Ano 26 - nº289 - 2024
metrologia
Metrologia: Segurança, Qualidade e Competitividade
A importância da metrologia alcança o clima
Embrapa em cada detalhe
Conectividade no Campo
Cursos. Treinamentos. Demonstrações.
talking about Confiança é tudo
Motores, refino, manufatura, chuvas, ventos, luminosidade, gases do efeito estufa, crise ambiental – tudo isso, para ser enunciado, depende de ter sido medido, com precisão. Mas também o som do coração de um bebê. Tudo demanda instrumentos de medição – bem calibrados.
A metrologia – um dos assuntos desta edição - é o estudo das medidas, e ela vem se aperfeiçoando dia a dia. Porque as tecnologias e seus usos evoluem e, se seu uso é para nos dar mais conforto, sua calibração é para nos dar segurança. Uma conversa com a Remesp e o Inmetro sobre o panorama geral da metrologia se por um lado nos tranquiliza, por outro deixa uma fresta aberta para erros significativos: apesar de todo cuidado, ainda há quem falseie um certificado de calibração. E aí, as consequências podem ser desastrosas.
Partindo da metrologia como base para manter as tecnologias precisas, esta edição lança um olhar para o agronegócio: ele está envolto em tecnologias – desde agricultura de precisão ao uso de drones e de Inteligência Artificial. Grande parte dessas tecnologias, porém, demanda uma estrutura que o campo brasileiro ainda não tem; e não tem por que o governo delegou o Telecom às operadoras que mantêm conexão até a borda das cidades e estradas – mas não é aí que o campo acaba, ao contrário, apenas 17% da área rural está conectada e desse total, 90% é área de borda das cidades. Essa situação aperta de fato os pequenos produtores por conta dos custos porque soluções há – vale a pensa conhecê-las. Os players pedem apenas atenção aos fornecedores, porque no agro, como na vida, confiança é tudo.
A edição acrescenta notícias importantes às anunciadas por nós diariamente pelas mídias sociais e semanalmente pelas newsletters. Nosso radar não alcançou algo que você, leitor, esperava? Envie-nos suas ideias e impressões, afinal, esse ajuste constante mantém o fluxo de informação entre nós calibrado.
Boa Leitura.
O Editor.
Colaboraram nesta edição com informações e imagens as assessorias de imprensa
ISSN 0101-0794
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COVER PAGE
24.Metrologia: Segurança, Qualidade e Competitividade
28.A importância da metrologia alcança o clima
31.Embrapa em cada detalhe
40.Conectividade no Campo
TI/TO + Pressão
São Paulo lidera exportação agropecuária do Brasil em 2024
O agronegócio paulista registrou aumento nas exportações de 9,2%, atingindo US$22,69 bilhões, e nas importações de 10,4%, totalizando US$4,24 bilhões no período acumulado de janeiro a setembro de 2024, em relação ao ano passado. Com esses resultados, o saldo da balança comercial do agronegócio paulista alcançou um superávit de US$18,45 bilhões, um crescimento de 8,9% em relação aos nove primeiros meses de 2023.
No período analisado, as exportações do agronegócio paulista representaram 43,5% do total do estado, enquanto as importações corresponderam a 7,5% do total, de acordo com o levantamento realizado pelo coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Carlos Nabil, e os pesquisadores José Alberto Ângelo e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Importante destacar que as exportações dos demais setores da economia paulista, exceto o agronegócio, somaram US$29,42 bilhões, enquanto as importações desses setores alcançaram US$52,34 bilhões, resultando em um déficit comercial de US$22,82 bilhões dentro deste período. Assim, o desempenho positivo do agronegócio foi fundamental para mitigar o déficit da balança comercial paulista, cujo saldo permaneceu positivo em US$ 18,45 bilhões.
Exportações do Agronegócio Paulista por grupos de produtos
1. Complexo sucroalcooleiro: 40,3% de participação, com US$ 9,15 bilhões, com o açúcar representando 93,0% e o etanol 7,0%;
2. Carnes: 11% de participação, somando US$ 2,49 bilhões, sendo a carne bovina responsável por 83,9%;
3. Produtos florestais: 10,3% de participação, na ordem de US$ 2,35 bilhões, com 54,3% de participação da celulose e 38,0% do papel;
4. Complexo soja: 9,3% de participação, registrando US$ 2,10 bilhões, com a soja em grão correspondendo a 78,8%;
5. Sucos: 8,8% de participação, com US$2,00 bilhões, dos quais 98,0% foram sucos de laranja.
Esses cinco grupos representaram 79,7% das exportações do agronegócio paulistas. O grupo café, tradicional no estado de São Paulo, ocupou a sexta posição, com participação de 4,2%, somando vendas de US$944,21 milhões, sendo 71,4% referentes ao café verde e 24,5% ao café solúvel.
No estudo, os analistas econômicos do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) identificaram que houve variações significativas nos valores exportados pelos principais grupos de produtos da pauta paulista, com aumentos nos grupos de café (+38,3%), sucos (+30,2%), complexo sucroalcooleiro (+23,0%), produtos florestais (+15,5%) e carnes (+9,1%), e uma queda no complexo soja (-34,9%). Essas variações nas receitas de exportação refletem tanto as oscilações de preços quanto os volumes exportados.
Destinos das Exportações do Agronegócio Paulista
China - se destaca como principal destino das exportações do agronegócio paulista, totalizando US$4,58 bilhões, com uma participação de 20,2% no total exportado pelo setor. No entanto, houve uma redução de 15,1% em comparação ao mesmo período de 2023, devido à diminuição das compras de soja e à queda do preço médio do grão no mercado internacional.
União Europeia - ocupa a segunda posição com US$2,84 bilhões, registrando 12,5% de participação e crescimento de 14,2%.
Estados Unidos - figuram na terceira posição somando US$2,36 bilhões, com 10,4% de participação
e alta de 14,6%.
Outros destinos relevantes incluem: Indonésia (3,9%), Emirados Árabes Unidos (3,8%), Índia (3,7%), Bangladesh e Arábia Saudita (2,2% cada), Argélia e Egito (2,1% cada).
Importações do Agronegócio Paulista
Os principais produtos importados foram: salmão (US$ 343,08 milhões), papel (US$ 300,92 milhões), trigo (US$ 248,71 milhões), produtos têxteis de algodão (US$ 165,57 milhões), leite em pó (US$ 160,82 milhões), rações para animais domésticos (US$ 158,37 milhões), outros tipos de peixes (US$ 144,33 milhões) e arroz (US$ 139,86 milhões).
Participação do Estado de São Paulo no Agronegócio Brasileiro
As exportações do setor em São Paulo representaram 18,0% do total nacional, alta de 1,3% em relação ao mesmo período de 2023. As importações, por sua vez, recuaram 1,4%, fechando em 29,3%.
Entre os principais estados exportadores em valores, São Paulo lidera com 18,0% de participação, seguido por Mato Grosso 17,3%, Paraná 11,5%, Minas Gerais 10,1%, Rio Grande do Sul 8,7% e Goiás 6,6%. Juntos, esses estados representaram 72,2% das exportações totais do agronegócio brasileiro.
Os grupos de produtos do agronegócio paulista que tiveram maior participação no total nacional foram: sucos (85,9%), produtos alimentícios diversos (74,0%), plantas vivas e produtos de floricultura (66,0%), complexo sucroalcooleiro (62,0%) e outros produtos de origem vegetal (61,9%).
Balança Comercial do Brasil
No que tange ao agronegócio, as exportações brasileiras apresentaram uma leve redução de 0,2%, atingindo US$125,89 bilhões, o que corresponde a 49,3% do total nacional. Já as importações do setor cresceram 15,9% no período, totalizando US$14,47 bilhões, representando 7,4% do total nacional.
O saldo da balança comercial do agronegócio registrou um superávit de US$111,42 bilhões, valor 2,0% inferior ao registrado no mesmo período de 2023. Dessa forma, conclui-se que o desempenho positivo do agronegócio foi fundamental para evitar um déficit no comércio exterior brasileiro, uma vez que os demais setores da economia registraram exportações de US$129,57 bilhões e importações de US$181,87 bilhões, gerando um déficit de US$ 52,30 bilhões até setembro de 2024.
Exportações do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos
Os cinco principais grupos de produtos exportados pelo agronegócio brasileiro foram:
- complexo soja, que totalizou US$ 47,32 bilhões, com 82,3% de participação da soja em grão e 15,5% do farelo de soja;
- carnes, que somaram US$ 18,87 bilhões, com destaque para a carne bovina (48,5%), frango (37,9%) e suína (11,3%);
- grupo sucroalcooleiro, com exportações de US$ 14,76 bilhões, sendo 94,3% de açúcar e 5,6% de álcool etílico;
- produtos florestais, que registraram US$ 12,82 bilhões, com celulose (60,9%) e madeira (24,1%)
- café, cujas exportações totalizaram US$ 8,36 bilhões, com 91,6% do café verde e 7,6% de café solúvel.
Esses cinco grupos representaram 81,1% das exportações do agronegócio brasileiro e o estudo identificou variações significativas nos valores exportados desses grupos. Destacam-se os aumentos nos grupos de café (+49,5%), complexo sucroalcooleiro (+29,0%), produtos florestais (+17,8%) e carnes (+7,0%). Por outro lado, o complexo soja registrou uma queda de 16,3% em suas exportações. Essas variações refletem oscilações tanto nos preços quanto nos volumes exportados.
Destinos das Exportações do Agronegócio Brasileiro
A China se consolidou como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, totalizando US$41,43 bilhões, o que equivale a 32,9% das exportações do setor, embora tenha havido uma queda de 10,4% em relação ao ano anterior.
Em seguida, aparecem a União Europeia, com US$17,44 bilhões (13,8% de participação e crescimento de 4,7% em 2024), e os Estados Unidos, com US$8,50 bilhões (6,8% de participação e aumento de 18,4%).
As exportações para a China concentraram-se nos produtos do complexo soja (69,1%), carnes (13,1%) e produtos florestais (8,1%). Para a União Europeia, os principais produtos exportados foram os do complexo soja (33,6%), café (22,2%) e produtos florestais (15,0%). Nos Estados Unidos, os produtos florestais representaram 32,7% das exportações, seguidos por café (15,6%), carnes (10,7%) e produtos sucroalcooleiros (7,4%).
Inmetro faz parte de projeto aprovado em seleção pública para inovação na área da saúde
O Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, em parceria com instituições públicas e empresa parceira, foi contemplado em seleção científica focada em inovação na área da saúde pública. O projeto, classificado em 1º lugar, se destacou pela pontuação máxima em critérios como “Relevância da Inovação”, “Equipe do Projeto” e “Parcerias”. Pelo Inmetro fazem parte da iniciativa as Divisões de Metrologia Mecânica (Dimec) e de Materiais (Dimat).
Promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a seleção pública teve como objetivo conceder recursos para pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em projetos que envolvam risco tecnológico, contribuindo para ampliar o acesso da população à saúde, com alto impacto para o Sistema Único de Saúde (SUS). O foco está no aproveitamento das potencialidades nacionais e a autonomia tecnológica e produtiva do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS).
Entre os avanços esperados está o desenvolvimento de novos produtos personalizados que atenderão às demandas do SUS, proporcionando aos pacien-
tes acesso a soluções inovadoras e de alta qualidade. Dentre as inovações do projeto, destaca-se a aplicação de aprendizado de máquina para a modelagem digital de materiais e implantes, utilizando imagens médicas.
O projeto também contribuirá para a implantação do Centro de Manufatura Aditiva para a Área da Saúde (CeMAAS), que tem como objetivo posicionar o Brasil como referência em inovação em Manufatura Aditiva. O CeMAAS preencherá lacunas entre a pesquisa básica e o desenvolvimento de produtos, facilitando a transferência de tecnologia para empresas, especialmente aquelas pertencentes ao Consórcio de Empresas de Inovação e Saúde (CEIS).
Entre as instituições públicas parceiras estão o Instituto Nacional de Tecnologia (INT - coordenador geral); o Inmetro (Dimec/Lafor/Lamed e Dimat/Labit); o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (INTO); o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF); o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE) / a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Está na parceria, também, a empresa CPMH - Comércio e Indústria de Produtos Médico-Hospitalares e Odontológicos LTDA.
Tecnologia de medição de ponta integrada ao sistema
Integra a tecnologia de medição e a análise de dados ao sistema de automação: controle baseado em PC hardware e software para a cadeia de medição de ponta a ponta: da aquisição de dados à análise na nuvem terminais EtherCAT da série ELM3xxx: terminais de medição de alta precisão, rápidos e robustos em IP20 e IP67 rede EtherCAT de alta velocidade para transmissão de dados sincronizada temporalmente para o sistema de controle análise de dados integrada e sem interrupções com o TwinCAT Analytics fácil integração do MATLAB®/Simulink® no ambiente de programação do TwinCAT interfaces para aquisição e análise convenientes de dados no LabVIEW™ TwinCAT 3 Scope View para exibição gráfica de todos os sinais medidos
Medição de resistores-padrão com métodos quânticos: calibrações agora são realizadas totalmente no Brasil
Brasil integra seleto grupo de países com tecnologia para aplicação do efeito Hall quântico: o Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia , por meio da Divisão de Metrologia Elétrica (Diele), passou a dispor, no campus do Instituto em Xerém-RJ, em 2024, de um novo serviço de calibração de seus resistores-padrão com método primário baseado no sistema Hall quântico.
É a partir dos resistores-padrão do Inmetro que as medidas de resistência elétrica são disseminadas para todo o país.
Até 2023, os resistores-padrão do Instituto tinham que ser enviados para calibração no Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), na França. Com o novo serviço baseado no sistema Hall quântico da Diele, as calibrações passam a ser realizadas em território nacional, podendo ocorrer com maior frequência e sem o risco de danos aos padrões durante as viagens.
Com o avanço, o Brasil se insere no seleto rol de países que detêm a tecnologia necessária para a aplicação do efeito Hall quântico à metrologia.
Em estudo comparativo de medições de resistência realizadas entre institutos de metrologia participantes de comparação chave promovida pelo BIPM, o resultado obtido pelo Inmetro se destacou entre os 3 melhores do mundo.
Por meio do efeito Hall quântico, é possível estabelecer um va-
@DivulgaçãoInmetro
lor padronizado de resistência elétrica que não varia com o passar do tempo, tampouco é influenciado por condições ambientais. Este valor possibilita alta exatidão, pois depende apenas de constantes físicas universais.
A calibração de resistores-padrão é essencial na área de ensaios elétricos, que avaliam o comportamento dos materiais isolantes e condutores, atendendo medições de altíssimas resistências, da ordem de 10 gigaohms (isolantes), a baixíssimas resistências, desde zero ohm (condutores). Uma isolação elétrica adequada evita choques e curtos-circuitos, garantindo a segurança tanto das instalações quanto dos consumidores. Como exemplos, temos os ensaios de resistência de isolação de motores e de eletrodomésticos.
A calibração desses instrumentos também é crucial para a validade metrológica de outras grandezas, como a de termômetros e outros medidores de temperatura e medidores de consumo de energia elétrica de residências, estabelecimentos comerciais e industriais.
Este padrão, que constitui o sistema Hall quântico (QHS), é operado por técnicos do Laboratório de Metrologia Elétrica Quântica (Lameq), que faz parte da estrutura da Diele no Inmetro.
VW tem R$304 milhões do BNDES para transformação digital
A Volkswagen do Brasil (VW) adquiriu uma linha de crédito junto ao BNDES no valor de R$ 304 milhões para financiamento da transformação digital de suas quatro fábricas no país: a Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR). Os recursos do programa “BNDES Mais Inovação” serão investidos no aprimoramento da digitalização, conectividade, automação, inteligência em processos e em tecnologias da Indústria 4.0 – que prevê a integração com inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem. As inovações contribuem para impulsionar ainda mais a produtividade e sustentabilidade.
Com o aporte do ‘BNDES Mais Inovação’, a Volkswagen também vai preparar a implementação da Indústria 5.0, que combina máquinas e pessoas para agregar ainda mais valor à produção e criar produtos customizados que atendam às necessidades específicas dos clientes.
Entre as inovações de transformação digital estão o desenvolvimento de simuladores de novos projetos, utilizando games e realidade virtual; de soluções de gestão de dados com funções analíticas e inteligentes (Machine Learning e IA), além de novas soluções com IA (Inteligência Artificial) para automação dos processos e de novas tecnologias de impressão de protótipos de peças e componentes com impressora 3D, entre outros.
“A Volkswagen do Brasil tem uma história de 71 anos no País investindo em inovação e na mais alta tecnologia, resultando em pioneirismos que transformaram o setor automotivo. Agora, com o novo aporte de R$ 304 milhões junto ao BNDES, vamos impulsionar ainda mais a digitalização, conectividade, automação e inteligência em processos e tecnologias da Indústria 4.0. O uso de tecnologias digitais em toda a jornada do automóvel, do desenvolvimento ao pós-vendas, não apenas aumenta a eficiência, mas também molda o futuro da mobilidade e das operações na Volkswagen”.
Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil.
Em fevereiro deste ano, a VW anunciou investimentos de R$ 16 bilhões até 2028, dos quais R$ 13 bilhões serão direcionados às fábricas paulistas Anchieta (em São Bernardo do Campo), Taubaté e São Carlos e R$ 3 bilhões, à unidade paranaense de São José dos Pinhais. Os investimentos incluem o lançamento de 16 novos veículos até 2028, com destaque para a estreia dos híbridos, além de mais novidades em 100% elétricos e Total Flex.
“A transformação digital da indústria brasileira é um fator crucial para o ganho de produtividade, para a otimização de custos e tem elevado potencial para a geração de empregos qualificados no País, objetivos estratégicos da política industrial do Governo Federal”,
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES,
Desde o lançamento do programa “BNDES Mais Inovação”, em 2023, o Banco já aprovou R$ 8 bilhões em crédito para a indústria nacional, sendo R$ 2,4 bilhão para micro, pequenas e médias empresas. “O BNDES está apoiando empresas em todas as regiões do país, financiando projetos inovadores nos mais diversos segmentos da indústria nacional, como automotivo, fármacos, dispositivos médicos, TI, biocombustíveis e até projetos agroflorestais”, completa Mercadante.
“A parceria entre a Volkswagen do Brasil e o BNDES reforça o compromisso da marca no desenvolvimento e aplicação de tecnologias inovadoras em seus processos e produtos. Essa prática contribui para a melhoria da eficiência operacional e impulsiona a transição energética com iniciativas cada vez mais sustentáveis, alinhadas às demandas do mercado”. Rafael Teixeira, CFO da VW na Região América do Sul.
Sabesp anuncia sua nova diretoria
A Sabesp, maior empresa de saneamento do Brasil, anunciou a nova configuração de sua diretoria. Liderada pelo novo diretor-presidente Carlos Piani, a mudança busca fortalecer a capacidade da empresa para alcançar a universalização do saneamento em todos os municípios atendidos e a qualidade dos serviços prestados aos clientes, com resultados consistentes, inovação, controle rigoroso de custos, ética e transparência.
Dentro da nova configuração, Samanta Souza ocupa a nova Diretoria de Relações Institucionais, sendo responsável pela articulação com stakeholders, comunicação, governança corporativa e sustentabilidade e Rafael Strauch assume a Diretoria de Projetos e Novos Negócios, com a missão de liderar o planejamento estratégico e buscar oportunidades de crescimento.
Débora Longo lidera a Diretoria de Operação & Manutenção, área responsável pelos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água e de coleta e tratamento de esgoto. Na Diretoria de Engenharia, Roberval Tavares será responsável pelas grandes obras estruturantes rumo à universalização.
Daniel Szlak comanda a Diretoria de Finanças, com o papel de assegurar a saúde financeira da companhia, de relacionamento com investidores e jurídico. Gustavo Fehlberg foi designado para a Diretoria de Serviços Corporativos, responsável pelos processos de suprimentos, pelo centro de serviços compartilhados e gestão de patrimônio, e Josué Bressane lidera a Diretoria de Gente & Gestão, com foco na gestão de talentos do corpo técnico, cultura e no desenvolvimento de políticas de recursos humanos.
Dois cargos ainda aguardam definição: diretores de Clientes & Tecnologia e de Regulação. A Sabesp reforça, com essas mudanças, o seu compromisso com a modernização e com a gestão eficiente no novo contexto de desestatização da Companhia. Com mais de 28 milhões de clientes, a Sabesp é responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto de 375 municípios paulistas.
TE Connectivity adquire a Sense Eletrônica
A TE Connectivity, empresa de conectores e sensores, concluiu a aquisição da Sense Eletrônica Ltda, renomada fabricante de sensores para automação industrial no Brasil.
Com essa aquisição, a TE amplia seu portfólio, que agora inclui uma ampla gama de sensores de posição indutivos e capacitivos, sensores fotoelétricos, produtos para automação de válvulas e soluções de conectividade para os mercados de automação industrial e de processos.
“Com os sensores desempenhando um papel cada vez mais importante nas operações industriais, a aquisição da Sense é estratégica e fortalecerá nossa posição como fornecedor de referência no mercado de automação industrial. Estou feliz em dar as boas-vindas à equipe da Sense na TE Connectivity. Ao combinar nossas forças, aceleraremos o crescimento dos negócios locais no Brasil e traremos o atrativo portfólio de produtos da Sense para os clientes da
TE em todo o mundo,” disse Vish Ananthan, Vice-Presidente Sênior e Gerente Geral da unidade de negócios Industrial da TE.
“Durante seus 48 anos, a Sense construiu uma sólida reputação ao oferecer não apenas produtos de alta qualidade, mas também um serviço excepcional, um relacionamento próximo com os clientes e suporte pós-venda confiável,” disse Antônio Celso Spiniella, sócio da Sense. “A decisão de passar o bastão para a TE Connectivity reflete a confiança de que esses valores fundamentais serão mantidos e fortalecidos, garantindo que os clientes continuem a se beneficiar do mesmo compromisso com a excelência que sempre definiu a empresa.”
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Governo Federal libera mais de R$18 milhões para batimetria no Rio Guaíba
@GovernodoRS/Divulgação
O Governo Federal liberou R$ 18,5 milhões para que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realize a contratação da empresa responsável pelo processo de batimetria do Rio Guaíba, no Rio Grande do Sul. Isso vem após o início das conversas sobre a necessidade de se realizar a dragagem do rio, uma medida de segurança por conta das enchentes recentes no estado. Segundo a Portos RS, estatal que atua como a Autoridade Portuária responsável pela gestão dos principais portos do estado, além da verba liberada, serão necessários mais R$ 500 milhões para a execução de todo o trabalho.
Para Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia, a medida é importante e deve ser colocada em prática o mais rapidamente possível.
“O desastre que assolou o estado não pode se repetir. Trata-se de uma região que aguarda por obras nesse sentido há décadas, então não podemos esperar mais.”, segundo ele.
“O Brasil tem profissionais qualificados e tecnologia para esse tipo de trabalho e é necessário, com urgência, criar-se uma política pública que assegure medidas de prevenção e não apenas de socorro após catástrofes como essa”. Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia.
O serviço de batimetria que será realizado consiste na análise do revelo submerso. “As tecnologias disponíveis permitem inclusive uma varredura completa do relevo de forma remota, facilitando posteriormente o trabalho de dragagem (processo de limpeza, desassoreamento, escavação e remoção de sedimentos do fundo do rio), que de fato é mais caro e precisará de um investimento maior”, explica Neves.
O executivo acrescenta ainda que é importante que seja assegurado o montante suficiente para todas as etapas do processo e que sejam implementados todos os recursos tecnológicos e profissionais capacitados para isso. “O desafio é grande e precisamos unir forças para resolver a situação e, claro, evitar que se repita não apenas no Rio Grande do Sul, mas em outras regiões do país que podem passar por situações semelhantes”, reforça.
Neves conta que “no Brasil, um país com uma infinidade de recursos hídricos, centenas de barragens e longos trechos costeiros, conhecer o relevo submerso é essencial não só para a navegação marítima, mas também para conhecer a volumetria e o comportamento de correntes, além de se prevenir desastres. Temos barcos autônomos que carregam sensores multifeixe para escanear o relevo submerso e o laser scanner aéreo, que pode ser utilizado para o trabalho de batimetria na costa litorânea do país. Recursos como esses já estão no mercado brasileiro e devem ser utilizados em momentos como esse no Sul”, finaliza.
Gerdau revê investimentos e Ebitda Komatsu avalia aquisição da provedora de soluções digitais
A Gerdau S.A e a Metalúrgica Gerdau S.A. comunicam aos seus acionistas e ao mercado em geral que as projeções anteriormente divulgadas sobre os investimentos em “CAPEX Estratégico” e o consequente “EBITDA Potencial Anual por Projeto” foram revistos e detalhados durante a apresentação “Gerdau Investor Day 2024”. Os investimentos em CAPEX Estratégico somam R$ 9,2 bilhões, dos quais R$ 3,4 bilhões já foram investidos e os R$ 5,8 bilhões restantes estão projetados de forma revisada para os próximos anos, majoritariamente até 2027.
