Revista Controle & Instrumentação nº288

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Cursos. Treinamentos. Demonstrações.

talking about

Letra de médico

Não apenas no Brasil, mas globalmente, o setor farmacêutico pareceu não se dar conta da quantidade de dados que gera e como isso é humanamente impossível de gerenciar com precisão. Até que a pandemia tornou mais clara a necessidade de agilizar e controlar esse volume de dados gerados durante a descoberta, fabricação e distribuição de medicamentos.

Segundo o World Economic Forum, até 2020, o setor global de saúde gerou 2,3 zettabytes de dados, e as projeções indicam que, nos próximos sete anos, a geração de dados do setor devem ultrapassar todos os

outros setores, com 30% dos dados do mundo sendo originados na saúde. E esses dados, se bem utilizados, podem melhorar os resultados para pacientes e otimizar os orçamentos públicos para a saúde.

Some-se a essa análise que 97% dos dados produzidos por hospitais em todo o mundo não são utilizados e as estatísticas atuais revelam que 77% dos sistemas de saúde não têm uma estratégia de análise integrada, ou isso está apenas nos primeiros passos.

O processamento eficaz de dados é a chave não apenas para melhorar os resultados do setor de saúde, mas também para reduzir os custos locais, regionais e globais de forma sustentável. Reforçando que a indústria farmacêutica global é dinâmica e guiada por inovação e descobertas, mas com criticidade para a conformidade regulatória nacional e internacional - em tempos de produção e distribuição globalizada estar de acordo também com a conformidade regulatória internacional é crucial.

Bom lembrar que o setor farmacêutico não trabalha apenas com ‘remédios’, mas também com dermocosméticos, alimentos e suplementos. Esse cenário é perfeito para o uso de tecnologias disruptivas como aprendizado de máquina, inteligência artificial, blockchain, gêmeos digitais, gerenciamento de informações automatizado e outras. E elas estão sendo implantadas e estão gerando ganhos para todos os atores.

Vem, portanto, em boa hora o programa de incentivos do Governo Federal, que já disponibilizou R$2bilhões para as farmacêuticas brasileiras.

Quando esses desafios de integração de dados e agilização de procedimentos forem superados, então será possível a criação de um “ecossistema de saúde digital global” que tem sido foco do G20; unir digitalmente um mundo dividido de sistemas de saúde, unir organizações públicas, privadas e civis dos setores de saúde e do que o circunda e faz funcionar - seguros, ciências biológicas , tecnologias , varejo, consumo e finanças. É uma prescrição certeira, mas difícil de alcançar – e não é por causa da letra do médico.

Nesta edição você, leitor, encontra informação e notícias mais voltadas para a saúde – complementando nossos encontros diários pelas mídias sociais e semanais pelas newsletters.

Boa leitura

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Indústria Farmacêutica investe pesado

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04. P&D e Inovação do Aché`recebe apoio de R$ 390 milhões do BNDES

18. Como a digitalização estimula a inovação de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos

21. Impacto do Apagão Cibernético de 19/07 na Indústria

59. Embraer celebra 55 anos focada em crescer e confiante no futuro

Calibração, Metrologia e Agronegócios

P&D e Inovação do Aché recebe apoio de R$ 390 milhões do BNDES

O financiamento de R$ 389,7 milhões ao Aché Laboratórios Farmacêuticos para apoiar o plano de Pesquisa, Desenvolvimento (P&D) e Inovação de medicamentos da companhia foi aprovado pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e os recursos serão direcionados para projetos de produtos e para a implantação de um laboratório de fármacos de alta potência.

“O apoio do BNDES é fundamental para o avanço da ciência e da inovação no desenvolvimento de uma oferta ainda maior de tratamentos para diversas patologias que acometem a população brasileira”.

José Vicente Marino, Presidente do Aché.

Para José Vicente Marino, o financiamento estimula a inovação no país e fortalece a indústria nacional de fármacos e insumos, ampliando o acesso à saúde, em linha com o propósito do Aché de melhorar a jornada de saúde e vida de milhões de pessoas.

“Só em 2024, os incentivos do BNDES à indústria farmacêutica alcançaram R$ 2 bilhões, o maior desde 1995, reforçando o compromisso do governo com a ciência e a inovação tecnológica na produção de medicamentos”.

Aloizio Mercadante, presidente do Banco.

“Mais de uma dezena de produtos apoiados contam com princípios ativos inovadores, enquanto outros apresentam inovações no produto final ou na tecnologia farmacêutica empregada”.

Edson Bernes, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Aché.

Dos quase R$ 390 milhões aprovados, cerca de R$ 380 milhões serão alocados em projetos de aproximadamente 90 produtosalguns envolvendo novos princípios ativos, outros, novas concentrações e formas farmacêuticas -, que vão oferecer mais conveniência aos pacientes ao trazer associações em dose fixa.

No total, serão 17 projetos de inovação radical, oito de inovação incremental e 62 de produtos similares.

Os novos medicamentos serão uma opção para tratar diversas doenças, como diabetes, insuficiência cardíaca, doença renal

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crônica, cânceres de mama e de pulmão, mieloma, hipercolesterolemia, asma, rinite alérgica, dor, inflamações, distúrbios psiquiátricos e psoríase, acne e obesidade. O plano do Aché contempla ainda a instalação de um laboratório de P&D de fármacos de alta potência em Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo (SP). A área já construída de 170 m2 será adaptada para a criação do laboratório, que receberá aporte total de R$ 8,9 milhões – R$ 3,4 milhões para readequação da estrutura e R$ 5,5 milhões para aquisição de máquinas, equipamentos e utensílios. “Com as novas instalações, vamos ganhar agilidade em processos internos que hoje dependem de parceria com outras empresas”, afirma Edson Bernes.

O projeto do Aché integra a estratégia de desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde no âmbito do Plano Mais Produção, braço de financiamento da Nova Indústria Brasil. E após a conclusão do plano de P&D e Inovação, o quadro de funcionários envolvidos com atividades de pesquisa e desenvolvimento deverá ser ampliado de 375 para 436. Seguindo os princípios de sustentabilidade socioambiental e de governança corporativa, o Aché também investe na descoberta e desenvolvimento de medicamentos a partir da biodiversidade brasileira. A empresa também cria e sintetiza moléculas inovadoras para desenvolver novos fármacos, além de empreender pesquisas em nanotecnologia e aplicar novas tecnologias, incubadas internamente ou obtidas por licenciamento.

Governo de Minas e Sanofi inauguram CD em Extrema

O Centro de Distribuição de Extrema é um primeiro passo dado pela francesa Sanofi em terras mineiras e representa investimento de R$ 333 milhões até 2032. O faturamento previsto pela empresa é de R$ 600 milhões em 2024 e R$ 800 milhões a partir de 2025.

O objetivo da farmacêutica é expandir a estrutura logística e fortalecer a parceria entre a empresa e o estado de Minas Gerais. Esta unidade será utilizada como importadora e distribuidora de produtos, bem como pela entrega dos itens industrializados da filial localizada no estado de São Paulo (Medley).

A atração de mais um investimento privado pelo Governo de Minas foi viabilizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), juntamente com sua agência vinculada Invest Minas. Para a secretária-adjunta de Estado de Desenvolvimento Econômico, Kathleen Garcia, a instalação do CD em Extrema confirma a posição estratégica de Minas na logística nacional e os esforços do Governo de Minas para tornar o estado ainda mais atrativo aos investidores.

“O estímulo ao empreendedorismo e à livre iniciativa é visto como crucial pela atual gestão do Governo de Minas para conduzir o estado ao desenvolvimento socioeconômico. A nova instalação da Sanofi no Sul de Minas vai trazer mais emprego, renda e crescimento para a região”, destacou a secretária Adjunta.

O diretor de Atração de Investimentos da Invest Minas, Leandro Andrade, aponta que a rapidez entre a reunião em Paris e a inauguração do Centro de Distribuição da biofarmacêutica francesa mostram o compromisso dos organismos público e privado em acelerar a criação de empregos em benefício dos mineiros e mineiras.

“O novo Centro de Distribuição fortalece a presença da Sanofi no Brasil e reforça o compromisso que temos com a inovação em toda nossa cadeia de negócio. Além disso, estamos criando oportunidades que impulsionarão o desenvolvimento da região e garantindo condições logísticas para ampliar o acesso aos nossos medicamentos e vacinas pelo ecossistema de saúde no país”, completou. o presidente da Sanofi no Brasil, Fernando Sampaio.

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Nova Diretoria Nacional da ABES é empossada para o biênio 2024-26

A Abes - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental empossou, em 1º de agosto, sua nova Diretoria Nacional e Conselhos para o biênio 2024-26: neste período, a entidade será liderada pelo engenheiro Marcel Costa Sanches e a vice-presidente Vanessa Brito Silveira Cardoso. A solenidade foi realizada com presença de autoridades, especialistas e profissionais representantes das principais empresas e instituições do setor de saneamento no Brasil, e presidentes das Seções Estaduais da ABES.

“É com imenso orgulho e profundo senso de responsabilidade que assumo a presidência da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, a ABES, que é a maior, mais tradicional e mais atuante entidade do setor de saneamento no Brasil”.

Marcel Sanches, novo Presidente da ABES.

“O futuro do saneamento no Brasil passa, inegavelmente, pela ABES. Nossa associação tem um papel crucial na construção de políticas públicas que garantam o acesso universal ao saneamento básico de qualidade. Acreditamos que a união de esforços entre governo, iniciativa privada e sociedade civil é essencial para alcançar esse objetivo”, reforçou o engenheiro.

Ressaltando o papel e a importância da entidade para o desenvolvimento do setor, além do presidente nacional da ABES, Marcel Costa Sanches, e do ex-presidente Alceu Guérios Bittencourt (2020-24); discursaram na cerimônia as seguintes autoridades: Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, representando o governador Tarcísio de Freitas; Filipe de Mello Sampaio Cunha, diretor da Agência Nacional de Águas e Saneamento

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Básico (ANA); Bruno D’abadia, diretor de Regulação e Novos Negócios da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), representando o presidente André Salcedo; Karla Bertocco, presidente do Conselho de Administração da Sabesp; Sérgio Antônio Gonçalves, secretário executivo da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe); Christianne Dias Ferreira, diretora executiva da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon-Sindcon); Vinícius Benevides, presidente da Associação Brasileira de Agências Reguladoras (Abar); Benedito Braga, presidente Honorário do Conselho Mundial da Água. Por vídeo, participaram Kala Vairavamoorthy, diretor executivo da IWA (International Water Association; e Jose Luis Inglese, presidente AIDIS (Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental).

Durante a cerimônia, Marcel Sanches homenageou Alceu Guérios Bittencourt com uma placa pelo trabalho desenvolvido à frente da Associação nos biênios 2020-22 e 2022-24. O engenheiro recebeu a honraria das mãos de Maria Lúcia Coelho e Silva, diretora nas gestões de Alceu e que também integra a nova Diretoria.

Merck conclui aquisição da Mirus Bio, reforçando oferta de bioprocessamento de vetores virais

A Merck fechou transação para adquirir a Mirus Bio por aproximadamente US$ 600 milhões (cerca de € 550 milhões), após autorizações regulatórias e o cumprimento de outras condições de fechamento habituais. A aquisição é um passo estratégico em direção à ambição da Merck de oferecer soluções para cada etapa da fabricação de vetores virais. Também reforça o compromisso da empresa em dar suporte aos clientes no avanço das terapias celulares e

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genéticas da produção pré-clínica à comercial. A Merck adquiriu a Mirus Bio da Gamma Biosciences,

uma plataforma de ciências biológicas estabelecida pela empresa de investimento global

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Governo

“Modalidades inovadoras como terapias celulares e genéticas oferecem um tremendo potencial para levar novos tratamentos curativos aos pacientes. A tecnologia avançada da Mirus Bio, combinada com nossa expertise em bioprocessamento e amplo portfólio, nos permitirá entregar soluções integradas em toda a cadeia de valor do vetor viral e ajudar a atender à crescente demanda por essas terapias que salvam vidas”.

Sebastian Arana, chefe de soluções de processo, negócios de ciências biológicas da Merck.

de Minas confirma atração de investimento

do Grupo Boticário

O governador Romeu Zema se reuniu com representantes do Grupo Boticário no início de agosto, na Cidade Administrativa, para a confirmação de mais uma atração de investimentos para o estado. O grupo anunciou que vai investir R$ 1,8 bilhão em uma nova fábrica em Pouso Alegre, no Sul de Minas, com expectativa de geração de 800 empregos diretos, com aumento da capacidade produtiva da companhia em 50%.

Os investimentos na nova planta fabril se iniciam ainda este ano, e a previsão é de que a nova unidade entre em operação até 2028, conectando inovação e tecnologia de ponta aos mais altos padrões de qualidade e eficiência.

“O Grupo Boticário já está na casa da maioria dos brasileiros, e em Minas Gerais não é diferente. Estamos presentes no estado há muitos anos com franqueados, fornecedores, distribuidores, parceiros, revendedores. Este novo investimento, com a decisão de estabelecer uma fábrica no Estado, ressalta nossa relação de longo prazo com os mineiros e com os nossos parceiros locais”, destaca Artur Grynbaum, vice-presidente do Conselho do Grupo Boticário.

“Estamos atentos ao crescimento do mercado de beleza e à demanda dos consumidores, sempre no centro de nossas decisões. Os novos investimentos elevam nosso potencial em entregar as melhores soluções e produtos aos nossos clientes. E, ainda, alian-

A Mirus Bio é especializada no desenvolvimento e comercialização de reagentes de transfecção –reagentes que desempenham um papel crítico na produção de terapias genéticas baseadas em vetores virais. A adição dos principais reagentes de transfecção da Mirus Bio fortalece o portfólio upstream da Merck e permite uma oferta integrada de fabricação de vetores virais.

do crescimento com impacto positivo, fomentamos a geração de oportunidades de negócio e renda para centenas de pessoas no Estado de Minas Gerais”, afirma Fernando Modé, CEO do Grupo Boticário.

Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio destaca que o impulsionamento da economia mineira e da qualidade de vida da população é um dos principais objetivos do Governo do Estado, que aposta em investimentos privados como o do Grupo Boticário para promover o desenvolvimento regional.

Com a geração de novos postos de empregos diretos, a empresa dará continuidade ao desenvolvimento de iniciativas sociais com foco em capacitação e empreendedorismo. A expansão anunciada acompanha o pioneirismo e evolução constante do Grupo em

sua agenda ESG, que se mantém perene, alinhada e integrada à estratégia de negócio. Com ênfase em sustentabilidade, impacto social positivo, diversidade e governança para o atingimento de compromissos publicamente assumidos.

João Paulo Braga, diretor-presidente da Invest Minas, contou que as negociações com o Grupo Boticário se iniciaram em 2023 e a Invest Minas, agência vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, deu suporte para a obtenção de informações estratégicas e sobre o processo de licenciamento ambiental.

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Laboratório eleva padrões de saúde pública com nova tecnologia

O Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Estadual de Trindade – Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), do Governo de Goiás, foi modernizado com novos equipamentos, aprimorando ainda mais a eficiência de seus serviços. O laboratório, que realiza exames em bioquímica, hematologia, imuno hormônio, uroanálise, parasitologia, coagulação, microbiologia e gasometria, agora conta com tecnologias de ponta e até junho deste ano, a unidade havia realizado 89.178 exames, uma média mensal superior a 14 mil; em 2023, o total de exames superou 167.800.

Esse esforço tem gerado resultados notáveis: pelo terceiro ano consecutivo, o laboratório recebeu a nota máxima na avaliação do Programa Nacional de Controle de Qualidade, que reconhece como “excelentes” os laboratórios com desempenho superior em controle de qualidade, assegurando laudos confiáveis e precisos.

Com a aquisição de novos equipamentos e a implementação de atualizações, o laboratório expandiu sua capacidade para incluir exames de lactato, he -

“Estamos comprometidos em oferecer cuidados de saúde de altíssima qualidade, utilizando tecnologias de ponta que beneficiam diretamente a população e elevam os padrões dos serviços de saúde pública em Goiás”.

Vânia Fernandes, diretora do Hetrin.

matócrito e glicemia, além dos testes padrão.

Na área de Bioquímica, o laboratório recebeu o equipamento A15, capaz de realizar 120 testes por

@Divulgação/imed

hora, e atualizou o BS 200 E, que agora pode realizar 200 testes por hora. Na Hematologia, o laboratório adquiriu o Micros 60, com capacidade para 60 testes por hora e diferencial de 3 partes, além de atualizar o Zybio Z3, que realiza 70 testes por hora com diferencial de 5 partes. Na Gasometria, foram adquiridos o Rapdlab 348 e a integração ao avançado Gem Premier 3500.

Essas melhorias aceleram significativamente o atendimento, permitindo um maior volume de testes com precisão e rapidez. A atualização dos equipamentos no Laboratório do Hetrin resulta em um aumento significativo na capacidade e eficiência dos serviços oferecidos. Com os novos equipamentos, os exames são mais precisos e rápidos, auxiliando na avaliação clínica dos pacientes e na definição das melhores condutas de tratamento. “Essas inovações não só fortalecem a capacidade de diagnóstico e tratamento, mas também reafirmam nosso compromisso com a excelência clínica e operacional na unidade”, conclui.

@Isabelamaione
@Divulgação/imed

Organização brasileira selecionada para programa global de impacto social

A organização sem fins lucrativos ImpulsoGov - que apoia governos na melhoria dos serviços de saúde pública -, foi selecionada para o programa 100x Impact Accelerator que identifica os empreendimentos sociais mais promissores do mundo, oferecendo investimento e compartilhamento de conhecimento para acelerar seus resultados. Como única representante brasileira, a ImpulsoGov receberá um aporte de 150 mil libras.

Fundada em 2019, a ImpulsoGov tem auxiliado profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) na melhoria de políticas públicas, utilizando dados e tecnologia para garantir que os brasileiros tenham acesso a serviços públicos de qualidade. A ONG foca no desenvolvimento de soluções para a rede de Atenção Primária à Saúde (APS) e os serviços de saúde mental do SUS. E o 100x Impact Accelerator, uma iniciativa global sediada na London School of Economics and Political Science, busca criar uma geração de unicórnios sociais : o programa combina conhecimento, mentoria e capital para potencializar os resultados de organizações sociais, replicando o modelo de sucesso dos

aceleradores de negócios do setor privado. A iniciativa tem como objetivo provar que organizações focadas em impacto social podem romper o ciclo de dependência de subsídios e governança fraca, que frequentemente limitam seu crescimento.

res, entidades governamentais e representantes da mídia. E se juntará a outras seis organizações selecionadas, refletindo as prioridades de pesquisa da London School of Economics em áreas como clima e meio ambiente, saúde e assistência social, refugiados e

“Ser escolhidos por uma das principais universidades do mundo é uma grande honra. Eles acreditam no nosso potencial de multiplicar por 100 nosso impacto atual e compartilham a visão de que o mundo precisa de ‘unicórnios sociais’, ou seja, organizações sem fins lucrativos capazes de gerar impacto em larga escala. Esperamos que, com esse programa, possamos aumentar consideravelmente nosso impacto”.

João Abreu, diretor-executivo da ImpulsoGov.

Além do aporte financeiro, a ImpulsoGov terá acesso ao vasto conhecimento da universidade londrina. A organização participará de um programa personalizado de 12 semanas, com especialistas e fundadores de unicórnios sociais, para ajudar a maximizar seu impacto. O programa inclui duas semanas de sessões presenciais, reuniões virtuais com especialistas e uma cúpula anual onde os participantes apresentarão seus projetos a filantropos, investido -

coesão, economias equitativas, felicidade e bem-estar, democracia, educação e novas fronteiras. As outras organizações escolhidas para o programa são: Peepul (Educação - Índia), Reap Benefit (Educação - Índia), Recylink (Meio ambiente – Chile), RightWalk Foundation (Políticas Públicas - Índia), School of Politics, Policy & Governance (Educação - Nigéria) e Tarjimly (Assistência social a refugiados –Estados Unidos).

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INDÚSTRIA FARMACÊUTICA INVESTE PESADO

A indústria farmacêutica nacional vem aproveitando oportunidades abertas pelo crescimento do mercado brasileiro nos últimos anos, mas isso não tem sido suficiente para o desenvolvimento da indústria farmoquímica - de insumos da cadeia produtiva – segmento que sentiu a ascensão dos países asiáticos como grandes ofertantes impondo desafios à competitividade.

Mesmo nesse contexto, o mercado brasileiro de medicamentos movimentou cerca de R$ 178 bilhões em 2023 (US$ 35,6 bilhões), segundo dados da consultoria internacional IQVIA, que também apontam que as compras do Governo, clínicas e hospitais garantiram 34% do faturamento do mercado de medicamentos, que teve crescimento de 13% em reais, em relação ao ano anterior, representando aproximadamente 2,7% do mercado mundial. Na América Latina, o Brasil é o principal mercado, com 411 empresas farmacêuticas, produtoras de medicamentos prescritos e isentos de prescrição, sendo 116 (28%) empresas internacionais e 295 (72%) de capital nacional. Nesse mercado regional total, as empresas de capital nacional responderam por 51% do faturamento.

Os dados indicam que o mercado farmacêutico brasileiro deve crescer a uma taxa anual composta (CAGR) de cerca de 7,5% até 2028 - crescimento mais rápido do que a média global; isso significa que o mercado pode alcançar R$ 125 bilhões até o final de 2028 e até 2026 as empre -

sas associadas ao Grupo FarmaBrasil (GFB) devem investir R$ 16 bilhões no setor, sendo que cerca de R$ 7,5 bilhões são destinados ao desenvolvimento de medicamentos e R$ 8,5 bilhões para compra de equipamentos e construção de fábricas.

O setor está agitado e com tempo contado: o Brasil tem como meta produzir internamente 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos até 2033; atualmente, o país consegue suprir 42% do que precisa, tendo de importar o restante destes insumos.

Com certeza as políticas governamentais são o principal impulsionador desse crescimento e, como em outros setores, a tecnologia tem seu papel como propulsora de crescimento, com investimentos girando os R$ 5 bilhões nos últimos anos para melhoria da eficiência sustentável. A Nova Indústria Brasil, política industrial do Governo Federal, prevê investimentos no Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) que irão fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS).

Somente neste ano, a indústria farmacêutica nacional recebeu vultosos créditos do BNDES - Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Boa parte dos financiamentos ao setor que integram os esforços do Nova Indústria Brasil foi aprovada no âmbito do programa BNDES Mais Inovação, que oferece custo em taxa referencial (TR) para projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e inovação, conforme aprovado pelo Congresso Nacional (Lei nº 14.592, de 30 de maio de 2023). Esses investimentos devem ser compatíveis com a nova política industrial e suas missões, abarcadas pela Resolução nº 1, de 6 de julho de 2023, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e com a Matriz de Desafios Produtivos e Tecnológicos do SUS.

Mas é bom esclarecer que esses números não se referem a investimentos do governo no setor farmacêutico, mas às aprovações de crédito do BNDES para a indústria farmacêutica. Dito isso, o valor atualizado de operações de crédito aprovadas pelo BNDES em 2024 (até julho) para a indústria farmacêutica brasileira alcançou R$ 2,1 bilhões; em 2023, o valor aprovado foi de R$ 1,5 bilhão.

