Revista Petro & Química n°392

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Ano XLV - nº 3 - 2023 92 www.petroquimica.com.br Malha de dutos história, –desafios e perspectivas Malha de dutoshistória, desafios e

O tamanho do mercado global de construção de dutos foi avaliado em US$ 45,7 bilhões, em 2021, devendo chegar a US$ 73,1 bilhões, até 2030 – incluindo aí, dutos para gás, óleo, água, químicos, etc., segundo a Alliedmarketresearch. Já a ResearchAndMarkets, em seu relatório “Gas Pipeline Infrastructure: Global Strategic Business Report”, prevê que o mercado global de infraestrutura apenas para gasodutos saia, de US$ 2,5 trilhões, em 2022, para cerca de US$ 3 trilhões, até 2030. A Spherical Insights & Consulting chega a valores parecidos. Já o mercado global de equipamentos para dutos foi avaliado em US$ 12,5 bilhões, em 2021, e deve chegar a US$ 18,7 bilhões, até 2031.

O mundo mostra movimentos em apoio à redução de combustíveis fósseis, no caminho da transição energética – que não pára de criar pontos de atrito, sobre quem vai pagar a conta do aquecimento global, quem poderia ainda investir nos fósseis, como e quando seria o momento de inserir hidrogênio, se seria o momento de sair da nuclear ou não... Mas não se pode negar o papel fundamental do gás como meio facilitador da transição para uma matriz energética mundial mais limpa.

No Brasil, não há grandes dúvidas sobre a importância do gás. Seus players souberam estruturar o negócio, os fornecedores querem expandir, os consumidores podem absorver. A grande e recente celeuma seria se existe gás suficiente. O presidente da Shell no Brasil respondeu a isso de maneira muito pertinente – veja na retrospectiva. Essas dúvidas nem seriam levantadas, se a regulação estivesse pronta porque, para o Brasil, não é novidade importar gás – de fato, foi o gás importado que impulsionou o setor; não é novidade que não somos um país gasífero – nosso gás vem, em sua esmagadora maioria, associado ao petróleo –; não é novidade que separar o óleo da água e do gás é caro... Para entender o momento, dois dos mais renomados profissionais do setor contam como foi a evolução da malha de dutos, explicam como se foi desenhando a forma de utilizá-la ao longo do tempo, como o mercado se estruturou, e o que só espera um sinal verde da regulamentação.

Porém, malha de duto não carrega apena gás. A Logum, por exemplo, é responsável por centenas de km de dutos que distribuem etanol, inaugurou mais um trecho, mesmo trabalhando o transporte multimodal. Mas não considera ainda o hidrogênio – que já está sendo estudado pelas transportadoras de gás. É uma vertente que chama a atenção, e vai ser discutida na Rio Pipeline – onde esta edição deve ser lançada – sob moderação do consultor da Petrobras, Wagner Victer.

O assunto parece inesgotável.

A edição destaca também as mulheres e os jovens – vale a pena chegar mais perto do que se tem feito para o “S” do ASG/ESG. Traz também um pouco do noticiário do período, completando nosso contato diário, pelas mídias sociais, e semanal, através das newsletters.

Boa leitura

O editor

Colaboraram nesta edição, com informações e imagens, as assessorias de imprensa.

Próxima Edição: Edição comemorativa dos 70 anos da Petrobras + aniversariantes especiais

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REDAÇÃO

Teresinha Cehanavicius Freire - Diretora redacao@editoravalete.com.br

ISSN: 0101-5397

Editorial no 392 Petro & Química 3
“Dutos, para que te quero?”
Capa: Reprodução do site atgas.org.br

Índice

Matérias de capa

Malha de dutos - história, desafios e perspectivas

Petróleo & Gás

Notícias

74 Retomada da indústria naval no Rio Grande do Sul

74 Ásia liderará capacidade de tereftalato de polietileno até 2027

75 TotalEnergies ganha duas concessões marítimas para desenvolver dois parques eólicos gigantes

75 Equinor assina contrato de compra de GNL de longo prazo

76 Anuário do Petróleo no Rio 2023 projeta aumento da produção fluminense

Empresas

28 Porto do Açu e Toyo Setal firmam parceria para desenvolvimento de planta de fertilizantes nitrogenados

29 Basf fornecerá Neopentyl Glycol para KHUA

32 Saint-Gobain reforça transição energética e fecha contrato com a Gás Verde para implementar biometano

32 Syngenta investe na expansão de sua capacidade produtiva no Brasil

33 GNLink e Migratio unem forças para estruturar projetos de biometano

34 eB Capital e Sebigas Cótica investirão em plataforma de biometano e tratamento de resíduos

35 Tecnologia brasileira exportada para Argentina gera economia de energia com grandes resultados

Artigo

48 Abordagem ESG e a Gestão dos Sistemas de Medição no O&G: Práticas para um Futuro Sustentável

Retrospectivas

52 Ethanol talks

53 “Criando um Futuro Verde com Energia Digital”

57 Abiquim participa de evento de inovação do setor de químicos e materiais, em Londrina

56 “Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono: competências e visão de futuro”

Seções

6 Agenda/Gente

12 Jornal

26 Empresas & Negócios

51 Opinião

65 Produtos e Serviços

77 ANP passa a publicar sumários de novas declarações de comercialidade

78 Resultados de segurança da Equinor

78 Laboratório da YPF Brasil atinge nota máxima na ANP pelo 5º ano consecutivo

79 Parcela de petróleo da União em regime de partilha de produção atinge novo recorde

79 FESA Group e Amplum Biogás lançam parceria no setor de biogás e biometano

80 bp expande investimento em bioenergia com a WasteFuel

81 A Shell Aviation combate as emissões de carbono em todo o seu portfólio

82 Entregue 1º trecho do Gasoduto Néstor Kirchner

82 Cinco novas plantas produtoras de SAF a partir de fontes renováveis

83 Sinal verde do governo para Irpa, Verdande e Andvare

Notícias da Petrobras

86 Aprovado projeto do Trem 2 da RNEST

86 Nova fase do Canal de Acolhimento a vítimas de assédio sexual

87 Redução de preços do gás natural para distribuidoras

87 Aumenta processamento no refino e recordes de produção

88 Investimentos em novos sistemas de tratamento de gases na Replan e Refap

88 Teste de robô especializado em entregas de amostras no Cenpes

89 Destinação sustentável da P-32

90 Reutilização de água atende a um terço da demanda total das unidades da companhia

91 Assinado contrato com a Comgás no valor de R$ 56 bilhões

92 Petrobras e Abiquim criam grupo técnico para estimular setor químico nacional

92 Petrobras conclui maior parada para manutenção da história da RPBC

93 Jean Paul Prates defende renovação energética na OPEP

Sumário 4 no 392 Petro & Química
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Foto: gasvale André Valentim/ Petrobras
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Nova gerente geral da Refinaria de Capuava

eu sou negra, e estar aqui, tomando posse desta importante função, é um marco”, ressaltou Márcia Cristina.

As conquistas e os desafios no segmento de refino foram destacados pelo diretor de Processos Industriais e Produtos, Wiliam França. “A Recap está preparada para receber 100% de óleos do Pré-sal e, assim como nas demais refinarias, teremos de investir em projetos voltados para o aumento da eficiência energética, e para produzir uma nova geração de combustíveis com conteúdo renovável”, disse o diretor. Já a diretora Clarice Coppetti ressaltou o apoio da diretoria ao trabalho da nova gerente geral. “A sua posse é muito importante para a companhia e para toda a sociedade brasileira. Conte conosco, para ter muito mais sucesso do que já teve, porque sabemos que conhecimento, segurança e respeito você tem”, garantiu.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participou, em Mauá/SP, da cerimônia de posse da nova gerente geral da Recap – Refinaria de Capuava –, Márcia Cristina Andrade, primeira mulher a ocupar a função, desde a inauguração da unidade industrial, em 1954. O evento contou também com a presença de William França, diretor de Processos Industriais e Produtos; Clarice Coppetti, diretora de Assuntos Corporativos; Rosangela Buzanelli, integrante do Conselho de Administração da companhia, eleita pelos empregados; Deyvid Bacelar, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP); além de representantes do poder público dos municípios próximos à refinaria.

Em seu discurso, o presidente da Petrobras salientou a importância e o simbolismo da posse de uma mulher negra para a gerência geral de uma unidade do refino: “A desigualdade em nosso país é muito grande. E grande também é a responsabilidade da Márcia, ao assumir como gerente geral da Recap. Mas, sobretudo, é uma conquista: primeiro, da própria Márcia, mas também das mulheres, e das mulheres pretas”, afirmou Prates.

Márcia Cristina ingressou na Petrobras em 2006. Engenheira de Processamento de formação, a nova gerente geral começou a carreira na empresa na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), onde passou pelas áreas de Otimização e Empreendimentos. Foi coordenadora da área de Projetos de Pequeno Porte, e posteriormente gerente de Projetos da refinaria.

A gerente geral afirmou estar consciente da responsabilidade da sua função. “Sei da imensa representatividade que trago comigo. Estou representando cada mulher que em sua profissão ainda encontra um ambiente de trabalho com oportunidades desiguais. Mas há outra característica em mim que me assemelha à maioria da população brasileira:

A Recap iniciou as operações em 18 de dezembro de 1954. Atualmente, é responsável pela comercialização de cerca de 30% do volume de combustíveis consumido na região da Grande São Paulo. Em sua carteira de produção, destacam-se gasolina e diesel de baixo teor de enxofre (S10), aguarrás, propeno, gás liquefeito de petróleo (GLP), e solventes especiais.

Nova nova presidente-executiva na Abiogás

A Associação Brasileira do Biogás – Abiogás – tem nova nova presidente-executiva. É Renata Isfer, que foi Secretária de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia – MME. Tem experiência de 16 anos como Procuradora Federal na Advocacia-Geral da União. Mestre em Direito, Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico pela Uniceub, com participação em curso de extensão na Harvard Kennedy School sobre liderança feminina, Co-criadora do Projeto “Sim, elas existem” e do “EmpodereC”.

AngloGold Ashanti anuncia novo vice-presidente sênior América Latina

A AngloGold Ashanti recebeu seu novo vice-presidente sênior América

Latina, Marcelo Pereira da Silva

O executivo chega à companhia com uma sólida carreira construída na mineração: são 26 anos no setor, e forte atuação internacional em projetos, operações e manutenção. Sua experiência foi adquirida em

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grandes operações subterrâneas e a céu aberto no Brasil, EUA, Canadá, Peru e Chile, na produção de ouro, prata, cobre, zinco, chumbo, estanho, tântalo e nióbio. O executivo ficará baseado em Nova Lima/MG, com responsabilidade sobre as operações Brasil e Argentina. Marcelo assume o posto com a missão de seguir a estratégia de criação de valor de longo prazo, melhorando a qualidade do portfólio da produtora de ouro, que tem segurança e sustentabilidade, entre seus valores corporativos. Sua passagem mais recente foi na mineradora Vale, onde o executivo ocupou o cargo de diretor de Operações do Complexo Paraopeba, em Minas Gerais. Marcelo também passou por outras empresas do setor, como a Taboca Mineração, e a Kinross Gold Corporation, onde atuou por 8 anos em várias funções, incluindo a de diretor de Operações e Manutenção na Kinross Brasil, bem como gerente corporativo sênior de Excelência Operacional, na sede da Kinross, em Toronto, no Canadá.

Novo CEO da Drausuisse Brasil

Com mais de 30 anos de experiência, ocupando posições de liderança em companhias nacionais e multinacionais, Mauricio Sucasas Negrão foi eleito o novo Diretor-Presidente (CEO) da Drausuisse, empresa que oferece soluções que reduzem o consumo de óleo hidráulico e energia elétrica, em máquinas e equipamentos industriais, e será responsável pela expansão dos negócios da companhia. Mauricio é graduado em Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), e pós-graduado em Administração Financeira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/CEAG).

Reduc tem novo gerente geral

O novo gerente geral da Refinaria

Duque de Caxias é Luís Cláudio

Michel, que ingressou na Petrobras em 1985, e exercia, desde maio de 2022, o cargo de gerente de Dutos e Terminais do Rio de Janeiro e Minas Gerais da Transpetro. Na Petrobras, desenvolveu ampla carreira gerencial desde 2006, principalmente em áreas ligadas ao refino. Foi gerente de Produção da Reman (2006-2007), coordenador de Confiabilidade da RPBC (2008), gerente de Engenharia da Reduc (2009), gerente de Produção de Lubrificantes e Parafinas da Reduc (2010-2012), coordenador de Confiabilidade e Segurança de Processo em projetos especiais de Refino, Midstream, Petroquímica e Gás e Energia da Área

Internacional (2012-2014), gerente de Refino e Petroquímica Internacional (2015), gerente de Administração de Obras da Regional Baía de Guanabara (2015- 2016), gerente de Integração das Áreas Corporativas de SMS (2016-2018), e gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Reduc (2018-2022).

Durante a cerimônia de posse (10/07), o novo gerente-geral da Reduc ressaltou a relevância socioeconômica da unidade para a região e para o país, e aproveitou para convidar os presentes a atuarem em sinergia com a Petrobras para uma transição energética justa. “Nossa presença em uma região tem efeitos na vida de muitas pessoas. Por isso, queremos unir forças com poder público, empresas parceiras e comunidades do entorno, para potencializar nossas ações e colaborar com o desenvolvimento econômico e social de Duque de Caxias, da região, e do país”, disse Michel.

O diretor de Processos Industriais e Produtos, Wiliam França aproveitou a ocasião para elencar os investimentos da área, e reforçar a participação do refino na estratégia da companhia. “A Petrobras está preparando as refinarias para assumirem um papel relevante em direção à transição energética, com investimentos em eficiência no consumo de energia e na redução da pegada de carbono das operações e dos nossos produtos”, afirmou William. Estiveram presentes no evento o diretor de Processos Industriais e Produtos, Willian França, a diretora Executiva de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, Clarice Coppetti, o Diretor Executivo de Comercialização e Logística, Claudio Schlosser, a conselheira do Conselho de Administração da Petrobras, Rosângela Buzanelli, o prefeito de Duque de Caxias/RJ, Wilson Miguel dos Reis, e o secretário de Energia e Economia do Mar do Estado do Rio de Janeiro, Hugo Leal Melo da Silva, entre outras autoridades, representantes de empresas parceiras, de sindicatos, e lideranças comunitárias.

Novos consultores da Petrobras

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, elegeu novos consultores para assessorá-lo; profissionais experientes e renomados, que juntos, somam mais de 100 anos no segmento de petróleo e gás. São eles: Wagner Granja Victer, Engenheiro pela Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), bacharel em administração pela UERJ, pósgraduado em finanças pela FGV, e especialização Gerência de Projetos ( PIAM) pela Harvard University. Foi Secretário de Estado de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, durante 8 anos. Foi Conselheiro do CNPE. Presidente da Nova Cedae, por 8 anos, foi Presidente da FAETEC, e Secretário de Estado de Educação. De 2019 a 2023, foi o Diretor Geral da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). É Engenheiro de carreira da Petrobras.

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@ Marcelo Piu / Agência Petrobras

Dra. Sylvia Anjos, geóloga pela UFRJ, doutora pela Universidade de Illinois , diretora executiva da ABGP – Associação Brasileira dos Geólogos de Petróleo – especialista em Tecnologias Aplicadas e Transformação Digital na Indústria de O&G , trabalhou na Petrobras por mais de 20 anos. Recebeu um dos prêmios mais relevantes do mundo em sua área, o AAPG Distinguished Service Award, em 2017, oferecido pela American Association of Petroleum Geologists.

Alan Kardec, ex-presidente da Petrobras Biocombustível, trabalhou na companhia por 41 anos, com um currículo extenso na área de abastecimento e refino. Engenheiro Mecânico com Especialização em Engenharia de Equipamentos de Petróleo, na Petrobras. Gestão da Manutenção na Suécia. É certificado CAMA – Certified Asset Management Assessor. Foi Presidente da ABRAMAN e do seu Conselho Deliberativo e, atualmente, é membro do seu Conselho de Administração e Coordenador da Gestão de Ativos. Autor e coautor de 11 livros de Gestão Empresarial e de Manutenção. É professor em cursos de MBA da UFRJ, UFF e Fundação Gorceix.

Dow anuncia novo Diretor de Operações na América Latina

A Dow nomeou o executivo Greg Oliveira, como o novo Diretor de Operações para a América Latina. Nesta função, ele ficará responsável pela supervisão de todas as atividades de manufatura na região, e se reportará diretamente a John Sampson, Vice-Presidente Sênior de Operações. Greg seguirá desempenhando também o seu cargo, como Diretor de Operação do complexo industrial de Aratu, em Camaçari, na Bahia. “Estou muito feliz em assumir mais esse desafio na Dow, e quero contribuir para que nossas operações continuem sendo referência em qualidade, confiabilidade e segurança. Temos um time focado e comprometido, e estou ansioso para trabalhar com os líderes da região no aprimoramento contínuo dos nossos processos”, avalia Greg. Na Dow desde 2005, onde ingressou como estagiário, Greg Oliveira passou por diversas posições, até assumir seu cargo mais recente, em 2021. Sua primeira função

em tempo integral foi como Engenheiro de Melhoria na planta TDI de Camaçari, cargo que também exerceu na fábrica de Anilina de Boehlen, Alemanha, onde liderou o programa de reabilitação da unidade. Em 2013, ele assumiu a função de Cost Efficiency Program Manager para Poliuretanos e, em 2015, retornou ao Brasil, como Líder da fábrica e Líder de produção da planta do negócio automotivo da Dow, em Pindamonhangaba, São Paulo. No início de 2016, assumiu como Líder de Melhorias para a América Latina e, no final do mesmo ano, tornouse o Líder da unidade industrial de Jacareí, Brasil, com responsabilidades adicionais de líder de produção para as fábricas de Dow Coating Materials e Dow Microbial Control. Antes de assumir sua função atual, como Diretor do complexo de Aratu, Greg foi o líder de produção da planta de PMDI Freeport, nos Estados Unidos. O executivo é bacharel em Engenharia Química pela Universidade de Salvador, e concluiu seu MBA na HHL Leipzig Graduate School of Management, em 2015.

Nova Diretoria da PPSA

Tomaram posse os novos membros da Diretoria Executiva da Pré-Sal Petróleo (PPSA), eleitos (28/07) pelo Conselho de Administração da companhia.

A engenheira de produção Tabita Loureiro ocupa o cargo de Diretora-Técnica, em substituição a Cristiane Formosinho Conde. Tabita também irá atuar, neste primeiro momento, como presidente interina da empresa, em substituição a Eduardo Gerk, que estava à frente da PPSA, desde 2019. Tabita é formada em Engenharia de Produção pela UFF, pós-graduada em Engenharia de Petróleo pela PUC-Rio, e mestre em Engenharia Mecânica também pela PUC. Tem MBA em Gestão de Petróleo e Gás Natural pela Geneva Business School, e é especialista em regulação na Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), onde atuou como servidora pública, por 17 anos.

Evamar José dos Santos assume como Diretor de Gestão de Contratos, no lugar de Osmond Coelho Junior. Ele é formado em Administração pela FACE-FUMEC, e pós-graduado em Finanças e Contabilidade Pública pela FACE-UFMG. Tem 37 anos de serviços prestados na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, além de ter atuado em diversas outras funções, em comissões e cooperativas. No dia 10 de julho, foram eleitos, em Assembleia Geral Extraordinária, cinco novos membros para o Conselho de Administração da PPSA:

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Como presidente: Arthur Cerqueira Valério, indicado pelo Ministério de Minas e Energia. Ele é Advogado da União desde 2006, pós-graduado em Direito Público, mestre em Administração Pública pela FGV. Ex-consultor jurídico do Ministério dos Transportes, Exconsultor jurídico do Ministério das Cidades, Ex-consultor jurídico do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Ex-Consultor-Geral da União. Atual consultor jurídico do Ministério de Minas e Energia.

Como Conselheiros:

Guilherme Santos Mello, indicado pelo Ministério da Fazenda. Ele é graduado em Ciências Econômicas pela PUCSP, em 2006, e em Ciências Sociais pela USP, em 2008. Concluiu seu mestrado em Economia pela PUC-SP, em 2009, e o doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas, em 2013. Lecionou na PUC/SP, atuou como Professor Visitante em Faculdades de Campinas – FACAMP, e como Professor do Instituto de Economia da Unicamp – IE/UNICAMP, tendo coordenado o programa de pós-graduação em Desenvolvimento Econômico, e também pesquisas em diversas linhas, assim como exerceu a direção e administração do IE/UNICAMP. Em 2023, foi convidado para assumir a liderança da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Valder Ribeiro de Moura, indicado pela Casa Civil. Ele tem mais de 25 anos de experiência nas áreas de Contabilidade, Auditoria e Gestão Administrativa. Atualmente, é SecretárioExecutivo do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). Foi Diretor de Gestão da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Graduado em Contabilidade, Pós-graduado em Controladoria e Finanças, e em Direito e Gestão do Sistema S. Participa, pelo MIDR, de diversas instâncias colegiadas, como Conselho Fiscal da CODEVASF, Conselho Deliberativo da ABDI e Conselho de Administração da Suframa.

Renato Campos Galuppo, indicado pelo Ministério de Minas e Energia como membro independente. Ele é advogado com atuação destacada em direito eleitoral, direito penal econômico e direito civil. Atuou por 13 anos como assessor jurídico na Câmara dos Deputados. Pós-graduado em direito penal econômico pela Universidade de Coimbra, é membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP), do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e do Instituto de Ciências Penais (ICP).

No dia 27 de abril, já havia sido eleito Roberto Seara Machado Pojo Rego, indicado pelo Ministério de Economia. Ele é servidor público há 30 anos, formando em Ciência Política pela Universidade de Brasília, ingressou no Governo Federal, na carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental em 2004. Trabalhou no Ministério de Minas e Energia, na Secretaria de Relações Institucionais, no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e no Ministério de Desenvolvimento Social. Nos últimos 4 anos, já trabalhava na Secretaria de Gestão, onde coordenava diversos projetos, dentre eles o Programa de Gestão e Desempenho.

Ana Paula de Magalhaes Albuquerque Lima – Indicada pelo Ministério de Minas e Energia como membro independente. Servidora pública há 30 anos, iniciou a carreira no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, desempenhando funções de assessoramento na Procuradoria de Justiça. Exerceu o cargo de Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento, e ingressou na carreira efetiva de Analista Legislativo da Câmara dos Deputados em abril de 2002, atuando como assessora legislativa e de orçamento na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Também exerceu cargos públicos de direção no Poder Executivo Federal no Ministério do Turismo e na Secretaria de Governo da Presidência da República. Possui bacharelado e licenciatura em Psicologia, com pós-graduação em Orçamento Público e Processo Legislativo.

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Operações com PIGS

Introdução a Operação de Dutos

Gerenciamento de Risco

Conhecendo a Atividade Dutoviária

Geotecnia

Básico de Proteção Catódica para Dutos Terrestres

Básico de Stress Corrosion Cracking (SCC) em dutos

Projeto, Fabricação e Montagem de Dupla Calha

Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional de Sistemas Submarinos - SGSS

Construção e Montagem Dutos - Planejamento, Orçamentação e Implementação

Regulamento Técnico de Dutos Terrestres - RTDT

Programa de Gerenciamento da Integridade - PGI

Conceitos Básicos de Flow Assurance

Gestão da Integridade - Dutos Terrestres

Gestão da Integridade - Dutos Submarinos

CRM - Control Room Management

Projeto Mecânico - Dutos Terrestres

Projeto Mecânico - Dutos Submarino

Projeto Termo-hidráulico

Teste Hidrostático

Escoamento Multifásico

Comissionamento - Abandono

Inspeção de Dutos - Terrestres

Inspeção de Dutos - Submarinos

Inspeção e Manutenção de Faixa

Classe de Locação

PIGs Instrumentados

Correlação de Defeitos

Avaliação de Defeitos

Técnicas de Reparos Metálicos

Técnicas de Reparos Não-Metálicos

Contingência em Dutos

Corrosão Interna e Externa

Lançamento de Dutos Rígidos

Básico de Revestimento em Dutos

Soldagem

Medição estática de Dutos

Dutos na Distribuição de Gás Natural

Direito Imobiliário em Faixa de Dutos

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Novo PAC deve acelerar a consolidação de malhas logísticas multimodais

O governo federal deve lançar, no final de julho, o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê a retomada de obras paradas, a intensificação das que estão em andamento, e novos projetos, em algumas grandes áreas, em especial na de transportes, por meio de investimentos públicos e parcerias público-privadas (PPP).

No dia 10 de julho, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB) declarou que a sua pasta receberá 50% dos investimentos do novo PAC. Anunciada no começo de julho, a primeira etapa da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), na Bahia, é considerada a obra inicial do novo programa do governo. Além de outros investimentos em ferrovias, a expectativa é pelo anúncio de uma série de aportes em rodovias, portos, aeroportos e hidrovias.

“Uma nova onda de investimentos em infraestrutura de transportes é fundamental para ampliar a eficiência e a competitividade dos negócios”, afirma Pierre Jacquin, vice-presidente para a América Latina na project44, empresa provedora de tecnologias de visibilidade para a cadeia de suprimentos.

O Brasil possui apenas 28 mil km de ferrovias, enquanto os Estados Unidos e a China contam, respectivamente, com 150

mil e 100 mil km de trilhos instalados. Muitos portos trabalham quase no limite e com instalações antigas. E as hidrovias são exploradas no país em apenas um terço do seu potencial”, lembra o executivo.

Para Jacquin, o Novo PAC pode ser utilizado no sentido de fortalecer malhas de transportes multimodais, extremamente úteis, em um país com dimensões continentais e grande diversidade geomorfológica. “A maior integração entre modais é o caminho para reduzir os custos logísticos no mercado interno, que equivalem a 12,5% do PIB brasileiro, contra 10% do PIB europeu e 8% do PIB americano, por exemplo”, avalia Jacquin.

Se realmente se confirmar o lançamento do Novo PAC no final de julho, ele acontece antes da aprovação definitiva do novo arcabouço fiscal pela Câmara, previsto para agosto. E a previsão é de que o Orçamento da União tenha, em 2024, um piso para investimentos de cerca de R$ 70 bilhões (correspondendo a 0,6% do PIB). “Esperamos que o montante possa ser maior. E que o governo federal seja criterioso no uso dos recursos, além de articular muito bem, com estados e empresas, os projetos que sejam capazes de acelerar a movimentação de produtos no Brasil”, comenta Jacquin.

Importações ajudam a acelerar crescimento da indústria química no Brasil

As importações de produtos químicos têm ocupado cerca de 50% do mercado doméstico, desde 2021, aquecendo o setor de Indústrias Químicas no país. Além disso, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o setor pretende investir cerca de R$ 1,9 bilhão, em ações que deverão resultar na geração de empregos e inovações tecnológicas, até 2024. Conforme dados de crescimento e investimento na área, o especialista em comércio exterior e CEO da IDB do Brasil Trading, Erick Isoppo, prevê que o Brasil sairá da atual posição mundial (sétimo lugar), e alcançará a quinta posição, até 2024.

“O Brasil tem grande potencial econômico, ainda mais em um cenário pós-pandemia, em que há a tentativa de recuperação financeira de diversos segmentos. Tendo em vista essa crescente natural, mais os investimentos que estão sendo feitos, eu acredito que não vai ser difícil o nosso país subir duas posições no ranking mundial”, destaca Erick Isoppo.

O segmento de Indústria Química já gera cerca de 2 milhões de empregos diretos e indiretos, o que corresponde a

11% do PIB (Produto Interno Bruto), e ainda deve aumentar significativamente, até o próximo ano. Em maio de 2022, as importações de produtos químicos superaram os US$ 7 bilhões mensais, quase o dobro das mensais médias anteriores à Pandemia de Covid-19. Até setembro de 2022, as importações somaram recorde de US$ 62,5 bilhões, com aumento de 47,4% sobre igual período do ano anterior.

Fundada em 2006, a IDB do Brasil Trading é uma das maiores empresas de importação do sul do Brasil, localizada estrategicamente em Santa Catarina. Esse que é um dos principais polos de importação do país, oferece benefícios fiscais convalidados, além de excelente estrutura portuária e retroportuária. A IDB do Brasil assessora seus clientes de ponta a ponta, sob o propósito de crescer com qualidade, respeito às legislações nacionais e internacionais, bem como às características próprias e culturais de cada um. Com cerca de 100 clientes ativos, a empresa é uma parceira estratégica para grandes marcas do mundo, nacionais e internacionais, e está em constante expansão.

Jornal 12 no 392 Petro & Química
@Divulgação

Extensão de vida de usinas nucleares

No final de junho, a Engie e o governo belga assinaram um acordo intermediário, definindo os termos da extensão das unidades nucleares Doel 4 e Tihange 3. Este acordo visa a garantir uma distribuição equilibrada de riscos entre as duas partes, e eliminar incertezas quanto a futuras alterações nas disposições relacionadas com o tratamento de todos os resíduos nucleares. Baseia-se no acordo de princípio não vinculativo, assinado em 9 de janeiro de 2023, e define os seguintes termos:

• o compromisso de ambas as partes para reiniciar as unidades nucleares de Doel 4 e Tihange 3, já em novembro de 2026, ou, sujeito à implementação efetiva de um relaxamento anunciado dos regulamentos, já em novembro de 2025, com o objetivo de reforçar a segurança do abastecimento na Bélgica;

• o estabelecimento de uma estrutura jurídica dedicada às duas unidades nucleares alargadas, igualmente detidas pelo Estado belga e pela Engie, alinhando os interesses das duas partes, e garantindo a sustentabilidade dos compromissos de ambas as partes;

• um modelo de negócio da extensão com repartição equilibrada do risco, nomeadamente através de um mecanismo de contrato por diferença com incentivos ao operador industrial, para obter um desempenho técnico e econômico favorável nas fábricas;

• um acordo sobre o montante fixo de custos futuros, relacionados com o tratamento de resíduos nucleares, com base num novo cenário definido pela ONDRAF, abrangendo todos os reatores nucleares da Engie, na Bélgica, num montante total de € 15 bilhões. Este valor será pago em duas parcelas, uma no fechamento do primeiro semestre de 2024, para as categorias B e C, e uma segunda parcela no início da LTO (Operações de Longo Prazo), para a categoria A.

Existem três categorias de resíduos: categoria A, resíduos de baixa radioatividade, destinados ao armazenamento de superfície, e categorias B e C, altamente radioativos e destinados ao descarte geológico. Essas categorias são subdivididas em várias subdivisões de resíduos (~ 50 subdivisões no total).

Como resultado da transferência de todas as responsabilidades de resíduos nucleares para o governo belga, o grupo Engie não estará mais exposto à evolução

dos custos futuros, relacionados ao tratamento de resíduos, revisados a cada três anos pela Nuclear Provisions Commission (CPN). Em contrapartida, o Grupo reconhecerá o aumento dos seus compromissos ao abrigo deste acordo, como um gasto com impacto nos resultados não recorrentes do exercício de 2023, após o ajustamento das provisões nucleares, num montante de cerca de € 4,5 bilhões, antes de impostos. O Grupo antecipa um aumento da dívida líquida econômica da mesma ordem de grandeza.

A implementação deste acordo, condicionada à assinatura dos acordos definitivos previstos para o final de julho de 2023, não tem impacto no guidance da Engie para o médio prazo, apresentado em fevereiro de 2023, nem em termos de receita líquida recorrente, nem em termos de política de crédito, investimentos e dividendos. O acordo também prevê a remoção de restrições sobre certos ativos da Electrabel.

Catherine MacGregor, Diretora Executiva, disse: “Após vários meses de diálogo intenso e construtivo com o governo belga, estamos satisfeitos com a assinatura deste acordo, equilibrado para ambas as partes. Dá à Engie a visibilidade necessária sobre o montante total referente à gestão de resíduos nucleares, e reduz significativamente os riscos ligados à extensão das duas unidades. Este é um novo passo fundamental para a extensão de Doel 4 e Tihange 3, com a qual a Engie está totalmente comprometida e responsável.”

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Usina nuclear de Doel, na Bélgica @Reuters/Yves Herman @Divulgação

Cubo Maritime & Port concentra mais de 90% das startups brasileiras do setor

Após um ano de atuação, o Cubo Maritime & Port, hub focado em tornar as operações portuárias e o transporte aquaviário de carga mais eficientes, seguros e sustentáveis, apresenta avanços relevantes, como o dobro do número de startups que fazem parte da iniciativa, concentrando mais de 90% dos empreendedores tecnológicos do setor na América Latina, além de planos para expansão e internacionalização, por meio da atração de parceiros estratégicos e fomento à cultura de inovação, a partir dos próximos meses.

Criado pelo Cubo Itaú, Wilson Sons, Porto do Açu e Hidrovias do Brasil, desde seu lançamento, o hub disponibiliza executivos para mentorias com as startups, além de eventos focados em network, negócios e desenvolvimento de conhecimento.

Em termos de resultado para o fomento destes empreendedores tecnológicos, um levantamento realizado pela comunidade mostra que, no ano de 2022, as startups do hub faturaram mais de R$ 86 milhões, e receberam mais de R$ 25 milhões em aportes. A expectativa desses fundadores é de que, em 2023, com a participação no Cubo Maritime & Port, o faturamento cresça em média mais de 60%, em relação a 2022. Em relação à time e quantidade de clientes, a perspectiva é que as startups do hub cresçam em mais de 30%, em cada um destes quesitos.

No caso da Wilson Sons, a companhia fez, no final do ano passado, um aporte financeiro na Argonáutica, adquirindo participação minoritária na startup brasileira, que desenvolveu a tecnologia inovadora do “calado dinâmico” (otimiza a carga dos navios e a atracação nos terminais portuários). Em parceria com a Argonáutica, a Wilson Sons implantou o novo sistema operacional da sua Central de Operações de Rebocadores (COR), em Santos/SP. Com foco na eficiência, segurança e sustentabilidade das operações, o novo sistema, chamado de ArTeMIS, e desenvolvido pela Argonáutica, iniciou neste mês o monitoramento em tempo real da frota de 81 rebocadores da companhia, ao longo da costa brasileira. Uma das suas vantagens é a integração com fontes externas de dados, possibilitando checar as condições meteorológicas dos portos, como maré, corrente e vento.

A inovação aberta desempenha um papel fundamental para as empresas líderes no hub, pois, permite que elas abordem suas dores de negócio por meio de conexões estratégicas. Um exemplo notável é a Hidrovias do Brasil, empresa de soluções logísticas integradas, que aproveitou essa abordagem, ao lançar dez desafios ao longo deste período, resultando em conexões diretas com dezenove startups do Cubo. Dessas conexões, nove startups são provenientes do setor

marítimo e portuário. Atualmente, esses projetos estão na fase de design de soluções e implantação, como parte do processo de inovação. Essa abordagem reforça a importância da inovação aberta, ao impulsionar a eficiência e criar oportunidades para resolver desafios de negócio, de forma mais ampla e abrangente.

Algumas das tecnologias de interesse contemplam a gestão de tripulação inteligente, digitalização de ativos e rastreabilidade de barcaças, utilização de ferramenta digital para otimizar procedimentos, e processos diários realizados nas portarias, entre outras.

“Ficamos satisfeitos em compartilhar casos como esse, que nos mostram a importância de unir mentes especialistas em um setor, para movimentálo por meio da inovação. Startups e suas soluções têm muito a contribuir com grandes empresas, e o potencial de impacto dessas parcerias é imensurável”, afirma Paulo Costa, CEO do Cubo Itaú. Outro projeto relevante foi o lançamento do estudo inédito “Mapeamento de Startups Marítimas e Portuárias”, conduzido pela Wilson Sons, com o apoio do hub do Cubo Maritime & Port, que identificou 528 startups em todo o mundo, no setor marítimo e portuário, ou com soluções que atendam diretamente a demandas dessa indústria, distribuídas por 45 países, em cinco continentes. A pesquisa aponta que 214 das shiptechs mapeadas (mais de 40% do total) desenvolvem soluções com uso de Big Data & Analytics. E a Inteligência Artificial/Machine Learning, com 85 startups, fica em segundo, entre as principais tecnologias, à frente de Internet das Coisas (IoT), Sensores & Monitoramento (83).

“Lançamos este estudo ao mercado, pois, entendemos que transformações consistentes passam pela busca permanente de inovação, adoção de novas tecnologias, e pela cooperação com nossos stakeholders e a sociedade em geral. Vivemos um momento inédito do setor, em que as novas tecnologias permitirão tornar as operações nos portos e o transporte aquaviário de carga cada vez mais eficientes, seguros e sustentáveis”, diz o diretor de Transformação Digital da Wilson Sons, Eduardo Valença, acrescentando:

“Precisamos traduzir esse momento em ganhos de eficiência, promovendo o surgimento, o desenvolvimento e a proliferação de startups, com soluções de impacto para a nossa indústria”.

Já o Porto do Açu lançou seis desafios na plataforma de inovação, recebeu 24 propostas de startups, resultando em 11 conexões. Das conexões e relações diretas com startups, 6 provas de conceito (POCs) foram realizadas, e 2 já estão em fase de negociação. Alguns importantes projetos já avançaram. Um deles é o estu-

Jornal 14 no 392 Petro & Química
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Inteligência emocional, comunicação e empatia no setor energético

#SIMELASEXISTEM

O #simelasexistem é uma iniciativa colaborativa e voluntária criada por Agnes M. da Costa, Renata Beckert Isfer e Fernanda Delgado, inspiradas pelas lições aprendidas no programa "Women and Power: Leadership in a New World", da Harvard Kennedy School of Government.

