Revista Controle & Instrumentação nº275

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Ano 23–nº 275–2022–www.controleinstrumentacao.com.br Instrumentação, Elétrica, Controle de Processos, Automação Industrial, Predial e Metrologia Metalúrgicas aceleram rumo à Indústria 4.0–mas ainda há muito caminho a ser percorrido
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A ferro e fogo ... e tecnologia

No Brasil, o consumo aparente de produtos siderúrgicos (vendas internas mais importações) atingiu 2,0 milhões de toneladas, em setembro, retração de 3,6%, em relação a agosto, devido às importações, que recuaram 26,2%, para 235 mil toneladas, na mesma comparação. Mas, o Índice de Confiança da Indústria do Aço, referente a outubro, cresceu 4,4 pontos, atingindo 57,8 pontos – é a terceira alta seguida, desde abril deste ano. O setor tem muito com o que lidar.

A Agência Internacional de Energia publicou um relatório sobre o Roteiro de Tecnologia de Ferro e Aço, em 2020, que descrevia as oportunidades e dificuldades do setor – que já havia estabelecido, três anos antes suas metas para atingir emissões zero, em 2050. Ainda que com dificuldade, as siderúrgicas estão perseguindo esse resultado com tecnologias mais avançadas, melhores minérios e uma mistura otimizada de combustíveis nas operações, onde as emissões podem ser reduzidas, de 10% a 30%.

O caminho para alcançar essa “descarbonização” deve ser diferente para cada empresa, mas, sendo o setor responsável por cerca 10% das emissões industriais de GEE (gases do efeito estufa), a substituição de combustíveis, por exemplo, é mandatória. Já existem muitas ações, voltadas para a economia circular, aumentando a disponibilidade de sucata de alta qualidade; para a siderurgia movida a hidrogênio; a captura, armazenamento ou utilização de carbono; etc.

As empresas do setor estão investindo significativamente em inteligência artificial, não apenas nos seus processos, mas também no desenvolvimento de seus produtos. Os avanços em tecnologias como big data e IIoT impactaram a vida cotidiana, então, as indústrias de manufatura, que pedem produtos mais leves, menos poluentes... Daí o aumento no uso de ferramentas avançadas, como gêmeos digitais, que ajudam as siderúrgicas com a criação de cenários hipotéticos que, baseados em dados reais, reduzem, não apenas emissões, mas custos em geral, com aumento de produtividade. A ABI Research prevê que os investimentos em digitalização na indústria do aço devem atingir quase US$ 6 bilhões, até 2031, crescendo a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 10,9%.

Nessa edição, você lê um pouco sobre o que o setor de aço e siderúrgicas vêm trabalhando. Que, no frigir dos ovos, não difere muito de outros setores, no que tange às pressões ambientais e tecnológicas – para perpetuar o negócio e salvar o planeta: digitalização e descarbonização.

Até o fechamento desta edição, o embate Rússia-Ucrânia ainda não havia acabado, nem o comando do país havia sido decidido. E continuamos a nos falar nas mídias sociais diariamente; semanalmente pelas newsletters.

Boa leitura

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C
O editor NESTA EDIÇÃOwww.editoravalete.com.br facebook.com/controleinstrumentacao 30 34
– Automação em Petróleo e Gás Sumário Talking
38 Cover
Novo Laminador da
Usina
de Pindamonhangaba/SP, Gerdau
Permanentes 08 News 14 Market 20 Special 27 Energies 40 Cast Colaboraram, com imagens e informações, as assessorias de imprensa Metalúrgicas aceleram rumo à Indústria 4.0 - mas ainda há muito
a ser
Gerdau avança com os planos de modernização de operações no Brasil

novembro

e 10 – Expo ISA Brazil International Automation & Innovation 2022 – Unisal Lorena

2022

24 e 27 – 29° Congresso e Mostra Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE Brasil - Pavilhão Ciccillo Matarazzo/Pavilhão da Bienal, São Paulo/ https://saebrasil.org.br/congresso/inscricoes/

PEO LE

Edson Akiyama é o novo diretor de Customer Enabling da Basf, para a América do Sul. O executivo substitui Renata Milanese, que se tornou Diretora Geral da Basf Country Cluster Sul – Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai. “Temos um time diverso, criativo, apaixonado por inovação, e comprometido com a sustentabilidade. Tenho a certeza de que vamos avançar ainda mais no desenvolvimento de novos negócios, e sempre buscando engajar e inspirar clientes e parceiros”, afirma Akiyama. A área que agora está sob seu comando engloba as iniciativas para conectar a estratégia de proximidade com o cliente: o ecommerce shop@BASF (Go to Market); Customer Experience (que avalia a jornada de interação com os clientes); CRM – Customer Relationship Management; Customer Engagement & Insights (pesquisa de mercado e mapeamento de oportunidades de negócios); Customer Network Teams, que conecta negócios diversos da BASF, interagindo de uma forma mais estratégica, para um mesmo cliente e o onono, Centro de Experiências Científicas e Digitais, que possui laboratórios de P&D de Personal Care e Home Care (cuidados pessoais e da casa), hub de economia circular, e desenvolve iniciativas, com o objetivo de cocriar, com os clientes, inovações e soluções digitais, e por meio da inovação aberta.

Akiyama começou na Basf em 1998, construindo sua jornada na companhia focado em Tecnologia da Informação, governança, web e estratégias digitais. Esteve por 3 anos em delegação na Alemanha, responsável pelo programa Connected Enterprise, voltado para a modernização do parque tecnológico global da companhia. De volta ao Brasil, foi responsável global pela área de integração de dados, e pela implantação da plataforma digital Go to Market, o e-commerce pioneiro da indústria química B2B. Nos últimos 4 anos, atuou como Gerente Sênior de Transformação Digital para a América do Sul. É formado em Administração de Empresas pela Universidade Ibero-Americana, pós-graduado em gestão empresarial pela Fundação Dom Cabral, e com MBA pela FGV.

A Emerson nomeou Felipe Leibholz para Vice-presidente Discrete & Industrial e Gerente Geral para a Ascoval, nas linhas de Fluid & Motion Control América Latina. Ele será responsável por dar continuidade à estratégia de crescimento, sustentada pelos pilares de cultura, portfólio e execução; liderando uma equipe multifuncional, focada em desenvolvi-

mento de negócios, vendas e operações. Felipe se juntou à Emerson em 2014, como Coordenador de Desenvolvimento de Negócios e Planejador Estratégico para Automation Solutions. Em 2015, foi promovido para Gerente de Vendas Industriais e, em 2019, passou a atuar como Diretor Geral América Latina de Pressure Management. Possui graduação em Engenharia Mecânica pelo Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virginia (EUA), bem como um MBA pela Universidade Estadual de Ohio, Fisher College of Business (EUA).

O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, é uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina, segundo a Bloomberg Línea, plataforma digital de conteúdo de negócios e finanças da multinacional Bloomberg, que lista as personalidades que mais se destacaram em 2022. A seleção foi feita pelo corpo editorial da Bloomberg, formado por jornalistas de vários países latinos.

“Esse reconhecimento é motivo de orgulho, e reflexo dos esforços para inovar em nossos negócios, e utilizar nossa capacidade de transformação para mudar a realidade social, nos países em que estamos presentes. Diria que foram os sonhos e as ambições das nossas pessoas que nos permitiram chegar a esse resultado extraordinário. Toda essa energia, somada à evolução da nossa cultura organizacional e à paixão constante pelos nossos clientes, criam uma equação poderosa, e que nos faz ter a certeza de que o melhor ainda está por vir”, comenta Gustavo Werneck.

Os critérios utilizados na lista são: criação de valor, promoção de ideias inovadoras e contribuição para o crescimento da economia na América Latina.

A Seacrest Petróleo anunciou a vinda de Juan Alves, como seu novo Vice-presidente de Produção e Operações. Juan tem mais de uma década de experiência na indústria de óleo e gás, em desenvolvimento de campos maduros onshore, no Brasil e EUA. Estava até então responsável pelo Upstream dos Ativos de Produção da Petroreconcavo, nas suas 60 concessões, nos estados da Bahia e Rio Grande do Norte. Foi responsável pela execução da transição de operação, start-up e aceleração de produção, nos polos de Riacho da Forquilha, Miranga e Remanso.

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Juan vai se reportar a Michael Stewart, presidente da Seacrest – companhia de E&P focada na aquisição e desenvolvimento de ativos de petróleo e gás no Brasil, em especial dos ativos maduros on shore no Espírito Santo.

Primeira mulher a liderar a maior Câmara Americana fora dos Estados Unidos, Deborah Vieitas deixará a posição de CEO da Amcham Brasil, no dia 31 de dezembro de 2022. A troca de comando da organização vem sendo preparada há 12 meses pela executiva, em coordenação com o Conselho de Administração da entidade, presidido por Luiz Pretti. O seu sucessor será Abrão Neto, atual Vice-Presidente Executivo da Amcham Brasil.

A Amcham, fundada em 1919, reúne cerca de 4 mil empresas que, juntas, representam 1/3 do PIB brasileiro. É hoje a maior entidade multissetorial brasileira, com atuação nacional, através de 16 unidades regionais espalhadas pelo país, sendo a principal Câmara Americana, entre as 117 existentes fora dos Estados Unidos. Nos 7 anos da sua gestão como CEO, Deborah Vieitas foi responsável por dinamizar a entidade, reformular a estrutura organizacional, e planejar investimentos em Inovação e na agenda ESG, trazendo relevância institucional para a companhia.

Ela lançou o Brasil Pelo Meio Ambiente, plataforma que reúne 125 projetos de preservação ambiental, com mais de R$ 12 bilhões em investimentos; o Soma, movimento que mobilizou 180 empresas, e mais de R$ 850 milhões em doações para o combate ao Covid; o AmchamLab, plataforma de inovação aberta e cooperação entre mais de 3 mil startups e empresas associadas; o AmchamAngels, maior comunidade de investidores anjos do Brasil, com cerca de 2 mil participantes; o AmchamApp; e conduziu importantes fóruns empresariais em temas chaves: Relação Brasil-EUA e Competividade, Compliance, Diversidade e ESG. Ampliou parcerias estratégicas com diversas

entidades, tais como Unicef, ABDIB, ICC Brasil, CEBDS, Cebri, Brasil-US Business Council, Fiesp, CNI e Instituto Fernando Henrique Cardoso. Expandiu a operação da Amcham para o Espírito Santo em 2021, e a incorporação da Câmara Americana do Rio de Janeiro, entidade que, por mais de 100 anos, foi independente, à Amcham Brasil, em 2018. Reposicionou o Prêmio Eco, o mais longevo prêmio de sustentabilidade do Brasil, e adição ao portfólio de produtos e serviços, voltados a apoiar empresas na sua jornada ESG; entre outras ações.

A SKIC Brasil, filial brasileira de uma das principais empresas de Engenharia e Construção da América Latina, anuncia a contratação de dois novos conselheiros, os executivos brasileiros Ricardo Lamenza (foto da esquerda) e Antonio Cyrino de Sá, que passam a integrar o Conselho de Administração da empresa, com o objetivo de aperfeiçoar e fortalecer a governança e a estratégia da empresa no Brasil.

Ambos acumulam larga experiência em cargos de primeiro escalão, em empresas multinacionais. Lamenza e Cyrino de Sá reforçarão, dentro da governança da empresa, a questão cultural do Brasil, e apoiarão os planos da SKIC Brasil, para ampliar ainda mais sua atuação em solo nacional, já consolidada nos setores de energia e de mineração.

Lamenza é formado em administração de empresas pela Universidade Mackenzie, foi executivo da Siemens, no segmento de Energia (Geração Transmissão e Distribuição), Indústria e Óleo & Gás, entre outros, por mais de 30 anos; é membro, professor e coordenador da Comissão Conselhos do Futuro do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Atuou nos conselhos da COGEN, Abeeólica e Abinee, e foi diretor do DEINFRA da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

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Cyrino de Sá é engenheiro de produção, formado pela escola politécnica da USP , e vice-presidente para América Latina East & North América, da ENAEX. Ele atua, há mais de 25 anos, no setor químico, em posições de Diretoria e Presidência. É presidente do SINDEX – Sindicato das Indústrias de Explosivos, ligado a FIESP

Os executivos unem-se aos atuais três membros do conselho da SKIC Brasil: Sandro Tavonatti, CEO global da SKIC, Caroline Vender, vice-presidente corporativo de planejamento e estratégia LATAM, e Juan Pablo Aboitiz, acionista e presidente do conselho de administração da SKIC Brasil.

objetivo impulsionar o desenvolvimento de ambientes de tecnologia nas escolas públicas, e disseminar o aprendizado de programação e robótica entre estudantes do gênero feminino das fases finais do ensino fundamental. Este ano, o “Meninas da Tecnologia” contou com 340 alunas e professoras de 28 escolas públicas de Joinville. Todas foram beneficiadas com 72 horas de capacitação em lógica, programação e robótica educacional. Foram 4 etapas, até a fase eliminatória, em que as participantes, em grupos, precisaram resolver um desafio tecnológico inédito, que abordou o monitoramento de condições climáticas de Joinville. Além da fase de pesquisa, cada equipe apresentou um protótipo físico que funcionasse por meio de um arduíno – plataforma de prototipagem eletrônica de uso livre – e de sensores que fizeram a leitura desses parâmetros.

3º lugar - Escola: Escola Municipal Padre Valente Simioni

Alunas: Laura Mendes Quintino

Isabelly da Maia Pereira

Professora: Gilmara dos Santos

Premiação equipe: 01 Arduíno para cada integrante

2º lugar - Escola: Escola Municipal Padre Valente Simioni

Alunas: Heloisa Correa Pietra Alice Lopes da Silva Luiza Bauer

Professora: Daniela Pereira

Premiação equipe: 01 Kindle para cada integrante

1º lugar - Escola: Escola Municipal Vereador Curt Alvino Monich Alunas: Amanda Aparecida do Livramento Brenda Wéschylin Limas

Professora: Sheila Steffen Klimtchuk

A Tupy, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), anunciou as três equipes vencedoras da segunda edição do “Meninas na Tecnologia”. A iniciativa tem como

Premiação equipe: 01 notebook para cada integrante Cada uma das instituições de ensino foi contemplada com uma impressora 3D.

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Schneider Electric firma seu propósito de sustentabilidade e premia Distribuidor brasileiro em Las Vegas

A WESTCON foi novamente premiada, agora numa celebração especial durante a conferência anual Global Alliance Partners, da Schneider Electric, em Las Vegas (EUA). Ela foi agraciada com o GLOBAL ALLIANCE PARTNER ECOSYSTEM

AWARD, categoria que trata do desenvolvimento das parcerias com os integradores de sistemas.

A WESTCON, como distribuidor especialista em automação (Alliance IAD – Industrial Automation Distributor), alcançou um significativo aumento do número de parceiros integradores de sistemas, graças ao sucesso do seu programa de expansão do ecossistema de parceiros.

A premiação da WESTCON mostra a importância do suporte especializado do parceiro Alliance IAD no compromisso da Schneider, de fazer chegar aos usuários finais as melhores tecnologias e os produtos mais avançados, de classe mundial, a fim de proporcionar operações rentáveis, seguras, eficientes e, principalmente, sustentáveis.

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Produção de carvão vegetal da Aperam é modernizada

Com unidades em Capelinha, Itamarandiba, Minas Novas, Turmalina e Veredinha, no Vale do Jequitinhonha, a Aperam BioEnergia está investindo R$ 135 milhões, na modernização do sistema de fornos para a produção de carvão vegetal no país. O modelo FAP 2000, equipamento próprio e patenteado pela BioEnergia, é o maior forno do mundo em operação no setor. De acordo com a empresa, a estimativa é encerrar este ano com a produção de 450 mil toneladas – a companhia é pioneira na produção de carvão vegetal do Brasil, sendo a maior fabricante do insumo no mundo.

À frente do processo de inovação, o diretor da Aperam, Edimar de Melo Cardoso , afirma que, para a produção do carvão vegetal, as metas atuais da empresa visam a aumentar a eficiência operacional e a segurança dos colaboradores.

“ Investimos neste ano em seis novos fornos do modelo FAP 2000, em substituição aos 24 fornos que tínhamos do tipo FAP 220. Esses novos são considerados os maiores fornos do mundo, para a transformação da lenha de eucalipto em carvão vegetal. Eles possuem abertura e fechamento de portas de forma automatizada, e são capazes de aumentar a capacidade de produção, porém, com uma maior redução no consumo de madeira e de emissão de CO2. Esses diferenciais aumentam a nossa capacidade de automatizar e, consequentemente, nossa competitividade ”, ressalta.