De maneira geral, a análise técnica do BNDES se debruça sobre o plano de investimentos e a estratégia do cliente. É realizada por uma equipe multidisciplinar, observando as garantias, a viabilidade econômica e financeira, a capacidade de pagamento e idoneidade do postulante. Uma vez analisado, aprovado e contratado, o projeto também é acompanhado por equipe técnica do BNDES, responsável por verificar sua execução física e financeira, bem como o cumprimento das obrigações celebradas em contrato. As ementas da finalidade de cada contrato celebrado pelo BNDES é pública.

consulte os projetos/transparência

Apesar de o BNDES conhecer os planos de investimento de seus clientes, o detalhamento dos projetos é parte relevante da estratégia competitiva de cada um deles. É possível identificar uma separação, nas linhas de crédito, entre projetos voltados para a produção e planos de investimento em inovação, tendo em vista que as condições de crédito são diferentes a depender da finalidade. E para que máquinas e equipamentos sejam itens elegíveis para serem financiados pelo BNDES, é necessário que seus fabricantes estejam credenciados no Cadastro de Fornecedores Informatizado (CFI) do BNDES. A atribuição desse código define o item como “fabricado localmente”. Portanto, quando uma empresa farmacêutica solicita financia-

mento para a compra de máquinas e equipamentos, ela deve comprovar que esses itens possuam código FINAME ou que são itens importados sem similar nacional. Então, todos as máquinas e os equipamentos credenciados pelo BNDES (CFI) podem ser financiados pelos diversos instrumentos financeiros do Banco, incluindo os operados de forma indireta, ou seja, pela rede de agentes financeiros parceiros. São exemplos de instrumentos financeiros: BNDES Fornecedores SUS, BNDES Mais Inovação e BNDES Exim Pré-embarque. Por exemplo, o BNDES Fornecedores SUS é uma solução de crédito associado a uma meta de fornecimento de dispositivos para saúde produzidos no Brasil ao Sistema Único de Saúde (SUS). Todos os produtores de máquinas e equipamentos para saúde cadastrados no CFI são elegíveis para participar do programa. xxxxxxxxxxxxxxxx .

consulte os projetos/financiamentos

A atuação do BNDES na área da Saúde reflete as prioridades definidas pelas políticas públicas e industriais, como a já citada Nova Industria Brasil.

Para acompanhar as oportunidades e conduzir o setor de maneira mais coesa, doze empresas brasileiras de capital nacional - Aché, Althaia, Apsen, Biolab, Biomm, Bionovis, Blanver, EMS, Eurofarma, Hebron, Hypera Farma e Libbs – fundaram, em 2011, o Grupo FarmaBrasil (GFB) que responde por 38% de todo o volume de medicamentos do mercado de varejo no Brasil, empregam mais de 40 mil colaboradores e investem, em média, 6,1% do faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento (P&D), superando a média da indústria farmacêutica e farmoquímica brasileira, situada na faixa de 2,6%.

O que cada projeto vai comprar é sigiloso, mas o Grupo destaca que o grau de automação para a produção de fármacos varia de acordo com a empresa farmacêutica e, principalmente, do processo produtivo adotado por cada fábrica, mas as indústrias instaladas no país vêm investindo cada vez mais capital em seus processos produtivos para aumentar o nível de automação, segurança e qualidade de seus processos de produção. As farmacêuticas que compõem o GFB seguem o disposto nas regulamentações da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária e consideram os requisitos previstos em outras Agências Reguladoras com alto rigor técnico, como a agência reguladora americana, Food And Drugs Administration (FDA), e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA): até para garantir todas essas diretrizes, é imprescindível investir na automação dos diversos

processos de produção (como pesagem e mistura de ingredientes, encapsulação, embalagem e rotulagem) e controle de qualidade – destacando que algumas dessas regulamentações podem mesmo limitar a automação total de alguns processos.

@DivulgaçãoGFB

O Grupo FarmaBrasil se reuniu com a ministra Luciana Santos (MCTIC) para apresentar dados sobre o setor farmacêutico nacional e os investimentos das empresas associadas no país

Segundo o Grupo FarmaBrasil, as indústrias brasileiras de capital nacional têm-se tornado cada vez mais atualizadas neste âmbito por meio de seus investimentos, além de serem compromissadas com a evo -

lução tecnológica associada à segurança, tendo-se como exemplo, a adoção do Sistema MES (Manufacturing Execution Systems) e a utilização de AGVs (Automated Guided Vehicles).

O grau de automação dos laboratórios também varia de acordo com as especificidades inerentes de cada um. Mas, de uma forma geral, o cenário no âmbito dos laboratórios de pesquisa no Brasil, mostra que as farmacêuticas têm adotado tecnologias de automação, principalmente, para os processos de análise e experimentação (espectrômetros, cromatógrafos e sistemas de análise de imagem) que, por sua vez, são capazes de acelerar e padronizar as análises laboratoriais. Inclua-se aí o uso de softwares que permitem não só o controle, mas também a integração entre os equipamentos, a coleta de dados e a análise de forma mais eficiente; no âmbito da nanotecnologia, têm-se obtido contundente avanço no âmbito da produção de produtos biológicos e, cada vez mais, as empresas vêm inovando em pesquisas e na instalação de linhas fabris que permitam não só uma manipulação precisa, mas também controlada desses materiais, associando eficiência e segurança aos seus produtos; quando se fala em qualidade, que possui papel essencial na garantia da segurança e eficácia dos medicamentos produzidos no país, são utilizadas técnicas como cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), espectrometria de massa e ensaios de dissolução automatizados, que permitem às indústrias realizarem testes de qualidade em matérias-primas, produtos acabados e amostras de controle de forma automatizada, precisa e segura.

O setor, contudo, produz mais que remédios há um bom tempo. Assim como no setor de produção de fármacos e as atividades desenvolvidas pelos laboratórios, o âmbito dos alimentos e cosméticos demandam avanços tecnológicos que permitam cada vez mais a otimização dos processos fabris seguindo as regulamentações vigentes e a garantia da qualidade dos produtos, deste modo, associando eficiência e segurança. E claro, a terceirização - também conhecida como outsourcing -, é comum nesses nichos: a transferência de algumas operações (como fabricação e embalagem) para terceiros especializados é uma prática comum no setor farmacêutico e, deste modo, com o intuito de assegurar que a produção mantenha altos padrões de qualidade e conformidade com as regulamentações vigentes, são adotadas diferentes tecnologias e práticas, assim, garantindo a segurança e a eficácia dos itens produzidos. Entre essas tecnologias e práticas, destacam-se os Sistemas de Gestão de Qualidade (QMS), a ISO 9001: Padrão internacional que especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade, e as GMP (Good

Manufacturing Practices), normas que garantem que os produtos sejam produzidos e controlados de acordo com padrões de qualidade apropriados. O setor e suas terceirizadas usam – ou estão implantandotecnologias de rastreamento e monitoramento; Blockchain - para criar um registro imutável e transparente das transações e movimentações de produtos, melhorando a rastreabilidade e a transparência na cadeia de suprimentos; RFID (Radio Frequency Identification) e IoT (Internet of Things).

@McKinsey&Company

As empresas do GFB mantêm atualização tecnológica constante para a otimização de seus processos, incluindo o uso de IA (Inteligência Artificial) para acelerar os processos de pesquisa e desenvolvimento e otimizar a eficiência, segurança e personalização dos tratamentos, além de permitir otimização na análise de dados, seja pelo método de mineração (onde a IA é utilizada para a análise de grandes volumes de dados que servirão de subsídio nos processos de pesquisa e desenvolvimento) ou pela Análise de Dados em Tempo Real (onde a IA analisa dados provenientes de ensaios clínicos e operações de fabricação em tempo real).

Até 2026, dos R$ 16 bilhões que serão investidos pelas empresas nacionais associadas ao Grupo FarmaBrasil, R$ 7,5 bilhões serão destinados à pesquisa e desenvolvimento, enquanto R$ 8,5 bilhões serão investidos em benfeitorias, instalações, equipamentos, máquinas, expansão e construção de novas fábricas.

O estudo “Perspectiva global para o setor de Saúde 2024”, da Deloitte, desvenda como o futuro global dos cuidados com a saúde pode ser moldado por algumas tendências que impulsionam a inovação, a sustentabilidade, a integração da assistência social, a gestão de custos e a adaptação da força de trabalho. E claro, a IA generativa está entre as fortes tendências desse mercado e, além de impulsionar a transformação digital e diminuir erros no P&D, impacta em frameworks confiáveis e éticos. A própria Deloitte destaca que, nesta fase inicial de adoção, uma abordagem confiável e ética para a IA pode ajudar a tornar os cuidados mais acessíveis e equitativos. Outras tendências fortes para a indústria farmacêutica são o uso intensivo de ciências de dados, aumento das fusões e aquisições, os ‘consumidores’ tomando o controle de sua saúde – mas empregadores tendo papel maior na saúde dos funcionários – e equidade na saúde – talvez o mais difícil de alcançar.

Parcerias entre empresas de IA e empresas farmacêuticas e suas respectivas áreas de colaboração no desenvolvimento de medicamentos.

O impacto da IA no setor é notável e não sem motivo: o processo de pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos – que vai desde a identificação do fármaco até os estudos clínicos - pede investimentos vultosos e de longo prazo, tendo-se em mente que existe apenas 13% de probabilidade de sucesso e aprovação em cada projeto. A aplicação da IA então pode tornar esse processo mais eficiente e menos oneroso. Mas não apenas a IA: High Throughput Screening (HTS), uma triagem de alta produtividade de moléculas que já se utiliza de sistemas robóticos para analisar milhares de compostos mais rapidamente; o Quantitative Structure – Activity Relationships (QSAR) constrói modelos virtuais para prever a afinidade de ligação entre as moléculas com base nas propriedades das mesmas, e seu potencial tóxico; e alguns algoritmos de IA aplicados em Machine Learning (aprendizagem de máquina) permitem predições relevantes trabalhando em conjunto com outras técnicas como Floresta Aleatória (RF), Rede Neural Artificial (RNA), Regressão Logística (LR), Classificação Bayesiana Ingênua (NBC), K-Vizinhos Mais Próximos (KNN), Mínimos Quadrados Parciais (PLS) e o deep learning que possibilita aos sistemas aprenderem automaticamente a partir de dados de entrada.

Destaque-se que a automação do setor não deve estar apenas no P&D e na produção, mas também na manutenção da conformidade e regulamentos: muitos departamentos de assuntos regulatórios (RA) em empresas farmacêuticas ainda lidam de maneira manual com o reunir documentos e verificar se são compatíveis com os padrões regulatórios. Essa é uma área desse setor muito importante e deve ser mantida atualizada. Implementar novas tecnologias na indústria farmacêutica pede um planejamento ainda mais rigoroso para a integração com sistemas legados.

As tecnologias disruptivas tornam possível acelerar a convergência dos saberes envolvidos na área da saúde e os recentes financiamentos do BNDES ao setor afastam um cenário onde a inovação permaneceria no ‚mundo desenvolvido’ levando a um enfraquecimento da saúde pública no país. A movimentação no setor farmacêutico está alinhada à idéia do Governo Federal de neoindustrialização - que deve ser inovadora, verde, sustentável, exportadora e competitiva, como afirmou o vice-presidente e também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alkmin, para quem o país deve ser mais autossuficiente, deixando de importar grande parte de seus produtos, gerando mais empregos, estimulando a inovação e produção local.

É uma política de longo prazo, com impacto até 2033. Não é tempo de espera, mas de muito trabalho - para todos.

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Como a digitalização estimula a inovação de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos

Dale Tutt - vice-presidente de estratégias da indústria da Siemens Digital Industries Software

Os setores de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos estão saindo de um período de obstáculos e reviravoltas sem precedentes. Os desafios da cadeia de suprimentos e a crescente complexidade impactaram o setor em um momento em que a velocidade e a agilidade se tornaram essenciais na entrega de novas terapias, dispositivos e medicamentos. Enquanto isso, o gerenciamento de riscos e a proteção da segurança e privacidade do paciente permanecem primordiais, apesar dos prazos mais curtos.

No entanto, essa mudança desencadeou uma onda de inovação e criatividade no projeto e na produção de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos.

A adição de elementos digitais, da eletrônica e de software no setor de ciências biológicas impulsionou a criação de dispositivos médicos mais inteligentes e baratos e acelerou o desenvolvimento de novos medicamentos. A digitalização contínua na entrega de cuidados médicos também está estabelecendo as bases para uma mudança na forma como o atendimento é prestado, onde o lar se torna o novo hospital.

Tendências de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos

na era pós-pandêmica

A pandemia destacou o risco inerente significativo associado a cadeias de suprimentos altamente globais, que se tornaram a norma em todos os setores, como também priorizou a redução dos ciclos de desenvolvimento que já estavam mais curtos. As interrupções na produção de semicondutores prejudicaram a produção de vários dispositivos, veículos e equipamentos, causando impacto em quase todos os

Jim Thompson - diretor sênior de estratégia digital para os setores de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos da Siemens Digital Industries Software

setores à medida que a computação e a eletrônica se aproximam da ubiquidade.

Enquanto isso, o rápido desenvolvimento dos testes de diagnóstico e vacinas da Covid mostrou ao setor que prazos menores podem ser viáveis na estrutura regulatória atual, forçando os fabricantes de dispositivos e as empresas farmacêuticas a buscar melhores formas de gerenciar as complexidades do desenvolvimento de medicamentos e dispositivos para minimizar os ciclos de desenvolvimento.

• Transferindo o atendimento do hospital para casa

Os métodos de prestação de cuidados também passaram por algumas reviravoltas nos últimos anos. Os leitos hospitalares estão com alta demanda, pois muitas populações estão envelhecendo e exigindo mais cuidados. Com espaço limitado e custos crescentes em ambientes hospitalares e clínicos tradicionais, a capacidade de fornecer atendimento de alta qualidade remotamente e dar suporte aos pacientes fora dos limites do hospital está se tornando fundamental. Isso requer dispositivos médicos cada vez mais inteligentes, robustos e seguros que possam ser distribuídos aos pacientes para uso em suas casas ou em trânsito. Para os fabricantes de dispositivos, o resultado é uma complexidade maior no projeto, engenharia e liberação regulatória de novos dispositivos para garantir a segurança, eficácia e uso fácil por parte dos usuários não treinados. Por exemplo, monitores de glicose inteligentes estão disponíveis agora e podem ser usados no corpo ou implantados, ajudando os pacientes com diabetes a controlar sua

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condição com mais facilidade e reduzir o atendimento clínico de episódios de emergência. O dispositivo inteligente monitora continuamente os níveis de glicose no sangue, exibindo essas informações para o paciente usar no controle do açúcar no sangue e em suas respostas à dieta, exercícios, estresse e outros fatores.

A era do atendimento definido por software

O software é uma peça cada vez mais central na entrega de terapias modernas, e isso só aumentará no futuro. O software está em toda parte nas ciências biológicas e na saúde. Ele é usado no projeto, pro -

dução, operações, entrega e gerenciamento de dispositivos e medicamentos. A integração do software em uma infinidade de processos permitiu avanços notáveis na tecnologia da medicina, auxiliando no diagnóstico e tratamento de doenças, no gerenciamento de condições crônicas e na organização e segurança dos dados do paciente. No entanto, a crescente aplicação e digitalização no espaço médico envolve alguns desafios.

Todos esses softwares, incluindo suas atualizações, tanto aqueles usados pelo médico quanto pelo paciente, devem passar por uma rigorosa certificação e avaliação de risco para garantir a segurança e eficácia do paciente. Além disso, os dispositivos médicos inteligentes, o software como um dispositivo médico e até mesmo os dispositivos de bem-estar, como o relógio inteligente, todos produzem ou gerenciam dados altamente confidenciais do paciente. Portanto, os fabricantes devem adotar protocolos rigorosos de segurança de dados e gerenciamento de risco com a mesma atenção e investimento que dedicam aos

métodos tradicionais de inovação para produtos e terapias médicas.

• A digitalização promove melhoria e inovação

A digitalização e os gêmeos digitais estão sendo adotados pela indústria médica devido à sua capacidade de melhorar os processos subjacentes de engenharia, projeto e gerenciamento de dados. Isso é particularmente importante, pois os dispositivos estão cada vez mais complexos, inteligentes e definidos por software. Os dispositivos médicos são um exemplo especialmente adequado para o avanço da digitalização de projeto, engenharia, testes e produção, pois muitos são produtos de fabricação discreta, criados da mesma forma que carros e smartphones — outros dois exemplos de setores que são considerados líderes em digitalização.

O gêmeo digital abrangente de um novo dispositivo médico permite que os engenheiros simulem e prevejam múltiplos aspectos do desempenho do dispositivo, como aquecimento ou consumo de energia, para garantir confiabilidade e segurança. Da mesma forma, a digitalização é um benefício para o desenvolvimento de robótica cirúrgica que é altamente precisa e robusta, permitindo que os cirurgiões realizem tarefas delicadas com confiança.

Devido às potenciais vantagens que os gêmeos digitais podem oferecer, a digitalização é a principal prioridade das empresas farmacêuticas e de dispositivos médicos. No entanto, a necessidade de segurança e minimização de riscos e os altos padrões re -

gulatórios que os novos dispositivos e medicamentos devem seguir impediram esses setores de adotar a digitalização no mesmo prazo que outros, como os setores automotivo e de aparelhos eletrônicos. Para os fabricantes de dispositivos médicos e medicamentos, os benefícios potenciais de uma nova tecnologia ou metodologia devem ser suficientemente avaliados

e comprovados para substituir um processo legado devido à importância de preservar a qualidade do produto e a segurança do paciente.

Então, olhando para o futuro, como engenheiros e projetistas podem esperar que a digitalização e o gêmeo digital avancem nas indústrias farmacêuticas e de dispositivos médicos para aumentar a adoção?

• A evolução da digitalização na entrega de novas terapias

Em geral, o investimento contínuo na digitalização trará novas oportunidades para a aplicação do gêmeo digital, automação, inteligência artificial (IA) e o metaverso industrial com relação ao desenvolvimento de dispositivos médicos, implantes e produtos farmacêuticos. A aplicação dessas tecnologias será crucial para aumentar a produtividade dos sistemas de saúde e melhorar a prestação de cuidados remotamente. À medida que o espaço nos hospitais se torna cada vez mais limitado, principalmente para as populações que envelhecem, será vital a capacidade de fornecer cuidados eficazes, seja no hospital ou em casa.

A indústria farmacêutica já utiliza a IA para analisar o desempenho dos medicamentos para entender melhor como o corpo absorve os diferentes medicamentos. Para obter a aprovação regulatória, um novo produto farmacêutico passa por várias etapas de testes em ambientes laboratoriais e clínicos. Esses ensaios geralmente produzem grandes conjuntos de dados sobre a eficácia do medicamento, efeitos colaterais, riscos e dados do paciente. A IA está sendo usada para examinar conjuntos de dados extremamente grandes, analisando biomarcadores para ca-

racterizar as interações complexas entre anatomia individual, genética e a química do medicamento que está sendo administrado. Ao considerar os resultados de vários estudos envolvendo vários medicamentos, biólogos e médicos podem usar o poder da IA para descobrir interações que podem não ser óbvias em estudos individuais, resultando em medicamentos mais seguros e eficazes.

Considerando um futuro ainda mais à frente, o metaverso industrial pode ser aplicado à prestação de atendimentos para reduzir o tempo que os pacientes passam em unidades de saúde e custos e melhorar o diagnóstico de condições. Uma consulta médica típica pode se transformar em uma consulta remota na qual o médico pode examinar um gêmeo digital de alguma parte da anatomia do paciente, ajudando tanto o médico quanto o paciente a entender melhor a doença específica do paciente e as opções de tratamento.

Além disso, o trabalho que está sendo realizado com IA e desenvolvimento farmacêutico pode permitir que os médicos personalizem um medicamento ou terapia para a anatomia, genética e condição do paciente, aumentando os benefícios à saúde e reduzindo os efeitos colaterais. Consultas de rotina também podem ser mais eficazes para detectar condições precocemente, evitando internações hospitalares longas e caras e melhorando os resultados para os pacientes.

Um futuro digital para os dispositivos médicos e produtos farmacêuticos

À medida que os fabricantes de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos saem de um período de transformação e desafios, eles enfrentam um futuro de complexidade, velocidade e inovação crescentes. Eles estão gerenciando o desenvolvimento de dispositivos mais inteligentes, cada vez mais complexos e mais fáceis de usar. Isso coloca uma pressão adicional nos métodos tradicionais de projeto e engenharia. Enquanto isso, aumenta a necessidade de acelerar a inovação de dispositivos e produtos farmacêuticos, levando os fabricantes a buscarem melhorias no processo que podem encurtar os ciclos de desenvolvimento, preservando a segurança, a eficácia e a proteção de dados.

A digitalização e o gêmeo digital são relativamente novos nas indústrias de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos. No entanto, com um compromisso

com a digitalização e a aplicação de tecnologias poderosas como o gêmeo digital, a IA e o metaverso industrial, os fabricantes de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos podem construir uma base para capacidades transformadoras que permitirão desenvolver novas gerações de dispositivos e medicamentos terapêuticos. Essas terapias avançadas vão contribuir para um sistema de atendimento mais produtivo, acessível e eficaz.

Impacto do Apagão

Cibernético de 19/07 na Indústria

No dia 19 de julho de 2024, um dos maiores apagões cibernéticos da história recente afetou sistemas de computadores globalmente, causando interrupções significativas em diversos setores industriais. Este evento, que começou na madrugada de sexta-feira, teve um impacto profundo na produção industrial e na segurança dos processos, afetando tanto grandes corporações quanto pequenas e médias empresas.

Impacto na Indústria

O apagão cibernético afetou diretamente a produção industrial, causando paralisações em linhas de produção e atrasos na entrega de produtos. Setores como o automotivo, aeroespacial, farmacêutico e de manufatura foram particularmente prejudicados. A interrupção dos sistemas de controle e instrumentação resultou em perdas financeiras significativas, além de comprometer a segurança dos trabalhadores e dos processos industriais.

Segmentos e Empresas Afetadas

Entre os segmentos mais afetados, destacam-se:

• Aeroespacial: Empresas como Boeing e Airbus relataram interrupções nas suas operações, afetando a produção e a entrega de aeronaves. Segundo a Reuters, a interrupção resultou em atrasos significativos e comprometeu contratos importantes.

• Automotivo: Gigantes como Ford e General Motors enfrentaram paradas nas linhas de montagem, resultando em perdas de produção significativas. A

Jim Thompson é diretor sênior de estratégia digital para os setores de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos da Siemens Digital Industries Software. Jim tem três décadas de experiência em gerenciamento do ciclo de vida do produto e desenvolvimento de soluções. Sua função atual se concentra gerenciamento de estratégias e soluções para os setores de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos.

Guilherme Neves - Cybersecurity Partner @ Doutornet Tecnologia OT Cybersecurity Research, Critical Infrastructures, National Defense

BBC estimou que as perdas financeiras no setor automotivo chegaram a aproximadamente 1 bilhão de dólares.

• Farmacêutico: A produção de medicamentos foi interrompida, impactando a distribuição e a disponibilidade de produtos essenciais.

• Tecnologia: Empresas de tecnologia, incluindo Microsoft e Amazon, relataram falhas nos seus sistemas, afetando serviços de cloud computing e outras operações críticas. O The Guardian informou que as perdas financeiras no setor de tecnologia foram de cerca de 300 milhões de dólares.

Impacto na Produção Industrial e Segurança dos Processos

A paralisação dos sistemas de controle industrial não apenas atrasou a produção, mas também levantou sérias preocupações sobre a segurança dos processos. Sistemas de monitoramento e controle, cruciais para a operação segura de plantas industriais, ficaram indisponíveis, aumentando o risco de acidentes e falhas catastróficas. De acordo com o CISO Advisor, o custo médio de um incidente de segurança cibernética para uma grande empresa pode chegar a 4 milhões de dólares.

Apagão Anterior no Linux

É importante notar que este não foi o primeiro incidente de tal magnitude. Anteriormente, sistemas operacionais baseados em Linux também enfren-

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taram problemas de indisponibilidade, embora em uma escala menor. Esses incidentes destacam a vulnerabilidade dos sistemas críticos a ataques cibernéticos e a necessidade urgente de medidas de segurança mais robustas.

Normas IEC 62443 e o Ciclo de Vida da Segurança da Informação

A norma IEC 62443-2-1, parte da série de normas IEC 62443, trata do ciclo de vida da segurança da informação em sistemas de automação e controle industrial. Esta norma fornece diretrizes para a implementação de um sistema de gestão da segurança da informação (SGSI) que cobre todas as fases do ciclo de vida, desde a concepção até a operação e manutenção.

