Revista Controle & Instrumentação nº273

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Ano 23–nº 273–2022–www.controleinstrumentacao.com.br Instrumentação, Elétrica, Controle de Processos, Automação Industrial, Predial e Metrologia Cidades vivas, eminteligentesmovimento,

Controle&InstrumentaçãoNº273|2022 ISSNwww.controleinstrumentacao.com.br0101-0794 redacao@editoravalete.com.brREDAÇÃOfinanceiro@editoravalete.com.brFINANCEIROpublicidade@editoravalete.com.brDEPTO.comercial@editoravalete.com.brASSINATURASeditoravalete@editoravalete.com.brDIRETORIAWaldirDIRETORwww.editoravalete.com.brRESPONSÁVELRodriguesFreireCOMERCIAL/ANÚNCIOS Tel/Fax:CEP:SãoPq.RuaENDEREÇOSiria,90SãoJorgePaulo-SP03086-040(11)2292.1838 / 3798.1838 Controle InstrumentaçãoInstrumentação&C I &I Cidades em Movimento A Carta Brasileira para Cidades Inteligentes é uma iniciativa da Coordenação-Geral de Apoio à Gestão Regional e Urbana, do Ministério do Desenvolvimento Social, onde estão expressos o conceito de cidades inteligentes para o Brasil, e uma agenda para a transformação digital das cidades brasileiras, na perspectiva do desenvolvimento urbano sustentável. No Brasil, cidades inteligentes são aquelas comprometidas com o desenvolvimento urbano e a transformação digital sustentáveis, em todos os seus aspectos – econômico, ambiental e sociocultural – buscando melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas, garantindo o uso seguro e responsável de dados e das tecnologias. No Brasil, cerca de 30 cidades estão engajadas, em ações para se tornarem cidades inteligentes. No mundo, são centenas. E cada uma vai atuando onde pode, com a mais icônica cidade inteligente, Singapura, que já mantém um gêmeo digital oficial. Para fazer esse gêmeo, foi necessária uma quantidade enorme de dados – e dados são de fato o alicerce para todas as ações inteligentes. Porém, para utilizar dados e tecnologias também na construção de cidades inteligentes, são necessários padrões. E o IEC em parceria com a ISO desenvolveu esse padrão, a ISO/IEC 30145-3, Tecnologia da informação – Estrutura de referência de TIC de cidade inteligente – Parte 3: Estrutura de engenharia de cidade inteligente. Ele é apenas um de três padrões, que podem ser usados ao planejar e implementar uma cidade inteligente. A ISO/IEC 30145-3 descreve do ponto de vista da engenharia de infraestrutura em camadas de tecnologias de TIC, que são essenciais para a operação de uma cidade inteligente. Aqui no Brasil, as normas estão na ABNT. Uma das frentes para deixar uma cidade inteligente é eletrificar o transporte, e organizá-lo com tecnologias e dados. Mover pessoas e bens de A para B sempre foi um dos desafios mais significativos que as cidades enfrentam. E há uma busca constante por modelos mais sustentáveis e conectados para as redes de transporte urbano, para os carros de passeio, transporte de cargas. Além de todos os centros de comando automatizados do trânsito – que são realidade hoje –, a eletrificação já caminha – em diferentes velocidades – de maneira irreversível, dependendo muito, agora, das baterias e da infraestrutura de carregamento – conveniência crítica para sustentar o crescimento do conceito na prática. A inserção de veículos elétricos é uma possível solução para a mobilidade urbana, com impactos reduzidos ao meio ambiente, mas o uso de eletricidade pelo setor de transportes vai aumentar a demanda elétrica e a necessidade de aumento da geração, podendo ocasionar sobrecarga em transformadores e linhas de distribuição. Como se resolve isso? Com dados. Estruturação. E investimentos massivos. Um pouco dessa discussão está nessa edição, na forma de entrevistas, artigos e notícias. Boa leitura O editor NESTA EDIÇÃOfacebook.com/controleinstrumentacaowww.editoravalete.com.br 3020 Próxima Edição – 5G, conectividade no campo e segurança cibernética Sumário Talking About Cidades vivas, em movimento, Pensarinteligentessmart – cidades, indústrias ou mobilidade – com foco em pessoas 37 Cover Page Pixabay Seções Permanentes 06 News 11 Market 17 Energies 36 Impressions 40 Cast Colaboraram com informações e imagens: assessorias de imprensa

Steps 4 NºControle&Instrumentação 273|2022 13 a 16 – Intermach www.intermach.com.brJoinville-SP 21 a 23 – 8th International Conference on Sensors & Electronic Instrumentation Advances (SEIA’ 2022) – Corfu Holiday Palace, Corfu, Greece - https://www.seia-conference.com/ 26 a 29 - Rio Oil & Gas - https://www.riooilgas.com.br/ 2022 agosto 16 a 19 – Fenasucro & Agrocana www.fenasucro.com.brSertãozinho-SP setembro 13 a 15 – 33ª. Fenasan – Feira de Saneamento www.fenasan.com.br

PEO LE A diretora da Win, Camila Nascimento, assumiu uma cadeira no Conselho de Administração da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – para o mandato de 2022 a 2026. A executiva, que também é coordenadora estadual da ABSOLAR no Rio de Janeiro, assume agora o cargo de 3ª suplente no Conselho Fiscal, e o novo colegiado atuará com o propósito de ampliar ainda mais a participação da fonte fotovoltaica no território nacional.

Novos diretores na NVIDIA de TI. Nos últimos anos, foi responsável pelas estratégias de comunicação para diversas soluções da NVIDIA, que incluem Inteligência Artificial, Visualização Profissional, HPC e Máquinas Autônomas para América Latina.

Marcel Saraiva possui mais de 20 anos de experiência em negócios de TI. Nos últimos dois anos, Marcel liderou os negócios de canais da NVIDIA Enterprise, desenvolvendo e trabalhando em estreita colaboração com o ecossistema de parceiros, gerando também aumento no número de negócios no país. Nos últimos anos, como Gerente de Contas Sênior para as verticais de Saúde e Finanças, ele teve como objetivo levar para estes mercados as diversas soluções NVIDIA Enterprise, como: Inteligência Artificial, Visualização Profissional e Máquinas Autônomas. TP-Link anuncia novo Country Manager para o Brasil A TP-Link, empresa global em vendas de produtos para conectividade há 11 anos, anuncia a chegada do novo Country Manager da companhia no Brasil, Jacob Xiong. O executivo, que no mês de maio assumiu a vice-presidência da TP-Link na América Latina, toma a frente das operações, em terras brasileiras, em um momento-chave de expansão dos segmentos de atuação da marca, com o lançamento de novos produtos, voltados para o mercado de vigilância doméstica e empresarial, com destaque para as linhas de câmeras de monitoramento Tapo e VIGI. Colaborador da TP-Link desde 2010, Xiong assumiu diferentes cargos de liderança, ao longo dos anos. Embora tenha iniciado sua trajetória como integrante da equipe de vendas da unidade internacional de negócios da marca, logo se destacou como gestor, exercendo a direção de diferentes filiais da TP-Link na Europa, em países como Dinamarca, Finlândia, Noruega, Bélgica, Espanha e Portugal. Agora, Xiong chega à sede brasileira da companhia, com o objetivo de solidificar a imagem da TP-Link, como marca número um no mercado de conectividade, e explorar novas áreas com potencial de crescimento para a fabricante chinesa, como soluções para casas inteligentes e conectadas.

Camila Nascimento também acaba de ser eleita como como a “Profissional de Vendas mais Admirada no Brasil”, um prêmio concedido através de uma pesquisa de opinião que ouve profissionais dos mais variados setores do varejo e distribuição, em geral.

A NVIDIA, que redefiniu a computação gráfica e iniciou a era da IA, nomeou Marcelo Pontieri (à esquerda na foto), como o novo Diretor de Marketing para a América Latina, e Marcel Saraiva, como Gerente de Vendas Enterprise no Brasil. Com foco na região do Brasil e América Latina, tanto nas estratégias de comunicação quanto no time de vendas, a divisão Enterprise da NVIDIA anuncia a promoção dos dois Jáexecutivos.há10anos na NVIDIA, Marcelo Pontieri tem mais de 20 anos de conhecimento em desenvolvimento nas diversas áreas de Marketing, Marketing para Canais, Imprensa e Marketing Digital, e trabalhou para empresas multinacionais

Novidade na Juntos Energia Após quatro anos na 99, onde atuava como Diretor Global de Creative Marketing, Cleber Paradela deixa a holding chinesa, e parte para o mercado de energia compartilhada. A empresa escolhida foi a Juntos Energia, clean energy tech focada na portabilidade de energia residencial e comercial. A Juntos é a primeira empresa a conseguir conectar usinas às redes das concessionárias. Por conta das resoluções normativas (ANEEL 482/2012 e 687/2015) e novas leis (14300/2022), o mercado de energia abriu a oportunidade para que empresas de tecnologia possam conectar fazendas solares e eólicas, diretamente a residências ou empresas, utilizando a própria rede de distribuição das concessionárias Alémexistentes.dereduzir os impactos no meio ambiente e nas mudanças climáticas, a tecnologia da Juntos Energia promove uma redução de até 20% na conta de luz, todos os meses, sem necessidade de instalações de placas fotovoltaicas ou taxas de adesão. A empresa também promove uma cadeia produtiva de ganhos, gerando renda para pequenos produtores de energia, em zona rural e áreas urbanas. Além de atuar na prestação de serviços B2B e B2C, a empresa também está abrindo ao mercado de serviços B2B2C, para que empresas possam criar, de forma white label, seus próprios serviços de energia, para ofertar para suas bases de clientes ou trade. O primeiro projeto foi lançado em julho, para ofertar os serviços aos clientes de Minas Gerais do Next, banco digital. A Juntos Energia opera em Minas Gerais e uma das missões do novo executivo é expandir a atuação nacional.

As empresas inscrevem os seus CEOs para integrarem a iniciativa, e as candidaturas são avaliadas a partir de critérios de engajamento e representatividade, porte da organização e comprometimento do CEO em relação às atividades e aos compromissos públicos do Pacto Global. A Liderança com ImPacto utiliza o seu poder de decisão e influência para endereçar questões importantes, no âmbito da sustentabilidade.

Steps 5Controle&InstrumentaçãoNº273|2022 Pablo Fava é o novo porta-voz do ODS 9Indústria, Inovação e Infraestruturas Pablo Fava, CEO da Siemens, foi escolhido para ser uma Liderança com ImPacto, como porta-voz do ODS 9 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) – Indústria, Inovação e Infraestruturas, programa que faz parte da Rede Brasileira do Pacto Global. Criada em 2000, por Kofi Annan (1938-2018), o Pacto Global das Nações Unidas convoca as empresas a alinharem suas estratégias e operações aos Dez Princípios Universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção. É a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil participantes, entre empresas e organizações, distribuídos em 70 redes locais, que abrangem 160 países. “Como uma empresa de tecnologia, a Siemens contribui para a eficiência, confiabilidade e resiliência das indústrias e da infraestrutura. Nossos negócios são orientados para impulsionar a descarbonização, a economia circular e a transformação digital, promovendo a qualificação das pessoas, e o desenvolvimento do mercado. Temos um sólido compromisso com a ética e a com a integridade em toda cadeia de valor, por meio de diretrizes do nosso Código de Conduta. Por acreditarmos na inclusão e na riqueza da cultura da diversidade, nós implementamos o Programa DiverSifica e, devido ao potencial de economia verde do país, nós no Brasil temos o compromisso de sermos Net Zero, até 2025, antecipando o compromisso global, que é até 2030”, diz Pablo Fava, CEO da Siemens.

Divulga causas, e mobiliza o setor empresarial, por meio de suas redes sociais e em oportunidades públicas, como quando participa de eventos, concede entrevistas, ou se direciona aos seus colaboradores, clientes e fornecedores.

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Conforme os sócios, André Regazzo e Alan Araya, o projeto deve ser iniciado no próximo mês, e terá duração de aproximadamente três anos. A meta, garantem, é melhorar a eficiência da gestão industrial, estar de acordo com os padrões e as melhores práticas da indústria e, em consequência, atender aos objetivos estratégicos e de negócios da empresa. Uma das grandes ambições da proposta é enxergar além. Embora comece a ser trabalhada agora, as métricas focam 2030. Por isso, deve ser recrutado, em breve, um time de profissionais de grande capacidade e conhecimento. “É urgente que as indústrias operem com sistemas mais modernos, apostando, se possível, em plataformas e integrações com sistema de manufatura inteligente, capaz de orquestrar todo o site, do planejamento à operação.

Ali, vamos usar todos os recursos disponíveis no universo da Indústria 4.0 e, também, tendências de outros segmentos para a construção de uma verdadeira Suíte Inteligente de sistemas produtivos”, garante Alan. Alan, que também é membro sênior da ISA – International Society of Automation – entidade que define os padrões para melhorar a gestão, a segurança, a automação e os sistemas de controle, utilizados na indústria e infraestrutura crítica –, explica que a reconstrução da Suíte preenche outra lacuna. “As instruções normativas da indústria, como a ISA ou a MESA, definem alguns padrões para sistemas. O novo projeto se caracteriza na camada 3 da ISA, e tem todas as suas competências, como a gestão da operação, integração com sensoriamento industrial, planejamento, qualidade, controle de materiais auxiliares para produção, e interfaces com sistemas ERP. É nesse conglomerado que a Regazzo vai trabalhar”. Para a cliente da Regazzo, o megaprojeto será agregador, integrando, não somente a produção de papel, mas unindo todo o ecossistema. “Vamos trabalhar para oferecer uma plataforma composta por um conjunto de módulos e integrações com sistema de manufatura inteligente, responsável pela orquestração do planejamento, da execução e da gestão da operação na produção industrial”, finaliza André.

“Essa modernização da indústria envolve o que há de mais avançado, neste momento, em recursos tecnológicos, tanto a nível de hardware quanto de software. Falamos aqui de IoT, machine learning, data lake”, aponta Alan Araya, sócio da empresa paranaense Regazzo Soluções em Tecnologia, fábrica de softwares, que atende empresas dos setores industriais, financeiro, educacional, logística, dentre outros. Contudo, segundo o especialista, é preciso ter em mente que, o que é top de linha agora, será usual daqui dez anos, ou menos. Então, se uma empresa tem uma malha de sistemas MES e SCAD com uma média de 10 a 15 anos, por exemplo, está aquém dos padrões tecnológicos atuais, mesmo que neste período ela tenha sido atualizada. “Essa lacuna impossibilita a evolução e distancia a empresa da manufatura inteligente”, diz Araya. Alan Araya e André Regazzo, sócios da Regazzo Para ele, a indústria moderna precisa se preocupar em atualizar seu parque de software – como faz com seus equipamentos e maquinário – com novos recursos, que permitem uma integração entre setores produtivos e tomada de decisão estratégica, pois, o novo padrão de sistemas nasce com os conceitos da Indústria 4.0, elevando muito a maturidade da indústria em geral. Um exemplo de atualização e transformação de software no setor de gestão da produção é o novo projeto que a Regazzo tem à frente: a construção – do zero – de uma Suíte Inteligente de Produção, para uma das maiores empresas do mundo, no setor de papéis e celulose.

Megaprojeto de inovação vai levar indústria ao ano de 2030

Apostar em tecnologia leva a aumentos expressivos na produtividade. A grande onda da Indústria 4.0, marcada pelo uso de inovações, como a robótica, a inteligência artificial (IA) e a nanotecnologia, garante às empresas evolução e competitividade de mercado.

A CNI – Confederação Nacional da Indústria – mostra que as empresas brasileiras vêm buscando cada vez mais a profissionalização tecnológica. Em 2016, menos da metade, dos mil empresários sondados, fazia uso de alguma das tecnologias digitais sugeridas pelo documento; em 2021, o número saltou para 69%.

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É iniciativa que, sem dúvida, colocará o país em posição de vanguarda entre as nações mais industrializadas do primeiro mundo, seguindo os objetivos prioritários do governo brasileiro, de aprimoramento e de eficiência do serviço público federal. @Novo Suape é estratégico para o setor automotivo

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O porto está localizado no litoral sul do Estado, entre dois municípios, Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca. Projeto de Lei propõe modernização do sistema brasileiro de patentes

O porto está localizado no litoral sul do Estado, entre dois municípios, Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca. Distante apenas 40 quilômetros do Recife, Suape é interligado a mais de 160 portos, em todos os continentes, e se apresenta como o porto público mais estratégico do Nordeste. Dessa forma, mostra-se como um hub port natural, ou seja, porto concentrador e distribuidor de cargas, não só para o Nordeste, mas também para o Norte do país.

A retomada das operações em Suape reforça o compromisso da Volkswagen do Brasil, com as entidades governamentais e cumprimento de acordos com o governo do Estado de Pernambuco, que administra Suape.

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“O porto de Suape é estratégico e muito vantajoso para a marca e clientes, uma vez que poderemos distribuir nossos veículos com mais agilidade para a região Nordeste. Ele está localizado em um raio de 800 km dos principais centros consumidores do Nordeste, o que possibilita reduções de custos logísticos e emissões de CO2, bem como um atendimento mais rápido para rede de concessionárias”, destaca Ciro Possobom, COO da Volkswagen do Brasil. Para a secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, a implementação do hub de veículos reforça o perfil do Estado para a movimentação de cargas e a presença de grandes empreendimentos A posição estratégica na região Nordeste só faz consolidar ainda mais o Porto de Suape na condição de hub. E para o caso específico dos veículos será muito vantajoso para empresas que possuem matriz no exterior e no Brasil, podendo utilizar essa logística de distribuição para todas as regiões e para fora do país, com um tempo muito mais reduzido A movimentação de veículos em Suape foi um dos grandes destaques do porto, em 2021. O número de automóveis importados e exportados foi 20% maior, em relação a 2020. Esse percentual totalizou 47.841 unidades, em 2021, contra 39.922, no ano anterior. “Suape é a porta de entrada e saída para veículos de vários grupos e empresas importantes que, daqui, partem para outros países e outros estados do Brasil. A chegada da VW só fortalece a nossa posição como principal hub para operações de veículos do Norte e Nordeste do Brasil”, explica Luiz Barros, diretor de Desenvolvimento de Negócios de Suape.