Somente neste ano, essas aquisições para o equipamento somam um aporte de R$ 35 milhões. No entanto, segundo o diretor, até 2025, outros 15 novos fornos FAP 2000 serão instalados, por meio de um investimento de R$ 100 milhões. “Há ainda um diferencial importante, pois, antes, os nossos fornos eram de alvenaria, o que levava maior tempo para o resfriamento, e resultando numa produtividade mais lenta”, explica. Já o FAP 2000, segundo Edimar Cardoso, pode oferecer uma capacidade três vezes superior à tecnologia do RAC 700, outro modelo de forno presente na empresa, com usabilidade que varia entre 15 e 20 anos, e que entrará em breve para a rota de substituição.

O FAP 2000 é uma tecnologia que visa a reforçar o trabalho forte da empresa em investir na inovação, na tecnologia e na segurança aos trabalhadores. Inclusive, neste ano, a empresa realizou a implantação de dois novos queimadores de gases, também modelos próprios, que integrados com o sistema de automatização, permite um aparato tecnológico de alto desempenho.

Eles garantem, aos 100% da produção do carvão vegetal, um produto final com um resultado de maior qualidade, com ganhos em padronização e sustentabilidade.

O carvão mineral não é renovável. Já o carvão vegetal produzido pela Aperam BioEnergia, que participa na redução do minério de ferro, é utilizado na fabricação do aço em nossa indústria, em Timóteo. Por se tratar de uma matéria-prima gerada a partir da sustentabilidade, e ancorada sobre outras práticas sustentáveis, o produto final como o aço inoxidável e os aços elétricos vão derivar no Aço Verde”, detalha o diretor.

A Aperam BioEnergia, atualmente, administra 126 mil hectares de áreas distribuídas em Capelinha e cidades do entorno, dos quais 76 mil hectares são dedicados à plantação de eucalipto para a produção do carvão vegetal. A expectativa é de que o tamanho da floresta possa ter uma expansão de aproximadamente 20%, nos próximos anos, de acordo com o diamétrico e o aumento da idade das árvores.

Na prática, para processar 450 mil toneladas do biorredutor, como acontece atualmente, a empresa conta com 283 fornos, dos quais 121 unidades do modelo RAC 220; 161 do tipo RAC 700; e uma unidade do FAP 2000. Em suma, o sistema pode produzir aproximadamente 2 milhões de metros cúbicos de carvão, ao ano.

Além dos novos fornos de carbonização, que na verdade são de redução de carbono, e também dos queimadores de gases, estamos investindo na melhor eficiência de recursos de operação. Estamos com frotas de máquinas que exigem cada vez menos consumo. Estamos investindo na melhor eficiência hídrica, além de investimentos para a nossa indústria de Timóteo ”, elenca Cardoso. Para a modernização da usina siderúrgica e da BioEnergia, foram investidos recentemente US$ 117,5 milhões, o equivalente a R$ 588 milhões. O aporte foi destinado para melhorias em inovação, otimização de processos, redução de poluentes e sustentabilidade.

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Nexa anuncia compromissos ESG até 2030

A Nexa Resources S.A., empresa global de mineração e uma das cinco maiores produtoras de zinco do mundo, anunciou novos compromissos de longo prazo, relacionados aos aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG). Diante de um cenário voltado às mudanças climáticas e alinhada ao Acordo de Paris, a Nexa projeta zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE) – o chamado net zero – até 2050, alcançando a neutralidade – equilíbrio entre as emissões e a absorção de carbono – até 2040.

Para isso, a Nexa estabeleceu compromissos de redução das emissões diretas (escopo 1) em 20%, o que significa uma redução total de 52 mil toneladas de carbono equivalente, até 2030, considerando 2020 como ano base. Além disso, a Companhia pretende manter a alta participação de fontes renováveis em sua matriz energética. No que diz respeito ao escopo 3, a Companhia iniciou o mapeamento de toda a cadeia de valor, a fim de engajá-la ao seu objetivo tornar-se o net zero, em 2050.

“ Buscamos aprimorar ainda mais a nossa trajetória de sustentabilidade. A cada ano, temos reduzido as emissões de GEE, desenvolvendo projetos relacionados à redução de escopo 1, e buscando manter a nossa matriz energética, majoritariamente, renovável ”, diz Ignacio Rosado, CEO da Nexa. Atualmente, a Companhia contribui para a descarbonização com diversas iniciativas, como o uso de biomassa para geração de vapor, injeção de hidrogênio em máquinas automotivas, testes com bio-óleo em fornos de zinco, substituição de combustíveis, como gás liquefeito de petróleo (GLP) e diesel por gás natural, acordos comerciais para uso exclusivo de energia renovável no Brasil e no Peru, entre outras iniciativas.

Com base em estudos de mercado realizados pela Companhia, a Nexa já possui uma das menores pegadas de carbono, se comparada a outros produtores de zinco (escopos 1 e 2), sendo, em 2021, cerca de 0,41 toneladas de CO2 equivalente, por tonelada, de zinco e óxido de zinco comercializada.

“ Nossa estratégia ESG contempla compromissos

prioritários para 2030, em distintas áreas, como uso e descarte de água, segurança, pluralidade (diversidade, equidade e inclusão), além de redução de emissões de CO 2, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas ”, finaliza Rosado. Além disso, temas como gestão de resíduos e barragens, desenvolvimento local, descomissionamento, direitos humanos, integridade e transparência também estão contemplados na estratégia ESG da Nexa. Os 8 compromissos de longo prazo da Nexa incluem: Redução de emissões e neutralidade – redução absoluta das emissões de escopo 1 em 20% (52 mil toneladas de CO 2 equivalente), mantendo a matriz de energia elétrica da Nexa composta, quase em sua totalidade, por fontes renováveis; atingir a neutralidade de emissões, até 2040; alcançar o net zero, até 2050; Segurança com zero fatalidades em todas as unidades operacionais, e consolidação em todas as unidades no primeiro quartil da indústria de mineração, em relação à Taxa de Frequência de Acidentes Reportáveis (“TRIFR”); Uso e descarte de água – 10% de redução no consumo específico de água nas unidades de mineração (de 1,68 m³/tonelada de ROM (*), para 1,51 m³/tonelada de ROM), e em metalurgia (de 24,01 m³/tonelada de metal para 21,61 m³/tonelada de metal), considerando como base o consumo dos últimos 12 meses.

(*) Run-of-mine: minério bruto, obtido diretamente da mina, sem sofrer nenhum tipo de beneficiamento ; Pluralidade (diversidade, equidade e inclusão) – até 2030 ter 30% de mulheres na força de trabalho; 30% de mulheres em cargos de liderança. Atualmente, já conta com 16,5% de mulheres, e 21% em posições de liderança e a Unidade Aripuanã, no Mato Grosso (MT), já iniciou operações com 30% de mulheres.

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Mina polimetálica Aripuanã, da Nexa, no Mato Grosso

Encontro de telemedicina destaca inovações

A Associação Paulista de Medicina (APM) promoveu a 4ª edição do Global Summit Telemedicine & Digital Health, em formato híbrido, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Com área única de 8 mil m² em volta das arenas de conteúdo, totalmente integrada para receber grandes players do setor, palestrantes e os cerca de 2 mil congressistas.

No Global Summit, Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma, e Joost Wolfs, diretor de Inovação e Tecnologia Digital, da Novo Nordisk, destacaram que a tecnologia e a inovação são elementos fundamentais, também para a transformação do setor farmacêutico. Explicaram que, com o uso de dados, é possível estar um passo à frente do paciente, percebendo a mudança do uso do medicamentos, e estimulando a adesão ao tratamento, seja por meio de gamificação, abordagem direta do sistema, ou pelo profissional de saúde envolvido.

Durante a Pandemia, as farmácias foram o primeiro lugar de acolhimento da população, e onde o segmento mais avançou para no modelo digital, trazendo acessibilidade. Para os especialistas, essa prática, associada à telemedicina, vai facilitar o acesso de pacientes a seus médicos.

A Tivit – multinacional brasileira e one stop shop de tecnologia, que oferece serviços como desenvolvimento de software ágil, nuvem híbrida e pública, cibersegurança, operações de alta complexidade, em parceria com a AWS, apresentou suas soluções para o mercado de saúde se atualizar – as empresas acreditam que conexões e interações geram trocas significativas, ideias exponenciais e inovadoras.

Outro painel tratou trouxe o tema “Interoperabilidade de dados que salvam vidas”, abordando a importância de transacionar informações entre todos os sistemas da jornada do paciente, e de ter visão 360º como ferramentas de gestão em saúde. A importância das healthechs na construção do sistema de saúde e uma contextualização do cenário de in-

vestimentos no Brasil e no mundo também esteve em pauta. Também se discutiu o uso de IA inteligência artificial e Big Data na saúde – que pode aumentar a base de pessoas atendidas: com os dados, pode-se rastrear a prevalência e a gravidade de doenças em circulação, e a IA pode fazer avaliações de saúde.

Um dos painéis do GS2022 reuniu representantes de operadoras de saúde brasileiras para debater como a saúde é indissociável de inovação e tecnologia: o bom uso das ferramentas tecnológicas será cada vez mais central para a sustentabilidade dos sistemas de saúde públicos e privados, no Brasil e no mundo. Participaram da mesa o superintendente médico da Abramge, Cássio Ide Alves; a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente; e o presidente da Unidas, Anderson Mendes. A moderação foi do sócio titular do Escritório Toro Advogados Associados, José Luiz Toro da Silva. Segundo os executivos, a saúde digital é considerada uma verdadeira revolução no setor, trazendo desafios, tais como aprimorar a gestão da saúde do paciente; como melhor utilizar os dados móveis, aplicativos e dispositivos vestíveis; além da medicina personalizada.

E foram apresentados, como fundamentais nesse processo, a interoperabilidade e os modelos de prestação de serviços baseados em valor, com o paciente no centro do cuidado. Outro tema abordado no painel foi a implantação e expansão da rede 5G, que deve promover a evolução de serviços médicos, como a telecirurgia. Nessa linha, na exposição paralela, pode-se ver o uso do metaverso para treinamento virtual.

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OPPO conquista prêmios na BEYOND EXPO 2022

A empresa global de tecnologia OPPO, 4ª maior do mundo em fabricação de dispositivos inteligentes, com mais de 500 milhões de usuários globais, recebeu na semana passada os prêmios Impact Award e Consumer Tech Innovation Award na BEYOND Expo 2022, em reconhecimento às conquistas em sustentabilidade e em tecnologia de carregamento rápido SUPERVOOC do Reno 7, smartphone que acaba de ser lançado no Brasil.

A BEYOND Expo deste ano, que aconteceu entre 21 e 27 de setembro, em Macao, atraiu mais de 20.000 inovadores e 500 empresas de ciência e tecnologia, de todo o mundo. A OPPO estava entre as empresas expositoras do evento, apresentando suas conquistas em sustentabilidade e os resultados do recente Acelerador de Inovação do Instituto de Pesquisa OPPO.

A empresa conquistou o Impact Award graças ao impacto positivo das suas ações em sustentabilidade, e o segundo, Consumer Technology Innovation Award, pelos esforços contínuos para fornecer carregamento mais rápido e seguro para dispositivos eletrônicos, ao longo dos anos.

A tecnologia de carregamento rápido SUPERVOOC da OPPO também foi nomeada como Tecnologia Inovadora do Ano e Tecnologia Líder da Indústria pelo painel de jurados do prêmio BEYOND.

A tecnologia de carregamento rápido da OPPO não foi projetada apenas para oferecer diferentes velocidades de carregamento rápido para dispositivos móveis, mas também para melhorar a vida útil e a segurança da bateria. Na BEYOND Expo 2022, a empresa exibiu a tecnologia Battery Health Engine, líder do setor, que melhora a vida útil da bateria, por meio do algoritmo inteligente de integridade da bateria no nível do sistema e da tecnologia de recuperação da mesma.

Ao estender a vida útil da bateria para o dobro da média atual do setor, a OPPO está ajudando a reduzir o lixo eletrônico, e permitindo que os consumidores obtenham maior desempenho por mais tempo. O carregamento rápido SUPERVOOC da OPPO melhorou a experiência de carregamento de 220 milhões de usuários, em todo o mundo. A marca continua a impulsionar a inovação e a popularização da tecnologia de carregamento rápido, licenciando mais de 1.800 patentes para fabricantes terceirizados, para implementá-la em seus produtos.

Durante o evento, a OPPO compartilhou suas conquistas na confecção de embalagens de produtos sustentáveis, e suas ações para incentivar os parceiros da indústria a se juntarem à empresa, em questões de reciclagem de lixo eletrônico. Entre 2018 e 2021, a OPPO conseguiu uma redução de 95% no uso de plástico para as capas coloridas de seus aparelhos, enquanto, na China, a empresa reciclou 216 toneladas de produtos para celular.

ABB compra negócio de motores da Siemens

A ABB anunciou que assinou um acordo para comprar o negócio de motores NEMA, de baixa tensão, da Siemens. Com operações de fabricação em Guadalajara, México, esta aquisição fornece um portfólio de produtos bem-conceituado, uma base de clientes norte-americana de longa data, e uma equipe experiente de operações, vendas e gerenciamento. O negócio emprega cerca de 600 pessoas, e gerou receitas de aproximadamente US$ 63 milhões, em 2021. Os termos financeiros da transação não foram divulgados. O negócio deve ser concluído no segundo trimestre de 2023.

Essa transação faz parte da estratégia de crescimento da área de negócios Motion, e permitirá que a divisão de motores da NEMA aprimore sua oferta de produtos, expanda seus relacionamentos com a cadeia de suprimentos, e melhore o suporte à sua base de clientes norte-americana. Também oferece a oportunidade de melhorar o suporte aos clientes no México, com fabricação e vendas locais. A ABB espera beneficiar-se das sinergias identificadas, e usar a experiência em P&D, relacionamentos na cadeia de suprimentos, e acesso ao mercado, para levar o portfólio combinado ao seu pleno potencial.

Esta aquisição agrega valor para a divisão de motores NEMA. Investir e abrir oportunidades de vendas na América do Norte, e especialmente no México, permitirá que este negócio seja um acréscimo de margem para o negócio da ABB Motion dentro de 24 meses”, disse Tarak Mehta, presidente da ABB Motion.

Há muito tempo, apreciamos a qualidade e o design desses motores. Agora, que conhecemos a equipe de liderança por trás deles, estou ainda mais confiante de que, juntos, podemos expandir nossos negócios combinados, mais rápido do que qualquer um de nós poderia sozinho. Estamos ansiosos para adicionar o portfólio de motores NEMA, de baixa tensão, da Siemens, à nossa oferta existente de motores elétricos industriais ABB e Baldor-Reliance”, acrescentou Jesse Henson, presidente da divisão de motores NEMA, da ABB.

A indústria global de motores NEMA, com aproximadamente US$ 2,7 bilhões em tamanho, compreende motores elétricos industriais usados principalmente na América do Norte. Os motores NEMA são componentes essenciais, usados para operar equipamentos em indústrias como alimentos e bebidas, petróleo e gás, mineração e agregados, e água e águas residuais e em aplicações, como aquelas que movem ar, líquidos e unidades.

C&INews NºControle&Instrumentação 275|2022

ib vogt fechou financiamento para usina solar de 135 MWp

A ib vogt acordou com o BayernLB e a Siemens Financial Services, através do Siemens Bank, financiamento de 135 MWp de geração de energia solar fotovoltaica em construção na Polônia. O projeto solar marca um investimento significativo no setor de energia renovável da Polônia com um compromisso total de US$ 90,4 milhões. A operação comercial do primeiro trecho está prevista para setembro de 2022, o projeto completo estará operacional no início de 2023.

A usina está localizada no sudeste da Polônia. O projeto abrange uma área de 154 ha de terra, com alta irradiação solar, e solo de baixa qualidade, e será composto por mais de 250.000 painéis solares. Com uma potência de até 150 GWh por ano, os painéis produzirão eletricidade solar limpa equivalente ao consumo médio de 70.000 residências, economizando até 100.000 toneladas de CO2 por ano.

Este projeto é mais um passo importante para a empresa e nossa principal missão de ajudar a impulsionar a transição energética e a descarbonização da geração de eletricidade. Estamos muito satisfeitos com o progresso

desta, nossa primeira grande planta na Polônia – com mais por vir – que é o resultado de muitos anos de envolvimento no país. É um marco significativo para a ib vogt e nossas atividades na Europa Central e Oriental. Gostaríamos de agradecer aos nossos parceiros BayernLB e Siemens Financial Services, através do Siemens Bank por seu grande apoio, expertise e profissionalismo no financiamento do projeto”, disse Anton Milner, CEO da ib vogt GmbH.

Este marco foi alcançado após o apoio de vários consultores selecionados. A CMS Polônia prestou assessoria jurídica, a Wind Prospect Polska prestou assessoria técnica, enquanto a Marsh Polônia prestou assessoria em seguros, e CRIDO em modelo financeiro. A ib vogt desenvolveu o projeto de 135 MWp, iniciou a construção como empreiteiro de EPC, e fornecerá serviços de O&M e de gerenciamento de ativos após o comissionamento da planta. Foi assinado um acordo com a Next Kraftwerke, para a comercialização de eletricidade fotovoltaica na bolsa polonesa TGE.