Seu objetivo é pautar o discurso sobre diversidade e inclusão de gênero no setor de energia e mineração de forma positiva, exaltando as contribuições valiosas das competentes profissionais desses setores historicamente de predominância masculina.

Essas ações visam contribuir para que a cara do setor seja mais plural, para que as novas gerações de engenheiras, geólogas, economistas, advogadas, jornalistas e tantas outras profissionais de outras áreas identifiquem nesses setores um campo fértil para o desenvolvimento de suas carreiras, sem limites.

Trocando em miúdos, a ideia é criar um sentido de pertencimento às profissionais ou

futuras profissionais desses setores, demonstrando que elas também têm um setor para chamar de seu, além de viabilizar uma maior conexão entre essas mulheres, muitas vezes dispersas nas empresas, nas associações, no setor público...

Neste sentido, o #simelasexistem tem promovido um programa de mentoria feminina (EMPODEREC), podcasts, webinars, além de uma coluna na epbr dedicada a publicar artigos redigidos pelas experts setoriais. Mas sua natureza colaborativa faz com que o potencial de atuação do #simelasexistem seja quase ilimitado.

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do de navegabilidade em lama fluida e calado dinâmico, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, Microars Engenharia e a startup do hub Argonáutica. A iniciativa prevê uma discussão técnica setorial sobre aprimoramento dos processos de gestão da navegação e dragagem, importantes processos para o setor portuário. Além disso, o porto conta com um projeto de gêmeos digitais, com a startup PhDsoft, e de soluções de alertas meteoceanográficos, com a i4sea e uso de imagens de satélite para monitoramento com a Cyan. Juntas, essas startups estão trabalhando numa solução integrada, para novos sistemas de monitoramento para o porto.

Visando a estimular a inovação nas operações do Açu, e contribuir com a promoção do ecossistema, o porto desenvolveu, no último ano, o programa de pesquisa, desenvolvimento e inovação Cais Açu Lab – Coletivo de Ações em Inovação e Sustentabilidade – que tem como objetivo transformar o Porto do Açu em uma plataforma de inovação, promovendo eficiência e resiliência das operações portuárias, marítimas e industriais, aumentando competitividade, e contribuindo para

o desenvolvimento econômico local no norte do estado do Rio de Janeiro.

A iniciativa quer expandir sua atuação e atrair parceiros de outros países. Como parte da estratégia global de expansão, o Cubo Maritime & Port fechou uma parceria informal com o PIER71, com sede em Singapura. Desde 2018, o PIER71 desenvolve um ecossistema vibrante de startups marítimas, com uma forte reputação internacional em Singapura. A Enterprise Singapore, agência que fica sob o Ministério do Comércio e Indústria de Singapura, responsável por promover a internacionalização e expansão para outros continentes, irá coordenar a busca de startups para esses desafios, e dar apoio às startups no mercado brasileiro. Outra iniciativa planejada é a organização de conexões B2B e oportunidades de network, desenvolvimento de ideias e troca de conhecimento entre os empreendedores de ambos os países.

Seguindo o movimento de outros setores, o Cubo Maritime & Port deve lançar um projeto voltado ao desenvolvimento de startups, focando em questões ESG e um dos focos deve ser a descarbonização.

Nomes das empresas resultantes da separação do Grupo Solvay

O Grupo Solvay anunciou os nomes das futuras empresas independentes de capital aberto, que resultarão de sua separação tecnológica em dois líderes do setor: SOLVAY e SYENSQO. Os nomes entrarão em vigor após a conclusão da separação introdutória do Grupo Solvay, que deve ocorrer em dezembro de 2023, após o cumprimento das condições de regulamentação regulamentar.

O CEO da Solvay, Ilham Kadri, solicitou a decisão da empresa. “A Solvay tem um legado de 160 anos, que será transmitido para as próximas gerações, e os nomes de nossas novas empresas refletem isso perfeitamente. A SOLVAY criará e fornecerá soluções fundamentais em habitação, saúde, nutrição e mobilidade, que atendem às necessidades básicas da humanidade. A SYENSQO será uma companhia de pesquisador, que iniciará as descobertas que planejaram a humanidade avançar, e da SYENSQO.”

A SOLVAY, novo nome da EssentialCo, continua o legado de dominar os elementos essenciais para um mundo sustentável. Ela está ligada aos seus fundadores, que dominaram o processo de carbonato de sódio, ao alcançar um avanço tecnológico que possibilitou muitas outras inovações revolucionárias, e foi um grande passo, em termos de sustentabilidade. Ela se concentrará em fornecer à sociedade e às próximas gerações soluções que atendam as suas necessidades mais essenciais, como purificar o ar que respiramos e a água que bebemos, preservar nossos alimentos, proteger nossa saúde e bem-estar, criar roupas ecologicamente corretas, tornar os pneus de nossos carros mais bonitos, e limpar e proteger nossas casas. E contemplará os principais negócios de monotecnologia, incluindo Soda Ash, Peroxides, Silica, Coatis e Special Chem, que gerarão aproximadamente € 5,6 bilhões em vendas líquidas, em 2022. A empresa fornecerá tecnologias comprovadamente essenciais, em vários mercados atraentes e mercados finais resilientes, e se beneficiará de sua posição de liderança em número um desses segmentos.

A SYENSQO, novo nome da SpecialtyCo, será uma empresa com base na ciência de pesquisador, que busca perspectivas inesperadas, possibilitam inovações revolucionárias, e exploram o futuro da ciência. Ela tem uma forte conexão com a história da ciência da Solvay a serviço da humanidade, como as Conferências Solvay de Física e Química. Os detalhes do nome são os seguintes: “SY” remete a primeira e última letras em Solvay; “EN” é uma homenagem a Ernest Solvay. Então, “SYENS” refere-se à herança científica da Solvay, que remonta a 1911, quando seu fundador, Ernest Solvay, reuniu 24 das mentes científicas mais brilhantes do mundo – incluindo Albert Einstein e Marie Curie – para a primeira Conferência Solvay. De fato, o impacto foi tão profundo que o Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco decidiu inscrever os arquivos das Conferências Solvay de Física e Química, em seu Registro da Memória do Mundo. “Q” destaca esta mesma conferência de 1911, que criou a base para a Física Quântica e lançou uma das maiores jornadas científicas de todos os tempos, que ainda hoje alimenta a inovação de ponta na indústria; “QO” refere-se à empresa.

A SYENSQO conseguiu um papel fundamental no futuro da mobilidade limpa, tornando possível a próxima geração de baterias para veículos elétricos, promovendo o hidrogênio verde e os compostos termoplásticos. Ela projeta avanços em soluções de base biológica, ingredientes naturais, soluções circulares e muito mais. A SYENSQO incluirá os negócios inovadores Specialty Polymers, Composites, Novecare, Aroma, Technology Solutions, Oil & Gas, bem como as quatro plataformas de crescimento em baterias, hidrogênio verde, compostos termoplásticos e materiais renováveis e biotecnologia. Os negócios da SYENSQO geraram aproximadamente € 7,9 bilhões em vendas líquidas, em 2022.

A Solvay continua a fornecer atualizações regulares sobre a separação, por meio de uma seção dedicada do seu site, fornecendo informações contínuas sobre este importante projeto.

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Abiquim participa de encontro, com Geraldo Alckmin, sobre oferta de gás natural

Gás natural como um dos elementos principais para a neoindustrialização do país, foi tema do debate em encontro, realizado em Brasília, entre o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, Abiquim, Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – e Findes – Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo.

Entre os temas abordados no encontro se destacaram a produção do gás natural, a partir do Pré-sal brasileiro, sobretudo como ele pode contribuir com o crescimento econômico e a expansão da indústria nacional; oportunidade de reduzir pela metade o volume que atualmente é reinjetado; investimentos em infraestrutura; preço; e redução da dependência brasileira por fertilizantes e metanol.

Segundo Fátima Giovanna Coviello Ferreira,

diretora de Economia e Estatística da Abiquim, o país precisa pensar, sobretudo, em como crescer de forma sustentada, especialmente nos segmentos em que há vocação natural e vantagens comparativas, além do enorme mercado. Apesar do cenário ruim dos últimos anos, uma oportunidade de transformar esse cenário está refletida no programa ‘Gás para Empregar’, anunciado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O quanto antes avançar, ele pode tornar o Brasil mais competitivo, atraindo investimentos que estão, há tempos, represados, ajudando na reindustrialização do País, na criação de novos empregos e de receitas tributárias. Garantia de energia e matéria-prima são os principais fatores para atração de investimento na química, e o Brasil pode oferecer essas possibilidades, ressalta.

Instituto Brasileiro do PVC divulga análise de desempenho do mercado

O Instituto Brasileiro do PVC passa a divulgar, anualmente, a análise de desempenho do mercado brasileiro, e acompanhamento de indicadores setoriais da cadeia produtiva de PVC. Este trabalho, realizado em parceria com a MaxiQuim, consultoria especializada no segmento industrial químico e de plásticos, passa a estabelecer um acompanhamento periódico do desempenho do mercado brasileiro de PVC. O objetivo é ampliar o conhecimento dobre a cadeia de valor do material, no âmbito do Instituto Brasileiro do PVC.

“Essa análise do histórico anual dos indicadores da cadeia produtiva agrega conhecimento ao arcabouço de informações que o Instituto vem reunindo, no intuito de ser a principal referência, quando o assunto é PVC no Brasil”, afirma Alexandre de Castro, presidente do Instituto Brasileiro do PVC.

O trabalho mostra que a capacidade produtiva de PVC no Brasil, há mais de cinco anos, se mantém em 1.009 mil toneladas/ano, sendo que, em 2022, o nível operacional médio de resina PVC era de 72%, ante 68%, em 2021.

A produção de PVC virgem cresceu 5,5%, de 2022 (722 mil toneladas), frente a 2021 (684 mil

toneladas). A análise aponta que a produção de PVC reciclado se manteve em aproximadamente 3% do total: 23 mil toneladas, em 2022, e 24 mil toneladas, em 2021.

A análise também aponta para a balança comercial deficitária em 2022, com importações de 330 mil toneladas, e exportações de 28 mil toneladas. No ano anterior, as importações foram de 571 mil toneladas, e as exportações de 34 mil toneladas.

O consumo aparente (que representa a soma da produção de PVC virgem com importação, subtraindo as exportações) resultou em 1.024 mil toneladas em 2022, ante 1.221 mil toneladas, em 2021.

Do consumo aparente de PVC de 2022, 62% foram destinados à construção civil, 9% à infraestrutura, 6% a calçados, 6% ao setor agro, 4% para transportes, 3% para o segmento automobilístico, 3% para alimentos, 2% ao setor industrial, 2% ao médico-hospitalar, 2% aos segmentos de higiene, limpeza e fármaco e 1% para outros. E esse consumo aparente foi distribuído da seguinte forma pelo Brasil: 48% para o Sudeste, 28% Sul, 13% Nordeste, 6% Norte e 5% Centro-Oeste.

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Citrosuco anuncia parceria para gestão logística portuária

A Citrosuco adota a plataforma de gerenciamento de cronograma e estoque Cargo Value, da Klaveness Digital, especializada em fornecimento de ferramentas para gestão de cadeia logística portuária. O objetivo é ampliar práticas sustentáveis na sua cadeia logística, por meio de informações apuradas em tempo real.

A plataforma CargoValue permite planejar e gerenciar com eficiência todo o cronograma de envio e estoque, em uma solução unificada. O resultado é uma única fonte de informação, desde o planejamento até a produção, permitindo que a empresa reduza riscos e custos. A Citrosuco atualmente possui 5 terminais marítimos, localizados em: Santos (BR), Wilmington (EUA), Gent (Bélgica), Toy hashi (Japão) e Newcastle (Austrália), e também possui 5 navios dedicados e 1 multicargo.

A adoção da plataforma da CargoValue pela Citrosuco reitera sua posição na indústria global de citros, e dedicação da empresa em se manter atualizada com as tendências e tecnologias do setor. A solução permite que a Citrosuco não apenas reduza os custos operacionais, mas também minimize sua pegada am-

biental, identificando oportunidades para práticas de transporte e armazenamento mais sustentáveis, que contribuam com seus compromissos na redução de emissões de CO₂.

A parceria com a CargoValue é um exemplo do compromisso com a melhoria contínua e a inovação em nossas operações. “Ao adotar a solução avançada de gestão da cadeia de suprimentos da CargoValue, podemos tomar decisões baseadas em dados, e otimizar nossa logística, permitindo que entreguemos nossos produtos de suco de laranja de alta qualidade aos consumidores em todo o mundo, com mais eficiência”, comenta.

“Ao incorporar a solução de ponta de gestão da cadeia logística da CargoValue em suas operações, a Citrosuco demonstra sua abordagem inovadora e compromisso com a excelência”, disse Aleksander Stensby, CEO da Klaveness Digital. “Estamos entusiasmados com a parceria com a Citrosuco, para ajudá-los a alcançar maior eficiência, economia de custos e sustentabilidade, em sua cadeia de suprimentos global”.

Projeto piloto de hidrogênio verde da Sinopec já está em operação

A China Petroleum & Chemical Corporation (Sinpoec) anunciou que o Projeto Piloto de Hidrogênio Verde (Projeto), construído pela empresa na cidade de Kuqa (prefeitura de Aksu, Região Autônoma de Xinjiang Uygur), já entrou em operação. A inauguração oficial da usina, que utiliza energia solar para gerar hidrogênio verde, representa um grande avanço na exploração tecnológica da Sinopec para produzir hidrogênio limpo, capacitando o país a transitar para um sistema de energia mais verde e sustentável.

Liderado pela New Star, uma subsidiária da Sinopec, este megaprojeto é o maior projeto de energia solar-para-hidrogênio do mundo, sendo também o primeiro empreendimento desse tipo na China. O projeto está equipado com um sistema de geração de energia fotovoltaica, e linhas de transmissão e transformação de energia, possuindo também instalações para produção de hidrogênio por eletrólise de água, armazenamento e transporte de hidrogênio, e produção auxiliar.

O hidrogênio verde é produzido em instalações alimentadas por fontes de energia renovável, como energia solar e eólica, minimizando a pegada de carbono em todo o processo de produção. Explorando a riqueza dos recursos fotovoltaicos de Kuqa para produzir 20.000 toneladas de hidrogênio verde por ano, o projeto utiliza energia solar para eletrolisar a água, possuindo também a capacidade de armazenar 210.000

metros cúbicos de hidrogênio, e transportar 28.000 metros cúbicos por hora.

Como um projeto de demonstração que permitirá traçar um novo caminho para o refino de hidrogênio sustentável, e criar um modelo exemplar para a produção de hidrogênio verde na China, o empreendimento fornecerá hidrogênio para a Tahe Refining & Chemical (uma empresa da Sinopec), com o objetivo de substituir a eletricidade à base de combustíveis fósseis, que é utilizada para a produção de hidrogênio, o que deverá eliminar 485.000 toneladas de emissões de dióxido de carbono, por ano.

Focada no transporte movido a hidrogênio e no refino de hidrogênio verde, a Sinopec tem como objetivo tornar-se em uma nova potência energética, e uma pioneira na produção de hidrogênio em território chinês, ajudando o país (e não só) a atingir suas metas hipocarbônicas nos próximos anos. Com uma capacidade anual de produção e utilização de hidrogênio superior a 4,5 milhões de toneladas, e desenvolvida pela própria Sinopec em uma escala de megawatts, a estação de produção de hidrogênio por eletrólise PEM (membrana de troca de prótons) já entrou em operação. Seu primeiro projeto de demonstração na Região Autônoma da Mongólia Interior, que deverá produzir 30.000 toneladas de hidrogênio por ano, foi lançado em 2023.

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Parceria entre Vibra, EZVolt e Prefeitura do Rio de Janeiro garante a implantação de rede pública de eletropostos

A startup de eletromobilidade EZVolt, que compõe o portfólio de energias renováveis da Vibra, foi uma das empresas que tiveram o projeto aprovado para o Sandbox.Rio, implementado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação. A startup irá instalar uma rede de eletropostos para a recarga de veículos elétricos, em pontos mapeados na cidade. A EZVolt foi selecionada depois de uma chamada pública por projetos que buscavam serviços inovadores para a cidade, e que ainda não se enquadravam nas regras vigentes. Com o Sandbox regulatório, estas soluções poderão ser testadas no Rio, através de autorização concedida pelo município, e em um ambiente controlado.

“Sandboxs são modelos de sucesso em outros países, e uma forma de trazer novas tecnologias, um ambiente de inovação para a cidade, um caminho para tornar o Rio uma smartcity. Inovação é um dos pilares de negócio da Vibra, e estar neste projeto, junto com a Prefeitura e a nossa investida EZVolt, corrobora com o nosso movimento em energias renováveis, e a nossa missão de levar novas fontes energéticas para os nossos clientes. Vamos juntos transformar o Rio”, afirma Vanessa Gordilho, vice-presidente de negócios e marketing da Vibra.

O projeto prevê a instalação de oito postos de recarga ultrarrápida e rápida, com diferente número de vagas – entre uma e quatro –, espalhados por bairros da cidade. O estudo dos locais que receberão os pontos está na fase final, e busca áreas com maior potencial de recarga de veículos. Os eletropostos poderão atender, não apenas usuários de carros híbridos e elétricos, moradores locais ou turistas, mas também frotas logísticas e carros de aplicativos.

“É muito bom ver que a Cidade do Rio de Janeiro está se tornando um HUB de inovação e ESG, com cada vez mais iniciativas visando à sustentabilidade. Arrisco-me a dizer que esta iniciativa de trazer uma rede de recarga de veículos elétricos em locais públicos é a primeira desse porte, no Brasil. Isso permitirá a rápida expansão da eletromobilidade na cidade, uma vez que a maior barreira à adoção de elétricos é justamente a carência de pontos de recarga”, destaca Gustavo Tannure, CEO da EZVolt (no centro da foto).

A Prefeitura do Rio lançou o Sandbox.Rio, uma espécie de incubadora regulatória, para testar produtos, serviços e processos inovadores, que podem trazer inovações e benefícios para a população carioca e para a cidade do Rio. Desde o ano passado, a Prefeitura tem à sua disposição um instrumento de suporte à inovação e ao desenvolvimento econômico local que, a partir dos dados coletados ao longo da experiência, viabiliza o aperfeiçoamento de um marco regulatório mais receptivo às novas tecnologias. Também estimula a concepção

de políticas públicas mais alinhadas à inovação no Rio, que se firma como uma cidade inteligente, modelo no Brasil.

“O Sandbox.Rio é a possibilidade, com segurança jurídica, para a população e empresas testarem novos serviços inovadores, que possam ser implementados na cidade. Queremos ser a capital da inovação no país, e aqui tem de ser o melhor lugar para que as empresas possam testar, corrigir e aprender, além de termos uma regulamentação melhor sobre as inovações inevitáveis que a cidade vai receber. É um projeto inovador, que vai impactar a cidade agora, mas deixa também um legado a médio e longo prazos. O Sandbox.Rio é o primeiro projeto do tipo no país, e temos muito orgulho de sairmos na frente mais uma vez”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Chicão Bulhões (à esquerda na foto).

Com ações em diversas frentes, a Vibra e a EZVolt se têm consolidado na liderança do mercado de recargas de veículos elétricos, no conceito “charge as a service”. A startup foi a primeira investida da companhia por meio do Vibra co.lab, seu HUB de Inovação. Os postos 100% elétricos fazem parte da estratégia da companhia de oferecer recarga elétrica para seus clientes, sejam eles pessoas físicas ou empresas. Hoje a EZVolt opera em 13 estados do Brasil, atuando no mercado B2B, onde presta serviço para as frotas das maiores empresas do país, e no mercado B2C, com seus eletropostos em condomínios residenciais, empresariais e estabelecimentos comerciais. Em sua rede própria de eletro postos, localizados nos Postos Petrobras, hoje com sete unidades, os clientes podem fazer a recarga com experiência integrada e energia de fonte renovável, em linha com a estratégia da Vibra. Com isso, a companhia ratifica sua atuação nas recargas B2B e B2C, ressaltando seu objetivo de ter a maior e mais robusta rede de recarga elétrica conectada do país. O objetivo da Vibra é ser o principal provedor de soluções de recarga e suprimento de energia do Brasil, por meio de uma rede de recarga pública robusta, disponível e conectada.

Jornal 20 no 392 Petro & Química
@Fabio Motta/Divulgação

O CEO do Grupo BBF (Brasil BioFuels), Milton Steagall, defendeu o potencial da produção de óleo de palma na região amazônica para a geração, principalmente, de biocombustíveis e energia elétrica renovável. Ele participou do 22º Fórum Empresarial LIDE, realizado no Rio de Janeiro.

Steagall reforçou a importância da geração de emprego e renda para a população da região amazônica, localidade em que sua empresa está instalada, e como a palma de óleo pode transformar a realidade social da população local.

“ Temos 31 milhões de hectares na região amazônica desmatados, até dezembro de 2007, e disponíveis para a cultura da palma de óleo. Isso significa geração de emprego e renda. Precisamos dar dignidade para os amazônidas, pessoas que precisam de ocupação ”, afirmou durante participação no painel “A nova realidade do agronegócio brasileiro”.

A geração de emprego e renda na região amazônica também foi um ponto, levantado no painel pelo governador do Estado do Acre, Gladson Cameli. “ Quando se fala da região Norte, muito se fala das nossas florestas. Mas também precisamos lembrar-nos dos 30 milhões de amazônidas, pessoas que vivem na região, e precisam trabalhar ”, afirmou.

O 22º Fórum Empresarial LIDE reuniu, na capital fluminense, as maiores empresas do país e autoridades públicas, para uma agenda nacional de debate sobre desenvolvimento socioeconômico, gestão, políticas públicas e sustentabilidade.

O cultivo da palma de óleo segue uma das legislações mais rígidas do mundo, o Zoneamento Agroambiental da Palma, aprovado em 2010. Segundo o decreto nº 7172 do Governo Federal, a cultura só pode ser cultivada em áreas degradadas pelo desmatamento até dezembro de 2007. Hoje, 31 milhões de hectares estão nesta situação na região amazônica, em áreas identificadas após robusto estudo, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Apenas 200 mil hectares, porém, são efetivamente utilizados no país para esta finalidade.

“ Quando eu fui em 2008 no gabinete do então mi-

nistro da Agricultura pedir o zoneamento da palma no Brasil, ele me disse que essa cultura era insignificante no país. Respondi que poderíamos ser líderes, se o Estado apoiasse. Conseguimos que, em 2010, fosse aprovado o Zoneamento Agroambiental da Palma. Hoje, a agricultura no Brasil ocupa um espaço de 72 milhões de hectares. Temos 31 milhões de hectares desmatados e disponíveis para a cultura da palma. Isso mostra seu enorme potencial, e significa geração de renda ”, afirmou.

Por conta de suas características, o cultivo da palma de óleo não pode ser mecanizado, o que resulta em uma grande geração de emprego. Além disso, o Grupo BBF, segundo Steagall, para driblar questões relacionadas à infraestrutura e logística, utiliza como solução o consumo doméstico do óleo de palma para geração de biocombustível, com a substituição do diesel fóssil das termelétricas que já existiam dentro do sistema isolado de energia da Amazônia.

Segundo ele, isso gera ainda mais postos de trabalho. Para se ter uma ideia, hoje, mais de 140 mil famílias são abastecidas com energia gerada a partir de óleo de palma pela BBF, em áreas isoladas da Amazônia. “ Temos hoje mais de 7 mil funcionários, nos cinco estados do Norte em que atuamos. Somos a empresa que mais emprega em Roraima, por exemplo ”, afirmou Steagall. Outros 18 mil empregos indiretos são gerados pela companhia, que prevê dobrar em dois anos o número de colaboradores.

O painel “A nova realidade do agronegócio brasileiro” contou com a participação de Ronaldo Caiado, governador de Goiás; Mauro Mendes, governador do Mato Grosso; Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul; Gladson Cameli, governador do Acre; Ingo Ploger, vicepresidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Antonio Carrere, presidente da John Deere América Latina; Mario Mantovani, diretor da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA); e Luiz Lourenço, presidente do conselho de administração da COCAMAR. O painel contou ainda com a moderação do jornalista e presidente do LIDE Conteúdo, Carlos José Marques; e do presidente do LIDE Agronegócios, Francisco Matturro.

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@ Freddy Uehara e Bruno Kawata/LIDE
CEO do Grupo BBF defende óleo de palma na região amazônica

Pacto Global da ONU no Brasil lança GT de Negócios Oceânicos para impulsionar a descarbonização de portos e transportes marítimos

O Pacto Global da ONU no Brasil lançou, na Casa Firjan, no Rio de Janeiro, o Grupo de Trabalho de Negócios Oceânicos, o primeiro hub corporativo do país, com o objetivo de impulsionar a transição energética dos portos e transporte marítimo, com o apoio do Porto do Açu. O objetivo da iniciativa é mapear cenários nacionais e internacionais sobre transição energética e descarbonização dos setores marítimo e portuário, e endereçar as oportunidades e desafios para o Brasil. O trabalho faz parte da agenda da Ocean Stewardship Coalition, conduzida pelo time de oceano do Pacto Global, baseado na Noruega, e será gerenciado pela Rede Brasil. O grupo já nasce com mais de 30 empresas inscritas para participar.

O pré-levantamento, realizado pelo Pacto Global da ONU no Brasil para dar início ao GT, aponta que nenhum porto do país, dentre os avaliados, tem estrutura pronta para combustíveis alternativos. Somente dois estão construindo essas estruturas, com o objetivo de receber embarcações movidas a biometano, amônia, biogás e hidrogênio verde. O mesmo levantamento aponta que 91% dos portos avaliados não dispõem de campanhas de incentivo para redução de emissões gerados pelo transporte marítimo, e cerca de 67% não possuem metas relacionadas a eficiência energética e descarbonização.

“O transporte marítimo e as operações dos portos são fundamentais na jornada rumo ao carbono zero. Nosso país tem uma vocação natural para ser líder dessa nova economia. Mas é preciso termos uma atitude proativa para tornar essa vantagem comparativa em vantagem competitiva. O Brasil precisa acelerar a descarbonização nesse setor. Dentro do Pacto Global, temos criado ações setoriais, com ótimos resultados, e estamos fazendo isso de novo com o Grupo de Trabalho de Negócios Oceânicos, o primeiro do tipo já criado. Esperamos que empresas de diversos setores, que dependem do transporte marítimo e dos portos, também estejam com a gente, além de entidades governamentais. Essa união é decisiva para o resultado que todas as pessoas esperam, que é combater de fato as mudanças climáticas”, afirma Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil.

Como estratégia da Plataforma de Ação pela Água e a Plataforma do Clima, do Pacto Global da ONU, os trabalhos do GT serão concentrados com as empresas participantes da rede brasileira da iniciativa. Atualmente, no mundo, o setor de navegação responde por cerca de 80% do volume do comércio

global, e é responsável por aproximadamente 3% das emissões globais de GEE.

Os estados membros da Organização Marítima Internacional (IMO) concordaram recentemente em atingir emissões líquidas de emissões zero por volta de 2050, com redução de emissões totais em 20% a 30%, até 2030, e entre 70% e 80%, até 2040.

“Os portos desempenham um importante papel para atingir as metas globais de descarbonização, fornecendo a infraestrutura necessária para produção e armazenamento de combustíveis alternativos, bem como para o abastecimento da frota marítima. Nossa visão é de que o Porto do Açu possa contribuir diretamente para a transição energética, sobretudo considerando o potencial do Brasil em assumir a vanguarda neste processo. E esse futuro só poderá ser construído por meio de integração entre os diversos players, o que traz à tona a relevância deste grupo de trabalho para o nosso país”, destaca José Firmo, CEO da Porto do Açu Operações.

O GT pretende criar business cases sobre transição energética nos mares brasileiros. Os membros não são apenas de empresas do setor marítimo, mas de quaisquer empresas participantes do Pacto Global da ONU no Brasil, e que se beneficiam ou podem se beneficiar dele. O Grupo de Trabalho deve ter empresas do setor de óleo e gás, mineração, grandes exportadores da agricultura, empresas logísticas, portos, dentre outros.

Além das companhias participantes, o evento de lançamento contou com as presenças de Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil; Hugo Leal, secretário de Estado de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro; José Firmo, CEO do Porto Açu; Luiz Césio Caetano, Vice-Presidente da Firjan; Eduardo Nery, Diretor-Geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ); Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior, coordenador para Desenvolvimento de Negócios e Relações Institucionais do Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro, e ex-comandante da Marinha; David Zee, oceanógrafo e professor adjunto da faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Rubens Filho, Gerente Plataforma de Ação pela Água e Oceano do Pacto Global da ONU no Brasil; Karan Sawhney, Gerente Sênior de Projetos da Ocean Stewardship Coalition; Patrícia Furtado, CEO da Acqua Mater; e Fernanda Sossai, Gerente Geral de Desenvolvimento Portuário e ESG do Porto do Açu.

Jornal 22 no 392 Petro & Química
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O Grupo de Trabalho do Programa Gás para Empregar realizou a primeira reunião, no Ministério de Minas e Energia (MME), e aprovou diretrizes e metodologias do GT, que tem como objetivo a elaboração de estudos visando a aumentar a oferta de gás natural da União no mercado brasileiro. A nova política prevê a atração de R$ 94 bilhões em investimentos, e a geração de 342 mil empregos.

O colegiado foi instituído em março deste ano, durante a primeira reunião do CNPE – Conselho Nacional de Política Energética, que contou com a presença do presidente Lula. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destaca a importância do programa para o desenvolvimento da economia e a reindustrialização do país.

“ O Programa Gás Para Empregar vai aumentar a oferta de gás natural, estimular a criação de infraestrutura de escoamento e transporte, bem como viabilizar sua utilização como matéria-prima para a indústria de fertilizantes, química, assim como a geração de energia. É um programa que visa ao processo de reindustrialização nacional, através do gás. Uma política bem elaborada e efetiva de aumento do fornecimento de gás natural tem potencial de elevação do emprego, renda e segurança energética, e alimentar, para a nossa população ”, afirmou o ministro.

Segundo dados da EPE – Empresa de Pesquisa Energética –, o Brasil receberá R$ 94 bilhões em investimentos do setor privado, com alocações em unidades de fertilizantes no valor aproximado de R$ 39 bilhões, unidades de processamento de gás e rotas de escoamento, com cerca de R$ 15 bilhões para cada segmento e, ainda, R$ 25 bilhões para gasodutos de transportes. A previsão é de

que sejam criados 342 mil postos de empregos, segundo a empresa.

A reunião inaugural do grupo contou com a participação de representantes de todos os 14 órgãos e entidades públicas que compõem o GT. Durante o encontro, foi aprovada a criação de cinco comitês temáticos interministeriais, que vão discutir e elaborar propostas para o desenvolvimento das ações. São eles: Disponibilidade do Gás Natural (GN); Acesso ao mercado de Gás Natural (GN); Modelo de Comercialização de gás natural da União; Gás para o setor produtivo; e Papel do GN na Transição Energética.

Dentre os objetivos do GT e dos comitês temáticos, estão, aumentar a disponibilidade de gás natural para o mercado nacional; avaliar medidas para redução dos volumes reinjetados, além do tecnicamente necessário; aumentar o número de ofertantes de gás natural no mercado doméstico; aumentar a oferta de gás natural da União no mercado doméstico. O grupo visa também a aumentar a disponibilidade de gás natural para os setores produtivos (como a produção nacional de fertilizantes nitrogenados, produtos petroquímicos e outros), reduzindo a dependência externa de insumos para as cadeias produtivas nacionais; e identificar estratégias e mecanismos para alinhamento à transição energética dos esforços de desenvolvimento do mercado de gás natural, e investimentos relacionados.

As reuniões da coordenação do GT serão realizadas a cada 15 dias, enquanto as de cada um dos comitês serão semanais. Elas devem ocorrer até 9 de novembro, com possibilidade de prorrogação dos trabalhos por mais 120 dias, caso necessário.

Jornal no 392 Petro & Química 23
GT do Gás para Empregar realiza primeira reunião e prevê atrair R$ 94 bilhões em investimentos

Prêmio Abradee 2023 de melhor distribuidora

Duas distribuidoras da Neoenergia brilharam, na 25ª edição do Prêmio da Abradee – Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica – um dos principais reconhecimentos do setor elétrico brasileiro. A Neoenergia Cosern, que fornece energia para 1,5 milhão de clientes, no Rio Grande do Norte, conquistou o título de melhor distribuidora do Brasil, da região Nordeste e em Gestão Operacional. Já a Neoenergia Elektro, responsável pela distribuição para 2,9 milhões de consumidores, em parte dos estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, ganhou como a melhor concessionária do Sudeste, e nas categorias Qualidade da Gestão e Evolução de Desempenho.

As duas concessionárias também foram classificadas em outras categorias do Prêmio Abradee 2023. A Neoenergia Elektro obteve o segundo lugar na premiação nacional, e a terceira posição, em Gestão Operacional. A Neoenergia Cosern foi a segunda colocada em Qualidade da Gestão.

A premiação incentiva as melhores práticas entre as distribuidoras de energia, que são divididas em duas categorias: abaixo e acima de 500 mil consumidores. O resultado foi divulgado no Clube Naval de Brasília (DF).

“Tenho um imenso orgulho de receber todas essas premiações. É a Neoenergia fazendo história no Prêmio Abradee 2023. Essa conquista representa o reconhecimento do esforço e da dedicação de todo o nosso time, que leva energia de qualidade para o estado do Rio Grande do Norte”, afirma

Fabiana Lopes, Diretora-presidente da Neoenergia Cosern.

“Estou muito orgulhoso. Isso comprova que estamos no caminho certo, sempre em busca da excelência na prestação dos nossos serviços, colocando o cliente em primeiro lugar, e tendo a segurança como base das nossas ações”, destaca Antônio Casanova, diretor-presidente da Neoenergia Elektro.

“Essa conquista mostra a dedicação de todas as equipes. É um reconhecimento que reflete nosso empenho diário. Todos da Neoenergia contribuíram para esse grande resultado”, afirmou Fulvio Machado, Diretor de Negócios de Redes da Neoenergia.

A Neoenergia Pernambuco, que distribui energia para cerca de 4 milhões de clientes, em 184 municípios pernambucanos e para Fernando de Noronha, concorreu na categoria Qualidade da Gestão.

Os selecionados do Prêmio Abradee 2023 seguem um ranking, elaborado a partir da apuração de dados ao longo do último ano, com a colaboração das concessionárias associadas. As informações coletadas referentes aos processos de gestão, operação e qualidade são analisadas e auditadas por parceiros de renome nacional, como Instituto Ethos, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Também são considerados os resultados da Pesquisa de Satisfação do Cliente Residencial, realizada pelo Instituto Innovare.

Jornal 24 no 392 Petro & Química
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Mãe da Nitinha e uma entusiasta em ESG, principalmente em D&I, Keurrie Cipriano é engenheira mecânica pela UNESP com mestrado pela Escola Politécnica da USP, extensão em Gestão Estratégica de Carbono (FGV) e em Stakeholders e ESG (FIA), MBAs em Gestão de Projetos (USP/Esalq) e Manage Mentor Program (Harvard Business School). Atualmente é gerente de Operações na Petrobras, onde ingressou em 2010 e há 9 anos é lider de equipes de alta performance.

Teve passagem pela Indústria Automotiva, onde contribui com os Comitês Técnicos da Society of Automobile Engineers (SAE) e da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). É vice diretora de Sustentabilidade da SPE Brazil.

Autora de artigos técnicos, Keurrie faz palestras em diversos eventos corporativos e universitários, além de atuar como mentora em programas de mentoria feminina. Recebeu o prêmio Plinio Cantanhede de melhor artigo em ESG, na Rio Oil and Gas 2022, com o trabalho sobre mentoria feminina, de co-autoria da colega Carla Rosa Cabral.

O QUÊ AINDA ATRAI UMA ENGENHEIRA PARA O SETOR DE PETRÓLEO E GÁS?

A possibilidade de estar numa indústria que, literalmente, move o mundo e, atualmente, com a transição energética, traz também a possibilidade de estar nessa nova fronteira tecnológica. Nossa indústria é rica em tecnologia e inovação, essa última é beneficiada com a diversidade. Não há transição energética, inovação e transformação digital, sem diversidade.

QUAL SERIA UMA BOA TRILHA DE HARD SKILLS PARA SEGUIR CARREIRA NA ÁREA DE OPERAÇÃO EM ÓLEO & GÁS?

Formação técnica é sempre necessária: área de petróleo e gás, química, mecânica, materiais, automação, elétrica, análise de dados, tecnologias... Mas também temos as áreas que organizam, como a parte de gestão, projetos, segurança e, claro, pessoas. Um outro ponto que vai demandar conhecimento específico é o ESG (ou, em português, ASG, sigla para Ambiental, Socia e Governança), abordando bastante emissões, gestão de carbono e os renováveis, bem como, novamente, as pessoas, intra e extra muros. Conhecimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) também é bem-vindo.

Jornal 26
Crédito: Nayara Andrade

AS SOFT SKILLS NECESSÁRIAS

PARA AS MULHERES SÃO AS MESMAS QUE DOS HOMENS?