A primeira operação de importação de veículos VW, por meio do Complexo Industrial e Portuário Governador Eraldo Gueiros – Porto de Suape –, foi em julho de 2012.

O deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), presidente da Frente Parlamentar Mista pelo Brasil Competitivo da Câmara dos Deputados, apresentou (14/07) o Projeto de Lei 2056 (PL 2056), que altera a Lei 5.648/70, que criou o INPI, bem como a Lei 9.279/96, que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.

O PL apresentado tem quatro objetivos: melhorar a gestão e governança do INPI; implementar as determinações da decisão do STF na ADI 5529/2021, sobre prazos de patentes; modernizar a tramitação de pedidos de patente perante o INPI, e tornar mais efetivo o sistema de proteção penal para os inventores e seus inventos.OPL 2056 é de suma importância para os setores elétrico, eletrônico e de telecomunicações brasileiros, pois, moderniza o sistema brasileiro de patentes, conferindo maior segurança jurídica para os investimentos em tecnologia e inovação no Brasil.

Nestlé Purina anuncia investimento e nova ampliação A Nestlé Purina apresentou sua nova área para produção de alimentos secos para cães e gatos na fábrica de Ribeirão Preto. A novidade é resultado do aporte de R$ 120 milhões, realizado em 2021. Além disso, a companhia anunciou um novo plano de expansão para a unidade, com a aquisição do terreno anexo à planta fabril. O terreno possui 30 mil m², e sua aquisição é essencial para a companhia suportar a demanda crescente do mercado, interno e externo, por alimentos para pets. A companhia estima investir cerca de R$ 200 milhões para a continuidade desse plano de expansão. A nova linha de produção da unidade possibilitará o crescimento de 35% do volume fabricado, ou 50.000ton/ano adicionais. Esse volume adicional será destinado ao consumo interno e à exportação. A nova expansão deve gerar novos postos de trabalho, considerando uma jornada contínua de equidade de gênero. A ampliação é resultado de agendas, firmadas entre o setor privado e o Poder Público, com objetivos em comum para o desenvolvimento socioeconômico e a sustentabilidade das comunidades do entorno da unidade da região. Os planos de expansão de Purina no mercado Brasileiro têm apresentado crescimento consistente, de duplo dígito, nos últimos quatro anos. Atualmente, a unidade fabril de Ribeirão Preto possui 640 colaboradores, e o centro de distribuição no município conta com outros 157 colaboradores em atividade. “Com investimentos contínuos, em inovação no portfólio e expansão da capacidade fabril, a perspectiva de Purina é manter essa tendência pelos próximos anos, acelerando seu crescimento estratégico, que tem sido fundamental para os resultados positivos em nosso mercado” complementa Marcel de Barros, CEO de Nestlé Purina Brasil. A planta de Ribeirão Preto está entre as mais avançadas globalmente, em termos de tecnologia, e é certificada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sendo habilitada para exportar para os Estados Unidos, países da Europa, além de toda a América do Sul. Atualmente, exportando para 12 países, a unidade é considerada um polo importante para exportação. O projeto de expansão em Ribeirão Preto faz parte do plano de aceleração do crescimento de Purina, em um mercado estratégico para o Grupo Nestlé, e complementa outros investimentos sendo realizados pela marca, como a construção do novo parque industrial na região Sul do País, em Vargeão. Para a primeira fase da unidade, o aporte foi de R$1 bilhão, e a projeção de investimentos para o complexo chega a R$ 2,5 bilhões.

Trata-se de um programa de estágio, que tem duração de um ano, e com possibilidade de renovação, com 30 horas semanais, que traz ganhos, tanto para os alunos bolsistas, quanto para as instituições de ensino e meio corporativo, porque aproxima o mundo acadêmico do mundo empresarial, incentivando o desenvolvimento de novas soluções e inovações, contribuindo para o futuro do país.

C&INewsControle&Instrumentação Nº273|2022 FEI e Toledo do Brasil: Laboratório de Inovação

Resultado da parceria entre a Toledo do Brasil e o Centro Universitário FEI, foi inaugurado o Laboratório HUB ICT – de Inovação, Ciência e Tecnologia, que conta com o apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia do Governo Federal, para Incentivo Fiscal para Pesquisa e Desenvolvimento.

Segundo Dra. Michele Rodrigues Hempel Lima, Professora do Departamento de Engenharia Elétrica da FEI, e coordenadora do Laboratório HUB ICT – Toledo, “através do projeto, os alunos conseguem trabalhar com temas reais da Toledo do Brasil dentro da FEI, sem deixar a graduação de lado. Além disso, possibilita pesquisas e desenvolvimento de projetos tecnológicos novos, unindo trabalho e estudo. A ideia é que, através dessa parceria, consigamos trazer novas soluções, mostrando para os alunos o ambiente corporativo”. “Vamos colher bons frutos, com alunos mais capacitados, professores motivados com projetos aplicados na indústria, inovações e soluções, que possamos vender ou aplicar nos processos de fabricação, assim como potenciais novos colaboradores para a nossa empresa”, conclui o presidente da Toledo do Brasil, Paulo Haegler.

Localizado no Centro Universitário FEI, em São Bernardo do Campo/SP, no HUB ICT – Toledo do Brasil, serão desenvolvidas soluções focadas em tecnologia de pesagens e balanças rodoviárias, ferroviárias, e também dos setores de agro e varejo, com melhorias propostas em sistemas estruturais, controles e desenvolvimento de software.

O programa conta atualmente com 14 alunos e bolsistas da FEI, integrantes dos cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Automação e Controle, e Ciência da Computação, que fazem parte do projeto HUB ICT – Toledo do Brasil.

“É uma grande honra ser a primeira fábrica farmacêutica do Hemisfério Ocidental a receber a certificação EDGE. Toda a nossa organização está empenhada em atingir os objetivos da Estratégia de Sustentabilidade 2025, e uma das nossas principais prioridades é a inovação em produtos sustentáveis que tenham o mínimo impacto ambiental”, afirma Jorge Brake, CEO da Genomma Lab.

O sistema de certificação, reconhecido internacionalmente, torna rápido e fácil verificar a eficiência de recursos de um projeto. Como parte da Estratégia de Sustentabilidade 2025 da companhia, o complexo industrial, localizado em uma área estratégica do Estado do México, adotou infraestrutura e tecnologia sustentáveis, desde seu projeto e construção, o que permite processos industriais mais limpos, seguros e racionais para o meio ambiente.

Garagem interna Estação de carregamento rápido Estacionamento de ônibus e frota

O Complexo Industrial é composto por uma fábrica de produtos de higiene pessoal, uma fábrica de produtos farmacêuticos, e um centro de distribuição que atendem aos padrões determinados pela referida certificação.

Na Planta Farmacêutica para produtos OTC (over-the-counter), a economia é de 45% em energia, 37% em água e consumo de 42% menos energia incorporada em materiais vs. mercado que, como resultado, economizará 33,13 toneladas de CO2, por ano. Já o projeto do Centro de Distribuição contribuiu para uma economia de 26% de energia, 54% de água, e consumo de 38% menos energia incorporada em materiais vs. mercado, evitando assim 227,29 toneladas de CO2, por ano.

O Complexo Industrial da Genomma Lab recebeu a certificação EDGE (Excellence in Design for Greater Efficiencies), solução de construção verde criada pela International Finance Corporation (IFC), braço privado do Grupo Banco Mundial. Com isso, se tornou a primeira empresa farmacêutica do Hemisfério Ocidental a atender aos padrões exigidos por esta certificação.

O projeto da Planta de Cuidados Pessoais permite à empresa economizar 31% em energia, 52% em água, e o consumo de 41% menos energia incorporada em materiais vs. mercado; como resultado, 86,64 toneladas de CO2 serão economizadas, por ano.

Junto com essa certificação, a Genomma Lab incorporou às suas metas de sustentabilidade o tratamento de 100% dos efluentes do complexo industrial, implementando tecnologias que facilitarão seu reaproveitamento. O aplicativo EDGE ajudou a identificar as formas mais econômicas de reduzir a intensidade de recursos de um edifício.

Genomma Lab é o primeiro do Hemisfério Ocidental a receber a Certificação EDGE

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O Complexo Industrial tem mais de 67 mil m2 de construção, o que equivale a 14 campos de futebol. A certificação EDGE foi criada pelo IFC, com o objetivo de oferecer uma solução para projetar construções sustentáveis e, dessa forma, apoiar e promover o uso eficiente dos recursos naturais em países emergentes.

Com o intuito de atender esse mercado e se consolidar, ainda mais, como uma empresa de energias renováveis, a Kinsol, rede de franquias de energias renováveis, começa a disponibilizar estações de recarga de mobilidade elétrica.

O Projeto foi arrematado no lote 07 do leilão de transmissão, realizado em fevereiro de 2019, após estudo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que demonstrou, no ciclo do Plano Decenal 2025, esgotamento do sistema elétrico de atendimento nessas regiões, devido à baixa disponibilidade hídrica de reservatórios, o que resulta em queda de despacho das usinas hidráulicas. Aliado a isso, neste sistema, está conectada grande parte da geração térmica à biomassa da região, e foi verificado que, quando as usinas consomem essa energia, há o esgotamento do sistema, o qual também já não dispõe de margem para o escoamento de novas fontes de energia. Finalizadas as etapas das licenças ambiental e de instalação, as obras iniciadas vão resultar na entrega de três novas subestações, duas linhas de transmissão, com 173 quilômetros de extensão e 300 torres, além de ampliar a subestação Nova Ponte, que pertence a outra companhia. O investimento previsto pela Aneel é de quase R$ 554 milhões, e a Receita Anual Permitida (RAP) é de aproximadamente R$ 34 milhões. O prazo estimado pelo regulador para a finalização da obra, que vai contar com a contratação de 1.107 profissionais, é março de 2025, com possibilidade de antecipação. Já a Interligação Elétrica Biguaçu, em Santa Catarina (na foto), arrematada no lote 01 do leilão de transmissão, realizado em junho de 2018, em construção pela ISA CTEEP, recebeu Licença Ambiental de Operação, emitida pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), com validade de quatro anos. Ao todo, foram construídos 57 km de linhas de transmissão, incluindo trechos aéreos, submarinos e subterrâneos, algo inédito no País, além da construção de uma nova subestação, e da ampliação de outra já existente. Com isso, Florianópolis passa a ter três sistemas de transmissão, interligados diretamente à rede básica, que são ativos mais confiáveis.

O projeto também vai aumentar a oferta e melhorar a confiabilidade do fornecimento de energia para toda a região da Grande Florianópolis, além de dar maior estabilidade de tensão e segurança operacional. Com isso, potencializa o desenvolvimento econômico, social e tecnológico local, pois, amplia a capacidade para suportar o aumento de cargas decorrente da expansão das atividades econômicas.

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O empreendimento, em fase de conclusão, tem o investimento previsto pela Aneel de R$ 641 milhões, e a Receita Anual Permitida (RAP) é de R$ 49,7 milhões, no período 2022-2023.

“Nosso intuito é oferecer uma gama cada vez maior de produtos e serviços para nossos franqueados ofertarem a seus clientes finais. O mercado de mobilidade elétrica não para de crescer no Brasil, e enxergamos uma excelente oportunidade para atuar, também nesse segmento”, afirma, CEO da Kinsol. Com mais de 150 franqueados espalhados pelo Brasil, a rede espera que, ao menos, 90 se interessem em começar a comercializar as estações de recarga como mais uma opção de produto. Os preços das estações vão variar de acordo com a potência e modelo, podendo custar de R$ 12 mil a R$ 30 mil. A rede espera vender, até dezembro de 2022, mais de 250 estações, e faturar R$ 5 milhões.

A ISA CTEEP avança com as obras do Projeto Triângulo Mineiro, empreendimento que atravessa os municípios de Araxá, Monte Alegre de Minas, Nova Ponte, Perdizes, Santa Juliana, Uberaba e Uberlândia, integrando o escoamento de fontes renováveis ao Sistema Interligado Nacional (SIN), e ampliando o atendimento elétrico das regiões do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, ambas em Minas Gerais.

“Com o crescimento do mercado de mobilidade, e também, pelo crescente interesse das pessoas em consumir e ter produtos de energia limpa e renovável, nosso intuito é aumentar nosso leque de opções, e levar aos nossos franqueados o melhor que o mercado tem a oferecer”, finaliza Maurício.

ISA CTEEP avança com as obras do Projeto Triângulo Mineiro

No Brasil, o mercado de carros eletrificados está em crescimento. Atualmente, há mais de 66 mil VEs, segundo dados do Renavam/ABVE. A gama inclui veículos híbridos não plug-in (HEV), híbridos plug-in (PHEV), e elétricos 100% a bateria (BEV) – sendo que, ao todo, incluindo carros a combustão, a frota no país é de cerca de 50 milhões.

Estações de recarga de mobilidade elétrica

Nova Geração de Ônibus reforça sustentabilidade, rentabilidade e segurança na mobilidade

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Um dos principais achados do estudo é a necessidade de adotar um mix de tecnologias, algumas já disponíveis comercialmente e/ou em desenvolvimento, para caminhar rumo a um transporte carbono neutro no futuro. “Como temos dito, o futuro do transporte será eclético. Teremos eletrificação aqui no Brasil quando fizer sentido, econômico e financeiramente, e for viável do ponto de vista de matriz energética e infraestrutura. Mas, até lá, já temos soluções com o uso do biometano, por exemplo. E agora, com essa nova linha de ônibus, aprimoramos as tecnologias existentes para atender as demandas de nossos clientes, mas de maneira que consumam menos combustível e, consequentemente, emitam menos CO2”, conclui Aline Rovath.

Esta é uma série que reforça nossa jornada de sustentabilidade, e coloca a economia operacional total da operação dos clientes em um outro patamar”, explica Aline. Com base nos pilares de eficiência energética; combustíveis renováveis; e transportes inteligentes e seguros, os ônibus vêm com a proposta alinhada ao compromisso de contribuir para a mobilidade sustentável. “Isso significa oferecer soluções que impactam menos o meio ambiente, façam sentido, e sejam viáveis para nossos clientes, seus usuários e seus mercados, e com isso garantam rentabilidade aos seus negócios”, destaca Aline.

2050: caminhos para a descarbonização do modal Rodoviário no Brasil”, no qual indica possíveis cenários para o país avançar na descarbonização do setor.

clientes. Aliando a correta especificação do produto, conectividade, treinamento dos motoristas e manutenção adequada. Ou seja, a Nova Geração de ônibus vai oferecer um custo total de operação imbatível”, explica Celso Mendonça, gerente de Vendas de Soluções de Mobilidade da Scania no Brasil.

Os motores dessa nova geração de ônibus atendem a norma PROCONVE P-8 de emissões, estaremos cumprindo as novas normas de regulação CONAMA P8, porém, além disso, esses motores apresentam melhor desempenho, trarão outro importante benefício, que é a redução do custo operacional, com um consumo de combustível otimizado, menor. Então, o cliente contará com um chassi mais econômico e melhor, em vários aspectos, se comparado à série atual. Menos combustível acarreta menos emissão de CO2 e outros gases poluentes, então é mais sustentável para ele e para o meio ambiente”, destaca André Oliveira, gerente de Ônibus para América Latina em Sales & Marketing. Este ano, a Scania Latin America, em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas e a Bain & Company, lançou o estudo “Transporte Comercial Net Zero

A Scania apresentou ao mercado latino-americano uma Nova Geração de Ônibus, com motores que atendem a norma PROCONVE P-8 de emissões. “Em 2018, a Scania introduziu uma nova geração de caminhões e, com ela, uma nova forma de vender, na qual a empresa entende melhor o cliente, estimula parcerias, e oferece a solução completa, agora trazemos o mesmo conceito para o mercado de ônibus”, diz a responsável pela implantação do projeto na Scania Latin America, Aline Rovath. “

“Nosso lançamento vai atender as normas de redução de emissões, aumentar a segurança e o conforto, e ainda necessidadesverviços,produtoscompletascomlinhaurbano.viáriosegmentorador,bolsomaisvel,maiseconomizarcombustí-colocandodinheironodoope-tantodorodo-quantodoAnovachegarásoluçõesdeeser-pararesol-asdiferentesdos

O novo chassi Scania série K chega aos mercados brasileiro e latino-americano para atender essa necessidade. Junto com as soluções em serviços, a fabricante sueca traz para o transporte rodoviário e urbano de passageiros mais sustentabilidade, rentabilidade e segurança, para motoristas e usuários. Disponível para motores a diesel e biodiesel e, principalmente, a gás natural e biometano, o novo chassi oferece redução de consumo de combustível – de até 8%, para aplicação rodoviária, e de até 10%, para aplicação urbana.“

À medida que os veículos se tornam cada vez mais eletrificados, automatizados e controlados por software, a ZF está à frente no desenvolvimento e industrialização de sistemas de chassis avançados, com a oferta mais abrangente do setor de tecnologias by-wire, que não exigem mais uma conexão mecânica ou fluídos de sistema. Um exemplo primário é a solução Steer-by-Wire da ZF. A empresa revelou que recebeu contratos de volume significativo de várias grandes montadoras, que serão lançados em várias regiões, a partir de 2023. “Os sistemas inteligentes by-wire da ZF encerram a era das conexões mecânicas, e possibilitam uma nova etapa na história do controle de veículos”, disse Wolf-Henning Scheider, CEO da ZF. “A tecnologia Steerby-Wire, da ZF, permite novos recursos de segurança e conforto, como manobras evasivas autônomas de emergência, ou estacionamento em espaços muito confinados. Ele marca um avanço no caminho para carros e caminhões totalmente autônomos, adicionando novo design e liberdade de engenharia”. Por exemplo, os sistemas Steer-byWire da ZF permitem o controle de veículos totalmente autônomos, para o transporte de pessoas e robô táxis. Para carros de passeio, ele também oferece recursos exclusivos, como volantes retráteis para modos de direção totalmente automatizados, controle de direção totalmente adaptável, reduzindo o ângulo do volante para manobras de estacionamento ou de baixa velocidade, e maior segurança contra colisões, através da remoção da coluna de direção. By-wire representa o ajuste perfeito para futuros veículos elétricos e automatizados.

