Mestres e dispositivos IO-Link para todos os graus de proteção
www.beckhoff.com/io-link
Para conexão simples de sensores/atuadores ao sistema de controle, a Beckhoff oferece um portfólio abrangente de produtos IP 20 e IP 67 que permitem conexões ponto a ponto IO-Link econômicas. IO-Link é uma interface aberta para todos os sistemas fieldbus comuns que também suporta a arquitetura de controle baseado em PC aberta da Beckhoff.
Mestre IO-Link, IP 20: Cartão de Barramento KL6224, Cartão EtherCAT EL6224
IO-Link mestre, IP 67, Classe A: EtherCAT Box EP6224-2022, EP6228-0022, EP6228-0042 e mais
Mestre IO-Link, IP 67, Classe B: EtherCAT Box EP6224-3022, EP6228-3142 e mais
Dispositivo IO-Link, IP 67: Caixa IO-Link EPIxxxx, ERIxxxx
De olho no vazamento
Todo e qualquer sistema, por menos complexo que seja, precisa ficar atento a perdas e desvios, com monitoramento, padronização, acompanhamento de indicadores, e muita tecnologia. Perdas técnicas, como vazamentos, podem acontecer nas fases de produção, armazenamento, embalagem e transporte. Nesta edição, a C&I conversou sobre vazamentos na produção de alimentos e bebidas – um setor sensível e próximo do nosso dia-a-dia. Mas, como fica claro na conversa com os especialistas, o enfrentamento desse problema recebe a mesma atenção em toda a indústria: um sistema de detecção de vazamento monitora o fluxo de óleo e gás, produtos químicos, água e vapor através dos processos, e gera vantagens óbvias, que incluem maior segurança, economia de custos e proteção ambiental.
A importância desse nicho fica clara quando se observa o tamanho do mercado de detecção de vazamentos – algo em torno de US$ 2 bi lhões, em 2021, com projeções para ultrapassar os US$ 4 bilhões, até 2029. E poderia crescer ainda mais, com atualização em sistemas de detecção de temperatura distribuída (DTS), e detecção acústica distribuída (DAS), baseados em fibra óptica.
O mercado de soluções para detecção de vazamento é altamente fragmentado e segmentado por tecnologia – acústica/ultrassônica, análise de pressão, imagem térmica, fibra óptica, termografia, absorção de laser, LiDAR, detecção de vapor, E-RTTM, análise hiperespectral, etc.–, por usuários – petróleo e gás, produtos químicos, tratamento de água, geração de energia, alimentos e bebidas, etc. – e por geografia. Vem crescendo também a utilização de aprendizado de máquina e Inteligência Artificial, para identificar vazamentos com mais eficiência, gerando tendências que permitem escolhas baseadas em dados.
Os Detectores de Gás Portáteis apresentaram o maior crescimento entre as tecnologias, e, depois do setor de petróleo e gás, o crescimento do mercado de soluções para detecção de vazamento pode ser atribuído a um aumento na demanda entre empresas de serviços públicos, em todo o mundo – como em águas e saneamento.
A edição também traz um pouco das notícias do período, complementando aquelas que ilustraram diariamente nossas mídias sociais, e semanalmente, nossas newsletters.
Boa leitura
Controle & Instrumentação C I &I
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O editor
Art.com
32 Detecção de vazamentos por fibra ótica
32 Detecção de Vazamento em dutos Manter a segurança é fundamental
08 News
14 Market 18 Energies
Próxima Edição
25 Special 40 Cast
– Inovação e soluções em saneamento
Colaboraram, com informações e imagens, as assessorias de imprensa
NESTA EDIÇÃO
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A Atvos anunciou a chegada de Bruno
Serapião para a posição de CEO. Desde janeiro, a cadeira era ocupada por Giovanni Forace, representante do FIP Agroenergia. Giovanni continuará como conselheiro da companhia, e dedicado a criar um ecossistema estável, para que a Atvos alcance todo o seu potencial. Serapião conduzirá o processo de consolidação da Atvos como uma das líderes no setor de bioenergia. Neste sentido, o executivo será responsável pelo crescimento da companhia, com a expectativa de superar a marca de 30 milhões de toneladas de moagem de cana-deaçúcar, por safra. No ciclo passado, foram processadas 22,3 milhões de toneladas de cana, o que permitiu a produção de 1,6 bilhão de litros de etanol, 382 mil toneladas de açúcar VHP, e a cogeração de 2,132 GWh de energia elétrica a partir da biomassa, além da emissão de 2,2 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOs).
Adicionalmente, o novo CEO dará continuidade às ações que têm como objetivo o investimento de capital adicional de R$ 500 milhões pela Mubadala Capital, uma empresa global de gestão de ativos. Tais recursos serão utilizados principalmente nas áreas agrícola e industrial da Atvos, com a finalidade de expandir a sua capacidade de produção.
Serapião é engenheiro mecânico, formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e possui vasta experiência nas áreas de infraestrutura, logística, energia e investimentos alternativos, com passagem relevante pela Hidrovias do Brasil, Pátria Investimentos, GE e América Latina Logística (ALL).
Serapião também ocupou importantes cadeiras, como Conselheiro de Administração de empresas, no Brasil e no exterior, como a Constellation Oil Services, ODATA Datacenters, Winity Telecom, Rutas del Valle, Grupo CBO, entre outras, também participando como investidor anjo em diversas companhias de tecnologia por meio do BR Angels.
A Volkswagen anunciou Dr. Markus Kleimann como novo vice-presidente de Desenvolvimento do Produto, Baureihe & Estratégia para a Região SAM (South America).
Dr. Markus Kleimann é formado em Física e Economia, com PHD em Engenharia. Ingressou no Grupo Volkswagen em 2000, na área de Segurança Veicular, em Wolfsburg, na Alemanha, onde está localizada a sede da empresa, por onde passou pelas áreas de Desenvolvimento de Portas. Em seguida, em 2006, assumiu em Shangai, na Volkswagen China, a área de Desenvolvimento de Carroceria e Acabamento. No retorno a Wolfsburg, foi responsável pela área de Desenvolvimento de Carroceria da plataforma MQB e, em 2013, assumiu a posição de CTO / Membro do Board da Italdesign Giugiaro S.p.A., na Itália.
Dr. Kleimann foi vice-presidente de Desenvolvimento do Produto da Volkswagen do Brasil, entre 2015 e 2020, momento de grandes desenvolvimentos na Região América do Sul. Em 2020, retornou à VWAG (Grupo Volkswagen) para assumir o Baureihe Mid/Full e, desde 2021, era responsável pela área de UX – Customer Experience.
Com um Centro de Serviços Compartilhados (CSC) em expansão, como alavanca de geração de valor para a Companhia, a Sabesp comunicou sua entrada na Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC), com o objetivo de promover benchmark, trocar conhecimento e experiências, além de networking com especialistas do segmento. Com um plano de modernização que se traduz em otimização de estruturas, padronização de processos, transformação digital, a Companhia trouxe o foco em expansão do CSC implantado em 2012, inicialmente para
atender à Região Metropolitana de São Paulo (40 Municípios e alguns processos), agora com a proposta de integrar toda Companhia, 375 Municípios geridos por 15 Unidades de Negócio.
O movimento de transformação da Companhia veio a partir da nomeação da nova Diretoria, no início de 2023, onde Catia Pereira , ex-Diretora Vice-Presidente Comercial e Parcerias, e atual conselheira da ABSC, assume o cargo de CFO e Relações com Investidores da companhia e que, por sua experiência em implantação e gestão de CSC, assume este desafio na SABESP, associada à liderança da área de Tecnologia, para além das responsabilidades da Diretoria Financeira.
Com este novo desenho Organizacional, Max Carneiro , ex-Diretor Vice-Presidente de Pesquisa de Mercado, e atual conselheiro da Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC), assume o posto de Superintendente do Centro de Serviços Compartilhados da SABESP. Catia é a principal patrocinadora desta iniciativa, e responsável pelo desenho da estratégia de implementação, sendo o CSC uma alavanca importante de valor para Companhia. “ Nosso objetivo foi estruturado em função dos desafios de mercado, com o novo marco de Saneamento, onde o compromisso de entrega da entrega de universalização de água e esgoto é a prioridade da Cia. O CSC entra neste modelo, liberando as áreas de negócio para focar no “core business”, e garantindo qualidade, agilidade, custos escaláveis e prontidão, que são fatores importantes de competitividade e de sucesso para Cia., que está inserida em um modelo de controle Público-Privado ”, comenta Catia.
De acordo com a companhia, o papel de Max será contribuir com o desenho da estratégia de desenvolvimento e expansão do modelo de CSC, além da implementação e operacionalização do mesmo, de forma a ser uma plataforma de serviços digitais orientado para o atendimento ao negócio, e um parceiro estratégico, de forma eficiente e inovadora. “ Nosso objetivo é construir um case de transformação de processos de negócios no segmento de utilities, que seja referência para as demais empresas do segmento, e fortaleça o modelo de centro de serviços compartilhados no mercado brasileiro. Estamos ansiosos e muito animados para esse novo momento ”, conta Carneiro. Ao longo de quase uma década de existência, a Associação Brasileira de Serviços Compartilhados tem hoje, em seu quadro associativo, mais de 70 empresas associadas, e vem tornando-se uma referência e fonte de informação e conhecimento para o tema CSC no Brasil.
A DHL Supply Chain, unidade responsável por contratos logísticos do Grupo Deutsche Post DHL, anunciou mudanças em sua equipe regional.
Javier Bilbao, atual líder da América Latina, foi nomeado CEO da DHL Supply Chain na região Ásia-Pacífico, a partir de 1º de setembro de 2023.
Em seu lugar, Agustín Croche, atual presidente da DHL Supply Chain México, assumirá o cargo de CEO da América Latina. Javier, que iniciou sua carreira no Grupo Deutsche Post DHL no ano 2000, no Reino Unido, ocupou diversos cargos estratégicos ao longo dos anos e, desde 2017, ocupa o cargo de CEO da DHL Supply Chain América Latina, além de ser membro do Board Global da divisão. Javier assume a liderança da empresa na região Ásia-Pacífico, sucedendo Terry Ryan, que está se aposentando após 40 anos no Grupo Deutsche Post DHL. Agustín Croche ingressou na DHL Supply Chain em 1997, como parte do setor automotivo da empresa no México. Desde então, ocupou cargos de crescente responsabilidade em áreas como operações, desenho de soluções e desenvolvimento de negócios em diferentes países da América Latina, incluindo: Chile, Argentina, Brasil e México. Em 2015, assumiu o cargo de presidente da DHL Supply Chain no México. Agustín iniciou sua gestão na América Latina a partir de 1º de julho de 2023, e fará parte do Board Global da DHL Supply Chain. A DHL Supply Chain aumentou sua presença na América Latina, com cerca de 250 centros de distribuição, e mais de 40.000 colaboradores distribuídos entre Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.
A Sylvamo anunciou uma mudança na liderança sênior para sua divisão da América Latina.
Tatiana Kalman foi eleita vice-presidente sênior e gerente geral para a América
Latina, e assumirá o cargo em primeiro de junho. Kalman se une à Sylvamo, depois de sair da Basf, onde atuou mais recentemente como diretora administrativa e vice-presidente sênior, Unidade de Negócios de Cuidados Pessoais na Europa.
Kalman substitui Rodrigo Davoli, que foi eleito vice-presidente sênior e gerente geral para a América do Norte, no início deste mês. A Sylvamo também anunciou que Greg Gibson, que atualmente está na liderança da América do Norte, se aposentará em primeiro de março de 2024. Gibson foi eleito vice-presidente sênior de Excelência Comercial. Estes líderes seniores se auxiliarão mutuamente com as transições ao longo do terceiro trimestre.
Blackstone conclui aquisição majoritária da Copeland, antiga
Emerson Climate Technologies
A Blackstone e a Emerson anunciaram, em 31/05/2023, que os fundos de private equity gerenciados pela Blackstone concluíram a aquisição, anunciada anteriormente, de uma participação majoritária no negócio de Tecnologias Climáticas da Emerson, em uma transação que avalia o negócio em US$ 14,0 bilhões. Esse fechamento representa um marco significativo na jornada de líder do setor de HVAC-R, para avançar à próxima geração de tecnologias climáticas.
A nova empresa autônoma será denominada Copeland – com base no legado de 100 anos da marca, no reconhecimento global e na influência em todo o setor de HVAC-R. Como uma empresa autônoma focada em atender ao mercado global de HVAC-R, o portfólio de produtos da Copeland inclui compressores, controles, termostatos, válvulas, software e soluções de monitoramento, líderes de mercado para clientes residenciais, comerciais e industriais. A Copeland teve vendas líquidas, no ano fiscal de 2022, de US$ 5,0 bilhões.
“A Copeland há muito tempo é pioneira nos setores de HVAC e refrigeração, com recursos inigualáveis em engenharia, design e inovação”, disse Ross B. Shuster, CEO da Copeland. “Com o foco de ser uma empresa independente e o apoio de nossos acionistas, Blackstone e Emerson, planejamos ampliar a posição de liderança da empresa no setor, e desenvolver soluções novas e integradas de tecnologia climática. O negócio da Copeland é composto por mais de 18.000 membros talentosos da equipe, que estão alinhados e comprometidos com o desenvolvimento de tecnologias e soluções, que impulsionam a descarbonização em escala, aceleram a tendência global de eletrificação, e oferecem maior valor para nossos clientes e usuários finais”.
A Copeland está pronta para aproveitar sua marca icônica e sua experiência confiável, para moldar o futuro da tecnologia climática. Os produtos, a experiência e a inovação da empresa desempenham um papel fundamental no aprimoramento da eficiência energética das soluções de aquecimento e resfriamento, incluindo o mercado em rápido crescimento de bombas de calor elétricas e refrigerantes favoráveis ao clima, que estão tendo uma forte demanda e adoção global, devido ao seu potencial de reduzir o impacto ambiental e as emissões de carbono dos sistemas HVAC.
“A Copeland tornou-se líder de mercado no fornecimento de componentes críticos para soluções de controle climático residencial, comercial e industrial, e estamos entusiasmados em apoiar sua próxima fase de crescimento como uma empresa autônoma de classe mundial”, disse Joe Baratta, diretor global da Blackstone Private Equity. “Aproveitando o longo histórico da Blackstone de
parcerias corporativas bem-sucedidas em larga escala, esperamos trabalhar com as equipes da Copeland e da Emerson, para acelerar o crescimento lucrativo e de longo prazo da empresa. Estamos confiantes no caminho a seguir, para avançar a posição de liderança da Copeland na indústria, fornecendo soluções ainda mais inovadoras e eficientes em termos de energia, para apoiar os esforços de redução de carbono de seus clientes”.
“Estamos satisfeitos por concluir esta transação significativa, um marco importante na transformação do portfólio da Emerson em um líder de automação global coeso”, disse Lal Karsanbhai, Presidente e Diretor Executivo da Emerson. “Os recursos iniciais dessa transação permitem que a Emerson avance com nosso portfólio em mercados de automação atraentes e de maior crescimento, enquanto nosso investimento não-controlador restante permite que a Emerson se beneficie do futuro aumento da Copeland sob a propriedade da Blackstone, até que saiamos do negócio. Com nosso portfólio focado, estamos trazendo produtos, software e soluções de automação abrangentes para um conjunto diversificado de mercados finais, impulsionando a excelência operacional, e aumentando a criação de valor para os acionistas da Emerson”.
A Copeland continuará a operar a partir de St. Louis (EUA), mantendo uma presença global para atender aos clientes na Europa, América Latina, Ásia, Oriente Médio e África.