Gestão de Patches Segundo a IEC 62443-2-3

A norma IEC 62443-2-3, que complementa a IEC 62443-2-1, trata especificamente da gestão de patches em sistemas de automação e controle industrial. A gestão de patches é vital para garantir que os sistemas estejam protegidos contra vulnerabilidades conhecidas. O ciclo de vida de gestão de patches recomendado pela IEC 62443-2-3 inclui as seguintes etapas:

1. Identificação de Patches: Monitoramento contínuo para identificar novos patches e atualizações de segurança disponibilizados pelos fornecedores.

2. Avaliação de Patches: Avaliação dos patches para determinar seu impacto potencial nos sistemas existentes e a criticidade das vulnerabilidades que eles corrigem.

3. Testes de Patches: Testes rigorosos dos patches em um ambiente controlado para garantir que não causem interrupções nas operações ou introduzam novas vulnerabilidades.

4. Planejamento de Implementação: Planejamento detalhado para a implementação dos patches, incluindo cronogramas e procedimentos para minimizar o impacto nas operações.

5. Implementação de Patches: Aplicação sistemática dos patches conforme planejado, garantindo que todas as vulnerabilidades sejam corrigidas sem causar interrupções.

6. Monitoramento Pós-Implementação: Monitoramento contínuo para garantir que os patches estão

funcionando conforme o esperado e não introduziram novas vulnerabilidades.

7. Documentação: Manutenção de registros detalhados de todas as atividades de gestão de patches, incluindo avaliações, testes, implementações e monitoramentos.

Controles do NIST 800-82

O NIST 800-82 fornece diretrizes para a segurança dos sistemas de controle industrial (ICS). Alguns dos principais controles que poderiam ter mitigado os impactos do apagão incluem:

1. Gestão de Vulnerabilidades (RA-5): Identificação, avaliação e mitigação de vulnerabilidades em sistemas de controle industrial.

2. Gestão de Incidentes (IR-4): Procedimentos para detectar, responder e recuperar de incidentes de segurança cibernética.

3. Controle de Acesso (AC-2): Implementação de controles de acesso rigorosos para proteger sistemas críticos contra acessos não autorizados.

4. Monitoramento Contínuo (CA-7): Monitoramento contínuo dos sistemas para detectar atividades anômalas e responder rapidamente a ameaças.

5. Gestão de Patches (SI-2): Aplicação de patches de segurança de forma sistemática e coordenada para corrigir vulnerabilidades.

Como a IEC 62443 e o NIST 800-82 Poderiam Ter Mitigado os Efeitos do Apagão

A implementação dos controles das normas IEC 62443-2-1, IEC 62443-2-3 e NIST 800-82 poderia ter mitigado os efeitos do apagão cibernético de várias maneiras:

1. Avaliação de Riscos: A norma IEC 62443-2-1 e o NIST 800-82 exigem uma avaliação contínua dos riscos de segurança cibernética. Isso inclui a identificação de vulnerabilidades e a implementação de medidas para mitigá-las antes que possam ser exploradas.

2. Gestão de Incidentes: A IEC 62443-2-1 e o NIST 800-82 estabelecem processos para a gestão de incidentes de segurança, incluindo a detecção, resposta e recuperação. Isso poderia ter permitido uma resposta mais rápida e eficaz ao apagão, minimizando o impacto na produção e na segurança.

3. Atualizações e Patches: A norma IEC 62443-2-3

e o controle SI-2 do NIST 800-82 enfatizam a importância de manter os sistemas atualizados com os patches de segurança mais recentes. Isso poderia ter prevenido a exploração de vulnerabilidades conhecidas que contribuíram para o apagão.

4. Segurança por Design: A implementação de princípios de segurança desde a fase de concepção dos sistemas de controle poderia ter reduzido a superfície de ataque e tornado os sistemas mais resilientes a ataques cibernéticos.

5. Treinamento e Conscientização: A IEC 62443-21 e o NIST 800-82 abordam a necessidade de treinamento contínuo e conscientização dos funcionários sobre práticas de segurança cibernética. Isso poderia ter ajudado a identificar e responder a ameaças de forma mais eficaz.

Falha na Atualização do Sistema da CrowdStrike

Em 19 de junho de 2024, a CrowdStrike anunciou uma falha crítica em uma atualização de conteúdo do Falcon Sensor, que levou ao apagão cibernético global em 19 de julho de 2024. A atualização do sensor, destinada a melhorar a detecção e resposta a ameaças, continha um erro lógico não detectado que causou falhas em sistemas Windows, resultando na temida “tela azul da morte” (BSOD).

Recomendações da CrowdStrike

Após a identificação do problema, a CrowdStrike emitiu várias recomendações para mitigar os impactos e prevenir futuros incidentes:

1. Reversão da Atualização: Instruções detalhadas para reverter a atualização problemática e restaurar os sistemas afetados ao estado anterior.

2. Monitoramento Contínuo: Implementação de monitoramento contínuo para identificar rapidamente qualquer anomalia resultante da atualização.

3. Testes Rigorosos: Reforço dos processos de testes para todas as futuras atualizações, garantindo que sejam testadas exaustivamente em diversos ambientes antes da implementação.

4. Comunicação Transparente: Comunicação contínua e transparente com os clientes sobre o status da correção e medidas preventivas adicionais.

5. Treinamento e Suporte: Fornecimento de treinamento e suporte adicional para equipes de TI e se-

gurança cibernética dos clientes, ajudando na rápida identificação e resolução de problemas.

Importância da Assessoria Estratégica

Especializada

Para enfrentar os desafios complexos da cibersegurança, é crucial que as empresas contem com uma assessoria estratégica especializada. Especialistas em cibersegurança podem ajudar a identificar vulnerabilidades, implementar medidas de segurança e responder rapidamente a incidentes. Além disso, uma visão externa de risco, alinhada aos objetivos do negócio, proporciona uma perspectiva imparcial e abrangente sobre as ameaças e oportunidades, permitindo que as empresas ajustem suas estratégias de segurança de forma proativa.

Benefícios da Assessoria

Estratégica

1. Avaliação de Riscos Personalizada: Consultores especializados podem realizar avaliações detalhadas dos riscos específicos de uma empresa, proporcionando recomendações personalizadas para mitigar essas ameaças.

2. Implementação de Controles de Segurança: A assessoria especializada pode ajudar na implementação de controles de segurança conforme as normas IEC 62443 e NIST 800-82, garantindo que as melhores práticas sejam seguidas.

3. Resposta a Incidentes: Em caso de um incidente de segurança, consultores especializados podem fornecer suporte imediato para conter a ameaça, minimizar os danos e restaurar as operações normais.

4. Treinamento e Conscientização: A formação contínua dos funcionários em práticas de segurança cibernética é essencial para criar uma cultura de segurança dentro da organização.

5. Alinhamento com Objetivos de Negócio: A visão externa de risco permite que as empresas alinhem suas estratégias de segurança com seus objetivos de negócio, garantindo que a segurança cibernética contribua para o sucesso geral da organização.

Conclusão

O apagão cibernético de 19 de julho de 2024 serve como um alerta para a indústria global sobre a importância da cibersegurança e a necessidade de aderir a normas como a IEC 62443-2-1, IEC 62443-2-3 e NIST 800-82. A interrupção não só causou perdas

financeiras significativas, mas também expôs a fragilidade dos sistemas de controle e instrumentação. Empresas e governos precisam investir em infraestrutura de segurança cibernética e contar com assessoria estratégica especializada para proteger contra futuros ataques e garantir a continuidade das operações industriais.

Resumo das Fontes Internacionais

1. BBC News: Relatou perdas financeiras estimadas em aproximadamente 1 bilhão de dólares globalmente, com destaque para o setor automotivo, que enfrentou perdas de produção significativas.

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2. Reuters: Indicou que mais de 500 empresas foram afetadas, incluindo Boeing e Airbus, resultando em atrasos na entrega de aeronaves e comprometimento de contratos importantes.

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3. The Guardian: Informou que o setor de tecnologia, incluindo Microsoft e Amazon, sofreu perdas de cerca de 300 milhões de dólares devido ao apagão. A indisponibilidade dos serviços de cloud computing afetou milhares de clientes.

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4. CISO Advisor: Destacou o impacto financeiro dos incidentes de segurança cibernética, com o custo médio de um incidente para uma grande empresa podendo chegar a 4 milhões de dólares.

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5. CrowdStrike: Anunciou a falha crítica na atualização do sistema em 19 de junho de 2024, que levou ao apagão cibernético, e forneceu recomendações para mitigar os impactos.

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Este evento sublinha a necessidade de um enfoque contínuo e aprimorado na cibersegurança para proteger as infraestruturas críticas e garantir a resiliência das operações industriais.

Fórum de Energias Renováveis debate oportunidades de crescimento

Com o objetivo de discutir a transição energética no Estado e no país, ocorreu, na PUCRS - Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, o 4º Fórum de Energias Renováveis. O even to apresentou painéis que abor daram tecnologias, políticas públi cas, investimentos e, também, a reconstrução do Estado sob a óti ca da sustentabilidade energética.

O governador Eduardo Leite abriu o fórum, detalhando as dificulda des que o Estado enfrenta no pro cesso de reconstrução e pontuou a importância dessa matriz energética para a retomada das atividades. “Mais de 80% da energia produzida no Rio Grande do Sul é de origem renovável, e a energia eólica representa 18,4% da potência total instalada. Também para a energia eólica offshore o Estado se revela especialmente competitivo pelo que temos de demanda interna e pela proximidade com a região Sudeste, onde há grande consumo. Temos uma importante infraestrutura de transmissão,

com mais de 12 mil quilômetros de linhas, e trabalhamos para ampliar a capacidade de escoamento da energia gerada.”

“Atualmente, mais de 80%

da energia produzida no Rio Grande do Sul é de origem renovável”.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, tratou das oportunidades que o setor de energias renováveis pode oferecer para o Estado. “Temos condições para estar no radar dos grandes investimentos em energia limpa. Há um grande potencial nesse

campo, tanto pelas questões ambientais e tecnológicas quanto pelo trabalho que o governo vem fazendo para o desenvolvimento na área”, frisou.

A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, destacou o compromisso do Estado com as energias renováveis e a revisão dos processos de licenciamento ambiental. Ela disse que, antes de secas e enchentes, as energias renováveis já eram pautas integradas aos planos de adaptação às mudanças climáticas, pelo potencial e pelas oportunidades econômicas e de desenvolvimento sustentável.

E recordou a discussão do ano passado sobre hidrogênio verde, que resultou em compromissos com empresas e na necessidade de um marco regulatório. “Neste mês, foi estabelecido um marco prometendo R$ 18 bilhões em incentivos fiscais a partir de 2028, essencial para atrair investimentos e transformar o potencial econômico em valor”, disse.

“Os projetos estruturantes do Plano Rio Grande constituem um horizonte de ações de curto, médio e longo prazo. Precisamos estar preparados para uma realidade climática que não é uma possibilidade, mas uma certeza. Nossa trajetória servirá de exemplo para outros estados”, disse o secretário-adjunto da Reconstrução Gaúcha, Gabriel Fajardo.

@Maurício Tonetto/Secom

Uma das discussões trouxe Luiza Ramanauskas, vice-diretora de Solar do Sindienergia-RS, e a coordenadora da Absolar no Rio Grande do Sul, Mara Schwengber - que relatou que desde 2012, a solar fotovoltaica já gerou mais de 1,4 milhão de empregos acumulados no Brasil, e a matriz elétrica brasileira é de 233,7 mil MW, dos quais 19% é solar, ou cerca de 44 mil MW. “É a energia que mais cresce no Brasil”, comentou.

O RS é o terceiro estado com mais potência instalada, atrás de São Paulo e Minas Gerais - estes estados contam com legislações específicas e benefícios tributários para o segmento. A diretora de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Corsan Aegea, Liliane Cafruni, contou sobre a experiência da companhia na geração energética renovável: a meta da Corsan, segundo ela, é que a empresa atue com 100% de energia renovável até 2025 - no momento, o percentual é de 78%. Renê Reinaldo Emmel Junior, conselheiro do CREA-RS, comentou sobre a importância do papel institucional

do conselho e do trabalho dos engenheiros durante as enchentes, e do fomento ao empreendedorismo nas renováveis.

O professor Adriano Moehlecke, da PUCRS, salientou que é preciso investir permanentemente em pesquisa e desenvolvimento e estabelecer cadeias produtivas, mas, especialmente, formar recursos humanos qualificados com engenheiros. Ele citou a realização do 1º Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica, em 2004,

na universidade, em que houve a recomendação justamente nestes investimentos.

Promovido pelo Correio do Povo e pelo Sindienergia-RS Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do RS, o evento contou com o patrocínio da BRDE, do BADESUL, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA/RS), do BE8 com apoio da Escola Politécnica PUCRS SENAI Tecnologia e Inovação e da FAMURS.

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@Reprodução

Aneel conclui fiscalizações em 52 usinas termelétricas de 18 estados

A Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica finalizou uma ação fiscalizadora em 52 usinas termelétricas presentes em 18 estados para avaliar o desempenho recente dessas geradoras. Os fiscais concluíram que a maioria das usinas tem adequadas condições de operação e disponibilidade para suprir energia para o país.

O objetivo da fiscalização foi garantir que as usinas selecionadas estejam disponíveis para o Sistema Interligado Nacional nos requisitos de operação, manutenção, segurança e confiabilidade. Ainda foi verificado se as geradoras estão aptas a entrar em operação na data de início de suprimento do leilão de reserva de capacidade de 2021.

Foram selecionados empreendimentos que possuem Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR), com vencimento em 2024 e em 2025 ou que foram vencedoras no leilão. Também foram fiscalizadas usinas demandadas pelo despacho do Operador Nacional do Sistema (ONS) para atendimento de ponta no ano de 2023.

Câmara das Energias da Fecomércio-CE discute viabilidade do hidrogênio branco

A Câmara das Energias da Fecomércio - Ceará discutiu o hidrogênio branco e seu potencial na transição energética e na descarbonização dos combustíveis além da criação de um corredor ligando Fortaleza a Jericoacoara com eletropostos para abastecimento de carros elétricos ou híbridos.

Durante o encontro, o engenheiro de petróleo e energias, Ricardo Pinheiro, esclareceu sobre os diferentes tipos de hidrogênio e suas respectivas origens, que determinam suas classificações por cores - o hidrogênio Branco foi destacado por sua origem natural, sem a necessidade de gasto adicional de energia para produção. “O hidrogênio branco, também conhecido como natural, é gerado naturalmente na crosta terrestre e pode ser encontrado em poços.

Ou seja, ele não precisa passar por nenhum outro processo para ser gerado, como acontece com o hidrogênio verde”, afirma o especialista, lembrando que apesar da economia, a captação e distribuição desse hidrogênio ainda está sendo estudada e é preciso encontrar poços que armazenem esse hidrogênio primeiro: há indícios de que haja poços assim no Ceará então, é preciso saber se a quantidade de hidrogênio disponível é comercialmente viável para que ela se torne realmente um energético econômico aplicável à sociedade.

O vice-presidente do Sindipostos, Vicente Ferreira, apresentou a proposta de criação de um corredor ligando Fortaleza a Jericoaquara com eletropostos. O objetivo é viabilizar a carga de carros elétricos ou híbridos distribuindo dez postos por cidades da Região Norte do Ceará e os próprios postos de gasolina ficariam responsáveis por essa demanda, com carregadores duplos de 40 KW a 60 KW integrando 20 praias e toda a área Norte do Estado.

Também acompanharam a reunião, Antônio José Costa, presidente da Câmara de Energias; Cid Alves, vice-presidente da Fecomércio-CE; Marcos Pompeu, secretário Executivo na Câmara dos Conselhos Empresariais da Fecomércio-CE; Manuel Novais, presidente do Sindipostos; Vicente Ferreira, vice-presidente do Sindipostos; Tarcísio Costa, responsável pela regulação na Enel Ceará, além de diversos empresários ligados ao setor.

@Divulgação
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www.beckhoff.com/xts-hygienic

Altamente flexível e ideal para uso na indústria alimentar e farmacêutica: o sistema de transporte inteligente XTS Hygienic combina as vantagens do transporte individual de produtos – por meio da tecnologia XTS comprovada em campo – com a alta classificação de proteção IP 69K e um design higiênico. Todas as superfícies são quimicamente resistentes, livres de arestas ocultas ou rebaixos e fáceis de limpar. Devido ao reduzido volume de construção do XTS Hygienic, os usuários se beneficiam do espaço menor da máquina em um layout claro, proporcionando facilidade de manutenção.

Aprovado incentivo a energia renovável para produtores agrícolas

A Comissão de Infraestrutura (CI) aprovou proposta que incentiva produtores agrícolas a comprarem equipamentos para a produção de energias renováveis. Os integrantes da CI acataram o relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) ao Projeto de Lei (PL) 2.647/2022, da Câmara dos Deputados - o projeto ainda será analisado na Comissão de Agricultura (CRA).

Segundo o senador Lucas Barreto (PSD-AP), que foi designado relator ad hoc durante a reunião, na ausência momentânea de Braga, o estímulo à geração de energia renovável na agricultura familiar impulsionará esse setor, que recebe destaque no projeto. Além disso, gerará mais empregos e contribuirá para a eficiência e sustentabilidade da atividade:

Apesar de já haver linhas de crédito destinadas à agricultura familiar, voltadas à aquisição de equipamentos para a produção de energia elétrica a partir das fontes eólica, solar e biomassa, a inclusão dessa prioridade na política agrícola, aliada à previsão de linhas de crédito diferenciadas, confere aos canais de crédito existentes maior respaldo.

O texto altera a Política Agrícola (Lei 8.171, de 1991) para incluir a aquisição de equipamentos que utilizem energia solar, energia eólica ou biomassa (matéria orgânica) na produção de energia renovável entre os incentivos prioritários do poder público. Para isso, deve haver linhas de crédito diferenciadas para essas pessoas.

Braga acatou emenda do senador Zequinha Marinho para especificar que equipamentos movidos a biocombustíveis, como biodiesel, também estão entre os incentivos.

MME pode intervir na Aneel

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, encaminhou ofício à Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica solicitando informações sobre a demora no cumprimento de prazos normativos. Silveira diz que o ministério pode intervir na diretoria da agência caso o quadro de “crônica omissão na tomada de decisão” se alongue.

Silveira cita no documento quatro demandas pendentes pela reguladora: 1) homologação da nova governança da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica); 2) divulgação do impacto tarifário percebido por consumidores com a antecipação de valores da CDE Eletrobras para abatimento das contas Covid e Escassez Hídrica; 3) publicação de minutas dos CER (Contratos de Energia de Reserva) conforme a MP (Medida Provisória) 1.232/2024 dispõe; e 4) política de compartilhamento de postes com o setor de telecomunicação. Mas o impacto tarifário oriundo da securitização da CDE Eletrobras havia sido divulgado dias antes pela agência.

Segundo ofício do MME, o “quadro massivo de atrasos pode caracterizar um cenário de funcionamento deficiente ou de inércia ou incapacidade reiterada dessa diretoria na superação de providências que se encontram exclusivamente na alçada da Agência. A

Edilson Rodrigues/Agência Senado
@Divulgação/RoquedeSáAgênciaSenado

persistência desse estado de coisas impelirá este Ministério a intervir, adotando providências para apurar a situação de alongada inércia da diretoria no enfrentamento de atrasos que lamentavelmente têm caracterizado a atual conjuntura, traduzindo quadro de insustentável gravidade, que prenuncia

o comprometimento de políticas públicas e pode, inclusive, implicar responsabilização dessa diretoria”.

O ministro também disse ser necessário que os diretores “se abstenham de expor publicamente divergências internas” que possam “não apenas afetar a imagem da agência, mas também o bom andamento dos trabalhos” – se referindo aos embates entre os diretores durante as Reuniões Públicas Ordinárias ao longo do último ano. Destaque-se, contudo, que em recente audiência pública na CME (Comissão de Minas e Energia) da Câmara dos Deputados, o ministro subiu o tom contra as agências em geral lembrando que enquanto há vigência da medida provisória, ela é lei e que existem decretos emitidos pelo presidente da República que não estão sendo regulamentados, as agências não estão cumprindo prazos.

TCU determina que Aneel apresente plano para fiscalização de GD solar por assinatura

Os ministros do TCU - Tribunal de Contas da União acataram parcialmente a representação da área técnica do tribunal sobre possíveis falhas da AneelAgência Nacional de Energia Elétrica) na fiscalização do cumprimento das atividades de MMGD - Micro e Minigeração distribuída por assinatura.

O relator, ministro Antonio Anastasia, apresentou seu voto determinando que a Agência apresente em até 60 dias ao Tribunal um plano de ação que contemple medidas de aprimoramento e fiscalização relacionadas ao Artigo 28 da Lei 14.300, que trata sobre a caracterização da GD como produção de energia para consumo próprio.

O TCU também determinou que a Agência conclua em até 90 dias a Tomada de Subsídios 18/2023, sobre o tema, realizando o diagnóstico do problema e que a avalie a necessidade de aperfeiçoamento de normativos afetos ao assunto.

Em fase de oitiva, a Aneel indicou que cabe à própria Agência fiscalizar a empresa geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica, com outorga concedida pelo poder público, e que as associações que sinalizam “comercialização” em propagandas, não necessariamente têm o negócio jurídico firmado. E assim, indicou que a fiscalização da regularidade e conformidade de “associações, cooperativas e agremiações congêneres com o ordenamento jurídico e atuar no caso de eventual desvirtuamento no funcionamento dessas entidades” seria responsabilidade do TCU.

Mas a auditoria entende que, independentemente de qual espécie de entidade jurídica, a Agência “deve se ater à possibilidade da ocorrência de produção de energia, no âmbito do SCEE - Sistema de Compensação de Energia Elétrica, que não seja para consumo próprio”. Assim, destacou que a complexidade do tema não exime a Agência da atuação na regulação e fiscalização do assunto.

Segundo o entendimento da auditoria, caso se confirme o crescimento, notório e acelerado, da oferta de assinaturas solares, por partes relacionadas das distribuidoras estarão evidenciados os indícios, também crescentes, de fatos que possam configurar infração à ordem econômica e sobre os quais a Aneel possui dever de vigilância.

Ainda o TCU deferiu os pedidos da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica para participar do processo como amicus curiae, a fim de que possam apresentar informações que irão contribuir com a análise do tema.

@Divulgação/TCU

ENERGIES

Audiência pública apoia eólicas offshore e diverge quanto a térmicas

Um projeto de lei sobre o aproveitamento de potencial energético offshore para expandir a produção de energia elétrica no país foi tema de debate em audiência pública na Comissão de Infraestrutura (CI) e, apesar de obter apoio, a matéria (PL 576/2021 - Substitutivo) suscitou discordâncias entre os debatedores com relação às emendas inseridas na Câmara ao texto originado no Senado.

O projeto original, de autoria do ex-senador Jean Paul Prates, regulamenta a oferta e outorga de áreas para exploração de energia em alto mar, como por geração eólica - proposta aprovada no Senado e enviada à Câmara em agosto de 2022. Como foi modificado pelos deputados, o texto retornou aos senadores na forma de um substitutivo, que tem o senador Weverton na relatoria. O substitutivo traz, por exemplo, a prorrogação de subsídios para a contratação de térmicas a carvão mineral com contrato de compra de energia no ambiente regulado, atualmente com prazo de término em 2028, e a contratação compulsória de térmicas a gás inflexíveis.

Um dos autores do requerimento

para a audiência pública, o senador Marcos Rogério disse que recebeu mensagem de Jean Paul Prates em que o ex-senador salienta que seu texto original tratava apenas da questão das eólicas offshore. O parlamentar afirmou que este é um tema que interessa a todos os consumidores e que é preciso conhecer bem as fontes de energia e o impacto que cada uma representa, não se podendo desconsiderar que as fontes hidráulicas são intermitentes em razão dos períodos de chuva e seca que há no Brasil. Ele também enfatizou que os números com relação ao setor não são claros.