NO SETOR AUTOMOTIVO E NO DE ÓLEO & GÁS?

Sim, são. A diferença é que ainda temos poucas mulheres em ambas as indústrias e isso acaba gerando a síndrome da impostora e, mesmo tendo as mesmas qualificações dos nossos colegas homens, achamos que precisamos entregar mais e mais. Gosto de dar o exemplo de uma profissional que é mãe: imagina a quantidade de soft skills que ela já tem? Gestão do tempo, de conflitos, financeira, facilidade de escuta, liderança... Agora imagina uma mãe de gêmeos! Brinco que, no dia que o mercado perceber todas as soft skills que uma mãe tem, as vagas, ao invés de excluí-las, vão dar preferência a elas.

SORORIDADE EXISTE NO TRABALHO?

Boa parte do acolhimento que recebo são de amigas do trabalho. Pessoas que entram nas nossas vidas para nos apoiar, dizer que estamos no caminho certo e, muitas vezes, nos fazer reconhecer o potencial que nem a gente acha que tem. Acho uma falácia que mulheres competem. Na verdade, mulheres se apoiam. Mas também a gente exige muito mais das nossas do que dos nossos colegas homens, queremos que todas cresçam, mas precisamos lembrar que cada qual tem suas potencialidades e seus próprios caminhos a percorrer.

COMO É FAZER MENTORIA?..

DÁ PRA EQUALIZAR SONHOS COM A REALIDADE DO DIA A DIA?

Já fui mentorada e sou mentora. Quando eu achava que não era capaz, minha mentora me lembrava que sim. Quanto eu queria voar, ela estava ali para me lembrar que eu tinha asas. A mentoria não cria nada, ela só traz para a superfície o que a mentorada já tem e muitas vezes não sabe ou não reconhece. Claro que nem todo dia será um sonho, mas a mentoria pode nos ajudar

a saber quais são nossos sonhos e perseverar para alcançá-los.

O S DO ESG TEM RECEBIDO A ATENÇÃO

NECESSÁRIA – E AÍ ENTRAM DIVERSAS DEMANDAS...

Com a pandemia, as empresas começaram a colocar os holofotes nas pessoas, dentro e fora da companhia. Não há futuro sem diversidade e, para que tenhamos mais diversidade na nossa indústria, é necessário que mais pessoas diversas queiram entrar na nossa indústria. É necessário termos referências, mulheres, negros, comunidade LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência... precisamos ver essas pessoas em altos cargos, estar na empresa e olhar para cima e se ver, saber que você pode sim crescer, pois o corpo gerencial é diverso. E isso reflete fora da empresa também. Ao ter diversidade nos altos cargos de liderança, a empresa também atrai esse público, que se interessa em ingressar, em fazer parte. Estamos falando de pertencimento. E, vou além, é preciso mudar a estrutura básica da sociedade, não taxando o que é “de menino” e “de menina”. Quer dar um jogo de chá e uma boneca para uma menina? Tudo bem, mas dá um foguete, blocos de montar, um carrinho, kit de laboratório... deixe aquela menina saber que ela pode ser o que ela quiser. Com mais meninas em carreiras de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, mais mulheres teremos na nossa indústria. E não há transição energética sem diversidade, não há

futuro para nossa indústria sem diversidade na mesa de decisões.

UM LIVRO NECESSÁRIO, UM MANTRA PESSOAL E UM “CONSELHO”

Impossível eu conseguir listar somente um, então, listarei dois. Um para repensar nosso contrato social, nossas relações e a necessidade de termos mais diversidade em todos os espaços de poder: “Cuidar um dos outros, um novo contrato social”, da Minouche Shafik. O segundo é o da querida Lucelena Ferreira: “Mulheres na Liderança – Estratégias para superar obstáculos de gênero nas organizações”, que nos traz estratégias muito interessantes, leitura obrigatória pra mulheres, e homens.

o não eu já tenho”.

~ meu mantra pessoal

Conselho: mulheres, se unam. Faça parte de um grupo, se encontrem para um almoço, café, uma noite de vinhos (para quem bebe), se apoiem. Esse grupo é fundamental para nos incentivar e também um porto seguro para os momentos de crise. Criem um grupo de diversidade nas suas respectivas empresas, pleiteiem mentoria e desenvolvimento. Questionem processos seletivos sem a presença de mulheres, tanto na concorrência da vaga, quanto na banca examinadora. Se posicionem.

OUTROS PONTOS QUE VOCÊ

QUISER DESTACAR

Gosto muito da frase que somos a mudança que queremos ver no mundo. Não adianta capacitarmos as mulheres, dar mentoria, palestras, se não tivermos diversidade no corpo gerencial, em todos os níveis hierárquicos. Homens, pensem, quantas mulheres vocês já promoveram nas suas respectivas carreiras? O que vocês estão fazendo para mudar essa foto atual? Vocês são agentes da mudança que o futuro precisa?

Crédito: Jose Alberto Rodini Neto
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Porto do Açu e Toyo Setal firmam parceria para desenvolvimento de planta de fertilizantes nitrogenados

O Porto do Açu e a Toyo Setal anunciaram uma parceria para desenvolver uma planta de produção de fertilizantes nitrogenados no Porto do Açu/RJ. As empresas trabalharão em conjunto na estruturação, desenvolvimento, licenciamento ambiental e busca por investidores estratégicos para o projeto. A estimativa é de que a futura planta tenha capacidade de produzir 1,38 milhão de toneladas de ureia, e 781,5 mil toneladas de amônia, por ano, a partir do aproveitamento do gás natural.

“O Porto do Açu já está consolidado como uma solução logística para a importação de fertilizantes. A parceria com a Toyo Setal nos permite dar um passo adiante em nossa estratégia de estabelecer o Açu como um polo de produção de fertilizantes no Brasil, contribuindo para ampliar a produção nacional, e balancear a nossa dependência à importação”, projeta José Firmo, CEO do Porto do Açu. Em 2022, mais de 90% dos fertilizantes nitrogenados consumidos no Brasil foram importados.

Com vasta experiência em projetos de fertilizantes, a Toyo Setal mantém relacionamento com uma ampla variedade de produtores em todo o mundo, e possui sua própria tecnologia de produção. A empresa tem a maior capacidade instalada de projetos de amônia e ureia no mundo. São 87 projetos de amônia e 112 projetos de ureia, no portfólio da Toyo Setal, que possui escritórios nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América do Sul. A empresa é proprietária da tecnologia de produção de ureia, e tem parceria de longa data com a KBR, na tecnologia de produção de amônia (KBR Purifier TM Process).

“Os fertilizantes são o alimento das plantas, estas dos animais e, ambos, dos seres humanos, sendo, portanto, um insumo essencial à sobrevivência humana. Além de sua grande importância para a produção de fibras e energia, a missão de ofertar alimentos em quantidade e com qualidade para a população é um dos mais importantes pilares para a garantia da paz de qualquer sociedade. A Toyo Setal e o Porto do Açu se sentem, portanto, motivados e honrados em contribuir para buscar a concretização deste projeto, que entendem ser vital para o país, e alinhado ao cumprimento desta missão”, ressalta Dorian Zen, CEO da Toyo Setal.

A parceria focará inicialmente na tecnologia que utiliza o gás natural como matéria-prima para a produção de fertilizantes. Numa segunda etapa, a parceria prevê também a pro-

dução de amônia verde, obtida a partir do hidrogênio via eletrólise da água. Neste ano, o Açu deu início ao licenciamento ambiental de um cluster de hidrogênio de baixo carbono no Açu, com 4GW de capacidade instalada.

O Porto do Açu começou a movimentar fertilizantes em 2021, quando realizou a primeira operação do Estado do Rio de Janeiro. Desde então, já foram movimentadas cerca de 100 mil toneladas de fertilizantes pelo porto. Neste ano, foram inaugurados mais dois armazéns, que aumentam em quatro vezes a capacidade estática de armazenamento para 110 mil toneladas, e dobram a área alfandegada do terminal para 360 mil m².

Depois de se consolidar como porta de entrada competitiva para o mercado de fertilizantes, o complexo portuário agora avança na cadeia de valor, e trabalha para instalar uma unidade misturadora de fertilizantes na retroárea do porto.

Em linha com as diretrizes do Plano Nacional de Fertilizantes, lançado pelo Governo Federal em 2022, o Estado do Rio de Janeiro foi a primeira unidade da federação a aprovar um plano de incentivo à produção e oferta de fertilizantes. A medida, instituída pela Lei 9.716/22, contribui para o estabelecimento de um ambiente de negócios favorável à atração de investidores.

“A Firjan recebe com muita satisfação a notícia de concretização da parceria entre o Porto do Açu e a Toyo Setal, para a instalar uma fábrica de fertilizantes de baixo carbono no Rio de Janeiro. Como maior produtor de gás natural no país, e com localização estratégica, o nosso estado tem plenas condições de assumir um papel de protagonismo no agronegócio brasileiro, revertendo a dependência externa do Brasil na área de fertilizantes, e atraindo investimentos na nova fronteira energética”, concluiu o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.

Empresas & Negócios 28 no 392 Petro & Química
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Basf fornecerá Neopentyl Glycol para KHUA

A Basf e a Zhejiang Guanghua Technology Co.,Ltd. (KHUA) assinaram uma Carta de Intenções, para o fornecimento de Neopentyl Glycol (NPG), do site Zhanjiang Verbund, da Basf, para a KHUA. Este acordo marca um marco significativo na parceria de longo prazo entre ambas as partes.

A KHUA, fabricante de renome de resinas de poliéster saturado para a indústria de tintas em pó na China, está planejando construir uma planta para resinas de tintas em pó de alta qualidade na Ilha Donghai, Zona de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Zhanjiang , onde a Basf está construindo uma fábrica de NPG em escala mundial, com capacidade de produção anual de 80.000 toneladas métricas.

Na frente, da esquerda para a direita: Haryono Lim , vice-presidente sênior, New Verbund Site China, Basf; Yao ChunHai, gerente geral, KHUA.

Atrás, da esquerda para a direita: Vasilios Galanos , vice-presidente sênior, intermediários Ásia-Pacífico da Basf; Hong Tao , vice-secretário e vice-comandante-chefe do Comitê

Projetos

“Temos o prazer de fortalecer nossa parceria de longa data com a KHUA, por meio da co-localização. Estamos confiantes de que esse movimento estratégico criará sinergias que beneficiarão ambas as partes, incluindo colaboração aprimorada e confiabilidade de fornecimento, entrega mais rápida, acesso a recursos compartilhados e custos reduzidos. Além disso, essa parceria ajudará a atender à crescente demanda por revestimentos em pó ecológicos na China e na região da Ásia-Pacífico”, disse Vasilios Galanos, Vice-presidente Sênior, Intermediates Asia Pacific da Basf.

“ Temos grandes esperanças nas instalações de Zhanjiang Verbund, da Basf, que definirão um novo padrão na indústria petroquímica, ao utilizar energia limpa, conservar energia e reduzir emissões. Aproveitando nossas vantagens competitivas, apoiadas pela parceria estratégica com a Basf, um dos principais fornecedores mundiais de NPG, bem como a localização geográfica única de Zhanjiang, estamos confiantes no sucesso de nosso projeto de expansão de resina de revestimento em pó de 100 KT/a. Isso nos permitirá reduzir os VOCs, e contribuir para um futuro sustentável, com céu azul

claro e nuvens brancas ”, disse Jeffrey Sun, presidente da KHUA.

Com a nova planta de NPG em Zhjanjiang Verbund, prevista para estar disponível a partir do quarto trimestre de 2025, a capacidade global de NPG da BASF aumentará, de 255.000 toneladas métricas, para 335.000 toneladas métricas, anualmente, fortalecendo sua posição como um dos principais fabricantes mundiais de NPG. Após a conclusão, esta será a quinta fábrica de NPG da BASF, seguindo as de Ludwigshafen, na Alemanha; Freeport, Texas, Estados Unidos; bem como Nanjing e Jilin, na China.

O NPG é um intermediário usado principalmente na produção de resinas de revestimento em pó, que são particularmente bem-sucedidas no revestimento de eletrodomésticos e na indústria da construção. Devido aos seus compostos orgânicos voláteis (VOC) baixos, os revestimentos em pó permitem que seus usuários cumpram os padrões de emissão de VOC, reduzindo a liberação de VOCs em até 50%, em comparação com os revestimentos líquidos. Outras aplicações do NPG incluem a fabricação de lubrificantes, plastificantes e produtos farmacêuticos.

Empresas & Negócios no 392 Petro & Química 29
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Conjunto da Força-Tarefa de Construção de Chave de Manufatura Avançada da Zona de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Zhanjiang (ZETDZ) e Fenyong High-tech Zone; e Jeffrey Sun, presidente da KHUA.

Saint-Gobain reforça transição energética e fecha contrato com a Gás Verde para implementar biometano

Focada em reforçar e avançar sua agenda de sustentabilidade, a Saint-Gobain anuncia contrato de quatro anos com a Gás Verde, para fornecimento de 468 mil m3 de biometano, por ano, para o abastecimento integral da planta da Quartzolit em Queimados/RJ. A unidade, que produz argamassas, rejuntes, e outros materiais de construção, se tornará a primeira fábrica de materiais de construção do país a usar combustível 100% renovável, com redução de emissões de CO2 em 870 t/a.

O biometano é o combustível renovável produzido a partir da purificação do biogás oriundo da decomposição de resíduos sólidos urbanos, e origina um bicombustível que reduz em 99,9% as emissões de dióxido de carbono e metano, dois Gases do Efeito Estufa (GEE). A medida contribuirá para o cumprimento das metas da Saint-Gobain, de atingir a neutralidade de carbono até 2050.

A Gás Verde produz o gás renovável a partir do tratamento adequado dos resíduos sólidos urbanos, provenientes do Aterro de Seropédica/RJ, o maior da América Latina. O biometano tem a mesma aplicação do gás natural, e pode substituir combustíveis fósseis em processos produtivos e frotas leves e pesadas, como o diesel, o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás natural, a gasolina e o GNV.

“Cada vez mais, as indústrias estão utilizando o biometano no

seu processo produtivo, reduzindo drasticamente suas emissões. Ao oferecer esse combustível 100% renovável, a Gás Verde atua numa solução alinhada às metas ESG das companhias, num claro avanço no processo de descarbonização das indústrias”, afirma o CEO da Gás Verde, Marcel Jorand (à direita na foto).

As soluções sustentáveis da Saint-Gobain, líder mundial em materiais de construção leves, já representam 72% das vendas do Grupo, e resultam na prevenção de cerca de 1.300 milhões de toneladas de emissões de CO2

“A adoção do biometano reforça o comprometimento da SaintGobain com os desafios da descarbonização mundial. Nossos objetivos incluem expandir gradualmente o abastecimento com combustível 100% renovável para outras plantas do Grupo, na América Latina, ao longo dos próximos anos. A medida dá continuidade à nossa agenda ambiental, que inclui investimentos de mais de € 100 milhões, por ano, em capital e projetos de P&D, ligados ao desenvolvimento de soluções sustentáveis, que proporcionem bem-estar e conforto”, afirma Javier Gimeno (à esquerda na foto), CEO do Grupo Saint-Gobain na América Latina.

Neste sentido, as duas empresas assinaram ainda um Memorando de Entendimento, visando à ampliação da distribuição de biometano para mais unidades do Grupo, começando pela planta da Saint-Gobain Canalização, em Barra Mansa/RJ.

Syngenta investe na expansão de sua capacidade produtiva no Brasil

A Syngenta Proteção de Cultivos anunciou a conclusão da aquisição de uma unidade da Ultrafine, localizada em Indaiatuba/SP, um parceiro de negócios com mais de 30 anos de atividade. Esta é uma movimentação de um robusto projeto de investimentos, que inclui a ampliação da fábrica de Paulínia/SP, e que resultará na expansão da capacidade produtiva da companhia no país, gerando, assim, novos empregos e oportunidades para a comunidade local, conforme o anúncio realizado em janeiro deste ano.

“Este investimento faz parte do plano da Syngenta, para atender à crescente demanda da agricultura brasileira, e representa um passo importante para garantir o apoio que os produtores precisam, assim como nos permite alavancar a prosperidade rural, e viabilizar soluções para os desafios vividos no campo – uma prova importante do nosso comprometimento, que chega, justamente, a tempo da safra 2023/2024”, afirma Juan Pablo Llobet, Presidente da Syngenta Produção de Cultivos Brasil e LATAM. “Conforme

a agricultura nacional segue crescendo, gerando recursos, e ajudando a alimentar o mundo de forma sustentável, precisamos encontrar alternativas adicionais, para garantir o abastecimento de insumos para os agricultores”, adiciona Llobet.

“A unidade de Paulínia hoje abastece o Brasil e outros países da América Latina. No entanto, o crescimento nos últimos anos ultrapassou a capacidade de expansão da unidade para absorver essa demanda. A subsidiária da Ultrafine provou-se a melhor alternativa para uma expansão imediata e, agora, irá operar sob o nome de Kubix”, explica Jorge Buzzetto, Diretor de Operações da Syngenta Proteção de Cultivos na América Latina.

A unidade Kubix contará com a utilização de painéis solares, medição inteligente e digitalizada de consumo de recursos, iluminação natural e otimização da climatização para escritórios e áreas administrativas, reutilização de água, métodos de construção sustentáveis, e uma instalação de tratamento de água de última geração, elementos que compõem a eficiência e sustentabilidade das operações.

Empresas & Negócios 32 no 392 Petro & Química
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@Divulgação/ Cláudio Belli

GNLink e Migratio unem forças para estruturar projetos de biometano

A GNLink, distribuidora de gás natural, pertencente ao Grupo Lorinvest, e o Grupo Migratio anunciam acordo de cooperação comercial para viabilizar projetos de produção de biometano até 2025, com vistas à redução da pegada de carbono. Essa iniciativa demonstra o comprometimento da GNLink e do Grupo Migratio com a sustentabilidade e preservação ambiental. Por meio deste acordo, as empresas buscam impulsionar a transição para obtenção de energia de fontes mais limpas e renováveis, promovendo um futuro mais sustentável.

O acordo está alinhado com o conceito de “Pré-Sal caipira”, e tem como foco o imenso potencial dos resíduos orgânicos provenientes da agropecuária e aterros sanitários, que podem ser convertidos em biogás e, em sua forma mais pura, em Biometano. De acordo com a Abiogás – Associação Brasileira do Biogás –, estima-se que esse potencial corresponda a 84 bilhões de metros cúbicos por ano – uma quantidade energética comparável ao potencial do Pré-Sal brasileiro.

A união de esforços entre a GNLink e o Grupo Migratio visa a explorar esse segmento promissor, de forma a impulsionar o desenvolvimento de tecnologias e soluções inovadoras para a produção e utilização do Biometano.  Ao transformar esses resíduos em uma fonte de energia limpa, as duas organizações darão um passo importante em direção a um futuro mais sustentável, e que reduzirá a dependência de outras fontes de combustíveis.

O acordo representa um marco significativo no setor de energia, reconhecendo o potencial do “Pré-Sal” caipira como uma fonte valiosa de energia renovável, e abrindo caminho para uma transição energética mais sustentável no Brasil.

“Juntos, vamos desenvolver operações totalmente verticalizadas: desde a identificação de oportunidades para a captação de biogás nos segmentos agroindustriais ou em aterros sanitários, e na sua purificação a fim de transformá-lo em Biometano”, resume Fábio Saldanha, sócio-diretor do Gru-

po Migratio.

“Buscamos identificar, no setor de Biometano, negócios escaláveis, lucrativos, sustentáveis e inovadores”, detalha Marcelo Rodrigues, CEO da GNLink. De acordo com o executivo, nesse contexto, o acordo é particularmente estratégico. “A nossa missão é levar o gás renovável aonde ele ainda não chegou, com tecnologias de compressão, liquefação. E a expertise e trajetória da Migratio em originar o biogás nos permitirá ganhar maior desenvoltura para desbravarmos as novas fronteiras”, acrescenta. Na visão do CEO, o acordo com a Migratio permitirá ao mercado ter acesso a outras fontes energéticas em suas operações, com uma molécula carbono zero, preferencialmente na forma liquefeita e com segurança energética. Esta fonte energética será, também, uma alternativa atraente aos combustíveis fósseis no interior do país.

Devido à falta de infraestrutura de dutos de gás no interior do país, as indústrias se têm visto obrigadas a recorrer a outros combustíveis como única opção viável para o transporte em longas distâncias. No entanto, além do alto custo desses combustíveis, ao chegar ao interior do país, existem desafios operacionais complexos, associados à sua utilização.

Diante dessa realidade, é necessário buscar um modelo de negócios que ofereça soluções mais eficientes e sustentáveis. “A adoção do biogás, como fonte de energia renovável, proveniente de resíduos orgânicos, se tem mostrado uma solução promissora”, frisa Saldanha. Para ele, o aproveitamento do biogás, nos locais em que é gerado, proporciona benefícios significativos, tanto para a economia quanto para o meio ambiente, se tornando ainda, uma solução mais sustentável e alinhada com a realidade e as necessidades das regiões do interior do país, reduzindo significativamente os custos de transporte e logística, impulsionando o desenvolvimento regional, fortalecendo a economia local, e promovendo a conscientização ambiental.

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eB Capital e Sebigas Cótica investirão em plataforma de biometano e tratamento de resíduos

A eB Capital, gestora de investimentos alternativos, avança em nova tese de transição energética, como parte de sua plataforma de clima, e anuncia investimento de R$ 600 milhões, em plataforma de biossoluções para produção de biometano, gás carbônico e fertilizantes, a partir de resíduos agroindustriais, em parceria com a Sebigas Cótica. O movimento integra um fundo destinado à infraestrutura sustentável da gestora, que tem como sócios Eduardo Sirotsky Melzer, Luciana Antonini Ribeiro e Pedro Parente.

Intitulada Bioo, a iniciativa contempla a criação de uma plataforma de biogás e tratamento de resíduo orgânico, em sociedade entre ambas as empresas, com controle da eB Capital. A plataforma foi concebida, e terá a operação gerida pela Sebigas Cótica. Serão as primeiras usinas com estas características a tratar resíduos orgânicos industriais em larga escala no Brasil, mitigando gases de efeito estufa, e auxiliando as empresas brasileiras em suas metas de descarbonização a aterro zero. Metade dos recursos financeiros (R$ 300 milhões) são oriundos de capital próprio, e serão utilizados para concluir a construção da primeira planta, e iniciar a estruturação e construção das demais unidades. Outros R$ 300 milhões estão sendo captados com instituições financeiras e fundos institucionais de organizações oficiais de fomento. A expectativa é de que o montante total – R$ 600 milhões – esteja totalmente alocado, até o final de 2025, mas a primeira unidade deve entrar em operação até o final do próximo ano, na cidade de Triunfo, no Rio Grande do Sul, estrategicamente posicionada ao lado do Polo Petroquímico do Sul. Esta primeira planta já possui contrato firmado com a distribuidora Sulgás, para fornecimento do biometano, gerado para injeção diretamente no gasoduto da companhia.

A eB Capital terá um papel ativo e colaborativo na construção da plataforma em parceria com a SebigasCótica, visando a garantir a escalabilidade e expansão do negócio. Segundo a gestora, o mercado de Transição Energética no Brasil representa mais de R$ 130 bilhões em investimentos mapeados para os próximos cinco anos. “A associação com a Sebigas Cótica está em linha com a nossa estratégia de investimento em negócios com grande potencial de crescimento, ao passo que geram impacto positivo para sociedade, como o caso da energia limpa. Acreditamos no potencial do biogás como uma alternativa viável e economicamente atrativa, e estamos comprometidos em fortalecer esse mercado no país”, afirma Pedro Parente, cofundador da eB Capital.

A Sebigas Cótica é uma empresa que se destaca na construção de plantas de biogás, sendo responsável pela construção da maior

planta de biogás das Américas, localizada em Guariba/SP, e outros relevantes projetos, como planta de biometano, com capacidade para produzir 80 mil m³/dia, em Piracicaba/SP, e atuação com projetos em outros países da América do Sul. A partir de sua tecnologia e expertise na produção de biogás, a Companhia é uma referência no setor.

Com uma atuação consolidada em projetos de biogás no setor sucroenergético, a parceria com a eB endereça uma nova linha de atuação para a empresa. “A partir do nosso conhecimento e investimento no setor de tratamento de resíduos e produção de biogás, desenvolvemos um modelo de negócio que recicla o resíduo orgânico em sua totalidade, recuperando a energia disponível nele, através do biogás, e retornando os nutrientes para o solo, por meio do biofertilizante produzido”, afirma Maurício Cótica, diretor executivo da Sebigas Cótica. “Com base nessa visão de negócio, criamos o Bioo, uma plataforma de biometano e tratamento de resíduos, que acelera e qualifica o tratamento de resíduo orgânico no Brasil. O Bioo se apresenta como uma solução de economia circular, para atuar na mitigação dos gases de efeito estufa gerados pelos resíduos, em especial do metano, que é muitas vezes mais nocivo à camada de ozônio que o CO2. Essa é uma das metas assinadas pelo Brasil durante a COP26”, completa o executivo.

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@ Palácio Piratini/Felipe Dalla Valle @Divulgação

Tecnologia brasileira exportada para Argentina gera economia de energia com grandes resultados

Uma tecnologia desenvolvida no Brasil tem gerado economia de energia na Argentina. É a Turbina de Recuperação de Energia (TRE), produto do setor de Energia da A1 Engenharia, que recupera energia térmica de grandes indústrias. A primeira turbina enviada para o país vizinho saiu da fábrica – na Região Metropolitana de Curitiba/PR – em março, para uma empresa multinacional de grande porte, esmagadora de grãos de soja, e tem apresentado resultados significativos, desde então.

A turbina é capaz de recuperar até 800 kW por hora, rendendo cerca de 550.000 kW.h por mês. Em um ano, a estimativa é de economizar 6.600.000 kW.h. Na realidade brasileira, com um custo médio do kW.h em torno de R$ 0,30, a turbina pode render uma economia anual estimada em R$ 2 milhões.

O funcionamento da TRE é prático e eficiente, considerado 100% verde. Ela recupera energia térmica proveniente da redução de pressão realizada na válvula redutora. Operando com vapor saturado, não requer combustível

desperdiçada, agora transformada em energia elétrica”, comenta o gerente da unidade de Energia da A1 Engenharia, Rodrigo Duarte

Isso torna a turbina especialmente atrativa para grandes empresas de setores do agronegócio, como arrozeiro e madeireiro, e para cooperativas, reduzindo custos e gerando energia com segurança. “Em muitos casos, nossas turbinas também contribuem para reduzir o passivo ambiental dessas empresas, e ainda pode gerar lucro para o negócio com a venda de energia”, explica. “Basicamente, geramos energia a partir do resíduo, a biomassa”.

Fundada em 2000, a A1 Engenharia provê soluções integradas para plantas industriais em três unidades de negócios: Engenharia & Gerenciamento, Fabricação e Energia. Este setor se tem destacado com os bons resultados da TRE, e a comercialização internacional vem estimulando a unidade de negócios de energia, dentro de uma empresa já consolidada no mercado, que detém patentes das Turbinas para Geração de Energia.

Empresas & Negócios
@Divulgação

Malha de dutos - história, desafios e perspectivas

As demandas regionais e globais de energia vêm mostrando que as redes de gasodutos são fundamentais para garantir o abastecimento contínuo do mercado. Países com malhas bem desenvolvidas têm maior capacidade de atender às demandas com confiabilidade e segurança.

O modelo escolhido pelo Brasil para o seu mercado de gás natural foi inspirado no da Europa, que possui uma extensa rede de dutos. Embora mais fragmentada que a dos Estados Unidos, devido à sua natureza geopolítica e aos diferentes interesses e regulamentações dos diversos países que a compõem, os países europeus implementaram, com muito sucesso, a abertura do mercado de gás por lá, baseada no unbundling (ou desverticalização do setor), e no modelo de entrada e saída.

A infraestrutura de dutos na Europa é essencial para o transporte de gás natural, proveniente de diferentes regiões, como Rússia, Noruega e Norte da África, e para distribuir

o gás para as diversas nações do continente. Prova disso é que a União Europeia tem incentivado a diversificação das rotas de transporte de gás, para reduzir a dependência de um único fornecedor, garantindo as estratégias distintas de cada país, com base em suas capacidades de produção, consumo e exportação, características geográficas e políticas.

O Brasil possui uma malha de gasodutos de pouco mais de 9 mil quilômetros. Vale dizer que, em comparação com os EUA e Europa, é pequena, dado o tamanho continental do país.

A jornada do setor de dutos por aqui começa a partir dos anos de 1940, quando o Brasil começou a se aventurar na exploração e produção de petróleo em maior escala. Os primeiros dutos foram construídos para conectar a produção ao litoral, infraestrutura que inicialmente se concentrava no Sudeste. Um bom exemplo seria o Duto Campinas-Rio (UO-Rio), inaugurado em 1954, que transportava o petróleo produzido na Unidade de Operações da Petrobras, em Campinas, até o Rio de Janeiro.

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Matéria de
Capa
Reprodução do site atgas.org.br

O crescimento da produção de petróleo demandou uma malha de dutos maior. Com grandes descobertas na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, novos projetos provocaram a expansão da rede de dutos existente, conectando o país, como o Oleoduto Marlim-Rio, inaugurado em 1977, com cerca de 149 km, que ligou a Bacia de Campos ao Terminal de Cabiúnas, em Macaé/RJ.

Posteriormente, o projeto Bolívia-Brasil, conhecido como Gasbol, foi o grande impulsionador do transporte de volumes robustos de gás em grandes distâncias. Várias alternativas foram discutidas, para se chegar até o Gasbol, e isso pode ser observado desde os Acordos de Roboré, que são da década de 1930. Desde sua concepção, este projeto levou mais de 50 anos, e foi entregue em 1999, tornando-se um marco absolutamente relevante para a história do desenvolvimento do mercado nacional de gás.

O Brasil vem aperfeiçoando sua legislação, sobretudo nos últimos anos, o que representa um importante avanço para todo o mercado. As definições para os gasodutos de transporte, transferência e escoamento da produção existem na Lei n° 9.478/1997 (Lei do Petróleo) e Lei 14.134/2021 (Lei do Gás). Quanto às ramificações que chegam às residências, estas são partes da rede de serviços locais de gás canalizado, que estão sob a responsabilidade dos estados, conforme art. 25, parágrafo 2°, da Constituição Federal.

Esses dutos, cabe esclarecer, não seguem as mesmas regras que os demais. Gasodutos de distribuição são de responsabilidade dos estados; outros gasodutos e oleodutos (de transporte, transferência ou escoamento da produção) são regulados nos termos do art. 177 da Constituição Federal, da Lei 9.478/1997 (Lei do Petróleo), da Lei 14.134/2021 (Lei do Gás), e de regulamentos infralegais, inclusive resoluções diversas da ANP.

Importante reforçar que a expansão e modernização contínuas dessas redes são cruciais para garantir a segurança e a estabilidade do fornecimento de energia, em âmbito regional e global.

Nos anos de 1980, o Brasil investiu em pesquisa e tecnologia, para aprimorar suas operações e assim, a Petrobras emergiu globalmente, como uma importante empresa estatal de energia, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento da infraestrutura de dutos no Brasil. Isso inclui o próprio Gasbol, com cerca de 3.150 km construídos, para levar gás natural da Bolívia especificamente até as regiões Sudeste e Sul do Brasil.

O Gasbol começou a funcionar integralmente no ano 2000. Com a descoberta do Pré-Sal, começam-se a discutir novas regras para a abertura de mercado, até o momento atual. Vale lembrar que a década de 1990 inaugurou o processo de abertura da economia brasileira, o que trouxe empresas privadas para o setor de petróleo e gás, com aumento de investimentos e da competitividade também na área de dutos. A partir de então, novas parcerias foram estabelecidas, para ampliar e modernizar a infraestrutura de transporte de petróleo, gás natural e seus derivados.

Em paralelo, em 1997, com a criação da ANP – a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis –, se estabeleceu uma agência reguladora para supervisionar e orientar o setor. Com um papel fundamental na profissionalização do midstream de gás natural, cabe a ela organizar os principais temas e regulamentos, gerando segurança para o desenvolvimento desse setor.

Um outro agente também tem sido fundamental na evolução do setor de petróleo e gás, o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). O Instituto promove o avanço tecnológico e a troca de conhecimento no setor.

https://globalenergymonitor.org/projects/global-gas-infrastructure-tracker/

O Global Gas Infrastructure Tracker (GGIT) é um recurso sobre projetos de dutos de transporte de gás natural e terminais de importação e exportação de gás natural liquefeito (GNL). Atualmente, o GGIT inclui todos os terminais de GNL, independentemente do limite, bem como todos os gasodutos globais de transporte acima de limites de tamanho predeterminados, com dados de 2022

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@Petrobras/Terminal de Cabiúnas

O aquecimento do mercado e o surgimento de novos players

Entre as empresas de transporte, a NTS – Nova Transportadora do Sudeste – é um case bastante relevante para a indústria nacional de gás e toda sua cadeia. Sua rede de gasodutos passa pelo coração do país, e movimenta 50% de todo gás transportado no Brasil.

“Os processos de eliminação de gargalos são fundamentais para o desenvolvimento de um país. Toda vez que o Brasil começou a crescer, esbarrou em necessidades de desengargalamentos logísticos ou produtivos. No caso do mercado de energia, buscamos sempre uma fonte confiável. Se uma indústria precisa de energia, é necessário um fornecimento seguro e contínuo – as chamadas fontes firmes”, pontua Erick Portela, CEO da NTS.

Planos estratégicos de desenvolvimento e investimentos em infraestrutura, como por exemplo, a construção do Gasbol, possibilitaram que o gás natural ganhasse espaço na matriz energética brasileira – sua participação saltou de 8% para 12%, de lá para cá. O projeto se iniciou com a criação de duas empresas, Transportadora Gasoduto Bolívia Brasil (TBG), no lado brasileiro, e a Gas TransBoliviano (GTB), no lado boliviano.

Assim, fez-se o primeiro gasoduto pertencente a uma empresa, com quadro próprio, dedicada exclusivamente a transporte de gás natural do país. Esse movimento representou o primeiro passo para a caracterização de uma indústria de midstream, gerando um resultado extremamente positivo no desenvolvimento e industrialização do país.

Pode-se citar a região Sul, que viu várias de suas indústrias trocarem o carvão pelo gás natural. Exemplos disso são a indústria de cerâmica em Santa Catarina, que ganhou uma fonte de energia mais limpa, e que melhorou a qualidade da sua produção e as petroquímicas no Rio Grande do Sul.

Nos anos que sucederam à criação da TBG, foram implementados projetos de ampliação das malhas Norte, Nordeste e Sudeste no Brasil, assim como a interconexão Sudeste-Nordeste. Esses dutos faziam parte de um projeto maior, relacio-

Erick Portela é engenheiro de materiais, com mestrado em Engenharia pela PUC/RJ, e os seguintes MBAs: IAG Master em Finanças (PUC/RJ), Economia e Gestão em Energia (Coppead), e Programa de Especialização em Gestão de Negócios (Fundação Dom Cabral).

Sua trajetória está majoritariamente dedicada ao mercado, tornando-o um especialista no setor: foi Diretor Presidente da Petrobras Bolívia; Gerente Geral de Plantas de Processamento de Gás Natural no Brasil, responsável por Contratos Logísticos de Gás Natural; atuou no desenvolvimento do Modelo de Negócio do GASBOL; foi gerente da estratégia da Petrobras pela análise e implantação do Plano Estratégico

nado ao escoamento da produção de óleo, já que o gás natural no Brasil, em sua maior parte, é associado ao petróleo.

O passo seguinte foi promover uma reorganização desses gasodutos, que teve como base a criação da Transportadora Associada de Gás, e culminou na fundação da TAG e da NTS. Agora, as três principais transportadoras do país levam energia em forma de gás por sua malha, e reforçam a confiabilidade que o midstream conquistou, ao longo do tempo. Além disso, já se percebe um enorme avanço na questão da maturidade do mercado de gás. Pode-se pensar em uma analogia a um shopping center, quando se observa a disponibilidade da molécula, e a conexão que o gasoduto garante a quem quer comprar ou vender gás.

Até então, o mercado era tímido, e o transporte tinha papel limitado. A verticalização representava aquele frete, onde o dono do veículo também era dono do produto. Esse sistema de transportadoras independentes, sem dúvida, foi o que ajudou a Europa a sobreviver à guerra da Ucrânia, porque a desverticalização promoveu a geração de soluções logísticas, de integração das malhas. Graças à Europa integrada e suas transportadoras, os chamados TSOs (Transmissionon System Operators), que trabalharam suas soluções junto aos órgãos reguladores federais, e posteriormente com o regulador da comunidade europeia, visando à confiabilidade e disponibilidade da malha e atendimento logístico integrado. O trabalho conjunto já tinha metas de expansão para a malha, e criou um automatismo de investimento auto-organizado.

Então, quando as sanções associadas à guerra retiraram 40% do suprimento firme de gás da Europa, os países precisaram buscar soluções rápidas. A situação ficou ruim, mas

e do Plano de Negócios da companhia; Conselheiro de Administração na Transportadora Associada de Gás S.A – TAG (2016-2019), responsável na TBG pela implementação do Modelo Econômico e Tarifário, e pela coordenação e implementação do modelo de análise de risco à integridade de dutos; Diretor presidente na TBG, e atualmente é CEO da Nova Transportadora Sudeste – NTS.