A Copeland é propriedade de uma joint venture entre a Blackstone e Emerson. Sob os termos finais do acordo de compra, a Blackstone terá o controle acionário de 60% da Copeland, ante 55%, quando a transação foi anunciada. De acordo com os termos da transação, a Emerson recebeu adiantado, antes dos impostos, recursos em dinheiro de aproximadamente US$ 9,7 bilhões no fechamento, um aumento de US$ 0,2 bilhão, desde o anúncio da transação, devido à decisão da Blackstone de comprar mais 5% das ações ordinárias. O investimento contínuo da Emerson no negócio é composto por uma nota do vendedor, com um valor nominal de US$ 2,25 bilhões, e 40% de participação acionária sem controle, com um valor de transação de US$ 1,7 bilhão.
Centerview Partners LLC e Goldman Sachs & Co. LLC atuaram como consultores financeiros da Emerson, Davis Polk & Wardwell LLP atuou como consultor jurídico e Baker McKenzie LLP atuou como consultor jurídico internacional. O Barclays atuou como principal consultor financeiro da Blackstone. A Guggenheim Securities, LLC e a Evercore também forneceram serviços de consultoria financeira à Blackstone. O revólver ABL, TLB e Senior Secured Notes foram liderados por Wells Fargo, RBC Capital Markets, LLC e Barclays, respectivamente. A Simpson Thacher & Bartlett LLP atuou como consultora jurídica da Blackstone.
Fusões e aquisições em energias renováveis crescem
58% no Brasil
O volume de fusões e aquisições (M&A), envolvendo empresas de energias renováveis, cresceu 58% no Brasil, em 2022, em relação a 2021, passando de 31 para 49 transações, segundo um levantamento realizado pela Redirection International , consultoria especializada em assessoria de M&A, com base nas negociações comunicadas ao mercado. O bom desempenho do segmento de renováveis acompanha os resultados das atividades de M&A no setor macro de energia, que registrou crescimento de 81% no ano passado, o maior dos últimos quatro anos, com 114 operações, contra 63, em 2021.
De acordo com o levantamento, a participação da vertical de renováveis tem crescido em relação ao setor macro de energia nos últimos anos, tendência que deve se manter no futuro. Somente nos cinco primeiros meses de 2023, foram registradas 16 transações envolvendo empresas de energia renovável, mais de 50% do total de operações realizadas na área de energia, que chegou a 25 neste ano, até o final de abril.
“ Estamos vivendo um momento interessante para negociações de energia renovável, com mega deals, startups e projetos, em diferentes fases de implantação e operação, no Brasil. Em particular, existem grandes grupos internacionais, buscando vender ativos locais e grupos nacionais, recalibrando seus portfólios, além dos fundos de investimento, que estão bastante ativos no setor ”, explica João Caetano Magalhães , diretor da Redirection International.
Para 2023, a expectativa é de que as atividades de M&A sigam em alta no mercado de energias renováveis. Entre as negociações em andamento, o levantamento da Redirection International destaca a busca de um sócio estratégico ou financeiro da Eneva, para sua plataforma de ativos de energia renovável.
João Caetano ressalta que a geração de energia limpa é uma tendência mundial, e um dos pontos centrais para o desenvolvimento de uma economia verde, mo-
delo econômico que visa a investir em melhor eficiência energética, emissões de carbono mais baixas e novas tecnologias de transformação energética. “O Brasil já é um líder global na geração de energia limpa, e o mercado está em pleno crescimento, com as atividades de M&A acompanhando esta tendência. A forte atividade de fusões e aquisições no setor ajuda as empresas a se posicionarem como líderes de mercado, nesta área altamente disputada e com bastante demanda para ativos”.
Para o especialista, o aumento no volume de negociações, envolvendo empresas de energias renováveis, é reflexo do bom desempenho do setor como um todo, que responde por mais da metade da matriz energética brasileira. Segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a geração hídrica é responsável por 49,8% de toda energia gerada no Brasil. Em seguida, está a geração solar fotovoltaica, com 13,1%, e a eólica com 11,5%. A geração a partir de biomassa ou biogás ocupa a quinta colocação na matriz energética, representando 7,6% do total.
A Redirection é uma consultoria especializada em assessoria de Fusões & Aquisições, para empresas locais e internacionais, do middle market . Possui uma grande experiência em transações cross-border , com equipe atuante diretamente no Brasil, América Latina, Estados Unidos e Reino Unido. É membro da ACG e, também, desenvolve uma rede de parceiros selecionados em todos os principais setores de negócios e regiões do mundo.
Atvos e Mitsubishi Motors plantam uma árvore a cada veículo revisado no Dia
Mundial do Meio Ambiente
Em linha com o compromisso de transformar o planeta em um lugar mais sustentável, a Atvos, uma das maiores empresas de bioenergia do país, e a Mitsubishi Motors se uniram mais uma vez e, no Dia Mundial do Meio Ambiente, para cada veículo MIT revisado em uma das concessionárias da marca em todo o país, uma muda do Cerrado ou da Mata Atlântica será plantada pela Atvos no entorno de uma das suas nove unidades agroindustriais, localizadas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. A expectativa é de que o meio ambiente ganhe 1.000 novas árvores, a partir da ação intitulada “Green Day”.
“O propósito da Atvos, como uma das principais empresas de bioenergia do país, é produzir energia limpa que move o mundo e transforma vidas. Acreditamos que cuidar do meio ambiente é um ato de respeito para a construção de um futuro melhor para todos. Já contribuímos com a neutralização das emissões dos MIT Rallies e, com mais essa parceria, reforçamos ainda mais o nosso DNA sustentável”, afirma Fábio Rímoli, gerente de Comunicação Empresarial e Marketing da Atvos.
“Essa é uma iniciativa Mitsubishi Motors, em parceria com a Atvos, para que possamos manter sempre a nossa conexão com o que importa, ativando o ‘Modo Mit’ que tanto apreciamos, na natureza, com a companhia daqueles que mais amamos”, explica Letícia Mesquita A. Oliveira, diretora de Marketing da Mitsubishi.
Desde 2021, a Atvos é responsável pela neutralização de 100% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) dos Rallies Mitsubishi. Até 2024, todos os 52 eventos Mitsubishi Cup, Mitsubishi Motorsports, Mitsubishi Outdoor e Mitsubishi Experience, que serão realizados até o fim do próximo ano, continuarão com o selo MIT4Zero – Rallies 4x4 da Mitsubishi. De acordo com inventário realizado pela GSS Carbono e Bioinovação, que considerou a previsão de consumo de combustíveis que serão utilizados na organização e realização das etapas, foi estimada a compensação de 459 toneladas de CO2e. Isto é equivalente ao plantio de 3,2 mil árvores no meio ambiente. O levantamento seguiu as diretrizes do GHG Protocol para calcular as emissões dos calendários dos próximos dois anos.
FLUKE II910
IMAGEADOR ACÚSTICO DE PRECISÃO
A ferramenta completa que você estava procurando para visualizar vazamentos, descargas parciais e problemas mecânicos.
NOVAS FUNCIONALIDADES
Modo LeakQ™
Quantificação de vazamento: tamanho do vazamento estimado no dispositivo e indicação de custo, incluindo CO2.
Modo MecQ™
Inspeção mecânica: recurso no dispositivo para detectar problemas mecânicos.
Modo PDQ™
Descarga parcial: classificação de DP no dispositivo
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Guararapes inaugura maior planta de MDF das Américas
A Guararapes acaba de iniciar a operação da sua nova planta de MDF, a maior das Américas e uma das mais competitivas a nível mundial. A nova linha está localizada no complexo industrial de Caçador, região central de Santa Catarina, onde a empresa já possui duas plantas industriais. Com investimento total de R$1 bilhão, a capacidade de produção será ampliada em 90%, passando para 1,140 milhão m³/ano.
Com isso, a Guararapes se consolida entre os maiores produtores de painéis de madeira das Américas.
“Esse momento é um marco para nós e para o setor, e reforça a nossa posição entre os principais players do segmento. Vamos oferecer um portfólio ainda mais completo, tanto para o mercado doméstico quanto para exportação. E claro, sempre mantendo o foco no atendimento ao cliente”, celebra Ricardo Pedroso, CEO da Guararapes. A empresa está presente em mais de 50 países.
Apesar do cenário econômico adverso, a Guararapes espera crescer pelo menos 15%, em receita líquida, em 2023. “Estamos otimistas, esperamos colher bons frutos. Temos uma das mais modernas plantas do mundo, com equipamentos de última geração, altamente produtiva, flexível e sustentável”, detalha Pedroso.
A sustentabilidade é uma das prioridades da Guararapes. A nova planta conta com um evaporador em circuito fechado, que recebe o efluente bruto, separa o conteúdo sólido do líquido e permite a reutilização do material condensado no processo industrial. “Esse sistema tem como principal objetivo a eliminação do lançamento de efluente no meio ambiente, além de gerar economia na
utilização de água, pois, estamos utilizando a água da madeira, transformando-a em vapor e deixando de captar água do subsolo”, explica Diorgenes Bertolin, diretor industrial da Guararapes.
Para reaproveitamento ainda maior de água, foram construídos, na área da fábrica, três grandes lagos, com capacidade de 38.132 m³, para coleta da chuva. Além da água da precipitação pluviométrica direta, a área externa de 243.568 m² também foi toda construída com drenagem específica para destinação da água da chuva para os lagos, para posterior reaproveitamento.
A Guararapes já é reconhecida no mercado pelo seu comprometimento com o meio ambiente. A empresa possui o selo FSC – Forest Stewardship Council® (Conselho de Manejo Florestal) código de licença FSC-C041303, que destaca seu compromisso com um manejo florestal ambientalmente adequado, socialmente benéfico e economicamente viável, e também o ISO 14001.
“Essa inauguração contribui com o desenvolvimento econômico dos estados de Santa Catarina e do Paraná, e consolida a região como referência no segmento”, detalha o CEO. Além do complexo industrial de MDF em Caçador/SC, a empresa possui fábricas de compensado em Santa Cecília/SC e Palmas/PR, e sede administrativa em Curitiba/PR.
Ameaça global: Poluição luminosa está aumentando 2% ao ano
O que será do nosso meio ambiente, daqui a 20, 30 anos?
Já parou para pensar como nossas ações mais despretensiosas podem acarretar danos graves para as próximas gerações? Segundo um levantamento feito pelo IDA – International Dark-Sky Association –, a cada ano aumenta em 2% a poluição luminosa. “É um sinal de que estamos usando a energia elétrica de forma ineficiente, desperdiçando dinheiro, agravando as mudanças climáticas, e aumentando os impactos no meio ambiente”, enfatiza o CEO da Novvalight, Roberto Payaro
Este é um problema ambiental que deve ser confrontado de imediato. “Ao contrário de muitas outras formas de poluição, podemos reduzir esse impacto usando a tecnologia existente. Não é sobre desligar todas as luzes, e sim seguir os princípios para uma iluminação responsável”.
Com uma poluição luminosa crescente a cada ano, os especialistas da Novvalight alertam para as graves consequências, caso as medidas necessárias não sejam tomadas: redução do espectro azul e, com isso, o aumento da emissão de CO2; impactos diretos no meio ambiente – fauna, flora; e diminuição da qualidade de vida e do conforto visual dos seres humanos.
“Por causa de uma iluminação ineficiente, seres como morcegos, tartarugas, borboletas, sapos e pássaros em geral são atraídos para as superfícies terrestres fora da época, o que impede o desenvolvimento natural dos seus ciclos e ações predatórias. A iluminação incorreta também prejudica as árvores, que têm quedas de folhas antes do tempo. Outro agravante está no céu – satélites medem a luz que escapa da atmosfera, e os impactos causados na visualização de planetas e estrelas. Outra análise é feita pela luz emitida verticalmente e horizontalmente – como fachadas de edifícios iluminados, outdoors digitais, e janelas de escape de luz. É fundamental que empresas de iluminação, como a Novvalight, tomem medidas reais em relação ao uso de luminárias e lâmpadas, com soluções eficientes para o ser humano e o meio ambiente”, comenta o executivo da Novvalight.
A fabricante nacional de luminárias industriais, Novvalight, desenvolve constantes estudos, voltados para o conforto visual, impacto ambiental, poluição luminosa e sustentabilidade do ciclo produtivo. Com a missão de iluminar,
solucionar, economizar, otimizar, customizar, prever, monitorar e mapear processos, a empresa está com cinco projetos em desenvolvimento nesta linha, com foco em ofertar soluções para o bem-estar de pessoas e do planeta, em relação ao espectro luminoso. Até o final de 2023, a companhia pretende atingir o faturamento de R$ 60 milhões com essas soluções.
“Para isso, implementamos diversas medidas, como diminuição dos índices de retrabalho 5% (h restr./h prod.) e refugo 2% ($ refugo/$ prod.); fluxo de inspeções conforme rotinas do Totvs; análises de consumo energético e valorização da iluminação natural e gradativa; medição de gás, água e qualidade do ar; iluminação adaptativa com sensores de movimento; manutenção preditiva com avisos e notificações para gestão de emergências; etc.”, detalha Payaro.
Além disso, o CEO da Novvalight afirma que vem aumentando o número de empresas, de todos os portes e segmentos, que implementam projetos luminotécnicos em seus ambientes corporativos. “A cada reajuste na conta de energia, pelo menos 80% dos contatos que recebemos são de pessoas interessadas em saber como podem otimizar seus custos operacionais, por meio de um projeto luminotécnico eficiente. Deste montante, cerca de 1/3 aderem à solução, já que a consultoria visa à eficiência energética e à segurança; gera maior e melhor aproveitamento da área; melhor visibilidade dos produtos; maior produtividade e grau de proteção para a segurança dos colaboradores; menores custos de energia, com manutenção e troca de equipamentos; e maior lucro e competitividade no mercado”.
Vários fatores são considerados no projeto: tipo, quantidade e disposição das luminárias, temperatura de cor, pé direito, tipo de atividade e a planta do local, análise das estruturas e das atividades executadas, mapeamento dos pontos de claridade X a incidência de luz natural. Essa análise evita que sejam instaladas luzes em excesso (o que reflete no aumento da conta de energia) e que falte instalação de pontos de luz que prejudicam a execução das atividades, o rendimento da produtividade, e podem até causar acidentes de trabalho. “Com a economia gerada pela implementação, é possível ter o retorno do investimento inicial em cerca de 12 a 18 meses”, finaliza Payaro.
Marcação digital de produtos “Ex”
Roberval Bulgarelli, consultor sobre equipamentos e instalações em atmosferas explosivas, comunica que foi publicada pela ABNT, em 30/05/2023, a Norma Técnica Brasileira adotada ABNT
NBR IEC 63365 – Medição, controle e automação de processos industriais – Marcação digital.
Esta Norma, inédita na normalização técnica brasileira, é aplicável aos produtos utilizados na medição, controle e automação de processos industriais. Esta Norma estabelece o conceito e os requisitos para a marcação digital, e apresenta soluções de leitura eletrônica (por exemplo, por meio de Códigos 2D, como os QR Codes, RFID ou firmware), alternativas às marcações “clássicas” ou “convencionais”, com textos simples sobre os produtos ou embalagens ou seus documentos.
As informações das marcações digitais são disponíveis de forma “off-line”, sem a necessidade de conexão com a Internet. Após a leitura eletrônica, todas as informações das marcações digitais podem ser mostradas na forma de texto, em uma tela ou display, como por exemplo em smartphones ou tablets, a serem lidas por humanos, ou então diretamente lidas e processadas pelos robôs industriais. As marcações digitais também incluem um link de identificação, de acordo com a Norma IEC 61406-1 (Identification link), que proporciona informações adicionais dos produtos na forma “on-line”, nos casos de acesso com a Internet, como por exemplo, manuais, certificados, desenhos, relatórios ou procedimentos de montagem, inspeção, manutenção e recuperação.
A Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC
63365 descreve soluções para leituras eletrônicas, alternativas com relação às marcações “convencionais”, com texto e símbolos, na marcação de produtos, embalagens ou documentos. A Norma ABNT NBR IEC 63365 descreve tecnologias de marcação que utilizam Códigos 2D (como o QR Code), transponders (como o RFID) ou o “firmware” dos produtos.