“ A ZF está moldando o futuro limpo e autônomo da mobilidade, lançando sistemas avançados de suspensão, direção e freio por cabos, que se tornarão mais comuns, devido às muitas vantagens que oferecem. E o software da ZF e as plataformas de computação de alto desempenho, como cubiX e o controlador Vehicle Motion Domain (VMD Controller), completam o quadro e, juntos, criam um novo nível de desempenho do sistema. Esta é uma demonstração perfeita do quanto a ZF se transformou em uma empresa de tecnologia, ao entender a digitalização e a descarbonização como oportunidades para seu desenvolvimento ”, concluiu Scheider.Ossistemas by-wire oferecem maiores graus de controle do veículo, oferecendo distâncias de parada mais curtas, maiores graus de liberdade nas manobras, melhor estabilidade em altas velocidades, e maior alcance e eficiência. Com tecnologias bywire, a quantidade de assistência de direção ou torque de frenagem pode ser ajustada para imitar a sensação típica que os motoristas esperam, mas também pode ser ajustada instantaneamente, para aumentar a força de frenagem para reduzir as distâncias de parada, ou desviar de um obstáculo com mais habilidade do que os próprios motoristas conseguiriam fazer.

E o sistema de frenagem por cabos IBC da ZF permite frenagem regenerativa e recuperação de energia, que ajuda a recarregar as baterias de veículos elétricos – destacando como o chassi e os eDrives podem trabalhar juntos, para aprimorar o controle de movimento, ampliar o alcance e oferecer um sistema mais compacto.

ZF impulsiona o futuro da mobilidade By-Wire

A ZF obteve contratos adicionais com clientes em várias regiões para seus sistemas Steer-by-Wire para produção em série, estabelecendo-se como líder neste campo de tecnologia. Da mesma forma, no lado da frenagem da equação, a ZF é líder global na produção de seu sistema de controle integrado de frenagem, que também é controlado, principalmente, usando tecnologia by-wire. Graças ao seu portfólio completo, a ZF está muito bem-posicionada para conquistar uma participação de mercado ainda maior, no crescente campo de sistemas de chassis by-wire, e espera uma participação significativa do mercado de Steer-by-Wire, até 2030.

MarketControle&Instrumentação Nº273|2022

Controle&InstrumentaçãoNº273|2022

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Estapar fecha parceria para carregamento elétrico

TERRACLAMP O novo monitor de aterramento TERRALIGHT, da Eltex, funciona a pilha. Isso o torna portátil, prático e econômico. Outra vantagem do monitor de aterramento TERRALIGHT é sua certificação e aprovação para uso em áreas classificadas EX Zona 0 e Zona 20. A nova garra de aterramento TERRACLAMP, da Eltex, tem indicação luminosa. O Led verde só acende quando a condição segura de aterramento é, de fato, atingida. Além disso, ela é ainda mais ergonômica e tem alta pressão de força. Seus mordentes extremamente afiados ultrapassam com facilidade espessas camadas de sujeira ou tinta. Conheça mais sobre esses dois produtos Eltex. Juntos, eles garantem o aterramento eletrostático eficiente nas operações com substâncias inflamáveis.

A Estapar firmou parceria com a Mobilize, unidade de negócios do Renault Group, com o propósito de oferecer soluções de mobilidade, energia, dados e veículos para a mobilidade, para oferecer carregamento elétrico gratuito aos proprietários de veículos 100% elétricos Renault, por meio da Ecovagas – primeira rede de carregamentos de veículos elétricos semipública, integrada e conectada do Brasil, criada em 2020 em uma parceria entre a Estapar e a EnelX. Os pontos de recarga da Ecovagas estão disponíveis para uso de todos os veículos eletrificados com plug padrão tipo 2, amplamente utilizado no mercado brasileiro – algumas montadoras oferecem adaptadores para outros conectores. Mas, a gratuidade nos pontos de recarga é somente para os clientes das empresas parceiras da Estapar, como a Mobilize. Para usufruir deste benefício, e garantir acesso às estações de recarga, os motoristas de veículos 100% elétricos da Renault devem cadastrar-se no aplicativo Vaga Inteligente. “Queremos criar um ecossistema escalável, e que apoie e fortaleça a infraestrutura do mercado automotivo para mobilidade elétrica, oferecendo aos nossos clientes e parceiros conveniência com o que há de mais moderno e inovador dentro do setor”, afirma André Iasi, CEO da Estapar, controladora da Ecovagas. “No Brasil, temos diversas iniciativas de mobilidade e energia, alinhadas com a estratégia mundial Mobilize. Nosso objetivo é oferecer soluções para as diversas necessidades dos clientes”, explica Ricardo Mendes, Head Mobilize no Brasil.Além disso, a Ecovagas conta com mais de 200 pontos de recarga, instalados em 29 cidades e em 13 estados brasileiros e, por conta do recente acordo da Estapar com a Zletric, empresa especializada em energia para recarga de veículos elétricos e híbridos, o mercado brasileiro de eletromobilidade e a infraestrutura de recarga de veículos eletrificados será ampliado. Assim, o número saltará para cerca de 500 pontos e a expectativa é de que, até o fim de 2022, estejam disponíveis até mil pontos para todos os públicos, sejam frotistas, montadoras, locadoras e gestoras, além de consumidores finais que já possuam carros elétricos e híbridos. @Reprodução EletrostáticasInovações

SISTEMA DE ATERRAMENTO ATIVO: monitor portátil TERRALIGHT e garra ativa TERRACLAMP TERRALIGHT

A Aliança pela Mobilidade Sustentável, fundada e liderada pela 99, empresa de tecnologia voltada à mobilidade urbana e conveniência, ganha mais um aliado, com a chegada da BYD, líder mundial no mercado de veículos elétricos. A partir desta semana, o modelo D1 EV, primeiro veículo elétrico feito sob medida para atender o mercado de transporte por aplicativo, além do segmento corporativo e locadoras, começa a circular na cidade de São Paulo, em fase de teste, com um motorista da 99.

O D1 EV foi projetado a partir de uma parceria da BYD com a DiDi Chuxing, empresa de mobilidade do mundo e proprietária da 99. O desenvolvimento do modelo foi baseado na experiência da empresa e na análise de dados de sua base de usuários. As principais vantagens do D1 EV são segurança, eficiência operacional e melhor experiência e conforto para o passageiro, principalmente no quesito espaço interno. Um diferencial é a sua porta traseira direita, deslizante e automática, solução criada para facilitar ainda mais o acesso ao interior do veículo. Com a adesão da BYD, a Aliança avança com o objetivo de impulsionar a infraestrutura para veículos elétricos no Brasil e, consequentemente, ampliar seu uso. As propostas da Aliança já foram testadas e acumulam conquistas na China, em Shenzhen. A união da BYD, referência na produção e líder de vendas de veículos elétricos no mundo, juntamente com a DiDi, empresas e autoridades locais mudaram a realidade da frota urbana. A cidade chinesa tem aproximadamente 17,5 milhões de habitantes, e é referência nos setores de tecnologia, transporte e manufatura. Entre os resultados conquistados por lá, está o aumento de veículos elétricos em circulação. Hoje, eles são 14% do todo, o que corresponde a 480 mil. Somente em 2021, a venda de veículos elétricos na região representou 46% do total. Além disso, em toda a China, a DiDi possui mais de um milhão de carros, entre híbridos e de nova energia, inscritos na plataforma, o que representa 38% dos quilômetros rodados pelos carros elétricos, dirigidos em todo o território do país.“

Compor o rol de importantes e seletas empresas da indústria nacional na Aliança pela Mobilidade Sustentável é ratificar o propósito da BYD, atual líder de vendas de veículos elétricos no mundo. Atuamos em todos os segmentos do ecossistema de energia com emissões zero, por meio da inovação e excelência de nossos produtos. Temos um forte compromisso de atender aos motoristas parceiros da 99 e seus respectivos passageiros com soluções econômico-financeiras viáveis, visando ao conforto e sustentabilidade ”, explica Henrique Antunes , diretor de Vendas da BYD “Brasil.

BYD se junta à Aliança pela Mobilidade Sustentável para acelerar a infraestrutura de veículos elétricos

Acreditamos em um círculo virtuoso entre todos os envolvidos na Aliança, para permitir que veículos de matriz energética mais limpa sejam acessíveis aos motoristas parceiros da 99, tanto em termos financeiros quanto de infraestrutura. Também, com base nas experiências com o D1 EV na China, estamos aptos a falar sobre o que realmente funciona, em termos práticos, para os motoristas parceiros e passageiros, e para a indústria como um todo. Por isso, estamos trabalhando juntos, para que o D1 EV seja uma realidade no Brasil ainda este ano ”, afirma Thiago Hipólito , diretor de inovação e do DriverLAB na 99. A Aliança pela Mobilidade Sustentável iniciou as atividades em abril deste ano, e atualmente é formada pela 99 e mais nove empresas (BYD, CAOA Chery, Ipiranga, Movida, Unidas, Raízen, Tupinambá Energia e Zletric). A iniciativa integra o DriverLAB, centro de inovação 100% focado nos motoristas parceiros da 99, que tem investimento previsto de R$ 250 milhões, nos próximos 3 anos, sendo R$ 100 milhões, somente em 2022.

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@Márcio Bruno Oliveira / Divulgação 99

Antaisolar amplia seu parque industrial A Antaisolar iniciou oficialmente a construção da segunda fase de seu parque industrial em Fujian. A segunda fase do projeto deve ficar pronta até o final de 2024, quando todo o parque industrial estará prestes a atingir um valor de produção de mais de US$ 450 milhões.

O projeto do parque industrial Antaisolar compreende uma área de mais de 97 hectares, e será construído em duas fases: a primeira abrange 39 hectares, e terá área construída de 70 mil m2; segunda fase compreende 57 hectares, e área construída de 144 mil m2 de novas instalações, edifícios de escritórios, dormitórios, centros de logística e centros de P&D, utilizados principalmente para a produção de rastreadores solares, sistemas de montagem e BIPV, entre outros. Espera-se que a produção anual atinja 10 GW, após a conclusão. Como a Antaisolar considera a P&D como o diferencial competitivo central de uma empresa de tecnologia, a usina recém-construída também servirá para pesquisas em alumínio de alto desempenho e inteligência artificial.Incluindo o parque industrial em construção em Fujian, a Antaisolar conta com seis bases de produção em todo o mundo – Fujian, Tianjin, Jiangsu, Indonésia, Turquia e Índia – permitindo que a empresa consiga uma forte capacidade de produção e entrega rápida.

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Modernização da iluminação pública por LED A EDP e as prefeituras de Vargem Alta e Rio Novo do Sul assinaram convênio que substituirá 1.661 pontos de iluminação da cidade pela tecnologia LED, incentivando a conservação e uso racional da energia elétrica. Os projetos somam um investimento de cerca de R$ 1,4 milhão. Em Vargem Alta, serão modernizadas 1.104 luminárias de iluminação pública, com tecnologia LED. O investimento por parte do programa da EDP, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), será de R$ 700 mil. Após a conclusão das trocas, é esperada uma economia de energia de 531,13 MWh/ano, suficiente para suprir em média 221 residências, por mês, considerando um consumo médio mensal de 200 kWh. Já em Rio Novo do Sul, o convênio prevê a modernização e substituição de 557 luminárias comuns por similares de LED. O investimento por parte do programa da EDP será de R$ 637.410,00. Após a conclusão das trocas, é esperada uma economia de energia de 629,36 MWh/ano, suficiente para suprir em média 262 residências, por mês, considerando um consumo médio mensal de 200 kWh.

A iniciativa traz benefícios para a população, já que a tecnologia LED proporciona mais conforto visual e nitidez, além de contribuir na diminuição do consumo de energia e redução também nos custos de manutenção, uma vez que a durabilidade da lâmpada LED é muito superior ao sistema que estava sendo utilizado. O novo modelo também gera menor impacto ambiental, por não conter mercúrio e outros componentes nocivos em sua composição.

“ Beneficiar a população e serviços públicos da área de concessão, por meio dos programas de eficiência energética, e tornar a iluminação pública das cidades mais eficiente, está em linha com nosso propósito de usar a nossa energia para cuidar sempre melhor. Nos projetos desenvolvidos, contribuímos diretamente para a utilização segura e racional da energia elétrica, e, consequentemente, para a redução de gastos com energia, e um melhor uso dos recursos naturais ”, afirma o diretor da EDP, Fernando Saliba.

Os principais ingredientes de inovação nesse projeto, conforme explicou a coordenadora pelo Lactec, Ana Paula Oening, foram o desenvolvimento de um sistema inteligente de gerenciamento da recarga, por telemetria, e de um sistema seguro e eficiente para recargas de oportunidade do veículo, na própria rede de distribuição da concessionária. O caminhão elétrico já passou por testes no Laboratório de Alta Tensão do Lactec, em Curitiba, onde foi montado um arranjo de uma linha de distribuição. A fase de testes em campo será iniciada nas cidades de Limeira e Mairiporã, interior de São Paulo, área de concessão da Neoenergia Elektro. O caminhão 100% elétrico – um modelo comercial da BYD disponível no mercado – tem autonomia de 200 quilômetros. De acordo com o gerente do projeto de P&D pela Neoenergia Elektro, Engº Eduardo Casarin , a telemetria embarcada permite coletar todas as informações do veículo. “ Previamente à saída do caminhão da base operacional, é feito o planejamento da roteirização. Dessa forma, sabemos o trajeto a ser percorrido, e quais pontos da rede estão disponíveis para recarga ”, esclareceu. A disponibilidade de potência na rede para as recargas de oportunidade foi estudada durante o projeto, a partir de uma metodologia própria.

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P&D Estratégico Esse projeto faz parte de uma estratégia de investimento para desenvolver a mobilidade elétrica no Brasil, em diversos âmbitos. Com o caminhão elétrico, a Neoenergia consegue, além de contribuir para a criação de um novo produto nacional, inovar no gerenciamento da recarga, e alcançar um sistema seguro e eficiente para recargas na própria rede.

Lactec e Neoenergia desenvolvem caminhão elétrico para serviços de redes

O projeto de P&D da Neoenergia, executado pelo Lactec, integra os projetos de mobilidade elétrica da chamada estratégica nº 22/2018, da Agência Nacional de Energia Elétrica. Tem, como parceiras, a fabricante BYD e a PLE, empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de produtos eletroeletrônicos.

Horus é distribuidora oficial da Canadian Solar A Horus, distribuidora que fornece soluções tecnológicas para outras empresas, e atua há mais de 45 anos no mercado, estabeleceu acordo para comercializar inversores no setor de energia solar para Canadian, empresa que fabrica módulos fotovoltaicos solares e executa projetos solares em larga escala. Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a geração dessa energia cresceu em torno de 65% no mês de abril, o que mostra a tendência no mercado. “Com o crescimento expressivo do segmento fotovoltaico, evidenciamos a necessidade de distribuirmos mais inversores que atendam as várias necessidades solicitadas pelos clientes, com custo-benefício bastante atrativo, fomentando aumento expressivo do volume de vendas no centro oeste, onde a Horus já é líder de mercado, e consequentemente, nas demais regiões onde atuamos”, explica Rainey Soares, gerente de Produtos de Energia Solar da Horus. A Canadian vem investindo cada vez mais em novos produtos para seu portfólio, que coincide com os produtos e soluções oferecidas pela distribuidora Horus, o que promete bom retorno para ambas as empresas.A Horus é uma distribuidora que fornece soluções tecnológicas para outras empresas, e atua há mais de 45 anos no mercado. Apresenta um leque de opções para auxiliar empresas no fornecimento de soluções do mercado de tecnologia, como automação, controle de acesso, elétrica, energia, energia solar, iluminação, incêndio, infraestrutura, redes, segurança eletrônica, telecom e TI.

A eletrificação das frotas de veículos operacionais das concessionárias de energia deve ser um caminho natural, nos próximos anos, considerando o compromisso das empresas com a transição energética. Foi a partir dessa perspectiva que a Neoenergia desenvolveu um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D), junto ao Lactec, que possibilitou a adaptação de um caminhão elétrico com um cesto aéreo eletro-hidráulico, para serviços de redes de distribuição de energia elétrica.

O escopo inicial abrange o reparo completo de quatro modelos diferentes de caixas de engrenagem, com potência média de 2MW, o que inclui etapas como desmontagem, inspeção, fornecimento de peças originais, montagem e testes. A conclusão dos dois primeiros reparos está prevista para junho de 2022, quando foram realizados os primeiros testes em carga na bancada de testes, instalada no workshop. A bancada de testes é pioneira em testar os equipamentos com carga como se estivessem em operação, e capaz de identificar possíveis falhas, antes da montagem da caixa de engrenagem na turbina eólica. “Este contrato coloca a Wärtsilä como um importante parceiro da Vestas no Brasil, no contexto da transição energética. Inauguramos nosso primeiro centro dedicado a este fim em toda América Latina, em março deste ano, e já conquistamos a confiança desse importante player do mercado para fazer o reparo de gearboxes localmente, evitando o envio dos equipamentos para fora do país”, afirma Diego Colicchia, General Manager Operations para a América do Sul. O gestor acrescenta que o workshop está 100% operacional, e tem potencial para se tornar o maior provedor de reparos e testes de caixas de engrenagens de turbinas eólicas, no Brasil. “Acreditamos que esta aliança com a Wärtsilä representa um avanço positivo e estratégico para o negócio, em que o desenvolvimento das capacidades locais nos permitirá minimizar o custo e os riscos que o mercado enfrenta com a atual interrupção da cadeia de suprimentos global” afirma Cleiton Tosetto, Chefe de serviços para o Brasil na Vestas. “Como alternativa flexível e de rápida implementação, a energia eólica desempenha um papel importante, na transição energética do Brasil para um futuro 100% renovável.