Seu trabalho incluiu o desenvolvimento de soluções eficientes de transporte e monitoramento, melhorias na segurança operacional, e a expansão da capacidade de transporte de energia, desempenhando um papel importante no crescimento do setor.

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não caótica, pois, o sistema já tinha criado as suas redundâncias, e conseguiu sobreviver a partir do armazenamento de gás e da importação de GNL.

O modelo de unbundling europeu

Três modelos europeus de unbundling: um elemento chave e muito debatido diz respeito à desagregação dos nacionais verticalmente integrados. A opção preferida da Europa foi o modelo de unbundling de propriedade (OU): uma separação completa entre as atividades de transporte, por um lado, e exploração e comércio, por outro.

Isso permite, em sua proposta, também outra opção: o modelo de operador independente de sistema – onde uma empresa verticalmente integrada ainda poderia possuir a rede, e receber um retorno regulado, mas a rede precisa ser operada por uma empresa totalmente separada e independente do proprietário.

Após extensas discussões, chegou-se a um compromisso com a introdução de um terceiro modelo de desagregação, onde o proprietário e o operador da rede são pessoas jurídicas separadas. Contudo, ambos podem pertencer ao mesmo grupo de empresas afiliadas – algumas das quais podem estar envolvidas em atividades energéticas competitivas.

Observando a lição europeia, a primeira preocupação deve ser a de manter a confiabilidade da malha existente, e resolver os gargalos, antes que possam prejudicar o país.

Depois, é importante otimizar os mercados – levar gás para áreas ainda não atendidas. O modelo traz um olhar para o futuro, levando soluções de entrega antes de situações críticas, como o descréscimo de fontes firmes.

Para tanto, é proveitoso fazer uma comparação com o modelo de distribuição de energia elétrica, do Sistema Integrado Nacional que, de maneira constante, promove o crescimento da rede, expande o sistema dentro de uma lógica de redundância. Tudo isso, coordenado pelo órgão regulador, que aponta onde é necessário investir, para que não falte energia com antecedência, e pensando em diversas fontes.

O órgão regulador do setor elétrico (Aneel) tem pleno conhecimento das necessidades de se manter a confiabilidade e a disponibilidade do seu sistema. E é soberano nisso.

No gás, somente os distribuidores têm condições favoráveis para realizar novos investimentos; e essa questão precisa ser discutida no setor. Por exemplo, a TBG criou o POC – Portal de Oferta de Capacidade –, e hoje ele tem a NTS, a TAG e a TBG como donos. O portal poderia ser usado para ofertar capacidade nova de forma simplificada, mas, para isso, hoje é necessário fazer uma chamada pública.

O sistema brasileiro ainda trava o mercado para simples operações de compra e venda. O setor de transporte de gás natural defende uma lógica expansionista, que já estabeleça metas e diretrizes para desengargalar, interiorizar a malha,

Três modelos Europeus de unbundling – Um elemento chave e muito debatido diz respeito à desagregação dos nacionais verticalmente integrados. A opção preferida da Europa foi o modelo de unbundling de propriedade (OU): uma separação completa entre as atividades de transporte, por um lado, e exploração e comércio, por outro; permitindo, em sua proposta, também outra opção, o modelo de operador independente de sistema – onde uma empresa verticalmente integrada ainda poderia possuir a rede, e receber um retorno regulado, mas a rede tinha de ser operada por uma empresa totalmente separada e independente do proprietário.

Após extensas discussões, chegou-se a um compromisso com a introdução de um terceiro modelo de desagregação, onde o proprietário e o operador da rede são pessoas jurídicas separadas, mas ambos podem pertencer ao mesmo grupo de empresas afiliadas (algumas das quais podem estar envolvidas em atividades energéticas competitivas).

Fonte: https://iea.blob.core.windows.net/assets/6a9f40fe-daf8-4705-be46-5015527e8f99/FULLREPORT_TowardsacompetitivenaturalgasmarketinBrazil_FINAL_REPRO.pdf

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e aumentar a capacidade de transporte. Nesse sentido, ainda nos falta a definição de um processo automatizado e célere, para a aprovação de investimentos na malha de transporte. Uma vez comprovado o mérito de cada projeto (que é apresentado pelas transportadoras ao regulador, através dos seus planos de expansão), o rito para se obterem as aprovações necessárias para a execução dos investimentos deveria ser ágil e desburocratizado. O setor de transporte tem uma grande expectativa de que esse problema seja endereçado nas novas resoluções da ANP que estão por vir, para enfim, conseguirmos implantar um planejamento integrado das melhorias que o sistema de transporte brasileiro necessita.

@NTS/Geogas

ESG e o setor de transporte de gás

“As ações sociais devem atingir primeiramente as comunidades no entorno dos traçados de dutos”, diz Erick Portela, CEO da NTS, lembrando que os pilares ESG são transversais ao negócio da companhia.

Na NTS, a responsabilidade social se une ao cuidado com o meio ambiente e às políticas de sustentabilidade. A companhia foi a primeira empresa brasileira a aderir ao acordo Oil & Gas Methane Partnership, fortalecendo seu compromisso com a agenda sustentável.

“Alinhada aos compromissos e responsabilidades da NTS, inclusive no que se diz respeito à redução das emissões de carbono, a adesão a esse programa representa um marco importante, não só para nossa empresa, mas para todo o setor de óleo e gás do Brasil. Demonstra a busca contínua pelo alinhamento entre a necessidade energética do país, com compromisso de se adotar iniciativas que possam mitigar os impactos do efeito estufa e das mudanças climáticas”, declara Erick Portela.

https://www.ofertadecapacidade.com.br/v1/simulador

A companhia também é a única no Brasil que possui, em operação, uma estação de compressão totalmente eletrificada. Os cuidados com a segurança de processo podem ser vistos no Gasig, por exemplo, que foi construído em cinco meses, com toda atenção ambiental e às comunidades de seu entorno, na cidade de Guapimirim, no Rio de Janeiro.

“Estamos atentos aos movimentos do mercado, e sempre buscamos soluções integradas, em prol da otimização do uso do gás natural. Veja que o gás adicional bate já à porta – Gaslub, BMC-33, Sergipe Águas Profundas – todas elas, fontes firmes de suprimento, que são ideais para se atender a demandas firmes. Trabalhamos de forma racional e responsável, para suprirmos as necessidades por energia do Brasil. Afinal, cabe ao setor de transporte garantir a confiabilidade do sistema”, finaliza o executivo.

Claro, dutos levam mais que petróleo e gás. Houve época em que se dizia que o único produto com volume suficiente para ser transportado por dutos seria a cachaça.... Mas foi o etanol que logo ocupou um lugar nesse modal também. Existem diferenças entre dutos de petróleo e gás, e dutos de etanol e bioenergéticos, relacionadas às características dos fluidos transportados, sendo que os primeiros são projetados para lidar com substâncias líquidas e gasosas que podem variar em composição e pressão; os dutos de etanol e bioenergéticos transportam biocombustíveis, que podem ser mais sensíveis à contaminação e à corrosão, e pedem controle rigoroso da qualidade para evitar misturas indesejadas, e garantir a pureza do produto transportado. Já os cuidados com a gerência de riscos, manutenção e automação são os mesmos.

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Tendo sido criada para operar um Sistema Logístico de Transporte de Combustíveis e Biocombustíveis (logística, carga, descarga, movimentação e estocagem, operação de portos e terminais terrestres), que envolve transportes multimodais: dutos, rodovias (caminhões-tanques) e cabotagem (navios), a Logum vem ganhando espaço no mercado de dutos. “O mercado de dutos já era regulamentado para transporte de gasolina, diesel e derivados da indústria química. Não havia regulamentação para o transporte de etanol, o que foi trabalhado junto à ANP, antes do início das nossas operações, em 2013”, lembra Leandro Almeida, diretor-presidente da Logum, que inaugurou, em julho, a expansão do seu sistema de dutos em São Paulo, um trecho de 128 km, e mais um Terminal de Armazenagem para atendimento aos polos de distribuição de combustíveis de Guarulhos (concluído no 2º semestre de 2021), São Caetano do Sul (1º semestre de 2022) e São José dos Campos, concluído este ano.

De acordo com Leandro Almeida, a expansão do sistema da Logum em São Paulo vem colaborando para o aumento expressivo de volumes movimentados nos dutos: em 2022, foram 3,4 milhões m³, ante os 2,3 milhões de m³ registrados em 2021, um aumento de cerca de 50%. Para 2023, a previsão é de movimentar de 4 a 5 milhões de m³ de etanol.

do efeito estufa (GEEs), o transporte por dutos tem uma pegada de carbono 80 vezes menor do que o rodoviário. Leandro Almeida pontua que em relação ao transporte rodoviário, o ROI do transporte por dutos é melhor. “O investimento inicial é mais alto, mas depois temos os dutos operando de forma ininterrupta e automatizada. E dessa forma, é mais seguro do que o rodoviário, pois, não há risco de acidentes entre veículos. Nos próximos meses, nosso planejamento é amadurecer a operação dos dutos que fazem parte da expansão em São Paulo para chegarmos à capacidade máxima de movimentação de 9 milhões de m³”.

No total, todo o sistema dutoviário da Logum deverá evitar a emissão de 120 mil toneladas de GEEs, em 2023, com o deslocamento de mais de 100 mil caminhões dos centros urbanos para o interior. Ano passado, houve o deslocamento de 68 mil caminhões, o que gerou uma redução de 85 mil toneladas de CO2 nas emissões.

Nos próximos meses, nosso planejamento é amadurecer a operação dos dutos que fazem parte da expansão em São Paulo para chegarmos à capacidade máxima de movimentação de 9 milhões de m³”.

“O incremento no volume transportado vem ocorrendo numa taxa elevada, desde a última safra, superando as expectativas. Além da competitividade, agregamos muita produtividade ao sistema logístico, trazendo ainda incentivos para a agenda de transição energética, e maior segurança operacional e de abastecimento para todo o mercado”, afirmou Leandro.

A dutovia da Logum, que já atendia cerca de 70% da demanda por etanol no Rio de Janeiro, com a expansão, passou a atender 50% do mercado do biocombustível em São Paulo. “Para 2023, a nossa ambição é seguir amadurecendo os fluxos pelos nossos dutos e terminais, e com isso, até o fim do próximo ano, chegarmos a uma participação em torno de 75%”, afirmou Leandro. A expansão trouxe mais produtividade e competitividade para o mercado, além de ganhos ambientais. De acordo com metodologia aprovada no GHG Protocol, ferramenta de cálculo para estimativas de emissões de gases

“Diante da conclusão deste pacote de investimento, com o último trecho em São José dos Campos, conseguimos destravar um enorme potencial logístico para o mercado de etanol, além de colaborar na questão ambiental. Só com estes novos trechos, evitaremos a emissão de 50 mil toneladas de CO2 em 2023. Isso acontece porque, com a utilização dos dutos, há o deslocamento dos veículos pesados para o interior, reduzindo a queima de combustíveis fósseis e a poluição nos centros urbanos. E o Hidrogênio ainda não está no nosso planejamento”, comentou Leandro.

Até 2030, o sistema Logum vai proporcionar o deslocamento de 1,2 milhão de viagens, gerando uma redução nas emissões de 1,4 milhão de toneladas de carbono. A Logum opera de forma integrada os diversos modais, a fim de obter mais eficiência, e garantir um crescimento sustentável para os próximos anos. A companhia conecta as principais regiões produtoras (interior de São Paulo, Triângulo Mineiro e Centro-Oeste) aos grandes mercados consumidores nacionais (regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro). E ainda, por cabotagem, conecta os mercados consumidores do Nordeste, e realiza exportações por via marítima.

Em 2022, houve crescimento nas saídas portuárias, através do terminal da Ilha D’Água (RJ), e nas recepções ferroviárias. A Logum foi responsável por 40% do volume de tudo o que foi cabotado no país.

@ Cadu Gomes/ VPR
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Leandro Almeira, diretor-presidente da Logum, ao lado do Exmo. Vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin Cleber Miguel, coordenador de terminais da Logum, faz um tour com você pelo terminal de Guarulhos

“O Brasil tem uma malha que conecta desde o Rio Grande do Sul até o Ceará, passando pela costa, interligada com a Bolívia. Tem, também, sistemas independentes, como o UrucuCoari-Manaus, com mais de 800 km, e ainda uma conexão Bolívia-Cuiabá, de propriedade da GOM, a GasOcidente do Mato Grosso Ltda, que também é proprietária e operadora do trecho boliviano. Todo esse sistema foi desenvolvendo-se ao longo do tempo, foi crescendo de uma forma a promover a integração. Você partiu de sistemas que eram isolados – veja que, no passado, você falava do Nordestão, que cobria o Nordeste; você tinha redes na Bahia, redes no Espírito Santo; você tinha redes no Rio de Janeiro, porém, a partir da integração com a Bolívia, o sistema começa a ganhar uma outra dinâmica. Ele sai de uma rede de características regionais – Bolívia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, e estados do Sul – para uma rede integrada através do Gasene, quando você descobre o Pré-sal. Esse sistema interliga o sistema sul-sudeste com o Nordeste, ao mesmo tempo que se reforçam as malhas, para que o sistema todo possa receber um influxo novo com as Rotas 1, 2 e agora, Rota 3, vindo da região das Bacias de Campos e de Santos. Então, ele ganha outra característica: ele deixa de ser um conjunto de ilhas localizadas, e eventualmente ilhas regionais, para se tornar um grande sistema integrado. Integração é aqui uma palavra-chave, que trouxe maior confiabilidade, mas também competitividade ao mercado nacional, ao integrar múltiplas fontes de suprimento em um único sistema. Um consumidor em qualquer ponto do Sistema Interligado tem acesso ampliado a produto nacional e importado, offshore e onshore”, conta o presidente executivo da ATGás, Rogério Manso

conquista: as obras dos trechos marítimo raso e terrestre do Rota 3 foram concluídas no início de 2022, mas a operação parcial envolve apenas os trechos marítimos ultra profundo e profundo, que fazem parte do sistema projetado para eventuais desafogamentos durante o escoamento do Rota 2, por isso, por enquanto, o gás natural escoado pelo Rota 3 é direcionado ao Rota 2, e transportado até a Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB), em Macaé, onde é processado.

Quando a operação do Rota 3 estiver integralmente disponível, a malha de escoamento de gás natural do Pré-sal da Bacia de Santos – que inclui os Gasodutos Rota 1 e Rota 2 –, terá capacidade total de transportar cerca de 44 milhões de m3/d de gás. O GasLub inclui a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), que receberá o gás escoado pelo Gasoduto Rota 3. Dessa forma, a malha de dutos vai tornando-se em uma rede complexa, interligando diversas regiões, facilitando o transporte de petróleo e gás para consumo interno e exportação. E, conforme a indústria de petróleo e gás no Brasil for crescendo, a expansão e a modernização da malha de dutos devem ser uma constante, não apenas para acompanhar a produção; o país deve investir em infraestrutura, para transporte de gás natural, para suprir a demanda, incentivar a diversificação da matriz, e dar suporte à transição energética. A integração destacada pelo presidente da ATGás permite um salto, a partir do momento em que se desenvolvem novos programas para abertura de mercado, que utilizam essa rede para poder ter um melhor nível de competição e liquidez, caminhando na direção em que foram os grandes mercados, americano primeiro, e depois o europeu, mercados mundiais, de uma maneira geral, que seguiram nessa mesma direção, onde se tem uma rede que interconecta diversos supridores, e permite a quem usa essa rede estar como que “em um shopping center”, onde se têm múltiplas ofertas que competem entre si – gás de produção nacional onshore e offshore, gás importado por GNL, importado por terra, etc. – como é o caso da Bolívia e, em uma escala um pouco diferente ainda, o gás importado da Argentina, interconectado por Uruguaiana, mas que caminha para se integrar de alguma forma através de um projeto tsb

O Brasil continuou a expandir a malha de dutos, para acompanhar o crescimento da produção de petróleo impulsionada pelo Pré-sal, que trouxe dutos submarinos de longa distância para escoar o petróleo até as refinarias e terminais. O Gasoduto Rota 3, por exemplo, construído para transportar gás natural do Campo de Franco até o Polo GasLub, em Itaboraí/RJ, com cerca de 355 km de extensão total – 307 km de trecho marítimo e 48 km de trecho terrestre –, tem capacidade para escoar até 18 milhões de m3/d de gás. E ele é uma grande

“Nesse momento, quando se têm diversas ofertas, se cria toda uma regulação para amparar isso, inclusive o modelo de entrada e saída, de forma que se permita a alguém, em qualquer ponto dessa malha, ter acesso a mais de um fornecedor, e não ficar preso a uma distribuidora. Esse é o momento atual, em que se completaram dois anos de lei do gás, e se vêm colhendo os benefícios desse sistema, com a entrada de múltiplos fornecedores, principalmente no Nordeste. Uma certa competição com preços diferenciados, e isso expandindo-se para a malha toda, o que é algo que vai acontecer ao longo do tempo. Então, você tem um efeito temporal, mas caminhando na direção de tudo aquilo que foi previsto: a entrada de novos agentes, de novos pro-

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@ Gasoduto Rota 3 Pré-sal Comperj/Petrobras
@ Manu Dias/Agecom Gasene

dutores, de novos importadores, existe interesse de novos investimentos, e uma grande dinâmica se construindo, que se vai desdobrar ao longo do tempo. Repare que estamos falando dessa construção da malha como um processo, não estamos falando em algo que aconteceu em 1 ano ou 2, mas sim em 10, 20, 30 anos!”, ressalta Rogério Manso.

@Abegas/Petrobras

2019, que estavam em estudo três novas rotas para o escoamento do gás natural produzidos no Pré-sal da Bacia de Santos que, somadas, teriam capacidade até 45 milhões de m3/d de gás natural. A primeira seria a Rota 4, ligando a produção do Pré-sal até a Praia Grande, no litoral paulista, com um gasoduto de 275 km, que teria capacidade para escoar entre 10 e 15 milhões de m3 /d de gás natural – projeto liderado desde 2014 pela Cosan, controladora da Comgás, distribuidora de gás natural no estado de São Paulo.

A rota 5 seria um gasoduto de 120 km de extensão, e capacidade entre 10 e 15 milhões de m3/d de gás natural, ligando o Pré-sal ao Porto do Açu, no Norte do Rio de Janeiro, onde a Gás Natural Açu está implantando um hub de gás natural com terminal de GNL e térmicas. A rota 6 seria um gasoduto de 120 km de extensão, ligando o Pré-sal ao Porto Central, na cidade de Presidente Kennedy, no Espírito Santo, também com capacidade entre 10 e 15 milhões de m3 /d de gás natural.

A Diretoria de Estudos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis1 da EPE publicou o PITER/21, que mostra que, no Brasil, existem atualmente cinco terminais de regaseificação de GNL em operação. Os dois primeiros têm configurações semelhantes e pertencem à Petrobras: o terminal Pecém/CE, inaugurado em janeiro de 2009, e o terminal da Baía de Guanabara/RJ, inaugurado em abril do mesmo ano; o terceiro terminal, também de propriedade da Petrobras, foi inaugurado em 2014, na Baía de Todos os Santos/BA; e os outros dois pertencem a outros players do mercado: terminal do Porto de Sergipe/SE, da CELSE, inaugurado em 2019, e o terminal do Porto do Açu/RJ, da GNA, inaugurado em 2021. Existem também três terminais adicionais com Decisões Finais de Investimento (FIDs) anunciadas pela Fortaleza Nova Energia: Gás Sul/SC; Suape/PE e Barcarena/PA (EPBR, 2021a).

A figura abaixo apresenta a evolução da capacidade de regaseificação instalada na costa brasileira, através de terminais de GNL ao longo dos anos, bem como a projeção de expansão no horizonte dos projetos anunciados.

https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-620/PITER%202021_English_October2021.pdf

O Ministério de Minas e Energia divulgou, na OTC de
@Divulgação Matéria de Capa no 392 Petro & Química 43

Fundado há 44 anos, no Litoral Sul de Pernambuco, entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, o Complexo Industrial Portuário de Suape é considerado uma das locomotivas de desenvolvimento de PE e do Nordeste, atraindo grandes empreendimentos em suas cadeias produtivas. Situado a 40 km do Recife, está instalado em uma área de 17,3 mil hectares. Soma investimentos privados de R$ 74,5 bilhões, com mais de 80 empresas instaladas, gerando mais de 17 mil empregos. Exemplo em sustentabilidade, 59% do território ocupado pela estatal compõe a Zona de Preservação Ecológica (ZEPC), e seu atracadouro é o quinto porto público do Brasil em movimentação de cargas, com destaque para os granéis líquidos (derivados de petróleo e outros minerais).

Em 2022, registrou movimentação de 24,7 milhões de toneladas, aumento de 12%, em relação ao ano anterior (22 milhões de toneladas), mantendo a liderança nacional em transporte de granéis líquidos e navegação por cabotagem (entre os portos do país), e recorde de movimentação de contêineres no Norte/Nordeste. Os granéis líquidos representam 72,1% do total de cargas transportadas, seguidos de carga conteinerizada (22,8%), granel sólido (2,7%) e carga geral solta (2,4%).

Suape é o maior porto público de granéis líquidos dos Brasil, tendo destaque, nesse contexto, a Rnest – Refinaria Abreu e Lima –, com produção de 100 mil barris/dia.

No contexto de hub port desse tipo de carga, destaca-se a posição de Suape, como ponto de concentração e distribuição de GLP para todo o país, sendo que, do GLP impor-

tado, mais de 90% chegam ao país por Suape, alcançando até o Porto de Paranaguá, por meio de uma tancagem flutuante estacionária. Há previsão de implantação de um terminal onshore de GLP, adicionando à capacidade instalada 90 mil metros cúbicos, com investimento previsto de R$ 1,2 bilhão.

Atualmente, está em curso a implantação de um terminal de regaseificação de gás natural em Suape. O CMU (Cais de Múltiplos Usos) está em obras, para receber uma unidade regaseificadora flutuante, o FSRU (Floating and Storage Regasification Unit), que será abastecida por navios transportadores de gás natural liquefeito, o GNL – que provavelmente virá dos Estados Unidos e de Trindade e Tobago, por navios carrier do portfólio internacional da Shell, um dos parceiros de Suape neste projeto, que já tem consumo garantido pela Termopernambuco.

O complexo de Suape conta ainda com o projeto TecHub plataforma de pesquisa, desenvolvimento e inovação, com foco na produção do hidrogênio verde (H2V), que vai ser voltado para a implementação de projetos inovadores nas áreas de produção, transporte, armazenamento e gestão de novos modelos de negócio na transição energética, incluindo hidrogênio.

Para o porto de Suape, o maior desafio para o desenvolvimento dos projetos de energias renováveis é a regulação pois, a partir desse marco, haverá um período de desenvolvimento de novas instalações portuárias, e de soluções para o transporte e a comercialização dessas novas energias.

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Mas, como ressalta o presidente da ATGás, para entender um pouco mais, o futuro imediato, e até um pouco mais longínquo, ele na verdade tem mais a ver com esse sistema crescer e se integrar, do que com a história de projetos. A integração é mais representativa para o momento atual. Porque ela, na verdade parte do princípio de que essa plataforma vai continuar sendo desenvolvida, esse ambiente, onde todos os vendedores estão conectados, de maneira que qualquer comprador que se conecte nela, possa ter acesso a essas múltiplas ofertas, vai desenvolver-se.

Então, a opção que o comprador vai escolher vai depender da negociação com as múltiplas fontes disponíveis. Hoje, o fato de se ter essa rede interligada permite a quem esteja na Bahia, no Paraná, no Ceará ou em São Paulo optar, não apenas pelas fontes que estão mais próximas, mas por quaisquer outras que podem naquele momento ofertar um produto mais competitivo.

E isso está sendo feito pelo que a gente chama de transportador, aqui no Brasil, as 5 empresas de transporte de gás – TBG, TAG, NTS, TSB e GásOcidente – que na Europa comporiam a Transmissão. Um bom paralelo seria com o SIN (Sistema Integrado nacional, que é muito mais complexo, funciona no sistema de despacho e precisa de um ranking de ofertas). E esse sistema pode acontecer porque o gás basicamente tem uma especificação dada para entrar na rede. Ainda um paralelo que se pode fazer com o SIN é que se pode comprar uma molécula de um fornecedor na Bolívia, mas, na verdade a molécula que vai ser entregue não é necessariamente uma que veio de lá, mas contratualmente o acordo é com aquele fornecedor. É por isso que existe o sistema de

https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/anuario-estatistico/arquivos-anuario-estatistico2022/anuario-2022.pdf

entrada e saída, o que se faz no caminho é buscar otimizar os fluxos e facilitar as negociações. Antes, se pagaria um trajeto. Por exemplo, comprando gás em Corumbá, para ser entregue em Salvador, seria necessário calcular o frete para cada origem e destino. Hoje, não. Ele vai ter uma tari-

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fa de entrada, e vai ter uma tarifa de saída, na hora que os mercados estiverem todos interligados. Hoje, cada empresa coordena seus contratos através uma figura chamada gestor de área de mercado, previsto na lei. E, dessa forma, quando uma empresa contrata X m3, ela vai injetar o mesmo tanto no sistema, não há necessidade de um organismo controlando isso, porque tudo está definido entre as partes. Existe sempre um equilíbrio entre o que se produz e o que se consome no sistema planejado.

“E, hoje, para ser exato, ainda existem três grandes mercados separados – de entradas em Corumbá, Campinas, Cabiúnas. Hoje, ainda se trabalha com 3 redes, mas, em algum momento, em meados dessa década, isso vai ser uma área só, integrada, onde se pagará simplesmente uma entrada e uma saída”, pontua Rogério Manso, que lembra que o sistema tem capacidade de movimentar – e já movimentou – mais de 80.000.000 m3/d. Quando há despachos, por exemplo, para térmicas, existe uma demanda adicional bem forte; então é preciso maior injeção. É um mercado que funciona na base da competição: se o gás estiver escasso, o preço vai subir. E pode

ser que, nesse momento, subindo de preço, haja um arrefecimento da demanda, porque ela existia por um determinado preço; se o preço subir muito, ela muda. “Devemos ver esse movimento ao longo dessa década, com a entrada de uma série de novos projetos de produção nacional, como o Rota 3/Gaslub, o já anunciado projeto da Equinor/Petrobras/Repsol Sinopec – BMC-33 –, Rotas 4, 5 e 6 e ainda Sergipe-Alagoas. Digamos que cada um deles injete em média, 15 milhões de m3/d no sistema. Então, daqui até o final da década, tem-se algo na faixa de 42, 45 milhões m3/d adicional de gás. Isso vai substituir uma queda do gás vindo da Bolívia, que já está acontecendo, e também uma queda de alguns campos do Présal, mas também vai gerar um gás adicional e uma oportunidade para novos consumos.”

O gás tem sido colocado como necessário, e sem o qual não é possível uma transição energética adequada, e isso também deve impactar o consumo, até porque, em nível mundial, a demanda por carvão ainda é muito forte, e também por derivados líquidos de petróleo, que têm uma intensidade de carbono muito maior do que o gás entre os hidrocarbonetos. Some-se a isso o fato de que nenhuma outra fonte tem uma relação carbono - hidrogênio tão favorável quanto o metano. E você precisa ter estabilidade de suprimento de energia. Ou seja, não adianta ter uma energia limpa, mas descontínua; é preciso lembrar dos três atributos da energia: ela tem de ser aceitável do ponto de vista ambiental, tem de ter preço acessível, e estabilidade de suprimento. A energia tem de estar disponível, quando você precisar dela.

Por isso, o gás atrai investimentos para continuar esse processo de substituição das outras fontes fósseis: só nessa rede de transporte, se somar os investimentos das três maiores transportadoras, você tem R$18 bilhões até 2030 – são investimentos importantes e datados, porque o gás da Bolívia está caindo, e as regiões de São Paulo, Sul e SE dependem muito dele, é preciso colocar gás do Pré-sal no sistema. Isso é só a ponta do iceberg, no curto prazo – baseado em recursos próprios. É o suficiente para lidar com os desafios mais imediatos, que englobam grandes e pequenos projetos, como Sergipe-Alagoas, que vai entrar com grandes volumes adicionais – cerca de 14 ou 15 milhões m3/d

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na rede – e isso pede capacidade de transferir um pouco para o SE e NE. E pede atenção às questões regulatórias, que já causam certo desconforto, e podem impactar negativamente alguns investimentos que garantem efetivamente o abastecimento do mercado nacional.

Se entra GNL importado no duto estadual, esse gás necessariamente tem de ficar dentro do estado, pela regulação atual; então, alguém de fora do estado não pode comprar direto, deixando esse gás ilhado, e isso vai contra a ideia de formar um mercado com liquidez, subaproveita o ativo, e pode jogar fora décadas de busca de consenso, trabalho e investimento, se o estado resolve desligar-se da malha integrada – exigindo reestruturação física e econômica do sistema, além de deixar esse estado vulnerável, do ponto de vista de suprimento, à mercê de apenas um fornecedor.

Quando se fala em investimentos, estão aí incluídos os dutos em si, as unidades de compressão (necessárias para aumentar a capacidade de fazer transferências), uma série de outros equipamentos, instrumentos, válvulas, acessórios, automação, e obras civis e serviços – 90% de fornecimento local. E muita tecnologia. Porque, grosso modo, a malha de dutos é um ativo de R$ 100 bilhões. Isso é extremamente significativo. E é um ativo que dura décadas, deve ser conservado e ter sua vida útil expandida, com segurança ao máximo. Ao longo do tempo, as empresas vêm colocando sensores, medidores, sistemas de controle, etc., para garantir que tudo possa ser monitorado e operado remotamente, acompanhando as novas tecnologias, e implementando o que for bom para otimizar o sistema.

Em relação a furto, normalmente, o problema que o gás encontra pode ser o de alguém que foi escavar, e não se deu conta de que tinha um duto ali – o que, na maioria das vezes, se resolve sinalizando melhor a faixa, demarcando, colocando placas de proteção; e a perfuração intencional, mais rara, até porque mais complexa e cara.

Estar atentos aos desafios operacionais de segurança, ambientais e de resistência à corrosão faz parte do dia-a-dia da gestão dessa malha de dutos. E a abordagem sistemática para enfrentar esses desafios envolve a adoção de práticas de gestão de integridade, planos de resposta a emergências, treinamento e capacitação de mão-de-obra, investimentos em tecnologias avançadas, e a colaboração entre as empresas do setor, agências reguladoras e comunidades no entorno.

E como a busca contínua por melhores práticas e soluções é fundamental para a malha de dutos no Brasil, a Rio Pipeline sempre traz inúmeras discussões sobre novas tecnologias e avanços no setor para os segmentos de Inspeção e monitoramento, novos materiais e técnicas de revestimento, sensores e telemetria, automação e controle.

Rogério Manso destaca que a ATGás está elaborando um road map, para avaliar se algumas redes podem ser converti-

das para Hidrogênio – o que não é uma questão simples. “Estamos iniciando um trabalho coletivo, com centros de pesquisas, inclusive com CTDUT. Existem questões de confiabilidade e segurança importante. Eventualmente, novos investimentos precisarão ser feitos, de maneira que as novas redes estejam capacitadas desde já a transportar misturas com hidrogênio. E ainda é preciso determinar quais são as misturas prováveis e possíveis de serem transportadas pela rede; quais são os custos associados, quais são os equipamentos e as adaptações que precisam ser feitas nesses equipamentos, sejam eles dutos, unidades de compressão, e outros.”

Então, as perspectivas para o futuro da malha de dutos no Brasil demandam a continuidade dos investimentos em infraestrutura, para acompanhar o crescimento da indústria de petróleo, gás e biocombustíveis, e isso envolve a expansão da capacidade de transporte, bem como o desenvolvimento de novas rotas e conexões, para aumentar a integração nacional.

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@Equinor O conceito do BM-C-33 é baseado em um FPSO capaz de processar 16 milhões de m³/dia de gás e 20 mil m³/dia de óleo/condensado, sem a necessidade de processamento onshore, com início da produção previsto para 2028. @Método/Gaslub

Machine Learning aplicado ao roubo de combustível em oleodutos

Marcos Belle, Gerente no Centro de Controle de Proteção de Dutos na Transpetro, publicou, com colegas e pesquisadores, um trabalho sobre o aprendizado de máquina no monitoramento de dutos, que utiliza, tradicionalmente, diversas tecnologias, como imagens satelitais, drones, câmeras, medidores de pressão, vazão e temperatura, e equipes especialmente treinadas e preparadas para atuação em campo.

Marcos conta que o Centro Nacional de Controle e Logística (CNCL) da Transpetro tem um Sistema Scada, que adicionalmente conta com outros recursos complementares, para garantir a proteção dos dutos, mas nem todas as tecnologias estão integradas a ele – ainda que a companhia trabalhe nessa direção.

“Das tecnologias ditas disruptivas (IA, Machine Learning, Digital Twins...) hoje, a mais utilizada é a IA (Inteligência Artificial), pois, ela consegue identificar comportamentos com indícios de padrões aprendidos, e isso traz uma informação importante para um segundo momento de análise humana. Além desta tecnologia, criamos um sistema que centraliza grande quantidade de dados. Este sistema também integra grande parte das informações e tecnologias usadas, possibilitando performance e otimização nos processos e atividades”, diz Marcos, que explica que o estudo publicado teve como objetivo principal criar uma IA que pudesse receber uma grande quantidade de dados (que o ser humano não consegue processar com a mesma rapidez), processar e trazer, dentre uma série de informações, aquela que é mais relevante e crítica, isso para auxiliar o processo decisório do ser humano. A criação desta IA foi muito bem-sucedida, trouxe agilidade e rapidez no processo decisório. “O momento agora é de integrar este IA no

SIPD (Sistema Integrado de Proteção de Dutos)”

Marcos e seus pares fizeram, no estudo, um recorte de três anos, analisando-os e usando modelos estatísticos e algoritmos, que foram elencados por acurácia, especificidade e sensibilidade, onde especificidade implica reduzir o envio de patrulhas a campo em 68,3%, e sensibilidade significa que o modelo é um bom preditor para casos positivos. Marcos destaca que o trabalho técnico tem a ver com como os dados gerados em sistemas podem ser mais bem interpretados e entregues ao ser humano; ele pode ser usado por outros dutos, que não os estudados, pode ser usado para todos os casos em que trabalhe com os dados coletados desta tecnologia.

O roubo de combustível em oleodutos e seu impacto no meio ambiente e nas comunidades vizinhas são problemas recorrentes em diversos países, ainda que os sistemas de monitoramento automatizado acionem alertas, patrulhas e drones percorram os traçados. Logo, a priorização correta é essencial para mitigar o problema, e mesmo para corrigi-lo com rapidez. O Pró-Dutos, por exemplo, é um programa para os riscos e o combate às derivações clandestinas nos dutos da Petrobras, é um conjunto de iniciativas na área de programas de responsabilidade social, comunicação com as comunidades lindeiras às faixas de dutos, ações do jurídico, etc., estando fortemente internalizado no Sistema Petrobras, em especial na atuação da Proteção de Dutos dentro da Transpetro. Para acessar o artigo Applying Machine Learning to the Fuel Theft Problem on Pipelines, publicado no Journal of Pipeline Systems Engineering and Practice, Volume 14, IMay 2023: https://ascelibrary.org/doi/full/10.1061/ JPSEA2.PSENG-1374#executive-summary-abstract

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Abordagem ESG e a Gestão dos Sistemas de Medição no O&G: Práticas para um Futuro Sustentável

Introdução

Ao longo das várias décadas do desenvolvimento da indústria do óleo e o gás (O&G), as questões ambientais, sociais e de governança tomaram diferentes posições, dentro das escalas de priorização das atividades da indústria. Porém, nos últimos anos, o assunto tem estado no foco das organizações, e é esperado que essa tendência cresça, com o amadurecimento do mercado (INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, 2021).

O termo ESG (de Environmental, Social, and Governance) surgiu em 2004, em uma publicação denominada Who Cares Wins (“quem se importa ganha”), resultado de uma iniciativa liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que buscava critérios e recomendações para a inclusão de questões ambientais, sociais e de governança no mercado financeiro. Esse relatório entregava Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com foco para que as empresas contribuíssem mais para a sociedade em termos de sustentabilidade (GLOBAL COMPACT, 2004).

Em 2015, a ONU propôs a Agenda 2030, um plano ambicioso que compreende 17 ODS, com o intuito de promover a prosperidade social e econômica, de maneira contínua e sustentável. Com a integração dos ODS aos objetivos corporativos, há o estabelecimento de metas, métricas de desempenho, reformulação de vários processos de negócios, e relatórios anuais de desempenho, que

precisam ser repassados para os investidores. Dessa forma, o alinhamento com os ODS pode contribuir para o fornecimento de informações e padrões consistentes das estratégias ESG (ONU, 2015).

Particularmente para as indústrias do O&G, esse alinhamento é essencial porque empresas que ignoram o ESG podem ter desvantagens competitivas com a concorrência, impactos na sua imagem e lucratividade (OIKONOMOU et al., 2012; SASSEN et al., 2016; CHOLLET and SANDWIDI, 2018). Além disso, com o apoio ao desenvolvimento de novas tecnologias e práticas, é possível ter-se economia de custos, redução de resíduos e queimas de processos, maior atratividade de investidores, e monetizar a mitigação do carbono (SHAKIL, 2020).