A estimativa é que os investimentos em CAPEX Estratégico tenham o potencial de gerar um retorno de EBITDA anual no valor de R$ 2,8 bilhões. As atualizações das projeções refletem uma nova visão desconsiderando projetos já concluídos; a inclusão de projetos de downstream na América do Norte e a readequação de investimentos florestais em função das hibernações de Barão de Cocais e Sete Lagoas (Rota Bio). Gerdau e Metalúrgica Gerdau afirmam que as outras estimativas permanecem inalteradas e que os dados apresentados foram elaborados a partir de previsões sujeitas a riscos e incertezas correntes de mercado, tendo sido realizadas com base em premissas da administração das Companhias considerando as informações disponíveis. As companhias ressaltam que tais dados não configuram de qualquer modo promessas de desempenho, sendo que os resultados reais das duas empresas para tais indicadores poderão ser materialmente diferentes dos resultados previstos expressa ou implicitamente em tais dados.
Para expandir seus recursos de inteligência artificial (IA) e ajudar os clientes a otimizarem suas operações de mineração, a Komatsu anunciou intenção de adquirir a Octodots Analytics, uma provedora de soluções digitais sediada no Chile. O anúncio ocorre no momento em que a empresa estreia seu novo ecossistema Modular, uma visão do futuro da otimização de locais de mina e compartilhamento de dados.
Com base no sistema de gerenciamento de frota DISPATCH líder do setor da Komatsu, o ecossistema Modular é um conjunto de plataformas e produtos interconectados projetados para simplificar os fluxos de trabalho existentes. “Nosso ecossistema foi projetado para capacitar os clientes a otimizarem a tomada de decisões nos níveis de máquina, local de mina e empresarial”, disse Jason Fletcher, vice-presidente sênior de soluções de tecnologia de mineração da Komatsu. “A experiência e as soluções da Octodots combinam perfeitamente com o que criamos e estamos entusiasmados com as oportunidades de incorporar seus produtos e recursos em nossa oferta”.
Desde 2017, a Octodots Analytics desenvolve e comercializa soluções digitais avançadas para setores como mineração, construção, silvicultura, transporte, dentre outros. A equipe multidisciplinar da empresa tem expertise específica em três áreas principais: engenharia de mineração, transporte e ciência de dados. O ecossistema Modular fornecerá às empresas de mineração a capacidade de conectar dados usados em suas operações, incluindo dados de produtos Komatsu, bem como tecnologias e equipamentos de terceiros de outros fabricantes.
Manserv é premiada como Global Supplier 2024
A Manserv Facilities foi reconhecida pela qualidade de seus serviços com o prêmio por cooperação de longa data, durante a Huawei Logistics Service Global Supplier Conference 2024, realizada em Dongguan, na China. A premiação reuniu os parceiros de melhor performance e aderência às atividades da Huawei, líder global de soluções em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Na ocasião, a Manserv e demais fornecedores de vários continentes, foram convidados para participar de um fórum de alinhamento estratégico e conduta, para aprofundar o conhecimento da cultura e posicionamento da empresa chinesa.
Durante o evento, empresas de diversos segmentos tiveram oportunidades de trocar experiências e compartilhar as melhores práticas globais e tendências emergentes no mercado, além de fortalecer a parceria com a Huawei. “Foi uma oportunidade única para conectar-se com líderes e profissionais do setor em um ambiente internacional, trocar ideias e insights valiosos. Essa premiação permitiu estar ainda mais próximo da cultura da Huawei, além de trazer aprendizado para aplicar em nossa estratégia de crescimento sustentável no mercado”, destaca Larissa Cantu Polo de Sá, diretora comercial da Manserv Facilities, que representou a empresa durante o evento na China.
Nos últimos anos, a Manserv tem focado em implementar novas tecnologias para otimizar a eficiência dos serviços técnicos especializados prestado. Larissa explica que atualmente, o mercado de facilities
está em constante transformação, como a digitalização e a sustentabilidade.
A executiva da Manserv reforça a necessidade de cada vez mais implementar tecnologias avançadas para melhorar a eficiência operacional e reduzir custos. “A gestão eficaz de grandes operações se apresenta como um desafio crucial, exigindo análise de dados, soluções inovadoras para ajudar na tomada de decisões estratégicas. A necessidade de serviços técnicos especializados por parte das empresas cria oportunidades para companhias como a Manserv expandirem seus portfólios e oferecerem soluções integradas e personalizadas”.
A Manserv é uma empresa brasileira que oferece soluções em serviços técnicos especializados de manutenção de ativos, operação de processos e intralogistica em todos os setores da economia. É formada pelas marcas: Manserv Industrial, Manserv Facilities e Manserv Logística. Com 39 anos de história, conta com mais de 36 mil colaboradores e milhares de pontos de atendimento em todo o Brasil.
Hydro anuncia novo VP da divisão de extrusados
O engenheiro Cleverson Ferrari é o novo vice-presidente da Hydro na América do Sul para as operações de Tubulação de Precisão da companhia. O executivo, com sólida trajetória na área industrial, será responsável pela frente de extrusão, dedicada à transformação de alumínio em perfis extrudados para diversos segmentos, como automotivo, construção civil, energia e transportes.
Com MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Cleverson Ferrari traz mais de 20 anos de experiência, tendo atuado em empresas como Cliptech e VDO. O executivo ingressou na Hydro em 2012 como engenheiro de projetos e, em 2017, assumiu a gerência operacional de uma unidade no Vietnã, liderando uma equipe de 220 trabalhadores. Mais recentemente, ocupou cargos de Diretor de OPEX e Diretor de Planta.
A divisão de extrusão é voltada para a transformação do alumínio em novas formas a partir de perfis prontos ou personalizados, amplamente utilizados em setores como construção, transporte e indústria automotiva, onde a leveza e durabilidade do metal são altamente valorizadas.
Com ações sustentáveis, Atvos marca presença no Sertões BRB
A Atvos, uma das maiores produtoras de biocombustíveis do Brasil, esteve presente, pelo terceiro ano consecutivo, no Sertões BRB 2024, um dos mais importantes eventos automobilísticos da América Latina. Mais uma vez, a companhia patrocinou a equipe da Mitsubishi Motors, liderada por Guiga Spinelli, maior vencedor da história do Sertões, e também a Accert Competições, que participa da competição com dois carros movidos a etanol, um dos principais produtos do portfólio da empresa.
Neste ano, Guiga e o navegador Paulo Fiuza encaram um novo desafio ao disputarem a prova com a Triton Ultimate Racing, um projeto 100% brasileiro. Além de contar com a presença do seu logo no carro, macacão e demais materiais utilizados no rali, a Atvos também será responsável por compensar as emissões de carbono da equipe ao longo de todas as etapas, considerando estrutura, logística e emissões diretas do carro ao percorrer todos os trechos.
A neutralização será realizada por meio da utilização de Créditos de Descarbonização (CBIOs), um produto que a Atvos já comercializa. As emissões serão calculadas pós-evento a partir de um inventário que será produzido pela consultoria GSS Carbono e Bioinovação. Hoje, a Atvos tem capacidade para emitir mais de 4 mil de CBIOs por safra – sendo que cada crédito é equivalente a uma tonelada de carbono evitada na atmosfera – e, há quatro temporadas, todos os eventos do calendário dos MIT Rallies contam com o selo MIT4Zero.
Já para a Accert Competições, a Atvos fornecerá oito mil litros de etanol para duas equipes que percorrerão 3,7 mil km das oito etapas do Sertões BRB que serão disputadas no Distrito Federal, Goiás
e Bahia. Com presença da marca nos carros, macacões das equipes e outras peças, como windbanners, posicionadas no estande itinerante da transportadora, que irá acompanhar todos os trechos do Sertões BRB, a empresa fará distribuição de brindes institucionais para o público presente na Vila Sertões.
“A Atvos está mais uma vez presente em um dos mais tradicionais e emocionantes eventos automobilísticos da América Latina. Reforçando o nosso pilar de sustentabilidade, vamos zerar novamente as emissões de carbono da equipe da Spinelli Racing, do Guiga Spinelli, que representa a Mitsubishi Motors, além de fornecer etanol para duas equipes da Accert Competições”
Fabio Rímoli, gerente executivo de Comunicação Corporativa, Marketing e ESG da Atvos.
“Já temos uma longa trajetória em competições automotivas e, como uma empresa protagonista na transição da matriz energética no Brasil e no mundo, seguimos cada vez mais comprometidos em disseminar práticas sustentáveis e o cuidado com o meio ambiente junto a organizadores, competidores e fãs de corridas de alta velocidade. Nosso objetivo é fortalecer uma nova mentalidade junto a esse público, provando que é possível unir adrenalina, velocidade, alta performance e sustentabilidade nesse universo”, finaliza o executivo.
O Sertões BRB 2024 aconteceu entre os dias 23 e 31 de agosto e marcou a 32ª edição do maior rali das Américas.
Foram mais de 3.700 km de desafios superados, movidos por 8 mil litros de etanol da Atvos para a equipe Accert e a neutralização de centenas de toneladas de CO2 da equipe mitsubishimotorsbr. Cristiano Rocha e Anderson Geraldi conquistaram o tricampeonato na categoria Ultimate Pro pela Accert Competições, Guiga Spinelli e Paulo Fiuza em quarto lugar na categoria T1, e a Mitsubishi Motors ainda levou o prêmio como a melhor equipe do rally.
Tecnologia de controle baseada em PC para testes de DNA na pecuária
Stefan ZieglerEditorial Management PR, Beckhoff Automation
Cartuchos para o sistema SNPshot™, que se destaca dos sistemas de amostragem
De acordo com a RML Machinery, a Nova Zelândia está na vanguarda do desenvolvimento tecnológico na agricultura há anos, garantindo eficiência e modernização na pecuária. Um exemplo recente envolve o uso dos testes de DNA SNPshot™, que aproveitam a mais recente tecnologia – incluindo a da Beckhoff – para atender às necessidades de dois grupos de usuários finais: fazendeiros que coletam amostras no campo e laboratórios de DNA que processam as amostras resultantes.
A empresa de automação e robótica sediada na Nova Zelândia, RML Machinery, tem trabalhado em estreita colaboração com a Beckhoff na integração de sistemas de controle na última década. A RML fornece soluções abrangentes para muitas das principais marcas de bens de consumo de movimento rápido (FMCG) da Austrália, implementando a abordagem flexível de “desafio aceito” para a tecnologia de automação. A abordagem progressiva, flexível e confiável da Beckhoff a torna a parceira ideal para a RML, que está sempre pensando um passo à frente em termos de soluções cada vez mais sofisticadas.
Vista da máquina para montagem das peças moldadas por injeção de cartucho
Amostragem de DNA de alta precisão na fazenda em nenhum momento
Os testes de DNA SNPshot™ têm uma ampla gama de aplicações, com cerca de 15 milhões de amostras coletadas no mundo todo ano para identificar cavalos reprodutores, ovelhas, salmão de viveiro e muito mais. O amostrador de DNA SNPshot™ é equipado com leitores RFID e de código de barras, capazes de ler uma ampla variedade de etiquetas de identificação de animais. Além disso, no momento da amostragem, as coordenadas GPS do local da amostragem são registradas para serem usadas como uma ferramenta prática de verificação e gerenciamento de risco.
Para ilustrar, o amostrador lê a etiqueta auricular de um animal e a vincula a um código QR no cartucho correspondente enquanto a amostra de tecido está sendo coletada. Depois que um fazendeiro termina a amostragem do dia, ele pode transferir os dados da amostragem — ou seja, o código QR do cartucho e a ID do animal vinculada — para o aplicativo móvel SNPshot™ em um smartphone via Bluetooth e
até mesmo sincronizá-lo com o hub SNPshot™ baseado em nuvem, se necessário. Depois que o processo de amostragem é concluído, os tubos de ensaio são removidos dos cartuchos e enviados por correio para um laboratório de DNA. Esses tubos de ensaio contêm uma solução tampão para que não precisem ser resfriados durante o transporte. Tanto os cartuchos quanto suas mangas recicláveis são rápidos e fáceis de carregar no amostrador. A maioria dos usuários usa um cinto de ferramentas simples de duas peças durante esse processo, com cartuchos novos de um lado e cartuchos usados do outro.
Como um novo cartucho é usado para cada animal, o risco de contaminação das amostras é mínimo. A beleza do cartucho SNPshot™ é que ele é compatível com tubos de ensaio de laboratório padrão. Isso, por sua vez, oferece a vantagem de que os tubos de ensaio certamente terão o tamanho certo para uso com equipamentos normais de laboratório quando enviados ao laboratório de DNA. A digitalização perfeita de todo o processo também serve para minimizar quaisquer desafios anteriores com relação à identificação de animais.
Produção sofisticada de cartuchos
Os cartuchos de amostragem consistem em nove componentes, um dos quais é preenchido com uma solução salina. A fabricação desses cartuchos era incrivelmente trabalhosa no passado e até mesmo identificada como uma fonte de gargalos de produção. Portanto, o SNPShot™ precisava de um sistema que automatizasse o processo e produzisse cartuchos acabados a uma taxa de 20 unidades por minuto. A RML propôs uma máquina de montagem de moldagem por injeção A101 como solução, que pega os corpos dos cartuchos diretamente de uma máquina de moldagem por injeção. Os outros oito componentes são carregados em transportadores de bandeja separados, onde podem ser separados e disponibilizados para carregamento como unidades separadas.
A máquina de montagem consiste em três robôs, três eixos servo Beckhoff para posicionamento de precisão, oito câmeras para identificação de peças, uma unidade dispensadora para solução salina, uma impressora de código de barras QR e integração de banco de dados para rastreabilidade completa de todos os componentes. Cada tampa no cartucho é fornecida com um código de matriz de dados em miniatura pré-impresso. Durante o processo de montagem, esse código é lido e enviado para um banco de dados em nuvem por meio de uma interface RestAPI. O código é então validado e um código QR secundário é retornado pela mesma interface. É esse código QR secundário que é finalmente impresso na parte externa do corpo do cartucho.
PC industrial de alto desempenho e visualização conveniente
Um PC industrial ultracompacto C6030 da Beckhoff com um processador Intel ® Core™ i7 quad-core com uma frequência de clock de 3,6 GHz foi selecionado como controlador. Este processador de alto desempenho oferece todo o poder de computação necessário para a aplicação exigente.
De acordo com Jon Marden da RML, o sistema lida de forma confiável com tarefas de motion sofisticadas, controle de processamento de imagem para um total de oito câmeras, troca de dados baseada em nuvem, controle de interface para três robôs e a sofisticada interface homem-máquina que combina todos esses módulos em uma interface de operador amigável. Ele continua afirmando: “O fato de que este poder de computação excepcional está disponí-
vel em um design extremamente compacto também resulta em um gabinete de controle menor em comparação com outros produtos no mercado.”
Uma facilidade de uso excepcional é proporcionada pelos dois monitores touch-screen conectados ao Beckhoff Industrial PC: um com TwinCAT HMI para visualização conveniente e controle da máquina, e outro para um feed ao vivo de cada câmera no aplicativo de processamento de imagem. Isso dá ao operador uma visão clara de toda a sequência do processo.
O EK1960 TwinSAFE Compact Controller garante a segurança funcional
Os eixos de precisão são gerenciados por um servo drive Beckhoff AX5103, que se comunica com o PC industrial via EtherCAT. Além do TwinCAT 3 HMI Server para visualização, o sistema também usa TwinCAT 3 PLC e TwinCAT 3 NC PTP, bem como TwinCAT 3 Database Server, TwinCAT 3 TCP/IP e TwinCAT 3 IoT HTTPS/REST para comunicação de dados eficiente. De acordo com Jon Marden, a abertura da tecnologia de controle baseado em PC e EtherCAT da Beckhoff permitiu que a RML fornecesse um sistema de posicionamento de alta precisão sem se limitar a um único fornecedor de hardware.
O resumo de todo o trabalho,
o certificado
Existem diversos itens que apontam a necessidade de avaliação e entendimentos dos certificados de calibração. A Presys Instrumentos e Sistemas com o Software Isoplan 5 acredita que é muito importante estimular que se faça uma análise crítica de um certificado de calibração para o profissional realizar medições confiáveis. Porque conhecer os pontos do certificado como tendência, correção, incerteza expandida, probabilidade de abrangência e fator k são fundamentais para uma boa análise técnica.
É preciso compreender o uso correto dos dados do certificado para melhorar os fundamentos metrológicos e a Presys destaca alguns itens normativos relevantes como os Itens 6.2.1 / 6.2.2 / 6.2.5. – que reforçam a questão das competências dos técnicos do laboratório e na questão do treinamento de manuseio e das técnicas metrológicas, ajudando também na questão na participação em workshops e na busca por aprender Metrologia & Calibração por parte dos técnicos do cliente envolvidos no processo de calibração; os Itens 6.4.3 / 6.4.4 / 6.4.5 / 6.4.6. - que se referem aos procedimentos de manuseio, à manutenção planejada e à questão de se enviar os padrões frequentemente e com planejamento para calibração; também tratam da avaliação de conformidade, a análise crítica do certificado do padrão no momento do recebimento para planejar e avaliar o envio para um laboratório credenciado à RBC competente e com incerteza dentro do requerido pelo padrão; e pedem atenção à (CMC) Capacidade de Medição e Calibração; os Item 6.4.7. se referem ao estudo de frequência de calibração dos padrões, sua periodicidade e a avaliação dos estudos do porquê se calibram instrumentos e padrões com determinada frequência, tendo o ILAC - G24 e o OIML D10 como Guias para definir a frequência de calibração; os Itens 7.6 / 7.6.1 / 7.7 / 7.7.1. vão explicar a Avaliação da Incerteza de medição e porque todas as contribuições devem ser inseridas junto às fontes de erros para garantia da validade dos resultados; os Itens 7.8 / 7.8.2.1. vão fazer entender o conteúdo necessário para o documento de Relatório de Resul-
Newton Bastos - Business Development Manager da Presys
tados, ou seja, o Certificado de Calibração.
As calibrações devem ser executadas por um laboratório acreditado ao INMETRO, seguindo as normas internacionais, como, por exemplo, a ISO/IEC 17025. Não existe uma quantidade de calibrações predeterminadas e a periodicidade deve ser definida de acordo com as características do processo e instrumento.
A ISO/IEC 17025 (Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração) é uma Norma Técnica utilizada pelo INMETRO composta por um conjunto de requisitos direcionados aos laboratórios de ensaio e calibração. Ela estabelece critérios para comprovar a aptidão técnica dos laboratórios, visando garantir que todos os laboratórios do mundo utilizem os mesmos procedimentos, evitando comprometer os padrões e possíveis divergências entre as empresas.
A 17025 exige a implantação de um sistema de gestão de qualidade, competência técnica e capacidade de gerar bons resultados, utilizando os critérios de rastreabilidade, validação de métodos e cálculos de incertezas.
A Presys então, quer que se entenda o quê significa cada campo do Certificado:
Metrologia: Segurança, Qualidade e Competitividade
A metrologia está presente em quase todos os aspectos da vida e nossa relação com ela começa antes mesmo de nascermos, com todos os exames que medem a saúde de um bebê. A metrologia está no controle da produção, na avaliação da qualidade do meio ambiente, da saúde e da segurança e da qualidade de materiais, dos alimentos e outros produtos – sua função é garantir práticas seguras de comércio e proteger o consumidor.
A metrologia começou há muito tempo, em épocas antigas, e um dos primeiros instrumentos conhecidos é o gnômon, utilizado por civilizações para medir o tempo com base na sombra do Sol.
Hoje, essa ciência evoluiu com ferramentas modernas, como os medidores de distância a laser, que oferecem medições rápidas e precisas. A metrologia agora incorpora tecnologias avançadas, como sensores digitais e sistemas automatizados, revolucionando a forma como medimos e garantimos qualidade em diversas indústrias.
Fazer cumprir essa função é responsabilidade de algumas entidades, como a Remesp - Rede Metrológica do Estado de São Paulo, entidade sem fins lucrativos, criada em 1998 que busca congregar pessoas físicas e jurídicas para a promoção e o desenvolvimento da Metrologia.
“A Remesp surgiu pela necessidade de se criar uma associação que pudesse reunir e integrar os laboratórios de Calibração e Ensaios do Estado de São Paulo para, de forma organizada, poder representá-los junto aos organismos públicos e privados. Além disso, foi vista como a solução para o desenvolvimento da competência técnica e de gestão para a melhoria da qualidade dos serviços prestados”,
conta Celso Scaranello, presidente da Remesp, Engenheiro Mecânico com especialização em Educação Profissional, Gestão da Inovação e Gestão de Laboratórios Metrológicos, Processo de Produção, normalização e Avaliação da conformidade, com mais de 40 anos de experiência.
Scaranello lembra que no final dos anos 1990 surgiram as redes metrológicas estaduais na ambiência do Conmetro - Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, um colegiado de ministros criado para formular e supervisionar a política nacional de metrologia, normalização e qualidade que atuava por meio de seus comitês – de normalização, de metrologia, de avaliação da con-
formidade, de regulamentação, de barreiras técnicas no comércio e de segurança alimentar. O Conmetro tinha entrado em recesso até abril de 2023, quando o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, relançou o Conselho juntamente com a secretaria executiva do Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia para debater políticas públicas relacionadas à certificação de produtos, fiscalizações, registros de equipamentos, etc.
Secretária
de Competitividade e Política Regulatória, Andrea Macera, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin e Márcio André Brito presidente do Inmetro
“O Conmetro vem em boa hora: quando a gente ouve mais, erra menos. Simplificar, desburocratizar, ganhar tempo. Nossa geração é o tempo da mudança e da velocidade da mudança”, afirmou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, que preside o Conselho.
“A retomada do Conmetro coloca a infraestrutura da qualidade como ferramenta estratégica para competitividade da indústria brasileira e atração de investimentos para o país. O Inmetro, enquanto ator central desse sistema, quer atuar como indutor do desenvolvimento do país”, afirmou o presidente Márcio André Brito.
o mercado porque vai demandar que as características dos produtos sejam claras, expostas, cumpridas e rastreáveis. Com a conscientização dos consumidores de todos os níveis, a vida vai ficar mais segura. De forma geral e não apenas nas compras de alimentos, roupas, brinquedos, mas também de instrumentos médicos e equipamentos industriais; quem sabe isso dê um fim às práticas fraudulentas dos certificados de conformidade – que diminuiu muito, mas ainda encontra adeptos”, pondera Scaranello.
São mudanças que vão atingir toda a infraestrutura da qualidade que depende da metrologia que se baseia no sistema internacional de unidades para garantir os padrões das grandezas fundamentais como massa, temperatura, dimensional, luminosidade, etc. E abrange campos como metrologia, normalização, regulamentação técnica, avaliação da conformidade, acreditação e vigilância de mercado.
Em uma primeira reunião em abril do ano passado, foi criado o comitê que vai assessorar a formulação da Enic - Estratégia Nacional de Infraestrutura da Qualidade e também a determinação da continuidade da Gestão de Estoque Regulatório do Inmetro, prevendo a revisão de atos normativos com ampla participação social. Isso está diretamente ligado ao programa da Unido – United Nations Industrial Development Organization que trabalha em quatro pilares: metrologia, normalização, avaliação da conformidade e acreditação, e vigilância de mercado. “Com exceção desse último, as orientações são comuns às nossas práticas. Mas a grande mudança aí é a proposta de conscientização dos consumidores para que busquem a qualidade. E isso vai mexer com
Um aspecto central da metrologia são as calibrações que asseguram que os instrumentos de medição estejam funcionando segundo padrões estabelecidos. Mesmo a crise climática precisa da metrologia para guiar suas decisões e garantir o cumprimento de regulamentações ambientais - os instrumentos de monitoramento e controle devem passar por processos de calibração para assegurar que seus dados sejam confiáveis, precisos e rastreáveis, contribuindo para a sustentabilidade do meio ambiente.
“Para dar suporte a isso, existe a Rede Brasileira de Calibração, laboratórios acreditados pela CEGECRE -coordenadoria geral de acreditação do Inmetro. Atenção deve ser dada ao escopo da acreditação – quais grandezas aquele laboratório pode certificar. Esses laboratórios passam por avaliações periódicas pelo CEGECRE. O sistema de acreditação é bem robusto e baseado em normas internacionais, mas o desafio do uso inadequado ou fraudulento de certificados de calibração ainda existe. Até porque muitos profissionais e empresas não têm o conhecimento necessário para ler e interpretar esses documentos, o que pode levar a erros. É preciso que mais pessoas sejam capacitadas para identificar a rastreabilidade dos padrões, instrumentos e processos envolvidos na calibração. Outra dúvida é sobre a frequência de calibração; é preciso fazer um estudo para determinar o tempo em que o instrumento não vai mudar sua performance original. E existem metodologias para isso. Porque as normas e regulamentações podem referenciar esse tempo, mas os instrumentos preci-
sam ser calibrados até porque a confiança de suas medições e sua garantia não se mantêm em casos de má instalação, manutenção ou avarias”, reflete o presidente da Remesp.
A capacitação profissional é crucial para que todos compreendam e sigam as normas e regulamentos metrológicos. Em setores como o da saúde, a importância da calibração se torna ainda mais evidente e necessária: instrumentos usados em ambientes hospitalares, como termômetros e medidores de pressão, precisam passar por verificações regulares para garantir que estão funcionando perfeitamente. No setor da aviação, a questão das calibrações e a rastreabilidade são determinantes para que se garanta a segurança do espaço aéreo e das aeronaves. A metrologia é uma ciência dinâmica, que acompanha a evolução das tecnologias, como é o caso , por exemplo, da aplicação em drones e veículos autônomos que, com aumento de popularidade e usos não apenas recreativos, estão sendo alvo de novas regulamentações.
