de soluções de baixo carbono e captura de oportunidades de mercado no Brasil. Em relação aos bioprodutos, que incluem as cadeias de etanol, biodiesel e biometano, a Petrobras buscará ingressar nos segmentos preferencialmente por meio de parcerias estratégicas minoritárias ou com controle compartilhado, com players relevantes do setor.

No CAPEX total de transição energética, a companhia conta também com o Programa Petrobras Carbono Neutro e com um fundo de descarbonização, com orçamento de US$ 1,3 bilhão para o período de 2025 a 2029, com a finalidade de financiar soluções de descarbonização selecionadas por seu potencial de redução de emissões, considerando custo e impacto em mitigação de carbono. Além dos esforços de redução intrínseca, a Petrobras prevê, como ferramenta complementar, o uso de compensação por crédito de carbono de qualidade para reduzir suas emissões totais, ampliando a contribuição para a manutenção de florestas de pé e o restauro de ecossistemas.

Estão sendo mantidos para o PN

2025-29 os seis compromissos de descarbonização (escopos 1 e 2) propostos no plano anterior, a saber:

- Redução das emissões absolutas operacionais totais em 30% até 2030 em relação a 2015

- Zero queima de rotina em flare até 2030

- Reinjeção de 80 milhões tCO2 até 2025 em projetos de CCUS

- Intensidade do portfólio de 15 kgCO2e/boe até 2025, mantida em 15 kgCO2e/boe até 2030 (E&P)

- Intensidade de 36 kgCO2e/CWT até 2025 e 30 kgCO2e/CWT até 2030 (Refino)

- Redução da intensidade de emissões de metano no segmento upstream até 2025, atingindo 0,25 t CH4/mil tHC e atingindo 0,20 t CH4/mil tHC em 2030

No que se refere às ambições associadas à redução da pegada de carbono, destacam-se a busca pela neutralidade das emissões operacionais até 2050, a meta “Near Zero Methane 2030” e o crescimento líquido neutro até 2030, não ultrapassando patamar de emissões de 2022 (40% de redução desde 2015), mesmo com o aumento de produção e atividades previstas no PN 2025-29.

Financiabilidade

O estudo de financiabilidade do PN 2025-29 resultou na consolidação de uma estrutura de capital mais eficiente, com maior flexibilidade e baixa alavancagem em cenários desafiadores.

O limite da dívida bruta foi revisado para US$ 75 bilhões no PN 2025-29, após análise da estrutura de capital mais adequada para a empresa, sendo aderente à minimização do custo de capital, aos riscos do fluxo de caixa e a uma gestão eficiente de caixa e liquidez.

O aumento do teto da dívida considera métricas de alavancagem robustas, mesmo em cenários de baixos preços do Brent, além de proporcionar maior flexibilidade em relação à crescente relevância dos afretamentos na dívida bruta.

O fluxo de caixa livre robusto permite estimativa de sólidos dividendos, projetando US$ 45 a 55 bilhões de dividendos ordinários no cenário-base, com flexibilidade para pagamentos extraordinários.

Consolidação das Fontes e Usos (faixas com visão da Carteira Total)

Destaca-se que o PN 2025-29 considera, entre as premissas para a financiabilidade, a geração de caixa superior aos investimentos e obrigações financeiras; caixa mínimo de US$ 6 bilhões; intervalo de referência da dívida bruta de US$ 55 bilhões a US$ 75 bilhões, com convergência no patamar de US$ 65 milhões; e pagamento de dividendos conforme a Política de Remuneração aos Acionistas vigente.

Em essência, o PE 2050 e o PN 202529 demonstram o compromisso da Petrobras em conciliar a liderança na transição energética justa com a exploração e produção de óleo e gás. Com aumento dos investimentos em transição energética e a diversificação do portfólio, de forma responsável e rentável, a companhia está se preparando para as rotas dessa transição. O PE 2050 apresenta a trajetória que a Petrobras percorrerá como empresa líder na transição energética justa, reduzindo suas emissões, mantendo sua participação na oferta de energia no Brasil e com papel crescente das energias renováveis em seu

portfólio, contribuindo para a segurança energética do país. A mobilização de recursos da companhia e sua capacidade técnica, além do ecossistema de inovação e parcerias, visam desenvolver soluções que beneficiem tanto a Petrobras quanto a sociedade brasileira, gerando um efeito multiplicador na economia e no país. A Petrobras prosseguirá trabalhando com segurança, responsabilidade financeira, ética, transparência e respeito às pessoas e ao meio ambiente, investindo no presente para construir um futuro sustentável, gerando empregos, pagando tributos e distribuindo os seus ganhos para a sociedade e seus acionistas.

1 Inclui pagamentos contingentes, diferidos e desinvestimentos

2 Captação de financiamentos, líquidos de amortizações

3 Investimentos totais

4 Inclui os dividendos extraordinários declarados em 21/11/2024

5 Aumentos nos leasings devido, principalmente, a valores incluídos na geração de caixa operacional e no fluxo de caixa de investimentos no plano anterior

ROG.E: Muito mais que óleo e gás

No maior evento do setor na América Latina, lideranças destacam posição do Brasil no cenário global de energia

A ROG.e, nova identidade da Rio Oil & Gas Expo, do IBP- Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás – rebranding que busca englobar as novas fontes de energia - , recebeu mais de 76 mil visitantes e 6 mil congressistas que participaram de mais de 600 horas de conteúdo e 778 trabalhos técnicos apresentados, e puderam conhecer melhor 630 empresas expositoras.

O evento mostrou ao mundo que a convivência entre as diferentes fontes de energia é um caminho estratégico para a transição energética justa e sustentável. Mais de um quarto dos trabalhos técnicos apresentados são voltados para temáticas relacionadas à descarbonização, sustentabilidade e diversidade e inclusão. “Somos atores importantes no processo de evolução energética, que prevê segurança, disponibilidade, pluralidade e inclusão e a ROG.e é uma jornada de conhecimento, troca de informações e negócios, que mostra como o setor de

óleo e gás e energia está comprometido com a descarbonização da economia” afirmou, na abertura do evento, o presidente do IBP, Roberto Ardenghy.

“O Brasil é exemplo mundial com sua matriz plural, somos exemplos em hidroeletricidade, eólica, solar, um celeiro de energias limpas. Além disso, nossa indústria de óleo e gás é pujante e plural. Estamos recuperando campos

Na ROGe, Silveira assinou a portaria que institui o programa ‘Potencializa E&P’

que estavam em declínio e, por isso, lançamos o Potencializa E&P, para o fortalecimento de campos maduros, gerando emprego e renda,” disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacando a importância do setor de óleo e gás para a segurança energética e o desenvolvimento da economia.

A importância das atividades de exploração e produção para a reposição de reservas foi reforçada pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, assim como o papel de vanguarda do Brasil no processo de transição energética. “Vamos discutir projetos de petróleo de forma segura e responsável, para reposição de reservas, trabalhando na possibilidade de produção de óleo e gás na costa do Amapá. Outro ponto importante é que, enquanto o mundo aspira alcançar 39% da matriz de energia renovável em 2050, o Brasil já atingiu e aspira chegar a 64%”.

O secretário-geral da OPEP, Haitham Al-Ghais, elogiou a posição do Brasil na liderança da matriz energética limpa e confirmou o compromisso da organização com a diversificação de fontes e a segurança energética. “A OPEP apoia todas as fontes de energia em um contexto que exige compreensão sobre três pontos fundamentais: segurança energética, acessibilidade justa e redução de emissões.”

Rodolfo Saboia, diretor-geral da ANP, apontou a relevância estratégica da indústria brasileira de óleo e gás para o país e sua importância no processo de transição energética.

O CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, falou no “Strategic Talks” que a missão da companhia é produzir mais energia com menos emissões. “Queremos crescer no mercado de gás, de eletricidade e de outras fontes de energia. Fazemos um trabalho com a Petrobras para produção de petróleo e gás reduzindo a cada projeto a emissões de carbono. Já a energia dos ventos como fonte limpa e renovável vem se tornando uma aliada na redução de emissões e no combate às mudanças climáticas.”

No iUP Innovation Connections, evento paralelo à ROG.e 2024, Maiza Pimenta Goulart, gerente-executiva do Cenpes - Centro de Pesquisa Petrobras, ressaltou a importância do ecossistema de inovação dentro da empresa, área que receberá investimentos de R$ 3,6 bilhões em P&DI, com projetos que incluem soluções de descarbonização e novas energias. Ela destacou que, desde 2019, o Cenpes realiza o “Conexões para a Inovação”, programa que busca soluções

no mercado para os maiores desafios da corporação, por meio do seu módulo para Startups e desde então, já foram assinados contratos com o valor de R$ 1,8 bilhão.

Com Moderação de Claudio Makarovsky (Microsoft), Ana Domingues (EY), Daniel Moura (PixForce), Rafael Valladares (Repsol) e Edson Bouer (Accenture) brilharam na discussão sobre ‘aplicação da AI para transformação da indústria de energia’.

Ana mostrou um panorama da adoção de IA por empresas de energia, os desafios e as diversas jornadas enfrentadas para impulsionar essa tecnologia que pode desbloquear valor genuíno e tornar as estratégias mais

eficazes e adaptadas a cada situação única. Edson Bouer afirmou que “a transformação da indústria de Oil & Gas está sendo impulsionada pela revolução da inteligência artificial e das tecnologias de GenAI. Aplicações como modelagem generativa de subsuperfície, design de instalações e otimização de produção estão ampliando a produtividade, resolvendo problemas complexos e redefinindo o futuro do setor, com escala e impacto sem precedentes. As tendências emergentes em inteligência artificial, como o uso de GenAI, estão remodelando a forma como a indústria de Oil & Gas opera. Desde a criação de estratégias de hedging mais inteligentes até o planejamento de portfólios otimizados e campanhas personalizadas para clientes, essas inovações estão colocando dados e tecnologia no centro da reinvenção e liderança de mercado. Rafael contou um pouco sobre a aplicação no Brasil da IA pela Repsol e Daniel Moura explicou o desenvolvimento das tecnologias inteligentes da PixForce. Makarovsky lembrou que já em 2016 a diretora de pesquisa e desenvolvimento da Shell no Brasil dizia que transformação digital e as tecnologias envolvidas na Indústria 4.0 não tinham nada de novo, já estavam ali: conectividade, banda, processamento em nuvem, etc. O que que ‘acelerou’ a confiança do setor para aplicar Inteligência Artificial de maneira mais intensiva foi a vivência no dia a dia. “As coisas mudaram muito, evoluíram de forma exponencial. Ou seja, o que aconteceu nos últimos dois anos não tinha acontecido nos 20 anteriores. A nossa indústria de automação já usa inteligência artificial há mais de 30 anos: as famosas redes neurais, algoritmo

de machine learning super utilizado. Estamos resgatando essas práticas com nomes bonitos. Mas uma coisa que está acontecendo e precisa de atenção é falta a de mão de obra especializada”.

Nas seções de poster, destaque para Guilherme Neves que apresentou um trabalho focado em resolver uma dor que toda indústria tem, a questão da análise de risco da cibersegurança para área industrial. Com a segurança operacional complexa é necessário imaginar cenários; levantar vulnerabilidades, estatísticas de incidentes e de ataques cibernéticos - que nem sempre estão disponíveis. Também existe uma dificuldade de se criar um critério que seja relevante e alinhado com o perfil de risco da organização. Aí tem-se duas vertentes de risco dentro da organização: uma é a própria cultura organizacional e seu apetite ao risco, e a outra é a regulação e legislação que obriga você a tomar ações de mitigação de rede. Então, existem janelas de risco e elas são intermináveis e repetitivas se consideramos o número de ativos que uma planta possui. Para que a tarefa não se torne ‘infinita’, Guilherme desenvolveu uma metodologia, com uma árvore de decisão para tomar decisões assertivas e rápidas. Primeiro, sobre o que deve ser avaliado – os ativos críticos da empresa cujas regras subjetivas Guilherme

sistematizou em forma de árvore de decisão que seguido, aponta sabe se o ativo analisado é um sistema que deve ser considerado ou não na análise de risco. A segunda etapa é criar uma matriz de risco com a severidade dos impactos de um incidente. Considerar a severidade, por exemplo, que um incidente pode provocar em perda de tempo, morte intramuros ou extramuros, um desastre ambiental e outros impactos e então graduar sua severidade e probabilidade de ocorrência – tudo isso alinhado com o ciclo de vida do ativo. Guilherme divide ainda uma das principais ações para mitigação do risco cibernético que é a segregação de rede - separando a rede em zonas e conduítes como cita a Norma IEC 62443, que também é um critério subjetivo. Então, Guilherme sistematizou os critérios para elaboração de zonas e conduítes, com trava de decisão e outros requisitos mais comuns que indicam uma primeira segregação já pronta e ainda acrescenta uma forma e associar o risco da matriz de risco com o nível de segurança desejado. Então, dependendo do nível de risco, é sugerido um nível

de segurança alvo de acordo com a norma do Security Level Target 1 a 4 . Ou seja, elabora-se um critério para que se defina, baseado no risco, qual o nível de proteção que se deve ter. O trabalho é basicamente uma metodologia que ajuda na tomada de decisão, tornando mais simples e eficiente a análise de risco e o desenho da arquitetura segregada em zonas e conduítes para plantas industriais.

World Oil Outlook 2050

Roberto Ardenghy, presidente do IBP, e Haitham Al Ghais, secretário geral da OPEP, assinaram um termo de cooperação entre as duas entidades durante a ROG.e. O acordo prevê que as duas entidades, que se dedicam à pesquisa, ao mercado e a grandes tendências mundiais, tenham um convênio de cooperação visando possibilitar troca de informações e possibilidade de realizar treinamentos na sede da OPEP.

Durante a sessão especial, foi lançado

pela OPEP o World Oil Outlook 2050. O relatório é uma referência no mercado de óleo, gás e energia. É a primeira vez que o relatório é lançado fora da sede da OPEP, localizada em Viena, na Áustria.

“O crescimento da demanda de energia e petróleo encontra-se, especialmente, no mundo em desenvolvimento, impulsionado pelo crescimento da população, expansão da classe média e rápida urbanização. Bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a serviço de energia. Precisamos alcançar os princípios básicos de energia, que outros consideram garantidos, como acender uma luz, cozinhar em um fogão limpo, ter transporte para se deslocar. E nosso Outlook procura lançar luz sobre essas questões e contextualizar um futuro em que vemos a demanda pela energia global crescer”, comentou AL-Ghais.

@Equipe Cris Vicente/IBP

Jovens do setor

O pavilhão IUP Innovations Connections, foi um show à parte, onde se encontraram mais de 80 palestrantes, 2 palcos de programação, 45 startups em exposição, mais de 300 conexões de negócios geradas entre startups e empresas do setor, por meio das sessões de speed dating; competição acadêmica com 26 equipes de estudantes de diversas Universidades do Brasil e vários lançamentos, como o Programa NAVE; lançamento do Radar de Tendênciasum produto iUP + BIP Consulting; e o livro “A Inovação no Brasil desafios e Oportunidades”, uma iniciativa ANPEI.

As mulheres brilham no setor de energia

Em evento paralelo, aconteceu a assinatura do PACTO PELA EQUIDADE DE GÊNERO NA INDÚSTRIA DE ENERGIA ( 23/09/24) uma iniciativa do “Sim, Elas Existem”, coordenada por Renata Isfer, Agnes da Costa e Fernanda Delgado, com 18 iniciativas pela equidade de gênero nos mais diferentes setores da indústria. Um passo fundamental para promover a colaboração mútua para o desenvolvimento e a execução conjunta de programas e projetos, além do intercâmbio de práticas estruturadas que visem à inclusão, à diversidade, ao fortalecimento da presença e à liderança das mulheres nos setores de energia no Brasil.

Foram entregues premiações à profissionais que se destacaram no setor. Heloisa Borges (EPE) recebeu o prêmio de Personalidade do Ano na luta pela equidade de gênero na indústria de energia. Respeitada pelo setor de energia, o respeito pela vida e a igualdade que Heloisa traz para o setor é algo vivido pela família inteira – da pequena ao mais velho – como valor fundamental.

O “Sim, elas existem”, premiou, Denise Santos como Voz da Diversidade, Thiago Barral pelos esforços de He for She e a Petrobras pela Diversidade Corporativa.

A iniciativa “Sim, Elas Existem” parte do reconhecimento do papel fundamental das mulheres para impulsionar a inovação e a sustentabilidade no setor. O grupo acredita que para se alcançar uma transição energética eficaz e justa, é essencial ampliar a equidade, diversidade e inclusão. Somente assim se pode construir um futuro mais resiliente e dinâmico, onde diferentes perspectivas se unam em prol de soluções criativas e eficazes.

No jantar “Mulheres na Transição Energética” foi lançado o manifesto elaborado pelo GT de Empoderamento das Mulheres do G20, uma parceria entre o Ministério de Minas e Energia, Itaipu Binacional e Ministério das Mulheres e ainda durante a ROGe, no Fórum de Diversidade, Equidade & Inclusão (DE&I) aconteceu o lançamento do projeto “O Mar também é delas”, que busca ampliar a participação feminina em postos de trabalho do setor de óleo e gás offshore.

A iniciativa – que tem o apoio da Petrobras, Shell, TotalEnergies, Equinor, Ocyan, Subsea7, Slb e Capco – contará com uma pesquisa, a partir de outubro, para entender a realidade, o dia a dia e a percepção das mulheres que trabalham embarcadas.

Os resultados da pesquisa servirão de insumo para um grupo de trabalho, que será criado para propor ações orientadas à melhoria nas condições de trabalho e igualdade de oportunidades. A partir das ações propostas pelo grupo, as empresas signatárias assinarão um Pacto pela Diversidade no Trabalho Offshore como forma de compromisso. O projeto prevê, ainda, o prêmio “O Mar Também é Delas” para dar visibilidade às mulheres que se destacam no segmento e possam servir de inspiração e estímulo a outras profissionais.

Desenvolvimento de biocombustíveis

O desenvolvimento de biocombustíveis no processo de evolução energética da indústria ganhou evidência em painel desta quinta-feira. O programa BioRefino, da Petrobras, foi apresentado pela gerente executiva do Cenpes, Maíza Pimenta Goulart, como uma iniciativa bem-sucedida, com investimento de US$ 1,5 bilhão na produção de combustíveis mais sustentáveis voltados para setores com alto índice de emissões de CO2, como o rodoviário para veículos pesados, aéreo e marítimo.

“O desenvolvimento de novas tecnologias e biocombustíveis no Cenpes, maior centro de pesquisas da América Latina, se deve principalmente à capacidade de mais de 9 mil pesquisadores a serviço de produtos de baixo carbono”, afirmou a executiva. De acordo com ela, em 2023, a Petrobras investiu R$ 145 milhões em parcerias com universidades e centros de pesquisa e empresas e outros

R$ 522 milhões em atividades de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) em produtos de baixo carbono.

Destaque para o Eteno Verde, cujos testes em escala industrial para produzir uma corrente de Hidrocarbonetos Leves de Refinaria (HLR), rica em eteno, com conteúdo renovável, foram concluídos este ano. Realizado em parceria com a Braskem, o projeto desenvolveu uma potencial matéria-prima renovável para a indústria química.

Outro destaque foi a primeira operação de FCC com carga 100% renovável da Biorrefinaria Riograndense, com tecnologia do Cenpes/Petrobras. “Nosso projeto materializa o conceito da transição energética. Na primeira fase (até 2025), na produção de químicos sustentáveis (bio-GLP, óleo leve, óleo clarificado, bio-BTX); na segunda fase (até 2028), com biocombustíveis avançados (SAF – combustível sustentável de

@AgênciaPetrobras/Armando Paiva

aviação; diesel renovável e nafta verde); e na terceira fase (potencial para futuro), com biocombustíveis sintéticos (e-SAF e e-methanol)”, detalhou Felipe Jorge, diretor superintendente da Riograndense.

“O petróleo nos trouxe a capacidade científica e tecnológica para chegar neste estágio de evolução”, afirmou o professor titular da Unicamp, Gonçalo Pereira, que fez a moderação do painel. Luiz Mendonça, CEO da Acelen, destacou os projetos de biorrefinaria na Bahia e em Minas Gerais, com produção de biocombustíveis a partir da macaúba, planta nativa e de alto valor energético (96%). “Não basta ser renovável. É preciso ser competitivo”, disse o executivo.

O projeto de biorrefino da Acelen tem investimento de mais R$ 12 bilhões, com previsão de plantar macaúba em 180 mil hectares e produção de 1 bilhão de litros de diesel renovável e querosene de aviação sustentável por ano.

Mas a produção de petróleo no Brasil

ainda pode crescer nos próximos anos por meio do investimento na recuperação de campos maduros e exploração de áreas adjacentes offshore. Essa é a visão do CEO da Brava Energia, Décio Oddone. O executivo participou do Strategic Talks. “Eu costumo dizer que o petróleo mais barato é o já descoberto. O Brasil tem um espaço gigantesco para aumento da produção em campos maduros, em terra. A fração de recuperação no país é muito abaixo da média global, e isso é uma oportunidade”, disse.

Na visão do executivo, a exploração de áreas adjacentes também seria uma alternativa para aumentar a produção de petróleo no país, considerando um cenário de declínio no pré-sal no fim da próxima década. “Quando se tem ativos em produção, é mais fácil [explorar as áreas do entorno]. Mas, aqui, temos que avançar em questões regulatórias que permitam, por exemplo, o acesso de terceiros às instalações, entre outras medidas”, completou.

@AgênciaPetrobras/Armando Paiva

A ROGe é em casa

A Subsea7 preparou no térreo de sua sede – que também é no Boulevard Olímpico – uma exposição de diversos trabalhos, dos quais destacamos a OIL & GAMES que mostrou exemplos de gamificação para treinamento em petróleo e gás. O objetivo principal da gamificação é o treinamento, onde o participante precisa se concentrar no conteúdo apresentado, diferentemente de um momento de lazer, que pode apresentar maior risco de vício. A Oil & Games, uma startup formada por quatro sócios — José Roberto, Rafael Soares, Lucas Andrade e Mateus Bonfim —, identificou algumas limitações que dificultam a disseminação da gamificação como parte essencial de determinados treinamentos. A primeira

é a questão cultural, tanto da população brasileira quanto das próprias empresas. Existe uma certa resistência em ver um jogo sendo utilizado para treinamento, pois, tradicionalmente, os jogos são associados ao lazer. A transição do modelo clássico de treinamentos — com sala de aula, textos e slides — para algo mais moderno e tecnológico ainda leva tempo para ser plenamente aceita.