Planador de emissão zero de carbono

A Siemens Digital Industries Software anunciou que a Regent adotou o portfólio Siemens Xcelerator, de software e serviços baseados na nuvem, para ajudar a criar uma nova categoria de veículo, chamada seaglider, ou planador marinho. O seaglider é um veículo de alta velocidade e zero emissão de carbono, que voa exclusivamente logo acima da superfície da água, para reduzir consideravelmente o tempo e o custo do transporte de pessoas e mercadorias entre cidades costeiras.

Com 40% da população mundial vivendo em comunidades costeiras, os seagliders elétricos da Regent serão os primeiros veículos deste segmento a oferecer maior segurança, baixo custo, alta velocidade e zero emissão. Os clientes de lançamento do seaglider da empresa incluem operadoras da aviação, de balsas e do setor de logística.

O planador marinho é um veículo totalmente elétrico, que voa exclusivamente acima da superfície da água (efeito WIG – wing-in-ground), percorrendo o mar de três maneiras: flutuando quando está perto do cais, deslizando em seus hidrofólios a até 40 nós (kts), ao entrar e sair do porto, ou voando acima das ondas a 160 nós, enquanto navega rumo ao seu destino. O seaglider voa a poucos metros acima da superfície da água sobre uma almofada de ar, devido ao efeito WIG, combinando alta velocidade e conforto de um avião com o baixo custo operacional de um veículo elétrico. Os seagliders diferem dos veículos WIG anteriores, devido aos seus hidrofólios, propulsão elétrica distribuída e controles aeroespaciais do tipo fly-by-wire. Esses elementos permitem operações seguras no porto, maior tolerância às ondas,

e uma experiência confortável para os passageiros.

“A ideia da Regent é trazer um novo veículo revolucionário para o mercado de transporte, com o potencial de mudar a forma como as pessoas e as cargas são transportadas sobre a água”, disse Mike Klinker, diretor de tecnologia e cofundador da Regent. “Enquanto nossos planadores aguardam a certificação e a produção comercial em larga escala, precisamos de uma plataforma robusta e moderna de ferramentas digitais, que atenda ao ritmo dos nossos ciclos de inovação com rigor, para um produto tão complexo quanto o nosso. O Siemens Xcelerator as a Service é perfeito para uma startup digital como a nossa. As soluções nativas da nuvem, como o Teamcenter X, minimizam os custos administrativos e nos permitem focar 100% no projeto, engenharia, fabricação e inovação. A colaboração valiosa da Siemens e o modelo de assinatura oferecem benefícios significativos de fluxo de caixa que são vitais para qualquer startup”.

O planador principal da Regent, o Viceroy para 12 passageiros, será construído com os mais altos padrões de segurança. Ele poderá operar rotas de até 180 milhas com a tecnologia de bateria atual, e rotas de até 500 milhas com baterias da próxima geração, tudo por meio da infraestrutura atual no cais. Além disso, sua operação como veículo WIG acima da superfície da água permite testes e certificações marítimas. Este é um caminho eficiente para começar a operação comercial, permitindo que os clientes aproveitem a mobilidade costeira de alta velocidade e emissão zero, antes que as opções de aviação elétrica, mantendo níveis de segurança semelhantes.

C&INews Controle&InstrumentaçãoNº275|2022

Profinet sobre APL e PA profile4

Com Profinet sobre APL, PI fornece um novo protocolo de comunicação, baseado em Ethernet para o nível de campo de automação de processos, que atende todos os requisitos de robustez e simplicidade, com base na nova Camada Física Avançada (Ethernet-APL). Profinet sobre APL garante acesso rápido e contínuo aos dados em dispositivos de campo, em plantas de processo, e combina as vantagens do Ethernet-APL com a comprovada tecnologia Profinet. Agora, o desafio é integrar mais elementos à nova tecnologia. Perfis de dispositivos PA, nos quais parâmetros e funções importantes são especificados uniformemente entre os fabricantes. Esses perfis de dispositivo levam a sequências de operação idênticas, e comportamento semelhante nos dispositivos de PA durante a engenharia e a operação, independentemente do tipo e do fabricante. Mensagens de erro padronizadas independentes do fabricante, de acordo com a recomendação NAMUR NE107, e consideradas no PA Profile 4, simplificam o manuseio dos dispositivos de campo.

O PA Profile 4 foi implementado, pela primeira vez, em dispositivos de campo com Profinet sobre APL, tornando possível implementar fluxos de trabalho para substituição automática de dispositivos – mesmo entre fabricantes diferentes. Se um dispositivo de substituição for conectado no lugar do dispositivo anterior, o novo dispositivo será automaticamente detectado e parametrizado. Isso restaura a funcionalidade básica do dispositivo de campo.

Com a conclusão do trabalho em torno do dispositivo PA Profile 4, outro marco foi alcançado, no caminho para uma automação de processos flexível e, ao mesmo tempo, mais segura. Em combinação com Profinet sobre APL e sua alta largura de banda, é possível uma integração perfeita do nível de campo em toda a rede Profinet. Para os usuários, isso significa que não apenas a eficiência de operação de uma planta pode ser significativamente aumentada, mas também o esforço necessário para treinar o pessoal de manutenção é reduzido.

Cosan adquire participação na Vale

A Cosan adquiriu uma participação minoritária, correspondente a 4,9% do total de ações ordinárias de emissão da Vale, transação feita por meio de uma combinação de compra direta de ações e uma estrutura de derivativos.

Além disso, uma segunda operação – que corresponde a uma exposição financeira adicional de 1,6% – foi estruturada e, uma vez aprovada pelo Cade, poderá ser convertida em participação direta na Vale.

Esse movimento é mais um passo, na jornada de diversificação de portfólio da Cosan, de atuar em setores onde o Brasil tem clara vantagem competitiva, e de investir em ativos irreplicáveis na cadeia de valor de recursos naturais.

Nos últimos 15 anos, a Cosan vem transformando-se em um dos maiores grupos brasileiros atuantes nessa cadeia. Seus investimentos estão direcionados para os setores de energia renovável (produção, comercialização e transporte), distribuição de gás natural e combustíveis, agricultura (propriedade, produção e logística) e créditos de carbono.

“Temos grande admiração e respeito pela Vale, que é

exatamente o tipo de empresa na qual buscamos investir: um ativo global único atuante em um setor fundamental para o Brasil, e estratégico para a transição energética do mundo. A qualidade de suas reservas de minério de ferro e metais básicos (níquel e cobre) é imprescindível para viabilizar a descarbonização siderúrgica e a eletrificação”, afirma Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan.

“Essa transação cria uma opcionalidade substancial para os acionistas da Cosan. A Vale é um ativo brasileiro relevante, com alta exposição à moeda estrangeira, e globalmente competitivo. No mais, a Companhia tem um histórico de grande contribuição na gestão das empresas, nas quais tem investido desde o início de seu processo de diversificação de portfólio”, acrescenta o Vice-presidente de Estratégia da Cosan, Marcelo Martins

Market NºControle&Instrumentação 275|2022

Hitachi Energy passa a produzir buchas de alta tensão com tecnologia livre de óleo para aplicação em transformadores sustentáveis

Buchas com tensões de até 550kV feitas com tecnologia (RIP), são completamente secas e à prova de explosão, para reduzir o impacto ambiental e aumentar a segurança.

A Hitachi Energy, líder global em tecnologia para o setor de energia, traz ao mercado nacional uma nova solução para transformadores: as buchas AirRIPflex, com tecnologia Papel Impregnado com Resina (RIP), passam a ser produzidas no Brasil, primeiro país da América Latina a fabricar esse produto. A bucha terá mais que o dobro de capacidade, em comparação com modelos produzidos até então, chegando a 550kV, além de oferecer maior segurança na sua utilização, e reduzir riscos ambientais. A produção será centrada na fábrica de Guarulhos/SP da Hitachi Energy.

A Bucha é o componente do transformador que transfere a tensão da linha para dentro do equipamento, ou para o grid elétrico, de forma segura, passando através da parede aterrada. As novas Buchas AirRIPflex têm um grande foco em responsabilidade ambiental: por não possuírem óleo em sua construção, não apresentam risco de contaminação e vaza-

mentos, uma vez que são fabricadas com resina, um material mais seco. Além disso, ao invés da porcelana, elas são produzidas com isolador polimérico (borracha de silicone). Outra característica relevante é que essas buchas são mais compactas, e 50 % mais leves, facilitando o transporte e a instalação em qualquer ângulo de inclinação. Além disso, as buchas são produzidas de forma personalizada, para atender aos mínimos e específicos requisitos de cada projeto proposto. Com isso, a solução entregue é totalmente eficiente para as necessidades dos clientes, trazendo facilidade de instalação e atualização do produto.

“Essas soluções que estamos trazendo ao mercado brasileiro vêm para oferecer o que há de mais sofisticado, moderno e ecológico no que diz respeito a produtos para transformadores. As buchas do modelo AirRIPflex trarão maior eficiência para alta tensão, e entregarão desempenho superior em segurança e redução de manutenção recorrente, além de atenderem as necessidades dos nossos clientes em qualquer tipo de ambiente”, afirma, José Paiva, Country Manager da Hitachi Energy.

Holcim fecha desinvestimento no Brasil

A Holcim fechou a venda de seus negócios no Brasil para a CSN – Companhia Siderúrgica Nacional – por um valor empresarial de US$ 1,025 bilhão. A transação inclui as cinco plantas de cimento, quatro estações de moagem, seis locais de agregados, e 19 instalações de concreto pronto.

A aquisição foi considerada neutra, em termos de crédito para a CSN, e sem impacto nos seus ratings, porque a transação não prejudica a liquidez da empresa; e a capacidade adicional de 10,3 milhões de toneladas de cimento ajudará a diversificar o fluxo de caixa da CSN. Mas, a CSN se tornou a 3ª maior do mercado de cimentos após compra da Holcim.

Apesar da venda, a América Latina continua sendo uma

região de crescimento estratégico para a Holcim, que, no primeiro semestre deste ano, concluiu uma nova linha de produção de cimento em El Salvador, e expandiu suas operações de agregados também no Equador e na Colômbia.

Assim como a CSN, a Holcim também foi às compras, e concluiu a aquisição da divisão Polymers Sealants North America (PSNA) da Illinois Tool Works, e da Izolbet, um dos principais players do mercado de soluções de construção especializadas na Polônia – aquisição que fortalecerá a presença da Holcim no mercado de renovação, isolamento térmico e acabamento, e complementará o recente investimento da Holcim em uma nova unidade de produção de misturas secas, em Cracóvia.

Market Controle&InstrumentaçãoNº275|2022

Schlumberger e Gradiant juntas na produção sustentável de compostos de lítio para baterias

A Schlumberger firmou uma parceria com a Gradiant, para introduzir uma tecnologia sustentável, chave no processo de produção de compostos de lítio para baterias, diz o fornecedor global de soluções de água.

Como parte da extração direta de lítio (DLE) NeoLith Energy, da Schlumberger, e do fluxograma de produção, a tecnologia Gradiant está sendo usada para concentrar a solução de lítio e gerar água doce – um elemento crítico na produção sustentável de lítio a partir de salmoura.

“O gerenciamento adequado dos recursos naturais é essencial na produção mineral, e em nenhum lugar mais do que no lítio”, disse Gavin Rennick, presidente do negócio de Nova Energia da Schlumberger. “O crescimento sem precedentes da demanda por esse mineral crítico requer produção de alta qualidade, sem comprometer a sustentabilidade. A integração da tecnologia Gradiant em nosso fluxograma DLE tem sido fundamental em nossa estratégia, para melhorar a sustentabilidade na indústria global de produção de lítio.”

O processo DLE da NeoLith Energy está em nítido contraste com os métodos convencionais de extração de lítio por evaporação, com uma redução significativa de água subterrânea e pegada física, de acordo com a empresa. Atualmente, possui uma planta piloto em Clayton Valley, Nevada, onde está testando isso.

A nova solução da Gradiant aumenta o impacto do processo sustentável de extração de lítio, reduzindo o tempo de colocação no mercado e a pegada ambiental do produto, diz a empresa. A tecnologia permite altos níveis de concentração de lítio em uma fração do tempo exigido pelos métodos convencionais, ao mesmo tempo que reduz as emissões de carbono, o consumo de energia e os custos de capital, em comparação com as tecnologias base-

adas em calor. Essa integração de tecnologia pode ser aplicada em novos locais de extração e produção de minerais de lítio, abrindo oportunidades para regiões de produção de lítio inexploradas, bem como operações de produção de lítio existentes.

A colaboração permitirá que a indústria de lítio atenda à crescente demanda mineral com um nível anteriormente inatingível de utilização de água, reduzindo simultaneamente o consumo de água doce, e reduzindo as águas residuais, de acordo com Gradiant.

Estamos entusiasmados por trabalhar com a Schlumberger, com quem somos pioneiros em uma nova era de recuperação sustentável de recursos minerais”, disse Prakash Govindan, COO da Gradiant. “Isso é possível, graças à profunda compreensão da Gradiant da química complexa subjacente aos processos de produção, que é então operacionalizada por aprendizado de máquina e tecnologia digital. O impacto na sustentabilidade do processo integrado da Schlumberger, combinado com as soluções Gradiant, é um divisor de águas para o mercado de produção de lítio. Esta parceria estratégica permitirá a expansão global da tecnologia da Gradiant, nesta importante indústria.”

Market NºControle&Instrumentação 275|2022

Stellantis e GME em venda de níquel e sulfato de cobalto para baterias

A Stellantis e a GME Resources Limited assinaram um Memorando de Entendimento não vinculativo (MOU) para a futura venda de quantidades de produtos de níquel e sulfato de cobalto, para baterias do Projeto NiWest NickelCobalt, na Austrália Ocidental (NiWest).

NiWest é um projeto avançado de desenvolvimento de níquel-cobalto, e produzirá aproximadamente 90.000 t/a de níquel para baterias e sulfato de cobalto para o crescente mercado de veículos elétricos. Até o momento, mais de AU$ 30 milhões foram investidos em perfuração, trabalhos de testes metalúrgicos e estudos de desenvolvimento. Um Estudo de Viabilidade Definitivo para NiWest deve começar logo. A localização proposta da instalação de processamento da NiWest fica a aproximadamente 30 km da operação Murrin Murrin, de propriedade da Glencore, a maior operação de níquel-cobalto, na Austrália.

“Todos os dias, a Stellantis está trabalhando para oferecer aos nossos clientes liberdade de mobilidade limpa, segura, acessível e de ponta”, disse Maxime Picat, Diretor de Compras e Supply Chain da Stellantis. “Garantir as fontes de matéria-prima e o fornecimento de baterias fortalecerá a cadeia de valor da Stellantis, para a produção de baterias de veículos elétricos e, igualmente importante, ajudará a empresa a atingir sua meta agressiva de descarbonização”.

Como parte do plano estratégico Dare Forward 2030,

a Stellantis anunciou planos de atingir 100% do mix de vendas de veículos elétricos a bateria (BEV), para carros de passeio na Europa, e 50% do mix de vendas de carros de passageiros e caminhões leves nos Estados Unidos, até 2030. A Stellantis será a campeã da indústria na mitigação das mudanças climáticas, tornando-se carbono zero até 2038, com uma redução de 50%, até 2030.

A Stellantis é um parceiro do mais alto calibre, e a GME está muito satisfeita por ter assinado este MOU, no que esperamos seja o primeiro passo de uma parceria de longo prazo”, disse o diretor administrativo da GME, Paul Kopejtka. “Estamos muito satisfeitos com a forma como nossas conversações progrediram, e agora esperamos avançar nas negociações mais detalhadas em paralelo com o início do Estudo de Viabilidade Definitivo para o Projeto NiWest Nickel-Cobalt. Um acordo definitivo com a Stellantis seria um passo crítico para poder avançar o Projeto NiWest, até as operações comerciais”.

A Stellantis reforçou seu suprimento de hidróxido de lítio de baixo carbono, no início deste ano, assinando acordos com a Vulcan Energy e Controlled Thermal Resources para Europa e América do Norte, respectivamente.

O fechamento do MOU não vinculativo está sujeito às condições habituais de conclusão, incluindo aprovações regulatórias.

Indústria brasileira de fundição acumula altas consecutivas

Em julho, a indústria brasileira de fundição produziu 240.543 t de fundidos, o que equivale a uma alta de +2,0%, em relação a junho/22, e de +8,3%, sobre julho/21. No acumulado do ano, janeiro a julho, o setor produziu 1,625 milhão t. O volume corresponde a um crescimento de +10,8%, no comparativo com o mesmo período de 2021. As informações aqui apresentadas foram compiladas pela ABIFA – Associação Brasileira de Fundição.