A Remesp está preparando diversas atividades para dar maior suporte de conhecimento para a comunidade metrológica, notadamente para disseminar o conhecimento não apenas para o setor industrial, mas também para a área da saúde e o controle metrológico legal. “ A Valorização da metrologia legal e o impacto nas empresas é o tema de nosso encontro , o MetroLegal2024 sobre metrologia legal ainda este ano, onde serão abordados assuntos como a Vigilância de Mercado, normalização e regulamentação, processos de aprovação de modelo, integração
de organismos reguladores, além de cases de inovação tecnológica. Tudo discutido com instituições de peso como o Inmetro, o Ipem-SP/Instituto de Peso e Medidas, o MDIC, Receita Federal, Anvisa, entre outros. É preciso estar sempre em contato com a comunidade para garantir o bom desenvolvimento das práticas da metrologia, fundamentais no dia a dia para que tudo esteja dentro dos padrões de qualidade exigidos, contribuindo para um futuro mais seguro e confiável”, finaliza Scaranello.
A importância da metrologia alcança o clima
O Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia está coordenando um projeto em parcerias com outras instituições para usar tecnologias disruptivas e viabilizar um ambiente sustentável que promova a transição para uma frota veicular com maior eficiência energética e menor emissão de gases de efeito estufa (GEE).
O projeto Descarbonize.ai - Sistema Integrado para Análise, Monetização e Descarbonização do
Tráfego Veicular estabelece a criação de um sistema de conectividade veicular, com foco na redução das emissões de carbono do setor de transporte rodoviário, alinhado às metas de descarbonização que vêm sendo adotadas mundialmente. O programa vai aplicar R$ 18 milhões em projetos colaborativos entre instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e empresas da cadeia automotiva e de tecnologia, para desenvolver soluções de impacto e abrangência. Esses
recursos vem do programa Rota 2030 - que define normas para a fabricação e a comercialização de veículos nacionais para os próximos 15 anos.Em abril deste ano, segundo a Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, o Piauí foi o estado com maior expansão em grandes parques de energia solar e eólica, sendo o terceiro estado que mais produz energia solar e eólica no Brasil. Essa energia vem de 118 empreendimentos eólicos, com 4 GW de potência instalada e outros 2 GW vêm dos 60 parques de energia solar. A espanhola Solatio anunciou que vai construir, em Bom Princípio do Piauí, um parque com potência de 4 GW. Que também vai produzir hidrogênio verde (h2v). A vocação para energia do estado do Piauí fez com que a Universidade Estadual do Piauí (Uespi)
buscasse parceria com o Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia para o desenvolvimento de infraestrutura para o setor de energias renováveis no estado.
É apenas uma vertente dos trabalhos do Inmetro. A transição energética, essencial para a descarbonização e a adoção de fontes renováveis, também depende de medições precisas e confiáveis, que garantem a segurança e qualidade em todo o ciclo de vida da energia. A metrologia, através de calibrações e rastreabilidade ao Sistema Internacional de Unidades, é fundamental para validar a composição dos combustíveis e assegurar a comparabilidade dos dados, especialmente na medição de Gases de Efeito Estufa (GEE). Investir em infraestrutura metrológica
O Inmetro capacitou representantes do Instituto de Gestão da Qualidade e Propriedade Intelectual (IGPQI) de Cabo Verde/África, nos seus laboratórios do Instituto em Xerém/Rio de Janeiro. O treinamento faz parte das atividades promovidas estrategicamente por meio do Acordo de Cooperação firmado neste ano entre Brasil e Cabo Verde para atuar nas áreas de infraestrutura da qualidade, dinâmicas tecnológicas e econômicas e avaliação da conformidade.
é crucial para que a transição seja segura, eficiente e sustentável, exigindo a colaboração de governos, empresas e instituições de pesquisa.
A metrologia, como ciência da medição, enfrenta um crescente volume de dados, especialmente com a adoção de tecnologias avançadas e a digitalização no agronegócio. Sensores utilizados para monitorar
condições do solo, como umidade e nutrientes, geram uma grande quantidade de informações que, ao serem combinadas, ajudam na tomada de decisões sobre irrigação e controle de pragas. No entanto, a calibração desses sensores, assim como de drones e suas câmeras, é crucial para garantir a precisão dos dados coletados.
@FreepickIA
A regulamentação recente dos drones trouxe novos desafios, pois sua calibração e a metrologia dimensional das imagens capturadas precisam ser rigorosas para que as medições tenham incertezas conhecidas. Além disso, ao realizar medições químicas, como a detecção de Gases de Efeito Estufa, é essencial que os resultados obtidos por drones sejam comparáveis aos de instrumentos de bancada, aumentando a confiabilidade dos dados. Neste contexto, ferramentas como Inteligência Artificial e calibração digital tornam-se fundamentais, pois permitem um gerenciamento eficaz dos dados, garantindo a qualidade e confiabilidade das medições. Assim, a calibração de drones e sensores não é apenas uma prática recomendada, mas uma necessidade crítica para a eficácia das operações agrícolas, destacando a importância de investir em tecnologias e análises que sustentem o sucesso e a sustentabilidade do setor.
As questões ligadas à metrologia, que estavam sob a perseverança dos membros dessa comunidade encaminhar, estarão agora reunidas sob o Conmetro, um colegiado que tem como objetivo formular e supervisionar a política nacional de metrologia, normalização industrial e certificação da qualidade de produtos industriais. Ele é composto por diversos Ministérios e instituições privadas, sendo presidido pelo MDIC e tendo o Inmetro como secretaria executiva. O Conmetro é competente para expedir atos
Laboratório de Análise de Gases – Lanag/Dquim/ Dimci/Inmetro
normativos e regulamentos técnicos, nos campos da metrologia e da avaliação da conformidade de produtos, de processos e de serviços.
O colegiado retomou suas atividades e teve reuniões que ocorreram entre 3 de abril e 4 de junho sobre Gestão de Estoque Regulatório, onde foram aprovadas a revogação de 37 resoluções do colegiado após consolidação com outras resoluções em vigor.
Uma das vertentes urgentes para a metrologia é a formação de mão de obra qualificada em metrologia no Brasil enfrenta muitos desafios, como a escassez de profissionais capacitados para ministrar aulas e a insuficiência de laboratórios para capacitação técnica e acadêmica. Apesar da maior divulgação da disciplina e da existência de cursos profissionalizantes e de graduação, a valorização do mercado de trabalho na área ainda é limitada, tornando-a pouco atraente. Um dos maiores desafios é a falta de entendimento do público sobre a importância da comparabilidade e confiabilidade dos resultados de medições, o que deve ser abordado nas instituições de ensino. Além disso, muitos currículos educacionais não atendem às necessidades específicas do setor, como o uso de novas tecnologias e a compreensão de normativas internacionais.
O INMETRO oferece cursos técnicos voltados para essa formação, mas é necessário ampliar a conscientização sobre a relevância da metrologia e incluir disciplinas relacionadas em cursos de engenharia e ciências aplicadas. Para que o Brasil se destaque na área, é essencial a implementação de políticas públicas e iniciativas privadas que promovam uma formação integrada e contínua, atendendo às demandas de um mercado cada vez mais globalizado e tecnológico.
Embrapa em cada detalhe
Existe em toda atividade, a necessidade da presença da metrologia - medição e calibração - como suporte central para garantir a segurança, a qualidade e a rastreabilidade dos instrumentos, equipamentos insumos e mesmo profissionais envolvidos.
O agro, onde se produz etanol e bioenergéticos, desempenha um papel significativo na redução da emissão de combustíveis fósseis na atmosfera, e seu potencial de contribuição é ainda maior. O sistema de produção agrícola e pecuária sempre se beneficiou da observação e intuição dos produtores. Hoje, com o avanço da inteligência artificial, podemos perceber o quanto a capacidade humana de aprender e sensoriar ainda supera a das máquinas.
Atualmente, a digitalização do campo está em pleno desenvolvimento. Os agricultores têm acesso a imagens de satélite e dados climáticos, enquanto máquinas agrícolas coletam informações durante as operações, gerando mapas de colheita e de aplicação de insumos, incluindo sementes. Embora esses dados ainda sejam limitados, eles podem apoiar significativamente os processos de tomada de decisão. Nesse contexto, é fundamental que a qualidade dos dados seja priorizada.
“E a Embrapa atua nesse nicho de diversas formas, incluindo o desenvolvimento de metodologias de análise dos dados e na recomendação de aplicação de insumos. Entre suas iniciativas, destaca-se o compromisso em garantir uma metodologia eficaz para a obtenção de dados de alta qualidade e uso adequado. Por exemplo, para medir e produzir um mapa de produtividade, o sensor instalado em máquinas tem o extensômetro ou “strain gauge” como elemento transdutor; associa-se também à geolocalização fornecida pelo receptor GNSS e em algum momento, o valor obtido deve ser calibrado para se obterem dados de qualidade”, conta o pesquisador Ricardo Yassushi Inamasu, da Embrapa Instrumentação de São Carlos (SP).
Os drones são caso especial. E existem diferentes tipos de drones usados no agronegócio: os drones de mapeamento e os drones de aplicação de insu-
mos. Em todos eles, existe o procedimento de calibração do drone com relação ao sistema inercial e posicionamento. Esse procedimento visa otimizar a estabilidade de voo e a precisão dos movimentos, resultando ou em imagens mais nítidas e precisas ou aplicações melhores de insumos.
A calibração de drones no agronegócio é um processo essencial para garantir que os dados capturados, principalmente por sensores e câmeras, sejam precisos e consistentes, bem como as liberações de insumos e sementes. Essa calibração inclui aspectos técnicos que vão desde o próprio veículo até os dispositivos acoplados, como câmeras e sistemas de controle.
“O sistema de navegação, que inclui GPS e Unidade de Medida Inercial (IMU), deve ser calibrado para garantir que o drone mantenha a estabilidade e siga rotas pré-programadas com precisão. Isso é feito ajustando as leituras dos sensores para alinhar com dados de referência conhecidos, normalmente por procedimentos manuais no local de operação para ajustar às condições eletromagnéticas da área de operação. E o drone precisa de uma calibração de bússola para garantir que saiba sua orientação em relação ao campo magnético da Terra, fundamental para voos em ambientes agrícolas que cobrem grandes áreas”, explica o pesquisador Lúcio André de Castro Jorge, da Embrapa Instrumentação de São Carlos (SP).
Fonte:Senar-Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
E o pesquisador lembra que no caso das câmeras, “elas são calibradas para evitar distorções nas imagens e garantir que os dados capturados (como NDVI — Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) sejam precisos. A calibração inclui ajustes de foco, exposição e alinhamento com o horizonte, bem como ajustes aerofotogramétricos. As câmeras multiespectrais e térmicas precisam ser calibradas radiometricamente
para que os dados reflitam corretamente as intensidades das emissões de luz ou calor. Isso permite uma análise mais precisa do estresse hídrico nas plantas, qualidade do solo, etc. Esta calibração é realizada utilizando alvos espectralmente padrões de reflexão e rodando algoritmos de ajustes poligonais, ou através de sensores que medem a radiação incidente corrigindo com as curvas de calibração levantadas. Para corrigir distorções de lente ou erros devido ao movimento do drone, a calibração geométrica é feita, muitas vezes utilizando-se alvos com geometria conhecidos no campo para ajustar a perspectiva e garantir que as imagens reflitam as dimensões reais”.
A calibração aerofotogramétrica de drones é um processo crucial para garantir que os dados coletados por câmeras a bordo do drone sejam precisos em termos de medidas e geolocalização. Esse tipo de calibração é especialmente importante em mapeamento topográfico, agricultura de precisão, geoprocessamento e outras áreas onde os drones são utilizados para criar modelos 3D e ortomosaicos (imagens aéreas compostas).
O controle remoto do drone e o software de controle de voo devem ser calibrados para garantir a resposta exata dos comandos. Isso envolve ajustar a sensibilidade dos controles e a sincronização dos sistemas de comunicação. Para que o drone siga rotas pré-definidas com precisão (importante para mapeamento ou pulverização), os waypoints são calibrados, garantindo que o drone execute o plano de voo conforme programado.
“Por fim, no caso da pulverização é fundamental a calibração dos bicos de pulverização. Os bicos pulverizadores precisam ser calibrados para garantir uma distribuição uniforme e controlada do produto, evitando desperdício ou aplicações inadequadas. As regulamentações mais recentes, como as da
ANAC no Brasil, exigem que essas calibrações sigam padrões rigorosos de segurança, e muitas vezes, certificações ou manutenções regulares precisam ser realizadas para garantir a conformidade”, ressalta o pesquisador Lúcio, que ainda detalha procedimentos de calibração dos drones:
1.
Calibração do Drone (Plataforma de Voo):
Calibração da Bússola:
• O drone é girado em diferentes direções (geralmente seguindo instruções do fabricante), permitindo que os sensores ajustem a leitura do campo magnético da Terra. Isso garante que o drone saiba sua orientação correta.
• Muitas vezes, o drone precisa ser posicionado horizontal e verticalmente durante o processo.
Calibração do Acelerômetro (IMU):
• O drone é colocado em superfícies planas e firmes, em diferentes orientações (cima, baixo, lado). Isso calibra os sensores internos que detectam o movimento, garantindo voos estáveis e precisos.
Calibração do GPS:
• O sistema GPS não precisa de ajustes manuais, mas os dados podem ser verificados por meio de software para garantir que o drone tenha uma boa fixação com os satélites, geralmente exigindo um mínimo de 6 a 8 satélites para precisão, ideal 12.
2. Calibração das Câmeras (RGB, Multiespectral e Térmica):
Calibração Geométrica:
• Utiliza-se alvos de calibração com padrões conhecidos (como tabuleiros quadriculados) para ajustar a perspectiva e eliminar distorções ópticas causadas pelas lentes. A câmera é posicionada em diferentes ângulos em relação ao alvo, permitindo que o software detecte e corrija qualquer distorção. O software de calibração (como o Agisoft Metashape ou Pix4D) é usado para processar imagens capturadas desses padrões. O software então ajusta os parâmetros internos da câmera (distância focal, centro ótico, coeficientes de distorção radial e tangencial), eliminando distorções na imagem final.
Calibração Radiométrica:
• Para câmeras multiespectrais e térmicas, a calibração é feita comparando os dados capturados com valores de referência conhecidos (como emissores de luz ou calor). Isso garante que as intensidades medidas correspondam aos níveis reais no campo.
• Frequentemente, essa calibração inclui o uso de painéis de calibração, que refletem diferentes intensidades de luz, para ajustar os sensores.
Calibração de Foco e Exposição:
• A câmera é ajustada manualmente ou automaticamente para garantir que o foco e a exposição sejam adequados às condições de iluminação do ambiente. Esse processo é crucial para capturar imagens nítidas e bem iluminadas.
3. Calibração do Controle Remoto e Sistemas de Voo:
Controle de Sensibilidade:
• No software do drone, é possível ajustar a sensibilidade dos joysticks do controle remoto para garantir que os movimentos correspondam com precisão às intenções do operador.
Calibração de Waypoints (Rotas de Voo):
• Para missões automatizadas, os waypoints (pontos de navegação) são ajustados por meio de software para garantir que o drone siga a rota correta no campo. Isso inclui a calibração da altura e distância entre os pontos.
4. Calibração dos Sistemas de Pulverização:
Calibração dos Bicos Pulverizadores:
• Testes práticos são feitos com os bicos, ajustando a quantidade de produto aplicado em uma determinada área. Isso é feito calibrando o fluxo de líquido e a pressão do sistema para garantir uma aplicação uniforme.
• Às vezes, o operador realiza medições manuais, coletando o produto pulverizado em recipientes de medição para verificar a taxa de distribuição e ajustar conforme necessário.
No caso de calibração aerofotogramétrica:
1. Calibração do Sistema GNSS (Geolocalização):
Integração de GPS e Imagens:
• O sistema GNSS (Global Navigation Satellite System) do drone é calibrado para garantir que as imagens capturadas sejam georreferenciadas corretamente. Isso significa que cada imagem tirada pelo drone terá coordenadas geográficas precisas.
• O drone coleta informações sobre sua posição (latitude, longitude e altitude) no momento da captura de cada imagem. Esses dados são integrados ao software de fotogrametria para garantir que as imagens sejam posicionadas corretamente no espaço.
2. Pontos de Controle no Solo (GCPs - Ground Control Points):
Colocação de Pontos de Controle no Solo:
• Durante o voo do drone, são usados pontos de controle no solo (GCPs). Esses são pontos marcados fisicamente no terreno com coordenadas geográficas precisas, obtidas por meio de GPS de alta precisão (RTK ou PPK).
• Esses pontos são visíveis nas imagens aéreas capturadas pelo drone e são usados para ajustar o modelo fotogramétrico, garantindo que ele seja georreferenciado corretamente e que o mapeamento seja preciso em termos de distância e escala.
3. Calibração por Aerotriangulação (Parâmetros Externos):
• Correção da Orientação e Posição
da Câmera (Parâmetros Externos):
• A aerotriangulação é usada para ajustar a orientação espacial da câmera em cada momento em que uma imagem é capturada. Isso significa ajustar a rotação, inclinação e altitude da câmera no espaço 3D (chamado de parâmetros externos).
• O software fotogramétrico analisa a sobreposição entre várias imagens capturadas, identificando pontos em comum (marcos de referência) entre elas. A partir disso, ele calcula a posição e orientação exatas da câmera, corrigindo qualquer desvio causado por movimento ou vento durante o voo.
4. Calibração de Altura (Barômetro e Sensor de Altitude):
• O barômetro ou sensor de altitude do drone também precisa ser calibrado para garantir que a altura de voo seja precisa. Isso é importante para garantir que as imagens sejam capturadas em uma altitude consistente, o que afeta a escala e a resolução das imagens.
• Para essa calibração, o software compara as leituras de altitude do drone com os dados de altitude conhecidos (geralmente obtidos de um GPS de precisão ou RTK).
5. Calibração dos Modelos 3D (Reconstrução da Superfície):
• Após a captura de imagens e a aplicação dos parâmetros de calibração (internos e externos), o software de fotogrametria utiliza os dados de sobreposição de imagens para gerar modelos 3D da superfície.
• A qualidade desse modelo depende da precisão da calibração inicial da câmera, dos pontos de controle no solo e dos dados de geolocalização. Depois que o modelo aerofotogramétrico é gerado, ele é comparado com dados de referência, como mapas topográficos ou medições de campo, para garantir sua precisão. Se necessário, ajustes finos podem ser feitos nos parâmetros de calibração ou nos dados
GNSS para melhorar a qualidade do produto final.
“A calibração aerofotogramétrica é um processo complexo que envolve a interação de vários sistemas (câmera, GPS, sensores) e a aplicação de correções durante e após a captura de dados, e necessita de um especialista ou de treinamento específico. E a calibração é realizada tanto antes do voo (para preparar o drone e os sensores) quanto após o voo (ajustando os dados capturados no software de fotogrametria)”, afirma o pesquisador Lúcio André de Castro Jorge.
Quando se diz que o agronegócio vem se digitalizando pode-se perder a dimensão de quantas tecnologias estão envolvidas nessa afirmação, mas ainda é preciso melhorar a infraestrutura para suportar essas novas tecnologias.
“Eu diria que algumas empresas do agro conseguiram construir a sua própria infraestrutura. Mas, em termos de Brasil, todos os números são gigantes. A parcela com infraestrutura e que está digitalizada é ainda muito pequena em relação tanto em área como em número de propriedades. E mesmo em relação à mão de obra, os desafios não são pequenos. Observa-se um esforço da academia. Porém os cursos de agronomia e de zootecnia e veterinária precisam de apoio para se atualizar em velocidade talvez até maior do que a velocidade que sociedade está se transformando. Então, esse desafio começa na preparação da infraestrutura acadêmica, de professores e multiplicadores”, pondera o pesquisador Ricardo Yassushi Inamasu, da Embrapa Instrumentação de São Carlos (SP).
Embrapa já aplica IA em pesquisas e desenvolvimento
Dr. Jayme Barbedo, Pesquisador de Agricultura Digital conta que, apesar das diversas unidades da Embrapa, a empresa é um ecossistema onde as diferentes especialidades trabalham juntas para entregar pesquisas que vão fortalecer o desenvolvimento do agronegócio no Brasil.
Dr Barbedo foi se especializando na aplicação de tecnologias digitais, como a Inteligência Artificial (IA), no agronegócio e pontua que a grande novidade não é a IA em si. “Já tínhamos a IA preditiva – que teve um crescimento maior a partir de 2012 quando ela começou a criar, com as redes neurais que existem há décadas, estruturas específicas de muitas camadas gerando um aprendizado profundo a partir dos muitos parâmetros estabelecidos, tirando informação de uma maneira mais efetiva dos dados que obtém”.
Para o Dr Barbedo, não é a IA o maior desafio, mas conseguir dados relevantes e aí, sim, usar as ferramentas disponíveis – que são muitas – e com as ferramentas certas e dados de qualidade pode-se treinar um modelo que funcione de fato. “Aí o desafio de aplicar tudo isso na agricultura acontece principalmente porque não se criam tecnologias para serem usadas no campo, que é um lugar sem controles de iluminação e ainda existem variações das condições meteorológicas, as características de cada planta, a composição do solo e ainda animais e tudo isso influencia, aumentando a variabilidade do sistema”.
E o pesquisador explica: o problema é que o computador não é tão bom quanto o ser humano para extrapolar – por exemplo, se você mostrar duas raças de cachorro um São Bernardo e um Chihuahua para uma criança que nunca viu um cachorro, quando ela vir um labrador ela vai saber que é um cachorro; o computador não consegue saber sem ver todos os exemplos. Isso é um problema para os dados que se usam em um modelo: é preciso ensinar ao computador tudo com o que ele pode se deparar; sem esse treino, há muita chance dele se perder.
No agronegócio existem muitos fatores que produzem essa variabilidade e o volume de dados que se precisa é muito grande. Mas, se a IA preditiva precisa ser apresentada às possibilidades, a IA Generativa pode criar novos conteúdos a partir de um treinamento – é uma revolução nos estudos, na indústria e também no agro.
A Embrapa incluiu a IA em suas pesquisas e vem trabalhando com as diversas tecnologias disruptivas de várias formas: faz desenvolvimentos e depois busca um parceiro ou é procurada para formar parcerias. Às vezes a Embrapa percebe que ninguém está trabalhando para resolver algo e toma iniciativa de pesquisar sem influência do mercado ou busca parceria com alguém que já está na busca de uma solução. Existem muitas possibilidades. E é bom que seja assim porque a infraestrutura necessária para desenvolver tecnologias e mesmo aplicá-las precisa ser melhorada.
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“A infraestrutura melhorou muito, mas ainda é uma barreira para que muitas tecnologias possam ser exploradas em todo seu potencial. Mas é uma questão de tempo porque a gente vê os governos estaduais, municipais e o Federal muito preocupados com essa questão e num esforço para melhorar isso. Só que o Brasil é um país de proporções continentais então é uma coisa que demanda tempo e muitos recursos, além de vontade,” pontua o pesquisador lembrando que se deve incluir ainda a falta de conhecimento dos usuários.
Um outro gap é a mão de obra. Existe de fato o potencial das tecnologias roubarem postos de trabalho. Mas o agro também sofre com a falta de mão de obra em algumas frentes. Dr Jayme pede atenção ao fato de que trabalhar na Embrapa ou em uma grande empresa não é a mesma coisa que trabalhar, por exemplo, numa fazenda de gado ou em uma plantação de maçãs. As tecnologias atraem um pouco mais os jovens, como no segmento de Drones, mas a análise das imagens coletadas já não atrai muito. A maioria dos jovens não tem uma exata ideia do que seja trabalhar no agronegócio. Conhecer melhor a realidade de quem vai usar os desenvolvimentos vale também para pesquisadores. “É importante que o pesquisador vá a campo, em qualquer área. E quando se vê onde estão os problemas a busca pelas soluções se torna fascinante. No agro também. Veja que as soluções que parecem apenas tecnológicas têm suas bases no campo, com o por exemplo sensores de solo – que podem ser fixos ou não, mas dão informações imprescindíveis para se juntarem às outras análises sobre nutrição, a parte hídrica e meteorológica. Mas não é apenas um cruzamento de dados. Existem técnicas de Inteligência Artificial e outras que ajudam a fazer isso, mas é algo que se escolhe baseado nas investigações. E se elaboram modelos, testam-se modelos e realmente eles funcionam. E bons modelos preveem El Niños e El Ninãs, ainda que a crise climática tenha aproximado o clima de uma roleta russa. Bons modelos podem sim minimizar esses impactos para o agronegócio e mesmo para governos”, afirma o pesquisador.
Dr Barbedo ressalta que existe uma dificuldade ainda de se convencer o agricultor da vantagem de usar esses modelos. E a dificuldade de convencimento pode ser muitas vezes falta de tempo para parar e analisar o custo-benefício dessas soluções porque o agricultor está tomado com as questões do hoje.
Então, é importante também tirar esse fardo dos problemas imediatos dos ombros do produtor para que ele possa pensar um pouquinho mais no longo prazo. E essa não é uma questão apenas do Brasil; nos EUA, uma pesquisa mostrou que seria mais fácil entrar com assuntos como telecom, tecnologia e IA através das esposas e filhos do produtor.