A Norma ABNT NBR IEC 63365 é também destinada à elevação da aceitação das marcações digitais por parte dos Organismos e Entidades Regulamentadoras, como por exemplo ANATEL, INMETRO, Ministério do Trabalho, ANP ou ANAC, de forma similar à que ocorre em diversos outros países do mundo. Um objetivo em médio e longo prazos é a substituição da marcação “convencional” por uma marcação digital, tanto quanto possível. Os Organismos e Entidades Regulamentadoras requerem que a marcação seja aplicada aos produtos, componentes e dispositivos de forma permanente, clara e legível. Estes requisitos podem ser atendidos também pelas marcações digitais.
Durante o período previsto de “transição”, ambas as informações, por meio de texto simples e de marcação digital, podem ser aplicadas de forma simultânea aos produtos.
Saiu a revisão da IEC 60534-1:2023 (Válvulas de controle de processo industrial - Parte 1: Terminologia da válvula de controle e considerações gerais)
A IEC 60534-1:2023 está disponível como IEC 60534-1:2023 RLV, que contém a Norma Internacional e sua versão Redline, mostrando todas as alterações do conteúdo técnico, em comparação com a edição anterior. A versão Redline está disponível apenas em inglês, mas é uma maneira rápida e fácil de comparar todas as alterações, entre o padrão oficial da IEC e sua edição anterior. A IEC 60534-1:2023 aplica-se
a todos os tipos de válvulas de controle de processos industriais (válvulas de controle). O documento estabelece uma lista parcial de terminologia básica, e fornece orientação sobre o uso de todas as outras partes da IEC 60534.
A ISA também tem uma norma “Control Valve Terminology”, ANSI/ISA 75.05.01-2019, que possui ainda mais definição de termos.
Plenária da Abinee discute política industrial e inovação
A cooperação entre o setor privado e o público para a crescente adoção das novas tecnologias digitais e para o fortalecimento de uma política que estimule a reindustrialização do país – esta foi a pauta da Reunião da Diretoria Plenária da Abinee, realizada, em São Paulo, da qual participaram empresários, parlamentares e representantes do Executivo.
O secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, participante da Plenária, falou da perspectiva da nova gestão e estrutura da Secretaria e das iniciativas para fortalecer programas de estímulo à indústria de semicondutores, como a ampliação do escopo do atual PADIS, que vigora até 2026.
Miguel lembrou da recente reunião que teve com a Abinee, quando recebeu sugestões para o grupo que estuda a desestatização da empresa de semicondutores Ceitec, e sua integração no sistema de tecnologia, pesquisa e desenvolvimento industrial, tanto do País quanto mundial. “Pretendemos inserir a Ceitec, tanto no tecido industrial brasileiro, como também estabelecer cooperações globais com empresas e outras instituições, de modo similar ao que existe no exterior”, destacou.
O coordenador-geral de Inovação Digital, Hamilton Mendes, disse estar confiante com a mobilização no Executivo, Legislativo e empresariado sobre o protagonismo do Brasil para estabelecer uma indústria forte e com presença no mercado externo, retomando o papel histórico de ser o carro-chefe da economia brasileira. “Temos uma base industrial suficientemente valiosa e reconhecida, para trabalhar de forma orquestrada e aprimorar o que já construirmos”, afirmou. “Política industrial desacoplada de ciência e tecnologia dificilmente dará resultados com o impacto que precisamos”, completou.
A Abinee defende que o Estado brasileiro cumpra seu papel em estimular a cooperação com a iniciativa privada, fomentando a inovação com uma forte e perene política, que privilegie a inovação tecnológica, a gestão focada na criação de valor para a sociedade, e o retorno do investimento pelo próprio mercado.
O deputado Marcos Pereira, vice-presidente da Câmara dos Deputados, e ex-presidente da Frente Parlamentar
Mista para o Desenvolvimento da Indústria Elétrica e Eletrônica, relembrou sua gestão na legislatura passada, com participação ativa no desenvolvimento do setor eletroeletrônico. “Este é, sem dúvida, um setor fundamental para a economia brasileira, e responsável pela criação de milhares de empregos diretos e indiretos, gerando renda para a população brasileira, e contribuindo positivamente para o progresso do País”, afirmou, citando como exemplo a Nova Lei de Informática, que estabeleceu um novo modelo de incentivo fiscal para as empresas de tecnologia. Ressaltou também a prorrogação do PADIS. “Essa inovação legislativa possibilitará a atração de investimentos, não apenas para o segmento de semicondutores, que passa por um momento delicado em todo mundo, mas também permitirá a vinda de novas empresas para o Brasil, ampliando os horizontes e diversificando a produção.”
O atual presidente da Frente, deputado Vitor Lippi, falou da importância da aprovação da Reforma Tributária. “Temos o 184º pior sistema tributário do mundo, o sistema mais complexo, confuso e mais judicializado, com um custo estimado de burocracia de 10 a 15 vezes superior ao dos outros países, com um custo estimado por ano de R$ 430 bilhões”, disse. “É um verdadeiro manicômio tributário.” A expectativa de Lippi é de que o primeiro texto da Reforma seja aprovado ainda no primeiro semestre.
O presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, ressaltou a grande colaboração dos parlamentares que, em parceria com a indústria, obtiveram importantes vitórias para o setor. Barbato também manifestou preocupação quanto ao futuro dos investimentos no setor, e mais uma vez destacou a importância da interlocução com o Executivo. “Temos essa relação muito próxima e de muitos anos com o MCTI, e vamos manter esse diálogo constantemente”, afirmou.
A Reunião Plenária, realizada em formato híbrido (presencial e online), e coordenada pelo presidente do Conselho de Administração da Abinee, contou com a participação ativa de diversos executivos de empresas associadas, que puderam tirar dúvidas e direcionar demandas para os integrantes do MCTI.
Intenção da indústria em lançar produtos cresce 67,9%
O Índice GS1
Brasil de Atividade Industrial de maio revela aumento da confiança da indústria em lançar novos itens no mercado. Em maio de 2023, comparado a maio de 2022, o índice mostra crescimento de 67,9%. Comparado a abril deste ano, maio passado tem aumento de 31,6%. Já na comparação entre janeiro e maio de 2023 com o mesmo período de 2022, o aumento é de 43,7%. Publicado mensalmente pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, o índice vem demonstrando boas expectativas do empresariado.
“Nos cinco primeiros meses do ano, o índice está acima do realizado nos três anos anteriores, o que evidencia o aumento na confiança das empresas brasileiras em investir na inovação de seus produtos e renovação de portfólio. A
expectativa é de que esse cenário se mantenha nos próximos meses. A GS1 Brasil continuará presente e apoiando seus associados neste momento importante de retomada”, declara Virginia Vaamonde, CEO da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.
O Índice antecedente de produção industrial mede a intenção de lançamento de produtos no Brasil, por meio dos pedidos de códigos barras pelas empresas.
• ORIGINAL – dado bruto reflete as solicitações de GTIN mês a mês.
• DESSAZONALIZADO – série livre de efeito sazonal, exclui efeitos típicos de meses específicos, e permite uma avaliação mais intuitiva de tendência do crescimento da série entre os meses (ex. comportamento histórico de aumento de pedidos por conta de datas comemorativas).
Ministros de Estado e Janja Lula da Silva no projeto que insere mulheres no mercado de trabalho do setor elétrico
A Escola de Eletricistas da Neoenergia recebeu, durante a formatura de novos eletricistas no Distrito Federal/DF, a ministra Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, o Secretário Nacional de Transição e Planejamento Energético, Thiago Barral – representando o ministro Alexandre Silveira, do Ministério de Minas e Energia–, e Janja Lula da Silva, socióloga e primeira-dama do Brasil, reforçando a importância dessa iniciativa.
O projeto busca estimular a geração de emprego e renda, além de ampliar a oportunidade de uma nova profissão para mulheres, contribuindo para a equidade de gênero, em carreira majoritariamente masculina.
A formatura aconteceu no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e estiveram presentes, Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia; Frederico Candian, diretor-presidente da Neoenergia Brasília; Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); entre outros executivos.
A Escola de Eletricistas, que oferece formação gratuita de eletricistas para homens e mulheres, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), é pioneira ao criar turmas para mulheres, a fim de promover a diversidade e a inclusão.
Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia, durante sua fala na cerimônia, abordou sobre o reconhecimento dessa iniciativa, e reforçou aos formandos a importância de seguir estudando e se capacitando, cada vez mais. “Hoje, todos vocês saem daqui como eletricistas, capazes de entrar no mercado de trabalho. Mas, continuem firmes nessa caminhada”. Eduardo também ressaltou a importância dos novos eletricistas para a companhia. “Quando a gente consegue formar e contratar pessoas como vocês, que conseguem fazer a diferença, temos a chance de fazer o grupo Neoenergia ainda mais eficiente”, finalizou o executivo.
Até o momento, a companhia promoveu 13 turmas exclusivas, dedicadas à formação de mulheres, que também possuem a oportunidade de se capacitarem em turmas mistas. Além da formação profissional, os novos eletricistas possuem a chance integrar o quadro de colaboradores da Neoenergia. Cerca de 75%, dos mais de 5,5 mil eletricistas formados, foram contratados pelo grupo, onde a empresa está presente no serviço de distribuição de energia. No Distrito Federal, em aproximadamente dois anos de atuação da Neoenergia na capital do país, 348 pessoas foram capacitadas. Desse total, 239 novos profissionais foram contratados, e 117 são mulheres.
“Toda vez que tenho a oportunidade de acompanhar uma formatura da Escola de Eletricistas, saio daqui com a certeza de que estamos no caminho certo”, comemorou Frederico Candian, diretor-presidente da Neoenergia Brasília. “Ver a emoção dos nossos formandos nos motiva para continuarmos esse projeto”.
Janja Lula da Silva destacou a importância de ações como a Escola de Eletricistas. “Ver esse projeto da Neoenergia nos enche de orgulho, e nos motiva a replicá-lo em todo o país. Parabéns a todos os formandos, e deixo aqui uma mensagem muito importante: não desistam nunca de seus sonhos”, finalizou a socióloga.
Além da oportunidade de formação e qualificação de mão-de-obra para o setor elétrico no país, a iniciativa representa a entrada no mercado de trabalho para a população das áreas onde a empresa está presente no serviço de distribuição de energia – Neoenergia Brasília (DF), Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP/MS) e Neoenergia Pernambuco (PE).
A Neoenergia possui aproximadamente 3 mil mulheres em seu quadro de colaboradores, em todas as áreas da empresa. Dessas, mais de 380 ocupam cargos de liderança dentro da corporação. Só na Neoenergia em Brasília, mais de 200 mulheres foram contratadas, desde que a distribuidora chegou à capital federal.
Governo e Celesc inauguram primeiro trecho de energia trifásica
O Governo do Estado de Santa Catarina e a Celesc entregaram obra de melhorias na área rural do município de Ibiam, no Meio-Oeste de Santa Catarina. A ação representa o primeiro lançamento no âmbito da implantação de 500 km de rede trifásica em todo o Estado, projeto anunciado pela companhia para melhorar o fornecimento de energia nos municípios do interior de Santa Catarina.
Os investimentos realizados em Ibiam atendem a uma demanda de moradores atendidos pelas linhas São Sebastião/São Pascoal, em sua maioria fruticultores e produtores de leite e de suínos. Na região, foi feita a alteração do traçado da rede de distribuição existente, e o incremento de fases de redes – de monofásicas para trifásicas – em 4,6 km de extensão, beneficiando diretamente 48 unidades consumidoras.
O governador Jorginho Mello ressalta a importância desse tipo de investimento no Grande Oeste catarinense, reconhecido como o berço do agronegócio no Estado. Este investimento representa um novo momento para Santa Catarina. São os primeiros quilômetros de um grande projeto que dará mais segurança para o nosso produtor rural investir em seu negócio, gerando ainda mais emprego e renda. Esses 500 quilômetros de energia trifásica irão permitir que produtores possam ampliar e modernizar suas propriedades. Vai permitir que o jovem fique no campo, de forma que as novas gerações perpetuem os negócios das gerações anteriores”, destacou o governador.
Já o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, ressaltou
que toda a cadeia produtiva de origem animal exige uma tecnologia aplicada muito mais robusta. “Com a implementação dessa rede trifásica, a Celesc cumpre seu compromisso e responsabilidade de levar energia de qualidade para o cidadão e o setor produtivo, atendendo uma demanda reprimida. Ela dá segurança, por exemplo, para a instalação de aviários climatizados e de automações na criação de suínos. Isso exige uma qualidade melhor de energia, não só na tensão adequada, mas também com redução nas quedas de energia , frisou o presidente.
Mais municípios da região serão contemplados pela alteração de redes, em breve. Para as próximas semanas, estão previstas as inaugurações de obras em Videira, Rio das Antas, Caçador e Lebon Régis. Ao todo, 570 unidades consumidoras serão beneficiadas nessas localidades.
No dia 4 de abril, o Governo do Estado e a Celesc anunciaram a substituição de 500 km de rede monofásica por trifásica, permitindo que o produtor tenha mais disponibilidade e qualidade de energia elétrica. O investimento total será de R$ 40 milhões, sendo R$ 30 milhões, em 2023, e mais R$ 10 milhões, em 2024. Cerca de 20 mil consumidores do Oeste, Serra, Planalto Norte e Alto Vale devem ser contemplados com o investimento. A melhoria irá viabilizar ampliações de fábricas e automatizações, que exigem uma demanda maior de energia. A rede trifásica também irá reduzir o número de quedas de energia, que geram prejuízos na produção.
Lacbot é premiado no XIX ERIAC
O artigo técnico do Lacbot foi selecionado em primeiro lugar, no Comitê de Estudos B3 -– Subestações e Instalações Elétricas do XIX ERIAC – Encontro Regional Ibero-americano do CIGRE. O Lacbot é um robô autônomo com alta tecnologia e inteligência, que inspeciona e monitora subestações de extra alta tensão. Subestações de energia elétrica vêm sendo construídas com um grau de automação e tele assistência cada vez maior, mas a inspeção local continua sendo uma importante tarefa do cotidiano da manutenção das instalações.
O trabalho apresentou o projeto de um veículo robótico, terrestre e autônomo, que tem por objetivo auxiliar o monitoramento de subestações, tanto nas tarefas rotineiras, como em eventos específicos, sob demanda do operador. O robô foi desenvolvido, dentro do programa de P&D Aneel, pelo instituto de pesquisa e desenvolvimento Lactec, com o investimento cooperado de quatro transmissoras de energia no Brasil, que controlam nove subestações e mais de 2.600 km de linhas 500 kV – State Grid Brazil Holding S.A., Copel e Furnas –, e às transmissoras Guaraciaba, Matrinchã, Parnaíba e Luziânia Niquelândia.
O Lacbot prevê transmitir imagens visuais e termográficas a um servidor, onde aplicativos e operadores especializados interpretam as informações, e preparam as manutenções; realizar rondas periódicas autônomas no pátio, para monitorar os equipamentos, antecipar e prevenir problemas; facilitar o levantamento remoto de situações específicas, sendo possível estimar, a priori, a extensão de algum sinistro; aumentar a segurança do operador, com a redução da circulação de pessoal em áreas energizadas.
O sistema é composto por quatro subsistemas distintos: um robô móvel, que realiza a ronda e monitoramento da SE, e comunica-se com o servidor remoto via estação de recarga, para envio e recebimento de dados; uma estação de recarga, ponto de recarga de baterias e armazenamento do robô; um servidor remoto, para armazenamento e gerenciamento de dados; e uma interface homem máquina (IHM), para controle do robô, e acesso aos dados de monitoramento e estado do robô, armazenados no servidor.