O mercado interno absorveu 87,5% da produção brasileira de fundidos, no acumulado de 2022 (1,423 milhão t). No mesmo período de 2021, a demanda interna de fundidos produzidos no país foi de 1,265 milhão t. No comparativo interanual (janeiro a julho 22/21), o setor fechou com alta de +12,5% do consumo interno de fundidos produzidos localmente. Os embarques de fundidos, a partir

do Brasil, somaram 202.381 t, entre janeiro e julho. Em relação ao mesmo período de 2021, a queda foi de (0,2%). No comparativo julho22/junho22, a baixa foi expressiva: (14,5%).

Em valores, as exportações de peças fundidas aumentaram +19,6% no ano, em relação ao mesmo período de 2021. Na base de comparação julho22/junho22, foi registrada uma queda de (15,7%). E em julho, a indústria brasileira de fundição empregou 62.579 colaboradores.

Market Controle&InstrumentaçãoNº275|2022
Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição

Aço Verde do Brasil lança Certificado de Emissões de CO2

Para atender empresas que buscam a redução dos impactos ambientais e a garantia do consumo responsável de recursos, a Aço Verde do Brasil – AVB –, lançou seu Certificado de Emissões Equivalentes de CO2 (CECO2). Emitido para os clientes e parceiros da siderúrgica, o documento atesta o recebimento de um produto de Aço Verde carbono neutro, rastreado e certificado, com emprego de fontes renováveis de energia, e utilização do biocarbono nos altos-fornos da usina. O certificado garante ainda que os clientes finais, daqueles que compram o aço verde, receberão um produto de com baixa emissão de CO2

“O Certificado de Emissões de CO2 da Aço Verde do Brasil beneficia toda a cadeia, desde a produção até a venda. Essa iniciativa busca atender um mercado que demanda mais transparência em processos sustentáveis, e que reduzam os impactos ambientais”, afirma Sandro Raposo, Diretor de Sustentabilidade e Novos Negócios da AVB – primeira usina siderúrgica carbono neutro do mundo.

A empresa possui o melhor indicador brasileiro para emissões de CO2, por tonelada de aço bruto, produzido nos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021. No último ano, atingiu, no Inventário anual de gases efeito estufa (GEE), o valor de 0,02 tCO2 e/t aço, enquanto a média global do setor siderúrgico é de 1,84 tCO2 e/t aço. O inventário de GEE da AVB é realizado conforme a metodologia da Worldsteel

Association, que segue o Protocolo GHG e a norma ISO 14064, sendo verificado anualmente pela empresa de auditoria externa Société Générale de Surveillance, SGS.

A emissão do Certificado da AVB atesta a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa, considerando a produção do aço verde a partir do uso do biocarbono nos altos-fornos da empresa, oriundo das florestas plantadas de eucalipto, emprego de fontes renováveis de energia, e não utilização de combustíveis fósseis nos processos. Foi a partir esse modelo de produção que a empresa brasileira conquistou o certificado de primeira usina siderúrgica carbono neutro do mundo.

A AVB também recebeu, pelo 2º ano consecutivo, o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol. O Selo Ouro certifica o inventário anual de emissões de CO2, pelo alcance do mais alto nível de qualificação, demonstrando que foram cumpridos todos os critérios de transparência, para publicação e verificação da emissão de gases do efeito estufa.

A AVB também foi reconhecida pela principal associação do setor siderúrgico do mundo, a WorldSteel Association, em função da sua participação no relatório anual de emissões de CO2, do programa “Climate Action”, integrando o seleto grupo de empresas – 15% das indústrias associadas – que possuem a menor intensidade de emissões de CO2, no mundo. Os membros da WordSteel representam cerca de 85% da produção mundial de aço.

Market NºControle&Instrumentação 275|2022
Amcham projeta comércio BR-EUA recorde https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms%2Ffiles%2F218829%2F1665501537Monitor_Comercio_3TRI_2022_v3.pdf

Os primeiros nove meses de 2022 registraram US$ 67,3 bilhões, em trocas de bens entre Brasil e EUA – valor recorde para o período, e aumento de 36% (ou US$ 17,8 bilhões), em relação ao mesmo intervalo de 2021, aponta levantamento da Amcham Brasil.

Os dados são do Monitor do Comércio Brasil-EUA. O documento, publicado trimestralmente pela Câmara Americana de Comércio, aponta também que a corrente de comércio entre os dois países deve ultrapassar a marca inédita de US$ 80 bilhões, em 2022.

Na avaliação da Amcham, o ano de 2022 registrará recorde no comércio bilateral, com valores inéditos de importações e exportações. “Essa projeção se ancora no aumento da demanda, e na elevação dos preços internacionais de itens importantes da pauta bilateral. Em um cenário externo mais turbulento, Brasil e Estados Unidos têm contribuído para a segurança mútua, no fornecimento de energia e de insumos estratégicos”, aponta Abrão Neto, vice-presidente Executivo da Amcham Brasil. Os dados do Monitor da Amcham Brasil estão disponíveis gratuitamente.

As importações do Brasil, vindas dos EUA, seguem cres-

cendo em ritmo forte, e superior ao das exportações (44,1% contra 26%). Em valores absolutos, as compras brasileiras dos EUA foram recorde, de US$ 39,4 bilhões. Embora ainda esteja em nível muito elevado, o crescimento se tem reduzido ligeiramente, na comparação com o 1º semestre.

O valor das exportações do Brasil para os EUA, de US$ 27,9 bilhões, estabeleceu novo recorde no acumulado do ano. Embora seu crescimento (+26%) se dê em ritmo menos intenso que o das importações, ele ocorre de forma mais disseminada, com destaque para petróleo bruto, ferro gusa, café, madeira e equipamentos de engenharia. O último recorde havia sido no mesmo período de 2021.

Em um contexto de incertezas no cenário externo e de choques de cadeias de produção, o comércio entre Brasil e EUA tem ajudado ambos os países a fortalecerem a sua segurança. Nota-se crescente participação no comércio bilateral de produtos do setor de energia, insumos e bens essenciais para a produção de alimentos.

O Monitor do Comércio Brasil-EUA, da Amcham, também traz análises do desempenho comercial, por regiões e principais estados brasileiros.

BNDES apoia produção de biocombustível e energia elétrica a partir de resíduos industriais

O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social financiará a implantação de uma usina da CRI GEO Biogás, destinada à produção de biogás e energia elétrica, a partir de resíduos biodegradáveis. A usina está sendo construída no município de Elias Fausto, nos arredores da região industrial de Campinas/SP.

O apoio do Banco à empresa será de R$ 44 milhões, ou, aproximadamente, 80% do valor total do investimento, de R$ 56,2 milhões. Recursos serão repassados pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), no âmbito do Programa Fundo Clima, complementado com funding próprio do BNDES.

Contando com dois biodigestores, gasômetro e motogeradores, a planta terá uma potência instalada de 2,15 MW para geração de energia elétrica, e capacidade para produzir anualmente 4,5 milhões m³ de biometano (biogás purificado), além de mais de 9 mil toneladas anuais de biofertilizantes. A usina deverá entrar em operação em março de 2024.

O projeto contribui para a mitigação das mudanças climáticas, promovendo o uso de biocombustíveis, em substituição ao diesel e ao gás natural de origem fóssil. Calcula-se que as emissões evitadas de CO2, ao longo dos 20 anos de vida útil do projeto, cheguem a 1,76 milhão de toneladas, o que equivale às emissões geradas por 44 mil veículos circulando, nesse mesmo período.

O empreendimento aproveitará resíduos biodegradáveis de grandes indústrias, localizadas nas imediações da planta. Com isso, além de assegurar o descarte adequado desse material, o projeto ainda promoverá a captura do metano (gás de efeito estufa 34 vezes mais nocivo na atmosfera que o CO2), que seria emitido pela decomposição dos resíduos orgânicos.

Parte da energia elétrica gerada será consumida pela própria CRI GEO Biogás, e o excedente será injetado na rede de distribuição da concessionária de energia local. O biometano produzido poderá substituir o diesel consumido na frota da CRI GEO Biogás, além de ser comercializado para indústrias que atualmente consomem combustíveis fósseis, tais como gás natural, GLP e diesel. Já o biofertilizante, subproduto 100% orgânico, gerado no processo produtivo, será aproveitado como adubo, nas áreas agrícolas da região.

A CRI GEO Biogás surgiu da parceria entre o Grupo Crivellaro, atuante no ramo de reciclagem e destinação correta de resíduos industriais, e a GEO Energética, recentemente renomeada para Geo Biogás & Tech, empresa que possui 10 anos de experiência, construindo e operando plantas de biogás, sediada em Londrina/PR, que, através de seu setor de P&D, desenvolveu um processo biotecnológico para a produção de biogás, a partir do reaproveitamento de resíduos.

Market Controle&InstrumentaçãoNº275|2022

Beckhoff, com automação baseada, em PC, dá suporte à indústria para retomada de crescimento

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Em março de 2020, a Pandemia nos atingiu duramente, embora eu ache que as coisas já estão melhorando. O Covid-19 ainda é um problema, mas a empresa aprendeu a lidar com esta situação. Acho que não tivemos de fazer grandes mudanças, mas tivemos de nos adaptar a uma nova maneira de trabalhar. Não estou dizendo que a Pandemia foi uma coisa positiva. No entanto, temos clientes em setores que tiveram forte crescimento, como os fabricantes de alimentos e cuidados pessoais, que produziram mais, durante a Pandemia. Então, os fabricantes de máquinas que atendem essas indústrias também aumentaram sua produção, e tivemos um "grande impacto" com isso. Agora, voltamos a encontrar nossos clientes pessoalmente, mas também aprendemos a fazer algumas coisas com mais eficiência e rapidez. Era preciso eficiência, para poder reconhecer e aproveitar as novas oportunidades que a Pandemia oferecia.

De maneira geral, acho que esse ano vimos isso acontecer", conta Marcos Giorjiani, diretor da Beckhoff, no Brasil.

Hans Beckhoff, CEO e fundador da Beckhoff Automation, elogia os 15 anos da empresa no Brasil, e os bons

resultados, mesmo em meio à Pandemia. A empresa está ativa no Brasil desde 2006, tem sua sede em Santo André/SP, e mantém filiais em Joinville e Novo Hamburgo. O aumento de pedidos em época de pandemia também trouxe para a Beckhoff problemas de falta de insumos. A empresa sofreu, tanto na Alemanha quanto no Brasil. No entanto, a situação está sob controle, e espera-se que as coisas voltem ao normal.

"Nossos fornecedores também têm prazos de entrega superiores a 52 semanas, então, agora, estamos encomendando componentes para o final de 2023. Ainda será difícil lidar com toda a cadeia de suprimentos no próximo ano, devido ao desequilíbrio de toda a cadeia de produção e demanda. Na Alemanha, por exemplo, temos uma escassez de papel, portanto, temos de esperar mais tempo por produtos impressos simples e pagar mais por eles.

Ao contrário do Brasil, onde as pessoas estão acostumadas com inflação mais alta, na Alemanha ela sempre esteve entre 0% e 0,5% nos últimos quatro anos. Agora, por outro lado, estamos em mais de 7%. Nossos produtos também ficaram 5% mais caros, enquanto a maioria das outras empresas do setor de automação

Special! NºControle&Instrumentação 275|2022

cobram cerca de 8% a 10% a mais”, afirma o CEO e proprietário da Beckhoff Automation. A Beckhoff opera de forma relativamente simples, e centralizada e envia seus produtos do local de produção na Alemanha, para todo o mundo. A empresa também possui dois estoques adicionais em Minneapolis (EUA) e em Xangai, na China, além de um estoque menor, no Brasil.

"Os negócios vão bem e empregamos mais de 5.000 pessoas, em todo o mundo, incluindo quase 2.000 engenheiros. Além das 24 filiais na Alemanha, temos 39 subsidiárias, incluindo o Brasil, e parceiros de vendas em mais de 75 países. Em 2021, geramos um faturamento global de 1,182 bilhões de euros, um crescimento de 28% em uma época difícil para a maioria das empresas. Para nós, este é um resultado realmente bom! Temos crescido continuamente, desde que a empresa foi fundada, em 1980. Passamos por algumas "crises" nesse ínterim, mas isso é normal, e pode ter vários motivos. Já podemos ver que a atual crise global está enfraquecendo lentamente, e estamos entrando numa fase de ascensão. Estamos trabalhando duro, para aumentar a produção e a capacidade, e estabilizar a cadeia de fornecimento – um grande problema. Dessa forma, estamos escalonando nosso crescimento, e focando menos na formação de estoques. Nossos clientes encomendam peças que precisam especificamente para seus sistemas. Portanto, parece ser um crescimento real, impulsionado pela demanda. Estamos ansiosos para ver o que vai acontecer nos próximos anos. De acordo com as primeiras projeções de nossos clientes, a maioria deles espera um novo crescimento, o que significa que esperamos um aumento anual de cerca de 15% a 20%, para os próximos anos”, afirma Hans Beckhoff.

ao mesmo tempo, muito "pé no chão", que está sempre à procura de funcionários e engenheiros de longo prazo. Da mesma forma, a empresa procura por clientes que compartilham sua filosofia. "O desempenho é impressionante. Estou particularmente satisfeito que alguns de nossos clientes estejam conosco, desde que começamos, em 1980”, diz Hans Beckhoff.

A Beckhoff também se encontra em uma posição financeira muito boa. É uma empresa familiar, com uma base de clientes estável, e uma sólida base financeira.

A empresa pode crescer com segurança e construir reservas, por exemplo, para expandir a produção da empresa. "Nossos clientes sentem que somos um parceiro confiável para o futuro, assim como têm sido capazes de confiar em nós por mais de 40 anos".

A Beckhoff sempre cresceu organicamente. Houve algumas aquisições de empresas tecnológicas menores, mas nunca em termos de participação de mercado. Hans Beckhoff está convencido de que o crescimento orgânico é o melhor. Assim, a posição de líder tecnológico permite este tipo de crescimento na empresa moderna e,

Os parceiros estão sediados em todo o mundo: um terço do faturamento vem da Alemanha, outro terço do resto da Europa, cerca de um quarto da Ásia, e o restante da América do Norte e do Sul. A maior subsidiária da Beckhoff fora da Alemanha está na China, onde trabalham cerca de 300 pessoas, e são gerados cerca de 200 milhões de euros em vendas. A segunda maior subsidiária está nos EUA.

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Eu descreveria o ano de 2021 como surpreendente. Apesar da Pandemia, crescemos, em relação ao ano anterior. O mercado de alimentícios e de cuidados pessoais cresceu muito, e isso nos ajudou bastante. Isso pode ser corroborado com o crescimento de nossos clientes como a Husky, Messer, GROB, Schuler e outros, que estão indo na mesma direção”, diz Giorjiani

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"Somos especialistas em automação. E somos uma empresa de controle baseado em PC. Estamos constantemente tentando unir tecnologia da informação e tecnologia de automação. O resultado disso é o que chamamos de controle baseado em PC”, diz Hans Beckhoff, que estudou Física, porque queria aprender o que mantém o mundo unido em sua essência. Ele fundou a Beckhoff há mais de 40 anos, e produziu o primeiro PC para controladores industriais para um cliente francês, em 1983. Em sua essência, o método ainda é o mesmo: pegar um PC compacto e potente, E/S para receber sinais da máquina e controlá-la, além de acionamentos, motores e um pacote de software, TwinCAT, que roda no PC e no sistema operacional padrão, e transforma o PC em um moderno controle de máquina, controle de construção ou controle de processo, exatamente como o cliente precisa. A Beckhoff busca a liderança de mercado, em cada um de seus segmentos de produtos. "Queremos ser uma empresa de classe mundial para a produção e desenvolvimento de PCs industriais, para E/S, tecnologia de acionamento, automação sem gabinete de controle, visão e, é claro, software de automação. Como especialistas em automação, consideramos toda a arquitetura do sistema. Se você automatizar totalmente sua máquina, e usar todos os componentes da Beckhoff, você também se beneficiará de nossa arquitetura de automação inovadora", continua Hans Beckhoff.

O PC Industrial (IPC) é um bom exemplo dessa filosofia: a Beckhoff desenvolve as próprias placas-mãe, utilizadas nos PCs Industriais. Para este fim, a empresa emprega, entre outros, engenheiros e especialistas universitários em chipsets, bem como engenheiros de BIOS, que escrevem o software necessário para as placas-mãe, especialistas para sistemas operacionais (Windows ou TwinCAT/BSD), e para o desenvolvimento e implementação de sistemas operacionais padrão em tempo real – para os quais são necessários, hoje, controles na faixa de sub-milissegundos. Deve-se enfatizar que a tecnologia da Beckhoff oferece aos clientes tempos de resposta particularmente curtos, inferiores a 100 microssegundos. Normalmente, um CLP gerencia cerca de 2 milissegundos. Os IPCs têm, portanto, uma grande vantagem sobre os CLPs, em termos de velocidade de computação.