Para chegar até esse produtor, e acelerar o uso de novas tecnologias em todo o agro baseado em desenvolvimento de soluções digitais para demandas reais dos produtores rurais, a Embrapa se uniu a outras instituições como CPqD, Inatel, Esalq/USP, UFLA, IEA e IAC e ao Fundec - Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural e criou o Projeto Semear Digital em 2022, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)., Este projeto vem criando ramificações e há plano de expansão no Estado de São Paulo e em outras regiões do país. ampliado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP em 2024. Segundo
declarou o secretário de Agricultura, Guilherme Piai, em abril deste ano, a Secretaria quer expandir a agricultura digital com capacitação tecnológica para os pequenos e médios produtores do Estado por meio de pesquisa e inovação e o Projeto Semear Digital impacta positivamente toda a região em torno dos municípios contemplados, levando soluções tecnológicas como inteligência artificial, sensoriamento remoto, automação e rastreabilidade.
Conectividade no Campo
Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, comandou um encontro na associação sobre planejamento estratégico que incluiu a conectividade, mecanização e cenários no agronegócio.
Sobre a importância da tecnologia no agronegócio e na necessidade de aumentar a infraestrutura de conectividade no campo – que tem apenas 17% da área conectada com infraestrutura pública – Pedro Estevão aponta para duas vertentes: as tecnologias que estão embarcadas nas máquinas e a conectividade.
“No caso das tecnologias embarcadas, nem todas necessitam de conexão à internet; elas possuem algoritmos que captam os dados do meio ambiente e da própria operação da máquina e tomam automaticamente decisões. Por exemplo, o corte de seções na pulverização evita o desperdício de produtos químicos. Há necessidade de satélite para gravar as áreas já pulverizadas, mas é uma ferramenta diferente da conectividade” explica Pedro Estevão.
A outra vertente são as coisas, pessoas e máquinas conectadas e aqui a quantidade de dados coletados é muito grande; e o fazendeiro pode tomar decisões online, no momento que está ocorrendo a operação, evitando erros e desperdícios. Pedro Estevão afirma que a tecnologia traz para o fazendeiro ganhos de produtividade nas operações em torno de 18%, e segundo estudo da Embrapa, a tecnologia gera um aumento nas receitas de 10%.
“Toda a tecnologia, seja embarcada ou conectividade, é altamente rentável, o retorno de
investimento é muito rápido, em torno de três anos. Mas apesar de todas estas vantagens, apenas 37% dos imóveis têm a lavoura totalmente iluminada pela internet, que representa 19% da área plantada. Este percentual é maior no Sul/Sudeste, em torno de 45% e 10% no Matopiba - região de cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia,” conta o presidente da CSMIA.
As iniciativas do governo são tímidas, mais voltadas para o social, escolas, hospitais, comunidades sem nenhuma conexão, entre outras, então a rede privada é o que tem avançado, e aí o investimento gira entre R$ 150.000 e R$ 300.000. Para pequenas propriedades a solução é a cotização de uma antena. Essa é uma solução que demora a ser efetivada porque as operadoras só instalam antenas onde há pessoas suficientes para pagar o seu investimento - o campo parece não atender este número de pessoas.
Existe uma dicotomia clara sobre conectividade: quando se conversa com as operadoras elas perguntam quantas pessoas vamos e ela faz uma conta de payback e chega à conclusão de que instalar uma antena quando há poucas pessoas ela assume o capex esperando um opex da pagamento que não vai vir. E a operadora não instala. Se um produtor quiser assumir sozinho isso, precisa fazer as contas também porque uma antena pode custar até dezenas de milhares de reais e mais uma conta mensal de conecti-
vidade. Num país onde a maioria das propriedades são pequenas, não é uma solução unitária.
Mas não adianta focar nesse problema porque a mecanização conectada é imprescindível hoje em dia. Porque cerca de 70% das propriedades no Brasil possuem internet na sede da Fazenda para emitir nota fiscal , mas essa conexão não chega no campo no campo porque, pelas contas, o produtor não acha que faz sentido iluminar uma área tão grande para pouco os equipamentos que ele tenha.
Mas seja para a manutenção, para comprar uma peça ou enviar uma imagem ou receber um laudo, cada vez mais as atividades exigem conectividade. E o novo agro, o 5.0, não pode existir sem ela.
Estações meteorológicas, máquinas conectadas, gerenciamento do plantio, segurança patrimonial e tantas outras necessidades dependem da conectividade. E ela deve demorar ainda para chegar pela expansão da infraestrutura pública, mas existem outras soluções como o uso de satélites de baixa órbita, por exemplo, satélites estacionários, redes privadas que usam tecnologias híbridas etc. E cada uma tem encontrado seu nicho para conectar áreas remotas.
“O desafio da conexão é modelo de negócio e não tecnológico. O que temos assistido são agricultores mais tecnificados que têm investido em conexão e auferido os ganhos desta conexão”, finaliza Predo Estevão.
Cinco dáblius e dois agás sobre a Metrologia aplicada
à Instrumentação hidrometeorológica
Com a aplicação dos 5W2H (what, why, where, when, who, how e how much) é possível ter uma visão de forma didática da Ciência das Medições que envolve as variáveis atmosféricas e hidrológicas. Instrumentação, fenomenologia, estatística e sistema de gestão da qualidade são as áreas do conhecimento para o desenvolvimento da Metrologia aplicada à Instrumentação Hidrometeorológica, conforme ilustrado na figura abaixo.
Tetraedro da Metrologia aplicada à instrumentação hidrometeorológica
O que é? - A combinação da Metrologia com a Instrumentação Hidrometeorológica (anemômetros, barômetros, higrômetros, limnímetros, piranômetros, pluviômetros, sondas de qualidade da água e do ar, termômetros, entre outros) garante que os dados ambientais coletados sejam precisos e confiáveis, o que é vital para o adequado monitoramento e análise de fenômenos climáticos e hídricos.
Por que? - A importância se reflete na capacidade de se obter informações confiáveis para o enfrentamento dos desafios ambientais e sociais contemporâneos que envolvem inúmeros setores da Sociedade em geral, tais como agronegócio, aviação, construção civil, defesa civil, energia, espacial, gestão de recursos hídricos, naval, pesquisa científica, saúde
pública, transporte, turismo, etc.
Onde? – As atividades são realizadas em laboratório e em campo. As calibrações ou ensaios podem ser realizados de forma local ou remota, conforme figura abaixo.
de atividades metrológicas
Quando? – Quando é necessário conhecer a qualidade dos dados para a gestão de recursos hídricos, operação de usinas elétricas (eólica, hidro e solar), pesquisa científica, planejamento na agricultura, planejamento urbano, prevenção de desastres naturais, entre outras aplicações. Na figura 3 temos as atividades de ajuste, calibração, verificação, medição e correção dos dados de campo que envolvem a instrumentação hidrometeorológica.
Atividades metrológicas que envolvem o monitoramento ambiental
Quem? – Uma equipe multidisciplinar (metrologistas, instrumentistas, meteorologistas, hidrologistas e outros) desenvolvem as atividades em órgãos governamentais, institutos de pesquisa, universidades e em empresas de tecnologia para garantir a qualidade das medições realizadas pelas redes de monitoramento, plataforma de coleta de dados ambientais e em estações meteorológicas, agrometeorológicas, anemométricas, hidrológicas, geotécnicas, solarimétricas, de parâmetros de qualidade da água e do ar, entre outras.
Como? – A área de Metrologia Ambiental executa calibrações e ensaios utilizando padrões de referência e de trabalho devidamente calibrados com rastreabilidade ao SI (Sistema Internacional de Unidades). Além das atividades operacionais, há a pesquisa aplicada onde se desenvolvem métodos, processos, equipamentos e sistemas de metrologia. Outra atividade realizada é a difusão do conhecimento, através de cursos, palestras e seminários para a divulgação da cultura metrológica na área ambiental e também de forma recíproca. Numa área de metrologia ambiental podem coexistir procedimentos de calibração/ensaio para equipamentos de marcas e modelos bem conhecidos comercialmente com procedimentos mais elaborados que exigem uma análise exploratória de dados com a avaliação da incerteza de medição para instrumentos desenvolvidos ou colocados recentemente no mercado, conforme mostrado na figura abaixo.
Processo de calibração e ensaio de instrumentos hidrometeorológicos
Quanto? – A calibração e a verificação em campo com rastreabilidade ao SI da instrumentação hidrometeorológica podem ser realizadas de forma terceirizada, caso a empresa não tenha uma área de metrologia ambiental. Dependendo da instrumentação e da localidade das instalações dos sistemas de
monitoramento há um certo custo envolvido, porém, o custo de não conhecer a confiabilidade dos dados é expressivamente maior pois impactam diretamente nas tomadas de decisão, perda de produção, incrementam os riscos financeiros, inibem a inovação e podem causar danos à reputação, à ineficiência operacional e a perda de clientes e de fidelidade. Um exemplo é o volume de água utilizada na irrigação baseado nos dados monitorados.
Atualmente há uma grande demanda na implantação de estações meteorológicas ou sistemas de observação ambientais e a área de Metrologia aplicada à Instrumentação Hidrometeorológica não apenas melhora a qualidade dos dados coletados, mas também fortalece a capacidade de respostas às mudanças climáticas e contribui para uma gestão mais eficaz dos recursos naturais em inúmeras aplicações dos mais variados setores que impactam a qualidade de vida dos seres vivos.
Prof. Márcio A. A. Santana. M.Sc.
Engenheiro Metrologista da área de Metrologia Ambiental da CGIP/COMIT do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Representante do Brasil no projeto Metrology for Meteorology and Climatology for Latin American, coordenado pelo PTB – Alemanha, 2018 ~2022. Responsável pela implantação do SGQ – ISO/IEC17025, acreditação da área de vácuo da Metrologia Espacial do INPE e implantação de laboratórios da Metrologia Ambiental. Experiência em Metrologia Elétrica, Física, Mecânica e Ambiental. Professor de Instrumentação e Controle de Processos, Metrologia, Qualidade, Automação, Eletr./Eletrotécnica em cursos técnicos e de engenharia em diversas Instituições de Ensino (UNESP-CTIG, CDT/ETEP, CEAVAP/FARO, FUNDHAS/CEPHAS, SENAC, Projeto Benjamin Franklin entre outras). Professor convidado em PPG e de cursos de extensão (UFBA, UFSB, UNESP/FCAV, IFSC). Possui vários artigos publicados. Ministra cursos e palestras no Brasil e no exterior sobre Metrologia aplicada à instrumentação hidrometeorológica, avaliação da incerteza de medição e SGQ para laboratórios de Metrologia. Membro do comitê do I MetroAmbiental – Simpósio de Metrologia Aplicada ao Monitoramento Meteorológico.
PRESYS Uma vida dedicada à metrologia
Ao completar 35 Anos de Inovação e Precisão na Metrologia, a Presys lança novos produtos e corre o Brasil levando conhecimento sobre metrologia 4.0
Neste ano em que a Presys celebra 35 anos - uma empresa 100% nacional que se destaca na fabricação de equipamentos para metrologia e na calibração de instrumentos -, ela lançou uma nova bancada para serviços, o calibrador de temperatura portátil com range de -30 a +300, o calibrador portátil a bateria e o DatyProV5, lançamentos que se somam ao seu portfólio de sucesso.
Comprometida em fornecer soluções que atendam às crescentes demandas do mercado, a Presys lançou uma Van Shoowroom Móvel que fez uma viagem comemorativa-inaugural saindo dia 02/09/24 da sede Presys, em São Paulo-SP, com uma primeira parada na cidade de Piquete-SP, para uma visita à Imbel; passando dois dias no Expo Isa Vale, em Lorena-SP.
Dia 06/09/24 iniciou sua Rota Destino Bahia: foram 10 empresas, 04 estados e 08 cidades no percurso, com previsão de impactar mais de 300 profissionais da indústria.
“A Presys em 2024 completou 35 anos de existência, indo de um início modesto até se tornar a empresa especializada em metrologia para instrumentação industrial com a maior variedade de produtos de todo o mundo, e com distribuidores cobrindo os seis continentes.
Sem dúvida é um motivo de orgulho para nosso país visto que tudo é feito por engenheiros e técnicos brasileiros, sempre criando tecnologia própria e inovadora. Tão inovadoras que firmas mais antigas e de nações do primeiro mundo científico vem seguindo o que é criado aqui no Brasil pela Presys.
Entre os muitos benefícios de se ter 35 anos de atividade industrial é poder acompanhar o desempenho dos produtos fabricados ao longo do tempo, a durabilidade e confiabilidade de nossos calibradores – isso fica nítido ao ver instrumentos nossos, fabricados no século passado, chegarem ao nosso laboratório para calibrações periódicas e se mostrarem em perfeito funcionamento.
Assim, estamos continuamente inovando e construindo funcionalidades úteis aos nossos clientes, muitas vezes aprendendo com eles, procurando acompanhar as técnicas mais modernas, a indústria 4.0, a digitalização, a IA, todo tipo de recurso que resulte em melhorias e maiores facilidades na execução dos serviços metrológicos”.
Vinícius Nunes, fundador e presidente da Presys Instrumentos e Sistemas.
Em um mundo em constante transformação digital, a Presys reconhece a importância de integrar tecnologia de ponta aos processos de medição e calibração. E a metrologia não é apenas uma questão de precisão, mas também de eficiência e confiabilidade nos resultados, especialmente em indústrias que operam em alta escala.
Durante a exposição, com a Van foram compartilhados insights sobre como a Presys está na vanguarda dessa transformação, desenvolvendo equipamentos que não apenas atendem aos padrões rigorosos de qualidade, mas também incorporam a digitalização.
Os instrumentos da Presys estão projetados para se integrarem perfeitamente a sistemas de gestão de dados, permitindo um controle mais eficaz e uma análise de desempenho em tempo real.
Financiamento de US$ 75 milhões para empreendedores agrícolas de alto potencial
O GAFSP - Global Agriculture and Food Security Program lançou uma nova janela de investimento de US$ 75 milhões para acelerar inovações financeiras que apoiam pequenos agricultores e micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) no setor agroalimentar , com o objetivo de impulsionar a segurança alimentar e o desenvolvimento agrícola em países de baixa renda.
O Business Investment Financing Track (BIFT) busca reduzir o risco de investimentos privados, facilitando a mobilização de financiamento adicional para veículos de investimento em segmentos de alto potencial, mas tradicionalmente mal atendidos do sistema alimentar. Isso acontece em um momento em que o sistema alimentar global está enfrentando desafios sobrepostos, incluindo interrupções na cadeia de suprimentos e eventos climáticos mais extremos induzidos pelas mudanças climáticas.
O GAFSP é uma plataforma de parceria multilateral que implantou mais de US$ 2,5 bilhões de recursos de doadores para financiamento global de segurança alimentar e nutricional desde sua criação pelo G20 em 2010. Por meio do BIFT, o GAFSP apoiará soluções inovadoras de financiamento combinado para promover investimentos agrícolas transformadores, particularmente em regiões e cadeias de valor carentes. O BIFT se junta às trilhas de financiamento existentes do GAFSP visando estratégias e programas para países de baixa renda, agronegócios e organizações de produtores, que representam um portfólio global de 300 projetos que beneficiam mais de 20 milhões de pessoas.
O BIFT buscará incentivar parcerias público-privadas, promover o engajamento da sociedade civil e fortalecer plataformas de cofinanciamento que agregam financiamento de uma gama de investidores, incluindo investidores de impacto, gestores de ativos e bancos, para dar suporte a programas maiores e mais impactantes. O BIFT requer soluções de financiamento combinadas para aproveitar investimentos públicos estratégicos feitos em cadeias de valor de alimentos nutritivos, envolver organizações não go -
vernamentais e alavancar subsídios ou instrumentos financeiros concessionais, como garantias e seguros, bem como dívida e capital concessionais para atrair investimentos privados.
“Agri-MPMEs de alto potencial em países de baixa renda estão sendo deixadas para trás pelos mercados financeiros e não têm como entrar em mercados regionais ou globais. O BIFT implementará soluções sistêmicas adaptadas às necessidades de pequenos produtores e agronegócios em estágio inicial para que possam atingir escala e aproveitar o financiamento convencional.”
James Catto, Diretor de Política de Desenvolvimento Internacional do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e Presidente do Comitê Diretor do GAFSP.
O piloto do BIFT será executado até junho de 2026, em parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Asiático de Desenvolvimento, a Corporação Financeira Internacional, o BID Invest e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da ONU. As soluções de financiamento combinado apoiadas pelo piloto terão como alvo específico pequenos agricultores, organizações de produtores, MPMEs e startups de agronegócios envolvidas na produção ou comercialização de alimentos nutritivos para mercados locais e regionais. Esses segmentos e cadeias de valor têm sido historicamente negligenciados por investidores privados porque são vistos como muito pequenos, muito arriscados ou oferecem retornos modestos.
“O BIFT é um passo significativo para abordar a lacuna de financiamento de pequenos produtores ao desbloquear o capital privado muito necessário”
“Não se trata apenas de financiar projetos; trata-se de trabalhar com uma gama de parceiros, do governo à sociedade civil e ao setor privado, para criar soluções duradouras que melhorem a segurança alimentar, a resiliência climática e as oportunidades econômicas em algumas das regiões mais vulneráveis do mundo.”
Felipe Dizon, Gerente de Programa Interino do Fundo GAFSP no Banco Mundial.
O G20 e a Inteligência Artificial: inte-
gridade da informação e adaptação em tempos de crise climática
Atahualpa Blanchet é pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP e do Grupo de Pesquisa Transformação Digital e Sociedade da PUC SP. Especialista em Novas Tecnologias do Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do Mercosul (IPPDH) e consultor em Inteligência Artificial do Escritório da UNESCO para a América Latina e Caribe
Como as tecnologias emergentes, incluindo a Inteligência Artificial (IA), podem desempenhar um importante papel na mitigação e adaptação aos desafios climáticos? Dentre as suas inúmeras potencialidades, a IA pode ser utilizada para monitorar florestas e prever desastres naturais, facilitando a gestão de riscos e o planejamento de resposta a crises ambientais. Em artigo para o G20 Brasil, o pesquisador Atahualpa Blanchet aponta possibilidades de integrar alta tecnologia às necessidades prementes da humanidade de adaptar-se às mudanças climáticas cada vez mais intensas, no intuito de evitar cenários ainda mais catastróficos do que os atuais.
(...)A crise climática, além de desafiar a capacidade de incidência das políticas econômicas e ambientais no marco da sustentabilidade, também coloca à prova a capacidade de adaptação dos países
do G20. O conceito de adaptação envolve o ajuste dos sistemas sociais, econômicos e tecnológicos para lidar com os impactos crescentes das mudanças climáticas, como calor e frio excessivo, secas severas e chuvas torrenciais, que têm ocorrido com cada vez mais frequência e intensidade.Nesse cenário, o G20, sob a presidência do Brasil, coloca na centralidade da agenda internacional o debate sobre como as tecnologias emergentes, incluindo a Inteligência Artificial (IA), podem desempenhar um importante papel na mitigação e adaptação aos desafios climáticos. Dentre as suas inúmeras potencialidades, a IA pode ser utilizada para monitorar florestas e prever desastres naturais, facilitando a gestão de riscos e o planejamento de resposta a crises ambientais.O uso estratégico da tecnologia pode também contribuir para o processo de transição energética, otimizando
o uso de fontes renováveis, como a solar e a eólica, ajudando a reduzir as emissões de carbono.
IA e a Preservação Ambiental: Adaptação e Inovação
A Inteligência Artificial oferece a possibilidade de incrementar as ações de monitoramento de florestas, prevenir desmatamentos ilegais, otimizar o uso da água e prever desastres naturais com mais precisão. Esses são exemplos de como as tecnologias emergentes podem ser adaptadas para mitigar os impactos da crise climática em diversas regiões do planeta. A IA pode ser utilizada, por exemplo, para detectar atividades de desmatamento por meio de ferramentas como o Global Forest Watch que utilizam dados de satélite para monitorar as florestas em tempo real e identificar rapidamente áreas desmatadas ou com ações de desmatamento em curso. Os sistemas algorítmicos também podem desempenhar um papel significativo na identificação de espécies vegetais com potencial medicinal, promovendo a valorização do conhecimento e dos saberes tradicionais dos povos da floresta. Ferramentas colaborativas como o Pl@ ntNet permitem que usuários identifiquem plantas a partir de fotos, contribuindo para a catalogação de espécies com usos medicinais. No Brasil, o Projeto Iandé integra os saberes tradicionais de povos indígenas com dados de IA, visando a conservação de espécies e o uso sustentável dos recursos naturais.
A Inteligência Artificial oferece a possibilidade de incrementar as ações de monitoramento de florestas, prevenir desmatamentos ilegais, otimizar o uso da água e prever desastres naturais com mais precisão. Esses são exemplos de como as tecnologias emergentes podem ser adaptadas para mitigar os impactos da crise climática em diversas regiões do planeta.
(...) Dando seguimento à construção de um corpus juris internacional em matéria de direitos na era digital, a Declaração de Maceió destaca a questão da integridade da informação como um aspecto central para que as decisões políticas sejam baseadas em evidências, contribuindo para soluções eficazes em temas como a preservação ambiental, a transição energética e a descarbonização das economias.
Em um mundo cada vez mais marcado por crises climáticas e transformações tecnológicas, o G20 destaca a importância da aplicação do conceito de adaptação como pilar central para a construção de medidas transversais para a intersecção entre a inovação tecnológica e a preservação do meio ambiente.
Ao promover cooperação internacional e transferência de tecnologias, o G20 se coloca em posição estratégica para fornecer e distribuir os recursos técnicos, econômicos e tecnológicos necessários para navegar em tempos de crise climática com resiliência, inovação e justiça social.
Metrologia para manter o rumo
por: Daniel Ramos Louzada, Professor do Programa de Pós-Graduação em Metrologia da PUC-Rio
Definir Metrologia como a ciência que trata de processos de medição é dar uma descrição muito pobre sobre essa área de pesquisa e seus impactos. A Metrologia atua diretamente na definição de padrões de medição, fornece ferramentas para a avaliação de instrumentos e medidas, promovendo confiabilidade, segurança e rastreabilidade das medições. Muitas vezes não percebemos, mas diariamente fazemos medições. As nossas vidas são influenciadas pelos seus resultados e, mesmo assim, não damos a devida importância a essas questões.
Imagine viver em um mundo onde não se têm bem definidas as unidades de medida das grandezas mais elementares, como comprimento ou massa. Como seria possível medir temperatura ou tempo sem uma referência? Como garantir que as unidades, nas quais baseamos os resultados das nossas medições, sejam constantes e invariáveis no tempo? Como ter confiança em processos de comércio de commodities, como o petróleo, sem medições confiáveis que atestem o percentual de outros elementos misturados? Essas são algumas das questões estudadas em Metrologia, com impactos que transbordam o mundo acadêmico, afetando setores responsáveis por regulamentação e fiscalização de transações comerciais, que promovem proteção ao consumidor em geral.
Infelizmente, o que se observa ainda hoje é um número muito baixo de pesquisas, poucas discussões sobre o tema e, o que é pior, um grande desconhecimento pelo grande público. Essa falta de uma cultura metrológica bem difundida se reflete em profissionais que não entendem a simples diferença entre conceitos como precisão e exatidão, que ignoram as incertezas de um processo de medição, e que desconhecem a necessidade da calibração periódica de
um instrumento de medição para a garantia dos seus resultados. Em outras palavras, acreditam que o que se obtém como resposta de um instrumento é fato indiscutível, confiável e representativo, o que nem sempre é correto.
É verdade que vivemos em um mundo com muitos desafios e, diante de questões como aquecimento global e crise energética, como justificar uma atenção maior para a Metrologia? A grande verdade é que esses desafios não podem ser resolvidos sem a Metrologia.
Vamos considerar a questão da transição energética para justificar a afirmação anterior. Atualmente é cada vez mais importante se pensar em substituir parte das fontes de energia tradicionais e não renováveis, na matriz elétrica nacional. Esse movimento visa promover um aumento da participação das fontes renováveis, tais como energia eólica, energia solar e, mais recentemente, energia proveniente do uso de hidrogênio verde em células combustíveis. Enquanto a produção de hidrogênio ainda se baseia em uma tecnologia cara, as duas primeiras são fontes intermitentes, o que significa que a quantidade de energia elétrica gerada não é estável.
Não é difícil de se imaginar que, caso o regime de ventos mude, a quantidade de energia elétrica gerada por aerogeradores é influenciada. De forma semelhante, se uma nuvem obstrui os raios solares em um painel fotovoltaico, haverá uma queda na geração de energia elétrica. Esses problemas são difíceis de se enfrentar sem se conhecer o comportamento dos fatores ambientais que os influenciam. Assim, uma usina solar fotovoltaica necessita de medições meteorológicas confiáveis para que o seu dimensionamento seja planejado adequadamente. Imagine projetar e construir uma usina solar fotovoltaica pra
depois descobrir que a energia gerada é inferior ao planejado porque as medições de radiação solar foram feitas com um instrumento sem calibração.