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O consumo de energia renovável pelas operações da Swift e da Seara faz parte dos esforços da JBS, de se tornar Net Zero em 2040, ou seja, de zerar o balanço líquido de suas emissões, e compensar as emissões residuais. Dentro desta estratégia, a Swift tem como meta alcançar que 100% de suas lojas sejam abastecidas por fonte renovável, até 2025.Emlinha com a estratégia Net Zero 2040 da JBS, a Swift tem implementado uma série de iniciativas na área de sustentabilidade, como vans com painéis solares (que vendem produtos da marca em condomínios), e sistemas fotovoltaicos nos telhados de nossas lojas. Atualmente, 65 lojas da Swift já são atendidas por esta fonte. A compra de energia da UFV Saltinho é mais um passo nesta estratégia de consumir 100% de fonte de renovável nas suas lojas. No caso da Seara, a compra de energia da UFV Saltinho tem como objetivo reduzir as suas emissões escopo 3 (indiretas), por meio do fornecimento de energia limpa e renovável para os seus integrados. A energia produzida pela usina será consumida pelos integrados da marca na Região das cidades de Amparo e Nuporanga, no interior de São Paulo. A expectativa é de que, além de trazer mais sustentabilidade, a iniciativa reduza em 20% a conta de luz das instalações.

Swift e Seara ampliam o uso de energia limpa com nova usina solar A Swift e a Seara, empresas do grupo JBS no Brasil, estão ampliando o consumo de energia limpa e renovável em suas operações. As duas marcas irão adquirir parte da energia produzida pela Usina Fotovoltaica (UFV) Âmbar Saltinho, em Saltinho, no interior de São Paulo, inaugurada no último dia 14 de julho. O empreendimento pertence à Âmbar Energia, empresa de soluções em energia do grupo J&F. A UFV Saltinho é composta por quatro usinas, que somam 9.408 placas fotovoltaicas. Essa energia renovável suprirá a demanda de diversos clientes, entre eles a Swift e produtores integrados da Seara. No total, as quatro usinas somam a potência de 5.174 kWp, o que equivale à energia consumida por 2,8 mil residências. O sistema evitará a emissão de 12,193 toneladas de CO na atmosfera, o mesmo que o plantio de 4 mil novas árvores por mês.

Wärtsilä conquista contrato para reparo de gearbox de turbinas eólicas

A Wärtsilä tem orgulho de contribuir de forma significativa para essa trajetória. Ao disponibilizar um workshop desse tipo no país, ajudamos nossos clientes a reduzir custos diretos com o negócio, e a aumentar a disponibilidade operacional de seus parques eólicos”, conclui Jorge Alcaide, Managing Director para a Wärtsilä Brasil.

O grupo tecnológico Wärtsilä assinou o primeiro contrato marco de longo prazo para serviços de reparo de gearbox de turbinas eólicas no Brasil. Os serviços serão executados no recém-inaugurado workshop da empresa, localizado em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. O acordo, assinado com a Vestas do Brasil Energia Eólica, fabricante dinamarquesa de turbinas, e uma das maiores no segmento de energia eólica do mundo, tem duração de cinco anos, e prevê uma equipe especialmente dedicada.

Otermo “Smart City” caiu em uso popular, o que acaba gerando muitas interpretações e explicações diferentes sobre o tema. Existe, no entanto, a definição de “cidade inteligente” apresentada na norma ABNT NBR ISO 37122, e que, portanto, é a definição oficial, no Brasil e nos outros 166 países membros da ISO (Organização Internacional de Normalização): cidade inteligente é a cidade que aumenta o ritmo em que proporciona resultados de sustentabilidade social, econômica e ambiental, e que responde a desafios como mudanças climáticas, rápido crescimento populacional e instabilidades de ordem política e econômica, melhorando fundamentalmente a forma como engaja a sociedade, aplica métodos de liderança colaborativa, trabalha por meio de disciplinas e sistemas municipais, e usa informações de dados e tecnologias modernas, para fornecer melhores serviços e qualidade de vida para os que nela habitam (residentes, empresas, visitantes), agora e no futuro previsível, sem desvantagens injustas ou degradação do ambienteTomandonatural.

@Pixabay Gerd Altmann

como referência o conceito de “Smart City”, da ABNT, e outros conceitos apresentados na norma ABNT NBR ISO 37122, pode-se estabelecer que há a necessidade de implementação de políticas, programas e projetos de cidades inteligentes, que respondam a desafios como as mudanças climáticas, o rápido crescimento populacional e a instabilidade política e econômica, melhorando fundamentalmente a forma como envolvem a sociedade; usem dados e tecnologias para oferecer melhores serviços e qualidade de vida; alcancem objetivos de sustentabilidade; identifiquem a necessidade e os benefícios das infraestruturas inteligentes; facilitem a inovação e o crescimento; e construam uma economia dinâmica e Pensandoinovadora.nisso,a ABNT criou o programa “Certificação de Indicadores para Cidades e Comunidades Sustentáveis”, baseado em 3 normas: ABNT NBR ISO 37120 - Indicadores para Serviços Urbanos e Qualidade de

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Cidades vivas, em movimento, inteligentesmovimento,

A primeira certificação foi concedida a São José dos Campos/SP, mas há outros municípios candidatos em processo de certificação. É a própria ABNT quem executa, na íntegra, o processo de certificação, desde a auditoria de todas as informações, até a emissão dos certificados. A partir da certificação, os gestores públicos terão acesso a dados padronizados e auditados, para orientar suas decisões. O processo de certificação com base nos padrões ISO – International Organization for Standarlization – é uma iniciativa inédita no Brasil, e a ABNT é quem representa a ISO aqui. Apenas 79 cidades no mundo possuem essa certificação – e cada uma das normas utilizadas na certificação dá ênfase a tópicos essenciais.

@Governo do Estado de São Paulo @Adenir

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, através do seu hub de inovação IdeiaGov, possui um Programa de Aceleração, que visa ao fomento e apoio a negócios de impacto. Em sua terceira edição, a iniciativa selecionou startups que tenham modelos de negócio e soluções inovadoras relacionadas ao desafio Cidades Inteligentes, Sustentáveis e Humanas, com foco em conectividade. E, através do IdeiaGov, 30 startups estão prototipando soluções, para testar nos municípios que participaram da seleção.

“No primeiro dia de governo, um dos principais objetivos era transformar o governo de São Paulo, que é uma máquina grande, com 600 mil funcionários, em uma máquina mais tecnológica. Trabalhamos muito para isso, principalmente auxiliando muitos municípios que precisam de apoio, para evoluir na tecnologia da inteligência. É muito importante poder apoiar as prefeituras do estado de São Paulo para que a gente preste serviços públicos menos burocráticos. Quando a gente elimina a burocracia, a gente coloca mais transparência, e quando se coloca mais transparência, a gente consegue trazer mais segurança, e melhores resultados aos processos”, contou, em junho, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, lembrando que um bom motivo para pensar em transformar as cidades é que, para atrair investimentos, e alavancar o desenvolvimento econômico, é necessário planejar o espaço urbano de forma inteligente e sustentável.

A Enel, por exemplo, tem trabalhado para tornar a cidade mais inteligente, implantando as tecnologias à disposição hoje em um quarteirão smart na cidade de São Paulo, denominado Urban Futurability, retratado na Controle & Instrumentação no 260 https://issuu.com/editora_valete/docs/ci260/32 ).

@AdenirBritto/PMSJCBritto/PMSJC

A segunda edição de aceleração de negócios de impacto aconteceu em parceria com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, e tratou de reduzir emissão de carbono e substituir matriz energética. Além disso, na terceira edição, diversos municípios estão pedindo soluções de mobilidade, três empresas inovadoras – Carbono Zero Courier, Getmaxx e To do Green.se – encaixaram no tema, e podem desenvolver pilotos nos municípios, ao final da aceleração.

Controle&InstrumentaçãoNº273|2022 Vida; ABNT NBR ISO 37122 - Indicadores para Cidades Inteligentes; ABNT NBR ISO 37123 - Indicadores para Cidades Resilientes. Então, o município que deseje obter a certificação deve entrar em contato diretamente com a ABNT. Durante o processo a ABNT verificará, através de evidências objetivas em um processo de auditoria, se os indicadores do município estão aderentes aos requisitos dessas normas. É importante ressaltar que, nem as normas, nem a certificação, fazem juízo de valor sobre os indicadores. Isso significa que não existem metas numéricas ou qualitativas a respeito dos indicadores, mas sim requisitos sobre como eles devem ser calculados, quais fontes de dados devem ser consideradas, e como interpretar os resultados. Cada norma é avaliada separadamente, possibilitando que cada município possa atingir até 3 certificações. Além disso, a depender da quantidade de indicadores em conformidade com as normas, a certificação concedida pode ter diferentes níveis, sendo estes Bronze, Prata, Ouro ou Platina. Os indicadores para serviços urbanos e qualidade de vida, indicadores para cidades inteligentes e indicadores para cidades resilientes, são divididos em 19 temas, a saber: Economia, Educação, Energia, Meio ambiente e mudanças climáticas, Finanças, Governança, Saúde, Habitação, População e condições sociais, Recreação, Segurança, Resíduos sólidos, Esporte e cultura, Telecomunicação, Transporte, Agricultura local/urbana e segurança alimentar, Planejamento urbano, Esgotos, Água.

O CSI (Centro de Segurança e Inteligência) monitora toda a cidade

O objetivo é propor diretrizes, por meio de eixos de atuação e indicadores de desempenho das cidades, para elaboração de uma política nacional customizada aos municípios brasileiros, e alinhada aos padrões internacionais de desenvolvimento definidos pelo Modelo de Maturidade para Cidades Inteligentes da União Internacional de Telecomunicações (ITU), agência das Nações Unidas para Tecnologias da Informação e Comunicação.

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A pesquisadora Luísa Paseto, bolsista de pós-doutorado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), é representante do Brasil no grupo técnico SG20/Q7, do ITU, e uma das responsáveis por adaptar esse modelo internacional para a plataforma digital inteli.gente do MCTI. O projeto de pós-doutorado, “Transformação digital sustentável frente aos desafios da oferta de serviços e aplicações inteligentes à população”, está alinhado à Rede Inteligência Artificial Recriando Ambientes, apoiada pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), da FAPESP.Paseto está contribuindo com a construção e a análise dessa base de dados, e o primeiro passo foi estabelecer critérios, para diagnóstico e determinação do nível de maturidade de uma cidade, nas dimensões econômica, ambiental, sociocultural e capacidades institucionais. As quatro dimensões estão divididas em sete níveis de maturidade, medidos por um conjunto de indicadores e qualificadores-chave. A ideia é que todos os municípios acessem a plataforma, e façam parte dessa rede, preenchendo seus dados e respondendo fielmente aos itens da plataforma, reconhecendo problemas-chave para cada uma das áreas. Essa é a primeira etapa, para que possamos reconhecer trilhas de transformação. A iniciativa vai permitir criar e manter um banco de dados atualizado, que reflita a realidade dos municípios brasileiros, com os resultados disponíveis de forma detalhada para os gestores municipais, estaduais e federais, com recomendações de ações e políticas públicas. Os resultados do trabalho também chegarão à ITU, colaborando com a comparabilidade internacional das cidades e soluções de processo de estudo de concorrência para o desenvolvimento das cidades, melhorando a qualidade de vida da população.

Vale destacar que o Centro Internacional de Tecnologia e Inovação de São Paulo (CITISP), o “Vale do Silício” da América Latina, está na capital paulista. Seu objetivo é colher contribuições da sociedade civil, para o aprimoramento da iniciativa, a qual envolve a concessão de uso durante 35 anos, para construção, gestão e operação de um distrito de inovação na área do Parque Tecnológico do Jaguaré – CITI II, por meio da atração de empresas voltadas ao desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores. Assim, a região receberá investimentos, em parceria com a iniciativa privada, para a consolidação de um distrito de inovação, dotado de diversos usos, como habitação, lazer, comércios e serviços, incluindo o robustecimento da infraestrutura local, e a disponibilização de áreas verdes para a população. A primeira etapa do CITISP tem como foco o desenvolvimento e a aplicação de tecnologias de alta intensidade (hardtech). Desde o lançamento da primeira etapa, o IPT Open Experience já conta com oito empresas incubadas: Granbio, Lenovo, Instituto de Pesquisa e Liderança (Inteli), Siemens, Siemens Energy, Kimberly-Clark, 3M e Klabin. Até o momento, o IPT Open Experience totaliza R$ 380 milhões, em investimentos captados em setores, como biotecnologia, materiais avançados e tecnologia da informação. Mas, as pessoas trabalham com diversos conceitos e rankings de Cidades Inteligentes, mais apoiados em tecnologia, mais relacionados ao meio ambiente e a sustentabilidade, etc.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por exemplo, criou a plataforma “inteli.gente” para que os municípios brasileiros se cadastrem, e recebam um diagnóstico de seu nível de maturidade no quesito “cidades inteligentes e sustentáveis”.

O IESE Business School of University of Navarra elabora há quase 10 anos um Índice CIMI Índice de Cidades em Movimento (CIMI), abrangente e orientado, com critérios de relevância conceitual e utilidade prática. O índice de 2020 analisou 101 indicadores em 9 dimensões: capital humano, coesão social, economia, governança, meio ambiente, mobilidade e transporte, planejamento urbano, projeção internacional e tecnologia, refletindo objetivos e dados subjetivos, para oferecer uma visão abrangente de cada cidade. O IESE também introduziu uma Calculadora CIMI online – ferramenta útil, tanto para aquelas cidades que já estão refletidas no ranking, e que desejam ver as mudanças que ocorrem com variáveis mais atualizadas, quanto para aquelas que não estão no CIMI, mas gostariam de saber onde eles estão no ranking. Uma das principais recomendações do IESE é reconhecer a colaboração como aspecto fundamental, porque detectou, ao longo dos levantamentos, que os desafios de hoje são grandes demais para serem enfrentados individualmente. Então, o melhor é trabalhar para quebrar os ‘silos’, e construir uma cultura de cooperação, em direção a uma estratégia inclusiva de recuperação social e econômica. Seu índice coloca as pessoas em primeiro lugar, e se dispõe a ser um trunfo para alcançar uma melhor governança, o que se traduzirá em maior bem-estar para os cidadãos.Também se pode tirar muita informação no trabalho da Urban Systems – empresa especializada em análise de dados demográficos em mapas digitais, para dimensionamento e levantamento de tendências em mercados e cidades. Ela desenvolve cenários denominados de Lógica Urbana, que explicam a relação entre o comportamento das pessoas no espaço urbano, suas influências e as correlações com o mercado e com as instituições, dentro de um determinado espaço geográfico, denominado Cidade Mental. Neste quadro, a cidade se revela como um agente ativo nas decisões de consumo. A Urban Systems mantém um ranking que considera o Conceito de Conectividade como a relação entre os diversos setores analisados. O Ranking Connected Smart Cities é composto por 75 indicadores, em 11 eixos temáticos: Mobilidade, urbanismo, Meio Ambiente, Tecnologia e Inovação, Empreendedorismo, Educação, Saúde, Segurança, Energia, Governança e Economia.

A edição 2021 do Ranking Connected Smart Cities coletou dados e informações de todos os municípios brasileiros, com mais de 50 mil habitantes (segundo estimativa populacional do IBGE em 2019), totalizando 677 cidades, sendo: 48 com mais de 500 mil habitantes, 274 com 100 a 500 mil habitantes, e 349 com 50 a 100 mil habitantes. Para manter a transparência e a coerência das informações, os dados são coletados em fontes secundárias, que agrupem o universo de cidades pesquisadas, mantendo a mesma origem e o mesmo período de coleta dos dados de todos os municípios do estudo. É possível saber mais sobre as fontes e data das informações coletadas, na edição 2021 do Ranking Connected Smart Cities. A importância de estudos e rankings se destaca, quando suas informações são bem utilizadas nos planos estratégicos, que mapeiam necessidades e traçam objetivos de curto, médio e longo prazos. Mais importante é entender que a transformação das cidades deve ser pensada em ciclos de desenvolvimento, e não políticos. Soma-se a esses rankings, toda a tecnologia que está na base dessa transformação. E a visualização que essas tecnologias possibilitam: a construção de um gêmeo digital de uma Construircidade!esse gêmeo é um grande desafio, porque existem infinitas variáveis, de pessoas a tráfego e clima, cada uma aumentando exponencialmente a complexidade do modelo. Mas os benefícios são enormes. Os planejadores da cidade podem simular tudo com antecedência, permitindo-lhes ver como os novos edifícios ficariam, ou estimar o efeito que as obras rodoviárias terão no tráfego. Os gêmeos digitais também podem ajudar a descobrir os prováveis efeitos de desastres naturais, como incêndios, inundações e terremotos. Usando essas informações, os planejadores podem tomar medidas preventivas agora e, esperançosamente, salvar vidas no futuro.

