Revista Petro & Química n°393

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Editorial

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Sumário

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Editorial

Solo sagrado O rubi é das pedras mais resistentes que se tem conhecimento, o que explica ser utilizada para ilustrar uma relação douradora – como a da revista Petro & Química com seus públicos – leitores, fontes, colaboradores, anunciantes, fornecedores. Não foi exatamente fácil dar continuidade a uma revista que completa 45 anos no setor motor da economia mundial. A Petro & Química passou por várias editoras, mantendo seu nome e comprometimento em bem informar. Um pouco dos arquivos se perdeu nessa estrada, mas ainda se pode encontrar o número um no guardião do setor, o IBP. E este é um ano propício a comemorarmos porque, conosco, completam bodas significativas a Petrobras, o Cenpes, a Coppe, a Transpetro e o Pré-Sal, que compõem com os Polos e as Refinarias a base do setor de óleo e gás brasileiro. Capa: montagem a partir de arquivo Revisitar a história é um exercício necessário para entender o presente; é fundamental refletir sobre os movimentos da Petrobras para entender como ela se transformou no colosso de hoje, a maior empresa do Brasil, com números impressionantes. E, se lá atrás a Petro & Química estava sozinha para mostrar os primeiros passos dessa jornada de sucesso, hoje estão à disposição, até gratuitamente, livros detalhando as histórias que contamos dia após dia. Por isso, ao parabenizar os aniversariantes e desejar boa sorte, buscamos fazer esta edição uma conversa mais perto do coração. E aqui você, leitor, vai encontrar gente muito especial, que abriu o coração para mostrar o quanto ama a empresa em que trabalha, o setor em que atua, as pessoas que encontrou... há muito nesses corações... é preciso respeito ao tocá-los. Então, em meio as notícias e novidades, esta edição é o momento de agradecer calorosamente todos os que colaboraram com a Petro & Química, principalmente você, leitor. Aproveitando as bodas de vinho da Petrobras, um brinde: que estejamos juntos nessa jornada por muitos anos ainda, com saúde, sucesso e paz! Boa leitura O editor Colaboraram nesta edição, com informações e imagens, as assessorias de imprensa.

Próxima Edição: Energia e Meio Ambiente - Transição Energética www.editoravalete.com.br DIRETOR RESPONSÁVEL Waldir Rodrigues Freire DIRETORIA editoravalete@editoravalete.com.br

ASSINATURAS comercial@editoravalete.com.br DEPTO. COMERCIAL/ANÚNCIOS publicidade@editoravalete.com.br FINANCEIRO financeiro@editoravalete.com.br

ENDEREÇO Rua Siria,. 90 Pq. São Jorge São Paulo - SP CEP: 03086-040 Tel/Fax: (11) 2292.1838 / 3798.1838

REDAÇÃO Teresinha Cehanavicius Freire - Diretora redacao@editoravalete.com.br ISSN: 0101-5397

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Sumário

Índice Matérias de capa

14 Empresas que mais contratam startups no país 16 Grande ABC se reúne para debater o Futuro da Indústria Química 18 Governo entrega Projeto de Lei do Combustível do Futuro ao Congresso

Petróleo & Gás 108 Declaração de Comercialidade da área do bloco BMC-33 109 Petrobras no World Petroleum Congress 110 Nova planta de fermentação para produtos fitofarmacêuticos 111 MCTI e INPO celebram contrato de gestão 112 Covestro lança linha de compostos de policarbonato para reciclagem mecânica

70 ANOS DE PETROBRAS 60 ANOS DE COPPE E CENPES 25 ANOS DE TRANSPETRO E ANP

113 Inaugurado laboratório a céu aberto para investigar melhores práticas de extração de petróleo

15 ANOS DO PRÉ-SAL

114 Lançada primeira gasolina carbono neutro no país

22 Artigo 00 Petróleo Cru, Gás Natural e Derivados: O Arcabouço Regulatório Aplicável à Medição Fiscal e de Transferência de Custódia

Jornal 8

114 Unidades de Biocombustíveis Avançados e de Hidrogênio Verde na Refinaria Galp Sines

Notícias da Petrobras 115 Petrobras recebe secretário-geral da OPEP 116 Petrobras recebe prêmio por transparência nas demonstrações financeiras 116 Petrobras bate recordes 117 Petrobras contrata navio para Terminal de Regaseificação de GNL da Bahia 117 Petrobras quer fortalecer parceria com Noruega

Adipec 2023 insta a descarbonizar mais rápido, todos juntos

118 Petrobras recebe Prêmio OTC Brasil

10 Unidade da Unipar em Santo André celebra 75 anos

119 Petrobras renova medições de vento no mar para gerar energia renovável

10 Açolab fez 5 anos e consolida inovação

120 Petrobras assina acordo com bancos chineses

11 Complexo Eólico no Território do Sisal será operado 100% por mulheres

Seções

12 AEPET: 62 anos na defesa da Soberania e do petróleo brasileiro

6 Agenda/Gente 12 Jornal

12 Fundacentro lança livro sobre legislações do benzeno no Brasil

26 Empresas & Negócios

13 FIERN completou 70 anos

65 Produtos e Serviços

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51 Opinião


Editorial

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Agenda / Gente

www.petroquimica.com.br/calendario Novo presidente da CSPEP da ABIMAQ

“Temos que lutar com vontade para que o país tenha uma indústria forte, máquinas potentes, modernas e tecnologia, e o resultado veremos lá na frente”. Afirmou o presidente eleito, Adriano Machado Meireles, durante seu discurso na cerimônia de posse da diretoria da Câmara Setorial de Projetos e Equipamentos Pesados, realizada na sede da ABIMAQ, em São Paulo, no último dia 21 de setembro. José Velloso, presidente-executivo da ABIMAQ, afirmou a importância das posses das câmaras da entidade, que é onde começa o contato com o chão de fábrica. “A ABIMAQ tem trabalhado para melhorar a competitividade das empresas e o principal tema da entidade é a melhoria do ambiente de negócios e das reformas, por isso, todos os diretoresexecutivos estão à disposição para ajudar a atingir o objetivo da CSPEP para os próximos anos”, completou Velloso. Na sequência, Wagner Setti, presidente da Câmara no quinquênio de 2018-2023, recebeu uma homenagem da diretoria da ABIMAQ agradeceu aos departamentos da entidade por estarem aliados ao que a CSPEP busca dentro das atividades. “Eu agradeço toda a oportunidade, foram cinco anos bastante ricos, tentamos fazer o máximo possível dentro de um período de pandemia que acabou trazendo uma certa dificuldade, mas estamos todos aqui tocando as nossas vidas e fortalecendo os nossos negócios”, reforçou Wagner.

Paulo Coelho, VP da ABDAN, no Conselho Empresarial de Energia e Transição Energética da ACRJ Aconteceu a primeira reunião do Conselho Empresarial de Energia e Transição Energética da Associação Comercial do Rio de Janeiro - ACRJ. Paulo Coelho, que é o atual vice-presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) e Head de Nuclear na Tractebel na América do Sul, é um dos novos integrantes que recebeu as boas-vindas de Josier Vilar, presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). Para a ABDAN, a atuação de Paulo Coelho no 6

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Conselho vai representar mais uma conquista para o setor nuclear, contribuindo para harmonizar os interesses do segmento na transição energética. Além da diplomação dos conselheiros representando todas as fontes de energia, foram levantados diversos temas que serão objeto de debate no Conselho, como a redução no consumo de combustíveis fósseis mais poluentes através da inovação e eficiência energética, sem abrir mão da segurança e dos recursos do Estado, como o gás natural (principalmente em aplicações como geração de frio e uso no transporte pesado), além do aproveitamento dos resíduos sólidos urbanos, do saneamento e da agricultura para geração de energia. Gabriel Kropsch, empreendedor e desenvolvedor de negócios em gás natural, biogás e energias renováveis, e presidente do Conselho, endossou a oportunidade para reforçar a representatividade do Rio de Janeiro no Congresso Nacional, em discussões como a renovação de concessões públicas e o mercado livre, com o objetivo de preservar os ativos de infraestrutura que temos, mas também trazer novos investimentos. Outro tema abordado na ocasião foi o Fórum Rio Empreendedor, que está sendo organizado pela ACRJ nos dias 28 e 29 de setembro. Um dos painéis será sobre Transição Energética, onde serão debatidos esses e outros temas, com foco nos investimentos, entraves e projetos para desenvolvimento deste segmento no estado.

Petrobras dá posse ao novo gerente geral da Refap O novo gerente geral da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), Marcus Aurelius Valenti, tomou posse em evento no Clube dos Empregados da Petrobras, com a presença do diretor de Processos Industriais e Produtos, Wiliam França; do gerente executivo do Refino, Marcos Jeber Jardim; autoridades civis e militares; representantes de órgãos do governo do Estado; dos Poderes Executivo e Legislativo de Canoas e Esteio; do Polo Petroquímico de Triunfo; da Refinaria de Petróleo Riograndense; empresas clientes; empresas prestadoras de serviço; além de lideranças sindicais e comunitárias. Valenti é engenheiro civil, natural de Esteio (RS), com MBA em Gestão de Negócios. Ingressou na empresa em 1987 como técnico de operação. Em sua carreira na Refap, atuou como coordenador técnico de operações, gerente de Craqueamento Catalítico, de Programação de Produção e de Destilação e Coque.


Agenda / Gente Na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, Valenti foi gerente da área de processos e operação. Valenti também colabora com áreas de Confiabilidade e Segurança de Processo do Refino. Falando de sua gestão, Marcus Valenti afirmou que considera indispensável a atenção às questões de segurança, meio ambiente e saúde, assim como a valorização dos trabalhadores, pois são as pessoas que, segundo ele, constroem e desenvolvem a companhia: “É preciso dar atenção especial às pessoas e com muito respeito à diversidade, fomentando o desenvolvimento da liderança feminina, procurando manter muito bom o relacionamento sindical e com as partes interessadas, tendo tolerância zero nas questões de violência no trabalho, como o assédio moral e sexual”. O novo gerente geral da Refap observa que a Petrobras está atenta ao desenvolvimento das regiões e das empresas com as quais trabalha. “Para o Rio Grande do Sul e o Brasil, a nossa companhia é um grande vetor de desenvolvimento, promovendo o crescimento social e econômico de todas as áreas onde atua. E a Refap tem de estar nessa mesma sintonia”. A Petrobras investiu, recentemente, cerca de R$ 100 milhões para redução da emissão atmosférica na Refap. Em julho deste ano, entrou em operação um novo sistema para o tratamento de gases da refinaria, o que evita a emissão ao meio ambiente de cerca de 30 toneladas por mês de material particulado. Além disso, no primeiro semestre, foi realizada a maior parada programada de manutenção da história da refinaria, quando foram investidos R$ 450 milhões na implantação de projetos que aumentaram a eficiência energética e a segurança dos processos, mantendo a confiabilidade operacional da Refap. Durante, aproximadamente, três meses, foram gerados cerca de 5 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Segundo o diretor de Processos Industriais e Produtos, Wiliam França, “a Petrobras está preparando as refinarias para assumirem um papel relevante em direção à transição energética, com investimentos em eficiência no consumo de energia e na redução da pegada de carbono das operações e dos nossos produtos”. Com uma capacidade de processamento de 32 mil m3 de óleo por dia, a Refap abastece todo o território estadual e o oeste de Santa Catarina, além de atender a outras regiões do país. Em 2023, completa 55 anos de existência, com a visão de futuro que visa ao crescimento, à inovação e à sustentabilidade.

Câmara de Comércio Noruega-Brasil elege presidente e vicepresidente

Num avanço significativo em direção à igualdade de gênero e à liderança inclusiva, a Câmara de Comércio Noruega-Brasil (NBCC) fez história ao eleger Cristiane de Lamare como sua nova Presidente, acompanhada por Larissa Sigiliano como Vice-Presidente Este momento inovador marca a primeira vez na ilustre história da NBCC que duas mulheres ocuparam os prestigiosos cargos de presidente e vice-presidente simultaneamente, estabelecendo um precedente notável para a organização. Cristiane de Lamare é formada em Economia pela Cândido Mendes/ Ipanema, pós-graduada em Administração Financeira pela Fundação Getúlio Vargas/RJ e MBA em Finanças, Auditoria e Controladoria pela Fundação Getúlio Vargas/SP. Começou a trabalhar com importantes multinacionais norte-americanas, como Pepsico & Cia e Heidrick & Struggles, antes de ingressar na Kongsberg Brasil como Gerente Financeira em 2009. Em 2021, foi nomeada Country Manager da Kongsberg Brasil, e foi eleita Presidente da NBCC em abril de 2023. Ao agradecer a oportunidade, Cristiane afirmou: “Não poderia estar mais honrada por ter sido eleita Presidente da NBCC. Envidarei todos os meus esforços para envolver as pessoas e continuar o excelente trabalho dos ex-presidentes para ajudar a organizar eventos interessantes e implementar ações frutíferas. O principal objetivo da entidade é promover negócios e cooperação entre Brasil e Noruega. Utilizarei as melhores qualidades que adquiri como mulher em minha trajetória profissional, incluindo boa comunicação, coragem e generosidade, para implementar uma gestão bastante participativa.” Larissa Sigiliano, com mais de 16 anos de experiência no setor brasileiro de petróleo e gás, desempenhou papel fundamental no afretamento de navios, especializando-se em plataformas de perfuração e FPSOs. Atualmente atuando como Gerente Geral da BW Offshore no Brasil, Larissa traz uma vasta experiência para sua nova função. Formada em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG e graduação em Engenharia de Petróleo pela PUCRJ, possui mestrado em Engenharia Ambiental pela Universidade do Porto/Portugal, além de MBAs em Gestão de Projetos pelo IBMEC e Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Larissa expressou com entusiasmo: “É uma grande responsabilidade e uma honra fazer parte da liderança do NBCC. Espero poder contribuir para o processo de evolução contínua da Câmara. Como parte do primeiro partido 100% feminino, estou confiante de que escreveremos um capítulo importante na história de sucesso da NBCC, mostrando as reconhecidas habilidades de liderança das mulheres, como empatia e resiliência.”

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Jornal

Adipec 2023 insta a descarbonizar mais rápido, todos juntos O Dr. Sultan Ahmed Al Jaber, Presidente designado da COP28 e Ministro da Indústria e Tecnologia Avançada dos Emirados Árabes Unidos (EAU), fez o discurso de abertura da ADIPEC 2023, afirmando que a indústria energética “pode e deve ajudar a impulsionar as soluções” . Acontecendo menos de dois meses antes de os EAU receberem os líderes globais para a COP28, a ADIPEC 2023 proporcionou uma plataforma para os maiores produtores e consumidores de energia demonstrarem o seu compromisso com a redução das emissões, ao mesmo tempo que impulsionam o investimento em novas tecnologias e energias limpas. O evento foi uma oportunidade para trazer à tona os diversos desafios e necessidades dos diferentes mercados de energia de todo o mundo e cria um palco global para o diálogo orientado para soluções. ADIPEC reuniu indústrias e diversos atores em torno de uma causa comum – ‘Descarbonizar. Mais rápido. Juntos.’ Ao longo de quatro dias, o evento acelerou ações e soluções coletivas para enfrentar os maiores desafios climáticos e energéticos que o mundo enfrenta atualmente. Realizada em Abu Dhabi, a ADIPEC 2023 reuniu mais de 160.000 participantes de 160 países. Mais de 40 ministros e 120 executivos de alto escalão globais contribuiram para as mais de 350 sessões da conferência, abordando as principais prioridades da transição energética, incluindo o combate às emissões de metano e carbono, o aumento do investimento em tecnologia e energias renováveis, a descarbonização das indústrias pesadas e o desenvolvimento de futuros líderes. Abordando a necessidade de acelerar a transição energética, o Dr. Sultan Ahmed Al Jaber, Presidente designado da COP28 e Ministro da Indústria e Tecnologia Avançada dos EAU , disse: “Hoje na ADIPEC de Abu Dhabi, digo com total confiança: Esta indústria pode e deve ajudar a impulsionar as soluções. Durante demasiado tempo, esta indústria foi vista como parte do problema, pois não está a fazer o suficiente e, em alguns casos, até bloqueia o progresso. Esta é a sua oportunidade de mostrar ao mundo que, de fato, você é fundamental para a solução”.

Falando sobre o papel da ADIPEC na transição energética global, Sua Excelência Suhail bin Mohamed Al Ma8

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zrouei, Ministro da Energia e Infraestruturas, disse: “A colaboração internacional é crucial para enfrentar os desafios energéticos. A ADIPEC serve como uma plataforma ideal para levar o esforço coletivo de descarbonização para o próximo nível, e temos o prazer de partilhar a nossa experiência com outros países. Tendo uma das indústrias de energia limpa que mais cresce no mundo, os EAU deverão gerar uma capacidade total de 19,8 gigawatts de energia limpa até 2030. Além disso, os EAU pretendem tornar-se um produtor e fornecedor líder de hidrogénio com baixo teor de carbono. , trabalhando para produzir 1,4 milhões de toneladas métricas de hidrogénio com baixo teor de carbono por ano até 2031 e 15 milhões de toneladas métricas por ano até 2050.” Ecoando o apelo à ação do Dr. Al Jaber, Tayba Al Hashemi, Presidente da ADIPEC 2023 e CEO da ADNOC Offshore, disse: “Em 2030, o mundo será o lar de mais meio bilhão de pessoas, exigindo mais energia todos os anos. Ao mesmo tempo, o desafio global das alterações climáticas exige soluções urgentes e revolucionárias para eliminar as emissões. Cada governo, indústria, empresa e indivíduo tem um papel a desempenhar na descarbonização mais rápida e na criação mais rápida do futuro da energia, ao mesmo tempo que salvaguarda a segurança energética e garante que ninguém fica para trás. “Descarbonizar, mais rapidamente, em conjunto, não é apenas o tema da ADIPEC 2023, é um apelo à indústria para trabalhar em conjunto para transformar, descarbonizar e preparar a nossa indústria para o futuro. Queremos acelerar a inovação e as ações tangíveis necessárias para permitir um futuro com menos carbono e maior crescimento para o mundo.” Amin H. Nasser, Presidente e CEO da Aramco disse: “Na Aramco, acreditamos que a segurança energética e a sustentabilidade podem coexistir. Continuamos empenhados em ajudar a suprir as crescentes necessidades energéticas do mundo, à medida que também expandimos os nossos esforços para desenvolver soluções de baixo carbono que fornecerão às gerações futuras uma energia mais limpa e sustentável.” A Cerimónia de Abertura da ADIPEC incluiu um painel ministerial sobre o tema ‘Aceleração da Transição Energética’, que reuniu SE Suhail Mohammed Faraj Al Mazroui, Ministro da Energia e Infraestruturas dos EAU, SE Haitham Al Ghais, Secretário Geral da OPEP, SE Dr. Bayraktar, Ministro


Jornal da Energia e Recursos Naturais, Türkiye, e SE Sebastian-Ioan Burduja, Ministro da Energia, Roménia, para discutir como acelerar a transição energética. O painel explorou como as políticas inovadoras e as práticas inclusivas são a chave para satisfazer as crescentes exigências energéticas e alcançar emissões líquidas zero. O painel também concordou com o importante papel que os governos devem desempenhar na promoção da colaboração e do investimento. Os ministros salientaram a importância de facilitar um futuro justo e hipocarbônico, reduzindo simultaneamente as emissões e impulsionando o crescimento económico. Abordando a necessidade de pragmatismo, Sua Excelência Al Mazrouei disse: “Precisamos de manter a política de lado e, como OPEP, trabalhar como um grupo técnico”. Ecoando as suas observações, Sua Excelência Haitham Al Ghais, Secretário-Geral da OPEP, afirmou: “Temos de ter um roteiro claro sobre para aonde vamos e como chegar lá”. Os ministros da Turquia e da Roménia também discutiram as iniciativas em curso nos seus respectivos países destinadas a facilitar a transição para um sistema energético mais limpo. A ADIPEC 2023 homenageou oito projetos, empresas e indivíduos pioneiros que estão a impulsionar mudanças transformadoras em todo o sistema energético global. Os vencedores representam empresas e indivíduos dos Emirados Árabes Unidos, Malásia, Reino Unido, Israel e Estados Unidos. Realizada sob o tema “Liderando a Transformação”, a 13ª Cerimônia de Premiação ADIPEC reconheceu realizações notáveis no sector energético mais amplo e celebrou inovadores globais na sua busca por emissões líquidas zero, descarbonização e uma transição energética equitativa através de oito categorias de prémios. Sua Excelência Suhail Mohamed Al Mazrouei, Ministro da Energia e Infraestrutura dos EAU e jurado dos Prêmios ADIPEC 2023, afirmou: “Neste Ano da Sustentabilidade dos EAU, estamos orgulhosos de que os Prémios ADIPEC tenham atraído algumas das empresas mais inovadoras e com visão de futuro do mundo. e indivíduos para demonstrarem a sua liderança no avanço da transição energética. “O mundo precisa de soluções urgentes e tangíveis para os desafios das alterações climáticas e da descarbonização e estes prémios continuam a evoluir para mostrar a liderança em inovação e colaboração para impulsionar a indústria.”

Homenageado com o prêmio Passionate Driver of Progress, Professor Ernest J. Moniz, CEO da Energy Futures Initiative; o Prêmio Jovem Changemaker do Ano foi concedido a Lee Kian Seng, Gerente de Produto, Soluções Digitais de Tecnologia da PETRONAS, Malásia. A Carbon Clean do Reino Unido e da

Irlanda do Norte ganhou o Prêmio de Inovação em Tecnologia de Energia Limpa do Ano pelo seu CycloneCC, uma tecnologia inovadora que reduz o custo e a pegada física da captura de carbono em mais de 50 %. A LanzaTech recebeu o Prêmio Descarbonização em Escala pelo seu processo inovador de captura de carbono que foi implementado em três locais na China, em parceria com a Shougang. A Petronas Research da Malásia foi nomeada Empresa de Energia do Ano no Prêmio ADIPEC de Economias em Desenvolvimento por sua solução tecnológica inovadora para capturar e monetizar campos ociosos com alto teor de dióxido de carbono em países em desenvolvimento. O Prêmio do Programa de Desenvolvimento da Força de Trabalho de Energia do Futuro foi entregue à ADNOC pela sua Iniciativa de Futuros de Energia. A H2Pro de Israel recebeu o prêmio por seu Projeto Hidrogênio Transformativo por sua metodologia ETAC, que produz hidrogênio verde com 95% de eficiência energética, em comparação com a eficiência de 60-70% da eletrólise convencional. O prêmio Game-Changing Partnership foi atribuído à ADNOC Onshore e à Emirates Water and Electricity Company (EWEC) pela sua parceria que permite à ADNOC Onshore obter energia da sua rede a partir de energia renovável, apoiando a descarbonização das suas operações.

HORA

O Brasil não ficou de fora do show: para compor o Pavilhão Brasil, a APEX selecionou 13 empresas focadas em inovação tecnológica. Para Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, o mundo está passando por uma grande mudança energética e, o Brasil, com sua extensa oferta de recursos naturais e crescente capacidade de geração de energia renovável, tem todas as condições de se tornar referência mundial nessa questão. “Nós temos uma boa matriz energética. Além de possuirmos um grande potencial exportador de energia, também podemos ser líderes em soluções tecnológicas para a transição energética”, avalia. No Pavilhão Brasil, além de facilitar reuniões de alto nível com parceiros internacionais, a Agência divulgou o portfólio de projetos de investimentos do setor, elaborado em conjunto com parceiros institucionais como a Organização Nacional da Industria do Petroleo (ONIP), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Neste ano, estavam representando o Brasil a Ouro Nova, Altave, Gascat, Geowellex, Sandech, Altus, Novus, Diesel Line Cambui, The Insight, Intcom, Pix Force, Deep Seed Solutions e Endeserv Inspeção. no 393

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Jornal

Unidade da Unipar em Santo André celebra 75 anos

@Divulgação

A Unipar comemorou o aniversário de 75 anos da sua unidade em Santo André (SP). A fábrica, inaugurada no dia 25 de julho de 1948, está em fase final do projeto de expansão de capacidade que terá investimentos totais de R$ 100 milhões. Atualmente, a planta é responsável pela produção de 300 mil toneladas de PVC e 180 mil toneladas de soda cáustica líquida por ano e gera aproximadamente mil empregos diretos e indiretos. A história da fábrica começa em 1941, quando a Solvay chega ao Brasil e se instala no município de Santo André, sob o nome de Indústria Química Eletro Cloro. A primeira fábrica foi inaugurada na cidade em 25 de julho de 1948 e produzia soda cáustica, cloro e hipoclorito de sódio. Dentro da estratégia de diversificação das atividades, a produção de PVC se iniciou em 1956; a de compostos de PVC, em 1958; e a de polietileno de alta densidade, em 1962. Em 2016, a Unipar anunciou a compra de 70,59% do capital da Solvay Indupa por US$ 202 milhões. Desta forma, passou a ser a dona da fábrica de Santo André. Já em 2021, a companhia anunciou um investimento de R$ 100 milhões em um projeto sustentável na unidade. Com essa expansão, que deve entrar em operação ainda neste semestre, os equipamentos irão consumir energia renovável limpa durante toda a operação, colaborando para a redução das emissões da Unipar. Serão instalados um eletrolisador e um forno de ácido clorídrico na planta com reaproveitamento de energia, que serão responsáveis por reduzir a emissão de carbono em mais de 2 mil toneladas por ano. Além disso, a capacidade de produção de ácido clorídrico (insumo muito demandado na fabricação de produtos químicos usados no tratamento de água e esgoto) será ampliada em 15%. “O investimento na ampliação da capacidade desta fábrica reforça tanto nosso planejamento com foco no crescimento sustentável, como a saúde financeira da companhia. Isso nos permitirá colaborar com o potencial aumento de demandas em torno do marco do saneamento, contribuir ainda mais com diversos segmentos no país e continuar desenvolvendo iniciativas sustentáveis que geram impacto positivo para a sociedade”, afirma Pedro Rohl, diretor da fábrica da Unipar em Santo André. Outro fator de destaque no âmbito da sustentabilidade está ligado à própria localização da unidade, que é cercada por aproximadamente 10.000.000 m² de área verde nativa preservada. Essa área de mata nativa é 10 vezes maior do que a área de operação industrial, que somam mais de 11 milhões de metros quadrados. Somente na área sul, a área verde da fábrica tem 8 milhões de m² e está próxima das comunidades de Rio Grande da Serra e Paranapiacaba. 10

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Açolab fez 5 anos e consolida inovação @Divulgação

O Açolab - espaço colaborativo voltado para a inovação e o desenvolvimento de ideias da ArcelorMittal - chegou ao seu 5º ano de atividades e abriu as comemorações em julho, na sede da ArcelorMittal, com um painel reunindo CEOs de empresas de destaque em inovação no país. “A importância da inovação aberta para a competitividade das empresas” contará com as presenças de Jefferson De Paula (presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Longos e Mineração LATAM), Bruno Lasansky (CEO da Localiza&CO) e Eduardo Fischer (CEO da MRV&CO). A mediação ficou a cargo de Luis Gustavo Lima, da ACE Cortex. A atuação do Açolab, primeiro laboratório de inovação aberta da indústria do aço no mundo, está focada em aumentar a competitividade da ArcelorMittal, viabilizando novos negócios e projetos de alto valor agregado em parceria com as startups e o ecossistema de inovação. Nestes cinco anos, o hub está conectado a mais de 23 mil agentes do ecossistema de inovação aberta do país – entre eles 6.850 startups e diversas universidades, centros de pesquisa e outras empresas. “Apesar do pouco tempo, a trajetória do Açolab já é caracterizada pelo pioneirismo, bons resultados e fortalecimento do ecossistema de startups, com envolvimento de clientes e parceiros”, destaca Rodrigo Carazolli, Gerente Geral de Inovação e Açolab na ArcelorMittal. No evento, também acontecerá o lançamento do podcast sobre inovação e tech do Açolab, conduzido pelo jornalista Thassius Veloso. ““Nosso objetivo é aproximar cada vez mais a ArcelorMittal do público externo. Até o final do ano, serão 10 episódios e o entrevistado da primeira edição será anunciado durante o evento”, completa Carazolli. O Açolab espaço já desenvolveu novos processos, metodologias, conexões e estratégias de engajamento que favoreceram a realização de diversas iniciativas de inovação envolvendo startups, associações, universidades, centros de pesquisa, clientes e empregados. E em 2021, a ArcelorMittal lançou o Açolab Ventures, fundo de gestão para acelerar startups e o seu ecossistema que está investindo mais de R$ 100 milhões, preferencialmente do Brasil e também da América Latina. A ArcelorMittal busca empresas que com soluções relacionadas à construção civil, experiência do cliente, matérias-primas, canais de venda, logística, produtividade, redução de custo e eficiência ambiental. A estratégia do fundo é identificar startups que tenham solução validada e que desenvolvam novos negócios, produtos e serviços ou incorporem novas tecnologias para aumentar a competitividade e enriquecer a proposta de valor da cadeia da ArcelorMittal. Desde o anúncio da criação do fundo, mais de 1300 startups já foram analisadas. Até o momento, o Açolab Ventures, que é gerido pela Valetec Capital, aplicou recursos em quatro startups: Sirros (IoT), Beenx (energia) e Agilean e Modularis Offsite Building, ambas do setor da construção civil.


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Complexo Eólico no Território do Sisal será operado 100% por mulheres A AES Brasil e a Unipar realizaram em Salvador a inauguração do Complexo Eólico Tucano. Localizado nos municípios baianos de Tucano, Biritinga e Araci (área de influência direta do empreendimento), o projeto é o primeiro parque do Brasil a ter operação e manutenção realizadas localmente por uma equipe formada somente por mulheres. 28 colaboradoras que operam o parque foram capacitadas em 2022 em uma iniciativa desenvolvida em parceria com o Senai BA - o curso de Capacitação em Especialização Técnica em Operação e Manutenção de Parques Eólicos foi oferecido gratuitamente e apenas para formação feminina no setor energético. A entrada completa em operação do empreendimento, com 52 aerogeradores, corresponde a 322 MW de capacidade instalada de energia renovável adicionados à matriz elétrica brasileira. O complexo contribuirá, ainda, para evitar a emissão anual de 57,6 mil toneladas de gases de efeito estufa (GEE). Com investimentos de R$ 1,5 bilhão, o Complexo Eólico Tucano integra o portfólio de 23 ativos da AES Brasil em sete estados brasileiros, nas fontes eólica, solar e hídrica. Tratase do primeiro empreendimento de geração eólica construído pela empresa no país. Especificamente na Bahia, a companhia já opera o Complexo Eólico Alto Sertão II desde 2017. Com portfólio que soma 5,2 GW de capacidade instalada proveniente de fontes 100% renováveis – incluindo os empreendimentos em construção –, a AES Brasil segue a estratégia de crescimento baseada em diversificação de fontes e gestão ativa de portfólio. “O Complexo Eólico Tucano é um projeto importante por inúmeras razões. Além de contribuir para a transição energética e ser pioneiro no Brasil, com um time de Operação & Manutenção composto apenas por mulheres, é o primeiro projeto eólico construído pela AES Brasil no país e, com isso, materializa nossa estratégia de crescimento com nossas credenciais para execuções desse tipo”, destaca Rogério Jorge, CEO da AES Brasil e porta-voz do ODS 7 – Energia Limpa e Acessível do Pacto Global da ONU no Brasil. Dentro do projeto, que conta com 322 MW de capacidade instalada total, a Unipar e a AES Brasil têm firmada uma joint venture para geração de 155 MW de energia renovável. O acordo garantirá à Unipar energia limpa por um período de 20 anos, com fornecimento de 2023 até 2043. Com a parceria, a Unipar pretende obter 100% de toda a demanda de energia elétrica das operações no Brasil oriundas de fontes renováveis até 2025, sendo 80% por meio de contratos de autoprodução, como este na Bahia. A indústria é pioneira no setor de aquisição de energia renovável no Ambiente de Contratação Livre (ACL) e reconhecida pelas ações voltadas para o crescimento sustentável.

