O C7015: trazendo multi-core em IP 65/67 diretamente para a máquina
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Até quatro núcleos em IP 65/67: com seu PC Industrial ultracompacto C7015 extremamente robusto e sem ventilação, a Beckhoff, como especialista em tecnologia de controle baseado em PC, oferece a possibilidade de instalar um PC Industrial de alto desempenho em um design altamente compacto diretamente na máquina. As interfaces integradas versáteis permitem a conexão à nuvem ou a outras redes. A CPU Intel Atom® integrada com até quatro núcleos permite automação, visualização e comunicação simultâneas em aplicações industriais IP 65/67 exigentes. Além das tarefas de controle clássicas, o C7015 é ideal para uso como um gateway para conectar máquinas e seções da planta – e pode até mesmo lidar com o pré-processamento complexo de grandes volumes de dados graças ao seu alto poder de processamento.
ESG+Digitalização norteiam investimentos
A indústria de papel e celulose tem buscado tecnologias diversas, para otimizar ainda mais suas operações, impulsionada pela pressão dos preços, demanda crescente por embalagens sustentáveis, e o crescimento da demanda global por tissue. Implantações bem-sucedidas de tecnologias digitais estão mostrando ganhos de rendimento de até 10%, e economias significativas em recursos e energia – segundo a McKinsey.
Os bons resultados alimentam investimentos que devem alavancar ainda melhores resultados, num ciclo virtuoso, que coloca o Brasil como o maior exportador de celulose do mundo.
Até o final de 2022, estavam listados grandes projetos, como o Projeto Cerrado, da Suzano – que representa investimento de R$ 19,3 bilhões em uma nova fábrica de celulose de eucalipto no MS; ou o Projeto Sucuriú, da chilena Arauco, que planejava investir US$ 3 bilhões em uma fábrica de celulose, também no MS. E ainda o Projeto Puma II, da Klabin, representando cerca de R$ 12 bilhões; e o Projeto do grupo chileno CMPC, que prevê investimento de R$ 2,75 bilhões em uma fábrica de celulose na Região Metropolitana de Porto Alegre/RS. E ainda o Projeto Figueira (Klabin), que contempla a construção de uma nova fábrica de papelão ondulado, um investimento de R$ 1,57 bilhão; a Plataforma Gaia, da Irani Papel e Embalagem, um montante de quase R$ 1 bilhão, a ser investido em nove projetos, até 2024; e um investimento de R$ 600 milhões da Suzano Aracruz, para a construção de uma nova fábrica de tissue, em Aracruz/ES.
No meio de bilhões de investimentos, pode-se dizer que a automação representa uma parcela pequena. Mas, essa parcela vem tornando-se cada vez mais importante, e ganhando destaque em programas de melhorias pontuais. Essas melhorias cobrem toda a cadeia do setor, porque as tecnologias estão no monitoramento das florestas de eucaliptos e de conservação, estão na logística e na produção.
Nesta edição, as tecnologias digitais são passadas em revista por usuários e fornecedores – e destaque-se que a nomenclatura utilizada nem sempre é a mesma para todos os segmentos industriais.
A forma presencial de eventos está voltando com força – somos seres gregários, já dizia Aristóteles. A edição destaca dois eventos, entre os vários que aconteceram – tratavam de discutir novidades em protocolos de comunicação, e o impacto da ESG na indústria (e aqui destaque-se que é preciso reduzir 90% das emissões para neutralizar 10% !!!). Há muito o que fazer, e muito a digitalizar.
Tanto eventos quanto notícias são levados até você, leitor, diariamente pelas nossas redes sociais e, semanalmente, pelas newsletters – nos colocando em contato mais amiúde; lembre-se que a comunicação é uma via de mão dupla, e você, leitor, pode (deve) interagir por lá.
Boa leitura
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PEOPLE
A Yokogawa America Do Sul anuncia Marco Figueira, como presidente e CEO da empresa, a partir do mês de abril, sendo responsável por todas as atividades na América do Sul. A indicação de uma presidência brasileira é um fato de extrema relevância para a empresa, visto que, há mais de 10 anos, a regional da América do Sul é liderada por presidentes japoneses.
Para o presidente atual, Hiroshi Tanoguchi, essa é uma grande oportunidade de desenvolvimento de novos negócios na América Sul, visto que a regional tem obtido um desempenho em destaque para os negócios globais, nos últimos anos: “Apesar do desafio da Covid-19, a Yokogawa América do Sul continuou expandindo seu volume de negócios, desde que cheguei aqui, há 3 anos, graças aos nossos clientes em vários setores. A Yokogawa tem uma variedade de soluções que se adaptam a cada uma das indústrias e, com essas soluções, estamos ajudando nossos clientes a resolverem problemas ou melhorarem suas operações. Marco Figueira tem uma longa experiência de trabalho na Yokogawa, e um rico conhecimento dos negócios de nossos clientes na América do Sul. Acredito firmemente que ele definitivamente manterá nossos bons negócios, criando coinovação com os clientes”. Também a partir de abril, Hiroshi Tanoguchi assumirá o cargo de vice-presidente da área de Y-Products, unidade de negócios responsável pela comercialização de equipamentos, e soluções de medição e controle, na matriz japonesa, em Tóquio.
Já para o novo presidente e CEO, Marco Figueira, esse é um momento de grande importância para a empresa, visto que as
soluções para autonomia industrial e a fabricação inteligente vêm ganhando força no portifólio da Yokogawa, fazendo com que a empresa tenha uma grande vantagem competitiva no mercado de automação industrial: “Nós estamos em um grande momento, na Yokogawa América do Sul, pois, nos últimos anos, tivemos a conquista de diversos projetos Greenfield, gerando uma carteira consistente de projetos. Nossa expectativa é expandir cada vez mais nossa participação em novos clientes e segmentos, através de soluções inovadoras, como sensores wireless de monitoramento de vibração para IIoT, sistemas de análise de partículas por imagem, sistemas de monitoramento, de temperatura distribuída e de monitoramento de barreiras e florestas, por satélite, entre outros, saindo do modelo tradicional para o modelo de negócio recorrente”, comentou Marco Figueira. Além disso, novas áreas, como Life, e negócios focados em sustentabilidade, têm ajudado a empresa a aumentar sua participação de mercado nos países de atuação da empresa, como Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru.
A AVEVA anuncia Caspar Herzberg como CEO. Com mais de 25 anos de experiência em software e indústria, Caspar traz uma profunda compreensão de como a tecnologia pode transformar e remodelar as indústrias, permitindo a inovação e impulsionando o uso responsável dos recursos.
Caspar ingressou na AVEVA em 2021, como Chief Revenue Officer, e assumiu o cargo de Chief Operating Officer no ano seguinte. A AVEVA foi recentemente adquirida pela Schneider Electric e, como CEO da AVEVA, Caspar também será membro do Comitê Executivo da Schneider Electric.
Antes de ingressar na AVEVA, Caspar liderou, como presidente, todos aspectos dos negócios da Schneider Electric, em mais de 80 países, incluindo Oriente Médio e África. O
executivo começou sua carreira na Accenture, em Londres, e atuou em extensas transformações digitais para o setor global de energia. Na Cisco, Caspar liderou a áreas de vendas e serviços por mais de dez anos, desenvolvendo estratégias de cidades inteligentes, inovação tecnológica, e planos diretores de negócios, para o setor privado e público, na China, na Ásia, no Japão, na Austrália, nos Estados Unidos e na Europa. Caspar substitui Peter Herweck, que assume como CEO da Schneider Electric, a partir de 04 de maio de 2023. “É um privilégio substituir Peter Herweck, que liderou a empresa em um período de transformação e renovação. Temos uma grande oportunidade pela frente, reunindo três portfólios de softwares líderes de mercado – Schneider Electric Software, AVEVA e OSIsoft”, afirma Caspar Herzberg. “Somos, agora, um dos principais fornecedores de software industrial do mundo, com a confiança de mais de 90% das empresas industriais, em setores como energia, água e alimentos, e produtos farmacêuticos, além de cidades inteligentes”, acrescenta o novo CEO da AVEVA. “Planejamos gerar valor para nossos clientes com dados integrados e aplicações baseadas em IA, visando a acelerar sua jornada para a nuvem, e fornecendo software como serviço (SaaS), para reduzir o custo total de propriedade.”
Sua visão para o futuro, acrescenta Caspar, é de um mundo totalmente conectado, no qual as equipes industriais utilizam da-
dos integrados, para colaborar além dos seus limites de atuação. E, em conjunto com fornecedores, parceiros e clientes, eles são capazes de descobrir novas sinergias, reduzir o desperdício, e criar novas oportunidades. “Na AVEVA, estamos posicionados de forma única, para permitir que nossos clientes prosperem nesta nova economia industrial conectada. Estou ansioso, ao lado de nossas equipes extremamente talentosas, para capacitar nossos clientes a projetarem melhor, operarem com mais eficiência, e resolverem os desafios mais críticos para a indústria, a infraestrutura e o nosso planeta”, conclui o CEO da AVEVA.
O Grupo Tigre, multinacional brasileira, líder em soluções para construção civil, infraestrutura e cuidado com a água, tem um novo Diretor Executivo, de seu Centro de Excelência de Operações e Operações Brasil.
Edson Rubião é graduado em Engenharia Mecânica pela USP São Carlos, com MBA Executivo pela Fundação
Dom Cabral. Desenvolveu carreira em empresas como Unilever, Coca-Cola e Alpargatas, onde foi vice-presidente industrial. Esteve também no comando e direção das áreas da indústria e Supply Chain, liderando projetos relevantes, tanto na operação, como otimização e construção de fábricas, estudos globais e regionais de suprimentos, planejamento e inovação.
Tem experiência nas áreas de engenharia, manutenção, pro-
dução, excelência operacional, qualidade, planejamento de produção, desenvolvimento de produtos, saúde e segurança no trabalho, além de projetos na área de sustentabilidade.
“Fico muito empolgado de estar em um time tão engajado como o da Tigre, uma empresa que faz parte da vida de tantos brasileiros, com 81 anos de história. Trago na bagagem muita motivação e foco, para alavancar ainda mais os negócios dessa grande multinacional brasileira”, afirma.
A Seal Telecom, uma empresa Convergint Company, integradora de soluções inovadoras, anuncia a contratação de Kleber Fernandes, como diretor comercial para a recéminaugurada unidade de negócios, com foco em soluções digitais de Tecnologia da Informação (TI). No cargo, o executivo terá a responsabilidade de disseminar ao mercado o apoio da Seal Telecom aos clientes, em diversos tipos de projeto de TI, incluindo redes, servidores, storage, backup, datacenter modular, e soluções de cibersegurança (proteção de usuários, redes, acessos, endpoints e dados). Por meio desta unidade, a Seal Telecom irá atuar com definição de parceiro de tecnologia e identificação da melhor solução a ser utilizada em cada projeto ou empresa.
“Pretendo unir minha expertise em um amplo portfólio de tecnologias, com a capacidade da Seal Telecom em ser uma empresa consultiva e estratégica que, além de combinar as melhores soluções do mercado, elabora projetos customizados, de ponta a ponta, principalmente de data center, automação de ambientes, broadcast, comunicação unificada, segurança e videomonitoramento. Portanto, será possível atender demandas das verticais de Educação, Governo, Hotelaria, Indústria, Finanças, Varejo, Saúde, Transporte, Logística e Telecomunicações”, afirma Kleber Fernandes.
O executivo possui mais de 24 anos de experiência nas indústrias de Telecomunicações e Tecnologia da Informação. Antes de ser contratado pela Seal Telecom, trabalhou nas empresas Atos, Huawei e Avaya. Kleber Fernandes é formado em engenharia mecatrônica na Universidade Paulista (UNIP), e pós-graduado em administração pela Fundação Vanzolini.
O Conselho de Administração da The Boeing Company nomeou Sabrina Soussan, como nova diretora na próxima reunião anual de acionistas da empresa.
Soussan atualmente é presidente e CEO da SUEZ SA, uma empresa global de serviços públicos, com sede em Paris, especializada em gestão de água e resíduos com foco em sustentabilidade. Ao longo de uma carreira de mais de 20 anos na Siemens AG, ela ocupou vários cargos de liderança como CEO da Divisão, CEO da Unidade de Negócios, e como engenheira nos setores de transporte, automação e gerencia-
mento de energia. Antes de ingressar na SUEZ, ela foi CEO da Swiss dormakaba, líder global em soluções de acesso e segurança.
Sua eleição está sujeita à assembleia anual de acionistas da empresa, em 18 de abril, quando Soussan se torna a oitava diretora independente a ingressar no Conselho, desde abril de 2019. Esses oito diretores trazem coletivamente uma experiência significativa em aeroespacial, segurança, engenharia, manufatura, cibernética, software, supervisão de riscos, auditoria, gerenciamento da cadeia de suprimentos, sustentabilidade e finanças. Soussan também se torna o primeiro membro do conselho da Boeing baseado fora dos Estados Unidos, e ela se junta aos comitês de auditoria e finanças do conselho.
A Trimble anunciou Dalton Swain Conselvan, como novo Vice-Presidente e Diretor Executivo da empresa, no Brasil. Ele substitui Carlos Alberto Nogueira, que deixa a empresa para cuidar de projetos pessoais. Conselvan, que ocupava o cargo de Diretor da Trimble Transportation para a América Latina há quatro anos, assume o posto com a missão de ampliar a presença da companhia na região.
“Assumo a direção dessa nova fase da Trimble com a missão de ampliar o sólido trabalho em B2B [business to business], que vem sendo feito com nossos clientes e acelerando a transformação digital na atuação de cada empresa. Com nossas tecnologias, proporcionamos um cenário de maior competitividade, economia de recursos e facilitação à promoção do ESG para as companhias que querem estar na vanguarda de suas áreas de atuação”, disse o novo Vice-Presidente e Diretor Executivo.
Dalton Swain Conselvan é formado em Engenharia Eletrônica pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), e tem MBA em direção estratégica pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi fundador e esteve à frente da Veltec, empresa especializada em tecnologia para o setor de transporte e logística, até ser adquirida pela Trimble, em outubro de 2018. Desde então, assumiu a posição de Diretor da Trimble Transportation. Com a ida de Dalton para o Vice-Presidente e Diretor Executivo, a direção da Trimble Transportation passou a ser de Rony Neri, ex-diretor de marketing e vendas da divisão.
COM ANIES
A Balluff Brasil está de endereço novo: Rod. Engº Ermênio de Oliveira Penteado, KM 57,5, nº 57, cj 2A, escritório 01 – Bairro Helvétia, Indaiatuba/SP – CEP: 13337-300
Tilman Schinke, da AS-I International, visita Brasil
No Brasil, para uma série de atividades, o gerente de Marketing da Associação AS-I International, Tilman Schinke, visitou diversas associadas à PI Brasil. Tilman esteve no Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações, onde também opera um Centro de Competência e de Treinamento Profibus/ Profinet Certificado (PICC/PITC) onde, além de visitar as instalações, falou sobre a tecnologia Asi-5 na Indústria de Máquinas, para os alunos que participavam da Semana da Engenharia.
Tilman passou por empresas em São Bernardo do Campo/SP e se reuniu, na Escola SENAI ‘Anchieta’, localizada na Vila Mariana, na capital paulista, com membros do Grupo de Trabalho AS-i, da PI Brasil, oportunidade em
A Nouryon comissionou uma fábrica de dióxido de cloro, para modernizar e expandir a unidade de produção de celulose Arauco, no Chile. O projeto, denominado projeto MAPA, é uma planta de celulose de US$ 2,35 bilhões, e o maior projeto industrial da região de Biobío. A nova fábrica acrescenta 1,56 milhões de toneladas, por ano, de capacidade de produção de celulose de eucalipto para a Arauco fornecer aos seus clientes.
“Na Nouryon, estamos comprometidos em atender às necessidades de nossos clientes, fornecendo-lhes soluções inovadoras e sustentáveis, que otimizem suas operações. Temos o prazer de fazer parceria com a Arauco no comissionamento da fábrica para atender às crescentes demandas globais do mercado de papel e celulose”, disse Eduardo Nardinelli, Senior Vice President, South America & Global Carbon Business Leader da Nouryon.
Com a pressão cada vez maior nas fábricas de celulose para controlar os custos e otimizar os sistemas, o uso seguro e otimizado do dióxido de cloro durante a produção de celulose é crítico. Para o MAPA da Arauco, a Nouryon liderou o projeto, a construção e a partida da fábrica de dióxido de cloro no local, para gerenciar as matérias-pri-
que fez uma introdução sobre ASi-5, falou sobre a visão do mercado mundial, esclareceu dúvidas, e pontuou algumas possíveis ações relacionadas à tecnologia.