O grande desafio das operadoras e concessionários, no entanto, é definir um conjunto de práticas operacionais, para atingir os objetivos corporativos e, por consequência, os ODS previstos. Muitas vezes, o que se observa é um conjunto extremamente genérico de “práticas recomendadas” como promoção de gestão de resíduos, minimização de riscos no trabalho, estabelecimento de programas de conscientização, treinamento e benefícios aos colaboradores, incentivar a diversidade e inclusão,

no clima e na cultura organizacional.

Para os gestores das indústrias do O&G, essas “práticas” são bem conhecidas, até muito antes do estabelecimento dos ODS propostos pela ONU. E os grandes desafios na realidade

50 no 392 Petro & Química Artigo
trabalhar Carlos Eduardo Ribeiro de Barros Barateiro, D. Sc. Universidade Estácio de Sá Faesa Ornellas, especialista em gestão estratégica de sustentabilidade pela PUC Claudio Makarovsky Universidade Federal Fluminense

são desdobrar as “práticas” em ações efetivas.

Assim, este artigo foca em algo bem específico: como a gestão das medições de vazão e volume dos sistemas de medição de O&G são parte efetiva para se garantir a sustentabilidade do negócio e da sociedade.

Regulação do Mercado de O&G

Podemos dizer que a preocupação com a regulação desse mercado teve origem em 1911, quando a Suprema Corte dos USA declarou que a Standard Oil de John D. Rockefeller estava violando Lei Antitruste Sherman, de 1890. Com isso, essa empresa foi dividida em sete outras companhias (as “Sete Irmãs”). Esse termo foi criado por Enrico Mattei, e se refere a oligopólio das empresas Royal Dutch Shell, Anglo-Persian Oil Company (APOC), Esso, Standard Oil of New York (Socony), Texaco, Standard Oil of California (Socal) and Gulf Oil, no mercado petrolífero, entre as décadas de 1940 e 1970. Juntas, as sete irmãs possuíam uma enorme influência nos preços, tendo em vista a alta taxa de produção e a grande quantidade de reservas que detinham, de forma que usavam esse recurso para dificultar a entrada de novas empresas na indústria (SAMPSON, 1975).

Esse período é marcado por acirradas disputas pelas reservas mundiais de petróleo, em especial no Oriente Médio, e pela busca de petróleo em novas regiões, como Sudeste Asiático, Venezuela, Egito, Rússia e México. As “sete irmãs” operavam como um cartel internacional, coordenando suas ações para evitar a concorrência. E, assim, se estabeleceram no Oriente Médio as primeiras regras dos direitos de propriedade e de domínio das reservas dos campos de produção pelas empresas estrangeiras, introduzindo-se o sistema de concessões e o pagamento dos royalties. Na realidade, em função do volume das reservas, custos de exploração e fatores de recuperação das reservas, foram estabelecidos outros regimes de produção, como a partilha da produção, por exemplo (THOMAS, 2003).

Independentemente do regime de produção adotado, a qualidade da medição dos volumes produzidos é fundamental! Porém, não é somente essa medição que é importante!

Vale lembrar que, no caso brasileiro, o Decreto n° 2455 (BRASIL, 1998) estabelece os princípios que norteiam o funcionamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), e lá encontramos (Art. 3º, I): “satisfação da demanda atual da sociedade, sem comprometer o atendimento da demanda das futuras gerações”. E essa especificação, que leva a necessidade de monitorar o trato com os reservatórios para maximizar o valor do contrato para a sociedade (injeção e produção de água), monitorar a queima (flare) e os hidrocarbonetos consumidos para maximizar o aproveitamento útil do reservatório; e monitorar o descarte da água produzida.

Ou seja, os sistemas de medição abrangem diversas finali-

dades para compor os controles e objetivos da própria ANP.

As Operações nos Sistemas de Medição e a Abordagem ESG

Com o foco na abordagem ESG, podemos então relacionar quais práticas devem ser observadas nesses sistemas de medição, visando à prosperidade social e econômica de maneira contínua e sustentável, tanto para a organização (operadora e/ou concessionária), como para a sociedade.

Assim, podemos listar as práticas operacionais com os princípios da ESG:

• Environmental

o Medição dos volumes injetados e descartados (água e gás).

o Medição da qualidade dos injetados e descartados (água).

o Medição do consumo de óleo e gás natural na unidade.

o Medição do gás queimado (flare).

o Medição da exportação e importação (óleo e gás).

• Social

o Treinamento e conscientização de engenheiros e operadores.

o Procedimentos.

o Segurança operacional nas medições.

o Qualidade das medições fiscais e de apropriação aos poços.

• Governance

o Função metrológica.

o Controle metrológico.

o Amostragem dos fluidos.

o Lacres e selagens.

o Projeto dos sistemas.

o Análise de Incertezas.

o Rastreabilidade.

o Validação das medições.

o Auditorias.

Em termos das questões ambientais, os volumes de água produzida e injetada são bons parâmetros para verificar como está o ciclo de vida dos reservatórios, e analisar como está o seu aproveitamento por parte do operador/concessionário. Da mesma forma, contribui a verificação dos volumes de gás injetado, que precisam ter uma lógica de controle ou baseada na maximização da produção de óleo, ou na minimizando o custo (aumento do volume produzido x custo da injeção). Também a qualidade da água injetada, principalmente quanto aos teores de óleo presentes, deve atender aos requisitos ambientais previstos.

Também no tocante aos aspectos ambientais, temos a medição do gás queimado (segurança operacional) e dos volumes consumidos para geração de energia elétrica da unidade de produção, ou mesmo para aquecimento dos tratadores de fluidos. Aqui a importância dessas medições são as emanações de gases de efeito estufa.

Por fim, temos as medições de exportação (saída da unidade) e importação (entrada), que são parâmetros importantes para monitorar eventuais vazamentos de hidrocarbonetos.

Para os aspectos sociais, pode-se verificar a necessidade de programas de treinamento e conscientização dos técnicos

no 392 Petro & Química 51 Artigo

e engenheiros, que operam os sistemas de medição. Aqui a abordagem é sobre riscos e aplicação das melhores práticas para minimizar falhas de medição. A minimização de falhas também passa por procedimentos adequados e funcionais.

Existem ainda três itens a serem considerados nos aspectos sociais: a) a segurança dos sistemas de medição, com a adoção das normas corretas, escolha das tecnologias mais indicadas às condições operacionais, e o uso de dispositivos que minimizem riscos físicos aos operadores precisem ser considerados; b) a qualidade das medições fiscais, porque elas vão impactar diretamente os montantes de royalties e participações especiais, que afetam diretamente a sociedade, já que os hidrocarbonetos são propriedade da União; c) a qualidade das medições de apropriação, porque estas servem para distribuir esses pagamentos para os municípios nos quais os poços de produção estão instalados, e que, portanto, podem ser prejudicados. E a qualidade dessas medições está relacionada com o nível de incerteza que os sistemas operam e sua credibilidade.

Por fim, temos os aspectos de governança, que podem parecer mais importantes que os demais, porém essa afirmação é equivocada. A governança começa com a definição da função metrológica, que tem a responsabilidade técnica e administrativa pelo correto funcionamento dos sistemas. E cabe a alta direção prover os recursos para que a função metrológica possa cumprir seus objetivos.

Depois, temos o controle metrológico, que são funções exercidas por órgãos públicos (aprovação de modelos, verificação inicial e subsequentes em medidores e sistemas), e exercidas pelo próprio operador, concessionário ou contratados (calibração e inspeções). Essas operações têm grande responsabilidade para garantir a qualidade dos resultados.

Da mesma forma, as amostragens têm papel importante para garantir a governança: tipicamente, é efetuada a medição da densidade do fluido líquido ou a composição do gás, e valores errados comprometem de igual forma os resultados das medições. O controle e gerenciamento de lacres numéricos ou lógicos (senhas) também têm seu papel importante, porque inibem intervenções nos equipamentos, feitas por pessoal não autorizado ou qualificado.

O controle do projeto dos sistemas de medição também está relacionado à governança, principalmente na escolha das tecnologias que permitem os menores erros, operando corretamente em todo o campo de operação previsto (vazões mínimas e máximas), e considerando as corretas incertezas definidas pelos clientes ou regulamentos técnicos.

Ainda temos três aspectos fundamentais da governança: a) a devida rastreabilidade de todas as medições e documentos (relatórios e certificados), para demonstração dos valores apurados, lembrando que a legislação prevê o armazenamento dessas evidências por dez anos; b) efetuar a validação de todas as medições, para minimizar erros de lançamento ou mesmo parametrizações indevidas e; c) a realização de auditorias periódicas e sistêmicas nos sistemas de medição, para

verificação da conformidade legal à regulamentação.

As auditorias, na realidade, transcendem a simples vinculação aos aspectos de governança. Acabam sendo parte integrante também das verificações de atividades de Environmental e Social, e a análise crítica, que deve ser realizada pela alta direção junto com os times de operação, deve focar na verificação dos indicadores e resultados encontrados, permitindo a formulação de planos de melhoria, que são fundamentais para o aprimoramento dos sistemas. E aqui, realmente, é que se verifica o real engajamento da empresa nos conceitos de ESG!

Conclusões

O que foi exposto nesse artigo é como as práticas de ESG precisam chegar nos níveis mais baixos da operação. E chegar com absoluta clareza do que precisa ser feito e controlado, implantando-se planos de melhoria e tratamento de não conformidades, de forma robusta e consistente. Os exemplos dados aplicáveis aos sistemas de medição de óleo e gás demonstram como a operadora/concessionária precisa abordar esses aspectos mais básicos, para efetivamente atingir um desenvolvimento sustentável.

Bibliografia

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52 no 392 Petro & Química Artigo

Renovável e sustentável não são sinônimos

É consenso dizer que o termo sustentabilidade está em alta, sendo amplamente utilizado, tanto por agentes do governo, quanto empresas e academia. Assim, alguns podem acreditar que é uma novidade recém inserida no mercado, mas, na verdade, trata-se de um conceito que começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972 e, de lá para cá, percorreu um longo caminho. Mesmo com mais de 50 anos de existência, o verdadeiro significado de sustentabilidade ainda é muitas vezes “confundido” com o de outros termos, e a por muitas vezes, a palavra é erroneamente utilizada como sinônimo de outras.

Por exemplo: por muitas e muitas vezes, as palavras renovável e sustentável são substituídas uma pela outra, como se fossem exatamente a mesma coisa, o que não é verdade. Sim, ambas são palavras bonitas, até rimam, e com certeza têm muito em comum. Mas não são a mesma coisa. E, afinal, qual a diferença entre elas? A definição de renovável é simples: passível de ser renovado. Assim, energia renovável, por exemplo, é a energia obtida de fontes que se renovam naturalmente, como o vento (energia eólica), sol (energia solar ou fotovoltaica), rios (energia hídrica), matéria orgânica (biomassa), etc. Já a definição de sustentável e sustentabilidade é um pouco mais complexa.

Estes termos, na verdade, estão ligados ao conceito de desenvolvimento sustentável, que nada mais é que o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. E para que essas necessidades sejam atendidas, o tripé da sustentabilidade (do inglês, triple bottom line) deve ser considerado: pessoas, planeta e lucro.

Ou seja, para que algo seja sustentável, não basta ser ambientalmente adequado e não comprometer as futuras gera-

ções, mas precisa também atender as pessoas e a necessidade de lucro da geração atual. Quando pensamos em combustíveis, ainda há um grande salto entre sustentável e renovável, pois são poucos os combustíveis renováveis que já são aptos a serem produzidos com baixo impacto ambiental (planeta), de forma barata (lucro), e de maneira socialmente adequada (pessoas). Isto não significa que não devemos investir esforços e recursos para que esse cenário se modifique, muito pelo contrário, este investimento é fundamental.

A Copa Energia, por exemplo, maior distribuidora de GLP do Brasil, vem atuado fortemente na pesquisa e desenvolvimento de um similar ao GLP fóssil, mas produzido de fontes renováveis, o chamado bioGLP ou GLP renovável.

Mas, enquanto este produto não chega ao mercado, é preciso lembrar que o próprio GLP fóssil, um energético barato, com baixíssimas emissões de poluentes, de alta capilaridade, e obtido como coproduto do refino do petróleo e processamento do gás natural, pode ser com certeza considerado um produto sustentável, e deve ser utilizado na transição energética por que estamos passando.

no 392 Petro & Química 53 Opinião
@CopaEnergia

Ethanol talks

“OBrasil será o primeiro país do mundo a implementar uma política de mobilidade com base no ciclo de vida, do poço à roda dos combustíveis”, anunciou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante participação do seminário Sustainable Mobility – Ethanol Talks, em Goa, Índia.

Durante o evento, o ministro reforçou que a região sul do globo terrestre tem uma grande vantagem competitiva, com a produção e uso dos biocombustíveis, e que nenhuma fonte de energia isoladamente será capaz de atender todas as necessidades globais de sustentabilidade.

“Nesse setor, podemos garantir geração de emprego e renda, menor preço ao consumidor, e diminuição da pegada de carbono no setor de transportes. Pretendemos enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei, o Combustível do Futuro, que pretende fazer o Brasil avançar ainda mais, com uma política pública integrada e voltada para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono”, anunciou.

Segundo o presidente da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia –, Evandro Gussi, o Brasil tem o potencial de se transformar no centro gravitacional do mundo, quanto o assunto é bioenergia, e o governo

brasileiro tem empenhado os esforços necessários para que esse processo se dê ainda mais rápido.

“Quando setores público e privado atuam em parceria, o Brasil avança. Tivemos oportunidade de participar das discussões nos comitês do Programa Combustível do Futuro, e trabalhar a várias mãos essa política, que colocará o país, mais uma vez, na vanguarda, quando o assunto é sustentabilidade.”

Outro tema destacado por Silveira, durante o evento, foi a ampliação da mistura de etanol, dos atuais 27% para 30%. “Gostaria de anunciar que o governo do presidente Lula está em vias de adotar o padrão E30, para aumentar a octanagem da gasolina, e possibilitar à população motores à combustão mais eficientes.”

Pelo conceito adotado no projeto de lei, a avaliação dos combustíveis irá contabilizar todas as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), desde o processo de cultivo e extração de recursos, produção dos combustíveis líquidos ou gasosos, ou da energia elétrica, sua distribuição e utilização em veículos leves e pesados, de passageiros e comerciais.

O seminário é realizado pela Unica, Ministério das Relações Exteriores, ApexBrasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – e Projeto Brazil Sugarcane Bionergy Solution, desenvolvido pelo Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA), com apoio da Embaixada da Índia no Brasil, da Associação dos Fabricantes de Automóveis Indianos (SIAM), e da Asso-

@Unica Retr ospectiva etrospectiva 54 nº 392 Petro & Química

ciação Indiana das Indústrias de Açúcar (ISMA). O projeto, que retorna à Índia, é desenvolvido desde 2020, e já te teve edições em Nova Déli (Índia), Bangkok (Tailândia), Islamabad (Paquistão), na cidade da Guatemala (Guatemala), Buenos Aires (Argentina) e San José (Costa Rica).

Além de compartilhar a experiência brasileira, o seminário trouxe a discussão sobre os benefícios econômicos, sociais e ambientais da bioenergia, para a mobilidade de baixo carbono.

“ A experiência brasileira na produção e consumo de etanol tem inspirado oportunidades em várias regiões do mundo, principalmente na Ásia e América Latina. A realização deste evento, em conjunto com as reuniões dos ministros de Energia do G20, mostra a relevância do etanol como solução energética de baixo carbono. O desenvolvimento pela Índia de um programa de etanol, com a ampliação da mistura na gasolina, fortalece o biocombustível, pois, é um país de

proporções continentais, como uma frota diversificada ”, destaca o diretor executivo da APLA, Flávio Castellari

Uma delegação oficial da Câmara dos Deputados e do Senado brasileiro esteve presente ao seminário. Também participaram do Ethanol Talks, o senador Rogério Carvalho e os deputados Newton Cardoso Jr., Nelson Padovani e Lafayette Andrada, e o diretor de Assuntos Governamentais da Toyota, Roberto Braun.

Mais de um quarto das emissões de gases que agravam as mudanças climáticas são oriundas do setor de transportes e, para mudar esse cenário para uma mobilidade de baixo carbono, é preciso viabilizar a adoção dos biocombustíveis como substitutos aos combustíveis fósseis. O papel da bioenergia nesta transformação foi o principal tema do seminário Sustainable Mobility: Ethanol Talks Special Edition, realizado em Goa, Índia, durante a semana dedicada à energia, na reunião ministerial do G20 sobre transições energéticas.

com

A International Digital Energy Expo , organizada pela China Southern Power Grid (CSG), que aconteceu em Shenzhen, China, reuniu mais de 400 empresas, numa exposição, e 2 mil especialistas em energia chineses e estrangeiros, no Fórum de Energia Digital “Criando um Futuro Verde com Energia Digital”, para trocarem informações sobre o crescimento de novos sistemas de energia, a indústria de armazenamento de energia, etc.

@ prnewswire

“Com a integração em grande escala de novas fontes de energia às redes, os sistemas de energia exigem um equilíbrio entre as demandas de carga, em mudança constante, e as fontes de energia, resultando em mudanças fundamentais em suas formas estruturais, modos de controle operacional, planejamento, construção e gerenciamento”, disse Liu Jizhen, acadêmico da Academia Chinesa de Engenharia, e chefe do Laboratório Estatal Chave do Sistema de Energia Elétrica Alternativa com Fontes de Energia Renováveis.

De acordo com He Xiaobai, vice-presidente da CSG, a empresa irá desempenhar um papel central, como empresa de rede na transformação verde e de baixo carbono do desenvolvimento econômico e social; ela irá colaborar com outras empresas de energia, para facilitar o desenvolvimento de alta qualidade do setor, e criar um ecossistema com a indústria energética.

O Fórum apresentou o lançamento de conquistas de digitalização, como a Rede de Carga, Armazenamento e Descarga de Energia (1.0), da Plataforma de Gerenciamento de Usina Virtual de Shenzhen (2.0), e o White Papers, sobre a Energia Digital de Shenzhen.

He Long, vice-presidente da BYD, apresentou o histórico de cooperação da empresa com redes. Em 2011, BYD e CSG construíram a CSG Energy Storage – Shenzhen Baoqing Battery Energy Storage Power Station, que é a maior usina de armazenamento de energia de transferência de picos de calor do mundo – a usina elétrica já opera há mais de 10 anos e, daqui em diante, a BYD seguirá aderindo à abordagem de “estação de energia”, aumentando a capacidade das células, utilizando o modelo cascata de alta tensão, e implementando o armazenamento de energia pela tecnologia de armazenamento bombeado.

“Criando um Futuro Verde com Energia Digital” “Criando um Futuro Verde
Retrospectiva nº 392 Petro & Química 55

Segundo o Mario Haim, vice-presidente global da Schneider Electric, a energia elétrica é a forma de energia mais eficiente, e possui o transporte ideal para a descarbonização. A digitalização permite a identificação de perdas de energia anteriormente invisíveis, reduzindo o desperdício de energia, e aumentando a eficiência de utilização de energia. Integrar eletrificação e digitalização é a chave para alcançar um futuro mais flexível e sustentável. De acordo com Haim, a empresa está apresentando “soluções inovadoras que cobrem todo o ciclo de vida para a construção de redes do futuro” na exposição. “Nosso ETAP [programa de análise de transientes elétricos] é uma nova plataforma elétrica digital dupla, integrada para gerenciar o ciclo de vida completo do sistema elétrico, desde o projeto e engenharia até as operações e manutenção, que capacita os usuários a aumentarem a produtividade, colaboração e eficiência, e permite sua jornada de transição energética”.

Sun Yao, diretor de marketing da CGN New Energy Holdings Co., Ltd., e Marcio Szechtman, diretor de transmissão da EBR, enfatizaram o significado da tecnologia digital e da tecnologia da informação para empresas relacionadas. Sun Yao citou o exemplo da previsão de preços de eletricidade. “A digitalização é uma ferramenta altamente eficaz para a gestão precisa.” De acordo com ele, cada grupo de geração de energia no mercado internacional de eletricidade madura tem seu próprio sistema de negociação de energia e controle de riscos. Marcio Szechtman destacou o significado das tecnologias da informação no estabelecimento de sistemas estáveis de transmissão de energia.

Como uma das primeiras cidades da China a desenvolver o novo setor de energia, Shenzhen, atualmente, tem mais de sete mil empresas de armazenamento de energia envolvidas em serviços relacionados. Nos últimos anos, a cidade apresentou diversas conquistas significativas, posicionando-se como pioneira global em tecnologia, no setor. Durante o fórum, os participantes se envolveram em discussões sobre o mercado de armazenamento de energia, tecnologias emergentes e outros tópicos relacionados. O objetivo é gerar ideias para o crescimento empresarial,

promover um ecossistema favorável para o novo setor de armazenamento de energia, e facilitar o desenvolvimento de alta qualidade do setor de armazenamento de energia.

Durante a Exposição (IDEE), as autoridades municipais de Shenzhen revelaram a primeira estação de superalimentação, totalmente refrigerada a líquido, da cidade, como parte de sua iniciativa “Supercharging City”, e também anunciou um plano para construir 300 estações delas para veículos de nova energia (NEVs), em três anos, igualando-as ao número de estações de postos de petróleo na cidade – que estabeleceu 2030 como meta, para tornar a recarga de NEVs mais fácil do que o reabastecimento de carros tradicionais.

No Fórum de Energia Digital, Hou Jinlong, presidente da Huawei Digital Power, falou sobre “Integrar as tecnologias digitais e de eletrônica de potência, para criar uma nova era de energia digital, e um futuro melhor e mais sustentável”. Hou enfatizou que o desenvolvimento hipocarbônico, a eletrificação, a digitalização e a inteligência são os quatro principais caminhos para a evolução e transformação do setor energético – que entrou em uma nova era de energia digital, e estará profundamente integrado ao mundo digital.

A transformação da infraestrutura energética – incluindo novos sistemas de potência, sistemas de energia urbana, redes de transporte energético e sistemas de energia residencial – é cada vez mais rápida. A Huawei Digital Power utiliza as tecnologias ‘4T’ (BIT, WatT, HeaT e BatTery – bits, watts, calor e bateria), para construir uma nova infraestrutura de energia, baseada em uma nova

Retrospectiva 56 nº 392 Petro & Química @Schneider

infraestrutura para o sistema de potência; um novo tipo de infraestrutura energética para veículos elétricos – que inclui soluções de mobilidade elétrica e carga por fusão; uma nova infraestrutura energética para o setor digital.

Meng Zhenping, presidente da CSG, afirmou que a empresa está pronta para colaborar com todas as outras partes, para construir um ecossistema de energia digital aberto, compartilhado e mutuamente benéfico, que promoverá o desenvolvimento de alta qualidade no setor de energia. E, na exposição, a CSG exibiu seu chiptuning “Fuxi”, o sensor “Jimu”, e demonstrou seus produtos digitais, como o sistema “Kuafu”. Por outro lado, a Tencent Cloud revelou seus produtos de energia “EnerLink” e “EnerTwin” – que ajudariam as empresas a criar rapidamente diversos cenários de digitalização de energia.

A bateria de lâmina Blade em exibição no estande da BYD, é um novo tipo de bateria de íon de lítio desenvolvida pela empresa, que é mais estável e segura do que as baterias de íon de lítio convencionais.

Como uma das primeiras cidades da China a desenvolver a nova indústria de energia, Shenzhen tem uma base relativamente sólida em P&D e industrialização de materiais e tecnologias de armazenamento de energia eletroquímica. Dados oficiais mostraram que Shenzhen tem atualmente cerca de 7.000 empresas envolvidas em negócios relacionados ao armazenamento de energia.

setor de químicos e materiais, em Londrina e materiais, em Londrina

A Abiquim participou da quarta edição do IntegraQM, evento anual de inovação, realizado em Londrina/PR, com o apoio da Associação, e que neste ano trouxe, como tema principal, ‘O futuro dos negócios e os negócios do futuro’.

Na palestra ‘Química do futuro: a influência das tendências e ameaças no desenvolvimento da Indústria Química’, a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima

Giovanna Coviello Ferreira deu um panorama do setor químico, e apresentou a agenda estratégica da indústria química brasileira, que está dividida em quatro grandes missões, e que o setor entende serem fundamentais, para que o país volte a prosperar – gás natural, bioprodutos, energias renováveis e saneamento básico – caso se estabeleçam condições competitivas mais favoráveis.

Em sua apresentação, Ferreira enfatizou ainda que a indústria química brasileira tem muito a contribuir para a transformação energética e para o desenvolvimento eco-

nômico do País, por meio dessas missões e, como representante do setor, a Abiquim advoga que o caminho para o cumprimento delas passa pela adoção de uma política pública que dê estímulos à química sustentável, e competitividade em energia e matérias-primas, tributação adequada e coerente, além de promover uma adequada inserção internacional, transformando as inquestionáveis vantagens comparativas de que o Brasil dispõe em vantagens competitivas, e que resultem em ampliação da capacidade industrial.

No evento, que trouxe uma programação de conteúdos diversa, foi anunciado o lançamento do Hub do Setor de Químico e Materiais, uma plataforma digital para promover a conexão e a integração entre todos os atores do setor, desde indústrias do segmento até instituições de ensino, laboratórios, startups, prestadores de serviços, governo, instituições de apoio tecnológico e institutos de ciência e tecnologia.

Retrospectiva nº 392 Petro & Química 57
Abiquim participa de evento de inovação do setor de Abiquim participa de evento de do

ACoppe/UFRJ lançou o Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, com o objetivo de contribuir para a melhoria ambiental, a partir de respostas trazidas pela pesquisa em Engenharia. A proposta é envolver toda a comunidade científica da Coppe, em parceria com o poder público e a iniciativa privada, em busca de soluções que beneficiem toda a sociedade.

Na ocasião, o diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, destacou a importância do apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através de sua Fundação de Amparo à Pesquisa do estado do Rio de Janeiro (Faperj), e da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (Alerj), para a criação do Centro Virtual de Soluções Tecnológicas. A vice-diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, à frente do projeto, destacou duas iniciativas, desenvolvidas em conjunto e também lançadas: a plataforma digital BxC, de soluções de baixo carbono, para permitir uma integração rápida e eficiente, entre as empresas e as instituições, e os especialistas da Coppe; e cursos de ensino a distância (EaD) sobre soluções de baixo carbono.

Os lançamentos foram feitos durante o debate “Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono: competências e visão de futuro”, com moderação da professora Suzana Kahn, e participação do presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, do CEO da Petrogal Brasil, Daniel Elias, do diretor-presidente da Enauta, Décio Oddone, do diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, do diretor de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da Engie Brasil, Gil Maranhão Neto, e do secretário executivo da ABESPetro, Telmo Ghiorzi. Este foi o segundo evento da série “Agenda Coppe e Sociedade”, que faz parte das comemorações dos 60 anos de atividades da instituição.

Antes do debate, foi feita uma apresentação dos 60

anos da Coppe, em que foi lançado um vídeo sobre a história da instituição. Deste momento, participaram a secretária de Ciência e Tecnologia da Prefeitura do Rio de Janeiro, professora Tatiana Roque, e o superintendente de Inovação e Sustentabilidade da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Mauricio Guedes.

Na ocasião, Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell Brasil, que tem uma conexão de longa data com a UFRJ – foi aluno da escola de química da Universidade, bolsista do CNPQ, fez estágio no Cenpes Centro de Pesquisa da Petrobras contou que a Shell fez, junto com a deloite, em 2023, uma pesquisa sobre aviação, que resultou quase unânime a visão de que a solução no médio prazo é o SAF, mas se essa é a solução, ela vem com grandes dificuldades, porque é de três a oito vezes mais caro você produzir SAF hoje, em comparação com o querosene de aviação.

A produção de SAF foi 0.1% do consumo total de querosene de aviação. Ou seja, escalar isso é extremamente desafiador, e dá para se entender o grau de dificuldade

“Soluções Tecnológicas de Baixo Tecnológicas de Baixo
Carbono: competências e visão de futuro”
Retrospectiva 58 nº 392 Petro & Química @Divulgação
Carbono: e visão de futuro”
@TaniaRego/AgenciaBrasil

que ainda existe para poder descarbonizar um setor como esse, com regulamentação global, além da regional. Porque não adianta uma aeronave sair de um país e ir para o outro, e não conseguir reabastecer; a unificação de regulamentação requer um esforço enorme. Mas não é apenas nessa indústria, então, é importante acelerar as rotas de pesquisa e desenvolvimento, estreitar parcerias entre a iniciativa privada, as Universidades e os Centros de Pesquisa, mas também com a cadeia de fornecedores. Porque, para o bom desenvolvimento dos projetos, não adianta ter a demanda, a iniciativa privada e os laboratórios, se não se entender a rota para transformar aquilo numa realidade, com processos em escala, e eventualmente testar a comercialidade da ideia. E manter isso tudo em colaboração global, porque outros países podem ter projetos semelhantes.

Na Shell, buscamos ter disciplina na execução de projetos no mundo empresarial e na área de pesquisa, porque as mentalidades diferentes podem ser uma barreira.

Um grande desafio é a questão do financiamento, porque pesquisa e desenvolvimento requerem persistência, resiliência, tenacidade, para não desistir muito cedo, ou não financiar um projeto durante anos ou décadas.

Quando se entra num projeto, é preciso uma visão de longo prazo, e o comprometimento de todas as partes, entendendo que vão existir percalços no caminho, mas é preciso persistir.

Sobre o gás, trabalhei nessa área da Shell, e sempre me surpreendeu essa percepção de que o Brasil tem abundância de gás, mas acho que o Brasil tem na casa de 15 tcf (trilhões de pés cúbicos), a América do Norte tem 400 tcf, a Rússia pouco mais de mil, a divisa do Qatar com o Irã tem 900 tcf... então isso dá um pouco a visão da escala da pouca competitividade que o Brasil tem no gás. Mas, é preciso assumir que, como indústria, foi-se um pouco tímido; talvez pela questão do custo envolvido, porque realmente aqui se tira pouco gás associado, quase 5% de gás no Pré-sal, a 250 km da costa, por exemplo, que, quando chegar ao continente, não vai ter um preço tão competitivo. E é preciso fazer a conta bem-feita, e colocar esses números claros, para que a sociedade entenda, e para não criar uma expec-

tativa maior do que a realidade. E é preciso desmistificar o tema da injeção do gás. Porque existe um porquê de o gás ser rejeitado, hoje, no Brasil. É uma questão econômica; é preciso manter pressão do reservatório injetando água ou gás, e, se for injetado muito de um ou muito do outro, não se consegue retirar o petróleo. 10% de gás é reinjetado no campo de Urucu, porque não se tem mercado lá, e ainda não se construiu um gasoduto. Outros estão esperando a abertura do Rota 3, mas isso ainda fica para os próximos um ou dois anos. Esses números têm de ser ditos, com mais clareza e transparência.

Na Shell, a gente tenta trazer um pouco mais para realidade do curto e médio prazos, o que se pode tangivelmente fazer para diminuir a intensidade de carbono das

operações, hoje, por isso, enquanto o mundo vai buscar soluções que ainda são ideias – como sequestro de carbono, hidrogênio, amônia verde, etc., que são projetos que demandam 10, 20 ou 30 anos, foca-se nas ferramentas para reduzir a pegada de carbono do hidrocarboneto, do óleo e do gás, que é produzido hoje e vai continuar sendo necessário nas próximas décadas.

Por exemplo, aqui se falou da indústria de transporte – e ela dobrou de tamanho nas últimas duas décadas, enquanto se reduziu em 40% a intensidade de carbono dela

Retrospectiva nº 392 Petro & Química 59
@Divulgação

Positivo Tecnologia investe na maior fabricante de bioplástico compostável da América Latina

A Positivo Tecnologia, por meio de Fundo de Investimento de Participações (FIP), anuncia o investimento de R$ 32 milhões, na Earth Renewable Technologies (ERT), primeira empresa emergente da América Latina focada na produção de plásticos com base em biopolímeros. Desde 2021, a startup atua no Brasil, e já figura como a maior do setor de bioplástico compostável na América Latina.

Com esse aporte e com o apoio estratégico da Positivo Tecnologia, a ERT viabilizará iniciativas sustentáveis na produção de materiais de uso cotidiano, como embalagens e sacolas descartáveis, por meio do bioplástico. No Brasil, apenas 1,2% do plástico produzido é reciclado. De acordo com estudo feito pela organização não governamental World Wide Fund for Nature, o país figura como o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia.

Com o investimento e a recente implantação em Manaus da Lei Municipal 485/2021, que exige sacolas plásticas de origem bioplástica, a ERT acelera os planos de sua produção na capital amazonense. A atração da empresa para a região faz parte do compromisso da Positivo Tecnologia, em fomentar o desenvolvimento de empresas que estejam alinhadas com as vocações locais de negócios ligados à bioeconomia, e que construam novas matrizes econômicas na região da Zona Franca de Manaus. O investimento é proveniente da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Dentro dos benefícios da operação no Amazonas, está a colaboração com instituições de pesquisa locais no desenvolvimento de novos plásticos compostáveis, e no incentivo da utilização de bioinsumos regionais.

“Buscamos a evolução contínua dos nossos bioplásticos, e incentivamos a bioeconomia local, para inserir o Brasil na vanguarda do desenvolvimento sustentável”, explica Emanuel Martins, COO da Earth Renewable Technologies, responsável pela unidade Manaus.

O investimento da Positivo Tecnologia na ERT insere a fabricante de bioplásticos no ecossistema de inovação da Zona Franca de Manaus e, consequentemente, fortalece o compromisso da empresa brasileira de tecnologia, na busca de alternativas sustentáveis para o mercado em que atua. A aplicação de recursos em startups pela Positivo Tecnologia é pilar estratégico do Programa de Corporate Venture Capital da Companhia. Desde 2018, a legislação permite que empresas beneficiadas pela Lei de Informática apliquem parte de suas obrigações em Fundos de Investimento em Participações, que sejam autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários. A Positivo Tecnologia foi pioneira a utilizar este mecanismo, ao reforçar o compromisso

com o fomento e desenvolvimento de tecnologias e empresas nacionais.

Além do valor investido, a Companhia oferece apoio estratégico, suporte operacional e acesso facilitado à rede de parceiros de seu ecossistema, para acelerar o desenvolvimento das empresas investidas.

“Estamos ampliando a pauta ESG em nossos investimentos, com o estímulo de startups que tenham soluções para o avanço do desenvolvimento sustentável da Amazônia legal, e fortalecimento do ecossistema de inovação regional. O aporte em uma empresa emergente de bioeconomia como a ERT, que foca toda a capacidade tecnológica em prol da inovação e sustentabilidade, demonstra bem essa vertente. Nosso compromisso com a ERT reforça nossas práticas pela busca de soluções que aceleram o uso do bioplástico em descartáveis, bem como nossa busca para soluções para utilização em bens duráveis”, afirma Graciete de Lima, responsável pelo Programa de Corporate Venture Capital da Positivo Tecnologia.

A ERT desenvolveu uma tecnologia que transforma a canade-açúcar em plástico: basicamente, a startup compra o ácido lático, um composto químico produzido a partir da cana-deaçúcar, e transforma essa substância em bioplástico. Depois de usado, o plástico da ERT pode ser ‘compostado’ e transformado em matéria orgânica, como por exemplo, adubo para plantas. O grande diferencial da tecnologia da ERT em comparação a outros fabricantes de bioplástico é o SFRP, sigla para Short Fiber Reinforced Polymer. O resultado dessa tecnologia é que o bioplástico da ERT pode ser usado em diversos materiais, sejam sacolas plásticas, talheres, embalagens de produtos ou copos. Há estimativa de que, até 2030, cerca de 40% de todo o plástico seja bioplástico. Isso representaria um mercado potencial de US$ 50 bilhões/ano para a ERT, em todo o mundo. O plano da startup é multiplicar a capacidade de produção anual por 10, ao passar, das 3,5 mil toneladas atuais, para cerca de 35 mil ao ano.

A ERT é liderada pelo brasileiro Kim Fabri, CEO da companhia. Atualmente, a empresa já exporta seus produtos para os Estados Unidos e países da Europa e da América Latina. Com o aporte de R$ 32 milhões da Positivo Tecnologia, a ERT conclui um ciclo bem-sucedido de captação de investimentos, o qual totaliza R$ 80 milhões. “A formalização dessa parceria reforça nosso propósito, e o olhar cada vez mais intenso para a capacidade que companhias possuem de desenvolver tecnologias locais em solo brasileiro, e sere competitivas globalmente”, conclui Kim Fabri.

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Prática Recomendada auxilia empresas na demonstração da neutralidade de carbono

No momento em que o setor industrial discute medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e regular o mercado de carbono, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – apresentou, na sede da CNI – Confederação Nacional da Indústria –, em Brasília, a primeira Prática Recomendada para a demonstração de neutralidade de carbono, a ABNT PR 2060. O evento foi realizado em parceria com a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema).

Lançado durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, no Egito, o documento traz requisitos a serem cumpridos por qualquer empresa ou entidade, que busque demonstrar neutralidade de carbono por meio da quantificação, redução e compensação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) de um objeto exclusivamente identificado.