Os principais testes de campo foram para verificar a compatibilidade eletromagnética; movimentação na brita; ultrapassagem de degraus; operabilidade dos sensores; comunicação wifi; mapeamento do terreno; navegação autônoma; execução de rotinas de operação.
Novos sensores poderão equipar o veículo, tais como câmeras inteligentes, detetores de gás SF6, sistemas de mapeamento de subestações para sistemas BIM, leitores de QR Code e leitores RFID.
Com o encerramento da fase de desenvolvimento experimental e protótipo, as próximas etapas do projeto preveem a confecção de cabeça de série, a realização do lote pioneiro, e a inserção no mercado.
Novo estudo: abertura total do mercado beneficiará baixa renda e “Brasil esquecido”
A Abraceel realizou em maio, em Brasília, o lançamento do estudo “Portabilidade da Conta de Luz: Justiça Social e Transição Energética Justa”, que dimensionou quais e quantos consumidores brasileiros, de energia em baixa tensão, podem ser beneficiados com a universalização do acesso ao mercado livre de energia – e quanto eles poderiam economizar, em relação ao que pagam atualmente no mercado regulado.
O estudo mostrou benefícios disseminados da abertura do mercado de energia elétrica, para todas as classes sociais e categorias de consumidores, mas principalmente para os brasileiros de baixa renda e classe média, bem como para pequenos negócios dos setores comercial, industrial e rural.
A apresentação foi conduzida pelo Presidente-Executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira, em um contexto que mostrou o impacto negativo do custo crescente da energia elétrica no orçamento das famílias brasileiras, os benefícios da abertura do mercado como uma política pública estruturante para a redução do custo de energia, de forma democrática, para todas as classes sociais e categorias de consumidores, e o papel relevante do mercado livre de energia na transição energética brasileira, cujos desafios são diferentes daqueles existentes em outros países.
Rodrigo Ferreira explicou que, entre outros motivos, o consumidor de baixa tensão arca com custos crescentes, porque está sujeito a contratos de energia no mercado regulado, indexados com prazos entre 20 e 30 anos, além de ter de absorver os custos de contratações compulsórias de fontes mais caras, determinadas pelo governo federal. Enquanto isso, no mercado livre, a energia está constantemente sendo descontratada, e voltando a concorrer com energia nova, que é inserida na matriz elétrica. Lembrou que o consumidor “deseja energia mais barata e renovável e que, no Brasil, a energia mais barata é a energia renovável”, predominante do mercado livre.
O estudo permitiu descobrir que os descontos adicionais na fatura elétrica para os consumidores de baixa renda beneficiariam 62% dos cenários, identificados em um mapeamento que cruza 40 faixas de consumo em 33 mercados regionais, regulados nos quais os consumidores brasileiros estão inseridos. “Quanto maior o consumo, mais competitivo fica o mercado livre, inclusive para consumidores enquadrados como baixa renda”, conclui.
Em 2023, cuja perspectiva é de ausência de cobrança de bandeiras tarifárias ao longo do ano inteiro, e preços mais baixos do ambiente de contratação livre, os descontos viabilizados pelo mercado livre poderiam beneficiar ainda
mais consumidores de baixa renda, em 82% dos cenários previstos.
“A abertura do mercado de baixa tensão tem de ser boa para quem migra, e neutra para quem decide permanecer no mercado regulado”, frisou Ferreira. Ele salientou que é importante que a liberalização seja feita com equilíbrio entre os agentes, e em especial para o consumidor, respeito aos contratos e segurança jurídica – e sem subsídios, lembrando que o consumidor livre paga todos os encargos que são pagos no mercado cativo.
O Presidente-Executivo da Abraceel explicou aos participantes que a abertura do mercado de energia para os consumidores de energia em baixa tensão dará protagonismo ao consumidor, e que será uma alavanca para a transição energética, que é caracterizada por três Ds: Descarbonização, Descentralização e Digitalização.
Em resumo, o grande desafio no Brasil é avançar na descentralização da contratação da energia consumida e na digitalização. A Europa, por exemplo, já avançou bem nessas etapas, na medida em que os mercados elétricos são liberalizados, e todos os consumidores podem escolher o fornecedor, muitos com acesso a serviços e funcionalidades digitais.
O Brasil, por outro lado, está muito bem-posicionado no terceiro pilar, da descarbonização da geração de eletricidade, que é o maior desafio dos europeus, que possuem matriz elétrica com elevada participação de geração lastreada em fontes fósseis. Falta ao nosso país, no entanto, assegurar maior protagonismo ao consumidor, avançando na descentralização e digitalização da energia elétrica, o que depende, basicamente, de políticas públicas.
Com isso, Rodrigo concluiu que a abertura completa do mercado de energia, beneficiando todas as classes sociais e categorias de consumidores, vetor da transição energética, depende apenas de “tinta na caneta”, por meio de uma portaria do Ministério de Minas e Energia.
JBS gera energia a partir de metano, e reduz em
65% as emissões diretas de CO2
A JBS está instalando biodigestores, para dar um novo destino ao metano emitido em suas operações industriais: a produção de biogás, uma energia renovável e limpa. A primeira fase da iniciativa contempla as nove maiores unidades da Friboi, e reduzirá em 65% as emissões escopo 1 do negócio, o que representa uma dimuinição de 24,6% nas emissões escopo 1 de todas as atividades da JBS no Brasil. Com investimento de R$ 54 milhões, trata-se do maior projeto do tipo, na indústria de proteína no País, reduzindo o impacto ambiental do seu processo produtivo. Os biodigestores irão capturar o gás metano emitido pelas operações da companhia, e transformá-los em biogás, um combustível limpo, que vem ganhando espaço no contexto da transição energética global para uma matriz de baixo carbono. Seguindo os princípios da economia circular, o biogás poderá ser utilizado em três frentes: para a geração de vapor nas caldeiras das unidades, substituindo a biomassa; como fonte para geração de energia elétrica; e como combustível para frota da transportadora da JBS, em substituição ao diesel ou em sistema hibrido. Essas aplicações pemitem reduzir as emissões do escopo 1 (diretas) e escopo 2 (referente ao uso de eletricidade).
Biodigestores em Lins/SP, no processo de captura do gás metano no para transformação em biogás
captura do metano nas suas operações, há décadas.
Atualmente, 14 fábricas nos Estados Unidos e no Canadá já possuem sistemas de biodigestores, produzindo 190 mil m³/d de biogás. Essa energia limpa abastece caldeiras, e é utilizada na produção de eletricidade nas unidades da Companhia, além de ser vendida para empresas de gás. Os projetos em operação nos EUA e Canadá reduziram em 20% a demanda externa de gás natural, um combustível fóssil, e fez com que a JBS deixasse de emitir 650 mil toneladas por ano de gases de efeito estufa.
Na América do Norte, a Companhia pretende expandir os projetos de produção de biogás nos dois países, e tem planos para realizar novos investimentos nesta frente, no México. Além disso, em parceria com a empresa Energy360, a JBS está investindo em projetos de biogás Austrália, com potencial de eliminar a emissão de 60 mil toneladas de CO , e economizar AUS$ 2 milhões, por ano, nas despesas com gás natural.
“Os nossos investimentos em biogás são uma clara demonstração da nossa ambição de sermos um agente de transformação para uma economia de baixo carbono, em linha com o nosso compromisso Net Zero”, destaca Bauer.
Neste primeiro momento, o projeto será implementado até meados junho de 2023, em nove fábricas da Friboi, nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rondônia. As unidades de Andradina/SP, que já contava com um sistema de biodigestor desde 2021, Campo Grande I /MS, Lins/SP, Mozarlândia/GO e Ituiutaba/MG já tiveram as suas obras concluídas. As demais estão em fase final de implantação.
“Em linha com as ações de economia circular, os biodigestores vão reduzir as nossas emissões de metano, e iniciar a produção de uma energia limpa e renovável. Esse projeto reforça a nossa visão de que o agronegócio faz parte da solução para endereçar os desafios da mudança climática que o mundo enfrenta”, afirma o diretor corporativo de Sustentabilidade da JBS Brasil, Maurício Bauer. Atualmente, quase 90% da matriz elétrica da Companhia no País já é oriunda de fontes renováveis de energia.
O investimento em projetos de biogás no Brasil vai ao encontro do compromisso da JBS em se tornar Net Zero até 2040, ou seja, zerar o balanço líquido das emissões de gases causadores de efeito estufa em toda sua cadeia de valor, reduzindo as emissões diretas e indiretas, e compensando toda a emissão residual. Globalmente, a JBS já trabalha na
A captura de metano nas nove unidades da Friboi permitirá a produção de aproximadamente 80 mil metros cúbicos por dia (m³/d) de biogás. Esse volume é suficiente para fornecer gás natural para mais de 190 mil famílias, com um consumo médio de mensal de 11,7 m³/mês (dados de 2021 do consumo de gás residencial no Estado de São Paulo). Também pode abastecer 31 mil carros a gás natural veicular (GNV), que rodam em torno de mil quilômetros por mês, ou 300 caminhões a GNV, que percorram o equivalente a 100 mil quilômetros por dia.
Além do uso nas operações da JBS, o biogás também poderá ser comercializado para terceiros, como as distribuidoras estaduais de gás canalizado, ou indústrias que desejam fabricar produtos a partir do gás natural de forma mais sustentável. Uma outra possibilidade é a conversão do energético em biometano para o uso como combustível em veículos movidos a GNV. Uma terceira alternativa em avaliação é o uso do biogás como fonte para projetos de geração distribuída de energia elétrica, para abastecimento de instalações do Grupo.
Com esta nova frente, a JBS amplia os seus esforços para reduzir o impacto das emissões de metano em seus negócios. Outra iniciativa nesta linha é a parceria com o Instituto de Zootecnia da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, para o desenvolvimento de aditivos alimentares para a cadeia bovina.
Parceria impulsiona complexo de hidrogênio verde
A ABB foi escolhida como parceira da Bair Energy Green Hydrogen and Technology Alliance, para oferecer sua expertise em soluções prontas para uso de automação, eletrificação e digitalização, com o objetivo de otimizar a produção de hidrogênio verde de baixo custo, na instalação de 1 GW em Clear Fork, Texas (EUA).
A fase inicial do projeto utilizará energia renovável para produzir inicialmente até 33.000 kg de hidrogênio verde, por dia, com uma capacidade diária projetada para aumentar até 132.000 kg, até 2028. O hidrogênio verde, que emite zero carbono quando usado como fonte de energia, será liquefeito no local, armazenado e transportado para os clientes, para ajudar a estabelecer redes de hidrogênio no setor de mobilidade e transporte.
A metodologia ABB Adaptive Execution, que abrange, desde a concepção, até as operações, será empregada para integrar equipes de especialistas, tecnologias inovadoras, processos ágeis e aprendizados compartilhados. A utilização do portfólio de produtos da ABB, não apenas auxilia os clientes na redução dos custos financeiros, mas também permite a entrega dos projetos antes do prazo estabelecido.
O Memorando de Entendimentos entre a ABB e a Bair Energy estabelece o escopo para explorar a implantação da tecnologia de gêmeos digitais, habilitada pelo ABB Ability 800xA Simulator e ABB Ability Process Power Simulator. Essas soluções integrarão os controles elétricos e de processo com simulação dinâmica, proporcionando uma representação virtual de como a planta é projetada, operada e mantida. Isso permite um período de inicialização mais curto da nova planta, ajuda a treinar os operadores, e possibilita a realização de testes de mudanças em um ambiente realista, porém desconectado.
Considerando que o transporte é a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa nos Estados Unidos, o projeto tem como objetivo promover um avanço significativo na descarbonização do setor de transporte do país.
Com previsão de início de operações para 2025, o Projeto Clear Fork Texas será uma das maiores instalações de produção local de hidrogênio verde.
“Estamos particularmente satisfeitos por fazer parte deste projeto, para apoiar a produção de hidrogênio de baixo custo e o transporte sustentável, nos EUA e no mundo”, disse Brandon Spencer, presidente da ABB Energy Industries. “É um momento emocionante para o hidrogênio nos EUA, após os incentivos da Lei de Redução da Inflação aprovados no ano passado, que, juntamente com formações de alianças como esta, apoiam as projeções de reduzir o custo da produção de hidrogênio verde para menos de US$ 0/kg, até 2030.”
“Nossa parceria com a ABB e sua expertise em soluções de automação, eletrificação e digitalização são essenciais para impulsionar o sucesso do Projeto Clear Fork Texas”, afirmou Nicholas Bair, CEO da Bair Energy. “A implantação do ABB Adaptive Execution também nos possibilitará uma redução de 20% no nosso CAPEX, e uma aceleração de 10 a 20% no prazo de entrega da instalação, o que é uma virada de jogo para um projeto desta escala”.
A Bair Energy é a parceira administradora da Green Energy and Technology Alliance, e atua como uma empresa de Gerenciamento de Programas e Gerenciamento de Construção. A Bair Energy também gerencia a plataforma de tecnologia Clean Energy Holdings, que é focada em complexos de hidrogênio verde, seguros e econômicos, orientados para a comunidade, durante todo o ciclo de vida operacional do projeto.
Appian firma parceria com Detronic para 20 parques solares
A Appian Capital Advisory LLP, fundo de investimentos britânico especializado em mineração, e a Detronic Energia, hub brasileiro de soluções em energia renovável, anunciaram parceria de energia limpa para desenvolvimento de um portfólio de 20 parques solares, com capacidade total de 62,4 MWp, em Minas Gerais, considerado um dos principais estados para o setor de mineração no Brasil.
Com isso, a Appian Capital Brazil, unidade de negócios da Appian Capital Advisory LLP, faz importante movimento em sua estratégia de negócios no mercado brasileiro, e expande sua atuação também para o segmento de energia limpa.
“Este é um marco significativo para as ambições de sustentabilidade da Appian. Como um dos principais investidores em mineração, vemos a excelência em ESG, como pilar essencial para a entrega de nossa estratégia e o sucesso de nossos investimentos. Ao fazer parceria com a Detronic, especialista do setor, demonstramos que fornecer energia limpa para nosso portifólio no Brasil é uma prioridade, além de oferecer retornos atraentes e ajustados ao risco para nossos investidores no processo. Estou ansioso para aproveitar a oportunidade que esta parceria representa para nossos negócios”, comenta Michael W. Scherb, fundador e CEO da Appian.
“Vivemos em um mundo conectado e elétrico, e as fontes de energia renováveis são as protagonistas de um futuro sustentável. Nossa parceria é construída com propósito, e estamos ansiosos para combinar os esforços de duas equipes incríveis, para alcançar objetivos e resultados comuns. Juntos, vamos desenvolver os alicerces fundamentais para grandes projetos, em todo o planeta. A Detronic tem um modelo de negócios totalmente verticalizado, o que garante segurança aos nossos clientes, e coloca a empresa à frente de empreendimentos de nosso portfólio, desde o desenvolvimento do projeto, até a distribuição e gestão final da energia, com uma estrutura 360°, e um time de profissionais de ponta”, explica André Barreto, CEO da Detronic.
Neste primeiro momento, o objetivo da joint-venture, formada entre Appian e Detronic, é atender o mercado regulado, abastecendo o consumidor residencial. Por isso, será desenvolvido um portifólio de usinas solares de pequeno porte, de fácil construção e baixo risco, em Minas Gerais, estado que é uma das regiões mais atrativas para projetos fotovoltaicos, devido à excelente irradiação solar, e a incentivos fiscais. A Appian Capital Brazil avalia também oportunidades para construção de fazendas solares adicionais em suas operações.