Mas, se de um lado se observa uma carência, por outro certamente existem iniciativas para promover o fortalecimento dessa cultura metrológica no Brasil. Exemplos desse movimento são os cursos de mestrado e doutorado oferecidos pelo Instituto de Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e de mestrado acadêmico oferecido pelo Programa de Pós-Graduação em Metrologia (PósMQI) da PUC-Rio, que há mais de 25 anos forma mestres capacitados para atuar tanto na academia quanto no mercado de trabalho. Em nível de graduação, a PUC-Rio recentemente reformulou os programas das engenharias de forma a incluir uma disciplina obrigatória de instrumentação e medição, garantindo a todos os alunos do Centro Ttécnico-Científico acesso aos conceitos metrológicos de base. Esses esforços visam difundir interesse, conhecimento e cultura metrológica em nível de formação, e desenvolvimento de pesquisas em nível de pós-graduação.
Diversas pesquisas desenvolvidas no PósMQI visam atender às demandas atuais, contribuindo para temas como o da transição energética. Em uma dessas pesquisas, foi desenvolvido um sistema de baixo custo para aquisição de dados para previsão de geração em sistemas fotovoltaicos em curtos períodos de tempo, de forma a atenuar as flutuações de potência gerada pela intermitência da fonte solar. Esse sistema, além de registrar dados de imagens do céu, era capaz de realizar o mapeamento da movimentação das nuvens com algoritmos de inteligência artificial, realizando a previsão de curto prazo de redução da radiação solar.
Outro trabalho desenvolvido dentro de uma pesquisa de mestrado do PósMQI buscou testar como diferentes regimes de carga influenciariam na degradação de baterias de íons de lítio, tão utilizadas para proporcionar energia móvel nos dias de hoje. Nessa pesquisa, foi desenvolvido um sistema de medição que realizava, de forma automática, o carregamento
e descarregamento de quatro conjuntos de baterias, cada um representando um tipo de carregamento. Os dados coletados foram então utilizados para desenvolver uma rede neural artificial com a capacidade de estimar o estado de saúde (State of Health) das baterias.
Além dos trabalhos desenvolvidos como propostas de pesquisas de mestrado no PósMQI, outros trabalhos foram desenvolvidos em parcerias com alunos de outros departamentos da PUC-Rio. Um exemplo recente de sucesso é o trabalho desenvolvido por um aluno do Departamento de Engenharia Industrial em conjunto com o PósMQI, que avaliou um modelo de otimização de estações de troca de baterias (battery swapping stations) de veículos elétricos em diferentes cenários.
Mas alguns problemas ainda precisam ser considerados. Nos últimos anos, vem sendo observado um declínio no interesse acadêmico, representado pela redução na procura nos programas de graduação e pós-graduação. Programas de incentivo à pesquisa, com bolsas de fomento em valores baixos, não ajudam a reverter esse quadro. Embora existam muitos desafios para o desenvolvimento de pesquisas que contribuam para o avanço tecnológico e científico, os impactos das pesquisas desenvolvidas têm se mostrados inspiradores. Publicações em revistas internacionais, concessão de patentes de invenção, mestres formados conseguindo altos cargos em diferentes setores, demonstram que um caminho de sucesso está sendo traçado. Basta continuar o trabalho.
Engie apresenta resultados de PD&I sobre mudanças climáticas
A Engie Brasil Energia investiu R$ 4 milhões ao longo dos últimos dois anos no financiamento de oito projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), executados no âmbito do Programa de PD&I da Aneel. Os estudos eram sobre impactos das mudanças do clima e do uso da terra no Setor Elétrico Brasileiro e os resultados, que incluem o aprimoramento de previsões climáticas de longo prazo, foram apresentados oficialmente em evento na sede da Companhia, em Florianópolis, em outubro.
A ideia identificar oscilações climáticas no passado e presente na América do Sul, determinar a evolução do clima regional, quantificar fontes de umidade para macrobacias hidrográficas brasileiras e aplicar essas informações no planejamento do setor energético. Além disso, buscou implementar ferramentas operacionais para atualizar projeções climáticas até 2060. As linhas de pesquisa incluíram paleoclimatologia, mudanças futuras nos padrões atmosféricos e oceânicos, quantificação de fontes de umidade e modelagem climática regional.
“A apresentação dos resultados complementar com o nome do P&DI Mudanças Climáticas foi um espaço oportuno para a troca de conhecimento. Todo o trabalho realizado gerou informações estratégicas muito relevantes para o setor elétrico e para a sociedade como um todo. Os resultados serão devidamente compartilhados, ampliando
o público beneficiado pelas pesquisas. Ao investir nessas iniciativas, nossa missão como uma das empresas protagonistas do setor de energia é contribuir para a garantia da sustentabilidade das fontes de energia renováveis no Brasil”, Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente da Engie Brasil Energia.
“A inovação é um dos pilares da Engie. E, com esse edital, conseguimos trabalhar a inovação de forma estratégica para a empresa e contribuir de forma positiva para aprimorar diferentes pesquisas que atuam no enfrentamento das mudanças climáticas”. Marcos Keller, Diretor de Regulação e Mercado da EBE.
Um dos estudos, por exemplo, liderado pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), de Minas Gerais, apresenta que, nas próximas décadas, haverá um aumento da precipitação de chuvas no verão na maior parte do Brasil, intensificando-se após 2060. No outono, projeta-se um aumento de até 20% a partir de 2080 em algumas regiões brasileiras, enquanto no inverno e primavera, espera-se uma redução de precipitação em várias áreas do país. Outro aspecto levantado, as projeções climáticas de vento e densidade de potência eólica indicam que regiões tradicionalmente favoráveis à geração de energia eólica, como o Nordeste do Brasil, continuarão promissoras até o fim do século.
No total, foram recebidas 53 propostas de todas as regiões do país, com ampla diversidade entre as
equipes. Destas, oito conseguiram ser contempladas, com início em janeiro de 2022 e finalização em agosto de 2024. Foram mobilizados cerca de 27 profissionais ao longo do período de estudos, entre colaboradores das empresas e universidades parceiras, bem como colaboradores da própria ENGIE. Representantes das oito executoras estiveram no encontro em Florianópolis agora em outubro.
“Os impactos das mudanças climáticas estão cada vez mais presentes no dia a dia da nossa sociedade. Com o suporte da inovação e a tecnologia, trabalhamos para melhorar as previsões e encontrar soluções para problemas futuros”.
Felipe Rejes de Simoni, Gerente de Performance e Inovação da Engie Brasil Energia.
Nesta rodada, puderam se inscrever pesquisadores e profissionais vinculados a Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), incluindo universidades, além de startups e empresas especializadas, ampliando e fortalecendo a relação entre academia, comunidade cientifica e iniciativa privada. A originalidade e o ineditismo dos projetos estavam entre os critérios de seleção. Como resultado do PD&I, a Engie passa a contar com uma sólida base de dados que permitem estabelecer novos estudos internos para enfrentamento dos desafios que as mudanças climáticas colocam para o crescimento sustentável da geração de energia renovável.
Todos os estudos contribuem, ainda, para ampliar o embasamento para o processo de transição energética rumo a uma sociedade mais sustentável e justa para todos, foco da Engie Brasil Energia, que hoje é a
empresa líder em energia renováveis no país e segue investindo fortemente na expansão do setor.
As propostas contempladas e os resultados alcançados
MeteoIA aprimora previsão climática de longo prazo
Fundada em 2018, a MeteoIA é uma climate tech que atende mercados sensíveis às variações e mudanças do clima através de modelos de IA customizáveis e capazes de gerar previsões diretamente relevantes para cada setor.
TempoOK trabalha projeções de chuva para o Brasil com técnicas de Machine Learning
Uma empresa islando-brasileira líder em previsão operacional de tempo e clima, a TempoOK atua com monitoramento de variáveis meteorológicas para o setor elétrico brasileiro. O projeto contemplado teve como objetivo principal melhorar as projeções de chuva para o Brasil até 2050, utilizando modelos climáticos globais e técnicas de Machine Learning (ML).
UFF desenvolve software inovador para análise de séries temporais
Localizada em Niterói, no Rio de Janeiro, a Universidade Federal Fluminense (UFF) liderou estudo para aprimorar a identificação de oscilações climáticas, com o desenvolvimento de um software inovador para análise de séries temporais e identificação de sinais de alerta precoce no sistema hidrológico da América do Sul.
UFPR estuda os impactos de longo prazo do El Niño na América do Sul
A Universidade Federal do Paraná (UFPR), liderou projeto para avaliar como determinados modelos climáticos reproduzem o clima presente da estação de monção na América do Sul, sua evolução da primavera para o verão e sua variabilidade interanual.
@Unifei
UNIFEI lidera dois projetos, um para projeção de mudanças climáticas e outro com foco nos fluxos de umidade no Brasil
O estudo descreve mudanças significativas no ciclo anual de precipitação na América do Sul. No futuro (2065-2100), espera-se uma diminuição da precipitação durante a primavera no núcleo da monção sul-americana em comparação com o clima presente (1979-2014). Em contraste, durante o auge do verão, a precipitação tende a aumentar ligeiramente na mesma região, refletindo um padrão de impacto semelhante ao El Niño.
A Unifei - Universidade Federal de Itajubá foi contemplada com dois projetos. Os resultados mostram que, nas próximas décadas, haverá um aumento da precipitação no verão na maior parte do Brasil, intensificando-se após 2060. Outro aspecto levantado, as projeções climáticas de vento e densidade de potência eólica indicam que regiões tradicionalmente favoráveis à geração de energia eólica, como o Nordeste do Brasil, continuarão promissoras até o final do século. O projeto também contempla estudos sobre a geração de energia solar.
O segundo projeto trabalhou a análise dos impactos e incertezas das mudanças climáticas nos fluxos de umidade sobre o Brasil. O estudo focou especialmente nas 12 regiões hidrográficas definidas pela Agência Nacional de Águas. As projeções para o período de 2031-2060, em comparação com 19852014, indicam um aumento de temperatura em todo o Brasil, especialmente na região Amazônica, onde pode chegar a 2,8ºC.
Unipampa identifica padrões atmosféricos que levam a eventos extremos
A Universidade Federal do Pampa, do Rio Grande do Sul, identificou padrões atmosféricos que levam a eventos extremos de precipitação e seca no Brasil e avaliou seus impactos no setor de geração de eletricidade.
Especificamente, buscou-se analisar padrões sinóticos como monções, bloqueios atmosféricos, oscilações, complexos convectivos, vórtices ciclônicos e zonas de convergência, utilizando dados de estações meteorológicas e reanálises para o período de 1982
a 2021, com foco em anos críticos. Assim, estende estimativa das ocorrências espaciais e temporais de eventos extremos de precipitação em três cenários futuros com projeção para 2031 a 2060.
A Universidade de São Paulo investigou a relação entre episódios climáticos extremos na Bacia do Prata entre 1980 e 2018 e as variações no transporte de umidade atmosférica. O objetivo foi entender como o transporte de umidade desde diferentes regiões remotas influenciou esses eventos. As principais descobertas incluem a identificação de 49 eventos secos e 46 eventos úmidos, com as principais fontes de umidade atmosférica localizadas nas bacias do Amazonas, Tocantins, São Francisco, Atlântico Nordeste, Atlântico Leste/Sudeste, Atlântico Sul, e nas regiões oceânicas ao leste e ao sul do Brasil. A bacia do Amazonas foi a principal fonte remota de umidade em termos absolutos. A análise de regressão linear mostrou uma forte relação entre o transporte de umidade das bacias do Amazonas, Atlântico Norte e Tocantins e a severidade e duração dos eventos. Esses resultados são úteis para a previsão e monitoramento de eventos climáticos extremos na região.
USP estuda episódios climáticos extremos na Bacia do Prata
Viva Energia anuncia a aquisição da Alka Energia
A Ludfor, uma das maiores gestoras do Mercado Livre de Energia no Brasil, comprou a Alka Energia, companhia catarinense do setor energético. A empresa, que até então integrava o Grupo Agricopel, foi adquirida pela Viva Energia, vertical do grupo Ludfor com forte atuação em geração distribuída.
Com a aquisição, a Viva Energia incorpora um total de 58 usinas e 2 mil unidades consumidoras à sua carteira de negócios. A Alka faturou cerca de R$30 milhões em 2023 e o objetivo da Ludfor ao comprar a empresa é ampliar ainda mais sua atuação em geração distribuída no Brasil, além de implementar estratégias inovadoras e transformar a experiência dos consumidores no Mercado Livre de Energia.
“Já somos responsáveis por 60% do Mercado Livre de Energia na região Sul e queremos expandir nossa operação por todo o país. A compra da Alka fortalece a presença da Ludfor, por meio da Viva Energia, no mercado de geração distribuída e evidencia o crescimento expressivo da nossa marca no setor energético, consolidando-nos como uma das principais companhias do segmento no Brasil”.
Douglas Ludwig, Diretor Executivo da Ludfor.
A Ludfor tem sob gestão hoje 4.400 clientes, num consumo de cerca de 1.000 megawatts médios. Desses, 650 empresas passaram a ser atendidas
pela companhia de janeiro a julho deste ano, com a abertura do mercado livre. O número já supera todas as captações de clientes do ano de 2023 inteiro. A expectativa é que o ano de 2024 some 1.300 clientes ao todo ao portfólio do grupo. Com isso, o faturamento deve dobrar em relação ao ano passado e ultrapassar os R$ 600 milhões em 2024.
A Ludfor atua no mercado de energia há 29 anos e hoje atende mais de 4 mil clientes. Com sede em Bento Gonçalves - RS, a empresa busca fornecer soluções de energia diferenciadas e sustentáveis, atuando no consumo de energia limpa para contribuir com o desenvolvimento sustentável.
Liderado pelo Diretor Executivo Douglas Ludwig, o grupo atua em cinco segmentos de negócios: Gestão e consultoria em energia, sendo uma das líderes no Brasil, atendendo mais de 4 mil unidades empresariais consumidoras e geradoras de energia; Comercialização de energia, facilitando a compra e venda de energia elétrica entre usinas e consumidores; Geração de energia, com previsão de R$ 180 milhões em investimentos em novas usinas até 2026, incluindo CGH, PCH e Solar. Operação e manutenção de usinas, para a verticalização das operações; e Geração Distribuída, com foco em consumidores de baixa tensão.
Plano de desenvolvimento e produção de baterias BEV de próxima geração da Toyota certificado pelo METI
A Toyota Motor Corporation anunciou que os planos de desenvolvimento e produção para suas baterias de próxima geração (versão de desempenho) e baterias totalmente de estado sólido foram certificados pelo METI - Ministério da Economia, Comércio e Indústria como parte do “Plano de Garantia de Fornecimento de Baterias” do governo japonês.
A certificação foi concedida para (1) produção de baterias de última geração (versão de desempenho) na Prime Planet Energy & Solutions, Inc. (PPES), (2) produção de baterias de última geração (versão de desempenho) na Primearth EV Energy Co., Ltd.
*1 (PEVE) e (3) P&D e produção de baterias totalmente de estado sólido.
As “Iniciativas para Garantir um Fornecimento Estável de Baterias”, uma política definida pelo METI, é baseada no Economic Security Promotion Act. A política visa fortalecer a infraestrutura de produção de baterias, incluindo células de bateria, materiais e equipamentos de fabricação, que foram designados como materiais críticos. A indústria de baterias é uma indústria intensiva em equipamentos que requer investimentos em larga escala em instalações significativas. Para manter e aprimorar as capacidades e tecnologias de fabricação dentro da indústria de ba-
KRJ fecha
terias do Japão, que inclui indústrias de equipamentos e fabricantes de materiais, o apoio governamental é fornecido.
Ao avançar no desenvolvimento e produção de baterias no Japão, a Toyota visa contribuir para o desenvolvimento adicional da indústria e o fortalecimento da infraestrutura de produção de baterias. Além disso, ao aumentar a competitividade das baterias, a Toyota busca melhorar a comercialização de veículos eletrificados e atingir a neutralidade de carbono por meio de uma abordagem multicaminho.
venda de conectores KSE K4 para usina solar no Chile
A KRJ, empresa do segmento de conexões para rede aérea de distribuição, fecha contrato de fornecimento do conector KSE K4 para uma fazenda solar no deserto do Atacama no Chile, trata-se de um projeto piloto da Enel Chile. Esta é a primeira exportação do KSE K4, conector desenvolvido para conexão de painéis fotovoltaicos.
Também concretizou a comercialização para a exportação do primeiro lote do Dispositivo de Aplicação à Distância do conector KARP, - uma ferramenta criada para realizar conexões com o conector KARP à distância, em linha viva, de forma rápida, segura e eficiente. O conector KARP com estribo tem duas aplicações principais, sendo a primeira, que realiza o aterramento da rede e a segunda que é o rebaixamento da tensão da média para baixa tensão, (cuja energia de média tensão (13.800V passa pelo transformador e é convertida para baixa tensão em 220V ou 110V).
No sistema tradicional para instalar ou manusear o conector na média tensão, a rede tem que estar desligada para a operador. O eletricista precisa subir e trabalhar na altura da rede elétrica, que passa pelos
postes, e fazer a conexão ou qualquer intervenção que for preciso. Já com o Dispositivo de Aplicação a Distância do KARP, a intervenção à rede pode ser feita sem seu desligamento garantindo a segurança do operador, utilizando como acessório a vara de manobra, possibilitando a execução do serviço com muito mais produtividade, agilidade e redução de tempo.
Segundo o gerente geral da KRJ, Marcelo Mendes, além do aspecto da segurança e produtividade o dispositivo que está sendo comercializado ao mercado externo propicia também mais segurança e
praticidade ao eletricista pois estes profissionais trabalham à noite, sob chuva, em dias de frio, durante o dia ou nas madrugadas.
“No início de 2024 vivenciamos a incidência de eventos climáticos com severas proporções, temporais que geraram enormes transtornos a cidade de São Paulo com inúmeras quedas de árvores e desligamentos. Uma grande parte das casas ficou sem energia, porque foi preciso desligar o sistema para intervir na rede elétrica, religar e reinstalar diversos acessórios, mas onde foi possível operar com o Dispositivo do KARP sem desligar a rede, houve agilidade e ganho de tempo na retomada do fornecimento de energia elétrica”, expôs Mendes.
No sistema tradicional em uma eventual que -
da de energia é preciso enviar a informação para a central de monitoramento, e somente depois que é identificado o circuito e desligado é possível iniciar a intervenção, após realização do serviço é necessário enviar nova informação para a central para ela dar o ‘de acordo’ e aí ligar o circuito novamente. Nessa operação habitual, se tudo ocorrer adequadamente a equipe de apoio pode se retirar, mas se houver qualquer eventual intercorrência neste processo é preciso repetir todo o procedimento. Toda a operação pode às vezes demorar de três a quatro horas para sua finalização. “Então, é sensacional quando há uma alternativa para o operador trabalhar sem desligar a rede facilitando desta maneira a vida dos eletricistas e da população”, descreveu.
HDT lança plataforma que conecta
geradoras de energia remota, distribuidores de kits fotovoltaicos e integradores
A HDT – hub de soluções de alto valor para o mercado de tecnologia verde, energia fotovoltaica e energia crítica – está lançando um modelo de negócios que permitirá o acesso das empresas geradoras de energia compartilhada ao seu ecossistema de distribuidores de kits fotovoltaicos e, consequentemente, a integradores no Brasil inteiro.
Para iniciar esse momento importante, a Órigo Energia – uma das maiores geradoras de energia compartilhada – e a BelEnergy – uma das principais distribuidoras de equipamentos solares do país e parceira do ecossistema HDT.
A plataforma permitirá que integradores, ligados a BelEnergy, tenham uma opção complementar à sua atuação no mercado, abrindo possibilidades de novos negócios. Ao aderirem à plataforma, através da geração de energia compartilhada Órigo, eles receberão créditos em dinheiro para usarem nas próximas vendas de equipamentos Huawei. .
Desta forma, toda a cadeia ganha: integradores e instaladores podem ampliar suas receitas, o cliente final terá acesso facilitado a energia solar compartilhada com economia nas faturas e os revendedores ampliam seus canais de venda de equipamentos Huawei.
“Estamos honrados com a confiança que a BelEnergy e a Órigo Energia depositaram nessa parceria. O grande diferencial é a ligação dos nossos vários clientes geradores de energia a um ecossistema de integradores espalhados pelo Brasil, gerando benefícios mútuos e fortalecendo a sinergia entre estes dois mercados”, comenta Leonardo Cyrino, CEO da HDT.
“Estar com os melhores parceiros e ser pioneiro nas inovações que ampliam o acesso à energia solar faz parte do jeito Órigo de crescer, gerando ganhos para todos no ecossistema. Hoje, somos líderes de
ENERGIES
mercado e, muito em breve, estaremos em 20 estados. Temos mais de 1.000 parceiros dentro de um programa de vantagens chamado Clube Órigo Pro e vemos bons resultados quando integradores complementam sua oferta com a opção de energia compartilhada. Por isso, acreditamos muito nesse modelo desenvolvido junto com HDT e BelEnergy.”, afirma Surya Mendonça, CEO da Órigo Energia.
Gustavo Tegon, Diretor Institucional da BelEnergy, complementa. “A BelEnergy é um dos maiores distribuidores de kits fotovoltaicos do Brasil e, com isso, tem um relacionamento próximo a milhares de
integradores em todos os estados. Essa parceria com a HDT e com a Órigo reforça o nosso compromisso com os clientes de levar as soluções mais inovadoras em tecnologia, com a melhor infraestrutura de atendimento.”
Rômulo Horta, diretor de novos negócios da Huawei, comemora o aumento das possibilidades de seus produtos chegarem a cada vez mais clientes. “Essa nova parceria ajudará a impulsionar os negócios da empresa no país, ampliando o uso de fontes renováveis e acelerando o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono”.
Nestlé Brasil e Enel Brasil formam consórcio para autoprodução de energia eólica e abastecimento de cinco fábricas no país
A Nestlé Brasil e a Enel Brasil firmaram acordo para criar três consórcios de autoprodução de energia eólica que irão abastecer cinco unidades fabris da Nestlé Brasil. As usinas eólicas, localizadas no complexo Cumaru, no Rio Grande do Norte, foram construídas e são operadas pela Enel Green Power, divisão de geração renovável do Grupo Enel. A Nestlé deterá participação de 40% a 47% nas três usinas.
“Nós trabalhamos permanentemente para aprimorar nossas operações, com o objetivo de evitar desperdícios e economizar recursos. Desde a década de 80 a Nestlé utiliza energia renovável em suas fábricas, sendo pioneira no uso de biomassa – como a borra de café para gerar vapor— e, desde 2017, todas as fábricas são abastecidas por energia elétrica renovável. Agora, queremos diversificar as fontes de energia verde para avançar na transição energética, em linha com a meta de ser uma empresa NetZero até 2050. A autoprodução também vai proporcionar maior estabilidade nos custos, uma vez que as tarifas tendem a ser mais previsíveis. Nosso compromisso com a sustentabilidade não termina aqui, vamos continuar inovando nessa área”, explica Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil.
A energia limpa gerada pelas usinas será responsável por abastecer as fábricas da Nestlé localizadas nos estados de São Paulo (nas cidades de São José do Rio Pardo e Ribeirão Preto), Espírito Santo (em Vila Ve -
@Divulgação/Germano Luders
lha) e Minas Gerais (nos municípios de Ibiá e Ituiutaba), responsáveis pela fabricação de itens como leite NINHO®, chocolates Garoto e produtos de nutrição animal da Purina. Pelo acordo, a Enel Green Power será líder dos consórcios e ficará responsável pela operação dos parques. A operação foi aprovada pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e segue para aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“A união com a Nestlé é uma demonstração da nossa capacidade de ampliar o uso da energia limpa quando unimos esforços em prol de um objetivo sustentável. Compartilhamos o mesmo compromisso de construir um futuro melhor para toda a sociedade. Queremos seguir atuando como um impulsionador da transição energética e da diversificação do uso de fontes renováveis no Brasil, auxiliando nossos clientes nesta jornada de redução de emissões de carbono”, ressalta Antonio Scala, CEO da Enel Brasil.
UCB lança projeto de armazenamento de energia que utiliza baterias de sódio
A UCB Power, empresa brasileira de fornecimento e fabricação de armazenamento de energia para aplicações estacionárias, portáteis e baterias para mobilidade elétrica, começou a implementar o primeiro projeto com baterias de sódio para o armazenamento de energia em comunidades remotas. Desenvolvido em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável, o sistema será implantado na Comunidade de Tumbira, beneficiando cerca de 140 ribeirinhos que vivem no local, localizada no município de Iranduba, Amazonas.
“É um projeto inédito em sistemas isolados no
Brasil”, destaca Marcelo Duque, Gerente de Projetos de P&D e Inovação da UCB, responsável pelo lançamento. “O sódio é uma alternativa muito promissora, por ser uma matéria-prima abundante, de custo mais baixo do que outras fontes, além de tornar mais fácil a reciclagem das baterias”, complementa. Segundo o executivo, outra vantagem das baterias de sódio é que elas conseguem operar de forma eficiente em amplitudes térmicas maiores, fator importante para
uma região predominantemente quente como Tumbira.
A implantação começará em setembro e deve estar concluída e em operação até o final deste ano. E é novamente pioneira ao fazer a primeira aplicação em campo, numa região remota - há 2 horas de barco de Manaus. O projeto engloba a instalação de 16 baterias de sódio, de 48 volts e 50 amperes, capazes de armazenar o equivalente da 38,4 kw/h. A energia armazenada ajudará a garantir energia para atender uma escola municipal, um posto de saúde e áreas comunitárias de lazer que atendem as cerca de 30 famílias que vivem no local. “Nossa meta com esse projeto é chegar a um custo operacional 30% menor em comparação a um sistema com baterias de lítio”, destaca Duque.