O senador Esperidião Amin foi preciso: “estamos vivendo o momento em que a demonização de formas de obter energia ignora as inovações tecnológicas”.

Participaram da audiência o presidente executivo da Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, Marcos Madureira; o presidente da Frente Nacional de Consumidores de Energia (FNCE), Luiz Eduardo Barata Ferreira; o presidente da

Abrace Energia - Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia, Paulo Pedrosa; o gerente-executivo de Relações Governamentais do IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, Daniel Antunes; a representante do Conselho Global de Energia Eólica, Roberta Cox; o Diretor de Novos Negócios da ABEeólica - Associação Brasileira de Energia Eólica, Marcelo Cabral; o presidente executivo da Abragel - Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa, Charles Lenzi; o consultor de Relações Institucionais da Abraget - Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas, Edvaldo Luís Risso; o diretor-presidente da Apine - Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica, Guilherme Jorge Velho; o presidente da ABCSAssociação Brasileira do Carbono Sustentável, Fernando Luiz Zancan; o diretor técnico-comercial da Abegás - Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado, Marcelo Mendonça e o representante do Sindienergia - Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará, Lucio de Castro Bomfim Junior.

@Geraldo Magela/Agência Senado

Governo assina protocolo de intenção para viabilizar desenvolvimento de novo projeto eólico

O governador Eduardo Leite assinou um protocolo de intenção com empresas especializadas em energia renovável para desenvolver um novo projeto eólico, a ser instalado na região da Fronteira

Oeste do Estado. O objetivo é reforçar o potencial de geração de energia limpa do Rio Grande do Sul. Análises preliminares indicam que o projeto tem potencial de atrair cerca de R$ 3 bilhões em investimentos e de gerar mais de mil postos de trabalho.

O protocolo foi assinado com a Vento Pampeiro, um consórcio formado pela Vestas Development (empresa de origem dinamarquesa dedicada ao desenvolvimento de projetos para a geração de energia eólica), e pela Renobrax (empresa com sede em Porto Alegre, responsável pela concepção de projetos de energia renovável em todo o Brasil). Com o acordo, o governo do Estado espera posicionar o Rio Grande do Sul como importante ator no movimento pela descarbornização do pla-

neta e contra os efeitos nocivos das mudanças climáticas – com destaque para a busca por fontes renováveis de energia.

“A partir do protocolo, vamos trabalhar em um regime de cooperação ainda mais profundo com as empresas para que possamos tornar o aporte uma realidade. Investimentos em geração de energia são importantes não apenas economicamente, mas também para destacar o Rio Grande do Sul em uma estratégia global de desenvolvimento sustentável”, explicou Leite. “Já temos 80% da nossa matriz energética gerada a partir de fontes renováveis, e queremos avançar ainda mais nessa direção, alavancando outros empreendimentos do setor.”

O acordo tem o objetivo de viabilizar o Complexo Eólico Três Divisas, que deve ser instalado nas cidades de Uruguaiana, Alegrete e Quaraí, com possibilidade de expansão para outros municípios da região. Conforme estudos já efetivados pelas empresas, o local

possui um alto potencial para fornecer energia, podendo chegar a 400,5 megawatts.

“Estamos trabalhando de forma determinada para que o Estado, nessa reconstrução tão desafiadora e que requer grande esforço, possa também manter os investimentos que vinham sendo construídos anteriormente”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

A titular da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, salientou os esforços dedicados para tornar o projeto possível. “Temos agora uma iniciativa que pode começar imediatamente.

Esse passo comprova que os esforços de todos estão no mesmo sentido, e reforça também o nosso compromisso com a execução das próximas etapas de licenciamento”, garantiu.

O documento tem validade de dois anos a partir do ato de assinatura. Com isso, o governo estadual assume o compromisso de trabalhar para auxiliar nas demandas junto aos órgãos públicos, viabilizar expedição de autorizações

@Divulgação/Cassiano Cavalheiro/Sema/Fepam
@Divulgação/Jürgen Mayrhofer/Secom

ENERGIES

necessárias e dar suporte nos processos administrativos em setores essenciais para a implantação do projeto.

“A Organização Meteorológica Mundial confirmou que 2023 foi o ano mais quente já registado, 1,45ºC acima dos tempos pré-industriais. É preciso ressaltar que a transição energética só será acelerada se todos os setores dedicarem esforços na descarbonização, o que impulsionará o aumento da adoção de energias renováveis”, afirmou o vice-presidente de Assuntos Públicos da Vestas na América Latina, Leonardo Euler de Morais.

“Na Vestas, estamos comprometidos a contribuir para fechar a lacuna que pode surgir entre novas oportunidades de investimentos e a oferta de projetos de alta qualidade. Sabemos que a etapa de planejamento de novos parques eólicos é uma atividade complexa e dinâmica, que requer expertise técnica, com atenção especial a temas de segurança, impacto socioambiental e viabilidade econômica”, explicou o vice-presidente de Development da Vestas para a América Latina, Frederic Guillaume. „Felizmente, esses são ativos que dominamos amplamente, e que incorporamos em nossos projetos para habilitar boas oportunidades de investimento e maximizar o valor que será adicionado pelo futuro empreendimento”.

Às empresas caberá o trabalho de conceituação técnica e planejamento detalhado do projeto, realizando seu desenvolvimento até a viabilização comercial, a atração de investidores e a construção; depois o projeto segue para a etapa de viabilização e alocação de recursos (Secom).

O governo da Austrália aprovou um plano para construir uma central de energia solar e de baterias que foi anunciado como o “maior complexo solar do mundo”. As autoridades anunciaram as licenças ambientais para o projeto da empresa SunCable, avaliado em US$24 bilhões, no norte remoto da Austrália.

A ministra do Meio Ambiente australiana explicou que a instalação deve gerar energia suficiente para abastecer três milhões de residências e, eventualmente, terá um cabo de ligação com Singapura para vender eletricidade para a cidade-Estado – podendo se tornar o maior complexo de energia solar no mundo.

@IAgenerateFreepik

O complexo projetado de 12.000 hectares é apoiado pelo magnata australiano do setor de tecnologia e ativista ambiental Mike Cannon-Brookes. O complexo terá baterias que permitirão armazenar quase 40 gigawatts.

O projeto, no entanto, precisa de outras autorizações, incluindo as licenças da autoridade do mercado energético de Singapura, do governo da Indonésia e das comunidades aborígenes australianas.

A Austrália é um dos principais exportadores de gás e carvão e seus últimos governos não haviam mostrado entusiasmo com a transição para fontes de energia renováveis.

Nacional Gás atinge recorde e envasa mais de um milhão de unidades de P13 em um mês

A Nacional Gás, do Grupo Edson Queiroz (GEQ) e uma das maiores distribuidoras de GLP do Brasil, atingiu um marco inédito na sua história após a modernização da sua unidade localizada em Suape, em Pernambuco. A planta alcançou o número de 1.015.411 unidades de P13 envasadas durante o mês de julho, um crescimento de 42% na média de pro - @Divulgação

dução mensal em comparação ao período anterior à modernização (2021) e um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2023.

Segundo Alisson Matos, diretor de operações da Nacional Gás, o recorde é resultado direto dos investimentos em eficiência, qua lidade e inovação da companhia.

“Esse número é resultado das iniciativas de moder nização que implemen tamos. Na Nacional Gás, buscamos investir em no vas tecnologias e aprimorar os processos operacionais, sempre focando nas medidas de segurança, no desenvolvimento da equipe e na manutenção da qualidade dos nossos produtos. As melhorias incluíram a adoção de um sistema de envase automatizado com leitura de tara automática e sistemas de testagem autônomos”, comenta o executivo.

Reconhecida como a planta mais moderna do mercado na América Latina, os benefícios da modernização são significativos tanto para a empresa quanto para os clientes. Para os colaboradores da filial de Suape, houve um aumento na segurança e melhorias ergonômicas no ambiente de trabalho. Para os clientes, as inovações refletem

em mais qualidade e segurança nos produtos, assegurados por rigorosos controles.

“Estamos otimistas com o futuro e já contamos com outros projetos de modernização em andamento, como a unidade de Betim, em Minas Gerais, que terá sistemas ainda mais modernos e eficientes”, finaliza Alisson.

Vibra acelera e consolida sua plataforma multienergia

com a compra da Comerc

visão da aquisição da totalidade das ações ocorrendo entre 2026 e 2028. As boas oportunidades de retorno financeiro imediato leva ram a Vibra a optar por antecipar a operação.

Maior distribuidora de combustíveis e lubrificantes do Brasil, a Vibra anunciou a compra de 50% das ações da Comerc. Com a operação, a plataforma de energia passa a ser uma subsidiária integral da Vibra - o valor do negócio foi de R$ 3.525 milhões.

Com resultados sólidos apurados nos últimos 4 trimestres, a Vibra tem demonstrado os efeitos de seu modelo de gestão capaz de garantir patamares consistentes de margem, geração de valor para o acionista e menor volatilidade. É a partir desse histórico de consistência e disciplina de alocação de capital que a Vibra avança em sua principal alavanca de crescimento na transição energética.

A Vibra já havia adquirido 50% da Comerc em 2022, com pre -

“Nossa decisão é motiva da pelo importante retorno financeiro, que virá de si nergias significativas entre as duas empresas e pelo baixo risco do negócio já totalmente operacional. A Comerc vem apresentando bons resultados, com os principais projetos de geração concluídos e gerando um EBITDA anualizado de R$ 1 bilhão em 2024”, afirma o CEO da Vibra, Ernesto Pousada.

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@Divulgação/Vibra/Selmy
Yassuda

ENERGIES

Nos últimos anos, a Comerc implementou uma série de projetos de geração, trazendo segurança com relação ao retorno sobre os investimentos. Mais de 90% da energia certificada (P90) vendida pela empresa tem contratos de longo prazo, reajustados pela inflação, o que traz ainda mais robustez ao fluxo de caixa da Comerc.

Considerando-se apenas as sinergias imediatas, haverá cerca de R$ 1,4 bilhão em benefícios, com otimização da estrutura fiscal e redução de custo de dívida, entre outros. Além disso, já em 2025 a Comerc deve aportar cerca de R$ 1,3 bilhão ao Ebitda da Vibra se consolidando como uma de suas principais avenidas de crescimento.

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“Nos últimos 20 anos, nos dedi camos a construir a melhor plataforma de soluções em energia do país. Agora, a Vibra segue investindo na Comerc de forma ainda mais objetiva, impulsionando nosso crescimento para novos patamares. Minha permanência em uma posição de liderança estratégica nesses próximos anos é, acima de tudo, um grande prazer para mim” afirma Christopher Vlavianos.

A negociação prevê a continuidade de executivos chave para a operação da Comerc. O fundador, Cristopher Vlavianos (Kiko), permanecerá até 2028, participando ativamente da estratégia da companhia. Clarissa Sadock, atual Vice-Presidente de Renovável e ESG da Vibra, assumirá como CEO da Comerc após um período de transição gradual com o atual CEO, André Dorf.

A Vibra vai levar sua gestão bem-sucedida, de alocação de capital gerando crescimento com retorno, para ampliar o potencial da Comerc. A entrada de novos clientes no mercado livre de

energia, assim como novas oportunidades em projetos de eficiência energética e baterias, trazem grandes oportunidades de crescimento para a empresa, que vai ser impulsionado pelo conhecimento e base de clientes da Vibra. “Nós vamos levar nosso modelo de gestão para a Comerc, e a empresa vai agregar ainda mais ofertas de produtos e serviços ao portfólio da Vibra. Estamos muito entusiasmados com esse novo momento”, afirma Pousada. “Estamos muito felizes em receber os clientes da Comerc também como clientes Vibra. Com nossa experiência, vamos passar a atendê-los com o mesmo cuidado e parceria, que são marcas da Vibra, mantendo a qualidade da entrega já reconhecida da Comerc”, acrescenta o executivo.

A conclusão da operação depende das aprovações habituais para este tipo de transação, e deve ser concluída no primeiro trimestre de 2025.

CPFL Energia e Mizu Cimentos firmam parceria para investir em hidrogênio verde

@Divulgação/GovRN

A CPFL Energia anunciou parceria com a Mizu Cimentos, do grupo Polimix, para a implantação de uma planta de hidrogênio verde no Rio Grande do Norte. Esta ini ciativa, além de contribuir para os estudos de aprimoramento tecnológico e amadurecimento

do mercado do hidrogênio verde, permitirá a avaliação da aplicação do hidrogênio verde no processo de produção do cimento, contribuindo para a redução das emissões de gases poluentes e avançando nas iniciativas de descarbonização deste segmento industrial.

contribuirmos no desenvolvimento de novas tecnologias relevantes para o setor elétrico e avançarmos no propósito da descarbonização da matriz energética, conforme as diretrizes do Plano ESG 2030 da companhia. Este plano prevê, entre outras ações, um investimento de cerca de R$ 44 milhões em tecnologia de hidrogênio verde, um importante aliado no processo de transição energética mundial”, destaca Bruno Monte, diretor de Estratégia e Inovação da CPFL Energia.

A parceria, oficializada no Palácio do Governo do Rio Grande do Norte, é um desdobramento do compromisso assumido pela CPFL em novembro de 2023. Na ocasião, a empresa assinou um memorando de entendimento (MoU) com o Governo do Estado para explorar as possibilidades de desenvolvimento do hidrogênio verde e suas potenciais aplicações no setor elétrico, alinhado ao objetivo da companhia de investir em soluções inovadoras para a transição energética.

Desenvolvido pela área de ino vação da CPFL Energia e finan ciado pelo Programa de Pesqui sa, Desenvolvimento e Inovação da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, o projeto prevê a implantação de uma planta-piloto de produção de hidrogênio verde utilizando energia renovável para alimentar um eletrolisador. O hidrogênio produzido será aplicado no processo produtivo da Fábrica Mizu Cimentos, em Barauna/RN.

Além da produção de hidrogênio verde, a parceria também contribuirá para estudos de mercado e regulamentação do vetor ener-

Copel no caminho certo dos medidores

inteligentes

Um dos maiores programas de digitalização e melhoria da rede de distribuição de energia em andamento no Brasil, de responsabilidade da Copel, já instalou mais de 820 mil medidores inteligentes em residências, comércios, empresas e propriedades rurais de 94 municípios do Paraná.

A troca de medidores de energia tradicionais por medidores inteli-

mercado, novos desenvolvimen tos e capacitação de profissionais para o setor.

A expectativa é que a planta de hidrogênio comece a operar em 2027, seguida por um período de monitoramento de seis meses para medir o impacto real do hidrogênio verde na redução de emissões de CO2, que pode chegar a 12,5 toneladas por ano.

@Divulgação
@Divulgação /GovernoRN

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gentes não tem custo para o cliente e permite uma leitura mais precisa e em tempo real do consumo de energia. O avanço tecnológico representa uma revolução na forma como os consumidores da Copel gerenciam o consumo de energia, trazendo uma série de benefícios diretamente ao alcance de seus smartphones e dispositivos móveis.

Com uma interface intuitiva e fácil de usar, o aplicativo da Copel fornece ao cliente do Programa Rede Elétrica Inteligente informações detalhadas sobre o consumo diário, possibilitando aos usuários identificarem padrões e fazer ajustes para otimizar o uso de energia e reduzir custos.

Os medidores inteligentes oferecem diversos benefícios, como a detecção automática de falhas e o monitoramento em tempo real do consumo. A modernização da rede também reduz a necessidade de visitas para leitura dos medidores e incentiva o uso de faturas digitais, contribuindo para a sustentabilidade e a praticidade.

“Estamos acompanhando um crescimento de migrações para a fatura digital nos municípios onde existe a rede inteligente. Há municípios como Ipiranga, por exemplo, onde o projeto começou, em que 95% dos

consumidores adotaram a conta digital, mostrando que é um sistema seguro e consolidado”, afirma o diretor de Operação e Manutenção da Copel Distribuição, Júlio Omori. As faturas digitais têm a mesma validade legal que as impressas, servindo como comprovante de endereço. Para cadastrar a fatura digital, basta acessar o site da Copel.

Os medidores inteligentes também são úteis para os projetos de geração de energia solar, por exemplo, por serem bidirecionais e possibilitarem medir tanto a energia consumida quanto a energia excedente produzida pelos sistemas de geração distribuída. Os medidores inteligentes serão importantes também para o caso de o setor elétrico estabelecer outras modalidades tarifárias variáveis no futuro.

O Programa Rede Elétrica Inteligente da Copel é o maior e mais ambicioso do gênero no Brasil. Ele visa à modernização da infraestrutura elétrica da empresa por meio da instalação de medidores inteligentes e sistemas de automação de rede. A expectativa é de chegar a um milhão de instalações no início de 2025.

A tecnologia de smart grids, ou redes inteligentes, da qual os novos medidores fazem parte, tem mostrado resultados impressionantes em outros países. Por exemplo, na União Europeia e nos Estados Unidos, a adoção generalizada de medidores inteligentes tem contribuído para uma maior eficiência energética, redução de perdas e uma gestão mais ágil e responsiva das redes elétricas. Na Copel, o programa até agora evi-

tou a emissão de 305 toneladas de CO2.

Da mesma forma, a inglesa Data Communications Company (DCC) informou que 20 milhões de medidores inteligentes de segunda geração (SMETS2) estão agora conectados à sua rede nacional de medidores inteligentes. Esse marco foi alcançado em 15 de agosto com uma conexão da British Gas na cidade de Chichester, no sul da Inglaterra. A instalação dos medidores inteligentes SMETS2 começou em 2018.

A rede de medidores inteligentes é considerada uma parte crítica da infraestrutura de energia do país e uma plataforma importante para digitalizar a rede elétrica.

A última atualização do governo britânico indica que, em março de 2024, quase 35,5 milhões de medidores inteligentes de eletricidade e gás foram instalados, com 31,6 milhões operando no modo inteligente.

@Divulgação
@DivulgaçãoDDC

Aprovada continuidade de licitação do setor elétrico

O TCU - Tribunal de Contas da União autorizou a continuidade de leilão de desestatização da transmissão de energia elétrica e acompanha, sob a relatoria do ministro Jorge Oliveira, o Leilão de Transmissão Aneel 2/2024 para a concessão da prestação de serviço público de transmissão de energia elétrica, por 30 anos, prorrogáveis por igual período. O objeto abrange a construção, operação e manutenção de instalações de transmissão que passarão a integrar a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Na desestatização, os investimentos inicialmente previstos são da ordem de R$ 3,7 bilhões e abrangem 850 km de linhas de transmissão e subestações com capacidade de 1600 MVA (megavoltampère: unidade de medida da potência elétrica aparente).

“De início, considero que se encontram devidamente afastados (ou mitigados) os riscos de judicialização e de eventuais questionamentos relativos aos procedimentos adotados pela Aneel na condução do certame”, ponderou o ministro Jorge Oliveira, relator do processo.

Os vencedores da licitação terão que dar continuidade à prestação de serviço público de empreendimentos existentes (163 km de extensão), localizados nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

As instalações de transmissão que, de início, compõem o objeto do leilão são divididas em quatro lotes. O Lote 1, o maior do certame, representa cerca de 78% dos investimentos e da Receita Anual Permitida.

“À luz do Decreto 11.314/2022, as concessões de transmissão somente poderão ser prorrogadas quando a licitação for inviável ou resultar em prejuízo ao interesse público, o que não é o caso em questão”, explicou o ministro Jorge Oliveira.

O TCU considerou que a Aneel atendeu aos requisitos previstos na IN-TCU 81/2018 para a desestatização de que trata o Leilão Aneel 2/2024.

A Corte de Contas recomendou que a Aneel avalie se há necessidade de formalizar, por meio de estudos detalhados ou análise de impacto regulatório, decisão entre realizar novas licitações ou prorrogar os contratos de concessão que estão próximos do vencimento, relacionados à prestação de serviços de transmissão de energia elétrica.

@Divulgação/SecomTCU

Consumo de energia brasileiro cresce 6,8% no primeiro semestre de 2024

O Brasil consumiu 71.317 megawatts médios de energia no primeiro semestre de 2024, volume 6,8% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que acompanha em tempo real o comportamento do setor e provê análises que apoiam o mercado em sua tomada de decisões.

O aumento verificado pela CCEE tem dois fatores principais: (i) impacto do calor, com o uso mais intenso de equipamentos de ar-condicionado nos dias mais quentes; (ii) e a performance dos 15 ramos de atividade econômica monitorados pela Câmara de Comercialização e que compram sua energia no mercado livre. O ambiente regulado registrou consumo de 44.551 MW médios, montante 5,3% superior ao registrado na primeira metade do ano passado, enquanto o segmento livre utilizou 26.760 MW médios, quantidade 9,5% maior no comparativo anual.

Os dados não consideram a exportação de energia elétrica para a Argentina e o Uruguai, que foi de 136 MW médios neste primeiro semestre. Ao considerar o montante exportado em 2024 e no mesmo período de 2023, o SIN avança 4,8%, enquanto o ACL cresce 4,1%.

Todos os 15 setores monitorados pela Câmara de Comercialização registraram aumento no consumo de energia nos seis primeiros me -

ses deste ano. Destaque para os ramos de Saneamento (40%), Serviços (24%) e Comércio (23%), os dois últimos também influenciados pela variação da temperatura. Nos dias mais quentes, estabelecimentos comerciais como shop -

pings e supermercados, além do ramo de hotelaria, costumam usar com mais intensidade aparelhos de ar-condicionado.

Na avaliação regional, a CCEE verificou aumento em todos os estados. Sete deles registraram

Da plataforma Bing © Microsoft, OpenStreetMap

crescimento de dois dígitos na comparação com o primeiro semestre do ano passado, com destaque para o Amazonas (18%), Acre (16,2%) e Mato Grosso do Sul (14,8%). A maior demanda foi influenciada principalmente pelas ondas de calor que atingiram essas regiões nos últimos meses.

O Rio Grande do Sul foi o estado com o menor avanço, de 0,7%, impactado pela tragédia climática que atingiu o estado em maio e junho e derrubou a demanda por eletricidade no mercado regulado, com boa parte da população fora de casa e parte da indústria e dos estabelecimentos comerciais paralisados.

A primeira metade do ano foi marcada pela boa performance das energias renováveis. As hidrelétricas, que são a principal fonte do país, entregaram mais de 54 mil MW médios à rede, volume 2,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Eólicas, solares e usinas a biomassa, que produziram mais no comparativo anual, juntas geraram mais de 15 mil MW médios.

Próxima geração de baterias de alta voltagem com foco local e impacto global

A Neue Klasse marcará uma nova era de condução totalmente elétrica no BMW Group – cujo sucesso dependerá fortemente da produção de baterias de alta voltagem poderosas. Dessa forma, o BMW Group está expandindo significativamente sua rede de produção para a próxima geração de baterias de alta voltagem.

ENERGIES

“Estamos estabelecendo cinco novas fábricas em três continentes para produzir nossas baterias de alta voltagem de sexta geração”, explicou Milan Nedeljković, membro do Conselho de Produção da BMW AG. Em todo o mundo, o princípio “local for local” se aplicará: “A conexão próxima entre a produção de baterias e a produção de veículos faz parte da nossa estratégia”, explica Markus Fallböhmer, Vice-Presidente Sênior de Produção de Baterias da BMW AG. Na prática, essa ação irá ajudar o BMW Group a aumentar a resiliência de sua produção.

A Neue Klasse será a primeira a incorporar as novas células cilíndricas. Elas representam um salto tecnológico para o BMW Group, oferecendo densidade de energia, tempos de carregamento e autonomia significativamente melhorados. Elas serão montadas em novas instalações localizadas o mais próximo possível das fábricas dos veículos, de acordo com o princípio “local for local”. Instalações de montagem de última geração para baterias de alta voltagem de sexta geração estão

atualmente em construção em Irlbach-Strasskirchen, na Baixa Baviera; Debrecen, na Hungria, Woodruff, próximo à Fábrica Spartanburg nos EUA; Shenyang, na China e em San Luis Potosí, no México. Com a abordagem “local for local” em prática, a produção poderá continuar mesmo caso ocorram eventos políticos ou econômicos inesperados. Além disso, as curtas distâncias entre as fábricas de baterias e veículos reduzirão a pegada de carbono da produção de carros. O BMW Group também segue modernizando suas fábricas, garantindo e criando empregos.