Do total de energia elétrica gerada pelo Complexo Eólico Tucano, a Unipar contratou 60 MW médios para alimentar as unidades no Brasil. “A Unipar tem como propósito ser confiável em todas as relações e traçou metas ambiciosas de sustentabilidade a médio e longo prazos para contribuir com esse objetivo. A transição para uma matriz energética renovável não apenas faz parte do compromisso assumido pela companhia, gerando redução de emissão de CO2 dentre outros pontos, como ainda contribuirá para nossa competitividade no setor, uma vez que a energia elétrica representa aproximadamente 50% dos custos da produção de cloro/soda”, afirma Mauricio Russomanno, CEO da Unipar. Além de ampliar a oferta de energias renováveis na matriz elétrica nacional e de contribuir com o esforço global de descarbonização, o Complexo Eólico Tucano contribuirá também com as metas de sustentabilidade de parceiros comerciais que receberão a energia gerada pelo projeto, como a Unipar. A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Elisângela Araújo, convidou as empresas responsáveis pelo Complexo Eólico de Tucano a aderir ao Selo Lilás, por seu compromisso na contratação e valorização do trabalho de mulheres no setor de energia. A empresa ainda passará por uma avaliação técnica, que vai analisar as condições de contratação e cumprimento de normativas, que garantam, por exemplo, equidade salarial e paritária para as trabalhadoras contratadas. Atuarão na operação e manutenção do complexo: uma coordenadora da usina; quatro mantenedoras operadoras; uma técnica de planejamento de manutenção; uma técnica de edificação; uma almoxarife; uma analista de gestão de ativos; uma analista de meio ambiente e uma analista patrimonial. A maioria baiana. no 393

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AEPET: 62 anos na defesa da Soberania e do petróleo brasileiro A Associação dos Engenheiros da Petrobras foi constituída oito anos após a criação da Petrobrás. Não foi um acaso, mas a pressão com que, desde antes do estabelecimento da empresa brasileira de petróleo, os interesses estrangeiros ameaçavam e pressionavam o Brasil. 1954 ficou como exemplo inolvidável do que é ser o verdadeiro Estadista: sai da vida para entrar na história. Os engenheiros da Petrobras uniram-se para aceitar o desafio, fazer da Petrobras o marco e exemplo da resistência e da construção da nação soberana. E fomos amplamente exitosos. A Petrobras, hoje ainda que fatiada e detratada pela mídia hegemônica, pelas falácias da “transição energética”, pela redução dos direitos laborais e do aperfeiçoamento dos seus técnicos e profissionais, oferece ao Brasil a autossuficiência em petróleo bruto e, não fossem as antinacionais e ideológicas alienações de seu patrimônio, a autossuficiência também estaria na produção de todos derivados para atender, aos menores preços possíveis, a demanda nacional. Não basta ao país deter reservas de petróleo, é indispensável dominar as tecnologias de prospecção, produção, transformação, distribuição e dos usos deste combustível fóssil, além de desenvolver as que são exigências das condições geográficas, das características físico-ambientais do Estado Nacional. Exemplos de espoliação de recursos naturais por terceiros são numerosos pelo mundo colonizado. À consciência da nacionalidade se juntam a capacitação técnica e política na ação da AEPET nestes 62 anos. O último triênio – 2021/2023 – que nos coube presidir foi atípico, pela epidemia do covid19, que assolou o Brasil e nos vitimou. O primeiro caso do coronavírus ocorreu em 26 de fevereiro de 2020. As autoridades médicas e sanitárias do país custaram a agir em face das incompreensões do governo nacional de então. A epidemia transformou as relações pessoais e de trabalho. O que era exceção, o trabalho fora das instalações em-

pregadoras, passou a ser o geral e natural. Evidenciou-se a necessidade de desenvolver os sistemas digitais de comunicação, não apenas para a divulgação das mensagens da AEPET, mas para o próprio funcionamento da Associação. Assim, a comunicação foi, desde o início da gestão, a preocupação da Diretoria da AEPET. E foi nesta área que ocorreu a maior transformação, que prossegue ainda hoje. Se o nosso trabalho de petroleiro nos levou às tecnologias de ponta no mundo do petróleo, nossa ação na AEPET também está a exigir o sistema mais avançado de comunicação, não apenas entre os funcionários, dirigentes e associados, como em relação ao público para o qual desejamos divulgar o significado do petróleo e a importância da energia para a soberania e para o desenvolvimento do Brasil. Neste período também se comemoraram os 70 anos da criação da Petrobras e a AEPET se fez presente em diversas solenidades que celebraram a data e promoveu a edição, pelas mãos experientes e patrióticas do historiador José Augusto Ribeiro, de “A História da Petrobrás”, disponibilizada gratuitamente, em formato digital, no site da AEPET (https://aepet. org.br/wp-content/uploads/Livro-70revfinal.pdf) A falácia da “transição energética” domina o mundo político de hoje. Temos procurado, com nossos meios e com as análises de especialistas de diversos conhecimentos e procedências, esclarecer o significado da transição para o futuro ou regredindo para o passado com recursos tecnológicos do presente. A todos que têm trabalhado e colaborado conosco, aos nossos associados, àqueles que nos acompanham na luta pelo Brasil Soberano, Cidadão e Pacífico, nossos agradecimentos e a certeza de que continuaremos juntos pela Pátria, por seu progresso, pelo petróleo e pela gestão nacional da energia brasileira. Pedro Augusto Pinho, presidente da AEPET 2021-2023.

Fundacentro lança livro sobre legislações do benzeno no Brasil A Fundacentro lançou o livro “Acordo e Legislação sobre o Benzeno 25 Anos” com uma live no canal da Fundacentro no YouTube apresentada pela pesquisadora aposentada Arline Abel Arcuri e pela tecnologista Patrícia Moura Dias, ambas da instituição. A obra está disponível para download no portal da Fundacentro, na Página de Publicações da Fundacentro A coordenação foi realizada pelas pesquisadoras aposentadas da Fundacentro, Arline Abel Arcuri e Luiza Maria Nunes Cardoso, com organização da tecnologista Patrícia Moura Dias e da analista Karina Penariol Sanches, ambas também da instituição, e contou com a colaboração do auditor-fiscal e especialista em saúde pública, Paulo Conceição. A publicação retrata a assinatura do Acordo Nacional do Benzeno realizada no dia 28 de setembro de 1995, no Brasil.

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O acordo foi estabelecido para lidar com os riscos à saúde dos trabalhadores expostos ao benzeno, que é um componente tóxico e considerado cancerígeno que pode apresentar sérios riscos para a saúde, sobretudo para aqueles que estão constan-


Jornal temente expostos ao produto. O benzeno é uma das substâncias mais industrializadas e utilizadas em diversos setores. O acordo foi um marco importante na regulamentação e controle da exposição ao benzeno no país, e a Fundacentro exerceu um papel fundamental nessa iniciativa para reduzir os riscos à saúde associados a esse composto químico perigoso. A obra inicia apresentando a edição comemorativa referente aos 10 anos da assinatura do Acordo Nacional do Benzeno. Em uma breve introdução sobre a trajetória histórica da legislação sobre o benzeno no Brasil, contou com a participação da médica e pesquisadora Raquel Rigotto, que foi uma das responsáveis pela retomada da discussão sobre o benzeno na então Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, da qual era chefe de 1992 até o

início de 1994. O livro traz também o conjunto de portarias, instruções normativas e notas técnicas dentro outros instrumentos, que foram decorrentes do acordo, e que auxiliam os profissionais a conhecerem e a ter acesso ao processo histórico da construção de um dos acordos tripartites de mais elevada importância na história do diálogo social, internacionalmente reconhecido. Traz também compila as ações da Comissão Nacional Permanente do benzeno, decorrente do acordo, até o seu fim em 2019. Assim, reúne todo material legal disponível sobre a substância para que possa ser consultado, porque, de acordo com os autores, as questões relacionadas ao Benzeno continuam relevantes e sendo discutidas em diversos fóruns. Este ano, no dia 28 de setembro, o Acordo completou 28 anos.

FIERN completou 70 anos

@Divulgação

Este ano, a FIERN Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte completou 70 anos de fundação e de atuação no estímulo e fortalecimento da atividade industrial potiguar. Juntas, as instituições que compõem o Sistema FIERN — a Federação, SENAI, SESI e IEL — promovem entregas que impulsionam o desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Norte. A história da FIERN começou a ser escrita pelo industrial Joaquim Victor de Holanda, primeiro presidente da Federação, que estimulou a discussão sobre a importância de o Rio Grande do Norte ter uma entidade capaz de reunir os sindicatos da indústria. Então presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário do RN, Holanda fundou a Federação junto aos presidentes do Sindicato das Indústrias do Vestuário do RN, Geraldo Sabino de Oliveira; do Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria de Natal, José de Oliveira Lima; do Sindicato da Indústria da Extração do Sal do RN, Renato de Araújo Costa; e do Sindicato das Indústrias de Mecânica e da Reparação de Veículos e Acessórios do RN, Severino Uchôa Correia. Em 14 de dezembro daquele 1953 — outra data de celebração na Federação —, a instituição foi reconhecida com a assinatura da carta sindical. Atualmente, o Sistema FIERN conta com 30 sindicatos patronais filiados, que são a base da Federação das Indústrias e representam mais de 600 empresas de diversos segmentos industriais. Juntas, essas empresas respondem por cerca de 90% da indústria de transformação do Rio Grande do Norte e 80% das exportações do estado. Em solenidade, o presidente da instituição, Amaro Sales de Araújo, defendeu a reindustrialização, os potenciais econômicos do estado, como também as oportunidades que surgem para o Rio Grande do Norte. Na avaliação do presidente, tanto pelas ações de apoio

@Firjan e de estímulo a nível do Governo Federal, com a participação da Petrobras, quanto pelas ações de iniciativa do Governo Estadual, a FIERN espera confirmar, ampliar e consolidar o amplo e próspero caminho do Rio Grande do Norte como maior gerador de energia renovável do país. “Esta marca do nosso Estado reforça a necessidade de permanecermos em busca da segurança jurídica como condição inegociável para alcançarmos o desenvolvimento que almejamos. Ao lado dela, é preciso se aprovar, efetivamente, uma política industrial que mire a reversão do processo de desindustrialização que preocupa e atinge em cheio a musculatura do nosso gigante Brasil”, acrescentou Amaro. O evento aconteceu no auditório Albano Franco, na Casa da Indústria, com a presença do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que proferiu palestra magna “Uma visão de futuro: Perspectivas da Petrobras na produção de petróleo e energias renováveis”, reunindo a diretoria da FIERN, autoridades políticas, empresários e convidados. Segundo Amaro, é preciso priorizar “a força da indústria e a aprovação das reformas estruturantes, tendo à frente a Reforma Tributária”, para que os imensos potenciais do estado não se percam na falta de estrutura e respaldo governamental. Ele frisou que a FIERN, com 70 anos, tem a condição técnica, a credibilidade necessária, o interesse respaldado pela indústria para participar do pacto ou de qualquer outro ajuste que viabilize programas, projetos, iniciativas em prol do desenvolvimento potiguar. Durante o evento, o presidente destacou uma série de eventos que serão realizados ao longo do ano no âmbito das comemorações pelo septuagésimo aniversário da Federação. “Ao longo deste ano festivo, vamos realizar uma agenda de eventos envolvendo as quatro entidades do Sistema FIERN para marcar as sete décadas que celebramos”, afirmou Amaro.

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Empresas que mais contratam startups no país @Divulgação

A 100 Open Startups anunciou o Ranking TOP Open Corps 2023, que reconhece as corporações que mais praticaram inovação aberta com startups no Brasil no último ano. Além das TOP 100, também foram reconhecidas as líderes em inovação aberta em 30 categorias de mercado. No setor de Petróleo e Gás, as corporações TOP 10 foram responsáveis por 63% dos relacionamentos com startups identificados no setor: Petrobras, Ocyan, Comgás, Copa Energia, Ultragaz, Subsea7, Vallourec, Shell, Eneva e Equinor. Neste ano, o Ranking 100 Open Startups identificou 30 empresas que tiveram relacionamentos de open innovation com startups pela primeira vez no último ciclo (de julho de 2022 a junho de 2023), o que elevou para 76 o número de Open Corps do setor de Petróleo e Gás identificadas no país – o equivalente a 1,5% de todas as companhias que fizeram inovação aberta com startups no Brasil neste período. No total, as corporações do setor de Petróleo e Gás estabeleceram 403 relacionamentos de negócios com 251 startups no último ano. O tipo de contrato mais comum foi a contratação de serviços ou produtos das startups, seguido pelo fornecimento de recursos para P&D e prototipagem. Além disso, a maior parte dos relacionamentos das empresas deste segmento foi com startups IndTechs (18%), seguida das EnergyTechs, com 14%, e HRtechs, com 10% dos relacionamentos registrados no setor. “Os relacionamentos registrados transacionaram diretamente cerca de R$ 265 milhões contra R$ 95 milhões no ano anterior, representando um crescimento de 179%. O impac14

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to direto em benefícios para ambos os lados, e para o setor como um todo, certamente, é muitas vezes superior a este número’, explica Bruno Rondani, CEO e fundador da 100 Open Startups. Publicado desde 2016, o Ranking 100 Open Startups se consolidou como o maior ranking corporativo da América Latina, sendo referência para o mercado. Construído a partir de critérios objetivos – a partir dos relacionamentos estabelecidos entre corporações e startups –, o Ranking reconhece e premia as corporações líderes em open innovation com startups, além das startups mais atraentes para o mercado corporativo. Em 2023, a publicação chega à sua oitava edição, registrando números recordes do ecossistema de inovação. Foram contabilizados 54.010 relacionamentos de open innovation entre corporações e startups, totalizando mais de R$ 6,4 bilhões - um crescimento de 131% em relação a 2023. Das 7.775 corporações que buscaram startups no país, 5.348 tiveram relacionamentos de open innovation com ao menos uma startup e, das 32.845 startups que fazem parte da plataforma 100 Open Startups, 4.177 fizeram negócios com ao menos uma corporação. A premiação ocorreu em Noite de Gala no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Finep - Financiadora de Estudos e Projetos. Na ocasião, também foram reconhecidas as startups que mais confirmaram contratos com corporações no período e os agentes do ecossistema que mais apoiaram essas startups e corporações premiadas.


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Grande ABC se reúne para debater o Futuro da Indústria Química

Com o apoio da Abiquim, a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC realizou o Seminário ‘O Futuro da Indústria Química’, evento que reuniu representantes do Governo Federal, governos municipais de Santo André e Mauá, parlamentares, DIEESE, empresas, universidades, entidades, associações e sociedade civil, no auditório da Braskem, em Santo André, ABC Paulista. André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, traçou o cenário internacional e, partindo dele, o da indústria química brasileira, cujo status crítico e delicado se intensificou desde meados do ano anterior, quando a indústria química mundial entrou no seu ciclo de baixa por grandes capacidades produtivas que entraram no mercado no período recente, gerando utilização de capacidade ociosa no mundo de vários produtos químicos. Essa fragilidade, enfatizou Passos, foi potencializada ainda pelos reflexos da pandemia ocasionando uma desestruturação do mercado global de químicos, impactando a cadeia de suprimentos e criando complicações no mercado interno. “Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a Ásia passou a ter acesso a matérias primas mais baratas - com óleo e gás russos - possibilitando diminuir ainda mais os preços dos seus produtos”, acrescentou. Como resultado desse contexto, o presidente da Abiquim explicou que o Brasil sofre sobremaneira porque tem matéria-prima cara, tributação alta e ambiente regulatório instável. “O que se viu no primeiro semestre, portanto, foi um recuo no mercado de químicos no Brasil e um surto de importações baseado em preços totalmente artificiais, provocados pelo preço do gás da Ásia, especialmente, e pela reação dos produtores americanos a partir de sua matéria-prima baixa – o shail gas – e uma política industrial com subsídios para driblar esse cenário. Ainda segundo Passos, esse cenário impacta diretamente o Polo do ABC, já que entre esses produtos importados, nove deles são produzidos localmente. “Esses itens tiveram um aumento médio de cerca de 35% de importações, combinado com uma queda de 30% nos preços. Ou seja, impacta também o Estado de São Paulo, já que o Polo do ABC é o principal do Estado.” Atrelado à essa dificuldade econômica, o Polo do ABC 16

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@ Dino Santos

tem ainda uma outra agenda relevante que envolve o seu zoneamento. O tema, também tratado no seminário, foi abordado, entre outros palestrantes, pelo deputado Luiz Fernando, que preside a Frente Parlamentar em Apoio à Indústria Química e Farmacêutica na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). De acordo com Luiz Fernando, o grupo tem feito um trabalho intenso para que o governo do Estado de São Paulo reconheça o Polo Petroquímico do ABC como um complexo de indústrias do setor químico, estabelecendo em seu Plano Diretor o impedimento de novas moradias verticais no seu entorno, como a construção de um condomínio de prédios de 18 andares, evitando, assim a difícil e arriscada convivência entre indústria e habitação, bem como a evasão de empresas do Polo. “A não institucionalização estabelece, sobretudo, insegurança para o seu próprio processo de consolidação e expansão”, ressaltou o deputado, que estava acompanhado de outros dois representantes da Frente, Ana Carolina Serra (Cidadania) e Rômulo Fernandes (PT). Para o assessor da Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Tiago Nicácio Pereira, a discussão é de extrema relevância. Em sua participação, ele enfatizou o compromisso do Governo Federal com a indústria química, destacando a missão da instituição em incentivar o envolvimento de todos os atores no sentido de fomentar o desenvolvimento do setor. Entre a condução dos dois painéis, Aroaldo da Silva, presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC, destacou a relevância da indústria local, que responde por quase um terço do PIB do ABC, bem como a importância de ouvir todas as indústrias químicas da região no sentido de definir ações e organizar um pacto pelo futuro da indústria na região. O seminário contou ainda com o apoio do Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (COFIP ABC), do Comitê Gestor de Governança do Polo Petroquímico do Grande ABC (CGG), da Frente Parlamentar em apoio à Indústria Química e Farmacêutica de SP (FPQ-SP), do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química (IDQ) e do Sindicato dos Químicos do ABC.


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LESER no Brasil Com precisão e tradição alemã, protegemos vidas, o meio ambiente e as indústrias contra a sobrepressão por um quarto de século no Brasil.

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Estrutura da LESER quando ainda estava como uma joint venture com a Protego, em 1998, no Rio de Janeiro.

Fundada em 1998, a LESER trouxe para o Brasil um legado de mais de 200 anos de experiência e expertise em válvulas de segurança. Ao longo dos anos, a empresa se consolidou como uma líder no setor, fornecendo soluções de alta qualidade para uma ampla gama de indústrias, incluindo os mercados de óleo e gás, petroquímica, química, papel e celulose, açúcar e etanol, alimentos e bebidas, farmacêuticas, entre outros. Unidade da LESER Brasil, em 2023, no Rio de Janeiro.

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Governo entrega Projeto de Lei do Combustível do Futuro ao Congresso O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o Projeto de Lei do Programa Combustível do Futuro, que será encaminhado ao Congresso Nacional. A medida traz um conjunto de iniciativas para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono e vai ajudar o Brasil a atingir as metas internacionais de redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). “A gente precisa integrar as políticas públicas, dar incentivo para as energias renováveis e atrair os investimentos para dar competitividade aos biocombustíveis em relação aos combustíveis fósseis. Não podemos ser meros exportadores de commodities e importadores do produto já processado. Temos que investir na nossa industrialização, desenvolver a bioeconomia nacional, gerar emprego e renda para as brasileiras e brasileiros. E podemos fazer tudo isso promovendo uma descarbonização ao menor custo para a sociedade”, afirmou o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que também assina o projeto. O Combustível do Futuro foi construído com ampla participação de representantes de governo, indústria, associações representativas dos vários segmentos relacionados ao mercado de combustíveis e comunidade científica. A proposta trata de diversos temas que convergem para a descarbonização da matriz energética de transportes, para a industrialização do país e para o incremento da eficiência energética dos veículos. O texto propõe a integração entre a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), o Programa Rota 2030 - Mobilidade e Logística e o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE Veicular). A metodologia a ser adotada é a de Avaliação do Ciclo de Vida completo do combustível (do poço à roda) para avaliar as emissões dos diversos energéticos utilizados nos modais de transportes, que inclui as etapas de geração de energia, extração, produção e uso do combustível. Essa integração tem o objetivo de mitigar as emissões de gás carbônico equivalente com melhor custo-benefício. A proposta também institui o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), que tem como objetivo o incentivo à produção e uso do Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês). Pela nova política, os operadores aéreos ficam obrigados a reduzir as emissões de dióxido de carbono entre 1% a partir de 2027, alcançando redução de 10% em 2037. Essa redução será alcançada pelo aumento gradual da mistura de SAF ao querosene de aviação fóssil. O PL cria, ainda, o Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV), que integra o esforço para a transição energética e para a redução da dependência externa de diesel derivado de petróleo por meio da incorporação gradativa do diesel verde 18

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à matriz de combustíveis do País. Para a definição do percentual obrigatório de adição ao diesel fóssil, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) irá avaliar as condições de oferta do produto, incluindo a disponibilidade de matéria-prima, a capacidade e a localização. Além disso, o CNPE deve observar o impacto da participação mínima obrigatória no preço ao consumidor final e a competitividade nos mercados internacionais do diesel verde produzido internamente. Outro ponto importante é a elevação dos limites máximo e mínimo da mistura de etanol anidro à gasolina. O texto altera o teor mínimo para 22% e estabelece o percentual máximo em 30%, condicionado à constatação da sua viabilidade técnica. A utilização de percentuais mais elevados faz parte da estratégia para elevar a octanagem do combustível brasileiro, @Ricardo Stuckert

induzindo a um novo ciclo de aprimoramentos dos motores de combustão interna. A medida é também relevante pois o etanol contribui para a redução do preço da gasolina ao consumidor. A proposta define, ainda, o marco regulatório dos combustíveis sintéticos no Brasil, cuja regulação será atribuída à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP. Esse tipo de combustível vem sendo chamado mundo afora de “e-Fuel” e é uma das iniciativas que vêm sendo adotadas para reduzir as emissões de gases poluentes dos combustíveis de origem fóssil, contribuindo para o melhor desempenho ambiental dos motores à combustão no contexto da transição energética, sem necessidade de modificação de peças ou componentes. Outra importante contribuição do PL para a transição energética é a proposta de marco regulatório para o exercício das atividades de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono, cuja regulação também será atribuída à ANP. Com isso, será possível capturar gases de efeito estufa da atmosfera e injetá-los em reservatórios subterrâneos.


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m 1948, foi criado o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo, entidade que patrocinou a campanha “O Petróleo É Nosso” pelo monopólio estatal. A campanha recebeu apoio de Di Cavalcanti e Oscar Niemeyer e tomou o país de Norte a Sul. A criação da Petrobras foi uma das questões mais polêmicas do segundo governo Vargas, envolvendo disputas político-ideológicas que colocaram em xeque a identificação de Getúlio com o nacionalismo econômico. O presidente Getúlio Vargas apresentou (06/12/1951) seu programa do petróleo que propunha uma empresa de economia mista sob o controle da União, mas que permitisse a participação de acionistas privados, inclusive estrangeiros, na composição de seu capital. Em 1953, o Senado Brasileiro vivia dias de debates acalorados por causa do petróleo e

rachou em dois grupos: os “ultranacionalistas” contra os “entreguistas”. Um lado abrigou os senadores que defendiam o petróleo e toda a cadeia industrial como monopólio estatal; do outro lado, ficaram os que advogavam a participação da iniciativa privada, incluindo empresas estrangeiras, na exploração do óleo Mas, coroando de êxito a mobilização popular, no dia 03 de outubro de 1953, em solenidade histórica, o presidente Getúlio Vargas sancionava a Lei no 2004 que criou a Petróleo Brasileiro – Petrobras com a missão de explorar, produzir, refinar e transportar petróleo no Brasil, em regime de monopólio estatal – que só terminou em 1997. Arquivo Petrobras – Candeias Jornal Imprensa popular, 1957, ed. 02147. Hemeroteca Digital/BN Décio Oddone grabois.org.br Rio Memórias Agência Senado

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Minha história e a da Petrobras se encontram no fim dos anos 1980, quando fiz parte da assessoria jurídica da Braspetro, até o início dos anos 1990. Hoje, tenho a enorme satisfação e responsabilidade de estar à frente dessa empresa, justamente quando comemoramos 70 anos de fundação, e com um ponto de inflexão em sua trajetória, que é realizar a transição energética ao mesmo tempo em que trilha o caminho do petróleo. Para isso, vamos investir cada vez mais em pesquisa para que o Brasil e a Petrobras sejam protagonistas desse processo mundialmente. Já implementamos o Diesel-R e nos colocamos entre os petróleos mais descarbonizados da indústria. Aprovamos um direcionador para investimentos em projetos de baixo carbo24

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no que vão receber até 15% do total de nossos investimentos no período 2024-2028. Para a Petrobras a transição energética tem que ser justa, sem deixar ninguém pra trás. Nesse momento, temos no horizonte consolidar uma empresa diversificada e integrada de energia na geração de valor, construindo um mundo mais sustentável que concilie o foco em óleo e gás com a diversificação em negócios de baixo carbono, inclusive produtos petroquímicos e fertilizantes”.

Jean Paul Prates, advogado, economista, ambientalista, empresário e político brasileiro, filiado ao Partido dos Trabalhadores. Foi senador pelo Rio Grande do Norte de 2019 a 2023, é presidente da Petrobras.


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deputadadelegada Marta Rocha homenagem 70 anos na Alerj no 393

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Matéria de Capa É Jean Paul Prates quem afirma: a empresa está pronta para, até o fim do ano, apresentar um novo plano para responder ao desafio da transição energética. Durante as diversas comemorações no Cenpes, o presidente da Petrobras saudou o sucesso da caminhada e falou sobre perspectivas. Indicou a possibilidade de retorno da companhia ao setor de distribuição de combustíveis, como que reavivando o sonho de uma empresa integrada, do poço ao posto. “Chegamos a 2023 com desafios tão grandes quanto os que tínhamos em 1953, o mundo está em transformação a sociedade exige cada vez mais uma variedade de fontes energéticas que possibilitem a redução das emissões de carbono e um equilíbrio ambiental fundamental para o futuro do planeta. O mundo todo, especialmente os brasileiros e brasileiros exigem nas empresas uma atuação responsável e segura. Confiança e transparência, eficiência lucrativa e socialmente responsável, focada no bem-estar das pessoas dentro e fora da companhia. Acreditamos no potencial dessa companhia para impulsionar o Brasil. Enxergamos o desafio da redução de emissões como mais uma vez sermos pioneiros dessa indústria nacional”, disse Prates, reforçando que a Petrobras vai continuar procurando e produzindo petróleo, mas também vai investir em energia eólica offshore, hidrogênio verde, armazenagem, enxergando nos desafios das reduções de emissões de CO2, uma oportunidade de, mais uma vez, ser pioneira e impulsionadora dessa nova indústria nacional. Lembrando que a conquista de tecnologia premiada em exploração em águas ultra profundas saiu das mentes e mãos dos petroleiros e petroleiras que trabalham no Cenpes, Prates disse que “os petroleiros estão no poder da Petrobras. Nossa energia vem das pessoas e é extremamente honroso estar no papel de líder da Petrobras”.

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Entre as diversas cerimônias, a Petrobras lembrou de homenagear o primeiro empregado da Petrobras, Eugênio Antonelli (homenageado no Cenpes), e em sessão Solene no Congresso Nacional, Maria Leny Oliveira Vieira, 96 anos, engenheira civil que entrou na Petrobras em 1958, na Bahia, como a funcionária 003. Depois, assumiu a chefia da área administrativa de toda a Petrobras naquele estado, se aposentando em 1991.


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Prates ressaltou em todas as comemorações, que a Petrobras é uma empresa de petróleo em transição, não vai deixar de investir em petróleo de um dia para outro, pois o mundo ainda tem mais 50 anos de consumo de combustível fóssil. O presidente da Petrobras reconhece a função da companhia como indutora do desenvolvimento nacional, e a importância de uma política de conteúdo local. “Não é uma questão ideológica, qualquer empresa precisa de uma cadeia de suprimentos resiliente, com boa qualidade e bons preços, ambos fatores afetados pela logística. É um bom negócio para o Brasil e para o povo brasileiro, e é um excelente negócio para a Petrobrás”. A Petrobras está comprometida em liderar a transição energética no país, de forma justa, segura e inclusiva, impulsionada por parcerias que estamos construindo com empresas de excelência técnica e pela descarbonização crescente das nossas operações. E já alcança resultados concretos, como a neutralização das emissões do escopo 2. Tanto que os elementos estratégicos do PE 2024-28 que já foram divulgados mostram que a Petrobras está se preparando para um futuro mais sustentável. “É simbólico estar aqui no Congresso Nacional. Esta é a Casa do povo e é pelo povo brasileiro que a gente celebra as sete décadas de trajetória da Petrobras, empresa que nasceu e existe para garantir que a energia chegue de ponta a ponta deste país. Essa empresa nasceu da vontade popular, do povo na rua e também 28

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da vontade política de fortalecer a soberania nacional. Nosso futuro está intimamente ligado ao nosso passado, que nos credencia a almejar conquistas ainda maiores. A Petrobras chega aos 70 anos com um propósito tão firme quanto em sua fundação: de impulsionar o Brasil, para protagonizar mudanças e transformações fundamentais”, afirmou Jean Paul Prates. Durante cerimônia de comemoração em Salvador, a Petrobras anunciou investimentos de R$ 3,5 bilhões no estado nos próximos anos, a perfuração de 35 poços e a inauguração do polo da Universidade Petrobras na Torre Pituba, na capital baiana. Jean-Paul Prates reafirmou o compromisso de fortalecer a atuação regional da Petrobras, tanto na produção, quanto em outras atividades, a exemplo da Gerência de Comunicação Digital que ficará em Salvador. E a Petrobras segue batendo recordes: o fator de utilização das suas refinarias está em 94%, a empresa tem mais de 40 mil trabalhadores, 130 mil prestadores de serviço, 800 mil acionistas, ganhou valor de mercado em mais 45% este ano, em dólar - considerando o dividendo que foi pago, seria 62% de valorização, atingindo, hoje, mais de R$470 bilhões. “Ainda estamos no primeiro ano de uma gestão que acredita na perenidade da Petrobras e no seu papel como protagonista do desenvolvimento nacional. Nesse caminho, temos o compromisso de conduzir o Brasil à transição para uma matriz energética mais ampla e sustentável, com justiça energética e justiça social para todas e todos”, destacou Prates.