Toda a estrutura da unidade foi apresentada por Ricardo Euler Veiga Zabuscka, orientador de Prática Profissional à Silas Oliveira (PI Brasil), Adilson Peres Júnior, presidente da Associação; André Albino (Siemens); Kelvin Kamimura (Westcon); Leandro Ivoglo e Bruno Capitani (Sense); Miguel Vicente, diretor da tecnologia na PI Brasil; e Rafaela Papoulias França (Pepperl+Fuchs).
mas essenciais necessárias na produção de celulose a ser fornecida diretamente para a fábrica de celulose da Arauco.
“Estamos muito orgulhosos da conclusão deste projeto, pois, ele demonstra o longo e positivo trabalho que temos feito junto com nossa comunidade, autoridades e parceiros, onde a Nouryon tem sido fundamental, no importante passo para a produção de celulose. O projeto MAPA é um projeto extremamente simbólico, para o país e para a região de Biobío, e nos permitirá modernizar e aumentar a eficiência da produção de nossas instalações”, disse Charles Kimber, Gerente de Assuntos Corporativos e Comerciais da Arauco.
“O projeto MAPA no Chile é outro exemplo de como nossa longa história de projetar e construir fábricas de dióxido de cloro nos permite apoiar nossos clientes localmente, com soluções sustentáveis. A nova planta no local reduzirá as emissões de transporte e permitirá operações seguras e confiáveis para a Arauco”, disse Ann Lindgärde, Vice President Renewable Fibers da Nouryon.
NIST revela equívocos que podem afetar os profissionais de segurança — e oferece soluções
“Sua equipe de segurança considera os funcionários de sua organização seus aliados ou inimigos? Acham que os funcionários são o elo mais fraco na cadeia de segurança? Sua equipe assume que os usuários não têm noção? As respostas a essas perguntas podem variar, mas um artigo da cientista da computação do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), Julie Haney , destaca um problema generalizado no mundo da segurança de computadores: muitos especialistas em segurança têm concepções errôneas sobre usuários leigos de tecnologia da informação, e esses equívocos podem aumentar o risco de violações de segurança cibernética de uma organização. Esses problemas incluem comunicações ineficazes para usuários leigos e incorporação inadequada de feedback do usuário sobre a usabilidade do sistema de segurança.
O elemento humano refere-se aos fatores individuais e sociais que afetam a adoção de segurança pelos usuários, incluindo suas percepções das ferramentas de segurança. Uma ferramenta ou abordagem de segurança pode ser poderosa em princípio, mas, se os usuários a perceberem como um obstáculo e tentarem contorná-la, os níveis de risco podem aumentar. Um relatório recente estimou que 82% das violações de 2021 envolveram o elemento humano e, em 2020, 53% dos incidentes cibernéticos do governo dos EUA resultaram de funcionários que violaram políticas de uso aceitáveis, ou sucumbiram a ataques de e-mail. Haney, que tem uma combinação comparativamente incomum de experiência em segurança cibernética e computação centrada no ser humano, escreveu seu novo artigo, “Users Are Not Stupid: Six Cyber Security Pitfalls Overturned”, para ajudar a segurança e as comunidades de usuários a se tornarem aliadas na mitigação de riscos cibernéticos. “Precisamos de uma mudança de atitude em segurança cibernética”, disse Haney. “Estamos conversando com os usuários em uma linguagem
que eles realmente não entendem, sobrecarregando-os e menosprezando-os, mas ainda esperando que sejam excelentes profissionais de segurança. Essa abordagem não os prepara para o sucesso. Em vez de ver as pessoas como obstrucionistas, precisamos capacitá-las e reconhecê-las como parceiras na cibersegurança.”
O documento detalha seis armadilhas que ameaçam os profissionais de segurança, juntamente com possíveis soluções (https://tsapps.nist.gov/publication/get_pdf. cfm?pub_id=936113):
1. Supondo que os usuários não tenham noção. Às vezes, os usuários estão simplesmente sobrecarregados, muitas vezes sofrendo de fadiga de segurança
2. Não adequar as comunicações ao público.
3. Criação involuntária de ameaças internas, devido à baixa usabilidade. Tirar a carga da segurança do usuário pode ajudar.
4. Ter segurança demais. “Demais” implica que uma solução de segurança pode ser muito rígida ou restritiva para o contexto de trabalho específico.
5. Dependendo de medidas punitivas ou mensagens negativas para fazer com que os usuários cumpram.
6. Não considerar medidas de eficácia centradas no usuário.
Haney enfatizou que nem todos os profissionais de segurança têm esses equívocos; certamente há equipes e organizações de segurança fazendo progressos positivos, em reconhecer e abordar o elemento humano da segurança. No entanto, esses equívocos continuam prevalecendo na comunidade. A pesquisadora disse que, embora o problema de negligenciar o elemento humano seja bem conhecido há anos – seu artigo cita evidências de pesquisas da indústria, publicações governamentais e publicações de pesquisa de segurança utilizáveis, bem como o trabalho original de seu grupo de pesquisa – há uma lacuna entre os resultados da pesquisa e pratique. “Tem havido muita pesquisa sobre esse assunto, mas a pesquisa não está chegando às mãos de pessoas que possam fazer algo a respeito. Eles não sabem que existe”, disse ela. “Trabalhando no NIST, onde temos conexão com todos os tipos de especialistas em TI, vi a possibilidade de preencher essa lacuna. Espero que caia nas mãos deles.”
Fabricante de sensores usa cobots para melhorar a qualidade e elevar a produtividade
Uma PME italiana fabricante de sensores de pressão e temperatura usou robôs ABB GoFa, para melhorar a produtividade de uma de suas linhas de produção, aumentar a qualidade e reduzir o refugo a quase zero. Dois cobots GoFa da ABB são usados para manusear componentes, montá-los, fechar o corpo do sensor, e depois passá-los para uma estação final para teste.
A Brimind é fabricante de sensores de pressão e temperatura para uso industrial e automotivo. Operando como um fornecedor Tier 1 para a indústria automotiva, a empresa é certificada pelo padrão de qualidade automotiva IATF 16949. O padrão ajuda as organizações a manterem a consistência na qualidade dos produtos e serviços, reduzirem a variação e o desperdício, e evitarem defeitos.
Para atender as expectativas de alta qualidade de seus clientes automotivos, a Brimind fez questão de automatizar alguns dos subprocessos em uma de suas linhas de produção.
A linha produz um sensor combinado de pressão e temperatura para sistemas de ar condicionado de veículos. A Brimind identificou duas tarefas de manutenção de máquinas que um robô poderia executar na linha. A primeira tarefa envolve pegar o núcleo eletrônico do sensor, e acoplá-lo ao corpo de alumínio. A segunda tarefa é pegar o corpo do sensor montado, e movê-lo para uma estação de teste de vazamento.
A Brimind tinha experiência anterior no uso de
robôs em tarefas de montagem, e escolheu um robô colaborativo para esta aplicação. A linha de produção deste produto foi ideal para a introdução de robôs colaborativos. Ao introduzir a automação usando robôs colaborativos, mantém-se a modularidade, porque não há necessidade de enormes barreiras de proteção para separar as estações existentes, ou perturbar a ligação entre essas três estações e o restante da linha.
Os cobots já superaram as expectativas de produtividade. O método manual inicial alcançou um OEE (Overall Equipment Effectiveness), indicador mais utilizado pela indústria para gerenciar a efetividade global de equipamentos e linhas de produção, próximo a 90%. A Brimind tinha uma meta de aumentar isso para cerca de 95% – os resultados reais mostram que as estações de montagem estão atingindo uma produtividade de 97%. Os cobots GoFa trazem muita flexibilidade e repetibilidade para a linha de processo – eles podem ser usados para lidar com uma grande variedade de peças, e oferecem a capacidade de produzir uma pequena amostra de produtos, com a mesma qualidade, como a produção em massa, em larga escala.
Então, o papel do operador mudou, de gerente de máquina para gerente de linha, supervisionando os equipamentos em vez de alimentá-los com componentes. Como são necessárias menos pessoas, elas podem ser usadas em outras funções.
Novo GT do Digital Twin Consortium usa gêmeos digitais com foco nas telecomunicações
O Digital Twin Consortium anunciou um novo GT – grupo de trabalho para tratar da aplicação e adoção de gêmeos digitais no mercado de telecomunicações. Os provedores de telecomunicações são essenciais para a sociedade, pois, permitem que as pessoas se conectem e se comuniquem independentemente da distância física. À medida que nosso mundo se torna cada vez mais conectado e dependente da tecnologia, os provedores de telecomunicações continuarão a desempenhar um papel crucial na facilitação da comunicação e no acesso a serviços essenciais. No entanto, de acordo com as previsões de pesquisa da Analysys Mason para os setores de telecomunicações, mídia e tecnologia em 2023, o setor de telecomunicações está lidando com o aumento da inflação, principalmente do setor de energia. Além disso, os desafios do mercado já estão impedindo os provedores de telecomunicações de fornecer serviços, abrir novos fluxos de receita e retornar valor aos acionistas.
Dan Isaacs, GM e CTO do Digital Twin Consortium, disse: “As infraestruturas de rede atuais geralmente enfrentam problemas de fragmentação, que dificultam o suporte a novas implementações de rede, expandem a capacidade, e introduzem novos recursos que podem ajudar a enfrentar os desafios da sociedade. Os gêmeos digitais fornecem uma visão de 360 graus do desempenho da rede e dos padrões de uso, permitindo análises aprimoradas, cobertura ideal, análises preditivas precisas e abordagens de gerenciamento eficazes.”
Ao usar um modelo virtual de uma área ou processo inteiro, o gerenciamento pode visualizar e testar diferentes iniciativas, tomando decisões orientadas por dados com base em bilhões de pontos de dados de desempenho de rede. Essas iniciativas podem então ser avaliadas por meio de análise de nível empresarial e inteligência de localização mais precisas, para ajudar a identificar cenários ideais de implementação.
Gêmeos digitais podem simular a propagação de ondas de rádio em vários ambientes e identificar o posicionamento ideal de antenas e repetidores para máxima cobertura e força do sinal. Um gêmeo digital de um sistema de comunicações via satélite ou torre de celular pode monitorar seu desempenho em tempo real, e identificar possíveis problemas ou falhas antes que se tornem críticos. Ao usar gêmeos digitais para otimizar os sistemas de comunicação por satélite e o desempenho geral da
constelação, as empresas podem fornecer serviços mais confiáveis e consistentes a seus clientes, especialmente em áreas remotas ou de difícil acesso.
O Grupo de Trabalho de Telecomunicações da DTC planeja enfrentar os desafios do mercado de telecomunicações usando gêmeos digitais, incluindo: Desenvolvimento de plataforma para tecnologias emergentes; Permitindo melhorias na estrutura econômica e social da cidade inteligente; Reuso sustentável de energia; Fazendo a ponte para redes não baseadas em IP; Criando um caminho mais rápido para redes baseadas em informações/ intenções; Fornecendo segurança cibernética 360 transparente; Criando novos paradigmas de design, incluindo IA e aprendizado de máquina, para ajudar a enfrentar os desafios sociais e muito mais.
O novo grupo de trabalho definirá e identificará aplicativos de gêmeos digitais para o setor de telecomunicações. Ele explorará cenários de implementação utilizando recursos de realidade estendida (XR) e perspectivas avançadas de simulação, garantindo uma solução segura e escalável para visualização de dados XR de nível empresarial para análise geoespacial e inteligência de localização. O novo grupo de telecomunicações também investigará casos de uso e implementações de referência para infraestrutura inteligente, cidades inteligentes e muito mais. Isso inclui otimização de projeto de rede, operações e planejamento de capacidade.
“A EDX constroi gêmeos digitais geoespaciais 3D em escala planetária, que mudam o jogo em setores importantes, como wireless, serviços públicos e cidades inteligentes”, disse Anoop Kaur Bowdery, COO da EDX Wireless, Inc. “Gêmeos digitais geoespaciais 3D podem melhorar significativamente a tomada de decisão, colaboração e planejamento para operadoras de redes móveis.”
Abinee orienta sobre celulares homologados pela Anatel
A Abinee, representando as fabricantes de telefones celulares, produziu um vídeo, com o objetivo de orientar o consumidor brasileiro sobre a importância de se comprar somente produtos com homologação da Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações. A iniciativa, que conta com o apoio da autarquia governamental, apresenta, de forma simples, como identificar celulares irregulares e os riscos que estes produtos podem acarretar.
Atenta ao crescimento das vendas de produtos irregulares, especialmente através dos marketplaces, a Abinee tem participado ativamente, junto a Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal, Anatel, e ao Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), com o objetivo de combater a comercialização destes produtos irregulares.
O mercado cinza atinge de forma negativa a sociedade como um todo: o Estado perde arrecadação; o con-
sumidor perde garantias de segurança dos aparelhos, de compatibilidade com a rede das operadoras e com a rede elétrica brasileira, e a indústria perde competitividade, com consequente perda de postos de trabalho no Brasil. É um mal que todos devemos combater.
Nestlé investirá mais de R$ 2,5 bilhões no Brasil em 2023
Os investimentos da Nestlé Brasil devem ultrapassar a marca de R$ 2,5 bilhões, em 2023, o maior valor nos últimos cinco anos. Os recursos serão destinados principalmente para a ampliação de capacidade nas fábricas, novas tecnologias em processos, inovação em produtos e embalagens, além de eficiência operacional.
Para 2023, mais de 50% do total a ser investido – R$ 1,3 bilhão – terá como destino a construção da nova fábrica de Nestlé Purina, em Vargeão, no Oeste de Santa Catarina, iniciada em 2022. Grande parte será utilizada na parte construtiva da nova planta industrial de alimentos para cães e gatos. Entre os projetos prioritários para o ano, estão novas linhas de produtos e de embalagens, ampliação de capacidade, principalmente para as categorias de confectionery e biscoitos, nas unidades de Vila Velha/ES, Caçapava/SP e Marília/SP, além de projetos de expansão em São José do Rio Pardo/SP e Araras/SP. Parte expressiva será usada em projetos de desenvolvimento e implantação de novas embalagens e em processos mais sustentáveis nas unidades, como novas caldeiras de biomassa em substituição ao gás, e iniciativas para economia e reutilização de água e energia, com foco na transição energética, como nas unidades de Marília, Araras, São José do Rio Pardo, Ibiá/MG e Goiás/GO.
"Para 2023, seguimos com investimentos em produtividade, inovação e sustentabilidade das operações. Estamos, inclusive, antecipando alguns projetos estratégicos de inovação e de ampliação de capacidade programados para 2024, de forma a contribuir com o resultado dos negócios. Isso quer dizer que, no ano, teremos anúncios de novos produtos e embalagens para chocolates e biscoitos, por exemplo, além de lançamentos em nutrição infantil, lácteos e suple-
mentação", sinalizou o CEO de Nestlé Brasil, Marcelo Melchior "Teremos ainda um pico enorme de investimentos em Vargeão, na nova fábrica de Purina no Brasil, pois, esse ano será de aceleração da parte construtiva.”
Aproximadamente R$ 1,2 bilhão está previsto para as operações na indústria, como novas tecnologias, transformação digital e processos sustentáveis nas fábricas e, ainda, na cadeia logística. Desse total, 88% estão direcionados à produção, entre continuidade das operações e aumento da capacidade fabril (três vezes a mais do que no ano passado, somente nessa frente), com foco em maior eficiência e iniciativas relacionadas à sustentabilidade, como novas caldeiras de biomassa e soluções em eficiência energética – os projetos previstos resultarão em uma redução de aproximadamente 15.000 toneladas de CO2eq/ano, volume superior ao obtido em 2022, com as iniciativas similares já realizadas nas plantas industriais, que fechou em 11.600 toneladas de CO2.
Apenas em inovação em produtos e embalagens, estão previstos R$ 264 milhões. Demais recursos dividem-se entre vendas e logística de distribuição, gestão e recursos relacionados com tecnologia e atividades administrativas.
Entre os projetos prioritários para 2023, além do investimento em Purina, estão os aportes em transformação digital e indústria 4.0, com robôs e tecnologias que trazem maior eficiência e produtividade, além de adequações de infraestrutura para novas tecnologias, principalmente nas plantas de Araras/ SP, Caçapava/SP, Ituiutaba/MG e Montes Claros/MG. “Estamos acelerando os investimentos, e antecipando projetos em novas linhas e tecnologias, que vão nos permitir ampliar capacidades, e suportar as estratégias de negócios que desenhamos para o período”, complementa Marcelo Melchior.
Mercado corporativo de AR e o metaverso industrial em ponto de inflexão
O mercado corporativo de realidade aumentada (AR)/ realidade mista (MR) está em um ponto de inflexão, de acordo com uma nova pesquisa da IoT Analytics. Em 2023, os principais anúncios de produtos de empresas como Microsoft, Google e Apple provavelmente definirão o tom do mercado nos próximos anos e desempenharão um papel fundamental se o metaverso industrial se tornar uma realidade.