A UCB Power tem um histórico de pioneirismo no desenvolvimento de projetos em comunidades remotas na Amazônia. “Iniciamos em 2019 e concluímos em 2020, de forma pioneira, a implantação de baterias de lítio no ambiente amazônico. Esses projetos estão alinhados com nosso compromisso social, como signatários do Pacto Global da ONU”, ressalta. Duque destaca que a ampliação de projetos como esse é muito importante, uma vez que as estimativas são de que a região da Amazônia Legal tem cerca de 900 mil pessoas sem acesso à energia.
Duque explica que as baterias serão produzidas inicialmente na fábrica de Manaus, localizada na Zona Franca. Além de ser uma alternativa interessante para comunidades remotas, a novidade tem um grande potencial de mercado, na avaliação do executivo. Ele estima que até 2030 cerca de 25% das baterias de lítio devam ser substituídas por baterias de sódio.
“O sódio é o sexto material mais abundante da Terra”, afirma Duque. Segundo ele, a depender do crescimento da demanda, a produção de baterias de sódio na fábrica de Manaus é facilmente escalável. No mundo, há projetos do uso das baterias de sódio em diversas aplicações, mas todos em fase de desenvolvimento. De acordo com Duque, empresas como a fabricante de motos KTM, a fabricante de aparelhos eletrônicos Samsumg e a fabricante de veículos Volkswagen são alguns exemplos de empresas que estão testando o uso da alternativa.
G20: papel fundamental do planejamento energético para impulsionar o investimento em transição justa no Sul
Global
Os relatórios da IRENA ressaltam o papel crítico do planejamento energético na liberação de oportunidades de investimento em mercados emergentes e economias em desenvolvimento; recomendar a redução do risco e a alavancagem das finanças públicas para dimensionar o investimento.
O investimento global atual não apenas sofre de disparidades significativas entre economias avançadas e mercados emergentes e economias em desenvolvimento (EMEDs), mas também com o grupo de EMEDs, segundo novos relatórios da IRENA encomendados pela presidência brasileira do G20.
Para impulsionar uma transição justa e inclusiva no Sul Global, os desafios de investimento devem ser enfrentados por meio
@Divulgação
“Em última análise, a forma como a transição energética é financiada no Sul Global deve evoluir. A expansão dos investimentos entre regiões e países não será possível sem capital internacional e doméstico de fontes públicas e privadas, a custos acessíveis. Uma estrutura robusta de planejamento energético é uma pré-condição para a mobilização bem-sucedida de financiamento. A IRENA tem o prazer de apoiar a presidência do G20 do Brasil no avanço da agenda global sobre financiamento da transição climática e energética. A proposta da presidência de estabelecer a Coalizão Global para o Planejamento Energético é oportuna e louvável e continuaremos a alavancar nossa participação global para fortalecer o planejamento energético com a Reunião Ministerial de Energia Limpa e em todo o mundo. Os produtos de conhecimento de hoje visam alimentar a discussão em busca do financiamento de uma transição energética justa e equitativa no Sul Global.”
Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA.
de instrumentos de mitigação de riscos e uma forte alavancagem de recursos públicos. O planejamento energético nacional eficaz é um dos principais facilitadores que ajuda a reduzir os riscos e incertezas gerais, como para a IRENA.
Em muitos países em desenvolvimento, as energias renováveis econômicas oferecem maior justiça social na forma de empregos e crescimento econômico e ajudam a resolver os déficits no acesso à eletricidade e tecnologias limpas de cozinha. Uma transição energética justa e inclusiva em mercados emergentes e economias em desenvolvimento: planejamento energético, financiamento, combustíveis sustentáveis e dimensões sociais , destaca o papel significativo do G20 na expansão dos investimentos para satisfazer a crescente procura de energia com energias renováveis e aproveitar plenamente o seu dividendo social.
Bancos de desenvolvimento e planejamento energético: Atração de investimentos privados para a transição energética; o caso brasileiro, feito em conjunto com o BNDES Banco Nacional de Desenvol-
vimento Econômico e Social, mostra como o planejamento energético pode destravar investimentos e destaques do programa de planejamento energético. A colaboração global e o apoio à capacitação apresentam os programas da IRENA para alavancar os esforços globais do G20 no aprimoramento do planejamento energético nacional eficaz em todo o mundo.
Os investimentos globais relacionados à transição ultrapassaram US$ 2 trilhões pela primeira vez em 2023. Mas os padrões atuais de investimento são distorcidos, com a maior parte do financiamento indo para economias avançadas e um punhado de grandes EMEDs, como China, Índia e Brasil. O resto do mundo recebeu apenas 10% dos investimentos globais em 2023.
Um forte planejamento energético nacional permite que as instituições nacionais colaborem efetivamente com instituições financeiras internacionais, particularmente nas áreas de redução de risco setorial, financiamento misto e títulos verdes. Como demonstrado pelo sucesso do Brasil, tal estrutura oferece opções promissoras para atrair capital privado.
Consórcio construirá mais de 330 km de Linha de Transmissão para a Eletrobrás
Engeform Engenharia, empresa com tradição de quase 50 anos no mercado de construção civil, faz parte do consórcio responsável pelas obras das novas linhas de transmissão de energia da Eletrobrás, com cerca de 330 km. A obra é objeto do lote três do segundo maior leilão de transmissão de energia do país, promovido pela ANEEL no início deste ano, e será realizada interligando as cidades de Pacatuba, Morada Nova, Banabuiú e Russas, no interior do Ceará.
O escopo do projeto inclui a construção de linhas de transmissão em circuito simples com níveis de tensão de 500 kV e 230 kV, com a finalidade de expandir a rede básica da área norte da região Nordeste. Essa expansão, por sua vez, viabilizará a conexão segura e o pleno escoamento da energia proveniente, principalmente, das usinas fotovoltaicas e eólicas já contratadas na região.
Vale destacar que a relevância da obra se dá por integrar uma série de outros empreendimentos que
“Temos prazer em retornarmos à parceria com a Eletrobrás para mais uma vez fazermos a diferença na vida das pessoas por meio da nossa Arte de Engenheirar. Esse contrato é extremamente importante para a Engeform Engenharia, pois faz parte do nosso planejamento estratégico focado em empreendimentos de energia. Estamos ansiosos para ver os impactos positivos desse projeto para a população local”
Murilo Luque, Diretor de Negócios da empresa.
ENERGIES
serão executados para garantir a manutenção da operação do sistema elétrico nacional e atender à demanda de eletricidade da sociedade brasileira, contemplando não só o consumo da população, mas também a produção industrial. Além disso, são projetos que trarão mais confiabilidade e flexibilidade para o sistema de transmissão de energia, permitindo um melhor aproveitamento dos recursos do país. O contrato também fomentará a economia local, aumentando a oferta de emprego e renda. Para se ter ideia, o consórcio prevê a geração de cerca de dois mil empregos diretos e indiretos.
Importante salientar que as linhas de transmissão licitadas provêm de estudos que contaram com a par-
ticipação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Ministério de Minas e Energia (MME), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para o planejamento da expansão da transmissão de energia em território nacional.
A obra fará parte de um vasto portifólio de obras da Engeform, que já conta com mais de 640 empreendimentos em toda a sua história. Além do setor elétrico, a empresa de construção civil também atua nos mercados de mineração, infraestrutura, edificações, saneamento e saúde, em seus 35 canteiros de obras espalhados pelo Brasil.
Fórum debate potencial brasileiro em liderar transição energética mundial
A urgente necessidade climática e o grande potencial de transformar o Brasil em um país líder em energia sustentável foram debatidos por instituições do Sistema Nacional de Fomento (SNF) e autoridades durante o 4º Fórum Debate para o Desenvolvimento, que trouxe a temática “O financiamento à transição justa e o potencial do Nordeste brasileiro”. O evento foi promovido pela ABDE - Associação Brasileira de Desenvolvimento em parceria com o Banco do Nordeste (BNB).
O fórum reuniu especialistas de instituições nacionais e internacionais, incluindo o Banco Mundial, BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para debaterem como financiar e viabilizar uma transição energética justa e inclusiva, com foco no potencial do Nordeste.
Na abertura do evento, a diretora da ABDE e presidente da Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN), Márcia Maia, destacou o contexto climático global e a urgência da transição energética, ao ressaltar que, em 2023, a temperatura média da Terra ultrapassou o limite de 1,5°C estabelecido no Acordo de Paris. Além disso, lembrou que o Brasil, atualmente, é responsável por 3% das emissões globais de carbono, ocupando a sexta posição no ranking mundial de emissores.
Por outro lado, Maia ressaltou que o país possui uma matriz energética privilegiada, com 45% de par-
ticipação de fontes renováveis, muito acima da média global. A produção de energia elétrica no Brasil é ainda mais sustentável, com 85% proveniente de fontes renováveis. “Embora a energia hidroelétrica tenha uma grande participação, o maior crescimento nos últimos anos veio da energia eólica e solar, que hoje representam mais de 30% da matriz energética do país”, afirmou Maia, com base em dados recentes da EPE - Empresa de Pesquisa Energética.
Ela destacou o papel do Nordeste nesse contexto. “O regime de ventos e a alta incidência solar tornam a região um dos maiores polos de energias renováveis no Brasil”, disse. A diretora citou, ainda, o Rio Grande do Norte como exemplo. O estado recentemente atingiu 10 gigawatts (GW) de potência instalada em energia eólica. “Com o investimento correto, o Nordeste pode se tornar uma potência na produção de hidrogênio verde, uma das promessas mais inovadoras da transição energética”, completou.
O presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, trouxe uma perspectiva focada na inclusão social e econômica como aspectos essenciais da transição para uma economia de baixo carbono. “Uma transição energética justa passa pela redução das desigualdades regionais, e o papel das instituições financeiras de fomento é fundamental nesse processo”, afirmou.
Câmara apresentou números que destacam o papel do BNB como protagonista na promoção do desenvolvimento sustentável da região. Em 2023, o
@Divulgação/GabrielleAmaral
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banco aplicou R$ 58,5 bilhões em crédito nos nove estados nordestinos e no norte de Minas Gerais e Espírito Santo, um crescimento de 27% em relação ao ano anterior. Deste montante, R$ 37 bilhões foram direcionados para projetos de energias renováveis, como solar e eólica.
Ele também ressaltou o sucesso dos programas de microcrédito urbano e rural do BNB, que têm contribuído para a inclusão econômica. O programa Crediamigo aplicou R$ 10,6 bilhões em 2023, com mais de 14 mil operações realizadas por dia, enquanto o Agroamigo, voltado à agricultura familiar, movimentou R$ 5,7 bilhões. “Esses programas são essenciais para garantir que o crédito produtivo chegue às mãos de quem mais precisa, promovendo não apenas a geração de energia, mas também a melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros”, afirmou Câmara.
Ruben Delgado, presidente da Softex, abordou o papel da tecnologia e da inovação no processo de transição energética. Ele destacou o impacto das startups e das novas tecnologias na geração de empregos e na aceleração da descarbonização. “O Brasil precisa ser um produtor de tecnologia, e não apenas consumidor”, afirmou Delgado, mencionando que a
Softex já aplicou mais de R$ 90 milhões em capacitação no Ceará, com foco na formação de programadores e no desenvolvimento de startups tecnológicas. Nesse contexto, mais de 6 mil startups foram beneficiadas nos últimos anos com um total de R$ 3 bilhões investidos em inovação. “A inovação tecnológica é um diferencial não apenas para o setor energético, mas para todas as cadeias produtivas do Brasil”, disse.
Paulo Simplício, da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), reforçou a parceria com o Banco do Nordeste e outras instituições locais, destacando a atuação da AFD em projetos de infraestrutura resiliente e energias renováveis no Nordeste. “A AFD já financiou mais de 5 mil projetos em 160 países, e o Brasil é um dos cinco maiores destinatários desses recursos”, afirmou.
Simplício destacou que a AFD tem um foco estratégico no financiamento de energias renováveis no Brasil, com prioridade para projetos de energia solar, eólica e hidrogênio verde. “Nos últimos anos, a AFD tem direcionado recursos para fortalecer cadeias produtivas locais e promover uma infraestrutura mais resiliente, alinhada com os princípios de uma transição energética justa”, disse.
“Pictures of Transformation –Um retrato do Brasil em 2035”
‘Impulsionado pelo protagonismo em agendas climáticas globais, G20 e COP30, além de compromissos com a digitalização e inclusão social, o Brasil passará por grandes transformações na próxima década. As tecnologias serão parte das soluções para tornar o país uma potência econômica sustentável e inclusiva’. É o que aponta o relatório “Pictures of Transformation – Um retrato do Brasil em 2035”, lançado pela Siemens em um evento que reuniu executivos de instituições públicas e privadas, além de representantes de organizações internacionais.
@Siemens/Divulgação
A necessidade urgente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa é um dos principais motores dessa transformação. O Brasil, com seu amplo potencial em energias renováveis, tem a chance de liderar a transição para uma economia de baixo carbono. Para isso, é essencial integrar soluções inteligentes na matriz energética e eletrificar diversos setores, assegurando a descarbonização e a confiabilidade do sistema energético.
A educação e a qualificação profissional são cruciais para criar um mercado de trabalho resiliente e adaptável. Com a aceleração da digitalização e a emergência de novos modelos de trabalho, é necessário formar uma força de trabalho altamente qualificada, capaz de desenvolver, construir e manter as redes inteligentes e autônomas do futuro. Políticas educacionais que atendam às demandas do setor
são fundamentais para evitar novas desigualdades e promover uma transição justa.
A inovação tecnológica é considerada um motor vital para a transformação das indústrias. A adoção de tecnologias digitais, como inteligência artificial, gêmeos digitais, metaverso industrial, realidade virtual e automação, está transformando processos produtivos, cadeias de suprimentos e modelos de negócios. A digitalização se torna indispensável para aumentar a eficiência, criar novos produtos e reorganizar vários aspectos da vida cotidiana, sempre respaldada por um sólido arcabouço regulatório, que garanta a segurança cibernética e a confiança do consumidor.
A iniciativa da Siemens tem o apoio do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), e busca delinear cenários futuros e possíveis para o Brasil nos próximos dez anos, com foco em quatro vetores
essenciais: descarbonização, circularidade, sociedade e tecnologia com propósito.
Ao longo de oito meses de pesquisa, a equipe da Siemens, em colaboração com especialistas de diversas áreas, realizou uma análise detalhada de tendências em setores-chave e áreas de potencial transformação, como clima e energia, infraestrutura eficiente e resiliente, e indústrias sustentáveis. A colaboração com o CEBRI e a validação do conteúdo por consultorias especializadas, assim como a revisão técnica por Fábio Scarano - Prof. Titular da UFRJ e curador do Museu do Amanhã - reforçam a confiabilidade das previsões.
Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU, se declarou pessimista depois da New York Climate Week porque, segundo ele, ficou muito claro que o Brasil pensa que está se saindo bem, mas está sendo atropelado por iniciativas que outros países vem tendo, inclusive já tratando as questões climáticas como crise e pensando no gerenciamento de riscos com forte pegada tecnológica. Quando se pensa na capacidade instalada de renováveis e no mix energético brasileiro exposto aos eventos de inundações e seca
que temos visto, fica muito claro que as decisões do país em energia foram ruins, como não ter mais reservatórios ou não ter dado o devido valor ao Programa de álcool e essas más escolhas estão cobrando muito caro não apenas da população, mas do meio ambiente e consequentemente das empresas e governos. Estamos num momento de muitas oportunidades, mas também de muitos backlashes. A sociedade como um todo precisa se unir de verdade para pensar de maneira propositiva o país.
Segundo André Clark, conselheiro do CEBRI, vice-presidente da Siemens Energy AL e vice-presidente da Siemens Energy Brasil, contou que durante a New York Climate Week o sentimento era de que “a vaca foi pro brejo”; o tempo de apenas remediar passou e era muito importante começar a preparar as pessoas, os animais e a vida toda para a adaptação a um clima que deve aumentar 4oC até o final do século. Clark ressaltou ainda a importância da distribuição de energia e do importante papel que a ISA-CEETEP e a ANEEL, ambas presentes nas figuras
de Rui Chamma e Sandoval Feitosa, discutindo o impacto que a geração distribuída deve causar em um futuro próximo.
“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso”, disse Fábio Scarano, lembrando Ariano Suassuna, reforçando que é preciso, sim, continuar a mitigar os efeitos climáticos e preparar a adaptação dos seres vivos, ressaltando que adaptação tem limite – até 2oC é possível, mas 4oC a mais vai ser muito, muito difícil. Por isso, para ele, a palavra-chave é transformação.
Claudia Noel, gerente da área de transição energética do BNDES – banco que mais empresta para projetos de sustentabilidade -, fez um breve relato sobre esses investimentos e o comprometimento do banco com ações sustentáveis.
Dan Iochpe, Chair do B20 e da Iochpe-Maxion, apresentou a evolução do comprometimento do setor empresarial nos movimentos ambientais e a evolução do B20, que vai apresentar para o G20 as sugestões para um futuro inclusivo e sustentável.
Para o CEO da Siemens Brasil, Pablo Fava, o relatório busca inspirar e estimular a reflexão sobre o futuro do país, oferecendo uma visão estratégica para orientar as ações e decisões dos diversos stakeholders envolvidos no desenvolvimento nacional. “Sustentabilidade e digitalização são as principais forças transformadoras da atualidade, e a sinergia entre essas megatendências representa uma grande oportunidade para o Brasil”, finaliza.
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ISC
Brasil destaca debates sobre o uso de IA no setor de segurança
A 17ª edição da ISC Brasil, o maior evento de segurança integrada do país, reuniu, entre 3 e 5 de setembro, no Distrito Anhembi, em São Paulo, cerca de 8 mil gestores que acompanharam inúmeras soluções, produtos e debates para os setores públicos e privados e que também podem trazer impactos positivos para outras áreas. Além disso, o evento discutiu a regulamentação, liderança e gestão.
Durante os três dias de evento, 68 palestrantes e mais de 1.500 mil gestores, debateram sobre o futuro da segurança, trazendo temas diversos e pertinentes ao setor. Ao total, cerca de 40 horas de conteúdo, divididos em 24 painéis, com especialistas nacionais e internacionais, fizeram da ISC Brasil Conference o maior evento de conteúdo deste mercado no país. A IA foi destaque, presente em boa parte dos painéis. De acordo com Jacqueline Gagliano, gerente da ISC Brasil, o evento foi palco de diversas apre - @Divulgação
sentações de alta relevância para os tomadores de decisão da segurança.
“Gestores e especialistas tiveram a oportunidade de se aprofundar em temas que estão na vanguarda da segurança e que serão cruciais para o futuro da área nos próximos anos, como a Inteligência Artificial e os impactos na gestão. Além disso, os expositores trouxeram tecnologias avançadas que se alinham diretamente aos temas discutidos nos palcos, reforçando a sinergia entre conteúdo e soluções. Essa combinação de conhecimento e tecnologia posiciona o evento como um dos mais influentes para o setor.”, explica a executiva.
Segundo Anderson Nakamura, presidente da ASIS - Regional SP, parceira na curadoria da Conference, este ano a ISC Brasil se destacou por oferecer uma curadoria de conteúdo que vai além do simples acesso à informação. Para ele, hoje, estamos na era do conhecimento exponencial, em que a verdadeira dificuldade não está em obter dados, mas em acessar informações de qualidade para nichos específicos.
“O que vimos no evento este ano foi uma convergência entre inovação tecnológica e conteúdo de alta relevância, proporcionando aos gestores e profissionais do setor o que eles realmente precisam. Além disso, trazer nomes de peso, como o CSO da Microsoft, demonstra o compromisso da ISC em conectar o público a referências do mercado e a temas que realmente importam. Essa combinação de conteúdo qualificado e grandes líderes do setor é o que faz da
ISC Brasil um evento essencial para quem busca estar na vanguarda das tendências e soluções de segurança”, ressalta.
No terceiro dia, o destaque da área de conteúdos ficou por conta de Christopher Davis, CSO da Microsoft, que falou sobre Liderança em Segurança. Para ele, a liderança, a transparência e a confiança são pilares fundamentas, pois é importante uma cultura empresarial que incentive a abertura, permitindo que todos se sintam parte da solução.
“A segurança não é apenas sobre sistemas e tecnologia: trata-se de capacitar pessoas a se sentirem seguras para compartilhar preocupações, ideias e novas perspectivas. Isso é o que realmente faz a diferença. Além disso, a liderança eficaz começa com o diálogo. Conversar com cada membro da equipe não é apenas sobre resolver problemas imediatos, mas sobre entender contextos e construir relações de confiança. Isso cria uma visão mais clara das ameaças e nos prepara melhor para enfrentá-las de forma colaborativa”, disse Davis, durante sua apresentação.
Já a área expo, contou com mais de 100 marcas expositoras, gerando cerca de 11 mil leads comerciais, oferecendo soluções e produtos voltados para segurança eletrônica, privada, e pública, como: equipamentos de automação, câmeras de vigilância, consultoria, controle de acesso, prevenção, software, VMS, analytics, centrais de monitoramento, telecomunicações, veículos especiais de proteção, drones, robôs e inteligência artificial.
Entre as marcas expositoras, destacaram-se: Bosch, Dahua, Intelbras, Grupo GPS, Be-tech, Convergint, Mentore Bank, Leonardo, Senior, Seventh, Control iD, Cosafe, Digicon, Digifort, Future Fibre, Hikvision, ISS - Intelligent Security Systems, Madis, Pumatronix, Segware, Techboard, TP-link, Visiotech Brasil, WDC, Protege e a Alfa Sense, que ganhou a premiação New Products + Solutions (NPS), como Solução inovadora com o Fence Lite Max.
Em 2025, a ISC Brasil acontece entre os dias 2 e 4 de setembro, também no Distrito Anhembi, em São Paulo. A organização planeja um evento ainda mais relevante para o mercado, oferecendo oportunidades para empresas do setor apresentarem o que há de mais inovador para um setor que está em constante mudanças.
“Nosso compromisso é continuar evoluindo, e es -
tamos trabalhando para que a ISC Brasil 2025 traga ainda mais conteúdo, soluções e produtos que causem um impacto direto e significativo na indústria de segurança. Os resultados dessa nova proposta foram extremamente positivos. Marcas e profissionais presentes acolheram muito bem o formato híbrido (conteúdo e exposição) e já aguardam a próxima edição com entusiasmo”, finaliza Jacqueline.
A ISC Brasil é a edição brasileira da ISC Security Events - International Security Conference & Expocom origem e realização nos EUA (Las Vegas e New York) e México. Teve sua primeira edição realizada em 2006, na cidade de São Paulo e desde então, o evento se tornou uma referência na América Latina para o mercado de segurança, reunindo empresas nacionais e internacionais para apresentar soluções e novidades em produtos e serviços para o setor.
The smarter E South America 2024 cresce mais de 20% em relação à edição anterior
O The smarter E South America, maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade, reuniu mais de 650 expositores, cerca de 55 mil visitantes de 50 países e mais de 2,5 mil participantes em seus quatro congressos paralelos, conduzidos por mais de 172 líderes da cadeia logística global de energia renovável. Durante três dias, o evento apresentou novas tendências, tecnologias emergentes, políticas públicas e os principais lançamentos do setor de energia renovável.
Durante três dias, o evento apresentou novas tendências, tecnologias emergentes, políticas públicas e os principais lançamentos do setor de energia renovável. O crescimento de mais de 20% em relação a 2023 reflete a maturidade do segmento e o potencial de liderança do Brasil, cuja matriz energética já é uma das mais limpas do mundo. Atualmente, a fonte solar conta com 46 GW de capacidade instalada no país, com projeção de adição de 2 GW até o fim do ano.
Na visão de Florian Wessendorf, diretor administrativo da Solar Promotion International, organizadora internacional do evento, juntamente com a Freiburg Management und Marketing International e a Aranda Eventos, o sucesso do The smarter E South America pode ser creditado à abundância de recursos solares na América Latina combinada ao entendimento de que a inovação será determinante para o
futuro da energia e da economia da região.
A transição e a segurança energética estão no centro dos mais importantes debates em todo o mundo, por isso as soluções e aplicações capazes de impulsionar esse movimento são o foco do setor privado, da sociedade civil e dos governos. Nesse contexto, como a maior plataforma para energia renovável, armazenamento de energia, hidrogênio verde, eletromobilidade e tecnologias de redes inteligentes, o The smarter E South America é hoje estratégico para o futuro da energia”, afirma Wessendorf.
Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), destaca a relevância do evento em meio às novas oportunidades com o aumento da demanda de energia no Brasil, que deve mais que dobrar até 2050, sobretudo em setores como data centers, eletrificação das frotas e inteligência artificial. “A eletrificação já é uma realidade, com a presença cada vez maior de carros elétricos nas ruas. Soma-se a isso o crescimento da inteligência artificial, que demanda um volume enorme de energia, bem como os setores de data centers. Para se ter uma ideia do potencial do Brasil, basta dizer que apenas quatro residências a cada 100 contam com energia solar, enquanto na Austrália são 30”, exemplifica.
CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia ressalta o papel da energia solar na transição energética, que pode colocar o Brasil em posição de destaque no mundo frente aos esforços de descarbonização das economias. “O mercado solar no mundo, que já atingiu 1,5 TW no ano passado, pode chegar a 5,1 TW até 2028. Adicionalmente, há o compromisso mundial assumido na COP28, de triplicar as renováveis até 2030, sendo a fonte solar a principal líder e protago -
nista nesse processo, segundo projetam os analistas de mercado. Portanto, o setor fotovoltaico seguirá ampliando seu papel crucial para a competitividade dos setores produtivos, alívio nos orçamentos familiares, independência energética e prosperidade dos países”, salienta Sauaia.
No pavilhão, os expositores apresentaram novidades aos parceiros e fechar negócios com novos clientes. “A Intersolar South America é um evento chave para estabelecer novas parcerias, consolidar parcerias antigas, conversar sobre os projetos para realizar em conjunto e sobre o dignificante trabalho de desenvolver o mercado de energia solar.” Ao fazer essa avaliação, Juliano Pereira, Country Manager da SolarEdge, observa que, neste ano, mais uma vez, o evento confirma seu sucesso, tanto pelo grande fluxo de visitantes quanto pelas inúmeras novas oportunidades que oferece.
O Power2Drive South America, com foco em eletromobilidade e infraestrutura de recarga, ampliou e enriqueceu a programação do evento ao destacar a relevância dos veículos elétricos para a viabilidade do transporte do futuro.
“Nas últimas edições já vínhamos observando o crescimento de soluções de mobilidade elétrica no The smarter E South America de um modo geral, além de menções ao segmento nos congressos. O mercado brasileiro está crescendo absurdamente rápido, praticamente dobrando ano após ano. Daí a necessidade de reunir esses profissionais, estabelecer networking, trazer conhecimento e compartilhar experiência. Assim, o Power2Drive South America chega no momento certo para fazer isso acontecer”, pontua Rafael Cunha, consultor do congresso e COO da Move. “Participamos do evento de Munique e
vimos aonde podemos chegar, e é o caminho que o mercado brasileiro está tomando. Esse era exatamente o tipo de evento que faltava no nosso setor”, completa Cunha.
Na estreia, o foco do congresso foi trazer um overview do mercado, destacando os desafios das recargas inteligentes, principais oportunidades, tecnologias essenciais para disseminação das recargas e segmentos da cadeia que faltam explorar.
Matheus Luiz Rodrigues, gerente de segmento de carregadores veiculares da Intelbras, classifica o Power2Drive South America como estratégico. “Somos expositores da Intersolar South America há algum tempo, nos últimos anos percebemos o crescimento da representatividade da mobilidade elétrica, com a presença de estações de recargas e players de soluções fotovoltaicas também expondo soluções de infraestrutura de recarga. E, como essa tendência de crescimento segue, o timing é perfeito para o aumento de representatividade, porque conseguimos concentrar as soluções com robustez, com bastante foco. Não tenho dúvida que no ano que vem o espaço vai ter de ser maior, porque a iniciativa converge com o que precisamos.”
Nesse cenário de expansão da eletromobilidade, a BYD, expositora da Intersolar South America, enfatiza que se trata de um caminho sem volta. “Somos um dos pioneiros em carros elétricos no país e os primeiros com uma fábrica. Outras virão e estão vindo para o Brasil. Estamos pensando como um todo na eletromobilidade do Brasil. A BYD está buscando se integrar a todo esse movimento de auto, pois provemos a solução completa, desde a geração de energia até a mobilidade propriamente dita”, diz Rodrigo dos Anjos, gerente de vendas nacional da empresa Presidente do Congresso ees South America e presidente da ABSAE (Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia), Markus Vlasits
destaca os assuntos abordados no congresso e também a ampliação dos expositores na feira. “Acho que acertamos na escolha dos temas que trouxemos para a conferência, tivemos debates muito ricos sobre temas cruciais, entre eles reserva de capacidade, como os sistemas de armazenamento trazem firmeza e confiabilidade para o sistema elétrico, além de descarbonização da matriz elétrica na Amazônia e relevância de baterias para clientes comerciais.”
“Em relação à feira, a primeira coisa que chama muito a atenção é a área de armazenamento ter crescido e muito, creio que tivemos uma duplicação no espaço ocupado. Além da presença de expositores nacionais, tivemos também novos players internacionais”, completa Vlasits.
Leonardo Lins do Carmo, diretor de marketing e negócios da UCB Power, salienta que a ees South America “tem o papel fundamental de fazer o link entre mercado especializado e fabricantes. Neste ano, percebemos um público altamente qualificado e especializado, sabendo o que procura, e acredito que a feira teve e tem o papel fundamental nesse processo”.
Membro da comissão do congresso Eletrotec+EM-Power South America e diretor da Mi Omega, João Gilberto Cunha observa que o congresso repetiu a mesma fórmula bem-sucedida dos últimos anos, com foco específico em discussões e trabalhos técnicos. “O primeiro dia é dedicado exclusivamente a pautas do momento relacionadas à normatização. Um diferencial dessa iniciativa, sem similar no país, é que as sessões, e também os minicursos que ocorrem paralelamente, são fundamentais para solução de dúvidas de quem trabalha com sistemas e projetos elétricos”, afirma Cunha, que sublinha a presença recorrente dos participantes e também o aumento expressivo da área dedicada à feira dedicada ao setor, do número de expositores e visitantes.
Gaspar Eugênio Silva, diretor comercial do Grupo Setta, avaliou positivamente a participação na feira Eletrotec+EM-Power South America. “Muitos clientes vieram nos visitar no estande, também conquistamos novos clientes, fizemos bons negócios. É o segundo ano que a Setta está presente, e queremos participar das próximas edições, vemos o mercado bem aquecido nos próximos dois anos”
O The smarter E South America congregou o Intersolar South America, o ees South America, Eletrotec+EM-Power South America, e o Power2Drive South America. A edição 2025 acontece entre os dias 26 e 28 de agosto, no Expo Center Norte.
Ministério da Fazenda quer que plataformas sigam regras de livre mercado
A Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda (SRE/MF) apresentou os resultados da Tomada de Subsídios nº 01, anunciada em janeiro deste ano, sobre a regulação econômica e concorrencial das plataformas digitais.
A iniciativa teve como objetivo coletar contribuições e sugestões para possíveis alterações na lei de defesa da concorrência, se nova regulação é necessária, quais aspectos devem ser objeto de regulação e como coordenar a ação estatal para gestão do tema, em colaboração com a Secretaria de Políticas Digitais (Secom-PR) e a Secretaria de Direitos Digitais (MJSP).
O Cade, em linha com as conclusões do relatório anunciadas na coletiva, reforçou na contribuição submetida no contexto da Tomada de Subsídios, em abril de 2024, sua competência institucional no tratamento dos desafios concorrenciais das plataformas digitais. A autoridade destacou a necessidade de uma regulação ex-ante, ou seja, preventiva, que complemente a atual Lei de Defesa da Concorrência (Lei nº 12.529/2011). A autarquia entende que a abordagem regulatória e preventiva é essencial para enfrentar questões estruturais desses mercados.
As diretrizes apontadas pela SRE/MF estão em sintonia com a contribuição oferecida pelo Cade à Tomada de Subsídios. Ambas as instituições convergem na defesa de uma modernização do arcabouço regulatório, que deve contemplar intervenções proativas e transformadoras, superando, quando necessário, as limitações impostas pelos instrumentos antitrustes tradicionais no complexo cenário digital. A visão do Cade sublinha a importância de uma regulação concorrencial ex-ante, voltada para corrigir as disfunções estruturais dos ecossistemas digitais, que afetam a geração e apropriação de valor. Essas disfunções, por sua natureza, distanciam-se das falhas típicas dos mercados regulados de maneira tradicional, exigindo uma abordagem regulatória mais dinâmica e adaptada às peculiaridades do ambiente digital.
Além disso, o Cade enfatiza a necessidade de criação de uma unidade especializada em mercados digitais na autarquia, conforme apontado pela SRE/ MF. Tal estrutura permitiria uma atuação mais direcionada e eficiente no enfrentamento dos desafios concorrenciais característicos das plataformas digitais, alinhada com as práticas internacionais mais avançadas. No mesmo sentido, o Cade ressalta a relevância de um modelo regulatório flexível, com ajustes individualizados e monitoramento contínuo, aspecto igualmente reconhecido pela SRE/MF como essencial para lidar com o dinamismo e a constante transformação do setor digital.
A convergência entre as diretrizes do Cade e as propostas da SRE/MF reafirmam o propósito de garantir um marco regulatório robusto, que assegure a proteção do consumidor e preserve a contestabilidade nos mercados digitais, contribuindo para o desenvolvimento equilibrado e competitivo da economia digital no Brasil.
O Cade reconhece a importante iniciativa da SRE/ MF e continuará acompanhando de perto as discussões sobre a regulação de plataformas digitais contribuindo para a evolução das políticas públicas nessa área, visando sempre à promoção de uma concorrência justa e equilibrada.
Chips de alto desempenho serão produzidos na Alemanha
A European Semiconductor Manufacturing Company (ESMC), uma nova fábrica de microchips a ser construída em Dresden (Alemanha), será a primeira a produzir os chamados chips de alto desempenho na UE, segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante uma visita à fábrica em agosto.
“Este novo centro se qualifica sob o European Chips Act como uma instalação pioneira. Ele fabricará produtos que não estão presentes ou planejados em nenhuma outra instalação na Europa. Isso significa que esta instalação também tem direito a suporte financeiro nacional”, disse Von der Leyen, acrescentando que a Comissão Europeia aprovou € 5 bilhões para dar suporte à ESMC na construção e operação de sua planta.
A planta produzirá os chips de alto desempenho usando tecnologia de transistor de efeito de campo
(‘FinFET’) e permitindo a integração de vários recursos adicionais em um chip. Os chips produzidos oferecerão melhor desempenho e, ao mesmo tempo, reduzirão o consumo total de energia.
A ESMC – uma joint venture entre a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), Bosch, Infineon e NXP – está planejada para operar em capacidade máxima até 2029 e deverá produzir 480.000 chips – usados para aplicações automotivas e industriais.
A medida busca fortalecer a segurança de fornecimento, resiliência e soberania digital da Europa em tecnologias de semicondutores, em linha com o European Chips Act. O Ato, que entrou em vigor em setembro passado, visa dobrar a atual participação do bloco de 10% do mercado global de microchips até 2030. Globalmente, cerca de 1 trilhão de microchips foram fabricados ao redor do mundo em 2020.
Axial produzirá ‘cérebro’ próprio para trackers solares
A Axial, empresa de origem espanhola e referência global em projetos e na fabricação de trackers solares, começará a produzir o próprio “cérebro” para estes equipamentos, o SmartAx. O dispositivo, responsável pela inteligência que movimenta o tracker ao longo do dia, foi apresentado pela primeira vez no Brasil em agosto, em São Paulo.
Em fase de testes, a fabricação em escala do SmartAx acontecerá na Espanha a partir de 2025. O sistema próprio da Axial reúne funções para que o tracker solar se adapte a variações climáticas, como vento, neve, granizo, inundações, irradiação difusa e backtracking 3D, que nada mais é do que um mecanismo que faz com que o tracker posicione cada fileira para não causar sombreamento nas demais. Apesar de não abrir valores, a Axial observa que, não apenas a concepção, mas os investimentos destinados à pesquisa e ao desenvolvimento do SmartAx foram de origem própria.
No último ano, a Axial - com projetos em mais de 40 países e escritórios na Europa, Ásia e nas Américas
do Norte e Sul -, aumentou o faturamento em quase 170% no Brasil. O dado reflete não apenas o número de projetos contratados – o total de vendas realizadas em 2023 foi ultrapassada já no primeiro semestre de 2024 -, mas ao aquecimento do mercado, além do próprio serviço e produto da Axial, mais robustos diante dos demais ofertados ao setor, que podem captar até 30% mais energia do que estruturas fixas.
Agtech amplia atuação no Brasil junto aos
agricultores
A agricultura brasileira tem sido amplamente impulsionada nos últimos anos, principalmente com a adoção tecnológica. Porém, ao mesmo ritmo que a classe produtora avança para ser a cada safra ser mais eficiente, sustentável e produtiva, os desafios também caminham pari passu a esse crescimento. Com o objetivo de entender as reais necessidades, a AGTech argentina SIMA - Sistema integrado de monitoramento agrícola, presente no Brasil há quase 5 anos, vai intensificar sua atuação direta com os produtores rurais no campo.
A estratégia não é apenas acessibilizar suas tecnologias no modelo de negócio B2C (business to consumer), mas sim, criar soluções específicas e personalizadas para de fato contribuir com a digitalização da agricultura brasileira de maneira eficiente.
“Seguimos a nossa atuação com as indústrias via B2B, mas, queremos estar mais próximos dos agricultores propondo soluções cada vez mais alinhadas com suas necessidades no dia a dia”.
Felipe de Carvalho, engenheiro agrônomo , coordenador da Sima no Brasil.
Com forte atuação na América Latina, com negócios também no México e na África do Sul, a AGtech já monitora mais de 8 milhões de hectares. No Brasil, a meta é atingir mais de um milhão de ha cadastrados em sua plataforma até o ano que vem. “O mercado brasileiro é enorme e os produtores já estão mais acostumados à agricultura digital. Queremos com esse novo posicionamento fomentar ainda mais essa vocação nacional”, disse Carvalho.
A tecnologia da Sima se destaca por ser uma ferramenta simples, completa e inteligente, que permite realizar o controle e monitoramento da lavoura de forma georreferenciada, desde o plantio até a colheita. Desta forma, consolidou-se em diversos países como uma ferramenta de excelente nível técnico agronômico com detalhes específicos de parâmetros que geram maior segurança ao produtor.
Segundo Carvalho, entre os diferenciais da ferramenta, está a sua capacidade de funcionamento no modo off-line. Desta forma, o técnico no campo pode fazer a tranquilamente coleta de dados nas la-
vouras sem a necessidade de estar conectado à internet, pois as informações lançadas ficaram gravadas no sistema com extrema precisão no registro. “Com poucos cliques é possível fazer o registro de um grande volume de informação com qualidade, reduzindo as necessidades de visitas ao campo, um grande gargalo das fazendas hoje principalmente por conta da falta de mão de obra qualificada”, reforçou.
A ferramenta conta também com algumas funções inteligentes. Por exemplo, com apenas uma foto retirada no campo é possível identificar com exatidão, de formas automática e digital, o estande de plantas sem precisar de fita métrica ou calculadora. Outra possibilidade é que a tecnologia permite por meio de uma simples fotografia identificar o percentual do grau de severidade de uma doença na folha, desta forma, o produtor pode agir rapidamente evitando prejuízos. “É importante destacar a integração da tecnologia. A Sima está apta para atuar e, conjunto com diversas ferramentas de gestão”, afirmou o profissional.
Velha conhecida dos produtores brasileiros, a Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) nas últimas safras gera grande preocupação ao campo. O inseto-praga característico em cultivos de milho, que causa “enfezamentos” às plantas, desde a safra 2020/21, tem apresentado forte pressão de ataque nos cultivos do cereal pelo país, podendo causar perdas entre 20 a 90% do potencial produtivo.
Para ajudar nessa importante dor, a AGtech desenvolveu uma nova funcionalidade, o módulo de armadilhas. A novidade foi projetada em parceria com a Cooperativa Integrada. A paranaense é uma das maiores agroindustriais do país com atuação em diversos segmentos do agronegócio que vinha sofrendo com as invasoras.
Com essa ferramenta, em poucos cliques é possível obter-se um relatório de variedades e o impacto da infestação do inseto-praga de acordo com as informações recolhidas nas armadilhas instaladas. A tecnologia permite detalhar e filtrar as informações coletadas por país, estado, município, fazenda e até por talhão. “Além da Cigarrinha-do-milho estamos com estudos e testes avançados para expandir essa tecnologia para outras pragas e culturas. Desta forma reforçamos o nosso posicionamento e compromisso em gerar soluções aos produtores rurais entendendo suas necessidades contribuindo para tomada de decisões mais assertivas”, finalizou Carvalho.
IBM e NASA lançam modelo de inteligência artificial de código aberto para aplicações climáticas
A IBM anunciou um novo modelo fundacional de Inteligência Artificial (IA) para uma variedade de casos de uso de clima e tempo, disponível em código aberto para as comunidades científica, de desenvolvedores e empresas. Desenvolvido pela IBM e pela NASA, com contribuições do Oak Ridge National Laboratory, o modelo oferece uma maneira flexível e escalável de abordar uma variedade de desafios climáticos de curto prazo, bem como realizar projeções climáticas de longo prazo.
Este modelo foi pré-treinado por 40 anos com base nos dados de observação da Terra da Modern-Era Retrospective analysis for Research and Applications, version 2 (MERRA-2) da NASA. Como um modelo de base, ele tem uma arquitetura única que permite que seja ajustado para escalas globais, regionais e locais. Essa flexibilidade o torna adequado para uma variedade de estudos meteorológicos.
Devido ao seu sistema de design e treinamento exclusivo, o modelo fundacional meteorológico e climático pode abordar muito mais usos do que os modelos meteorológicos de IA existentes. Este modelo fundacional está disponível para download na plataforma de colaboração Hugging Face, com duas versões otimizadas que abordam aplicações científicas e específicas do setor: redução da escala de dados
climáticos e meteorológicos - o modelo pode representar dados meteorológicos e climatizados com resolução de até 12x, o que gera previsões localizadas e projeções climáticas; parametrização da onda de gravidade - o modelo pode representar dados climáticos e meteorológicos em resolução de até 12 vezes, gerando previsões localizadas e projeções climáticas.
“Conduzir as ciências da Terra da NASA para o benefício da humanidade significa oferecer ciência prática de maneiras que são úteis para pessoas, organizações e comunidades. As mudanças rápidas que estamos testemunhando em nosso planeta demandam essa estratégia para enfrentar a urgência do momento, “ disse Karen St. Germain, diretora da Divisão de Ciência da Terra na Diretoria de Missão Científica da NASA. “O modelo de fundação da NASA nos ajudará a produzir uma ferramenta que as pessoas possam usar: projeções climáticas, sazonais e meteorológicas para ajudar a fundamentar decisões sobre como preparar, responder e mitigar.”
“Neste espaço, surgiram grandes modelos de IA que se concentram em um conjunto de dados fixos e um único caso de uso, principalmente previsões. Projetamos nosso modelo de fundação de clima e tempo para ir além dessas limitações, para que ele possa ser ajustado a uma variedade de entradas e usos”, explica Juan Bernabe-Moreno, diretor de Pesquisa da IBM na Europa (Reino Unido e Irlanda) e Líder de Descoberta Acelerada da IBM para Clima e Sustentabilidade. “Por exemplo, o modelo pode ser executado tanto para a Terra inteira como para um contexto local. Com tanta flexibilidade no lado da tecnologia, este modelo é bem adequado para nos ajudar a entender fenômenos meteorológicos como furacões ou rios atmosféricos, raciocinar sobre riscos climáticos potenciais futuros aumentando a resolução dos modelos climáticos e, finalmente, informar nossa compreensão de eventos climáticos severos iminentes.”
Este modelo de clima e tempo faz parte de uma colaboração maior entre IBM Research e a NASA para usar IA para explorar o planeta e se junta à família Prithvi de modelos de fundação de IA. No ano passado, a IBM e a NASA tornaram o modelo de fundação de IA geoespacial Prithvi o maior modelo de IA geoespacial de código aberto disponível no Hugging Face. Este modelo de fundação geoespacial
“Como uma instituição de pesquisa e instalação de computação de primeira linha, estamos focados em dar suporte a equipes para fazer descobertas de pesquisa em muitas áreas da ciência”, disse Arjun Shankar, diretor do National Center for Computational Sciences no Oak Ridge National Laboratory. “Nossa colaboração com a IBM e a NASA para dar suporte à criação do modelo de fundação de clima e tempo Prithvi foi uma parte fundamental de nossa meta de trazer computação e dados avançados para problemas de importância nacional, neste caso, para aplicações de clima e tempo, que precisam de ciência computacional contínua e melhorias de habilidade de modelo para serem impactantes.”
tem sido usado por governos, empresas e instituições públicas para examinar mudanças em padrões de desastres, biodiversidade, uso da terra e outros processos geofísicos. O modelo fundacional e o modelo de parametrização da onda gravitacional podem ser acessados por meio da Hugging Face no link NASA e IBM e o modelo de redução de escala pode ser acessado através da Hugging Face pelo IBM Granite.
Manitoba Hydro alcança conformidade NERC em
mais de 80 locais críticos usando controle de acesso e gerenciamento de vídeo da Genetec
A Manitoba Hydro é a principal empresa de serviços públicos de energia da província de Manitoba, no Canadá. De sua sede no centro de Winnipeg, a empresa atende 580.262 clientes de energia, 281.990 clientes de gás natural, e realiza vendas de energia para a SaskPower, Wisconsin Public Service, Minnesota Power, Xcel Energy, Great River Energy e a Basin Power Cooperative. Cerca de 96% da eletricidade que ela produz é energia renovável. No total, a companhia possui mais de 160 sites em toda a província, incluindo estações de geração, transmissão e conversão, centros de controle críticos, instalações de atendimento ao cliente, escritórios, postos de gás natural e depósitos de armazenamento.
Um dos principais desafios de negócios da Manitoba é atender aos requisitos de proteção física do NERC, organização que desenvolve e implementa normas para garantir a confiabilidade da rede elétrica da América do Norte, que tem entre os principais requisitos a obrigatoriedade para as organizações de serviços públicos em relação ao registro de todas as atividades de controle de acesso e de acesso autorizado, e a monitoração das instalações para acesso não autorizado 24 horas por dia, 7 dias por semana. Outro requisito é implementar o plano de resposta apropriado dentro de 15 minutos após um alarme de violação de acesso.
Para ficar em compliance com o NERC, a Manitoba Hydro monitorava suas instalações usando sistemas de vídeo e controle de acesso independentes, e as soluções não tinham os recursos que a concessionária precisava para compliance com a NERC. Foi então que a plataforma unificada de segurança física Security Center, da Genetec, líder em tecnologia de soluções unificadas de segurança pública e privada, operações e inteligência de negócios, foi a escolhida para suprir essa demanda.
O Security Center é uma solução de segurança unificada que combina o Security Center Omnicast™ para videomonitoramento, Security Center Synergis™ para controle de acesso e outros sistemas de segurança em uma plataforma intuitiva. O sistema ajuda a gerenciar mais de 1.000 portas e 1.100 câmeras em todas as instalações críticas da Manitoba Hydro para aumentar a segurança e minimizar as violações de compliance da NERC.
“Ter os sistemas Synergis e Omnicast combinados em uma plataforma é um grande benefício para nossas operações. Recebemos alarmes em tempo real juntamente com o vídeo ao vivo do evento, permitindo que nossa equipe investigue e classifique rapidamente os alarmes e inicie a resposta planejada apropriada para atender aos requisitos de compliance da NERC”, explicou o Supervisor de Segurança Física da Manitoba Hydra.
Ele reforça os benefícios da solução da Genetec: “Passamos de inteligência zero para monitoramento de eventos quase em tempo real, usando a plataforma Security Center. Agora temos sistemas robustos de proteção física que nos ajudam a manter nossa organização em compliance com o NERC.”
Agora é possível gerenciar portas, câmeras e eventos de intrusão a partir de uma interface. Todos os vídeos e dados são enviados de volta para uma estação central de monitoramento, onde os operadores monitoram ativamente os alarmes recebidos. Aproveitando a abertura da plataforma, a equipe de segurança configurou tripwires virtuais usando Analíticos de vídeo de segurança KiwiVision™ para identificar intrusos em potencial que se aproximam do perímetro de seus sites.
A interface de mapa do Security Center também tem possibilitado à empresa localizar facilmente portas e câmeras, verificar o status do dispositivo e lidar rapidamente com alarmes em todos os locais. O desempenho do sistema oferece ainda acesso constante às informações e vídeos de que os operadores precisam, sem interrupções ou falhas, aumentando a produtividade da equipe interna que pode trabalhar com eficiência máxima.
“Queríamos uma parceira em que pudéssemos confiar e nosso diligência nos apontou para a Genetec, que tem um grande cliente do nosso mesmo mercado em sua carteira. Sabendo que tantas outras respeitáveis organizações passaram pelo mesmo processo, nos deu confiança para avançar com a plataforma Security Center”, afirma o supervisor.
Equipamento de Sorter em aplicação
Zig Zag é novidade no setor logístico
Um estudo realizado pela McKinsey com mais de 250 fornecedores do setor logístico mundial apontou que 87% dos participantes afirmaram que, desde 2020, mantiveram ou aumentaram seus investimentos em tecnologia, enquanto 97% planejam ampliar o aporte de recursos no segmento pelos próximos três anos.
Tais inovações, contudo, são percebidas além de soluções digitais, indo de encontro, inclusive, com equipamentos para aprimorar as operações. Uma das novidades da área é o One Ship Slim Sorter em aplicação Zig Zag, uma modalidade de sorter que oferece eficiência e precisão na classificação e separação de itens.