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1994 - Entrada em operação da P-18, primeira plataforma semissubmersível totalmente desenvolvida pelos técnicos da Petrobras, no campo de Marlim, na Bacia de Campos.

1992 – Primeiro prêmio OTC (Offshore Technology Conference) entregue à Petrobras (em reconhecimento às tecnologias pioneiras para viabilizar a produção do campo de Marlim, na Bacia de Campos)

1984 – Descoberta do primeiro campo gigante em águas profundas da Petrobras: Albacora, na Bacia de Campos

1961 – Inauguração da Reduc, em Duque de Caxias (RJ)

1953 – Criação da Petrobras

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1963 – Inauguração do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), no Rio de Janeiro

1958 – Primeira marca institucional

1996 – Patrocínio ao Projeto Baleia Jubarte

1997 – Entrada em operação do primeiro FPSO da Petrobras

1986 – Lançamento do Programa de Capacitação em Águas Profundas e Ultraprofundas (Procap), que alavancou o desenvolvimento de tecnologias para águas profundas pela Petrobras

1972 – É criada a Braspetro

1988 – Entrada em operação do campo de Urucu, no Amazonas

1977 - Início da produção na Bacia de Campos, no campo de Enchova, com a instalação do primeiro Sistema de Produção Antecipada (SPA), desenvolvido por técnicos da Petrobras

1968 – Primeira descoberta de petróleo no mar (campo de Guaricema, em águas rasas, Sergipe)


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2023 – Petrobras tornase a empresa com maior potencial de geração eólica do Brasil.

2021 – Quarto prêmio OTC entregue à Petrobras (em reconhecimento às tecnologias desenvolvidas para o campo de Búzios, na Bacia de Santos) 2017 – Início de produção do bloco de Libra, no Pré-sal da Bacia de Santos

2012 – Maria Graça Foster é a primeira mulher a assumir a presidência da Petrobras

2008 – Primeiro óleo do Pré-sal (P-34, campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos)

2000 – A Petrobras tem ações negociadas na bolsa de NY onde vendeu 180 milhões de papéis por US$ 4 bilhões, sendo 60% a investidores estrangeiros e 40% a brasileiros Imagem: NYSE Publicity Photo

2015 – Terceiro prêmio OTC (em reconhecimento às tecnologias desenvolvidas para o campo de Tupi, na Bacia de Santos)

2008 - Petrobras batiza a P-51, primeira plataforma semissubmersível construída integralmente no Brasil

2002 – Lançamento da gasolina Podium

2018 – Entrada em operação do primeiro FPSO do campo de Búzios (o maior campo de petróleo em águas ultra profundas):, P-74

2010 – Entrada em operação da primeira plataforma definitiva no Pré-sal da Bacia de Santos (FPSO Cidade de Angra dos Reis, campo de Tupi)

2006 – Descoberta do Pré-sal (acumulação de Tupi)

2001 – Segundo prêmio OTC (em reconhecimento às tecnologias desenvolvidas para o campo de Roncador, na Bacia de Campos)

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PETROBRAS

70ANOS CELEBRAMOS SEU PAPEL PIONEIRO NA INDÚSTRIA BRASILEIRA Em 1953, a Petrobras foi criada no Governo do então Presidente Getúlio Vargas, empresa privada detentora do PRQRSµOLR VREUH R UHȴQR GH SHWUµOHR H D distribuição de gasolina no Brasil. Fundada exatos 20 anos depois, a Câmara Setorial de Válvulas Industriais da ABIMAQ (CSVI), hoje com mais de 50 empresas fabricantes associadas, não poderia deixar de participar desta comemoração, mesmo que por meio de uma simples mensagem e parabenizar a Petrobras não só pelo seu setuagésimo aniversário, mas por suas glórias e gigantismo que hoje se encontra. De maneira geral, a indústria de Óleo & Gás não teria se desenvolvido tanto sem R LQFHQWLYR W«FQLFR H ȴQDQFHLUR H VHP R apoio da maior empresa brasileira deste

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segmento que é a Petrobras, principalmente o setor de Válvulas Industriais, no qual hoje estamos preparados e capacitados para atender as demandas de investimentos do segmento, quer na manutenção das

plantas já existentes ou em novos projetos como as 3ODWDIRUPDV )362 V QRYDV 5HȴQDULDV QRYRV 'XWRV H Terminais, Navios de Cabotagem e Gaseiros, ou seja, em toda a cadeia de fornecimento. Parabéns à Petrobras e muito sucesso na vanguarda do desenvolvimento tecnológico e econômico, tão importante para o Brasil e para nós, brasileiros.

Djalma Valdemir Bordignon

Presidente da CSVI Câmara Setorial de Válvulas Industriais


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15 anos do Pré-=sal

15 anos de Pré-sal, superando desafios @Ricardo Stukert- 2008 – Lula no Pré sal

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15 anos do Pré-sal

O

Pré-sal é uma conquista técnica extraordinária: retirar óleo a mais de 7000 metros de profundidade, abaixo de uma espessa camada de sal, era considerado impossível, ou algo que nunca seria rentável. Mas décadas de investimentos, pesquisa, desenvolvimento e talento brasileiro, resultaram no primeiro óleo do Pré-sal, produzido pela plataforma P-34, em plena Bacia de Campos, no dia 2 de setembro de 2008. E em 15 anos, as plataformas se multiplicaram: hoje são 31 operando naquela camada, sendo 23 inteiramente dedicadas ao Pré-sal, com mais 11 a serem instaladas nos próximos quatro anos. E o que não se imaginava rentável, hoje atinge mais de dois milhões de barris de óleo equivalente por dia, correspondendo a mais de 1/3 da produção de toda a América Latina - o Pré-Sal brasileiro já atingiu um patamar de mais de 5,5 bilhões de barris retirados. Guilherme Estrella, diretor de Exploração e Produção da Petrobras à época da descoberta do Pré-sal, disse que a Petrobras, ao iniciar a produção da área, no Parque das Baleias, estava dando um passo decisivo na ampliação dos conhecimentos que levariam a companhia a desenvolver as reservas localizadas no Espírito Santo e em outros pontos do litoral brasileiro. E em grandes saltos, a Petrobras alcançou esse objetivo. O primeiro leilão do Pré-sal aconteceu em 21 de outubro de 2013 e deu início às Rodadas da ANP pelo regime de partilha, instituído em 2010. Resultando em oferta mínima de R$ 15 bilhões, o leilão reuniu Shell e Total, que ficaram com 20% cada; CNOOC e CNPC, com 10% cada uma; a Petrobras ficou com 40%. O Pré-sal foi um motor para o desenvolvimento de novas tecnologias e possibilitou que se acelerasse em quase três vezes a velocidade de construção de poços; possibilitou o desenvolvimento de tecnologias de perfuração e

completação premiadas dentro e fora do país. Todo o trabalho de desenvolvimento do Pré-Sal otimizou custos operacionais e acelerou a produção. E é um crescimento compartilhado pois, entre 2008 e 2023, a Petrobras pagou cerca de U$ 63 bilhões em participações governamentais associados diretamente à produção do Pré-sal - entre royalties e participações especiais -, e outros U$ 63 bi foram pagos ao Estado para aquisição de blocos e direitos em ativos da atividade. E dele saem recursos para se investir em novas fontes de energia. O estado do Espírito Santo é terceiro no ranking de produção da Petrobras, atrás apenas do Rio de Janeiro e São Paulo. E as perspectivas da empresa para o Estado, registradas no Plano Estratégico 2023 a 2027, prevê investimentos de R$ 22 bilhões em projetos de Exploração e Produção, incluindo o FPSO Maria Quitéria - totalmente elétrico, com ciclo combinado de geração de energia que resultará em menor emissão de gases de efeito estufa - programado para entrar em operação em 2025, no campo de Jubarte, com capacidade de produção de 100 mil barris de petróleo por dia. Com as novas tecnologias, o Maria Quitéria deixará de emitir mais de 5 milhões de toneladas de CO2. Em alguns poços do Pré-sal, o petróleo produzido está associado à grande concentração de CO2 no gás natural. Para otimizar a produção, o CO2 é separado por um sofisticado sistema de membranas, que separam as moléculas do gás carbônico dos demais fluidos. Uma vez separado, o CO2 é reinjetado, para aumentar a pressão nos reservatórios e a produtividade dos poços, além de reduzir a emissão de gases efeito estufa. Os cuidados com o meio ambiente é uma constante em todos os trabalhos e pesquisas da Petrobras. A tecnologia de separação e reinjeção de CO2 em ambientes offshore em grandes profundidades, por exemplo, foi adotada

primeiramente no projeto-piloto do campo de Tupi – a companhia bateu o recorde global de poço submarino mais profundo com injeção de gás com CO2, em profundidade de água 2.220 metros. Tupi e Búzios representam metade da produção da Petrobras, mas apresentam uma emissão média de 9,5 kgCO₂e para cada barril de óleo equivalente produzido – volume inferior à média mundial. Seu óleo é leve e, a partir dele, a Petrobras produz derivados de maior valor agregado, como gasolina, GLP e naftas, com um custo de refino menor do que o óleo pesado. A importância do gás oriundo do Pré-sal vem crescendo, bem como seu processamento que já representa 77% do total recebido pelas unidades de processamento de gás natural de Caraguatatuba (UTGCA) e Cabiúnas (UTGCAB), pertencentes à Petrobras – unidades que bateram recorde de processamento de gás do Pré-Sal da Bacia de Santos, em setembro, alcançando a marca de 28,96 milhões m³/d de gás, e superando o recorde anterior de 27,27 milhões m³/d atingido em março de 2022.As duas unidades recebem produtos oriundos dos campos de produção em mar, tanto do Pré-Sal quanto do Pós-Sal. O desempenho da UTGCA no período merece destaque porque contribuiu decisivamente para a utilização recorde do duto que interliga os campos da Região do Pré-Sal até Mexilhão: o volume médio de processamento diário da unidade foi de 9,8 milhões de m3, próximo à capacidade máxima do duto de escoamento que interliga a região do Pré-sal com a Rota 1. O processamento de gás do Pré-sal ainda representa um grande desafio para a Petrobras. A produção do Pré-sal é puxada por seus três maiores campos em operação: Tupi, Búzios – o maior do mundo em águas ultra profundas – e Mero. Para efeito de comparação, a produção da Petrobras no Pós-sal levou 26 anos para atingir o patamar de 5,5 bilhões de barris.

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15 anos do Pré-=sal

O Polígono do Pré-Sal e as áreas consideradas estratégicas, de baixo risco exploratório e elevado potencial de produção, são explorados em regime de partilha da produção. De acordo com a Lei nº 12.351, a Pré-Sal Petróleo, como representante da União, é quem cuida da gestão dos contratos e preside o Comitê Operacional formado pela operadora, pelos sócios não-ope36

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radores (os contratados) e pela Pré-Sal Petróleo (a gestora), que detém 50% dos votos. Estão em vigor no Brasil 17 contratos em regime de partilha. O sucesso da econômico e tecnológico do Pré-sal são agora uma referência para áreas que têm grande potencial energético, como a nova fronteira que se descortina e que traz enormes possibilidades – e riscos -, a Margem Equa-

torial, que aproveita também a experiência bem-sucedida em outras bacias sedimentares do Brasil, como Campos e Sergipe-Alagoas, e onde a Petrobras já perfurou mais de 700 poços comprometida em garantir operações seguras e responsáveis, seguindo as mais rigorosas normas operacionais, técnicas e de segurança, buscando atender a demanda energética da sociedade brasileira.


15 anos do Pré-sal @ Alexandre Damazio - Divulgação

A Petrobras comemorou no dia 18 de setembro, em Vitória (ES), um marco histórico que mudou os rumos da produção de petróleo e gás no Brasil: a extração do primeiro óleo do Pré-sal, na porção capixaba da Bacia de Campos, há 15 anos. A cerimônia reuniu, no edifício-sede da Petrobras de Vitória (ES), o presidente da companhia Jean Paul Prates; os diretores executivos de Exploração e Produção, Joelson Mendes; Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sérgio Caetano Leite e a gerente geral da Unidade de Negócios de Exploração e Produção do Espírito Santo, Eduarda Lacerda. Também estiveram presentes o governador em exercício do Espírito Santo, Ricardo Ferraço além de representantes sindicais, da sociedade e do poder público.

@Divulgação/Agência Petrobras

Fernando Frazão / Agência Brasil

O presidente da Petrobras (à esq.) e técnicos da estatal retirando a primeira porção de petróleo de águas ultraprofundas: Lula não foi à plataforma por questões de segurança no 393

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15 anos do Pré-=sal

2023

2022

15 anos do primeiro óleo

Entrada em operação do primeiro sistema definitivo de Mero, FPSO Guanabara

2021

Prêmio OTC pelo conjunto de tecnologias que possibilitaram o desenvolvimento do campo de Búzios

2019

Prêmio OTC Brasil, Distinguish Achievement Award, pelo conjunto de inovações do Teste de Longa Duração de Libra

P34

2017

2018

Início da produção em Libra, no campo de Mero

Início da produção em Búzios, através da P-74

2015

Prêmio OTC pelo conjunto de tecnologias que viabilizaram a produção em Tupi

2013 2010

Pioneiro de Libra

Aquisição do bloco de Libra, na Bacia de Campos

Entrada em operação do primeiro grande sistema do Pré-sal – FPSO Cidade de Angra dos Reis, campo de Tupi

2009

@Agênc

Início da produção no campo de Tupi - em cerimônia simbólica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o primeiro litro de óleo da camada Pré-sal. Formado pela Petrobras (45%), BG Group (30%) e Repsol (25%), para a exploração do bloco BM-S-9, comprovou a existência de mais uma jazida de petróleo leve na área do poço de Carioca e de Guará.

ia Petrob

2008

Início da produção no campo de Jubarte, Bacia de Campos; encontrada jazidas: de gás natural e condensado no bloco BM-S-24 (Júpiter), e de óleo leve em outra região do bloco BM-S-9 (Guará). Começam as discussões para o novo marco regulatório. A Petrobras aprova a contratação de dez novas plataformas flutuantes, que produzem, estocam e escoam petróleo, para a Bacia de Santos; Petrobras anuncia reservas recuperáveis de petróleo e gás natural de 3 bilhões a 4 bilhões de barris no poço Iara do bloco BM-S-11, localizado na bacia de Santos; termina perfuração de dois poços no litoral do Espírito Santo, que comprovou apresentou volume recuperável de 1,5 bilhões a 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).

UTGCA d

e Caragu

atatuba

2007

Encontradas jazidas de óleo leve no campo de Caxaréu e Pirambu, na Bacia de Campos; encontrada uma jazida de óleo leve no bloco BM-S-9 (Carioca); o consórcio formado por Petrobras, BG Group e Galp conclui análises do segundo Polo do MS-S-11, na área de Tupi, que indicam volumes recuperáveis entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural; é encontrada uma jazida de óleo leve no bloco BM-S-21 (Caramba).

2006

Primeira descoberta no campo de Tupi, Bacia de Santos

2005

São encontrados os primeiros indícios de petróleo no Pré-sal na Bacia de Santos, no bloco BM-S-10, próximo a Parati.

FPSO P-69, que opera no campo de Lula...

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ras


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volvimento Avançado em Águas Profundas e Ultra profundas (Procap). Em 2019, o engenheiro aposentado pela Petrobras, Carlos Mastrangelo, recebeu o prêmio por liderar os esforços para o estabelecimento das normas e regulamentações para que o conceito de sistema de produção não fosse considerado um navio, mas um FPSO. Eles representam as centenas de engenheiros envolvidos no desenvolEm 2015, a Offshore Technology Conference (OTC) Brasil entregou o prêmio Distinguished Achievement Award for Individuals, para reconhecer a contribuição de uma personalidade da indústria de óleo e gás e o primeiro a receber a distinção foi o engenheiro da Petrobras Antonio Capeleiro. Em 2007, Marcos Assayag já havia sido agraciado com um prêmio da OTC pela sua contribuição para o desenvolvimento e promoção de novas tecnologias em águas profundas, o que levou a ganhos significativos no campo de Marlim, através do Programa de Inovação Tecnológica e Desen40

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vimento das tecnologias que fizeram e fazem a diferença, como os sistema de âncoras desenvolvidos com cabos de poliéster, material mais leve que o aço, para reduzir o peso das plataformas; o

robô se movimenta por meio de cordas no entorno do casco da plataforma para manter a pintura anticorrosão, reduzindo o risco para operários em alto-mar; amortecedores que reduzem o movimento dos dutos que transportam o óleo do poço até a plataforma; nanotubos de carbono usados na fabricação de dutos reduzem peso dos equipamentos e melhoram condutividade térmica e elétrica; robôs autônomos que fazem ajustes necessários no fundo do mar; robôs submarinos que reparam equipamentos em profundidades inacessíveis a mergulhadores humanos; separador de água e óleo no fundo do mar aumenta a capacidade de produção, e tantas outras.


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Depoimento

Petrobras e revista

Petro & Química:

FELIZ ANIVERSÁRIO!! É emocionante e uma honra participar da trajetória de sucesso e superação de uma grande empresa brasileira: a Petróleo Brasileiro S.A. A PETROBRAS completa 70 anos, e é uma senhora idosa em plena forma. Minha história de vida profissional, sem ela, não existe. Foram 38 anos atuando em sua força de trabalho, como terceirizado (de Dez/78 a Set/1982), e como empregado, de Out/1982 a julho/2016. Sou Stéferson de Souza Faria, e iniciei minha jornada na Refinaria de Capuava – Recap, em Mauá/SP, nas áreas administrativa e técnica, porém, meu grande desafio foi migrar para a comunicação, onde descobri a fotografia, que sempre me brilhou os olhos, desde o primeiro dia. Investi em cursos de formação, e iniciei a produção de fotos corporativas, ainda na Recap. Fui transferido para a sede da empresa, no Rio de Janeiro, em 1999, onde trabalhei no BIP – Banco de Imagens Petrobras. Poucos anos depois, fui para a Assessoria de Imprensa – hoje, Agência Petrobras de Notícias. Desenvolvi meu olhar, aprimorei minha técnica, e interagi com diversos veículos de imprensa, como a revista Petro & Química, que registra em suas páginas os feitos da Petrobras e suas subsidiárias, ao longo desses 45 anos de labuta, agora também celebrados. No mercado editorial setorial de petróleo, gás, tecnologia, construção, instrumentação e energia, a Valete é orquestrada essencialmente por energia feminina, que respalda e enaltece a seriedade, idoneidade e competência, em suas periódicas publicações. Parabéns às ilustres aniversariantes, que tanto abrilhantam o cenário empresarial, cada uma no seu segmento: Petrobras e revista Petro & Química. Ambas são especialistas em superar desafios cada vez maiores. PARABÉNS

Stéferson Faria – fotógrafo

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Depoimento

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Firjan faz parte da história da Petrobras

N

este ano, que marca a construção da história da Petrobras em 70 anos de atividades, nos juntamos aos mais diversos agentes de mercado, para saudar e registrar nossos parabéns aos brasileiros e brasileiras que construíram esse enorme legado. Parabenizamos os que também se juntaram na construção de um mercado mais aberto e isonômico. Ao longo das últimas décadas, com crescimento da Petrobras, fortalecimento regulatório da ANP, desenvolvimento do país, presenciamos inúmeras políticas públicas e projetos que enraizaram características de uma economia invejável perante o mundo, no que concerne à nossa capacidade de entregar resultado com baixos impactos ambientais. Transição Energética está na base da construção do Bra-

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sil. Ao mesmo tempo, somos potência produtiva de óleo e gás, em especial dado os recursos localizados nos mares do Rio de Janeiro. Mercados que continuamente se reinventam, e hoje buscam soluções inovadoras para garantir a segurança do fornecimento de energéticos e, ao mesmo tempo, mitigar suas emissões. E a Firjan fez parte dessa história. Em conjunto com nossas unidades do SESI e SENAI, e seus institutos de inovação e tecnologia, espalhados pelo território do estado, crescemos juntos com a história da energia brasileira. Além de atuarmos no fortalecimento institucional desses mercados, a Firjan trabalha pela qualificação da mão-de-obra e no desenvolvimento tecnológico a partir do estado.


Matéria de Capa

Participamos ativamente no Movimento Compete Brasil (1998) junto com outras instituições, que culminou na criação da ONIP – Organização Nacional da Indústria do Petróleo, que em breve completará 25 anos. Desenvolvemos o primeiro Núcleo de Tecnologia Offshore, com simulador de Lastro para certificação de profissionais (2006), entre outros que instalamos em nossa Unidade SENAI Benfica. Inauguramos a nova Unidade SENAI Macaé (2008), com foco principalmente no atendimento às empresas que atuam direta e indiretamente dos mercados de óleo e gás. Mais adiante, em linha com os avanços nas pautas de transição energética, estruturamos um Instituo Senai de Inovação, dedicado às temáticas de Química Verde (2019), uma evolução do nosso Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental (1999). Além disso, inauguramos, em 2021, o Centro de Referência da Firjan SENAI Tijuca, o qual recebeu em 2022 o reconhecimento como Centro de Excelência em Energias Renováveis e Eficiência Energética pela Cooperação GIZ (Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável). A Firjan atua e continuará atuando em conjunto com o mercado, iniciativa privada, seus trabalhadores e sociedade, e com os governos para garantir o desenvolvimento econômico do estado do Rio, através do crescimento sustentável da nossa industrialização.

Karine Fragoso – Gerente de Petróleo, Gás e Naval na Firjan no 393

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História viva

O

ano de 2023 é um ano com muitas de celebrações, com muitas datas marcantes, começando com a celebração dos 70 anos da Petrobras, dos quais durante 30 fiz parte de seus quadros. Foi lá que comecei minha vida profissional e tive oportunidade de passar por todas as funções gerenciais. Fiz minha especialização em engenharia de processamento de petróleo, meu mestrado em engenharia de produção e até um MBA no Insead, na França. Tive a oportunidade de conhecer todos os órgãos operacionais, atuar em diversas áreas e, graças ao que lá vi, vivi e aprendi, hoje, aos 76 anos de idade, 46

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continuo no mercado de trabalho. Mas 2023 não traz só a festa da Petrobras. Há muitas outras comemorações: 30 anos do Centro de Pesquisas – CENPES, onde trabalhei alguns anos; 60 anos da COPPE/UFRJ, onde concluí meu Mestrado; 25 anos da ANP, que vi nascer e onde, durante toda sua existência, sempre estive presente em suas atividades abertas à sociedade; 25 anos da Transpetro, que conheço desde 1970 quando ainda era Fronape; 15 anos do pré- sal, um período em que, já não mais na Petrobras, tenho atuado para que as demandas decorrentes do desenvolvimento de seus reservatórios sejam utilizadas para o desenvolvi-

mento nacional; 30 anos do Copesul, onde atuei por dois anos no processo de transferência de tecnologia na sede da Technip, em Paris, em seu primeiro projeto para a Petrobras. E por último, mas não menos importante, os 45 anos da revista Petro&Química, completados no mesmo ano em que eu completo 55 anos de atuação no Setor de Petróleo e Gás. Isso significa que, na ocasião da “Edição Número UM”, eu já estava no décimo ano de estrada e, por esse motivo, capacitado para testemunhar que naquele momento surgia uma das mais sérias e profissionais publicações do setor, fruto da visão de futuro, da tena-


Matéria de Capa cidade, da capacidade de empreender e da persistência de sua equipe. Desde então, tem ocupado posição de destaque na mídia especializada, começando justo quando o mundo vivia os efeitos do “segundo choque do petróleo” e o Brasil, com a descoberta da Bacia de Campos, começava a ter a esperança de um dia alcançar a autossuficiência. Ao longo desses 45 anos, a revista conviveu com os altos e baixos da indústria petrolífera, com anúncios do fim da “era do Petróleo”, de sérias crises de oferta e demanda, guerras, volatilidade de preços, fases de altas e quedas de investimentos e até uma pandemia, fatos sempre acompanhados de perto e registrados pela competente equipe de profissionais.

Para uma jovem madura de 45 anos, novas mudanças se configuram pela frente, abrindo cenários, ora de ameaças, ora de oportunidades, mas que, com toda a certeza continuaremos a contar com a seriedade e competência para nos manter informados. Que venham outros 45 anos. Parabéns e que esse sucesso se multiplique. Fico muito feliz em hoje poder dizer que tenho motivos pessoais para celebrar cada um desses acontecimentos e mais feliz ainda por ter sido lembrado para comentar alguns fatos da história do petróleo no Brasil, momentos que, tenho orgulho de dizer: Eu estive lá!

Alberto Machado Neto, M.Sc. é diretor

Executivo da ABIMAQ - Petróleo, Gás Natural, Bioenergia e Petroquímica. Engenheiro Químico (ENQ-

UB-1969) com 52 anos de experiência no Setor de Petróleo e Gás. M.Sc. em Engenharia de Produção COPPE/ UFRJ(1976) e MBA-AMP-INSEADFrança(1994). Presidente da Arcplan Consulting, desde 1992. Ex-Presidente da Brazil Supply, Ex-diretor da Brazil Supply de Venezuela e da Newpark Drilling Fluids do Brasil. Ex-Superintendente da ONIP. Na Petrobras, entre 1970 e 1999, exerceu diversas funções gerenciais corporativas e de direção. Professor universitário desde 1976 e coordenador do MBA em Gestão de Negócios em P&G-FGV entre 2002/2019. Atuou em 16 países negociando contratos e proferindo palestras em congressos e em empresas. Cidadão Honorário de Lafayette-USA e de Calgary-Canadá.

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Cenpes 60 anos

Cenpes – lugar para imaginar, criar e construir hoje o futuro

Criado em 1963, o Cenpes – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello – é um dos complexos de pesquisa aplicada mais importantes do mundo. Localizado primeiramente na Praia Vermelha, e depois, na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, ocupa mais de 300 mil m², possui laboratórios modernos, e salas de simulações e imersão em processos da indústria de energia, projetados para atender as demandas tecnológicas das áreas de negócios da Petrobras. A história do Cenpes se mistura com a da Petrobras

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e do setor: em 1986, foi criado o Procap – Programa de Treinamento Tecnológico em Águas Profundas – para gerar suporte tecnológico em Marlin e Albacora, possibilitando produzir em até mil metros de profundidade. Em 1992, a segunda fase, o Procap 2000, focou na produção de Marlim Sul e Roncador, este último com 1.730 metros de lâmina d’água, considerada a maior jazida brasileira até então. As tecnologias que viabilizaram a produção nos campos de Marlim resultaram em dois prêmios da Offshore Technology Conference (OTC)

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para a Petrobras. Em 2000, começou uma nova fronteira exploratória na região do Pré-sal, com a descoberta do campo de Tupi. Mais uma vez, a Petrobras identificou uma grande oportunidade de crescimento, com uma importante mudança no patamar da indústria mundial. Também teve início o Procap 3000, que gerou suporte tecnológico para a produção das fases ultra profundas de Marlim Sul e Roncador. Em 2010, é inaugurada a expansão do Cenpes, que foi pensada com conceitos avançados de ecoeficiência. Em 2013, foi criada a

Procap Visão Futuro, voltada para soluções que aumentam a eficiência e os resultados de produção em águas profundas e ultra profundas. “O Procap Visão Futuro busca antecipar necessidades, prover e aperfeiçoar tecnologias”, disse Solange Guedes, gerente executiva de Engenharia de Produção da área de Exploração e Produção da Petrobras, à época. Por meio do Centro, a Petrobras firma parcerias tecnológicas com as principais instituições científicas e empresas de base tecnológica, no Brasil e no exterior – fundamentais para anteci-


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par soluções, superar desafios e inovar. As inovações são muitas, e a Petrobras, em 2022, bateu o recorde de pedidos de patente junto ao INPI – Instituto de Propriedade Industrial. O Plano estratégico da companhia (2023-27) previa mais de 1.200 patentes ativas no Brasil, até 2025. Em julho de 2023, a Petrobras anunciou a oferta inédita de 214 patentes para licenciamento por fornecedores, nas áreas de Exploração e Produção, Desenvolvimento da Produção, Refino e Sustentabilidade. Entre as patentes expostas, há algumas ligadas à redução de emissões de gases de efeito estufa – como sis-

temas de “captura de dióxido de carbono para aplicação veicular” e “de controle automático para compatibilização entre produção e consumo de hidrogênio”. A inovação tecnológica e o desenvolvimento são os pilares do Centro de Pesquisa, e a base para que a Petrobras supere desafios, e se prepare para o futuro. No Cenpes, são realizadas pesquisas que embasam estratégias de negócios, e geram valor para a Petrobras, nos campos de exploração e produção de petróleo e gás, geociências, engenharia de reservatórios, ascensão e distribuição, poços, tecnologias submarinas e de superfície. Sem esquecer

de desenvolver soluções para as áreas de refino, gás e energia, logística e desenvolvimento de produtos para comercialização e sustentabilidade. Mais recentemente, o Cenpes incluiu, em suas atividades, o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para o mercado energético, incluindo a descarbonização das operações e o desenvolvimento de energias renováveis. O orçamento para P&D do Cenpes era de R$ 3,6 bilhões, somente em 2023. E a inovação que vem disso se materializa na aplicação do conhecimento gerado por mais de mil pesquisadores, onde 180 são doutores, e 300, mestres.

Apesar de os negócios de baixo carbono terem ampliado a participação no portfólio do Cenpes, a maioria dos investimentos de 2023 ainda era para a área de exploração e produção de petróleo e gás: uma das premissas da estatal é que o mundo vai continuar a precisar de petróleo, enquanto ocorre a transição para novas fontes. O Cenpes possui uma trajetória de conquistas, com o desenvolvimento de processos e tecnologias, muitas vezes pioneiras, que geram resultados positivos para a Petrobras e para todo o setor de petróleo, gás e energia.