Com grande potencial de produção de energia solar, Minas Gerais é o maior mercado de geração distribuída do Brasil, com 2,5GWp de capacidade energética já instalada. O ambiente estável de preços de energia e a realização de projetos
de baixo risco, além dos incentivos fiscais para a geração solar no estado, são alguns dos principais benefícios da parceria com a Detronic, representando retornos atraentes, ajustados ao risco para os investidores da Appian. A parceria vai ajudar a descarbonizar o país, e os benefícios do projeto vão muito além de seus atributos ambientais: os consumidores mineiros que vão receber a energia podem economizar entre 15% e 20% na conta de luz.
A construção das 20 usinas solares em território mineiro está prevista para o segundo trimestre de 2023. O desenvolvimento do portfólio de energia renovável no Brasil servirá como proteção, e reduzirá a exposição da Appian a futuros aumentos de preços de energia em suas operações no país. Juntamente com seus benefícios ambientais e econômicos, a parceria permitirá que o grupo desenvolva ainda mais sua experiência interna em sustentabilidade, como a energia fotovoltaica, particularmente em torno da incorporação de projetos renováveis, daqui para frente, ampliando a descarbonização de suas operações.
“Com esta aquisição, ampliamos nossa atuação no país, e ficamos cada vez mais preparados para implementar essa estratégia em outros mercados do Grupo, no mundo. A matriz energética brasileira é predominantemente renovável, e precisamos utilizar essa vantagem competitiva para suprir a crescente demanda por energia solar. Tenho convicção de que, juntamente com o nosso modelo de gestão e excelência operacional, a parceria com a Detronic será o alicerce para o crescimento do Grupo Appian, no setor de renováveis”, explica Paulo Castellari, CEO da Appian Capital Brazil.
Com ampla expertise no setor, a Detronic Energia irá liderar a construção dos parques solares. A empresa possui 34 parques solares recentemente construídos e conectados à rede, bem como outros 47 em construção. As atividades atuais da companhia especializada em energias renováveis substituem o equivalente à emissão de 6.263 toneladas de CO2, por ano.
A Detronic oferece soluções inovadoras para que o consumidor possa ter mais opções, e que geram aos clientes da empesa economia de até 15%. A Detronic instala sistemas de geração própria para residências e empresas, e também oferece energia por assinatura, modalidade que vem crescendo no Brasil. O consumidor que não quer imobilizar seu capital imediato para investir em placas fotovoltaicas e obras no imóvel pode optar pela locação da energia em projetos de geração compartilhada. É similar à assinatura de serviço streaming, só que é um plano de energia solar.
Transformar e desenvolver as regiões onde atua, aliado a um sólido compromisso com o meio ambiente e com a Integração Social. Com esse propósito, a adição de uma unidade de negócios voltada ao segmento de renováveis consolida o compromisso da Appian Capital com as boas práticas de ESG e com o estímulo e fomento de novas matrizes sustentáveis.
50 anos do Senai VW
A Volkswagen do Brasil celebrou os 50 anos do Centro de Formação
Profissional Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Volkswagen. Localizada na fábrica Anchieta da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo/SP, a escola já ofereceu formação profissional de excelência a mais de 7 mil alunos.
OCentro de Formação Profissional Senai Volkswagen tem uma estrutura completa e de padrão global. Além de instalações modernas, a escola conta com Laboratórios de Automação, de Projetos Mecatrônicos e de Tecnologia Automotiva, incluindo equipamentos avançados de IoT (internet das coisas voltada para comunicação e troca de dados de manufatura), impressora 3D e simuladores de produção. Conta também com Oficinas de Aprendizagem Automotiva, Metalmecânica e de Eletroeletrônica & Automação.
“Celebrar os 50 anos da inauguração oficial do Senai Volkswagen é uma grande honra para todos nós. Essa parceria de sucesso representa o compromisso da Volkswagen do Brasil, em oferecer aos jovens uma formação do mais alto nível, vivenciando os desafios da indústria, além de uma oportunidade profissional na maior fabricante de automóveis do País. Ao concluir o curso, eles estão prontos para atuar no processo produtivo, e contribuir de forma inovadora com a transformação da Nossa VW”, disse Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil.
Cursar o Senai Volkswagen abre oportunidades de desenvolvimento e crescimento na empresa. Essa é a história de Douglas Pereira, ex-aluno e hoje vice-presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil e Região América do Sul: “Há 28 anos, tive a oportunidade de reali-
zar o sonho de entrar na VW, por meio desse programa de aprendizagem. Essa escola representa muito mais do que a formação profissional e técnica para o trabalho. Representa a transformação de vidas”.
A parceria oficial entre a Volkswagen e o Senai, com a escola dentro da unidade Anchieta, teve início em 1973, mas a empresa já oferecia outros programas de qualificação profissional, desde a inauguração da fábrica, em 1959. A Anchieta é primeira fábrica da Volkswagen fora da Alemanha, iniciando a expansão global da marca.
Atualmente, o Senai Volkswagen oferece duas formações com propostas inovadoras. O programa de dois anos inclui os cursos de Aprendizagem Industrial (diploma de Operador de Processos de Manufatura Automotiva, no primeiro ano) e Técnico em Mecatrônica (no segundo ano). Além das aulas com foco em inovação e tecnologia, os alunos desenvolvem projetos para aprimoramento de processos industriais.
Anualmente, são cerca de 120 alunos, sendo metade formandos que estão prontos para o mercado de trabalho, após vivenciarem o dia-a-dia da indústria. Os alunos aprovados no curso têm a chance de serem contratados pela Volkswagen do Brasil. Para se matricular, é necessário ter 16 ou 17 anos, e ser filho, irmão ou enteado de colaborador Volkswagen.
O Senai Volkswagen também oferece o curso pós-téc-
nico FIC – Formação Inicial Continuada –, uma parceria entre a Volkswagen, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, e a empresa Grob. Esse curso, com um ano de duração, é oferecido a colaboradores da Volkswagen e da Grob, e segue o conceito de Ensino Dual, com aulas teóricas em sala e práticas diretamente no processo produtivo, incluindo o desenvolvimento de projetos para aprimoramento de processos. Os alunos aprovados recebem a certificação de Desenvolvedor Integrador de Sistemas Automatizados de Manufatura, válida internacionalmente.
“A relação entre a Volkswagen, o SENAI e a sociedade é um exemplo a ser seguido. Esse tipo de conexão é fundamental, para que o setor produtivo identifique a real demanda de formação e, por outro lado, o Senai a compreenda e a transforme em cursos de formação profissional,
aderentes a essa necessidade. Essa parceria de sucesso gera impacto econômico e social: a empresa recebe mão-deobra qualificada, e os jovens recebem qualificação de qualidade que lhes abre as portas do mercado de trabalho”, disse Ricardo Terra, diretor regional do Senai São Paulo.
“A parceria de 50 anos entre a Volkswagen e o SENAI demonstra que a empresa acredita e investe na capacitação profissional das pessoas, tanto no desenvolvimento humano, como na formação direcionada para as necessidades específicas da fábrica. Esse elo de confiança nos dá a missão de formar jovens altamente capacitados, para atuarem na produção dos veículos. É um orgulho enorme fazer parte dessa história”, afirmou o diretor do Senai Volkswagen, João Domingos Chiari Sanchez.
A Volkswagen do Brasil trabalha para ser uma empresa cada vez mais diversa, humana e próxima das pessoas. Em linha com esses objetivos, a diversidade é outro ponto de destaque no SENAI Volkswagen, que recebeu as primeiras alunas do gênero feminino em 1992. Hoje, 50% das vagas são destinadas às mulheres.
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Mercado e economia aquecida.
Detecção e manutenção: chaves para minimizar riscos de vazamentos
Em ambientes industriais, o potencial de vazamento de gases e líquidos é presente em todo o processo, desde a chegada de matérias-primas, até a armazenagem dos produtos e seu transporte ao destino. As consequências envolvem riscos para a empresa, para as marcas e os produtos, e para a comunidade do entorno, impactando negativamente a imagem da empresa, junto a clientes e fornecedores.
Atuar na prevenção desses acidentes é a melhor opção, e, no caso de mesmo assim acontecerem, independentemente do tipo e da periculosidade, é fundamental “agir rapidamente para estancar o desperdício, além de monitorar constantemente para que novas ações de manutenção sejam adotadas”, recomenda Wilson Dibo, líder de Qualidade nas áreas de Alimentos e Ingredientes da Cargill na América Latina.
Sempre presentes nas listas de ações de segurança, o monitoramento dos processos e a detecção de vazamentos são prioritários, quando da inserção, no processo, de produtos químicos prejudiciais ao ecossistema, às pessoas e às comunidades, com riscos à saúde e à economia, explica Wanderson Luiz Azevedo
– gestor especializado em automação e instrumentação da Trilogix Engenharia.
Independentemente da etapa em que ocorra o vazamento, as consequências estão diretamente relacionadas ao volume, ao impacto financeiro e ao desperdício, agregando, em alguns casos, prejuízos socioambientais e ocorrência de contaminações de diversos tipos.
Nesse contexto, especificamente para as empresas, como afirma Azevedo, “vazamentos podem gerar grande prejuízo financeiro, com a perda de matéria-prima ou de produto final, assim como de custos com os reparos necessários, e de valores gastos com multas e reparação a pessoas e comunidades afetadas”.
Óleo e gás, química e mineração, constituem setores críticos, em termos de consequências socioambientais, e também à indústria de alimentos e bebidas, onde os riscos de contaminação do produto durante a produção também geram consequências nefastas para funcionários, comunidades e consumidores.
Aos vazamentos em processos, somam-se aqueles relacionados a utilities, e os cuidados na prevenção são semelhantes: um bom sistema de manutenção preventiva e inspeção frequentes. Assim, garante-se que os componentes de desgaste das válvulas e conexões sejam substituídos antes de apresentarem problemas e riscos de vazamentos.
Investimento contínuo em manutenção preventiva e preditiva mantém as suas linhas de produção sempre nas melhores condições. A depender da composição do material de fabricação do ativo, técnicas adequadas são selecionadas para avaliar a integridade do processo e detectar o início das falhas. Adicionalmente, as equipes operacionais são treinadas para monitorar e reportar anomalias, a fim de que ações sejam tomadas conforme respectivas prioridades.
Hoje, as empresas possuem uma série de instrumentos que podem auxiliar e identificar esses vazamentos, desde o método como monitorar nível e pressão do sistema, através de transmissores eletrônicos de diversos métodos de medição, através da totalização da vazão dos produtos entre transferências e recebimento, podendo ou não contar com uma correção por temperatura. Esses são métodos mais simples de comparação dos valores registrados por esses instrumentos conectados a um controlador, os mesmos instrumentos, por sua vez, também podem ser
usados para alimentar algoritmos, tornado o sistema mais eficaz na detecção dos vazamentos, frisa Azevedo.
Atualmente, algumas plantas, além de detectores de gases, também utilizam câmeras especiais com leitura térmica, que conseguem monitorar um possível vazamento, mesmo que não seja perceptível a olho nu.
A forma de lidar com vazamento de insumos e utilities são as mesmas, explica Wanderson Azevedo, pois, ambos são considerados perda de material, energia e eficiência de máquinas. “Hoje, existem setores dedicados a fazer a análise de riscos com a movimentação e trabalhos com os materiais nas indústrias, assim, contam com equipes e materiais próprios, e indicados a fazer o bloqueio das fontes, para evitar um vazamento maior, contenção e absorção e recolhimento dos materiais que tenham vazado”.
Para evitar os vazamentos nos procedimentos de carregamento ou envaze de produtos, é necessário o cuidado com os teste e certificação dos materiais e equipamentos, destinados ao transporte desses materiais, outro
Calculador de Vazão DMY-2030-CV
A solução em medição de vazão da Presys com compensação de temperatura e pressão é integrada com totalização. A medição de vazão, utilizando o princípio da pressão diferencial com placas de orifício, é um dos métodos mais amplamente utilizados no transporte de fluidos e gases. Isso se deve a vários fatores vantajosos, tais como:
Simplicidade e baixo custo de instalação;
Fácil manutenção dos elementos de medição;
Baixos valores de incertezas de medição.
A medição de vazão por pressão diferencial oferece muitos benefícios, e tem diversas aplicações, especialmente quando combinada com a compensação de pressão e temperatura. O Calculador de Vazão DMY2030-CV, da Presys, é equipado com uma caixa metálica de alumínio extrudado, e possui três entradas que podem ser utilizadas para conexão com sinais analógicos padronizados, provenientes de sensores de pressão
diferencial, pressão manométrica e temperatura. Além disso, ele possui alimentação padrão de 24 Vcc para transmissores a dois fios. O dispositivo exibe as indicações das três entradas em 5 dígitos, realiza a totalização da vazão corrigida com uma contagem de 8 dígitos, e possui a opção de reinício (reset), através do painel frontal ou por meio de um contato seco externo.
ponto é criar uma área para o carregamento, descarregamento e envaze com conexões adequadas, que evitam o vazamento do produto, deste a diques de contenção e recuperação do produto, podendo contar com sistemas de vácuo para coletar o material e evitar gotejamentos ou escorrimento de material na área de envaze e carregamento. No Grupo Petrópolis, por exemplo, os pontos da linha de produção que demandam maior atenção, no que tange a vazamentos são os sistemas de controle, como válvulas de controle, juntas e conexões pneumáticas, que podem afetar a eficiência de energia global (vapor, energia e ar comprimido). Nesse sentido,
detalha François Araujo – técnico Sênior que atua no apoio ao time de Automação e Instrumentação do Grupo Petrópolis, “os indicadores são prioridades para o negócio garantir eficiência e baixo custo. Para isso, temos metas a serem batidas mensalmente e monitoradas semanalmente”.
Existem muitos produtos, projetos e pesquisas para eliminar, evitar e agir de forma rápida no tratamento dos vazamentos, que podem dar suporte ao esforço das equipes envolvidas em manter sempre um sistema ativo e em alerta.
Entre as tecnologias para detecção de vazamentos disponíveis no mercado, estão os sistemas de de-
Identificar e corrigir vazamentos é sinônimo de maior produtividade na indústria
A detecção de descargas parciais e a identificação de vazamentos de ar comprimido, gases e vácuo pode ser um grande desafio para as indústrias que ainda não utilizam o Imageador Acústico de Precisão Fluke ii910.
Pertencente à linha de geradores de imagens ultrassônicas da série ii900, o equipamento acaba de receber novas funcionalidades. Com o MecQ, os usuários poderão otimizar os processos de manutenção em sistemas transportadores, identificando possíveis falhas em rolamentos, ainda em estágios iniciais.
O modo MecQ detecta possíveis problemas em rolamentos de sistemas transportadores, por meio da geração de imagens acústicas, que permitem que as equipes de manutenção identifiquem falhas em elementos rolantes, e tomem medidas proativas que maximizem o desempenho do sistema, evitando paradas inesperadas.
A nova funcionalidade MecQ proporciona a mesma experiência dos modos LeakQ (que, através de estimativas empíricas, quantifica o tamanho do vazamento, e indica o custo do desperdício), e PDQ (função para descargas parciais, que indica o tipo de descarga, e traça o gráfico PRPD em tempo real), mas foi especificamente desenvolvida e otimizada para a identificação de deterioração mecânica. “Ao analisar uma série de recursos ou componentes mecânicos idênticos, o Fluke ii910 com MecQ permite que o usuário mapeie potenciais anomalias de deterioração. Esta nova aplicação permite aos clientes identificar, de forma eficiente e sem contato, potenciais áreas de interesse para acompanhamento e inspeção mi-
nuciosas posteriores”, afirma o Gerente Regional de Produtos LATAM da Fluke, Carlos Rubim.
O equipamento ainda permite registrar as descobertas de vazamento, descargas parciais e, agora, anomalias mecânicas, tirando screenshots ou gravando vídeos de pontos importantes, e adicionando anotações e tags às mídias. Assim, é possível planejar quaisquer ações de manutenção preventiva ou reativa. Desta forma, o Fluke ii910 com MecQ evita o tempo de inatividade não planejado, chegando a uma economia potencial de custos, na casa das dezenas às centenas de milhares de reais, dependendo do setor.