Além de especialistas em "tempo real", a Beckhoff emprega muitos engenheiros, especializados em algoritmos para tecnologia de acionamento, barramentos (protocolos de comunicação), tecnologia de controle e processamento de imagens. Como a Beckhoff quer entender seus clientes, o máximo possível, para encontrar a melhor solução possível, a empresa emprega engenheiros de aplicação, que sabem como as máquinas e sistemas funcionam nos diversos setores, e que apoiam o desenvolvimento de produtos para atender às necessidades específicas dos clientes. "Sempre é possível conversar com nossos especialistas, porque, com o knowhow da equipe Beckhoff, podemos adaptar tecnologias às necessidades especiais desse cliente, desse projeto ou desse segmento de mercado. Este é nosso negócio diário, e também se aplica às E/S, tais como nossos terminais modulares, que introduzimos no mercado há 25 anos. Isso foi um grande desenvolvimento na época, porque outras empresas não tiveram essa ideia. Eles não podiam imaginar que uma pequena caixa de plástico com tantos eletrônicos pudesse ser fabricada e trazida ao mercado

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a um preço acessível. Mas, nós fizemos isso, e criamos um segmento de produto totalmente novo: terminais de barramento ou módulos de E/S. Hoje é um produto padrão, em diferentes mercados, e de diferentes marcas. Está praticamente disponível universalmente”, diz Hans Beckhoff.

A Beckhoff investe cerca de 8% do seu faturamento em desenvolvimento. Cerca de 400 engenheiros trabalham no desenvolvimento de produtos de software e hardware. A empresa emprega engenheiros mecânicos e físicos, para o desenvolvimento (posterior) dos sistemas inteligentes de transporte XTS e XPlanar. Ao mesmo tempo, os engenheiros da Beckhoff têm um alto grau de liberdade de desenvolvimento. Eles também trabalham com nossos engenheiros elétricos, que criam o layout do circuito, e com os especialistas para o desenvolvimento dos chips Asic com VHDL – o principal exemplo é o Asic ET1200, o coração dos muitos sistemas com EtherCAT. No Brasil, a Beckhoff segue a mesma filosofia, e mantém relacionamento com clientes, usuários e instituições. "Em São Caetano, Joinville e Salvador, trabalhamos em conjunto com o Instituto SENAI de Tecnologia, uma grande organização brasileira de formação e aperfeiçoamento na indústria. Em Santa Catarina, nosso escritório está localizado no instituto de tecnologia do SENAI e, na Bahia, trabalhamos em estreita colaboração com a SIMATEC. Gostamos de aproximar nossas tecnologias dos alunos e, mesmo durante a Pandemia, esse trabalho continuou, e soluções foram buscadas, em conjunto com a indústria local”, afirma Giorjiani. A Beckhoff também é forte no segmento de tecnologia de acionamento, e opera sua própria fábrica de motores na Alemanha, há 10 anos.

de levitação magnética, e liberdade de movimento individual. A empresa também é desenvolvedora da "The Windows Control and Automation Technology", abreviada para TwinCAT. Este é um software que combina todo o know-how da Beckhoff, em comunicação, HMI, inteligência artificial, tecnologia de acionamento, CLP, tecnologia de medição, processamento de imagens, e muito mais. Ele pode ser instalado em um PC padrão, transformando-o assim em um controlador. "Mas, não devemos esquecer de que todo o hardware e software que oferecemos não seria nada, sem o fator humano. A Beckhoff sempre foi líder global em tecnologia de ponta; isso é da nossa natureza. Ao mesmo tempo, nossos engenheiros, com sua natureza amigável e muito humana, ficam felizes em apoiar o desenvolvimento e a implementação de ideias no local do cliente. Assim, temos uma rede de subsidiárias ao redor do mundo, onde você pode conseguir suporte. Também no Brasil”, diz Hans Beckhoff, que ressalta que as relações são baseadas na confiança. "Quando um cliente faz uma parceria com a Beckhoff, é uma decisão para os próximos 10 ou 20 anos, em que ele coloca todos os projetos nas mãos da Beckhoff. O controle deve permitir uma produção de alta qualidade, deve funcionar de forma confiável, não deve ser caro, deve estar pronto para novos produtos, permitir novos métodos de produção de forma inovadora e, finalmente, deve apoiar a solução de problemas, uma vez que os clientes enfrentam problemas tecnológicos, de tempos em tempos. Portanto, há várias coisas a serem consideradas, hardware e software sendo apenas parte delas.

Somos especialistas na área de campos magnéticos rotativos e servomotores, temos motores lineares e desenvolvemos sistemas inteligentes de transporte, como o XTS ou XPlanar. O XPlanar é um sistema com tecnologia

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" Fabricantes de máquina para a indústria alimentícia são um bom exemplo do nosso trabalho, é um setor pioneiro em algumas tecnologias. A primeira empresa a utilizar o XTS, no Brasil, foi em uma máquina de polpa de frutas, agora já foram desenvolvidas mais máquinas com nossa tecnologia, novamente usando XTS ", diz Marcos Giorjiani. Foram desenvolvidas, por exemplo, máquinas com dois XTS para uma empresa argentina, obtendo mais flexibilidade na embalagem de seus diferentes produtos, combinado com a produção em alta velocidade, de alto nível e alto volume. A empresa produz 16 tipos diferentes de biscoitos duplos, conhecidos como alfajores. Então o problema era como embalar esses produtos. Com a solução disponível no mercado, seriam necessárias quatro máquinas, mas, graças à tecnologia Beckhoff, conseguiram instalar uma solução com apenas 2 máquinas, utilizando XTS, TwinCAT 3 e IPC. Além disso, difersas outras máquinas para embalagem, que, assim como todo o setor alimentício, requerem velocidade e flexibilidade, já foram desenvolvidas.

O XTS é um sistema de transporte linear com muitos movers independentes, que permite um fluxo de material com distâncias específicas e predefinidas entre produtos, de forma simples e conforme necessário. É muito frequentemente utilizado com flowpacks, para atingir um alto volume de produção e flexibilidade, por exemplo, ao programar uma embalagem com várias embalagens pequenas dentro – uma aplicação típica na indústria alimentícia, onde esta distância entre embalagens deve ser pré-determinada para obter rapidamente os pacotes de produtos desejados.

As tecnologias oferecidas pela Beckhoff estão sendo usadas em cada vez mais segmentos de mercado em todo o mundo, por exemplo, em robótica, motores elétricos e carros, pois, parecem enquadrar-se melhor às novas formas de produção. As tecnologias da Beckhoff, agora, podem ser encontradas nas novas linhas de produção da BMW, em todo o mundo, bem como em outros fabricantes globais de motores elétricos e baterias. 70% do trabalho de Beckhoff concentra-se em empresas de engenharia mecânica, em todo o mundo, e aproximadamente 10% no setor de energia, especialmente no campo da energia eólica. A participação da automação predial é de 5% a 8%. As ações das indústrias de petróleo e gás, hidrogênio, mineração e manufatura estão crescendo, de modo que a empresa abriu um escritório em Houston, EUA, em 2021. Os fabricantes de baterias e motores elétricos também são importantes para a Beckhoff, assim como

a produção de células solares e a montagem e teste de telefones celulares.

" Para crescer, é preciso investir. Isso significa que você tem de expandir seus canais de vendas, desenvolver continuamente produtos interessantes, contratar mais engenheiros de suporte, e engenheiros de aplicação e de vendas, para apoiar os clientes em seus projetos, e atender à demanda. Isso ajuda a criar oportunidades de vendas adicionais. Se o sucesso acontecer, estaremos felizes e comprometidos em manter esse desenvolvimento. Sempre nos preparamos para uma demanda maior, então, dado o crescimento usual de 14% a 15%, tínhamos uma reserva de 20% a 25%. No entanto, agora o crescimento é muito maior – até 60% mais pedidos – o que está consumindo muito das nossas reservas. É por isso que estamos atualmente investindo mais na expansão das capacidades de produção. Também estamos contratando trabalhadores de montagem, e buscando uma cadeia de suprimentos mais segura. Em 2011, quando houve um colapso na cadeia de suprimentos, devido ao terremoto no Japão, decidimos ter sempre matéria-prima em estoque, por 4 a 6 meses. Mas isso tem seus limites, e não é fácil de gerenciar ”, relata Hans Beckhoff. Além disso, o maior crescimento veio da mudança das necessidades tecnológicas.

O controle por PC é considerado mais fácil de usar, e a Pandemia criou novas formas de fazer negócios. Ainda mais significativa que a Pandemia, porém, é a questão das mudanças climáticas, que também está fazendo com que muitas empresas busquem novos conceitos e tecnologias. "Os engenheiros devem salvar o mundo, desenvolvendo métodos de produção otimizados e sustentáveis. E não se trata apenas da implementação de conceitos, como Indústria 4.0, digitalização e tamanho de lote 1. A automação é uma das tecnologias básicas centrais, e contribui decisivamente para proteger nosso meio ambiente, e garantir a prosperidade”, conclui Hans Beckhoff

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Simplifique as transições Ethernet-APLque Ethernet-APL com HART-IP

À medida que as indústrias de processo passam, da sinalização de 4-20 mA, para EthernetAPL, elas descobrirão que sua experiência com o Hart tradicional se traduz diretamente em Hart-IP, acelerando as implementações.

Por muitos anos, as indústrias de processo confiaram no Hart, em loops de corrente analógica de 4-20 mA, como o principal método de comunicação digital bidirecional entre dispositivos de campo inteligentes e sistemas host, porque é simples, confiável e fácil de usar. À medida que a indústria avança para Ethernet-APL de 2 fios (10BASE-T1L), os implementadores querem saber o melhor caminho a seguir para preservar a compatibilidade com extensas instalações existentes. O Hart-IP, lançado em 2007 para oferecer suporte a uma ampla variedade de dispositivos baseados em Ethernet industrial, atende a essa necessidade, preservando efetivamente os investimentos em tecnologia do usuário final, ao mesmo tempo que fornece novas funcionalidades significativas.

No artigo de engenharia de controle de setembro de 2022, intitulado Hart-IP simplifica a transição EthernetAPL, descreve-se por que o Hart-IP sobre Ethernet-APL

oferece muitas vantagens para os usuários finais. Avançando de 4-20mA para Ethernet-APL

Muitos dispositivos, legados de instrumentação e controle, usam um sinal de 4-20 mA para transmitir uma única variável de processo primário, e fornecer energia ao dispositivo. Para comunicações digitais, o protocolo

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de comunicação Hart é sobreposto ao meio de transporte de 4-20mA. O Hart fornece acesso a dados valiosos e confiáveis para muitas variáveis de processo, juntamente com informações de status, calibração e diagnóstico.

A Ethernet com fio está disponível há décadas, e continua se expandindo da empresa para redes de plantas e redes de controle/campo. No entanto, a mídia típica de nível comercial nem sempre é adequada para instalações industriais, que devem cobrir longas distâncias, fornecer energia ao instrumento, e resistir às condições de ruído ambiental.

Ethernet-APL usa uma instalação familiar de dois fios, mas estendendo-se até 1.000 metros entre switches de rede, e 200 metros para cada dispositivo de campo. Ele fornece energia sobre a mídia, é adequado para uso em áreas perigosas, e oferece imunidade robusta a ruídos. EthernetAPL pode ser usado em conjunto com qualquer protocolo baseado em Ethernet, como Hart-IP, e segue as recomendações NAMUR, para uso em arquiteturas de rede do setor de automação de processos. Embora mais lenta que a Ethernet comercial, a Ethernet-APL opera a 10 Mbit/s full-duplex, com tempos de ciclo de até 10 ms, o que é de longe rápido o suficiente para comunicações, e controle em tempo real em aplicações da indústria de processos.

Por essas e outras razões, a Ethernet-APL está pronta para se tornar o novo padrão aberto para automação e instrumentação de processos.

Hart-IP sobre Ethernet-APL

Devido à popularidade da Ethernet e ao surgimento da Ethernet-APL, o FieldComm Group ampliou o HARTIP, com segurança cibernética e outros recursos, tornandoo ideal para implantação na camada de instrumentos de campo de uma rede de planta para aplicações, incluindo controle em tempo real. O Hart-IP é fácil de usar, opera independentemente da mídia subjacente, e funciona com mídia redundante, incluindo topologias de malha e anel, e em qualquer velocidade de rede. O Hart-IP permite que vários hosts, devidamente credenciados, acessem instrumentos com segurança, de forma independente e simultânea.

O FieldComm Group está pronto com um sistema de teste e outras ferramentas, para suportar e habilitar o registro de produtos Hart-IP em Ethernet-APL, assim que estiverem disponíveis. Como o Hart-IP suporta o modelo de dados Hart comumente entendido, ele é familiar para muitos funcionários da indústria de processos, e permanece compatível com versões anteriores enquanto estende ainda mais a arquitetura para fornecer suporte Ethernet e controle em tempo real.

A Hart tem uma longa tradição na indústria de processos e possui muito potencial inexplorado. O Hart-IP permite uma expansão ainda maior da disponibilidade e acesso aos dados. Embora as empresas possam desenvolver muitas novas ferramentas para aproveitar a maior largura de banda, esses usuários não precisam esperar, porque as ferramentas Hart existentes podem ser usadas com produtos Hart-IP.

Os usuários finais de automação de processos industriais atualmente têm investimentos significativos em ferramentas, tecnologia e treinamento Hart e Wireless Hart existentes. Portanto, a melhor maneira para esses usuários adotarem tecnologias mais novas e de alto desempenho é fazer a transição para Hart-IP sobre Ethernet-APL.

O FieldComm Group é especialista nestes sistemas.

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Primeiros semirrebocadores elétricos na América Latina

A BYD México entregou cinco unidades do semirrebocador 100% elétrico Q3MA à Marva Transportes, uma das maiores empresas do setor daquele país. Um total de 120 semirrebocadores elétricos serão entregues para Marva, até o final deste ano, constituindo a primeira frota desse equipamento BYD da América Latina.

Equipado com a bateria de ferro fosfato-lítio, e eixo de acionamento elétrico integrado, desenvolvido pela BYD, o semirrebocador Q3MA apresenta uma potência intensa, e tem longa autonomia. Com um peso de 12 toneladas, e uma carga máxima admissível de tração total de 35 toneladas, é amplamente utilizado em portos, parques industriais e transporte logístico intermunicipal de curta e média distância.

Aderindo ao princípio de alta eficiência, conservação de energia e proteção ambiental, o Q3MA beneficiará enormemente a área local em termos de desenvolvimento sustentável, graças à nova tecnologia energética, que é livre de emissões e de poluição.

Para Miguel Ángel Martínez, CEO da Marva: “Esta frota de semirrebocadores elétricos ajudará a reduzir a emissão estimada de 33 mil toneladas de carbono, por ano, criando uma indústria de transporte mais limpa, e ambientalmente mais amigável. Estamos prontos para continuar nossa colaboração com o fabricante líder mundial de veículos elétricos BYD, e avançarmos juntos pela estrada sustentável”.

“ Nossa parceria estratégica com a Marva visa a promover a eletrificação na logística e transporte intermunicipal, reduzindo a poluição ambiental por emissão de carbono ”, disse Zou Zhou, Gerente da BYD México. “ A frota de 120 semirebocadores elétricos BYD será operada sob a colaboração da Element Fleet Management. Uma empresa líder na indústria de gestão de frotas, e da ENEL X, uma empresa de energia renovável. A BYD se junta à Marva e a outros parceiros de destaque, para promover a transição para o transporte limpo no México ”, conclui o executivo.

Cosern troca mais de 23 mil lâmpadas ineficientes

Mais de 200 prédios públicos municipais, estaduais e federais, espalhados por 20 municípios, em todas as regiões do Rio Grande do Norte, foram beneficiados, ao longo do primeiro semestre de 2022, com a substituição de 23.176 lâmpadas ineficientes por lâmpadas LED. A ação é viabilizada através do Programa de Eficiência Energética da Neoenergia Cosern, regulado pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. As lâmpadas são substituídas, sem nenhum custo financeiro à instituição pública.

Entre os 237 estabelecimentos beneficiados no primeiro semestre deste ano, estão Escolas Públicas, Hospitais Regionais, Policlínica, Creche, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) e unidades do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Somente nos prédios da UFRN em Caicó, Currais Novos e Natal, por exemplo, mais de 6,3 mil lâmpadas ineficientes foram trocadas por lâmpadas de LED no período detalhado. Elas são as mais eficientes do mercado, além de serem mais duráveis, podendo ter uma vida útil até quatro vezes maior do que as fluorescentes.