Para tanto, a ABNT PR 2060 foi baseada em um documento do Organismo Nacional de Normalização Britânico (BSI), e modificado com novos conceitos, alinhados às normas internacionais ISO relacionadas ao tema de redução de emissões dos gases de efeito estufa.

O documento apresenta determinação clara de carbono neutro e um meio crível de determinar e demonstrar a neutralidade. A Prática Recomendada também incentiva as empresas e entidades a trabalharem em direção à redução das emissões de gases de efeito estufa, e a alcançar reduções genuínas nessas emissões. Seu uso incentiva mudanças reais de

comportamento, ajudando a impulsionar a sociedade para uma economia de baixo carbono.

O evento contou com a presença de diversas lideranças do país, envolvidas com a preservação do meio ambiente e sustentabilidade do planeta, como o diretor da Secretaria Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), André Andrade, o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, e a ministra e diretora do Departamento de Clima do Itamaraty, Lilian Chagas. Também compareceram secretários estaduais do Meio Ambiente, como o do Amazonas, Eduardo Taveira.

Os organizadores mensuraram as fontes de emissão de gases de efeito estufa do evento, possibilitando a neutralização das emissões – as emissões decorrentes das viagens aéreas ou rodoviárias dos participantes e das emissões daqueles que acompanharam remotamente o evento não foram incluídas neste cálculo. Mas possibilitaram a compensação voluntariamente dessas emissões por meio de um aplicativo.

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@Reprodução
Ranilson Coutinho Prestrelo, superintendente da ABNT/CB-038 – gestão ambiental apresentou a PR 2060 - https://www.youtube.com/watch?v=Ip_VyXP8iM4

Abiquim discute em webinar ‘Acordo Global do Plástico’

Os Estados-membros da ONU convocaram o Comitê de Negociação Intergovernamental (INC), encarregado de desenvolver instrumento juridicamente vinculativo, que aborda o ciclo de vida completo do plástico, o Tratado Global dos Plásticos. Foi com o objetivo de discutir este tema, que a Felsberg Advogados promoveu o webinar “Acordo Global do Plástico’, que contou com a participação de Camila Hubner Barcellos Devincentis, gerente de Assuntos Regulatórios, Comissões Setoriais, Sustentabilidade e Inovação da Abiquim.

Além da especialista, fizeram parte do evento, Paulo Teixeira, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast); Carlos RV Silva Filho, presidente da International Solid Waste Association (ISWA); Flavio de Miranda Ribeiro, professor de Pós-Graduação em Economia Circular, Logística Reversa e Regulação Ambiental da Universidade Católica de Santos (UniSantos); e Severino Lima Junior, secretário de Relações Internacionais da MNCR Unicatadores RED LACRE IAWP. Na condução do debate, Fabrício Soler da Felsberg Advogados, advogado especialista em Direito do Ambiente, professor e consultor internacional em resíduos,

Entre as potenciais obrigações do Tratado Global do Plástico, que será concluído em 2024, a discussão do webinar manteve um foco maior nos instrumentos para fortalecer a gestão de resíduos, justamente pelo desafio que o Brasil tem, por ainda conviver com lixões, mas também pelas ações positivas que vêm acontecendo em território nacional, tanto na cadeia de reciclagem, como nos sistemas de logística reversa, e que também dialogam com a economia circular.

Durante o evento, vários pontos foram levantados, entre eles, opções para aumentar a capacidade de gestão de resíduos; ciclo de vida do plástico com foco ambiental e social; produção e consumo; desenvolvimento de tecnologias para alavancar a circularidade; design; políticas públicas que estimulem o produto reciclado; a desconstrução do plástico como vilão, em detrimento do descarte inadequado; regulamentação de resíduos

plásticos; sinergia de todos os segmentos envolvidos; sistemas de EPR (responsabilidade alargada/estendida do produtor) e mercado de reciclagem.

Camila Hubner ressaltou o papel do plástico na sociedade, destacando a sua importância em inúmeros setores, entre eles agricultura, construção civil e automotivo, sobretudo sua aplicação no sentido de reduzir gases de efeito estufa, e trazer benefícios alinhados à sustentabilidade.

“Em relação ao acordo, estamos falando de aproximadamente 160 países participantes, com posicionamento distintos. Ou seja, deverá ser um tratado complexo e ambicioso. Nesse sentido, a Abiquim defende o combate à poluição plástica, inclusive no ambiente marinho, considerando as particularidades de cada país, não somente em tamanho de área, mas quanto ao clima.”

Para a gerente da Abiquim, o INC trouxe à tona uma discussão que até já era objeto de discussão global, mas o debate se intensificou, no sentido de organizar várias temáticas dentro da poluição plástica, o que é superpositivo. “ Mais do que uma oportunidade para resolver questões tão importantes como a gestão de resíduos, por exemplo, envolve a participação de todos os países na construção do tratado e de políticas públicas, que resolvem os problemas que estão batendo na nossa porta e temos de lidar. É uma jornada que não vai terminar em 2024, pois, trata-se de um trabalho contínuo, não somente para as questões com foco na poluição plástica. Quando falamos em resíduo, não é só o plástico. Todas as questões devem ser endereçadas de maneira mais efetiva ”, finalizou.

Na ocasião, Soler fez o lançamento da coletânea “Direitos dos Resíduos: Sistemas de Logística Reversa de Embalagens em Geral, Regulamentos Estaduais”.

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https://www.youtube.com/watch?v=qQySu2Kgjls

Primeira Moradia Semente Eco Sustentável em favela

A TETO Brasil, ONG com atuação nas comunidades mais precárias e invisíveis do país, em parceria com as empresas Fuplastic, Amanco Wavin e a ONG Biosaneamento, realiza a construção da primeira Moradia Semente Eco Sustentável de sua história. Com capacidade de retirar duas toneladas de lixo da natureza, a casa feita de blocos de plástico reciclado foi erguida em 15 horas, na comunidade Porto de Areia, em Carapicuíba/SP, local fundado por catadores de lixo reciclável, no qual a TETO atua há mais de 7 anos. Esta é a primeira, de 1.000 moradias, que os parceiros querem construir juntos no país.

Esta moradia é o piloto do que vem a ser a versão mais sustentável da Moradia Semente, projeto premiado da TETO Brasil, lançado no início deste ano. As Moradias Sementes são projetadas para atender famílias em situação de hiper vulnerabilidade, substituindo barracos feitos de lona e madeirite por um abrigo de 27 m², que, além de portas e janelas – essas pela parceria com Esquadrisul –, oferece espaço para três cômodos, incluindo banheiro, instalação hidráulica e instalação elétrica.

Os blocos de plástico dos quais é feita a Moradia Semente Eco Sustentável foram desenvolvidos pela Fuplastic. O telhado também é feito de material 100% reciclável, que, neste caso, são caixinhas de leite, de suco e de creme dental. Já a entrega contou ainda com uma solução de captação de água da chuva, placas de energia solar e materiais da marca Amanco Wavin, que foram utilizados em toda instalação hidráulica (esgoto e água fria), nas calhas de captação de águas pluviais, e em toda a linha de eletrodutos rígidos e seus complementares para instalação elétrica. Colaboradores da Amanco Wavin também participaram como voluntários da

instalação desses materiais. A ONG Biosaneamento atuou com o fornecimento e instalação de um sistema para tratamento dos esgotos. O sistema é composto de um biodigestor e uma vala de infiltração do efluente.

“Proporcionar uma moradia com pegada sustentável, e que forneça conforto e segurança para brasileiros que estão em situação de vulnerabilidade, é uma iniciativa que temos orgulho de apoiar, visto que a ação se conecta com os pilares do nosso propósito, que são abastecimento de água seguro e eficiente, melhor saneamento e higiene, contribuindo para a construção de cidades melhores e mais resilientes ao clima, e oferecendo soluções eficientes e inovadoras para o melhor desempenho na construção”, afirma Glaucia Faria, Gerente de Sustentabilidade da Amanco Wavin.

“ A Moradia Semente Eco Sustentável é o projeto mais completo e robusto da TETO Brasil. Isso, porque, além do impacto social que uma moradia, mesmo que emergencial, sempre tem na vida das pessoas que estão em situação de hipervulnerabilidade, é um projeto com um significativo impacto ambiental, o que é especialmente importante, quando a gente lembra de que as favelas são os locais mais atingidos pelos efeitos da crise climática, como as inundações e as fortes chuvas, por exemplo ”, explica Lucas Borges, gestor da TETO Brasil em São Paulo.

Ao apoiar o projeto da Moradia Semente Eco Sustentável, voluntários, doadores e parceiros, como a Amanco Wavin, Biosaneamento e a Fuplastic, também ajudam no alcance de 11 dos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), pautados pela ONU (Organização das Nações Unidas).

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2W Ecobank passa a operar créditos de

A fim de garantir acesso a uma ampla gama de produtos dentro do escopo de carbono para seus clientes, a 2W Ecobank aderiu à Air Carbon Exchange (ACX), a principal bolsa digital global de negociação de créditos de carbono e produtos ligados ao meio ambiente, localizada em Singapura. A iniciativa é voltada para atender o mercado voluntário, que abrange empresas que deliberadamente decidem se descarbonizar, visando a colaborar na mitigação do aquecimento global.

Com dois parques de produção de energia eólica em operação no Brasil, a 2W Ecobank já possui projetos de redução de emissões, que irão gerar, num período de 10 anos, aproximadamente 3,1 milhões de créditos de carbono, somente do parque Anemus (RN), já em operação. A geração de créditos de carbono do parque Kairós (CE) ainda está sendo estimada.

Em paralelo, a empresa avança em sua estratégia climática, passando a publicar, anualmente, seus inventários de emissões, na maior plataforma e base de dados da América Latina, o Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol, que possui mais de 1.450 documentos publicados, e é uma parceria do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces), World Resources Institute (WRI), Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o World Business Council for Sustainable Development (WBSCD), e mais 27 empresas fundadoras.

“Com isso, receberemos o selo Prata. E já estamos nos

carbono

na bolsa da ACX

preparando para que, em 2024, tenhamos a verificação do inventário com uma auditoria de terceira parte e, assim, obter o selo Ouro”, afirma Claudio Ribeiro, CEO da 2W Ecobank.

Além disso, em junho de 2023, a empresa abriu uma conta no Registro VERRA (padrão de maior credibilidade do mercado voluntário de carbono), o que permite adquirir créditos de carbono de diversos projetos do mercado voluntário, que utilizam a metodologia VCS (Verified Carbon Standard).

Dessa forma, será possível aposentar créditos em nome de clientes que buscam compensar suas emissões, ou transferir créditos para outras contas. Adicionalmente, com o acesso na plataforma de trading ACX, além dos créditos VERRA, será possível adquirir Gold Standard (GS) e CORSIA, de diversos projetos originadores de créditos, oferecendo um vasto portfólio, para que os clientes possam optar por projetos que reflitam sua estratégia ambiental e social.

“Com acesso a essas plataformas, reforçamos nosso compromisso em levar sustentabilidade para nossos clientes, procurando negociar créditos de carbono nas melhores plataformas disponíveis no mercado. É parte chave da nossa estratégia de médio prazo, tão importante que a incorporamos no nome, Ecobank”, afirma o executivo. Vale lembrar que, no ano passado, a ACX venceu o Voluntary Carbon Markets Ranking 2022, o que demonstra a confiança do mercado nesta bolsa, facilitando as empresas que procuram compensar a emissão dos gases do efeito estufa na busca do net zero.

LyondellBasell adquire 50% de participação em empresa holandesa de reciclagem

A LyondellBasell anunciou aquisição de 50% da Stiphout Industries BV, que está envolvida no fornecimento e processamento de resíduos de embalagens plásticas pós-consumo. A empresa opera uma instalação localizada em Montfort, na Holanda, com uma capacidade de processamento anual equivalente à quantidade de resíduos de embalagens plásticas, gerados por mais de 500.000 cidadãos holandeses por ano.

“Investir na Stiphout se alinha com nossa estratégia de investir em empresas de reciclagem e processamento de resíduos plásticos, que apoiam nossos ativos existentes na Holanda e na Alemanha, e se encaixa em nosso modelo de hub integrado”, disse Yvonne van der Laan, vice-presidente executivo da LyondellBasell, Circular e Low Soluções de Carbono. “Através desta colaboração, podemos alavancar sinergias locais com nosso negócio de Polímeros Circulares de Qualidade, em termos de logística e operações. Também abre possibilidades para expandir ainda mais nosso portfólio Circulen Recover, criando soluções para clientes e

proprietários de marcas, em apoio a seus negócios circulares e de baixo custo.”

A Stiphout foi fundada em 2015 e, ao longo do tempo, acumulou experiência no processamento de resíduos domésticos de plástico em flocos limpos de materiais reciclados de polipropileno (PP) e polietileno de alta densidade (HDPE), estabelecendo-se como um player inovador na Holanda.

“A parceria com um produtor de polímeros experiente proporcionará possibilidades de intensificar ainda mais a excelência comercial e operacional de nossas operações”, disse Eline Stiphout, fundadora e CEO do grupo Stiphout. “Estamos entusiasmados por nos unirmos à LyondellBasell, pois compartilhamos que a circularidade é fundamental para ajudar a acabar com o desperdício de plástico.”

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@Divulgação @Divulgação

bp entra no mercado eólico offshore alemão

Basf e thyssenkrupp Uhde cooperam para reduzir emissões de gases de efeito estufa

A bp recebeu os direitos para desenvolver dois projetos eólicos offshore na rodada de licitações alemãs, marcando sua entrada na energia eólica offshore na Europa continental. Os dois locais do Mar do Norte, localizados a 130 km e 150 km da costa, em profundidades de água de cerca de 40 m, têm uma capacidade potencial total de geração de 4 GW. Sujeito a receber as licenças e aprovações necessárias, estes seriam os primeiros projetos eólicos offshore da bp na Alemanha, e estão totalmente alinhados com a estratégia de empresa de energia integrada e alocação disciplinada de capital.

A bp vai liderar o desenvolvimento, a construção e as operações desses projetos eólicos offshore de fundo fixo, com conexão à rede prevista para o final de 2030. O pipeline eólico offshore global da bp agora totaliza até 9,2 GW líquidos para bp.

“Esses projetos são um grande marco para os planos de descarbonização da bp na Alemanha e são um forte reflexo de nossa estratégia mais ampla. A energia renovável que pretendemos produzir ancorará a demanda significativa que esperamos por elétrons verdes para nossas operações na Alemanha, de toda uma série de produtos e serviços, incluindo hidrogênio verde e produção de biocombustíveis, crescimento da mobilidade elétrica e descarbonização de refinarias. O investimento está totalmente alinhado com nossa estratégia integrada de energia, e acomodado dentro de nosso quadro de capital disciplinado. Os retornos esperados, de 6% a 8%, são consistentes com nosso mecanismo de crescimento de energia renovável e de energia sem alavancagem, com potencial para obter maior valor por meio da integração em toda a cadeia de valor da Alemanha”, disse Anja-Isabel Dotzenrath, vice-presidente executiva de gás e energia de baixo carbono da bp.

Os pagamentos iniciais, totalizando € 678 milhões, equivalentes a 10% do valor da proposta, serão pagos até julho de 2024. Os 90% restantes serão pagos em um período de 20 anos, quando os projetos entrarem em operação na próxima década.

A licitação apoia a meta da Alemanha, de ter 30 GW de projetos eólicos offshore instalados até 2030, pelo menos 40 GW até 2035, e pelo menos 70 GW até 2045.

A Basf e a thyssenkrupp Uhde anunciaram cooperação na comercialização e desenvolvimento de catalisadores e design de processo para a tecnologia EnviNOx, da thyssenkrupp Uhde, para redução de N2O e NOx. A Basf fornecerá seus catalisadores de alto desempenho para a thyssenkrupp Uhde, permitindo que seus clientes reduzam as emissões de gases de efeito estufa de forma ainda mais eficaz.

O EnviNOx remove de forma confiável mais de 99% de todas as emissões de N2O e NOx.

N2O, comumente conhecido como gás hilariante, é um gás de efeito estufa altamente potente. Acredita-se que a decomposição de 1 tonelada de N2O em nitrogênio e oxigênio tenha o mesmo efeito que a redução de 265 toneladas de CO2. Eliminar as emissões de N2O é uma importante alavanca na luta contra o aquecimento global. Ambas as empresas reconheceram a importância de reduzir essas emissões, décadas atrás, e desenvolveram soluções. A thyssenkrupp Uhde vendeu com sucesso mais de 60 de suas unidades EnviNOx em escala industrial em todo o mundo, e a mais recente delas já usa essa combinação de design de processo mais recente e novo catalisador.

“A combinação da experiência de ambas as empresas na área de catalisadores e processos de redução de N2O realmente fará a diferença em nosso objetivo conjunto de reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, disse Detlef Ruff, vice-presidente sênior de catalisadores de processo da Basf. “Nossas equipes de pesquisa e desenvolvimento estão trabalhando para projetar e produzir catalisadores altamente eficazes, duráveis e sustentáveis.”

“Estamos em parceria com a BASF, para continuar fazendo melhorias significativas em nossa tecnologia EnviNOx, melhorando ainda mais sua sustentabilidade, e reduzindo a pegada de carbono. Esta parceria traz benefícios adicionais para nossos clientes, bem como para o meio ambiente como um todo, ao fornecer soluções econômicas e de alta qualidade para enfrentar desafios ambientais complexos”, disse o Dr. Ralph Kleinschmidt, Diretor de Tecnologia e Inovação da thyssenkrupp Uhde.

@ Mestre Eder
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Planta industrial usa calor e biomassa regional para reduzir o CO2

A fábrica do BMW Group em Dingolfing usará o calor, produzido a partir de biomassa regional e seus próprios resíduos de madeira, para atender a cerca de 50% de seus requisitos de água quente de processo, a partir de 2025. A empresa assina um contrato de fornecimento para esse efeito, de pouco menos de 100.000 MWh de energia térmica por ano, com a UP Energiewerke GmbH, uma subsidiária conjunta do departamento de obras públicas Stadtwerke Dingolfing e Bayernwerk Natur. Isso economizará cerca de 20.000 toneladas de CO2 por ano, na fábrica do BMW Group Plant Dingolfing, em comparação com o uso de energias fósseis convencionais.

“Este acordo é um elemento importante do nosso futuro mix de energia. Isso nos tornará mais regionais, mais renováveis e mais resilientes. Juntamente com a energia verde, o calor verde também será fundamental para continuar a melhorar nossa pegada ambiental”, diz o diretor da fábrica, Christoph Schröder. “Usando a biomassa como fonte de energia renovável, e com este contrato de fornecimento de calor produzido localmente, seremos capazes de reduzir nossas emissões totais de CO2 em cerca de 10% a 15% ao ano, em relação aos níveis atuais.”

O fornecimento de energia deve começar até o segundo trimestre de 2025. O contrato de fornecimento é de 20 anos, com um volume de compra anual acordado de pouco menos de 100.000 MWh de energia térmica. O calor será produzido em uma nova usina de aquecimento de biomassa, que está sendo construída em Dingolfing, próxima à fábrica de veículos do BMW Group.

A planta de aquecimento terá três caldeiras operando durante todo o ano, bem como seu próprio triturador de paletes e resíduos de madeira. A UP Energiewerke GmbH investirá um total de cerca de € 35 milhões nessa instalação, nos próximos anos. Os tubos subterrâneos transportarão o calor produzido localmente para a fábrica do BMW Group, onde será distribuído pelo local por meio de uma rede interna.

Cerca de um quarto da madeira usada como combustível virá dos próprios resíduos de madeira não tratados do BMW Group – por exemplo, de paletes descartáveis e caixas de transporte. No entanto, a maior parte da madeira será obtida da silvicultura regional, ou seja, de florestas com certificação PEFC, geridas de forma sustentável, num raio médio de 60 km de Dingolfing.

O diretor da fábrica de Dingolfing, Schröder, termina colocando o novo contrato de fornecimento em contexto para o BMW Group: “Cada local na rede de produção global de nossa empresa está seguindo seu próprio caminho exclusivo para a descarbonização de longo prazo de sua produção. Aqui na Baixa Baviera, acreditamos firmemente que, além de mais ganhos de eficiência, e avaliando possíveis usos de energia para aquecer, a disponibilidade regional de madeira e biomassa como matéria-prima será outro elemento importante em nossa estratégia de aquecimento – e reduzir ainda mais nossa dependência de combustíveis fósseis, como gás e petróleo, daqui para frente. Estamos muito satisfeitos com este acordo e a cooperação com a UP Energiewerke GmbH.”

Da esquerda para a direita: Robert Heider, diretor administrativo da UP Energiewerke GmbH, Christoph Schröder, gerente da fábrica BMW Group Plant Dingolfing, Stefan

Pscheidl, diretor administrativo da UP
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Ferramentas de tecnologia de inversão 4D

A Ikon Science apresenta sua ferramenta de tecnologia de inversão 4D, que investiga dados sísmicos e de poços.

À medida que a exploração do subsolo se torna cada vez mais complexa, há menos espaço para erros. Para atividades de exploração e produção, os fluxos de trabalho de interpretação quantitativa devem produzir, não apenas uma previsão precisa das propriedades, mas também uma boa compreensão das incertezas. O aplicativo TimeLapse Ji-Fi da Ikon oferece recursos completos de rastreamento de fluido 4D para cenários de produção e injeção, e é aplicável na maioria das campanhas de produção de hidrocarbonetos – e esforços de armazenamento e utilização de captura de carbono (CCUS). O novo aplicativo fornece integração de fluxos de trabalho para uma análise 4D consistente de reservatórios. À medida que novos modelos de física de rocha desblo-

queiam a funcionalidade para uma família maior de jogadas e fluxos de trabalho geológicos, modelos adicionais de física de rochas de areia, xisto e carbonato, que capturam a compactação e a evolução da argila, foram adicionados às bibliotecas. Além disso, um novo modelo de física de rocha de carbonato, fraturado para viabilidade e previsão de densidade de fratura, simplifica o compartilhamento de dados e a integração com fluxos de trabalho geomecânicos.

Deep QI machine learning e automação de funções de física de rochas são expandidas com XGBoost, que agora é combinado com pesquisa de grade para ajuste de parâmetros. Essa previsão de propriedade de aprendizado de máquina e algoritmo RPML automatizado é ainda mais aprimorado para calibrar diretamente volumes minerais em modelos de física de rochas.

A TÜV lançou um projeto de pesquisa internacional para validar o desempenho dos medidores Coriolis, quando usados em fluxos multifásicos. A pesquisa será uma das primeiras desse tipo no mundo a validar o desempenho dos medidores Coriolis em situações de fluxo multifásico, com o objetivo de oferecer maior confiança nos resultados de medição, e maior precisão fiscal para operadores de petróleo e gás.

Os medidores Coriolis são uma das tecnologias de medição de vazão mais precisas para medição de vazão monofásica, e possuem uma participação significativa no mercado global. No entanto, muitos fabricantes estão ampliando os limites da tecnologia Coriolis, além de seu uso tradicional de fluxo único, e em situações de fluxo multifásico. Atualmente, os operadores não têm como comprovar o desempenho multifásico nas medições de vazão e densidade.

Em última análise, o projeto fornecerá validação independente em grande escala pela primeira vez. Isso permitirá que os operadores tomem decisões informadas sobre o uso da tecnologia Coriolis em fluxos multifásicos, economizando recursos e dinheiro preciosos. A TÜV vai pesquisar o desempenho do medidor na sua instalação multifásica avançada (AMF) – uma instalação multifásica de alta pressão e alta taxa de fluxo, com uma faixa de teste além de qualquer outra no mundo. Após o feedback da manifestação de interesse do projeto, as áreas-alvo serão focadas em fluxos líquidos contínuos, com várias quantidades de proporção água-líquido (WLR), e pequenas quantidades de fração de volume de gás (GVF). No entanto, quaisquer faixas podem ser cobertas pelos testes do programa de pesquisa, para atender as necessidades de parceiros individuais. Participações estão abertas.

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Para validar o desempenho do medidor Coriolis

ABB lança nova

de E/S para atender as demandas

digitais dos campos de petróleo e gás

A série ABB XIO é uma gama de dispositivos allin-one, para monitorar, controlar e gerenciar aplicações de fluxo de óleo e gás. O ABB XIO-08, ABB XIO-04 e ABB XIO-00 operam como uma extensão da família ABB Remote Module Controller (RMC), fornecendo capacidade de E/S aprimorada, e aumentando a eficiência operacional geral da cabeça de poço. A série oferece até oito canais para os clientes escolherem o XIO que atenda as necessidades do seu site.

A extensão XIO significa que os requisitos de configuração do local podem ser atendidos independentemente do tamanho do campo de petróleo ou gás. A necessidade de presença física no local é reduzida, devido ao controle remoto e monitoramento de pontos de E/S e dispositivos seriais, colocando a segurança em primeiro lugar, e reduzindo custos. Além de estender os recursos RMC da ABB, o XIO é compatível com uma ampla gama de controladores em todo o mercado, enfatizando o compromisso da ABB com a arquitetura aberta em todas as áreas da automação industrial.

Equipamentos podem ser adicionados sem modificações significativas na infraestrutura, permitindo facilmente a expansão de pontos de E/S e conexão de dispositivos seriais. Até 22 módulos de E/S hot plug podem ser adicionados ou substituídos, sem interrupção de energia, minimizando o tempo de inatividade.

A série XIO oferece várias opções de conectividade, novos recursos de rede (até quatro redes independentes são suportadas), e a possibilidade de usar o Wi-Fi do XIO como uma rede ou bridge com uma das portas Ethernet. A transferência de dados confiável e eficiente é facilitada pela conexão do XIO ao RMC via Ethernet. Quatro pontos ethernet permitem diferentes configurações de rede. Ele também possui aplicações de controle e medição para necessidades específicas de locais remotos. Como recurso específico de integração, o RMC da ABB descobre um dispositivo XIO na rede, aprende sua configuração, tornando-se um consumidor dos dados de aplicativo XIO, sem a necessidade de manter uma lista de dispositivos conectados.

e equipamentos

A Voith se posiciona para apoiar a transformação digital de seus clientes, rumo à manutenção de excelência com as soluções OnCare.Asset e OnCare.Health, que abrangem diferentes níveis (gestão da manutenção e gestão de equipamentos) e possuem abordagem modularizada, ou seja, resultando em flexibilidade para permitir a adoção por clientes com diferentes objetivos. OnCare.Health: é uma solução que alia o monitoramento convencional de vibração com know-how em fabricação de papel e processamento inteligente de dados. Habilitada a fornecer, desde sensores cabeados e sem fio, software com interface amigável, até o monitoramento de tecnologias (circuito de aproximação, prensas, calandras, coaters, etc) e equipamentos (rolamentos, redutores, bombas, etc), a Voith simplifica e agiliza diagnósticos e facilita solução de problemas de manutenção. Alguns dos principais recursos e vantagens são Sistemas inteligentes de alarme; Pontos de medição estacionários e móveis ilimitados; Gerenciamento de notificações por e-mail ou mensagem; Registro de alarmes identificados e reconhecidos; Planejamento de manutenção. Entre outros benefícios da aplicação, estão: suporte remoto, transmissão estável de informações, e amplo armazenamento de dados para análises longitudinais de tendências.

OnCare.Asset é uma solução para gestão integrada da performance de ativos, de planejamento e gestão da manutenção que combina dados de manutenção com dados de processo e condição dos equipamentos sob manutenção. Com o uso do OnCare.Asset o planejamento passa a ocorrer de forma integrada, permitindo o uso de dispositivos móveis celulares, consulta instantânea em campo de variáveis importantes na tomada de decisão, etc. Pode ser usado em substituição a sistemas/módulos ERP existentes, ou ainda como aplicação front-end sobre esses sistemas.

Seja qual for o modelo de implementação, os clientes podem se beneficiar de inúmeras vantagens, dentre elas: Planejamento de paradas de planta (mensais e anuais), customizado e amigável; Relatórios de sobressalentes na localidade do cliente ou em trânsito; Planejamento de serviços desde a geração das notas até a finalização dos serviços, com geração completa de KPIs de manutenção (MTTR, MTBF, falhas, carga, sejam a nível de planta ou de um equipamento específico); Capacidade de armazenamento integral de informações de manutenção, sejam fotografias, relatórios e outras que se fizerem necessárias, com dados anexados diretamente aos equipamentos; Consultas on-line por todos os profissionais envolvidos; Realização de benchmarks internos: controle de rolos, tempo de troca entre peças reserva e materiais de consumo, em relação a médias e desvios.

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série
Soluções digitais para impulsionar a disponibilidade de máquinas

Bombas de fusos

As bombas de fusos VIBROPAC são diferenciadas, devido à sua versatilidade em aplicações nos setores químicos, petroquímicos, naval e geração de energia. São ideais para os processos que necessitam de confiabilidade durante a operação. Possuem um longo ciclo de vida, necessitam de pouco tempo para manutenção e, quando necessário, é possível trocar, de uma só vez, todo o conjunto girante, otimizando tempo e gastos.

Sistema portátil de pré-carga em acumuladores

Computador de Vazão AuditFlow

Em conformidade com as mais recentes normas internacionais para sistema de medição fiscal de vazão, o Sistema de Medição de Vazão AuditFlow atende na totalidade as funcionalidades de um Sistema Eletrônico de Medição. Isto é, além de realizar os cálculos de correção da vazão em tempo real, possui características de segurança dos dados, rastreabilidade, diagnóstico e procedimentos, em caso de falha, em conformidade com tais normas.

O módulo HFC302, computador de vazão do Sistema de Medição de Vazão AuditFlow, é totalmente configurável e concebido com o que há de mais avançado em hardware e software para monitorar, corrigir e controlar vazões de líquidos e gases.

Aprovado para medição fiscal de líquidos e gases pelo Inmetro, faz medição de líquido e gás no mesmo computador de vazão; com reduzida incerteza, devido à comunicação digital com transmissores via H1 FOUNDATION Fieldbus – padrões abertos: FOUNDATION

Fieldbus, OPC, HART, Modbus RTU, Modbus TCP/IP e Ethernet TCP/IP. Realiza cálculos de compensação de temperatura e pressão, de acordo com normas: ISO, AGA, API, GPA e ABNT.

Em teste de poço faz relatório completo do teste, incluindo medição de óleo cru, gás produzido (descontado do gás lift) e água.

Tipos de medidores de vazão para líquido suportados: turbina, ultrassônico, Coriolis e deslocamento positivo.

Muitas máquinas e equipamentos hidráulicos dispõem de acumuladores hidráulicos nos seus agregados, visando à fácil recarga desses dispositivos. A FLUTROL desenvolveu a maleta de Pré-Carga de Acumuladores que atende 2 a 5 litros, para pressão até 300BAR. Composto basicamente por amplificador de ar comprimido HASKEL, instrumentos de controle de medição, mangueiras, manômetros e adaptadores para a execução do serviço. Com várias vantagens: é portátil, equipada com rodas e alças para fácil transporte, permitem e facilitam a operação de calibração/ pré-carga dos acumuladores hidráulicos em campo com praticidade e segurança.

Produtos suportados: líquidos – óleo cru, produtos refinados, óleo lubrificante, emulsão de óleo cru e água e etanol. Fatores de correção e proving para medição de emulsão de óleo cru e água; Curva de linearização do fator KF/NKF/ MF pela frequência/vazão do líquido; Nível de fidelidade

nível A na transmissão dos pulsos: contínua verificação e correção por comparação entre os pulsos A e B; Tipos de provers suportados: pistão, convencional (esfera), tanque e medidor mestre;

Tipos de medidores de vazão para gás suportados: pressão diferencial, turbina, ultrassônico, Coriolis, VCone, Wafer Cone; Produtos gasosos suportados: gás natural, vapor, argônio, oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono, amônia. Comunicação com analisadores de gás através do Modbus e FOUNDATION Fieldbus.

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Serviço de IA de controle autônomo para uso com controladores de borda

A Yokogawa Electric lançou um serviço de aprendizagem por reforço, para controladores de borda. Este serviço de controle autônomo para OpreX Realtime OS-based Machine Controllers (e-RT3 Plus) utiliza o algoritmo de IA de aprendizagem por reforço Factorial Kernel Dynamic Policy Programming (FKDPP), e consiste em software empacotado e um serviço de consultoria opcional e/ou um programa de treinamento, dependendo dos requisitos do usuário final. Esse software está sendo lançado globalmente, enquanto a consultoria e o programa de treinamento serão fornecidos, primeiro no Japão, e depois em outros mercados.

O FKDPP é uma nova tecnologia de controle, que é diferente do controle PID e do APC. Em março de 2022, foi anunciado que o site Yokogawa e a unidade de negócios de elastômeros da JSR Corporation (agora de propriedade da ENEOS Materials) concluíram com sucesso um teste de campo de 35 dias, no qual a IA foi usada para controlar de forma autônoma uma instalação em uma fábrica de produtos químicos, que não podia ser controlada usando os métodos de controle existentes, e que exigia a operação manual de válvulas de controle com base nos julgamentos do

pessoal da fábrica. Um feito inédito, realizado apesar da presença de fatores, como condições climáticas, que poderiam ter interrompido significativamente o estado de controle.

Com o novo serviço, os clientes podem criar modelos de controle de IA, usando o algoritmo FKDPP, e instalá-los em controladores de borda.

Graças à simplificação do processo de criação do modelo de IA, mesmo quem não é especialista em IA pode criar um modelo de IA de controle autônomo, e instalá-lo em um controlador de borda e-RT3. Permite o controle autônomo onde só era possível o controle manual. Suprime o overshoot – embora isso varie de acordo com as metas de controle, a redução do overshoot (uma condição em que um valor definido é excedido) aumenta, por exemplo, a vida útil de fornos e outras instalações de aquecimento, reduzindo o superaquecimento desnecessário. Reduz significativamente o tempo de estabilização.

Embora isso dependa das metas de controle, o FKDPP é capaz de resolver requisitos conflitantes e, por exemplo, alcançar o equilíbrio certo, entre a necessidade de reduzir o uso de energia e manter a qualidade do produto.

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Linha avançada de processo

Com uma extensa gama de funcionalidades, o Lappy 3000 é um verdadeiro sistema SCADA na era da Indústria 4.0. Ele executa programas para monitoramento de variáveis, data logger, registrador paperless, centro de processos, intertravamento, monitor de alarmes, etc.

Pode ser fornecido configurado para receber todos os tipos de entradas/saídas analógicas e digitais, utilizados em Instrumentação e Controle de Processos: Termopares, Termorresistências, Volt. Corrente mA, Contato seco, Tensão AC, Entradas digitais.

Possui tela colorida sensível ao toque (touch screen) de 5,7”, e processador Dual Core de 1 GHz e 16 GB me-

Atenuador de Ruídos

A convivência de equipamentos em diversas tecnologias diferentes, somada à inadequação das instalações facilita a emissão de energia eletromagnética. Com isso, é comum que se tenha problemas de compatibilidade eletromagnética, que pode provocar alterações, causando sobretensão, subtensão, picos, transientes, o que, em redes de comunicação, pode ocasionar grande impacto. Isso é muito comum, onde a EMI é frequente, em função do maior uso de máquinas (máquinas de soldas, por exemplo), motores (CCMs), com as redes digitais e de computadores próximas a essas áreas. Os maiores problemas causados pela EMI podem degradar os sinais de comunicação em redes digitais.

A topologia e a distribuição do cabeamento, os tipos de cabos e as técnicas de proteções são fatores que devem ser considerados, para a minimização dos efeitos de EMI. Lembrando que, em altas frequências, os cabos se comportam como um sistema de transmissão, com linhas cruzadas e confusas, refletindo energia, e espalhando-a de um circuito a outro.

O ruído indutivo ou magneticamente acoplado resulta de campos magnéticos variáveis, como os criados por máquinas ou motores próximos. Se a fonte do campo eletromagnético estiver longe do circuito de comunicação, o acoplamento do campo elétrico e magnético é considerado um acoplamento eletromagnético ou radiativo combinado. Em todos os casos, uma tensão de modo comum variável com o tempo é acoplada ao sinal, podendo causar intermitências ou falhas.

Há muitos fatores a serem considerados, ao tentar reduzir o ruído em um sistema de automação industrial. E compreender o ambiente elétrico do seu sistema nem sempre é

mória Flash; trabalha com Ethernet, Wi-Fi e porta USB. Sinóticos em nível de Sistema SCADA e SDCD. Telas

Customizadas LAPY-3000: Modelo que apresenta 8 entradas de termorresistência ou 12 entradas de termopares ou 12 entradas de corrente ou tensão, ou 12 entradas digitais e, no mesmo instrumento, 10 saídas a relé, e 2 saídas analógicas. LAPY-3001: Modelo que apresenta 16 entradas de termorresistência, ou 24 entradas de termopares, ou 24 entradas de corrente ou tensão. Ao ativar os serviços de compartilhamento, a Presys pode acessar a tela do instrumento remotamente via VNC, e também acessar as pastas em que os dados são armazenados.

simples. O isolamento é um meio fácil de adicionar outra camada de confiança às suas medições, independentemente do sinal ou da aplicação. Pensando nisto, a VIVACE desenvolveu o VNA10, um filtro eletrônico de EMI, que aumenta a disponibilidade dos sinais de comunicação, e garante uma redução significativa dos ruídos, em modo comum em redes digitais.