As dificuldades não impediram que algumas cidades tentassem. Singapura, por exemplo, investiu milhões, no Virtual Singapore, para criar uma plata-

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Tela de apresentação com as informações coletadas (com e sem correções) É mais que necessário pensar smart um sistema dessa magnitude. Por isso, a SPTrans trabalha no desenvolvimen-

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Mas a eletrificação do transporte vai demandar investimentos que precisam de suporte dos governos. O Pró Veículo Verde, por exemplo, do Estado de São Paulo, objetiva trazer uma atualização ao ProVeículo, lançado em 2008, com foco no meio ambiente e na inovação, em um formato mais sustentável, com a implementação de projetos de veículos automotores menos poluentes. A iniciativa prevê, ainda, diminuir as emissões de gases de efeito estufa. Por meio do Verde, as empresas do setor automotivo poderão apropriar-se de créditos de ICMS, e utilizá-los para financiar projetos de investimento para construção e/ou modernização de suas plantas industriais, desenvolvimento de novos produtos, ou ampliação de negócios no Estado de São Paulo. Poderão aderir ao programa, as empresas do setor automotivo que tenham créditos acumulados de ICMS, apropriados ou ainda a apropriar, devem apresentar investimentos de, no mínimo, R$ 15 milhões. Para aderir ao Pró Veículo Verde, é preciso ter ao menos R$ 3 milhões de créditos de ICMS a receber, o que representa uma redução de 40% – antes eram, no mínimo, R$ 5 milhões. Já no ProVeículo tradicional, que continua em vigor, o montante do investimento é de, no mínimo, R$ 30 milhões. Além disso, o prazo de garantia (fiança bancária ou seguro de obrigações contratuais), exigido dos contribuintes que ainda não apropriaram seus créditos, mas querem aderir ao programa, passa, de 1 ano, para 3 anos, tornando o prazo mais flexível. E mais: a redução do valor da garantia, que era de no máximo 75%, agora poderá chegar a 90%. Mas eletromobilidade não se restringe a carros de passeios. Incluem caminhões, aviões e ônibus. A SPTrans, por exemplo, é responsável por um dos maiores sistemas de transporte por ônibus do mundo, o da cidade de São Paulo. Mesmo ainda sob efeito da Pandemia do Covid-19, o Sistema de Transporte por ônibus opera 24 horas por dia, transportando cerca de 2,6 milhões de pessoas em dias úteis, que geram 7,3 milhões de embarques, em uma frota operacional de 11.933 ônibus, e 160 mil viagens, em mais de 1.300 linhas, conectando 20,3 mil pontos de parada, e 31 terminais de transferência. Tecnologias como o Sistema de Bilhetagem Eletrônica e o Sistema de GPS embarcado nos ônibus produzem milhares de dados por minuto.

forma digital 3D oficial, destinada ao uso pelos setores público, privado, pessoas e pesquisa. E está sendo seguida por cidades como Boston, Glasgow, Jaipur, Helsinque. Também existem projetos que querem começar, do zero, a cidade e seu gêmeo, como Amaravati (Índia), Neom (Arábia Saudita), Silk City (Kuwait), Madrid Norte (Espanha), Nagpur (Índia) e Aguaduna (Brasil).Os gêmeos digitais contam com tecnologias principais, como a Realidade Virtual (VR), para que se possa olhar dentro da cidade virtual. E, mais que bonitos, esses gêmeos ajudam a entender quais regiões de uma cidade terão maior crescimento populacional, por exemplo, e assim criar novas instalações, como postos de saúde, escolas, parques, etc. Lembrando que tudo isso requer modelos matemáticos, que complementam o modelo virtual, para que não seja apenas uma representação visual: o que você vê é o que existe de Outrofato.uso bem difundido é o planejamento da mobilidade urbana: onde devem ser criadas novas ruas? Quem é o pedestre? De onde ele vem? Onde as velocidades devem ser reduzidas? Quais prédios precisam ser movidos? Onde há mais conflitos urbanos? Quais são as áreas mais movimentadas? E-Mobilidade O Gartner define e-mobility eletromobilidade como o uso de tecnologias de powertrain elétrico, informações em veículos, e tecnologias de comunicação e infraestruturas conectadas, para permitir a propulsão elétrica de veículos e frotas. As tecnologias de powertrain incluem veículos totalmente elétricos, híbridos, veículos de célula de combustível de hidrogênio, que convertem hidrogênio em eletricidade... A eletromobilidade é vista como uma forma de reduzir emissões, e ajudar a alcançar as metas de zero carbono. Mas estratégias de implantação podem ser diferentes; já essa descarbonização deve levar em consideração a forma como a energia é gerada na região. O Brasil tem uma matriz energética com etanol – que gera redução de CO 2 de cerca de 90%, se comparado à gasolina – energia solar, eólica e nuclear, além das tradicionais, a base de hidrocarbonetos. Some-se a isso, a iniciativa da Anfavea, em lançar a Mobilidade Sustentável de Baixo Carbono (MSBC), que busca ampliar o uso dos biocombustíveis, acelerar a descarbonização do transporte no Brasil, e tornar exportáveis as soluções locais de baixa emissão. O movimento une a Anfavea, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), e a Sociedade de Engenharia Automotiva (SAE Brasil), além de acadêmicos e pesquisadores.

Controle&InstrumentaçãoNº273|2022 to de algoritmos de Machine Learning, que permitam, por exemplo, prever alteração do comportamento da demanda de passageiros, associando mudanças meteorológicas, eventos, etc. Além disso, essas novas tecnologias são promissoras, por permitirem construir conhecimento sobre as formas de circulação das pessoas na cidade, e apoiar o desenho e a implementação de políticas públicas mais eficazes, no aumento da acessibilidade urbana, redução das desigualdades e garantia do direito a um transporte público de qualidade na cidade de São Paulo. Dentre essas informações, estão as estimativas da quantidade de passageiros por eixo da cidade, movimentação de passageiros e frota, embarques e desembarques por ponto, matrizes de origem e destino, taxa de ocupação de passageiros nos veículos, por trecho da linha, caracterização da demanda por idade, gênero, vulnerabilidade social e frequência de uso do Sistema. Essas informações são utilizadas por diversas áreas da SPTrans, tanto para monitorar o nível de serviço, frequência e as velocidades de vias e corredores de ônibus, quanto para subsidiar a tomada de decisão no planejamento da oferta, desenho dos itinerários das linhas e dimensionamento de abrigos dos pontos. Além disso, a SPTrans utiliza ferramentas de controle e monitoramento da frota para fazer a gestão em tempo real de todos os veículos da Cidade de São Paulo. Está em fase de contratação, um novo Sistema de Monitoramento e Gestão da Operação (SMGO), que tem como objetivo aumentar a eficiência na comunicação entre o órgão gestor e os operadores, utilizando diversos dados operacionais oriundos das tecnologias embarcadas. Este ano, a cidade de São Paulo começa uma grande adaptação, para melhorar o sistema de monitoramento, com um investimento de R$ 63,7 milhões para a aquisição de softwares, sistemas de inteligência, para aprimorar as tecnologias do sistema de controle dos 14 mil ônibus que circulam pela cidade. A cidade de São Paulo, em parceria com o Governo do Reino Unido e o Banco Mundial, desenvolveu também uma série de projetos, com foco na mobilidade inteligente, o Smart Mobility Program, que contempla a implantação do conceito de Mobilidade como Serviço, MaaS, para disponibilizar opções de transporte, público e/ou privado, possibilitando que o usuário use o poder de escolha, tendo, como espinha dorsal da plataforma, o Transporte Público.

Tecnologias para cidades e veículos do futuro, hoje

A Toyota criou uma cidade para mostrar que uma cidade inteligente e a e-mobilidade podem dar certo... como está o projeto? Quanto esse projeto influencia outras ações da companhia, no mundo e no Brasil? A cidade da Toyota, batizada Woven City, ainda está sendo construída, como um laboratório vivo para futuras tecnologias e iniciativas sustentáveis e de mobilidade. O projeto fica localizado próximo ao monte Fuji, um dos principais cartões postais do Japão. O protótipo de cidade inteligente terá, como objetivo, que todas as pessoas, edifícios e veículos possam se comunicar uns com os outros, por meio de dados em tempo real, e sensores incorporados. Essa conectividade permitirá que a Toyota teste de que forma a tecnologia de IA funciona no mundo real, com riscos mínimos. E, a partir destes estudos, a montadora pretende pensar em soluções tecnológicas de mobilidade para o resto do mundo. A Toyota acredita que a eletrificação começa pelos híbridos flex, e tem razões para isso. A primeira é que a infraestrutura está pronta, e não requer investimentos, e a segunda é que o etanol já é uma realidade, e gera emprego e renda para o país. Por isso, foi a primeira, e, até agora, a única montadora a oferecer essa tecnologia no mercado nacional, e a produzi-la no país. Um veículo híbrido flex é um dos mais limpos e eficientes do mundo, com um dos maiores potenciais de compensação e reabsorção de CO2, se se levar em consideração todo o ciclo de produção do etanol, ou seja, o que chamamos do poço à roda. Para se ter uma ideia, um veículo híbrido flex, como o Corolla, é cerca de 70% mais eficiente do que um veículo convencional abastecido com gasolina. Importante citar que as vendas do Corolla sedã e Corolla Cross híbridos já somam mais de 40 mil unidades.

A Toyota acredita que as tecnologias autônomas e semiautônomas devem estar cada vez mais presentes na indústria. Porém, na sua visão, elas devem sempre ser um suporte, e auxiliar o motorista. A Toyota tem desenvolvido testes de tecnologia para carros autônomos, mas há muito a evoluir ainda. E acredita que o prazer de dirigir deve existir sempre, tendo sempre as tecnologias como um suporte ao motorista.

Com a intensa transformação do mercado automotivo, a Toyota se posiciona como provedora de soluções amplas em mobilidade, e tem a missão de oferecer aos seus clientes experiências memoráveis, em toda sua jornada de mobilidade, de forma segura, eficiente e sustentável.

A Toyota entende que os veículos elétricos à bateria desempenharão um papel importante na redução das emissões globais de CO2. E continuará oferecendo uma linha completa de veículos elétricos numa plataforma global,

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4 - Minimizar o uso de água nos processos industriais;

3 - Emissão zero nas fábricas (energia limpa);

1 - Zerar a emissão de CO2 em novos veículos;

neutros em carbono, prontos para atender às necessidades de cada região. Importante lembrar que, para cada região, a Toyota realiza um estudo, porque entende que mercados e culturas são diferentes, e quer se firmar como a maior provedora de soluções de mobilidade do mundo. O futuro da mobilidade está acontecendo hoje, em diversas frentes. E a Toyota faz parte, desde 2015, do “Desafio Ambiental 2050”, que contempla seis objetivos para a empresa, em todo o mundo:

6 - Construir uma sociedade em harmonia com a natureza (investimento em projetos de incentivo, conscientização e influência e reforçar parcerias em prol da preservação).

Em junho, os ministros Adolfo Sachsida (Minas e Energia) e Joaquim Leite (Meio Ambiente), embaixadores estrangeiros e parlamentares conheceram as quatro rotas tecnológicas para a mobilidade de baixo carbono, do presente e do futuro, em evento promovido pela fabricante Toyota, em parceria com a UNICA – União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia. Dos quatro veículos apresentados, o híbrido-flex é aposta da fabricante para o país, por aliar um motor a combustão interna, abastecido com etanol, a um motor elétrico, obtendo alta eficiência energética. Os outros três modelos foram trazidos do Japão como exemplos disponíveis: híbrido “plug-in” (PHEV); elétrico a bateria (BEV); e célula de hidrogênio (FCEV). O único exemplar do Mirai no Brasil, movido a hidrogênio, saiu pela primeira vez da fábrica, em São Paulo, para ser apresentado no evento em Brasília. O modelo, fabricado no Brasil desde 2019, possui um sistema que se recarrega automaticamente com o funcionamento do veículo, não sendo necessária infraestrutura de recarga. O veículo pode ainda alcançar o dobro de quilômetros, com a mesma quantidade de combustível de um carro convencional.

O presidente da Toyota no Brasil, Rafael Chang, chamou a atenção para o fato de que a inovação não tem um impacto real, se não for prática ao mesmo tempo; se a tecnologia não for acessível à maioria das pessoas, não vai reduzir as emissões.

5 - Constituir uma sociedade baseada na reciclagem;

2 - Ciclo de vida com emissão zero de CO2 (da fabricação, passando pela comercialização e reciclagem de veículos);

@ Osegredo/Reprodução

Seguindo a estratégia Accelerate, a Volkswagen pretende, até 2030, aumentar sua participação no mercado para mais de 70% das entregas de carros totalmente elétricos na Europa. Nos Estados Unidos e China, a marca busca uma participação no mercado de veículos elétricos, no mesmo período, de mais de 50%. Para conseguir isso, o Grupo Volkswagen deve investir cerca de 73 bilhões em eletrificação, motores híbridos e tecnologia digital, ao longo dos próximos cinco anos. E devem ser lançados 130 modelos, sendo 70 elétricos e 60 híbridos, até 2030 no a Volkswagen iniciou sua transformação de longo alcance, e uma maior ofensiva elétrica da indústria, com a estratégia TRANSFORM 2025+. Com a nova estratégia ACCELERATE, a Volkswagen quer transformarse na marca mais atraente de mobilidade sustentável. E se vale de três impulsionadores para isso: valor da marca, plataformas escaláveis e empresa valiosa. Todos os caminhos da montadora conduzem à mobilidade sustentável, e prevê que essa transição para os elétricos, no Brasil, será mais demorada, pois, o país não vai conseguir se eletrificar todo num curto espaço de tempo. Até por isso, o carro híbrido é uma boa saída na transição, até que cheguem os carros elétricos de forma mais concreta.AVolkswagem não tem dúvidas de que os consumidores vão adorar o conceito do carro autônomo. Os carros autônomos são o futuro, mas ainda vai demorar para chegar, porque precisamos ter uma infraestrutura na qual as coisas funcionem. Por exemplo, é preciso ter uma rodovia sem buracos, com linhas que estejam bem pintadas, porque há sensores que vão medindo o terreno, e dirigindo de forma autônoma.

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O Fusca de Aline tem baterias de 100Ah, e está incluindo uma nova bateria de 160Ah, para aumentar sua autonomia – o Fusca rodava apenas 50 km com as baterias deAline100Ah.conta que um dos pontos positivos do Fusca elétrico seria a versatilidade de carregamento, uma vez que o modelo pode ser recarregado em todo tipo de tomada.

mundo.Jáem2016,

Volkswagen acelera e-mobilidade

A VW possui um Centro de Excelência para Células de Bateria – o que faz todo sentido, já que a empresa, a partir de seus novos modelos elétricos, constrói o carro em torno da bateria. Essa abordagem permitiu que se desenvolvessem veículos com autonomias de até 550 km. Os módulos de bateria costumavam ser distribuídos em vários lugares do carro, mas, agora, a bateria está localizada de forma compacta entre os eixos, na parte inferior da carroceria. Isso significa que existe um ponto central de distribuição de energia. E a VW trabalha para que suas baterias durem tanto quanto seus carros, garantindo uma capacidade mínima de 70% por oito anos, ou 160.000 km – lembrando que os motoristas também influenciam na duração da vida útil de uma bateria.

O protagonismo do indivíduo Aline Santos, uma engenheira do Espírito Santo, transformou um VW Fusca 1972, movido a gasolina, em um carro elétrico, com cerca de R$ 100 mil. O elétrico mais barato no Brasil não sai por menos de 64 mil.

A grande Rio de Janeiro também já começou a colocar inteligência no dia-a-dia do Centro Sistêmico Operacional, que, através de novas tecnologias da Cittati, ganhou maior controle sobre chegadas e saídas de ônibus urbanos.APrefeitura

de Piracicaba/SP revitalizou a Central Integrada de Monitoramento e Mobilidade (CIMM), que conta com 15 câmeras para monitoramento do trânsito e suporte às forças policiais. Com as câmeras, os agentes de trânsito que operam a Central podem também alterar planos semafóricos, e se comunicar quando houver qualquer incidente nas vias monitoradas.

Já a avaliação das condições estruturais é por meio do equipamento FWD – Falling Weight Deflectometer –, que permite a identificação da existência ou não das chamadas “bacias de deflexão” no pavimento. Quando constatadas, há necessidade de reparo profundo. Esse acompanhamento inédito permite que as vias recebam um recapeamento exclusivo, gerando um investimento mais eficaz, economia financeira e de material, e mais qualidade. E um outro programa de inteligência artificial, o Sistema Urano, usa a manutenção preditiva para tomada de decisões, com o intuito de prevenir situações, como alagamentos, transbordamentos, queda de árvores ou até mesmo deslizamentos.

Basta, então, um rápido olhar sobre as diversas ações que buscam colocar inteligência no dia-a-dia de uma cidade, para perceber que a cidade é um todo, e ela precisa dessas incursões tecnológicas em todas as suas vertentes. Porque a eletrificação do transporte influencia na saúde, mas também no consumo de energia. A mesma energia que aciona a telemetria do saneamento ou o ar-condicionado do escritório e a iluminação pública – ou a da sua casa, da minha...

O Sistema Gaia substitui o modelo anterior para inspeção das condições do asfalto: se antes isso era feito por um funcionário munido de caneta e prancheta para anotações, a partir de 2019, passou a ser realizado em tempo real, através de dispositivos acoplados aos veículos, capazes de verificar as condições do asfalto, e localizar possíveis irregularidades. Sensores são colocados no eixo dos veículos, e uma câmera instalada no retrovisor comunica as deformações para uma “caixa preta”, que fica embaixo do banco do motorista. A deformação do pavimento é imediatamente registrada numa central dentro da Secretaria das Subprefeituras da Capital. Uma outra frente do uso da inteligência artificial acontece nas principais vias de São Paulo. O monitoramento da condição da camada superficial das vias ocorre por meio de escaneamento da superfície do pavimento, realizado pelo PavScan – Pavement Scanner, que captura imagens do perfil transversal da camada superficial do revestimento asfáltico, permitindo a avaliação das imperfeições e desgastes.