Pensa-se que o hardware corporativo AR/MR seja uma tecnologia revolucionária que pode até mesmo substituir os smartphones em algum momento no futuro, mas até agora, a tecnologia não cumpriu sua promessa; a próxima (terceira) geração de dispositivos AR pode oferecer uma oportunidade para uma adoção mais ampla da tecnologia.
2023 marca o aniversário de 10 anos do lançamento do Google Glass, que abalou o mundo da tecnologia em 2013 e iniciou a era dos fones de ouvido AR comerciais; nesse tempo, vimos duas gerações de fones de ouvido AR, mas a adoção ficou aquém das expectativas. Embora comercializados como prontos comercialmente, a primeira geração de dispositivos AR era percebida como protótipos pelos usuários e vinha com limitações de desempenho - eram pesados e desajeitados devido ao tamanho dos processadores e baterias necessários para executar o software AR. Essa geração incluía o Google Glass Explorer e o capacete inteligente Daqri; em 2016, a Microsoft entrou no mercado AR com o HoloLens 1, comercializado como “o primeiro computador holográfico totalmente sem fio do mundo” e a ambição de se tornar líder de mercado no espaço. Com algumas das tecnologias evoluindo ao ponto de os fornecedores se sentiram prontos para lançar a segunda geração de dispositivos AR, em 2019, a Lenovo lançou seus primeiros óculos AR, o Think Reality A6, significativamente mais leve que o HoloLens 1, com 380 g ( 0,83 lbs.) e uma nova tecnologia de guia de ondas desenvolvida pela israelense Lumus . Em 2019, a Microsoft anunciou a segunda geração de HoloLens, também utilizando o Qualcomm (Snapdragon 850) e tornando o aparelho menor, com menor consumo de energia. No mesmo ano, a Google lançou uma segunda versão de seu Google Glass.
quanto ao que seja o metaverso.
O metaverso é geralmente entendido como uma rede integrada de mundos virtuais compartilhados (3D) criados pela convergência de várias tecnologias, como gêmeo digital, IoT, computação em nuvem, 5G, inteligência artificial, realidade virtual (VR) e AR.
Um curinga são os novos dispositivos de Realidade Mista de fabricantes tradicionais de VR, como o novo Meta Quest Pro, o Vive XR Elite da HTC ou o XR3 da Varjos. Esses dispositivos de ressonância magnética, que só começaram a chegar ao mercado no final de 2022, são uma evolução dos headsets de realidade virtual com câmeras. Esse novo recurso é definido como passagem colorida. O recurso de passagem fornece uma visualização 3D em tempo real e perceptivamente confortável do mundo físico no hardware por meio de câmeras frontais.
Então, dois cenários para o mercado de realidade mista e aumentada além de 2023 são possíveis. Em um cenário (Decolagem) a adoção de AR/MR pode ter um impulso se os fabricantes conseguirem introduzir dispositivos AR com grandes avanços tecnológicos (veja mais abaixo) e a promessa de uma redução significativa nos custos daqui para frente.
Mas a adoção de AR/MR pode diminuir significativamente se os fabricantes continuarem a produzir dispositivos caros que permanecem desajeitados, desconfortáveis e com duração de bateria limitada (cenário 2, Achatar).
A pesquisa identifica áreas-chave de inovação em tecnologia de hardware de realidade aumentada que estão sendo desenvolvidas atualmente e cujo progresso definirá o futuro do mercado. E pontua que existem muitos exemplos de empresas que adotaram com sucesso e alegria a realidade aumentada de alguma forma. No entanto, eles devem estar cientes das limitações da tecnologia atual e garantir que estejam prontos para trocar de hardware quando/se os fabricantes cumprirem sua promessa de um dispositivo mais leve, mais eficiente e mais barato que permita uma experiência de metaverso industrial verdadeiramente imersiva.
Essa evolução é importante porque o AR desempenha um papel central para que o metaverso se torne realidade, ainda que as empresas tenham interpretações diferentes
A IoT Analytics é uma fornecedora global de insights de mercado e inteligência estratégica de negócios para a Internet das Coisas (IoT), AI, Cloud, Edge e Indústria 4.0.
TIM integra índice de igualdade de gênero
A TIM faz parte do Bloomberg GenderEquality Index (GEI) 2023, dentre 485 companhias globais. Trata-se de um índice modificado e ponderado por capitalização de mercado, feito para medir o desempenho de empresas de capital aberto que se dedicam a reportar dados relacionados a gênero. Este índice de referência mede a igualdade de gênero em cinco pilares: liderança & pipeline de talentos, igualdade e paridade salarial entre gêneros, cultura inclusiva, políticas contra assédio sexual e marca.
O GEI 2023 abrange 45 países e regiões, incluindo empresas com sede no Equador, Kuwait e Luxemburgo pela primeira vez. As empresas membros representam uma variedade de setores, incluindo financeiro, tecnologia e serviços públicos, que continuam a ter a maior representação de empresas no índice desde 2022.
“Estamos orgulhosos por integrar novamente o GEI, o que reafirma nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todas as pessoas. Ratifica ainda a nossa sólida agenda ESG, que é reconhecida no mercado há mais de uma década”, comenta Mario Girasole, Vice-presidente de Assuntos Regulatórios e Institucionais da TIM.
Signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU e da Coalização Empresarial pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas, líder de um movimento para ampliar a empregabilidade das brasileiras e comprometida com políticas internas para inclusão e equidade de gênero, a TIM alcançou um total de 88% de pontuação no GEI, um crescimento de oito pontos percentuais em relação ao resultado anterior. Hoje, metade do quadro da empresa é composto por colaboradoras – são quase 5 mil – e a companhia tem como meta em seu Plano Estratégico Trienal contar com 35% de representatividade de mulheres em posições de liderança até o fim do ano. No Conselho de Administração, elas representam 30% das pessoas conselheiras, um destaque entre as companhias listadas na B3.
Maria Antonietta Russo, VP de Pessoas, Cultura e Organização da TIM, conta que os avanços consistentes com foco em equidade de gênero se traduzem em ações internas – para a construção de um ambiente de trabalho sempre mais diverso e inclusivo – e em iniciativas externas
que contribuem para a evolução também da sociedade. “Um exemplo é o Mulheres Positivas, projeto em que já reunimos um ecossistema de mais de 130 empresas que, compromissadas com a capacitação e a empregabilidade das brasileiras, divulgam suas vagas de trabalho e disponibilizam cursos em um aplicativo gratuito para mulheres em todo o país”, conta a executiva.
Outro destaque da TIM é o Programa Respeito Gera Respeito, focado no combate e prevenção ao assédio moral, sexual e bullying, que além da evolução de políticas e processos internos e ações de sensibilização e treinamentos para toda a companhia, contempla também ações externas para conscientização e acolhimento de mulheres em situação de violência e já rendeu iniciativas como a campanha “Imagine que é possível ser ouvida”. Na ação, três cantoras lançaram um single sem letra, como forma de chamar a atenção para o silenciamento de mulheres vítimas de violência. “Temos trabalhado fortemente ‘dentro de casa’, garantindo a equidade de gênero nos processos seletivos e disponibilizando programas específicos para desenvolvimento de carreira de mulheres, por exemplo. Em paralelo, atuamos no ambiente externo pois acreditamos que esse é o caminho para avançarmos na direção a uma sociedade mais inclusiva”, complementa a executiva.
O índice não é classificado. Embora todas as empresas de capital aberto sejam incentivadas a divulgar dados complementares de gênero para o perfil de investimento de sua empresa no Terminal Bloomberg, apenas aquelas com capitalização de mercado de US$ 1 bilhão são elegíveis para inclusão no Índice.
AL perde US$ 1,7 bilhão com a falta de reciclagem de eletrônicos
De acordo com a Organização das Nações Unidas, 97% do lixo eletrônico da América Latina não é descartado de forma sustentável. Com isso, são perdidos cerca de US$ 1,7 bilhão em matérias-primas, como ouro e metais raros, presentes nos equipamentos de casa, como televisores, notebooks, entre outros. No Brasil, a falta de informação sobre o descarte irregular de e-lixo deixa 70% dos cestos de reciclagem da Coopermiti, cooperativa especializada no reaproveitamento destes materiais, vazios.
Existem cestos para separar plástico, vidro, metal e papel, mas, quando é a geladeira que precisa ser descartada, o que fazer? A falta de informação sobre lixo eletrônico impacta a falta de entrega de equipamentos quebrados e sem uso nos postos de coleta.
“Aqui na Coopermiti, tratamos 520 toneladas durante o ano de 2022, mas nossa capacidade é cerca de 70% maior. Infelizmente, há muito material jogado nos pontos de entulho, enquanto nas cooperativas falta e-lixo”, comenta Alex Pereira, presidente da Coopermiti.
Enviado diretamente para o lixo comum ou em pontos de descarte irregular, grande parte deste material acaba indo parar em aterros sanitários, o pior destino para esses equipamentos porque passam a ser perigosos quando expostos ao sol e à chuva, ao invés de reaproveitados pela indústria na produção de novos produtos, diminuindo o impacto ambiental e cumprindo as metas de desenvolvimento sustentável da ONU, a Agenda 2030.
Com uma meta de 150 toneladas por mês, o volume total reciclado pela cooperativa, uma das principais do estado de São Paulo, é formado principalmente por resíduos eletrônicos provenientes de hospitais e equipamentos de saúde, seguindo as principais diretrizes ESG e da legislação ambiental brasileira. Em segundo lugar, sucata de computadores desktop de empresas e residências, seguida por servidores sem uso ou quebrados. “No geral, as sucatas ligadas à informática lideram o ranking uma vez que muitas empresas possuem uma grande rotatividade de equipamentos, como impressoras, monitores, estabilizadores. Os equipamentos
domésticos como televisores, refrigeradores, micro-ondas também se destacam. No entanto, seria muito importante uma quantidade maior de descarte para causar um impacto significativo na economia de recursos”, conta Pereira Especialmente para os equipamentos que guardam dados sensíveis, como fotos, senhas e informações pessoais, como computadores de mesa e notebooks, a Coopermiti fornece o laudo de Destruição Segura de Dados – que atesta um processo que elimina as chances de que as informações contidas em produtos de armazenamento possam ser recuperadas, evitando o acesso indevido ao conteúdo - evidenciando que além da sustentabilidade, o descarte regular é uma iniciativa para a cibersegurança.
Ferramenta de alinhamento de eixos a laser
A Fluke do Brasil, companhia líder mundial em ferramentas de teste e medição, acaba de anunciar o lançamento do Fluke 831, ferramenta de alinhamento de eixos a laser, que tem por objetivo facilitar a manutenção de máquinas rotativas acopladas.
O lançamento chega ao mercado para complementar a linha de produtos de manutenção mecânica da Fluke, composta pelo medidor de vibração Fluke 805FC, pelo testador de vibração Fluke 810, pelo Estroboscópio LED Fluke 820-2, e agora pela ferramenta de alinhamento de eixos a laser Fluke 831. Tais ferramentas asseguram a conformidade com as normas e especificações técnicas aplicáveis à indústria.
O Gerente de Produtos da Fluke do Brasil, Carlos Rubim, explica que o desalinhamento entre eixos é responsável por, ao menos, metade dos danos encontrados em máquinas rotativas. No entanto, ao invés de atuar no reparo do problema, equipes de manutenção costumam apenas tratar os sintomas do desalinhamento, substituindo rolamentos danificados, acoplamentos e selos, pois, acreditam que para atuar no alinhamento é preciso destinar muito tempo. “O Fluke 831 ajuda os profissionais a solucionarem a raiz do problema, e não apenas o sintoma, com um alinhamento de eixo rápido, fácil e completo”, afirma.
Principais benefícios e soluções do Fluke 831
fácil de usar, é também suficientemente poderosa para técnicos de todos os níveis, uma vez que é possível realizar o alinhamento de uma maior quantidade de máquinas, com um equipamento que conta com todas as funcionalidades que o profissional necessita, desde expansão térmica, até a possibilidade de definir as tolerâncias desejadas ”, reforça.
Rubim destaca ainda que a nova ferramenta conta com uma interface gráfica 3D em formato de tablet, com indicações de passo a passo para os profissionais mais iniciantes, bem como a possibilidade de geração moderna de relatórios customizados pelo usuário, para apoiar os mais experientes. “ Além de Wi-Fi, o 831 vem com o software de alinhamento de eixo ARC 4.0, Bluetooth Low Energy (BLE), Identificação por Radiofrequência (RFID) e câmera ”, comenta.
Rubim completa que com o Fluke 831, todas as máquinas que saem para reparo ou revisão, ao retornarem, poderão ser alinhadas, ao contrário do que ocorre atualmente nas indústrias. “Equipes que adotam o alinhamento de eixos em sua rotina de trabalho podem economizar milhares de reais por ano, por evitar a substituição prematura de máquinas, períodos inesperados de inatividade, além do desperdício de energia e recursos. Sem contar na redução do número de rolamentos e selos, que precisam de substituição”, finaliza.
Com interface intuitiva e guiada, o Fluke 831 permite alinhamentos sem a necessidade de utilizar programas complexos, ou mesmo realizar longos treinamentos avançados. “ Por mais que seja uma ferramenta
Fundada em 1948, a Fluke Corporation é líder mundial em ferramentas de teste e medição profissionais. Os clientes da Fluke são técnicos, engenheiros, eletricistas e meteorologistas que instalam, solucionam problemas e gerenciam equipamentos industriais, elétricos e eletrônicos e processos de calibração.
Irani reduz volume de resíduos transportados para aterros em 2022
Uma das principais indústrias de papel e embalagens sustentáveis do Brasil, a Irani conquistou destaque nos últimos anos, pelas práticas relacionadas à economia circular, um dos compromissos da companhia com a sustentabilidade e os indicadores ESG, dentro da meta de zerar a destinação de resíduos não perigosos para aterros, até 2030. No ano passado, apenas 7,7% de todos os resíduos gerados nas unidades da companhia em Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo foram transportados para os aterros de suas regiões, ante 9,45%, em 2021. Assim, 8,8 mil toneladas deixaram de ser enviadas para aterros.
Os subprodutos como carbonato de cálcio, lixívia de sabão, cinza grossa da caldeira, e sucatas metálicas, foram comercializados com fabricantes de fertilizantes agrícolas e substratos, químicas e de reciclagem, na área siderúrgica. A maior parte dos resíduos foi para 18 empresas, sediadas nos municípios de Caçador, Catanduvas, Chapecó, Erval Velho, Irani, Três Barras e Vargem Bonita, no Meio-Oeste catarinense.
Exemplos positivos da economia circular sobre esse aproveitamento não faltam. A lixívia de sabão, resíduo proveniente do processo de recuperação de produtos químicos, é comercializada para a extração de um composto substituto ao óleo BPF e de xisto – utilizado como combustível – além de ser usada na fabricação de resinas, emulsificantes e flotação de minérios. Já a cinza grossa possui bases que servem para neutralizar a acidez do solo, funcionando como corretivo e fertilizante.
A reutilização desses resíduos por empresas parceiras contribui para reduzir a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, destaca o gerente de Sustentabilidade da Irani, Leandro Farina, e ainda gera receita à companhia. “Esta é uma jornada de muitos anos da Irani, para que os resíduos tenham uma utilização prolongada, e sejam aproveitados como matéria-prima por outras empresas, o que caracteriza a economia circular”, afirma.
O executivo reforça que a Irani é uma das signatárias e apoiadoras dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), aliados à Agenda 2030 das Organizações das Nações Unidas (ONU), desde 2021, e cita o caso de três empreendimentos que se instalaram na região próxima ao município de Vargem Bonita, no Meio-Oeste, para o aproveitamento dos resíduos gerados pelas fábricas de papel e embalagens da Irani no distrito de Campina da Alegria.
“Esse movimento pensando sob a ótica da economia circular, além de ser sustentável, acaba gerando renda em toda a comunidade no entorno das unidades”, acrescenta Farina.