“Outra dificuldade que percebemos é a adaptação das diferentes gerações. As gerações dos anos 70 e 80 tendem a ser mais resistentes ao uso da gamificação, pois não cresceram com essa tecnologia. Já as gerações mais novas têm o comportamento oposto: preferem muito mais a gamificação ao

método tradicional, pois cresceram em contato com videogames, computadores e celulares. É a zona de conforto deles. Por fim, em termos de aplicação, o custo e o prazo variam de acordo com o escopo do projeto. Por exemplo, se um cliente deseja que determinado ambiente seja replicado fielmente em 3D com treinamento operacional detalhado, o valor e o prazo serão maiores do

Combustível Legal

@AgênciaPetrobras/Armando Paiva

que para a modelagem de um cenário mais genérico focado em conceitos simples. Projetos mais simples podem levar cerca de 4 meses, enquanto os mais complexos podem demorar até 12 meses. O orçamento para desenvolver o treinamento pode variar de R$20 mil até R$300 mil, sendo um leque bem aberto a depender da necessidade do cliente”, contou Mateus Bonfim.

O presidente do Instituto Combustível Legal (ICL), Emerson Kapaz, participou do painel“Comércio Irregular no Segmento de Combustíveis”, e dividiu o debate com Mônica Paes Barreto, da Secretaria Especial da Receita Federal; Fernando Moura, diretor técnico da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Leonardo Linden, presidente da Ipiranga; e James Thorp Neto, presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis). Na ocasião, foram discutidos temas como a regulação da indústria de distribuição e a falta de instrumentos de combate à criminalidade no setor de combustíveis. Kapaz frisou que o trabalho conjunto entre diversos agentes dos setores público e privado tem sido fundamental para coibir práticas que provocam distorções concorrenciais.

A inclusão do etanol hidratado no sistema tributário

monofásico foi outro tema discutido. Após a aprovação da Lei Complementar 192/22, o setor passou a ter incidência única do ICMS no produtor ou importador, com alíquotas fixas e uniformes para gasolina e diesel. Entretanto, diversos agentes do mercado vêm apontando que as diferentes alíquotas e contribuintes da sistemática plurifásica são uma brecha para a ocorrência de sonegação na comercialização do etanol hidratado. Linden criticou a “falta de isonomia entre os estados na tributação do etanol” e Barreto defendeu que a implantação da monofasia foi um “grande ganho” entre os mecanismos que vêm favorecendo mais regularidade no mercado.

Olhando para o futuro

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou, no encerramento da ROG.e 2024, que a empresa e o Brasil precisam continuar a explorar novas fronteiras e repor reservas para desenvolver o setor trazendo benefícios para o mercado e a sociedade. A executiva lembrou ainda que o país está na vanguarda da transição por ter uma matriz energética altamente renovável. “Entendemos a importância dessa energia (petróleo) para a economia, o país. Precisamos e não há contradição em explorar novas áreas. Esse ritmo que buscamos não é conflitante com a transição energética. É também mais uma fonte para garantir emprego e renda para o Brasil”.

Chambriard reforçou o compromisso da empresa com o net zero, que, segundo a executiva, pode ser antecipado. “Nosso petróleo tem a menor pegada de carbono

do mundo. Ninguém do mundo tem etanol, gasolina e bunker de navegação tão renovável. Reafirmamos nosso compromisso do net zero em 2050, que, acredito, será antecipado”.

O presidente do IBP, Roberto Ardenghy, encerrou a edição da ROG.e ressaltando a troca de conhecimento, os encontros entres grandes empresas, fornecedores que ajudam a fortalecer ainda mais a indústria de óleo, gás e energia. “Esses quatro dias foram uma jornada de sucesso, de resposta e conhecimento”.

Na cerimônia de encerramento foi entregue o Prêmio Leopoldo Aurélio Miguez de Mello para Carlos Mastrangelo, diretor de operações offshore da Brava Energia, em reconhecimento ao seu trabalho de excelência realizado ao longo de seus 40 anos de carreira no setor de óleo e gás.

@AgênciaPetrobras/Armando Paiva

Prêmios

Os trabalhos técnicos de destaque em cada um dos sete eixos também foram premiados:

Eixo 1 - Upstream: “Modelagem de permeabilidade relativa de rochas carbonáticas heterogêneas do laboratório ao campo: um caso do pré-sal” para José Cavalcante, da Petrobras;

Eixo 2 – Midstream/Downstream: “Ajuste contínuo da condição de queima de gases em tochas industriais apoiado por inteligência artificial”, para Marcelo Cardoso (Petrobras);

Eixo 3 – Gás natural: “Solução de conflitos no setor de gás”, para Marcello Lobo (Pinheiro Neto Advogados);

Eixo 4 – Soluções de baixo carbono: “A jornada do projeto H2R para navios de perfuração mais sustentáveis com produção embarcada de hidrogênio”, para Cristiano Henrique Brito (Ocyan);

Eixo 5 – Pessoas, cultura e sociedade: “Tecnologias sociais para mediação de conflitos e construção colaborativa para o desenvolvimento territorial”, para Karen Joyce Aragão (Transpetro);

Eixo 6 – Financiabilidade da transição: “Mercado de carbono: teoria econômica, prática internacional e expectativas para o Brasil”, para Lucas Antoun (Eneva);

Eixo 7 – Transformação Digital e Inovação: Process Safety Management in oil and gas operating units through digital twin plataform: a digital approach for safety control and process intervention”, para Janaina Albino (Vidyatec).

Também durante a ROGe aconteceu a 7.a edição do PRÊMIO MELHORES

FORNECEDORES PETROBRAS, que reconheceu as empresas que mais se destacaram na entrega de bens e serviços

ao longo do último ano. A cerimônia aconteceu ( 26/09/24) e, ao todo foram 31 empresas premiadas em 34 categorias, sendo 6 por iniciativas ASG. Confira os ganhadores.

Paiva

• Bens para Operação: Tenaris Confab Hastes de Bombeio

• Grandes Máquinas e Serviços Associados: Transcanada Turbines

• Manutenção, Reparos e Operações e Serviços Associados: Quality Welding Serviços

• Infraestrutura e Multisserviços: GSC Grupo São Carlos de Manutenção

• Mobilidade Urbana: Auto Viação 1001

• Serviços de TIC: Salesforce Tecnologia

• Serviços de Dados Sísmicos: Shearwater Geoservices do Brasil

• Manutenção Industrial: Sisnergy Soluções e Sistemas Integrados (Grupo Actemium)

• Produtos Químicos: Dorf Ketal

• Logística Aérea: CHC do Brasil Táxi Aéreo

• Logística Marítima: Wilson Sons Offshore

• Logística Terrestre: Brasil Port Logística Offshore e Estaleiro Naval

• Bens e Serviços de Completação: Halliburton Produtos

• Operação de Sondas Marítimas: Seadrill Serviços de Petróleo

• Serviços de Perfuração: Schlumberger Serviços de Petróleo

• Serviços de Manutenção e Abandono de Poços: Schlumberger Serviços de Petróleo

@AgênciaPetrobras/Armando Paiva

• Sistemas de Cabeça de Poço Submarino: Drill Quip do Brasil

• Tubulares de Produção e Revestimento: Confab Industrial

• Obras de Engenharia Offshore: Yinson Bergenia Serviços de Operação

• Obras de Engenharia Onshore: Milplan Engenharia

• Dutos Flexíveis: NOV Flexibles Equipamentos e Serviços

• Lançamento de Linhas Flexíveis: Sapura Navegação Marítima– Seagems

• Serviços e Equipamentos de Ancoragem: Delp Engenharia Mecânica

• Serviços e Equipamentos Submarinos de Produção: Marine Production Systems do Brasil

• Serviços de Intervenção, Inspeção e Manutenção Submarina: RY Serviços Técnicos e Industriais

• Umbilicais: Prysmian Cabos e Sistemas do Brasil

Premiações ASG (Ambiental, Social e Governança):

• SMS – Segurança: CPL Construtora Ltda

• SMS – Meio Ambiente: DOF Subsea Brasil Serviços

• SMS – Saúde: Clariant Brasil

• ASG – Direitos Humanos: OneSubsea do Brasil Serviços Submarinos

• ASG – Descarbonização: OneSubsea do Brasil Serviços Submarinos

• ASG – Governança: Elasa Elo Alimentação

• Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação: Schlumberger Serviços de Petróleo

• Gestão da Qualidade: Micromazza Indústria de Válvulas

Na exposição, tecnologia para sustentar o crescimento do

Comemorando 25 anos de atuação no Brasil, a LESER, referência global em válvulas de segurança e alívio, anuncia a duplicação de sua área fabril no país. Essa expansão permitirá um incremento de 30% no estoque, consolidando a LESER como a detentora do maior inventário de válvulas de segurança da América Latina. Além disso, sua área de serviços será ampliada para atender com ainda mais eficiência demandas de manutenção e reparo, abrangendo tanto produtos próprios quanto válvulas de outras marcas.

setor

As instalações da LESER, localizadas no bairro da Taquara, no Rio de Janeiro, oferecem uma localização estratégica, a apenas 20 minutos do Aeroporto de Jacarepaguá, facilitando atendimentos emergenciais, especialmente para o segmento offshore, uma das principais áreas de atuação da empresa. Nos últimos seis anos, a LESER registrou um crescimento exponencial, multiplicando o seu faturamento e assumindo a liderança também no mercado offshore. Hoje, as mais avançadas plataformas de petróleo do

Brasil utilizam suas válvulas de segurança para a proteção contra sobre pressão em sistemas, fruto de parcerias com grandes estaleiros internacionais. Com o aumento do número de plataformas operando no Brasil, a empresa reforça sua estrutura para atender com excelência às crescentes demandas do setor.

Uma visão de longo prazo e compromisso com o cliente

A LESER, com mais de dois séculos de história e liderança mantida pela quinta geração de sua família fundadora, opera com uma visão de longo prazo. Essa característica confere estabilidade e permite investimentos estratégicos, como a manutenção de estoques robustos para atender prontamente seus clientes. “Nosso foco é garantir disponibilidade e confiabilidade. Ao contrário de empresas que priorizam resultados de curto prazo, acreditamos que nosso diferencial é o bom atendimento e a construção de relações duradouras”, destaca a liderança local.

Além de atuar no território brasileiro, a LESER Brasil se consolidou como um centro global de excelência no segmento offshore. A filial brasileira coordena

ações internacionais, incluindo suporte a escritórios em Singapura e Alemanha, reforçando sua importância em um mercado em que o Brasil desempenha papel central, especialmente com a crescente demanda por FPSOs.

Estoque confiável e parceria duradoura

Com investimentos realizados exclusivamente com capital próprio, a LESER reafirma seu compromisso em oferecer produtos e serviços de alta qualidade. Seu estoque amplo, somado a um prazo de entrega confiável, garante a fidelização de clientes que valorizam segurança e eficiência. “Nosso foco exclusivo em válvulas de segurança e alívio nos coloca como referência. Desde o cálculo e dimensionamento à entrega de um produto adequado e dentro do prazo, buscamos ser o melhor fornecedor para nossos clientes”, conclui a equipe da LESER.

Com esse marco de 25 anos, a LESER reforça sua missão de continuar crescendo e investindo no Brasil, fortalecendo parcerias e consolidando sua posição como líder no setor de válvulas de segurança e alívio.

Com portfólio consolidado de soluções para pressão, a Flutrol apresentou suas representadas e destacou a novidade Skoflo, para controlar a injeção de químicos – manual e automaticamente. É um equipamento novo que a Flutrol está lançando para o regulagem de injeção química no poço: quando se vai fazer uma injeção no poço, tem-se a bomba, a válvula de controle e a pressão do poço, que varia ao longo do tempo. As válvulas precisam ser ajustadas de acordo com a pressão e hoje é preciso fazer isso manualmente; a Flutrol trouxe uma nova tecnologia, um regulador que faz esse ajuste de maneira automática, da SkoFlo, cuja tecnologia de ponta já provou ser a mais eficaz, confiável e precisa para manter a integridade e a garantia do fluxo.

A empresa levou suas linhas consolidadas como o Booster para Gases que operam com pressão até 25 mil PSI que pode ser usado em qualquer

tipo de teste de pressão, recarga de acumuladores, operam com diversos gases. Também estava exposta a linha de instrumentação da SuperLock para alta pressão, toda em aço inox 316, que trabalha de zero a 10mil PSI, dependendo da bitola; válvulas esfera de um quarto a 1”, que trabalham até 10.000 PSI; mangueiras de alta pressão Spir Star, utilizadas para interligar unidades de pressão ou corpo de provas ou hidrato e devido as aplicações a Flutrol tem um serviço de recertificação que é obrigatório, variando de acordo com a aplicação, a cada seis meses ou um ano.

A Flutrol expôs ainda seus Test Pacs, unidades de pressurização para líquidos, onde a bomba é acionada por ar comprimido – da linha Haskel – com o opcional de uma alavanca manual. Ela trabalha de forma automatica, uma vez que regulada a pressão do ar comprimido, a bomba pressuriza sem intervenção de operador, mas a alavanca manual

Equipe da Flutrol com o lançamento da Skoflo

pode ser importante em um teste, por exemplo.

Também estavam expostas as bombas, divididas por linha, variando pela vazão, como a bomba de 1/3 de HP e a de 1, 5 HP; a Flutrol oferece bombas que trabalham com pressão de até 75 mil PSI – de diversas classe de pressão e vazão –esta última é determinante para testes ou acionamentos mais rápidos por exemplo.

A Flutrol apresentou o equipamento da Skoflo que é usado para injeção de produtos químicos – inibidores de corrosão, inibidores de nitratos, sequestrantes de H2S e outros - no poço

de produção; e mais de um produto ao mesmo tempo, com painéis separados.

A Skoflo entrega válvulas e soluções para injeção química sem perda: uma vez ajustada a dosagem, ela se mantém independente do diferencial de pressão entre a variação do poço e a pressão do equipamento, sem desperdício de produto químico. O trabalho se mantém independente das oscilações de pressão. O equipamento tem versão manual e automática, podendo ser acionado pela sala de controle, com medição de vazão também replicada na tela de operação. A Skoflo possui, ainda, uma versão subsea.

A Fluke tem linhas muito conhecidas nas áreas de instrumentação, mecânica, elétrica e metrologia. As câmeras térmicas fazem parte da linha elétrica e o públicoalvo são eletricistas, que precisam capturar a temperatura de um painel elétrico, por exemplo. Já os imageadores acústicos, detectam vazamento de gases, por exemplo, para processos de intervenções pontuais de manutenção preventiva. Além disso, a Fluke também conta com a linha intrinsicamente segura, que diferentemente dos famosos amarelinhos, os equipamentos são vermelhos e foram projetados especificamente para uso em áreas classificadas, não gerando faiscamento, ideais para a indústria de óleo e gás. Há ainda o calibrador de instrumentação, que graças ao procedimento padrão com que foi criado, pode ser levado à campo garantindo eficiência e segurança. Os dados coletados, por sua vez, ficam armazenados nos equipamentos, com a possibilidade de download para maior comodidade do operador. Na oportunidade, também

Marcos Anasawa, key account manager oil & gas

foram apresentados os equipamentos tradicionais e com ampla utilização no mercado de óleo e gás, como o Fluke 754 (que realiza simulação e medição de temperatura e sinais elétricos, além de calibração de pressão de maneira portátil), o Fluke 914X, calibrador de bloco seco (esfria a –25 °C em 15 minutos e aquece a 660°C em 15 minutos), bem como o mais recente calibrador de pressão automático Fluke 729, com capacidade de atender vários pontos

de teste de pressão e documentar os resultados automaticamente. Ele também dispensa o uso da bomba manual graças à bomba elétrica integrada, que facilita a geração e estabilização dos pontos de pressão, proporcionando uma calibração num tempo cinco vezes menor. Não menos importante, a Fluke apresentou também os calibradores multiproduto, com até sete casas depois da vírgula, mais indicados para laboratórios de metrologia.

A Presys marcou presença na Rio Oil & Gas, um dos maiores eventos globais do setor de energia, e o resultado não poderia ter sido diferente: um sucesso absoluto!Com lançamentos inovadores, e com o time de profissionais técnicos, a Presys levou toda a sua linha de calibradores automáticos de pressão para apresentar novidades em automação e metrologia. Entre os destaques, está o lançamento do PCON-DT, um calibrador Automático de Pressão em versão desktop, ideal para uso em oficinas ou laboratórios. Essa solução complementa a linha já consagrada de Calibradores Automáticos.

Outro grande lançamento foi o Calibrador de Temperatura tipo Bloco Seco TBA-25N, portátil e operado a bateria, que funciona na faixa de -25 °C a +212 °C. Acondicionado em uma maleta ultra resistente, projetada para suportar as mais severas condições de uso em campo, o instrumento armazena dados para transferência posterior e mantém a funcionalidade de data logger. Assim como todos os instrumentos da marca, ele pode gerar certificados e relatórios de calibração, eliminando a necessidade de impressão, com possibilidade de armazenamento na nuvem e integração com a Metrologia 4.0. Os dados coletados

podem ser analisados e compartilhados pela internet, sendo totalmente rastreáveis aos padrões do INMETRO.

Voltada para o setor offshore, a Presys apresentou sua linha intrínseca, projetada para ambientes com risco de explosão (Grupo IIC, Zona 0 / Ex ia IIC T4 Ga). Essa linha inclui Multicalibradores, Calibradores Universais, Configuradores Full Hart e Calibradores de Pressão com certificação EX, garantindo segurança e alta performance em áreas críticas.

Outra novidade é a bancada de serviço PSS-353, uma estação projetada especialmente para serviços técnicos em metrologia. Desenvolvida para oferecer todo o suporte necessário no uso dos Calibradores Presys, ela é ideal para operar o Sistema Daty-Pro com eficiência e praticidade. A bancada conta com uma estrutura robusta, luminárias LED de alta qualidade e tomadas bivolt (110/220V), garantindo versatilidade e confiabilidade

A Vibropac expôs o que há de mais moderno em tecnologia multifásica e soluções de sistemas de bombas de parafuso projetadas para impulsionar o futuro da energia.

Desde 1993, a Vibropac atua no mercado com um portfólio consolidado

em qualquer ambiente de trabalho.

Com soluções que conectam o hoje ao amanhã, nossos destaques impressionaram pela inovação e praticidade.

Entre eles, o Scanny-8000, que realiza leituras via Bluetooth de até oito sensores simultaneamente, com mudanças automáticas de canal pelo próprio forno, tornando a calibração ainda mais eficiente e ágil.

Além disso, nossa PSV Station Portátil, projetada para caber em uma maleta compacta, impressionou os visitantes por sua praticidade e eficiência. Ideal para calibrações realizadas em campo, é a solução perfeita para quem busca mobilidade e precisão.

Seguimos firmes no compromisso de oferecer soluções que impulsionam o futuro da instrumentação e do controle de processos.

de soluções inovadoras para movimentação de fluidos. Reconhecida pela sua expertise e compromisso com a qualidade, a empresa se destaca por atender às demandas dos setores petroquímico, óleo e gás, saneamento e indústrias em geral, oferecendo tecnologias de ponta que garantem eficiência, segurança e sustentabilidade.

Empresa 100% brasileira, a Vibropac oferece soluções personalizadas para diversas aplicações, como Bombeamento, Sistemas de Injeção Química, Assistência Técnica especializada e mais. Ao longo de sua trajetória, desenvolveu parcerias estratégicas com grandes players globais, consolidando sua presença em importantes projetos nacionais e internacionais.

A Vibropac oferece soluções específicas para o transporte, controle e monitoramento de fluidos em processos industriais complexos, como extração e refino de petróleo, produção de químicos e derivados, sempre com foco em eficiência energética e segurança operacional.

“Nosso objetivo é fornecer tecnologias que não apenas atendam às demandas operacionais, mas que também contribuam para um setor mais sustentável”, destaca a Vibropac Movimentação de Fluidos. “Com a crescente pressão por práticas sustentáveis e a transição para fontes de energia mais limpas, nossas soluções ajudam as empresas a reduzirem emissões, otimizar o consumo de recursos e melhorar a gestão de seus processos industriais.”

Com mais de três décadas de experiência, a Vibropac continua

Marco Souza – Gerente Nacional de Vendas para Flow Control da Valmet, esteve presente na ROG.e para alavancar negócios junto ao mercado de energia. Com uma linha extensa de Flow Control com e produtos para controle de fluxo, automação, diagnósticos avançados e

focada em inovação, investindo em tecnologia e qualificação de sua equipe. A empresa possui um corpo técnico altamente especializado, o que permite um atendimento diferenciado desde o desenvolvimento de projetos até o suporte pós-venda.

Esse compromisso com a excelência se reflete em sua carteira de clientes, que inclui grandes empresas do setor petroquímico e industrial. A Vibropac tem orgulho de ser reconhecida pela confiabilidade de seus produtos e pela capacidade de oferecer soluções que superam as expectativas.

Com a missão de fornecer soluções que movimentem o futuro, a Vibropac não para de expandir. O compromisso da empresa é continuar inovando e fornecendo tecnologias que não apenas atendam às necessidades imediatas do setor, mas também contribuam para um futuro mais sustentável e eficiente.

serviços; a Valmet tem realizado ações mais intensivas para as indústrias de óleo, gás, química e petroquímica. Por isso, a Valmet apresentou praticamente todo seu portfólio de válvulas Globo, Esfera, Borboleta, Posicionadores Digitais, Atuadores, Chaves de fim de curso, e o lançamento, a válvula Neles 6D com a certificação API6D em sua 25ª edição, oferecendo também a certificação API 6DX, que trata da certificação de atuadores e kit de montagem, voltada para aplicações críticas, onde é preciso maior atenção à pressão - essas válvulas alcançam até 1500 libras.

O conjunto da válvula é montado no Brasil e as partes podem vir das fábricas da Finlândia, Alemanha, Índia, China, Coreia ou EUA. Já existem válvulas Neles

6D trabalhando em diferente partes do mundo, inclusive no Brasil.

Os principais usuários de válvulas do Brasil, como a Petrobras, já associam as tradicionais válvulas Neles à Valmet –que em 2021, a Valmet comprou a Neles,

IA e automação

mas manteve a marca. A Valmet acredita que o mercado vai continuar crescendo e animado com os investimentos planejados, não só, mas principalmente pela Petrobras.

A Huawei participou do ROGe destacando seu compromisso com a transformação digital no setor de energia. Com uma série de soluções inovadoras que combinam conectividade de ponta, inteligência artificial (IA) e segurança avançada, a Huawei busca otimizar operações, aumentar a produtividade e garantir uma segurança maior em infraestruturas críticas.

“O setor de energia está passando por um grande processo de transformação digital no mundo todo que visa maior eficiência, segurança e sustentabilidade”, explica Shufei Qi, diretor do Departamento de Óleo, Gás e Mineração

da Huawei no Brasil. “Isso só é possível com uma robusta infraestrutura de conectividade 5G que permite o uso de ferramentas como inteligência artificial, sensores e redes de fibra óptica para automação das operações. No Brasil, em especial, o futuro será a extração do petróleo no mar em plataformas totalmente automatizadas, sem a necessidade de trabalhadores locais, que farão o controle e o monitoramento à distância, na segurança de um escritório”, explica.