A troca de lâmpadas ineficientes por lâmpadas mais econômicas reduz o valor da conta de energia, ajudando o poder público a economizar recursos, que poderão ser investidos em outras necessidades da população, além de evitar investimentos na geração da energia e na preservação do meio ambiente”, afirma Ana Mascarenhas, gerente do Programa de Eficiência Energética da Neoenergia.

O Programa de Eficiência Energética das distribuidoras da Neoenergia busca promover ações de conscientização e mudanças de hábitos no consumo de energia de todos os tipos de clientes, visando a contribuir para o desenvolvimento sustentável. Isso é possível a partir de mudanças de atitudes, potencializado através da geração de energia renovável, como também da reciclagem de resíduos, contribuindo para a preservação do meio ambiente.

Energies Controle&InstrumentaçãoNº275|2022

Recarga de veículos elétricos com energia do metrô

Engie vence leilão com deságio de 71,32%

O projeto, denominado Metrolinera, nasceu do desafio da TMBInnova Estació del Futur, que permitiu a diferentes grupos de funcionários da TMB reimaginar esses espaços, a partir de quatro eixos: lazer, conectividade, conforto e interação com os usuários.

A Transports Metropolitans, de Barcelona, lançou um teste piloto na estação Ciutadella-Vila Olímpica, composto por 9 compartimentos modulares, que permitirão aos utilizadores recarregarem os seus veículos elétricos de mobilidade pessoal com energia recuperada do metrô. Estes cacifos são da empresa MyLock, e estão localizados na entrada do Zoo, que dá acesso às plataformas desta estação da linha 4 do metrô de Barcelona.

Assim, o uso eficiente da energia e os recursos gerados pelo próprio metrô serão os protagonistas desta instalação, que responde à procura provocada pelo aumento de veículos de mobilidade pessoal, que, nos últimos tempos, têm conquistado um lugar entre os cidadãos.

Os compartimentos servirão como ponto de carregamento das baterias, graças à recuperação da energia gerada pela travagem dos próprios comboios do metrô.

A presidente da TMB, Laia Bonet, explicou, durante o arranque do teste piloto, que “é mais um exemplo da aposta no autoconsumo, na valorização e reaproveitamento da energia excedente que se perde na própria atividade da empresa”, um dos os pontos importantes do Plano de Eficiência e Poupança Energética do Metrô e Ônibus, que a empresa apresentou na semana passada.

Segundo o presidente da TMB, o serviço vai permitir reunir as necessidades de mobilidade dos cidadãos “integrando o serviço de transporte público nas deslocações daquelas pessoas que combinam produtos de mobilidade pessoal nos seus deslocamentos diários, e o próprio metrô”.

Laia Bonet destacou ainda o fato de o projeto ter surgido da ideia de um desafio dirigido aos colaboradores da empresa, e que isso confere “valor acrescentado a um projeto concebido, criado e desenvolvido a partir de talento próprio”.

O serviço, que será pago, começa agora uma fase inicial de testes, que permitirá que alunos da Universidade Pompeu Fabra – o prédio ao lado da estação Ciutadella-Vila Olímpica – possam testá-lo gratuitamente. Já o público em geral também pode acessar o serviço, neste caso com 50% de desconto. A partir de 24 de outubro, as promoções para testar o serviço terminam.

A Engie Soluções venceu o leilão do projeto de Parceria Público-Privada (PPP) de iluminação pública promovido pela prefeitura de Curitiba, na sede da B3, em São Paulo.

A oferta apresentada foi de R$ 1,1 milhão para o valor da contraprestação pública da cidade, e teve o maior deságio da história para este tipo de concessão, com desconto de 71,32% em relação ao limite máximo definido em edital, de R$ 3,84 milhões. A futura concessionária – que também atua em PPPs de iluminação pública de Petrolina/PE e Uberlândia/MG – deverá alcançar a marca de 100% do parque de iluminação – composto por cerca de 157 mil pontos de luz – modernizado, que passará a ser constituído por luminárias LED. O contrato tem prazo de 23 anos, e prevê a operação, manutenção, além da expansão da infraestrutura de iluminação da cidade, que conta com mais de 160 mil pontos de luz.

“ Esta é uma parceria de longo prazo, que reforça o nosso posicionamento em acelerar a transição energética para a neutralidade em carbono, nos municípios brasileiros. Curitiba é referência em inovação, e possui um planejamento urbano exemplar em modernidade, convergindo com o compromisso da ENGIE em tornar espaços urbanos mais eficientes e sustentáveis, com soluções que fortalecem a segurança pública, melhoram a mobilidade, e promovem eficiência energética ", afirma o diretor-presidente da ENGIE Soluções, Jacques-Olivier Klotz.

Atualmente, a ENGIE opera mais de 1 milhão de pontos de iluminação no mundo.

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CCEE e ONS lançam operação para venda de excedentes de energia elétrica para Argentina e Uruguai

A CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – e o ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico – disponibilizam ao mercado um novo procedimento competitivo para exportação de Energia Vertida Turbinável (EVT), uma operação para transação comercial de energia com a Argentina e o Uruguai, em substituição ao modelo de troca onde não há monetização da energia exportada.

O novo mecanismo, implementado após a publicação recente da Portaria nº 49/2022, do Ministério de Minas e Energia (MME), possibilitará a negociação diária do excedente de geração de energia de usinas hidrelétricas que integram o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), ou seja, a água em excesso nos reservatórios será utilizada para geração de energia.

Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, explica que a negociação não deve afetar a segurança do fornecimento de energia para o mercado interno. “A transação será feita se houver oferta no Brasil, e dependerá única e exclusivamente de um cenário hidrológico favorável, com o vertimento das usinas, como o próprio nome do mecanismo diz, e de uma demanda do país vizinho”.

O executivo também destaca que a nova operação é uma forma de angariar recursos para o setor, e otimizar o uso de recursos hídricos. “Nós encontramos uma alternativa rentável para o uso da água que seria vertida, com o retorno financeiro obtido na venda podendo ser convertido em benefícios para o sistema elétrico brasileiro”, diz Altieri.

De acordo com a CCEE e o ONS, os recursos obtidos nas operações serão direcionados para o MRE, que atua como um “condomínio de usinas”. Dessa forma, a nova operação pode permitir abatimento nos custos operacionais das hidrelétricas participantes e, consequentemente, no médio prazo, redução nos encargos arrecadados na tarifa dos consumidores.

Para o ONS, além de gerar recursos para o setor, a modalidade de exportação de EVT é uma iniciativa que demonstra aperfeiçoamento dos processos. A energia produzida pelas hidrelétricas, que não poderia ser alocada na carga do SIN, e tampouco armazenada, devido aos reservatórios estarem com nível elevado, caracterizando um excedente energético, poderá ter um tratamento econômico-comercial, e estruturação em um ambiente de mercado.

Segundo Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do Operador, a adoção da exportação comercial de EVT é um exemplo da evolução dos mecanismos possíveis que podem ser implementados no Setor Elétrico Brasileiro, em busca de uma operação otimizada, mais flexível e,

no longo prazo, com menor custo para o consumidor brasileiro. “Estamos bastante otimistas de que este modelo de intercâmbio de energia trará resultados positivos, tanto para o Brasil quanto para os países vizinhos”, reforça Ciocchi.

A operação será diária, e restrita aos agentes comercializadores associados à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, com perfil cadastrado para exportação. Durante o procedimento competitivo, os lances para compra da energia remanescente com origem nas usinas do MRE respeitarão um preço mínimo, que é calculado pela CCEE considerando a média ponderada do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) de cada submercado, na proporção da Garantia Física Sazonalizada do MRE de cada submercado. Além disso, é adicionado um benefício percentual mínimo ao processo que, atualmente, é de 10%. Ressaltase que está prevista a participação social, com intuito de debater a metodologia de cálculo do preço mínimo.

Em um segundo momento, as ofertas serão submetidas à análise do ONS, que observará critérios como: (i) a demanda no país vizinho; (ii) a capacidade de transmissão pelas conversoras e da rede de transmissão do SIN; (iii) o montante disponível de energia vertida turbinável não alocável no SIN (iv) e, por fim, os montantes e valores vencedores do procedimento competitivo.

Após liberação conjunta, pelo ONS e CCEE, será realizada a confirmação aos vencedores, com a repetição do ciclo no dia seguinte.

Energies Controle&InstrumentaçãoNº275|2022

Metalúrgicas aceleram rumo à Indústria 4.0 - mas ainda há muito caminho a ser percorrido

Estudar

e gerenciar os metais, em todo seu ciclo de transformação, é papel da metalurgia, uma das mais antigas atividades do homem, que ainda perdura, acompanhando e impulsionando a evolução e o bem-estar da sociedade.

A história dessa atividade, em âmbito global, nos tempos mais recentes, pode ser facilmente resumida em dois fatos: os primeiros altos-fornos apareceram no século XIII, e a indústria metalúrgica contribuiu de forma essencial para a Revolução Industrial, no século XVIII.

Especificamente no Brasil, a metalurgia é atividade econômica de destaque, ao ponto de situar o país entre os dez maiores produtores mundiais, mais especificamente, ocupando a 9ª posição no ranking de produtores de aço, tendo produzido, em junho de 2022, de acordo com dados da World Steel Association, 2,9 megatoneladas de aço. Além disso, diferenciase de outros países, inclusive dos que estão à frente na tabela, no ponto questão ambiental, e a redução das emissões de carbono, graças à rota do carvão vegetal biorredutor.

A cada dia mais, as plantas industriais das metalúrgicas incorporam tecnologias de automação, computação

em nuvem, robótica avançada e colaborativa, IIoT, big data, gêmeos digitais e simuladores, segurança da informação ou cybersecurity, machine learning, inteligência artificial, realidade aumentada, entre outras tecnologias potencializadoras e capacitadoras, que digitalizam e integram o chão-de-fábrica e o pensamento estratégico da organização, elevando seu patamar produtivo, e habilitando a metalurgia à Indústria 4.0.

Para dar uma ideia dos ganhos proporcionados, Cristiano de Lanna – coordenador do Grupo de Automação e TI da Associação Brasileira de Metais (ABM), e gerente Corporativo de Sistemas da Usiminas – cita estimativa da McKinsey: até 2025, os processos relacionados à Indústria 4.0 poderão reduzir custos de manutenção de equipamentos, entre 10% e 40%; reduzir o consumo de energia, entre 10% e 20%; e aumentar a eficiência do trabalho, entre 10% e 25%.

Cientes dos benefícios, a siderurgia e a metalurgia têm investido e se beneficiado das oportunidades ofertadas pelas tecnologias da Indústria 4.0, em toda a cadeia produtiva. O período de 2020 a 2022 vem caracterizando-se por uma aceleração na procura dessas soluções, e a cultura está

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disseminando-se mais rapidamente, garantem os profissionais que atuam em automação de processos.

Nota-se, ainda, crescimento no número das empresas de automação, robótica e inteligência artificial, dedicadas a esses setores. Entre elas, a BM Group Polytec, cujo gerente Comercial, Rafael Lourenzo Jacob, confirma: “O nível de investimento em automação e robótica na metalurgia está em rápido crescimento, nos últimos anos, e, junto com elas, as tecnologias como IoT, big data e gêmeos digitais acabam ganhando espaço”.

A defasagem percebida entre as indústrias metalúrgicas e as de outros segmentos do setor de bens de capital mecânico, na opinião de Jacob, tem causas diversas: “A indústria metalúrgica está passando por um momento semelhante ao que a automotiva passou há muitos anos, especialmente na área da robótica, impulsionada pela necessidade de aumento na segurança e ergonomia. Esse lapso de tempo pode ser explicado por motivos, como o grau de hostilidade e risco desses ambientes, pelo modelo de produção – que em partes não é contínuo – e pelas enormes dimensões e pesos envolvidos. Mas, à medida que essas tecnologias ficaram mais robustas, a aplicação na metalurgia se tornou possível, e, com o aumento de sua flexibilidade e número de funções, o retorno do investimento passou a ser atrativo”.

Segundo Marco Tanaka – vice-coordenador do Grupo de Trabalho de Manufatura Avançada da ABIMAQ (GTMAV), as soluções estão cada vez mais acessíveis, favorecendo o desenvolvimento de projetos adequados, inclusive, às necessidades de pequenas e médias indústrias.

“Principalmente com relação a indústrias de pequeno porte, inclusive metalúrgicas, há um grande desafio a ser vencido, relacionado especialmente ao gap entre o que precisa e a realidade dessas empresas, pois, as máquinas precisam estar prontas para os dispositivos capturarem informações”, comenta Tanaka.

Entre os motivos para esse crescimento de mercado, Tanaka lista a sobrevivência, como um dos principais motores da automação das metalúrgicas e das indústrias em geral: “Há cerca de dez anos, as empresas não se preocupavam com aumentos de preços de insumos, transporte, matéria-prima, etc., nem com produtividade, pois, repassavam os custos para o cliente. Hoje não dá mais. Para ser competitiva, é fundamental no mínimo monitorar as máquinas”.

No entanto, mesmo com o mercado se desenvolvendo, o nível de automação das linhas de produção de metalúrgicas ainda pode ser considerado baixo, se comparado às grandes indústrias alimentícias, farmacêuticas ou

automotivas, “mas, essa realidade vem mudando muito rapidamente. Os grandes players já têm partes do processo totalmente automatizados há algum tempo, como o lingotamento contínuo ou processo de laminação nas siderúrgicas. Contudo, o mesmo não acontece com outras partes do processo, frequentemente muito dependentes da intervenção do ser humano, tais como amostragem, testes de qualidade, adições de matéria-prima, soldas”.

Para permanecerem competitivas, as indústrias em geral “necessitam de dados do fluxo de trabalho diário da operação e da manutenção desses dispositivos habilitados para internet”, detalha Murilo Pruano – da Braincube – e cita as plataformas de IIoT como opção para a democratização de dados, ou seja, favorecer que todos tenham acesso aos dados da fábrica: “Esse conceito está mudando os contornos da indústria, especialmente à medida que mais e mais máquinas inteligentes se juntam à frota. Usar dados no fluxo de trabalho diário é uma necessidade, na operação e na manutenção desses dispositivos habilitados para internet”.

O casamento entre automação de processos e melhor aproveitamento dos recursos disponíveis é apontado por Lanna como um “dos principais benefícios das tecnologias disruptivas na siderurgia. Na mesma linha, há uma correlação linear com a melhoria dos processos e produtos”. Agrega, ainda, a melhora nas condições de trabalho em “partes do processo que expõem os operadores ao metal em alta temperatura ou movimentação de cargas muito pesadas, onde agora estão sendo inseridos os robôs de grande porte. Atividades de amostragens e medições de temperatura do metal líquido durante o refino, reparo do revestimento refratário dos fornos, movimentação de válvulas refratárias, adição de pó fluxante no lingotamento contínuo, e outras. Também está ocorrendo evolução na automação e controle de motores que são aplicados em diversas partes do processo, cuja atualização promove mais precisão e eficiência energética”, comenta Lanna.

As tecnologias aplicadas e a forma de interligação entre os sistemas de gestão e automação no setor metalúrgico e siderúrgico “não mudam muito quando comparado a outras indústrias. A interligação entre os sistemas é feita pelos protocolos-padrão de comunicação – Profibus-DP, Profinet e Ethernet IP nos níveis de campo e controle, e normalmente TCP/IP, no gerenciamento e planejamento”.

Mas aqui também há novidades. De acordo com o coordenador do Grupo de Automação e TI da ABM, “ já

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existe quem impulsione a aplicação do OPC-UA como protocolo universal também nessas indústrias, mas sua aplicação ainda não é muito difundida ”. Lanna assegura que, “ tendo os dados de processo chegado ao nível de gerenciamento, fica a cargo dos sistemas de TI criarem uma arquitetura de cloud computing, caso o produtor tenha interesse em utilizar o grande poder de processamento dos servidores de empresas como Amazon, Google ou Microsoft. Mas, hoje em dia, ainda é mais comum que o processamento digital ocorra em servidores internos, por cuidados em relação à segurança dos dados ”.

O maior desafio encontrado pelas empresas especializadas em fazer a migração do ambiente usual para o da Indústria 4.0 tem o centro de usinagem como principal gargalo. Quanto menor a empresa, mais antigas são essas máquinas, exigindo às vezes um retrofit.

“ O setor de metalurgia conta com muitas indústrias de pequeno porte, ainda com processos 100% dependentes do operador, e naquelas em que há centros de usinagem; essas máquinas são antigas, sem nenhum nível de automação ”, declara o vice-coordenador do GTMAV da ABIMAQ, agregando outra dificuldade: muitos são centros de usinagens fechados, com tecnologia proprietária, e a idade média do parque instalado é de dez anos.