“A adição do modo MecQ aos geradores de imagens ultrassônicos ii910 reforça o comprometimento da Fluke no aprimoramento contínuo dos seus equipamentos, entregando maior valor agregado e novas funcionalidades, aos usuários que já possuem o equipamento, uma vez que o MecQ pode ser habilitado através de uma simples atualização no software interno do gerador de imagens ii910 – totalmente sem custos, para aqueles usuários que já possuem o equipamento”, diz Rubim.
Além do MecQ e do estimador de emissão de CO2, as novas atualizações para o Gerador de Imagens Fluke ii910 ainda contemplam a possibilidade de leitura e gravação automática de códigos de identificação de ativos, inclusão de etiquetas de estado e severidade da inspeção, e o cálculo, diretamente na tela do equipamento, dos desperdícios energéticos e custos financeiros dos vazamentos – além de melhorias regionais nas traduções da intuitiva interface de usuário.
tecção de vazamentos de ar comprimido por sensores sonoros. “Esses sistemas funcionam como uma câmera, com sensores que conseguem detectar o ruído de um vazamento de ar comprimido com muito mais eficácia que uma inspeção humana. E existem tecnologias similares para detecção de vazamentos de água, gases etc.”, conta André Gomes, Head Industrial da Natural One.
ele tem contato com o ar externo ou com uma superfície não estéril”, explica André, que destaca como ponto sensível, na linha de produção, as válvulas e conexões no caminho do produto entre o pasteurizador e a enchedora, e a própria enchedora. “É preciso estar alerta sobre a importância dos vazamentos de produto nas garrafas envasadas, devido a problemas de tamponamento, que fazem o fechamento da garrafa não ser totalmente estanque”.
Como atenuante, André cita o fato de essa constituir “uma parte não asséptica do processo produtivo, por estar antes do tratamento térmico, pasteurização”, que, exatamente por isso, apresenta “grau de risco menor para a assepsia e a qualidade do produto final. Obviamente, vazamentos nesta parte não asséptica também são críticos, e devem ser tratados, porque podem gerar perdas financeiras relevantes”.
A Cargill está entre as empresas que atuam preventivamente, mantendo política de Zero Dano no suporte aos processos de produção, em todos os negócios, em todo o mundo, e que “coloca a segurança das pessoas sempre em primeiro lugar”, comenta Wilson Dibo, destacando que é a partir desse “valor inegociável que desenhamos todos os controles e procedimentos de Segurança e Qualidade”. No quesito vazamentos, o ponto sensível da linha de produção está na interação e na maior proximidade a produtos químicos, em momentos de limpeza automática, em sistemas fechados, como tanques e tubulações (CIP) que, mesmo tendo sua aplicação aprovada previamente, exigem atenção e cuidado.
@Natural OneVazamentos em trecho asséptico ampliam o risco de qualidade do produto, agregando ao cenário “as perdas nas áreas de utilities que aumentam o custo de produção. Para alguns fluidos, e dependendo do grau de vazamento, existe também o risco de saúde para os colaboradores, uma vez que se pode estar falando de vapor superaquecido (risco de queimaduras graves), e até de intoxicação (no caso no nitrogênio, uma vez que expulsa o oxigênio do ar ambiente).
Como produtora de sucos de frutas pasteurizados, a Natural One, na parte relativa a vazamentos de produto, considera dois tipos de ocorrências: ao longo do processo, em válvulas e conexões, e na embalagem.
No primeiro caso, seja ou não na parte asséptica, os vazamentos são evitados através de um bom plano de manutenção preventivo e de rotas frequentes de inspeção, tanto por parte da equipe de manutenção quanto de operação.
Já os vazamentos na embalagem derivados de falhas de tamponamento são evitados através dos sistemas de inspeção eletrônicos (checkmates) instalados na saída das enchedoras. “Esses equipamentos tiram uma foto, garrafa a garrafa, e comparam contra uma imagem padrão, para verificar se a tampa está bem aplicada na garrafa; caso seja detectado algum problema, a embalagem é rejeitada automaticamente. O checkmate é nossa verificação final, para garantir que nenhuma garrafa saia com algum desvio de tamponamento, porém, para funcionar bem, é necessário rígido sistema de controle de parâmetros operacionais”, garante Gomes.
Em indústrias como a Natural One, “por trabalharmos com um produto totalmente sem conservantes e longa vida (shelf-life), nosso maior ponto de atenção são os vazamentos de produto (suco). Por ser um produto isento de conservantes e com longo tempo de embalagem, temos uma tecnologia de processamento e envase asséptico, que requer especial cuidado com os vazamentos, pois, caso ocorram, se perde a assepsia do produto, uma vez que
Ao partir do pressuposto de que praticamente todo produto pode ter um vazamento, Dibo lista os líquidos (óleos, lubrificantes, água de resfriamento) e os gasosos (refrigerados e liquefeitos) entre os vazamentos mais comuns nas indústrias, ao lado de produtos químicos e lubrificantes (componentes naturais que entram na linha de produção mecânica). Agrega, também, ingredientes que podem vazar, e são imprescindíveis aos produtos Cargill, “como sal, açúcar, milho e cacau, por exemplo. Nesse ponto vale ressaltar nossa preocupação contínua para
evitar desperdícios e, por isso, somos muito rígidos com a manutenção em dia de nossos equipamentos e linhas de produção”.
Outras perdas, como água, vapor e energia também são mitigadas, para reduzir ao máximo desperdício de recursos. Sempre é tempo de lembrar que os custos de produção da indústria já são muito altos, e não coagir perdas em vazamentos é extremamente contraproducente.
Para a empresa, como garante o líder de Qualidade nas áreas de Alimentos e Ingredientes da Cargill na América Latina, os principais riscos de vazamentos estão relacionados a atrasos na linha de produção, desperdício de insumos e, em casos extremos, perda de lotes de produtos. “Temos controles rígidos contra vazamento nas comunidades, e planos de contingência atualizados, que nos asseguram contra esses riscos em todas as localidades onde estamos presentes”.
Turn Key em Detecção de Vazamentos
Iniciado em janeiro de 2000, o PEGASO, Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional, da Petrobras, contou com um orçamento de US$ 1 bilhão, em projetos que visam a minimizar os riscos ambientais, e contribuir para a melhoria do uso de recursos naturais.
Do orçamento total, 23% foram destinados para a automação de 14 mil quilômetros de dutos, e para o equacionamento dos resíduos que têm sido acumulados durante 20 anos, qualificando a Petrobras na obtenção de licenciamento ambiental, e a certificação de todas as suas instalações segundo as normas ISO 9000 e ISO 14000.
Este é o maior projeto mundial já destinado a um programa ambiental do setor de petróleo, em que foram desenvolvidas tecnologias para a segurança, meio ambiente, saúde, contingências (ações emergenciais), efluentes (despejos industriais), supervisão e automatização de dutos, tratamento de resíduos e gerenciamento de riscos.
A SMAR tem participado desse programa desde o início, com presença nos sistemas de detecção de vazamentos em dutos terrestres de Exploração e Produção, nas Unidades de Negócios da Bahia, Espírito Santo, Alagoas e Sergipe, fornecendo as Unidades de Transmissão Remota para o interfaceamento dos dispositivos de medição (pressão, vazão, temperatura, concentração), e acionamento de campo com a base de integração de dados operacionais, por telemetria, no CCO, Centro de Controle Operacional, responsável pela gestão das informações, a supervisão e controle das operações dos dutos com escoamentos de fluidos multifásicos, compostos basicamente
por óleo, gás, água e areia, e no monitoramento nos dutos com escoamento de fluidos monofásicos, compostos apenas por óleo (oleodutos) ou gás (gasodutos).
Na composição dos sistemas de automação, as Unidades de Transmissão Remota são formadas por painel e controlador modular, para entrada e saída de sinais analógicos e discretos, portas de comunicação para comunicação com rádio transmissor e outros dispositivos, além de instrumentação, tais como os Transmissores de Pressão, sensores e Transmissores de Temperatura e Transmissores de Concentração: Fornecimento completo da marca SMAR.
Com 20 anos de operação, este sistema ainda mantém sua robustez e confiabilidade, no propósito de assegurar a segurança no transporte de petróleo, gás e derivados, e com potencial de atualização aos novos recursos de hardware e software, para ampliar seu desempenho, facilitar a sua manutenção, e aumentar a longevidade, através da migração do módulo CPU do controlador LC800 SMAR que, com os avanços tecnológicos, adquiridos ao longo desses anos, alcançou maior capacidade de processamento, a adição de portas Ethernet redundantes e nativas, e recursos de configuração intuitivos e compatíveis com as últimas versões de Sistemas Operacionais de mercado, mantendo a compatibilidade com os módulos de entradas e saídas, analógicas e discretas, existentes. De modo semelhante, a nova versão do Computador de Vazão HFC302, que atende integralmente às atuais exigências da Agência Nacional de Petróleo, ANP, simplifica e facilita o acesso e à geração de relatórios de transferência de Custódia e Medição Fiscal.
Detecção de vazamentos por fibra ótica
A detecção de vazamentos em dutos e tanques de amônia, GNL, ar comprimido, entre outros, é de caráter fundamental, e um critério básico nas indústrias químicas, e de óleo e gás.
Para este fim, são empregados patrulhamentos constantes da equipe de manutenção, que acabam mostrando-se ineficientes por conta da presença no local, acesso limitado a determinadas partes, ou mesmo inexistente. A utilização de sensores ou câmeras de análise térmica exige uma ampla infraestrutura, que onera a produção e resulta num controle ineficaz, em razão de inúmeros pontos cegos, sem contar que muitas tubulações são subterrâneas. Neste contexto, vazamentos podem estar ocorrendo, sem que sejam percebidos, colocando em risco o ambiente, fábricas e pessoas. Assim, as companhias precisam munirse das mais avançadas tecnologias, de modo a manter sua competitividade no mercado, e garantir a segurança de empregados e equipamentos.
Baseando-se nisso, uma nova metodologia vem sendo utilizada, fundamentada em conceitos físicos, relacionados a espectroscopia de Raman, cujo conceito está na medição de temperatura distribuída (DTS), ao longo de fibras ópticas. Por meio de laser e de fibras óticas, aparelhos conseguem determinar a temperatura em cada posição de uma fibra, eliminando a necessidade de diversos sensores ou câmeras, bem como pessoal para análise no local.
A tecnologia permite identificar vazamentos de Amônia, GNL, ar comprimido ou mesmo obstruções em tubulações, se estas provocarem diferenças de temperatura.
Portanto, é possível cobrir uma superfície de quilômetros, com uma única fibra, não necessitando de uma equipe de manutenção constante, e muitas vezes impraticável, ou de uma gama elevada de infraestrutura, como sensores, cartões e controladores lógicos programáveis. Num exemplo prático, considerando uma tubulação de 6 quilômetros, se desejássemos medir a cada metro o valor da temperatura, teríamos de possuir 6 mil sensores, ao passo que, no caso da metodologia de Raman, são utilizados apenas 6 quilômetros de fibra.
O DTSXL – Distributed Temperature Sensor Long Range System (Sistema DTSXL) – mede temperaturas em vários pontos ao longo do comprimento de uma fibra óptica (de acordo com o modelo do aparelho, pode chegar a 50 Km), lançando um pulso de luz em uma fibra óptica conectada, e analisando os componentes de sinal de retorno. Ao utilizar a fibra ótica como elemento sensor intrínseco de temperatura, o DTSX é capaz de medir a distribuição da temperatura em uma área onde a fibra ótica está inserida.
É fornecido, junto com o aparelho, uma ferramenta dedicada a visualização de controle DTSX3000 (DTAP3000) e calibração. Além disso, o DTSX possui switches de 2, 4 e 16 canais, que ampliam as zonas de leitura, e também acompanha o software de supervisão, tratamento de dados, geração de alarmes e histórico o Ci-Server (Collaborative Information Server).
DTSX-200, DTSX-3000 e DTSX-1.
O DTSX é integrado ao sistema supervisório da Yokogawa, o Ci-Server, via Modbus TCP ou Modbus Serial. Além disso, os dados podem ser enviados para nuvem para uma ampla análise.
Monitoramento de tubulões de Amônia, tanques, esteiras e reatores com o DTSX e o supervisório Ci Server
O DTSX é um instrumento de medição de temperatura, por meio de fibra ótica, extremamente versátil, que intensifica a manutenção preventiva, e permite uma otimização de operações e gerenciamento de ativos da planta e das funções de processo; detecta possíveis ameaças de incêndio ou mau funcionamento, antes de ocorrer um sinistro; os operadores conseguem administrar significativamente os riscos de incidentes ambientais; a fibra ótica é essencialmente um Sistema de elemento passivo, tipicamente projetado para 30 anos. O DTSX tem baixo custo de aquisição, os gastos de manutenção são minimizados, e não necessita recalibração após o Start-up. Dentre as muitas aplicações, o DTSX pode ser utilizado em esteiras transportadoras, calhas de cabo, barras de CCM, dentre outras.
DTSX em esteiras transportadoras, calhas de cabos, barras de CCM, vazamento em dutos de amônia, tanques de GNL e temperatura em reatores O DTSX, facilmente detecta vazamentos e a localização, previne paradas inesperadas, gerencia riscos proativamente, economiza custos de manutenção de ativos, e possui maior eficiência de produção (Potencial). Aliada a uma ferramenta poderosa de Supervisão e análise, como o Ci-Server, os dados são apresentados de forma clara e precisa. A solução (DTSX) auxilia os gerentes de planta a garantir a disponibilidade e a eficiência na produção.
Detecção de Vazamento em dutos Manter a segurança é fundamental
Cesar Cassiolato Presidente & CEO da Vivace Process InstrumentsA indústria de óleo, derivados, gás natural e biocombustíveis é um dos segmentos da indústria que mais geram negócios no mundo todo.
Para explorar essas riquezas, é fundamental a movimentação destas matérias-primas em dutos e, eventualmente, esses podem apresentar vazamentos, como consequência de erosão, corrosão, esforços mecânicos, falha em materiais/soldas, deslizamentos, forças naturais, atos de vandalismo, obras próximas aos dutos, entre outros.
Acidentes na indústria petrolífera, em sua maioria, são de grande porte e, quando ocorrem vazamentos em dutos, é fundamental que haja uma rápida detecção, que gere alarme e condições de contenção sempre que possível, assim como rápida reparação, minimizando os prejuízos causados, impactos ambientais e sociais. Manter a segurança é fundamental.
Uma grande parte de dutos não possui sistema de monitoramento de vazamentos.
Existem vários métodos, inclusive avançados, com o uso de inteligência artificial e redes neurais, onde se pode fazer o processamento de sinais e identificar vazamentos em dutos com escoamento multifásico. A eficácia e a minimização de falsos alarmes é o grande desafio destes diversos métodos.
A detecção de vazamentos em dutos de óleo e gás, através da medição de pressão, é uma técnica comum e eficaz, utilizada na indústria para monitorar a integridade dos dutos, e identificar possíveis vazamentos.
Transmissores de pressão com rápidos tempos de respostas são instalados ao longo do duto, e geram dados que podem continuamente ser entrada de poderosos algoritmos, que utilizam técnicas de aprendizagem, estatísticas, reconhecimento de padrões, modelos de dinâmica dos fluidos, etc. A análise de transientes de pressão e vazão é muito utilizada no processo de controle e operação de dutos. Nos extemos onde se tem a injeção e descarga são instalados, então, transmissores de pressão, temperatura, vazão e mesmo densidade e, com estes algoritmos em controladores ou remotas, detecta-se a diferença entre as somatórias dos volumes entre a entrada e a saída.
Certamente, quanto menor o tempo de resposta dos equipamentos, e quanto maior for a exatidão das medições, melhor menor serão
as incertezas do sistema e maior a eficácia.