Entre as tecnologias que serão apresentadas pela empresa, destacam-se a tecnologia de redes LTE privadas

e o futuro suporte para redes 5G, permitem comunicações contínuas entre plataformas, refinarias e centros de operação remotos, oferecendo uma base para operações mais eficientes e integradas. As soluções em nuvem da Huawei para Exploração e Produção (E&P), que ajudam as empresas a melhorarem a eficiência no processamento de dados e reduzir o custo de assinatura de softwares profissionais, fornecendo um ambiente de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) centralizado, colaborativo e de alto desempenho para diferentes necessidades do negócio. O grande modelo sísmico da Huawei pode ajudar as empresas a extraírem experiências e conhecimentos valiosos de dados históricos massivos e utilizálos para reduzir os riscos de exploração e acelerar a exploração de poços. Sistemas inteligentes de controle e vigilância, baseados em IA, que aumentam

a segurança física das operações, monitorando automaticamente os ambientes e detectando potenciais riscos.

A Huawei apresentou também o Green-SEE, um conjunto de soluções baseada em quatro pilares: produção e uso de energia solar, armazenamento de energia por meio de sistemas de baterias, garantia da operação, e eletrificação da frota (a palavra “Green” faz referência à energia solar; “S” a Storage (do inglês, armazenamento); “E” a Ensure (do inglês, garantir); e “E” refere-se à eletrificação).

“A transformação digital está acelerando o setor de energia, e a Huawei tem orgulho de estar na vanguarda dessa mudança,” afirma Shufei Qi. “Com nossas soluções tecnológicas, estamos ajudando nossos clientes a navegar por esse novo cenário, tornando suas operações mais produtivas, inteligentes e seguras,” ele conclui.

Da esquerda p/direita: João de Deus Fernandes, VP da OTZ Engenharia, agente master da Supcon no Brasil, Lynn Fu, Vice-Presidente da Região Americas da Supcon e Peter Wang, Presidente da Região Américas da Supcon

A chinesa Supcon lançou este ano o primeiro UCS (Universal Control System) do mundo, um equipamento que desfaz a separação existente entre TI, TO e TE. O UCS elimina os cartões de I/O, se comunicando diretamente com os equipamentos e instrumentos da planta por fibra óptica, ou, dependendo dos requisitos de latência, via wireless. A Inteligência Artificial coleta os dados e, entre outras coisas, elabora automaticamente os algoritmos para estabelecer e manter as malhas de controle sintonizadas, buscando garantir operações otimizadas. Por trabalhar com IA, o UCS também modela procedimentos preditivos, gerando, portanto, alta disponibilidade. O UCS é um sistema de controle definido por software, totalmente digitalizado e baseado em nuvem. Ao libertar o usuário dos controladores físicos como os módulos de I/O e gabinetes, se transforma em um centro de dados de controle para criar

um ambiente inteligente e na nuvem. A Supcon possui ainda um Distributed Control System (DCS) e um Safety Instrumented System (SIS) que têm a maior participação de mercado na China, além de instrumentos de pressão e nível, válvulas de controle, PLCs e analisadores de processo. A Supcon trabalha também com uma linha de robôs, incluindo um voltado para inspeção à prova de explosão para zonas Ex, robôs de inspeção montados em trilhos, para salas de energia, robôs logísticos e até um cão-robô de quatro patas – este último, uma grande atração na ROGe, nova denominação da Rio Oil & Gas. João de Deus, vice-presidente da OTZ Engenharia, é o parceiro que trouxe a Supcon para o Brasil, sendo seu representante master no país.

Brasil dá visibilidade a invisíveis no G20

Inclusão social, combate à fome e a pobreza; apoio à tributação dos bilionários; medidas pela transição energética; reforma da governança global e celeridade nas ações pelo clima e apoio à COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontece em 2025 em Belém do Pará, no Brasil. Esses foram os compromissos centrais da histórica Declaração de Líderes do G20 do Rio de Janeiro. O documento, que obteve consenso de todos os países-membros, reforça o papel do grupo por abordar os desafios

globais e promover o crescimento forte, sustentável e inclusivo. Os líderes enfatizam a importância de ações coordenadas para enfrentar as mudanças climáticas, promover transições energéticas justas e preservar o meio ambiente. Também destacam a necessidade de uma reforma abrangente na governança global, com o fortalecimento das Nações Unidas, a modernização da arquitetura financeira internacional, a promoção de um sistema multilateral de comércio inclusivo e o desenvolvimento ético da inteligência

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artificial. No encerramento da Cúpula de Líderes do G20 Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a realização da Cúpula do G20 Social, o roteiro para o aprimoramento dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs) e os debates sobre África e a dívida externa; a instalação do Grupo de Trabalho Empoderamento das Mulheres e a inclusão do ODS 18 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável), sobre igualdade étnico-racial.

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Lula também destacou a definição dos princípios sobre comércio e desenvolvimento sustentável e o compromisso pelo aumento da produção de energias renováveis até 2023. A Coalização para a Produção Local e Regional de Vacinas e Medicamentos e o estímulo ao investimento em políticas públicas para melhorar o acesso à água e ao saneamento também foram negritadas por Lula.

“Neste ano, realizamos mais de 140 reuniões em 15 cidades brasileiras. Voltamos a adotar declarações consensuais em quase todos os grupos de trabalho. Deixamos a lição de que, quanto maior for a interação entre as Trilhas de Sherpas e de Finanças, maiores e mais significativos serão os resultados dos nossos trabalhos. Trabalhamos com afinco, mesmo cientes de que apenas arranhamos a superfície dos profundos desafios que o mundo tem a enfrentar”, pontuou o presidente Lula sobre a condução brasileira do G20.

Na passagem da presidência do G20 para Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, Lula reconheceu os valores históricos, culturais, políticos e econômicos que unem o continente e a América Latina. Como a partir de 2026 todos os países do grupo já teriam exercido a presciência pelo menos uma vez, o brasileiro disse que este é o “momento propício para avaliar o papel que desempenhamos até agora e como devemos atuar daqui em diante. Temos a responsabilidade de fazer melhor”, concluiu.

Pela primeira vez na história do G20, uma edição do evento oferece uma experiência imersiva que permite ao público explorar, de forma virtual, os bastidores e os principais momentos de um dos encontros mais importantes do planeta.

“Chegamos a um novo consenso estratégico sobre o futuro das relações China-Brasil. As decisões mais importantes são elevar o relacionamento bilateral à comunidade China-Brasil com um futuro compartilhado para um mundo mais justo e um planeta mais sustentável, e promover a sinergia entre a Iniciativa do Cinturão e Rota e as estratégias de desenvolvimento do Brasil. Em um mundo passando por uma transformação acelerada, as decisões refletem a determinação da China e do Brasil, como dois grandes países em desenvolvimento, de identificar,

responder e conduzir mudanças. Elas certamente permitirão que os dois países levem adiante as conquistas passadas nas relações e inaugurem os próximos ‘50 anos dourados’, bem como estabelecer um exemplo para as nações do Sul Global buscarem força por meio da unidade e fazerem novas contribuições para aumentar a representação e a voz dos países em desenvolvimento na governança global,” disse o presidente Xi Jinping em visita de estado, em Brasília, após participar da 19ª Cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

O Brasil e os Estados Unidos compartilham o objetivo de criar economias mais competitivas, limpas, justas e resilientes, promovendo a transição para energia limpa de uma forma que promova o crescimento econômico e a geração de empregos de alta qualidade, ao mesmo tempo em que reduz as emissões e mantém nossas metas de 1,5°C realizáveis, em conformidade com o Acordo de Paris. O Brasil e os Estados Unidos têm imenso potencial para liderar a transição energética global em algumas de suas frentes mais promissoras. Essa nova parceria apresenta uma oportunidade estratégica a fim de fortalecer a cooperação bilateral em desenvolvimento industrial limpo,

@USEmbassy

alavancando complementaridades entre nossos setores público e privado. Os dois lados anunciam sua intenção, em particular, de concentrar a coordenação em três pilares: Produção e implantação de energia limpa; Industrialização verde

- promover esforços com o objetivo de descarbonizar os setores de manufatura e industrial; alinhar incentivos e mobilizar financiamento público, privado e de bancos multilaterais de desenvolvimento (MDB).

Integridade da Informação sobre Mudanças do Clima

O governo brasileiro, as Nações Unidas e a UNESCO lançaram durante o G20 uma iniciativa conjunta para fortalecer pesquisas e medidas para combater a desinformação que contribui para atrasar e inviabilizar ações climáticas.

A Iniciativa Global para Integridade da

Informação sobre Mudanças do Clima é uma intervenção importante para impulsionar o apoio a ações climáticas urgentes, em um momento em que os cientistas alertam que o tempo do mundo está se esgotando.

Participaram do lançamento da Iniciativa Global (da esquerda para direita) a Secretária-Geral do Governo do Chile, Camila Vallejo; a Subsecretária-Geral de Comunicações Globais da ONU, Melissa Fleming; o Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência Brasileira, Paulo Pimenta; a Diretora-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay; a Embaixadora da Dinamarca no Brasil, Eva Pedersen; e o Secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura, Embaixador Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto.

© Gustavo Stephan/UN Photo

“As ações de combate às mudanças climáticas também são muito afetadas pelo negacionismo e pela desinformação. Os países não podem solucionar este problema sozinhos. Esta iniciativa reunirá países, organizações internacionais e redes de pesquisadores para apoiar esforços conjuntos de combate à desinformação e promover ações para a COP30 no Brasil”, disse o presidente Lula na Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro.

Embora inicialmente discutida no âmbito do G20, a Iniciativa está sendo estabelecida como uma colaboração dedicada e multilateral entre Estados e organizações internacionais, com o objetivo de financiar pesquisas e ações que promovam a integridade da

Povos indígenas

informação sobre questões climáticas. A fim de expandir o escopo e a abrangência da pesquisa sobre a desinformação climática e seus impactos, o esforço reunirá evidências de âmbito mundial para fundamentar e reforçar as ações, a defesa e as comunicações estratégicas.

Os países que aderirem à Iniciativa contribuirão para um fundo administrado pela UNESCO, com a meta de arrecadar entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões nos próximos 36 meses, valor que será distribuído na forma de subsídios a organizações não governamentais para apoiar suas atividades na pesquisa sobre integridade da informação climática, desenvolvimento de estratégias de comunicação e realização de campanhas de conscientização pública.

Movimento indígena brasileiro faz um chamado global para ações decisivas contra a crise climática, como decretar o fim da era dos combustíveis fósseis e uma transição energética justa, reivindicar financiamento climático direto e mais ambicioso para os povos indígenas, além do reconhecimento da sua autoridade climática e de seus territórios na proteção da vida no planeta.

@Divulgação

Com um protesto simbólico, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) realizou uma manifestação pacífica no Rio de Janeiro para denunciar a falta de ação das nações mais ricas e poluentes do mundo no enfrentamento da crise climática global. A imagem de líderes de países ricos e poluidores foi colocadas na água, em frente ao Pão de Açúcar, para evidenciar que a crise climática é também uma crise de liderança e de valores.

A ação aconteceu dois dias antes da reunião de cúpula do G20 e marcou o lançamento da mobilização indígena rumo à 30ª Conferência do Clima (COP-30), que acontecerá no Brasil no ano que vem. O grupo exige que a demarcação de terras indígenas seja reconhecida como política climática e solução efetiva contra a crise climática e reivindica um papel ativo e de liderança nas

decisões globais que afetam o futuro do planeta.

“Com o colapso iminente das condições de vida no mundo, ações fortes e efetivas precisam ser tomadas. Não haverá preservação da vida em um planeta em chamas”, afirma a declaração do movimento indígena brasileiro lançada hoje. “Nós nunca abdicamos de defender a vida e não vamos nos perder em discussões vazias e compromissos estéreis. Enquanto os governos continuam querendo mediar metas insuficientes e financiamentos vazios, queremos anunciar que, a partir de agora, nós vamos assumir a liderança para uma mobilização global pela vida no planeta”.

A campanha “A Resposta Somos Nós” exige um compromisso verdadeiro com o futuro do planeta, destacando

a necessidade de ação imediata e a centralidade dos povos indígenas no combate à crise ambiental. A íntegra do chamado indígena pode ser acessada no site oficial da campanha: arespostasomosnos.org

Com os países do G20 representando mais de 80% da riqueza mundial e sendo responsáveis por cerca de 80% das emissões de gases de efeito estufa, a pressão por soluções reais nunca foi tão grande.

“É urgente corrigir essa política que coloca os lucros de grandes empresas acima da proteção das populações. As nações mais ricas precisam assumir sua responsabilidade e financiar soluções climáticas para os povos que, como os indígenas, estão na linha de frente da crise”, afirma Dinaman Tuxá, coordenador executivo da APIB.

R$ 16,7 bi para investimentos no Brasil

O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) assinaram durante a Cúpula de Líderes do G20, Memorando de Entendimento para a disponibilização de R$ 16,7 bilhões do AIIB ao BNDES para investimentos no Brasil.

A assinatura aconteceu na Marina da Glória, espaço destinado para delegações oficiais, e contou com a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do presidente do AIIB, Jin Liqun, do vice-presidente do AIIB, Konstantin Limitovskiy, e do diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco, Nelson Barbosa. O objetivo do memorando é complementar o

financiamento de projetos alinhados ao Fundo Clima e ao Novo PAC. No caso do Novo PAC, os projetos devem promover a integração econômica entre o Brasil e Ásia nos setores de infraestrutura de transporte, conectividade energética e digital, água e saneamento.

As duas instituições ainda colaborarão nos esforços para financiar projetos de reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e apoiar os projetos de desenvolvimento urbano e infraestrutura social para a realização da COP-30, em Belém. A cooperação também tem o objetivo de mobilizar capital privado para projetos de infraestrutura.

“O memorando assinado com o AIIB comprova que o BNDES retomou a sua

missão de promover o desenvolvimento econômico e social do país e que tem ampla capacidade de diversificar o funding e buscar importantes parceiros internacionais para o financiamento de projetos sustentáveis e de infraestrutura que beneficiem tanto o Brasil quanto a Ásia”, explica Mercadante.

Acordada

“Estamos muito satisfeitos em assinar este MOU expandido com o BNDES, aumentando o escopo da nossa parceria existente para cofinanciamento no Brasil. O BNDES é um parceiro institucional prioritário do AIIB no Brasil”, disse o AIIB. “Nossa colaboração expandida nos permitirá apoiar projetos de infraestrutura e iniciativas estratégicas que impulsionem o desenvolvimento sustentável e fomentem o crescimento econômico no Brasil, na Ásia e além, e esperamos contribuir para os objetivos da COP-30 por meio do cofinanciamento de projetos estratégicos de clima e especialmente de adaptação no Brasil.”

O AIIB é um banco multilateral focado no desenvolvimento da Ásia, com sede em Pequim, na China, mas com membros de todo o mundo, incluindo o Brasil.

importação de gás de Vaca Muerta

A Argentina e o Brasil assinaram, durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, um acordo para importar gás argentino a ser extraído da região de Vaca Muerta, localizada na Província de Neuquén, a oeste da região da Patagônia. O documento assinado por Luis Caputo, Ministro da Economia da Argentina, e Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia do Brasil prevê a criação de um comitê bilateral para avaliar a possibilidade de exportações, a partir de 2025, de um volume inicial de 2 milhões de m3/d, aumentando nos próximos três anos para 10 milhões e chegando a 30 milhões em 2030. Dentre as medidas, se destacam o estudo da viabilidade econômica das rotas logísticas, considerando a possível expansão da infraestrutura existente dos dois países, por meio da qual estima-se

uma viabilidade de movimentação de 2 milhões de metros cúbicos por dia no curto prazo, aumentando nos próximos 3 anos para 10 milhões, até atingir 30 milhões em 2030.

“Essa é uma importante entrega do programa Gás Para Empregar, que criamos com o objetivo de aumentar a oferta de gás natural e promover a reindustrialização do país. Ao concretizar a importação do gás de Vaca Muerta, estamos fortalecendo o desenvolvimento das indústrias de fertilizantes, vidro, cerâmica, petroquímicos e tantas outras que trazem desenvolvimento econômico ao Brasil. Teremos mais gás, e junto com ele mais emprego, renda e riqueza para brasileiras e brasileiros”, afirmou o ministro Alexandre Silveira O documento indica que o grupo deve buscar o uso da infraestrutura já existente nos dois países, permitindo a exportação do gás argentino no menor tempo e com o menor custo possível. Para isso, o grupo deve identificar meios para viabilizar o projeto e a construção de infraestruturas necessárias para interconectar os gasodutos existentes de cada país.

Na Argentina, os indígenas do povo Mapuche já são duramente impactados pelo fracking (fratura hidráulica), técnica de extração de gás utilizada em Vaca Muerta. Essa tecnologia foi banida de países onde seus impactos foram estudados e comprovados; recentemente os EUA proibiu a prática do fracking e no Brasil a tecnologia está proibida em vários municípios e estados por seus danos ambientais e sociais.

Cinco rotas possíveis ainda estão sendo analisadas no projeto Vaca Muerta. Uma

alternativa seria se conectar diretamente à rede de gasodutos da Argentina com o município de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, embora isso dependa da conclusão da segunda etapa do gasoduto Presidente Néstor Kirchner.

“A importação de gás do fracking de Vaca Muerta, por parte do Brasil, é um passo em direção oposta à ambição de nosso país se posicionar como líder climático. Ao optar por combustíveis fósseis extraídos de uma das mais destrutivas formas existentes, o Brasil arrisca sua reputação internacional como defensor do combate à mudança climática. Em um momento em que as energias renováveis já oferecem soluções menos danosas ao meio ambiente e as pessoas, essa dependência de gás fóssil compromete não apenas o futuro do planeta, mas também a oportunidade de avançarmos para um modelo energético mais justo para todos, disse” Ilan Zugman, diretor da 350.org para a América Latina.

Nuclear Legacy 2024

O Nuclear Legacy foi palco para assinatura de importantes parcerias que impulsionam inovação, sustentabilidade e cooperação no setor nuclear:

Rosatom e Nuclep acordaram desenvolvimento de micro reatores modulares com transferência de tecnologia, visando energia limpa e redução de emissões; ABDAN e ACRJ formaram parceria para fortalecer a cadeia de valor nuclear com encontros entre fornecedores e compradores; ABDAN e Itaipu Parquetec formaram aliança para explorar sinergias em energias renováveis, robótica e novas tecnologias; o Sebrae RJ e a ABDAN acordaram apoiar pequenas e médias empresas do setor nuclear no Rio de Janeiro; Amazul e Framatome / Tractebel Engie / SBMN firmaram parcerias para avançar em projetos científicos, técnicos e na medicina nuclear, trazendo inovação e fortalecimento do setor no Brasil.

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O Nuclear Legacy é organizado anualmente pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) e reúne autoridades políticas e do setor, incluindo membros da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividades Nucleares (FPN). Foram apresentados painéis, palestras e debates que abordaram temas de extrema relevância, como medicina nuclear, agricultura, indústria

e o desenvolvimento de novos materiais, demonstrando o impacto positivo da tecnologia nuclear em diversos setores da economia.

Painel que explorou os desafios das mudanças climáticas e a importância da energia nuclear na transição energética teve mediação de Pedro Litsek, CEO da Diamante Energia, e gerou insights sobre uma abordagem integrada para garantir a segurança energética do Brasil.

Painel dedicado ao futuro de uma matriz elétrica limpa e descarbonizada esteve sob a mediação de Mário Menel,

presidente da Fase e teve as contribuições de Luiz Maurer (LM Engineering), Donato Filho (Volt Robotics), Alexandre Honaiser (Framatome), Giovani Machado (EPE), e Sumara Ticom (ONS).

Marcelo Moraes (MFASE), Alan Vaz (ANA), deputado federal Julio Lopes, Leonam Guimarães (Amazul) e Liana Fernandes (ABDAN) discutiram as estratégias e soluções necessárias para enfrentar os desafios climáticos com responsabilidade e inovação.

O evento entregou medalhas de honra ao mérito a profissionais e personalidades que contribuíram significativamente para o setor nuclear brasileiro. Seis categorias serão premiadas, incluindo Defesa, Diplomacia, Pesquisa & Desenvolvimento, Medicina Nuclear, Colaborador do ano e Jornalista.

Giovani Vitória Machado (ao centro) e equipe da EPE presentes no evento

Durante o evento, o Assessor de Gabinete da Presidência da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Giovani Vitória Machado, foi homenageado com a Medalha de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), ao lado de outras cinco personalidades. Esse reconhecimento destacou seus esforços contínuos em inovação para o setor energético e

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reforçou o compromisso da EPE com avanços tecnológicos e sustentáveis. A cerimônia foi um marco importante, evidenciando não apenas os esforços da EPE, mas também como seus profissionais se dedicam ao planejamento estratégico para atingir metas e fortalecer a pesquisa no setor. No Painel 1, Giovani abordou o tema “competitividade de custos e custos totais para fornecimento de eletricidade”. Sua contribuição foi fundamental para discutir como a eficiência econômica pode ser alcançada na geração de eletricidade, ao mesmo tempo em que se busca a sustentabilidade e o atendimento integral das demandas energéticas.

A homenagem à EPE durante o evento Nuclear Legacy 2024 destacou a relevância da instituição para o setor nuclear brasileiro, além de enaltecer o comprometimento de seus colaboradores com a inovação e o desenvolvimento estratégico. A premiação de Giovani Vitória Machado com a Medalha de Pesquisa & Desenvolvimento ressaltou o valor da pesquisa contínua e do planejamento cuidadoso para alcançar resultados que beneficiam o setor energético nacional.

Presidente da INB, Adauto Seixas, e o diretor de Enriquecimento Isotópico, Marcos Fricks. A INB foi uma das empresas patrocinadoras do evento.

Esse reconhecimento não só fortalece a posição da EPE, mas também inspira outros profissionais a contribuírem com avanços que promovam um futuro energético mais sustentável e competitivo para o Brasil.

da ABEN, Carlos Freire Moreira, e Presidente da ABDAN, Celso Cunha

Da esquerda para a direita Presidente da LAS/ANS, Vice-Almirante Ney Zanella dos Santos; e 1º Vice-Presidente da ABEN, Antônio Müller

Presidente
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Debate sobre o futuro da aviação sustentável na América Latina

O Seminário sobre Perspectivas de Mercado de Carbono e Combustível Sustentável de Aviação (SAF) na América Latina reuniu representantes de diversos países e empresas do setor aéreo para discutir as estratégias de descarbonização da aviação na América Latina. O evento foi sediado pela Anac - Agência Nacional de Aviação Civil e promovido pela Comissão Latino-Americana de Aviação Civil (Clac).

Os principais temas foram o desenvolvimento do mercado de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e a implementação de créditos de carbono, iniciativas fundamentais para o alinhamento da região às metas de redução de emissões de CO2 estabelecidas pela Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci).