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Cenpes 60 anos

“O Cenpes é um braço importante da Petrobras, nesses 70 anos de vida da companhia. Através do seu centro de pesquisas, a Petrobras venceu desafios que pareciam intransponíveis, criando tecnologias reconhecidas internacionalmente. Somos respeitados pela nossa capacidade de buscar, aprender e sabermos como lidar com desafios e com o desconhecido. Na última década, a companhia investiu mais de R$ 18 bilhões em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, sendo a maior parte desse montante em parcerias com Instituições de Ciência e Tecnologia. A transição energética é o nosso desafio atual, destacamos a contribuição do Cenpes, através de suas pesquisas em soluções para a Descarbonização e a Transição Energética nas carteiras de

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CCUS (Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono), produtos de baixo carbono, geração eólica e solar, entre outros. Além disso, o Cenpes tem um compromisso permanente com o futuro e, nesse sentido, vem realizando, além do desenvolvimento de novas tecnologias, ações de inclusão social, para uma transição energética justa. Para destacar uma ação que muito nos orgulha, recentemente, recebemos a visita de 70 meninas, entre 12 e 15 anos, que fazem parte do Projeto Meninas com Ciência. Esta é uma parceria do Cenpes com a área de responsabilidade social da Petrobras e o Museu Nacional/UFRJ. A iniciativa, realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, busca estimular a entrada de mulheres em carreiras que

majoritariamente são ocupadas por homens. Pela primeira vez, o projeto foi realizado nas dependências de uma empresa, e contou com 100% de participação de meninas provenientes de escolas públicas das comunidades do Complexo da Maré. Há vinte anos, nas salas de aula do Brasil, apenas 10% das turmas de engenharia e geologia, por exemplo, eram compostas de mulheres, mas felizmente essa realidade tem sido modificada, com o passar dos anos, projetos e eventos como este tendem a contribuir, no longo prazo, para um ambiente de trabalho mais diverso e inovador.”

Maiza Goulart, Gerente Executiva do Cenpes Confiança Alumínio Petrobras


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Coppe 60 anos

COPPE – 60 anos de formação e inovação

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m 1961, o professor Alberto Luiz Galvão Coimbra apresentou um documento, intitulado “Oportunidade para instalação de um curso de pós-graduação de Engenharia Química no Brasil”, na Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil (atual UFRJ) – no ano seguinte, o Professor Athos da Silveira Ramos cria o Instituto de Química e, em 1963, o curso de mestrado em Engenharia Química, embrião da futura COPPE. A Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – é um dos maiores centros de ensino e pesquisa em Engenharia da América Latina. Fundada em 1963, pelo engenheiro Alberto Luiz Coimbra, foi um marco na criação da pós-graduação no Brasil. A partir de 1965, a COPPE começou a receber o apoio do Banco de Desenvolvimento Econômico, via Funtec. A primeira turma tinha oito alunos – Gileno Amaral Barreto, Walmir Gonçalves Túlio Bracho Henrique, Jair Augusto de Miranda, Carlos Augusto Guimarães Perlingeiro, Paulo Ribeiro, Nelson Trevisan, Edgard Souza Aguiar Vieira, e Liu Kai – e Nelson Trevisan defendeu a primeira Tese de Mestrado da COPPE, no dia 29 de janeiro de l964, com o trabalho “Adsorção Física: Teoria e Modelo”, orientado pelo Prof. Augusto Zamith. Os outros sete alunos defenderam suas teses até maio daquele mesmo ano. A primeira tese de doutorado foi defendida por Saul Gonçalves D’Avila , em 12 de novembro de 1971, sob o título de “Oxidação Catalítica de Crotonaldeído a Anidrido Maleico” com

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orientação do Prof. Maury Saddy. A COPPE mudou para a Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, em 1967. Dez anos depois, é assinado um grande convênio entre Petrobras e COPPE, para desenvolvimento de tecnologias offshore. Em 1990, a COPPE inaugura o NCPU I, primeiro computador paralelo de alto desempenho desenvolvido, cem vezes mais barato do que computadores similares produzidos nos Estados Unidos e no Japão, construído por pesquisadores do Laboratório de Computação Paralela da própria instituição. Em 1994, a COPPE criou sua Incubadora de Empresas e, através do Fórum COPPE, levou ao Governo federal e ao Congresso Nacional um documento com o primeiro alerta sobre risco de falta de energia elétrica. Um ano depois, a COPPE passou a se chamar Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, mantendo, contudo, a sigla COPPE. Em 1998, a COPPE inaugurou o I-2000, maior complexo laboratorial da América Latina, com mais de 80 laboratórios e, em 2003, o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano), que tinha, à época, o mais profundo tanque do mundo. A COPPE participou da elaboração das metas voluntárias de redução de emissões de carbono apresentadas, em 2009, pelo Brasil, na COP-15, em Copenhague. No mesmo ano, a cria o Centro China-Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, em cooperação com a Universidade de Tsinghua. Em 2010, a COPPE lança o H2, primeiro ônibus híbrido a hidrogênio com tecnologia 100% nacional – que vem evoluindo, desde no 393

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Coppe 60 anos então. Em 2012, a COPPE inaugura uma Planta-Piloto de Polímeros, a Engepol, única no país em nano escala. Em 2013, a COPPE cria seu 13º curso, Engenharia de Nanotecnologia; inaugurada o Laboratório Bioetanol, em parceria com a UFRJ, para desenvolver o etanol de segunda geração; e lança o Centro Internacional de Referência em Portos e Sustentabilidade (CIRPS), em parceria com o Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), da COPPE/UFRJ, e a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), na sede do Itamaraty, em Brasília. No ano seguinte, inaugura o 1º túnel de vento climático do Hemisfério Sul e é credenciada como unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), na área de Engenharia Submarina para Exploração de Óleo e Gás. Em 2020, pesquisadores da COPPE desenvolvem estudos e tecnologias para o combate aos efeitos do Coronavírus, e testam em pacientes, com sucesso, o ventilador de exceção para Covid-19. Ainda em meio à Pandemia (2021), a UFRJ submete à Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitá-

ria – o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento, com os resultados das etapas pré-clínicas da UFRJvac, a vacina contra Covid-19, desenvolvida no Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (LECC) da COPPE, sob coordenação da professora Leda Castilho. E ainda conquista o Prêmio ANP de Inovação Tecnológica, com o robô Ariel; lança a Rede Temática em Energias Renováveis, Hub.Rio, e inaugura o Centro Integrado de Manufatura Aditiva. Em 2022, a COPPE inaugurou a Ilha de Policogeração Sustentável. Nesse mesmo ano, não apenas a COPPE, mas o Brasil, perde o professor Luiz Pinguelli Rosa, Professor emérito, ex-diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), ex-presidente da Eletrobras, em decorrência de complicações da Covid-19. O Coppe possui trabalhos e desenvolvimentos em todo o setor de petróleo, gás e energia. E além. LowcarbonSolutions Coppe/Instagran fotos da exposição Exploradores do Conhecimento, que foi inaugurada em janeiro de 2016, ainda como parte das comemorações dos 50 anos da Coppe.

“A ideia é que a Coppe seja sempre vanguarda, assim como foi a sua própria criação. Sempre buscamos endereçar novas questões e novas fronteiras tecnológicas. Na questão da transição energética, criamos o Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, onde são agrupados os diferentes laboratórios do complexo da Coppe, que lidam direta ou indiretamente com o tema. Assim, provocamos uma maior interdisciplinaridade, tão necessária neste novo momento. Apesar de sermos mais associados ao setor de óleo e gás, temos inúmeras outras competências, às que queremos dar mais visibilidade e maior integração, entre os 13 programas de engenharia da Coppe. Um desses novos eixos transversais é o que chamamos de Coppe IA (Inteligência Artificial). Assim como a transição energética, a revolução digital também traz novas demandas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em diferentes áreas. A engenharia da saúde é uma outra área muito promissora e absolutamente necessária, e com enorme potencial de novas tecnologias. Antes do final deste ano, inauguraremos um novo prédio, onde estarão localizados os laboratórios de nanotecnologia e engenharia biomédica, para fortalecer a interação entre engenharia e saúde, criando lá um espaço para startups de Biotech e Healthtec. A integração de todas essas diferentes áreas vai além das fronteiras da Coppe, uma vez que trabalhamos em parceria e cooperação com outras unidades da UFRJ e fora dela também, o que é muito produtivo. Também reforçaremos a atuação na inovação e empreendedorismo. Isto têm papel fundamental para o Brasil. Novas ideias, soluções e oportunidades para indivíduos, empresas e comunidades. O empreendedorismo é o veículo que dá vida à inovação. Precisamos auxiliar a transformar ideias, projetos que ainda estão em escala de bancada, em negócios viáveis. O empreendedorismo social também faz parte de nosso ecossistema de inovação. Estamos reformatando a incubadora de cooperativas populares, para que se torne uma incubadora de tecnologia social, indo além do cooperativismo.“

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Nova Smar S/A, uma empresa brasileira de tecnologia e inovação, desenvolvedora de produtos para o setor de automação industrial, para o Brasil e para o mundo, é parceira a mais de 30 anos da PETROBRAS. A Nova Smar forneceu equipamentos de UTR (Unidade Terminal Remota) para a detecção de vazamento nos dutos no Projeto PEGASO (Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Supervisão Operacional), para mais de 800 km de tubulação monitorada com tecnologia Smar. Além deste fornecimento, a Nova Smar forneceu tecnologias para as plataformas PNA1 e Namorado, bem como, fornecemos sistema e equipamentos para o UTGCA de Caraguatatuba/SP. A Nova Smar participa de muitos outros fornecimentos, com toda a sua linha de produtos, atendendo vários setores produtivos da PETROBRAS. A Nova Smar parabeniza a PETROBRAS pelos seus 70 anos de produção, desenvolvimento e tecnologia na extração de petróleo, gás e derivados. Parabeniza, também, todos os outros aniversariantes desta edição comemorativa da Revista Petro & Química, de 45 anos de ótimas matérias e informações, que triunfa uma parceria com a Nova Smar por muitos anos.

Adriano Marcelo Corteze – Marketing Nova Smar S/A

O papel do IBP na construção do setor de óleo & gás e energia, frente à Transição Energética

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indústria de petróleo e gás brasileira passou por uma verdadeira transformação nas últimas décadas, com a entrada de novos players no mercado e grandes investimentos em tecnologia, que foram fundamentais para colocar o Brasil como um dos principais atores da indústria do petróleo mundial. A descoberta do Pré-sal, graças à capacidade de inovação e novas soluções de tecnologia com DNA brasileiro, resultou em um aumento exponencial da produção nacional de óleo e gás, permitindo ao país se tornar ainda um exportador de petróleo. Neste cenário, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), juntamente com seus associados, vem buscando fortalecer ainda mais o setor, que é essencial para a economia brasileira e para o processo de transição energética em curso. De acordo com estimativas do IBP, entre 2022-2031, somente nas atividades de exploração e produção, o setor de O&G atrairá US$ 183 bilhões em investimentos, arrecadará US$ 622 bilhões e, em média, irá gerar 445 mil postos de trabalho por ano. Nós representamos 10% PIB industrial brasileiro, e somos um importante indutor de 56

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recursos na economia. No contexto atual, em que é necessário garantir a segurança energética ao mundo, e viabilizar o processo de transição, o setor de óleo e gás brasileiro vem atuando firmemente para cumprir esses dois objetivos. A indústria de óleo e gás no Brasil promove um grande volume de investimentos em exploração e produção, com a prospecção de novas áreas, em busca de reposição de reservas. Além disso, a indústria brasileira de O&G se destaca em razão dos baixos níveis de emissões. O Brasil já possui um dos petróleos mais descarbonizados do mundo, com uma intensidade de carbono bem menor do que a média global. Nos campos de Tupi e Búzios, no

Pré-sal, a intensidade média é de 10 kg CO2 por barril, 40% abaixo da média mundial. Como representante institucional da indústria no Brasil, o IBP tem participado de diversos fóruns, e interage com diferentes interlocutores, mostrando como o setor pode contribuir para que o País se posicione como líder de uma matriz energética de baixo carbono. Além do petróleo descarbonizado, o setor de óleo e gás tem investido em fontes renováveis, como projetos de biocombustíveis avançados com o diesel verde (HVO) e combustíveis de aviação sustentável (SAF), tecnologias para o desenvolvimento de eólicas offshore, projetos de CCUS (Captura e Armazenamento de Carbono), hidrogênio verde, biogás e biorefinarias. Temos a convicção de que o setor de óleo e gás brasileiro reúne as melhores condições para fazer do Brasil um líder do processo de uma transição energética justa e sustentável, com benefícios para toda a sociedade.

Roberto Furian Ardenghy Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP)


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Na base da química

s 70 anos da Petrobras marcam uma rica e bem-sucedida trajetória de vida. A Petrobras é uma empresa construída por todo o povo brasileiro. É a partir do desafio de converter um recurso natural, o petróleo, em riqueza para o povo brasileiro, para o Brasil, e essa trajetória foi muito bem-sucedida. Não só comprovou a existência do próprio petróleo no Brasil, como comprovou a possibilidade de utilizar esse recurso natural para trazer crescimento, para elevar o bem-estar da população brasileira, gerando renda e gerando emprego do ponto de vista da petroquímica, e nós temos laços estreitos com essa grande empresa. Ela esteve presente e continua estando presente em toda a trajetória da petroquímica brasileira, só para a gente ter uma ideia, a Abiquim tem vai fazer 60 anos o ano que vem, e a Petrobras, 70,

este ano. Então, nós vivemos, ao longo das mesmas décadas, construindo os mesmos objetivos, gerar riqueza, gerar bem-estar para o povo brasileiro, a partir da produção de bens dentro do nosso país. É importantíssimo agora, nesse ano, que marca os 70 anos da Petrobras, ampliar ainda mais o compromisso com o desenvolvimento industrial do país, põe-se diante de nós o desafio

de neoindustrializar o Brasil. É fazendo um processo de transição justa, do ponto de vista da sustentabilidade, da transição ecológica, então, é preciso saber, de forma inteligente, continuar utilizando os recursos naturais, petróleo e gás natural, especialmente agora, em bases sustentáveis, reduzindo emissões de gases de efeito estufa, promovendo a circularidade no uso desses recursos. Mas, também, apontando para o futuro, é que a Petrobras certamente será parceira e protagonista no uso de matérias-primas renováveis, a indústria química tem grande expectativa de que os 70 amos marquem um aprofundamento das relações entre a Petrobras e o setor petroquímico brasileiro. Contribuindo para uma retomada da produção, uma retomada e uma intensificação da rica trajetória também do setor petroquímico no Brasil.

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Visõ

es d o Fu turo Rec :AC émbrilh heg Form o fícil nos olh ada d o a pela e se des s de um cham d c p o no de u uma a a aten rimeira rever. N engenh e ção ã v i sens r o e o mE zn só Seto d re nati va s ação qu os outro a vida, por se cém-fo nge r um enão e em mas rma s do r de ac do Nã ta an q ab nhe ansi o se tra raçá-lo a de m ue a mi mbém p oisa qu é algo E nha edad ta ap die ma anei . or se n iro p e e r n no h e rópr a tão n r r jove ia. M algo q ifesto orizo acerca d as do al g n a n i u t a í faze ural v n a de tr s progra r pro te. Tud s possib io de te , qu as esse e mais ma ab en ili rt br o v m

O

as, c dade erm alha ém il do ão s eço. que ina ui um s into ho é J os s r com j res são a em p á o mer prindo to simpl – e opor do um r alter al og tr nore tun cad es, igo um len s do ários de os, aos aídos p ela próx a eferve o, um m a grade enquan idades – roso cu s p s q s o e a u u tore r to v imas sc is l s. Po e em p indústr cos, ele promes ocê que se a so, mas déca ência, e tério. O inear e s r i s pe a r o a só , em p fissõ quê? préPelo das, seto Nes prof rceb a estab precis resentam e m r S s e s i f d s e p e l i é a e s m e e m a d to d io guir a es cená i ra m e e o v ples. O quivale ia, são tuda .A rio d rá se tra nais com nergia, elecida pess uitos, ntes f re mei d nsfo e e d e in e r s diss verdad o e t s p a o uma oas de o ecifi eu sa em rma gam e De deci o, p eira s o c r o e c b q e a u m s sal otant são em rec uant me ofer dú tros ser and que pod isamos vida est , não fa o quanto que, ao nte, está e gá ários pa ece par idade b um obj a. e á l m l e o a ra ba m s? em tam nós em d to d ciar e trab ac me ngo das e ix ca seto Tudo. a grav parecer rgulhar e r ass É ex o. E o q lhar ne ima da paixão eme a fu finir: qu minhos smos. dista s i a m m u m s n n al o ta Por e e nte par te do é , ais f oi: a que é im mente o isso tem ramo, o dia de tívei exemp nosso f s, mas q em ide melho a se se t r a f q utur r i p a lo: m b a i s fó n ? u u as o l alha v v e ce A pa o! uito r no ta de qu pular co erso qu er com e joga rtam e eloc dem sseis e c r t i i m s r a ub pe se m e a, pod ente stá d os irão rações dest ao mes gmento ros jove a minh acontec tróleo claro modelo chegan em pen a m a e i n i n q r g s s d em o s á flue ue in ar qu e q o ao e um num ue o se finance divi tempo q cada ve qualifi ração, c eae f É i m c i dual long cado z ma omo tor d ros a , ma ra do ue a laro n a o , s s s i t e c ch s d s e u , a pera o s c a. D c r. O aminho petróleo ais e su quando ombus esde carreira tornam mpetiçã induzir e dispon ap o a r “s os mu se oe tân s do a jo nã e petr óleo enso co percorr gás na alternat entenresu cia de vem, m o come ito mai as opo salários a m i t e m v s u r l v u ç p r t t u a r a , cam a não a em um e desen ito influ a no pr present unidade ara po s i logo a m” apo e muito l ainda s, fica es im v b s pa nta n e abe caba s p o d ra ssui esaf que ria). astava a desenv olver co nciado eiro di . a dir r, m E iss i a a p o o p a m E e s op elo s qu lvim sa de c enas oéu ção ra n o pe port e m s o e a c s e u e m r s t m r tabe ontr eu p nto tuni ces er u soa rei ant fra es soal lecer re sário ap m dom profiss (o que, ai, per ra assium p e! Curio gmento dades s tá atent ária: o c m í i ã r o l n c o e sa ara a de o a es seja ente, ac ções e ender a io da té nal). L onsequ bi a im se gam lelo com mente, p inform vastas. a pe o e c s r g n e n e a es. m o o i d ç c c a dem rsua ão m ito q elho omu ente temen a (en indú isso Enq mu o d u u t r n n s s i e g do q ito i di q icar, tria d , enha traça uant ito para e nada r. Pesmue ue e o a s r -

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Matéria de Capa co situa a a de lí ncluí qu e rec o mesm plica to ção em tio e, qu eio do o se e de gran na leva de e s de se tempo q s esses e você n atu de ca rrar e Port ixa no porte sã al, as ba é o m xpressa ue perd 3 itens, anto e ini a r em Aos edo , esc tual pe o a revo terias de r de d poucos que te públic bições olhi l E a o. O ados gora espe fil de ev ução qu íons , adi imp d e m e e c c , e o Eco io i d prati e p nom como p alizar-m lução d mais cam rogram nei ao m e de ten do s a o a ia En en aç en ta rt e seto técn r. dess ergétic da Ener e do qu elas. ico m te qualq ão, habi u repert r. a l a ó u a g i d o d s r e i (EP io co ades a r set se c noat r t o r j d a a aE de E) ns m om o ivida n q lidif ento en formaç , sinto q mpres analist de, m r. Afinal ue se to hecime mar, unicar, n õ a e as r i , c u t n e r a des om os d ara s. A e ss ea com ar min gético EPE estou e Pesqu faze té ter um envolve im o pac ercado m fund em ciên h n o a o n ium oe ér tra r tr am cia pa rp nã ot a O fu engenh jetória, ís, e é a eferênc picentr dam uques c noção d rojetos, e compl o busca entais e i o e m o ent a ap tu qu ei em ap do to que m estã ro é inc ro de ex rimora i que p no plan corin al em q cartas c arketin minar a : alguém enas um e n o pr r erto repl gee ai be ga. M ualqu que estat ep , ma celência do-me etendo et sté sa m e ís cada sos um . um o de op arados Part as se vo r profiss . E um tica. Fr tica, pr iba dia br e a o ogr anc pou mai cedo icipar d cê for u ão. O faze ilho no rtunida dispost coisa é s mer co de m amente, am co e pro d me p o r s clar es. E sas mui olho cado até alíci ring jetos ropo a teste t : e o s e p não a, be aéf a u i d a n d rcio e ev mun , am pede unm-v nou ent inha abaláve com u aptar, o ra aque ha Fran evol por m le l, ‘che c h ução r algum uma ba os na ár indo! i s u c m o Vic gada estou p diplom orizon s as m ea d d g das a a que g t U t e a e en ’. ront em v e udan FRJ, tecn nã e o pa nas mã é Mest r, 22 ano em o se co ologias, ças rápi aliosa. F rgia des ra a s r , a n loca espe das, braç os e de do em Engen e de ui ca c d á-la p e h i p e or e al, t n e sas t E a a t i c z e r c se o de onom nder de omp scrit em ecno P s a i n o a r ido n u . logi o h p d a A e a nce la FG ução ra o tr as su V, e A pela P post centro ansição s do set diss ame o o nalis e r nerg o. E nte p ta de litécnica ética stud rom P Ener , e isso gétic esquisa ras, i divera da mas EPE logo

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Transpetro 25 anos

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história da Transpetro começou com a Fronape – Frota Nacional de Petroleiros – que este ano comemoraria 73 anos. Antes de ser integrado à Transpetro, era a Fronape que realizava o transporte de petróleo e derivados pelo mar. A Transpetro foi criada em 12 de junho de 1998, como resultado da lei 9.478/1997 (a Lei do Petróleo), que trouxe uma nova regulamentação, e foi um marco importante para a indústria de transporte e logística no Brasil. Operando 49 terminais (28 aquaviários e 21 terrestres), 7,7 mil km de oleodutos, 5,1 km de gasodutos e 36 navios, a Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras. A empresa é a maior companhia de logística multimodal de petróleo e derivados da América Latina, tendo uma carteira com mais de 130 clientes. Ela presta serviços a distribuidoras, à indústria petroquímica, e demais empresas do setor de óleo e gás. O Tebig, sozinho, é responsável por cerca de 90% de todo o petróleo exportado pela Petrobras, tendo registrado, em janeiro de 2023, o recorde histórico de operação de navios, com a marca de 51 atracações. Toda sua infraestrutura logística permite que distribua combustíveis de forma eficiente e segura, muito por conta de sua operação centralizada – e integrada – de navios, oleodutos, gasodutos e terminais. Essa integração e centralização possibilitam maior controle e agilidade, tornando a empresa em uma referência no setor. A Transpetro adota rigorosos padrões de segurança, e investe em tecnologias e boas práticas, para minimizar os impactos ambientais de suas atividades. O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, afirmou que a empresa retomará os investimentos direcionados à contratação de novos navios. Ao comemorar seus 25 anos, a empresa celebrou, com a presença do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e dos diretores Claudio Schlosser e William França da Silva – de Logística, Comercialização & Mercados e Processos Industriais & Produtos, respectivamente – a bordo do navio Carlos Drummond de Andrade, atracado no píer da empresa, e a no Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (Tebig). Bacci afirmou que, para tornar a indústria mais forte, é necessária uma política de estado de longo prazo, que inclui linhas de créditos acessíveis, regras adequadas de conteúdo local, e encomendas públicas e privadas perenes. “Estamos desenvolvendo, em conjunto com a Petrobras, o programa TP 25, que prevê a contratação de pelo menos 25 embarcações para cabotagem, apoiando dessa forma a geração de encomendas de médio e longo prazo, no Brasil. É um dia de celebração, de lembrar toda a trajetória da Transpetro em terra e no mar. A Transpetro é responsável por garantir que as pessoas se locomovam. A empresa não será privatizada e não vamos vender mais nenhum ativo. O futuro da Transpetro continuará ligado ao desenvolvimento do país, e voltaremos a investir fortemente”, declarou Bacci.

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Transpetro 25 anos “Os 25 anos da Transpetro marcam um momento significativo em nossa história corporativa. Sob a liderança da nova administração, redirecionamos com sucesso a empresa para um caminho de crescimento sustentável, e agora contemplamos um horizonte próspero, em colaboração com o desenvolvimento de nosso país. Somos a maior empresa de logística de petróleo, derivados e biocombustíveis da América Latina, e estamos prontos para atender às necessidades do Brasil e demais países, com ousadia e agilidade. Neste caminho, temos identificado e capitalizado novas oportunidades de negócios, e avançando em estudos para ampliar a nossa frota, que terá como prioridade atender nossa holding, a Petrobras, e desempenhar um papel estratégico no modal marítimo. Em outra frente, estamos reestabelecendo um diálogo pleno com nossa força de trabalho, com visitas às nossas unidades, reforçando nosso compromisso com nossos colaboradores. Com o comprometimento de nossa administração e de nossa dedicada força de trabalho, esse empenho será o alicerce para construir um futuro promissor para nossa empresa.

A empresa hoje é mais que apenas uma frota... a missão da Transpetro A Transpetro é uma empresa líder, que se destaca na prestação de serviços de logística integrada para a indústria de petróleo, gás e biocombustíveis, tanto no mercado nacional quanto internacional. Somos a maior companhia de logística multimodal da América Latina, com um papel estratégico e fundamental na economia brasileira, respondendo pelo transporte da maior parte do petróleo produzido no país. Operamos com excelência em ativos de primeira classe, priorizando a competitividade e a confiabilidade. Nossa visão vai além do transporte eficiente de recursos energéticos. Buscamos constantemente maneiras de inovar e melhorar nossos processos, alinhando-nos com as crescentes demandas por sustentabilidade e responsabilidade socioambiental. Somos movidos pela missão de contribuir para um futuro energético mais limpo e eficiente para o país e todo planeta.

Investimentos previstos Somos o braço logístico da Petrobras e, portanto, nossos investimentos estão conectados à estratégia da controladora, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento do país. A Transpetro foi recolocada na rota de crescimento dos seus negócios e, agora, vislumbra um horizonte saudável e de apoio ao desenvolvimento do país. Com esta visão, estamos desenvolvendo, em conjunto com a Petrobras, o programa TP 25, que prevê a contratação de pelo menos 25 embarcações para cabotagem, 64

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apoiando dessa forma a geração de encomendas de médio e longo prazo no Brasil, com geração de emprego e renda para os brasileiros. Pretendemos lançar, em janeiro de 2024, o edital para contratação dos navios. Estamos lidando com prazos bastante desafiadores, mas toda a equipe está empenhada em acelerar ao máximo, seguindo todos os cuidados necessários, para implementar esse programa, o mais breve possível. A Transpetro está investindo para crescer e se fortalecer. Hoje, prestamos serviços para mais de 180 clientes, entre distribuidoras, indústria petroquímica e demais empresas do setor de óleo e gás, mas estamos buscando novas operações, no Brasil e em outros países. Recentemente, iniciamos tratativas com o Suriname, para estabelecer uma parceria que prevê o fornecimento de serviços logísticos para aquele país. Da mesma forma, estamos planejando iniciar conversações com outros países que exploram petróleo e carecem da experiência em logística para a distribuição desse recurso, que já está sendo exportado, com eficiência logística implementada.

Cenários de futuro para a Transpetro e o mercado A Transpetro, como uma das principais empresas de transporte de petróleo, derivados e biocombustíveis, enfrenta cenários desafiadores e promissores para o futuro, em sintonia com as transformações globais no setor de energia. Por um lado, a crescente demanda por energia impulsiona a necessidade de transporte eficiente de petróleo e derivados, com o Brasil desempenhando um papel fundamental na produção e exportação desses recursos. A Transpetro continuará desempenhando seu papel essencial, como provedora de soluções logísticas integradas, pronta a atender às demandas do mercado. Também buscará a manutenção de sua liderança na América Latina, com ampliação para novos mercados internacionais. Por outro lado, a transição energética rumo a fontes renováveis de energia é um imperativo global. A empresa está diante do desafio de se adaptar a esse novo cenário, explorando oportunidades em energias limpas e sustentáveis. Isso envolve investimentos em tecnologias de transporte mais eficientes e ambientalmente amigáveis, bem como a dinamização de nossas operações para acomodar novas formas de energia. Nos próximos 25 anos, a Transpetro se transformará em uma empresa totalmente alinhada com um mundo mais sustentável. Seremos reconhecidos por nossa participação ativa nas comunidades e seremos fonte de orgulho para nossa equipe. Continuaremos a perseguir nosso principal objetivo de negócios: ir aonde o Brasil precisar!” Fotos Transpetro, Petrobras, Arquivo


Matéria de Capa

Vitor Padua

2007.

16 anos atrás. Um jovem de 19 anos ingressava na Petrobras. Já no curso de formação, muito se falava da nova fronteira exploratória: O Pré-sal, que teve seu 1º poço perfurado no ano anterior. Sem dar muita atenção ao fato relevante, iniciei minha jornada na P-53, na Bacia de Campos - que na época era responsável por 85% da produção nacional. Na época imaturo, inexperiente, a Bacia de Campos me deu toda a base para a formação do profissional que sou hoje. Depois de 10 anos de empresa, a migração foi natural, da Bacia de Campos para a Bacia de Santos. Iniciava em 2017 minha jornada na P-69, no Pré-sal da Bacia de Santos. Participar do 1º óleo de um FPSO é uma experiência sem precedentes. Trabalhei por 6 anos no 1º e maior campo produtor do Pré-sal: Campo de Lula. Aquele mesmo campo que ouvi dizer em 2007. Como eu sempre digo: “Empresa de petróleo: Siga o caminho do óleo”. Iniciei então a 2ª grande migração da minha carreira. Hoje estou trabalhando na obra da P-79, plataforma do Campo de Búzios,

um gigante da companhia. O Brasil hoje produz mais petróleo que o Irã, Kuwait e EAU. Com o avanço da exploração do campo de Búzios, em 2025 passará a China e em 2027 passará o Iraque. Olhando para o passado, vejo como foi importante olhar para o futuro. Hoje o Pré-sal da Bacia de Santos representa 75% da produção nacional. Eu não consigo imaginar o que seria do Brasil hoje, sem o Pré-sal. Petrobras completa 70 anos forte. A força da Petrobras está na sua força de trabalho e principalmente no seu olhar para o futuro. Quando vejo as notícias sobre energia eólica offshore, margem equatorial, biocombustíveis, eu vejo de forma clara a importância desses temas para o futuro da companhia e do Brasil. Hoje enxergo a margem equatorial, da forma diferente que enxergava o Pré-sal 16 anos atrás. Se a Petrobras diz que esse é o futuro. Eu digo: É o futuro. Nossa jovem senhora só completou 70 anos, porque no passado, olhou para o futuro.

Vitor Padua, Técnico de Operação FPSO P-79 no 393

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ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis– foi criada pela Lei do Petróleo, nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, como entidade que integra a Administração Federal indireta, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, e submetida a regime autárquico especial, mas iniciou suas atividades em 1998, exercendo a função de regular a indústria do petróleo e do gás natural, posteriormente ampliada para regular os biocombustíveis (Lei nº 12.490, de 16 de setembro de 2011). A Agência deve promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, porém, desde então, suas competências foram ampliadas, por meio de outros dispositivos legais. Além de atribuições quanto à regulação do biodiesel – introduzidas em 2005, por meio da Lei nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005 –, no período de 2009 a 2011, a Lei do Petróleo foi alterada, para atribuir competências relativas ao gás natural (Lei nº 11.909, de 4 de março de 2009, revogada pela Lei nº 14.134, de 8 de abril de 2021), ao marco legal da exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos (Lei nº 12.276, de 30 de junho de 2010, Lei nº 12.304, de 2 de agosto de 2010, Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010), e aos biocombustíveis (Lei nº 12.490, de 16 de setembro de 2011). A Agência tem atuação do poço ao posto: regula aproximadamente 137 mil empresas em atividades, desde a prospecção de petróleo e gás natural nas bacias sedimentares do Brasil, até os procedimentos para assegurar a qualidade os combustíveis vendidos ao consumidor final. E essa atividade de regulação implica, necessariamente, na constante fiscalização.