@SPTrans

@Cittati

Monitoramento de ônibus em São Paulo

Ele funciona como módulo para gestão dos dados climáticos, através do uso de Inteligência Artificial para depuração dos dados, capturados em diversas bases climáticas, como CGE, IBM Weather, Clima Tempo, confrontando com os dados de serviços realizados no Sistema de Gerenciamento de Zeladoria (SGZ).

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A Secretaria Municipal das Subprefeituras está investindo em tecnologia de ponta, para implementação de melhorias na prestação de serviços de zeladoria e gestão, das condições do pavimento da cidade. A inteligência artificial é uma das ferramentas que aumenta a eficiência dos processos, com diagnósticos de problemas (Sistema Gaia), e antecipação aos fatos, com a manutenção preditiva (Sistema Urano) – ambos melhoram diretamente a mobilidade urbana, colaborando para uma cidade mais inteligente.

Iniciativas de cidades inteligentes estão ganhando espaço nas agendas de políticas urbanas, no mundo todo, com diferentes estratégias locais. Não existe uma abordagem única para o ‘urbanismo inteligente’, e os governos atribuem diferentes significados aos conceitos de cidade e de inovação, e formulam estratégias locais com olhos em soluções tecnológicas, nem sempre imediatamente aplicáveis. “Uma coisa é a visão futurista da cidade inteligente, e outra bem diferente é a necessidade que se tem, de transformar as cidades, trazê-las para mais perto do cidadão – que é quem tem de estar no centro de toda essa transformação.

Pensar smart – cidades, indústrias ou mobilidade – com foco em pessoas

Porque a cidade não existe, sem o ser humano”, resume o presidente da Siemens, Pablo Fava. E há muitos desafios para fazer essa transformação acontecer – na habitação, na energia, no transporte, no saneamento básico, entre inúmeras outras. Mas, para qualquer frente que se olhe, a forma de organizar a cidade passa pela inteligência de dados. A transformação digital é um pilar fundamental, na adaptação de uma cidade às necessidades dos seus cidadãos. No saneamento, por exemplo, é preciso analisar a quantidade de chuva, monitorar os reservatórios, acompanhar a captação, o tratamento e a distribuição de água, e ainda fazer projeções, tendo em vista o crescimento populacional. Isso tudo são dados. É claro que sempre será necessário o CAPEX: máquinas, bombas, telemetria, mas o que faz a diferença é a inteligência por trás disso, a análise preditiva do que pode acontecer, IoT (Internet das Coisas) para o sensoriamento, modelos de simulação, análise e tomadas de decisão, com acompanhamento e atualizações constantes. Uma vez que grandes quantidades de dados são analisadas, é possível desenhar cenários mais próximos da realidade, e se adaptar a eles. Outro bom exemplo é a energia elétrica. É preciso monitorar as variáveis destas redes, construir modelos de análise de dados, para determinar com antecedência qual a melhor maneira de gerar, distribuir e administrar essa energia – levando em conta as variações das cargas de eletricidade ao longo do tempo – para residências, serviços, espaços públicos, comércio e indústrias da região.

@Siemens

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“Por isso, a Siemens trabalha com o MindSphere e com o Siemens Xcelerator – este último, uma plataforma de negócios digital e aberta – possibilitando um digital integrado, um metaverso industrial, metaverso aqui entendido como um lugar que gera oportunidades para construir ecossistemas. Analogamente: nós baixamos facilmente um aplicativo, porque o ecossistema que mantém a plataforma que minha marca utiliza vai estar lá, e vai fazer as atualizações necessárias. Agora, transfira isso para uma cidade. É fundamental cruzar dados de saneamento com dados de energia, por exemplo, para o bombeamento de água, que consome muita energia. Qual energia vai ser utilizada, quão sustentável ela é, qual é a disponibilidade dessa energia? Empresas e cidades, que trabalham visando ao atendimento aos ODSs (Objetivos de Desen-

Na indústria, por exemplo, poucos segundos sem energia podem gerar mais do que perdas de produção, podem desencadear acidentes, além de tornar a produção industrial e as infraestruturas ineficientes. A necessidade de uma infraestrutura elétrica confiável é ainda mais urgente, com as demandas que estão sendo geradas pela mobilidade elétrica. É evidente, então, que essa infraestrutura elétrica deve considerar estas novas necessidades, como o recarregamento das baterias de ônibus, de caminhões, de ambulâncias e de automóveis. Pátios especiais, redes de postos e de recarregamento doméstico, excedente de energia elétrica, que transforma consumidores em fornecedores, enfim, tudo se movimenta em uma rede integrada. E os dados são fundamentais para administrar o fluxo dessa energia, que varia de direção e em intensidade.Asemaforização, por exemplo, poderia ser otimizada, nos horários de pico e nas madrugadas.Prédios inteligentes são outro exemplo de aplicação das tecnologias inteligentes, que incluem iluminação, controle de temperatura, elevadores, controle de acesso, com uma infinidade de oportunidades para melhorar a qualidade de vida. O que permeia toda essa mudança é a digitalização: ela é a forma mais evidente para promover benefícios para o cidadão, eficiência para a indústria, sustentabilidade para a sociedade, e resiliência das infraestruturas críticas.“

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– que é quem tem de estar no centro de toda essa transformação. Porque a cidade não existe, sem o ser humano”, resume o presidente da Siemens, Pablo Fava.

Muitas prefeituras vêm buscar, com a gente, conhecimento sobre o que é uma cidade inteligente, como se faz uma cidade inteligente. Porque não são só processos da administração pública, que devem ser automatizados, mas as atividades da vida cotidiana. Então, primeiro é preciso saber o que está acontecendo, fazer um bom levantamento, e discutir o que precisa ser feito, o que dá para ser feito, o que é prioridade. Como na mobilidade, quando se coloca GPS numa frota de ônibus para saber mais a fundo como se dá sua movimentação para otimizá-la, ou para conhecer melhor o processo da coleta seletiva de lixo. Existe uma carência muito grande sobre o que realmente é uma cidade inteligente, quais são as principais dores daquele espaço, e onde se pode agir primeiro. É uma construção conjunta, pensando nas diferentes disciplinas, com a ajuda da automatização e da digitalização dos processos envolvidos”, explica José Borges Frias, head de inovação da Siemens. É preciso começar hoje, pensando daqui a 10, 20 anos, porque, se não for assim, pode-se montar algo que não vai conversar com nenhuma tecnologia que se queira integrar em um futuro próximo. É preciso ter uma visão de onde se quer chegar, para que, mesmo a passos pequenos, seja possível perceber que se está chegando cada vez mais perto dessa visão – porque a cidade inteligente é pensada em um momento, e vai sendo integrada e transformada ao longo do tempo. E essa dinâmica faz a escolha das tecnologias e parceiros ser ainda mais crítica.

E é necessário pensar se as tecnologias serão abertas ou proprietárias, e elas têm de ser plug & play de verdade, sem a necessidade de “engenheirar” integrações. Então, deve-se evitar pensar em um produto acima da cidade; seguramente a escolha vai na direção de colocar inteligência sobre uma plataforma, integrando ecossistemas – porque cada vez menos as empresas fornecem tudo o que é necessário para um projeto.Esses ecossistemas tendem para o mesmo modelo dos usados na telefonia celular, onde lojas disponibilizam aplicativos. O primeiro passo é escolher, por exemplo, como a Apple, que definiu que hardware e software são, juntos, uma plataforma, e o ecossistema coloca por cima a inteligência. Outra opção é decidir que hardware é separado de software, e pode ser integrado de outra forma. O que é plataforma, até onde ela vai, e o que elas integram, são perguntas técnicas que vão definir caminhos. O ideal então é colocar um norte na sua visão, e dar passos que o aproximem dele. E evitar soluções pontuais, que não conversem com o ecossistema, porque é ele que garante que o legado pode ser atualizado, já que tudo trabalha numa mesma plataforma, com a possibilidade de cruzar dados de forma simples, com segurança cibernética, acompanhando as novas versões dos diversos softwares envolvidos.

“Uma coisa é a visão futurista da cidade inteligente, e outra bem diferente é a necessidade que se tem, de transformar as cidades, trazê-las para mais perto do cidadão

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automaticamente

volvimento Sustentável da ONU), e metas de Net Zero já têm esse tipo de preocupação. Isso vai ser cada vez mais importante”, comentaSeFava.qualquer pergunta sobre a forma como empresas, pessoas e serviços vão evoluir pede uma grande quantidade de dados cruzados, seria possível fazer um digital twin/ gêmeo digital de uma cidade? Sim, seria possível fazer um gêmeo digital de toda uma cidade. Seria um trabalho descomunal, que exigiria engenharia reversa, demandaria muito tempo, mas seria possível. Ter um gêmeo digital facilita muito qualquer intervenção, porque possibilita prever o que fazer, como fazer, quem deverá fazer, quem precisa saber o que está acontecendo e às vezes, até atuar remotamente. É possível habilitar as Inteligências Artificiais, porém, ao longo do tempo, são feitas ampliações, intervenções, modificações, etc. Quem documenta isso? Se o sistema de controle for integrado com o sistema de engenharia, a documentação fica atualizada – como na indústria. Isso vale muito, mas pede mudança de comportamento, que é onde está o maior desafio: na cultura das pessoas, das empresas, das cidades. Para que exista essa integração de sistemas que mantém tudo atualizado, é preciso muita preparação, e um bom projeto. O gêmeo digital exige que você insira mais dados, mais detalhadamente, para que sejam representativos. Se a decisão for fazer um gêmeo digital, tem de realmente seguir como foi estabelecido, não pode haver nem um pedaço desse sistema resolvido à parte, num Excel ou num software desenvolvido in house (dentro de casa), nem informações exógenas, que não são compartilhadas. Como em projetos industriais, quando existem diversas frentes de trabalho funcionando de forma autônoma, é preciso que os dados de um grupo se cruzem com os de outros, referenciados no projeto da mesma maneira. Deve-se ter alguma plataforma que ajude a fazer essa colaboração, porque assim o próprio sistema identifica inconsistências. Mas o que convence uma empresa, uma pessoa, um governo, a investir hoje em mobilidade e smart city? “ Fomento e financiamento para viabilizar os projetos são importantes, porém, mais significativo ainda, é o benefício que vem do projeto. E o benefício de um ponto de vista mais abrangente do que apenas retorno sobre o investimento (ROI). Essas decisões de risco têm de usar um conceito mais aberto, tem de incluir também os princípios de ESG (fatores ambientais, sociais e de governança). É relevante ter o ganho, porém, tão relevante quanto, é saber: qual a pegada que ele está deixando? E isso não é apenas retórica, o mercado está cobrando novas posturas. Uma empresa que não está atenta a isso não está olhando para o futuro ”, afirma Borges. Fava conta que já existem iniciativas pontuais de cidades inteligentes no Brasil. E muitas, no mundo. A Siemens faz parte de algumas delas, como a Expo 2020 Dubai, que criou um distrito industrial para mostrar novas tecnologias, e deixar um legado de infraestrutura sustentável, e práticas de última geração. O slogan do evento era “Connecting Minds, Creating the Future” (em tradução livre “Conectando Mentes, Criando o FuProjeto Siemsnsstat Square

Durante a exposição de Expo 2020 Dubai, a Siemens disponibilizou o aplicativo MindSphere Smart City que permite a digitalização da infraestrutura: para monitorar, controlar e planejar a infraestrutura extensa da exposição. O desafio era reduzir a complexidade e o consumo de dados de 200.000 sensores conectados de 134 prédios. O design traz inteligência visual, melhorando a localização de caminhos e a cognição espacial para uma tomada de decisão eficaz. A visualização padrão dos dados 3D BIM+GIS+em tempo real dos sensores une os vários conjuntos de dados que normalmente não seriam cruzados ou sobrepostos. Essa correlação criou novas adjacências e consciência sobre eventos simultâneos.

necessariamente

A Siemens vai usar todo tipo de tecnologia para saneamento, eletrificação, transporte, entre outras, tudo girando em torno da sustentabilidade. Porém, o grande componente de valor no projeto é o tratamento dos dados, que vão para o MindSphere – Sistema operacional da Siemens, baseado em IoT – que vai pegar todo esse enorme volume de dados, e gerenciá-lo de maneira contínua, criando uma base de dados, estabelecendo indicadores de performance (KPIs), e sendo a fonte para aplicativos e aplicações”, conta Sérgio Jacobsen, vice-presidente Brasil de Smart Infrastructure da Siemens.

espanhóis – Naurigas Emprendimientos e Seed Global Advisory (SGA) – perceberam que o modelo de urbanismo clássico não fazia mais sentido e, com o olhar nas tendências da próxima década, buscaram um caminho, no qual convergissem a inovação do espaço urbano, o desenvolvimento social e econômico, e a proteção ambiental. “A iniciativa já está em andamento. Aguaduna é uma smart city, que serve de exemplo do uso da tecnologia para endereçar um tema, no caso, a sustentabilidade.

Controle&InstrumentaçãoNº273|2022 turo”). A Siemens foi convidada para pensar esse evento/distrito inteligente, 10 anos antes da data da exposição, que atrasou por conta da Pandemia. A exposição ocupou um espaço equivalente a duas vezes o tamanho de Mônaco, e estava dividida em três grandes temas: Sustentabilidade, Oportunidade e Mobilidade. Recebeu cerca de 300 mil visitantes/dia e tinha 150 pavilhões de países participantes. Borges conta que, desde o início, a base foi safety & security (proteção e segurança), cybersegurança, qualidade de vida, e sustentabilidade. A ideia era ser o mais neutro possível em emissões, monitorar a qualidade do ar, garantir que a energia fosse de fontes renováveis. O projeto tinha de ser resiliente, para ser um legado do uso de tecnologias, para a construção de um ambiente sustentável. Para isso, é preciso olhar 20 anos para frente, e analisar se o que está sendo feito hoje serve de base para esse futuro, se vai ser possível evoluir em cima disso, se tem a habilidade de se adaptar. A Siemens implantou, na exposição de Dubai, o controle de vigilância, monitoramento por vídeo, controle integrado, controle de iluminação e de temperatura integrados, gerenciamento integrado da geração e de consumo de energia, planta de hidrogênio verde, gestão inteligente, com integração via MindSphere – a plataforma IoT da Siemens–, entre outras soluções. O Distrito industrial da Expo 2020 Dubai esteve aberto ao público por seis meses, e o que ficou desse grande laboratório servirá como modelo para outras cidades inteligentes.AsededaSiemens

A empresa também olha para o ESG em suas próprias ações e nas dos seus parceiros. Mundialmente, a Siemens assumiu compromisso de zerar as emissões de carbono em operações próprias, até 2030. No Brasil, a meta foi antecipada para 2025. “Já estamos quase lá! Se usarmos apenas os números como medida para realizar investimentos, a conta não fecha. É preciso pensar de forma mais ampla, pois, tudo está interligado. Se você atua na redução de emissão de gás carbônico, está atuando também na melhoria da saúde. Pensar smart é pensar de forma preditiva ”, comenta Fava.

nos Emirados Árabes Unidos ocupou dois andares da Expo 2020 Dubai, e mantém o blue print da exposição como referência. Porém, Borges lembra que cada cidade tem uma proposta, por isso, vai encontrar outras aplicações para as mesmas tecnologias. “Dá para replicar, mas a ideia é cocriar. Em Dubai, o desafio que ficou foi integrar o distrito, deixado como legado ao dia-a-dia da cidade, e muito já foi feito com transporte, empresas alocando lá seus escritórios, e com a utilização de edifícios inteligentes para moradia. Aproximadamente 80% dos prédios da exposição foram aproveitados, e ainda há um movimento para se manter um lugar onde cresça a cultura da colaboração. Nós, da Siemens, também aprendemos muito com cada projeto em que trabalhamos. Tanto que temos, para 2030, um planejamento de criar o Siemensstadt Square, em Berlim, que vai transformar-se em um distrito hub de inovação, de sustentabilidade e de circularidade”, conta o executivo. Mais perto, existe o projeto Aguaduna, no município de Entre Rios, no litoral norte da Bahia. Os idealizadores

Infraestrutura movimentada e complexa Um dos principais fatores que contribuem para a complexidade do sistema do túnel Kaisermühlen é o fato de existirem 10 vias de acesso e duas pistas de coleta, além das quatro pistas de tráfego. Estes representam um grande desafio, do ponto de vista da ventilação, como explica Robert Reiter-Haas: “Devido às entradas e saídas no túnel, a estratégia de extração de fumaça é muito complexa. A fumaça deve ser propositadamente extraída em diferentes direções, dependendo da localização do incêndio. Isso é muito mais fácil de lidar com outros túneis, que possuem apenas uma entrada e saída, ou seja, uma direção de fluxo pré-especificada. Além disso, este é um dos túneis mais movimentados da Áustria e, portanto, uma artéria principal na rede de tráfego da cidade de Viena. Portanto, essa rota tinha que ser utilizável com alta disponibilidade mesmo durante a reforma”. Durante a modernização, decidida em 2018, todos os componentes elétricos e de segurança foram renovados.

• sistema de ventilação; • telefone de emergência e sistema de alarme de incêndio;

Controle baseado em PC monitora túnel rodoviário de 2 km

Beckhoff-New Automation Technology

Mais de 200 IPCs impulsionam a modernização de segurança do túnel Kaisermühlen, em Viena. A ECOexperts Automation GmbH, com sede em Tieschen, Áustria, é especializada em soluções de infraestrutura. Um de seus principais pontos focais é a combinação de automação e TI, com foco especial em aspectos de segurança, como segurança cibernética e aplicativos descentralizados amplamente distribuídos. Com mais de 200 PCs industriais em operação, o exemplo do túnel Kaisermühlen, de 2.150 metros de comprimento, em Viena, mostra que a tecnologia de controle modular e escalonável, baseada em PC da Beckhoff é a plataforma de automação ideal neste ambiente. Os PCs integrados CX9020 e CX2020 (superior e inferior direito, respectivamente), bem como o gabinete de controle C6930 (canto inferior esquerdo), são usados para automação e controle no túnel Kaisermühlen, em Viena. De acordo com o gerente de projeto da ECOexperts, Robert Reiter-Haas, este projeto de infraestrutura é um dos projetos de túneis mais complexos do mundo: “A renovação foi realizada durante a operação, sem o fechamento completo do túnel ao tráfego, e dentro do prazo de apenas 18 meses. Problemas ou fechamentos imprevistos teriam levado a um colapso do tráfego em Viena. Por isso, a questão da disponibilidade do sistema foi um dos pontos mais importantes na implementação do projeto. Isso foi resolvido por meio de uma solução redundante apropriada, baseada nos PCs industriais do gabinete de controle C6930, da Beckhoff, e nosso software acuradeG5.”