O secretário da Clac, Jaime Binder, afirmou que a poluição gerada pela aviação é de 2 a 3%, sendo a participação da aviação no mercado global de 6%, segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (International Air Transport Association - Iata). De acordo com o secretário, ainda que o setor aéreo tenha um impacto proporcionalmente menor, é muito importante a descarbonização dele porque o “nosso planeta é um só, e somos responsáveis pelo crescimento do setor, mas com a responsabilidade de preservar o meio ambiente”.

“Nossa região tem um potencial incrível para o desenvolvimento de

offsetting (compensação) para o Corsia (Esquema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional) e a promoção da produção de SAF na América Latina com grande biodiversidade e recursos naturais que nos permitem produzir bioenergia e energia renovável”, afirmou a diretora da Anac Mariana Altoé.

O diretor da Anac, Ricardo Catanant, indicou que “temos que buscar formas de incentivar a constituição de um mercado integrado de produção e fornecimento de SAF em nossa região. Embora todos tenham potencial de produzir SAF, é necessário que busquemos maneiras mais eficientes de disponibilizar o produto às nossas companhias aéreas, identificando hubs regionais de produção e criando cadeias integradas e mecanismos que aumentem o acesso ao SAF”.

Dividido em três painéis temáticos, o evento proporcionou um espaço para que os participantes compartilharem experiências e reforçarem a colaboração regional em busca de uma aviação mais sustentável. O primeiro painel abordou as experiências em certificação de créditos de carbono, com destaque para a recente iniciativa da Guiana de vender bônus de carbono para o sistema de compensação de emissões Corsia. O segundo painel examinou o desenvolvimento do mercado de SAF no Brasil, com especialistas debatendo os desafios e as oportunidades de investimentos privados na área, como a necessidade de algumas condições essenciais como estudos de viabilidade técnica e econômica, regras estáveis, planos definidos. Por fim, o terceiro painel explorou as políticas de

implementação de SAF em países como Chile, República Dominicana e Brasil, trazendo perspectivas de autoridades e do setor privado.

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Offshore Week híbrida

A questão logística é hoje o maior desafio para o desenvolvimento da indústria petrolífera no Brasil, acredita Heitor Gioppo, COO da Foresea, na mesa de abertura da Offshore Week. O executivo contou como foi o planejamento durante um ano para operação no norte do país na abertura do evento, no painel “O petróleo como visão estratégica do país”, que reuniu virtualmente representantes de diversos segmentos da indústria de óleo e gás: além de Heitor Gioppo, participaram Rodolfo Saboia, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; Sylvia Anjos, Diretora de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras; Cristiano Pinto da Costa, CEO da Shell; e Samir Awad, diretor da PPSA.

Ao abordar o tema sob o ponto de vista do fornecedor, Gioppo elencou os investimentos feitos pela Foresea na preparação dos navios-sonda para perfuração de poços em situações de maior complexidade logística e com atendimento de mais requisitos ambientais. Uma das tecnologias mencionadas foi o sistema MPD (Drilling Managed Pressure), que isola o poço em um espaço confinado e controlado durante a perfuração, trazendo mais segurança e confiabilidade operacional, redução de custos e de riscos ambientais. Para atuar em regiões de fortes correntes marinhas, a Foresea instalou no navio um sistema de sensores distribuídos ao longo da coluna de perfuração. Gioppo comentou que biólogos trabalham a

bordo fazendo o monitoramento de fauna e flora marinha e contou que a Foresea participou de um grande simulado realizado este ano na Bacia Potiguar, antes da perfuração dos poços. “Foram mobilizados mais de 1.500 pessoas, quatro aeronaves, duas ambulâncias, 32 veículos em terra, 20 embarcações, para a simulação de contenção e de abandono, proteção costeira, proteção da fauna, tudo conforme os requisitos do órgão ambiental, com bastante sucesso”.

O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, afirmou que o Brasil precisa recompor as reservas de petróleo e gás natural e que o caminho para colher os frutos da transição energética no futuro virá de decisões que precisam ser tomadas agora. “O momento que estamos vivendo é extremamente importante para determinar qual o grau de sucesso que um país vai ter ao realizar a sua trajetória de transição energética. Apostar na transição energética e não sermos capazes de prover sequer aquelas necessidades para alcançar o net zero é um risco muito grande de nós, em vez de fazermos uma estratégia de transição energética, desenvolvamos uma outra que nos leve à pobreza energética, cujo primeiro sintoma é alta dos preços da energia”, disse. Ele defendeu a ampliação da produção nacional, responsável por bilhões de reais em arrecadação de impostos, royalties, empregos e desenvolvimento de uma cadeia de bens e serviços relacionados ao setor. “O Brasil tem que deixar claro qual é o caminho que ele

No que se refere aos processos, o executivo comentou sobre os novos inventários de atividades preenchidos pelas equipes a bordo: “muito mais completos”.

A Offshore Week contou com o patrocínio da Foresea e teve sessões virtuais durante três dias e um encerramento presencial, no Porto Maravalley, na região portuária do Rio de Janeiro.

quer percorrer nesse sentido, e a hora de tomar essa decisão é agora. Essa decisão vai ser cobrada ou elogiada no futuro daqueles que tomaram essa decisão no momento que nós estamos vivendo”.

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A presidente da Pré Sal Petróleo S.A. (PPSA), Tabita Loureiro, destacou a drástica redução na perfuração de poços no Brasil nos últimos anos. Ela afirmou que o momento é diferente do que sucedeu o início das operações no pré-sal, quando havia muitas perfurações. “Se a gente olha o histórico, em 2011 a gente perfura 150 poços por ano. Em 2023, nós perfuramos 22 poços exploratórios. Desses 22, seis foram offshore. Em 2024, até agora, perfuramos seis poços no total”, comentou. “Os campos de petróleo declinam a uma taxa de 10%. Significa que em 2030, nós vamos, sem dúvida, importar petróleo. A urgência na reposição das reservas é essa, mas a conta da reposição vai chegar agora”, disse.

Para o presidente da TGS, João Correa, a substituição do combustível fóssil pressupõe a existência, em grande escala, de renováveis. “Você vai precisar de outras fontes de energia firmes, que vão ter que ser atendidas por tecnologias que são muito promissoras, como hidrogênio de baixo carbono”, afirmou. O executivo pontua que essas fontes são caras e dependem do aprimoramento tecnológico para serem escaláveis. Como o país pode criar uma política pública industrial para que toda a cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás seja competitiva globalmente, enfrentando a inflação na cadeia de suprimentos? Foi o que discutiram Karine Fragoso, gerente de Óleo e Gás da Firjan, Telmo Ghiorzi, presidente da ABESPetro e Pedro Alem, gerente Executivo de Política Industrial do IBP.

“A gente já conseguem prever dificuldade para a cadeia industrial se a gente não tiver efetivamente novas descobertas e novos projetos e novas demandas surgirem pros fornecedores. E existem pontos que dizem respeito à questão da escala para ter uma indústria forte. Se a gente não consegue construir demanda vai viver de solavanco. E o petróleo representa pro Rio de Janeiro algo em torno de 50% da sua economia”, contou Karine.

“Isso está acontecendo porque os mesmos fornecedores de bens e serviços para petroleiras são as mesmas empresas que vão fazer uma eólica offshore flutuante, são as mesmas empresas que vão fazer captura e armazenamento de carbono, que estão fazendo árvore de natal submarina para reinjeção de carbono... A gente não sabe qual vai ser a matriz do futuro, mas uma coisa é certa: a cadeia produtiva estará lá porque é ela que vai fabricar as coisas que vão ser usadas pelas empresas que vão vender a energia, que vão vender a commodity energética. E nós temos um problema: hoje o Brasil está aumentando muito rapidamente a sua produção de energia elétrica de fonte solar, mas uns 95% dos dos painéis fotovoltaicos vêm da China. Se alguém acha que isso é política Industrial, lamento informar, está redondamente enganado; isso

é um jeito de destruir o país do ponto de vista Industrial. Nós tínhamos que criar mecanismos de incentivos para que as células fotovoltaicas fossem feitas aqui e o mesmo vale para energia eólica (...) nós não estamos preparando a nossa indústria, ” afirmou Telmo.

“Estamos num momento de incerteza em termos de futuro... tem alguma coisa sendo feita, mas é pontual; a gente tem que olhar mais para frente para ter continuidade de demanda até para que se consiga fazer políticas de desenvolvimento de competitividade (...)”, postulou Pedro.

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O vice-presidente sênior e Chefe da Área de Pesquisa para América

Latina da Rystad Energy, Daniel Leppert apresentou estudo sobre oportunidades de Infrastructure-Led Exploration (ILX) e como podem ajudar a resolver o desafio de substituição de reservas do Brasil.

Daniel abriu o seminário presencial de encerramento da Offshore Week 2024, lembrando que se estima que são necessário 100 bilhões de barris em novas reservas de petróleo para evitar um descolamento entre oferta e demanda entre 2032 e 2050. De acordo com o executivo, por volta de 2040 haverá um déficit de 18 milhões de barris/dia de petróleo no mercado global. O VP da Rystad reforçou que é preciso mais óleo, a preços mais competitivos, para uma

transição energética segura. “A América Latina principalmente impulsionada pelo Brasil vem numa tendência de alta e não é só o Brasil, temos a Guiana e a Argentina que também são mercados muito pujantes com tendência de alta. Precisamos de mais óleo competitivo se a gente quer trafegar por uma transição segura.”

MT reforça laços no Forum Empresarial Brasil-Indonésia

Em evento paralelo ao G20 foi o Fórum Empresarial entre Brasil e Indonésia uma oportunidade para viabilizar grandes investimentos privados. Uma das reuniões foi com a Bracell, que confirmou e alinhou os próximos passos para construção de uma fábrica de celulose em Água Clara: a empresa pretende investir US$ 4 bilhões na unidade do Mato Grosso do Sul, tendo já iniciado o processo de licenciamento ambiental, com estudo previsto para ficar pronto até fevereiro do ano que vem.

“Participamos do Fórum empresarial Indonésia e Brasil, onde tivemos uma rodada de negócios com empresários dos dois países. O motivo principal da

nossa vinda é para nos reunirmos com a Bracell, que é uma e empresa do grupo RGE, da indonésia, que discute uma planta industrial no Estado”, afirmou o governador Eduardo Riedel.

@Bruno Chaves

O evento ocorreu no Copacabana Palace, com a presença do CEO da Bracell, Anderson Tanoto, além do presidente da República da Indonésia, Prabowo Subianto e empresários dos dois países. Da comitiva do Mato Grosso do Sul,

Governador (centro) ao lado dos secretários Rodrigo Perez (esquerda) e Jaime Verruck (direita)

estiveram presentes os secretários Jaime Verruck da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e Rodrigo Perez da Segov (Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica).

Reunião do Governo de MS com a direção da Bracell

Encontro em Foz integra os Núcleos de Cooperação Socioambiental da Itaipu e Itaipu Parquetec

Mais de mil pessoas participaram de um encontro de integração, em Foz do Iguaçu (PR), reunindo representantes dos 20 Núcleos de Cooperação Socioambiental, criados em setembro deste ano para unir instituições diversas para que, juntas, identifiquem e executem soluções socioambientais nos 434 municípios do Paraná e do sul do Mato Grosso do Sul, área de atuação prioritária da Itaipu Binacional. A iniciativa tem a parceria do Itaipu Parquetec.

A ação é parte da estratégia de Governança Participativa para a Sustentabilidade, um dos eixos de atuação do Programa Itaipu Mais que Energia. A experiência de gestão do território poderá ser levada para a Conferência Mundial do Clima, COP 30, que acontece em novembro de 2025, em Belém (PA).

De setembro a outubro deste ano, 2.055 pessoas, representando 1.160 instituições, participaram dos 20

@Bruno Chaves
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encontros dos núcleos, em 19 municípios do Paraná e um no sul do Mato Grosso do Sul. Os encontros reuniram governos, universidades, organizações da sociedade civil e empresas. Os participantes identificaram questões

socioambientais prioritárias nos territórios, como gestão dos resíduos sólidos, qualificação profissional, moradia, geração de emprego, além do enfrentamento das mudanças climáticas.

O diretor-superintendente do Itaipu Parquetec, Irineu Colombo, deu as boas-vindas aos participantes lembrando a missão da Itaipu Binacional de cuidar do meio ambiente e da qualidade da água para manter a produção de energia elétrica. “Mas cuidar do meio ambiente significa cuidar das pessoas, porque onde tem pobreza tem agressão ao meio ambiente, onde tem pouco desenvolvimento tem emissão de carbono. Então os projetos de infraestrutura da Itaipu e do Governo Federal tem um olhar para as pessoas”, afirmou.

@Divulgação/William Brisida/Itaipu Binacional

Para o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, o papel da Itaipu é apoiar as instituições dos núcleos a buscarem as próprias soluções dos problemas do território. “Estamos debatendo como otimizar as estratégias para que eles possam mudar, de fato, a realidade do território onde atuamos. E essa ação não é exclusiva do Itaipu, mas um pouco de cada uma das entidades, das organizações que atuam no dia a dia”, afirmou Carboni.

O evento marcou o primeiro encontro geral dos núcleos, com uma palestra do doutor em meteorologia Paulo Nobre, integrante do Programa Mundial do Clima e cientista sênior do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em sua fala, Paulo Nobre debateu os futuros possíveis da humanidade diante do imenso desafio

das mudanças climáticas.

“Estamos em busca de uma ética planetária, mas o que é isso? É a minha rua, a minha cidade. Então, quando mudamos o nosso local, ajudamos a mudar o planeta em que vivemos. É uma mudança coletiva e que depende de cada um de nós”, afirmou o cientista.

Após a palestra, representantes dos núcleos foram convidados para um diálogo de encerramento. Na sequência, a assessora do diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, Silvana Vitorassi, fez um resumo do caminho percorrido ao longo de 2024 e falou sobre as próximas ações e programação para 2025. Entre elas, o lançamento do novo edital da Itaipu Binacional em parceria com a Caixa Econômica Federal, de R$ 400 milhões.

“O caminho é feito ao caminhar, mas é muito importante entendermos que quando caminhamos juntos, vamos chegar muito mais longe. Então, muito obrigada por estarem de mãos dadas com a gente para mudança desse território, para que ele seja mais justo, mais inclusivo, mais sustentável, e, principalmente, mais amoroso e mais feliz”, concluiu Silvana.

O aumento projetado da temperatura do planeta, mencionado na palestra de Paulo Nobre, chamou a atenção de Leonardo Rocha Costa, funcionário da Assembleia Legislativa do Paraná.

“Se a gente já enfrenta aumento da temperatura hoje, imagina daqui a 100 anos o quanto isso vai ser impactante, como os seres humanos vão ter que se adaptar. Tudo isso me tocou e faz que a gente se sensibilize cada vez mais com essa temática ambiental

Representantes dos Núcleos de Cooperação Socioambiental debateram sobre as esperanças e os desafios para a região. O diálogo foi coordenado pelo engenheiro agrônomo Luiz Ferraro, doutor em Desenvolvimento Sustentável, conselheiro do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental.

Os Núcleos de Cooperação Socioambiental são um espaço propício para o acesso a informações qualificadas que auxiliarão na tomada de decisões, troca de conhecimentos, diagnóstico de problemáticas comuns, construção de projetos colaborativos e fortalecimento de redes locais.

O diagnóstico territorial é a primeira atividade prática. A atividade é guiada por um especialista em governança participativa e meio ambiente, com o auxílio de coordenadores que conhecem bem os territórios. Esse também é um momento para que os participantes compreendam melhor o conceito de governança participativa, um processo colaborativo para a construção conjunta, transparente e democrática, de soluções mais eficazes para desafios coletivos.

Os núcleos recebem formações que começam com temáticas voltadas à sustentabilidade, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Além das capacitações oferecidas pela Itaipu e Itaipu Parquetec, também há a oferta de cursos pelas próprias entidades participantes. Durante um encontro preliminar sobre o tema, realizado em agosto na Itaipu, representantes de diversas universidades conveniadas com

a binacional já se colocaram à disposição para ampliar a oferta de cursos e pesquisas.

Com a liderança da Itaipu e o Itaipu Parquetec, os núcleos promovem uma aproximação maior do Governo Federal dos territórios. Uma das prerrogativas é divulgar as oportunidades capazes de ajudar nos desafios diagnosticados, como editais públicos lançados pelos ministérios.

Inaugurada usina de biometano em Caieiras

A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), Natália Resende, e a subsecretária de Energia e Mineração, Marisa Barros, participaram da inauguração de uma usina de biometano em Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo. A planta, com capacidade instalada para produção de aproximadamente 70 mil m³/dia do biocombustível, processará o biogás captado pela Solví Essencis, em sua Unidade de Valorização Sustentável (UVS), um dos maiores aterros sanitários do mundo.

A unidade evitará a emissão de cerca de 300 mil toneladas de CO2 equivalente por ano, contribuindo para a transição energética e a descarbonização das indústrias da região. Além disso, a planta poderá emitir créditos de carbono. A usina de biometano de Caieiras foi beneficiada pelas novas regras publicadas pela Cetesb, em junho deste ano, para agilizar os processos de licenciamento ambiental de plantas de produção de biocombustíveis.

@Divulgação Semil
@Divulgação Semil @Divulgação Semil

Qualquer política energética africana bem-sucedida deve ter o petróleo e

o gás no seu cerne

@DivulgaçãoAEC

NJ Ayuk, Presidente Executivo da African Energy Chamber, colocou petróleo e gás no cerne do sucesso da África em seu discurso: “Acredito que a responsabilidade máxima para chegar lá é nossa e de mais ninguém. Sim, precisamos de parceiros para caminhar ao nosso lado, mas o sucesso do nosso movimento energético repousa sobre os ombros africanos.

Para começar, eu adoraria ver as partes interessadas do setor energético africano falando em uníssono sobre os objetivos da indústria energética africana.

Isso será particularmente importante na COP29 em Baku. É imperativo que os líderes africanos apresentem uma voz e uma estratégia unificadas para as transições energéticas africanas. Devemos deixar claras as necessidades e circunstâncias únicas da África e explicar o papel crítico que o petróleo e o gás desempenharão para ajudar a África a atingir emissões líquidas zero nas próximas décadas.

Eu encorajaria os líderes africanos

a falarem sobre a necessidade de financiamento, também, para tornar possível que adotemos fontes de energia renováveis e estabeleçamos a infraestrutura necessária. A África precisará de sistemas financeiros globais, incluindo bancos multilaterais de desenvolvimento, para desempenhar um papel significativo no financiamento do nosso crescimento energético, que deve incluir combustíveis fósseis.

Os governos africanos também têm um papel a desempenhar no sucesso do movimento energético africano.

Como o setor energético da África ainda pode se beneficiar muito da presença de empresas petrolíferas internacionais, nossos líderes governamentais precisam aprovar contratos com empresas de petróleo e gás prontamente, em vez de permitir que a burocracia atrase os projetos depois que as descobertas forem feitas.

E eles precisam oferecer os tipos de políticas fiscais que permitam que as empresas petrolíferas operem

lucrativamente na África. Por sua vez, isso ajudará essas empresas a gerarem receita, criar empregos e oportunidades de negócios e fomentar a capacitação.

Eu também encorajaria governos e sociedades civis a recompensarem empresas que exemplificam comportamento positivo. Vamos incentivar o tipo de atividades que queremos, desde criar bons empregos e oportunidades de treinamento até compartilhar conhecimento.

E tem mais.

Nós na África devemos trabalhar juntos para criar mais oportunidades para as mulheres construírem carreiras na indústria de petróleo e gás em todos os níveis. Nossa indústria de energia não pode atingir seu potencial para fazer o bem quando metade da nossa população é deixada de fora. Nosso progresso em nome das mulheres não tem sido ótimo — precisamos fazer melhor e precisamos agir rapidamente.

Agora, falo sério quando digo que os africanos são responsáveis por construir o futuro que desejam. Mas eu adoraria ver governos, empresas, instituições financeiras e organizações ocidentais apoiando nossos esforços.

Como? Eles podem evitar demonizar a indústria de petróleo e gás. Vemos isso constantemente, na mídia, em decisões políticas e de investimento, e em apelos para que a África deixe nossos combustíveis fósseis no solo. Ações como essas, mesmo quando os líderes ocidentais pressionaram a OPEP a produzir petróleo, não são justas e não são úteis.

Eu também pediria respeitosamente às instituições financeiras que retomassem o financiamento para projetos de

petróleo e gás africanos e parassem de tentar bloquear projetos como o oleoduto East African Crude Oil ou os projetos de GNL de Moçambique.

Por favor, entendam que, com a guerra na Ucrânia, a crise energética na Europa e a pobreza energética que nosso continente enfrenta, nossos países, como muitos outros, estão simplesmente escolhendo os caminhos que acreditam ser mais prováveis de ajudar seus povos.

Sabe, as pessoas por anos me acusaram de amar as empresas de petróleo e gás mais do que a África. O oposto é verdade. Em minhas viagens frequentes pelo continente, observei muitos jovens com poucas oportunidades.

Eu sei que nossos jovens têm aspirações por um futuro melhor. Eu sei que eles têm grandes sonhos. E eu sei que esse futuro está quase ao alcance deles.

Uma indústria energética próspera e estrategicamente gerenciada pode tornar isso possível para muitos desses jovens, seja levando a bons empregos ou promovendo o tipo de crescimento econômico que cria empregos em outros campos. Mesmo que apenas acendamos as luzes em suas comunidades, estaremos dando esperança aos nossos jovens e melhorando suas chances de realizar seus objetivos.

É isso que me move, a ideia de que, com nossos esforços e determinação contínuos, nossos jovens podem concretizar oportunidades significativas. Encorajo cada um de vocês a trabalhar conosco na African Energy Chamber, em um espírito de cooperação e respeito mútuo. Juntos, podemos construir o tipo de movimento energético africano que nosso continente, nossas comunidades e nossos jovens precisam e merecem.

Robôs

que preveem

ondas

podem reduzir custos de energia verde

Até agora, a natureza imprevisível das ondas – que dificultam a estabilidade das máquinas e a execução de movimentos precisos – tem limitado o uso de robôs na manutenção de plataformas offshore. Mas pesquisadores dizem que uma nova tecnologia que permite que robôs trabalhem de forma estável em mares turbulentos pode tornar mais barato, rápido e seguro manter parques eólicos offshore e turbinas de maré.

A equipe afirma que posicionar robôs autônomos no mar para realizar manutenção de rotina reduziria o custo de geração de energia renovável, que normalmente é muito mais alto do que usar combustíveis fósseis.

Também poderia simplificar as operações — que atualmente podem envolver navios e helicópteros ou içar equipamentos para fora da água — e eliminar a necessidade de pessoas trabalharem em ambientes perigosos.