A corrente de modo comum flui em ambos os condutores do sinal Profibus-PA, Foundation fieldbus e HART, na mesma direção, e retorna ao terra, via capacitância parasita. Neste caso, as correntes geram campos magnéticos, com iguais magnitude e polaridade, que não se anulam. A corrente de modo comum é capaz de gerar um campo eletromagnético. Os sinais de radiofrequência são fontes comuns de ruído de modo-comum. É o maior problema em cabos, devido à impedância comum entre o sinal e seu retorno.

A corrente de modo comum, fluindo na mesma direção através do VNA10, cria campos magnéticos iguais e em fase, que se somam. O VNA10 criará uma alta impedância para o sinal de modo comum, atenuando-o. O VNA10 possui design reduzido e robusto, proporcionando fácil instalação dentro de caixas de junção e proteção, assim como em borneiras dos equipamentos de campos.

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Novas funcionalidade do ii910 otimizam a manutenção e reduzem impactos ambientais

A Fluke do Brasil agregou novas funcionalidades ao imageador acústico Fluke ii910. Com o MecQ, os usuários poderão otimizar os processos de manutenção de sistemas transportadores, enquanto, com o estimador de emissão de CO 2, mapear e reduzir impactos ambientais e financeiros.

O Fluke ii910, com modo MecQ, detecta possíveis problemas mecânicos em sistemas transportadores, por meio de imagens acústicas, que permitem que as equipes de manutenção tomem medidas proativas que maximizem o desempenho do sistema, evitando paradas inesperadas.

A tecnologia de imagem acústica do ii910 captura e analisa o som produzido por componentes mecânicos, permitindo a análise prematura de anomalias em sistemas de transporte. Para tanto, são utilizados vários microfones minúsculos, muito sensíveis, capazes de detectar ondas sonoras em alta frequência.

A partir disso, é possível fazer uma detecção visual de forma rápida e simples, garantindo maior eficiência de manutenção em sistemas transportadores de diferentes indústrias, como de alimentos e bebidas, armazenamento logístico, fabricação automotiva, mineração e manuseio de matérias-primas. A nova funcionalidade MecQ proporciona a mesma experiência dos modos LeakQ (que, através de estimativas empíricas, quantifica o tamanho do vazamento e indica o custo do desperdício), e PDQ (função para descargas parciais, que indica o tipo de descarga e traça o gráfico PRPD em tempo real), mas foi especificamente desenvolvida e otimizada para a identificação de deterioração mecânica. O Fluke ii910 com MecQ permite que o usuário mapeie potenciais anomalias de deterioração. Esta nova aplicação permite identificar, de forma eficiente, minuciosa e sem contato, potenciais áreas de interesse para acompanhamento e inspeção posterior. Além disso, ao contrário das ferramentas acústicas tradicionais, geralmente limitadas a uma única fre-

quência, como 30 kHz, o Fluke ii910 com MecQ™ proporciona bandas de frequência predefinidas e personalizáveis. Os submodos permitem a filtragem e a análise de tendências de dados de nível de dB (decibel), em qualquer banda de frequência. Isso significa que é possível analisar melhor as tendências de ambos os níveis de dB e, ainda assim, obter uma imagem que indica o local da anomalia.

A atualização do equipamento conta ainda com três novas funcionalidades referentes ao modo PDQ, sendo elas: classificação do tipo de descarga parcial; visualização da descarga parcial por resolução de fase (PRPD), em tempo real, no display principal e, ainda, criação de uma imagem do gráfico de PRPD. O equipamento ainda permite registrar as descobertas de vazamento, tirando screenshots de pontos importantes, e adicionando anotações e tags às fotos. Os relatórios provenientes de vazamentos de ar comprimido possuem um estimador de emissão de CO2, que quantifica o impacto de cada vazamento, considerando os desperdícios energéticos atrelados aos vazamentos.

Além do MecQ e do estimador de emissão de CO2, as novas atualizações para o Gerador de Imagens Fluke ii910 ainda contemplam a possibilidade de leitura e gravação automática de códigos de identificação de ativos, inclusão de etiquetas de estado, e severidade da inspeção e o cálculo, diretamente na tela do equipamento, dos desperdícios energéticos e custos financeiros dos vazamentos – além de melhorias regionais nas traduções da intuitiva interface de usuário.

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gasvale AndréValentim/Petrobras

Retomada da indústria naval no Rio Grande do Sul

O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se reuniram em maio passado com os dirigentes da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, e falaram sobre temas ligados à produção de petróleo e derivados, e a retomada da indústria naval no país.

Na conversa com os representantes da indústria gaúcha, Bacci explicou a importância da retomada da indústria naval, inclusive para o estado, como um setor gerador de empregos. Ele comentou ainda que a Transpetro estuda a possibilidade de construção de barcaças nos estaleiros locais, para apoiar a logística da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap).

“O país precisa de uma política industrial que priorize alguns setores, e entre eles o setor naval, que é intensivo gerador de mão-de-obra. Entre 2003 e 2014, quando o país teve uma política industrial indutora do crescimento desse segmento, foram construídas mais de 250 embarcações marítimas de apoio no Brasil. Nós nos tornamos o segundo maior produtor desse tipo de barco de apoio, no mundo”, contou Bacci.

Prates destacou como vislumbra o papel da subsidiária nos próximos anos, apoiando a Petrobras no processo de transição energética, e suportando os investimentos da controladora.

Após a reunião, os dois executivos concederam uma entrevista coletiva para a imprensa local, e Bacci explicou que a Transpetro pode apoiar a retomada da indústria naval, mas

não pode ser a única responsável por esse movimento.

“Se olharmos os modelos de sucesso no mundo na indústria naval, percebemos que algumas condições são necessárias. Entre elas, uma demanda perene, e nesse caso não podem ser encomendas apenas da Transpetro ou da Petrobras. É preciso que outros armadores também produzam no Brasil. E, também, será necessária uma política de estado que apoie essa retomada”, explicou Bacci.

O presidente da Transpetro lembrou que o setor naval já empregou mais de 80 mil pessoas diretamente, e abriu mais de 400 mil vagas indiretas no auge da sua atuação.

“A retomada das contratações de embarcações pela Transpetro, é importante sempre ressaltar, não se dará a qualquer preço e a qualquer prazo”, finalizou Bacci.

Na ocasião, Prates e Bacci visitaram a Refap – Refinaria Alberto Pasqualini –, em Canoas. Na conversa com a força de trabalho, Bacci disse que a Transpetro está pronta para apoiar os planos de crescimento da controladora. E Prates apontou quais os planos para a subsidiária.

“A Transpetro será a melhor empresa de logística energética do país. Hoje, ela já é a melhor empresa de logística de petróleo e derivados. Mas, queremos que ela tenha o mesmo protagonismo da Petrobras, nos próximos anos”, disse Prates aos empresários.

Ásia liderará capacidade de tereftalato de polietileno até 2027

A Ásia deve liderar as adições de capacidade da indústria global de tereftalato de polietileno (PET), com uma participação de 61,8%, até 2027, ganhando capacidades de novos projetos de construção e expansão, entre 2023 e 2027, de acordo com a GlobalData, uma empresa líder em dados e análises.

O último relatório da GlobalData, ‘Previsões de capacidade instalada e gastos de capital (CapEx) da indústria de polietileno tereftalato (PET) por região e países, incluindo detalhes de todas as plantas ativas, projetos planejados e anunciados, 2023-2027’, revela que a capacidade total de PET de novos projetos de construção e expansão, na Ásia, devem ser de 5,21 milhões de toneladas, por ano (mtpa) até 2027. O aumento do uso de plástico em segmentos da indústria de uso final, como alimentos e bebidas, FMCG e produtos farmacêuticos, são os principais fatores para o crescimento da indústria de PET na Ásia.

Para os próximos novos projetos de construção, os analistas da GlobalData esperam que a região adicione uma capacidade de 5,13 mtpa, de seis projetos planejados e anunciados, enquanto, para a expansão dos projetos PET existentes, espera-se que a região adicione uma capacidade de 0,08 mtpa, de dois projetos anunciados e planejados.

A China e a Índia são os principais países da Ásia em termos de adições de capacidade de PET. A principal adição de capacidade na China será de um projeto anunciado, Zhejiang Petrochemical Daishan Polietileno Tereftalato Planta 2, com capacidade de 2 mtpa. Espera-se que comece a produção de PET em 2026.

Na Índia, a capacidade principal será da Reliance Industries Dahej Polietileno Tereftalato Planta 2, com capacidade de 1 mtpa, que deve estar produzindo em 2026.

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TotalEnergies ganha duas concessões marítimas para desenvolver dois parques eólicos gigantes

A TotalEnergies recebeu da Agência Bundesnetzagentur – ligada ao Ministério Federal para Assuntos Econômicos e Proteção Climática – duas concessões marítimas N-12.1 e O-2.2, após os leilões organizados na Alemanha.

Localizada no Mar do Norte, a 170 km da costa, a concessão N-12.1 abrange uma área de cerca de 200 km2; no Mar Báltico a 40 km da costa, a concessão O-2.2 cobre uma área de aproximadamente 100 km2

Estas concessões terão uma duração de 25 anos, prorrogáveis até 35 anos. Com capacidades respetivas de 2 GW e 1 GW, estes dois parques eólicos vão fornecer um volume de eletricidade equivalente ao consumo de mais de 3.000.000 de habitações. No âmbito destas dotações, a TotalEnergies pagará ao Estado Federal Alemão € 582 milhões, que serão destinados à conservação do ambiente marinho e à promoção da pesca ecológica. Será paga uma contribuição anual destinada aos gestores das redes de transporte de energia elétrica, responsáveis pela interligação dos empreendimentos durante 20 anos, a partir da entrada em funcionamento dos sites.

A produção gerada nestes locais será comercializada pela TotalEnergies, quer através da venda direta no mercado de eletricidade, quer através da celebração de acordos de compra de energia (PPA), com os compradores finais, per-

mitindo-lhes assim reduzir a sua pegada de carbono. Estes projetos, a custos competitivos dada a qualidade dos sites, enquadram-se na estratégia da Empresa, de se tornar um player integrado nos mercados de eletricidade, tirando partido da volatilidade dos preços, e contribuirão para atingir os objetivos de rentabilidade a dois dígitos da Business Unit Integrated Power.

Esses grandes projetos fazem parte do objetivo do governo alemão de implantar 30 GW de turbinas eólicas offshore na Alemanha até 2030. O próximo passo da TotalEnergies será realizar os estudos necessários para obtenção das licenças ambientais, bem como as análises técnicas sobre esses sites que levarão a decisões de investimento em 2027 e seu comissionamento até 2030.

“A TotalEnergies tem orgulho de usar sua experiência em offshore e grandes projetos, para construir esses parques eólicos gigantes, que contribuirão significativamente para o desenvolvimento da eletricidade renovável na Europa, até 2030. Nossa entrada na energia eólica offshore na Alemanha, o maior mercado de eletricidade da Europa, é um passo fundamental na implementação da nossa estratégia, para nos tornarmos um player integrado rentável nos mercados de eletricidade, e contribuir para a segurança energética do país e da Europa”, disse Patrick Pouyanné, presidente e CEO da TotalEnergies.

Equinor assina contrato de compra de GNL de longo prazo

A Equinor e a Cheniere anunciaram contrato de compra de 15 anos, de cerca de 1,75 milhão de toneladas de GNL, por ano, com metade do volume a partir de 2027. Este acordo eleva os volumes totais que a Equinor contratou com a Cheniere até cerca de 3,5 milhões de toneladas, por ano – e o novo Contrato de Compra e Venda (SPA) dobrará os volumes de GNL que a Equinor exportará dos terminais de GNL da Cheniere na costa do Golfo dos EUA.

Espera-se que o mercado de GNL cresça significativamente, devido ao papel que desempenhará no fornecimento de segurança energética, além de permitir uma transição para um mix de energia mais limpo, em muitos mercados. Com mais US LNG em seu portfólio, a Equinor aumentará seu papel como fornecedor de gás natural nos mercados globais, mantendo sua

posição como o principal fornecedor de gás natural para a Europa.

Estou muito satisfeito por termos firmado outro contrato de longo prazo com Cheniere. A Europa precisará de gás natural para garantir energia flexível sob demanda para apoiar a construção de fontes renováveis mais intermitentes, e o GNL desempenhará um papel importante. Em outros mercados, por exemplo na Ásia, espera-se que a demanda por GNL cresça como uma solução para a segurança energética, bem como para a redução das emissões. A Equinor tem a ambição de fortalecer seu papel como fornecedora líder de gás natural e, com nossos acordos de fornecimento com a Cheniere, estamos expandindo nossa posição global”, disse Helge Haugane, vice-presidente sênior de Gás e Energia da Equinor.

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@Divulgação @ Rino Engdal/Equinor @Arne Reidar Mortensen/Equinor

Anuário do Petróleo no Rio 2023 projeta aumento da produção fluminense

A Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – lançou o Anuário de Petróleo no Rio 2023. A publicação destaca o cenário de projeção da produção até 2030, com o Rio de Janeiro em perspectivas de aumentar sua parcela de produção nacional para mais de 90%, nos próximos anos, e chegando ao volume potencial de 4,8 milhões de barris/dia, no final desta década. O documento apresenta, no capítulo de Exploração e Produção, a visão dos novos campos produtores e o potencial agregado a ser alcançado pelo estado fluminense.

Nesta 8a edição, há a atualização do mercado no Rio, no Brasil e no mundo, com análises de diferentes visões, dados dinâmicos em Painel Interativo, Mapa do Petróleo no Rio, como ferramenta de geolocalização e, a novidade, o Guia das Participações Especiais, com as principais informações de arrecadação de royalties e participações especiais no estado e municípios do fluminense.

“Diante do contexto interno, com a mudança de governo, e mundial, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, as empresas necessitam de informações rápidas e acessíveis para montar suas estratégias de atuação num mercado bastante competitivo. O levantamento do Anuário traz boas perspectivas, e um melhor posicionamento do Rio de Janeiro e do país, com o aumento da produção, gerando desenvolvimento socioeconômico para todos”, destaca o vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano

O documento apresenta ainda artigos da Firjan SENAI SESI, e de parceiros, como a EPE, Petrobras, PRIO, IBP, ANP e Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro (Seenemar). Intitulado “Petróleo: uma fonte de riquezas para o país a partir do litoral fluminense”, uma das análises feitas pela Firjan SENAI SESI explicita os reflexos socioeconômicos proporcionados pelo mercado de petróleo do Rio de Janeiro, para a geração de receitas em todo o país, por meio de recursos das participações governamentais distribuídas. Também ressalta o impacto nas cadeias produtivas e na arrecadação via tributos, além da capacidade de gerar mais de 17 mil postos de trabalho até 2028, relacionados à operação das novas plataformas que iniciarão a produção no período 2023-2028.

A Firjan SENAI SESI também destaca a energia do futuro a partir do mercado de petróleo, trazendo uma análise

do posicionamento atual das companhias de petróleo no contexto da transição energética e suas variadas estratégias de descarbonização. “Para suportar o crescimento de produção em 50%, até 2030, e a transição energética, é fundamental investimentos em pesquisa e inovação, e a liberação do trabalho em novas áreas, novas frentes”, afirma Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da federação.

Já a Petrobras, em seu artigo, aborda o sucesso da parceria da companhia com o estado do Rio, destacando seus ativos no estado, investimentos e projetos, que constam em seu Plano Estratégico 2327, inclusos projetos em novas energias. A EPE apresenta o contexto do planejamento energético nacional, sob um olhar voltado para descarbonização e transição energética.

A PRIO traz suas perspectivas para o mercado nacional de campos maduros, destacando o papel das empresas independentes de médio e pequeno porte no mercado. Considerando o segmento de Abastecimento, o IBP traz suas perspectivas para o downstream no Brasil. O Instituto indica a necessidade de investimentos na ordem de R$120 bilhões, na expansão das infraestruturas existentes e projetos greenfield, resultando em uma redução anual de R$ 2 bilhões, no custo total de abastecimento, e redução das emissões de CO2

Ainda no capítulo de Abastecimento, a Firjan SENAI SESI aponta o Rio de Janeiro como vetor de segurança do abastecimento do Brasil. O estado é o verdadeiro garantidor do abastecimento interno do país, sendo responsável por fornecer 70% do óleo que é refinado no Brasil. “A avaliação traz a importância de investimentos na modernização e no retrofit das refinarias nacionais, de modo a aumentar o aproveitamento do óleo nacional no refino”, diz Karine Fragoso.

A ANP, por sua vez, aborda as perspectivas e tendências para PD&I no mercado de petróleo, discorrendo sobre as obrigações das petrolíferas e o impacto da evolução dos investimentos para gerar novas tecnologias, que correspondam às novas demandas da pauta de sustentabilidade e descarbonização. Já a Seenemar fala sobre a importância do petróleo para o Rio de Janeiro, e as ações para a garantia da sustentabilidade social e fiscal no longo prazo, trazendo o impacto das receitas obtidas pelo mercado para a economia fluminense.

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ANP passa a publicar sumários de novas declarações de comercialidade

A ANP passou a publicar em seu site os sumários executivos das áreas de desenvolvimento, originadas a partir das declarações de comercialidade (DCs) dos blocos exploratórios (ou parte deles). Os sumários executivos apresentam informações como mapas das áreas retidas, número do contrato, Plano de Avaliação de Descobertas (PAD), que deu origem à área, entre outras.

Estão disponíveis, no momento, os sumários das áreas de Batuíra e Águia Real, ambas com DCs em 2023. A declaração de comercialidade significa que uma empresa (ou consórcio), detentora de contrato para exploração e produção (E&P), decidiu iniciar o desenvolvimento de uma área, visando à produção de petróleo e gás natural.

Após essa declaração, a área retida passa a ser considerada uma “área de desenvolvimento”, até que haja a aprovação de um Plano de Desenvolvimento, momento no qual ela é considerada um “campo produtor”.

A área de desenvolvimento mais recente, que consta na relação de sumários executivos publicados no site da ANP, é a de Águia Real, originada com a declaração de comercialidade de parte do bloco ES-T-487, localizado na porção terrestre da Bacia do Espírito Santo. O bloco ES-T-487, oriundo da 14ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios, é operado pela empresa Capixaba Energia Ltda.

Além da declarar comercialidade à ANP, a empresa (ou consórcio) detentor do contrato tem de atender a todas as determinações da Resolução ANP nº 845/2021, incluindo o envio de um Relatório Final de Avaliação de Descobertas de Petróleo ou Gás Natural (RFAD), que deve ser aprovado pela Agência.

Na fase de exploração (primeira fase dos contratos), as empresas desenvolvem atividades exploratórias, para descobrir jazidas com indícios de hidrocarbonetos, e identificar o potencial petrolífero do bloco. Isso inclui aquisição de dados

Mapa do bloco ES-T-487 (limites em preto), com a indicação da área retida para desenvolvimento de Águia Real (limites em vermelho)

sísmicos, gravimétricos, magnetométricos, geoquímicos, perfuração e avaliação de poços, entre outras, conforme previsto em um Programa Exploratório Mínimo (PEM), ou em outros planos acordados com a ANP, para cumprimento das regras do edital de licitação. Caso as empresas concluam que a descoberta é economicamente viável, declaram a comercialidade à ANP da área retida para a avaliação da jazida.

A fase de produção, a segunda do contrato, começa com a apresentação da declaração de comercialidade à ANP pela empresa ou consórcio detentor do contrato. A declaração de comercialidade deve seguir os termos da Resolução ANP nº 845/2021, e ser aprovada pela Agência. Uma das determinações dessa resolução é que, ao declarar comercialidade, a denominação de áreas de desenvolvimento terrestre deverá utilizar nomes de animais da fauna terrestre brasileira e, quando se tratar de áreas marítimas, nomes de animais da fauna marinha.

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Resultados de segurança da Equinor

A tendência de segurança positiva de longo prazo da Equinor continua. O número de incidentes graves, por milhão de horas trabalhadas, nunca foi menor do que no final do segundo trimestre, medido nos últimos doze meses.

“Isso é encorajador. Acreditamos no trabalho sistemático e de longo prazo, e continuaremos a melhorar nosso esforço de segurança”, diz Jannicke Nilsson, vice-presidente executiva de segurança, proteção e sustentabilidade.

No final do segundo trimestre de 2023, a frequência de incidentes graves por milhão de horas trabalhadas (SIF) era de 0,3, abaixo dos 0,4, do primeiro trimestre. Lesões graves também estão incluídas na frequência de incidentes graves.

A frequência total de lesões registráveis (o número de lesões que requerem tratamento médico por milhão de horas trabalhadas, TRIF) foi de 2,5, nos últimos doze meses no segundo trimestre, abaixo dos 2,7, no primeiro trimestre.

“Uma parte importante do nosso trabalho contínuo de segurança é continuar aprendendo com os incidentes. Por meio da roda anual “Always Safe”, cooperamos com outras em-

presas operacionais e fornecedores externos, para aprimorar a compreensão de quais condições impedem o trabalho seguro. No terceiro trimestre vamos focar no trabalho seguro em altura e na prevenção de queda de objetos”, diz Nilsson.

No início deste ano, a Equinor lançou um curso e-learning sobre prevenção de acidentes graves. O curso é obrigatório para todos os colaboradores, e está disponível para os fornecedores da empresa. A Equinor também se concentrou particularmente no treinamento de segurança de líderes este ano.

O esforço de prevenção de acidentes graves foi intensificado este ano. Acreditamos que é importante construir uma cultura de segurança uniforme, junto com nossos fornecedores e parceiros do setor, compartilhando e aprendendo entre as empresas”, diz Nilsson.

Laboratório da YPF Brasil atinge nota máxima na ANP pelo 5º ano consecutivo

Participante desde sua inauguração, o laboratório de óleos lubrificantes da YPF Brasil atingiu, pela quinta vez consecutiva, nota máxima no programa de comparação Inter laboratorial da ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

A estatal argentina, que possui sede na grande São Paulo, demonstrou 100% de performance em todos os ensaios realizados pelo teste do órgão governamental.

O processo tem como objetivo monitorar o desempenho dos laboratórios de óleos lubrificantes no país, identificando problemas analíticos, e criando ações corretivas para proporcionar confiança adicional aos consumidores de óleo lubrificante.

Ao todo, 49 laboratórios de óleo lubrificante participaram do pro-

grama; do total, 36,73% obtiveram nota máxima ou satisfatória em sua produção e desenvolvimento de produtos. Já 63,26% dos laboratórios indicaram notas inferiores a 50% de performance.

Para Elaine Quirino, diretora nacional de óleos lubrificantes da YPF Brasil, é uma honra receber o reconhecimento da entidade.

“Marcar nota máxima no teste da ANP mostra que estamos no caminho certo de desenvolvimento de produtos para toda a linha de óleo lubrificantes da empresa, além disso, o resultado atesta a qualidade e confiança que o consumidor tem, ao comprar um de nossos produtos”, comenta Quirino.

A ANP já realizou nove edições do programa, e a YPF atingiu 100% de performance, nas últimas cinco. Para chegar em 100% de performance, o laboratório deve estar com procedimentos analíticos bem-preparados, analistas capacitados e equipamentos calibrados, com testes de controle estatístico feitos rotineiros.

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Parcela de petróleo da União em regime de partilha de produção atinge novo recorde

FESA Group e Amplum Biogás lançam parceria no setor de biogás e biometano

https://www.presalpetroleo.gov.br/wp-content/uploads/2023/07/ Boletim_mensal-MAI2023.pdf

No mês de maio, a produção média dos contratos de partilha de produção atingiu 819 mil barris por dia (bpd), sendo o Campo de Búzios responsável por quase 50% desse resultado. Do total, a União teve direito a uma parcela de 45,7 mil bpd , um volume recorde, e 32% maior do que o registrado no mês anterior. A parcela da União é majoritariamente oriunda dos contratos de Mero (31,5 mil bpd), Búzios (5,6 mil bpd) e Entorno de Sapinhoá (4,6 mil bpd).

Os dados fazem parte do Boletim Mensal dos Contratos de Partilha de Produção, divulgados no dia 12/06, pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), detalhando a produção de sete contratos. Na média geral, os campos que mais produziram em maio foram: Búzios (398 mil bpd), Mero (208 mil bpd) e Sépia (99 mil bpd).

Desde 2017, a produção total acumulada, até maio de 2023, em regime de partilha de produção, foi de 463,7 milhões de barris de petróleo. A parcela acumulada de óleo da União, no mesmo período, foi de 27,4 milhões de barris.

Foi registrada, em maio, uma produção total de gás natural com aproveitamento comercial de 2,4 milhões de m³/dia, em três contratos, sendo a maior parte oriunda de Búzios (2,2 milhão de m³/dia). O resultado foi 20% maior, em relação ao mês de abril, devido ao retorno da exportação de gás da P77, no campo de Búzios, após parada para manutenção.

No mesmo período, a média da parcela da União de gás natural disponível foi de 143 mil m³/dia, sendo a maior parte oriunda do Entorno de Sapinhoá (111 mil m³/dia), e de Búzios (32 mil m³/dia). O resultado é 8% superior ao de abril.

Desde 2017, a produção acumulada de gás natural, até maio de 2023, somou 1,2 bilhão de m³. A parcela da União foi de 164,4 milhões de m³.

O recorde foi da parcela de petróleo da União, e não da produção total.

Ganhando cada vez mais importância como fonte de energia renovável e sustentável, o mercado de biogás e biometano está em grande crescimento em todo o mundo. No Brasil, o setor teve um progresso de 34% nos últimos cinco anos, em relação ao número de plantas instaladas, atingindo a atual produção de quase três bilhões de Nm3 de biogás por ano. Tendo isso em vista, a Amplum Biogás e a FESA Group, o maior ecossistema de soluções integradas de RH do Brasil, lançaram uma parceria para atender as empresas que estão contratando profissionais para atuar com biogás e biometano Tendo como público-alvo principalmente as Empresas do setor de Óleo & Gás, Energia, Agronegócios e Resíduos, a parceria alia o profundo entendimento da Amplum, que já atua com conhecimento técnico no setor, com a especialidade em recrutamento e seleção da FESA. “As empresas que estão se movimentando para atuar neste mercado se sentem muito ‘perdidas’ por onde começar, principalmente em relação à estruturação de equipe. É muito comum respondermos dúvidas como: ‘preciso de um time interno a partir de qual momento? Onde encontraremos estes profissionais? É possível contratar um executivo ou executiva sênior com alguma experiência neste setor?’, entre outras. O trabalho em conjunto da Amplum e da FESA responde estas perguntas e direciona os clientes”, destaca Luisa Blandy, Vice President & Partner da FESA.

Atualmente, a Amplum conta com cursos que oferecem conteúdo técnico e de mercado, com professores que atuam no mercado de biogás e biometano, aplicando metodologias dinâmicas e contínuas de aprendizado, com aulas síncronas, assíncronas, encontros com especialistas e conteúdos exclusivos na Academia Amplum Biogás, plataforma da companhia que promove aos alunos um ambiente interativo, dinâmico, e que favorece o networking entre membros, por até um ano após o curso. “A parceria com a FESA Group é uma oportunidade dos profissionais e empresas se encontrarem, resultando em carreiras e empresas com propósito, e competitividade mercadológica” comenta Vanice Nakano, sócia-fundadora da Amplim Biogás.

“A parceria entre Amplum Biogás e FESA Group possibilitará que as empresas do setor de biogás e biometano tenham acesso a serviços especializados na área de carreira, e recrutamento com profissionais que entendem desse mercado, que está em franco crescimento. Encontrar profissionais qualificados em um setor tão diverso em realidades pode ser um desafio para as empresas que vêm investindo no biogás, e é aí que essa parceria será importante para o setor”, afirma Leidiane Ferronato Mariani, sócia-fundadora da Amplum Biogás. De acordo com a Vice President & Partner da FESA, essa é uma solução completa que está sendo oferecida no mercado. “É uma parceria em que todos ganham, principalmente o cliente. Este mercado está se expandindo de forma acelerada, e é um privilégio contribuir para que as empresas se estruturem e avancem na direção da transição energética”.

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bp expande investimento em bioenergia com a WasteFuel

A bp expandiu seu investimento em bioenergia, quando a bp ventures empenhou US$ 10 milhões, liderando a rodada de investimentos da Série B na WasteFuel, uma empresa de biocombustíveis, com sede na Califórnia, que usará tecnologias comprovadas e escaláveis para converter resíduos agrícolas e municipais de base biológica em combustíveis com baixo teor de carbono, como o biometanol.

Globalmente, a produção de resíduos sólidos totaliza cerca de 2 bilhões de toneladas métricas anualmente, e deve aumentar para 3,4 bilhões de toneladas métricas, até 2050. A implantação de tecnologias de digestão anaeróbica e produção de metanol da WasteFuel converterá resíduos municipais e agrícolas em alternativas viáveis de menor emissão para combustíveis tradicionais, como o biometanol.

Em setores de difícil redução, como o transporte marítimo, o biometanol tem o potencial de desempenhar um papel significativo na descarbonização. O transporte marítimo representa cerca de 90% do comércio mundial, enquanto produz 3% das emissões globais de gases com efeito de estufa. No esforço para atingir o zero líquido, algumas das maiores empresas do setor de transporte marítimo se estão convertendo em navios, prontos para metanol. E a bp está trabalhando para estabelecer o fornecimento de combustíveis alternativos com baixo teor de carbono para o setor de navegação, e buscará usar sua experiência comercial para levar o biometanol da WasteFuel ao mercado.

“Os projetos da WasteFuel vão ajudar com os crescentes volumes de resíduos globais, enquanto avançam no desenvolvimento de soluções de baixo carbono para setores difíceis de reduzir. Alcançar a descarbonização no transporte marítimo exigirá uma mudança radical, e os biocombustíveis têm um papel fundamental a desempenhar, para ajudar a indústria a descarbonizar. Estamos ansiosos para trabalhar juntos no próximo estágio de crescimento e desenvolvimento de mercado da WasteFuel,” disse Gareth Burns, vice-presidente da BP Ventures.

A bioenergia é um dos cinco motores de transição de crescimento da bp, nos quais a empresa pretende investir fortemen-

te, nesta década. Os mecanismos de crescimento da transição – que também incluem conveniência, carregamento de veículos elétricos, hidrogênio e renováveis e energia – ajudarão a impulsionar a transição da bp para uma empresa de energia integrada e a entrega da ambição líquida zero da empresa.

Philipp Schoelzel, vice-presidente de biocombustíveis de próxima geração da bp, disse: “Trabalhar com a WasteFuel permite que a bp consuma biometanol, e ajude a otimizar a produção que poderia apoiar a descarbonização do transporte marítimo. A bp está em ação para produzir mais biocombustíveis, visando à entrega de cerca de 100.000 barris por dia, até 2030, para ajudar a descarbonizar o transporte. Investimentos como esse são importantes, pois, nos esforçamos para atingir o zero líquido, e ajudar nossos clientes a descarbonizarem também.”

Trevor Neilson, cofundador, presidente e CEO da WasteFuel, acrescentou: “Este investimento da bp ventures é um marco significativo para a WasteFuel, pois, ajudará a escalar a produção de biometanol para descarbonizar o setor de transporte marítimo. Como as empresas que dependem do transporte marítimo trabalham para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, é essencial que expandamos drasticamente a disponibilidade desses combustíveis”.

bp e WasteFuel são membros da Iniciativa de Mercados Sustentáveis (SMI).

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A Shell Aviation combate as emissões de carbono em todo o seu portfólio

A Shell Aviation introduziu uma nova abordagem de sustentabilidade do ciclo de vida para seus lubrificantes de aviação AeroShell, para evitar, reduzir e, em seguida, compensar as emissões de carbono do ciclo de vida, melhorando o desempenho da aeronave, e ajudando os clientes a cumprir suas emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE) ou carbono.

Em alinhamento com a meta da Shell de se tornar um negócio de energia com emissões zero líquidas até 2050, a AeroShell confirmou seu compromisso de continuar trabalhando para evitar e reduzir as emissões de carbono, otimizando a produção e o design do produto, incorporando a circularidade na embalagem do produto, melhorando a eficiência energética das instalações, e usando energia renovável para reduzir as emissões em toda a cadeia de abastecimento. A Shell então comprará créditos de carbono de alta qualidade, verificados independentemente para compensar as emissões de carbono, que não estão sendo evitadas ou reduzidas atualmente.

A nova abordagem de sustentabilidade do ciclo de vida será incluída como padrão em toda a linha de produtos AeroShell, incluindo óleos para motores de turbina (TEOs), óleos para motores a pistão (PEOs), graxas e fluidos, tanto para os mercados de aviação comercial, quanto para aviação geral.

“Embora o SAF e a eficiência de combustível sejam corretamente destacados como alavancas-chave para descarbonizar a aviação, para o setor de aviação atingir o zero líquido, ele deve abordar as emissões de todos os aspectos das operações das aeronaves para descarbonizar – então, isso também significa lubrificantes, mesmo que representem uma pequena proporção das emissões da aviação, quando comparados ao combustível de aviação. É um verdadeiro motivo de orgulho que a AeroShell agora apoie nossos clientes na manutenção do desempenho das aeronaves, enquanto atua na descarbonização”, disse Vincent Begon, gerente geral de lubrificantes de aviação da Shell Aviation.

“Os fundamentos dos lubrificantes significam que eles são difíceis de descarbonizar, por isso, muito esforço foi feito para desenvolver essa nova proposta, incluindo o trabalho com fabricantes de equipamentos originais (OEMs), distribuidores e outros participantes importantes da indústria de lubrificantes. Este é um desenvolvimento importante para o

nosso negócio de lubrificantes de aviação, e estamos confiantes de que fornecerá valor genuíno aos nossos clientes, pois, os apoiamos na descarbonização”.

A Pilatus Aircraft Ltd, uma empresa suíça que desenvolve, produz e vende aeronaves para clientes globais – muitos dos quais usam produtos AeroShell – apoia a nova abordagem de sustentabilidade do ciclo de vida da AeroShell.

“A Shell tem um forte histórico de desenvolvimento de lubrificantes que oferecem segurança e desempenho, por isso, é fantástico vê-los continuar a ultrapassar os limites do mercado de lubrificantes, desta vez em nome da descarbonização”. comentou Dr. Urs Thomann, Diretor de Tecnologias, Processos e Sustentabilidade da Pilatus Aircraft Ltd.

Em todo o negócio global de lubrificantes da Shell, as medidas implementadas para evitar e reduzir as emissões de carbono incluem aumentar o uso de óleos básicos re-refinados; maior uso de reciclado nas embalagens plásticas de produtos, em apoio à ambição da Shell, de atingir 30% de uso de PCR, até 2030; eliminação de mais de 55 mil toneladas de CO2 e das emissões de GEE de escopo 1 e 2 das operações globais de lubrificantes, reduzindo a intensidade de carbono na etapa de produção em mais de 45%, desde 2016; mais de 50% da eletricidade importada para as Plantas Globais de Mistura de Óleo Lubrificante (LOBPs) da Shell agora vem diretamente de fontes renováveis, por meio da instalação de painéis fotovoltaicos solares e contratos de energia verde, ou indiretamente, usando créditos de energia renovável (RECs); instalação de painéis fotovoltaicos solares em 11 fábricas de mistura de lubrificantes, com a expectativa de gerar mais de 11.000 MWh de eletricidade anualmente, pode resultar na redução de emissões de GEE de mais de 6.000 toneladas de CO2, por ano; otimização das redes de entrega para reduzir o transporte rodoviário em 1,3 milhão de milhas, desde 2021 – esta atualização para a oferta AeroShell marca o passo mais recente nos esforços da Shell Aviation para descarbonizar em alinhamento com a meta de emissões líquidas zero da Shell, que inclui o aumento da oferta de baixo carbono e sem carbono aos clientes.

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Entregue 1º trecho do Gasoduto Néstor Kirchner

Fundamental para reverter o déficit energético da Argentina, o Gasoduto Presidente Néstor Kirchner (GPNK) ainda prevê um segundo trecho, de mais 467 km, que busca financiamento também junto ao BNDES. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, inaugurou o primeiro trecho – de 573 km – do GPNK, destinado a transportar gás natural de Vaca Muerta, no oeste do país, até Santa Fé. Segundo o governo argentino, a construção já consumiu cerca de US$ 2,5 bilhões, e foi feita exclusivamente com recursos próprios do país.

A substituição de importações, que possibilitará a entrada em operação do Gasoduto, permitirá uma economia anual de US$ 4,2 bilhões. Somado a isso, a construção do segundo trecho e da Reversión del Norte – a ser licitada em breve – per-

mitirá a exportação para o norte do Chile e Brasil, tornando o setor energético no segundo gerador de divisas na Argentina.

Cinco novas plantas produtoras de SAF a partir de fontes renováveis

A Honeywell acordou com a British Petroleum (bp) a implementação da tecnologia Ecofining, que irá apoiar a produção de combustível de aviação sustentável (SAF) em cinco instalações da companhia, em todo o mundo. Desta forma, as instalações da bp produzirão SAF certificado, que atende aos padrões internacionais, e pode ser usado como substituto direto do combustível fóssil, sem a necessidade de modificações nos motores dos aviões.

A tecnologia Honeywell UOP Ecofining será instalada na refinaria Cherry Point, em Blaine, Washington; Refinaria Rotterdam II em Rotterdam, Holanda; Refinaria Lingen na Baixa Saxônia, Alemanha; Refinaria Castellón de la Plana, em Castellón, Espanha e Refinaria Kwinana Oil, em Kwinana, Austrália.