A variedade dos sistemas envolvidos também ilustra a alta complexidade do sistema:

• fornecimento e distribuição de energia;

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• iluminação (implementada como iluminação LED infinitamente controlável); • infraestrutura de TI;

• sistema de vídeo e sistema de aviso acústico; • instalações de tráfego. Plataforma de controle aberta e altamente flexível A ECOexperts usa a tecnologia de controle da Beckhoff, desde 2016. Do ponto de vista de Robert Reiter-Haas, um fator decisivo importante naquela época era a disponibilidade de hardware independente de plataforma, e o suporte correspondente da Beckhoff: “Entre as grandes vantagens, estão o poderoso Hardware IPC e a extensa gama de módulos de E/S. Além disso, todos os componentes da Beckhoff atendem aos requisitos especiais na área de infraestrutura, em relação a uma faixa de temperatura operacional estendida. Também decisiva é a possibilidade de instalar extensivamente nosso próprio software nos IPCs da Beckhoff. Especialmente nesta área, nos beneficiamos de um suporte muito bom da Beckhoff Áustria, tanto tecnicamente quanto em termos de vendas. No nível de E/S, 104 PCs Embedded CX9020 estão distribuídos como acopladores de barramento em mais de 50 locais no túnel Kaisermühlen. Estes são conectados através do software TwinCAT OPC UA a 12 unidades de controle redundantes, cada uma com dois PCs industriais de gabinete de controle C6930. Desta forma, são controlados mais de 7.500 sinais digitais, e 400 sinais analógicos, por •exemplo:sinaisde comutação para interruptores de energia, ventiladores de jato, semáforos; • sinais de feedback de interruptores, ventiladores de jato, contatos de porta, contatos de telefone de emergência, semáforos; • valores medidos para luminância, iluminância, concentração de CO; • pontos de ajuste de iluminação. Um teste de fogo no túnel Para a tecnologia de tráfego, foram utilizados 81 Embedded PCs CX2020, como concentradores de dados com protocolos especiais. Os protocolos seriais, como sinais de trânsito variáveis ou sinais de pista, são conectados por meio desses IPCs. A modularidade do CX2020 é de grande importância em relação às interfaces seriais. O software acuradeG5, que conecta os níveis individuais via OPC UA, é instalado em todos os níveis de controle. Os 24 PCs industriais do gabinete de controle C6930, que executam acuradeG5, atuam como controladores redundantes implementados na forma de um chamado hot standby. Eles cuidam do controle completo do sistema, separados de acordo com a faixa de rodagem. Um sistema redundante acuradeG5 é usado como sistema de controle central, e conecta as 12 unidades de controle redundantes para formar um sistema completo. Os acionadores de eventos (incêndio, engarrafamento, etc.), bem como os programas de controle de tráfego e ventilação, são executados neste sistema de controle. O registro de dados completo, várias avaliações (por exemplo, tendência, consumo de energia, registro de dados históricos), bem como a visualização, também ocorrem aqui. Outros sistemas independentes, por exemplo, o sistema de vídeo, também estão conectados, e podem interagir entre si. Em relação à complexidade e requisitos de controle específicos, Robert Reiter-Haas resume: “Um total de mais de 200.000 pontos de dados são processados no servidor. Decisivo para a funcionalidade geral é, acima de tudo, a universalidade da solução de software em todos os níveis, que foi implementada com base em diferentes componentes da Beckhoff. Com o grande número de CX9020s usados como acopladores de barramento, nos beneficiamos da boa relação custo-benefício, bem como do endereçamento simples, e suporte OPC UA com TwinCAT OPC UA. Como o estado da arte, o OPC UA traz, em primeiro lugar, o alto nível de segurança esperado dos protocolos modernos. Em segundo lugar, simplifica consideravelmente o comissionamento e o acoplamento, devido ao seu endereçamento simples. Em suma, os aspectos de segurança e orientação a objetos foram decisivos para a escolha do OPC UA.”

Então, soluções para a modernização de segurança da área de infraestrutura de um túnel rodoviário incluem benefícios para o cliente, como tecnologia IPC escalável e poderosa; plataforma de hardware com possibilidade de integrar software próprio do cliente; boa relação custobenefício; comunicação endereçável segura e simples via OPC UA, entre outras. No projeto do túnel, foram usados junto ao controle baseado em PC 81 PCs embarcados CX2020, 104 PCs Embarcados CX9020 com TwinCAT OPC UA, 24 PCs industriais do armário de controle C6930, e cerca de 3.000 terminais EtherCAT.

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De acordo com o mais recente Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC-2022), o mundo deve atingir o pico de emissões de gases do efeito estufa (GEE) nos próximos três anos. O setor de transportes é responsável por 25% das emissões globais, por isso, o forte movimento de mudanças na mobilidade está em evidência, considerando se tratar de uma promessa para redução de emissões, nos curto e médio prazos.

Vibra Energia, maior distribuidora de combustíveis do país, prevê a implementação do maior corredor elétrico do país, com 8.700 Km, com a instalação de 70 estações de recarga ultrarrápida, que conectarão mais de 7 estados brasileiros, além do fornecimento do serviço de recarga de veículos elétricos em 25% de sua rede, de mais de 8.000 postos, até 2030.

Quanto ao incremento da frota elétrica, é esperado que os veículos elétricos representem mais de 30% das vendas, a partir de 2030. A decisão de compra de veículo elétrico pelo consumidor passa principalmente pela análise de atratividade do Custo Total de Aquisição do veículo elétrico, e da infraestrutura de recarga elétrica disponível.

Marcia Loureiro gerente de eletromobilidade da Vibra Energia

ELETROMOBILIDADE

A experiência da recarga pelo usuário dependerá da potência oferecida pelos eletropostos, que tem relação direta com tempo da recarga, que define a classificação das recargas em lenta, semirrápida, rápida e ultrarrápida. O usuário urbano, conta geralmente, com opção de recarga em locais privados, em casa ou trabalho, além de estações públicas, para recargas de oportunidade, garantindo o suprimento de energia para o uso na cidade. Em situações de deslocamentos em distâncias superiores ao limite da autonomia da bateria do veículo, ele terá necessariamente de fazer uma programação prévia, identificando os eletropostos disponíveis para planejamento das recargas necessárias.

Uma vez equacionadas as atuais barreiras de entradas relacionadas a custo, infraestrutura de recarga e avanço de tecnologia das baterias, a eletrificação é uma rota tecnológica com previsão de crescimento muito expressivo no mercado brasileiro, nos próximos anos, favorecida pela pressão exercida pela agenda ESG para Mobilidade de Baixa Emissão, que impulsiona as tecnologias de eletrificação veicular, fazendo com que as montadoras tenham data limite para fabricação dos atuais motores a combustão interna. E você? Qual será a energia que abastecerá seu próximo carro?

Neste contexto de mudanças climáticas, pactos internacionais, volatilidade do preço de combustíveis, adversidades geopolíticas, inovações tecnológicas, e maior consciência global para hábitos de consumo, a aceleração de tecnologias automotivas, relacionadas à eletrificação e biocombustíveis sustentáveis se apresenta como alternativa para mitigação das emissões, significa um novo ciclo tecnológico, com amplas oportunidades na cadeia de valor da indústria automotiva.Oveículo elétrico, por denominação, é aquele cuja propulsão se dá a partir de um ou mais motores elétricos, alimentados pela eletricidade armazenada em baterias. No entanto, existem diferentes classificações para veículos elétricos, que se estendem aos puramente elétricos, alimentados exclusivamente por fonte externa de energia; os veículos híbridos, que combinam propulsão elétrica com motor a combustão, e os elétricos à célula de combustível, que utilizam o gás hidrogênio como vetor energético para a produção interna de energia para as baterias. Vale lembrar que veículos elétricos abrangem, além dos carros particulares, veículos para uso comercial, logístico, compartilhamento, transporte coletivo urbano e rodoviário. Por isso, é importante a implementação de uma Política Nacional para mobilidade consistente, visando a acelerar a transição da frota, de maneira coerente e adequada à realidade nacional e a particularidades da nossa matriz energética.

A linha de transponders de 800 Gb/ s, da plataforma LightPad i6400G, da Padtec, permite transmitir altíssimas taxas de dados, em distâncias curtas a longas, em redes DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing) terrestres e submarinas.

“Com essa geração de transponders, os provedores otimizam sua operação, uma vez que é possível transportar mais tráfego com uma quantidade menor de equipamentos. Isso reduz o custo por bit transmitido, bem como o consumo de energia e de espaço, que são escassos nos ambientes de telecomunicações. Sabemos da pressão por preço, enfrentada pelas operadoras e provedores regionais, como a Adylnet, em um mercado que demanda capacidades cada vez maiores pelo mesmo custo. Nosso compromisso é fornecer soluções que, além de inovadoras e no estado-da-arte da tecnologia, apoiem o desenvolvimento do negócio dos nossos clientes, de modo a manter o crescimento de suas receitas, alinhado à satisfação dos usuários de seus serviços”, explica Argemiro Sousa, diretor de Negócios da Padtec.

Tech by Sebrae fomenta crescimento de empresas de tecnologia O Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – desenvolve uma iniciativa para impulsionar o crescimento das empresas paranaenses, e o programa Tech by Sebrae, que começou em julho, é uma das estratégias que conta com o apoio de alguns atores importantes, como é o caso da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, a Assespro-PR. A iniciativa propõe uma jornada de estudo e trabalho, em que é possível chegar mais longe. Com uma agenda especial, o cronograma tem um único objetivo: conectar empresas inovadoras a temas relevantes, para fomentar o crescimento e a inovação. Isso tudo sob a orientação de quem conhece o caminho. O Tech by Sebrae acontece em sete unidades da entidade, espalhadas no Paraná, com programações que se estendem até outubro. Haverá rodada de negócios, ciclo de palestras e seminários. Em Curitiba/PR, o recente lançamento do programa para as empresas que estão localizadas na capital do Estado reuniu café, boa conversa e o início de uma rede de relacionamentos.

Modernizando a rede com transponders de 800 Gb/s A AdylNet, provedora de serviços de telecomunicações do Rio Grande do Sul, que tem uma rede óptica de mais de 22 mil km, está investindo na construção de uma rede de comunicação de alta capacidade, interligando as capitais São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, e cidades-chaves do interior gaúcho. E adotou a linha de transponders de 800 Gb/s (até 400 Gb/s por canal óptico) da Padtec, com o objetivo de oferecer aos seus clientes uma experiência de alta qualidade, hoje e no futuro. Com sede em Nova Prata/RS, a AdylNet atende atualmente mais de 50 mil usuários residenciais, corporativos e atacado (ISP). A decisão de modernizar sua infraestrutura de rede faz parte da estratégia da empresa, de atender – com qualidade – às demandas crescentes por banda e novos serviços, nas regiões em que atua. “O objetivo é construir uma rede à prova de futuro, utilizando soluções capazes de prepará-la para atender às demandas atuais e que ainda virão. É o caso dos transponders de 800 Gb/s, da Padtec, por exemplo”, destaca Silvio Seganfredo, diretor técnico da AdylNet.

Lucas Ribeiro, presidente da Assespro-PR, convidado para o café, apresentou a entidade deixando as portas abertas para o ingresso de novas histórias. “Um momento bacana, onde pudemos mostrar o papel da Associação, da força que ela vem tendo em todo o Estado, e de como trabalhar junto faz a diferença. As empresas precisam encontrar seu lugar de protagonismo”, destaca. “O Paraná é o quarto em quantidade de empresas de tecnologia em desenvolvimento de software no País, mas o sétimo em receita. Temos um desafio muito grande em gerar negócios e, trabalhando em conjunto, isso fica muito mais fácil”. A Assespro-PR é parceira do Tech by Sebrae, e custeia o valor da capacitação para 25 Todasempresas.asempresas participantes terão acesso a: cinco masterclass; dez horas de consultoria especializada; mentorias coletivas mensais para empresas de tecnologia; além de webinars, palestras exclusivas e consultorias especializadas. “ As empresas já estão sendo conectadas, para que cada uma tenha um plano de ação individual ”, pontuaDadosMello.mostram que as empresas participantes das edições anteriores expandiram seu faturamento, em média, 46%, a partir da inovação em vendas, processos, produtos e serviços.

“Tivemos 37 empresas participando no café da manhã que oferecemos. Pudemos explicar o conceito do programa, que é a promoção dos treinamentos, das mentorias e das consultoras, e pontuamos que os momentos serão oportunidades de conectar as empresas para que encontrem oportunidades de trabalho juntas”, assinala o coordenador Estadual de Tecnologia no Sebrae/PR, Vinicius Mello.

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cada vez mais relevância. Segundo o estudo Women in the boardroom – realizado pela Deloitte e divulgado em 2022 – até o ano passado, 19,7% dos cargos em conselhos de administração, globalmente falando, eram ocupados por mulheres. No Brasil, essa realidade ainda caminha a passos menos acelerados. No país, esse índice é de 10,4%, mas vem apresentando alta a cada ano. Segundo especialistas, a conscientização sobre a equidade de gênero levou a iniciativa privada a adotar ações mais concretas, para promover um aumento da participação feminina nos cargos de liderança.

Ainda olhando o cenário brasileiro, a Grant Thornton fez uma pesquisa com cerca de 250 empresas, e constatou que 35% dos cargos de CEOs são ocupados por mulheres, contra uma média global de 24%. De acordo com Marcus Giorgi, sócio da EXEC – empresa especializada em Executive Search – e responsável pelos segmentos de TMT (Tecnologia, Mídia e Telecom) e Consultorias, esse movimento vem sendo verificado na prática, a começar pelos processos seletivos. “Quase a totalidade das empresas que atendemos já estão pedindo que pelo menos uma mulher esteja na lista de finalistas, para concorrer a uma vaga executiva”, conta. Outra constatação feita por Giorgi é que uma em cada três vagas estão sendo preenchidas por mulheres. “O número de mulheres nas disputas pelas vagas e nas aprovações segue subindo, e a tendência é que essa participação fique cada vez maior perante o público masculino”, enfatiza.

O especialista destaca que, nesse sentido, o esforço é dobrado para desmistificar qualquer tipo de preconceito que possa existir nesses segmentos. “Nas fintechs, operadoras de telecomunicações e empresas de software, já é possível notar um bloqueio bem menor em relação à presença das mulheres em cargos como CIOs, por exemplo”. Além de serem cobradas para terem um conhecimento técnico acima da média, as mulheres que lideram áreas ligadas à tecnologia precisam reforçar o que se chama de soft skills, habilidades que estão ligadas ao lado comportamental. “As pessoas tendem a julgar as mulheres como mais emocionais do que racionais, o que nem sempre é verdade”, enfatiza Giorgi.Uma das características fundamentais que uma líder deve ter é a resiliência, aponta o especialista da EXEC. “A mulher vai ser colocada à prova o tempo todo, e precisa mostrar que também consegue entregar resultados, além de ser cobrada por líderes homens, que muitas vezes ainda as julgam como frágeis”. Ligada diretamente à resiliência, Giorgi destaca a inteligência emocional como um diferencial na ascensão da liderança, quer seja ela feminina ou masculina. “Dentro dos escritórios, hoje, já vemos um número cada vez maior de mulheres, e a inteligência emocional está seguramente ligada a este fato. Mulheres geralmente possuem maior capacidade de avaliar, compreender e expressar emoções e sentimentos que facilitem seu trabalho e o da equipe e, além disso, sabem motivar e gerar empatia”, afirma. Para o especialista, a presença cada vez maior de mulheres em cargos de liderança em empresas de tecnologia é um caminho sem volta. “Hoje, temos empresas que buscam mais colaboração e menos hierarquia, e as mulheres vão continuar a ganhar espaço nessa movimentação”, conclui.

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Mulheres em TI: a passos lentos, ganham cada vez mais espaço O estigma de que o mercado de TI foi feito somente para homens vem caindo ladeira abaixo, nos últimos anos. Em diferentes níveis hierárquicos –universoçaselhosposiçõescargosprincipalmenteC-Leveleemcon-–apresen-femininanessevemganhando

Considerados anteriormente ambientes inóspitos para mulheres, as áreas de TI das empresas hoje oferecem menos obstáculos para as profissionais de liderança, segundo Giorgi. Todavia, o esforço de provar sua competência ainda se faz necessário. “As mulheres enfrentaram situações bem mais complicadas para liderar essas áreas. De toda forma, ainda precisam fazer um esforço extra para provar sua competência e brigar por seu espaço”, explica.

Ainda de acordo com o levantamento, do total de 165 empresas pesquisadas no Brasil, há 115 mulheres ocupando cadeira nos conselhos das empresas, mas apenas 4,4% delas são presidentes desses colegiados. Em 2016, esse número era bem menor, apenas 1,6%.

Na radiografia do estudo da Deloitte, entre os cinco setores econômicos que mais têm mulheres nos conselhos, o mercado de tecnologia, mídia e telecomunicações se destaca, com 14,7%.