Engenheiros da Universidade de Edimburgo desenvolveram novas ferramentas computacionais e experimentais para permitir que robôs autônomos mantenham uma posição estável em meio a ondas irregulares e violentas. Os pesquisadores testaram seu sistema no tanque de testes FloWave da universidade, usando dados de ondas capturados por uma boia no Mar do Norte para imitar os tipos de condições em que os robôs podem trabalhar. Dispositivos de detecção de ondas são amarrados ao fundo do mar e medem a direção e a altura das ondas que chegam, retransmitindo as informações em tempo real para um robô que trabalha nas proximidades. Isso

permite que a máquina não tripulada previna perturbações futuras complexas na água, neutralizando-as precisamente para manter uma posição estável.

As descobertas indicam que o sistema é compatível com robôs que operam perto da superfície e aqueles que trabalham em profundidades maiores, onde as perturbações ainda podem ser sentidas fortemente.

A nova tecnologia melhora os sistemas de controle convencionais, diz a equipe, que operam de forma corretiva. Eles são propensos a responder lentamente às perturbações de rápida mudança do oceano, tornando-os muito menos confiáveis em ambientes tão perigosos.

Uma grande limitação no momento é a capacidade dos robôs de perceberem e neutralizarem perturbações ambientais de forma eficaz, o que restringe fundamentalmente o uso atual de pequenos veículos submarinos. Ao formar uma previsão de perturbações futuras de ondas e integrá-la ao sistema de controle, é possível expandir esse alcance com pouca ou nenhuma alteração no hardware do robô. Em termos de traduzir essa tecnologia para o campo, é um grande benefício e torna o sistema aplicável à maioria dos veículos atualmente disponíveis no mercado.

Pesquisas futuras visam melhorar a capacidade das máquinas autônomas de executar tarefas precisas – como usar braços robóticos para detectar ferrugem ou consertar equipamentos elétricos –enquanto mantêm uma posição estável na água.

Representação esquemática do protocolo ponta a ponta proposto – o ROV recebe informações preditivas relacionadas à onda que se aproxima de um dispositivo de medição a montante, que o controle de bordo pode explorar para compensar futuras perturbações hidrodinâmicas. Essas informações podem ser transmitidas sem fio para uma estação base e retransmitidas para o ROV por meio de um tether (opção de comunicação 1) ou, se estiver operando sem tether, transmitidas sem fio diretamente debaixo d’água (opção de comunicação 2).

“Aumentar o uso de robôs autônomos para ajudar a manter instalações renováveis offshore pode ter um efeito transformador na redução do custo de produção de energia limpa. Avançar ainda mais essa tecnologia pode ajudar a promover uma mudança radical na adoção de robôs não tripulados no mar e aumentar drasticamente o grau de automação no setor offshore”, afirma Dr. Francesco Giorgio-Serchi, da Escola de Engenharia Universidade de Edimburgo.

VEJA O ESTUDO NA ÍNTEGRA

Parceria para revolucionar a manutenção offshore

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A ANYbotics, empresa global de soluções de inspeção de robôs orientadas por IA, e a Equans Offshore Business Unit, uma provedora de soluções offshore, uniram forças para transformar os fluxos de trabalho ao implementar o ANYmal em ambientes offshore desafiadores.

ANYmal, a principal solução robótica da ANYbotics, combina design robusto e recursos autônomos para automatizar a coleta de dados em tempo real, monitoramento de ativos e suporte de manutenção em instalações offshore de alto risco com mobilidade e inteligência inigualáveis.

A Equans oferecerá o ANYmal como uma compra direta ou Robotas-a-Service, fornecendo suporte de implementação, treinamento e expertise. Esta parceria permite manutenção offshore automatizada, promovendo um futuro mais sustentável e eficiente no offshore.

“Automatizar inspeções de rotina em energia eólica offshore por meio de robótica avançada reduzirá custos e emissões de tempo de inatividade, e posicionará a Equans e a ANYbotics na vanguarda da prestação de serviços a essa indústria sustentável e de rápido crescimento” afirma Oussama Darouichi, Diretor Associado de Alianças e Parcerias Estratégicas, ANYbotics.

“Juntos, estamos comprometidos em entregar soluções inovadoras que melhorem a eficiência dos nossos clientes e impulsionem o movimento essencial em direção à descarbonização e digitalização. O poder da inovação e da colaboração está definindo o caminho para criar um futuro sustentável para todos,” diz Pascal Grosjean, Gerente Geral, Unidade de Negócios Offshore da Equans.

Equinor traz outra plataforma

A Equinor concedeu um contrato firme de dois anos à Northern Ocean Wind AS para empregar a plataforma móvel Deepsea Bollsta na plataforma continental norueguesa. O valor do contrato para o período é calculado em cerca de US$ 335 milhões, com início previsto para o final de 2025. O contrato também inclui cinco opções de um ano.

“Temos a ambição de manter nossa produção da plataforma continental norueguesa em um alto nível até 2035, fornecendo a energia que a Europa demanda. Nossa capacidade de perfurar continuamente novos poços está no cerne disso. Ainda há um grande potencial de recursos restantes em nossos campos produtores. Também vemos oportunidades de exploração

atraentes na Noruega”, diz Kjetil Hove, vice-presidente executivo de Exploração e Produção da Noruega (EPN).

A Northern Ocean Wind AS é uma empresa de propriedade da Northern Ocean Ltd. A Deepsea Bollsta será operada pela Odfjell Drilling. Atualmente, eles operam três sondas para a Equinor, Deepsea Aberdeen, Deepsea Atlantic e Deepsea Stavanger. Atualmente, a sonda está na África e tem perfurado na Namíbia, mas tem histórico anterior de operações na Noruega.

“Estamos satisfeitos em continuar nossa cooperação com a Odfjell Drilling, que demonstrou uma forte cultura de segurança e desempenho. Isso

adicionará capacidade flexível ao nosso portfólio de perfuração. Em média, temos 25 operações de perfuração ativas na plataforma continental norueguesa. A capacidade da plataforma é importante para nós, planejamos entregar 50-70 poços de recuperação aumentados e 20-30 poços de exploração anualmente daqui para frente”, diz Erik Kirkemo, vicepresidente sênior de Perfuração e Poços.

O Deepsea Bollsta é um equipamento móvel de sexta geração, preparado para o inverno e para ambientes adversos.O valor do contrato não inclui serviços de plataforma integrada ou taxas de mobilização/desmobilização.

@Divulgação/Kjetil Eide/Equinor

Da esquerda para a direita: Kjetil Gjersdal, diretor executivo da Odfjell Drilling, Arne Jacobsen, diretor executivo da Northern Ocean Ltd, Erik Kirkemo, vice-presidente sênior da Equinor Drilling and Well e Dana K. Risvik, vice-presidente de Perfuração e Aquisição de Poços, celebraram o novo contrato de plataforma em Stavanger.

O IBP realiza visita técnica à OPEC

Isabella Costa, gerente da Área de Análises técnicas do IBP e William Clavijo Vitto, PhD, especialista em upstream, participaram de visita em conjunto com a equipe de pesquisadores em energia da OPEC, como parte das atividades do Memorando de Entendimento (MoU) assinado na ROG.e 2024 junto ao secretário geral da OPEC, HE Haitham Al Ghais, para fins de desenvolvimento de colaboração técnica entre ambas as

instituições.

Neste encontro começou a ser elaborado um plano de trabalho em cooperação para a evolução energética, foram discutidas as perspectivas de mercado no curto e longo prazos, os esforços cruciais da OPEP e de países não pertencentes à OPEP para garantir a estabilidade sustentável do mercado e a participação líder do Brasil nos mercados globais de energia.

Wilson Sons UltraTug Offshore é o melhor fornecedor em logística marítima

Da esquerda para direita: Dayana Pimentel, Carlos Prado, Gustavo Machado, Daniel Pereira, George Pryor e Márcia Valeria

A Wilson Sons UltraTug Offshore (WSUT) foi a vencedora, pelo segundo ano seguido, do “Prêmio Melhores Fornecedores da Petrobras” na categoria Logística Marítima, segmento onde atuam mais de 40 empresas no mercado brasileiro. Em sua 7ª edição, o Prêmio é um reconhecimento aos fornecedores que têm atuação relevante com relação ao “desempenho em prazo, gestão, qualidade, saúde, meio ambiente, segurança e geração de valor”.

Classe mundial em segurança, a WSUT é uma joint venture entre a Wilson Sons, maior operador de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, com mais

de 186 anos de experiência, e a Ultratug (do grupo chileno Ultranav). Com uma das maiores e mais modernas frotas, no país, a WSUT mantém uma parceria de mais de 20 anos com a Petrobras, e conta com 22 embarcações, de bandeira brasileira, que estão atualmente contratadas e operam dando apoio às atividades de exploração e produção de petróleo e gás da petroleira brasileira e de outras companhias do setor.

“A premiação da Petrobras reforça o compromisso estratégico da WSUT com a excelência operacional, a busca constante por elevados padrões de segurança e a eficiência da nossa

@Divulgação

frota, demonstrando a importância da navegação de apoio marítimo brasileira para o desenvolvimento do setor de energia offshore e do país. Também é um reconhecimento à expertise do nosso time de colaboradores”, disse Gustavo Machado, diretor-executivo da WSUT, que recebeu o Prêmio da Petrobras, acompanhado por executivos da companhia, durante a ROG.e 2024.

Diante do cenário atual de demanda robusta de afretamento de OSVs (Offshore Support Vessels, embarcações de apoio offshore), puxada por importantes investimentos e aumento no volume de operações da cadeia de óleo e gás (exploração, desenvolvimento

e produção), o diretor-executivo da WSUT considera “bastante positivas” as expectativas para os próximos cinco anos.

“O mercado de apoio marítimo, que já se encontra em um momento muito positivo, tem uma projeção de crescimento de demanda que deve se sustentar por período significativo, com potencial ainda maior de expansão quando destravados os investimentos das operações na Margem Equatorial e na geração de energia eólica offshore”, afirmou Gustavo Machado.

A frota da Wilson Sons UltraTug Offshore possui 22 embarcações – que estão contratadas.

Vast e Repsol assinam contrato para transbordo de petróleo

A Vast Infraestrutura, empresa do Grupo Prumo, e a espanhola Repsol, que atua em exploração e produção, assinaram contrato para realizar operações de transbordo abrigado (double banking) no terminal de petróleo (T-Oil) da Vast no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ).

O acordo possibilitará a exportação da produção de óleo cru da Repsol por meio da utilização de navios Suezmax e VLCC (Very Large Crude Carrier), além de expandir as oportunidades para operações de trading.

“Hoje o Brasil exporta cerca de 1,8 milhão de barris de óleo cru por dia, volume que deve chegar a mais de 3 milhões na década de 2030. O T-Oil já é responsável por grande parcela dessa exportação, oferecendo a melhor infraestrutura e soluções logísticas para a movimentação de líquidos no país, de forma segura, eficiente e sustentável”, ressalta Victor Snabaitis Bomfim, CEO da Vast.

Com o novo acordo, a Vast agora soma 11 operadoras de óleo e gás presentes no Brasil como clientes: BW Energy, CNOOC, Equinor, Galp, Petrobras, PetroChina, Petronas, PRIO, Repsol, Shell e TotalEnergies. O crescimento da carteira de clientes da Companhia reforça o potencial do Açu de servir como um marketplace, que oferece a possibilidade de clientes combinarem cargas para exportação, aumentando a eficiência de suas operações.

Segundo dados da Antaq - Agência Nacional de Transportes Aquaviários), no 1º semestre de 2024 o T-Oil foi responsável por 50,2% de toda a movimentação nos terminais que exportam petróleo no Brasil e se manteve em primeiro lugar no mercado de exportação de óleo

bruto, com 13,6 milhões de toneladas movimentadas.

Além disso, o terminal ficou em segundo lugar no mercado de movimentação de óleo bruto, com 27,1 milhões de toneladas movimentadas. A Vast foi ainda responsável por 68% de toda a movimentação no Porto do Açu, o terceiro porto que mais movimentou carga em todo o país no período.

A Vast é proprietária do único terminal privado no Brasil para transbordo de petróleo com capacidade para operar navios da classe VLCC. O T-Oil está em localização privilegiada, próximo aos principais campos produtores de petróleo das bacias de Campos e de Santos, e licenciado para movimentar até 1,2 milhão de barris de petróleo por dia.

Combustível do futuro: CNI destaca cinco projetos brasileiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei do Combustível do Futuro. A proposta cria o marco legal de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono (CCS) e estabelece três programas nacionais: Diesel Verde (PNDV), Bioquerosene de Aviação (ProBioQAV) e Descarbonização do

Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano. Além disso, integra políticas públicas do setor de transportes, como a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), o Programa de Mobilidade Verde (Mover), o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) e o Programa de

Controle da Poluição do Ar por Veículos (Proconve).

Presente na cerimônia de sanção, o presidente da CNI - Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, destaca que o país é referência mundial na produção e no uso de biocombustíveis. Segundo o Balanço Energético Nacional 2024, o uso de energias renováveis no setor de transportes chegou a 22,5% em 2023, com aumento de 5,4% no consumo de etanol e de 19,9% de biodiesel em relação a 2022.

Para a CNI, a lei também acerta ao incentivar as diferentes rotas tecnológicas de produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF), aproveitando os recursos disponíveis no Brasil. Além disso, estimula a pesquisa, produção, comercialização e uso do diesel verde, combustível renovável que, ao longo do seu ciclo de vida, emite de 50% a 90% a menos gases de efeito estufa em comparação com o diesel fóssil.

“Na indústria, os biocombustíveis já são parte da estratégia para a transição energética, e o setor também tem contribuído com pesquisa e desenvolvimento, como o SAF”, completa o presidente Alban - citando cinco projetos com DNA brasileiro dos Institutos Senai de Inovação (ISIs), indústrias e instituições parceiras:

“A sanção do projeto é mais uma iniciativa que reforça a prioridade dada pelo governo e pelo Congresso Nacional à chamada ‘pauta verde’, tão importante para o desenvolvimento sustentável do país e para a indústria brasileira. Certamente, ajuda a incrementar a utilização de combustíveis sustentáveis, contribuindo para a descarbonização da matriz energética do transporte nacional”, afirma o presidente Ricardo Alban.

Brave: agave valorizado

O Brave - Brazilian Agave Development tem como objetivo utilizar a agave, planta abundante no sertão nordestino, como biocombustível por meio da conversão da biomassa da planta em bioetanol. Nos próximos cinco anos, o projeto tem como entregas: um campo de produção de

agaves como laboratório experimental; mecanização do plantio e da colheita da planta; obtenção de etanol de primeira e segunda geração; e coprodutos como bio-óleo, biochar e biogás.

Envolve a Shell, Unicamp e o SENAI Cimatec (BA).

@DivulgaçãoShell

SAF: aviação sustentável

A primeira planta piloto do Brasil para produzir o combustível sustentável de aviação (SAF) foi inaugurada em setembro do ano passado em Natal (RN). Com um investimento de 1,4 milhão de euros, o Laboratório de Hidrogênio e Combustíveis Avançados (H2CA), no ISI do RN, tem como meta a produção de 5 litros/dia a partir da glicerina, além de certificação do combustível e avaliação técnica econômica para estabelecimento dos preços e oportunidades de mercado. Há um potencial de produção de SAF em

âmbito nacional, a partir de resíduos da cana, de 9 bilhões de litros, o que seria suficiente para cobrir a demanda do país e para exportar, mas o principal desafio são os custos de produção.

Esse projeto envolve o ISI em Energias Renováveis (RN), Cooperação BrasilAlemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Hidrogênio verde para combustível sintético

O projeto CO2CHEM pretende produzir combustíveis sintéticos verdes a partir de gás carbônico, hidrogênio verde, água e eletricidade. O processo prevê a captura, conversão e purificação do principal gás de efeito estufa, o CO2, junto do hidrogênio verde, proveniente do uso de energias renováveis. Como resultado, a planta de processamento pode entregar: combustível verde; parafinas especiais para produção de cosméticos, por exemplo; matériaprima para plástico verde; óleo lubrificante; e SAF.

Quem está nesse projeto é o ISI Biossintéticos e Fibras (RJ), a Repsol Sinopec Brasil, a Hytron e a Universidade de São Paulo (USP)

@Fiern/RenataMoura

Etanol de segunda geração

O Brasil já é líder global na produção de etanol. Com um investimento de R$ 120 milhões e previsão de inauguração em 2026, o Centro de Bioenergia, em Piracicaba (SP), tem a meta ambiciosa de aumentar em 50% a produção com a mesma área cultivada, reduzir a pegada de carbono em 30% em relação ao etanol

de 1ª geração (e 80% menos do que a gasolina), além de criar uma rota para produção do hidrogênio sustentável e oferecer matéria-prima para produção de SAF.

Quem está desenvolvendo é o ISI Biotecnologia (SP), a Raízen e a Shell

Macrofuel: biomassa de plantas aquáticas

Projeto de maior maturidade, com início em 2019, o Macrofuel utilizou plantas aquáticas dos reservatórios de Ilha Solteira e Jupiá para produção de biocombustível. Além de resolver o problema ambiental de proliferação das macrófitas nas usinas hidrelétricas da região por meio da coleta das plantas, os pesquisadores também trabalharam

com: a caracterização das plantas como biomassas, a produção do óleo pirolítico, o hidrotratamento de bio-óleo e a avaliação como biocombustível.

Quem faz esse projeto é o ISI Biomassa (MS), a CTG Brasil e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Nave ANP recebeu mais de 300 inscrições

A primeira edição do Nave, Programa ANP de Empreendedorismo, registrou 331 inscrições, de 264 startups localizadas em 19 unidades da federação, nas cinco regiões brasileiras. Dos 67 desafios previstos, 64 (96%) receberam propostas, o que superou expectativas já que, para a primeira edição, foi colocada uma ampla gama de opções. As inscrições ainda serão validadas pela ANP, a partir da documentação encaminhada pelas empresas.

O número de inscritos é também superior ao normalmente observado em programas de inovação aberta, o que reflete o pioneirismo do programa com participação de oito grandes empresas de energia, além da ANP.

A partir de agora se inicia a fase de seleção dos projetos que participarão da primeira edição do Nave.

São R$ 28 milhões dedicados ao Nave. Os recursos para o desenvolvimento do programa são aportados por empresas de energia, atendendo à cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) existente nos contratos para exploração e produção de petróleo e/ ou gás natural no Brasil. A cláusula prevê a aplicação, em PD&I, de percentual da receita bruta de campos com grande produção de petróleo e/ou gás natural, segundo condições específicas de cada modalidade de contrato.

O Nave tem como objetivos fomentar startups e novos modelos de negócios, estimular o empreendedorismo, promover a inovação para desafios comuns do setor de energia, incentivar

empresas da cadeia fornecedora, desenvolver tecnologia em temas prioritários e induzir a cooperação entre Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e startups.

As oito empresas de energia participantes da primeira edição do Nave são: Petrogal Brasil, TotalEnergies, China National Petroleum Corporation (CNPC), Shell, ExxonMobil, Equinor, Repsol Sinopec e Petrobras.

O NAVE está previsto como um programa de empreendedorismo na Resolução ANP nº 918/2023. Os desafios do programa foram estabelecidos a partir de cinco macro temas: Exploração, produção, refino e descomissionamento

- Aumento da eficiência operacional e otimização de custos.

Segurança energética, armazenamento de energia e fontes alternativas

- Desenvolvimento de novos combustíveis low carbon, tecnologias híbridas e aumento na eficiência energética.

Transformação digital

- Uso da indústria 4.0, blockchain, IoT e IA para o aumento da eficiência de processos.

Impacto ESG na geração de energia e produção de combustíveis

- Impacto ambiental, social e governança.

Confiabilidade de sistemas, segurança operacional e proteção ambiental

- Segurança operacional, proteção da vida humana e do meio ambiente.

Ineep defende fundo social para a Margem Equatorial

A diretora técnica do IneepInstituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Ticiana Alvares, é favorável à criação de um fundo social com recursos do petróleo que venha a ser produzido na Margem Equatorial Brasileira, caso se confirme potencial exploratório na área. Esse fundo teria a finalidade de financiar a transição energética justa, a pesquisa e inovação em busca de novas rotas tecnológicas, o desenvolvimento regional, o combate à pobreza e a desigualdade social, e condições autonomia dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas da região.

Ticiana participou (27/11) de audiência pública realizada pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados que tratou da exploração de petróleo na Margem Equatorial Brasileira. Durante sua apresentação, ela também defendeu que a região, que abriga cinco bacias hidrográficas, seja considerada área estratégica para o país, e que seja contemplada com o modelo jurídico-fiscal de partilha da exploração e produção de petróleo, tendo a Petrobras como operadora única.

“Para o Ineep, o debate sobre

a Margem Equatorial Brasileira não se resume a uma falsa dicotomia entre meio ambiente e desenvolvimento. Para nós, trata-se de uma questão estratégica, que envolve, a um só tempo, as agendas de segurança energética, soberania nacional, segurança climática e transição energética e do trabalho, que são aspectos essenciais para pensar o Desenvolvimento Nacional”, comentou ela.

A audiência pública foi requerida pelos deputados Júnior Ferrari e Sidney Leite e pela deputada Silvia Waiãpi. Participaram também: o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho; a gerente geral de licenciamento ambiental e meio ambiente da Petrobras, Daniele Lomba; o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Roberto Ardenghy; a representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rennaly Sousa; o gerente de operações do Instituto Arayara, Vinicius Nora; e o coordenador de articulação e redes do Observatório do Marajó, Luís Barbosa, entre outros.

@Reprodução/Câmara dos Deputados
Ticiana Alvares, diretora técnica do Ineep, em audiência pública sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial Brasileira, na Câmara dos Deputados.

ANP entrega Prêmio de Inovação Tecnológica 2024

A ANP realizou, no Rio de Janeiro, a cerimônia de entrega da edição 2024 do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica.

O Diretor-Geral da Agência, Rodolfo Saboia, destacou a importância da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), presente nos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural.

“A cláusula de PD&I nos contratos de exploração e produção, geridos pela ANP, garante os avanços que percebemos no setor e cria um ambiente necessário para impulsionar essa trajetória. Esses esforços não apenas contribuem para o aprimoramento do nosso setor, como também geram benefícios mais amplos, estimulando a geração de empregos qualificados e o fortalecimento da capacidade tecnológica do país. Essa conexão entre política industrial, inovação e sustentabilidade reflete nosso compromisso com o futuro energético e o desenvolvimento do Brasil”, afirmou.

A edição de 2024 contemplou seis

categorias de projetos de PD&I, sendo uma delas inédita (“Categoria VI: Projeto(s) cuja tecnologia tenha sido adotada pelo setor - Adoção Tecnológica”), além de duas categorias de personalidades do setor e uma de trabalhos do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP - PRH/ANP.

A categoria do PRH/ANP foi ampliada, nesta edição, para contemplar outros tipos de produção além de dissertações de mestrado, como artigos científicos, trabalhos de conclusão de curso de

@ANP
@ANP

graduação e teses de doutorado.