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Transição e integração energética: contribuições e desafios da ANP em seus 25 anos

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transição energética para uma economia de baixo carbono nos chama a repensar a forma de como se dará a produção de combustíveis, assim como seu consumo. O desafio é produzir mais energia, com um menor nível de emissões. Contudo, essa transição tem de ser feita com responsabilidade. Não podemos perder de vista o interesse da cidadã e do cidadão, de ter acesso à energia de forma justa, inclusiva e segura. Temos de levar em conta a segurança energética. A ANP completa 25 anos, em 2023. Ao longo desse tempo, tem sido responsável, por atribuição legal, por implementar a política nacional de petróleo e gás natural, com ênfase na garantia da qualidade e oferta de combustíveis ao consumidor brasileiro. Ou seja, proteger o consumidor brasileiro está no DNA da Agência. Nesse contexto, o que se deseja não é uma ruptura, e sim uma transição justa e integrada, com especial atenção à segurança energética. Porque não podemos correr o risco de repetir modelos anteriores, em que avançamos na tecnologia, mas as pessoas ficam para trás. É por isso que gosto do termo “integração energética”, ou até mesmo diversidade energética. É inegável que, para atingirmos esse objetivo de uma transição justa, os combustíveis fósseis ainda terão um papel importante, nas próximas décadas. Não há como interrompermos o uso de combustíveis fósseis, pois, não temos oferta suficiente de fontes limpas para atender à demanda mundial de energia. Assim, o objetivo é que essas fontes não renováveis sejam integradas às renováveis, até que possamos efetivamente alcançar uma economia de baixo carbono. Mas, para que isso aconteça, é preciso investir em tecnologias, para não só ampliarmos a oferta dessas novas fontes, como para que elas sejam acessíveis a toda a população. Hoje, o Brasil já tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 47,4% de fontes renováveis, segundo o Balanço Energético Nacional 2023, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Mas é possível avançar mais. No âmbito da ANP, temos diversas medidas para tornar essa situação uma realidade. Uma

delas é a Cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), presente nos contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural. Essa cláusula, que completou 25 anos de existência em 2023, prevê a aplicação de um percentual da receita bruta dos campos com grande produção ou grande rentabilidade em PD&I e é, hoje, uma grande financiadora da pesquisa no país. As obrigações de investimento geradas pela cláusula somaram, até 2022, R$ 26,25 bilhões, sendo que, no ano de 2022, alcançaram o marco de R$ 4,4 bilhões. Cabe à ANP analisar, aprovar, acompanhar e fiscalizar a aplicação desses recursos. PD&I como impulsionador da transição energética Em 2021, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou uma resolução (nº 2/2021), orientando a ANP a priorizar a destinação dos recursos de PD&I a temas ligados à transição energética. A inclusão desses temas, explicitamente, na regulação da ANP, em 2022, trouxe maior segurança jurídica para as empresas investirem em projetos com esses objetivos. Mas, mesmo antes, esses recursos já estavam sendo utilizados para financiar projetos relacionados a essas temáticas. Para se ter uma ideia, entre 2018 e 2022, foram contratados 433 projetos, financiados por recursos da Cláusula de PD&I, totalizando R$ 1,7 bilhão, sobre assuntos como energia solar, hidrogênio, energia eólica, captura e armazenagem de carbono, modelagem e prevenção de impactos ambientais. Ou seja, as empresas estão investindo parte dos lucros obtidos com a exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil para desenvolver e apoiar tecnologias verdes, descarbonização, eficiência energética, e redução de impactos ambientais. Isso significa que a renda do setor de petróleo e gás natural está contribuindo para a transição energética. Desse modo, acredito que, assim como a ANP, o setor de petróleo e gás também está intrinsecamente conectado à transição energética. Não é à toa que empresas do setor se têm reposicionado, no sentido de se apresentarem como empresas de energia, ampliando o seu portfólio de investimentos.

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Matéria de Capa Gás natural como combustível da transição Outro ponto importante nesse contexto é o papel do gás natural como recurso chave do processo de transição justa. Ele é energética e ambientalmente mais competitivo do que qualquer outro combustível fóssil. Mas, para que possamos utilizar todo o seu potencial, é preciso ter o gás em condições competitivas e, portanto, atrativo para o mercado. Na ANP, temos implantado uma série de medidas para a consolidação de um mercado aberto, dinâmico e competitivo. Avanços relevantes nesse sentido já são evidenciados. Por exemplo, temos visto, principalmente na Região Nordeste, o aumento da participação de vendedores independentes (não Petrobras) no mercado, resultando na redução de preços. Além disso, o número de contratos de compra de venda de gás natural tem obtido crescimentos significativos, bem como o número de empresas efetuando carregamento de gás na rede integrada. Desse modo, podemos afirmar que a transição energética não conflita com o setor de óleo e gás. Pelo contrário, é uma grande direcionadora do futuro desse setor. Como já mencionei, acredito que o termo chave para esse processo é integração. Por que não integrar a exploração e produção com eólicas offshore? Por que não utilizar placas solares em vez de diesel? Por que não incentivar mais o gás natural como combustível da transição?

A importância dos biocombustíveis Além do setor de óleo e gás, temos, na ANP, outra frente muito importante, relacionada à transição energética: os biocombustíveis. Graças a eles, hoje temos uma das matrizes veiculares mais limpas do mundo, com quase 30% de biocombustíveis. Segundo o BP Statistical Review 2022, o Brasil é o segundo maior produtor e consumidor de biocombustíveis do mundo. A ANP é responsável por especificar a qualidade dos biocombustíveis, incluindo novos produtos. É o caso, por exemplo, do diesel verde e dos combustíveis de aviação alternativos, entre eles, o combustível sustentável de aviação (SAF), já regulados pela Agência. Temos ainda o papel de garantir, por meio de nossa área de fiscalização, que a proporção de biodiesel no diesel, e de etanol anidro, na gasolina, hoje respectivamente de 12% e 27%, esteja sendo respeitada pelos distribuidores e revendedores de combustíveis. A ANP é também parte importante do RenovaBio, a Política Nacional de Biocombustíveis, sendo responsável por sua operacionalização. Um de seus principais instrumentos é o estabelecimento de metas anuais de descarbonização para o setor de combustíveis. Cabe à ANP determinar e fiscalizar o cumprimento das metas individuais dos distribuidores, con68

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forme suas participações no mercado de combustíveis fósseis, e certificar o processo produtivo de biocombustíveis, com base nos respectivos níveis de eficiência energético-ambiental alcançados em relação a suas emissões. A comprovação do cumprimento das metas pelas distribuidoras é feita por meio da compra e aposentadoria de Créditos de Descarbonização (CBIO). Atualmente, já passamos de 100 milhões de CBIO emitidos, desde a sua primeira emissão, ocorrida em janeiro de 2020. Isso significa que, desde então, foi evitada a emissão de mais de 100 milhões de toneladas de CO2 equivalente para a atmosfera.

Perspectivas futuras Além desses trabalhos em andamento, temos algumas perspectivas para o futuro. Refiro-me, em especial, ao Projeto de Lei do Programa Combustível do Futuro, enviado recentemente pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. Caso o projeto seja aprovado e resulte em lei, caberá à ANP autorizar as atividades de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono, bem como regular e fiscalizar a produção e distribuição de combustíveis sintéticos. Também está no horizonte a regulamentação do hidrogênio como vetor energético, remetendo à ANP competência de regulação desse tema. Hoje, a Agência já participa ativamente do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2) e do Projeto H2Brasil. Com tantas frentes de atuação, sabemos que os desafios da ANP, relacionados à transição energética, não são nem serão poucos. Contudo, acredito que estamos à altura desse importante trabalho, que, em última análise, tem como objetivo continuar contribuindo para que nossa matriz energética seja cada vez mais limpa, sem deixar de garantir o acesso à energia por toda a população. Acredito que não há uma solução única, no mundo, para a descarbonização. Cada país buscará sua vocação. E, no caso do Brasil, tenho certeza de que estamos no caminho certo. Dra. Symone Araújo – diretora da ANP, desde novembro de 2020, sendo responsável pela Superintendência de Desenvolvimento e Produção (SDP), Núcleo de Fiscalização da Medição da Produção de Petróleo e Gás Natural (NFP), Superintendência de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos (SBQ), tendo vinculado o Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas (CPT), e Superintendência de Fiscalização do Abastecimento (SFI), e pelos Núcleos Regionais de Fiscalização do Abastecimento. Desde 2004, Symone Araújo é integrante da carreira de especialista em políticas públicas e gestão governamental no Ministério de Minas e Energia, onde, em 2009, assumiu a diretoria do Departamento de Gás Natural. Ao longo de sua carreira, também atuou nos Conselhos Fiscais da Petrobras, da Pré-Sal Petróleo S.A.(PPSA) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Ela iniciou como técnica de nível superior na Delegacia do Ministério da Educação em Sergipe, e depois na Fundação Universidade Federal de Sergipe. Foi professora em cursos de graduação e pós-graduação.

no 393 Divulgação ANP / Marcus Almeida


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Djalma Valdemir Bordignon

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Petrobrás foi criada a sete décadas no Governo do então Presidente Getúlio Vargas, empresa privada detentora do monopólio, mas buscou sempre ser autossuficiente na exploração, produção, refino de petróleo e a distribuição de combustíveis no Brasil. Depois vieram os demais, não menos importantes e necessárias como o CEMPES, o COPPE, a TRANSPETRO, os Polos Petroquímicos, a ANP

e a imprensa destes Segmentos como a revista Petro & Quimica. Me incluo neste rol de profissionais que há mais de 40 anos vêm trabalhando neste segmento e sempre aprimorando os conhecimentos com os demais colaboradores das empresas citadas acima, onde nesta data tão importante poderia deixar de estar presente e participar desta comemoração de aniversário das empresas, mesmo através de uma simples mensagem parabenizan-

do a PETROBRAS pelos seus 70 anos, de glorias e no gigantismo que hoje se encontra e as demais que vieram para completar a cadeia deste segmento, tão importante para o desenvolvimento tecnológico do Brasil.

Djalma Valdemir Bordignon Diretor da SUPPORT SOLUTION Desenvolvimento de Novos Mercados IBV Válvulas e Equipamentos Presidente da CSVI da Abimaq

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“Parabéns pelo 45º aniversário, completado num ano especial, em que diferentes empresas e instituições do setor também celebram datas marcantes. A construção de uma indústria brasileira de petróleo, de gás natural, de refino e de petroquímica robusta e exitosa, só foi possível com a contribuição de empreendedores, técnicos, governos, reguladores, financiadores e mídia. Vocês têm motivos para estar orgulhosos da trajetória percorrida.”

Decio Oddone Fotos: Jefferson Rudy/Agência Senado – Enauta

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No lugar certo

Antes das votações, em maio de 2006, que aprovaram seu nome para integrar a diretoria da ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Nelson Narciso Filho defendeu que, por responsabilidade cívica, o Brasil deveria reduzir a crescente dependência brasileira em relação ao gás natural importado. comecei a trabalhar como estagiário em 1976, fabricação de peças para a Petrobras, e de alguma forma acompanhei o desenvolvimento do setor. Nos anos finais dos anos 70. Eu já trabalhava como engenheiro de solda na fabricação das plataformas. Depois da descoberta da Bacia de Campos trabalhei na construção e montagem das jaquetas e módulos para as plataformas de Enchova, de garoupa, Vermelho, Nos anos 1980, a Petrobras começou a produção em águas rasas e fui trabalhar em uma empresa de equipamentos de perfuração, completação e produção então acompanhei a fase de crescimento de águas rasas para cada vez mais profundas... Na época o recorde de instalação de árvores de natal era entre 200 e 300 e foi enriquecedor acompanhar o processo de pesquisa e desenvolvimento para avançar nesse nicho. Foi quando a Petrobras começou, através do Cenpes, um processo muito interessante que se chamava Procap -

Programa de Capacitação, que teve três edições (Procap 1000, Procap 2000 e Procap 3000). O objetivo desse programa era capacitar tecnologicamente a Petrobras, os fornecedores nacionais de equipamentos e serviços, as empresas internacionais com plantas no Brasil e as instituições de pesquisa, para desenvolver equipamentos e sistemas de produção em águas profundas. Eu era como um meio de campo entre o Cenpes, as unidades operacionais da Petrobras e os técnicos da Hughes e Vetco Gray que vinham de fora, acompanhando as trocas de informações entre o Cenpes aqui e o centro de pesquisa de Houston. Vivenciamos os processos de certificações e qualificações que precisavam ser perfeitos para os desenvolvimentos de tecnologias para águas profundas e ultra profundas onde vivenciamos o processo de desenvolvimento de cabeças de poço especiais e, de uma forma pontual, estivemos em diversas ações do setor que envolviam nosso centro de pesquisa, o centro de pesquisa de Petrobras e a área operacional de Macaé. Trabalhamos muito no processo de certificação para os equipamentos e sistemas hidráulicos e árvores de natal, em suas diferentes versões como diverless, diverassisted, depois guidelineless, até as árvores horizontes

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Matéria de Capa de última geração . No início de dos anos 1990, a ABB, maior empresa fornecimento de equipamentos de energia elétrica, adquiriu a Vetco Gray, a Offshore System e a Lummus Global que à época eram os líderes em suas áreas de atuação e formou ABB Oil, Gas and Petrochemical. Após seis anos como Country Manager da ABB Vetco Gray em São Paulo, fui convidado a trabalhar e estabelecer a ABB em Angola, onde fiquei por mais seis anos. Experiencia riquíssima tanto no aspecto profissional quanto no pessoal. E então, em 2006, trabalhando na Hallibourton Angola, mesmo não tendo nenhuma conexão ou interesse em partidos políticos, fui contactado pelo gabinete da então Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para fazer parte do processo de seleção de Diretor para a Agencia Nacional do Petróleo. Fui entrevistado pela Ministra em maio de 2006, que após uma hora de conversa comentou “que havia ficado impressionada com a credibilidade que eu tinha na “companhia” e completou dizendo: “Agora que te conheci, Quero te convidar a servir o seu país”. Vi no chamado a possibilidade de contribuir com minha experiência profissional para o aperfeiçoamento da regulação de um setor, em que tinha atuado por mais de 30 anos, e para o desempenho dessa autarquia, nascida em ambiente com predomínio acadêmico. Assumi tendo como desafio trazer para a ANP minha vivência na indústria, no setor privado, onde imperam a racionalidade dos custos e o pragmatismo dos resultados. Encontrei uma instituição que superou minhas expectativas, com gente extremamente séria, preparada e disposta, que adequadamente estimulada saberia cumprir com grandeza sua missão. A minha passagem pela ANP representou uma nova e importante etapa numa trajetória marcada pela crescente proximidade com a indústria do petróleo. Na Agência pude trabalhar com grande diversidade de conhecimentos, supervisionando as unidades responsáveis por Exploração, Desenvolvimento e Produção, Controle das Participações Governamentais, Conteúdo Local, Comercialização e Movimentação de Petróleo e Gás Natural (Gás), Processamento e Refino, Gestão de Dados Técnicos, Promoção das Licitações, Definição de Blocos, Defesa da Concorrência, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e Núcleo de Informática. Por onde passei, prestigiei e fortaleci os servidores da ANP. Busquei a integração organizacional, a criação de procedimentos e o respeito aos compromissos com a gestão profissional. Foram quatro anos de muito trabalho, de um esforço de colaboração no sentido verdadeiro da expressão. Eu não entrei na ANP para fazer carreira ou política e era considerado um diretor independente. Fizemos um trabalho 72

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muito profissional trabalhando com os concursados da casa – que tinham uma capacidade de absorção de conhecimento extraordinária e não desperdiçaram o programa de capacitação que a ANP desenvolveu e lhes ofereceu. Vivenciamos o processo de revisão de regulações, a descoberta do Pré-sal, a regulamentação das leis do setor, as dúvidas sobre se as rodadas iriam ou não acontecer... foi um processo muito rico em aprendizado. A marca forte desse período foi a interação, o respeito mútuo, a busca do espírito de corpo no seu sentido mais nobre. Formamos um time, voltado para a consolidação de uma Agência ágil, eficiente e servidora dos interesses do Brasil. Um time ao qual agradeço a oportunidade de ter participado das realizações. Depois da ANP, voltei para a África, desta feita para a Namíbia, como presidente da HRT África, uma empresa brasileira, que à época tinha dois blocos exploratórios. Deixei a empresa em 2012, devidamente registrada e estabelecida na Namíbia e preparada para iniciar a campanha de perfuração e agora, com 12 blocos exploratórios. Depois, em 2012, criei a NNF Consultoria em Energia, resultado de toda essa experiência para aproveitar esse conhecimento para assessorar empresas a desenvolver oportunidades, capacitações e todos os processos regulatórios do setor de petróleo e gás. Somos uma empresa de nicho focada em assessorar o processo de tomada de decisão de agentes privados e órgãos governamentais, com o objetivo de identificar oportunidades e desenvolver novos negócios. Hoje temos projetos com Angola, Moçambique, Namíbia... e levamos muito tempo para furar a bolha de reserva das grandes consultorias. Em Angola, vencemos um projeto para a elaboração de regulamentos de desenvolvimento e produção para a ANPG, o que nos rendeu um contrato de três anos – ainda em desenvolvimento. Estamos treinando muita gente em Angola, inclusive em parceria com o IBP, com ementas desenhadas especificamente para atender as necessidades dos angolanos. É um trabalho no qual percebemos como os angolanos evoluíram nos aspectos de regulação. Em Moçambique vencemos uma licitação muito arrojada para implementação política de desenvolvimento industrial para conteúdo local. Temos bons parceiros e bons consultores e nossos clientes parecem muito satisfeitos. Na Namíbia, estamos assessorando o regulador da indústria. Quanto a pergunta recorrente de como foi essa caminhada, tendo poucos negros à época e ainda hoje na indústria, pessoalmente, fico muito satisfeito de ver que hoje já se levantam questões de forma aberta e objetiva – sendo até elemento de medição de desenvolvimento de metas ESG. No meu tempo de profissional, não tínhamos nada disso, zero, e ainda se fa-


Matéria de Capa zia uma série de piadas de negros que hoje não são admitidas. Eu sempre me impus em relação a isso. Era suficiente? Não, mas a questão do racismo – que é mesmo estrutural - precisava e precisa ser enfrentada, ele corre nas veias da sociedade. Mas lá atrás, não existia nenhuma preocupação em criar e dar oportunidade para os negros. E o pessoal me pergunta “Nelson, como você conseguiu?” Eu mesmo não sei essa resposta concisa. O que eu sei é que eu sempre entreguei, correspondi. O que não quer dizer que outros não tenham entregue e correspondido. Outros não tiveram a oportunidade de estar na hora e local em determinados momentos. Mas existem negros muito bons no setor para quem simplesmente não é dada a oportunidade. As pessoas me dizem que não acham negros para preencher as vagas. E eu respondo “claro! Vocês querem que um jovem que mal teve alimentação e que trabalha de dia e faz faculdade à noite fale inglês, tenha cultura geral, tenha experiência e relacionamentos... Vocês precisam pegar essa pessoa e dar a ela oportunidades e treinamentos, pois elas certamente responderão as expectativas. A favela está cheia de jovens inteligentes com potencial inato de liderança que não sabem o que é uma empresa, mas já estão cooptados desde pequenos pelo tráfico. Eu era um desses jovens, mas eu tive suporte de pai e mãe. Não tenho mais amigos de infância, porque eles já se foram muitos jovens, antes de completarem os 18 anos. As empresas não têm falta de negros – eles estão no chão de fábrica, nos serviços de limpeza e mesmo

engenheiros, analistas e escriturários, muitas vezes carregando o departamento nas costas, mas não têm a oportunidade de crescer. O pessoal de RH quer negros que estudaram na UFRJ, na USP, nas grandes e conhecidas instituições, com inglês fluente e MBAs... Eu mesmo trabalhava de dia e estudava à noite, mas a minha história não importa; importa o que se pode fazer para mudar a vida de outros negros. É ótimo que exista um processo de tomada de consciência agora, mas ele sozinho não é o suficiente para esticar essa corda. É preciso admitir que o racismo estrutural existe e que queremos derrubá-lo. Sem sensacionalismo, é lógico que foi difícil. Nessa caminhada, teve muita gente que queria atrapalhar, mas não se deve bola para elas, mas sim para o fato que tive oportunidade de encontrar pessoas no mundo profissional que viram em mim potenciais e foram mentores que elogiaram, ensinaram, deram broncas, conselhos, deram direção e deram ferramentas para seguir a diante – e essa mentoria que eu recebi, hoje eu passo a outros jovens e falo, vão pra cima, façam o que pode ser feito porque vocês podem fazer a diferença. Nada do que foi relatado aqui seria possível não fosse a grande sorte lotérica de ter sempre ao meu lado e muitas vezes bem à frente, a minha querida esposa Vania Narciso, minha mulher e companheira de toda a vida. Sua solidariedade permanente e apoio incondicional tornaram tudo possível. A Vania e meus filhos Thais e Thiago foram os verdadeiros estandartes de todo esse processo.

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Matéria de Capa

O setor químico no Brasil e a evolução do Polo Petroquímico do Grande ABC

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setor químico no Brasil, uma potência industrial de destaque, desempenha um papel vital na economia do país, representando aproximadamente 11% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial nacional e ocupando a sexta posição global em relevância. O setor gera cerca de 37.000 empregos diretos e indiretos no país e alcança um notável faturamento bruto de aproximadamente R$ 50 bilhões anualmente. O Polo Petroquímico do Grande ABC, localizado na região da Grande São Paulo, foi o pioneiro no cenário nacional. Inicialmente conhecido como Polo Petroquímico de Capuava, sua criação foi uma colaboração virtuosa entre o capital privado do Grupo União, o governo e investidores estrangeiros, reunidos em um modelo que ficou conhecido como “Tripartite”. A

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presença estatal foi representada pela Petroquisa, uma subsidiária da Petrobras focada no setor petroquímico. O Polo iniciou suas operações em 1972, oferecendo ao mercado uma vasta gama de produtos petroquímicos básicos, intermediários e resinas termoplásticas, incluindo polietileno e polipropileno. Utiliza matérias-primas como nafta e gás, bem como diversos outros insumos, para atender a diferentes setores da economia, incluindo os segmentos de cosméticos, farmacêutico, tintas e vernizes, defensivos agrícolas, alimentos, produtos de limpeza, borrachas e fertilizantes.

O desafio da governança no aniversário de 50 Anos Ao celebrar seu 50º aniversário em 2022, marcando meio século de contribuição para a indústria química brasileira, o Polo Petroquímico do Grande ABC passou a adotar modelos de governança inspirados nos padrões europeus do setor químico. Francisco Ruiz, gerente-executivo do COFIP ABC (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC), enfatizou que essa reorganização visa garantir a perenidade das indústrias de primeira e segunda gerações do Polo, que desempenham um papel fundamental no suporte a centenas de empresas do setor em todo o Brasil.

Desafios e o papel do poder público Embora seja de extrema importân-


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cia, o Polo Petroquímico do Grande ABC não é um complexo industrial integrado espacialmente de forma planejada, como outros complexos petroquímicos no Brasil e no mundo. Isso tem tornado desafiador o seu desenvolvimento com base em políticas públicas, tanto em nível municipal quanto estadual. A perenidade do Polo depende do reconhecimento por parte do Poder Público do território ocupado como área de interesse para o desenvolvimento industrial. “O reconhecimento institucional permitirá delimitar a zona de interesse e fomentar políticas públicas de interesse coletivo, sendo essencial para garantir mais competitividade às empresas e a continuidade de programas e projetos de interesse comunitário,

independente das mudanças naturais de gestores e agentes públicos, sendo políticas de Estado e não de Governo, conta Ruiz. Como resposta a esse desafio, o COFIP ABC e as prefeituras de Mauá e Santo André assinaram um decreto que delimita a área do Polo como um complexo de indústrias e empresas do setor químico, petroquímico e engarrafamento de GLP (gás liquefeito de petróleo). O decreto também estabelece o Comitê Gestor de Governança do Polo, com a participação equitativa da sociedade civil, da iniciativa privada e do poder público. Este comitê terá como missão apoiar os órgãos competentes no desenvolvimento de políticas de zoneamento urbano, elaborar estudos e diretrizes, planejar e implemen-

tar ações para melhorar a qualidade de vida da comunidade local e reduzir riscos. Essas missões abrangem planos de contingência, apoio à implantação de NUPDECs (Núcleos de Prevenção e Defesa Civil), treinamentos de evacuação da comunidade, instalação de pontos de encontro e uso de brigadas de emergência, além de programas sociais e outras iniciativas. No contexto do Polo Petroquímico do Grande ABC, é determinante considerar a integração de novas empresas no conjunto de resposta a emergências. Atualmente, a delimitação da área de interesse é baseada no tempo máximo de resposta a chamados. Em 2021, o faturamento bruto do Polo do Grande ABC ultrapassou o patamar de R$ 10 bilhões, gerando mais

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Matéria de Capa Um compromisso de longa data A paixão de Francisco Ruiz pelo setor químico é uma história que se estende por mais de cinco décadas, em uma trajetória que levou-o a tornar-se parte vital deste setor. Essa relação teve início quando Ruiz ainda estava na escola e vislumbrou pela primeira vez a refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP). Atuando inicialmente como um funcionário da Petrobras, Ruiz mudou seu foco para a indústria petroquímica. O perfil visionário do então presidente do Grupo Ultra, Paulo Cunha, e as promessas de avanços tecnológicos da Oxiteno – hoje divisão de Óxidos e Derivados Integrados (IOD) da Indorama Ventures – o convenceram a dedicar sua carreira à promoção de segurança e inovação na indústria química, uma paixão que o acompanha até hoje. A primeira vez que Francisco Ruiz viu a refinaria Presidente Bernardes (Cubatão/SP) ainda estava no colégio – foi o início de uma paixão pelo setor, que dura há mais de cinco décadas. Na foto da esquerda, Ruiz em 1969, já funcionário da Petrobras, no topo da coluna N-10 de destilação de gasolina. Alguns anos depois, trocou a refinaria pela petroquímica: o perfil do então presidente do Grupo Ultra, Paulo Cunha, e as propostas tecnológicas da Oxiteno o cooptaram às ideias de segurança e inovação para sempre.

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Inovação e desafios tecnológicos Uma das ações mais notáveis realizadas no 50º aniversário do Polo foi a criação de um HUB de Inovação no Parque Tecnológico de Santo André. Neste espaço, as 17 empresas associadas ao COFIP ABC têm apresentado desafios tecnológicos em diversas áreas. De acordo com dados de dezembro de 2022, ao todo, 23 desses desafios já foram atendidos por empresas do ecossistema de inovação do Parque Tecnológico de Santo André, envolvendo 24 empresas participantes e a alocação de mais de R$13 milhões em fundos de fomento.

Polo Petroquímico de Triunfo/RS

á quem considere que a data de nascimento do Polo de Triunfo é 22 de novembro de 1982, com a partida das unidades operacionais; outros apontam a inauguração oficial, em 4 de fevereiro de 1983, e ainda há os que contam a partir da especificação do eteno e a condição de fornecimento da matériaprima, como o nascimento do complexo industrial. Em 1973, a CIENTEC – Fundação de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – fez estudo preliminar sobre a viabilidade da implantação de um terceiro complexo petroquímico no Brasil e, dois anos depois, o Conselho de Desenvolvimento Econômico decidiu pelo Rio Grande do Sul, e o município de Triunfo. Localizado às margens do rio Caí, o Polo iniciou produção comercial em 5 de dezembro de 1982. As obras da Central de Matérias-Primas do Polo Petroquímico – Copesul –, com capacidade de produção de até 450 mil toneladas ao ano de eteno, começaram em setembro de 1977. Em 1992, com o processo de desestatização, abertura econômica do país e reestruturação da indústria petroquímica 76

de 10 mil empregos – diretos e indiretos – e contribuindo com um significativo montante de R$ 3 bilhões em VAF (Valor Adicionado Fiscal). Isso tem um impacto substancial no desenvolvimento econômico da região, com uma cadeia de valor que abrange aproximadamente 1.300 micro, pequenas e médias empresas nas sete cidades sob sua influência.

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nacional, a Copesul foi leiloada, ficando seu controle dividido entre Odebrecht e Ipiranga; em 2007, a Braskem (ainda controlada pela Odebrecht) adquiriu 29,46% do capital da Ipiranga na Copesul. No mesmo ano, Petrobras, grupo Ultra e Braskem se uniram para adquirir ativos de combustíveis e petroquímicos da Ipiranga. Em 2010, o Polo se destacou com a partida da planta de eteno verde da Braskem que, em 2021, teve a capacidade de produção da planta ampliada para 260 mil toneladas ano, atendendo o crescimento da demanda por produtos sustentáveis. Hoje, as indústrias química, do plástico e da borracha do Rio Grande do Sul geram cerca de R$ 8 bi/a. Com capacidade de muito mais. Tanto que o Comitê de Fomento ao Polo de Triunfo – que gerencia os riscos e crises da área de influência desse complexo industrial petroquímico, que congrega fornecedores qualificados, comunidade capacitada por escolas técnicas e universidades, sistemas compartilhados de transporte de pessoal, e cinturão verde – está trabalhando para atrair empresas para os elos complementares através do projeto “Polo da Química do Rio Grande do Sul”.


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Polo de Camaçari diversifica

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om a entrada em operação da Refinaria Landulpho Alves, em 1950, seguida da Implantação do Centro Industrial de Aratu (CIA), dez anos depois, em 1972, foi criada a Copene – Companhia Petroquímica do Nordeste –, base do primeiro polo petroquímico brasileiro planejado, que entrou em operação em 29 de junho de 1978. Localizado no município de Camaçari, a 50 km de Salvador/BA, maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, o Polo de Camaçari tem mais de 90 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividades industriais – pneus, celulose solúvel, metalurgia do cobre, têxtil, fertilizantes, energia eólica, fármacos, bebidas e serviços.