Automatizando integradores de energia solar Energias limpas e renováveis fazem parte da nova economia. E a PipeRun, em conjunto com seus clientes, desenhou uma solução para automatizar as vendas dos integradores de energia solar. A novidade surgiu a partir da necessidade apresentada em um levantamento que a salestech realiza mensalmente, com mais de duas mil empresas do país. “Os desafios do segmento de energia solar vão além de réguas de emails ou prospecção ativa por telefone. Passam por problemas complexos, cálculos estatísticos e conhecimento profundo do segmento para geração de uma proposta, além de integrações com mídia paga como Google ou Facebook ADS”, avalia o CRO da PipeRun, Fausto Reichert. O executivo destaca que a plataforma atua para gerar total autonomia aos clientes. “Nosso configurador de funcionalidades por segmento está em constante evolução, e conquistando clientes, trazendo autonomia em quaisquer canais de aquisição, como inbound, outbound, revendas ou indicações. E sem a necessidade ou dependência de desenvolvimentos ou horas técnicas de customizações”, detalha Fausto Reichert. Enquanto o time da PipeRun conversa com milhares de companhias a cada mês, seu software de CRM vai coletando e tabulando os dados das pesquisas realizadas. Durante esse processo, as informações do mercado apresentaram a oportunidade para especialização em um segmento que já era atendido pela plataforma: a energia solar. A partir de um trabalho conjunto com um grupo de clientes da empresa, foi criado um novo recurso para análise, cálculos e gerador de propostas — contendo todos os dados necessários, além dos gráficos e comparativos de retorno sobre investimentos no setor. Os dados tabulados foram transformados em recursos do CRM.

A especialização não é uma mera funcionalidade generalista. Pelo contrário, faz parte de uma busca constante sobre evoluções do produto de forma segmentada, com conhecimento profundo de cada setor. Com o configurador de segmento da plataforma, são criados recursos portáveis, sem a necessidade de efetuar customizações para cada cliente. O desenvolvimento da calculadora levou oito meses, desde a concepção da ideia até a execução do projeto. O esforço envolveu clientes, time de produto, equipe de vendas, atendimento e mercado da PipeRun.

Inteligência artificial e machine learning para a solução de roteamento, dispositivo móvel e telemática

Os aprimoramentos de IA e ML incluem um módulo inteligente de configuração e monitoramento, emular o conhecimento dos especialistas em otimização de rotas da Descartes; algoritmos de machine learning para cálculos de localização, trânsito e tempo de parada. Dezenas de milhares de pontos de dados são avaliados continuamente para fazer ajustes, melhorar a precisão do planejamento de rotas e executar rotas mais previsíveis e eficientes. IA e ML são extensões para os recursos avançados de otimização e execução de rotas, e são usados, desde o agendamento dinâmico de entregas, até o planejamento e a execução de rotas em tempo real, para melhorar o desempenho das frotas.

A captação de dados ocorre via aplicativo, já na vista técnica, com simples fotos e upload dos documentos, ou pelo envio de formulários via WhatsApp para os clientes finais — que podem imputar as imagens ou arquivos sobre seus dados, facilitando o controle operacional dessa tarefa. Alguns bancos e seguradoras já disponibilizaram opções de integração. E, para facilitar sua conexão, as APIs da PipeRun foram atualizadas. Assim, todos os bancos e seguradoras têm a possibilidade de efetuar a integração, para receber automaticamente os dados coletados e oportunidades de vendas dos integradores.

O lançamento da calculadora energética trouxe ainda mais especializações segmentadas para o CRM. Um dos pontos principais foi o recurso sobre a capacidade de geração de energia, conforme a geolocalização das cidades. Dessa forma, dentro da funcionalidade de cálculo, está contemplado o cadastro de todos os municípios brasileiros, e seu potencial conforme a posição solar. O novo recurso faz todos os cálculos de acordo com o kit de módulos e inversores selecionados na proposta, gerando os resultados que basearão a proposta comercial do segmento na plataforma.Paraapoiar seus clientes, a plataforma dispõe de formulários de captação de dados para seguros e financiamentos, onde a centralização dos dados facilitará as vendas e a liberação de créditos aos clientes finais.

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O Grupo Descartes Systems apresentou melhorias baseadas em inteligência artificial (IA) e machine learning (ML), em seu conjunto de roteamento móvel e telemática. As melhorias vão contribuir para que os clientes obtenham excelentes resultados de otimização, e aprender com os resultados do mundo real, para maximizar o desempenho da frota. “A Descartes tem um longo histórico de inovação, incluindo automação de processos robóticos para padronização e automação de planejamento de rotas, otimização de nuvem elástica, para escalar operações de grandes frotas, e otimização de rotas no mesmo dia, para prometer dinamicamente entregas no mesmo dia com tempo definido”, disse Sergio Torres, vice-presidente sênior da Descartes. “Nossos aprimoramentos baseados em IA e ML são indicativos de nossos esforços contínuos para aprimorar nossas soluções de roteamento para simplificar e automatizar a configuração e o ajuste do sistema, para maior precisão do modelo e melhores resultados operacionais.”

A ELSYS, empresa brasileira de tecnologia, que há 33 anos fornece soluções no Brasil e no mundo, lançou o novo inversor solar modelo trifásico 220V, que conta com corpo em liga de alumínio injetado, sobrecarga CC de 50%, e eficiência pico de até 98,6%. A novidade é recomendada para empresas com alto consumo de energia, tal como indústrias e comércios, que tenham instalações de energia fotovoltaica, instaladas com o padrão de entrada 220V.

O VDL10 apresenta excelente performance em campo, com compensações de pressão e temperatura integradas, proporcionando alto desempenho e estabilidade das medições.Otransmissor está disponível nos protocolos de comunicação HART 7 e Profibus PA – com respectivas bibliotecas – para configuração, calibração, monitoração e diagnósticos, que podem ser realizados pelo usuário, com a utilização de um configurador apropriado, ou ferramentas baseadas em EDDL ou FDT/DTM. Além disso, os principais parâmetros podem ser configurados via ajuste local, utilizando a chave magnética.

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A Genetec e a HID Global reforçam sua parceria de 15 anos com o lançamento da HID Mobile Access. A solução permite a gestão e controle de acesso às mais variadas áreas físicas das empresas, de todos os portes, por meio do uso de dispositivos móveis dos próprios usuários (IoS ou Android), que só precisam baixar o aplicativo HID Mobile Access, criptografado e seguro, para liberar seu ingresso em portas, portões, nas redes, e muito mais.

A solução HID Mobile Access é composta por um portal web, HID Origo, que consiste em um serviço de assinatura digital, no qual estão registradas as licenças das empresas, e as pessoas se cadastram; pela credencial digital emitida; pelo dispositivo móvel e pelo leitor HID, com Bluetooth, instalados em todos os acessos.Coma HID Mobile Access, é possível abrir portas e portões com um toque de curto alcance, ou à distância usando a ativação Twist & Go. Em seguida, o usuário pode usar o mesmo dispositivo para fazer login na rede, abrir fechaduras eletrônicas, liberar a impressão segura de documentos, rastrear a gestão de tempo e presença, comprar um lanche em uma máquina de venda automática, ou acessar uma estação eletrônica de carregamento de veículos.

Para uma operação segura e eficaz dessas grandezas, a Vivace disponibiliza ao mercado o Transmissor de Pressão, Nível, Densidade e Vazão com Selo Eletrônico VDL10. O VDL10 conta com dois sensores capacitivos inteligentes e microprocessados, de alta performance, e conectados por um selo eletrônico. Ideal para aplicações de medição de nível em evaporadores, torres de resfriamento e tanques com grandes dimensões (onde demandariam transmissores com capilares com comprimentos muito grandes, inserindo erros com a variação de temperatura e densidade do fluido de enchimento).

Pressão, nível, densidade e vazão são variáveis comuns, em um ambiente industrial, e a correta medição delas é fundamental para a qualidade de matérias-primas e, consequentemente, para o resultado positivo de todo um processo.

Com quatro categorias de potência diferentes, os inversores 15 kW e 20 kW possuem 3 MPPTs, com duas entradas por cada MPPT. Os inversores de 25 kW e 30 kW possuem 4 MPPTs, com duas entradas por MPPT. Estas configurações viabilizam uma quantidade de 6 a 8 strings por inversor, e a utilização de módulos de alta corrente. Idealizado para instalação em todo o território brasileiro, o novo inversor atende todas as normas de segurança internacionais, e conta com sete anos de garantia, tendo possibilidade de extensão até 10 anos, além de oferecer conexão Wi-Fi para monitoramento da produção de energia, em tempo real, pelo aplicativo Elsys Solar e site. Na realidade das instalações brasileiras, alguns locais possuem as redes trifásicas em 380V e outros em 220V. Até então, as empresas que necessitavam de uma opção 220V se viam obrigadas a adicionar um transformador para viabilizar tecnicamente o projeto. Agora, com os novos inversores, evita-se o uso de transformadores, e pode-se fornecer uma solução única e segura com a garantia associada ao próprio inversor.

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O dispositivo é compatível com o aplicativo FLIR Tools Mobile, disponível para dispositivos iOS e Android. A partir de um dispositivo móvel, visualize imagens e vídeos salvos capturados do VS80, baixe arquivos, e compartilhe-os facilmente, com clientes ou colegas.Asonda de imagem térmica, voltada para a frente para o FLIR VS80, traz recursos de videoscópio térmico para uma variedade maior de usuários, com um preço abaixo de US$ 1.000, à la carte, ou como parte de um kit, a partir de US$ 2.599. Oferece 160 x 120 térmico, na extremidade de um cabo de um metro, para inspecionar facilmente sótãos, espaços de rastreamento, paredes internas, redutores industriais e outros equipamentos mecânicos, para identificar rapidamente danos, vazamentos e peças de superaquecimento, que são invisíveis a olho nu. C&I_273 - 06

As vantagens oferecidas por esta plataforma são muitas, e incluem a possibilidade de centralizar formatos e dados de produção, e reduzir o tempo de trabalho. A plataforma pode conectar-se a sistemas existentes da empresa, como ERP ou MES, para recuperar dados atualizados, exatamente de onde estão. A SEA Vision também possui a tecnologia Lixis PEM, para serialização de embalagens com módulo compacto para aplicações Track &Trace e Lixis PVS-M, para agregação de embalagens com módulo para controle de rastreabilidade total da linha. Essas soluções gerenciam todos os níveis definidos pela norma ANSI/ISA 95: do nível 0-1 (dispositivos e sistemas instalados nas máquinas da linha de produção) ao nível 4 corporativo, até a notificação ao nível 5, das Autoridades Reguladoras Nacionais. As tecnologias de sistema de visão da SEA Vision BRASIL são a Lixis SVC/HVS: Inspeção por visão para produtos em blísteres e inspeção de código de barras em foil de alumínio de blísteres; Lixis PVS: OCR/OCV, controle cosmético de embalagens e códigos (integridade da embalagem, posição do rótulo, controle da tampa do frasco, controle de nível de líquido, controles customizados); Lixis MH: Controle de microfissuras em blísteres Alu-Alu; Harlequin: Sistemas de visão para produtos em blísteres; Inspeção de dados variáveis/Serialização na etiquetadora Neri BLA 309, com OCV da Marchesini Group.

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A SEA Vision, empresa de software italiana, apresenta novidades sobre toda a gama de aplicações de sistema por visão, projetadas para a inspeção de produtos e suas embalagens, desde o controle de códigos e caracteres, até presença, forma, cores e muitos outros – o core business histórico da SEA Vision Group, onde a empresa tem mais de 25 anos de experiência.

A empresa tem uma área dedicada à solução 4.0 yudoo, uma plataforma escalável e modular, incluindo ferramentas para automação (gestão centralizada de produção, workflows e timesheet), para a qualidade digital (criação de sistemas paperless, sistemas de suporte para operações de liberação de lotes), para análise de dados (análise de dados de produção, dashboard de inteligência de negócios, monitoramento de condições e manutenção preditiva), e para Rastreabilidade (soluções completas para nível 3 e 4 de serialização, monitoramento de operações de serialização).

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Para permitir a mais ampla gama de inspeções visuais, o FLIR VS80 foi projetado como o videoscópio mais versátil e poderoso de sua classe. O VS80 é equipado com uma tela sensível ao toque de sete polegadas, de alta resolução (HD) de 1024 × 600, e está disponível para compra em sete kits diferentes, com a opção de comprar sondas ultrafinas à prova d’água, que podem ser trocadas dentro e fora em segundos. As opções de sonda incluem uma sonda articulada bidirecional de 4,5 mm de diâmetro; uma sonda articulada de quatro vias; uma sonda de carretel para encanamento com um cabo de 25 metros; sondas de câmera visível HD simples e HD dupla; uma sonda de definição padrão; e uma sonda de câmera térmica de uso geral. Os profissionais e técnicos precisam inspecionar alvos em espaços apertados, sem desmontagem demorada em muitos setores, incluindo manufatura, construção e manutenção automotiva, e o novo FLIR VS80 atende todas essas necessidades, ao mesmo tempo em que oferece uma impressionante variedade de versatilidade diagnóstica, nos espectros de imagens visíveis e infravermelhas. No total, o VS80 oferece ao pessoal de inspeção e reparo a capacidade de reduzir os custos de manutenção, e os custos de capital de substituição, melhorando a produtividade e a segurança no trabalho.

Os motores da indústria de geração de energia estão cada vez mais eficientes, inclusive sob o aspecto de impacto ambiental. Assim, lubrificantes e fluidos de arrefecimento de alta qualidade são essenciais, para otimizar as operações, reduzir o consumo de óleo e a substituição de filtros, controlar o consumo de combustível, permitir eficiência na combustão e, dessa forma, reduzir o impacto ambiental. Além dos produtos específicos para geração de energia, como parte da divisão Motul Heavy Duty, a MOTUL Brasil também está introduzindo lubrificantes industriais para o mercado brasileiro, por meio de sua divisão MotulTech. São óleos, graxas e fluidos de alta tecnologia para lubrificação de equipamentos industriais, usinagem e transformação de metais, tratamento térmico e outras especialidades. Esta divisão já está presente no mercado global, desde 1989, por meio de produtos e serviços, destacando-se por constantes pesquisas e desenvolvimentos, acompanhados por inovação. - 04 C&I_273 - 04

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Em tempos de combustível caro e de preocupantes números em torno do aquecimento global, o Instituto Hercílio Randon – sem fins lucrativos e único centro de pesquisas das Empresas Randon, em Caxias do Sul/RS – traz ao mercado uma solução em tecnologia, que promete ajudar o meio ambiente e o bolso.

Trata-se do sistema E-Sys, o primeiro módulo de tração auxiliar com motor elétrico para carretas da América Latina, que permite a recuperação de energia gerada durante a frenagem e descidas, capacitando a carreta a ajudar o caminhão a transpor aclives, de forma segura e eficaz.Esta solução, criada pelo IHR e pela Suspensys, possibilita que o sistema gere uma economia de combustível, que pode chegar a 25%, pois, ao utilizar a energia cinética da rotação das rodas, produz energia elétrica que, ao ser consumida pelo motor, reduz a quantidade utilizada de material fóssil. Este mecanismo gera menos desgaste dos componentes do veículo, e redução na emissão de resíduos de gases de efeito estufa, no meio ambiente. Em atuação desde 2014, 60% das pesquisas do Instituto Hercílio Randon já se tornaram produtos ou empresas. Somente em 2021, foram desenvolvidos 42 produtos, com foco e potencial de entrarem no mercado. Para se ter uma ideia da dimensão e importância do IHR, alguns dos projetos do IHR, em franca ascensão no mercado, são, além do e-Sys, a nanotecnologia aplicada. Todos integram as verticais do conhecimento que o instituto adota para desenvolver suas pesquisas.

A multinacional francesa Motul, uma das mais tradicionais marcas e lubrificantes automotivos do mundo, está expandindo a sua atuação, com o objetivo de atender as mais rigorosas exigências dos motores e grupos geradores industriais. Tanto que, neste ano em que completa 30 anos de operação no Brasil, a companhia centenária anuncia o lançamento de sua linha PowerGen, que engloba produtos de alta performance para a indústria de geração de energia. São lubrificantes, fluidos, produtos de manutenção e aditivos, que excedem os padrões exigidos pela indústria de energia, projetados para reduzir o desgaste dos motores, otimizar a durabilidade, e reduzir os custos de manutenção, mesmo sob as mais severas condições de operação. As soluções aumentam a confiabilidade e o desempenho dos motores, além de otimizar os custos: redução do volume anual de reposição de lubrificante em 20%, menor reposição de filtros – em torno de 30% – e diminuição do custo de descarte de lubrificante, em função do aumento de intervalos de troca de óleo. As análises de óleo mostraram uma redução de 50% nos metais de desgaste, quando comparado ao histórico com óleos anteriores. Também foi comprovada uma redução de até 10°C, pelo aumento da eficiência da troca térmica. No total, os benefícios atingidos representaram uma economia de US$ 44,6 mil, por motor, ao ano.

Usando a Automação Predial da Beckhoff, todos os subsistemas podem ser integrados desde a fundação, num conceito de automação universal baseado em PC e na rede EtherCAT. O efeito: custos minimizados, manutenção e flexibilidade otimizados, baixos custos com engenharia e todos os critérios de automação predial estarão de acordo com os requisitos classe A de eficiência energética. O sistema modular de controle da Beckhoff permite que todos os pontos de dados estejam convenientemente conectados através dos módulos de E/S Bus Terminal, bem como uma maior flexibilidade de operação do sistema para os usuários, desde um smartphone até um painel com tela sensível ao toque.

Beckhoff Automação Industrial Ltda. Santo André – SP Telefone: info@beckhoff.com.br(11)4126-3232

Como construir tradicionalmente: use tijolos. Como construir com flexibilidade: use concreto.

BA11-12aBR |

Materiais essenciais para os edifícios atuais.

www.beckhoff.com.br/building

Como construir com segurança: use aço. Como construir inteligentemente: use os componentes Beckhoff para automação.

Automação Predial da Beckhoff.

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