Este ano, houve aumento no número de participantes, em relação ao ano passado. Em 2023, foram 100 projetos inscritos nas categorias de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) e, em 2024, 128. Em relação aos trabalhos do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP - PRH/ANP, foram 26 concorrentes em 2023 e 71 em 2024.

Em seu pronunciamento no encerramento da cerimônia, o Diretor Daniel Maia Vieira ressaltou que a edição de 2024 do Prêmio foi a que registrou maior diversidade de projetos inscritos. Ele destacou ainda que a Agência trabalha para a melhoria das regras do Prêmio.

“No ano que vem, trabalharemos um novo olhar sobre uma resolução que, apesar de ser de 2023 (Resolução ANP 918/2023), reflete uma realidade de 2025. Há clara necessidade de atualização e aperfeiçoamento, porque em 10 anos nessa indústria, a tecnologia já mudou muito. Esse será um grande esforço por parte da nossa equipe, que trará reflexo nos próximos prêmios, com certeza”, afirmou.

Os vencedores do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2024, por categoria:

Categoria I - Projetos na área de “Exploração e Produção de Petróleo e Gás”

Título: Desenvolvimento de um Novo Lançador Automático de PIG Submarino para Águas Profundas

Empresas petrolíferas: TotalEnergies EP; BrasilEquinor

Empresa brasileira: NOV Flexibles Ltda

Categoria II - Projetos na área de “Transporte, Dutos, Refino e Abastecimento”

Título: DETEPIG

Empresa petrolífera: Petrobras

Empresa brasileira: UFRJ - Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC)

Categoria III - Projetos na área de “Transição Energética, Energias Renováveis”

Título: Pesquisas e Desenvolvimento de Dissipadores Térmicos baseados em Microcanais para Células Fotovoltaicas de Alta Concentração com Recuperação do Calor Rejeitado para Dessalinização

Empresas petrolíferas: Petrogal Brasil

Empresa brasileira: UFRJ - Laboratório de Nano e Microfluídica e de Microssistemas (LabMEMS); EMBRAPII

Categoria IV - Projetos na área de “Meio Ambiente e Redução de Impactos Ambientais”

Título: SENSIMAR- Ambientes Marinhos

Sensíveis

Empresa petrolífera: Petrobras

Empresa brasileira: LABTOX - Laboratório de Análise Ambiental Ltda Instituições: USP/Instituto Oceanográfico; UFRJ/Laboratório de Cnidaria; Instituto de Estudos do Mar

Almirante Paulo Moreira

Categoria V - Projetos na área de “Indústria 4.0 / Transformação Digital / Inteligência Artificial”

Título: Smart Monitor: a jornada Petrobras para o Digital Twin

Empresas petrolíferas: Petrobras

Empresa brasileira: UFRJ; UFRGS; UFMG

Categoria VI – Projetos na área de “Adoção Tecnológica”

Título: i-Concept JIP: Uma aplicação de Engenharia Metaheurística de Sistemas Baseados em Modelos (MBSME) para engenharia conceitual integrada de sistemas offshore

Empresa petrolífera: Repsol Sinopec Brasil S.A.; Shell Brasil Petróleo LTDA; ExxonMobil Empresa brasileira: Deep Seed Solutions

Categoria PRH - TCC de Graduação, Dissertação de Mestrado, Tese de Doutorado e Artigos Científicos

Personalidade da Academia

Isabel Teresa Derengowski Waclawek, diretora de P&D na Total E&P do Brasil. Ela é graduada em Engenharia Mecânica pela PUCRio e pós-graduada nessa mesma área pela COPPE/UFRJ. Isabel tem mais de trinta anos de experiência no setor de óleo e gás, em projetos multidisciplinares de P&D entre a Europa, os EUA e o Brasil. Durante seu percurso profissional, Isabel Waclawek ocupou vários cargos de gestão no desenvolvimento de tecnologias de águas profundas para o pré-sal e o pós-sal no Brasil, e no gerenciamento de projetos de engenharia e desenvolvimento de novas tecnologias.

O Prêmio ANP de Inovação Tecnológica tem como objetivo reconhecer e premiar resultados associados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) que representem inovação tecnológica de interesse do setor, desenvolvidos no Brasil por instituições de pesquisa credenciadas pela ANP e/ou empresas brasileiras, em colaboração com empresas petrolíferas, com utilização total ou parcial de recursos da Cláusula

Título: Catalytic pyrolysis of vegetable oils over NbOPO4 for SAF and green diesel production

Categoria: Artigo

PRH: 01 (2ª Fase)

Instituição: UFMG

Autor: Fabiana Pereira de Sousa

de PD&I, presente nos contratos de exploração e produção (E&P); trabalhos de conclusão de curso de graduação, dissertação de mestrado, tese de doutorado ou artigo científico desenvolvidos no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP (PRH-ANP); personalidades da indústria e da academia que tenham gerado contribuições relevantes de PD&I para o setor.

Petrobras seleciona consórcio de deeptech brasileira para desenvolver Digital Twin

A Petrobras selecionou o consórcio da deeptech brasileira Vidya Technology com a especialista em engenharia naval, Proper Marine, para atender ao desafio de Digital Twin de Tanques das UEPs (Unidade Estacionária de Produção). O projeto de implementação da solução inovadora Naval Digital Tracking foi selecionado através do programa Conexões para Inovação, no Módulo

Aquisição de Soluções. A iniciativa da multinacional brasileira Petrobras foca em projetos de alto potencial de impacto em produtividade ou segurança no setor de petróleo, gás e energia. As empresas com soluções validadas no módulo, terão oportunidade de seguir para um contrato de fornecimento e implantação em escala, conforme demanda da Petrobras.

@Vydia

O desafio da Petrobras “Digital Twin para a Integridade de Tanques de UEPs” tinha como objetivo a prospecção de uma solução que pudesse auxiliar no refinamento do cálculo de fadiga e extensão da vida útil da unidade através de uma ferramenta digital capaz de incorporar resultados de inspeções, permitindo que sejam previstas possíveis falhas estruturais dos tanques. O Digital Twin entra como uma tecnologia capaz de sanar o desafio através da implementação de um fluxo contínuo de dados entre o ativo real e sua representação virtual.

Na aplicação para o desafio da Petrobras, o consórcio Vidya-Proper utilizará da tecnologia nomeada Naval Digital Tracking, que utiliza-se de Digital Twin para realizar réplicas digitais de todos os elementos estruturais que compõem o casco da unidade em seu estado real, possibilitando a inserção e contextualização visual de uma série de dados relacionadas a integridade do tanque, como por exemplo, medições de espessura, registros de reparos realizados, fotografias de áreas críticas, entre outros.

A partir dessas informações, a aplicação é capaz de mapear anomalias e áreas de degradação, taxas de corrosão e, consequentemente redução de espessura, informações estas, essencialmente utilizadas para execução de análises estruturais e identificação de regiões críticas para a integridade do casco, facilitando a avaliação das Sociedades Classificadoras. O próximo passo do consórcio no projeto é desenvolver um processamento de elementos finitos, ou FEM (Finite Elemnt Method), para possibilitar a análise dos elementos finitos diretamente na aplicação do software.

O consórcio entre a Proper Marine e Vidya Technology junta a expertise de engenharia naval com desenvolvimento de tecnologia de ponta. A Proper Marine já atua em mais de 10 países, contando com um portfólio de mais de mil projetos, que confirmam sua expertise. Já a empresa de base tecnológica Vidya foi

Essa parceria com a Proper Marine e a Petrobras é uma oportunidade para aplicar tecnologias inovadoras na indústria de óleo e gás. Estamos certos de que o Naval Digital Tracking não só melhora a integridade dos tanques, mas também abre caminho para um futuro mais seguro e produtivo! - Otavio Correa

a única empresa brasileira selecionada pela Amazon AWS para integrarfazer parte do AI Energy Lab, entre mais de 800 candidatas. A empresa também foi reconhecida pela SPE, tendo sua solução premiada duas vezes em Houston.

Altave: de olho nos riscos

Aliando inteligência artificial e dados ou imagens captadas por câmeras, radares ou outros equipamentos instalados em unidades offshore, que torna mais segura as operações da indústria de óleo e gás

O nome já diz tudo: Red Zone Management. Trata-se de uma solução completa de videomonitoramento inteligente que a deep tech brasileira Altave desenvolveu, com foco na segurança humana e operacional de unidades offshore, que concentram máquinas pesadas e pessoas em atividades contínuas.

Outras funcionalidades importantes incluem a definição de limites máximo e mínimo de ocupação por área, a identificação e diferenciação de grupos ou pessoas autorizadas por meio de características como a cor de capacetes ou coletes, e a integração com dispositivos vestíveis (wearables), que possibilita o rastreamento dos operadores e notificações imediatas quando as pessoas entram em locais restritos e inseguros. “Sua abordagem modular e aberta permite a personalização e integração com outros equipamentos, fornecendo dados em tempo real para análises abrangentes”, explica o executivo.

Desenvolvido para complementar as tecnologias já existentes, o Red Zone Management concentra-se na proteção do pessoal, oferecendo conscientização

“O ambiente de trabalho na indústria offshore apresenta desafios únicos devido à concentração de máquinas pesadas e pessoas trabalhando em conjunto. O ALTAVE Red Zone Management é especialmente projetado para esse ambiente, permitindo a criação de Red Zones estáticas e dinâmicas que são acionadas automaticamente por movimentos de equipamentos. Além de delimitar áreas restritas, a solução também permite a criação de áreas de acesso segura (Green Zone)”, destaca Bruno Avena de Azevedo, cofundador e presidente da Altave

e alertas adicionais para garantir operações seguras. A solução oferece a flexibilidade de ajustar dinamicamente os limites de capacidade das áreas restritas de acordo com as necessidades específicas do ambiente, garantindo assim uma segurança contínua.

A tecnologia está integrada à plataforma HARPIA, que utiliza o intelligent video analytics (IVA), baseado em inteligência artificial (IA), para transformar e interpretar os dados coletados por câmeras instaladas no ativo, gerando alertas para os operadores e gestores sobre os incidentes, permitindo ações imediatas

“O HARPIA é um software como serviço (SaaS) adaptável, desenvolvido pela Altave para a configuração das aplicações e transformação dos dados coletados pelas câmeras em inteligência da operação. É, na prática, a plataforma pela qual os operadores e gestores recebem alertas e acompanham os incidentes e progresso no espaço monitorado, permitindo ações imediatas, se necessário”, complementa Bruno Avena de Azevedo.

A partir do armazenamento detalhado do histórico de alertas gerados, o sistema estabelece um repositório seguro e facilmente acessível para a análise de incidentes, uma vez que gera automaticamente relatórios para análise geral dos incidentes. Ele destaca que o IVA possibilita uma grande variedade de aplicações das soluções:

- Controle e gerenciamento de Red Zones, garantindo que apenas pessoal autorizado tenha acesso a essas áreas e que todas as medidas de segurança sejam seguidas.

- Detecção de não uso ou uso

incorreto de equipamento de proteção individual (EPI)

- Identificação de pessoas em risco ergonômico, passíveis de gerar lesões

- Apoio em corrimãos e escadas com obrigatoriedade, garantindo conformidade com as normas de segurança.

- Identificação de pessoas caídas no chão, gerando alerta imediato.

- Alerta de pessoa sob carga suspensa, emitindo alertas em tempo real para evitar potenciais acidentes ou situações de risco.

“A inovação dessas soluções de monitoramento, com uso integrado de IVA, é que elas podem ser combinadas com equipamentos e sistemas já instalados na atividade, minimizando custos e aumentando a proteção das plantas”, observa o CEO da Altave. Ao capturar informações além da capacidade do olho humano, a solução minimiza os erros resultantes da interpretação humana e aprimora o processo de tomada de decisão, garantindo uma ativação mais eficaz. “Consequentemente, ela protege os ativos críticos no local, reduz os custos operacionais, evita penalidades e mantém a segurança patrimonial e ambiental”, conclui o CEO da Altave.

Baker Hughes e Repsol desenvolvem capacidades digitais de próxima geração

A Baker Hughes, empresa de tecnologia de energia, e a Repsol, empresa global de multienergia, anunciaram novo acordo para desenvolver e implantar colaborativamente capacidades de inteligência artificial de próxima geração por meio da solução de produção de campo automatizada Leucipa™.

Por meio dessa colaboração estratégica, fluxos de trabalho de automação com tecnologia de IA serão desenvolvidos e implementados em todos os ativos da Repsol ao redor do mundo para desbloquear novas capacidades operacionais. Essa colaboração alavancará o conhecimento compartilhado, as melhores práticas e a experiência técnica de ambas as empresas para otimizar a produção, melhorar a eficiência e reduzir as emissões.

A Repsol alavancou a Leucipa em suas operações desde a introdução da solução, ajudando a otimizar sua infraestrutura

“A inteligência artificial está revolucionando a produção de energia, e a Leucipa permite que as empresas operem de forma mais eficiente para recuperar mais de seus ativos”, disse Amerino Gatti, vice-presidente executivo de Serviços e Equipamentos para Campos de Petróleo da Baker Hughes. “A Repsol é uma colaboradora confiável há muito tempo, e seu suporte ajudou a Leucipa a se tornar o software de produção digital mais inovador e eficaz do setor. Estamos animados para trabalhar juntos para acelerar a evolução digital do setor de energia.”

digital e capacidades operacionais. O memorando de entendimento aprofundará esse relacionamento, ao mesmo tempo em que reforçará a posição da Repsol como líder do setor e criará novas oportunidades comerciais para a Leucipa.

A solução de produção de campo automatizada da Leucipa ajuda os operadores de petróleo e gás a gerenciar proativamente a produção e reduzir as emissões de carbono. A Leucipa

se concentra primeiro no resultado específico que um operador deseja alcançar, aproveitando e alavancando dados para impulsionar operações inteligentes. Ao automatizar os processos de produção, a Leucipa reduzirá a ineficiência, garantirá operações mais ecologicamente corretas e permitirá que os clientes ajudem a recuperar os milhões de barris que, de outra forma, permaneceriam no solo.

Unipar obteve financiamento de R$ 672,9 milhões do BNDES para projeto sustentável

A Unipar recebeu aprovação para financiamento do seu projeto de modernização tecnológica e unificação de métodos produtivos da Fábrica de Cubatão, em São Paulo, nas linhas de crédito do BNDES destinadas a impulsionar a eficiência energética e a transição para tecnologias de baixo carbono, no âmbito da Indústria Verde. As duas linhas juntas do banco brasileiro de fomento somam R$ 672,9 milhões e se adequam ao Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis com Fundo Clima e FINEM (Meio Ambiente) em consonância à ISO 14064-2.

A Unipar substituirá as tecnologias de mercúrio e diafragma por uso exclusivo de membrana na produção de cloro e soda. Este projeto integra a estratégia de sustentabilidade da Companhia e reforça seus compromissos de responsabilidade ambiental. Quando finalizadas as obras e trocas de equipamentos, com previsão para o final de 2025, a operação de

Cubatão reduzirá a emissão em mais de 70 mil toneladas de CO2 por ano (base 2020). Além disso, a companhia terá a produção de ácido clorídrico utilizando hidrogênio verde, em função do uso de energia renovável, sendo 80% oriunda de autoprodução de energia, por meio de seus parques eólicos e solar.

@Divulgação

“Com o enquadramento e aprovação deste financiamento, concluímos o plano de financiamento para o nosso projeto de modernização tecnológica de Cubatão, com acesso a linhas competitivas que melhoram o perfil de dívida da Companhia, unindo impactos positivos ambientais, alongamento de prazo e redução de custo. Assim alcançamos melhores condições para nossos planos de crescimento sustentável”, destaca Alexandre Jerussalmy, CFO da Unipar.

Segundo o diretor de Desenvolvimento

Produtivo, Inovação e Comércio

Exterior do BNDES, José Luís Gordon, “a modernização no processo de produção da unidade da Unipar está alinhada à política industrial do governo federal, que atua para promover a descarbonização na indústria e a transição para uma economia mais verde. O objetivo é expandir a capacidade produtiva nacional por meio da produção e da adoção de insumos, tecnologias e processos de baixo carbono, conferindo protagonismo às empresas brasileiras no mercado doméstico e internacional.”

“O Brasil tem grande potencial para liderar o processo de transição energética no mundo e o Fundo Clima é um importante instrumento para essa finalidade. O projeto aprovado pelo BNDES contempla a implementação de uma tecnologia que vai promover a redução no consumo de energia e, sobretudo, contribuirá com a redução na emissão de mais de 70 mil toneladas de CO2 por ano”, explica o presidente do Banco, Aloizio Mercadante.

Com o desembolso integral dos novos financiamentos, a estimativa é que o custo médio indicativo de financiamento da Unipar seja reduzido de CDI + 1,51% a.a. para CDI + 0,65% a.a. e o prazo médio da dívida da Unipar aumentará dos atuais 4,4 anos para cerca de 6,5 anos, quando as linhas estiverem desembolsadas. O próximo vencimento de principal relevante da companhia ocorrerá apenas em 2027.

O Programa Fundo Clima – apoio a projetos relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima – permitirá à companhia acesso a financiamento de até R$ 400,0 milhões, com prazo de até 16 anos e taxa de juros de 7,53% a.a (pré-fixado). Tais condições de financiamento fazem parte da modalidade Indústria Verde do Fundo Clima. Já o financiamento via FINEM – Meio Ambiente (Eficiência Energética), destinado a investimentos em sustentabilidade, permitirá o acesso à linha de crédito de até R$ 272,9 milhões com prazo de 20 anos e taxa de juros de TLP+1,1% a.a.

O projeto atende à Convenção de Minamata, acordo internacional do qual o Brasil é signatário, que limita o uso de mercúrio por problemas que o metal causa ao meio ambiente e à saúde. E o projeto vai além, ele inclui a descontinuidade do diafragma que é uma tecnologia com baixa eficiência energética. Com isso a Unipar obtém assim um projeto mais sustentável.

Com a modernização tecnológica e unificação de métodos produtivos concluídos, a Fábrica de Cubatão irá reduzir mais de 70 mil toneladas sua emissão de CO2/GEE (Gases de

Efeito Estufa) por ano (ano base 2020), representando uma redução de 18% do consumo em energia (vapor e elétrica). Tal redução de demanda energética na unidade de Cubatão equivale ao consumo de energia residencial de aproximadamente 340 mil pessoas. O projeto prevê a instalação de aproximadamente 32 km de estacas e empregará aproximadamente duas mil toneladas de estruturas metálicas e 4.500 m3 de concreto estrutural.

Ainda durante a implementação do empreendimento, será possível acompanhar outros benefícios sustentáveis. Entre as iniciativas destacam-se a reutilização de água no processo de “Estacas Raiz”, o que permitirá uma significativa redução no consumo de água durante esta etapa da obra. Também será adotada a utilização de formas metálicas para a concretagem de blocos e fundações, o que diminuirá consideravelmente o uso de madeira e a geração de resíduos durante a obra. Outra importante medida é que durante a implementação do projeto, serão gerados 1.232 empregos diretos e indiretos, o que contribuirá para a geração de empregos locais na fase de construção e montagem do empreendimento.

Depois e concluído o projeto, a unidade de Cubatão reduzirá em aproximadamente 150 toneladas/ ano a emissão resíduos industriais, terá melhoria na higiene ocupacional dos colaboradores, melhoria na confiabilidade operacional da fábrica e otimização dos processos, logística e Spare parts.

Com esse projeto a companhia prevê manter sua competitividade no mercado e evoluindo em tecnologia para que

empresas e negócios

suas operações sejam cada vez mais eficientes e sustentáveis, pronta para atender a demanda do mercado global. Esse investimento reforça a prioridade

estratégica da empresa de crescer com sustentabilidade, além e estar alinhada ao propósito de ser confiável e gerar valor em todas as relações.

Henkel define novas metas para redução da emissão de gases de efeito estufa

Alinhada às suas ambições de sustentabilidade dentro da agenda de crescimento com propósito, a Henkel estabeleceu um plano para alcançar a redução absoluta de emissões de gases de efeito estufa, a fim de ampliar significativamente suas metas ao longo de toda a cadeia de valor. Para alcançar esse objetivo, a empresa definiu os seguintes métodos:

• Reduzir em 42% as emissões absolutas de gases de efeito estufa (GEE) nos escopos 1 e 2 até 2030 (ano-base 2021).

• Reduzir em 30% as emissões absolutas de GEE no escopo 3 até 2030 (ano-base 2021).

• Reduzir em 90% as emissões absolutas de GEE nos escopos 1, 2 e 3 até 2045 (ano-base 2021).

Esses novos propósitos foram verificados pela Science Based Targets initiative (SBTi), uma organização que apoia empresas a estabelecerem compromissos de neutralização de emissões de GEE alinhadas ao Acordo de Paris.

Além das emissões dos processos de produção, os objetivos a serem alcançados para as emissões dos escopos 1 e 2 agora englobam todas as operações, incluindo edifícios

“Todos devemos assumir a responsabilidade e ajudar a limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme estabelecido no Acordo de Paris – e já estamos muito próximos desse limite. Portanto, estendemos nosso compromisso climático para alcançar a redução absoluta de emissões de gases de efeito estufa até 2045, com ações concretas em toda a nossa cadeia de valor “, disse Carsten Knobel, CEO da Henkel.

administrativos, armazenamento, pesquisa e desenvolvimento, e a frota de veículos.

Para o escopo 3, cobrem as emissões indiretas da Henkel, tanto na cadeia de suprimentos quanto na de distribuição.

Há também uma inclusão de impactos provenientes de matérias-primas, embalagens, logística e o tratamento de produtos ao final de sua vida útil, entre outros. Essas diretrizes, baseadas em dados científicos, também contemplam a diminuição de todos os sete gases de efeito estufa, conforme definidos pelo Protocolo de Kyoto da ONU, alinhandose às práticas globais de sustentabilidade.

O conceito “net-zero”, ou “zero emissão de gases de efeito estufa”, significa equilibrar todas as emissões de gases de efeito estufa produzidas pelo homem, removendo-as da atmosfera. De acordo com o “Corporate Net-Zero Standard”, da SBTi, ele é classificado como um estado de pelo menos 90% de redução absoluta de emissões em toda a cadeia de valor (escopos 1,2,3) por meio de medidas diretas de redução antes de empregar métodos para neutralizar as emissões residuais, por exemplo, por meio de formas inovadoras de captura de carbono.

As medidas diretas para redução de emissões nas unidades da Henkel vão se concentrar principalmente no aumento da eficiência energética e na ampliação do uso de energias renováveis para suprir a demanda restante. A parcela de eletricidade adquirida pela empresa global a partir de fontes renováveis já atinge 89% em todo o mundo. Recentemente, atingiu um marco importante ao converter todos os processos de produção da unidade de negócios de marcas de consumo na Europa para compensação de carbono. Para aprimorar a avaliação das emissões de CO2 na cadeia de suprimentos, a Henkel lançou o programa “Climate

Connect”, que envolve seus fornecedores globais. O programa visa promover a descarbonização na cadeia de valor de ambas as unidades de negócios por meio da coleta de dados de emissões, ações conjuntas para redução e capacitação contínua dos fornecedores.