Setor de latas de alumínio se prepara para crescimento
A Abralatas – Associação Brasileira de Fabricantes de Latas de Alumínio –, entidade que representa os fabricantes de latas de alumínio no Brasil, apresentou os dados de 2022, com um resultado de vendas 4,7% menor em relação a 2021, após forte ciclo de cinco anos de crescimento contínuo. A queda foi registrada apenas no primeiro trimestre do ano, enquanto nos demais, o setor apresentou crescimento, porém, não o suficiente para compensar o início de 2022. O cenário confirma a perspectiva do segmento, de que o ano passado seria de ajustes. Algumas constatações explicam os números, como a questão climática, em um ano em que as temperaturas foram menores que nos anos anteriores; a reabertura de bares e restaurantes, com consumo maior de bebida em vidro; e os eventos mundiais, como a Copa do Mundo e a precoce eliminação do Brasil, além de uma nítida repressão no consumo, ocasionada principalmente pela inflação. Mesmo assim, ao longo de 2022, o setor continuou com as expansões de novas linhas de produção, mas observou uma readequação do parque fabril, bem como um trabalho intenso de redução de custos em toda a cadeia produtiva, especialmente ocasionado pelo aumento do preço da principal matéria-prima da lata: o alumínio, durante a Pandemia. Com isso, os investimentos realizados nos últimos anos e ainda em curso – cerca de US$ 1 bilhão – serão concluídos até 2024, com a inauguração de novas unidades fabris e linhas de produção de latas de alumínio para bebidas. O setor está apto, e tem plena capacidade para atender uma provável demanda crescente nos próximos anos.
“A Pandemia ocasionou uma verdadeira gangorra no mercado. Iniciamos o ano de 2022, cientes de que seria um período de ajustes e muitos desafios. Acreditamos no potencial do nosso produto, em um novo ciclo no mercado, e estamos preparados para este futuro”, destaca Cátilo Candido, presidente executivo da Abralatas. O diálogo aberto e amplo, acerca das pautas ESG e dos elevados índices de reciclagem da lata, com diversas camadas da sociedade, foi um dos exemplos de atuação da entidade nos últimos meses.
O executivo ressalta que a cerveja continua com um protagonismo muito alto, e considera um produto essencial para o setor, porém, vê de forma positiva o crescimento do consumo de diversos outros tipos de bebidas em lata, como energéticos, refrigerantes, drinks, vinhos, uísque, café e água, acompanhando as novidades, e trazendo o que há de mais moderno para o Brasil, sempre com foco na qualidade e na sustentabilidade.
“Os resultados de 2022 nos mostram que, mesmo em meio a um contexto adverso, temos a resiliência e a coragem de continuar investindo, e ressignificar nossa atuação. Vimos que o setor se reinventa e se supera, mostrando que a latinha continua no caminho certo, conquistando cada vez mais os consumidores brasileiros”, finaliza.
Cemig SIM vence prêmio
ambiental
Promover a sustentabilidade, por meio da geração de energia fotovoltaica, é um dos pilares da Cemig SIM, empresa do Grupo Cemig que atua no mercado de energia solar por assinatura. Dentro deste contexto de disseminação de uma cultura ambientalmente correta, a energy tech lançou, em 2022, o Certificado de Energia Renovável Cemig SIM, ou Cemig SIM REC: título que ratifica os atributos ambientais de empreendimentos e instituições, por meio da rastreabilidade da origem de energia 100% limpa e renovável. A iniciativa, que já certificou mais de 100 empresas mineiras, foi a vencedora do 13º Prêmio Hugo Werneck, de Meio Ambiente & Sustentabilidade, na categoria ‘Melhor Exemplo em Energia Solar’. A cerimônia aconteceu no último dia 28, no Centro de Convenções da CDL-BH, em Belo Horizonte. João Paulo Campos, diretor de Negócios da Cemig SIM, destaca que o comprometimento com a sustentabilidade global passa por todos os nichos, com impactos diretos na imagem corporativa de companhias e empreendimentos. “O Cemig SIM REC é um atributo que permite ao nosso cliente pessoa jurídica evidenciar, perante seu público e mercado, um posicionamento conectado ao que a sociedade espera das marcas. Além disso, a certificação agrega ainda mais valor ao legado dessas empresas.”
Campos ressalta que o reconhecimento do mais importante prêmio do segmento ambiental do país à relevância do Cemig SIM REC para o setor produtivo mineiro dá ainda mais impulso, para que a Cemig SIM siga com estratégias e produtos voltados a esse viés. “Somos uma empresa que gera energia limpa e renovável, e queremos disponibilizar ao mercado inovações em eficiência energética, sempre com vistas a democratizar a energia solar. Nossas iniciativas estão atreladas ao protagonismo de quem investe para um mundo ambientalmente sustentável. Temos esse compromisso com nossos atuais e futuros clientes”, afirma.
A operação da Cemig SIM evitou que mais de 25 mil toneladas de CO2 fossem emitidas na atmosfera, desde a implantação da empresa, há três anos.
Também foram agraciados, nesta edição do Prêmio Hugo Werneck, a Ambipar, na categoria Melhor Exemplo em Inovação, com o projeto Biocápsulas Sustentáveis; o Instituto Inhotim, na categoria Melhor Exemplo em Fauna, com o Guia das Aves; a AngloAmerican, na categoria Melhor Exemplo de Empresa Parceira; o Sesc Pantanal, na categoria de Melhor Exemplo em Mobilização Social, com o projeto Aquarela; e a Novela Pantanal – Rede Globo de Televisão, na categoria Melhor Exemplo de Comunicação Ambiental; dentre outros.
Índice de circularidade
A Enel apresentou, no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, o ‘Economic CirculAbility’, um novo Indicador-Chave de Desempenho (KPI) para medir a circularidade do Grupo, comparando seu desempenho econômico com seu consumo geral de recursos. A Enel também se comprometeu a dobrar esse índice, até 2030, em comparação com os níveis de 2020. Com a iniciativa, a Enel se torna a primeira empresa do mundo a adotar esse tipo de índice de circularidade, e a definir uma meta tão ambiciosa.
“Decidimos medir a nossa circularidade, e duplicá-la até 2030, pois, acreditamos que ela é parte integrante da nossa estratégia industrial e competitiva, e da nossa sustentabilidade. Na verdade, nós nos esforçamos para nos tornarmos líderes na transição energética”, disse Ernesto Ciorra, Chief Innovability Officer da Enel. “Para conseguir isso de forma sustentável, precisamos fazer um esforço para não consumir matérias-primas, mas sim usá-las, e depois disponibilizá-las novamente, para futuros ciclos de produção. Isso garantirá que, no futuro, nós e os países onde operamos teremos liberdade em termos de abastecimento, e seremos independentes dos desenvolvimentos geopolíticos. Precisamos fazer isso agora, já que as matérias-primas estão disponíveis hoje, mas a demanda global está aumentando exponencialmente, assim como os esforços para descarbonizar a geração de energia e a produção industrial, em geral. Somos os primeiros a assumir esse compromisso, e nos orgulhamos disso, pois, os que estão na vanguarda obterão uma vantagem competitiva com a circularidade, enquanto os últimos correm o risco de lidar com uma disponibilidade de material cada vez mais escassa.”
O ‘Economic CirculAbility ’ leva em consideração o EBITDA global do Grupo (em euros), e o compara ao montante de recursos, incluindo combustíveis e matérias-primas, consumidos, ao longo da cadeia de valor, pelas diversas atividades do negócio (expresso em toneladas). Medir a circularidade tem sido fundamental para implementar a estratégia circular da Enel, desde 2015, quando o Grupo começou a perceber que a economia circular poderia ser um driver estratégico. Especificamente, a Enel sempre foi uma empresa pioneira, quando se trata de identificar e adotar KPIs quantitativos para todo o Grupo, que refletem claramente a transição para a circularidade, em termos de separar suas atividades de negócios de seu consumo de recursos.
São Martinho adere ao Pacto Global da ONU e ao Protocolo ONU Mulheres
A São Martinho ingressou no Pacto Global da ONU no Brasil, iniciativa da Nações Unidas (ONU), junto à comunidade empresarial, para promoção e adoção dos Dez Princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. A empresa acredita que o cuidado com as pessoas e o meio ambiente são atitudes essenciais para o sucesso do seu negócio e, ao integrar o Pacto Global, a Companhia se compromete a reportar anualmente o progresso de suas práticas, em relação aos Dez Princípios da ONU.
Esta iniciativa é consequência da estratégia de atuação da São Martinho, com relação aos temas ESG que, conectada à Agenda 2030 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, expressam o compromisso da Companhia com a inovação, tecnologia, gestão de pessoas, diversidade, desempenho econômico do negócio, mudanças climáticas, gestão dos recursos hídricos e segurança no trabalho.
A materialização dessa estratégia é observada em práticas sociais, ambientais e de governança implementadas pela Companhia, tendo como exemplo: plantio de cerca de 4,7 milhões mudas de árvores, desde 2000; construção dos Centros de Educação Ambiental, com recebimento de mais de 120 mil visitantes; realização de Paineis de Relacionamento e Ações de Qualificação junto às Comunidades no entorno de nossas unidades; Preparo reduzido de solo e manejo conservacionista; Manejo integrado de pragas; Economia Circular, com reaproveitamento de 99% dos resíduos gerados; Otimização de captação e reuso de águas; entre outros.
A Companhia ainda investe constantemente em soluções inovadoras, que contribuem para a sustentabilidade do seu negócio, como: Investimento em fontes de energia renovável, com a construção da planta de etanol de milho na Usina Boa Vista, em Quirinópolis/GO, e da nova unidade termoelétrica da Usina São Martinho, em Pradópolis/SP; Aumento de Produtividade da lavoura; Agroindústria 4.0 com automação agrícola e agricultura de precisão; Instalação dos Centros de Operação Agrícola e Industrial; Conectividade em Rede 5G; entre outros.
“A sustentabilidade é intrínseca ao Jeito de Ser São Martinho, e buscamos continuamente evoluir na nossa jornada ESG. É por isso que nossa adesão às premissas ambientais,
sociais e de governança, no processo de planejar o futuro, tem ganhado força, nos últimos anos”, explica Oscar Paulino, gerente de Sustentabilidade da São Martinho.
A São Martinho já havia dado um passo importante no aprimoramento da promoção de práticas e valores que visam à igualdade de gênero no setor sucroenergético, assinando, no ano passado, o termo de compromisso com os Princípios de Empoderamento das Mulheres, protocolo desenvolvido pela ONU Mulheres e pela Rede Brasil do Pacto Global.
A São Martinho tornou-se signatária do protocolo, juntamente com 18 empresas do segmento, que também firmaram o documento. Essa ação simultânea registrou um recorde nacional para a ONU Mulheres: a adesão do maior número de empresas de um mesmo setor, em um mesmo evento.
A diretora de Recursos Humanos da São Martinho, Luciana Carvas, assinou o protocolo acompanhada de Fernanda Machado, analista de energia, e Ive Zonfrile, analista de Responsabilidade Social.
Sun Mobi anuncia investimento de R$ 23 milhões em Taubaté
A Sun Mobi anunciou o investimento de R$ 23 milhões na implementação de uma usina solar fotovoltaica no município de Taubaté/SP, no Vale do Paraíba.
A nova usina terá uma capacidade de geração de 5 megawatts (MW), e fornecerá energia a imóveis comerciais e residenciais de 28 cidades do estado, na área de concessão da EDP São Paulo, que inclui municípios importantes, como Guarulhos, na Grande SP, e São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Programada para entrar em operação no segundo semestre deste ano, a unidade de Taubaté deve gerar 125 empregos em sua operação, e será construída graças ao aporte da GET Energy Trading, sócia investidora da Sun Mobi. Esse é o segundo projeto da Sun Mobi a contar com assessoria da InvestSP. A agência paulista já havia prestado suporte na implementação da usina de Porto Feliz e, desta vez, assessorou a empresa na localização de uma área adequada à unidade de geração de energia em Taubaté.
“São Paulo possui um enorme potencial de geração de energia solar a ser explorado, existem diversas oportunidades de negócios a serem desenvolvidas nesse setor. Vamos trabalhar para que projetos de energia verde tenham cada vez mais relevância, e contribuam com o crescimento econômico da economia paulista”, afirmou o presidente da InvestSP , Rui Gomes Junior O modelo de negócio da Sun Mobi fornece energia solar, sem a necessidade de instalação de placas fotovoltaicas no imóvel do consumidor. A energia é gerada nas usinas da empresa, e chega normalmente ao cliente pela distribuidora que atende a sua casa, comércio ou empresa. O cliente faz uma assinatura que lhe concede créditos para serem consumidos ao longo do mês. Uma central digital instalada pela empresa permite ao cliente fazer o acompanhamento do consumo de sua franquia mensal.
A prefeitura municipal de Taubaté tem sido parceira da Sun Mobi na concretização do investimento, e enxerga como positiva a instalação de negócios desse setor na cidade.
Geração Distribuída aumenta 8 gigawatts de potência no setor elétrico em 2023
A expectativa da ABGD – Associação Brasileira de Geração Distribuída – é que mais 8 GW, vindos da energia solar, sejam injetados no sistema elétrico no Brasil, aumentando sua potência. Hoje, já são cerca de 17 GW, distribuídos em mais de 2 milhões de unidades geradoras. Se atingir a previsão, a Geração Distribuída será, pelo terceiro ano, o segmento que mais acrescenta potência ao sistema.
A Geração Distribuída tem sido decisiva para as mudanças no setor de energia no Brasil, uma vez que descentraliza a produção e distribuição, dá opção de escolha ao consumidor quanto ao serviço que utiliza, e amplia as fontes de energia limpa. Nesse mercado, dominado pela produção hidrelétrica e por grandes concessionárias, 91% dos consumidores querem novas soluções para o seu serviço de energia, e 8 em cada 10 pessoas gostariam de poder escolher a empresa que oferece a energia elétrica, segundo pesquisas do Ibope (2020) e da Abraceel (2022).
Criada há cinco anos, a Metha Energia é uma startup que atua para transformar o setor, e gerar uma mudança real para os consumidores, e proporciona a redução da conta de luz de 10% a 15%. O serviço da startup é 100% digital, sem fidelização, e não exige nenhuma obra na residência, pois, continua usando a mesma rede de distribuição de energia.
Com o propósito de revolucionar a maneira com que os brasileiros se relacionam com o serviço de energia elétrica, a Metha Energia ganhou protagonismo na geração distribuída de Minas Gerais, e está em expansão para o interior de São Paulo. Já evitou a emissão de 34 mil toneladas de carbono na atmosfera, e apresenta um crescimento econômico de 300% ao ano, desde 2020. Em um mercado com grande potencial e pouco
explorado no Brasil, a tendência é de continuar crescendo. O grande desafio da Metha é educar o consumidor, levando informação de fácil entendimento, para mostrar que uma outra forma de utilizar energia é possível – mais econômica, sem dores de cabeça, e que ajuda o planeta, no combate à poluição e ao aquecimento global.
O Brasil tem um dos maiores mercados de energia do mundo, com 75 milhões de consumidores residenciais e, só em 2021, um consumo de 2 mil KWh per capita, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas, enquanto esse mercado gera, em média, R$ 131 bilhões em receita bruta anual para empresas do setor, a maioria dos clientes estão insatisfeitos com o serviço. Presos ao modelo convencional do mercado de energia, muitos consumidores se veem frustrados, arcando com mau atendimento e altos preços, até a chegada da Metha Energia, que tem o melhor Net Promoter Score (NPS), métrica global de satisfação e lealdade dos clientes, com pontuação de 79,8.
"Cada pessoa tem a capacidade de evitar, por ano, a emissão de 100 kg de gás carbônico. Em vários países, a produção e distribuição de energia limpa é de conhecimento geral, e amplamente utilizada. Mas, aqui esse modelo ainda causa estranhamento, a maioria dos brasileiros não têm conhecimento sobre o sistema elétrico, e pelo que pagam exatamente. Ao apresentar essas informações de forma simples, e oferecer uma experiência mais intuitiva, econômica e sustentável, estamos transformando o comportamento das pessoas, fazendo delas protagonistas do próprio consumo” , comenta o cofundador e CEO da Metha Energia, Victor Soares
Testes sonoros de alerta
A CTG Brasil realizou, na Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, a seguir, na Usina Hidrelétrica Jupiá, os testes sonoros nas torres de sirenes instaladas nas áreas logo abaixo das barragens das duas usinas, em mais uma importante etapa do processo de implantação do Plano de Ação de Emergência (PAE) da barragem.
Com a participação das Defesas Civis municipais de Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS), na UHE Ilha Solteira, e das Defesas Civis municipais de Três Lagoas/MS e Castilho/ SP, na UHE Jupiá, os testes terão, como principais objetivos, avaliar o alcance sonoro das cornetas em sua potência máxima, e a comunicação entre as torres e a sala de comando das usinas, onde está instalado o centro de supervisão do sistema de alerta de emergência da barragem.
“Os testes serão fundamentais para avaliarmos o desempenho da Rede de Alerta de Emergência na Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem. Esperamos que, com o sistema em sua capacidade máxima, as mensagens de alerta possam ser compreendidas por toda a população que vive na ZAS”, explica Pedro Nunes, gerente de Segurança de Barragem da CTG Brasil.
Zona de Autossalvamento, ou apenas ZAS, é o nome dado para a área de impacto imediato, em caso de emergência, localizada logo abaixo da barragem. Neste caso, as torres de sirenes têm o papel de alertar, por meio da emissão de sinal sonoro, a população que vive nessas áreas a se dirigir até o ponto de segurança mais próximo, utilizando as rotas de evacuação, já sinalizadas.