A Açovisa, antes da Pandemia, desenhara um plano 4.0 para aumento da produtividade e da interação com a equipe de vendas e qualidade. A empresa está toda alinhada e tradicionalmente investe em TIC para processos e qualidade, interligando as áreas, e também nos prazos de atendimento. Retomando um plano de investimentos de antes da Pandemia, a empresa, além de investir em software de gestão (SAP) – pois, sem ele, não é possível gerenciar os dados, e disponibilizar informações aos pontos de vendas, e, além disso, produzir dados para evitar desperdícios de matérias-primas e de insumos – também direcionou recursos para laboratório de ensaios de qualidade – equipamentos e mão-de-obra. Está realizando a substituição das máquinas-ferramenta e a adaptação de alguns equipamentos, renovando o parque, e investindo na qualidade do

processo, com máquinas de corte a laser. Dessa forma, atingiu 50% de automação da planta e, até 2024, deve automatizar o restante – o que inclui investimentos em ferramentas para a área de vendas e de relacionamento com o mercado.

A ideia dessa indústria metalúrgica de médio porte, detentora de parque industrial com mais de 50 equipamentos em transformação, é trocar cerca de 30 máquinas, recapacitar as demais e, no longo prazo, substituir mais 60% das máquinas, automatizando e digitalizando toda a fábrica. O cronograma em andamento prevê que Açovisa chegue a 2025 nos padrões da Indústria 4.0.

A empresa reconhece que, na implementação de tecnologias relacionadas à Indústria 4.0, a metalurgia vem caminhando mais lentamente, mas prevê que o ritmo deva ser acelerado, porque essa indústria “precisa de uma planta verde, que gaste menos energia, economizando água, usando menos óleo solúvel e ferramentas de corte. Neste caso, a meta é atingir o mesmo nível dos setores que estão à frente. Esse é um processo de melhoria, contínuo e sem retorno à condição anterior”.

Esse caminho trilhado atende o que preceitua Tanaka, ao descrever o passo a passo. “Tudo começa no planejamento de como vai ser feita a jornada para poder relacionar os dados. Comece monitorando o gargalo e, aos poucos, aumente a abrangência do monitoramento, pois, assim, dará para ter ideia do payback, e comprovar os benefícios, que são imediatos”.

Fundamental também é a conscientização, desde a alta direção da indústria, de que a adoção de novas tecnologias pode contribuir para tornar a produção mais eficiente, com redução do uso de recursos naturais, geração de resíduos e consumo de energia.

As tecnologias para a indústria ajudam significativamente a implementação de uma economia sustentável, que tenha o desenvolvimento social entre seus objetivos. É aqui que entra a relação entre as políticas dessas empresas e o ESG (Environmental, Social, Governance).

Rafael Jacob afirma que a tecnologia e a automação contribuem para o ESG, no que diz respeito à segurança e ao meio ambiente: “Além da redução dos riscos, os sistemas automatizados são mais precisos e eficientes,

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https://www.iiconsortium.org/news-pdf/joi-articles/2019-November-JoI-Digital-Twin-Industrial-Internet-for-Smart-Manufacturing.pdf

trazendo grandes reduções no consumo de energia e nas emissões carbono para o meio ambiente. Um exemplo muito impactante é na fusão e no refino primário do aço, tanto em fornos elétricos, quanto em conversores LD, uma pequena redução de tempo ou perda de eficiência térmica reduz altamente o uso das fontes de energia e emissões de CO e CO2”.

E, entre as tecnologias 4.0, a aplicação do Gêmeo Digital permeia toda a produção, permitindo monitorar, testar ou fazer melhorias nos processos. Murilo cita o acompanhamento de um lote de lingotes de aço na fornalha: “ O gêmeo digital leva em consideração cada variável, e pode dizer distintamente o que está em cada lote. Ao saber quais fatores têm mais influência no processo, as equipes podem melhor descrever os acontecimentos durante a produção. Isso pode ajudar, repetindo as melhores receitas várias vezes, o que leva à redução de custo, risco e desperdício. Se um engenheiro utiliza o desvio padrão em certo tipo de análise, é possível ver, na mesma linha do tempo, o desvio padrão da primeira e da última parte do processo; em processos de produção contínuos, possibilita a visualização dos dados de diferentes fontes ou sistemas, ao mesmo tempo. Também torna possível compreender como os parâmetros do processo funcionam e ajustá-los, afinal, algumas partes do processo de produção do aço levam milissegundos. Desse modo, disponibiliza ao gestor a informação certa, e ajuda a compreender as variáveis importantes que impactam o processo de produção ”.

frente aos resultados da primeira edição desse levantamento, realizado em 2016, quando apenas 48% utilizam alguma tecnologia relacionada à Indústria 4.0. Neste último relatório, sete em cada dez empresas no Brasil fazem uso de pelo menos uma tecnologia digital, mas, quando inqueridos sobre quais são utilizadas, seguem sendo as mais utilizadas, as que proporcionam melhorias no processo produtivo.

O mercado parece inesgotável, assim como os ganhos possibilitados: a Global Industry Analysts Inc. (GIA) estimava o mercado global da Indústria 4.0 em US$ 90,6 bilhões, em 2020, devendo chegar a US$ 219,8 bilhões, até 2026. Já a ABDI, em 2020, calculou que, com a adoção da indústria 4.0, o país pode reduzir os custos industriais em, no mínimo, R$ 73 bilhões, por ano.

A segunda Sondagem Trimestral sobre Transformação Digital nas empresas brasileiras, divulgada em agosto, com dados coletados em junho deste ano, mostrou crescimento em empresas de todos os portes. No caso específico da indústria, o indicador de investimentos em digitalização evoluiu, de 20,4%, para 25%.

“Elas são usadas para capacitar as equipes humanas, e não para substituir seres humanos por máquinas automatizadas. Assim, os profissionais podem contribuir de maneira eficaz para a missão da empresa. As plataformas de IIoT são ferramentas que ampliam a capacidade de trabalho dos funcionários, favorecendo que trabalhem melhor, mais rápido e com mais facilidade. Elas promovem uma comunidade de pensadores, altamente qualificados e engajados, leais à empresa, e focados em levá-la adiante”, afirma Murilo Pruamo

Inexiste um indicador específico da metalurgia, mas quem atua no setor confirma investimentos crescentes, que mostram contraponto importante: grande parte das empresas – 43% segundo pesquisa da ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – não identificam tecnologias digitais como fatores impulsionadores da indústria.

A percepção dos entrevistados é comprovada, por exemplo, pela ABDI, que, em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), trimestralmente levanta informações sobre a digitalização das empresas brasileiras, com o objetivo de monitorar, principalmente, a jornada das MPEs rumo à economia digital, para identificar tendências para o curto e médio prazos.

A Sondagem Especial Indústria 4.0: Cinco Anos Depois, lançada em abril de 2022, pela CNI – Confederação Nacional da Indústria – informa crescimento significativo

Parece promissor, e as empresas de automação têm capacitação e tecnologia em níveis internacionais, para atender a indústria. “ No entanto, se a demanda crescer muito rapidamente, faltará braço, principalmente na programação da máquina ”, constata Tanaka, ao informar que vem crescendo, no mercado, a disponibilidade de “ plataformas que simplificam a programação pelo operador no chão-de-fábrica. Pelo lado da integradora, a dificuldade com profissionais para o corpo de engenharia também é presente. Há poucos formados nessa área, seja em nível técnico, seja no âmbito do ensino superior ”.

As plataformas de IIoT – garante Pruano – facilitam a qualificação dos líderes industriais de amanhã, para que a manufatura possa florescer: “ Elas são usadas para capacitar as equipes humanas, e não para substituir seres humanos por máquinas automatizadas. Assim, os profissionais podem contribuir de maneira eficaz para a missão da empresa. As plataformas de IIoT são ferramentas que ampliam a capacidade de trabalho dos funcionários, favorecendo que trabalhem melhor, mais rápido e com mais facilidade. Elas promovem uma comunidade de pensadores, altamente qualificados e engajados, leais à empresa, e focados em levá-la adiante ”.

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Gerdau avança com os planos de modernização de operações no Brasil

parte de um novo ciclo de crescimento sustentável da companhia, a Gerdau deu início às operações do novo lingotamento contínuo de blocos e tarugos da Usina de Pindamonhangaba/SP.

Como

O equipamento permite à Gerdau um processo mais automatizado e com melhor rendimento, resultando na entrega de produtos diferenciados, e em um patamar ainda mais elevado de qualidade para os mercados demandantes. A atualização tecnológica da uni-

dade está alinhada às perspectivas futuras de aumento da matriz de veículos elétricos e híbridos no Brasil. Com o novo lingotamento, a Usina de Pindamonhangaba da Gerdau ganha um novo patamar de competitividade e modernidade – com investimento de aproximadamente R$ 700 milhões, o equipamento traz ganhos em três frentes: segurança, pois, trata-se de um equipamento mais automatizado e moderno; qualidade, pois, o novo lingotamento possibilita a produção de aços “clean ste-

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el”, cuja tecnologia dá ao produto mais limpeza e maior resistência, aumentando sua vida útil, buscando atender a demanda da indústria automobilística por automóveis mais leves; e competitividade, pois, o novo equipamento possibilita uma redução de custos e o aumento de produtividade da operação.

“ Temos realizado investimentos em nossas usinas de aços especiais, para aumentar a produtividade e atender as necessidades e a demanda crescente dos nossos

clientes. O novo lingotamento da Usina de Pindamonhangaba está alinhado aos conceitos de indústria 4.0 e aumentará a qualidade e competividade das nossas operações nesse segmento. A inauguração desse equipamento, bem como nosso plano de modernização das operações até 2025, reforçam nossa presença nos mercados em que atuamos, bem como nossa visão otimista para o setor automotivo brasileiro, que deve, nos médio e longo prazos, ter seus níveis de produção recuperados ”, afirma Rubens Pereira , vice-presidente de Aços Especiais da Gerdau no Brasil.

A Gerdau está planejando um ciclo de modernização e manutenção de suas operações de aços especiais no Brasil, até 2025. Dentro desse plano, que ainda depende de aprovações do conselho de administração da empresa, estão investimentos em manutenção das operações, e na atualização tecnológica, ambiental e modernização. E esse plano está dividido entre as três usinas de aços especiais no Brasil: Mogi das Cruzes/ SP, Pindamonhangaba/SP e Charqueadas/RS, sendo que aproximadamente 60% desses investimentos serão para as plantas do Estado de São Paulo, e 40% para a operação no Rio Grande do Sul.

“Esse movimento no segmento de aços especiais é resultado da preparação da Gerdau para um novo ciclo de crescimento futuro, com foco nas Américas, com o objetivo de gerar mais valor para seus clientes, e ser uma organização ainda mais sustentável. Reforçamos ainda nosso otimismo com a evolução do segmento automobilístico, e estamos acompanhando na Gerdau a evolução da demanda e da transformação tecnológica dessa indústria. Nos últimos anos, a empresa passou por uma profunda transformação cultural e digital, que a tornou ainda mais focada em pessoas, mais digital, inovadora, diversa e inclusiva”, comenta Gustavo Werneck, CEO da Gerdau.

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Além do novo lingotamento contínuo da Usina de Pindamonhangaba, outros investimentos em aços especiais entraram em operação recentemente, dentro do plano de R$ 1 bilhão de investimentos, anunciados em 2021: nesse ano, a planta de Mogi das Cruzes teve sua aciaria reativada; na usina gaúcha de Charqueadas foi instalado um novo forno de recozimento e esferoidização de barras de aço, o qual traz maior qualidade e produtividade ao processo produtivo, ganhos de competitividade e novos conceitos de segurança das pessoas. Esta atualização tecnológica também permitirá à Gerdau atender à demanda crescente por materiais com tratamentos térmicos complexos, principalmente do setor automotivo, uma vez que há um aumento de capacidade instalada para este processo.

Mas, a Gerdau vem trabalhando sua modernização há algum tempo baseada em quatro pilares: indústria 4.0, segurança 4.0, perspectiva do cliente e supply chain integrado. Em todos eles, há uso intensivo de dados, e um trabalho respaldado pela metodologia ágil. A empresa fez uso de modelagens matemáticas, Python, data lake, nuvem, e passou a usar tecnologias como machine learning e Inteligência artificial, para aumentar o impacto dos bons resultados, alcançados de maneira cuidadosa.

Uma das técnicas que a Gerdau usa é o video analytics, a partir de câmeras no pátio de sucatas, que registram a movimentação das pessoas, e alertam caso haja alguém em área de risco. O uso de equipamentos de proteção (EPIs) também é monitorado pelo sistema, que faz a identificação da imagem e conta com machine learning, para assinalar quando existem situações de não conformidade.

E o cabedal de conhecimento e tecnologia aparece em vários pontos dos trabalhos, como modelos de otimização do consumo de ligas nos fornos de aciaria, para redução do consumo de combustível nas áreas fabris e para o consumo de gás para laminação.

A Gerdau faz uso da tecnologia IoT em cerca de 900 ativos, equipamentos conectados, usando sensores inteligentes, que coletam dados que são analisados e usados, por exemplo, na manutenção preditiva. E, desde 2020, a Gerdau trabalha com o gêmeo digital, usando dados reais para simular diferentes cenários de fabricação e projeções. A adoção de gêmeo digital já está bem consolidada na usina Ouro Branco, em Minas Gerais, a maior da empresa no mundo, com capacidade de 4,5 milhões de toneladas de aço bruto/ano. A aciaria foi a área escolhida para começar a usar a tecnologia, mas a ideia é escalar o gêmeo digital na planta de Ouro Braco, enquanto, em outras plantas, o conceito está sendo trabalhado em menor escala.

A usina de Ouro Branco também está liderando a implementação de uma rede privativa dedicada 5G e Long Term Evolution (LTE) 4G, criando uma rede de transporte (backbone) de TI. Esse projeto, dividido em três fases, que a Gerdau firmou com a Claro/Embratel, prevê a instalação de torres no local, para ampliar a abrangência da conectividade e as possibilidades de automação, com cobertura em mais de 8,3 milhões de m².

No início, será instalada uma rede privativa LTE 4G, com capacidade total de 256 Mbps. Já nessa etapa, a área coberta deve ser maior do que a atual, possibilitando o aumento da abrangência das iniciativas da Indústria 4.0 já adotadas na unidade. Na segunda fase, será implantado o 5G, na frequência 3.5 GHz, e aplicações críticas não terão infraestrutura compartilhada com a rede pública. Somando as duas frequências, a planta passará a ter uma capacidade de 3,8 Gbps. A terceira etapa envolverá o adensamento da rede privativa LTE 4G e 5G, para fornecer mais capacidade combinada, chegando a 4,8 Gbps, e ampliar a cobertura para toda a extensão operacional da planta.

Cada máquina conectada receberá um SIMCard exclusivo para acessar a rede. Com isso, a autenticação do equipamento será automática, sem a necessidade do uso de senhas para conexão. Suportada pela rede e backbone de TI instalados, a Gerdau pretende ampliar seus investimentos em tecnologias como veículos autônomos e telecontrolados, além de gêmeos digitais, Internet das Coisas e Inteligência Artificial.

Em um cenário cada vez mais competitivo no setor, que exige uma busca contínua por mais excelência operacional, a transformação digital se torna crucial, para evolução em produtividade, segurança das pessoas e gestão sistêmica da nossa operação”, afirma Rafael Gambôa, diretor da Usina de Ouro Branco.

A ideia é possibilitar a ampliação do gerenciamento e sensoriamento de ativos críticos, uso de carboxímetros conectados, caminhões autônomos, retroescavadeiras telecontroladas, além da monitoração inteligente por câmeras e drones para segurança preditiva.

Com 35 anos de operação, a usina de Ouro Branco tem capacidade 3,9 milhões de toneladas de aço bruto, por ano, em uma planta de 10 milhões de m², com mais de 7 mil colaboradores.

A unidade possui um centro de monitoramento para os principais ativos e equipamentos estratégicos para a operação das usinas no Brasil, utilizando modelos de inteligência artificial de forma preditiva, antecipando possíveis problemas que venham a ocorrer.

Neste cenário, a nova rede privativa também deverá apoiar as ações desenvolvidas pelo centro, fornecendo mais disponibilidade e abrangência para o monitoramento.

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trazendo multi-core em IP 65/67 diretamente para a máquina

Até quatro núcleos em IP 65/67: com seu PC Industrial ultracompacto C7015 extremamente robusto e sem ventilação, a Beckhoff, como especialista em tecnologia de controle baseado em PC, oferece a possibilidade de instalar um PC Industrial de alto desempenho em um design altamente compacto diretamente na máquina. As interfaces integradas versáteis permitem a conexão à nuvem ou a outras redes. A CPU Intel Atom® integrada com até quatro núcleos permite automação, visualização e comunicação simultâneas em aplicações industriais IP 65/67 exigentes. Além das tarefas de controle clássicas, o C7015 é ideal para uso como um gateway para conectar máquinas e seções da planta – e pode até mesmo lidar com o pré-processamento complexo de grandes volumes de dados graças ao seu alto poder de processamento.