A empresa também está empenhada em aumentar a proporção de ingredientes de baixa emissão, renováveis ou reciclados em seus produtos de consumo e tecnologias adesivas. Com sua estratégia de embalagens sustentáveis, contribui para a redução de emissões ao minimizar a quantidade de material de embalagem e maximizar o uso de alternativas de baixa emissão, recicláveis e renováveis. O novo conceito de embalagem para cartuchos de adesivos de consumo, por exemplo, reduz significativamente o uso de plásticos virgens, com até 95% de plástico reciclado de pós-consumo (PCR). A iniciativa já está sendo implementada em toda a Europa.

Como grande parte das emissões do escopo 3 ocorre na fase de aplicação do produto, a empresa que ocupa posições de lideranças em negócios industriais e de consumo em todo o mundo, quer incentivar os consumidores a adotarem comportamentos mais responsáveis por meio de comunicação direcionada. Embora essas emissões não possam ser impactadas diretamente e, portanto, estejam excluídas dos propósitos de neutralização, a Henkel continuará a focar fortemente na educação do consumidor, com a iniciativa “Começa com a gente”, por meio de suas marcas de consumo. A campanha oferece recomendações para o uso mais eficiente dos recursos no cotidiano dos consumidores.

Pylontech reconhecida como fabricante global de armazenamento de energia Tier 1

A Pylontech foi oficialmente reconhecida como fabricante global de armazenamento de energia Tier 1 pela BloombergNEF, consolidando sua posição como um dos principais participantes do setor global de armazenamento de energia.

Elaborada pela BNEF, uma conceituada organização de pesquisa estratégica, a lista BloombergNEF (BNEF) Energy Storage Tier 1 é uma referência altamente respeitada, com um processo de seleção rigoroso e detalhado. Esta lista distingue de maneira transparente centenas de fabricantes, destacando as empresas que gozam de uma reputação global de excelência.

Um dos principais critérios de inclusão na lista é o fornecimento de produtos de alta qualidade em projetos de grande porte.

A inclusão da Pylontech nessa respeitada lista Tier 1 reforça sua posição de liderança no mercado global de armazenamento de energia. Desde sua fundação em 2009, a Pylontech vem expandindo seus recursos de armazenamento de energia residencial para projetos de maior porte, tornando-se líder global no setor. Até hoje, a empresa já entregou mais de um milhão de sistemas de armazenamento de energia em todo o mundo, fato este que justifica seu crescimento contínuo e sua influência no setor.

Isso se deve ao compromisso da Pylontech com a inovação e a um grande trabalho de pesquisa e desenvolvimento.

Graças a seus recursos tecnológicos e de fabricação que incluem células de bateria, BMS, EMS e integração completa do sistema, a Pylontech implantou soluções de energia confiáveis e de alta qualidade em diversos cenários, desde aplicações residenciais até comerciais e industriais, bem como projetos de grande porte, como nos serviços públicos. Essa especialização em várias áreas fez com que a Pylontech adquirisse uma visão profunda das tecnologias de armazenamento de energia e do mercado, permitindo-a criar mais valor para seus clientes e para o setor de energia em geral.

A Pylontech ampliou sua presença global nos últimos dois anos. Mediante parcerias estratégicas e o estabelecimento de operações diretas em mercados como Holanda, Alemanha, Itália e EUA, a empresa aumentou sua capacidade de oferecer serviços eficientes e acessíveis a seus clientes em todo o mundo.

Segundo Geoffrey Song, vice-

presidente da Pylontech, “Com nossa visão de ‘Energizar bilhões com energia mais inteligente’, a Pylontech continua dedicada ao avanço da tecnologia de armazenamento de energia e ao fornecimento de soluções inovadoras para clientes do mundo todo”. “Nossa expectativa é trabalhar com parceiros do setor e contribuir para um futuro mais sustentável.”

Instalação piloto de forno de fundição DRI

A Metso inaugurou uma instalação piloto de Forno de Fundição DRI (ferro de redução direta) de última geração em Pori, Finlândia. A nova instalação, inaugurada permitirá testes em escala piloto específicos do cliente para demonstrar a aplicabilidade e os resultados da fundição DRI em escala industrial com a tecnologia Outotec ® DRI Smelting Furnace da Metso.

“Esta nova instalação piloto é mais um exemplo das soluções de ponta da Metso que dão suporte à indústria de processamento de minerais e metais na busca pela implementação de novas tecnologias sustentáveis. O DRI Smelting Furnace da Metso substitui altos-fornos tradicionais usados na fabricação de ferro e aço e permite uma redução significativa de emissões quando combinado com uma planta de redução direta”, observa Jyrki Makkonen , vice-presidente de Smelting da Metso.

@Divulgação

“O investimento na instalação piloto do DRI Smelting Furnace dá suporte à demanda crescente do cliente por testes confiáveis ao planejar uma transição para fundição sem emissões. Com a instalação piloto, podemos testar de forma confiável vários tipos de materiais do cliente para aumento de escala industrial. A construção da planta piloto e instalações de equipamentos ocorreram de forma extremamente rápida e tranquila. O comissionamento a quente do equipamento ocorrerá em breve, e então estaremos prontos para os testes do cliente”, explica Mari Lindgren, Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento de Fundição da Metso.

O novo forno de fundição DRI de alta capacidade, lançado em 2022, é uma tecnologia inovadora da Metso e uma importante solução Planet Positive para apoiar a descarbonização da indústria siderúrgica.

Combinado com uma planta de redução direta, o DRI Smelting Furnace da Metso substitui altos-fornos tradicionais

na produção de metal quente, tornandose uma solução ideal para produtores de aço primário que buscam uma redução significativa em suas emissões de CO2 com mudanças mínimas no restante da planta de aço. O forno pode ser integrado ao processo Circored TM baseado em hidrogênio da Metso ou outros processos de redução direta.

Acro Cabos recebe certificação

internacional de segurança

em operações offshore

A Acro Cabos de Aço, empresa especializada em equipamentos para elevação, amarração e movimentação de cargas, recebeu a certificação de padrão internacional DNV-ST-E271 que a qualifica como fornecedora de equipamentos de movimentação de cargas offshore. Esta é uma qualificação estratégica em um momento no qual o setor de atividades offshore vive a perspectiva de investimentos não apenas na produção

de óleo e gás, mas também na expansão da infraestrutura para geração de energia eólica.

A Acro Cabos passa a ser uma empresa certificada com o Type Approval DNVST-E271 para a fabricação e reparo de lingas de cabos de aço para contentores offshore.

Pelas normas internacionais de movimentação de cargas marítimas, companhias e governos são obrigados

a obter insumos e serviços apenas de empresas certificadas, o que garante a qualidade dos materiais – produzidos dentro das especificações demandadas para este tipo de operação – e sua rastreabilidade com total transparência. As normas certificadoras consideram as complexidades da movimentação de carga em navios e plataformas, que exigem materiais e tecnologias adequadas para as condições de alto mar.

O setor offshore sempre foi robusto no Brasil por conta da exploração de petróleo e gás. Agora, esta robustez tende a aumentar com os investimentos previstos para ampliar a infraestrutura de geração de energia eólica offshore, um movimento que atende a uma demanda global de transição energética na qual o país ocupa posição de destaque.

“Obter esta certificação é mais um passo importante para nossa consolidação como uma fornecedora completa de soluções para movimentação de cargas em qualquer cenário”, afirma Fernando Fuertes, Engenheiro e Desenvolvedor de Novos Negócios da Acro Cabos. “Além disso, não deixa de ser um movimento estratégico quando olhamos para as perspectivas do setor offshore no Brasil, um segmento no qual reforçamos nossa expertise desde que ampliamos nossa operação, em fevereiro, com a nova unidade de Macaé, no Rio de Janeiro.”

Um estudo recente do Grupo Banco Mundial encomendado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e realizado em colaboração com a EPE -Empresa de Pesquisa Energética, revelou que usinas offshore podem gerar mais de 500 mil empregos até 2050 com valor agregado bruto de R$ 902 bilhões.

“Os números mostram que o setor tem um grande potencial de investimento

nos próximos anos. Isso significa um crescimento significativo em operações de transporte e de movimentação de cargas offshore. Estamos preparados para atuar como especialistas certificados de acordo com os padrões internacionais, garantindo segurança e conformidade para que as empresas operem 100% dentro das normas”, destaca Fuertes.

COP 29: comunidades aumentam presença, mas ainda não influenciam decisões

Coletivos indígenas, quilombolas e de comunidades vulneráveis têm estado cada vez mais presentes nas conferências do clima, mas não têm alcançado influência nos acordos finais. Representantes dos países reunidos na COP29 - Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em Baku, no Azerbaijão, chegaram a um consenso sobre algumas das regras gerais que deverão orientar o mercado de carbono global e a criação de créditos de carbono no âmbito do Acordo de Paris (Artigo 6).

A decisão permite que o mecanismo de mercado administrado pela Organização das Nações Unidas possa começar a detalhar os tipos de projetos e atividades que poderão gerar créditos de carbono. A definição de uma nova meta de financiamento climático, com os países desenvolvidos se comprometendo a

alocar US$ 300 bilhões anuais, a meta de atingir US$ 1,3 trilhão até 2035, a partir de fontes públicas, privadas, impostos e financiamento inovador não agradou.

A Nova Meta Quantificada Coletiva (NCQG) define que o financiamento será proveniente de uma combinação de recursos bilaterais e multilaterais, com foco em ações de mitigação, adaptação e transparência e a iniciativa “Roteiro de Baku a Belém para 1,3T” será responsável por monitorar os avanços no financiamento destinado à transição dos países em desenvolvimento para economias de baixo carbono e adaptação aos impactos climáticos.

Os países desenvolvidos, embora reconhecessem que os US$ 300 bilhões propostos estavam abaixo do necessário, argumentaram que não poderiam oferecer mais.

A COP29 marcou a criação do mercado

global de créditos de carbono, previsto para começar em 2025: o mercado permitirá que países compensem suas emissões comprando créditos de projetos que reduzem gases de efeito estufa em outras regiões. Na prática, a decisão possibilita a geração de créditos de carbono por projetos de restauração florestal, energias renováveis, entre outros. Ganharam destaque as regras para evitar vazamento de emissões e garantir o cumprimento de salvaguardas sociais. No caso específico das atividades do setor florestal, como redução de emissões por desmatamento e aumento de estoque pela restauração florestal, ficou decidido que os projetos de carbono deverão estar alinhados com a estratégia nacional de redução de emissões por desmatamento e degradação e aumento de estoque de carbono florestal (Redd+). O intuito é permitir que países invistam na redução de CO2 no exterior em troca de créditos/direitos de emissão com integridade ambiental: por exemplo, um país desenvolvido bancar projetos de redução de emissão de gases de efeito estufa em um país em desenvolvimento e, em troca, receber licença para emitir carbono em um certo limite além da sua meta.

A Conferência apontou a importância da transparência no contexto do Acordo de Paris, sendo a última antes da entrega dos BTRs (Relatórios Bienais de Transparência) em dezembro de 2024 - as Partes já haviam decidido que 2024 seria o ano de transição dos BRs e BURs (relatórios de transparência sob a UNFCCC) para os BTRs. Mas, frente a possibilidade de alguns países se retirarem do Acordo de Paris, mas

An Lambrechts, especialista em política de biodiversidade do Greenpeace International, disse: “Não existe mercado voluntário de carbono de alta integridade e estamos alarmados ao ver isso incluído no texto do NCQG. Está claro que muito pouco dos créditos de carbono emitidos até agora constituem reduções reais de emissões. Permitir mais destruição climática não é um caminho para o financiamento climático. É dar créditos aos poluidores por continuarem fazendo negócios como de costume. Os mercados de carbono não deveriam ser um meio para os países desenvolvidos escaparem de suas obrigações de financiamento climático; em vez disso, deveríamos tentar fazer os poluidores pagarem pelo financiamento climático. Olhando para o Artigo 6, fica claro que a COP29 se tornou uma COP de compensações. Agora temos um mecanismo de mercado de carbono aprovado pela ONU que enfraquece a meta do Acordo de Paris, fornecendo uma tábua de salvação para a indústria de combustíveis fósseis ao permitir a compensação de emissões. Pior, é uma cortina de fumaça para a falta de progresso em soluções reais de financiamento climático.”

permanecerem na UNFCCC, havia a necessidade desses países continuarem a apresentar relatórios sob a Convenção. Portanto, países que não façam parte do Acordo de Paris continuariam a submeter BRs (para países do Anexo I) ou BURs (para países não-Anexo I). Nenhum documento oficial das negociações refletido esse debate, espera-se que o tema retorne na sessão de Bonn, em junho de 2025, especialmente se os EUA e/ou outros países saírem do Acordo de Paris, mas permanecerem na UNFCCC.

Mas foi assinada a Declaração de Redução de Metano de Resíduos Orgânicos, com 30 países signatários, compromisso que inclui a definição de metas setoriais para reduzir as emissões de metano nas NDCs futuras.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que “esperava um resultado mais ambicioso”, pediu que o acordo seja “honrado integralmente e dentro do prazo” e que os compromissos “se traduzam rapidamente em recursos financeiros”. Ainda assim, para ele, o documento final (https://unfccc.int/sites/ default/files/resource/cma2024_L22_adv. pdf) representa a base para manter vivo o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.

Camila Jardim, especialista em Política Internacional do Greenpeace Brasil, alerta que o texto também não garante qualidade desse financiamento, que tem sido operado majoritariamente com juros altos, o que, na prática aumenta o endividamento dos países em desenvolvimento e impossibilita sua ação climática.

“Se por um lado o texto mantém uma declaração de que não podem ser definidos como financiamento climático os empréstimos a juros de mercado ou créditos de exportação, por outro, o texto coloca o mercado de carbono voluntário como algo que pode ser contabilizado como financiamento climático, o que é ultrajante”, pontua.

Muxtar Babayev e António Guterres
@DivulgaçãoCOP
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O texto final da COP29 destaca a urgência de aumentar as ambições e as ações nesta década crítica e reconhece que há um fosso entre os fluxos de financiamento climático e as necessidades, especialmente para adaptação nos países em desenvolvimento: o entendimento é de que são necessários de US$ 5,1 a 6,8 trilhões, até 2030, sendo US$ 455–584 bilhões por ano para o novo acordo.

Quase dois mil lobistas do setor de combustíveis fósseis participaram da COP29, número que supera o de várias delegações de países, incluindo as das 10 nações mais vulneráveis ao clima, que somam 1.033 delegados. A influência das grandes corporações de combustíveis fósseis tem crescido ao longo das conferências da ONU. Na COP28, em Dubai, o número de lobistas fósseis atingiu um recorde de mais de 2.450 representantes.

A ministra Marina Silva criticou a proposta inicial das nações mais ricas para o financiamento climático e reforçou o alinhamento com o Acordo de Paris, firmado na COP21, por 195 países, entre eles, o Brasil. “Os países desenvolvidos têm obrigações, conforme o Acordo de Paris, de fazer esses aportes que ajudem a alavancar recursos privados. Mas, é preciso garantir aquilo que é essencial e que assegure, também, uma base para países mais vulneráveis fazerem já suas transições e suas adaptações”.

A ministra ainda comentou sobre a próxima conferência, em novembro de 2025: “Fazer da COP30, no território tão simbólico da Amazônia, o momento da vida para restaurar tudo aquilo que parece que estamos perdendo, a cada situação extrema que estamos enfrentando, é um dos maiores desafios que temos pela frente”.

Na COP29, IBP reforça compromisso com transição energética

O IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás participou da COP29 visando reforçar o compromisso do setor de óleo, gás e energia brasileiro com o processo de transição energética justa e o desenvolvimento de ações em direção à uma economia de baixo carbono.

“O processo de transição energética em curso demanda a coexistência do petróleo e gás com as fontes de energia renovável para assegurar a oferta e o acesso de energia confiável, sustentável, moderna e com preços acessíveis para toda a sociedade”, afirmou o presidente do IBP, Roberto Ardenghy, que participou de painéis nos Pavilhões Brasil e da CNI.

O IBP participou em discussões sobre a descarbonização da economia, o projeto Combustível do Futuro e o protagonismo do Brasil na agenda da transição energética, além da moderação de um debate sobre o papel do gás natural, biocombustíveis e SAF (Combustível Sustentável de Aviação) nesse processo.

“O setor de óleo e gás brasileiro tem expertise, tecnologia, capital humano e

COP29: Adoção

capacidade de investimento para atuar como aliado no processo da transição energética justa e no desenvolvimento de tecnologias verdes, como as eólicas offshore fundamentais para produção de hidrogênio e descarbonização da indústria de difícil redução de emissões”, ressaltou Ardenghy.

do diesel verde na transição energética foi destaque

O Pavilhão Brasil, na Blue Zone da COP29, foi palco de discussões estratégicas sobre o uso de combustíveis sustentáveis: qual é o combustível ideal para ser adotado pelo transporte, sem prejuízo para a eficiência da atividade e para o meio ambiente? Essa pergunta deu o tom do painel “Transição energética

no setor de transportes: o papel do diesel verde”, promovido pelo Sistema Transporte.

A discussão reuniu líderes de destaque de diversas áreas para debater os desafios e oportunidades para tornar o transporte mais sustentável, com foco na introdução de combustíveis alternativos. Em pauta,

a discussão sobre o uso de uma fonte energética considerada ideal pelo setor, mas que ainda enfrenta desafios para implementação.

Mediado por Felipe Queiroz, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o debate contou com a participação de Vander Costa, presidente do Sistema Transporte; Daniel Bassani, gerente de Relações Institucionais da Embraer; Yana Garcia, secretária de Proteção Ambiental do Governo da Califórnia, e o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), presidente da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia do Senado Federal.

Vander Costa destacou a importância do diesel verde como uma solução viável e imediata para reduzir emissões no setor de transportes pesados, um dos mais desafiadores em termos de descarbonização. “O diesel verde tem o potencial de ser um aliado estratégico no curto prazo, enquanto trabalhamos para consolidar outras tecnologias, como a eletrificação e o hidrogênio verde”, afirmou.

O presidente do Sistema Transporte ressaltou a importância da conexão entre os modais nesta discussão. “Nessa tarde em que a gente vai dedicar aos transportes, devemos nos preocupar também com a multimodalidade, porque, quando eu saio da estrada e vou para a ferrovia, eu estou reduzindo a emissão de gases de efeito estufa”, justificou.

Yana Garcia, secretária de Proteção Ambiental do Governo da Califórnia, destacou as políticas públicas da Califórnia, pioneiras no uso de combustíveis alternativos e na criação de incentivos para reduzir a pegada de carbono no transporte. “Na Califórnia,

nossa meta é exigir que todas as vendas de novos veículos sejam elétricas até 2035, e, na verdade, alcançamos essa meta dois anos antes do previsto, do que nos orgulhamos muito. Essa meta de eletrificação é combinada com esforços para descarbonizar os combustíveis. A Califórnia possui um padrão de combustível de baixo carbono há uma década, que exige que todas as entidades reduzam a intensidade de carbono dos combustíveis”, ressaltou.

Para Yana Garcia, existe a necessidade de adoção de abordagens equilibradas para promover tecnologias emergentes e práticas mais sustentáveis. “Temos desafios técnicos e políticos envolvidos na substituição da dependência de combustíveis fósseis por alternativas renováveis”, concluiu.

O senador Veneziano Vital do Rêgo reforçou a necessidade de um arcabouço regulatório claro no Brasil para facilitar os combustíveis verdes, além de destacar a importância de estudos técnicos que garantam a viabilidade econômica dessa transição. “Foi um passo importantíssimo quando nós aprovamos, no plenário, a Lei do Combustível do Futuro e, nela, a presença prevista do diesel verde. O próximo passo é um dever compartilhado com o governo, para que nós construamos a regulamentação que, em breve, chega ao Congresso Nacional, e assim venhamos a dar o sequenciamento devido a esta que é, ao nosso ver, uma das legislações mais avançadas para o setor”, finalizou o Senador.

Já Daniel Bassani, da Embraer, abordou os impactos e aprendizados da aviação, reforçando a sinergia entre mercado e pesquisa para a busca de soluções sustentáveis no setor. E falou

sobre a produção do SAF Brasileiro, o Combustível de Aviação Sustentável.

“O diesel verde e o SAF seguem a mesma rota tecnológica e usam os mesmos insumos, são coprodutos. Esses combustíveis são uma solução para a descarbonização no setor aéreo, no curto e médio prazo, dentro e fora do país. A gente vê como uma grande oportunidade para o Brasil ser um dos grandes líderes globais de produção e distribuição no mundo todo. Somos o país do biocombustível”, justificou o representante da Embraer.

“Temos conversado com as agências, com os Ministérios de Transportes e de Portos, para poder contratar uma empresa para fazer um inventário do setor como um todo. A gente entende que, para reduzir, eu tenho que medir. E sem tirar a responsabilidade de trocarmos a matriz energética dos veículos pesados, de nada vai adiantar se eu não conseguir ter também um controle de motos automóveis”, concluiu Vander Costa.

O painel foi encerrado com destaque de que os combustíveis sustentáveis

são a alternativa estratégica para a descarbonização do transporte, mas que sua implementação requer colaboração entre os setores público e privado, inovação tecnológica e políticas consistentes. Para isso, os entes envolvidos precisarão seguir trabalhando em prol da adoção de soluções que atendam necessidades locais e momentâneas, na base do diálogo e do entendimento.

Reciclagem de minerais críticos está ganhando ritmo, mas

é necessária uma maior aceitação

O primeiro relatório da AIE mostra que aumentar a reciclagem de minerais essenciais pode trazer grandes benefícios para a segurança energética, diversificação e redução de emissões.

Um aumento em novas políticas e instalações para apoiar a reciclagem de minerais essenciais, as matérias-primas essenciais que compõem as tecnologias

de energia limpa, poderia reduzir significativamente as potenciais tensões no fornecimento à medida que os países buscam transições energéticas.

O relatório, Reciclagem de Minerais Críticos: estratégias para aumentar a reciclagem e a mineração urbana , mostra que o crescimento no novo fornecimento de mineração para minerais críticos pode

ser reduzido entre 25-40% até meados do século ao aumentar a reciclagem. Em um cenário em que países ao redor do mundo cumprem todas as promessas climáticas nacionais anunciadas, a reciclagem reduz as necessidades de desenvolvimento de novas minas em 40% para cobre e cobalto, e em 25% para lítio e níquel até 2050, o relatório descobre. Esses metais são a força vital das tecnologias de energia limpa em rápida expansão disponíveis hoje, incluindo solar, eólica, veículos elétricos e baterias, entre outros.