Nunes ressalta que o PAE tem caráter preventivo, e todas as barragens administradas pela CTG Brasil são seguras, consideradas de baixo risco, e operam dentro do que rege a Lei de Segurança de Barragens.
A função da Defesa Civil é fazer um trabalho de mitigação, resposta, e quando necessário, de reconstrução. Mas, é essencialmente um trabalho de prevenção e acolhimento da comunidade. O plano de ação de emergência da usina vai nesta mesma direção.
Os testes sonoros aconteceram em dois momentos, entre às 10h e 12h; foram testados 4 tipos de mensagens, e
as torres de sirenes são acionadas pela sala de comando da Usina, onde está instalado o sistema de supervisão e acionamento do PAE. Enquanto isso, equipes da CTG Brasil e Defesas Civis municipais estarão posicionadas em diferentes pontos da ZAS, para coletar dados, como pressão sonora e compreensão das mensagens de alerta.
O som deve ser ouvido, tanto pelas pessoas que residem na ZAS, quanto nas proximidades, ou que estiverem transitando pela área no momento dos testes.
A população cadastrada nas áreas próximas à barragem foi avisada com antecedência dos testes.
Encerrada a fase de testes das torres de sirenes, os próximos passos da implantação do PAE das barragens das Usinas Ilha Solteira e Jupiá consistem na realização dos exercícios simulados de evacuação com as comunidades residentes na ZAS e participação das Defesas Civis. Todas as ações na ZAS envolvendo a comunidade serão comunicadas com antecedência.
Em virtude das condições meteorológicas e novas previsões de chuva para a bacia do rio Paraná, as Usinas Ilha Solteira e Jupiá estão operando com vertedouros abertos. Trata-se de uma operação normal, determinada e coordenada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para controle de nível do reservatório, e não possui relação com os testes das sirenes. Vale ressaltar que as Usinas Ilha Solteira e Jupiá, assim como as demais hidrelétricas do País, têm sua operação coordenada pelo ONS conforme os procedimentos aprovados pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica –, tanto no que se refere à produção de energia, quanto ao controle do nível do reservatório.
Emerson apresenta portfólio dedicado de software e tecnologia de energia renovável
A Emerson combinou os seus conhecimentos abrangentes sobre energia e suas capacidades de energia renovável em um portfólio Ovation Green, para ajudar empresas de geração de energia a atingirem as necessidades de clientes, navegando a transição à geração e armazenamento de energia verde. Ao unificar o software e tecnologia da recentemente adquirida Mita-Teknik com a sua plataforma de automação líder no setor, Ovation, base de dados extensa sobre energia renovável, soluções de segurança cibernética e capacidades de gestão remota, a Emerson criou uma nova extensão da sua arquitetura de controle, baseada em energia. O portfólio resultante tem foco no mercado emergente de energia limpa, para fornecer automação de renováveis simplificada, para ajudar produtores de energia a criarem e escalarem operações sustentáveis.
A capacidade de eletricidade renovável atingiu crescimento recorde nos últimos anos. Porém, a transição a sistemas de energia mais limpos ou o escalamento de sistemas existentes é uma tarefa complexa para produtoras de energia. Turbinas eólicas, sistemas solares, baterias de íon de lítio, eletrolisadores de hidrogênio e energia hidroelétrica, todos utilizam uma variedade de tecnologias e softwares de automação. Enquanto os portfólios renováveis continuem crescendo, o número de tecnologias aplicadas se multiplicará, aumentando as curvas de aprendizagem, e adicionando complexidade às operações, enquanto soluções de diferentes vendedores requererão integração adicional. Porém, para que alguns dos sistemas existentes possam fornecer camadas de conectividade entre ativos
muito específicos, o portfólio Ovation Green fornecerá um conjunto de softwares e soluções criados com esse propósito, que suporta diferentes tecnologias, em um sistema único padronizado e intuitivo.
“Países em todo o mundo estão focados na transição à economia de energia limpa nas próximas décadas, e enquanto a energia verde é um conceito simples que todos entendem, o caminho à implementação não sempre é tão claro,” disse Bob Yeager, presidente de soluções de energia e água da Emerson. “Com o portfólio Ovation Green, o nosso software, suporte e soluções foram unificadas em um único sistema de um provedor único confiável, para ajudar produtoras de energia a gerenciar as suas operações de eletricidade renovável de forma mais rápida, fácil e confiável.
Acesso completo às informações atuais e históricas da informação capacita donos e operadores com maior visibilidade e controle de todos os ativos renováveis, em todo o negócio. Por meio de um portfólio integrado de soluções de controle e gestão de ativos com base em dados, as tecnologias Ovation Green fornecem acesso aos dados seguro e padronizado, independentemente do fabricante do equipamento ou tipo de sistema, em um site ou por múltiplos.”
Ao coletar, compilar e contextualizar quantidades vastas de dados criados pelos ativos de geração e armazenamento de renováveis, o portfólio Ovation Green da Emerson fornece uma visão clara das operações renováveis em um espaço perfeito. O portfólio permitirá inteligência efetiva de uma plataforma unificada para impulsionar decisões mais rápidas e informadas, para aumentar a disponibilidade e produção, enquanto reduz custos de operação e manutenção.
“O Brasil está à frente da Europa na área de energia”
Tendo em vista o cenário geopolítico preocupante na Europa, onde a guerra entre Rússia e Ucrânia desencadeou uma crise de petróleo e gás em outros países do continente, José Goldemberg, ex-ministro da Educação e professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), afirma que essa não é uma questão que afete muito o Brasil, já que o país depende pouco de gás como fonte energética, é autossuficiente – com 50% da matriz energética renovável (hidrelétrica, eólica e solar) – e lidera a geração de energia limpa entre os países do BRICS, segundo o Ministério de Minas e Energia.
Para o especialista, as incertezas com o fornecimento de petróleo e gás, e a flutuação dos preços, estão levando os países a um novo ‘nacionalismo energético’, na tentativa de reduzir sua dependência das importações. “ É nesse contexto que as energias renováveis contribuem, tendência da qual o Brasil está à frente da Europa. Uma das soluções para mantermos o avanço no país é expandir as fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas e solares, além de exportar produtos da biomassa ”, finaliza Goldemberg.
Hoje, Goldemberg atua como curador de conteúdo e consultor da +A Educação, maior edtech para o ensino superior do país, e assina o prefácio de “O Novo Mapa”, novo livro de Daniel Yergin, o maior especialista sobre o tema no mundo, que terá sua tradução lançada no Brasil, no início de fevereiro, pela Editora Bookman, que integra a edtech +A Educação. O ex-ministro, que foi citado como precursor do etanol no Brasil como alternativa à crise do petróleo da década de 1970, no livro “O Petróleo”, de Yergin, explica que trazer o tema para discussões no momento é crucial, para que não haja retrocesso no país, já que existem grupos econômicos nacionais interessados em expandir o gás como fonte de energia, o que aumentaria a dependência do exterior. “ Yergin foi quem deixou claro que a década de 1970 não seria o fim do petróleo. Nessa nova obra, o especialista aborda efeitos da guerra da Ucrânia, e as energias alternativas, uma contribuição essencial para a adoção de políticas energéticas corretas ”.
As 5 tendências elencadas por Goldemberg para o Brasil nos próximos anos são:
1 – Investir em fontes solares e eólicas é primordial: tendo em vista que as fontes de energias renováveis representarão 60%, até 2050, no mundo, segundo relatório da BP sobre perspectiva energética, e terão capacidade de abastecer 80% da demanda mundial, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), investir nessas matrizes deve ser prioridade.
A desvantagem das fontes solares e eólicas é serem intermitentes (não havendo sol à noite e vento o tempo inteiro, por exemplo). Por esse motivo, é
preciso que elas sejam complementadas com outra fonte de energia renovável: as hidrelétricas, o melhor dos reservatórios de energia, muito superior ao uso de baterias.
2 – Expansão das hidrelétricas: a energia vinda desta fonte continuará a dominar a geração de eletricidade no Brasil, com o equivalente a 58% da matriz do país até 2030, segundo último relatório GolbalData, de 2021. Além de ser uma fonte viável e renovável de energia, tem potencial de expansão no Brasil, se os cuidados com o meio ambiente forem tomados, evitando problemas como em Belo Monte.
3 – Inversão da lógica do petróleo: o país não utiliza petróleo, gás e carvão para gerar eletricidade como os países da Europa, mas um dos principais problemas se dá em relação ao uso do petróleo como matéria-prima para a produção de óleo diesel e gasolina. Apesar de ser autossuficiente na produção de petróleo, o país não investe como deveria em refinarias, o que gera a necessidade de exportar o produto bruto e importar a gasolina, deixando os preços dependentes do dólar. Com mais refinarias, o país teria autonomia no controle dos preços, o que impactaria drasticamente nos valores dos produtos que dependem do transporte rodoviário, incluindo alimentos.
4 – Exportação de etanol: como fonte de combustível renovável, o etanol continua sendo uma boa opção para substituir a gasolina. Como sua matéria-prima é a cana-de-açúcar, que não pode ser cultivada em muitos lugares do mundo, seria uma boa oportunidade de exportação para o Brasil.
5 – Implementação eficaz de ferrovias: como somos totalmente dependentes do petróleo para o transporte, via o uso de automóveis e caminhões, seria importante que houvesse um plano de implementação e expansão de ferrovias no país, para diminuir o consumo de gasolina e diesel, para baratear o custo de transporte de pessoas e mercadorias, sobretudo “commodities”, como soja.
"Cada contribuição, pequena ou grande, é importante para o mundo. E vemos que as pessoas estão fazendo acontecer!”
Mike Train
Comprometimento
SUSTENTABILIDADE EM CADEIA
“Os negócios vão demandar cada vez mais produtos sustentáveis”
Luis Viga
Cooperação
“Estamos apostando que, no futuro, o Brasil vai ser líder em hidrogênio”
Luiz Felipe Fustaino
"Temos a tecnologia, sabemos como implementar e temos equipe local. Nosso foco são os grandes projetos de escala industrial, pois estamos prontos para eles”
Luiz Mello
Sustentabilidade
“O que posso ver é que o gás, a energia solar, o hidrogênio e outras fontes, vão tirar uma parte do mercado do petróleo em algum lugar no futuro, mas não completamente”
Rafael Torres
“Sabemos o tamanho do desafio e estamos fazendo nossa parte; somos protagonistas da sustentabilidade no Brasil”
Debora Cardoso
“Temos trabalhado junto com nossos clientes e é bom ver que nossas soluções mudam as experiências deles”
Marcelo Severi
“Muitos projetos de inovação estão sendo conduzidos com intuito de desenvolver tecnologias de captura e utilização do CO2 em novos produtos”
Marina Rossi
NetZero
“Entregar as metas ESG é hoje fator determinante na escolha de para quem um banco libera um financiamento”
Caio de Luca
Science-based target
“Há algum tempo, quem falava em descarbonizar a cadeia de óleo e gás era considerado um desconectado da realidade; hoje, essa descarbonização está acontecendo”
Maurício Cassetti
“A Transição Energética é complexa porque não há nada que permita substituir por completo os hidrocarbonetos”
Rodrigo Nogueira
“A medição é o fundamento de tudo e nos dados estão as soluções”
Seth Harris
“Novos processos vão exigir sistemas de segurança mais bem elaborados e um bom gerenciamento de todas as plantas e infraestruturas que as cercam. Tudo isso vai exigir muito mais inteligência”
Eficiência Energética Desafios Oportunidades
AEmerson reuniu mais de 100 profissionais, de grandes empresas, para debater a sustentabilidade, perpassando diversos setores. No evento, a empresa mostrou diversas formas de participar ativamente da transição energética, rumo a uma mudança maior e mais profunda da sociedade como um todo.
valor da Emerson, incluindo 15 categorias de upstream e downstream (escopo 3). Tudo firmado sob os olhos da Organização Science-Based Targets.
Vale lembrar que metas baseadas na ciência são metas de redução de emissões de GEE consistentes com o nível de descarbonização necessário para manter o aumento da temperatura média global entre 1,5ºC e 2ºC, em comparação a níveis pré-industriais. O Global Carbon Budget projeta que as emissões de CO2 de energia e indústria subiram, atingindo 36,6 GtCO2; e dados do SEEG – Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (BR) –, mostram que, no ano passado, o Brasil emitiu 2,42 bilhões de toneladas brutas de CO2 equivalente, um aumento de 12,2%, em relação a 2020.
“Quantas vezes ouvimos por semana, por mês, por ano, a palavra sustentabilidade?! Independentemente de idade e profissão, todos temos de aprender sobre o assunto, porque ele afeta a todos”, afirmou Mike Train, sênior VP e primeiro CSO – Chief Sustainability Officer – da Emerson, abrindo o encontro. Ele ressaltou que 32% das emissões mundiais vem da indústria – e isso já mostra o quão desafiadora é a missão de todos os presentes.
Qualquer levantamento vai mostrar que é preciso redobrar os esforços. O bom é que ninguém está sozinho, e pode-se verificar o quão integrados os setores e as soluções estão, por meio das três trilhas de debates propostas pela Emerson, no encontro: Hidrogênio Verde, Descarbonização na Cadeia de Óleo&Gás, e Transição Energética, fechando com uma visão de financiamento de projetos sustentáveis.
“Faz muito sentido, o Brasil estar inserido e se destacar no uso de biocombustíveis, por exemplo, porque, para alcançar a meta global de 1,5oC, é preciso usar diferentes soluções, em diferentes regiões e setores. As CCUs (Carbon capture, utilisation and storage) são uma excelente solução, mas o CO2 deve ser reinjetado no solo, ou ser base para outros produtos? Há muitas visões e atores envolvidos... A interdependência é uma característica para resolver desafios”, disse a Phd. Dra. Ana Gonzalez, diretora de sustentabilidade da Emerson. A meta da organização é reduzir em 90%, até FY2030, as emissões absolutas de Gases de Efeito Estufa (GEE) dos escritórios e instalações (escopo 1), e também as emissões indiretas da geração de energia comprada, principalmente eletricidade (escopo 2). A Emerson também se comprometeu a reduzir em 25%, no mesmo período, as emissões indiretas que ocorrem na cadeia de
“Quando um time da tesouraria de qualquer empresa vai captar um financiamento, uma dívida ESG, ele envolve toda a companhia, para ter certeza de que as metas estão alinhadas, de que a empresa vai entregar tudo com o que está se comprometendo. O mercado financeiro viveu um período difícil no ano passado, com tudo o que aconteceu de geopolítica e as projeções de inflação, mas, ainda assim, viu que, no emergente, teve uma entrada de capital de mais de 2 bilhões de dólares. Então, é uma mostra de que, apesar do cenário desafiador, se o investidor tiver de colocar dinheiro em alguma coisa, ele preferirá que seja numa empresa com metas ESG comprovadas”, comentou Caio de Luca, do Bank of America.
Luis Viga, country manager da Fortescue Future Industries, falou um pouco sobre os planos da mineradora australiana que, há quatro anos, resolveu entrar no mercado de hidrogênio. “Os negócios vão demandar cada vez mais produtos sustentáveis. É uma oportunidade para a Fortescue, entrar nesse mercado no Brasil. Temos uma boa fundação para trabalhar com hidrogênio.
A Fortescue sabe que o tempo urge, e vai investir US$ 6 bilhões no Escopo 1, em 2023:
vai construir uma usina de hidrogênio verde no Ceará, no Complexo Industrial e Portuário de Pecém, que deve produzir 15 milhões de toneladas de hidrogênio verde, até 2030”.
E a Fortescue não está sozinha.
A Unigel deve construir uma planta de hidrogênio verde, no Polo Industrial de Camaçari, na Bahia. São US$ 120 milhões de investimento, na primeira fase do projeto, que deve produzir 10 mil t/a de hidrogênio verde, e 60 mil t/a de amônia verde. Numa segunda fase, a Unigel deve quadruplicar a produção de hidrogênio e amônia. A empresa espera produzir até 100 mil toneladas anuais de hidrogênio verde, até 2027.
Luiz Felipe Fustaino, diretor executivo da Unigel, lembrou que a amônia é um ponto de partida para estocar e transportar hidrogênio. E a Unigel detém, hoje, mais de 80% da capacidade de produção de amônia no Brasil. “Estamos apostando que, no futuro, o Brasil vai ser líder em hidrogênio”.
E os fornecedores já estão preparados.