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Finep Day apresenta linhas de financiamento e subvenção para projetos de PD&I

A Abinee realizou, em setembro, de forma presencial, o encontro “Finep Day – Oportunidades para empresas inovadoras”, com o objetivo de apresentar as linhas de financiamento da agência de fomento para investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de produtos, com condições mais atrativas e taxas reduzidas.

Tecumseh, apresentaram seus casos de uso.

Na abertura do evento, o diretor executivo da Abinee, Anderson Jorge Filho, salientou a importância das linhas de financiamento da Finep para projetos de PD&I no setor eletroeletrônico, e a constante parceria da Associação com a agencia de fomento, como forma de divulgar as oportunidades oferecidas. Essa interlocução também foi destacada pelo analista da Finep, André Calazans. “Precisamos estar perto do setor produtivo”, afirmou. A gerente regional Sudeste da agência, Andréa Leal, afirmou que as linhas atendem todos os portes de empresas e etapas de projetos. “Como trabalhamos com inovação, precisamos ser parceiros das empresas no risco tecnológico”.

Para demonstrar o impacto das linhas de financiamento na indústria, as empresas associadas da Abinee, Exatron e

O CEO da Exatron, Regis Haulbert, comentou “o importante papel da Finep para o desenvolvimento de todo o ciclo de processos e produtos inovadores”. Contando com esse apoio, a empresa, sediada no Rio Grande do Sul, está entre as 50 mais inovadoras do estado. Ele ressaltou ainda que a agência contribui para a consolidação de todo o ecossistema de pesquisa, desenvolvimento e inovação. O diretor de relações institucionais da Tecumseh, Homero Busnello, apresentou casos concretos de aplicação de recursos fruto dos financiamentos da Finep. Ele salientou a adaptabilidade e flexibilidade dos produtos oferecidos pela agência, contemplando aplicações que vão, desde investimento em Capex e despesas, que aliviam o fluxo de caixa das empresas, até o compartilhamento de riscos em diversas etapas de projetos inovadores.

Durante o evento, os representantes da Finep Andréa Leal, Marcos Polli e André Calazans apresentaram temas como o Inovacred e Crédito Direto, Linha Finep Startup, Programa de Apoio à Comercialização de Propriedade Intelectual, e Inovações Radicais no Setor Elétrico. A representante da Desenvolve SP, Luísa Sato, por sua vez, fez uma apresentação sobre submissão de propostas, voltadas para pequenas e médias empresas.

Logo após as apresentações, especialistas da Finep realizaram atendimentos individuais, para que as empresas possam esclarecer suas dúvidas, e assim escolher as melhores alternativas na obtenção de novos recursos.

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Brasil avança três posições em ranking de inovação e tecnologia

O Brasil subiu três posições no IGI – Índice Global de Inovação – saiu da 57ª para a 54ª posição – na edição de 2022, do Global Innovation Index, estudo elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO), uma agência das Nações Unidas.

O IGI é calculado a partir da média de dois subíndices: o de insumos de inovação, que avalia os elementos da economia, que viabilizam e facilitam o desenvolvimento de atividades inovadoras, agrupados em cinco pilares – instituições, capital humano e pesquisa, infraestrutura, sofisticação do mercado e sofisticação empresarial; e produtos de inovação, que capta o resultado efetivo das atividades inovadoras no interior da economia, e se divide em produtos de conhecimento & tecnologia e produtos criativos.

O estudo revelou uma série de descobertas interessantes com destaque para o fato de a Suíça – pelo 12º ano consecutivo – ocupar o primeiro lugar no GII 2022, com os EUA subindo para a 2ª posição, seguidos pela Suécia, Reino Unido e Holanda. A China avançou para o top 10, ocupando a 11ª posição, ultrapassando a França; A China continua sendo a única economia de renda média no top 30 do GII. O Canadá volta ao top 15, subindo uma posição. Turquia e Índia entram no top 40 pela primeira vez, em 37º e 40º, respectivamente. A região da América Latina e Caribe é liderada pelo Chile, Brasil, que é um recém-chegado nas 3 principais

economias da região – e México.

A geografia da inovação continua a mudar para a Ásia – duas economias asiáticas estão no top 10, com a República da Coreia na 6ª posição, e Singapura subindo para a 7ª posição.

Vários Ministros, responsáveis pela inovação, comentaram sobre o desempenho inovador de suas economias e como utilizam o GII na formulação de suas políticas de inovação, entre eles, Paulo Alvim, Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil. O presidente da CNI – Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade (foto à direita), também compartilhou as impressões da entidade.

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A ABB lançou seu menor robô industrial de todos os tempos, oferecendo novas possibilidades para produção mais rápida, flexível e de alta qualidade de dispositivos portáteis inteligentes. Com seu tamanho compacto, carga útil líder na classe e precisão incomparável, o novo IRB 1010 oferece aos fabricantes de eletrônicos a oportunidade de aumentar sua produção de dispositivos, incluindo relógios inteligentes, fones de ouvido, sensores e monitores de saúde, por meio da automação.

O IRB 1010 foi projetado para atender aos espaços estreitos e a máquinas para fins especiais, típicos dos ambientes de produção de eletrônicos. Com um alcance de 370 mm, e espaço ocupado de 135 mm por 250 mm, o IRB 1010 tem um tamanho 30% inferior ao menor robô da ABB, o IRB 120. Essas dimensões compactas aumentam o número de células que podem ser instaladas em espaços de produção, permitindo que os fabricantes aumentem a produção, através de layouts de fábrica de maior densidade.

Capaz de lidar com cargas de até 1,5 kg, o IRB 1010 possui a maior carga útil de sua classe, com capacidade de levantar até três vezes mais peso do que robôs similares. Essa maior capacidade de carga útil – juntamente com uma mangueira de ar de maior diâmetro, que fornece potência adicional para sucção a vácuo – possibilita o manuseio simultâneo de vários objetos, permitindo que mais objetos sejam processados, por hora. Também abre oportunidades para novas aplicações, incluindo descascamento de filmes, manuseio de materiais, montagem, colagem e inspeção.

A chave para a alta precisão do IRB 1010 é o controlador OmniCore E10 da ABB, que oferece posição e repetibi-

O HistoryView da Nova

lidade de caminho de 0,01 mm, únicas em sua categoria. Com seu design fino, o controlador é adequado para montagem de peças pequenas, em aplicações onde os tamanhos das células de produção precisam ser minimizados. O controlador oferece a flexibilidade para atender aos requisitos em constante mudança, com conectividade digital integrada, e mais de 1.000 funções adicionais, permitindo fácil escalabilidade.

Consumindo até 20% menos energia em comparação com os controladores IRC5C anteriores da ABB, o OmniCore E10 também permite que os fabricantes reduzam custos de energia, e melhorem a eficiência energética. A programação do IRB 1010 é simplificada com o Robot Control Mate, da ABB. Disponível como um complemento do software de programação RobotStudio da ABB, o Robot Control Mate permite que os usuários movam, ensinem e calibrem o IRB 1010 de seu computador ou tablet móvel, sem a necessidade de habilidades de programação.

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SMAR é um historiador de alta velocidade, confiável e robusto de 64 bits. Projetado para as aplicações de missão mais crítica, seu algoritmo avançado de alta compactação oferece desempenho incomparável com o uso muito eficiente de recursos. Ele se integra às mais recentes tecnologias de big data, incluindo SQL do Azure, Microsoft Data Lakes, Kafka e Hadoop. Isso faz do HistoryView o historiador da planta mais eficiente e seguro, para qualquer sistema operacional da Microsoft.

Benefícios e Características: alta variedade de coletores de dados remotos / Coleta dados de qualquer equipamento, em qualquer lugar, seguindo os padrões da indústria;

Utiliza tendências e gráficos personalizáveis para a tomada de decisões; Reprodução de dados em tempo real, históricos e arquivados; Tecnologia de armazenamento-eenvio; Cálculos de desempenho integrados; Suplemento de relatório nativo para Microsoft Excel; Configuração e administração ativadas pela Web; Arquivamento e backup automáticos de dados; Mecanismos de consulta SQL; Rastre-

amento de dados de diagnóstico com logs de eventos; Redundância integrada; Integração perfeita com outros softwares da Nova SMAR; Coleta rápida para armazenamento de dados de toda a empresa; Exportação de dados para Azure Data Lakes, e outros armazenamentos em nuvem.

O HistoryView foi projetado para lidar com dados “quentes” e “frios”. Os dados quentes podem ser acessados imediatamente para uso diário, esses dados quentes são arquivados, mas fáceis de acessar para relatórios e análises, e os dados frios são arquivados para armazenamento de longo prazo, ou análise avançada. O HistoryView Data Exporter move dados frios para uma variedade de sistemas de armazenamento externo, como Azure SQL, Microsoft Data Lake, Hadoop e Kafka, mantendo seus dados com segurança, para armazenamento de longo prazo, ou uso em análises poderosas e aprendizado de máquina, para levar seus dados do HistoryView a novos níveis, e trazer ainda mais insights para seus processos e sistemas. Colete seus dados em um só lugar, e transforme-os em conhecimento.

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A Belden apresenta o dispositivo Hirschmann OpEdge-8D, para avançar a conectividade da Internet Industrial das Coisas em redes industriais grandes e complexas, com computação de borda para colocar dados operacionais em melhor uso.

O novo e poderoso OpEdge-8D atende à necessidade crescente de uma maneira perfeita, segura e confiável de conectar sistemas operacionais a sistemas de informação. A solução avançada oferece às organizações uma nova maneira de executar aplicativos que gerenciam e analisam grandes quantidades de dados, e criam insights acionáveis, que podem otimizar os processos de produção e melhorar a eficiência. A integração com o console Belden Horizon oferece gerenciamento de dispositivos hospedados na nuvem, orquestração de aplicativos e funcionalidade de acesso remoto seguro. Adequado para qualquer ambiente industrial, o OpEdge-8D é ideal para empresas de manufatura, energia e transporte, que buscam unir dados de TI e OT – do sensor à nuvem.

Com o objetivo de tornar as operações de processamento de minério mais eficientes, sustentáveis e seguras, um conjunto de soluções digitais, com base em Inteligência Artificial (IA), foram desenvolvidas pela Basf Mining Solutions e a IntelliSense.io. A solução combina a experiência em processamento mineral e química de beneficiamento de minérios com a inteligência artificial industrial de última geração.

Desenvolvida a partir da experiência de profissionais de mineração, a plataforma fornece a possibilidade de tomada de decisão em tempo real, além de um portfólio de aplicativos de otimização de processos, voltados para a cadeia produtiva da mineração. O resultado é uma maior entrega de valor, por garantir atividade de mineração com maior rendimento, recuperação e redução da pegada de energia, água e resíduos.

Para que as indústrias possam explorar as possibilidades de utilização do Basf Inteligent Mine, está disponível um website, com detalhes da plataforma e seus aplicativos, sensores, a possibilidade de controle de operações de espessamento, flotação, moagem, lixiviação, estoque, bombeamento, entre outros serviços. No site, também há os estudos de casos reais de aplicação, apresentando o trabalho com um grande produtor de minerais, que maximizou a produção, reduziu o consumo de floculantes, e diminuiu interrupções do processo em até 18%.

A Sidrasul comemora o sucesso das bombas anfíbias fabricadas pela Higra, com tecnologia 100% nacional. São bombas mais versáteis, de fácil aplicação. Por serem anfíbias, não possuem acessórios como as convencionais – caixeta, rolamento, por exemplo –, e não precisam de lubrificação. Motor e bomba formam um único conjunto, o que proporciona a possibilidade de se trabalhar com o equipamento em várias posições – afogada, fora da água, em pé, etc.

O conceito de bombeamento anfíbio é pioneiro e exclusivo da Higra, resultado do design, onde o fluxo da água é admitido pela sucção axial flangeada, passando por um rotor centrífugo, ao longo do motor. Garante troca térmica, com baixa emissão de ruídos (máximo de ruído: 65 dB), baixa manutenção e eficiência energética do conjunto.

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A Branco Motores expande o seu portfólio, com o lançamento de três modelos de inversores de solda, o que marca a entrada da empresa em um novo segmento profissional, o dos soldadores. Práticos, portáteis e leves, os inversores BMS 140i, BMS 160i e BMS 200i se diferenciam principalmente pela entrega de potência e produtividade, possuem controle eletrônico de corrente, e oferecem a classe de proteção IP21S, o que demonstra alta capacidade de resistência. Os três modelos contam com os sistemas Hot Start, que facilita a formação do arco para solda; Arc Force, que traz o controle automático da corrente, para manter o arco de solda aberto e estável; e Anti Stick, que evita que o eletrodo grude no objeto soldado. Além disso, são compatíveis com tochas do tipo TIG.

Os modelos BMS 140i e BMS 160i têm alça ajustável, para garantir a melhor mobilidade durante a operação, luz de LED indicadora de sobrecarga, e visor LCD, além de também estarem disponíveis em opções bivolt (127/220V) e em tensão única em 220V, enquanto o BMS 200i pode ser encontrado na versão 220V.

O PCON Kompressor-Y18 é um calibrador, e também um controlador de pressão automático e portátil, com compressor de ar interno, que possibilita o monitoramento da pressão aplicada no transmissor, apresentando o status de estabilidade e a leitura da corrente de saída simultaneamente, permitindo a visualização completa de toda a operação do calibrador.

A configuração de informações para execução de tarefas visa à automatização do processo de calibração com pontos de calibração, números de leituras, critérios de aceitação, e geração do certificado de calibração compliance ISO IEC 17.025.

O PCON Y18 tem as versões para montagem em Rack e uso em campo, possui a possibilidade de configurador Hart, incorporado com as funções Hart Calibrator (CH) e Full Hart (FH), visando a ajustes imediatos no equipamento, quando necessário. São configurados os níveis de usuários e as permissões de acesso, os parâmetros de conectividade, e demais configurações do calibrador. Possui tela colorida sensível ao toque (touchscreen) de 5,7”. Processador Dual Core de 1 GHz e memória Flash de 16 GB; trabalha com Ethernet, Wi-Fi via adaptador USB/Ethernet USB/serial, com protocolo SCPI; Webserver Integrado, tecnologia cliente-servidor para buscar tarefas no servidor remoto; Porta USB; comunicação Hart / Profibus opcionais; teste

Manutenção de Equipamentos com os Serviços S.T.A.R. - Serviços Técnicos Avançados de Revisões.

A VIVACE possui serviços de revisão e manutenção técnica em produtos de automação industrial, o S.T.A.R, e possui uma equipe técnica altamente capacitada, com mais de 30 anos de experiência, para melhor atender a seus clientes.

Além disso, possui uma estrutura técnica completa e avançada, para manutenção em diversos equipamentos, tais como, transmissores de pressão, nível, vazão, temperatura, densidade, posicionadores de válvulas, interfaces de comunicação, etc.

A Vivace possui, em seus laboratórios, câmeras térmicas, onde executa testes rigorosos de ciclagem térmica, garantindo que os equipamentos recebidos para manutenção vão ter comportamentos adequados com a variação de temperatura? Além disso, possui calibradores digitais de alta exatidão e performance.

Se tem equipamento precisando de revisões técnicas, envie para a VIVACE: 16-34821238 ou contato@vivaceinstruments.com.br

automático de pressostatos; Corrente de Entrada: -1 a 24,5 mA, ± 0,01% do fundo de escala; Fonte de Alimentação para Transmissor: 24 Vcc regulada; Teste de Estanqueidade; Compensação da Exatidão de Temperatura, de 0°C a 50°C; Pressão e unidades selecionáveis pelo usuário: Pa, hPa, kPa, MPa, bar, mbar, psi, mmHg@0°C,cmHg@0°C, mHg@0°C, inHg@0°C, inH O@4°C, mmH O@4°C, cmH O@4°C, mH O@4°C, mmH O@20°C, cmH O@20°C, mH O@20°C, kg/m², kg/cm², mtorr, torr, atm, lb/ft²; Controle de velocidade: 10s (para aumento de 10% da pressão do fundo de escala, em um volume de 50 ml); e compressor interno para geração de pressão positiva e negativa.

Não é necessário nenhum software adicional para a geração de relatórios de teste de calibração, seus dados são protegidos de acordo com os requisitos da CFR 21 Parte 11. O Help Desk é um completo apoio em vídeos, documentos e utilidades de conversão de unidade para o apoio e entendimento do processo de calibração dentro do equipamento.

Apresenta a função de registrador data logger online das variáveis monitoradas, com possibilidade de printscreen da tela, com geração de arquivos CSV e IMG (imagem), sendo ideal para visualização e determinação do tempo de resposta dos equipamentos em calibração.

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