Por exemplo, o transmissor de pressão de alta performance da VIVACE, o VPT10, que possui tempo de resposta menor do que 50ms, e medições altamente precisas, colaboram para estes tipos de sistemas de localização e detecção de vazamentos.
Os transmissores de pressão registram as leituras de pressão em intervalos regulares, ou de forma contínua, dependendo do sistema de monitoramento adotado. As leituras são transmitidas em tempo real para uma central de controle, e são analisadas para identificar qualquer variação anormal. Um sistema de monitoramento pode usar algoritmos e modelos matemáticos, para comparar as leituras atuais com padrões esperados ou históricos.
Se houver uma queda significativa na pressão registrada, isso pode indicar um vazamento no duto. A queda de pressão pode ocorrer devido à saída de fluido pelos pontos de vazamento.
Além de detectar a presença de um vazamento, é possível usar múltiplos transmissores de pressão, ao longo do duto, para triangulação, e determinar a localização aproximada do vazamento. Com base na diferença de tempo entre a detecção do vazamento pelos diferentes transmissores de pressão, pode-se estimar a distância do vazamento em relação a cada transmissor.
É importante ressaltar que a detecção de vazamentos, por meio da medição de pressão, é apenas uma das várias técnicas utilizadas na indústria de petróleo e gás. Outros métodos, como monitoramento acústico, detecção de vazamentos por líquido de teste, análise de fluxo e monitoramento por câmeras, também podem ser empregados para garantir a segurança e a integridade dos dutos.
Anatel promove workshop sobre regulação e segurança cibernética
A Anatel promoveu o workshop virtual “Regulação & Segurança Cibernética no Setor de Telecomunicações”, iniciativa do Centro de Altos Estudos em Telecomunicações (Ceatel), presidido pelo conselheiro diretor, Alexandre Freire.
O objetivo do evento, conduzido pelo chefe da Assessoria Técnica, Juliano Stanzani, diretor-executivo do Ceatel, foi promover discussões relacionadas à regulação de segurança cibernética no setor de telecomunicações, com a participação multissetorial de especialistas no tema.
Demonstrando a importância do debate, os cinco conselheiros diretores da Anatel participaram da abertura do workshop, cuja íntegra está disponível no canal da Anatel no Youtube.
O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, disse que, à medida que a economia e a sociedade brasileira vão se tornando mais conectadas, é cada vez mais importante discutir formas de garantir que as pessoas e as empresas consigam utilizar os serviços de telecomunicações e acessar as plataformas digitais de uma forma segura, de maneira que seus equipamentos, dados pessoais, seus negócios e sua cidadania também estejam protegidos. Baigorri destacou, ainda, que o workshop acontece em bom momento, justamente em meio ao debate entre os Poderes Legislativo e Executivo a respeito da lei de segurança cibernética.
Alexandre Freire, na condição de conselheiro relator do processo de alteração do Regulamento de Segurança Cibernética Aplicada ao Setor de Telecomunicações, o R-ciber, destacou que o workshop traz importante e necessária pluralidade de perspectivas dos setores e atores. De acordo com Freire, segurança cibernética não é um fim em si mesmo, mas um eixo fundamental, habilitador da transformação digital, a qual traz oportunidades para o desenvolvimento do País e, com isso, o bem-estar de população. Em sua avaliação, a Anatel enfrenta, com muita responsabilidade e transparência de sua missão, a tarefa de promover segurança cibernética e resiliência das redes e serviços de telecomunicações e, assim, contribuir para a segurança e confiança do ambiente digital. E concluiu com a observação de que o Conselho Diretor se prepara para realizar as alterações do R-Ciber, as quais vem sendo gestadas há mais de dois anos na agência, inclusive no âmbito do Grupo Técnico de Segurança Cibernética e Gestão de Riscos de Infraestruturas (GT-Ciber).
O conselheiro diretor Moisés Moreira ressaltou que, nos últimos anos, o Estado brasileiro deu importantes passos para avançar no tratamento do tema, com a aprovação da política nacional de segurança da informação e, posteriormente,
com a estratégia de segurança cibernética. “Neste cenário, diversos órgãos e atores da sociedade têm papéis importantes a desempenhar, sendo a Anatel um desses atores, dentro de sua atribuição de regular o setor de telecomunicações no País, e garantir um bom funcionamento das redes e infraestruturas de comunicação críticas” disse. Esclareceu que, além da publicação do r-Ciber e da criação do GT-Ciber, a Anatel mostra preocupação com o tema em outras frentes de segurança, como no combate à pirataria, com ações relacionadas a TV box, equipamentos não homologados e bloqueios de IP, por exemplo.
O conselheiro diretor, Vicente Aquino, elogiou a atuação do Ceatel, e disse que o debate público de questões de alta indagação produz subsídios para as deliberações da Anatel. De acordo com ele, o atual regulamento, em seu terceiro ano de vigência, permitiu acumular conhecimento pela Agência e pelo setor regulado, na gestão colaborativa da segurança cibernética, nas redes de telecomunicações. Recordou que o Decreto nº 10.748, de 2021, que instituiu a Rede Federal de Gestão de Incidentes Cibernéticos veio a detalhar as competências, tanto dos órgãos e entidades da administração pública federal, como das agências reguladoras frente ao setor regulado. Registrou também que aos órgãos e entidades da administração pública federal compete instituir equipes de prevenção, tratamento e respostas a incidentes cibernéticos, para fins internos. Aquino enfatizou que, na Anatel, já existe equipe própria para essa finalidade, no âmbito da Superintendência de Gestão da Informação. Afirmou que, em decorrência de sua própria evolução tecnológica, as redes de telecomunicação se tornaram muito mais vulneráveis a ataques maliciosos. E, como ocorre com as próprias redes, as ameaças cibernéticas também são evolutivas, ao longo do tempo. E, dessa forma, para enfrentá-las, é preciso contínuo aperfeiçoamento nas respostas.
Já o conselheiro Artur Coimbra salientou a necessidade de discussão sobre segurança cibernética, e mencionou a dificuldade de sua delimitação, por ser um tema de escopo muito ampliado, que envolve fabricantes de equipamentos, uso hostil de redes de telecomunicações, mecanismos de combate à fraude, engenharia social, estruturação de sistemas, padrões de conduta segura e geração de confiança no
uso da internet. Disse que certamente o workshop traz subsídios para o tratamento regulatório do tema, que está em fase de revisão.
Vanessa Copetti Cravo, membro do GT Ciber, apresentou Atuação da Agência e Políticas Públicas de Segurança Cibernética no Brasil, as políticas brasileiras vigentes em relação ao tema, e ressaltou que a Agência considera a segurança cibernética como algo prioritário, transversal, multidisciplinar e multissetorial. Informou que o Regulamento de Segurança Cibernética possui princípios, diretrizes, obrigações e regras de governança, e que a atuação na Anatel se dá em três frentes: Regulamentação, Conformidade e Conscientização. Ela detalhou a estrutura do GT-Ciber, composto por quatro subgrupos, e destacou as ações de conscientização; explicou que o GT-Ciber auxilia no acompanhamento da Política de Segurança Cibernética, dispõe sobre forma e procedimento de atendimentos das obrigações e de compartilhamento de informações, realiza interlocução com outros órgãos e entidades, propõe a internalização de boas práticas e padrões, incentiva ações de capacitação, propõe ações de conscientização e elabora estudos.
O painel Regulação & Segurança Cibernética reuniu sete especialistas, e foi moderado pelo superintendente de Controle de Obrigações da Anatel e coordenador do GT-Ciber, Gustavo Borges.
O assessor internacional da Universidade Estadual da Paraíba, Cláudio Lucena, apresentou resultados da pesquisa sobre segurança cibernética, realizada por meio de acordo realizado entre a Anatel a Universidade Federal de Campina Grande – UFCG – em 2021. Segundo ele, todos os países pesquisados consideram a segurança indissociável do desenvolvimento e da própria aplicação em redes de 5G. Além disso, na pesquisa, foram identificadas iniciativas regulatórias de governança mais flexíveis, com poucas regras rígidas, e destaque para orientações ou guias de práticas a serem adotadas.
Gustavo Santana Borges destacou a expectativa da Agência de receber, em agosto próximo, os resultados finais da pesquisa e, então, avaliar as medidas que devem ser adotadas. O superintendente também informou que o GT-Ciber da Anatel elabora um documento de boas práticas para operadoras de telecomunicações, que deve ser divulgado ainda este ano.
O diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Segurança das Comunicações da Agência Brasileira de Inteligência (Cepesc/Abin), Paulo Magno de Melo Rodrigues Alves, mencionou a criptografia que será necessária à rede privativa do governo, resultado das obrigações assumidas pelas adquirentes de faixas do Edital de 5G, realizado pela Anatel. Ele também falou sobre algoritmos resistentes à computação quântica, desenvolvidos pelo Cepesc, para a Justiça Eleitoral.
O coordenador-geral de Gestão de Segurança da Informação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Victor Hugo da Silva Rosa, estimulou as agências reguladoras a par-
ticiparem da Audiência Pública da proposta de Projeto de Lei para criação da Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber), dia 15 de junho, em Brasília. Ele se manifestou também sobre a questão da preocupação do impacto nas tarifas e preços, durante a elaboração da regulamentação sobre segurança cibernética na Aneel, a Resolução Aneel n° 964/2021. Lembrou também que a Anatel tem resolução semelhante. Para ele, “segurança da informação tem custo, então, temos de ver o quanto se tem de investir, e o quanto isso vai rebater em tarifas e preços”.
A pesquisadora da London School of Economics and Political Science (LSE), Louise Marie Hurel, enumerou características que seriam adequadas a um futuro regulador de cibersegurança, associando à discussão da PNCiber. Para a pesquisadora, o principal é a autonomia, “um princípio basilar para a atuação das agências, e não é diferente para essa agência nacional de cibersegurança”. Segundo Louise, a futura agência deveria ter uma composição “majoritariamente civil”, com “representatividade diversa em termos de gêneros e disciplinas”.
O professor da Goethe-Universität Frankfurt am Main, Ricardo Campos, apresentou a proposta de Lei de Resiliência Cibernética da União Europeia, que estabelece requisitos de segurança para produtos com elementos digitais. Essa seria a primeira regulamentação da União Europeia para a Internet das Coisas, explicou. A Lei propõe um mecanismo de classificação de risco que se divide em: produtos sem vulnerabilidades; crítico de classe I, de menor risco, como VPNs; e produtos críticos da classe II, de maior risco, como infraestrutura de chave pública e dispositivos móveis. A fiscalização das regras seria competência dos estados-membros, e as sanções poderiam chegar a multas de até 15 milhões, ou 2,5% da receita mundial total dos regulados.
Sobre incidentes relacionados à cibersegurança, a gerente-geral do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, Cristine Hoepers, destacou, como fator determinante para o compartilhamento de informações, a confiança entre participantes do ambiente da segurança da informação. Segundo Cristine, “nos lugares onde isso flui muito bem, os fatores determinantes são a plena confiança entre os pares, a confidencialidade, a não exposição da organização, não ter prejuízos ou punições”.
O diretor de Privacidade e Segurança da Informação do Departamento de Privacidade e Segurança da Informação da Secretaria de Governo Digital (SGD), Leonardo Rodrigo Ferreira, destacou a criação do Centro Integrado de Segurança Cibernética do Governo Digital, com uma Equipe de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos (ETIR), que oferta um conjunto de soluções a 251 órgãos do governo federal. O CISC gov.br realizou, ano passado, açãopiloto em 57 órgãos, entre os quais a Anatel, que resultou em um avanço de mais de 90% na implantação de controles de privacidade e segurança nessas organizações.
O painel Boas Práticas, Conformidade e Padrões em Segurança Cibernética – Percepções da Indústria contou com
a participação de representantes da Ericsson, Nokia e Huawei, e foi moderado pelo superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Caram. Pelas empresas, participaram Jacqueline Lopes, diretora de Relações Institucionais Latam
South da Ericsson; Wilson Cardoso, diretor de Soluções da América Latina da Nokia; e Marcelo Motta, diretor de Cibersegurança e Privacidade da Huawei Brasil. Em comum, a preocupação de estar sempre buscando novas formas de garantir a segurança dos usuários. “Quanto mais evolução, mais suporte e segurança são demandados”, disse o superintendente da Anatel.
Jacqueline Lopes explicou que, da mesma forma que a chegada do 5G aumentou o uso da tecnologia em várias áreas, como saúde e transporte, cresceu também a necessidade de garantir a segurança das redes de telecomunicações, em diversos contextos e casos de uso. “Como as redes de telecom possuem novos casos de uso, há um aumento das motivações e de vetores para possíveis ataques. Com isso, a necessidade de proteger as redes cresce exponencialmente”, afirmou a diretora da Ericsson.
Wilson Cardoso, da Nokia, apresentou um histórico da evolução tecnológica das redes e dos ataques. Ele lembrou o mega vazamento de dados da Optus, segunda maior operadora da Austrália, ocorrido no ano passado, quando 9,8 milhões de clientes tiveram suas informações pessoais expostas de forma ilegal. “As redes de 5G são muito maiores, e a complexidade dessas redes aumenta a área de exposição”, disse Cardoso. Ele apresentou medidas que alguns países estão tomando, para garantir a segurança das redes.
as redes de telecomunicações ficaram fora de serviço.
No painel sobre Abrangência do R-Ciber , o superintendente de Planejamento e Regulamentação da Anatel, Nilo Pasquali, explicou que a Resolução nº 740/2020 estabelece condutas e procedimentos para a promoção da segurança nas redes e serviços de telecomunicações, incluindo a Segurança Cibernética e a proteção das Infraestruturas Críticas de Telecomunicações, mas que as disposições não se aplicam às prestadoras de pequeno porte.
Ana Paula Bialer, da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), falou da importância da revisão do regulamento para buscar trazer obrigações mais objetivas e mais concretas, sendo necessário também que se consiga efetivamente fiscalizar, sancionar as empresas e estabelecer processos de auditoria. Ela defendeu que práticas adotadas em outros países não devem ser simplesmente copiadas, sendo necessária a reflexão, devido à complexidade das discussões.
José Bicalho, da Conexis, defendeu que as obrigações de segurança cibernética da Resolução nº 740 devem ser estendidas também às prestadoras de pequeno porte, pois, elas são responsáveis por mais da metade dos clientes de banda larga fixa no Brasil. Segundo ele, em outros países não há distinção conforme o porte da empresa. De acordo com sua apresentação, as pequenas e médias empresas são mais vulneráveis, e as violações demoram mais para serem detectadas e recuperadas.
Luis Henrique Barbosa da Telcomp apresentou outro ponto de vista. Segundo ele, a Anatel agiu de maneira acertada, na forma com que o GT-Ciber conduziu a elaboração da Resolução. Ele defendeu a colaboração, declarou ser injusto criar obrigação muito complexa para empresas de pequeno porte, e sugeriu que as grandes empresas compartilhem suas experiências com as pequenas.
Marcelo Motta, da Huawei Brasil, afirmou que as novas possibilidades digitais trouxeram novos desafios de segurança, com o aumento da superfície de ataque, o que gerou maior vulnerabilidade. Ele apresentou um estudo que demonstra que 25% dos incidentes cibernéticos foi causado por falha humana, mas que isso resultou em 90% do tempo que
Sérgio Ribeiro, do CPQD disse que as empresas deviam nascer prevendo aspectos de segurança cibernética. Segundo ele, o regulamento precisa ser exercitado por todos os entes, e uma alternativa seria dilatar prazos para adequação das empresas. Ele mencionou o Ato nº 77/2021 que dispõe sobre requisitos de segurança cibernética para equipamen-
tos de telecomunicações, e citou a importância da adoção do Security by Design.