“Nesses sessenta anos em que somos líderes em tecnologias de eletrólise, temos muitos clientes, aqui no Brasil, que usam nossos eletrolisadores na indústria de cloro-soda. Isso foi a plataforma que nos permitiu ter capacidade de fabricação, e também tecnologia, para estarmos prontos para, agora, entregar ao mercado equipamentos de produção de hidrogênio verde, em escala industrial. Já entregamos ao mercado mais de dez gigawatts equivalentes de eletrolisadores, e não estamos apenas no hidrogênio, mas temos também tecnologia para aplicações downstream de amônia verde e metanol verde, por exemplo. Temos a tecnologia, sabemos como implementar, e temos equipe local. Nosso foco são os grandes projetos de escala industrial, pois, estamos prontos para eles”, afirmou Luiz Mello, head de vendas da thyssenkrupp Uhde, para o Brasil.
“Ouvindo os painelistas, temos certeza de que teremos elétrons verdes para fazer hidrogênio, que se juntará ao metanol, às eólicas... E nossos sistemas de controle da Emerson estarão observando isso, ajudando a tomar as melhores decisões, e a executar operações com eficiência, estabilidade e confiabilidade, nos sistemas e nos equipamentos”, pontuou Mike Train
Sobre o hidrogênio, o consenso foi de que é hora de se arriscar. É necessário que a legislação seja clara, e que o governo dê incentivo e investimentos. Porque é um setor cujos benefícios se espalham para
outros. E quem está desbravando esse setor vai ter o fardo de aprender, vai ter os custos mais altos. Depois, o resto da indústria virá, com certeza, porque o hidrogênio vai tornar-se um produto totalmente testado e economicamente viável, no Brasil.
Não é fácil, mesmo em tempos de transição, ganhar dos combustíveis fósseis, mas, como mostrou a discussão sobre Descarbonização na cadeia de óleo e gás, as empresas estão engajadas em fazer sua parte, para alcançar as metas globais de redução de emissão de carbono, desde a prospecção até a segunda geração de petroquímicos.
“A SBM tem mais de 60 anos no mercado e, entre outras atividades, aluga e opera Unidades de Produção, Armazenagem e Descarregamento Flutuantes (FPSOs). Temos 15 dessas unidades em operação, em todo o mundo, 6 delas estão aqui, onde somos responsáveis por cerca de 20% da produção nacional de petróleo para nossos clientes. Somos parte da transição energética, e temos à nossa frente uma longa jornada para limpar a matriz energética, e nos tornarmos menos dependentes dos combustíveis fósseis. É consenso que essa dependência ainda é grande, por isso, também trabalhamos para tornar o petróleo mais limpo, porque os movimentos dessa transição não anulam a “velha” fonte, passam a adicionar novas formas para atender à matriz. O que posso ver é que o gás, a energia solar, o hidrogênio e outras fontes, vão tirar uma parte do mercado do petróleo, em algum lugar no futuro, mas não completamente. Outro ponto importante a se levar em consideração é que a indústria de óleo e gás ainda está crescendo, e é ela que viabiliza muitos investimentos em energias mais limpas. Nós, da SBM Offshore, fornecemos soluções para a indústria de energia offshore, tanto em hidrocarbonetos quanto em segmentos renováveis; trabalhamos em energia eólica offshore flutuante, energia das ondas, e em pesquisa e desenvolvimento de produtos para futuros mercados de energia. A questão é: como podemos continuar executando projetos de FPSO, em um mercado que busca uma energia mais limpa? A SBM está trabalhando em um conceito que reduz a pegada de carbono, um programa chamado emissionZero FPSO, criado no início de 2020, que tem como alvo emissões quase nulas. Esse programa foi planejado para ser implantado em 3 fases: a Fase 1, denominada modificação, consiste na inclusão de alternativas de solução de baixo carbono existentes durante a fase de licitação, como um flare fechado, inertização com hidrocarbonetos, equipamentos de produção mais eficientes; a Fase 2, chamada eletrify, se concentra em um FPSO totalmente elétrico, para maximizar a eficiência energética, a viabilidade da integração da tecnologia de captura de carbono, e formas híbridas de geração de energia – por exemplo, importar energia renovável da costa, ou soluções flutuantes de energia renovável; e a Fase 3, chamada nullify, que examinará a pegada de carbono com a planta sendo alimentado por cabos elétricos, vindos da costa, ou geração de energia com combustível livre de carbono. Trabalhamos para reduzir a pegada de carbono em nossas operações e, assim, continuar executando os
projetos necessários, como a melhor opção na produção de petróleo. E, claro, temos metas ESG fortes e ações concretas. ESG pode ajudar no financiamento de projetos, e está se tornando cada vez mais restritivo para esse setor”, disse Rafael Torres, Diretor de desenvolvimento de negócios, e embaixador de sustentabilidade da SBM Offshore.
Mauricio Cassetti, diretor de engenharia da Vibra Energia, resumiu bem a mudança de atitude em relação ao assunto. “Há algum tempo, quem falava em descarbonizar a cadeia de óleo e gás era considerado um desconectado da realidade; hoje, essa descarbonização está acontecendo. Nós, da Vibra, nos comprometemos a ter emissões zeradas de carbono, para os escopos 1 e 2, até 2025; e para o escopo 3, até 2050. Não é uma meta fácil para quem tem milhões de clientes, 80% das grandes companhias brasileiras são de clientes da Vibra. Entre as ações em andamento, está a implantação definitiva da operação de cabotagem com biodiesel pela rota Sul/Nordeste, reduzindo em cerca de 4.300 as viagens de caminhões tanques, por ano, promovendo descarbonização das atividades e otimização de custos; o uso do 1º caminhão tanque abastecedor 100% elétrico e com emissão zero no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus/AM, para abastecimento de aeronaves; uso de diesel verde (HVO) para o abastecimento da frota de caminhões abastecedores de aeronaves para as operações no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão (RJ), o que impede a emissão de 14 t/a de gases de efeito estufa. Priorizamos o uso do etanol nos veículos leves da empresa, e cerca de 10 mil motoristas de caminhões tanques estão sendo treinados para dirigirem de maneira econômica e, assim, consumindo menos diesel. A Vibra também entrou no mercado de biogás/biometano. Estamos trabalhando em parcerias estratégicas, importantes em nossa jornada de descarbonização”, completou o executivo.
“Na Braskem, não separamos a estratégia do negócio da estratégia de Sustentabilidade, temos um plano de negócio integrado, pautado no desenvolvimento sustentável, pretendemos continuar crescendo de forma seletiva em fóssil, buscando mitigar os impactos negativos e neutralizar novos projetos, como também ampliar o uso de matéria-prima renovável para a produção de plástico e químicos, e desenvolver o crescimento da oferta de produtos circulares, plástico com conteúdo reciclado. O time de descarbonização industrial está focado em implementar e buscar projetos que buscam reduzir as emissões das atuais unidades industriais da Braskem e, para isso, direcionamos a nossa estratégia de mitigação em projetos de Eficiência Energética, compra de energia elétrica renovável, como solar e eólica, e mudança de cultura e treinamentos. Tudo isso, para atingirmos as nossas metas de redução das emissões em 15%, até 2030. Somos pioneiros
e líderes na produção de Bio-polímeros, sob a marca I´m green, esse plástico é feito a partir de cana de açúcar e é capaz de remover gás carbônico da atmosfera, durante o seu processamento. Muitos projetos de inovação estão sendo conduzidos com o intuito de desenvolver tecnologias de captura e utilização do CO2 em novos produtos, essas iniciativas são os pilares para atingimento da nossa meta de neutralidade de carbono, até 2050. Temos muitos desafios, e já estamos trabalhando com muito foco no tema. Queremos e precisamos dessa mudança, para nós e para o planeta”, disse Marina Rossi, gerente de desenvolvimento sustentável da Braskem.
“Cada contribuição, pequena ou grande, é importante para o mundo. E vemos que as pessoas estão fazendo acontecer!” – Mike Train
E, como o futuro dá mostras de que a matriz energética do mundo será composta por diversas fontes de energia, fez muito sentido uma terceira trilha de discussões, sobre a Transição Energética em curso. A Raízen, empresa integrada de energia, fruto da joint-venture entre Shell e Cosan, mostrou como vem incorporando a sustentabilidade no centro das tomadas de decisão. A gestão dos fatores climáticos segue os mesmos princípios dos fatores financeiros, e, para reforçar a importância com que a Raízen trata o assunto, foi criada uma vice-presidência, dedicada para discutir estratégias e a sustentabilidade.
“O Brasil pode contribuir muito com a descarbonização e sua contribuição é relevante na transição energética. A Raízen já incorporou a importância de se alcançar a meta climática global; produz energia (da cana) e, do lixo da energia (bagaço), produz ainda mais energia! Estamos construindo três plantas – de EG2, etanol de segunda geração – e temos outras cinco – de um plano de mais de 20 plantas – aprovadas em processo de engenharia e financiamento. Cada planta de EG2 representa em torno de R$ 1,2 bilhão em Capex. Também produzimos biogás em Guariba/SP – uma das maiores plantas de biogás do mundo, com 21 MW de capacidade instalada – e outra planta deve entrar em operação ainda este ano. Sabemos o tamanho do desafio, e estamos fazendo nossa parte; somos protagonistas da sustentabilidade no Brasil”, resumiu Debora Cardoso, CEO & COO da Raízen Geo Biogás, e membro do board da Abiogás – Associação Brasileira do biogás.
“Qual o nosso papel nessa transição energética? A resposta está conectada ao que fazemos. Os produtos da WEG dão mais eficiência aos processos, o que faz com que se impacte menos o meio ambiente, faz com que se gerem menos emissões. Internamente, começamos nosso inventário de carbono em 2021, então, agora, sabemos melhor as dificuldades, os caminhos.
Nosso Programa WEG de Carbono Neutro define a redução de 52% da redução das emissões de GEE, até 2030; e atingir net-zero (emissões líquidas neutras), até 2050. Estas são as metas globais da WEG para os escopos 1 e 2, com base no ano de 2021, conforme inventário que seguiu a metodologia GHG Protocol (Greenhouse Gas Protocol) e IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas). Os produtos e soluções da WEG estão em diversos projetos de energias renováveis, biocombustíveis e de eficiência energética, em muitas empresas –não apenas no Brasil, mas no mundo. É muito importante ver onde precisamos realmente atuar, onde as emissões estão, e como podemos reduzir essas emissões em cada etapa. Temos trabalhado junto com nossos clientes, e é bom ver que nossas soluções mudam as experiências deles”, contou Marcelo Severi, gerente geral da WEG/TGM.
Para Rodrigo Nogueira, CTO da ZEG – empresa que produz energia solar, eólica, hídrica, e a partir de óleo de palma; suco de laranja e resíduos diversos –, “a Transição Energética é complexa, porque não há nada que permita substituir por completo os hidrocarbonetos. A ZEG está fazendo sua parte, e possui muitos projetos que fomentam a economia circular – tendência irreversível – que vão, desde a reciclagem de resíduos, à produção de energia renovável utilizada em indústrias e municípios.
Trabalhamos para oferecer soluções ambientalmente vantajosas e comercialmente viáveis, e podemos fazer isso, pois, já nascemos como uma empresa baseada em zero emissão, e desenvolvemos uma tecnologia proprietária, chamada Flash Dissociation System (FDS), que transforma resíduos em gás. A Vibra comprou 50% da divisão Biogás da ZEG – cujos projetos têm a meta de contribuir com a retirada de até 10 milhões de toneladas de CO2 por ano da atmosfera. E acredito que demonizar o CO2 é errado – é preciso medi-lo, para gerenciá-lo melhor. E, com certeza, o mundo é capaz de elaborar um esquema forte para a transição energética, como o que elaborou para eliminar o CFC e salvar a camada de ozônio”, disse o executivo.
Seth Harris, diretor de sustentabilidade da Emerson para as Américas, concordou que a medição é o fundamento de tudo e, nos dados, estão as soluções. “Temos diversas tecnologias disponíveis para medir e ajudar a chegar onde queremos. As tecnologias são a chave para alcançarmos as metas climáticas”.
“Medição e métricas ambientais também têm tudo a ver com a nova forma de analisar riscos de financiamento,
que agora são dados para empresas que comprovam seu discurso ESG e de metas ambientais. Porque os financiadores sabem que o mercado valoriza essas ações, e que as empresas social e ecologicamente responsáveis são as que têm futuro. Entregar as metas ESG é hoje fator determinante na escolha de para quem um banco libera um financiamento”, afirmou Caio de Luca, do Bank of America.
“A palavra colaboração apareceu várias vezes hoje, então, gostaria de agradecer a colaboração de todos que participaram aqui, começando com o nosso time global de sustentabilidade; muito obrigado também pela colaboração dos painelistas. A princípio, uma das lições nessa nova realidade de transformação energética é que não vamos ter um único combustível; a gente vai ter um mix e uma escalabilidade bastante grande de alternativas de energia. Eu gostaria de dizer que a Emerson está junto com todos, nesse caminho de buscar as melhores soluções, estamos juntos além da automação, que é uma coisa que a gente sempre fez, mas esse novo mundo, essa nova realidade, vai exigir muito mais na área de rastreabilidade, por exemplo, porque o hidrogênio vai ter de provar que é verde, e aí entra a rastreabilidade em toda a cadeia, para, lá na frente, você ter um selo que diga que é verde. Isso vai exigir muito software, muita informação, e a gente vai nesse caminho. E ainda novos processos, que vão exigir sistemas de segurança mais bem elaborados e um bom gerenciamento de todas as plantas e infraestruturas que as cercam. Tudo isso vai exigir muito mais software, mais inteligência, e a Emerson está preparando-se para dar esse suporte; já temos várias soluções e ferramentas, para estarmos junto com nossos clientes, nesse caminho da transformação energética”, finalizou o vice-presidente e gerente geral da Emerson Automation Solutions, no Brasil, Cláudio Teixeira
Solução da Westcon eleva a qualidade e disponibilidade das redes de CCM/Motores do Projeto Puma II
As redes são parte vital nos processos automatizados na indústria. Falhas nessas redes obrigam as plantas industriais a pararem a fim de diagnosticar e corrigir problemas cuja origem não é simples de determinar. É isso que o sistema ComBricks, implantado pela Westcon na Unidade Puma e no Projeto Puma II (fases I e II) da Klabin, soluciona por meio da manutenção preditiva.
A solução foi apresentada em visitas à equipe de Projetos e Engenharia da empresa, em Ortigueira, Paraná. A Central Técnica de Manutenção utilizou o ComBricks para colher dados e corrigir falhas intermitentes das redes que apresentavam mais problemas.
Alexandre de Oliveira, Engenheiro de Aplicações da Westcon, explica que as falhas intermitentes são uma dor das equipes de manutenção. “Estão entre as mais difíceis de serem diagnosticadas, pois surgem do nada e desaparecem sem que se consiga estabelecer a sua causa”, explica. Mais do que diagnosticar onde e quais as razões por que as falhas acontecem, o ComBricks permite evitá-las.
O diferencial da solução ComBricks
O ComBricks é um sistema de monitoramento e diagnóstico em redes PROFIBUS. Sua manutenção preditiva acontece porque monitora tanto o meio-físico quanto o protocolo que trafegam por ele. O equipamento também exibe os diagnósticos de rede e as ondas de sinal (oscilografia) de cada dispositivo.
Na Unidade Puma da Klabin, a solução do ComBricks foi exposta no ambiente dedicado às iniciativas de indústria 4.0, local de controle da planta industrial. O ComBricks usa o sistema de semáforos. A cor amarela indica diagnóstico na rede e alerta sobre o risco de falha. Se a falha ocorrer, a cor vermelha aparece e indica o ponto exato desse problema na planta industrial. A exposição gerou interesse por parte da gerência de operações e, hoje, o sistema está sendo implantado aos poucos com objetivo de que todas as redes PROFIBUS da Unidade possuam essa solução.
Um novo paradigma para o Projeto Puma II
A atuação da Westcon foi notada pela equipe de
engenheira que liderava a ampliação da planta e que buscava soluções para os problemas enfrentados na unidade Puma. A partir disso, a Klabin adotou o ComBricks como sistema padrão de monitoramento online de redes PROFIBUS para todo o Projeto Puma II (primeira e segunda fase). Foram implementados cerca 300 módulos ComBricks nestas fases do projeto.
Para Marcos Paulo Ferreira, Engenheiro de Projetos na Diretoria de Projetos e Engenharia da Klabin, a manutenção preditiva trouxe um novo paradigma para os projetos. “Na Unidade Puma tivemos muitas paradas de produção logo após a partida e no início da operação. [Sem a predição] encontrar esses problemas era um desafio e nos tomava muito tempo. Já na primeira fase do Projeto Puma II, a partida da planta foi muito mais tranquila”, conta.
Ferreira também nota que o uso do ComBricks melhorou o dia a dia das equipes de manutenção e operação. "É possível programar uma parada em determinada rede com estimativa de duração muito mais precisa, de maneira que esta manutenção preditiva não afete a produção”, afirma.