Os primeiros veículos da Neue Klasse serão produzidos na nova fábrica do BMW Group a partir de 2025, em Debrecen. A fabricação de baterias de alta voltagem e veículos será lançada em paralelo. Com o centro de treinamento em Debrecen aberto desde o outono de 2023 e o centro de comunicações em uso desde fevereiro de 2024, muitos funcionários já estão trabalhando em escritórios locais. Enquanto isso, a equipe de produção está se preparando para seus novos empregos em vários locais da rede de produção do BMW Group. Isso garantirá um início mais tranquilo da produção de pré-série e um lançamento bem-sucedido da série na segunda metade de 2025. Atualmente, os edifícios finais estão sendo concluídos e deverão ser entregues às tecnologias até o final do ano.

O BMW Group também irá fabricar baterias de alta voltagem para os modelos Neue Klasse na Alemanha – especificamente em Irlbach-Straßkirchen, na Baixa Baviera. A nova instalação fornecerá baterias de alta voltagem de sexta

geração para as fábricas de automóveis alemãs. O BMW Group recebeu permissão para construir a nova fábrica de montagem de baterias de alta voltagem em abril de 2024 e ergueu o primeiro pilar para o prédio de produção no final de junho de 2024. O edifício de produção deverá estar fechado com fachada e telhado até o final do ano. Os cidadãos de Straßkirchen anteriormente votaram a favor da vinda do BMW Group para sua área, com uma clara maioria no referendo de setembro de 2023.

A partir de 2026, os veículos da Neue Klasse também serão fabricados pela BMW Brilliance Automotive (BBA) em Shenyang, na China, onde as baterias de alta voltagem de sexta geração necessárias para os carros também serão fabricadas localmente. O prédio de produção foi concluído em novembro de 2023, após 21 meses sendo construído. A instalação tanto de planta quanto de maquinaria está em andamento desde março de 2024. Preparando-se para o lançamento da Neue Klasse, o BMW Group também montou sua maior rede de P&D fora da Alemanha, com instalações em Pequim, Shanghai, Shenyang e em Nanjing.

@Divulgação /BMWChina

Em San Luis Potosí, no México, a capacidade adicional de produção está sendo estabelecida para a produção em série da Neue Klasse começar em 2027. A construção da nova fábrica de montagem de baterias de alta voltagem começou em maio de 2024 e terá mais de 80.000 metros quadrados de espaço de produção quando concluída. Mas a integração da montagem de baterias não é a única mudança na Fábrica de San Luis Potosí - a oficina de carrocerias está configurada para crescer para mais de 90.000 metros quadrados no total, enquanto os espaços de montagem de veículos e logística serão ampliados em quase 10.000 metros quadrados. O BMW Group é o primeiro fabricante premium a fabricar carros totalmente elétricos e baterias de alta voltagem no México (e um pioneiro na indústria). Além disso, a empresa planeja expandir os sistemas fotovoltaicos, que é a tecnologia utilizada para gerar energia elétrica a partir da irradiação dos raios solares, dentro da fábrica e assim dobrar a energia gerada a partir de fotovoltaicos. A proposta é gerar mais de 20% da demanda atual de eletricidade diretamente nas instalações da fábrica no futuro.

A eletromobilidade também está avançando na Carolina do Sul. A Fábrica do BMW Group em Woodruff cobrirá uma área de cerca de 93 hectares e consistirá em um prédio de tecnologia, além de estruturas auxiliares, um centro de energia, um restaurante para funcionários, um corpo de bombeiros e um campus de talentos. Mais

@Divulgação/Células de bateria

@Divulgação/BMWMéxico

de 300 novos empregos serão criados. Quando a construção for concluída- espera-se que em 2026 - Woodruff montará baterias de alta voltagem para carros totalmente elétricos fabricados na vizinha Fábrica Spartanburg. A cerimônia de inauguração do primeiro prédio aconteceu em junho de 2023.

Células de bateria protótipo como as da Neue Klasse, que serão lançadas em 2025, já estão sendo produzidas no Centro de Competência em Fabricação de Células (CMCC) do BMW Group em Parsdorf, no leste de Munique. O CMCC foi construído para complementar o Centro de Competência em Células de Bateria (BCCC), onde o trabalho de desenvolvimento é realizado. O CMCC

amplia o melhor produto para a produção em série. Na prática, produto e processo ambos são interligados de forma única pela colaboração estreita entre os setores de divisões, desenvolvimento, compras e produção. O BMW Group também opera outras plantas de pré-série e linhas piloto para futuras baterias de alta voltagem localizadas em Munique e em cidades próximas de Parsdorf e Hallbergmoos.

Inteligência Artificial: desafios e necessidades de regulação

Vivemos um momento de extrema importância no desenvolvimento e implementação da Inteligência Artificial (IA). A discussão sobre os próximos passos dessa tecnologia está presente no nosso dia a dia, especialmente no que se refere à oferta de serviços, ao atendimento ao cliente e às finanças. A utilização massiva de dados, embora repleta de potencial, levanta preocupações relevantes.

Por isso, a regulação da IA é um tema delicado e essencial. Cada vez mais, as empresas que desenvolvem soluções de IA no Brasil e ao redor do mundo precisam estar cientes das responsabilidades que acompanham essa inovação.

A IA é tão eficaz quanto a base de dados que utiliza para aprender. Portanto, do ponto de vista profissional e empresarial, é essencial que essas informações sejam analisadas e utilizadas de maneira segura, evitando que a IA produza dados falsos ou imprecisos, também conhecidos como alucinações. Além disso,

é importante que o conteúdo utilizado para alimentar a IA seja validado e livre de viés, para evitar situações indesejadas e/ou indevidas.

A regulamentação deve assegurar que as empresas utilizem conteúdos válidos e relevantes, limitados às suas fontes de dados (como por exemplo, artigos, base de conhecimento entre outros) impedindo que a IA se conecte a fontes não confiáveis na internet.

A curadoria dos dados é crucial não apenas para garantir a precisão, mas também para definir o alcance desses dados. Por exemplo, se uma IA é incapaz de encontrar uma informação específica na internet, ela não deve inventar uma resposta apenas para satisfazer o usuário. Isso é fundamental no contexto empresarial, onde a precisão e a confiabilidade das informações são essenciais.

Embora algum tipo de regulamentação seja necessário, é igualmente importante que ela não iniba a inovação.

Regulamentações excessivas que limitem o uso de dados ou imponham restrições rigorosas à curadoria podem inviabilizar o uso da IA. A inteligência artificial é um diferencial importante na jornada do cliente, permitindo que as empresas forneçam informações de maneira mais inteligível e eficiente.

Na prática, a IA pode transformar a experiência do cliente ao oferecer informações de maneira mais acessível. Ao invés de apresentar um conjunto de artigos para que o cliente leia e compare, a IA pode fornecer um resumo claro e direto das informações relevantes. Por exemplo, ao buscar comparações entre cartões de crédito, a IA pode apresentar um texto detalhado das diferenças, em vez de uma tabela complexa.

Um dos grandes desafios da IA é traduzir informações técnicas em uma linguagem que seja facilmente

compreendida pelo cliente. A tecnologia deve ser treinada para consumir esses conteúdos e traduzi-los de forma que qualquer pessoa possa entender. Isso exige que os modelos de IA estejam alinhados com o tipo de serviço que estão destinados a prover. Não faz sentido treinar uma IA em atendimento ao cliente se o objetivo é utilizá-la em suporte técnico.

O desenvolvimento e a implementação da IA são inevitáveis e extremamente benéficos para a sociedade. No entanto, a regulação precisa encontrar um equilíbrio entre garantir a segurança e a ética, sem sufocar a inovação. A IA pode revolucionar nossa interação com tecnologias e informações, desde que apoiada por dados robustos e regulamentação apropriada. O futuro da IA depende da nossa capacidade de gerenciar esses desafios de maneira responsável e inovadora.

A corrida de barreiras da indústria brasileira

Por Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente e presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

Não é novidade constatar que os níveis de competitividade da indústria nacional encontram-se aquém daqueles necessários à sua inserção robusta nos mercados globais e que perdeu o posto de principal motor do crescimento sustentado. Porém, algumas análises não se aprofundam nas causas reais dessa condição de relativa estagnação setorial. A primeira ponderação a ser feita é que a perda de competitividade do setor não se deve a deficiências intrínsecas às empresas. É preciso considerar a formação dos custos dos produtos industriais e a rentabilidade efetiva da atividade, variáveis essenciais para cálculos de decisão econômica.

O setor, como os demais, enfrenta muitas barreiras: brutal tributação inserida nas cadeias de valor; elevados custos nos contratos e distratos trabalhistas; ônus da previdência social mais cara do planeta; e insegurança jurídica. Porém, é apenado de modo mais específico por outros fatores relevantes: impostos ainda maiores do que os das outras atividades; enorme dificuldade de acesso ao crédito com taxas razoáveis; longos ciclos de políticas macro com juros punitivos e câmbio apreciado (não competitivo); e

concorrência desleal permitida a mercadorias similares importadas, como as que hoje são vendidas com privilégios tributários pelas plataformas de e-commerce, em ostensiva desigualdade frente aos produtos made in Brasil.

Há, ainda, a falsificação, o contrabando e o descaminho, que provocam dumping dos preços no mercado interno, em claro desrespeito à segurança e à boa-fé dos consumidores. Segundo o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, esses ilícitos provocaram, só em 2023, perdas de R$ 302 bilhões sobre 15 setores produtivos, a grande maioria na área industrial, além de uma evasão fiscal de R$ 139 bilhões.

O “Custo Brasil” é estimado como monstruosa sobre -

carga anual de R$ 1,7 trilhão em relação à média dos países da OCDE. Se incluíssemos a China na conta, a diferença seria ainda maior. Assim, é prioritária a agenda para diminui-lo, na qual cabe concluir uma reforma tributária que, de fato, reduza o peso dos impostos sobre o valor adicionado e não só o mantenha, como se pretende. Também urge conter a expansão doentia da despesa pública, que rouba a produtividade nacional pela exagerada transferência de recursos do setor privado para o público. Esta é a raiz mais profunda da estagnação da produtividade. Por isso, é imperativo realizar a reforma administrativa, orçamentária e financeira, além de corrigir os demais fatores que oneram a atividade empresarial.

A indústria está muito atuante nesse sentido e buscando fazer a lição de casa do aporte tecnológico e produtividade. Prova desse empenho é que, nos 30 anos do Real, a inflação geral acumulada foi pouco superior a 750%. No mesmo período, os preços do vestuário, por exemplo, evoluíram cerca de 450%. Este segmento, no qual milito há muitos anos, foi o que menos majorou seus produtos, enquanto investia e aumentava sua produtividade, transferindo os ganhos para a sociedade. São avanços difíceis num ambiente de árdua competição do setor e de toda a indústria do Brasil contra empresas concorrentes de países com subsídios e arcabouço regulatório diferentes do nosso e, na maioria dos casos, muito mais amigáveis em termos de custos de produção e operação.

Enfrentamos, ainda, limitações quanto à mão de obra qualificada, problema estrutural da educação pública nacional, que segue sem a devida qualidade. É algo que afeta de modo mais incisivo um setor que exige capacitação elevada dos profissionais. Por esse motivo, a indústria, além dos altos encargos trabalhistas, investe pesados recursos em formação de recursos humanos. Trata-se de ônus adicional significativo.

A agropecuária brasileira, com a qual a indústria é às vezes comparada, movida pela capacidade de seus produtores e pesquisas da Embrapa e outras instituições, soube, de fato, ocupar os espaços mercadológicos globais. No entanto, embora conte com mais estímulos e melhores condições de financiamentos do que a manufatura e a despeito do seu meritório êxito, o agro tem segmentos que ainda não alcançaram níveis elevados de desenvolvimento e/ou competitividade em escala planetária.

Há de se considerar que a indústria de transformação

não tem sido priorizada no País. Há muito tempo não conta com um programa, como o Plano Safra, com vultoso aporte anual de recursos e taxas de juros mais baixas. Além disso, embora represente 15,3% do PIB, paga desproporcionais 34,8% do total de tributos federais e tem um exclusivo que onera seus custos: o IPI. O agro representa 7,1% do PIB e responde por 0,6% dos impostos federais.

Com o mesmo volume de recursos (cerca de R$ 500 bilhões anuais), taxas de juros e nível de tributação do agro, a indústria de transformação também teria avançado mais em sua competitividade. A propósito, novo relatório da Fiesp aponta que, em 2023, as atuais distorções do sistema tributário custaram R$ 144 bilhões ao setor, que paga mais impostos do que os demais. Espera-se que a reforma, em seu processo de regulamentação no Congresso Nacional, estabeleça alíquotas mais equânimes para todos e não aumente a carga total.

Cabe ressaltar que, a despeito de todas as barreiras que tem enfrentado ao longo das últimas quatro décadas, a indústria responde por 66,6% das exportações brasileiras de bens e serviços, 66,8% dos investimentos nacionais em P&D e 24,4% da arrecadação previdenciária. Mantém mais de 11 milhões de postos de trabalho, emprega 21,2% de todos os trabalhadores formais do Brasil e paga os melhores salários (R$ 11,78 mil para os que têm Ensino Superior, ante média nacional de R$ 8,21 mil; e R$ 3,09 mil para quem tem o Ensino Médio, contra R$ 2,71 mil no País). Ademais, apresenta o maior fator de multiplicação, gerando R$ 2,44 para cada R$ 1,00 que produz. Na agropecuária esse índice é de R$ 1,71 e no comércio e serviços, R$ 1,52.

Apenas o importante fomento do agro e dos serviços, conforme atesta a realidade de nossa economia, inserida na armadilha da renda média, não tem sido suficiente para promover ampla inclusão socioeconômica, garantir crescimento sustentado em patamares consistentes, entre 3% e 4% ao ano, e elevar o grau de desenvolvimento. Para conquistarmos esses avanços, a indústria de transformação é decisiva, merecendo políticas mais efetivas e duradouras para sua modernização, ganhos de produtividade e níveis de competitividade compatíveis com a acirrada concorrência no mercado global. Contradiz o ideal da olimpíada econômica correr na mesma pista dos concorrentes, mas com barreiras somente na nossa raia.

Diretor do Lactec é novo vice-presidente da ABIPTI

Carlos Eduardo Ribas, diretor comercial do Lactec tomou posse da vice-presidência da regional Sul da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti). O evento aconteceu na sede da entidade, localizada no Parque Tecnológico de Brasília (BIOTIC). Eleito por meio de votação direta dos seus filiados em abril deste ano, o conselho é formado por um presidente e cinco vice-presidências que representam cada região do Brasil.

A entidade tem grande importância e relevância nacional, pois representa as instituições do ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no Brasil. Na opinião de Ribas, a posição é estratégica e muito oportuna para toda a região Sul. “Incentivar e, principalmente, oportunizar, o avanço da ciência e tecnologia na nossa região é de extrema importância. Por meio da Abipti conseguimos ter voz e presença em fóruns relevantes no Brasil e representar o interesse dos associados e a importância da ciência e da pesquisa para a sociedade”, afirma.

A Abipti é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, que reúne entidades públicas e privadas de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, com presença nas cinco regiões e 27 unidades da Federação.

produzida no Rio Grande do Sul é de origem renovável, e a energia eólica representa 18,4% da potência total instalada. Também para a energia eólica offshore o Estado se revela especialmente competitivo pelo que temos de demanda interna e pela proximidade com a região Sudeste, onde há grande consumo. Temos uma importante infraestrutura de transmissão, com mais de 12 mil quilômetros de linhas, e trabalhamos para ampliar a capacidade de escoamento da energia gerada.”

Carlos Eduardo Ribas é formado em Engenharia elétrica pela Universidade Tuiuti do Paraná, com MBA em Gestão Empresarial pelo Centro Universitário Internacional – Uninter. Com 24 anos de atuação no setor de energia, atualmente é o Diretor Comercial do Instituto Lactec, respondendo pela área de vendas, inovação, novos negócios e marketing. Possui ampla experiência em gestão de recursos subvencionados para aplicação em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Especialista nos Programas de P&D – Aneel, Lei de informática, Embrapii, ANP e Finep. Tem experiência no segmento de testes, ensaios e certificação de equipamentos eletroeletrônicos, especialmente, em testes e ensaios em equipamentos de alta tensão. É membro de grupos de negócios como: World Trade Center; GRI Club; Amcham (Coordenador convidado do grupo temático de vendas & marketing); Lide-PR; Membro Individual Cigre.

“Há 43 anos a Abipti contribui, significativamente, na representação das entidades públicas e privadas de pesquisa, desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação do país. Com atuação nas cinco regiões e 27 unidades da Federação, conseguimos protagonizar o fortalecimento do ecossistema de C,T&I do Brasil, bem como conectar os institutos às empresas, gerando esforços na busca sistemática pela inovação“, explicou Diego Menezes, eleito presidente da Abipti.

TRUMPF e SiMa.ai anunciam parceria para lasers com inteligência artificial

A Trumpf e a empresa americana de tecnologia SiMa.ai anunciaram uma parceria para desenvolver lasers equipados com inteligência artificial (IA). O objetivo é incorporar tecnologia de IA em diversos sistemas a laser da Trumpf, incluindo aqueles usados para soldagem, corte, marcação e impressão 3D.

A Trumpf traz sua vasta experiência em tecnologia a laser e manufatura, enquanto a SiMa.ai oferece inteligência artificial em chip de aprendizado de máquina. Essa combinação promete levar soluções industriais inteligentes a um novo patamar.

“A inteligência artificial tem alta relevância estratégica para a TRUMPF. Nosso conhecimento em processos a laser e manufatura nos auxilia no desenvolvimento

de softwares inteligentes para a produção. A SiMa.ai é a parceira ideal para esse próximo grande passo rumo a soluções industriais inteligentes”, afirma Richard Bannmüller, Diretor de Tecnologia da divisão Laser da Trumpf.

A colaboração visa agilizar processos complexos de manipulação de materiais. Os chips de IA, potentes, compactos e eficientes, serão integrados diretamente aos sistemas a laser. A tecnologia de sensor otimizada por IA poderá monitorar a qualidade da soldagem a laser em tempo real, analisando mais de 3.000 imagens por segundo. Na produção de carros elétricos, por exemplo, a inspeção de qualidade em tempo real durante a soldagem a laser com a ajuda da IA deve substituir procedimentos de teste separados e complexos. Além disso, fabrican-

tes de baterias poderão melhorar a qualidade da produção em tempo real e reduzir a taxa de rejeição, resultando em preços mais baixos para os consumidores de carros elétricos.

“O avanço rápido da IA está mudando a forma como usamos as tecnologias. A combinação do software da SiMa.ai com a expertise da Trumpf está criando soluções de IA que impulsionam a indústria”, afirma Harald Kröger, Diretor de Vendas e Presidente da Divisão Automotiva da SiMa.ai.

Essa união vai além de uma simples colaboração. A Trumpf e a SiMa.ai estão comprometidas em e desenvolver novas tecnologias que impulsionem a indústria para o futuro. Com isso, abrem caminho para um futuro industrial mais eficiente, preciso e sustentável, beneficiando empresas e os consumidores.

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Redução da frota de empilhadeiras em 50% com sistema de monitoramento inteligente

A AmstedMaxion, que fabrica fundidos ferroviários e industriais, reduziu em 50% sua frota de empilhadeiras com o uso de um sistema de gestão inteligente de frotas internas baseado em inteligência artificial. A empresa tinha 28 equipamentos em 2013 e, dez anos depois, passou a operar com metade dessa frota, 14 empilhadeiras, reduzindo custos e ampliando a produtividade.

Em 2013 a empresa fez parceria com a Softrack em busca de um processo tecnológico e um controle melhor, além da redução de custo de manutenção. A escolha foi motivada pela solução oferecida pela Softrack, que reduziu o tempo de trabalho das máquinas, melhorou o controle de manutenção e operações. Quando começou a parceria havia 28 equipamentos; o sistema revelou muita ociosidade. Dez anos depois, reduziu-se o número de equipamentos em 50% e a produção aumentou.

A AmstedMaxion atende mercados interno e externo, exportando para países da América do Sul, África e Estados Unidos. A produção diária da empresa utiliza as empilhadeiras em 100% do tempo. A solução da Softrack melhora o desempenho dos equipamentos, otimiza processos, reduz custos, aumenta a segurança e a eficiência. Há pelo menos cinco anos a AmstedMaxion está sem nenhuma ocorrência de acidente com empilhadeiras.

O sistema da Softrack oferece soluções inteligentes e acessíveis para monitorar frotas, com gráficos detalhados, planejamento e acompanhamento em tempo real. A ferramenta inclui cercas eletrônicas, histórico de viagens, além de alertas de velocidade e paradas.

“Nossa tecnologia proporciona uma visão abrangente e precisa das operações, aumentando a eficiência e segurança,” afirma Mario Bavaresco Neto, Diretor de desenvolvimento de negócios.

O sistema pode ser acompanhado em tempo real, pela internet, por site e aplicativo de celular.

@Divulgação

Cenário de startups de IoT 2024

Existem mais de 3.300 startups de IoT ativas, de acordo com o último relatório e banco de dados IoT Startup Landscape 2024 – um aumento acentuado em relação às 1.205 identificadas em 2021. E Pode-se destacar 7 insights sobre o cenário de startups de IoT em 2024:

1- Aumento da participação de startups na APAC, Uma empresa chinesa tem o maior financiamento,

3- Grandes investimentos em startups individuais de hardware de IoT,

4- A Techstars continua sendo o principal investidor,

5- Mudando o foco para cidades e energia/serviços públicos,

6- A IA se firma e

7- Analytics é a oferta mais comum.

O cenário de startups de IoT tornou-se bastante dinâmico nos últimos anos, com muitas empresas novas, interessantes e inovadoras surgindo em todo o mundo: existem agora milhares de start-ups interessantes para investir ou adquirir.

Com mais de 3.300 startups de IoT, a concorrência está esquentando sem um aumento notável nas saídas. Diferenciar uma startup de IoT está se tornando mais difícil.

O que se destaca:

1- Das 3.300 startups identificadas, 36% estão na América do Norte, abaixo dos 41% em 2021. Enquanto isso, 24% das startups de IoT estão na região da Ásia-Pacífico (APAC), acima dos 16% em 2021, refletindo a diversificação no cenário de startups de IoT. Enquanto o número de startups de IoT em todos os países rastreados da APAC aumentou, a Índia teve o maior aumento em comparação com 2021, de 84 para 388.

2- As startups de IoT sediadas nos EUA lideram a participação total de financiamento, mas uma startup chinesa de IoT lidera no geral

As 20 principais startups de IoT receberam coletivamente 31% de todos os investimentos. Entre 2016 e 2024, as 20 principais startups de IoT receberam quase US$ 6,7 bilhões em financiamento. Enquanto 11 dos 20 maiores ganhadores de financiamento estavam nos EUA, a empresa de semicondutores Eswin Computing, com sede na China, recebeu mais de US$ 1 bilhão – a única empresa a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão. O segundo e o terceiro maiores ganhadores de financiamento são ambos dos EUA: Figure e Verkada.

3- Grandes quantias de financiamento para startups de semicondutores e robótica IoT. Os investimentos

Visão geral do cenário de startups de IoT em 2024

intensivos em capital em startups de robótica e semicondutores IoT tiveram um aumento notável nos últimos anos. A Eswin Computing mencionada acima é uma dessas empresas que se beneficiou do impulso por mais chips pós-Covid - em 2021, levantou US$ 473,7 milhões na Série B e US$ 395,2 milhões adicionais na Série C. A contínua escassez de mão de obra qualificada deu origem a novas startups de robótica. A Figure, com sede nos EUA, foi formada em 2022 para ajudar as empresas a resolverem esses problemas desenvolvendo robôs humanóides. Ele arrecadou US$ 675 milhões na Série B apenas este ano.