De acordo com Murilo Namura, Head Of Sales da Área de Equipamentos da Pitney Bowes, multinacional especializada em soluções de logística, envio de documentos, encomendas e pacotes, o equipamento é projetado para otimizar o processo de triagem de encomendas: “Esse sistema utiliza tecnologia avançada de roteamento zig zag para garantir que cada item seja direcionado para o seu destino correto de forma rápida e precisa. Além disso, é uma excelente opção para empresas que processam objetos pequenos, como flyers, embalagens menores e caixa”.
Conforme o head, os benefícios do aparelho podem ser encontrados em melhoria da eficiência operacional com mais otimização do espaço e uma triagem mais rápida dos produtos, precisão aumentada ao conduzir corretamente a mercadoria, flexibilidade para ser adaptado a diferentes itens e layouts e, sobretudo, redução de custos com economias de tempo e recursos.
Com crescimento constante no setor, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram que a projeção do PIB no Brasil cresceu de 2,3% para 3,3% em 2023, e para 2024 a expectativa preliminar é que exista um crescimento de 2%.
“O setor logístico movimenta o país e impacta diretamente a nossa economia. Essa novidade traz mais um fator importante para que o mercado continue nessa evolução contínua, com mais eficiência, precisão e custo-benefício, aliadas à flexibilidade e adaptabilidade do sistema que faz desta tecnologia uma ferramenta essencial para empresas que buscam manter-se competitivas e inovadoras”, conclui Murilo.
M. Dias Branco alcança 65% do consumo total de energia com fontes alternativas
Baixas emissões de gases de efeito estuda (GEE), diversificação da matriz energética e impacto ambiental reduzido são algumas das vantagens da energia eólica. Signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), reconhecida por seus altos padrões ESG e integrante do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3, a M. Dias Branco tem como meta estabelecida em sua Agenda Estratégica ESG, intitulada “Nossos Compromissos 2030”, utilizar 90% de energia renovável até 2030. Somente em 2023, o consumo de energia de fonte renovável da companhia foi de 65%, um percentual 100% superior ao ano anterior.
Um dos fatores responsáveis pelo número foi a parceria com Serena Energia, iniciada em 2022, que permite geração de aproximadamente 18MW médios para a Companhia por meio da energia eólica.
“Já no ano do início do acordo comercial com o parque eólico alçamos um resultado acumulado de 32,6% de energia renovável em nossa matriz energética”.
Fabio Marinho, especialista de Suprimentos.
O regime contratado pela M. Dias Branco junto à Serena Energia é o modelo de Autoprodução por Equiparação, estabelecido por meio de participação societária em Sociedades de Propósito Específico (SPE), que tem por objeto social a geração de energia elétrica por meio da implantação e exploração de Centrais Geradoras. A competitividade do modelo frente às demais possibilidades de mercado ocorre, pois, todo consumo suprido por meio de produção própria confere à M Dias Branco isenção de parte dos encargos setoriais de energia elétrica.
Segundo o executivo, a sinergia entre diferentes áreas, como Engenharia, Suprimentos, Meio Ambiente e Sustentabilidade da companhia, foi crucial para o avanço no desafio de ampliar a matriz energética e promover o engajamento de toda a cadeia no atingimento dos objetivos. Em 2023, foi consumida 3.666.721 GJ de energias, uma redução de -2,9% se comparado ao ano de 2022.
O foco da estratégia de redução das emissões no ano de 2022 da M. Dias Branco foi o escopo 2, a partir da transição da matriz elétrica para uma maior participação de energia renovável. A companhia registrou uma redução significativa de 64% comparado a 2021, em função da energia com certificação de fonte renovável, conhecida como I-Rec, e energia da Serena.
MARKET
Desde 2020, a líder em massas e biscoitos passou a registrar as emissões do escopo 2 pelo método de abordagem baseada na escolha de compra e na localização. Nessa abordagem, quantifica-se as emissões de GEE utilizando o fator de emissão específico associado a cada fonte de geração de eletricidade que a companhia optou por comprar. O resultado das ações relacionadas à energia renovável gerou uma redução de 54% no resultado do escopo 2 na abordagem de compra e uma redução de 7% na de localização, ambas muito positivas para o atingimento da meta da Agenda Estratégica ESG, que é de redução combinada das emissões dos escopos 1 e 2, apresentando diminuição de 1,7% comparada ao ano anterior, e de 13,8% comparada ao ano-base.
Para conquistar a meta de utilização de 90% de energia renovável, além da eólica, outras matrizes estão no radar da Companhia, como fotovoltaica e hidrogênio verde. “Fomentar estudos e execução de projetos de diversificação da matriz energética e energia limpa são pilares importantes nas políticas internas do grupo. Atualmente, existem diversos estudos em andamento, com objetivo de tornar o negócio mais competitivo, diminuindo os custos operacionais e reduzindo os impactos no meio ambiente”, explica Fabio. “O Brasil possui uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo. Esse é um assunto estratégico para nossa Companhia. Com as ferramentas adequadas, podemos colaborar para a redução de emissão de gases de efeito estufa”, finaliza.
GWM Brasil recebe homologação para o Programa Mover
@Divulgação
Foi publicada em agosto, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a homologação para o Programa Mover Mobilidade Verde e Inovação - nova política industrial brasileira voltada para a sustentabilidade e inovação na indústria automotiva. Esta homologação permitirá à GWM Brasil acelerar sua estratégia de nacionalização e ampliar suas operações no país.
A montadora começará as atividades com o SUV híbrido Haval H6 até o fim de 2024 na sua fábrica de Iracemápolis (SP), inicialmente em regime de pré-produção, para testar e ajustar os novos equipamentos da linha de montagem e verificar os processos de manufatura e de controle de qualidade. Já em 2025,
“Com a homologação será possível transferir gradualmente todos os processos produtivos, atualmente realizados na China, para nossa fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo”. Marcio Alfonso, diretor de Engenharia, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da GWM Brasil.
terá início a produção em série do modelo.
Atualmente, a fábrica está passando por um processo de modernização e expansão, que ampliará sua capacidade de produção de 20 mil para 50 mil veículos por ano, e chegando a 100 mil unidades ao longo dos próximos anos. Paralelamente, a autotech está intensificando o contato com empresas fornecedoras de peças e de tecnologias para parcerias locais, visando apoio técnico e redução nos custos de fabricação e de logística.
A fábrica de Iracemápolis começará com a produção do monobloco, soldagem, tratamento superficial, pintura, montagem final e testes, montagem de chassis, freios, eixos e sistemas elétricos. No futuro, a meta é avançar para a montagem de componentes de maior valor agregado, chegando ao final do ciclo
com a possibilidade de montagem das baterias de lítio, consolidando ainda mais a presença da GWM no mercado brasileiro.
Especialistas estimam que a demanda anual global por baterias de lítio para veículos híbridos e elétricos deve ser de 20 a 30 milhões de unidades até 2030.
“Estamos nos aproximando de institutos de pesquisa para tentar viabilizar o desenvolvimento de soluções que permitam trazer as tecnologias da GWM para o Brasil”, destaca Alfonso.
Como parte de seu compromisso com a nacionalização, a GWM já desenvolveu uma lista de mais de 100 componentes para serem produzidos localmente. O objetivo é alcançar uma taxa de nacionalização superior a 60%, o que permitirá à montadora iniciar a exportação de veículos para a América do Sul.
Novo escritório da ApexBrasil em SP e lançamento do novo ciclo do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex)
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, lançaram o novo ciclo do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) em São Paulo, que atenderá 1.825 empresas paulistas. O anúncio foi feito durante inauguração oficial do escritório da ApexBrasil na capital paulista.
“O Brasil tem 1,9% do PIB do mundo. Então, 98% está lá fora. A gente tem que conquistar o mercado. Isso significa, aqui dentro, emprego, renda e crescimento da economia e das empresas”, afirmou Alckmin durante a cerimônia.
Criado pela ApexBrasil, o Peiex é uma iniciativa que prepara empresas brasileiras para começarem a exportar seus produtos e serviços de forma planejada e segura, com a orientação de profissionais especialistas em comércio exterior. O programa é executado com parceiros em todo o Brasil.
@Divulgação
O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, ressaltou a importância de se incentivar as exportações das pequenas empresas. “As pequenas empresas do Brasil formam 99% dos CNPJs do país, mas exportam apenas 1% de tudo o que o Brasil exporta”, afirmou. Ele trouxe o exemplo da China, onde 66% são pequenas empresas, responsáveis por 65% das exportações do país. “Criamos vários programas, especialmente para a questão do financiamento. Mas ainda precisamos avançar.”
O novo ciclo do PEIEX em São Paulo será operado em parceria com o Sebrae. Para isso, a ApexBrasil vai investir um total de R$14,4 milhões e o Sebrae aportará ao convênio cerca de R$3,9 milhões.
“A parceria com o Sebrae é fundamental para alcançarmos os pequenos negócios que têm produtos de qualidade, potencial exportador, mas ainda não têm a expertise para exportar. Juntos vamos guiá-los para que estes pequenos negócios entrem na cadeia
global de exportação e conquistem novos mercados. Ganham os empreendedores, ganha São Paulo, ganha o Brasil”, afirma Jorge Viana.
Desde 2010, o Estado de São Paulo já recebeu nove ciclos diferentes do Programa, em diferentes regiões do Estado. Ao todo, o PEEIX já capacitou mais de 3900 empresas paulistas.
Também foi lançado o Painel de Oportunidades de Exportação para Governos Estrangeiros, ferramenta que reúne licitações dos governos estrangeiros e de organizações internacionais em um só lugar.
A ferramenta tem como objetivo dar mais publicidade às oportunidades de exportação a governos estrangeiros que, em geral, são pouco aproveitadas pelas empresas brasileiras, muitas vezes por falta de divulgação.
Inicialmente, o Painel contemplará licitações dos governos estrangeiros de alguns países da América do Sul (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai, Peru, Colômbia, Suriname, Equador), com possibilidade de alcançar outros mercados, além de Organismos Internacionais, como a ONU e o Banco Interamericano de Desenvolvimento e Banco Mundial (BID).
Magnesita apresenta a tecnologia IBOS
Especialista em soluções refratárias para processos de alta temperatura, a RHI Magnesita apresenta ao mercado brasileiro de siderurgia a tecnologia IBOS (Intelligent Block Out System) – uma solução avançada nos blocos pré-moldados projetados para substituir os fundos de panelas. Essa tecnologia é um sistema inteligente capaz de otimizar o desempenho do revestimento refratário e melhorar a eficiência dos processos siderúrgicos.
A RHI Magnesita já ofertava os blocos refratários pré-moldados que são projetados para suportar as altas temperaturas e condições extremas encontradas nos processos de vazamento, tratamento e lingotamento de aço líquido. Para o diretor de Marketing, Soluções e Serviços da RHI Magnesita na América do Sul, Celso Freitas, a tecnologia IBOS representa um avanço na gestão de revestimentos refratários em panelas de aço.
O design aprimorado assegura um maior rendimento de aço de melhor qualidade. Com instalação simples e rápida, o sistema reduz o tempo de inatividade das operações, proporcionando uma ágil retomada da produção e, consequentemente, ampliando a produtividade da empresa.
O aumento da vida útil do revestimento é outro diferencial oferecido pela RHI Magnesita. Com a durabilidade dos blocos pré-moldados ofertados pela multinacional, combinada com a tecnologia IBOS, o revestimento dura mais tempo, reduzindo a frequência de substituições e reparos.
“O controle mais preciso sobre o desgaste do revestimento e as condições operacionais da panela contribuem para a produção de aço de melhor qualidade, resultando em benefícios econômicos e operacionais para as siderúrgicas”, ressalta Celso.
Um sistema de fundo de panela bem projetado também contribui para a segurança dos operadores e da planta, prevenindo problemas como vazamentos de metal líquido ou falhas na estrutura da panela. A tecnologia IBOS contribui ainda para a sustentabilidade das operações ao reduzir o consumo de materiais refratários e minimizar o desperdício, além de otimizar o uso de energia durante o processo de produção de aço. Os blocos pré-moldados contribuem significativamente para a diminuição da pegada de carbono em comparação com os métodos tradicionais de tijolos.
“Estamos trazendo para o mercado brasileiro a melhor solução para o sistema de fundo de panela das siderúrgicas. Ela é projetada de acordo com as necessidades de cada cliente, permitindo um aumento do rendimento metálico e reduzindo as sobras de aço líquido no final do processo de lingotamento”.
Celso Freitas, diretor de Marketing, Soluções e Serviços da RHI Magnesita na América do Sul.
NIST financia centro de excelência em medições climáticas
O Nist - Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia do Departamento de Comércio dos EUA firmou um acordo cooperativo com a Universidade de Vermont (UVM) para estabelecer um Centro de Excelência em Medições Climáticas. O acordo inclui um prêmio de US$ 2,7 milhões apropriado pelo Congresso para esse propósito e foi feito após um processo competitivo anunciado no início deste ano.
@Divulgação/Norm Lane/Shutterstock
White Oak River, Carolina do Norte: Áreas úmidas como essas são úteis para prevenir enchentes, reduzir erosão e preservar a biodiversidade. Mas cada área úmida é única, e é importante entender os impactos do clima em nível local.
Os impactos climáticos são sentidos de forma diferente de uma região para outra, e para que as comunidades desenvolvam planos de adaptação, elas precisam de informações mais granulares do que as disponíveis atualmente: o Climate Measurements Center of Excellence dará suporte às comunidades fornecendo estruturas de padrões, dados regionais e as ferramentas de que as comunidades precisam para tomar decisões.
Espera-se que os impactos climáticos no nível comunitário sejam diversos, complexos e inter-relacionados. Exemplos de possíveis impactos incluem produtividade agrícola diminuída, má qualidade do ar, aumento dos custos dos alimentos, interrupções na cadeia de suprimentos e logística comercial e problemas de saúde pública. Preparar-se para mitigar esses impactos pode ser desafiador para qualquer comunidade sozinha. Portanto, o centro reunirá pesquisadores climáticos locais para compartilhar recursos e ideias e servirá como um centro para as partes interessadas, incluindo escritórios climáticos do governo, universidades, organizações sem fins lucrativos, indústria e NIST.
“Nosso objetivo é promover a confiança em medições e tecnologia a serviço da nação. Medições efetivas são essenciais para entender a dinâmica de sistemas climáticos complexos, e este centro de excelência pode amplificar nosso impacto e permitir o desenvolvimento de planos de adaptação climática equitativos”.
Chuck Romine, diretor associado de programas de laboratório no NIST.
O novo centro de excelência estabelecerá e coordenará equipes de pesquisa que combinam recursos das ciências físicas, biológicas e sociais. Ele também dará suporte ao desenvolvimento de padrões e medições nacionais para rastrear perigos e riscos associados a impactos climáticos. Durante o período de financiamento de três anos, o NIST dará suporte ao centro por meio de liderança, colaboração e coordenação comunitária.
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A Nova Smar disponibiliza ao mercado mundial a sua nova linha de sistema de controle distribuído, a Linha Nova, que implementa a tecnologia O-PAS, Open Process Automation Standard.
A Linha Nova é composta de vários modelos de controladores denominados DCNs, Distributed Control Nodes, que proveem acesso aos sinais de entrada e saída Fieldbus Foundation, Profibus, Modbus, HART, WirelessHART e convencionais. A ferramenta de configuração NovaCSB é o elemento principal do sistema, permitindo a criação de estratégias de controles utilizando a biblioteca de blocos funcionais da Tecnologia O-PAS.
Na contramão do desenvolvimento de tecnologias abertas e interoperável dos equipamentos de instrumentação e sistemas de TI, estão os sistemas de controle, sendo em sua grande maioria fechados e
proprietários. A manutenção e atualização destes sistemas são caras, além de serem desafiadoras quanto a inserir novas tecnologias, principalmente de terceiros. É devido a este cenário, e a partir de uma iniciativa de clientes finais, que surgiu o Open Process Automation™ Forum (OPAF). O Fórum é um grupo baseado em um consenso de usuários finais, fornecedores, integradores de sistemas, organizações de padrões e entidades acadêmicas, que aborda questões técnicas e comerciais para automação de processos.
A ABB apresentou a primeira versão de um robô industrial criado para automatizar a recarga de caminhões movidos à bateria em sites de mineração. O eMine™ Robot Automated Connection Device (ACD), ou Robot ACD, foi projetado para conectar de forma automatizada o carregador eMine™ FastCharge, da ABB, a conectores de baterias de caminhões de minério, evitando que pessoas façam o processo sob risco.
A fabricante japonesa de equipamentos pesados Komatsu é parceira no desenvolvimento do robô, junto com as mineradoras Boliden e BHP.
A versão apresentada é um protótipo que passa por testes nos laboratórios da ABB na Suécia. Até o final do ano, no entanto, uma versão aprimorada do equipamento deve iniciar testes de mundo real na mina de cobre Aitik, no norte da Suécia, operada pela Boliden.
Os desenvolvedores afirmam que o robô foi projetado para ter interoperabilidade com caminhões elétricos de todos os modelos, sendo ainda compatível com conectores, interfaces e carregadores hoje disponíveis no mercado. O projeto do equipamento também permitiria, segundo a ABB, adaptações para integrá-lo a caminhões e conectores ainda a serem lançados.
Ainda segundo a ABB, o Robot ACD foi projetado para operar em condições adversas de sites de mineração, como a exposição a temperaturas extremas, lama, poeira, riscos mecânicos e químicos.
O equipamento foi desenvolvido no contexto da iniciativa CharIN, da qual a ABB é membro fundador, criada para tirar do papel soluções e padronizações para descarbonização da mineração na rota tecnológica da eletrificação.
Hypertherm Associates, fabricante de sistemas e software de corte industrial com sede nos EUA, lançou o sistema de corte a plasma Hypertherm XPR460. Posicionado como a mais recente adição a família XPR com tecnologia X-Definition, este avançado sistema de plasma oferece desempenho e eficiência incomparáveis na área de corte de metal.
O XPR460 é um grande avanço para o setor, pois oferece Versatilidade de corte superior para aço carbono, aço inoxidável e alumínio; executa múltiplas aplicações com tecnologia SureCut para furos prontos para parafusos e chanfros de 45 graus; excelente solução para corte XY e aplicações robóticas; ganhos de produtividade com redução de custos; velocidade de corte em média 12% maior no corte de aço carbono de 50 mm; perfuração de até 64 mm; preparado para futura integração e conectividade da Industria 4.0; aumento de 12% na vida útil dos consumíveis em comparação ao HPR400XD.
Sua precisão e qualidade de corte é a mais alta disponível para metais mais espessos, proporcionando bordas mais limpas, nítidas e consistentes; e tem execelente consistência peça a peça ao longo da vida útil do consumível, garantindo qualidade do primeiro ao último corte.
Com recursos aprimorados de espessura e velocidade, a XPR460 estabelece um novo padrão de precisão e produtividade. O sistema oferece desempenho superior em qualidade de corte, capacidade de espessura e velocidades de corte. Esta tecnologia inovadora garante qualidade consistente da peça desde o corte inicial até o último, oferecendo versatilidade de corte superior para aço carbono, aço inoxidável e alumínio.
A tecnologia SureCut otimiza o desempenho do plasma da Hypertherm adicionando automaticamente recursos de corte avançados e proporcionando melhores resultados.
A otimização do sistema para produtividade e lucratividade se estende à sua
capacidade de manter uma qualidade de corte excepcional em chanfros de 45 graus e garantir uma estética consistente do furo por toda parte.
Com tecnologia de resposta de arco, a XPR460 foi projetada para otimização do sistema. A proteção contra erros de redução aumenta significativamente a vida útil dos consumíveis e a blindagem da tocha reduz o impacto de explosões catastróficas de eletrodos que podem danificar a tocha em altos níveis de corrente.
Projetado para um desempenho perfeito, a XPR460 conta com tecnologia para corte com argônio para perfuração estendida sem esforço e capacidade de início de borda em aço carbono e aço inoxidável espesso. Além disso, seus avançados mecanismos de controle de processo priorizam a proteção das placas e a eficiência dos consumíveis, minimizando assim o tempo de inatividade e maximizando a produção.
Com quatro opções de console de conexão de gás, a XPR460 oferece flexibilidade e controle incomparáveis sobre o processo de corte. Cada console é perfeitamente integrado à interface CNC, garantindo facilidade de uso e alta produtividade. Além disso, a inclusão dos consoles de conexão de gás CorePlus, VWI e OptiMix permite aplicações de marcação aprimoradas, melhorando ainda mais a versatilidade e a eficiência do sistema.
A Vivace traz a configuração cíclica automática sem download do mestre Profibus! A necessidade de automação na indústria e nos mais diversos segmentos está associada, entre diversos aspectos, às possibilidades de aumentar a velocidade de processamento das informações, uma vez que as operações estão cada vez mais complexas e variáveis, necessitando de um grande número de controles e mecanismos de regulação para permitir decisões mais ágeis e, portanto, aumentar os níveis de produtividade e eficiência do processo produtivo dentro das premissas da excelência operacional.
Durante a operação pode ser necessária a troca de equipamentos PROFIBUS PA por falhas, danos etc., e que, às vezes, esta troca pode ser por um equipamento similar, de outro fabricante, com outro arquivo GSD (arquivo que traz as informações sobre o fabricante, modelo, revisões de hardware/software, temporizações, módulos cíclicos etc) e aí, nem sempre se pode parar o mestre PROFIBUS para incluir este novo equipamento e fazer um download na CPU. Ou seja, é uma situação que pode complicar a operação.
O arquivo GSD é como se fosse um datasheet eletrônico do equipamento PROFIBUS e que traz detalhes de revisão de hardware e software, bus timing do equipamento e informações sobre a troca de dados cíclicos.
As informações de troca de dados cíclicos para cada módulo permitido do equipamento são demarcadas pelas palavras-chaves “Module” e “EndModule” e permite que mestre e escravos entendam a troca de dados cíclicos, as informações requisitadas ou enviadas pelo mestre classe 1, de alta prioridade, e que é parte fundamental no controle e tomada de decisão. Cada módulo possui um conjunto de Identifier Bytes ou Identifier Formats.
Através dos comandos abaixo, o mestre executa todo o processo de inicialização com os equipamentos PROFIBUS -PA:
Get_Cfg: carrega a configuração dos escravos no mestre e verifica a configuração da rede;
Set_Prm: escreve nos parâmetros dos escravos e executa os serviços de parametrização da rede;
Set_Cfg: configura os escravos de acordo com as entradas e saídas;
Get_Cfg: um outro comando, onde o mestre verifica a configuração dos escravos.
Todos estes serviços são baseados nas informações obtidas dos arquivos GSD dos equipamentos. Atente que para cada modelo de equipamento PROFIBUS existe um número identificador, chamado de GSD Identifier Number (por exemplo, 0x0FB5) e que é atribuído ao equipamento durante a fase de registro na organização internacional PROFIBUS.
Quando o equipamento PROFIBUS PA (ou DP) troca dados ciclicamente com o mestre PROFIBUS, ele utiliza este Identifier Number e neste caso, na configuração do mestre, deve-se usar o arquivo GSD do fabricante para o modelo do equipamento PROFIBUS PA em questão.
Em termos de perfis padrões, a norma PROFIBUS ainda permite que os fabricantes, de acordo com
a funcionalidade de seus equipamentos, que estes possam responder com Identifier Numbers padrões (veremos a seguir, alguns exemplos), e desta forma, caso na configuração cíclica for utilizado o chamado GSD Profile ID, o usuário pode facilmente, utilizar qualquer fabricante que atenda o padrão. Lembrando que com o arquivo GSD do fabricante é que se pode explorar as diversas funcionalidades do produto. Vejamos alguns exemplos de Identifier Numbers padrões:
- 0x9700: Transmissor com um Bloco de Entrada Analógica (AI)
- 0x9740: Transmissor com um Bloco de Entrada Analógica (AI) e um Bloco Totalizador (TOT)
- 0x9710: Equipamento com um Bloco de Saída Analógica (AO)
Suponha que exista um equipamento PROFIBUS PA de outro fabricante em sua rede PROFIBUS e que, de acordo com seu arquivo GSD, possua o seguinte Ident_ Number = 0xAABB. Caso o usuário deseje substituir este equipamento por um modelo Vivace sem a necessidade de download no mestre PROFIBUS, deverá simplesmente seguir o procedimento abaixo.
- Verificar se o arquivo GSD do equi-
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pamento PROFIBUS PA que está na configuração cíclica possui os mesmos módulos cíclicos ou em quantidades menores que o equipamento da Vivace em questão;
- Caso possua, energizar o equipamento Vivace e configurá-lo com o mesmo endereço do equipamento a ser substituído em sua rede Profibus.
Pronto! O equipamento Vivace se autoconfigurará e de imediato entrará em troca de dados cíclicos. Desta forma, o equipamento Vivace passará a responder ciclicamente como o equipamento do outro fabricante.
Lembrando que esta funcionalidade agiliza e facilita a troca de equipamento, mas recomendamos que, na primeira oportunidade, o usuário coloque o equipamento Vivace na configuração cíclica e faça o download da configuração. No equipamento Vivace não é necessário fazer nenhuma configuração, pois ele se autoconfigurará para responder com o Identifier Number de seu arquivo GSD.
E mais do que isso, mesmo com o uso de PROFILE ID, os equipamentos Vivace com a funcionalidade Agile funcionarão sem qualquer intervenção do usuário. A funcionalidade Agile dos equipamentos PROFIBUS PA é exclusividade Vivace.
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