O Comitê de Fomento Industrial de Camaçari – Cofic – representa essas empresas para coordenar atividades nas áreas de meio ambiente, segurança industrial e patrimonial, saúde ocupacional, relações com governos e comunidades vizinhas ao Complexo, comunicação social e desenvolvimento de novos empreendimentos. E, acompanhando as tendências e fluxos econômicos, o Polo de Camaçari também busca mais investimento – e o atrai, com a chegada de novos grupos internacionais, de olho em participar e engordar o faturamento anual desse complexo industrial, de cerca de US$ 15 bilhões, que contribui com R$ 1 bilhão/ano em ICMS para o Estado da Bahia. Fotos: Arquivo – Reprodução – Elekeiroz

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Refino em ascensão

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esde maio deste ano, a Petrobras vem identificando recordes sucessivos de atingimento de capacidade das refinarias tanto que atingiram o patamar de 97% de utilização pelo segundo mês consecutivo em setembro. Assim, o Fator de Utilização Total (FUT) das refinarias no terceiro trimestre de 2023 alcançou o valor de 95,8%, melhor resultado desde 2014: como resultado, a produção de derivados pela estatal também bateu recorde

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entre julho e setembro deste ano. A produção de diesel S-10 (com menor teor de enxofre) chegou à marca de 464 mil barris/dia (mbpd), ante 419 mbpd produzidos no segundo trimestre de 2023. Somando todos os tipos de diesel, a Petrobras refinou 749 mbpd, maior produção trimestral desde o terceiro trimestre de 2015. Do mesmo modo, a produção de gasolina foi de 423 mbpd no trimestre, melhor resultado desde o quarto trimestre de 2013.

Outro destaque foi a produção de 741 mil toneladas de cimento asfáltico de petróleo (CAP), matéria-prima para a pavimentação de rodovias, sendo a maior produção deste derivado desde o quarto trimestre de 2014. A recordista foi a Replan - Refinaria de Paulínia, operando em setembro com 98,4% da sua capacidade total – que processou, ao longo do mês de setembro, uma média de 427 mil barris por dia, maior volume desde feve-


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reiro de 2015. A produção do diesel S10 atingiu 2,37 bilhões de litros e se destacaram a Refinarias Alberto Pasqualini (Refap), com 258 milhões de litros; Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), com 329 milhões de litros; da Refinaria Paulínia (Replan), 609 milhões de litros. “Os resultados são importantes para o amortecimento da volatilidade de preços do mercado externo. E a ampliação da produção de diesel S10 em

nossas refinarias contribui para a nossa estratégia comercial, que prevê a prática de preços competitivos de maneira rentável e sustentável” disse o diretor de Comercialização, Logística e Mercados, Claudio Schlosser, corroborado pelo diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, que afirmou que “a otimização dos processos está permitindo ampliar a produção nas unidades e a oferta de derivados no mercado nacional com

rentabilidade”. Trilhando um caminho em direção a um mercado de baixo carbono que possibilite uma transição energética justa para todos os brasileiros, a Petrobras produz agora uma nova geração de combustíveis, mais modernos e sustentáveis, como o diesel com conteúdo renovável ( Diesel R ) e o bioquerosene de aviação (BIOQAV), que podem ser produzidos a partir de uma mistura de óleo e óleo vegetal.

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A Petrobras possui e opera 10 refinarias no Brasil (Refinaria Abreu e Lima (Rnest), Complexo GasLub Itaboraí, Refinaria Capuava (Recapitulação), Refinaria Duque de Caxias (Reduc), Refinaria Alberto Pascoalini (Refap), Refinaria Gabriel Passos (Regap), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), Refinaria de Paulínia (Replan), Refinaria Henrique Lage (Revap)), com capacidade líquida to-

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tal de destilação de petróleo bruto de 1.851 milhões de barris de petróleo por dia (mbbl/d), incluindo o Complexo GasLub. A última refinaria a ser construída no Brasil foi a RNEST Refinaria Abreu e Lima, instalada em Ipojuca, no Complexo Industrial Portuário de Suape, Pernambuco, que, pelo projeto original deveria ser uma parceria com a PDVSA que arcaria com metade do orçamento e iria processar seu óleo pesado. Sua obra

iniciou em 2007, mas sofreu muitos atrasos, alterações de escopo e aumentos de custos. Foi inaugurada em 2014 com apenas um dos conjuntos operacionais e com restrições por estar incompleto. Em 29/06/2023, seguindo decisão do Conselho de Administração da própria companhia e em alinhamento ao Plano Estratégico 2023-2027, a Petrobras iniciou a contratação para retomada do segundo Trem da RNEST, cujas obras foram interrompidas em 2015.


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Marcia Cristina Andrade – Gerente Geral da Recap As estratégias de negócio da Petrobras visam contribuir efetivamente para um futuro próspero e sustentável. Para isso, estamos preparando nossas refinarias para assumirem um papel relevante em direção à transição energética, com investimentos em projetos que visam maior eficiência no consumo de energia e na descarbonização das nossas operações e produtos. Na expectativa de completar 70 anos de operação em 2024, a Recap está se preparando para o futuro. Atualmente é responsável pela comercialização de cerca de 30% do volume de combustíveis consumido na região da Grande São Paulo. Em seu portifólio de derivados, destacam-se gasolina e diesel de baixo teor de enxofre (S-10), aguarrás, propeno, gás liquefeito de petróleo (GLP) e solventes especiais. Comparando com as refinarias com porte semelhante no mundo, a Refinaria de Capuava se posiciona entre aquelas que exibem os melhores resultados de eficiência energética. Mas queremos ir além. Até 2026, investiremos cerca de R$ 625 milhões em projetos voltados para melhorar ainda mais a nossa eficiência, e com iniciativas para descarbonizar nossos derivados.

Rosangela Buzanelli, repre-

sentante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobras, afirma que os patamares recordes de utilização das refinarias apontam para uma importante mudança de cenário e “mostram um novo olhar estratégico” na condução da estatal. Felizmente, o novo projeto de país traça novos planos para a Petrobras: investir, fortalecer, modernizar e ampliar o parque de refino da empresa. E tudo isso é fundamental para atender as metas de eficiência energética e descarbonização, além de buscar a autossuficiência em combustíveis, tão vital para nossa economia e soberania energética”, disse Rosangela.

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Mochileiras

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Petrobras, juntamente com a W3haus, lançou a web série Mochileiras que vai mostrar, a cada novo episódio, um pouco da riqueza cultural e da pluralidade do país. As mochileiras-influenciadoras Ray Neon e Bela Reis conduzirão essa jornada, revelando histórias e curiosidades contadas por personagens de diferentes sotaques, vinculados à Petrobras ou aos inúmeros projetos sociais e ambientais patrocinados pela companhia. O episódio de estreia, já disponível no canal do Youtube da Petrobras, foi gravado na Bahia, onde essa história toda começou. Os episódios serão publicados a cada 15 dias no Youtube. “Queremos mostrar de forma leve e descontraída a nossa realidade operacional e o nosso compromisso de

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produzir energia para o país, e também apresentar um pouco do nosso retorno para a sociedade reconhecendo a riqueza e diversidade social, cultural, ambiental do Brasil”, ressaltou o gerente de Comunicação Digital da Petrobras, Gustavo Ferro. Segundo ele, o projeto integra uma série de ações da companhia com foco em seu reposicionamento de marca, valori-

zando sua identidade nacional. O projeto tem como foco dar voz a diferentes pessoas que, com suas trajetórias e histórias de vida, representam um pouco da diversidade e regionalismos que contribuem para a construção da reputação da Petrobras. A série passará por estados como Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Amazonas, destacando a grandeza da empresa líder no Brasil e no mundo em diversos segmentos e que está em busca de novas tecnologias, fontes de energia sustentáveis e de uma transição energética justa. Sobre a história do petróleo na Bahia, de Cid Teixeira: h t t p s : / / w w w. y o u t u b e . c o m / watch?v=uDwkD-cSuVQ


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Fluke parabeniza empresas de Óleo & Gás e reitera o seu compromisso em fornecer inovações para o setor

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Brasil é o quarto país com maior expansão de gás e petróleo projetada para os próximos três anos, segundo a Oil Change International. Tendo em vista este cenário, a Fluke reforça o seu compromisso de levar inovação a esta vertical, que registrou, em 2022, uma representatividade de mais de 18% nos negócios da companhia.

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Neste sentido, a Fluke, assim como grandes players do segmento, comemora o aniversário de 75 anos, em 2023. São anos de dedicação e parceria com as empresas de Óleo & Gás, entregando equipamentos de teste e medição pensados especialmente para o setor, o qual necessita de exatidão extrema. As soluções de calibração, por exemplo, são essenciais nas aplica-

ções de Óleo & Gás, atuando na área de Transferência de Custódia. Para se ter uma ideia do processo na prática, no momento de extração do petróleo no Pré-sal, dando sequência ao seu transporte para FPSO, é necessário bombeá-lo. Nesta etapa, são os instrumentos da Fluke que medem o controle de temperatura, pressão, qualidade e volume.

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Além disso, as ferramentas estão presentes em todo o processo de aquecimento desse combustível fóssil, o qual separa o petróleo do gás, havendo a possibilidade de ocorrer vazamentos perigosos, que são prontamente identificados pela Câmera de Imageamento Acústico da Fluke. As manutenções também são imprescindíveis no setor, sendo preciso garantir uma análise ter-

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mográfica acurada, com equipamentos de ponta. Por fim, a Fluke segue investindo em pessoas e desenvolvendo produtos específicos para este mercado, posicionando-se como um parceiro cada vez mais estratégico.

Por Marco Gonçalves, Gerente de Contas Estratégicas da Fluke


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Emerson

É uma alegria compartilhar um pouco da minha história com a Petrobras. Estou envolvida com a Petrobras desde 1991, quando comecei minha jornada no Rio de Janeiro. Desde então, trabalhar em parceria com a Petrobras tem sido uma aventura incrível. Lembro-me do meu primeiro grande projeto com a Petrobras, a plataforma P-25, quando eu era engenheira de aplicações de válvulas de controle. Foi uma experiência empolgante, e um marco no nosso relacionamento. Ao longo dos anos, nosso trabalho evoluiu, e hoje, como Diretora da Conta Petrobras na Emerson, tenho a honra de ser a líder de um dos clientes de grande relevância global na Emerson. O que mais me impressiona é a quantidade de pessoas incríveis que conheci nessa jornada. Perdi as contas, e cada uma delas contribuiu para o nosso sucesso e amadurecimento profissional. Hoje, o atendimento da Conta Petrobras continua marcado por desafios e colaboração. À medida que celebramos esse aniversário, olho para trás com gratidão pelo que conquistamos juntos e com entusiasmo pelo que o futuro reserva. Parabéns a toda a Petrobras pelos 70 anos, décadas de realizações e inovação.

Luciane Keller Coutinho Diretora Conta Petrobras Emerson Automation Solutions 86

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Trabalhar com a Petrobras é um aprendizado constante, sua abrangência e pioneirismo requerem uma complexidade desafiadora. Desafios estes que nos fazem reinventar, ter pensamento crítico e atitude, para inovar de forma a contribuir e propor soluções, para o desenvolvimento e êxito dos projetos. Hoje, um dos clientes de grande relevância em nossa organização, impacta a vida de milhões de pessoas, e fazer parte disto tudo é extremamente gratificante. Parabéns, Petrobras, pelo 70 anos de história, marcos e realizações!

Fabiana Melo Lider de Conta O&G Emerson Discrete Automation Group


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his t qu ória and da sil, x o o v decid onad um Presy a o a i Ce lioso u un s pe peq s tev uen e i np l i o r n tác es, apo d f ulo que io orça esen a equ ício d s v s, c i . e pe em ol no A e fic Hoje om m s aju mpr o lo vime de p jane e n a n , d i tria da n com uito aram sas, go d to te rofiss ro de c oc e o c l i o o s a . ban For am rgul forç enf mo s an noló onais 1989 o g ren P , sol cada necem po da ho, n o. tar etrob s, co ico n apai , uçõ s P o n o d o s r m t esa as, am s S im Br po es d V de calib etrol torna a fio o T s r tod Esta r e o s, e ans eP m t com etr antes calib calib rador gia p os u p sup e gia os qu jorna oq era tro e d s uím orga raçã ração es, ba ara i ma e ro pro e cr e nos a de ico niza o pa /ens nca nstr mpr b i sum . ai d e çõe ra qu funda ar em ince 35 an e n s n Pet os em as de enta sa div e c nela ment prego tivar os é ro os ç i a ea sa on set bras válv nstru ão in ersis co m a mot vad tinu tua ore u , e m d ora am m, ssas m ta cre ivo d s Q Tran las, e enta uspo len sce os gr se e çã uím spe in i cer Neste serv com s, gra andes tos b r, de imen ico tro úme o, p r s s e o i r ,Ó a cre s ag mom ços d rome ças a emp asile envo a gra leo outr s r i l s r e t as & con cime adec ento alta idos eles, esas ros. A ver t tidão Gá i e e n s ess struin to d ment de c quali com alcan aos grad cnol a e o o a e e ç as d p d l s c a em o um noss a c ebra ade. ofert mos rofis emo ç p s o a Q a s ã r e i f d o e o de u s u p jor sol se m nais nad e ven sas e turo aís e a pes , exp uçõ arc ham par brilh no soa ress ad o aa es ss e to a a q ino , do muit s ind nte e a em ue c mos s! os ano ústria prom presa ontrib nosso s q isso . Ju uiu s s sd i u ep n ros e aqu r para tos, para ne per i o ida se es Bra stamo o de tab sil, e re ele p s cer ara ali zaç am ões . na Petro & Química 87 no 393 no 393 Petro & Química 87

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Impulsionando inovação

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... o tempo passa....estou muito feliz por poder falar um pouco sobre a comemoração de aniversários de empresas e organizações que nos orgulham. Ver o sucesso de empresas brasileiras é o que nos motiva a acreditar em um país melhor, e ir sempre adiante. É ver o quanto o Brasileiro é capaz!! 70 anos de Petrobras!! A Petrobras é a maior empresa do Brasil, em termos de faturamento, e uma das maiores do mundo no setor de energia. Que orgulho!! Nestes meus quase 35 anos de experiência profissional na área de automação, vivi muitos momentos gratificantes em vários projetos com tecnologias digitais, fornecimentos, reuniões, treinamentos de equipes junto à Petrobras. Momentos

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que sempre me mostraram a grandeza desta empresa, com seu desafio tecnológico e de sua competência. Sem dúvida alguma, é a empresa que nos garante a segurança energética, e catalisa o desenvolvimento econômico. Falando especificamente de automação industrial, sempre esteve à frente do seu tempo, adotando as melhores tecnologias, em todas as etapas de seus processos, com o objetivo de obter resultados mais ágeis e precisos, reduzir tempo e custos nas atividades de exploração e produção, e garantir a segurança operacional e ambiental. Outro ponto fundamental a comentar é que a Petrobras impulsiona o mercado de automação industrial, quer seja com investimentos ou mesmo em setores petroquímicos, na indús-


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tria siderúrgica, química e outras. Tive também oportunidades, junto ao Cenpes, com testes e projetos com tecnologia Foundation Fieldbus. Ver o Cenpes comemorando 60 anos é um orgulho nacional. Ele é um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento, composto por profissionais altamente qualificados, e que o torna um dos maiores complexos de pesquisa aplicada à indústria de energia do mundo. Falando dos 25 anos da Transpetro, outro orgulho nacional, a maior empresa de transporte e logística de combustíveis do nosso país, e onde pude participar de projetos e fornecimentos de sistemas de controle, comissionamentos em campo, tudo muito desafiador e gratificante. Tivemos também vários eventos de tecnologia na Transpetro, em parceria coma a Associação Profibus, impulsionando o uso de redes digitais, nos anos 2000. 45 anos da revista Petro&Química!!! A primeira mídia especializada a levar informação para o setor petroquímico e, para mim, a mais importante do setor. Acumula uma história de 45 anos de sucesso, com os mais relevantes tópicos, coberturas, matérias, entrevistas e artigos técnicos. Sempre atuando de forma imparcial, ética e com transparência, e nos provendo de informação em cada momento importante do setor, que vem passando por um intenso processo de consolidação de ativos, há anos.

São 45 anos de uma linha de tempo de alta credibilidade com a informação, que se mescla à história do setor com muitas publicações, informações de qualidade aos leitores, acontecimentos, uso de tecnologias e muito mais. É uma referência de leitura obrigatória para o segmento petroquímico. Parabéns, por compartilhar informação de alto nível; espero sempre muito ansioso pela próxima edição!! E que venham mais 45 anos!!

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A Petrobras faz parte de nossa história

Obra do Sistema de Combustão de COVs do Terminal de Alemoa

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FLUXO é uma empresa que iniciou suas atividades quando a Petrobras atingia a sua maioridade. Um de seus sócios, Sérgio Pato, aposentou-se surpreendentemente jovem, trazendo consigo uma vasta experiência na área de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras. Essa bagagem abriu portas para que a FLUXO pudesse explorar tecnologias emergentes no exterior, no âmbito de E&P. Outro dos sócios, Hideo Hama, trouxe sua expertise da área de engenharia e construções metálicas. Ele desempenhou um papel ativo nos primórdios da produção offshore, inicialmente em águas rasas no norte/nordeste brasi90

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leiro, onde participou na construção de jaquetas. Posteriormente, na Bacia de Campos, envolveu-se na construção de plataformas e módulos para as águas mais profundas da época, cerca de 120 metros de profundidade. Os fundadores da FLUXO tiveram a sorte de testemunhar e acompanhar de perto os avanços da Petrobras na exploração onshore e offshore, bem como em atividades de refino e downstream. Sua trajetória coincidiu com a criação da indústria brasileira de petróleo e seus derivados. Além disso, a FLUXO desempenhou um papel importante na implantação do Polo de Camaçari, que, juntamente com o Polo de Capuava em São Paulo, foi um im-

pulso vital para a indústria de bens de capital no Brasil. A Petrobras cresceu para se tornar uma das maiores exploradoras de óleo e gás do mundo, sendo pioneira na produção na região do Pré-Sal, o que estimulou o contínuo desenvolvimento da indústria de petróleo, na qual a FLUXO está profundamente envolvida. Hoje, a FLUXO está atenta às iniciativas da Petrobras e acompanha com grande interesse o desenvolvimento dos campos na região equatorial. A FLUXO agradece à Petrobras pela parceria duradoura e reconhece seu papel vital como mola propulsora da importante indústria brasileira de Óleo & Gás.


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Covestro

stamos celebrando um marco importante, os 70 anos de existência da Petrobras. É um momento de honra e reconhecimento, para uma empresa que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e crescimento do nosso País. Ao longo de sete décadas, a Petrobras tem sido uma força impulsionadora, não apenas no setor de energia, mas também na economia e na vida de milhões de brasileiros. Sua busca incessante pela excelência, inovação e sustentabilidade a colocou no cenário global, como uma referência em tecnologia e expertise na indústria de petróleo e gás. A Petrobras não apenas fornece energia para o Brasil, mas também tem contribuído de forma significativa para o avanço social e econômico do país. Seu compromisso com a responsabilidade social e ambiental tem transformado comunidades, garantindo acesso à educação, saúde e oportunidades de trabalho para muitos. A empresa é um exemplo de resi-

liência e superação. Ao longo de sua história, enfrentou desafios e adversidades, mas sempre encontrou uma maneira de se reinventar e se adaptar às mudanças do mercado. Sua capacidade de se renovar é uma inspiração para todos nós, mostrando que, com determinação e visão, é possível alcançar grandes conquistas. À medida que a Petrobras entra em uma nova década, temos certeza de que continuará a desempenhar um papel crucial no desenvolvimento sustentável do Brasil. Seu compromisso com a inovação, eficiência e transparência é um exemplo para todas as empresas do País. A Covestro, uma empresa que tem décadas de presença no Brasil, atuando na Indústria Química, aproveita esta oportunidade para parabenizar a Petrobras por esses 70 anos de história, e por seu legado de excelência. Que o futuro reserve ainda mais sucessos e conquistas para essa empresa tão importante para o Brasil e para todos nós.

Silvio Torres, Head do Segmento de Coatings e Adesivos, Covestro Latam

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Parceria que gera inovação

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ouronova completou 13 anos de inovação graças a parcerias estratégicas estabelecidas desde os seus primórdios com grandes operadoras, utilizando de forma produtiva os recursos da cláusula de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) dos contratos de concessão da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Temos orgulho das nossas origens, os laboratórios da PUC-Rio, onde nasceram as quatro spinoffs que deram origem a empresa. Mais ainda pelo fato de

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o primeiro projeto a impulsionar a criação da ouronova ter sido em parceria com a Petrobras, dando origem a uma tecnologia consagrada, o MODA - Monitoramento ótico direto no arame, utilizada hoje em diversos ativos do pré-sal. O sistema de monitoramento de risers foi uma das dez tecnologias que asseguraram à Petrobras o OTC Distinguished Achievement Awards 2015, um ano depois da solução ter recebido o prêmio de inovação tecnológica da ANP. Apostamos no modelo open innovation para acelerar o desenvolvi-

mento de inovações que possibilitem às operadoras superarem os desafios crescentes na E&P offshore. Graças a essa estratégia a ouronova é a terceira empresa com o maior volume de recursos da cláusula de PD&I, liderando o ranking das brasileiras. Hoje temos projetos com a Repsol Sinopec Brasil, um dos quais vencedor do prêmio de inovação tecnológica da ANP em 2020, a Galp e a Shell, com a qual estamos desenvolvendo inovações com foco na transição energética.

Eduardo Costa, CEO da ouronova


Artigo

Petróleo Cru, Gás Natural e Derivados: O Arcabouço Regulatório Aplicável à Medição Fiscal e de Transferência de Custódia Carlos Eduardo Ribeiro de Barros Barateiro, D. Sc. Universidade Estácio de Sá

Lourenço Laurelli Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo - IPEM/SP Gustavo Lima, M.Sc. Universidade Federal Fluminense Rio de Janeiro, Brasil Introdução O mercado de extração e produção de hidrocarbonetos líquidos ou gasosos é regulamentado há mais de 100 anos e podemos dizer que teve início em 1911, quando a Suprema Corte dos USA declarou que a Standard Oil de John D. Rockefeller estava violando Lei Antitruste Sherman de 1890. Com isso essa empresa foi dividida em sete outras companhias (as “Sete Irmãs”). Esse termo foi criado por Enrico Mattei, e se refere a oligopólio das empresas Royal Dutch Shell, Anglo-Persian Oil Company (APOC), Esso, Standard Oil of New York (Socony), Texaco, Standard Oil of California (Socal) and Gulf Oil, no mercado petrolífero entre as décadas de 1940 e 1970. Juntas as sete irmãs possuíam uma enorme influência nos preços, tendo em vista a alta taxa de produção e a grande quantidade de reservas que detinham, de forma que usavam esse recurso para dificultar a entrada de novas empresas na indústria. A atuação dessas empresas e somado aos grandes riscos e custos envolvidos na exploração, desenvolvimento e produção do petróleo e gás natural, levaram a criação de mecanismos de remuneração aos proprietários das reservas, sejam eles União ou de particulares. E assim surgiram os regimes de produção baseados nos royalties e métodos de partilha. Independentemente do regime escolhido, a medição dos volumes produzidos é a etapa crucial e por essa razão sempre houve a preocupação de defini-la de forma como deveria ser realizada na busca dos melhores resultados e confiabilidade. A maioria dos regulamentos técnicos de medição tem origem nessa aplicação e surgiram com o foco dos aspectos fiscais: pagamento ou remuneração em função do regime de produção adotado. No entanto, essa não é a única razão para termos especificações para as medições de volumes de produtos. Há uma outra aplicação tão ou mais importante que essa: a transfe-

Faesa Ornellas, Especialização Universidade Federal do Rio de Janeiro Macaé (RJ), Brasil Claudio Makarovsky, M.Sc. Universidade Federal Fluminense Rio de Janeiro, Brasil

rência de custódia. Trata-se da aplicação das boas práticas de engenharia para valorar um produto que está tendo mudança de posse ou seja, de um “vendedor” para um “comprador”. E aqui podemos ter um conjunto bem maior de sistemas em operação que vão desde uma simples medição de balança em açougue até um complexo sistema de transbordo (offloading) do petróleo armazenado nos tanques de uma unidade de produção tipo FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) para um navio petroleiro de transporte. Obviamente o mercado de óleo e gás e seus derivados sempre teve grande foco por parte dos órgãos metrológicos e agências reguladoras, principalmente porque envolve volumes transferidos expressivos, produtos de alto valor agregado e que tem interesse estratégico para a sociedade. E são regulamentos de aplicação compulsória ou seja, de aplicação obrigatória e como em qualquer legislação, não cabendo aos agentes participantes (“vendedores” ou “compradores”) alegar a sua não utilização por absoluto desconhecimento.

Base Regulatória da Transferência de Custódia no Brasil A Metrologia é a Ciência da Medições e suas aplicações. Engloba todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer que seja a incerteza da medição e o campo de aplicação e tem como objetivo principal a credibilidade e universalidade dos resultados (VIM, 2012). E a aplicação dos melhores conceitos é que permitiu o desenvolvimento do comércio, da indústria e das transações de compra e venda. Qualquer país tem interesse em estabelecer sistemas metrológicos confiáveis e seguros que definam as regras a serem seguidas por todos os agentes públicos ou privados. No Brasil essa base é o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO) que é constituído de dois braços: o Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO) e o Instituto Nacional no 393

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Artigo de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). E esses entes têm atribuições bem definidas: o CONMETRO define a Política Nacional de Metrologia, Normalização, Certificação da Qualidade de Produtos Industriais e ao INMETRO, como órgão executivo central do Sistema, mediante autorização do CONMETRO, credenciar entidades públicas (Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – Inmetro (RBMLQ-I)) para a execução de atividades de sua competência por meio da delegação de atividades nas áreas de metrologia legal – Institutos de Pesos e Medidas (IPEM’s) Aqui vale mencionar que a Metrologia tem três vertentes em função da sua finalidade: • Metrologia Científica: que trata da organização e desenvolvimento de padrões de medida e sua manutenção nos níveis mais elevados. • Metrologia Industrial: que assegura o adequado funcionamento dos instrumentos de medição usados na indústria bem como na produção e nos ensaios. • Metrologia Legal: que se preocupa com a exatidão das medições onde estas têm influência na transparência das transações econômicas e nas medições relacionadas a saúde, a segurança e ao meio ambiente. Assim, no tocante a transferência de custódia temos a aplicação dos conceitos estabelecidos pela Metrologia Legal e podemos considerar que a Resolução CONMETRO nº 1 (CONMETRO, 1982) foi a origem das primeiras especificações quanto aos aspectos metrológicos das transações comerciais no Brasil. Essa resolução foi revogada em 1988 e substituída pela Resolução CONMETRO nº 11 (CONMETRO, 1988) e que, por sua vez, também foi substituída pela Resolução CONMETRO nº 08, de 22 de dezembro de 2016 (CONMETRO, 2016). Essa última resolução está em vigor e é muito clara quanto à aplicabilidade do controle metrológico e da atuação do INMETRO nas medições envolvendo transações comerciais de compra e venda: “São passíveis de controle metrológico legal os instrumentos de medição quando forem oferecidos à venda; quando empregados em atividades econômicas; quando forem utilizados na concretização ou na definição do objeto de atos em negócios jurídicos de natureza comercial, civil, trabalhista, fiscal, parafiscal, administrativa e processual e quando forem empregados em quaisquer outras medições presentes à incolumidade das pessoas, à saúde, à segurança e ao meio ambiente” (Capítulo IV, item 6). “O INMETRO determina quais instrumentos de medição devem ser objeto de regulamentação técnica metrológica particularizada e a quais etapas e formas de controle metrológico legal estes instrumentos de medição estão sujeitos” (Capítulo IV, item 6.1). Ou seja, essa é a base legal para o estabelecimento de requisitos metrológicos a serem atendidos em qualquer medição de produtos envolvidos nas transferências de custódia, não importando o tipo de produto considerado. Vale ressaltar que todos os Institutos de Pesos e Medidas da 94

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rede INMETRO são legalmente autorizados e competentes a executar os serviços relacionados à metrologia legal no entanto, o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (IPEM-SP) por meio do seu Núcleo de Vazão da Diretoria do Centro de Medições e Verificações Especiais (CIMVE), acaba sendo na prática o único instituto pertencente à RBMLQ-I que realiza serviços dentro no país (e eventualmente no exterior) principalmente por: • questões logísticas: devido à grande maioria dos fabricantes e importadores de equipamentos estarem sediados no Estado de São Paulo.. • estrutura: a existência de vários laboratórios de vazão e variáveis nas instalações do próprio IPEM-SP. • competência técnica: devido a parcerias com laboratórios de empresas multinacionais no Brasil e no exterior, com o próprio Laboratório de Fluidos do INMETRO (DIMEL LAFLU) e com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que permitiu a capacitação dos especialistas do IPEM-SP (DMCI-CIMVE).

Regulação da Cadeia do O&G no Brasil O monopólio estatal do petróleo foi instituído no Brasil em 1953 pela Lei nº 2004 (BRASIL, 1953), que estabeleceu o monopólio da União na exploração, produção, refino e transporte do petróleo no Brasil, e criou a Petróleo Brasileiro S.A. (PETROBRAS) para exercê-los. Somente em 1997, através da Lei nº 9.478 (BRASIL, 1997), que é conhecida como nova lei do petróleo, passou-se a permitir que, além da PETROBRAS, outras empresas constituídas sob as leis brasileiras e com sede no Brasil pudessem atuar em todos os elos da cadeia do petróleo. E a mesma legislação criou a Agência Nacional do Petróleo (ANP) exatamente para regulamentar as atividades do mercado de óleo e gás (O&G) face a entrada dos novos players. A atuação da ANP foi regulamentada pelo Decreto n° 2.455 (BRASIL, 1998) que estabeleceu em seu artigo 14° que caberia a esse órgão “regular as atividades da indústria do petróleo e a distribuição e revenda de derivados de petróleo e álcool combustível, no sentido de preservar o interesse nacional, estimular a livre concorrência e a apropriação justa dos benefícios auferidos pelos agentes econômicos do setor, pela sociedade , pelos consumidores e usuários de bens e serviços da indústria do petróleo”. A aplicação dessa definição está sumarizada na Figura 1 onde pode ser observado que a venda de gás natural canalizado é regulado pelos Estados e não pela União.

Figura 1: Regulação do Mercado de O&G


Artigo E as regras adotadas pelos agentes de exploração, produção e transporte de hidrocarbonetos, regulados pela ANP, foram estabelecidas no primeiro Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural, aprovado em 19 de junho de 2000, através da Portaria Conjunta ANP/INMETRO n° 001 (ANP/INMETRO, 2000). E há toda a razão para que fosse uma portaria conjunta com o INMETRO devido ao âmbito de suas competências legais. Esse regulamento de medição (RTM) foi atualizado em 10 de junho de 2013 (ANP/INMETRO, 2013). e estamos atualmente aguardando uma nova revisão que se espera ser publicada ainda em 2023. A Figura 2 apresenta toda a cadeia do O&G e a área hachurada identifica exatamente os limites da aplicação do RTM aprovado pela Portaria n° 001. O que se observa é que esse RTM não se aplica as atividades com os derivados de petróleo (saídas das refinarias, centrais petroquímicas, bases de carregamento de derivados e gás liquefeito de petróleo) e na distribuição de gás canalizado (regulado pelas agências estaduais). A falta de um RTM específico para os derivados e pelo fato de muitas agências estaduais ainda não terem definidos regulamentos técnicos aplicáveis ao gás natural canalizado é que levou, de forma errônea, o uso indiscriminado do RTM em aplicações onde não seria de uso dentro dos limites legais.