“A bp tem um forte negócio global de biocombustíveis, estrategicamente posicionado para crescer rapidamente, com o apoio da tecnologia da Honeywell. Com a demanda global por SAF projetada para aumentar significativamente, a bp está comprometida em desempenhar um papel crucial no auxílio às companhias aéreas na descarbonização”, disse Nigel Dunn, Vice-Presidente Sênior de Crescimento de Biocombustíveis da BP.

O Ecofining é uma tecnologia comprovada e pronta para uso, que possui design simplificado, e oferece à BP uma solução econômica e rentável para aumentar sua produção de SAF a partir de fontes renováveis. Atualmente, a tecnologia pode ser usada em misturas de até 50% de SAF, com o restante como combustível de aviação convencional. Isso ajudará a bp a atingir sua meta, de fornecer 20% do mercado SAF globalmente, até 2030.

“ A demanda por Ecofining mais que dobrou nos últimos dois anos, e a Honeywell já licenciou 35 plantas de Ecofining em todo o mundo, com uma capacidade total de produção superior a 400.000 barris por dia. A Honeywell foi pioneira na produção de SAF com seu processo Ecofining, que tem sido usado para produzir SAF comercialmente, desde 2016 ”, disse Lucian Boldea, presidente e CEO da Honeywell Performance Materials e Tecnologias.

O processo Honeywell UOP Ecofining, desenvolvido em conjunto com a Eni SpA, converte óleos naturais não comestíveis, gorduras animais e outras matérias-primas residuais em diesel renovável e SAF, e pode reduzir as emissões de GEE em até 80%, quando comparado às emissões de combustíveis fósseis.

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Sinal verde do governo para Irpa, Verdande e Andvare

Os planos de desenvolvimento e operação dos campos submarinos de Irpa e Verdande, e do poço de produção Andvare, no Mar da Noruega, foram aprovados pelas autoridades. O campo de gás Irpa será vinculado à Aasta Hansteen, enquanto o campo de petróleo Verdande e o poço de Andvare serão vinculados à Norne.

“Estamos experimentando uma forte demanda por petróleo e gás da plataforma continental norueguesa, na atual situação geopolítica. Ao utilizar as infraestruturas

Aasta Hansteen e Norne, esses projetos de desenvolvimento trarão rapidamente nova produção ao mercado, com baixos custos de desenvolvimento, enquanto estendem a atividade nas plataformas host”, disse Trond Bokn, vice-presidente sênior de desenvolvimento de projetos da Equinor.

Os volumes de gás Irpa podem abastecer pouco mais de 2,3 milhões de residências no Reino Unido, com gás por sete anos. A descoberta de gás está localizada a quase 80 quilômetros do campo de Aasta Hansteen, e o desenvolvimento estenderá a vida produtiva do campo em sete anos, até 2039. A descoberta também sustenta os 350 empregos por ano (diretos e indiretos) associados à operação da Aasta Hansteen, durante este período.

Irpa, o segundo campo submarino ligado a Aasta Hansteen, será o campo mais profundo da plataforma continental

norueguesa, com 1.350 metros.

Foi anunciado recentemente que a Westcon Helgeland entregará grandes partes da instalação submarina de Irpa como subcontratada da TechnipFMC. Momek em Mo i Rana é um subcontratado da Aibel, responsável pela modificação da plataforma para ligação de gás Irpa. Verdande, uma descoberta de petróleo com algum gás associado, será ligada à Norne. Aqui, também, a vida produtiva do campo será estendida por vários anos, o que ajuda a sustentar os 900 empregos de trabalho (diretos e indiretos) associados à operação do campo de Norne.

A Equinor, em nome dos parceiros, recentemente, assinou um contrato com a Aibel, onde a maior parte do trabalho será executada pela comunidade M&M de Aibel em Harstad, que também usará outros subcontratados no norte. A Aibel também fará modificações no FPSO relacionado ao Andvare, um poço que será perfurado como um side-track de um dos modelos submarinos existentes no campo de Norne.

“Para a Equinor e nossos parceiros, é importante que nossa atividade no Norte também tenha efeitos cascata aqui, e os projetos também resultarão em atividade aumentada e prolongada, na base logística em Sandnessjøen, e na base de helicópteros em Brønnøysund”, diz Bokn.

Além de ser a operadora de Irpa, Verdande e Andvare, a Equinor também é parceira da Yggdrasil, Berling, Skarv Satellitter e Symra.

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Ilustração campo Verdande Ilustração do campo Irpa @Divulgação

Dutos têm futuro

A Young Pipeline Professionals Brazil (YPP-Brazil) é uma instituição voluntária que visa o engajamento de jovens profissionais na indústria de dutos do nosso país. Promovendo oportunidades de educação profissional, bolsas de estudo, visitas técnicas e muito networking, a YPP-Brazil é o canal entre o presente e o futuro da indústria de pipelines. Conectando profissionais de diversas áreas (não apenas engenharia!) o ambiente YPP traz ricas trocas, aproximando as gerações e conectando os jovens profissionais a um leque de infinitas oportunidades.

Com público-alvo de até 35 anos ou de até 10 anos de experiencia na indústria de dutos, através de trabalho voluntário e com apoio de empresas e profissionais parceiros, a YPP traz uma rede de suporte a todos os membros envolvidos. Além de promover a

visibilidade dos jovens profissionais numa indústria considerada “antiga” e “conservadora”, a YPP também quebra esse rótulo de que a indústria de dutos do Brasil não tem espaço para o novo: Muito pelo contrário! Por ser uma indústria estabelecida há muitos anos, é aqui onde os jovens tem o seu maior valor.

Existe uma reflexão muito interessante que é: “De que adianta uma reunião de 10 pessoas, se todas as 10 pessoas terão a mesma opinião, as mesmas experiências, e eventualmente as mesmas conclusões?”. Como construir algo novo sem a diversidade de experiências e visões? A inovação vem da construção, a construção vem do diálogo e o diálogo vem de ideias diversas e divergentes!

E essa é a grande missão da YPP: Dar espaço ao novo! Às inovações, às divergências, às discussões construtivas e consequentemente... aos excelentes resultados frutos desse espaço.

Conheça mais em: www.yppbr.com por:

Felippe Reis

Na indústria de dutos, o papel do jovem profissional é de fundamental importância para impulsionar a inovação, a sustentabilidade e o crescimento contínuo do setor. Com sua energia e criatividade, os jovens trazem novas perspectivas e ideias disruptivas que podem revolucionar a forma como os dutos são projetados, construídos e mantidos. Além disso, são os jovens que estão familiarizados com as mais recentes tecnologias e

práticas de gestão, o que possibilita a adoção de soluções mais eficientes e sustentáveis. Nesse contexto, a YPP-Brazil exerce papel fundamental como um grande instrumento para que a comunidade de dutos possa investir no desenvolvimento e capacitação dos jovens profissionais, sendo essencial para garantir o progresso contínuo, bem como para enfrentar os desafios futuros, assegurando que essa indústria vital continue a desempenhar um papel crucial no fornecimento seguro e confiável de recursos essenciais para a sociedade!

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Global Category Lead - Subsea Linepipe and Coating na TechnipFMC Membro da YPP-Brazil e atual Chair da YPIYoung Pipeliners International Gerente de Serviços Integrados e Equipamentos na Transpetro Co-fundador e primeiro presidente da YPP-Brazil

Consultor independente

A atividade de pipelines tem evoluído muito rapidamente nos últimos anos com os avanços da tecnologia digital, drones, inteligência artificial, novas ferramentas de inspeção, tudo isso tem demandado habilidades que só as

novas gerações “digitais” são capazes de acompanhar e desenvolver. Daí a importância dos young pipeliners que, com sua juventude e energia aliada a experiência dos senior pipeliners, serão a garantia do sucesso e crescimento da nossa atividade. Parabéns aos membros do YPP, votos de muito sucesso e muitas alegrias na atividade de pipeline!

Ex-CEO na Nova Transportadora do Sudeste – NTS Membro do primeiro comitê consultivo da YPP-Brazil Dez/2019, Rio de Janeiro – Arquivo pessoal Young Pipeliners no Pipeline Technology Conference –Maio/23, Berlin – Arquivo Pessoal
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Reunião de planejamento 2023 YPP-Brazil no espaço da PIPELINEBRAZIL – Jan/2023, Rio de Janeiro – Arquivo pessoal

Aprovado projeto do Trem 2 da RNEST

A Petrobras avançou com a proposta de conclusão e expansão do segundo trem de processamento na RNEST – Refinaria Abreu e Lima –, de 130.000 b/d de capacidade original da operadora em Ipojuca, Pernambuco, no nordeste do Brasil.

A implantação do Trem 2 da RNEST estava com obras interrompidas desde 2015, mas já tinha gastos de capital previstos pelo plano estratégico 2023-27 da empresa. A retomada do projeto RNEST Train 2 – que está programado para começar a operar em 2027 – deve expandir a capacidade de refino doméstico do Brasil para permitir o aumento da produção de petróleo acabado e produtos para atender a demanda do mercado, especialmente para Diesel S10 – a partir de 2025. Além de reduzir a emissão de material particulado, o uso do Diesel S10 – que possui maior número de cetano do que o Diesel S500 (500 ppm de enxofre) – promove melhor desempenho do combustível dos motores dos veículos, em linha com o mais rigoroso programa brasileiro de controle da poluição do ar.

A adjudicação dos contratos relativos à continuidade dos trabalhos do Trem 2 da RNEST passará por todas as análises necessárias, de acordo com as práticas de governança e pro-

cedimentos internos aplicáveis, e será oportunamente divulgada ao mercado, informou a operadora. A confirmação do projeto segue a adjudicação do contrato da Petrobras a um prestador de serviços para obras de melhoria das operações da unidade de destilação atmosférica existente do Trem 1 da RNEST, coqueamento retardado e outras unidades auxiliares que, juntas, retornarão a capacidade total de processamento de petróleo bruto do Trem 1 para 130.000 b/d, dos atuais 115.000 b/d.

Nova fase do Canal de Acolhimento a vítimas de assédio sexual

A Petrobras vai iniciar em agosto a segunda fase do Canal de Acolhimento a vítimas de assédio sexual na companhia. Com isso, de forma complementar ao tratamento e à investigação da denúncia, uma equipe multidisciplinar especializada estará disponível para escuta e atendimento das pessoas afetadas pela violência no trabalho nas instalações da Petrobras. Essa fase é uma evolução à etapa inicial do projeto, lançada em maio, quando foram abertos canais voluntários de atendimento online, telefônico e presencial.

“Esse novo momento do projeto é voltado para atender especialmente à demanda de trabalhadoras e trabalhadores que não se sentem à vontade para detalhar informações ou procurar os canais inicialmente já existentes. Às vezes a vítima não quer relatar dados concretos para a investigação do abuso, mas isso não quer dizer que ela não precise de acolhimento.

A equipe vai atuar numa perspectiva de saúde, com sigilo profissional”, explica a gerente geral de Saúde da Petrobras, Lilian Monteiro

.

Segundo Lilian, a nova fase vai incluir ainda uma intervenção no ambiente de trabalho, que é afetado de uma maneira geral, quando ocorrem situações de violência:

“Depois de identificar e acolher a vítima do ponto de vista de saúde, além de dar o suporte quanto à utilização dos canais exis-

tentes, faremos intervenções coletivas relacionadas à saúde biopsicossocial em ambientes impactados pela violência no trabalho. Abordar as pessoas que estão nesse ambiente, gestores, pares, para promovermos ambientes saudáveis e psicologicamente seguros”, afirmou Lilian.

O Canal de Acolhimento faz parte do Programa Petrobras Contra a Violência Sexual, um dos resultados do Grupo de Trabalho (GT) instituído pela empresa, em abril de 2023, quando se tornaram públicos relatos de inaceitáveis casos de violência sexual ocorridos na companhia, nos últimos anos. O programa, lançado em maio, centraliza e acompanha a execução de todas as ações de combate ao assédio, à importunação e à violência sexual em curso, ou a serem implementadas pela empresa.

Notícias da Petrobras 86 no 392 Petro & Química
@Petrobras/André Motta de Souza

Redução de preços do gás natural para distribuidoras

A partir de 01/08/23, conforme os contratos acordados pela Petrobras com as distribuidoras, os preços atualizados de venda de gás natural terão redução média de 7,1%, em R$/m³, com relação ao trimestre maio-junhojulho, considerando a variação do preço da molécula e do seu transporte por dutos.

Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás, e vinculam esta variação às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio. Para o trimestre em referência, o petróleo teve queda de 3,8%, e o câmbio teve apreciação de 4,8%.

Com essa atualização, o preço do gás natural vendido pela

Petrobras para as distribuidoras acumulará redução de aproximadamente 25%, no ano.

A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular –, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.

Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A companhia ressalta que a atualização anunciada para 01/08/23 não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.

Aumenta processamento no refino e recordes de produção

Em junho, a Petrobras bateu recordes mensais de produção de gasolina e diesel S10, além de alcançar a marca histórica de 72% no processamento de petróleo oriundo do Pré-sal. Foram produzidos 2,01 bilhões de litros de gasolina, melhor resultado desde 2014. Na produção de diesel S10, a o volume chegou aos 2,11 bilhões de litros, superando o recorde anterior de maio deste ano.

Os recordes de produção foram essenciais para o atendimento das vendas crescentes da companhia, que em junho registraram aumento, em relação ao mesmo período do ano passado, de 26%, na gasolina; 2,9%, no diesel S10; e 5,7%, no querosene de aviação. Já o Fator de Utilização Total (FUT) das refinarias da Petrobras no segundo trimestre atingiu a marca de 93%, melhor resultado desde 2015. O FUT considera o volume de carga de petróleo processado e a carga de referência das refinarias, ou seja, sua capacidade operacional, respeitando os limites de projeto dos equipamentos, os requisitos de segurança, e a qualidade dos derivados produzidos.

Os resultados revelam, sobretudo, o aumento das vendas no mercado interno e a estratégia adotada pela Petrobras de investir em refino, visando a garantir o atendimento de seus compromissos comerciais, com confiabilidade, disponibilidade operacional e rentabilidade das suas unidades.

O diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, destaca a capacidade de refi-

no da Petrobras: “A confiabilidade das operações das plantas do parque de refino da companhia, junto com a competência de nossas equipes, desde o planejamento da produção até a execução, aliada à eficiência das operações logísticas e comerciais, permitiram o alcance desse patamar elevado em processamento, produção e utilização das refinarias”.

Para o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, os dados reforçam o compromisso da empresa com o mercado: “Estamos contribuindo para o crescimento de nossos clientes no mercado interno, com uma atuação competitiva e segura, sempre preservando rentabilidade e sustentabilidade financeira. Os resultados mensais de produção e o FUT trimestral demonstram a eficiência de nossos processos, visando a ser uma empresa diversificada, e com atuação nacional”.

Notícias da Petrobras no 392 Petro & Química 87

Investimentos em novos sistemas de tratamento de

A Petrobras investiu, recentemente, cerca de R$ 200 milhões na modernização do seu parque de refino, para manter os parâmetros de emissão atmosférica, em duas de suas unidades de produção. Em junho, entrou em operação o novo sistema para o tratamento de gases na Refinaria de Paulínia (Replan, SP) e, no início de julho, na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap, em Canoas/RS) – foram, aproximadamente, R$ 100 milhões, em cada uma das refinarias.

O equipamento, chamado precipitador eletrostático, é capaz de capturar material particulado presente no gás, pela aplicação de um forte campo elétrico. Esse material, após ser recolhido e transportado, serve como insumo na indústria de argamassa. Com esse processo, a concentração de particulados no gás emitido será inferior a 75mg/Nm3, atendendo à resolução do ConamaConselho Nacional do Meio Ambiente. Isso equivale a evitar a emissão ao meio ambiente de cerca de 30 toneladas por mês de particulados finos, em cada refinaria.

Segundo o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação

gases na Replan e Refap

da Petrobras, Carlos Travassos, os investimentos para a modernização do parque de refino da empresa aperfeiçoam o controle de emissões:

“Além de aumentar a capacidade de processamento, estamos melhorando a qualidade de nossos derivados, atendendo normas regulamentares e reduzindo o impacto ambiental das operações”. Para o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, “a companhia trabalha para modernizar as refinarias, reduzir os impactos ambientais das operações e aprimorar derivados. O sistema de tratamento de gases, que implantamos na Replan e na Refap, é também resultado do propósito da Petrobras em desenvolver um mercado ambientalmente mais sustentável”, disse.

Teste de robô especializado em entregas de amostras no Cenpes

A Petrobras iniciou os testes com um drone terrestre para transporte de amostras, entre os diversos laboratórios do centro de pesquisas e inovação da empresa, o Cenpes, onde são desenvolvidas as tecnologias utilizadas pela Petrobras. O objetivo é verificar se a tecnologia tem potencial para redução de exposição humana ao risco, através da entrega automatizada que evita contato físico com as substâncias transportadas.

“O robô de transporte de amostras é um experimento para avaliar a viabilidade e os ganhos em segurança do uso de veículos autônomos ou remotamente controlados, para transporte de pequenas cargas internamente em unidades terrestres. Esse drone poderá ser utilizado para transporte de amostras, documentos, pequenos componentes ou ferramentas, evitando que um trabalhador tenha de se deslocar apenas para essa tarefa”, explica a gerente executiva do Cenpes, Maiza Goulart. “Há uma outra iniciativa de desenvolvimento, em outra frente, de um veículo autônomo, que permitirá o transporte de cargas maiores que 35 kg, e sem a necessidade de um operador remoto, utilizando as mesmas

vias já existentes para os veículos”, revela.

O entregador em teste é “elétrico”: movido a bateria, atinge a velocidade de cerca de 6 km/h, o equivalente de uma pessoa, não atleta, correndo; equipado com sistema GPS, duas câmeras e controlado remotamente por um piloto, o equipamento pode transportar uma carga de até 35 kg, e utiliza a rede 4G comercial; desenvolvido por uma startup nacional, o entregador já é utilizado atualmente por uma rede de supermercados em outra aplicação.

O trajeto do drone é monitorado. A cada ponto de entrega, a central de controle informa e confere quem está abrindo a caixa de transporte, e basta o destinatário mostrar o crachá para ser identificado. Em caso de dúvida, também é possível conversar com a central, por meio de WhatsApp e por voz, já que o drone é equipado com um tipo de walkie talkie.

Equipado com chassi robótico, o drone recebeu uma identidade visual, uma carinha simpática, para o período de experiência, mas ainda não tem nome, pois, não foi “efetivado”. O contrato de teste da tecnologia inclui o serviço de pilotagem e suporte da máquina, e vai até agosto.

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@ André Valentim / Agência Petrobras

Destinação sustentável da P-32

Concluído (07/07) o leilão de venda da plataforma P-32, a unidade da Bacia de Campos será a primeira a seguir o novo modelo de destinação sustentável de embarcações da Petrobras. A empresa vencedora foi a Gerdau S.A., em parceria com o estaleiro Ecovix.

O edital de venda foi direcionado exclusivamente ao mercado nacional, e inaugura uma nova etapa da indústria de descomissionamento no Brasil, representando uma grande oportunidade para o país, firmar-se no segmento de reciclagem sustentável de embarcações. O processo de venda impôs aos licitantes critérios técnicos e requisitos voltados a garantir que as atividades de reciclagem e a destinação final dos resíduos metálicos ocorram em alinhamento às melhores práticas ASG (Ambiental, Social e Governança) da indústria mundial, com foco na geração de valor, sustentabilidade, segurança e respeito às pessoas e ao meio ambiente.

Segundo o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, a aplicação desse processo pioneiro no Brasil une necessidades da empresa a oportunidades decorrentes das atividades.

“As unidades precisam ser descomissionadas, e nós precisamos dar uma destinação responsável aos resíduos.

Como o Brasil é importador desse tipo de material metálico, identificamos como uma boa oportunidade para o mercado, ao mesmo tempo em que conseguimos promover uma destinação verde para plataformas desativadas, e gerar empregos diretos e indiretos dentro desse processo”, afirma. “Queremos que tudo seja feito dentro de critérios rigorosos, e sabemos que não são todos os países que têm condições técnicas de atendê-los, mas os estaleiros brasileiros podem adaptar-se muito facilmente a esses requisitos. Isso significa uma oportunidade para a indústria nacional”, conclui Travassos.

Após a quitação do lance vencedor, a Gerdau apresentará o plano de reciclagem da plataforma, incluindo todas as etapas, do recebimento da unidade até a destinação final dos resíduos. A execução do plano será acompanhada de perto pela Petrobras, a fim de garantir o cumprimento de práticas de segurança, meio ambiente, saúde e responsabilidade social, de forma sustentável e auditável, ao longo de todo o processo.

O estaleiro Ecovix possui licença de operação para a atividade de desmontagem e plano de contingência e emergência, para garantir as melhores práticas de segurança do trabalho.

Segundo o diretor de Logística, Comercialização e Merca-

https://petrobras.com.br/pt/canais-de-negocios/leilao/leilao-plataforma-p-32-un-bc.htm

dos, Claudio Schlosser, a aplicação de critérios de sustentabilidade aos descomissionamentos demonstra o compromisso da companhia, e é resultado da meta de se tornar uma referência global nessa área:

“A Petrobras busca estar alinhada aos mais avançados processos da indústria. Garantir a forma apropriada de destinação final de materiais oriundos do descomissionamento também revela nossa preocupação com a sustentabilidade do negócio”, afirma.

A P-32 é uma das dez unidades que produziam nos campos de Marlim e Voador, na Bacia de Campos, e estão sendo substituídas pelos novos FPSO Anna Nery e Anita Garibaldi, que compõem o Projeto de Revitalização dos campos. As duas novas plataformas têm capacidade de produzir, em conjunto, até 150 mil barris por dia (bpd).

Notícias da Petrobras no 392 Petro & Química 89

Quase um terço (29,3%) da demanda total por água doce da Petrobras foi atendida, no ano passado, por água reutilizada. É o que mostram dados do mais recente Relatório de Sustentabilidade da companhia, divulgado no último dia 23. O volume de reuso da água pela empresa, em 2022, chegou a 50,7 bilhões de litros – o suficiente para abastecer, por exemplo, a cidade de Maceió/AL, com cerca de 1 milhão de habitantes, durante um ano. A partir dessas ações de reuso, a Petrobras estima uma economia anual de aproximadamente R$ 16 milhões, nos custos de captação de água.

A iniciativa faz parte de um dos compromissos ambientais da Petrobras, reafirmado no Plano Estratégico 2023-2027, de reduzir a captação de água doce nas operações em 40%, até 2030, tendo como referência o ano base de 2021.

do Cenpes, Tecnologia de Refino, Sistemas de Superfície, Refino, Gás e Energia (SRGE) e SMS.

Nas unidades industriais, o reuso do efluente final tem sido direcionado, frequentemente, para as torres de resfriamento. A água é essencial para o funcionamento de um sistema de resfriamento industrial e, aproximadamente 50% da água utilizada por uma refinaria vai para esses sistemas. Nas refinarias, as ações de reuso envolvem, tanto projetos de investimento, quanto ações de mudança em procedimentos operacionais, visando à maior recuperação de água. Foram adotadas iniciativas que proporcionaram maior eficiência no uso de água e vapor nas operações. Essas medidas fizeram com, que nos últimos cinco anos, a relação entre a quantidade de água consumida e o volume de petróleo processado se reduzisse em 12,5%. Em 2017, o volume de refino era de 0,98 metro cúbico de petróleo por metro cúbico de água. Em 2022, essa marca passou para 1,12 metro cúbico de petróleo refinado para cada metro cúbico de água consumido.

“ O nosso desafio é reduzir o volume de água doce captada dos mananciais, em regiões de grande utilização dos recursos, contribuindo para a continuidade do abastecimento da população e partes interessadas, e para a manutenção dos ecossistemas. É nesse caminho que estamos ”, completou Daniele Lomba.

“ Parte desse objetivo será alcançado por meio da implementação de uma carteira de ações, que inclui reuso, redução de perdas e adoção de fontes alternativas de abastecimento. Atualmente, as ações de reuso são responsáveis por cerca de 80% da redução de captação de água doce, prevista nessa carteira ”, afirma a gerente executiva de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da Petrobras, Daniele Lomba .

Os primeiros projetos de pesquisa em planta-piloto para o reuso surgiram em 2002, na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, Minas Gerais, quando diversas tecnologias foram avaliadas e adaptadas para a realidade da Petrobras, através de pesquisas do Centro de Pesquisas e Inovação da Petrobras (Cenpes) e de termos de cooperação com universidades. Os resultados são possíveis graças ao trabalho integrado entre as equipes

No ano passado, foram investidos cerca de R$ 95 milhões, em projetos de pesquisa e desenvolvimento de soluções tecnológicas, visando a promover a melhoria da gestão da biodiversidade e dos recursos hídricos e efluentes, bem como a minimização, valorização e o reaproveitamento de resíduos sólidos. Nos últimos três anos, foram reduzidos mais de 20% da captação de água doce das operações da companhia.

As refinarias da Petrobras têm potencial para chegar ainda mais longe, no que diz respeito aos projetos de reuso. Um exemplo é o da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), que se prepara para ampliar sua capacidade de reuso. O projeto consiste em tratar os efluentes finais, utilizando essa água de reuso majoritariamente para reposição em sistemas de resfriamento, entre outros usos industriais de menor consumo. O potencial de reuso da Reduc pode variar, entre 900 mil e 1,7 milhões de litros por hora, a depender do cenário operacional da refinaria. Outras iniciativas em curso envolvem as negociações para suprimento da Reduc e do Polo Gaslub, em Itaboraí/RJ, com água de reuso de estações de tratamento de esgoto municipal como fonte alternativa.

Notícias da Petrobras 90 no 392 Petro & Química
@ Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Reutilização de água atende a um terço da demanda total das unidades da companhia

Assinado contrato com a Comgás no valor de R$ 56 bilhões

A Petrobras assinou novo contrato de gás natural com a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), no valor estimado de R$ 56 bilhões, com vigência de janeiro de 2024 a dezembro de 2034. O contrato é resultado de processo concorrencial, por meio da Chamada Pública nº 01/2023, realizada pela Comgás, que visa ao suprimento de gás para atendimento ao mercado cativo da distribuidora, no Estado de São Paulo, reforçando a parceria comercial entre as empresas.

“ As novas contratações mostram que a Petrobras está cumprindo, e bem, o seu papel de suprir gás para os mercados estaduais. Nossa previsão de investimentos próprios nesta área supera R$ 25 bilhões, nos próximos anos. Estamos oferecendo contratos mais flexíveis, com diferentes modalidades de prazo e indexadores. Com isso, as distribuidoras podem optar pelo portfólio mais adequado às suas necessidades de atendimento dos diversos mercados: industrial, comercial, residencial e automotivo ”, destacou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates .

O contrato da Comgás foi objeto de prévia análise e aprovação da Arsesp – Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de São Paulo – e será enviado para a ANP, de acordo com o rito regulatório, que prevê que a Agência torne públicos os contratos de compra e venda de gás natural, firmados pelas distribuidoras locais de gás canalizado, para atendimento a mercados cativos.

“O gás natural é um energético estratégico para o estado de São Paulo e o Brasil, e nós, aqui na Comgás, estamos investindo continuamente em soluções, para levar essa energia a cada vez mais pessoas e negócios, além de garantir a segurança energética que o Estado de São Paulo tanto precisa, para crescer com competitividade e sustentabilidade. Nossos investimentos somam mais de R$1 bilhão por ano, no estado, ampliando a malha de gasodutos de distribuição, e conectando mais de 150

mil novos clientes, anualmente. Este contrato com a Petrobras, que renova uma parceria de suprimento longeva entre as duas companhias, traz melhorias em relação às condições atuais, abrindo oportunidades para a tão esperada migração de clientes para o mercado livre de gás”, afirma Antônio Simões, CEO da Comgás.

Esta é a terceira pactuação entre Petrobras e Companhias Distribuidoras Locais, aderente à nova carteira de produtos da Petrobras, considerando as recentes celebrações de instrumentos contratuais com a Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS) e a Companhia de Gás de Pernambuco (Copergás).

Com a abertura do mercado de gás natural, a Petrobras desenvolveu uma nova carteira comercial para venda de gás natural, com prazos, indexadores e locais de entrega diversificados, visando a assegurar a sua competitividade nas chamadas públicas em curso, pelas distribuidoras estaduais, e na comercialização via Mercado Livre.

Além da diversificação, as condições comerciais da Petrobras buscam dinamizar ainda mais o ambiente competitivo e o processo de abertura de mercado, ao possibilitar, entre outros, a redução de volumes contratados pelas distribuidoras estaduais, em caso de migração de volumes de clientes cativos para o ambiente livre, além de maior flexibilidade na gestão de suprimento das distribuidoras, com a inclusão de opção de descontratação para os volumes que superem 2/3 dos volumes comercializados, em cada zona de concessão, em linha com o estabelecido na Resolução CNPE 03/2022.

Notícias da Petrobras no 392 Petro & Química 91
@ Rogério Reis / Agência Petrobras

Petrobras e Abiquim criam grupo técnico para estimular setor químico nacional

A Petrobras e a Abiquim – Associação

Brasileira da Indústria Química – anunciaram a criação de um grupo de trabalho para estudar medidas que contribuam para a revitalização do setor no país, a partir da elaboração de um plano integrado de retomada e consolidação. O resultado do trabalho será apresentado ao governo, com o objetivo de mostrar que a indústria química e de fertilizantes enfrenta gargalos, que vão além da estratégia de utilização de gás.

De acordo com a Abiquim, matéria-prima, energia e tributação têm valores mais elevados no Brasil, quando comparadas a países “price takers”, representando 80% dos custos. No 1º quadrimestre de 2023, os volumes de produção e vendas recuaram ao patamar mais baixo dos últimos 17 anos. Perante igual período do ano passado, o nível de utilização da capacidade instalada foi de 67%, uma queda aproximada de 10 pontos percentuais. Todos os grupos de produtos químicos apresentaram recuo no uso da capacidade instalada, nos quatro primeiros meses de 2023, em

relação a igual período do ano anterior.

A Abiquim e a Petrobras entendem que não há uma medida isolada que solucione a situação, mas convergem no entendimento de que são necessárias ações de diversos agentes, para aprimorar a capacidade de concorrência da indústria química, permitindo-a produzir a um custo competitivo, bem como adoção de medidas de inserção internacional, defesa comercial, e competitividade tributária.

Um primeiro encontro teve participação do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates e, pela Abiquim, de Daniela Rattis, presidente do Conselho Diretor; André Passos Cordeiro, presidente-executivo; Fatima Coviello, diretora de Economia e Estatística; Marcelo Pimentel, gerente de Relações Institucionais; Daniel Hubner Marques, vice-presidente sênior e membro do Comitê Executivo; e Elder Antonio Martini, presidente e membro do Comitê Executivo, além de representantes da indústria química ligados a grupos como Yara, Braskem, Basf e Rhodia.

Petrobras conclui maior parada para manutenção da história da RPBC

@Petrobras

Durante dois meses, a RPBC

– Refinaria Presidente Bernardes / Cubatão – realizou a maior parada programada para manutenção, desde o início das suas atividades, em 1955. Com investimentos de R$ 720 milhões, e mobilização de mais de 6,5 mil pessoas, os trabalhos envolveram sete unidades operacionais, além de uma tocha, com serviços que incluíram a modernização dos equipamentos, melhorando o desempenho global da refinaria em linha com o Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2023 a 2027.

Os serviços executados elevaram a RPBC a um novo patamar em termos de segurança, confiabilidade e desempenho operacional, como a troca dos reatores de Coque. Para receber os novos equipamentos, que totalizaram quase 600 toneladas, foi realizada uma complexa operação logística, que envolveu a concessionária da rodovia por onde os tambores passaram. Dentro da refinaria, foi utilizado um dos maiores guindastes do mundo para a retirada dos reatores antigos e instalação dos novos.

Os principais serviços aconteceram nas unidades de Destilação Atmosférica (UC), Destilação a Vácuo (UVC), Hidrotratamento de Diesel (HDT-2), Geradora de Hidrogênio (UGH-2), Coque 2, Hidrodessulfurização (HDS), Craqueamento Catalítico Fluído (UFCC) e Tocha 5 da refinaria. Em razão do grande porte dos trabalhos, a preparação começou há mais de dois anos, com a consolidação do escopo, especificação, licitação e contratação de empresas especializadas para execução, além do planejamento, para não haver qualquer ris-

co de desabastecimento do mercado.

As atividades atenderam a todos os requisitos, em relação à segurança das pessoas envolvidas e ao meio ambiente. A Comissão de Mulheres da RPBC também esteve presente durante toda a parada de manutenção, para atuar na disseminação sobre questões relacionadas à equidade de gênero, com palestras específicas para o público feminino, e ações de conscientização para os homens, com objetivo de proporcionar respeito para todos no ambiente dos trabalhos.

A refinaria tem capacidade para processar 28,5 milhões de litros de petróleo, por dia. Entre os principais produtos, estão a gasolina, diesel automotivo e marítimo, GLP (gás de cozinha), bunker, gasolina de aviação, entre outros. Dentro deste vasto portfólio, vale destacar o recorde mensal de produção do Diesel S-10 (com menor teor de enxofre) de 296 milhões de litros, produzidos ao longo do mês de dezembro do ano passado, em atendimento ao aumento da demanda do mercado nacional.

A RPBC também está no âmbito do Programa BioRefino, que prevê investimentos de US$ 600 milhões nas refinarias, para desenvolvimento de combustíveis mais modernos e sustentáveis, como projetos para expansão da produção de Diesel R, gerado por coprocessamento de diesel mineral com óleo vegetal, que contém parcela de diesel verde (HVO, em inglês), podendo variar, de 5% (Diesel R5), até 10% (Diesel R10). O Plano Estratégico da Companhia já contempla investimentos de US$ 4,4 bilhões, com foco na transição energética, direcionados a iniciativas de baixo carbono.

Notícias da Petrobras 92 no 392 Petro & Química
@Cofic

Jean Paul Prates defende renovação energética na OPEP

Ao lado de CEOs das maiores empresas do ramo de petróleo do mundo, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu a manutenção das atividades com menor impacto ao meio ambiente, e destacou a urgência na mobilização de recursos para fomentar a mudança da transição energética. Prates foi um dos palestrantes do 8º Seminário Internacional da OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo –, realizado no Palácio Imperial de Hofburg, em Viena, na Áustria. É a primeira vez que um presidente da Petrobras participa do evento.

“Só há uma certeza, hoje, entre as sociedades estatais e estados nacionais exportadores de petróleo: estamos em tempos de transição inexorável, que vai custar a todos e todas muito mais, no que se refere à descarbonização e reexploração/revitalização, do que para iniciar investimentos em outras fontes. As companhias têm um duplo desafio de repor reservas e produzir hidrocarbonetos, ao mesmo tempo que se transformam em empresas de energia e investem em novas fontes. Tudo isso com uma preocupação indiscutível, de não deixar ninguém para trás – nem trabalhadores, nem consumidores”, afirmou o presidente da Petrobras.

O evento da OPEP teve como tema “Rumo a uma Transição Energética Sustentável e Inclusiva”. Jean Paul Prates foi um dos convidados do painel “Investimento em Energia: Desafios e Oportunidades”. Ao seu lado, estavam Shaikh Nawaf S. AlSabah, CEO da KPC (Kuwait); Claudio Descalzi, CEO da Eni (Itália); Russel Hardy, presidente e CEO da Vitol; John Hess, CEO da HESS Corporation (EUA); Sebastião Martins, CEO da Sonangol (Angola); e Alfred Stern, CEO da OMV (Áustria).

O presidente da Petrobras salientou ainda a importância de se considerarem as particularidades de regiões, mercados e companhias. “Os perfis distintos atribuirão missões dife-

renciadas. Recairá a alguns países e companhias a tarefa de persistir na exploração de óleo e gás, enquanto outras empresas já tiverem migrado para outras matrizes. Para aqueles profundamente associados às matrizes atuais, não se trata tão somente de mudar os motores, mas fazê-lo de dentro para fora, em um processo de metamorfose”, reforçou.

O executivo destacou também que o processo de troca de uma fonte energética por outra é fácil, no entanto, o real desafio se encontra na descarbonização das operações, de forma a transformá-las em atividades menos danosas ao meio ambiente, ao passo que se mobiliza recursos para fomentar a mudança.

“É preciso mais que uma mudança no produto ofertado, é preciso modificar a demanda e hábitos de consumo. O desafio é mobilizar governos nacionais, para contribuir para essa iniciativa. Por outro lado, para os Estados que possuem empresas de energia, é natural que as mantenham como alavancas para mudança, que precisa ser feita tanto pelo lado da oferta, quanto pela demanda”, explicou.

O 8º Seminário Internacional da Organização dos Países Exportadores de Petróleo aconteceu nos dias 05 e 06 de julho, em Viena, na Áustria, e contou com a presença de representantes do setor e autoridades globais. O presidente concluiu sua participação, destacando que a perspectiva de banimento de novos campos (green fields) não seria realista, sendo mais concreto pensar em otimizações no downstream, a exemplo do que já é planejado pela Petrobras. “Uma saída seria potencializar a revitalização de campos, permitindo a produção a baixo custo, com sustentabilidade. Dessa forma, será possível conduzir a indústria à situação irreversível da descarbonização das operações, e transição definitiva às novas fontes energéticas”, finalizou.

Notícias da Petrobras no 392 Petro & Química 93
@ Markus Zahradnik / Divulgação

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