4- A Techstars continua a liderar os investimentos em startups de IoT de longe. Em abril de 2024, a empresa de capital de risco Techstars, com sede nos EUA, havia investido em 73 startups de IoT ainda ativas fundadas entre 2016 e 2024. Isso é mais que o dobro da quantidade de investimentos em startups de IoT da National Science Foundation dos EUA – uma agência federal que apoia pesquisa e educação em ciências e engenharia – que ficou em segundo lugar com 31 investimentos em startups de IoT ainda ativas fundadas entre 2016 e 2024. Na pesquisa de 2021 da IoT Analytics sobre startups de IoT, a Techstars foi o principal investidor, enquanto a EASME (uma iniciativa da UE) foi #2 e o Startup Bootcamp baseado na UE foi #4. Desta vez, nenhum investidor baseado na UE está entre os 5 primeiros.

A Wako, com sede na França, é um dos maiores investimentos em startups de IoT da Techstar, em abril de 2024. A startup fornece uma plataforma de software como serviço para ajudar as empresas de transporte a manterem a visibilidade em tempo real de seus fluxos de transporte. Sua solução não apenas ajuda as empresas a otimizarem os planos de transporte, mas também as ajuda a medir e reduzir as emissões relacionadas ao transporte, dando-lhe também um foco na sustentabilidade.

5- A manufatura recebe mais atenção das startups de IoT, mas as startups focadas em cidades inteligentes e energia/serviços públicos ganham força

Mais de um quarto das startups se concentra na indústria de manufatura, mas o foco em cidades e serviços públicos está aumentando. Recentemente, houve uma mudança no foco das startups de IoT recém-fundadas da indústria de manufatura para setores como cidades inteligentes e energia/serviços públicos. Embora a participação geral de startups ativas de IoT voltadas para o setor de manufatu-

ra permaneça de aproximadamente 36% – ainda a mais alta – os últimos anos mostram uma tendência de declínio. Em 2023, apenas 28% das startups de IoT recém-fundadas visaram o setor de manufatura, abaixo dos 33% em 2021 e um pico de 40% em 2017. Enquanto isso, as ações de startups de IoT com foco em outros setores estão aumentando. Por exemplo, as participações gerais para startups ativas de IoT voltadas para cidades inteligentes e energia/ serviços públicos são de aproximadamente 10% cada. No entanto, em 2023, 13% das novas startups de IoT visaram cidades inteligentes, acima dos 11% em 2021, enquanto 13% se concentraram em energia/serviços públicos, aumentando de 7% em 2021. Essas tendências sugerem uma mudança nos mercados-alvo de startups de IoT recém-fundadas.

6- Mais de 5% das startups de IoT em todo o mundo estão focadas em soluções baseadas em IA. Das 3.330 startups de IoT que estão atualmente ativas, apenas 175 (5,3%) têm um foco visível em IA como parte de sua oferta de IoT. A IoT Analytics acredita que esse número aumentará fortemente nos próximos meses e anos, já que o apetite por inovações de AIoT nas empresas é forte e a inovação em novos campos geralmente vem de startups. A APAC tem a maior parcela de startups de IoT focadas em IA, com 6,3% do total de startups da região.

7- Analytics é a oferta mais comum: 3 em cada 5 startups de IoT oferecem análises. Muitas startups de IoT cobrem mais de uma das 13 partes da pilha de tecnologia de IoT. A análise se destaca como o elemento de tecnologia mais coberto, com 61% das startups de IoT oferecendo-o.

Para os fins do IoT Startup Landscape 2024 Report and Database e deste artigo, o IoT Analytics define uma startup de IoT como uma empresa que não tem mais de 8 anos, não teve uma oferta pública inicial (IPO) e não foi adquirida. Essas empresas também devem se concentrar na criação de soluções em pelo menos uma área da pilha de tecnologia de IoT – hardware, conectividade, middleware e infraestrutura de software e serviços.

A IoT Analytics compilou os dados para o IoT Startups Database 2024. Os conjuntos de dados fundamentais foram obtidos de links disponíveis publicamente na Internet por meio de pesquisa de desktop usando várias fontes. Todas as estatísticas no relatório e neste artigo são de abril de 2024.

Penso se torna primeira companhia brasileira a receber certificação Veeam

Reforçando seu compromisso com responsabilidade, segurança e visão de futuro, a Penso, empresa que possui infraestrutura cloud em cinco data centers Tier III no Brasil, se tornou a primeira e única parceira Veeam no Brasil a obter a certificação no Programa de Competência para Cloud & Service Providers. Esta é a mais alta certificação global da Veeam, reconhecendo a expertise e competência da empresa na entrega das soluções Veeam as a Service.

A Penso conquistou três certificações Veeam para Cloud Service Providers (VCSP) de uma só vez - “Off-site Backup for Ransomware Resiliency”, “DRaaS – Disaster Recovery as a Service” e “BaaS - Backup as a Service for Microsoft 365”, compro -

“Os temas de segurança, disaster recovery, backup e privacidade são os mais sensíveis da atualidade. Eles exigem altíssima capacitação técnica e estão na agenda de todos os CTOs. Na Penso, escolhemos há muito tempo nos tornar especialistas nessas áreas. As certificações Veeam, o certificado ISO 27001 e o NPS de 72 junto a nossos clientes demonstram que estamos no caminho correto.” explica Thiago Lima, CEO e fundador da Penso.

vando os mais altos padrões na entrega e no gerenciamento das soluções Veeam, incluindo repositórios off-site e imutáveis com object storage (S3) e infraestrutura Cloud Premium com capacidade para rodar grandes volumes de servidores em ambiente de Disaster Recovery.

O programa de competências da Veeam é extremamente rigoroso e exige que os parceiros Service Providers comprovem suas habilidades na entrega de serviços especializados baseados nas soluções Veeam, assim como no licenciamento Veeam as a Service.

A certificação reconhece a excelência da Penso na entrega de infraestrutura cloud e serviços de implantação, sustentação e monitoramento das soluções de proteção e recuperação de dados da Veeam.

Marcio de Freitas, Gerente de Engenharia de Sistemas na Veeam comenta mais sobre a conquista da Penso “Na Veeam, acreditamos que a chave para o sucesso reside na sinergia entre inovação e expertise. Nossa iniciativa do Programa de Competência é projetada para fomentar uma rede global de parceiros de alto valor. Parabéns à Penso, o primeiro parceiro no Brasil a alcançar esta distinção.”

@Freepik

Novo sistema de automação de cais no Tecon Rio Grande

A Wilson Sons, operadora de logística portuária e marítima, investiu R$ 9 milhões no Tecon Rio Grande, em uma nova tecnologia para operação de navios. Em julho deste ano, o terminal passou a contar com uma solução que utiliza IA (Inteligência Artificial) e tecnologia OCR – Optical Character Recognition (Reconhecimento Óptico de Símbolos) nas operações, semelhante ao já utilizado na operação gate, que foi implementado na operação de navios, no embarque e desembarque de contêineres.

O investimento ratifica a posição do Tecon Rio Grande como o terminal mais automatizado do Brasil, agora contando com os novos benefícios promovidos pela instalação da IA + OCR. Entre os ganhos, estão a identificação e registro automáticos de contêineres e caminhões internos (terminal tractors), deixando de ser necessária a entrada manual de dados, garantin-

@Divulgação/wilsonsons

do ainda mais acurácia dos dados e aumentando a produtividade das operações.

Outra vantagem é o processamento de dados em tempo real, que promove uma maior precisão das informações, contribuindo para um ganho de produtividade na operação navio. “A solução também captura de forma automática a presença do lacre, labels de carga perigosa, avarias e outras informações relevantes para o processo operacional”, destaca Marília Estima, gerente de sistemas do Tecon Rio Grande.

Para a implementação deste sistema, foi estabelecida uma estratégia de instalação por equipamento de cais (guindaste Super Post Panamax), com operação assistida pela equipe de Operações e Sistemas, atuando em eventuais discrepâncias e evitando impactos nas operações do terminal. Este processo foi finalizado em 21 de julho e a automação do cais está em pleno funcionamento.

“Buscamos sempre aperfeiçoar nossa produtividade de forma sustentável e perene. Este é um importante investimento que proporciona eficiência e agilidade, alinhado com as demandas de nossos clientes”, destaca Giovanni Phonlor, diretor de operações do Tecon Rio Grande.

Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande, explica que a adoção de tecnologias como esta é fundamental no processo de consolidação do terminal como um hub operacional do Cone Sul. “No momento em que melhoramos processos e implementamos evoluções, avançamos cada vez mais para nos consolidarmos como uma referência na região, sendo a principal e mais qualificada alternativa portuária e logística do Cone Sul para o mundo todo”, observa.

A implantação do novo sistema faz parte de uma série de investimentos em tecnologia no Tecon Rio Grande, que recentemente inaugurou o Centro de Operação do Terminal, ação estratégica que cria uma célula de inteligência operacional para, a partir de análise de dados, promover planejamento operacional mais eficiente. A proposta é aumentar a eficiência e a atualização da área de operações, além de favorecer uma governança unificada de todos os sistemas e promover maior produtividade, resultando em uma melhor entrega das operações de pátio e navio. Outra é a criação do Centro de Controle de Manutenção, ferramenta de monitoramento em tempo real dos ativos, utilizando tecnologias como Internet das Coisas e aumentando a visibilidade de dados para a tomada de decisão.

O Tecon Rio Grande é a principal via de acesso do Rio Grande do Sul para o Brasil e o mundo, tornando-se, ao longo de seus 27 anos de operação, fundamental para o desenvolvimento econômico do Estado. Atualmente, conta com mais de 3 mil clientes, entre importadores e exportadores, e recebe as principais linhas que escalam o Brasil, oferecendo serviços semanais para todos os trades a partir de 13 clientes armadores. Com localização estratégica, o Tecon Rio Grande tem a capacidade de operar 1,4 milhão de TEU e receber embarcações New Panamax com seus 900 m de cais, produtividade, uso de tecnologia e automação, posicionando o ativo como a melhor alternativa para transbordo do Cone Sul.

MEC fará parte do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial

O MEC - Ministério da Educação vai fazer parte do primeiro Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, com investimentos de R$ 817 milhões em ações educacionais. A proposta do plano, que reúne contribuições de várias frentes, foi entregue por integrantes da sociedade civil ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI). O ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, também participou da ocasião.

Há no PBIA 17 ações propostas pelo MEC. Entre as contribuições, estão iniciativas relacionadas à criação de cursos e disciplinas na graduação, bolsas de pós-graduação, fomento à pesquisa e ao desenvolvimento, cursos técnicos para professores e servidores, assim como ações de inclusão e acessibilidade em ambientes educacionais.

O presidente Lula classificou a entrega do plano como um marco na história brasileira. “Hoje é um

momento muito importante para o Brasil. O que vocês fizeram hoje, de entregar um documento de inteligência artificial pensado pelas universidades, por cientistas, é um marco neste país”, destacou. Segundo Lula, o Brasil não pode ficar dependente da tecnologia desenvolvida em outros países, pois “somos grandes, temos inteligência. Precisamos ter ousadia de fazer as coisas acontecerem”.

O ministro Camilo Santana comemorou a entrega do plano e a realização da conferência após quase uma década e meia desde a última edição. “Após 14 anos, estamos aqui, com o presidente Lula, para retomar a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O presidente também recebeu o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, com ações em várias frentes. Na educação, o MEC vai investir R$ 817 milhões em cursos e disciplinas na graduação, bolsas de pós-graduação e cursos técnicos para professores e servidores, além de fomento à pesquisa. Educação

@Divulgação MEC/Luiz Fortes

e tecnologia estão juntas para o Brasil avançar”, afirmou Santana.

As contribuições do MEC também abrangem: disponibilização automática de vagas em cursos de ciência de dados e IA no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies); concessão de bolsas de doutorado-sanduíche no exterior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para doutorandos na área de IA; fomento ao Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) em inteligência artificial e a projetos de pesquisa educacional com foco no uso da IA na educação brasileira; e incentivo a projetos de mestrado e doutorado interinstitucional em IA.

Além disso, o MEC vai investir em um programa de apoio aos Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores; ampliar o número de projetos de parcerias universitárias em IA; criar uma instância colegiada para elaborar o Referencial Nacional de Uso de IA na Educação; facilitar a aplicação de IA para a construção da Base Nacional de Dados Educacionais e o acesso à plataforma de dados educacionais de forma anonimizada; e desenvolver um projeto de sistema inteligente destinado ao auxílio de ações para a redução da evasão escolar na educação profissional e tecnológica.

A Pasta ainda vai desenvolver um sistema de gestão inteligente de adesão das escolas para controle de frequência de alunos do ensino básico; implementar soluções de IA voltadas ao controle de qualidade das aquisições de alimentos para o Programa Nacional de

Alimentação Escolar (Pnae); automatizar processos de gestão e prestação de contas de recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para estados e municípios; e desenvolver solução para gestão do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial tem como objetivo nortear o desenvolvimento e a aplicação ética e sustentável da IA no Brasil. O PBIA aborda diretrizes para pesquisa e desenvolvimento até a regulamentação de práticas que garantam a segurança e a privacidade dos cidadãos.

Encomendado pelo presidente Lula ao Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) no início do ano, o plano pretende: equipar o Brasil com infraestrutura tecnológica avançada que tenha alta capacidade de processamento, incluindo um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo; bem como promover a liderança global do Brasil em IA, por meio do desenvolvimento tecnológico nacional e de ações estratégicas de colaboração internacional. O documento foi elaborado a partir de contribuições de mais de 300 pessoas, entre especialistas e representantes da iniciativa privada e da sociedade civil organizada.

O investimento total do plano chega a R$ 23 bilhões em quatro anos, com recursos do setor público, da iniciativa privada e de outras fontes.

Levantamento sobre IA na indústria

A Honeywell divulgou os resultados de seu estudo global Industrial AI Insights, que captura o estado da Inteligência Artificial (IA) no setor. Embora apenas 17% dos tomadores de decisão de IA em todo o mundo tenham implementado totalmente seus planos iniciais de IA, mais de 9 em cada 10 dizem que estão descobrindo novos casos de uso inesperados, estejam eles nos estágios de prototipagem, lançamento ou dimensionamento da implementação da IA.

O entusiasmo por um compromisso mais profundo com o investimento em IA é quase universal, com 94% dos entrevistados dizendo que têm planos de expandir sua utilização da IA.

Vários outros benefícios da IA para os trabalhadores também foram citados pelos entrevistados, incluindo:

• Maior flexibilidade de trabalho (49%)

• Maior satisfação no trabalho (45%)

• Mais tempo para o desenvolvimento de habilidades e pensamento criativo (44%)

• Aumento da segurança no local de trabalho (39%)

O desenvolvimento de habilidades é crucial na economia atual, com os baby boomers se aposentando e menos substitutos entrando na força de trabalho. Por meio da IA, os empregadores podem aprimorar e requalificar os trabalhadores com mais rapidez. A IA transformará as indústrias, pois permite que os trabalhadores realizem trabalhos em níveis mais altos, proporcionando maior satisfação no trabalho, aumentando a produtividade e abordando a escassez de habilidades.

“Não há dúvida de que a IA está atualmente em um momento crucial”, disse Kevin Dehoff, diretor de estratégia da Honeywell. “Com o advento da Gen AI e mais fontes de dados de análises avançadas, a IA industrial está pronta para crescer exponencialmente, e as possibilidades são infinitas para o crescimento da receita e a satisfação dos funcionários.”

Quando questionados sobre o impacto da IA nas indústrias, quase dois terços (64%) dos líderes de IA citaram ganhos de eficiência e produtividade entre os benefícios mais promissores. Sessenta por cento dizem que a segurança cibernética aprimorada e a detecção de ameaças resultam da IA e 59% relatam uma melhor tomada de decisão devido à geração de dados em tempo real.

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Lucian Boldea, presidente e CEO da Honeywell Industrial Automation, ofereceu um exemplo direto: “Pode haver dezenas de milhares de instrumentos, equipamentos e válvulas necessários para processar e fabricar um produto e muitas das peças que fornecemos aos fabricantes exigem técnicos altamente experientes para operação e manutenção – e há cada vez menos desses técnicos experientes disponíveis. Com o treinamento de IA e a IA como “copiloto”, as habilidades de técnicos menos experientes podem ser atualizadas mais rapidamente, transformando-os em especialistas de elite que executam tarefas com base no conhecimento corporativo e nas melhores práticas. Por sua vez, as operações das plantas podem ser executadas com mais segurança e confiabilidade, reduzindo drasticamente o erro humano.”

Embora o entusiasmo pela expansão da IA seja palpável, ainda existem alguns desafios no caminho da adoção total. Mais de um terço dos entrevistados (37%) sentem que seu C-Suite não entende completamente como a IA funciona e quase metade (48%) diz que está tendo que justificar ou solicitar continuamente os recursos necessários para implementar planos de IA.

HONEYWELL INDUSTRIAL AI INSIGHTS

“Empresas de todos os tipos reconhecem que a IA está transformando nosso mundo e criando novas possibilidades. Para operações de construção - como hospitais, campi e escritórios - é claramente o futuro. À medida que a IA orquestra controles que regulam o uso de HVAC, iluminação e eletricidade, ela ajuda a melhorar os resultados de segurança, operação e sustentabilidade”, disse Billal Hammoud, presidente e CEO da Honeywell Building Automation.

Tudo isso sugere que o ritmo da mudança será impulsionado por casos de uso atraentes que podem ser medidos em termos de melhor desempenho dos negócios. À medida que novas soluções demonstram benefícios claros para a produtividade, segurança e confiabilidade da força de trabalho, a adoção da IA aumentará drasticamente com o potencial de transformar as operações industriais.

A Honeywell contratou a Wakefield Research para pesquisar líderes de IA em todo o mundo. A pesquisa online, realizada de 22 de abril a 2 de maio de 2024, envolveu 1.600 executivos em 12 mercados globais (EUA, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Japão, México, Reino Unido, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos). Cada entrevistado trabalha em uma empresa com pelo menos 1.000 funcionários que atualmente usa IA para automatizar processos e tarefas. Todos os entrevistados são influenciadores ou tomadores de decisão relacionados ao uso de IA em seus departamentos ou em suas organizações.

LEIA O ESTUDO COMPLETO

Embraer celebra 55 anos focada em crescer e confiante no futuro

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu o contrato de financiamento para exportação de 32 jatos comerciais E175 da Embraer para a American Airlines. A operação, da ordem de R$ 4,5 bilhões, ocorre por meio do BNDES Exim Pós-embarque, linha de crédito direto do Banco para comercialização de bens nacionais destinados à exportação. O anúncio foi realizado em cerimônia na sede da Embraer em São José dos Campos, interior de São Paulo, que teve a participação do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, do Vice-Presidente Geraldo Alckmin, do Mi-

nistro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, entre outras autoridades.O apoio do BNDES tem sido fundamental para a indústria aeronáutica nacional, considerada estratégica por ser intensiva em tecnologia, geradora de empregos de alta qualificação e inovações com impactos positivos para a sociedade.

“Este financiamento vai contribuir para acelerar a produção e exportação das nossas aeronaves à American Airlines e impulsiona o processo de neoindustrialização do Brasil, aumentando a inovação e competitividade do país. O BNDES, com sua visão estratégica, tem sido fundamental para o desenvolvimento da indústria nacional por meio do financiamento a exportações, do acesso a recursos de capital de giro e no investimento em pesquisa e desenvolvimento”, disse Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer.

No início do ano, a American Airlines anunciou um pedido firme de 90 jatos E175, com direitos de compra de outros 43 jatos do modelo. As aeronaves serão entregues com 76 assentos. Caso todos os diretos de compra sejam exercidos, o acordo superará o valor de US$ 7 bilhões, conforme preço de lista. O valor referente aos pedidos firmes foi incluído na

carteira de pedidos da Embraer no primeiro trimestre de 2024.

“O BNDES é o maior parceiro da Embraer e já apoiou a exportação de mais de 1.300 aeronaves desde 1997. São financiamentos que ultrapassam a soma de US$ 25 bilhões ao longo dos anos. A manutenção desse apoio, no governo do presidente Lula, contribui para que a empresa brasileira continue sendo uma das três maiores do mundo em produção de aviões, gerando empregos qualificados e renda no Brasil”, afirma o presidente do Banco, Aloizio Mercadante.

Além de exportações, o BNDES apoia a Embraer no plano de investimentos em inovação. Em fevereiro deste ano, o Banco aprovou financiamento no valor de R$ 500 milhões, por meio do BNDES Mais Inovação, para a empresa desenvolver novos produtos, processos e tecnologias digitais para ganhos de eficiência, produtividade e, também, para mobilidade aérea sustentável, com foco em transição energética e redução das emissões de carbono.

“O BNDES tem compromisso com a inovação na indústria aeroespacial nacional para torná-la cada vez mais competitiva e sustentável, e com capacidade de ampliar os mercados e desenvolver novas tecnologias, alinhado com o Plano Mais Produção do governo federal, no eixo de indústria mais exportadora e inovadora com foco em produtos de maior valor agregado”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, José Luís Gordon. Historicamente, países com indústrias aeronáuticas de ponta financiam suas respectivas fabricantes nacionais de forma perene, por meio de bancos de desenvolvimento (BDs) e agências de crédito à exportação (Export Credit Agencies) dos seus respectivos países. No Brasil, esse papel é desempenhado pelo BNDES. Os financiamentos do BNDES complementam o financiamento provido pelo mercado privado e possibilitam à Embraer concorrer no mercado externo em igualdade de condições com suas concorrentes.

Hoje, com uma carteira de pedidos avaliada em US$ 21,1 bilhões, mais de 19 mil colaboradores e verdadeira presença global, a Embraer se fortalece como uma empresa competitiva e focada na construção da aviação sustentável do futuro e celebra seu aniversário de 55 anos, inspirada por uma história marcada pela excelência em desenvolvimento de pessoas, produtos e importante contribuição para indústria aeronáutica.

Com nove mil aeronaves produzidas e entregues para mais de 100 países, e um portifólio moderno, a empresa supera atualmente a marca de 800 documentos de patentes vigentes que, ao lado de diversas outras iniciativas, conduzem o ciclo virtuoso de inovação permanente capaz de transformar conhecimento em atividade industrial de alto valor agregado.

“A indústria aeronáutica brasileira é notadamente uma referência global e é um orgulho para nós celebrarmos a Embraer e sua história de conquistas. São 55 anos produzindo aeronaves, desenvolvendo tecnologia de ponta, formando pessoas altamente qualificadas e contribuindo com o desenvolvimento do País”, disse Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “Olhamos para o futuro confiantes na capacidade das nossas pessoas em levar adiante esse legado com eficiência, qualidade, inovação, responsabilidade social e comprometidos com uma aviação mais sustentável.”

De forma integrada e com intensa troca de conhecimento entre suas unidades de negócios (Aviação Comercial, Executiva, Defesa & Segurança e Serviços & Suporte), a companhia construiu uma trajetória de sucesso orientada pela formação e capacitação de pessoas, desenvolvimento tecnológico, inovação, identificação de oportunidades de mercado, planejamento estratégico, determinação e criatividade.

Em 2024, a Embraer tem executado o plano de atender ao aumento da produção de aeronaves e de crescimento futuro previsto com investimentos que contemplam a atividade de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. Iniciativas privadas e governamentais para o desenvolvimento de uma indústria aeronáutica competitiva no Brasil teve início na década de 1930. A concepção do projeto para criação do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA) e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) pelo então Ministério da Aeronáutica e liderado pelo Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho, na década de 1940, no entanto, estabeleceu a orientação estratégica para a solidez do setor, com foco na formação de engenheiros e desenvolvimento tecnológico.

O propósito de instituir uma empresa capaz de transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial se tornou realidade em 19 de agosto de 1969 pelo Decreto-Lei nº 770 que criou a Embraer, uma companhia de capital misto e controle estatal. A primeira missão foi conduzir o aperfeiçoamento, certificação e produção em série do projeto IPD 6504 que deu origem ao avião EMB-110 Ban-

deirante, sob a liderança do engenheiro Ozires Silva no CTA.