Regulamentos Técnicos Metrológicos do INMETRO É necessário fazermos uma diferenciação entre o Regulamento Técnico de Medição de Óleo e Gás Natural, aprovado pela Portaria Conjunta ANP/INMETRO n° 001 (ANP/INMETRO, 2013) e os Regulamentos Técnicos Metrológicos aprovados por resoluções específicas do INMETRO. A portaria conjunta estabelece requisitos a serem cumpridos em atividades bem específicas: • sistemas de medição onde serão realizadas as medições volumétricas fiscais do petróleo ou do gás natural produzido nos campos de produção; • sistemas de medição onde serão realizadas as medições volumétricas de apropriação do petróleo ou do gás natural produzido; • sistemas de medição onde serão realizadas as medições volumétricas do petróleo ou do gás natural para controle dos volumes produzidos, consumidos, injetados, transferidos e transportados; • sistemas de medição onde serão realizadas as medições volumétricas do petróleo ou do gás natural para controle dos volumes importados e exportados em pontos de aduana; • sistemas de medição onde serão realizadas as medições volumétricas de transferência de custódia do petróleo ou do gás natural; • sistemas de medição onde serão realizadas as medições volumétricas de água para controle operacional dos volumes produzidos, captados, transferidos, injetados e descartados.

Figura 2: Limites de Aplicação do RTM Aprovado pela Portaria n° 001

Já os Regulamentos Técnicos Metrológicos, no âmbito do mercado de O&G e com base na Resolução CONMETRO nº 08 (CONMETRO, 2016), tem foco no controle metrológico aplicável aos instrumentos, medidores, analisadores, equipamentos e os sistemas compostos por esses dispositivos. Assim os regulamentos técnicos metrológicos tem foco em algumas operações metrológicas específicas: • Aprovação de Modelo: é o processo de reconhecimento que um determinado modelo (avaliação de modelo) de um instrumento de medição satisfaz as exigências regulamentares através do estudo da documentação e ensaios típicos tais como desempenho, exatidão, repetitividade, desgaste acelerado, perturbação, temperatura, umidade, campos eletromagnéticos e proteção contra manipulações (VIML, 2016). • Verificação Inicial: Procedimento de avaliação da conformidade (diferente da avaliação de modelo) que resulta na afixação de marca de verificação e/ou a emissão de certificado de verificação e que é realizada antes do início da colocação em operação (VIML, 2016). • Verificação Subsequente: Procedimento de avaliação da conformidade após um determinado período obrigatório, após a realização de reparos no instrumento de medição ou mesmo mediante a solicitação voluntária do usuário (VIML, 2016). • Verificação Após Reparo: Procedimento de avaliação da conformidade após realização de qualquer intervenção de manutenção no instrumento de medição (reparo). Na Figura 3 temos os selos que são fixados nos instrumentos e dispositivos de medição que confirmam os processos de verificação inicial, subsequente e após reparo realizados pelos Institutos de Pesos e Medidas. Na Figura 4 temos os lacres físicos numéricos que são instalados pelo INMETRO após essas verificações e que impedem o acesso não autorizado aos instrumentos. Na Figura 5 temos as etiquetas de inventário que também são fixadas após o processo de verificação inicial e que possuem a função de incluir o instrumento de medição em um cadastro nacional do INMETRO, possibilitando a sua rastreabilidade em todo o território nacional além de declarar sua finalidade de aplicação até o momento em que esse instrumento seja descomissionado. no 393

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Artigo Calibração e que seguem recomendações do usuário ou da portaria conjunta. Figura 3: Selos de Verificação do INMETRO

Aplicação na Transferência de Custódia

Figura 4: Lacres Físicos Numéricos

Ou seja, temos regulamentos técnicos metrológicos emitidos pelo INMETRO de aplicação compulsória em medições de transferência de custódia de qualquer transação (petróleo, gás natural e derivados) e um regulamento técnico de medição emitido pela ANP/INMETRO que define atividades específicas para a medição de petróleo, gás natural, gás comprimido e gás natural liquefeito cobertos pela Portaria Conjunta ANP/INMETRO n° 001 (ANP/INMETRO, 2013). Não há algo específico para as atividades com os derivados de petróleo (refino, centrais petroquímicas, bases de carregamento de derivados e gás liquefeito de petróleo) e o gás natural canalizado tem regras assemelhadas à portaria conjunta porém emitidas pelas agências estaduais reguladoras. Com base nesse entendimento, podemos entender as formas básicas da medição em transferência de custódia para o petróleo, gás natural e derivados como mostrado na Figura 7.

Figura 5: Etiquetas de Inventário

Já na Figura 6 temos a etiqueta de identificação da aprovação de modelo de um instrumento típico ou sistema de medição que deve ser fixada pelo fabricante antes da sua comercialização.

Formas de Medição de Fluidos

Medição Dinâmica (Medição em Linha)

Medição por Diferença de Volumes com Tancagem Fixa

Medição por Tancagem Móvel (Caminhões Tanque)

Figura 6: Etiqueta de Identificação do Instrumento/Sistema – Aprovação de Modelo

Uma boa forma de diferenciar o Regulamento Técnico de Medição de Óleo e Gás Natural, aprovado pela Portaria Conjunta ANP/INMETRO n° 001 (ANP/INMETRO, 2013) e os Regulamentos Técnicos Metrológicos, emitidos através de resoluções do INMETRO, está na calibração dos instrumentos de medição: as resoluções do INMETRO focam apenas na periodicidade da realização das verificações subsequentes, obrigatórias e realizadas pelo INMETRO ou órgãos da Rede Brasileira de Metrologia Legal, mas não define periodicidades para execução das calibrações, normalmente realizadas em laboratórios da Rede Brasileira de 96

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Medição por Diferença de Massa com Balança (Sistemas de Pesagem Não Automatizados)

Medição por Embalagem PréMedida (Mercadorias PréEmbaladas) Figura 7: Formas de Medição em Transferência de Custódia

E para cada uma das formas acima definidas temos regulamentos técnicos metrológicos específicos definidos pelo INMETRO. A medição dinâmica do petróleo, gás natural ou derivados


Artigo é uma das formas mais tradicionais encontradas no mercado de O&G. Encontramos esse tipo de solução em praticamente todos as aplicações que envolvem esses fluidos. Basicamente temos a aplicação dos seguintes regulamentos técnicos metrológicos: • Portaria INMETRO nº 291 de 07 de julho de 2021 - Regulamento Técnico Metrológico consolidado para sistemas de medição dinâmica equipados com medidores para quantidades de líquidos (INMETRO, 2021a). • Portaria INMETRO nº 154 de 30 de março de 2022 - Regulamento Técnico Metrológico consolidado para sistemas de medição mássica de quantidades de líquidos (INMETRO, 2022a). • Portaria INMETRO nº 298 de 08 de julho de 2021 - Regulamento Técnico Metrológico consolidado para os computadores de vazão e conversores de volume (INMETRO, 2021b). • Portaria INMETRO nº 188 27 de abril de 2021 - Regulamento Técnico Metrológico consolidado para cromatógrafos a gás em linha (INMETRO, 2021c). • Portaria INMETRO nº 156 de 30 de março de 2022 Regulamento Técnico Metrológico consolidado para medidores de vazão de gás natural, biometano e gás liquefeito de petróleo (GLP) em fase gasosa (INMETRO, 2022 b). Outra forma também muito tradicional da medição de hidrocarbonetos líquidos é a utilização da Portaria INMETRO n° 103 de 24 de março de 2022 que define o Regulamento Técnico Metrológico para Tanques Fixos. Encontramos esse tipo de solução em terminais e principalmente na produção onshore. Analogamente temos a utilização de tanques móveis, com a utilização da Portaria INMETRO nº 49 de 8 de fevereiro de 2022 (INMETRO, 2022c), que define o Regulamento Técnico Metrológico consolidado para tanques de carga montados sobre veículos rodoviários automotrizes, semirreboques e reboques. Adicionalmente ainda temos a medição pela diferença de massa do caminhão de transporte antes e após o envaze, especificado na Portaria INMETRO nº 157 de 31 de março de 2022 (INMETRO, 2022d) que define Regulamento Técnico Metrológico consolidado para instrumentos de pesagem não automáticos. A última forma é a adoção de embalagens pré-medidas que tem aplicação mais limitada no mercado de óleo e gás (utilizada somente em alguns derivados encontrados em centrais petroquímicas) e que é definida pela Portaria INMETRO nº 93 de 21 de março de 2022 (INMETRO, 2022e) e que define o Regulamento Técnico Metrológico consolidado sobre o controle metrológico de mercadorias pré-embaladas comercializadas em unidades de massa ou volume, de conteúdo nominal igual. Observa-se que os regulamentos técnicos metrológicos

citados são relativamente recentes (últimos três anos) e por esse motivo compreensível mas não justificável que não sejam de amplo conhecimento dos players.

Considerações Finais Conforme mencionado, o Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural aprovado pela Portaria Conjunta ANP/INMETRO n° 001 (ANP/INMETRO, 2000) tem foco diferente dos diversos Regulamentos Técnicos Metrológicos definidos pelo INMETRO. A portaria conjunta aborda aspectos como requisitos da calibração e periodicidades, inspeções obrigatórias, amostragens e análises físico-químicas dos fluidos, componentes e requisitos gerais dos sistemas de medição, gestão das medições e a necessidade da comprovação metrológica por parte do INMETRO. Já os requisitos definidos pelos Regulamentos Técnicos Metrológicos do INMETRO focam a apreciação dos modelos, verificação inicial e subsequentes dos instrumentos de medição. Obviamente a falta de uma legislação específica, nos mesmos moldes como a verificada com a Portaria Conjunta ANP/INMETRO n° 001, para as atividades exercidas no refino, centrais petroquímicas e bases de carregamento de derivados e gás liquefeito de petróleo causam algumas confusões no mercado mas sua utilização, como boa prática nessas aplicações, não chega a ser nenhum problema e é altamente recomendado. É uma simples questão de tempo que essa legislação venha a ser estabelecida. Similarmente observa-se na medição dos gases: a Portaria INMETRO nº 156 de 30 de março de 2022 foca nos medidores de gases e não tem a mesma amplitude da verificada na Portaria INMETRO nº 291 que abrange também os sistemas de medição de líquidos. E essa é a razão por que hoje é obrigatório a verificação inicial dos sistemas para hidrocarbonetos líquidos (com aprovação de modelo do sistema) e em gases, essa verificação se restringe apenas aos medidores. Aqui também se verifica uma questão de tempo para que essa situação seja regularizada. Também essa é a justificativa porque a Portaria INMETRO nº 291 apresenta as incertezas de medição dos sistemas de medição dinâmica dos líquidos e a Portaria INMETRO nº 156 foca apenas na incerteza da medição dos medidores de gases. Por fim é importante entender-se que os Regulamentos Técnicos Metrológicos definidos pelo INMETRO abordam a necessidade das verificações subsequentes periódicas. Essa etapa é a que causa maiores não conformidades nos sistemas de medição instalados. Muitos entendem que o estabelecimento de programas de calibração e inspeções programadas em laboratórios da Rede Brasileira de Calibração é suficiente para demonstrar a conformidade. E somente isso não atende aos requisitos do INMETRO!

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Artigo Ou seja, todos os instrumentos de medição pertencentes a sistemas de medição e dos computadores de vazão para as medições dinâmicas de fluido, devem estar calibrados e verificados metrologicamente por órgão delegado Inmetro (possuindo as marcas oficiais apostas e os certificados de verificação) para que não venham a sofrer as sanções punitivas. Vale ressaltar que o não atendimento à legislação sujeita o autor, além das sanções previstas na legislação penal, às penalidades previstas na Lei 5.966, de 11 de dezembro de 1973 (BRASIL, 1973), bem como na Lei 9.933, de 20 de dezembro de 1999 (BRASIL, 1999), com nova redação dada pela Lei 12.545, de 14 de dezembro de 2011 (BRASIL, 2011).

Referências Bibliográficas • ANP/INMETRO, 2000. Regulamento Técnico de Medição Fiscal de Petróleo e Gás Natural. Portaria Conjunta ANP/INMETRO n° 001, de 19 de junho de 2000. • ANP/INMETRO, 2013. Regulamento Técnico de Medição Fiscal de Petróleo e Gás Natural. Portaria Conjunta ANP/INMETRO n° 001, de 10 de junho de 2013. • BRASIL, 1953. Lei n° 2.004 - Política Nacional do Petróleo e define as atribuições do Conselho Nacional do Petróleo, institui a Sociedade Anônima, e dá outras providências, de 03 de outubro de 1953. • BRASIL, 1973. Lei 5.966 - Institui o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, e dá outras providências. DE 11 de dezembro de 1973. • BRASIL, 1997. Lei nº 9.478 - Política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências, de 06 de agosto de 1997. • BRASIL, 1998. Decreto n° 2.455 - Implanta a Agência Nacional do Petróleo - ANP, autarquia sob regime especial, aprova sua Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e Funções de Confiança e dá outras providências, de 14 de janeiro de 1998. • BRASIL, 1999. Lei 9.933 - Dispõe sobre as competências do Conmetro e do Inmetro, institui a Taxa de Serviços Metrológicos, e dá outras providências. de 20 de dezembro de 1999. • BRASIL, 2011. Lei 12.545, Dispõe sobre o Fundo de Financiamento à Exportação (FFEX), altera o art. 1º da Lei nº 12.096, de 24 de novembro de 2009, e as Leis nº 10.683, de 28 de maio de 2003, 11.529, de 22 de outubro de 2007, 5.966, de 11 de dezembro de 1973, e 9.933, de 20 de dezembro de 1999; e dá outras providências, de 14 de dezembro de 2011. • CONMETRO (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), 1982. Regulamentação Metrológica. Resolução CONMETRO n.º 01, de 27 de abril de 1982. 98

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• CONMETRO (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), 1988. Regulamentação Metrológica. Resolução CONMETRO n.º 11, de 12 de outubro de 1988. • CONMETRO (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), 2016. Regulamentação Metrológica. Resolução CONMETRO n.º 0,8 de 22 de dezembro de 2016. • INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), 2021a. Regulamento Técnico Metrológico consolidado para sistemas de medição dinâmica equipados com medidores para quantidades de líquidos. Portaria INMETRO nº 291 de 07 de julho de 2021. • INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), 2022a. Regulamento Técnico Metrológico consolidado para sistemas de medição mássica de quantidades de líquidos. Portaria INMETRO nº 154 de 30 de março de 2022. • INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), 2021b. Regulamento Técnico Metrológico consolidado para os computadores de vazão e conversores de volume. Portaria INMETRO nº 298 de 08 de julho de 2021. • INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, 2021c. Regulamento Técnico Metrológico consolidado para cromatógrafos a gás em linha. Portaria INMETRO nº 188 27 de abril de 2021. • INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, 2022b. Regulamento Técnico Metrológico consolidado para medidores de vazão de gás natural, biometano e gás liquefeito de petróleo (GLP) em fase gasosa. Portaria INMETRO nº 156 de 30 de março de 2022. • INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, 2022c. Regulamento Técnico Metrológico para Tanques Fixos. Portaria INMETRO n° 103 de 24 de março de 2022. • INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, 2022d. Regulamento Técnico Metrológico consolidado para instrumentos de pesagem não automáticos. Portaria INMETRO nº 157 de 31 de março de 2022. • INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, 2022e. Regulamento Técnico Metrológico consolidado sobre o controle metrológico de mercadorias pré-embaladas. Portaria INMETRO nº 93 de 21 de março de 2022. • VIM (Vocabulário Internacional da Metrologia, 2012. Conceitos Fundamentais e Gerais e Termos Associados. Portaria INMETRO n° 232, de 08 de maio de 2012. • VIML (Vocabulário Internacional da Metrologia Legal), 2016 – Vocabulário Internacional de Termos de Metrologia Legal. Portaria INMETRO n° 150, de 29 de março de 2016.


Artigo

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Multa por infração ambiental pode chegar a R$ 5 bilhões para situações de desastre A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou a proposta para aumentar a multa por infração ambiental de R$50 milhões para R$5 bilhões. De acordo com o texto, o valor deverá ser revertido para investimentos na recuperação da área afetada. A nova determinação altera a Lei de Crimes Ambientais, criada em 2015, após o desastre da barragem na cidade de Mariana, em Minas Gerais. Para Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia, essa mudança demonstra uma preocupação com o meio ambiente e com as consequências de desastres para as comunidades ao redor. “O Brasil tem um relevo muito acidentado, o que aumenta as chances de ocorrerem catástrofes como as que já vimos em Mariana, Brumadinho e outros locais. Por isso, é essencial que sejam criados mecanismos para que as empresas e o poder público possam atuar não apenas na resolução dos casos, mas também na prevenção”, diz. De acordo com Neves, há diversos fatores que podem indicar a probabilidade de incidentes, como encostas íngremes, solos não coesivos, erosão, chuvas fortes, inundações e a própria geologia local. “Além disso, atividades de mineração, escavação e construções feitas pela atividade humana também comprometem o solo. “Os deslizamentos de terra, por exemplo, ocorrem quando uma massa de terra, rochas e outros materiais deslizam abruptamente de uma superfície inclinada, podendo ter como causa agentes naturais ou interferência de pessoas ou empresas”, afirma. “Para evitar deslizamentos de terra é necessário ficar atento a deformações repentinas em estruturas, como rachaduras, inclinações de árvores e paredes, além do acúmulo de água em encostas e ‘bolhas’ no solo. No caso das enchentes e inundações, devemos ficar atentos à intensidade das chuvas, estado dos canais de água, drenagem lenta, e rápido aumento do nível da água Deve-se, também, levar em conta episódios anteriores de acúmulo de água, principalmente em áreas mais baixas”,

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destaca. Neves acrescenta que existem medidas e estratégias que podem ser adotadas para prevenir catástrofes. “Entre elas, posso citar ações como investimentos em infraestrutura e drenagem, reflorestamento, restrições de desenvolvimento em áreas de risco, monitoramento ambiental, melhor planejamento urbano e aportes em educação e conscientização sobre o meio ambiente”, comenta. Ainda de acordo com o executivo, há, também, tecnologias capazes de monitorar áreas de risco, como o laser scanner, que pode ser acoplado a drones ou outros equipamentos para fazer a leitura do terreno com precisão. “Esses recursos podem ser utilizados para identificar a movimentação de paredes em grandes construções, por exemplo, além de características em terrenos que possam apontar para um risco maior de desastres. Com uma constante análise e uma base de comparação, é possível prever uma possível ruptura e assegurar a tomada de medidas que possam mitigar os riscos e o impacto ao meio ambiente em tempo hábil”, reforça. “Vale ressaltar que cabe às empresas e ao poder público garantir a segurança das pessoas que moram e trabalham em áreas de risco. Além disso, a questão ambiental é um fator de extrema importância. Há meios de reduzir os impactos aos ecossistemas locais”, completa Neves.


Macaw Energies traz tecnologia capaz de levar biometano até o consumidor final

A Macaw Energies, subsidiária da Golar LNG trouxe para o Brasil soluções inovadoras e integradas para transporte e comercialização de gás natural em todo o país. A empresa aposta na tecnologia para promover soluções alinhadas com a busca por energia limpa, acessível e sustentável. A Macaw adquire gás, trata, comprime ou liquefaz e depois distribui o combustível, mesmo em áreas onde a rede de gasodutos não está disponível. Com compromisso de enfrentar a mudança climática global, a Macaw Energies está no Brasil com um olhar atento também para o biometano. Luiz Cintra, diretor de originação de biometano da Macaw Energies, explica que as usinas sucroalcooleiras têm desenvolvido projetos por meio da vinhaça, um subproduto do etanol. A vinhaça, além de ser utilizada como fertilizante, pode ser aproveitada para produzir biometano, sendo muito positivo para a pegada de carbono. No entanto, Cintra destaca que nem todas as usinas estão

próximas aos dutos de gás, o que dificulta a comercialização. “A Macaw Energies chega para trazer essas soluções para o mercado, possibilitando que esses produtores de biometano, seja ele proveniente da vinhaça ou de aterros sanitários, por exemplo, consigam escoar sua produção. Nós trazemos soluções de comercialização e logística para esses produtores não se preocuparem com o destino do biometano produzido. Com nossa experiência, flexibilidade, tecnologia e frota, podemos resolver o problema de logística dos produtores de biometano, mesmo os que estão longe da malha de gás”, destaca Cintra. Segundo ele, tudo isso torna possível transportar o gás e levá-lo ao consumidor final, seja por meio da liquefação, indicadas para longas distâncias, ou pela compressão, processo que é recomendado para o trajeto de até 250 km. Utilizando uma operação de ponta-a-ponta, a Macaw Energies pode se adaptar de acordo com as necessidades do cliente, esteja ele, perto ou longe da malha de dutos de gás.

TotalEnergies, Petrobras e Casa dos Ventos unem forças para desenvolver oportunidades renováveis A TotalEnergies, a Petrobras e a Casa dos Ventos Holding assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para avaliar as perspectivas de projetos conjuntos de energia renovável e hidrogênio de baixo carbono no Brasil. Como parte do acordo, os parceiros explorarão conjuntamente oportunidades de investimento e aquisição nos setores de hidrogênio onshore, offshore eólico, solar e de baixo carbono do país, aproveitando as sinergias criadas pela combinação das três empresas. Assim, cada empresa trará suas próprias habilidades. A Casa dos Ventos Holding, joint venture criada pela TotalEner-

gies e Casa dos Ventos, é líder em energia eólica e solar no Brasil, com um portfólio de 12 GW a ser desenvolvido nos próximos anos. A Petrobras é a maior empresa de energia do Brasil e possui reconhecida expertise técnica na área de energia. Quanto à TotalEnergies, traz o seu know-how multienergético e abordagem industrial para reforçar a parceria. “O Brasil é um país ideal para desenvolver energias renováveis. Por isso, temos o prazer de unir forças com a Casa dos Ventos e a Petrobras para desenvolver projetos rentáveis de energia renovável, reunindo nosso respectivo know-how “, disse Patrick Pouyanné, presidente e CEO da TotalEnergies. no 393

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Deink Brasil revoluciona reciclagem plástica com tecnologia inédita A Deink Brasil lançou uma inovação global em tecnologia de reciclagem do resíduo plástico multicamada e multimaterial. O processo desenvolvido pela empresa inaugura uma nova era na reciclagem de filmes plásticos multicamada ao solucionar as restrições econômicas e operacionais que existiam para a recuperação e reutilização dos resíduos pósconsumo até então tratados como não recicláveis e destinados a aterros e reciclagem energética, com prejuízos ao meio ambiente. Desenvolvida com exclusividade pela Deink Brasil, a tecnologia de delaminação e desmetalização (denominado DEINK 4D - delaminação, desmetalização, destintamento e disrupção) permite o reaproveitamento das embalagens laminadas e a utilização da resina gerada como matéria-prima para diversas indústrias, como linha branca, eletrodomésticos, injeção em geral, bem como embalagens flexíveis tais quais filmes e rótulos. O filme plástico multicamada apresenta em sua composição resinas plásticas diferentes, além de verniz, tinta, adesivo e metal. No processo de reciclagem padrão, disponível atualmente, ele gera um material de limitadíssimas aplicações e geralmente de cor preta, como tampas, prateleiras, baldes, vasos. São aplicações que não chegam a 5% dos resíduos e que apresentam baixa qualidade devido à presença da tinta e do metal. Com a delaminação é possível separar as camadas de plásticos e remover as camadas de metal, tintas e vernizes de embalagens, como as de snacks e biscoitos, e, ao final do processo, é gerada uma resina natural com características e performance similares à resina virgem. O novo processo tecnológico revoluciona os limites da reciclagem do resíduo plástico de múltiplas camadas, aumentando sua reciclabilidade. Até agora, esse tipo de resíduo era considerado o grande desafio do plástico. “É um processo químico dentro de uma linha de reciclagem mecânica, uma reciclagem híbrida com potencial de uso global”, explica Marcelo Mason, Head de Sustentabilidade & ESG da Deink Brasil, empresa referência em inovação e tecnologia em reciclagem de resíduos plásticos. Segundo ele, a conquista da Deink pode ser definida como desenvolvimento de um ciclo fechado e sustentável, utilizando soluções químicas sem solventes. 102

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“Já havíamos conquistado a tecnologia inovadora de destintamento, que promove a remoção total das tintas dos resíduos plásticos impressos, e queríamos ir mais longe, encontrar outras novas soluções. Alcançar agora o domínio do processo da delaminação é um verdadeiro marco no setor de reciclagem de plástico”, destaca Marcelo Mason. Largamente usado na produção de embalagens e rótulos de alimentos e bebidas, o filme plástico laminada multicamada (conhecido na simbologia da reciclagem de plásticos como número 7) representava um desafio para a indústria da reciclagem devido à limitação das tecnologias existentes para reutilização do material. Por causa disso, seu índice de reciclabilidade, ou seja, viabilidade econômica ou operacional da reciclagem, sempre esteve próximo de zero. A dificuldade e o alto custo em isolar os elementos desse material sempre fizeram com que seus resíduos pós-produção e pós-consumo ficassem com reaproveitamento quase nulo, representando um problema ambiental grave. Para se dimensionar essa questão e a importância da tecnologia recém-criada, a cada ano o mercado nacional movimenta cerca de 170 mil toneladas de BOPP (polipropileno biorientado), o filme plástico de snacks e biscoitos que inclui também alumínio, tinta de impressão, verniz e adesivo. “Exatamente por ser uma nova tecnologia, acreditamos que teremos uma curva de aprendizado que faz parte do processo. A primeira linha de produção da tecnologia @Divulgação Deink 4D que começa a funcionar em julho e irá tratar especificamente os filmes de BOPP (polipropileno biorientado), que são de extrema relevância para as marcas pois estão presentes na grande maioria de embalagens de snacks, biscoitos e barras de chocolates em geral”, explica Marcelo Mason. O potencial de sua aplicação pode ser vislumbrado quando se considera que o Brasil é o 4° maior produtor de resíduo plástico do mundo. Além disso, mais de 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartadas de forma irregular, sem tratamento e, em muitos casos, em lixões a céu aberto. Aproximadamente 7,7 milhões de toneladas de resíduos são destinados a aterros sanitários todos os anos.


Transporte marítimo de alto mar com emissão zero movido a amônia A TECO 2030 e a Pherousa Green Shipping AS assinaram contrato de fornecimento de pacotes verdes para até seis navios graneleiros secos Ultramax modernos e sem emissão de cerca de 63.000 toneladas de porte bruto cada. Cada embarcação será equipada com 12 megawatts (MW) de células de combustível TECO 2030 para propulsão principal a bordo. O escopo de entrega do TECO 2030 é um pacote verde no valor aproximado de 23 milhões de euros por navio. A entrega para o TECO 2030 inclui um sistema completo de células de combustível instaladas em uma so- Pherousa Frete Verde 63.000 dwt Ultramax. Projeto Deltamarin fornecimento, incluinlução de derrapagem, bem como equido o fechamento de pamentos de energia e automação, e estima-se que comece negociações de prea ser enviada para o estaleiro no início de 2026, com entrega ços, de acordo com os em meados de 2026. O sistema de célula de combustível enpadrões do setor. trará em produção em nosso Centro de Inovação em Narvik, “Estamos entuNoruega, no final de 2024. siasmados em nos Um sistema de célula a combustível de 12 MW será utiliunir ao TECO 2030 e zado para propulsão total a bordo de cada uma das seis embarincorporar sua solução cações, permitindo operações 100% livres de emissões. Cada de célula de combusembarcação terá cerca de 63.000 toneladas de porte bruto e a tível junto com nossa primeira embarcação está prevista para entrega no 1º trimesprópria tecnologia de tre de 2027. O sistema de célula de combustível TECO 2030 craqueamento, perserá instalado em combinação com um cracker de amônia mitindo que os novos edifícios Pherousa sejam os primeiros para hidrogênio da Pherousa Green Technologies AS (PGT). navios de profundidade totalmente elétricos na água”, disse O abastecimento de amônia e o fornecimento de hidrogênio a Hans Bredrup, presidente do grupo Pherousa. Ele ainda cobordo da embarcação resolverão os atuais desafios de armamentou: “A combinação de tecnologia entre o TECO 2030 e zenamento e infraestrutura do hidrogênio como combustível a Pherousa não apenas reduz o consumo de amônia em commarítimo e, assim, abrirão caminho para o transporte marítiparação com os motores de combustão interna alimentados a mo de profundidade com emissão zero. amônia atualmente em desenvolvimento, mas também evita a Optar por células de combustível de hidrogênio em comqueima de amônia junto com combustíveis pibinação com um cracker de amônia permite loto baseados em carbono” e acrescenta: “Verque os armadores comecem com amônia e dadeiramente Emissão Zero por Escolha”. façam a transição para hidrogênio sempre que “Estamos orgulhosos de assinar um acordo desejarem, minimizando os riscos de investide fornecimento firme para seis navios com a mento. Essa abordagem não apenas posiciona Pherousa Green Shipping, eles são um jovem a amônia como um transportador viável de hiarmador com visão de futuro que quer realizar drogênio, mas também permite seu comércio o transporte marítimo de profundidade com econômico como um combustível preferencial emissões zero. A Pherousa é uma empresa emno transporte marítimo e complementa seu polgante, com uma visão clara de provar que papel tradicional no setor químico e de fertio hidrogênio e a amônia podem ser utilizados lizantes. para abastecer os navios de águas profundas O contrato de fornecimento total está sujeito de amanhã”, disse entusiasmado Tore Enger, ao financiamento dos navios recém-construídos CEO do Grupo TECO 2030. da SPG e à obtenção de um contrato final de no 393

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Índice de reciclagem mecânica de plásticos atinge maior patamar desde 2018 Em 2022, 25,6% dos resíduos plásticos pós-consumo gerados foram reciclados no país. No período também se destaca um incremento na produção de plástico reciclado pós-consumo, chegando a mais de 1 milhão e 100 mil toneladas. Os dados são da pesquisa sobre a reciclagem mecânica do material para o ano de 2022, encomendado pelo Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), parceria entre a Abiplast - Associação Brasileira da Indústria do Plástico, representante do setor de transformados plásticos e reciclagem, e a Braskem, maior petroquímica das Américas. O estudo é realizado anualmente desde 2018 pela MaxiQuim, empresa de avaliação de negócios na indústria química com foco em análise de mercados e competitividade, e tem como objetivo mensurar o tamanho da indústria de reciclagem de plásticos no Brasil, acompanhando a evolução anual e os desafios do setor.