Investimentos em novas minas continuam essenciais, pois os níveis de fornecimento necessários até meados do século são muito maiores do que a produção atual e as minas existentes enfrentam declínios naturais na produção. Com base nas promessas climáticas anunciadas, cerca de US$ 600 bilhões em investimentos em mineração são necessários até 2040, mas esse

ACESSE O RELATÓRIO COMPLETO

valor seria 30% maior sem a adoção da reciclagem.

Apesar das crescentes ambições políticas, o uso de materiais reciclados até agora não conseguiu acompanhar o aumento do consumo de materiais, com a participação de cobre e níquel secundários diminuindo. Mas o novo relatório da AIE mostra que há um vasto potencial para expandir a reciclagem em todo o mundo, se os incentivos políticos corretos estiverem em vigor, à medida que os VEs chegam ao fim da vida útil e a disponibilidade de matéria-prima aumenta rapidamente após 2030. O mercado de metais de bateria reciclados já está crescendo rapidamente, com um aumento de 11 vezes em menos de uma década, embora de uma base relativamente baixa.

O interesse político nessa área está aumentando. Nos últimos três anos, de acordo com o Critical Minerals Policy Tracker da IEA, mais de 30 novas medidas políticas sobre reciclagem foram introduzidas. E se todas as políticas existentes e anunciadas forem concretizadas, o valor de mercado da reciclagem de minerais críticos pode chegar a US$ 200 bilhões até 2050. A expansão da reciclagem pode ter efeitos positivos em cascata para a segurança energética, reduzindo a dependência de importações e acumulando reservas para mitigar futuros choques de fornecimento e volatilidade de preços. Os benefícios de segurança podem ser maiores em regiões com recursos minerais limitados e implantação substancial de energia limpa. Além disso, reduz o impacto ambiental e social. Em média, minerais críticos reciclados geram 80% menos emissões de gases de efeito estufa do que materiais primários da mineração e ajudam a evitar que o desperdício de tecnologias de uso final acabe em aterros sanitários.

O relatório destaca que a capacidade de reciclagem de baterias está se expandindo rapidamente, com um crescimento de 50% ano a ano em 2023. A China continua sendo a líder global em pré-tratamento e recuperação de materiais e deve manter mais de 70% de participação de mercado em ambas as áreas até 2030. O país, que já tem uma posição dominante no refino de minerais críticos, anunciou recentemente uma nova empresa estatal dedicada à reciclagem e reutilização de baterias em fim de vida, bem como outros materiais.

A capacidade de reciclagem está

“A reciclagem é vital para enfrentar os desafios em torno de suprimentos minerais críticos e garantir a sustentabilidade a longo prazo”, disse o Diretor Executivo da AIE, Fatih Birol . “O investimento em novas minas e refinarias continua crucial, mas há ampla oportunidade para a reciclagem maximizar os recursos já à nossa disposição. À medida que avançamos para a Era da Eletricidade, temos que aproveitar esse tesouro de baterias gastas e dispositivos elétricos que poderiam ser revividos e reutilizados, mas para isso precisamos desenvolver um mercado maduro para a reciclagem para torná-lo atraente e facilmente acessível.”

atualmente ultrapassando a matériaprima disponível, mas esse quadro pode mudar drasticamente após 2030, de acordo com o relatório, à medida que

mais instalações de tecnologia de energia limpa e veículos elétricos chegam ao fim da vida útil. Existem grandes diferenças regionais. A China continua a ver maior capacidade em relação à matéria-prima doméstica. Na Europa e nos Estados Unidos, a capacidade de reciclagem anunciada cobre apenas 30% da matériaprima até 2040. Isso é maior do que na Índia, onde a cobertura em 2040 é de apenas 10%.

Algumas das políticas já em vigor para dar suporte à reciclagem incluem incentivos financeiros e metas específicas do setor para recuperação de materiais, taxas de coleta e conteúdo mínimo reciclado. No entanto, muitas dessas estratégias não são abrangentes e precisam ser expandidas para outros setores cruciais, de acordo com o relatório. Maior clareza sobre políticas e regulamentações também é essencial para dar suporte à adoção da reciclagem de baterias com

a ausência de regulamentações claras e de longo prazo, incluindo regras de exportação para baterias usadas e EVs, criando barreiras ao investimento.

Embora a reciclagem de minerais críticos possa ter impactos positivos na expansão de tecnologias de energia limpa e sua sustentabilidade, elas não estão livres de impactos ambientais e sociais, o relatório descobre. A reciclagem de baterias mal gerenciada pode resultar em poluição, contaminação da água e outras emissões prejudiciais. Além disso, há um escopo significativo para fortalecer os padrões de reciclagem existentes. Para abordar esses aspectos, o relatório da AIE define uma série de ações-chave para os formuladores de políticas aumentarem a reciclagem de minerais críticos, sustentada por roteiros de políticas de longo prazo detalhados com metas e marcos claros que oferecerão maior certeza aos investidores.

Financiamento climático

de 300 bilhões de dólares: um passo necessário, mas insuficiente?

por: Fernando Beltrame

A COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, terminou com a promessa de que os países desenvolvidos destinarão 300 bilhões de dólares por ano, até 2035, para ajudar as nações em desenvolvimento a enfrentarem os impactos das mudanças climáticas. À primeira vista, esse montante pode parecer expressivo, mas será que ele é suficiente diante da magnitude da crise climática global?

Economistas renomados, como Nicholas Stern, Vera Songwe e Amar Bhattacharya, que integram o Grupo de Alto Nível sobre Finanças Climáticas (IHLEG), não acreditam que seja. Desde 2021, eles participam das negociações da Conferência do Clima e recomendaram um financiamento anual de 1,3 trilhão de dólares — mais de quatro vezes o valor acordado em Baku. Essa diferença não é apenas uma questão numérica, mas evidencia o abismo entre o que foi prometido e o que realmente é necessário para uma resposta climática efetiva.

Para compreender melhor o impacto desse financiamento é útil dividir o valor entre as 45 nações mais vulneráveis do mundo. Cada uma receberia, em média, 6,6 bilhões de dólares por ano. Parece muito, mas, no contexto de desastres climáticos cada vez mais frequentes e intensos, esse valor é insuficiente. Um exemplo concreto pode ser visto no Brasil: a recuperação das recentes enchentes no Rio Grande do Sul foi estimada em US$17 bilhões, mais de duas vezes e meia o valor anual que cada país vulnerável receberia sob esse acordo.

Esse financiamento também é particularmente crítico para países insulares e os menos desenvolvidos, que enfrentam os maiores impactos das mudanças climáticas com os menores recursos. Não surpreende, portanto,

Fernando Beltrame é mestre em compostagem pela USP, engenheiro pela Unicamp e CEO da Eccaplan. Com mais de 20 anos de experiência em projetos de consultoria, sustentabilidade e estratégia Net Zero, já atuou em diferentes eventos e iniciativas como a COP18, Rio+20 e fóruns mundiais

que muitas dessas nações tenham abandonado as negociações da COP29, insatisfeitas com a falta de ambição e comprometimento.

Outro ponto importante é a origem desses recursos. O documento final da COP29 prevê que o financiamento venha de diversas fontes, como fundos públicos, privados, bilaterais e multilaterais. No entanto, é fundamental que os países mais pobres recebam esse apoio majoritariamente em forma de doações, e

não de empréstimos, para evitar que se afundem ainda mais em dívidas. Acreditar que essas nações conseguirão enfrentar os desafios climáticos enquanto lidam com altos níveis de endividamento é, no mínimo, ilusório.

Diante desse cenário, a COP30, a ser realizada em Belém, no coração da Amazônia, será um marco crucial. Mais do que uma nova reunião de líderes mundiais, o evento traz a oportunidade de alinhar ações concretas às metas do Acordo de Paris. O Brasil, como anfitrião, terá um papel central, podendo apresentar soluções inovadoras em áreas como biodiversidade, adaptação climática, energia renovável e mercado de carbono.

Ainda assim, os desafios são enormes. A COP30 precisará abordar não apenas a implementação do financiamento de

Pesquisa

300 bilhões de dólares, como também a possibilidade de elevar essa meta para o 1,3 trilhão recomendado por especialistas. Isso exigirá uma mobilização global sem precedentes, com transparência, colaboração e senso de urgência.

No fim, a pergunta que deve ser feita não é apenas se 300 bilhões de dólares é muito ou pouco, mas se estamos agindo com a rapidez e a ambição necessárias para enfrentar a crise climática. A rota de Baku a Belém não pode ser apenas uma trajetória de promessas; precisa ser uma jornada de ações concretas que garantam a sobrevivência de comunidades, ecossistemas e gerações futuras.

Belém nos aguarda, e com ela, a chance de transformar compromissos em realidade. Que não percamos esta oportunidade.

global mostra descrença

em relação aos cuidados climáticos

O relatório Peoples’ Climate Vote 2024, do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) em conjunto com a Universidade de Oxford, é a maior pesquisa de opinião pública do mundo sobre mudanças climáticas. A pesquisa foi publicada em junho e é resultado de entrevistas por telefone com 73.765 pessoas de 77 países, incluindo o Brasil. Os resultados fornecem um guia para a formulação de políticas climáticas e ações de comunicação que reflitam as preocupações e aspirações dos cidadãos.

A pesquisa mostra que a maioria dos entrevistados está mais preocupada com a mudança climática em comparação ao ano anterior. Essa preocupação é maior em países que já estão sofrendo seus impactos, como Fiji e Afeganistão. A maioria dos entrevistados deseja que seus países substituam rapidamente os combustíveis

fósseis por energia renovável - mesmo em países com alta produção de petróleo e gás, como Arábia Saudita e aqui no Brasil. Frente ao aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, há forte demanda por mais proteção para as populações vulneráveis.

A mudança climática não é mais uma preocupação abstrata e já impacta 69% dos entrevistados em grandes decisões de vida, como onde morar ou trabalhar, influenciados por eventos climáticos extremos.

A pesquisa também mostrou grande apoio à proteção e restauração da natureza: 81% dos entrevistados querem que seus países tomem medidas significativas para proteger ecossistemas e a biodiversidade

E a maioria dos entrevistados quer que os países colaborem para enfrentar a mudança climática, mesmo quando discordam em outras questões.

Apesar de se propagar que o “Brasil está bem na fita” climática, 60% dos brasileiros acreditam que o país está tendo um mau desempenho no combate à mudança climática - é o segundo maior índice de insatisfação entre os países pesquisados; no Haiti, a taxa é de 73%.

A pesquisa mostra que a população brasileira apoia (81%) uma transição

rápida dos combustíveis fósseis para energias renováveis e quase dois terços (61%) dos brasileiros desejam que a transição energética aconteça de forma rápida.

Apesar de os brasileiros aparecem em 13º entre os que dizem se preocupar diariamente com as mudanças climáticas, isso não se traduz em atitudes concretas já que o país aparece em 44º no ranking das nações cuja população afirma que tomou grandes decisões de vida por causa dela.

O relatório do PNUD e da Universidade de Oxford revela ainda que a população global está cética quanto aos esforços das grandes empresas para enfrentar a mudança climática: apenas 39% dos entrevistados globalmente acreditam que as corporações estão fazendo um bom trabalho. O Brasil está entre os cinco países onde a população menos acredita que as empresas estão fazendo o que devem. Países da Ásia e do Pacífico demonstram maior confiança nas empresas, com 48% das pessoas aprovando seus esforços. Globalmente, 43% das pessoas atribuem aos governos o maior impacto e o Poder Público foi apontado como o ator mais influente em 89% dos países pesquisados.

Proporção de mulheres e homens nos países da América Latina e do Caribe pesquisados que estão cada vez mais preocupados com as mudanças climáticas neste ano

Nova linha para gerenciar e controlar recursos

Um “Distributed Control Node” (DCN) é um componente de um sistema distribuído que descreve um nó ou dispositivo que possui a capacidade de controlar e gerenciar outras unidades e recursos no ambiente distribuído. Em um sistema distribuído, várias entidades independentes, como computadores, sensores, dispositivos de armazenamento, atuadores e outros dispositivos de rede, são interconectadas e trabalham em conjunto para realizar tarefas ou fornecer serviços.

Os DCNs também atuam como um gateway para outras redes ou sistemas, como sistemas legados, gateways sem fio, redes de campo digital, E/S e controladores de sistemas DCS ou PLC. O NovaDCN possui também em sua linha Gateways que permitem a integração do System 302 com o OPAS;

• Integra o Legado com o Novo;

• Fornece acesso a sistemas legados através do OPAS Signal;

• Permite a utilização das tecnologias HART, Profibus, Fieldbus Foundation, Modbus e sinais de I/O convencionais com os sistemas OPAS;

• Arquivo de descrição AML.

CSB

Com uma interface gráfica prática e intuitiva, o NovaCSB (Nova Control Strategy Builder) permite a execução da estratégia de controle utilizando diagramas de blocos. Por ser uma aplicação Web, não é dependente de sistema operacional e hardware, sendo compatível com todo e qualquer dispositivo, seja qual for o fabricante e sistema operacional.

ENGINE

Containers são unidades de software que empacotam aplicações e suas dependências em um único pacote, simplificando a criação, implantação e execução de aplicações em diferentes ambientes. As NovaENGINEs Smar são capazes de executar a lógica de controle em plataformas Dockers. Além disso, as NovaENGINEs são

independentes e podem ser executadas em qualquer hardware compatível com o OPAS, sendo a configuração feita utilizando arquivo XML.

FB

Tecnologias abertas tornam possível, que componentes de hardware e software de diferentes fabricantes possam ser utilizados em conjunto, em uma mesma aplicação ou subsistema. As estruturas de dados e comunicações utilizadas pelos blocos de função são padronizadas para garantir a interoperabilidade. E a completa descrição de recursos permite que diferentes softwares de configuração de diferentes fabricantes realizem a configuração, de maneira padronizada.

Dessa forma, a Smar busca fortalecer todo o mercado de automação, proporcionando a outras empresas e fornecedores maior agilidade no desenvolvimento de soluções por meio da incorporação de tecnologia comprovada aos seus produtos, ao mesmo tempo que permite maior liberdade para os usuários selecionarem os componentes de hardware e software mais adequados aos seus objetivos.

Novo revestimento para fixadores apresenta a maior resistência à corrosão por chuva ácida

A Ciser lançou o Nanotec K, revestimento inovador, desenvolvido para aplicação em fixadores, garantindo a maior resistência à corrosão por chuva ácida do mercado.

O Nanotec K possui patente requerida e se destaca por sua resistência de até 45 ciclos no teste de Kesternich, um ensaio que simula a resistência a esse tipo de ambiente poluído. Além disso, apresenta alta resistência em testes de névoa salina (Salt Spray), de até 3.000 horas, que comprovou uma eficácia contra corrosão acima de produtos similares no mercado.

Além de resistir aos efeitos da corrosão, o revestimento não desplaca em contato com soquetes de ferramentas elétricas, mantendo sua durabilidade mesmo sob condições adversas.

Vibra lança lubrificante premium

Atenta às demandas do setor de transporte rodoviário, Lubrax, marca de lubrificantes da Vibra, anunciou o lançamento do Lubrax Top Turbo Avante Eco 5W-20, um lubrificante sintético premium projetado para motores a diesel turbinados. O produto alia performance superior e inovação tecnológica, destacando-se por sua capacidade de proporcionar maior proteção aos componentes do motor, redução no consumo de combustível e de óleo, além de oferecer redução de emissões de gases poluentes.

O novo Lubrax Top Turbo Avante Eco 5W-20 é um óleo lubrificante sintético premium de alto desempenho para uso nos motores a diesel turbinados. Sua tecnologia permite ampliar os intervalos de troca de óleo, atendendo requisitos dos motores EURO 6, e proporciona maior rendimento e durabilidade das peças do motor. De baixa viscosidade, o produto se destaca pela capacidade de reduzir o consumo de combustível, de óleo e de oferecer redução de emissões de gases poluentes. A nova tecnologia empregada promove a limpeza dos pistões, controla a formação de fuligem e evita o desgaste prematuro das peças do motor, proporcionando maior rendimento e maior vida útil. O produto é aprovado por grandes montadoras como Scania, de acordo com a especificação Scania LDF-5, e a MAN, de acordo com a especificação MAN 3977.

Sua tecnologia promove a limpeza dos pistões, controle da formação de fuligem e do desgaste prematuro das peças do motor proporcionando maior rendimento e maior vida útil; Seu grau de viscosidade SAE 5W-20, aliado ao uso de aditivos capazes de modificar o atrito entre as peças metálicas do motor, contribui na economia de combustível; Possui baixo teor de cinzas sulfatadas a fim de controlar o nível de obstrução das válvulas de Recirculação dos Gases de Escape (EGR) e evitar o acúmulo de material particulado nos Filtros de Particulados de Diesel (DPF), prolongando a vida útil do filtro de particulados, mantendo baixos os níveis de emissões de fuligem dos gases de escape e garantindo a potência adequada dos motores diesel de elevadas rotações ao longo da sua vida útil; Possui baixos teores de Fósforo (P) e Enxofre (S), o que mantém a correta operação do sistema SCR (Redução Catalítica Seletiva) para o controle das emissões e extensão da vida útil do equipamento.

Sandvik apresenta equipamentos elétricos movidos a bateria (BEVs)

A Sandvik Mining & Rock Solutions, referência no desenvolvimento de tecnologias de eletrificação na mineração subterrânea, se consolida com a sua linha de equipamentos elétricos movidos a bateria (BEVs). Com soluções que abrangem carregamento, transporte e perfuração subterrânea, a empresa está revolucionando o setor ao oferecer benefícios significativos em três pilares: sustentabilidade, economia e segurança.

A eliminação de combustíveis fósseis reduz a pegada de carbono das operações. Em regiões onde a energia é gerada por fontes renováveis, como o Brasil, esse impacto é ainda mais acentuado em comparação a outras partes do mundo. O uso de BEVs diminui a necessidade de ventilação nas minas subterrâneas, além de gerar maior produtividade e menores custos operacionais comparados aos veículos a diesel. E a eficiência energética dos BEVs impacta diretamente na redução de custos e no aumento da produção. Equipamentos elétricos produzem menos calor e minimizam níveis de ruído e vibração, proporcionando mais conforto na operação: a saúde dos trabalhadores (operadores de equipamentos) melhora significativamente com a redução de emissões, calor e ruídos.

A Sandvik desenvolveu também o sistema Auto Swap para os equipamentos de carregamento e transporte, que permite a troca rápida de baterias em cerca de 4 minutos, sem a necessidade de grandes infraestruturas, como guindastes, aumentando a eficiência operacional. Já a tecnologia patenteada Charge While Drilling carrega as baterias durante as operações de perfuração subterrânea, garantindo alta produtividade sem interrupções. Com o sistema Auto Swap, se elimina a necessidade de utilização de equipamentos auxiliares como guindastes, pontes rolantes, etc., para a troca das baterias, o que é especialmente vantajoso em minas subterrâneas. Para o caso dos equipamentos de perfuração subterrânea, o sistema Charge While Drilling carrega as baterias enquanto o equipamento

está executando a perfuração conectado à rede elétrica da mina, permitindo que o cliente economize tempo e atinja uma eficiência operacional significativamente maior.

A empresa já tem implementações globais de BEVs e planeja expandir essa tecnologia no Brasil, com adaptações mínimas exigidas para infraestrutura subterrânea.

Solução pioneira de detecção de incêndio com conectividade online

A Schneider Electric lançou os painéis de detecção de incêndio Esmi Sense FDP no Brasil. Os equipamentos foram desenvolvidos para combinar design inovador, facilidade de uso e conectividade avançada, oferecendo uma solução inédita e moderna para o mercado brasileiro.

Modulares, escaláveis, fáceis de usar e altamente confiáveis, os dispositivos Esmi Sense FDP contam com uma interface moderna e intuitiva, com teclas inteligentes de navegação, um botão exclusivo para navegação simplificada e tela colorida de 7 polegadas com alta resolução.

Adequados para diferentes tipos de edificações e aplicações de construção, e atendendo aos requisitos regulamentares e cumprindo com os padrões de incêndio, os módulos possuem instalação rápida e descomplicada e propiciam uma gestão eficiente de até 32 painéis em rede, 8 mil zonas de incêndio e 16 mil endereços, suportando uma ampla gama de detectores. O grande diferencial da linha é a integração com a plataforma online EcoStruxure Fire Expert, da Schneider Electric, que possibilita monitorar e gerenciar as instalações de incêndio remotamente e sem a necessidade de software adicional, a qualquer momento e em qualquer lugar.

Totalmente acessíveis por navegadores como Microsoft Edge, Mozilla Firefox e Google Chrome, a solução permite aos usuários acompanhar o status de seus sistemas com precisão e tomar decisões rápidas e informadas.

Regulador para hidrogênio

O Grupo Landi apresenta o inovador regulador mecatrônico EM-H e o novo injetor no coletor de admissão (PFI), ambos os produtos se destinam a aplicações de hidrogênio.

O funcionamento do regulador EM-H é em duas fases, de acordo com os requisitos do veículo: uma fase mecânica que reduz a pressão de alta para média e uma fase subsequente, inteiramente eletrônica, que reduz a pressão de média para o valor efetivamente exigido pelo sistema de injeção do motor. Adicionalmente, graças ao seu design inovador, consegue garantir a pressão ideal do injetor a qualquer velocidade e carga, otimizando a combustão para sistemas de injeção de alta pressão.

Por outro lado, a experiência da Landi Renzo com o gás natural deu origem ao novo injetor no coletor de admissão (PFI); graças a uma atualização específica na concepção técnica e nos materiais, este produto foi desenvolvido para aplicações de hidrogênio médias/ pesadas. Além disso, os injetores estão disponíveis em 6 tamanhos, com a possibilidade de múltiplos injetores por cilindro, de modo a satisfazer os mais diversos requisitos. Este injetor também pode ser facilmente montado em múltiplos, dependendo do número de cilindros existentes na rampa do motor de combustão interna, e as suas caraterísticas de desempenho também o tornam adequado para sistemas de dosagem de células de combustível. Pode ainda ser aplicado numa solução de rampa dupla para aplicações de mistura a bordo – outro marco importante para o Grupo Landi em direção à descarbonização da “mobilidade industrial”.

Integração de sinais analógicos à rede Profibus-PA ?

O VAP10 - Conversor de Sinal Analógico para Profibus-PA da Vivace para montagem em campo com 3 Canais com entradas selecionáveis para cada canal pelo usuário (->0-20 mA; ->4-20 mA; ->0-5 Volts); 12 mA de consumo quiescente; um único endereço na rede; LCD e Ajuste Local; EDD e DTM; Certificado para áreas classificadas Ex-d e Ex-ia; excelente relação custo/canal; disponível na versão para montagem em painel com LCD: VAP11.

Exemplos de aplicação: com medidores de densidade, medidores de vazão, medidores de vibração etc. A Vivace é a única empresa no mundo a fornecer seus produtos com garantia vitalícia, o que reforça a confiança na durabilidade e na qualidade de seus produtos.

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