A adoção do ComBricks também solucionou a dor das falhas intermitentes. "Se uma falha ocorre em rede PROFIBUS no Projeto Puma II (lembrando que são raras, porque conseguimos antecipá-las), saberemos exatamente onde ocorreu, mesmo que seja intermitente. Entre as equipes de projeto de manutenção, o ComBricks foi considerado uma das melhores aquisições”, explica Ferreira.
O engenheiro destaca a atuação da Westcon nas visitas à planta e auxílio aos fornecedores parceiros no uso do ComBricks. “Quando decidimos de fato especificar a solução como obrigatória em todos os Centros de Controles de Motores (CCMs) e segmentos de rede PROFIBUS, nós sabíamos que estávamos fazendo uma ótima escolha. A experiência dos profissionais da Westcon e o conhecimento que eles compartilharam com nossa equipe tornaram nossos profissionais aptos, confiantes e seguros em relação à utilização dessas soluções no dia a dia da manutenção”, afirma.
Para a Westcon, o sucesso da parceria é motivo de satisfação. “A Klabin é um dos maiores fabricantes de celulose e papel para embalagens do país. Ter conquistado a confiança de uma empresa como essa é uma honra e motivo de grande satisfação para nós da Westcon. Somos referência em matéria de análise, diagnóstico e certificação de redes PROFIBUS e PROFINET e temos muito orgulho disso”, afirma Alexandre de Oliveira.
Processos continuamente passados em revista
Aprimoramento contínuo em tecnologia e em processos, aplicação dos preceitos da indústria 4.0, e checagem da própria eficiência são princípios norteadores da indústria de Papel e Celulose, no Brasil.
Como consumidor de destaque de energia no sentido amplo, e não apenas relacionado à energia elétrica, o setor de Papel e Celulose comemora a reversão de usual importador de energia para exportador de recursos renováveis, uma vez que vem utilizando os resíduos da produção, como biomassa, tornando-se autossuficiente em energia, e disponibilizando o excedente na rede.
Essa mudança de posicionamento – explica Luís Eduardo Rubião, sócio de Financial Advisory da Deloitte – premia com ganhos econômicos, resultantes da venda de energia no mercado livre, os investimentos focados na melhoria da eficiência energética das plantas de produção de celulose, papel e reciclados.
Além disso, “essa indústria busca crescimento de eficiência no rendimento das fibras e da digestão. Também tem trabalhado tecnologia para floresta e processamento dos cavacos, redução do consumo de químicos e do uso da água”, frisa Rubião.
A IBÁ quantifica as conquistas, principalmen-
te com relação a energia e água. De toda energia que o setor produz no sistema fabril, 88% vêm de fonte renovável, com o setor produzindo 74,6% da energia elétrica que consome. Desse modo, além de serem autossuficientes, por meio de geração de energia renovável, algumas fábricas exportam o excedente para a rede. Ou seja, tem energia verde chegando a muitas fábricas. Relativamente à água, desde a década de 1970, o segmento de celulose e papel diminuiu em 75% o uso desse recurso em seu processo fabril.
Os investimentos no setor também englobam florestas, P&D, modernização de unidades e construção de novas fábricas. Tanto em âmbito nacional, quanto no cenário internacional, os investimentos são expressivos, diretamente relacionados à importância das indústrias de papel e celulose na economia, “devido à receita gerada, aos elevados investimentos, ao impacto que esse setor tem sobre os outros, tanto para os que se encontram antes quanto depois de sua cadeia produtiva, assim como sua influência na geração e consumo de energia, e ao impacto social e ambiental positivos”, resume a publicação
“A indústria de Papel e Celulose no Brasil e no
Mundo”, elaborada em conjunto pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a International Energy Agency (IEA), com contribuição da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ).
Busca crescente pela maximização da performance
Reforçando esses dados e visões, Cesar Cassiolato – presidente & CEO da Vivace Process Instruments – lista os diversos processos envolvidos para o produto de papel, como preparação de matérias-primas, polpação, lavagem e peneiramento de polpa, branqueamento, preparação de massa, fabricação de papel e recuperação química. Em todas essas fases, ocorre a utilização intensiva de energia e água, assim como de produtos químicos, requerendo “grandes intervenções na adoção de tecnologias verdes e limpas”.
“Todos os processos estão enfrentando questões relacionadas à eficiência do processo, qualidade do produto, consumo de energia e água, custo e meio ambiente”, destaca Cassiolato. Melhorias e atualização das tecnologias são fundamentais, na opinião do executivo, “mas a escala das operações, a obsolescência tecnológica e o custo de implementação de novas tecnologias são alguns dos principais problemas dessa indústria, com mais de 100 anos”.
Ao longo do tempo, frente às mudanças na disponibilidade de recursos e ao imenso progresso da tecnologia, houve “a necessidade de continuar melhorando e mudando os processos, à medida que as condições que impulsionam a indústria foram atualizadas”, resume o presidente da Vivace. Essa necessidade, na atualidade, materializa-se no que Cassiolato define como “abraçar a indústria 4.0, que também abrange a necessidade de automação de processos na indústria de papel, e a habilitação da inteligência
artificial e aprendizagem de máquina, assim como automonitoramento. É o momento de explorar o potencial de transformar toda a indústria, desde o fornecimento de matérias-primas, até a entrega do produto final aos clientes”.
Os grandes movimentos de digitalização e evolução das tecnologias da Indústria 4.0, como Internet Industrial das Coisas, Machine Learning, Cloud, Digital Twin, são lembrados por Flavio Hirotaka Mine, coordenador da Comissão Técnica de Transformação Digital da ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. A contribuição da inteligência artificial e da automação
A automação, em qualquer de seus níveis, mais do que favorecer a execução de inúmeras tarefas – desde o controle de parâmetros críticos dos processos e qualidade do produto final, até a realização de tarefas manuais de manuseio de guindastes, rotulagem e empilhamento de produtos –, permite monitorar a integridade do sistema, e prever as interrupções necessárias dentro das disponibilidades aceitáveis no interior das operações de produtividade. Assim, melhora a eficiência, e ajuda a tornar o sistema em sustentável, o consumo de energia e água pode ser drasticamente otimizado, há redução de emissão de carbono e possibilita à indústria aumentar o uso de fontes renováveis e o melhor uso e reuso dos recursos, como a água.
Esse cenário, para Cassiolato, conduz o setor de papel e celulose pelo mesmo caminho percorrido pelos principais segmentos industriais: “Estamos vivendo o próximo salto de produtividade, e isto também ajudará a indústria de papel e celulose nesta direção de maximização de performance. Amostragem em tempo real, tomada de decisão baseada em modelos estatísticos, e dosagem química integrada com inteligência artificial, ajudarão as fábricas de papel a impulsionar a eficiência e a sustentabilidade. Assim, podemos deduzir que a indústria de papel colherá imensos benefícios, ao adentrar neste movimento da transformação digital, o que gerará impulsionadores, cuja vantagem levará o segmento a ser mais competitivo, globalmente”.
Dessa forma, o uso da Inteligência Artificial, do Machine Learning, da Computação em Nuvem com Segurança Cibernética, gêmeos digitais, simulações, analytics, geração de cenários, predição de falhas em equipamentos e comportamentos de processo, tudo isso vem crescendo exponencialmente, na medida em que os ga-
nhos são obtidos, relata Flavio Hirotaka Mine.
O comprometimento com a sustentabilidade do setor também norteia a busca por fábricas autônomas e o reaproveitamento dos resíduos gerados no processo de fabricação de celulose e papel, na construção civil (cimento, argamassa, concreto, cerâmica), pavimentação de estradas e adsorventes, e no agronegócio, com o aproveitamento dos resíduos na produção de adubos organo-minerais e/ou combustíveis orgânicos para utilização na própria fábrica, reforçando o ciclo de sustentabilidade do negócio. Instrumentos e sistemas que garantam a exatidão das atividades e medições permeiam as plantas e a tendência observada é a evolução dos sensores de diagnóstico de equipamentos e controles avançados de processo “embarcados” nas novas linhas .
Rubião também defende a aplicação da Inteligência Artificial a tecnologias de processo, contudo, vincula essa ferramenta ao que já é conhecido do modelo de processo, criando um ambiente híbrido: “O modelo de produção de celulose é complexo, e precisa da inteligência da máquina misturada ao modelo rigoroso, que é a inteligência humana. Essa combinação com a aprendizagem da máquina preenche e complementa o processo. Essa é a grande pegada, e uma frente de trabalho que já está conseguindo resultados muito interessantes”.
A Inteligência Artificial híbrida – garante o executivo da Deloitte – “é o caminho para o setor de Papel e Celulose conseguir a melhoria das suas plantas, pois, as máquinas não precisam aprender o que o ser humano já aprendeu . O hybrid AI é uma mistura de AI (machine learning), com modelos rigorosos da engenharia química. Você só usa a inteligência artificial para complementar esses modelos. E a gente faz isso porque a indústria de processo (incluindo papel e celulose), na sua parte de dados, não é exatamente um exemplo de big data. Ela pode ter cara de big data, quando se fala da vibração de motores, por exemplo, mas não quando se pensa nas temperaturas, pressões, vazões e concentrações de processo. Isso porque a gente tenta operar as unidades da maneira mais estável possível. Ou seja, a indústria de papel e celulose faz uso da inteligência artificial híbrida, justamente por não ser exatamente um exemplo de big data, e por ser regida em suas operações unitárias por leis da química, da física e da biologia”, explica Rubião.
Exatidão das atividades e qualidade nas medições: focos da indústria
A estabilidade da planta citada por Rubião, numa fábrica de papel e celulose, soma, à performance e à otimização, aspectos dependentes de instrumentos que garantam a exatidão das atividades e medições. Isso vale também para a nova fábrica da Bracell em Lençóis Paulista, “considerada a maior e mais verde fábrica de celulose do mundo, com parque de instrumentos instalados que seguiu uma especificação técnica desenhada na fase de implementação, seguindo premissas de qualidade e con-
fiabilidade para as medições”, conta Geraldo Rodrigues de Souza gerente Sênior de Manutenção da Bracell SP.
Como explica Souza, “em função das variáveis de processo, identificamos os melhores equipamentos que atendam a essas especificações. Diante disso, e após elaboração de um memorial detalhado, vamos ao mercado, em busca de produtos que nos entreguem qualidade, incluindo tecnologia que nos permita a antecipação às falhas. Internamente, possuímos um laboratório de metrologia para aferir os nossos instrumentos. Além disso, escolhemos equipamentos que atendam normas nacionais e internacionais, e nos permitam executar boas práticas de manutenção. Associado a isso, contamos com um time capacitado e treinado, que garante as instalações desses instrumentos, evitando a ocorrência de acidentes com pessoas ou com o meio ambiente”.
O atendimento a normas técnicas nacionais e internacionais, como garantia dos critérios de segurança e qualidade, por meio de um processo técnico de qualificação de seus fornecedores, também é critério técnico que permeia as especificações dos instrumentos utilizados pela Klabin, em especial no Projeto Puma II – que vem computando recursos de R$ 12,9 bilhões, injetados para construção de duas inovadoras máquinas de papel (a primeira já em operação), o maior investimento da história da Klabin cuja segunda etapa de expansão será entregue este ano. “Essas especificações somam-se à preferência por equipamentos que têm maior tecnologia embarcada, o que permite um monitoramento do processo mais eficaz”, relata João Braga, diretor de Projetos e Engenharia da Klabin.
A empresa, nessa seleção, como realça Braga, leva em consideração “a qualidade do desenvolvimento do instrumento, pois, são ferramentas que proporcionam mais segurança em relação ao ponto de aplicação, bem como análises e diagnósticos que auxiliam na interpretação das análises preditivas. Faz parte da avaliação, ainda, a capacidade de fornecimento, prazos de entrega e a estrutura de suporte técnico. O DCS – Distributed Control System, que incorpora a tecnologia de hiperconvergência, utilizando a solução Dell Vx RAIL, garante a segurança operacional e traz, cada vez mais, o mundo da tecnologia para dentro da automação; faz a interface entre os instrumentos de medição em campo e a equipe de operação da fábrica. Some a isso o MES (Manufactoring Execution Plan), que é responsável pelo controle da produção das máquinas de papel e celulose, além de
gerenciar os processos do chãode-fábrica, e atuar, desde o momento da colocação da ordem de produção pelo time de planejamento, até a entrega final para o cliente, respondendo também pela classificação automática de produtos; na coleta de dados, são utilizados os sistemas QCS (Quality Control System) e WIS (Web Inspection System). Essa reunião de soluções escolhidas via processo técnico, com análise e equalização das propostas pelo corpo técnico, permite classificar as bobinas sem necessidade de intervenção humana”, explica o diretor de Projetos e Engenharia da Klabin.
No caso das inovações aplicadas à fábrica da Bracell, destaca-se um simulador OTS (operator traning simulator)
para as principais áreas de processo. “Esse equipamento foi um diferencial na aceleração da curva de aprendizado dos nossos operadores. Hoje é utilizado para simular estratégias de controle, desenvolver e capacitar novos profissionais”, comemora Souza.
finalizados recentemente, em nalizados andamento e previstos, ultrapassam R$ 54 bi
Investimentos
A Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) informa que os investimentos em andamento e/ou anunciados, entre 2023 e 2028, são da ordem de R$ 54,2 bilhões, originados de empresas de celulose e papel, e também de painéis de madeira.
Enquanto a Dexco – fabricante de painéis de madeira – realiza em São Paulo investimentos na casa dos R$ 500 milhões, em celulose e papel, destacam-se a Klabin, que, somando os projetos em celulose e papel, nas plantas de São Paulo e do Paraná, injeta R$ 14,7 bilhões; e a Suzano, direcionando R$ 19,3 bilhões à unidade de celulose no Mato Grosso do Sul, e R$ 600 milhões em planta de papel no Espírito Santo.
Já a Arauco, em Mato Grosso do Sul, e a CMPC, no Rio Grande do Sul, investem em suas plantas de celulose, R$ 15,0 bilhões e R$ 2,75 bilhões, respectivamente.
Em papel, agregam-se ainda os projetos da Carta Fabril, no Rio de Janeiro, no valor de R$ 350 milhões; Papirus, em São Paulo, da ordem de 3 milhões; e a Irani, de Santa Catarina, com R$ 950 milhões.
EtherCAT Technology Group faz série de seminários no Brasil
EtherCAT – net for ontrol utomation echnology –, a solução mais rápida em Ethernet Industrial, proporciona alto desempenho na indústria, com flexibilidade e vantagens em custo. Seu princípio de funcionamento faz da rede EtherCAT a mais rápida do mercado, permitindo tempos de ciclo com poucos microssegundos. A flexibilidade de cabeamento permite uma arquitetura de rede com estruturas diferentes, para qualquer número de pontos – que podem ser sincronizados com alta precisão.
A rede EtherCAT é a única solução de Ethernet Industrial em tempo real que não exige hardware dedicado (por exemplo, MAC com co-processador de comunicação) para o mestre da rede, podendo ser implementado em software de qualquer controlador Ethernet. Os chips de controle dos escravos são de baixo custo, não sendo necessário o uso de switches, o que gera redução no custo da estrutura Mestreescravo, mesmo quando comparado com sistemas Fieldbus.
Martin Rostan, do EtherCAT Technologu Group, explicou que a pirâmide da automação já não faz mais sentido com o controle distribuído, e a integração com a nuvem e a forma como se implementam as tecnologias faz toda a diferença, já que a cybersegurança é muito sobre contra-ataques, sobre soluções. “Não há vírus no seu sistema, porque o EtherCAT não está no seu sistema; o EtherCAT não está baseado em protocolos da Internet. É sempre bom lembrar que certificados expiram e que controladores/mestres precisam de proteção. A tecnologia EtherCAT apoia a integração vertical de diferentes redes de Fieldbus; mas, lembrem-se de que o OPC está acima dos controladores, e o EtherCAT, abaixo”, contou o executivo alemão.
Marcos Giorjiani, diretor geral da Beckhoff Brasil, mostrou como é o EtherCAT na prática, através de cases de sucesso. “A gente faz controle baseado em PC, ainda que o PC não tenha nascido para automação, mas para a média gerência de grandes corporações que queria depender do CPD para cálculos. Esse hardware se tornou cada vez mais poderoso, e seu custo foi barateando. Hoje, com a tecnologia EtherCAT, você pode determinar o quê roda em cada
core do computador, economizando recursos, aumentando qualidade e produtividade”, disse Giorjiani, que apresentou aplicações em separação de sementes, controle de temperatura, packaging, farmacêutica, pintura de plataforma de petróleo, e movimentação de materiais.