O Instituto participa de uma força-tarefa multissetorial, dedicada ao ransomware, e elabora materiais informativos sobre o tema, disponíveis em seu sítio na internet. Elas destacaram que é essencial a colaboração de governo e iniciativa privada, no compartilhamento de informações para desenvolver mecanismos de prevenção e de combate ao ransomware, que sejam eficazes, tanto na proteção dos sistemas, quanto na interrupção da cadeia de sequestro de dados formada pelo malware
https://www.youtube.com/watch?v=JQkrEbIEoAM
Elizabeth Vish e Zöe Brammer, do Institute for Security and Technology, apresentaram um tipo de malware que está prejudicando empresas e órgãos de governo: o ransomware. Esse tipo de malware atinge sistemas informatizados, inclusive de seguranças críticas, e encripta os dados, de forma que fiquem indisponíveis para os usuários. Para efetuar a desencriptação, os cibercriminosos exigem resgates, sob risco de jamais liberarem os dados ou de divulgá-los publicamente. Somente em 2022, foram pagos US$ 456,8 milhões, em resgate.
Segundo Elisabeth Vish, as empresas de telecomunicação podem auxiliar seus clientes divulgando informações sobre o tema. Ronaldo Neves de Moura Filho, chefe da Assessoria Internacional da Anatel, moderador do painel, disse que considera oportuno o diálogo entre Anatel e o IST, para aprofundar discussões sobre o tema.
Finalizando o encontro, o conselheiro Alexandre Freire disse que o workshop foi bastante importante para a discussão da cibersegurança, e que foi percorrido um longo caminho, envolvendo a academia, o setor público, os grandes fabricantes de equipamentos 5G, o que aprofundou as discussões específicas sobre a revisão do R-Ciber. Aproveitou a oportunidade para reiterar o compromisso da Agência para contribuir com a segurança cibernética, e com a resiliência das redes de telecomunicações.
Drones com IA acoplados a câmeras já fazem a contagem de estoques em grandes armazéns
A tecnologia de Inteligência Artificial está possibilitando uma nova era de drones autônomos, e que rapidamente vão assumir a gestão de inventários em grandes armazéns e gestão de ativos em obras, no campo ou em portos
A IKEA Stores acaba de anunciar que está com 100 drones monitorando seus armazéns na Europa, mais precisamente nos Países Baixos, Alemanha, Itália, Eslovênia, Croácia e Bélgica. Para aqueles que operam fora do setor de tecnologia, o conceito de alavancar soluções de IA e tecnologia de imagens de drones parece otimista; no entanto, a combinação já está sendo usada com grande eficácia nos setores de agronegócio, armazenagem e logística. A coleta de dados em tempo real por drones autônomos agrega maior transparência e precisão aos processos de gestão de estoque, permitindo que as empresas adotem estratégias de sourcing mais ágeis. A tecnologia de usar IA em câmeras, até há bem pouco tempo, não era utilizada em drones, era comum com IoT, mas não com IA. Anteriormente, os drones precisavam ter um piloto, mas a criação de drones autônomos segue num boom
de desenvolvimento. Para algumas situações, o uso de drones é fabuloso, já que ele permite realizar coisas impossíveis, até então. Cientistas já utilizam drones para fotografar e enviar dados sobre espécies de animais em extinção em tempo real, como os Golfinhos de M ui. Há aplicações para enviar boias salva vidas e outras para executar manutenção em locais antes impossíveis, como turbinas de usinas hidrelétricas.
No ano passado, pesquisadores da Universidade de Zhejiang, na China, desenvolveram uma tecnologia capaz de permitir que “enxames” de drones possam voar em ambientes completamente desconhecidos e não controlados, como florestas, de forma 100% autônoma. Similarmente, pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, desenvolveram um drone quadricóptero autônomo capaz de rastrear a própria trajetória, evitar obstáculos em tempo real, e com autonomia de até 70 km.
O uso de drones com câmeras e IA em armazéns para contagem de estoque, como no caso da IKEA, que começou em 2021 com apenas um drone, e hoje já conta com 100 em 16 lojas, se mostrou interessante porque, além da precisão que apenas máquinas conseguem oferecer, há ainda a redução dos custos operacionais e gestão de estoque mais eficiente, além de evitar colocar o ser humano em um trabalho que muitas vezes é ingrato e insalubre, dependendo do tipo de ambiente, até perigoso.
No Brasil, durante o 28º Fórum Internacional de Supply Chain, realizado em 2022, o ILOS – Instituto de Logística – apresentou uma pesquisa, indicando que apenas 18% das empresas consultadas na época usava drones. Destas, 69% lançam mão do equipamento com a principal função de auxiliar a inspeção e monitoramento de instalações, e 46% das companhias utiliza a tecnologia para a contagem de inventário. A movimentação de produtos dentro de uma mesma ins-
talação representa apenas 8%, seguido de outros 8%, quando se refere à entrega de produtos para o cliente final, a chamada última milha. Como fica claro, a contagem de estoque é de interesse muito maior do que a movimentação de produtos, que parece estar aproximando-se, a passos mais lentos. E os dados do ILOS indicam que há um espaço gigante de crescimento do segmento no Brasil, tanto para monitoramento de ativos de valor, quanto para contagem de inventário. Até há poucos anos, a principal barreira de adoção era o fato do drone não ser autônomo, pois, é oneroso encontrar um especialista para trabalhar na empresa apenas controlando o drone, e existia um risco potencial de acidentes. Com a IA e as câmeras de alta definição, o medo dos acidentes está desaparecendo. Os drones autônomos conseguem realizar rondas em um espaço determinado, e têm sensores para não colidir em nada, permitem mapear e vigiar áreas definidas, fazem coleta de dados em tempo real, monitoram qualquer tipo de instalação, além de oferecerem pronta resposta, em caso de ocorrências, chamando automaticamente socorro para auxílio, em caso de acidentes, e policiais, em caso de furtos/roubos ou ações suspeitas.
A revolução dos drones já está em pleno curso. Eu aposto que, em pouco tempo, teremos uma adoção em massa deste tipo de tecnologia no Brasil, para diferentes funcionalidades, especialmente em grandes armazéns, obras de infraestrutura, portos e aeroportos, e em locais de difícil acesso.
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A Banner Engineering lançou o sensor de tempo de voo 3D da série ZMX. Isso fornece uma solução ideal de sensor único, para monitorizar o volume de materiais, produtos ou embalagens, que são encaminhados para encher um compartimento ou recipiente semelhante.
Fábricas, armazéns e centros de distribuição que utilizam recipientes para acumulação de artigos podem instalar um sensor Banner ZMX acima do compartimento, para monitorizar o nível de enchimento, a fim de evitar enchimento excessivo, danos durante a embalagem, ou a passagem de espaço vazio, melhorando assim a eficiência e o desempenho operacional. Ao combinar a imagem digital e milhares de pontos de medição a laser, o sensor calcula o volume dos pacotes em um compartimento, e monitora a altura máxima dos objetos dentro de uma área definida pelo usuário. O ZMX apresenta um grande campo de visão, de 60° × 45°, com um alcance de 200 a 2.500 mm (7,9 pol. a 8,2 pés), o que permite detectar artigos de qualquer tamanho, forma ou orientação.
Um único sensor 3D proporciona mais confiabilidade do que outras tecnologias. Por exemplo, a utilização de vários sensores laser de ponto único pode ser problemática, se os feixes ficarem sobre lacunas entre objetos, e um sinal ultrassônico do sensor pode ser refletido por uma embalagem com formato ou ângulos anormais, levando ao enchimento excessivo de um compartimento. Um sensor ZMX, posicionado centralmente, proporciona uma cobertura de área completa em três dimensões, monitorando o volume de enchimento e altura máxima dos objetos dentro desse campo de detecção.
O sensor de tempo de voo ZMX 3D é perfeito para aplicações que incluem o enchimento de compartimentos e o monitoramento da altura máxima, detecção de enchimento excessivo, empilhamento de paletes ou despaletização, gerenciamento de pacotes, expedição e recepção, e monitoramento do volume de fluxo de material ou estatísticas de altura.
A Neutrik Américas lançou o sistema de conexão de fibra óptica FIBERFOX. Projetados para atender aos requisitos das especificações militares MIL-DTL-83526, os novos conectores contam com tecnologia de fibra óptica de feixe expandido, o que os torna ideais para uso, até mesmo em ambientes sujos e empoeirados.
Os conectores FIBERFOX utilizam uma lente para expandir e alinhar com precisão a emissão de luz da fibra óptica. O feixe de luz alinhado é transmitido através de um entreferro para um conector correspondente, onde a luz é coletada e focalizada por uma segunda lente em uma segunda fibra óptica, para completar a conexão. Com fibra multimodo 50/125, o feixe de luz expandido e alinhado tem uma área ativa que é aproximadamente 3.600 vezes maior do que um típico núcleo de fibra multimodo de 50 m. Isso resulta em uma porcentagem muito maior de potência de transmissão disponível – tudo sem variação na intensidade do sinal, ao longo do tempo.
O sistema incorpora conectores de serviço pesado de 2 e 4 canais, com certificação IP68 à prova d’água, até uma profundidade de 6m, acoplados e não acoplado. Esses conectores podem suportar 10 mil ciclos de acoplamento sem manutenção, e nenhuma limpeza especial ou ferramenta de medição é necessária. Outro diferencial é a capacidade de acoplamento, pois, os conectores de 2 canais são compatíveis com as configurações de 4 canais, e os conectores de 4 canais são compatíveis com o sistema de 2 canais. Além disso, os conectores de 2 e 4 canais são compatíveis com todos os sistemas MIL-DTL-83526.
Com montagem frontal e traseira, esses conectores facilitam a conexão com patch cords LC comuns. Um cabo LC pode ser conectado diretamente na parte traseira do conector do chassi da ponte, que se encaixa no recorte em forma de D da NEUTRIK.
A VIAVI Solutions apresenta o T/Rx, solução de ponta, projetada para atender às necessidades exclusivas de profissionais que operam em ambientes complexos de radiofrequência (RF). O VIAVI T/Rx é um sistema compacto, leve e robusto, que oferece aos usuários a capacidade de detectar, capturar, reproduzir, alterar e treinar sinais de RF, com precisão e flexibilidade sem precedentes. As aplicações comerciais incluem monitoramento e gravação de ambiente de RF, geração de RF para estresse e carregamento de rede, detecção e análise de interferência e eliminação de conflito de espectro. As aplicações militares incluem coleta de sinais e inteligência eletrônica, proteção/suporte/ataque eletrônico e detecção e análise de interferência. A arquitetura modular de hardware e software permite que o T/Rx seja configurado para diferentes ambientes de RF. Seja para aplicações comerciais ou militares, o T/Rx fornece um conjunto abrangente de ferramentas e recursos.
O T/Rx foi projetado para facilidade de uso e implanta-
A energia solar tem sido fonte por excelência das empresas, tanto para reduzir os custos, como também assegurar o fornecimento de eletricidade, sem depender da rede pública e de maneira mais sustentável. E os centros logísticos podem contar com novo recurso tecnológico para aproveitar ao máximo a energia gerada pela usina fotovoltaica, também para abastecer a sua frota de empilhadeiras, veículos autoguiados (AGVs), e plataformas elevatórias usadas na carga e descarga de mercadoria, de maneira controlada e de acordo com as suas necessidades.
A Fronius atualizou o sistema de gestão de carga de frotas na nuvem, Charge & Connect, com um recurso que permite ao operador reduzir ainda mais, e até zerar o consumo de eletricidade, para abastecer as empilhadeiras e outros maquinários. A nova função, denominada PV Connect, combina o sistema de carregamento inteligente dos carregadores com a eficiência e a performance dos inversores fotovoltaicos da marca. Ou seja, enquanto os carregadores Selectiva (para baterias de chumbo ácido) com tecnologia RI, e SelectIon (para baterias de íon-lítio) promovem carregamento seguro e com economia, fornecendo
ção rápida em uma variedade de ambientes, incluindo veículos aéreos, marítimos e terrestres, mochilas e instalações fixas. Quando acoplado ao sistema VIAVI Ranger, a solução de teste mais abrangente para análise, ao vivo ou pósprocessamento de RF forense offline, o T/Rx permite que os usuários se adaptem a ambientes de RF em constante mudança ,e criem um espectro eletromagnético dinâmico e realista, para qualquer cenário.
energia gradualmente, de acordo com o nível de descarga das baterias, o PV Connect permite que o operador da empilhadeira planeje e sincronize o carregamento da bateria da empilhadeira de maneira ideal, de acordo com as horas de pico de geração de energia solar. Combinado com o algoritmo de carregamento de balanceamento de carga, o usuário pode ajustar seus processos de carregamento com base na disponibilidade de energia fotovoltaica, e programar quando será utilizada. Com esse recurso, também é possível reduzir os picos de carga, sem depender totalmente dos fornecedores de energia.
Pelo dashboard do sistema, o usuário pode configurar a carga para o modo PV maximum, quando quiser carregar uma quantidade máxima de baterias, usando toda energia fotovoltaica produzida disponível. Ou programar para o modo o PV-optimum, que ajusta de forma ideal o carregamento das baterias necessárias à energia fotovoltaica disponível, para aumentar a taxa de cobertura entre a potência necessária e a potência fotovoltaica.
A Nova SMAR e a CPLANE.ai anunciaram parceria estratégica, pela qual a Nova SMAR licenciará o Fusion da CPLANE.ai, uma solução de orquestração inovadora, para a implantação da próxima geração do System302 Versão 9, baseada no Padrão de Automação de Processo Aberto (O-PAS).
OPA System302 representa uma nova era na automação industrial, oferecendo uma alternativa viável aos tradicionais sistemas fechados e proprietários. Ao facilitar a utilização dos melhores componentes de vários fornecedores, o OPA System302 permite maior flexibilidade, economia e potencial de personalização para os clientes.
Como o melhor componente da categoria, o CPLANE Fusion aprimora a funcionalidade e o desempenho dos sistemas de controle aberto, orquestrando a integra-
A Vivace Process Instruments possui uma ampla linha de interfaces de hardware e software com protocolo PROFIBUS-PA, facilitando as etapas de comissionamento, startup, operação e manutenção. São interfaces para ambiente Windows e Android, que trabalham com ferramentas que suportam FDT/DTM, e ainda com conectividade USB, Android e Bluetooth. Podem ser fornecidas com tablet robusto industrial e nos modelos:
- VCI10-UP: com conectividade USB
- VCI10-BP: com conectividade Android (licenças gratuitas-App VMT-Vivace Mobile Tool) e Bluetooth
Quando em bancada, já alimentam os equipamentos (a 2 fios) PROFIUS-PA (sem a necessidade de fonte externa e acoplador DP/PA); são isoladas; têm protetor de transiente e proteção de curto (com LED indicativo); seu DTM permite o levantamento da topologia, facilitando a identificação dos equipamentos e associação de DTMs; através da ferramenta
ção e o gerenciamento contínuos de componentes de vários fornecedores. Essa poderosa ferramenta foi projetada para agregar maior valor aos usuários do OPA System302, fornecendo uma plataforma sofisticada, para orquestrar e automatizar processos, em diversos ambientes industriais.
A integração dos sistemas OPA e CPLANE Fusion oferece uma série de benefícios para a indústria, incluindo custos mais baixos, evolução mais fácil, com os melhores componentes, e a eliminação do bloqueio do fornecedor associado a sistemas proprietários. Esta parceria representa um grande passo na democratização do setor de automação industrial, capacitando as empresas com as ferramentas e a flexibilidade necessárias para otimizar seus processos, e impulsionar a inovação contínua.
gratuita da Vivace, o LiveList, permite o fácil endereçamento dos equipamentos; através da ferramenta gratuita da Vivace, o PA-SNIFFER, permite a análise de frames e diagnósticos, facilitando a manutenção, e aumentando a disponibilidade da rede PROFIBUS-PA
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