Em janeiro de 1970 teve início as atividades industriais da Embraer em São José dos Campos, interior de São Paulo, com encomendas adicionais do Estado brasileiro para produzir o jato militar Xavante, de origem italiana, e o novo avião agrícola EMB-200 Ipanema. Ao longo desta primeira década de existência, a empresa realizou importantes contribuições para a integração nacional com o Bandeirante fortalecendo a aviação regional, desenvolveu o bimotor executivo EMB-121 Xingu e iniciou suas primeiras exportações.

Na década de 1980, com presença internacional crescente e consolidando-se como empresa estratégica para o Brasil, a Embraer obteve saltos tecnológicos e inovou no desenvolvimento de novos produtos como o turboélice de treinamento militar EMB-312 Tucano, o avião comercial com capacidade para 30 passageiros EMB-120 Brasília e o jato subsônico de ataque AMX, um projeto ítalo-brasileiro.

A combinação de uma cultura técnica de excelência com uma cultura empresarial ágil permitiu a rápida recuperação da companhia e a retomada da posição de empresa referência em aviação regional, com o início das entregas dos jatos da família ERJ-145, com capacidade de 37 a 50 assentos, em 1996. E na virada dos anos 2000, a Embraer estava entre os maiores exportadores do Brasil e avançou no desenvolvimento de novas aeronaves, os E-Jets, que consolidariam a empresa na liderança do segmento de aeronaves comerciais de até 150 assentos. Listada nas bolsas de São Paulo e Nova Iorque, com fábricas no Brasil e China, a expansão global da companhia acompanhou uma estratégia de diversificação que criou a divisão de aviação executiva, com lançamento dos jatos da família Legacy 600/650, Phenom 100, Phenom 300, Lineage 1000, e os Legacy 450/500. Na área de Defesa, o novo avião de ataque leve e treinamento militar EMB-314 Super Tucano iniciou operações na Força Aérea Brasileira (FAB) e teve início os estudos para uma aeronave multimissão, o C-390. Nessa mesma década, a empresa desenvolveu ainda o EMB-202A Ipanema movido a etanol, o primeiro avião do mundo certificado e produzido em série para voar com um biocombustível, certificado em 2004. Também é criado o Instituto Embraer que estruturou as ações sociais da companhia, com foco principalmente em educação.

A partir de 2010, a Embraer passou por um forte processo de internacionalização, com atividades indus -

triais se consolidando agora no Brasil, EUA, Portugal e México, ampliação da rede de serviços e suporte gerida por uma estrutura de negócio dedicada e fortalecimento da área dedefesa e segurança. A empresa passou a ir além dos aviões e atuaria também em novos projetos na terra, mar, espaço e cibersegurança por meio de aquisições e formação de empresas de tecnologias estratégicas. Na segunda metade da década chegam ao mercado novos produtos como os E-Jets de segunda geração, o E2, os jatos executivos médios Praetor 500 e Praetor 600 e o C-390, desenvolvido sob sofisticados requisitos da FAB.

Em 2020, inovação, sustentabilidade e eficiência empresarial conduziram a recuperação da companhia diante do impacto sem precedentes da pandemia no transporte aérea global. De forma mais inclusiva, diversa e mantendo o alto padrão em governança corporativa, a execução bem-sucedida do plano estratégico possibilitou o início de um novo ciclo de crescimento e rentabilidade com retomada da atividade comercial em todas as unidades de negócios e geração de valor para a sociedade como um todo. Projetos disruptivos e parcerias possibilitaram ainda o surgimento de novos negócios e a criação da EVE, concebida para acelerar o desenvolvimento do ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana.

A Eve Air Mobility, fabricante de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) e fornecedora global de serviços para a mobilidade aérea urbana, anunciou em julho o marco da montagem de seu primeiro protótipo do eVTOL em escala real, a aeronave produzida na unidade da Embraer em Gavião Peixoto.

Eurofarma vai desenvolver medicamentos inéditos no Brasil

O BNDES-Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou financiamento no valor de R$ 500 milhões para a Eurofarma Laboratórios S.A investir no seu plano de pesquisa, desenvolvimento e inovação PDI, por meio do EUROLAB, centro de pesquisa da empresa em Itapevi (SP).

Financiado através do Programa BNDES Mais Inovação, a empresa deve avançar em sua jornada de inovação com o desenvolvimento de cerca de duas centenas de projetos focados em inovação radical, incremental e, também, na chegada de novos genéricos e biossimilares no mercado brasileiro.

O Plano de P&D da Eurofarma contempla o desenvolvimento de 60 projetos exclusivos, a entre melhorias incrementais e medicamentos novos. Detentora do maior centro de pesquisa instalado na América Latina, a empresa conta com mais de 750 pesquisa-

dores e uma plataforma comercial que abrange toda a América Latina, mantendo operação própria em mais de 22 países. O objetivo da companhia ao impulsionar os projetos de inovação é se manter na liderança em produtos novos e medicamento vendidos sob prescrição no país.

As aprovações de crédito do BNDES para a indústria farmacêutica brasileira já alcançaram R$ 2 bilhões, maior valor desde 1995. Os valores aprovados em

Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco, José Luis Gordon, o apoio às farmacêuticas está alinhado à Nova Indústria Brasil, que tem como finalidade incentivar a retomada dos investimentos em iniciativas inovadoras. “A nova política industrial leva em conta os principais desafios do SUS e atua para reduzir as vulnerabilidades produtivas e tecnológicas, ampliando o acesso da população à saúde. Essa é uma das prioridade do Plano Mais Produção”, explicou ele.

“O apoio do BNDES acelera a produção de novos medicamentos e tratamentos no país, ampliando o acesso da população à saúde, principalmente a atendida pelo SUS, que incorpora novas tecnologias. Sem negacionismo na ciência, o governo do presidente Lula estimula a pesquisa e o desenvolvimento, contribuindo também para fortalecer a indústria nacional e reduzir o histórico déficit da balança comercial nesse setor”, afirmou o presidente da instituição, Aloizio Mercadante.

2024 são 32% superiores a todo o ano de 2023 (R$ 1,4 bilhão) e correspondem a 16% do total de 30 anos de apoio do BNDES ao segmento.

Automação de operações de intralogística no setor farmacêutico

”Presenciamos a evolução do setor farmacêutico que se apoiou em metodologia, processos e investimentos pesados em infraestrutura para atingir o nível de eficiência atual atendendo o segmento integrando soluções de armazenagem, movimentação e automação” , afirma o CEO da Águia Sistemas, empresa de fabricação de estruturas de armazenagem e integradora de sistemas de armazenagem, movimentação e

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automação para intralogística, destaca sua importância no setor farmacêutico ao combinar a produção de estruturas de armazenagem e sistemas transportadores com a integração de inúmeras outras tecnologias complementares. A empresa oferece um serviço completo que vai desde o estudo de concepção do conceito, projeto, simulação, emulação, implementação de todo o sistema com seu próprio WCS, até a assistência técnica 24/7.

A indústria farmacêutica enfrenta desafios complexos na gestão de suas cadeias de suprimentos. As rupturas de estoque, que podem atingir até 30% no varejo, evidenciam a necessidade urgente de antecipação de demandas e de uma gestão mais eficiente de suprimentos. Mesmo as empresas mais atualizadas estão presenciando a necessidade de continuidade desses

investimentos, seja por questões de abrangência geográfica ou pelo crescimento da demanda.

O crescimento contínuo e o crescente nível de exigência dos clientes pela disponibilidade e entrega imediata demandam atenção, atuação e continuidade nos investimentos. O tamanho dos estoques e a persistente tendência de rupturas na disponibilidade dos produtos nas gôndolas estão entre os indicadores de performance mais impactantes nos resultados da atividade. Atualmente, os estoques farmacêuticos têm uma média de 200 dias de armazenagem em alguns centros de distribuição. No entanto, mesmo com essa capacidade, o setor ainda lida com rupturas frequentes causadas por falhas no fornecimento de matéria-prima, afetando diretamente a disponibilidade dos produtos.

Para Rogério Scheffer, CEO da Águia Sistemas, enfrentar os desafios do setor farmacêutico – como a alta demanda e os estoques elevados –não compromete o processo de intralogística, mas ressalta a importância de investir na eficiência dos centros de distribuição. ”Temos clientes como Droga Raia, Farmácias São João, Eurofarma, Ultrafarma, Natura, Avon, Boticário, além de clientes de setores com operações tão volumosas e complexas como Amazon, Mercado Livre, Shopee, entre outros. Nosso compromisso é trazer soluções inovadoras para o setor farmacêutico, otimizando a intralogística com tecnologias que garantem eficiência, segurança e precisão na operação, minimizando rupturas e maximizando a produtividade. Assim, o setor pode atender às demandas crescentes com alta performance e confiabilidade”, afirma o executivo.

Libbs investe em linha multipropósito de medicamentos biotecnológicos

A Libbs Farmacêutica avança na produção de medicamentos biotecnológicos de alta complexidade com a inauguração da Linha Multipropósito Biotec, prevista para o segundo semestre de 2024. A unidade será dedicada ao desenvolvimento de produtos biotecnológicos de diferentes tecnologias, como anticorpos monoclonais biossimilares e inovadores, proteínas recombinantes terapêuticas e vacinas de RNA mensageiro. Além disso, a nova linha irá escalonar bioprocessos, acelerar transferências de tecnologia,

produzir materiais para estudos pré-clínicos e otimizar processos de fabricação dos produtos biológicos já comercializados.

Importante destacar que a nova linha industrial permitirá à Libbs atuar como CDMO (Contract Development and Manufacturing Organization), oferecendo serviços de desenvolvimento e manufatura de produtos biotecnológicos para outras empresas nacionais e internacionais. Com infraestrutura e equipamentos de última geração, a linha permitirá desenvolver e

escalonar processos biotecnológicos desde a bancada até a produção de material clínico e comercial conforme as Boas Práticas de Fabricação (CBPF).

Um diferencial da linha será a plataforma single use, que emprega materiais de uso único em biorreatores, agitadores e sistemas cromatográficos, proporcionando flexibilidade de produção e economia de água. A equipe da Linha Multipropósito Biotec será

composta por cientistas, doutores, mestres e especialistas em biotecnologia, engenharia de bioprocessos, farmácia e biologia.

“Com a Linha Multipropósito, esperamos nos consolidar como uma empresa desenvolvedora e produtora de medicamentos biológicos, entregando o melhor tratamento para os pacientes. Além disso, queremos continuar auxiliando na promoção da ciência no País a partir de parcerias para o codesenvolvimento de produtos inovadores de alta qualidade e da criação de um elo sólido entre a ciência presente nas universidades, startups e institutos de pesquisa com a indústria”, afirma Monique Mantovani, gerente da Biotec.

Com um investimento de R$ 16 milhões apoiado pelo BNDES, a Linha Multipropósito Biotec terá 264 metros quadrados e se integrará ao complexo Biotec em Embu das Artes, São Paulo, que já recebeu mais de R$ 625 milhões desde 2013.

Em direção à fábrica de papel autônoma

A fábrica de papel autônoma há muito tempo faz parte da estratégia da Voith para o futuro. Atualmente, vários sistemas automatizados já estão em uso com sucesso no processo de fabricação de papel e otimizam as configurações da máquina com base em dados em tempo real, economizando recursos, minimizando o desgaste e aliviando os operadores. Com o desenvolvimento de um sistema integrado, a Voith está agora dando o próximo passo em direção à fábrica de papel autônoma. Soluções inteligentes e holísticas conectam todas as aplicações, criando sinergias valiosas e efeitos de ligação para uma produção altamente eficiente e otimizada.

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A rede inteligente de tecnologias inovadoras - incluindo tecnologia de sensores e câmeras, ferramentas de monitoramento baseadas em nuvem e opções para avaliação de dados em tempo real - possibilita ajustes adicionais com suporte de dados na máquina que levam em consideração cada etapa da produção. Dessa forma, o processo de fabricação de papel pode ser executado de forma mais confiável e eficiente em termos de recursos.

Ferramentas avançadas apoiadas por IA automatizam as tarefas rotineiras e facilitam a análise de dados. A equipe operacional pode encontrar todas as informações relevantes agrupadas em um painel claro, em vez de ter que analisar sistemas complexos na sala de controle em paralelo em diferentes telas, como acontecia anteriormente. Dessa forma, se cria um ambiente de trabalho diferente e seguro, atraente para operadores, e os foca em atividades que agregam valor.

Como o trabalho de desenvolvimento está claramente orientado para as necessidades dos processos de produção reais, a Voith trabalha em estreita colaboração com clientes e parceiros. Juntos, os dados são coletados e potencialidades são identificadas que podem ser exploradas usando ferramentas digitais em rede.

Escassez

”Novas tecnologias e soluções digitais inteligentes já revolucionaram a indústria papeleira; a produção autônoma de papel é o próximo passo lógico. Somente junto com nossos clientes podemos alavancar o potencial e responder aos requisitos individuais. Com sua longa experiência em Papermaking 4.0 e automação, a Voith é o parceiro certo para isso”, diz Ulf Grohmann, Diretor de Gerenciamento de Produtos da “Autonomous Mill” da Voith Paper.

Como fornecedor de linha completa, a Voith apoia os clientes na implementação gradual de sistemas automatizados. O objetivo é apoiar os fabricantes de papel como um parceiro de longo prazo durante todo o processo, muito além da fase de introdução. Com o desenvolvimento contínuo de soluções integradas de automação, a Voith está dando o próximo passo importante no caminho para a fábrica de papel autônoma e para uma indústria de papel mais eficiente, sustentável e preparada para o futuro.

de talentos qualificados é o maior desafio do setor de semicondutores

A KPMG divulgou que um dos maiores desafios enfrentados pela indústria nos próximos três anos é a escassez de talentos qualificados, com 53% dos participantes apontando o suprimento, desenvolvimento e retenção de talentos como estratégia crucial, segundo o estudo Perspectivas da Indústria Global de Semicondutores para 2024 (Global Semiconductor Industry Outlook for 2024). Em seguida, com 45%, está a necessidade de tornar a cadeia de suprimentos mais flexível e adaptável às mudanças geopolíticas e outras interrupções. Por fim, 26% destacaram a implementação da IA generativa como uma prioridade.

Além disso, 85% das empresas de semicondutores esperam que a receita do setor cresça este ano. O levantamento destacou, também, que 55% acreditam que a força de trabalho de suas organizações se expandirá, enquanto 69% projetam um aumento nos gastos com pesquisa e desenvolvimento.

Em termos operacionais, mais da metade das companhias de semicondutores (51%) já adiou ou planeja adiar os gastos de capital, devido às incertezas econômicas. Adicionalmente, as opiniões sobre o excesso de oferta evoluíram significativamente ao longo do último ano. Enquanto antes havia preocupações com escassez de inventário, agora, apenas uma pequena parcela (8%) dos líderes do setor prevê tal obstáculo nos próximos quatro anos. Por outro lado, a cautela com o excesso de inventário aumentou, com 30% dos entrevistados expressando essa percepção.

A pesquisa também revelou que o setor automotivo continua sendo o principal impulsionador de receita da área, seguido pela inteligência artificial (IA). Os microprocessadores foram identificados como a principal oportunidade de crescimento, devido à crescente demanda por tecnologias mais avançadas em diversos setores. Em seguida, vieram os sensores e produtos optoeletrônicos.

Semiconductor outlook buoyed by AI and automotive

“Apesar das preocupações com a desaceleração da demanda e desafios econômicos, a pesquisa indica um otimismo geral em relação ao setor de semicondutores. As projeções são apoiadas por estatísticas comerciais globais, que apontam para um crescimento nas vendas de semicondutores neste ano principalmente aquecidos pela crescente adoção de inteligência artificial pelas empresas”, afirma o sócio-líder de tecnologia, mídia e telecomunicações da KPMG no Brasil e na América do Sul, Márcio Kanamaru

Os dados desse estudo foram obtidos de uma pesquisa on-line com 172 executivos de alto nível de empresas globais de semicondutores, realizada no quarto trimestre de 2023 pela KPMG em parceria com a Aliança Global de Semicondutores (GSA). Em alguns casos, os percentuais poderão não somar 100% devido ao arredondamento.

Obrigatoriedade de gerenciar riscos para a saúde mental no ambiente de trabalho

A revisão da Norma Regulamentadora N.º 1 (NR1) estabelece novas diretrizes para a identificação e gestão de riscos psicossociais, impondo às empresas a criação de ambientes de trabalho saudáveis e a adoção de práticas de saúde mental: cuidar da saúde mental e bem-estar dos funcionários passou a ser

uma obrigação das empresas - decisão tomada durante reunião da Comissão Tripartite Paritária Permanente (representantes do governo, sindicatos e confederações de empregadores) em 30 de julho deste ano. A NR-1 trata do gerenciamento de riscos nas organizações e foi revisada para incluir a obrigatorie -

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dade de identificar e gerenciar os riscos psicossociais no ambiente de trabalho.

Ou seja, as empresas devem incluir parâmetros psicossociais em seus relatórios de gerenciamento de riscos, periodicamente entregues ao governo para garantir o cumprimento das exigências de segurança do trabalho – devem existir medidas concretas para prevenir o adoecimento mental, a sobrecarga de trabalho e qualquer forma de assédio.

As novas diretrizes entram em vigor nove meses após a publicação da norma.

Nos últimos cinco anos o reajuste médio acumulado dos planos de saúde empresariais foi de 68,72%; as empresas gastam em média entre 14% e 20% da folha de pagamento com planos de saúde para os funcionários, segundo estimativas da Deloitte.

”O Brasil lidera em casos de ansiedade, estresse e burnout. Em 2023, observamos um aumento alarmante de 38% nos afastamentos por transtornos mentais junto ao INSS, comparado a 2022, além da sobrecarga nos sistemas público e suplementar de saúde, que ultrapassou 288 mil pessoas”, comenta Tatiana Pimenta, da Vittude.

Antes mesmo da atualização da norma, a Lei 14.831/24, proposta pelas Deputadas Federais Jack Rocha (PT/ES) e Maria Arraes (Solidariedade/PE), já estava em discussão. A lei, que institui o Certificado de Empresa Promotora de Saúde Mental, foi aprovada pelo Senado em 28 de fevereiro e publicada no Diário Oficial da União em 28 de março. As empresas que implementarem práticas eficazes de promoção da saúde mental e bem-estar dos colaboradores receberão o certificado, válido por dois anos.

A audiência pública para discutir a regulamentação da lei e integrar o comitê responsável pela definição dos critérios para obtenção do certificado, além de analisar as práticas desenvolvidas pelas organizações acontece em agosto. E Tatiana reforça que “as corporações têm um papel crucial na criação de programas estruturados e eficientes de cuidado com a saúde mental. O Certificado de Empresa Promotora de Saúde Mental oferece um incentivo adicional, que pode até servir como vantagem competitiva. Com a atualização da NR-01, a adoção de medidas concretas para prevenir o adoecimento mental, gerenciar a sobrecarga de trabalho e criar ambientes de trabalho saudáveis se torna uma obrigação para todas as empresas. Cumprir essas regulamentações não só atende às exigências legais, mas também demonstra um compromisso genuíno com o bem-estar dos funcionários.”

Inovação digital transforma saúde e revoluciona atendimento

Novas tecnologias têm impactado na melhoria dos serviços de saúde, promovendo mais segurança e eficiência no atendimento ao paciente. Um bom exemplo é a expansão da telemedicina, que deve crescer mais de 19% ao ano na América Latina até 2028, segundo dados da Philips Latam.

Regulamentada, a teleconsulta foi utilizada por 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros em todo o país no atendimento a pacientes em 2022 segundo dados do Centro de Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).

Essas tecnologias são fundamentais para promover a segurança do paciente e a eficiência nos serviços de saúde. Plataformas digitais de navegação e coordenação de pacientes têm facilitado o trabalho dos profissionais de saúde, garantindo um atendimento mais ágil e qualificado.

“Essas tecnologias aumentam a visibilidade e interação dos profissionais de saúde com os pacientes, permitindo direcionar os melhores tratamentos para doenças que exigem acompanhamento específico”, destaca Isadora Kimura, cofundadora da Nilo, healthtech que auxilia empresas do setor a estabelecer relacionamentos digitais com seus pacientes.

Com o apoio dessas ferramentas, as equipes de saúde podem focar no cuidado direto ao paciente, uma vez que automações permitem reunir e visualizar dados, configurar diretrizes, agendar consultas, criar audiências personalizadas e se comunicar efetivamente via aplicativos de mensagens. Essa integração libera tempo para a atenção ao paciente.

O uso da inteligência artificial (IA) também tem se destacado em saúde. O Future Health Index 2023 da Philips revela que líderes de saúde em todo o mundo estão priorizando a IA para melhorar a eficiência operacional e integrar diagnósticos. No Brasil, 79% dos líderes de saúde investem em pelo menos uma

atendimento a todos os lugares

tecnologia de IA - a média global de 59%.

A IA não só melhora a eficiência, mas também a segurança do paciente. Ferramentas que avaliam riscos e geram insights sobre o uso de IA na saúde têm se mostrado eficazes.

A medicina do sono, essencial para o bem-estar, também está passando por uma revolução com a IA e o Aprendizado de Máquina. Esses avanços estão aperfeiçoando diagnósticos e tratamentos de diversos distúrbios do sono, especialmente a apneia do sono, um distúrbio comum e perigoso.

Sistemas baseados em IA conseguem analisar grandes volumes de dados de polissonografia e outros dispositivos de monitoramento do sono, permitindo diagnósticos mais rápidos, tratamentos personalizados e intervenções mais eficazes.

Empresas brasileiras de dispositivos médicos querem exportar

Pesquisa da Abimo - Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos revelou que 85% das empresas que atualmente operam exclusivamente no mercado brasileiro pretendem iniciar exportações a partir de julho.

Os resultados positivos das exportações brasileiras de dispositivos médicos, que totalizaram US$ 247,6 milhões apenas no primeiro trimestre deste ano, são uma

LEIA O ESTUDO COMPLETO
@Divulgação

das principais razões por trás desse interesse crescente. Além disso, a exportação é uma estratégia eficaz de diversificação de mercado, reduzindo os riscos associados à dependência exclusiva do desempenho no mercado nacional. Com o aumento da concorrência local, tanto de produtos nacionais quanto importados, a exportação se apresenta como uma alternativa viável para manter a sustentabilidade financeira das empresas. A valorização do dólar, por exemplo, torna as exportações mais atrativas, pois a moeda estrangeira proporciona um ganho maior na venda dos produtos.

Atuar no mercado internacional exige que as empresas façam adaptações em seus produtos e padrões de produção, o que pode resultar em um diferencial de qualidade e competência no mercado nacional. Portanto, ao exportar, as empresas não apenas se protegem contra as variações do mercado interno, mas também se tornam mais competitivas em relação às empresas que não comercializam no exterior.

Os EUA continuam sendo o principal destino dos dispositivos médicos nacionais, refletindo o grande mercado consumidor do país e sua busca por produtos de alta qualidade e tecnologia avançada.

“Além disso, países da América Latina como Argentina, México, Colômbia e Chile também se destacam, representando 40% do total de aquisições de produtos brasileiros. É importante observar também a presença da Europa, onde a Bélgica se destaca como o terceiro principal destino das nossas exportações”, comenta Larissa Gomes, gerente de Projetos e Marketing Internacional da ABIMO.

Entre as participantes da pesquisa, 44% são empresas do segmento médico-hospitalar, 16% fabricam produtos odontológicos, 15% produzem materiais de consumo, 16% atuam no segmento de implantes, e os 9% restantes estão nos segmentos de reabilitação, laboratório e radiologia. A maioria dessas empresas concentra suas atividades em São Paulo (74%), mas há também representantes do Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e outros estados.

BNDES dá impulso a plano do governo para reduzir dependência externa

Parte da agenda prioritária do plano industrial do governo Lula, a modernização da saúde nacional vem sendo impulsionada pelo BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social.