Martin Rostan, presidente executivo do EtherCAT Technology Group, explicou porque e como o EtherCAT faz o que faz, como pode ser a arquitetura do sistema, a conectividade e a cybersegurança. Mostrou as novas funcionalidades do EtherCAT G/G10, e o roteiro para melhorar o desempenho com o diagnóstico EtherCAT, que acha a localização de possíveis erros do sistema de maneira rápida.
“Uma tecnologia só é valiosa se suporta a melhor forma de alcançar os propósitos do negócio”, pontuou Martin.
Crimes cibernéticos
À medida que o mundo se torna cada vez mais interconectado, por meio da migração para a computação na nuvem e dos dispositivos da Internet das Coisas (IoT), o crime cibernético aumenta progressivamente, juntamente com as ferramentas para combatê-lo. Contudo, as tensões geopolíticas entre países (como Rússia e Ucrânia) têm o potencial de desencadear rapidamente ataques cibernéticos devastadores em todo o mundo, aumentando a necessidade de estar ciente do ciberespaço. Prova disto é que, por exemplo, em abril de 2022, as autoridades de cibersegurança dos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido divulgaram um comunicado conjunto (Cybersecurity Advisory), para alertar as empresas de que o conflito pode expor companhias de todo o mundo a atividades cibernéticas maliciosas.
“Com a continuidade dos conflitos e o aumento das tensões geopolíticas globais, empresas dos setores público e privado devem ficar alertas, e prevenirem-se contra crimes cibernéticos, com a ampliação de tentativas de invasões às redes, sequestros de dados e outras atitudes maléficas. Afinal, as fronteiras não existem no ciberespaço e, uma vez instalado, os malwares podem infectar sistemas vulneráveis, independente da região de onde foi lançado”, alerta Ueric Melo, gerente de Especialis-
tas de Aplicação e Gestor de Privacidade da Genetec. Ataque inesperado: Uma forma negligenciada de entrar na sua rede
Pode parecer irônico que uma solução de segurança física projetada para proteger pessoas e propriedades possa fornecer um ponto de entrada para cibercriminosos, mas como esses sistemas – videomonitoramento, controle de acesso, alarmes, comunicações e muito mais – estão cada vez mais conectados a uma variedade de dispositivos IoT, redes e infraestrutura de TI, eles podem ser bastante vulneráveis.
Embora as equipes de segurança estejam regularmente alertas para evitar incidentes de segurança, que podem interromper remotamente a transmissão de vídeo de uma câmera, abrir, bloquear ou desbloquear uma porta ou até mesmo interromper sistemas vitais de automação predial, em sua maioria, os ataques cibernéticos não visam a comprometer a segurança física das pessoas ou propriedades. Em vez disso, esses ataques têm como objetivo aplicações, arquivos e dados gerenciados pelas equipes de TI e segurança. Um ataque originado em uma câmera pode atravessar a rede, para bloquear o acesso a aplicações críticas; bloquear e manter arquivos para extorsão; e roubar dados pessoais.
Uma análise feita pela Genetec descobriu que muitas câmeras de segurança oferecem essa abertura para ataques, com quase sete em cada dez câmeras executando firmware desatualizado. A Genetec também descobriu que muitas empresas não alteram as senhas de segurança padrão do fabricante.
crescem, e cibersegurança deve ser prioridade para empresas de todos os setores
“Muitas vezes, os riscos de cibersegurança estão presentes em dispositivos de segurança mais antigos, especialmente câmeras, pois, os hackers sabem que certos modelos são fáceis de controlar, e as utilizam como ponto de entrada para a rede”, explica Melo. Segundo ele, vários fatores tornam as câmeras fáceis de violar, entre eles:
• Design de rede desatualizado – historicamente, segurança e tecnologia de TI existiam em mundos separados, criando um atraso na integração de recursos e tecnologia. Os dispositivos de segurança eram normalmente conectados em um projeto de rede fechada, que não reflete as demandas atuais relacionadas à conectividade e, consequentemente, de segurança da Internet, Wi-Fi ou conexões de celular.
• Manutenção inadequada – muitos dispositivos de segurança física antigos não recebem mais firmware atualizado dos fabricantes. Os protocolos de gestão de segurança podem estar igualmente desatualizados, remontando aos dias em que os dispositivos faziam parte de sistemas fechados, e podem não seguir as melhores práticas cibernéticas, como alterações frequentes de senha.
• Lacuna de conhecimento – funcionários que originalmente instalaram e gerenciaram sistemas físicos de segurança podem ter saído da organização, deixando uma lacuna no conhecimento sobre dispositivos, configurações e manutenção.
• Dispositivos vulneráveis – identificou-se que as câmeras feitas por fabricantes específicos apresentam um alto nível de risco cibernético. O Governo dos Estados Unidos e o Ministério da Saúde do Reino Unido proibiram o uso de câmeras desses fabricantes, assim como diversos governos pelo mundo, que não incentivaram seu uso
Para determinar o risco cibernético dos sistemas de segurança física, as empresas devem realizar uma avaliação de postura, criando e mantendo um inventário de todos os dispositivos conectados à rede e sua conectividade, versão de firmware e configuração. Como parte da avaliação, devem identificar modelos e fabricantes duvidosos, além de documentar todos os usuários, e seus níveis de privilégio para acesso de dispositivos e sistemas de segurança.
A avaliação permite a identificação de dispositivos e sistemas que devem ser substituídos, e, no momento de desenvolvimento de um programa de substituição, é necessário priorizar estratégias que forneçam suporte à modernização.
“Uma abordagem eficaz é unificar todos os dispositivos e sensores em uma única plataforma de segurança física, com arquitetura aberta e ferramentas de monitoramento e gerenciamento centralizado”, diz Melo.
Outro fator de extrema relevância é a reunião das equipes de cibersegurança e segurança física visando a um trabalho colaborativo e proativo, para que possam desenvolver um programa de segurança abrangente, com base em um entendimento comum de riscos, responsabilidades, estratégias e práticas.
Melhores Práticas em Constante Uso
O passo seguinte após a implementação de dispositivos e protocolos de segurança deve ser o acompanhamento de práticas recomendadas para manter os sistemas de segurança física sãos e salvos:
• Monitoramento de segurança – certifique-se de que todos os dispositivos físicos de segurança conectados à rede sejam monitorados e gerenciados pelas ferramentas de TI para gerenciamento de rede e segurança. Verifique também os recursos dos demais sistemas como gerenciamento de vídeo (VMS) e sistema de controle de acesso (ACS), que fornecem alertas ou dados para serem usados pela rede de TI em ferramentas de monitoramento de disponibilidade e segurança.
• Medidas de proteção – aplique protocolos seguros para conectar dispositivos à rede. Desabilite os métodos de acesso que oferecem suporte a um baixo nível de segurança, e verifique continuamente as configurações de recursos e alertas de segurança. Claro, substitua as senhas padrão por novas, que devem ser alteradas regularmente.
• Criptografia – a criptografia de ponta a ponta oferece o máximo de proteção aos fluxos de vídeo e dados, à medida que eles são transferidos do dispositivo de segurança físico para um sistema de gerenciamento. Certifique-se também de que a criptografia protege esses arquivos e dados durante o armazenamento.
• Defesas de acesso – fortaleça a segurança de acesso do usuário e dispositivo com uma estratégia multicamada, que inclua acesso por meio de autenticação de múltiplos fatores, e nível de privilégio de usuário definido de acordo com atribuições e autorização de cada perfil.
• Atualizações de software – uma função de gerenciamento que pode ser negligenciada quando as equipes de cibersegurança e segurança física estão fragmentadas é a instalação de atualizações e patches de software. Defina quem é responsável por manter o conhecimento de quando as atualizações estão disponíveis e quem as verifica, implanta e documenta em todos os dispositivos e sistemas.
• Supply chain – certifique-se de que todos os fornecedores de hardware e software para seus sistemas de segurança física, incluindo fabricantes de componentes em regime OEM, levem em consideração a segurança da informação no desenvolvimento de suas soluções, desde o estágio de design. Eles devem comunicar-se de forma transparente sobre suas possíveis vulnerabilidades, fazer todo o possível para remediá-las, e assumir suas responsabilidades em caso de violação.
“É claro que não existe risco zero, quando se trata de cibersegurança. Mas, ao reconhecer que os domínios físicos e cibernéticos são interdependentes, aplicando as melhores práticas e implementando políticas sistemáticas de ciber-higiene, permite as empresas reduzirem drasticamente o risco e fortalecerem a segurança, mesmo quando as ameaças cibernéticas se tornam mais sofisticadas e direcionadas, em meio à turbulência política global”, conclui Melo.
Os Calibradores 5560A, 5550A e 5540A, da Fluke, são de fácil utilização, e cobrem uma carga de trabalho abrangente, além de apresentar um único terminal de saída, e a conectividade do software de gerenciamento de calibração MET/CAL.
A nova série abrange o Calibrador Multiproduto de Alto Desempenho 5560A, Calibrador Multiproduto de Desempenho 5550A, e o Calibrador Multiproduto 5540A.
A exatidão, o ganho de produtividade e a cobertura da carga de trabalho, exigida pelas ferramentas a serem calibradas, foram fatores essenciais considerados, para o desenvolvimento dos novos equipamentos: a nova linha de calibradores chega com o propósito de oferecer a mais ampla cobertura para as necessidades de calibração das ferramentas de teste, com o maior tempo de atividade autônomo do equipamento e a capacidade de capturar medições em escala total dos dispositivos em teste, com um único instrumento.
Os três modelos dos novos calibradores apresentam tela de toque colorida, com sete polegadas, a qual orienta os técnicos, ao longo dos procedimentos, com informações importantes, exibidas em tamanho grande o suficiente para serem lidas em ambientes adversos.
Além disso, a nova linha inclui uma saída de corrente contínua de 30 A, que funciona continuamente, sem ciclos de trabalho. Com este recurso, os novos calibradores não superaquecem, mesmo com horas de uso intenso, dispensando a necessidade de desligamentos periódicos, e proporcionando menor tempo de espera e melhor rendimento nos procedimentos de calibração.
Diferentemente dos modelos anteriores, a nova linha teve seu terminal de saída redesenhado e, agora, todos os cabos podem ser conectados de uma vez só, em apenas uma saída, a fim de realizar as calibrações com ainda mais eficiência.
Os novos calibradores oferecem também proteção contra alimentação reversa, e desconexão imediata da saída nos terminais de saída para todas as funções, ajudando a proteger os circuitos internos do calibrador contra dispendiosas falhas do operador, e impedindo, consequentemente, danos acidentais e mantendo o equipamento funcionando.
Além de oferecerem maior segurança e ergonomia, os novos Calibradores Multiproduto garantem mais produtividade, seja em campo ou laboratório, uma vez que são desenvolvidos com o software de gerenciamento de calibração MET/CAL, e a conectividade USB. Com esses recursos, a automação é garantida, e o técnico fica habilitado a realizar muito mais processos em pouco tempo, diminuindo a taxa de erros, agilizando a documentação e transferência dos resultados e informações para uma base de dados, e assegurando maior eficiência operacional nas calibrações.
A Voith Paper apresenta os reguladores de feltro/tela HDU. Com longa vida de duração e baixa manutenção, o modelo mantém, de forma estável e centralizada, as vestimentas em operação, diminuindo os índices de falhas no processo de fabricação de papel.
Garantindo o reposicionamento da vestimenta de modo simples, confiável e seguro, os reguladores HDU da Voith podem ser instalados em qualquer posição — horizontal, vertical e inclinado, no lado de acionamento ou de comando da máquina.
Em conformidade com a norma de segurança operacional NR-12, o equipamento funciona sem a necessidade de atuação dos operadores, contemplando condições seguras de trabalho.
Os reguladores Voith são projetados para ampliar ao máximo a confiabilidade do processo de fabricação do papel, nas fábricas brasileiras. Tratase de uma solução que impulsiona a inovação, e diminui os riscos, ao longo da cadeia produtiva.
As válvulas Série 740 da Aventics são extremamente robustas, mesmo em ambientes agressivos. Graças à combinação do seu corpo em polímero de alta resistência, atrelado ao princípio construtivo de diafragma, que permite que a válvula tenha um alto desempenho em ambientes com baixa qualidade do ar comprimido. Desenvolvida com um material leve e estável, pode ser utilizada diretamente no corpo do atuador, com uma alta repetibilidade e robustez, possui um baixo nível de manutenção, permitindo que esta seja uma excelente opção de trabalho para ambientes de difícil acesso. Outro diferencial da válvula é a funcionalidade da reguladora de fluxo integrada, evitando assim a utilização de diversos componentes. Simples, robusta e confiável.
O calibrador MCS-XV-IS, da Presys, possibilita a medição e geração dos sinais utilizados em instrumentação e controle de processo, em áreas classificadas. É projetado para oferecer os recursos necessários, com o objetivo de facilitar o trabalho de manter ajustados e calibrados os instrumentos do processo. Possui níveis de exatidão elevados, incluindo os aspectos referentes a alterações na temperatura ambiente e à manutenção das especificações, com o decorrer de longos períodos.
Sua versão leva em conta o uso no campo, inclui assim itens de grande valia, como: bolsa com alças a tiracolo permitindo liberdade para as mãos, display de 5,7”, com backlight de led facilitando a visibilidade em ambientes com pouca iluminação, bateria recarregável, e grande capacidade de memória, para guardar os valores obtidos, possibilitando a transferência destes para o computador, quando necessário.
Incorpora modernos conceitos de união dos ajustes e calibrações com a informática, em que os dados são compartilhados, tanto pelo instrumento, quanto pelo computador, dando eficiência ao tratamento das informações, na forma de emissão de relatórios e certificados, do gerenciamento automatizado das tarefas, e da organização e arquivamento de dados, ou seja, abrange um contexto voltado ao cumprimento de procedimentos da qualidade, principalmente relativos à norma ISO 9000. Possui também comunicação HART (opcional), para leitura e configuração de parâmetros de dispositivos de campo que possuam este protocolo.
Pode ser fornecido com até duas tomadas de pressão. Assim, em um único calibrador, podem-se ter diferentes faixas de pressão, por exemplo: vácuo e 0 a 10000 psi, ou qualquer outra combinação de faixa disponíveis.
Outro opcional é um sensor de alta exatidão que, dentre suas inúmeras funções, pode funcionar como termômetro padrão. Assim, ao mesmo tempo em que indica a temperatura de referência, possibilita a calibração de um outro sensor de temperatura.
O HCC301, da Smar, é um conversor a dois fios, capaz de gerar um sinal de corrente 4-20mA, através de uma variável via comunicação HART. Com isto, podemos transferir mais informações de equipamentos
HART aos controladores, e melhorar a performance dos controles e processos com uma solução de baixo custo.
Este conversor tem a capacidade de trabalhar como mestre primário do barramento HART, e continuamente fazer o “polling” de uma variável em um outro equipamento HART, convertendo a mesma dinamicamente a um valor em corrente de 4-20mA, proporcional a uma escala pré-configurada. Mesmo sendo um mestre primário, o HCC301 permite livremente que se tenha um mestre secundário no barramento, como por exemplo, um hand-held.
Esta variável, atualizada em corrente, pode ser a variável primária em unidade de engenharia, a variável primária em percentagem, ou também uma das variáveis dinâmicas do equipamento HART: a variável secundária, terciária ou a quarta variável ou variáveis do comando 33 do HART. O equipamento HART pode ser de qualquer fabricante, o que dá mais flexibilidade e recursividade ao usuário.
Pode-se configurar no conversor a condição de falha segura, segundo a NAMURNE43, onde, em uma falha, este gerará um sinal de corrente de acordo com a seleção do usuário (3.6 ou 21mA), de tal forma que o controlador possa tomar uma ação segura. O usuário ainda configura o número de “retries” de comunicação, até que o conversor gere a corrente em falha segura.
Em nível de segurança, pode-se ainda habilitar a proteção de escrita evitando alterações não autorizadas.
A Yokogawa Electric Corporation lançou um serviço de aprendizagem de reforço para controladores Edge. Este serviço de controle autônomo para OpreX Controladores de Máquina, baseados em SO em tempo real (e-RT3 Plus), utiliza o algoritmo de aprendizado de IA de reforço do Kernel Dinâmico (FKDPP), e consiste de software aplicado, e um serviço de consultoria opcional e/ou um programa de treinamento, dependendo dos requisitos do usuário final. Este software está sendo lançado globalmente, enquanto a consultoria e o programa de treinamento serão fornecidos primeiro no Japão, depois em outros mercados.
Tem sinal de saída com 4-20 mAdc a dois fios, de acordo com a NAMUR NE43, com comunicação digital sobreposta (Protocolo HART). Isolação de 1500 Vdc; Alimentação 12-45 Vdc; a precisão da variável convertida será de 0.040% do span; efeito de temperatura: 0.2 % na corrente de saída, de -40ºC a +85ºC; tempo de resposta: atualização da variável lida em 120 ms.
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