Somente nos primeiros seis meses deste ano, o banco aprovou cerca de R$ 2 bilhões em crédito às farmacêuticas – um recorde absoluto. O valor está 32% acima da cifra concedida em todo ano de 2023 e é 12% superior à soma do período entre 2019 e 2022, relativo ao governo de Jair Bolsonaro (PL).

José Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, relembra a corrida por insumos e vacinas durante a pandemia ao explicar o foco das diferentes instâncias de governo voltado às farmacêuticas. Um setor de saúde forte, desenvolvendo tecnologias, inovando, aumentando capacidade, deixa o Brasil menos dependente de outros países, podendo ainda gerar emprego, renda e medicamentos que vão, por exemplo, abastecer o SUS. E a prioridade de Lula não é diferente do resto do mundo; nos EUA, por exemplo, o Nature Institute of Health há dois anos tem US$ 20 bilhões de orçamento para apoiar P&D.

@Reprodução/BNDES

Dependência de insumos importados torna o SUS vulnerável

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, defendeu, durante o 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, os investimentos no complexo industrial da saúde e ressaltou que a dependência por insumos importados na área torna o SUS vulnerável.

“A dependência de saúde por produtos importantes torna o SUS vulnerável. Esse fato foi evidenciado na pandemia. Essa é uma política estratégica para pensarmos o futuro da saúde do Brasil”, afirmou, em plenária sobre o papel da ciência, tecnologia e inovação no complexo econômico-industrial da saúde (CEIS).

Durante o encontro, a ministra anunciou que o governo abriu nove chamadas públicas de incentivo à pesquisa em saúde, com investimentos previstos em R$ 234 milhões. As chamadas, que atendem a demandas estratégicas, são uma iniciativa da Saúde em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do CNPq, e fazem parte da Política Nacional de CT&I em Saúde.

Dados apresentados pela ministra apontam que mais de 90% dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs) usados no Brasil para produção de medicamentos são importados, e apenas 50% dos equipamentos médicos são de produção nacional. A estimativa de déficit é de R$ 20 bilhões. Segundo Nísia, para mudar esses números, o país tem retomado os investimentos no complexo industrial da saúde – que inclui a produção e distribuição de equipamentos, medicamentos, produtos biológicos e diagnósticos e pesquisa clínica.

A estratégia nacional do CEIS prevê R$ 42,1 bilhões em investimentos até 2026. Desse total, R$ 8,9 bilhões virão do Novo PAC e R$ 10 bilhões de outros investimentos públicos. O restante deve sair de investimentos privados. “Não estamos anunciando algo que vai começar, mas algo que está em curso”, afirmou. “Sem uma política pública de ciência, tecnologia e inovação, não se constrói uma base sólida para o complexo econômico-industrial nacional.”

Na mesma plenária, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou que o país tem condições de se tornar um exportador de insumos em saúde. “Fortalecer o complexo da saúde impli-

ca garantir o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Podemos ser até exportadores de insumos farmacêuticos ativos. Somos dependentes hoje, mas podemos ser exportadores porque temos competência, inteligência e capacidade instalada.”

Ela destacou a importância da interlocução entre ciência e saúde. “A ciência é o caminho para apostar na inteligência brasileira, fortalecer o SUS e apoiar a soberania nacional”, disse a ministra. Ela citou investimentos como a construção do laboratório Órion, no CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) com nível 4 de biossegurança, o que permitirá avanço em pesquisas na saúde. A ministra Luciana também confirmou que a Finep aprovou financiamento de R$ 400 milhões para a União Química produzir novos medicamentos.

A dificuldade gerada pela dependência de insumos importados e a necessidade de mudar o cenário também foi citada por outros palestrantes, como Ana Maria Chudzinski, diretora de inovação do Instituto Butantan, e Sinval Brandão, da Fiocruz de Pernambuco. “O que atrasa o nosso desenvolvimento é a necessidade de importação de absolutamente tudo. Não tenho dúvida de que o incentivo à produção de insumos, máquinas e equipamentos é algo que tem de ser atacado imediatamente. As coisas chegam aqui seis meses depois do que precisamos”, diz Chudzinski, que sugeriu fortalecer parques tecnológicos como uma das estratégias.

@Divulgação/Luara Baggi/MCTI

BNDES aprova financiamento para nova planta do Butantan

O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social anunciou financiamento no valor de R$ 386 milhões para uma nova planta do Instituto Butantan, em São Paulo. Por meio do Programa BNDES Mais Inovação, o investimento permitirá o desenvolvimento e produção de bancos de vírus e de células para produtos biológicos, como vacinas e medicamentos. Com 4,6 mil m2, a planta localizada no complexo do instituto, no bairro do Butantan, na capital de São Paulo, deve entrar em operação em janeiro de 2029 e vai contemplar plataformas que permitirão o desenvolvimento de novas vacinas virais e celulares. A nova unidade também torna possível o avanço em pesquisas relacionadas a produtos terapêuticos, como anticorpos monoclonais – medicamentos de alta tecnologia para o tratamento de doenças como câncer, artrite reumatoide, lúpus, esclerose múltipla, psoríase e doença de Crohn.

As novas instalações serão dedicadas à produção de cepas sazonais e pandêmicas da vacina contra Influenza e ao desenvolvimento de novas vacinas. A produção poderá ser realizada com mais de uma cepa ao mesmo tempo, como no caso, atender a vacina trivalente de influenza produzida no Butantan ou também dedicada a uma única cepa, a depender da estratégia de produção dos bancos, e ainda permitir o desenvolvimento simultâneo de diferentes cepas de uma mesma vacina. O Butantan é o décimo maior fabricante mundial de vacinas em doses distribuídas e em valor, segundo a Organização Mundial da Saúde.

“Este aporte do BNDES é mais uma demonstração de que o Butantan vem fazendo uma gestão profissional e responsável, capaz de obter financiamentos e transformá-los em benefícios para a população brasileira”, destaca o diretor executivo da Fundação Butantan, Saulo Nacif.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco, José Luís Gordon, o financiamento faz parte do Plano Mais Produção, braço de financiamento da Nova Indústria Brasil, política de neoindustrialização do Governo Federal que prevê o fortalecimento do complexo industrial brasileiro de saúde. “O setor de fármacos recebeu apoio recorde do BNDES em 2024, pois entendemos que a inovação na indústria de saúde é essencial para reduzir as fragilidades do SUS e para expandir o acesso à saúde pública”, explica. Neste momento, o Butantan está desenvolvendo quatro novas vacinas, sendo uma delas, contra os quatro tipos de dengue, com o apoio do BNDES Funtec.

Durante a construção da nova planta, estão previstos 70 novos empregos indiretos. Após a conclusão, serão criados 50 postos de trabalho diretos permanentes na planta.

Em abril deste ano, por meio do programa BNDES Mais Inovação, o Banco aprovou financiamento no valor de R$ 45,4 milhões para o Butantan realizar os ensaios clínicos necessários ao desenvolvimen-

to de uma vacina tetravalente de Influenza, o vírus causador da gripe. A nova vacina tetravalente, que ampliará a eficácia do imunizante, além de facilitar a

incorporação de outras linhagens do vírus que futuramente passem a ser relevantes também será desenvolvida na nova planta.

TCU revoga suspensão e libera licitação de R$ 1,4 bi da Fiocruz

Contratação de serviços para Bio-Manguinhos estava suspensa desde janeiro por decisão do ministro Augusto Nardes. A licitação tem como objetivo contratar serviços administrativos e técnicos para a Bio-Manguinhos, mas o TCU - Tribunal de Contas da União decidiu revogar a suspensão de licitação de R$ 1,4 bilhão para a Fiocruz - Fundação Oswaldo Cruz.

A decisão foi unânime. O contrato foi suspenso em janeiro deste ano por decisão liminar provisória por possíveis irregularidades. À época, o ministro Nardes entendeu haver indícios de que empresas teriam sido vedadas “de forma injustificada” da concorrência, entre outros problemas.

Para prosseguimento, a Corte determinou que o processo licitatório retorne à fase de habilitação “para que sejam reexaminados os atestados apresentados em conformi-

dade com a legislação aplicável“. Também determinou que sejam adotadas medidas para prevenção de irregularidades semelhantes em futuros certames licitatórios, como “exigência de atestados de capacidade técnica que comprovem aptidões relativas às atividades a serem contratadas e não à habilidade da licitante na gestão de mão de obra, sem a necessária demonstração técnica dessa necessidade, afrontando os princípios da legalidade, competitividade e isonomia.

@Peter Ilicciev/Fiocruz

A rotina exige atenção à gestão metrológica e às atividades de calibração de temperatura e pressão. Um tema recorrente é o treinamento prático baseado em conceitos metrológicos e normas.

A Presys Instrumentos, em parceria com diversos clientes, criou uma VAN Showroom Móvel, equipada com produtos de suas soluções metrológicas. Esta iniciativa demonstra e explica como as calibrações são realizadas, impactando o dia a dia dos profissionais do segmento e apresentando ganhos e desafios.

Os equipamentos incluem calibradores de pressão automáticos, banhos térmicos avançados e multicalibradores, todos integrados aos tablets e laptops Presys com o Software Isoplan 5S. A demonstração visa mostrar a importância de entender os processos e saber inovar na execução e gestão de calibrações.

Os equipamentos, como o banho térmico tipo bloco seco, permitem a extração de gráficos dos sensores calibrados, conectando-se via Wi-Fi ou TCP/IP ao sistema de gerenciamento. A ideia é eliminar o papel do processo de calibração, ganhando em produtividade e precisão.

Recomenda-se o manuseio adequado dos padrões de calibração, como evitar transportar banhos térmicos com blocos de prova inseridos e não utilizar motoboys para esses equipamentos devido à sua sensibilidade.

Para calibrações de pressão, é essencial usar mangueiras com especificações corretas para evitar danos

A Vicor oferece conversores AC-DC isolados PFM™ com PFC

O PFM é a solução AC-DC de perfil mais baixo do mercado. O pacote Vicor VIA permite que os projetistas empacotem com eficiência a energia na solução de gerenciamento térmico de seu sistema. Esses conversores de linha fina podem fazer o mesmo trabalho em menos espaço.

Recursos e benefícios: Até 400 W, até 92% de eficiência; Correção do fator de potência ativa; Excede 0,95 na maioria das condições de linha/carga; Opções de montagem em chassi ou PCB; Graus de temperatura disponíveis; Grau C: –20 a 100 °C, Grau T: –40 a 100 °C; Tamanho pequeno e perfil baixo; Permite que os designers minimizem o espaço necessário para suas aplicações; O invólucro térmico

às cápsulas de pressão e não utilizar líquidos em calibrações de baixa pressão. Utilizar um Separador de Impurezas é recomendado para evitar danos aos solenoides do equipamento. Testes de vazamento são necessários antes de tarefas automáticas para garantir a estabilização da pressão.

Profissionais de Metrologia e Calibração devem buscar aprimoramento contínuo em calibrações de pressão e temperatura e na validação de sistemas computacionais. Os encontros técnicos com a Van nas indústrias ajudam a entender e adotar critérios para análises de ciclos de vida de instrumentos de medição, incentivando a formação de Times de Análise Crítica (TAC).

Cada organização deve definir seus procedimentos com base no conhecimento adquirido. A ação baseada neste conhecimento é crucial para o desempenho e empregabilidade. O estudo e a prática são essenciais para elevar o nível de conhecimento.

de dupla face simplifica os desafios do design térmico; O Companion AIM™ em um pacote VIA fornece retificação e filtragem EMI para uso em sistemas de energia Classe B.

Inteligência artificial & saúde: conexões éticas e regulatórias, de Daniel A. Dourado estabelece um paradigma geral para a regulação da IA na saúde, baseando-se em fundamentos éticos e jurídicos específicos desse campo dinâmico e inovador.

Daniel A. Dourado propõe um caminho para que as transformações da saúde impulsionadas pela IA sejam conduzidas em direção a um futuro ético e centrado no bem-estar humano de forma segura, transparente e responsável.

Para Fernando Aith, professor titular da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, o livro “situa-se na vanguarda do pensamento humanista aplicado à IA em saúde e representa uma contribuição original e indispensável para o enriquecimento do debate público nacional e inter-

nacional sobre o tema”.

Daniel A. Dourado. Médico, advogado, professor universitário e pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (Cepedisa/USP).

Publicado pela Abeto, selo de não ficção do Grupo Aboio, o livro Inteligência Artificial e Saúde: Conexões éticas e regulatórias discute fundamentos e diretrizes para uma regulação da inteligência artificial (IA) na área. A obra é baseada na pesquisa de doutorado do autor, Daniel Dourado, médico, advogado e pesquisador no Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (Cepedisa) da USP. “É totalmente diferente entrar no mercado de saúde e entrar no mercado de tecnologia”, afirma Dourado. “O estado tem obrigação de regular produtos que estão na saúde”. Por essa obrigação, ele lembra que “se o

A Axial começou a produzir o próprio “cérebro” para seus equipamentos, o chamado SmartAx. O dispositivo é responsável pela inteligência que movimenta o tracker ao longo do dia. Em fase de testes, a fabricação em escala do SmartAx acontecerá na Espanha a partir de 2025. O sistema da Axial reúne funções para que o tracker solar se adapte a variações climáticas, como vento, neve, granizo, inundações, irradiação difusa e backtracking 3D - um mecanismo que faz com que o tracker posicione cada fileira para não causar sombreamento nas demais.

Também já demonstra o protótipo do Axial Tracker Twin, o primeiro rastreador com tecnologia homocinética do mundo, especialmente projetado para se adaptar a terrenos complexos, obtendo maiores tolerâncias de declividade. A estrutura acompanha o movimento do sol no decorrer do dia, de modo a aumentar a captação e, consequente, geração de energia.

produto é para uso clínico, passa a ser um dispositivo médico, um produto de saúde; e a saúde tem fundamentos próprios”.

Fabricante chinesa e líder global com mais de 1 milhão de inversores fotovoltaicos instalados, a Chint Power do Brasil apresenta seus novos modelos 333 e 350kW, que chegam ao mercado com um excelente desempenho de temperatura, com potência total a 45 °C.

Um grande diferencial dos novos equipamentos é manter potência total até 45 oC. Os dois modelos de inversores proporcionam segurança e confiabilidade para instalações elétricas, com proteção avançada IP66&C5, ao mesmo tempo em que apresentam maior geração de energia, atendendo às demandas crescentes do setor de geração centralizada.

Os inversores contam com características que unem eficiência, inteligência e segurança:

• Possuem 12/15 MPPTs com eficiência máxima de 99%, máxima corrente de entrada de 20A por string, são compatíveis com módulos de 700Wp+ e apresentam desempenho de temperatura excepcional, além de potência total a 45 °C e relação CC/CA 150%.

• Ambos são totalmente controláveis, com gama abrangente de interfaces de comunicação PLC

/Wi-Fi /RS485 (padrão) e 4G /Ethernet (opcional)], função Q noturno (SVG), monitoramento inteligente por string baseado no escaneamento e diagnóstico da curva I-V.

• Qualidade excelente com resposta rápida, componentes duráveis e robustos, sistema de resfriamento habilmente projetado, proteção IP66&C5, DPS tipo II para CA e CC, gama completa de monitoramento e proteção da rede, função integrada de anti-PID e recuperação de PID, chave CC controlável, interrupção rápida e automática de falhas.

O Grupo Mayekawa desenvolveu há 30 anos a primeira máquina automática de desossa de frango do mundo, a TORIDAS. E com grande expertise foi introduzindo no mercado produtos totalmente automatizados para esse processo. Agora, trinta anos depois, o Grupo Mayekawa disponibiliza ao mercado mundial uma variedade de desossadoras automatizadas que atendem a altos padrões de qualidade e rendimento. Nesta trajetória, é interessante citar que oito anos antes do lançamento da Toridas, o Grupo Mayekawa já havia fabricado a Momoe-chan, um protótipo de desossadora, mas sem o estágio da automação – que proporciona rendimento e aproveitamento da carne muito superior ao da desossa manual;

ao mesmo tempo em que cumpre plenamente os requisitos de higiene, a TORIDAS desossa mil coxas de frango em uma hora. Depois do sucesso da TORIDAS, a solução para outras formas de desossa, foi um caminho natural. Assim surgiram outras máquinas com características distintas para desossa em outras variedades de carnes, como a Yileldas, máquina automatizada de peito de frango; a Wingdas para desossa da coxinha da asa do frango; a Takidas criada para atender o processamento da coxa e sobrecoxa do peru; a Hamdas para desossa de pernil suíno; e a Wandas, criada para a desossa da paleta de porco. Além delas, o Grupo Mayekawa já integrou a esse portfólio, versões da TORIDAS para coxa e

sobrecoxa de frango, a TORIDAS MARK II, e, atualmente, trabalha na terceira geração da Linha Toridas, a MARK III que entre outros diferenciais apresenta aumento de capacidade em 50%; mais rendimento, em torno de 4 a 5 gramas e capacidade de 1500 pernas/hora.

Série 2024 dos CADs elétricos – iDEA, Eplus e CADelet – introduz uma inovação significativa, permitindo aos projetistas gerenciarem parâmetros dentro do esquema elétrico. Essa funcionalidade oferece uma flexibilidade sem precedentes na criação e gestão de dados dentro dos esquemas elétricos.

Com os parâmetros do esquema os projetistas podem definir as informações contidas nos atributos associados aos elementos gráficos de maneira flexível, adaptando-se às necessidades específicas de cada projeto. Incorporando variáveis, fórmulas complexas ou valores condicionais, esses parâmetros possibilitam a adaptação dinâmica dos dados associados aos atributos conforme as especificações do projeto.

A utilização de fórmulas complexas nos parâmetros permite a automatização dos cálculos associados às etiquetas dos atributos. Por exemplo, é possível criar uma fórmula que calcule automaticamente a tensão de saída com base na tensão de entrada e nas características dos componentes do circuito.

Além de promover a automatização dos cálculos, os parâmetros do esquema contribuem para a coerência e uniformidade dentro do esquema elétrico. Ao utilizar parâmetros comuns para etiquetas semelhan-

tes ou contatos relacionados a um componente, é possível manter um estilo consistente e minimizar erros de entrada de dados

Outro benefício significativo é que, ao editar o valor de um parâmetro, todas as etiquetas vinculadas a ele são atualizadas automaticamente, eliminando a necessidade de alterar manualmente cada etiqueta. Isso proporciona uma conveniência excepcional, permitindo alterações rápidas e precisas em títulos de tabelas, datas ou outras informações nas legendas das folhas do diagrama com apenas um clique.

A implementação desta nova funcionalidade nos softwares representa um avanço significativo em termos de controle e segurança, centralizando e condicionando as etiquetas que definem a aparência final do projeto. Isso torna os CADs elétricos da Electro Graphics ferramentas indispensáveis para os profissionais do setor que buscam excelência em seus projetos.

A Nova Smar disponibiliza ao mercado de automação mundial a sua nova linha de sistemas de controle distribuído, a Linha Nova, que implementa a tecnologia O-PAS, Open Process Automation Standard.

O NovaDCN Smar foi desenvolvido com a colaboração da Intel®, empresa que também faz parte do OPAF. Desta forma, traz para o mundo da automação industrial os poderosos processadores da família Intel®, projetados para soluções completas de controle distribuído em total conformidade com o O-PAS.

Os produtos da nova linha OPAS oferecem hardware desenvolvido

com a colaboração da Intel®; certificado de compatibilidade O-PAS; portabilidade; Interconectividade; Instalação industrial; Processador Intel Atom® x6200FE; 4 portas Ethernet 1000 Mbps RJ45; Comunicação OPCUA; alimentação 24V com consumo de 2A; porta USB 3.1; Sistema Operacional Debian Linux.

NovaDCNs também atuam como um gateway para outras redes ou sistemas, como sistemas legados, gateways sem fio, redes de campo digital, E/S e controladores de sistemas DCS ou PLC. O NovaDCN possui também em sua linha Gateways que permitem a integração do System302 com o O-PAS. In-

tegra o Legado com o Novo; fornece acesso a sistemas legados através do O-PAS Signal; permite a utilização das tecnologias HART, Profibus, Fieldbus Foundation, Modbus e sinais de I/O convencionais com os sistemas O-PAS; arquivo de descrição AML.

A Rohde & Schwarz validou com sucesso casos de teste de conformidade de protocolo push-to-talk de missão crítica para o Fórum de Certificação Global (GCF) e alcançou Critérios de Aprovação de Plataforma de Teste (TPAC) para seu testador de conformidade de protocolo R&S TS PCT. Ela é a primeira e única empresa de teste e medição a ativar o item de trabalho inicial de missão crítica push-to-talk e, com esta conquista, está abrindo caminho para uma transição suave de serviços de missão crítica TETRA de banda estreita para serviços de missão crítica 3GPP de banda larga para fabricantes de dispositivos e provedores de serviços.

Rohde & Schwarz foi pioneira na verificação de casos de teste push-to-talk (MCPTT) de missão crítica, permitindo que o GCF lançasse um programa de certificação inédito para Serviços de Missão Crítica (MCS). Com este programa, os operadores de redes de segurança pública podem ter a certeza de que as aplicações e dispositivos de missão crítica são interoperáveis graças a um padrão comum para os fornecedores. 3GPP MCS refere-se a um conjunto de serviços de comunicação que são essenciais para a segurança pública e operações de resposta a emergências. Ele garante comunicações perfeitas para os socorristas, permitindo uma coordenação eficiente e uma resposta rápida em situações críticas.

Frequentemente chamados de MCX, esses serviços de missão

crítica, que incluem não apenas MCPTT, mas também dados de missão crítica (MCData) e vídeo de missão crítica (MCVideo), atendem a requisitos rigorosos de confiabilidade, disponibilidade e segurança. A transição para o MCX de banda larga compatível com 3GPP fornece recursos aprimorados em relação aos sistemas tradicionais de banda estreita, oferecendo taxas de dados mais altas, cobertura aprimorada e a capacidade de suportar uma ampla gama de aplicações multimídia. As aplicações e dispositivos 3GPP MCS devem ser certificados por laboratórios de teste credenciados por organismos de certificação como GCF, PTCRB ou CTIA antes de poderem ser lançados no mercado.

Na última reunião do Conformance Agreement Group (CAG), a Rohde & Schwarz validou os

casos de teste 3GPP MCS do Item de Trabalho 288, usando o testador de conformidade de protocolo R&S TS-PCT, que é baseado no testador de comunicação de rádio R&S CMX500 e o software R&S CONTEST executando as sequências de teste. Esse sucesso permitiu que o GCF ativasse o item de trabalho e iniciasse oficialmente os testes de conformidade para dispositivos MCS. Os casos de teste de conformidade de protocolo foram desenvolvidos usando o testador de comunicação de rádio R&S CMX500 e permitem que os engenheiros avaliem suas aplicações e dispositivos MCS sob condições realistas. O dispositivo em teste estabelece uma conexão abrangente e em tempo real à rede MCS simulada e testa os cenários relevantes de sinalização e RF de acordo com as especificações 3GPP.

A Vivace Process Instruments possui uma ampla linha de transmissores de pressão para melhor atender sua aplicação nas medições de pressão, nível, vazão e densidade. São equipamentos de alta exatidão, confiabilidade, robustos e que ajudam a aumentar a produtividade e eficiência de seus processos com segurança, melhoria da qualidade e redução de custos. São transmissores de alta performance, desenvolvidos com microprocessadores de última geração, baixo consumo (low power), com alto MTBF (Mean Time Between Failure), de calibração simples, flexível

A linha de pressão da Vivace tem sensor capacitivo inteligente (microprocessado) e de alta performance; compensação Onboard de pressão e temperatura; garante a minimização da variabilidade dos processos; possui diagnósticos avançados, alta rangeabilidade e estabilidade incomparável (Long-Term Stability). Trabalha com HART®/4-20mA (HART® 7) e Profibus-PA; seu LCD tem 5 dígitos, rotativo, multifuncional e com bargraph; possui ajuste local intuitivo, configurável e com função de edição rápida; com modelos: diferencial, manométrico, absoluto, in-li

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