Recuperação e concentração Se o ano de 2021 foi um período de transição para a indústria de reciclagem brasileira, 2022 já pode ser um ano de forte produção. Em termos de faturamento bruto, é possível perceber crescimento de 57% desde 2018, quando o estudo começou a ser realizado. Outro índice que teve um forte crescimento no período foi o de faturamento por tonelada produzida que cresceu 42,6%, chegando a R$ 3.128 por tonelada. “Podemos entender o ano de 2022 como um período de crescimento orgânico da indústria de reciclagem, uma vez que os efeitos da pandemia de COVID-19 se dissiparam ao longo de 2021. Além disso, foi observado um número maior de unidades produtivas de plásticos reciclados, principalmente na região Nordeste, que foi alvo de diversos investimentos”, explica Maurício Jaroski, diretor de química sustentável e reciclagem da MaxiQuim.

Volumes de produtos plásticos reciclados no Brasil - em comparação com 2021, o índice de plásticos pós-consumo reciclados registrou um aumento de mais de 2 pontos percentuais, passando de 23,4% para 25,6%. Esse é o maior índice observado desde o início da realização do estudo. Outro índice importante de destacar é o crescimento de 46% na produção de plástico reciclado pós-consumo desde 2018, chegando a mais de 1,1 milhão de toneladas. Volumes de resíduos plásticos consumidos no Brasil - em 2022 foram consumidas 1,7 milhão de toneladas de resíduo plástico na reciclagem, representando crescimento de 8,5% em relação a 2021, sendo que um pouco mais de 1,3 milhão de toneladas são de plástico pós-consumo, ou seja, material descartado em domicílios residenciais e em locais como shoppings centers, estabelecimentos comerciais, escritórios, entre outros. Outras 421 mil toneladas de plástico originamse de resíduo pós-industrial, como sobras dos processos da indústria petroquímica, de transformação de plásticos e da própria reciclagem. “Podemos notar um aumento de plástico pós-consumo doméstico destinado para a reciclagem. Parece pouco, apenas 1,6 ponto percentual, mas em termos de volume é um valor bastante considerável. O crescimento maior de resíduo doméstico em detrimento do não doméstico e do pós-industrial é um ponto positivo, tendo em vista se tratar de um resíduo de menor qualidade, e por tanto mais difícil de reciclar”, complementa Maurício. Do total de resíduos consumidos na reciclagem, 1,1 milhão de toneladas referem-se as embalagens rígidas e flexíveis, além de descartáveis, representando 69,3% do montante reciclado em 2022, conforme gráfico abaixo.

Origem dos resíduos As 1,7 milhão de toneladas de resíduo plástico consumidas chegaram às recicladoras por meio dos sucateiros (29%), beneficiadores (19%), empresas de gestão de resíduos (13%) e cooperativas (11%), entre outros. 104

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Essas resinas recicladas se transformaram em produtos destinados às indústrias de higiene pessoal, cosméticos e limpeza doméstica (13,7%); de bebidas (11,5%); utilidades domésticas (10%); e produtos para a construção e infraestrutura (9,4%), entre outros.

Perdas no processo

“Foi possível observar uma grande evolução nas atividades das cooperativas, com um incremento de 40% no volume fornecido para os recicladores comparado a 2021. Além das cooperativas, os gestores de resíduos-operadores de logística reversa também ganharam participação esse ano”, pontua o pesquisador. Outro destaque fica pela diminuição da movimentação de resíduos plásticos entre estados. Apesar de aproximadamente, 32,5% do volume de resíduos não vir do mesmo estado sede dos recicladores, foi observada uma diminuição importante desta movimentação o que significa menor custo de transporte e distribuição geográfica mais equilibrada entre as regiões.

Produção de Resina Reciclada Como mencionado anteriormente, desde o início da mensuração do índice de reciclagem mecânica dos plásticos, em 2018, houve um aumento significativo na produção de resina pós-consumo, de 46%. Nas mais de 1,1 milhão de toneladas de resinas recicladas pós-consumo produzidas no ano passado, 38% foram de PET, principalmente de garrafas de água e refrigerante, seguidas por PEAD (22%), PP (18%) e PEBD/ PELBD (15%). “A produção de resina reciclada cresceu de forma generalizada, para todos os tipos de resinas, com destaque para o percentual de crescimento dos plásticos de engenharia e do PVC”, complementa Maurício.

O principal motivo de perdas no processamento continua sendo a contaminação da sucata plástica com materiais indesejados, que ocorre pela dificuldade na etapa de triagem. Além disso, materiais como adesivos, sujeira orgânica e, dependendo do material, cores indesejadas, contribuem para o descarte da sucata adquirida. No total, foram 212 mil toneladas de material perdido durante os processos de reciclagem, um aumento de 13,2% em comparação a 2021, sendo o PET o material que mais sofreu perdas, devido também ao seu volume de consumo.

Produção de resina reciclada pós-consumo por região Todas as regiões brasileiras, exceto o Centro-Oeste, apresentaram um aumento na produção de resina reciclada pósconsumo em comparação ao ano anterior. A região Sudeste cresceu 8,2% e é responsável por cerca de 53,2% da produção, chegando a 589 mil toneladas. Na sequência vem a região Sul com 324 mil toneladas e um crescimento de 14,6%. A região Nordeste, que entre 2020 e 2021, havia apontado um crescimento na produção de mais de 30%, cresceu 6,5% em 2022, chegando a 132 mil toneladas de produção de PCR. A região Centro-Oeste registrou 44 mil toneladas o que representou uma queda de quase 7%, e a região Norte registrou um crescimento de 11%, chegando a 15 mil toneladas.

“A região que apresentou o maior crescimento nesse ano de 2022 foi a Norte, puxada principalmente pelo estado do Amazonas. Mas é importante ressaltar também que alguns estados da região ainda não possuem indústria de reciclagem instalada. A região Nordeste também merece ser mencionada, já que vem mostrando um crescimento consistente há alguns anos e, em 2022, não foi diferente”, complementa Maurício. no 393

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Índice de reciclagem mecânica O índice de reciclagem mecânica dos plásticos pós-consumo ficou em 25,6% no Brasil, o maior crescimento anual desde que o estudo é realizado. Esse índice é calculado dividindo a quantidade de plástico pós-consumo reciclado pelo volume de plástico pós-consumo gerado. Importante destacar também o índice de recuperação, que em 2022 foi de 30,1%, e que considera toda a quantidade de resíduo consumido sem excluir as perdas no processo, já que a essas perdas é dada a disposição final ambientalmente adequada pela indústria da reciclagem, não retornando ao meio ambiente. “O estudo pontuou um crescimento do índice em quase todas as resinas, com destaque para o PEAD que atingiu um índice inédito, acima de 30%. Além disso, o volume de resíduo descartado caiu tendo em vista que o plástico gerado ficou praticamente estável, porém a produção de resina reciclada subiu”, acrescenta Maurício. Além disso, foi possível perceber um crescimento no índice de reciclagem para as embalagens plásticas, que ficou em 28,7% um crescimento de 2 pontos percentuais em relação ao levantamento do ano anterior. “Estamos muito satisfeitos com os resultados do estudo uma vez que ele mostra que os esforços para desenvolver e fortalecer a indústria de reciclagem de plásticos no Brasil

está surtindo resultados. Além do índice ter atingido o maior percentual em cinco anos, também vemos um incremento na quantidade de unidades fabris, no número de funcionários e no faturamento da indústria o que demonstra que a indústria de reciclagem tem conquistado um espaço significativo na economia brasileira”, finaliza Simone Carvalho, membro do comitê técnico do PICPlast. O Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast) é uma iniciativa criada em 2013 pela Braskem, maior produtora de resinas das Américas, e ABIPLAST, Associação Brasileira da Indústria do Plástico, que prevê o desenvolvimento de programas estruturais que contribuam com a competitividade e o crescimento da transformação e reciclagem plástica. O PICPlast já investiu cerca de R$ 20 milhões em ações em prol da imagem do plástico e programas de capacitações. A iniciativa é baseada em dois pilares: aumento da competitividade e inovação do setor de transformação, e promoção das vantagens do plástico. O PICPlast também conta com investimentos voltados ao reforço na qualificação profissional e na gestão empresarial. No pilar de vantagens do plástico, as frentes de trabalho são voltadas para reciclagem, estudos técnicos, educação e comunicação, com destaque para o Movimento Plástico Transforma

CYNK comercializa mais de 2 milhões de créditos de carbono do Quênia A primeira plataforma verificável de redução de emissões de África iniciou operações com uma transação de futuros de carbono de mais de dois milhões de créditos negociados pela CYNK, sediada no Quenia. Os créditos serão produzidos pela Tamuwa. Isto “mostra o potencial para projetos climáticos e nações soberanas no Sul Global”, disse Sudhu Arumugam, diretor executivo da CYNK, num comunicado na segunda-feira. Eles podem “monetizar esta classe de ativos em rápido crescimento”, disse ele. Um único crédito de carbono é equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono que provoca o aquecimento climático ou equivalente que é removido da atmosfera ou impedido de entrar nela.

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São comprados por emissores de gases com efeito de estufa para compensar as suas atividades poluentes. O comércio global vale atualmente US$2 mil milhões por ano e a Bloomberg NEF prevê que poderá crescer para US$1 bilião em 15 anos. A Tamuwa, que fundou a CYNK, produz briquetes de biomassa a partir de resíduos conhecidos como bagaço provenientes das operações de moagem de açúcar no Quénia. O bagaço emite metano se for deixado apodrecer. “Nosso comércio histórico ilustra o valor dos créditos de carbono como uma classe de ativos”, disse Nils Razmilovic, CEO da Tamuwa, no comunicado. Eles “podem criar ações climáticas e benefícios para as comunidades locais”.


Inteligência emocional, comunicação e empatia no setor energético #SIMELASEXISTEM

O #simelasexistem é uma iniciativa colaborativa e voluntária criada por Agnes M. da Costa, Renata Beckert Isfer e Fernanda Delgado, inspiradas pelas lições aprendidas no programa "Women and Power: Leadership in a New World", da Harvard Kennedy School of Government. Seu objetivo é pautar o discurso sobre diversidade e inclusão de gênero no setor de energia e mineração de forma positiva, exaltando as contribuições valiosas das competentes profissionais desses setores historicamente de predominância masculina.

futuras profissionais desses setores, demonstrando que elas também têm um setor para chamar de seu, além de viabilizar uma maior conexão entre essas mulheres, muitas vezes dispersas nas empresas, nas associações, no setor público... Neste sentido, o #simelasexistem tem promovido um programa de mentoria feminina (EMPODEREC), podcasts, webinars, além de uma coluna na epbr dedicada a publicar artigos redigidos pelas experts setoriais. Mas sua natureza colaborativa faz com que o potencial de atuação do #simelasexistem seja quase ilimitado.

Essas ações visam contribuir para que a cara do setor seja mais plural, para que as novas gerações de engenheiras, geólogas, economistas, advogadas, jornalistas e tantas outras profissionais de outras áreas identifiquem nesses setores um campo fértil para o desenvolvimento de suas carreiras, sem limites. Trocando em miúdos, a ideia é criar um sentido de pertencimento às profissionais ou

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Declaração de Comercialidade da área do bloco BM-C-33 A Repsol Sinopec Brasil, como parceira do consórcio BM-C-33, informa que a operadora, Equinor Energy do Brasil Ltda apresentou à ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, as Declarações de Comercialidade de dois campos localizados na área de concessão do BMC-33, em águas profundas do Pré-sal da Bacia de Campos. O consórcio é formado pela Repsol Sinopec Brasil 35%, Equinor (operadora) 35% e Petrobras 30%. A Concessão está localizada a aproximadamente 200 km da costa do Rio de Janeiro, em lâminas d’água de até 2900 m. Contém volumes recuperáveis de gás natural e petróleo/condensado acima de um bilhão de barris de óleo equivalente. E os nomes sugeridos – que ainda precisam ser confirmados pelo regulador - são Raia Manta e Raia Pintada. A Raia Manta e a Raia Pintada são campos importantes com papel fundamental no avanço contínuo do mercado brasileiro de gás. A capacidade de vazão dos campos é de 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com exportações médias projetadas de 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Isso equivale a 15% da demanda nacional de gás quando em produção ou ao consumo médio atual de todo o estado de São Paulo. “O projeto é estratégico para o grupo Repsol em todo o mundo, e esta nova fase reforça nosso compromisso com o desenvolvimento de um mercado cada vez mais eficiente e sustentável no país”, destaca o CEO da Repsol Sinopec, Alejandro Ponce. O investimento para o desenvolvimento dos dois campos é de aproximadamente US$ 9 bilhões e a entrada em operação está prevista para 2028. “Os campos têm grande potencial para contribuir para uma transição energética confiável, oferecendo uma fonte de energia mais limpa, segura e acessível para a sociedade. Além disso, trará mais geração de empregos e desenvolvimento econômico para a região”, enfatiza o gerente de Comercialização de Gás da Repsol Sinopec, Andrés Sannazzaro. O conceito selecionado compreende uma

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unidade flutuante de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO), que será a primeira do Brasil capaz de especificar gás para venda, sem a necessidade de processamento onshore, conectando-o diretamente à rede nacional. A capacidade de produção diária do FPSO é de aproximadamente 126.000 barris e 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com exportações médias esperadas de 14 milhões m3. A comercialização do gás está prevista para ser captada por meio de um gasoduto offshore de 200 quilômetros, do FPSO até Cabiúnas, na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro. Os líquidos serão descarregados por navios-tanque. Além disso, o FPSO usará turbinas a gás de ciclo combinado que podem reduzir significativamente as emissões de carbono do campo, com uma média de menos de 6 quilos de óleo equivalente por barril ao longo de sua vida útil, cerca de dois terços a menos do que a média da indústria. “Essas inovações podem não apenas impulsionar a produção nacional de gás, mas também o desenvolvimento de novas tecnologias para permitir a redução de emissões nas atividades offshore”, acrescenta Lorena Dominguez, COO da Repsol Sinopec.


Petrobras no World Petroleum Congress O diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, destacou o fato de que a prosperidade econômica da sociedade está diretamente associada à segurança energética e que a mudança nas matrizes energéticas não pode ser conduzida de forma a aumentar os problemas sociais já existentes. O executivo participou da plenária “Segurança Energética, Confiabilidade e Resiliência da cadeia durante a Transição Energética” nesta terça-feira (19/9), do World Petroleum Congress (WPC) 2023, principal fórum de petróleo, gás e energia do mundo, em Calgary, no Canadá. “Atualmente existem aproximadamente 1 bilhão de pessoas no mundo sem acesso à energia para tarefas básicas. A transição energética deve ser conduzida de forma a reduzir as desigualdades econômicas e os problemas sociais, e não a aumentá-las. A indústria de óleo e gás é um elo fundamental para a que a transição energética seja feita de forma justa. Ela deve ser encarada como parte da solução”, sinalizou Travassos. O petróleo e o gás natural formam atualmente a base da matriz energética mundial, cenário que vai durar pelo menos mais 20 anos, segundo a Agência Internacional de Energia. Nesse contexto, além de seguir buscando novas fontes de energia limpa, a Petrobras acredita que é fundamental investir na redução de emissões na produção e no consumo de petróleo. “A prioridade é operar a baixos custos e com desempenho superior de emissões, salvaguardando a competitividade de nossos óleos nos mercados mundiais em um cenário de desaceleração e consequente contração da demanda. Em nosso entendimento, as empresas serão mais competitivas no mercado de longo prazo quanto mais puderem produzir a baixos custos e com menores emissões de gases de efeito estufa (GEE), prosperando em cenários de baixos preços do petróleo, precificação de carbono e possíveis práticas de diferenciação do petróleo com base na intensidade das emissões de GEE na produção”, explicou Carlos Travassos. Travassos lembrou que os petróleos do Pré-sal, que representam 78% do volume de petróleo produzido no Brasil, são atualmente um dos petróleos mais descarbonizados do mundo e que a nova geração de plataformas de produção de petróleo, que deve entrar em operação a partir de 2028, terá pegada de carbono 30% menor em relação à geração anterior. O executivo destacou que a Petrobras vem implementando um significativo esforço tecnológico para tornar suas operações mais eficientes e sustentáveis, desenvolvendo tecnologias como o High Pressure Separation - de forma abreviada, HISEP. A solução permite que o gás que sai do reservatório seja separado e reinjetado a partir de um sistema localizado no leito marítimo, propiciando uma menor emissão de gases

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de efeito estufa para cada barril de óleo produzido. Travassos comentou que a Petrobras está conduzindo a maior campanha de mapeamento de energia eólica do Brasil. Em 2023 completam 10 anos que a Petrobras vem realizando medições regulares dos ventos em suas plataformas. Também participaram da plenária Nicke Widyawati , presidente da estatal indonésia Pertamina, Osvaldo Inácio, membro do conselho de administração da estatal angolana Sonangol, e o mediador, Bob McNally, presidente da Rapidan Energy. O Gerente Executivo de Reservatórios da Petrobras, Tiago Homem, participou da sessão estratégica “Impulsionando a Inovação em um mundo neutro em emissões: principais desafios em pesquisa & desenvolvimento”. No evento, Tiago abordou as tecnologias aplicadas pela Petrobras para a descarbonização das suas operações, em especial o Carbon Capture, Utilization and Storage (CCUS). “A Petrobras atualmente tem o maior projeto de captura e armazenamento de CO2 do mundo. No ano passado, a companhia bateu recorde mundial ao reinjetar 10,6 milhões de toneladas de CO2 nos reservatórios do pré-sal, o equivalente a 25% do total reinjetado pela indústria global em 2022. Esse projeto contribui para a Petrobras viabilizar a produção de petróleo com menor emissão por barril produzido - cerca de 40% menos emissões na produção do que a média mundial. Vamos envidar esforços para adaptar nossos processos e torná-los menos emissores, assim como aumentar nossos investimentos em tecnologias de renováveis. Porém, acreditamos que para uma transição justa e inclusiva, será necessário manter muitos processos em que CCUS desempenhará um papel crucial para conter as emissões”, ressaltou Tiago. O executivo também abordou a importância da eficiência em um cenário de transição energética. Nesse contexto, lembrou o exemplo do programa revitalização dos campos de Marlim e Voador, na Bacia de Campos (RJ). No projeto, as nove plataformas da Petrobras que operavam no campo estão sendo substituídas por apenas duas, os FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi. Como reflexo do projeto, a companhia prevê reduzir mais 50% as emissões de carbono associadas à produção dos campos. E a Arábia Saudita vai sediar e organizar o 25º Congresso Mundial do Petróleo, em 2026. @Divulgação

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O WPC Energy, antigo Conselho Mundial do Petróleo, anunciou memorando de entendimento oficial assinado por Sua Alteza Real o Príncipe Abdulaziz Bin Salman Al Saud, o Ministro da Energia da Arábia Saudita e o Presidente do WPC Energy, Pedro Miras. A assinatura do MOU transfere oficialmente os privilégios de organização do Congresso Mundial do Petróleo para a Arábia Saudita, que sediará a 25ª edição em Riad, em 2026. Além desta assinatura, o Conselho Mundial do Petróleo revelou oficialmente a sua nova marca na abertura do 24º Congresso Mundial do Petróleo (WPC): o Conselho Mundial do Petróleo foi oficialmente renomeado para WPC Energy para refletir o compromisso da organização em liderar a transição global para um sistema energético de baixo carbono, que só pode ser alcançado através de uma combinação diversificada de todas as fontes de energia e impulsionado pela tecnologia e inovação.

“Estamos testemunhando uma grande transformação da indústria que exige o melhor de todos nós. É por isso que temos uma enorme responsabilidade em atender a essas demandas”, afirmou Pedro Miras, Presidente da WPC Energy. “Estamos abordando todos os temas e nos tornando, mais uma vez, o maior fórum de diálogo sobre transformação energética. O 24º Congresso Mundial do Petróleo tem sido um grande sucesso até à data e é um ponto de viragem na nossa longa história.” A assinatura do MOU ocorreu durante a primeira sessão do congresso, um Diálogo Ministerial com Sua Alteza Real o Príncipe Abdulaziz Bin Salman Al Saud. Após esta sessão, Pedro Miras presenteou o Presidente e CEO da Aramco, Amin Nasser, com o Prêmio WPC Dewhurst, que reconhece a liderança e as contribuições para a indústria de petróleo e gás. Amin Nasser é o décimo segundo ganhador do Prêmio Dewhurst nos quase 90 anos de história da WPC Energy.

Nova planta de fermentação para produtos fitofarmacêuticos A Basf investe uma quantia de dois dígitos de milhões de euros em uma nova planta de fermentação para produtos de proteção de cultivos biológicos e biotecnológicos em sua unidade de Ludwigshafen. A unidade fabricará produtos que agregam valor aos agricultores, incluindo fungicidas biológicos e tratamento biológico de sementes. A Basf também planeja utilizar a planta para produzir o principal componente do Inscalis ® , um novo inseticida derivado de uma cepa de fungo. O comissionamento está previsto para o segundo semestre de 2025. A planta usará microrganismos para converter matériasprimas renováveis, como a glicose, nos produtos desejados – um processo conhecido como fermentação. “Vemos uma demanda crescente por produtos biológicos de proteção de cultivos. Este investimento é um passo importante na construção de um portfólio ainda mais forte e competitivo nesta área”, disse Marko Grozdanovic, Vice-Presidente Sênior de Marketing Estratégico Global da Basf Agricultural Solutions. “Além disso, a fermentação é uma tecnologia muito 110

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@Divulgação/Basf

flexível que nos permitirá trazer ao mercado produtos mais inovadores derivados da biotecnologia no futuro.” “Para a produção em nossa unidade de Ludwigshafen, este desenvolvimento é mais um passo na transição para processos de fabricação inovadores com menor intensidade energética baseados em matérias-primas renováveis”, disse Christian Aucoin, VicePresidente Sênior de Operações Globais da Basf Agricultural Solutions. “O local oferece excelentes sinergias devido à sua boa infraestrutura, à integração em uma organização de produção existente de alto desempenho e à proximidade de unidades de pesquisa como a White Biotechnology.”


MCTI e INPO celebram contrato de gestão

@Divulgação/Coppe

O INPO - Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas celebrou contrato de gestão com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em solenidade realizada no Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) da Coppe/UFRJ – e o novo instituto terá como diretor-geral o professor Segen Estefen, da Coppe. O professor do Programa de Engenharia Oceânica (PenO) explicou que o modelo de organização social dará agilidade ao funcionamento do INPO, guardando vínculo formal com o órgão supervisor, o MCTI. “A instalação do INPO no Parque Tecnológico da UFRJ trouxe o ambiente adequado para a inovação e a O evento contou com a presença da ministra Luciainteração com a sociedade. A escolha do local da cerina Santos; do diretor de Hidrografia e Navegação da Mamônia, o LabOceano, tem um simbolismo especial, pois rinha do Brasil, vice-almirante Carlos se trata de um dos principais laboratóAndré Coronha Macedo; do presidente rios que compõem a rede de pesquisa e da Financiadora de Estudos e Projetos inovação do instituto”, explicou o pro(Finep), Celso Pansera; da subsecretária fessor Segen, que pontuou também que de Unidades de Pesquisa e Organizações a transição energética tem demandado Sociais do MCTI, Isa Assef; e do reitor uma série de políticas públicas que posda UFRJ, professor Roberto Medronho. sibilitem os investimentos na promissoParticiparam remotamente o vice-reitor ra economia azul da Universidade Federal de Pernambu“O oceano é uma pauta prioritária co (UFPE), professor Moacyr Araújo, para o MCTI. Cobre 70% da superfície e o reitor da Universidade Federal do terrestre e captura 25% do dióxido de Rio Grande (FURG), professor Danilo carbono presente na atmosfera, o oceano Giroldo. Muitas autoridades estiveram está no centro do debate global acerca presentes, incluindo a diretora da Coppe, das mudanças climáticas. Trabalhando professora Suzana Kahn; a diretora de lado a lado com cientistas de todo o BraTecnologia e Inovação, professora Marysil, chegamos hoje a uma etapa que é um silvia Ferreira; o diretor do Parque Tecverdadeiro divisor de águas. A assinatura nológico, Romildo Toledo, também prodeste contrato de gestão marca uma nova O professor Paulo de Tarso, coordenador do fessor do Programa de Engenharia Civil; etapa de avanço do conhecimento cientí- LabOceano, apresenta o tanque oceânico à ministra o presidente da Faperj, professor Jerson fico, do desenvolvimento tecnológico e Lima; a secretária municipal de Ciência e da inovação na mais importante fronteira do nosso planeta, Tecnologia, professora Tatiana Roque; o ex-reitor da UFRJ, que é o mar”, afirmou a ministra de Ciência, Tecnologia e professor Carlos Levi; o chefe de gabinete da Finep, FerInovação, Luciana Santos. nando Peregrino; dentre outros. O reitor da UFRJ, professor RoberO INPO é uma organização social to Medronho, lembrou que cuidar dos que trabalhará em articulação com o oceanos, para além das questões de MCTI, sendo responsável por atividades sustentabilidade, é também cuidar da de apoio à gestão da pesquisa oceânica. saúde das populações, e afirmou que é O novo instituto, que envolverá grupos uma inovação formalizar a organização de pesquisa de mais de 20 instituições social, com um contrato de gestão com públicas e universidades e atuará em: metas e objetivos a serem alcançados. oceanografia; interação oceano-atmos“Temos um dever de devolver à populafera; pesca e aquicultura marinha; hição o que ela investe em nós. O Brasil dráulica fluvial e portuária; engenharia é visto como um parceiro estratégico oceânica, costeira e submarina; instrupelas demais nações, desenvolvidas ou mentação oceanográfica; energia renodo Sul global, para a construção de um vável no oceano; biodiversidade; dentre Professor Segen Estefen e o vice-almirante mundo mais fraterno, mais solidário, vice-almirante Carlos André Coronha Macedo outras áreas. multipolar”, destacou o reitor. no 393

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Covestro lança linha de compostos de policarbonato para reciclagem mecânica @Divulgação/Covestro

Em evento para clientes, Sucheta Govil, Diretora Comercial da Covestro (terceira da esquerda para direita), Lily Wang, chefe da unidade de negócios de Plásticos de Engenharia (quarta da esquerda para direita), e Dr. Nicolas Stoeckel, chefe de operações da Engenharia de Plásticos (primeiro à direita) , comemoraram a entrada em operação da nova planta MCR – reciclagem mecânica da Covestro A Covestro iniciou as operações de sua primeira linha dedicada de reciclagem mecânica (MCR) para compostos de policarbonatos em sua unidade integrada em Shanghai, China. Esta linha deverá produzir anualmente mais de 25.000 toneladas de policarbonatos de qualidade premium e misturas contendo materiais reciclados mecanicamente, em resposta à crescente demanda por plásticos reciclados pós-consumo (PCR), especialmente em aplicações nos setores de produtos elétricos e eletrônicos, automotivos e setores de bens de consumo. “O lançamento da nossa linha de produção MCR marca outro avanço significativo na nossa jornada rumo a alcançar uma economia circular e a neutral corromperam alguns delegados durante o almoço no Congresso do P. idade climática operacional até 2035”, disse Sucheta Govil, Diretora Comercial da Covestro. “A reciclagem de resíduos plásticos é fundamental para concretizar esta visão e, através da expansão da nossa capacidade de produção de plásticos reciclados, pretendemos liderar o caminho na promoção da sustentabilidade em diversas indústrias.” A Covestro está comprometida em fornecer mais de 60.000 toneladas de policarbonatos com conteúdo reciclado anualmente na região Ásia-Pacífico até 2026, em resposta à forte demanda do mercado. Recentemente, a empresa também transformou uma linha de compostos existente em sua unidade de Map Ta Phut, na Tailândia, para policarbonato reciclado mecanicamente. “Esses investimentos nos permitem atender à crescente demanda por policarbonatos PCR, aumentando nossa capacidade e eficiência. Com capacidade nova ou reaproveitada agora operacional, estamos mais bem posicionados para ajudar nossos clientes downstream em sua jornada em direção a produtos mais sustentáveis, acelerando a transformação das indústrias rumo a um futuro circular e neutro para o clima”, disse Lily Wang, chefe da entidade comercial de plásticos de engenharia da Covestro. Vista da nova unidade de produção para composição de policarbonato reciclado mecanicamente em Shanghai A procura destes materiais está aumentando em escala global, impulsionada por

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iniciativas regulamentares como a proposta de diretiva da União Europeia sobre veículos em fim de vida (Diretiva ELV), que estabelece padrões de referência rigorosos para a utilização de plásticos reciclados. Além disso, indústrias como a da electrónica de consumo estão preparadas para uma maior procura de materiais reciclados, especialmente aqueles com um conteúdo reciclado substancial. Essa dinâmica de mercado ressalta a importância dos recentes desenvolvimentos da Covestro no fornecimento de policarbonatos PCR. No início deste ano, a empresa lançou um policarbonato com 90% de conteúdo reciclado. Este grau não só atinge uma brancura excepcional e cores altamente saturadas, mas também apresenta uma característica sustentável – uma redução de 70% na pegada de carbono em comparação com o seu homólogo de plástico virgem de base fóssil. Alcançar esta conquista notável requer uma seleção meticulosa de materiais reciclados de alta qualidade e uma otimização precisa da composição do material durante o processo de composição. Além disso, a Covestro está ativamente engajada no pioneirismo na reciclagem química de policarbonatos. Tendo desenvolvido com sucesso um processo inovador dentro do laboratório, a empresa está agora embarcando na implementação técnica deste avanço em escala piloto. Depois de desobstruir diversas linhas de produção na unidade de Map Ta Phut, na Tailândia, a Covestro está se aproximando dos estágios finais de um programa para melhorar a capacidade e capacidades de produção de policarbonato em toda a região da Ásia-Pacífico. Este programa também inclui a adição de novas linhas de produção em unidades em Shanghai e Guangzhou, na China, bem como na Grande Noida, na Índia. A capacidade adicional combinada agora ultrapassa 100.000 toneladas métricas anuais. Estes projetos estratégicos, que visam a otimização da rede produtiva regional, têm sido apoiados pela utilização de ferramentas digitais, o que também reduziu os custos de investimento. “Desta forma, pretendemos não apenas atender à crescente demanda por policarbonato na Ásia, mas também oferecer aos nossos clientes uma qualidade de produto melhorada”, afirma o Dr. Nicolas Stoeckel, Chefe de Operações da Entidade Empresarial de Plásticos de Engenharia. “Dependendo da demanda, as atualizações podem ser usadas para compor policarbonato reciclado ou produzido convencionalmente.” Portanto, ambos os projetos visam também melhorar a capacidade da Covestro de produzir mais plásticos com maior conteúdo reciclado.


Inaugurado laboratório a céu aberto para investigar melhores práticas de extração de petróleo @Divulgação

O Cepetro - Centros de Estudos de Energia e Petróleo da Unicamp Universidade Estadual de Campinas vai operar, a partir de janeiro do próximo ano, um novo laboratório com experimentos a céu aberto para o estudo de parada e repartida, um problema recorrente da indústria petrolífera. Com 1500 m2 de área, o laboratório está pronto e vai passar a receber equipamentos financiados pela empresa Petronas Petróleo Brasil. A inauguração das instalações aconteceu com as presenças de diversos executivos da empresa, entre eles o gerente de Exploração Américas, Nasaruddin Ahmad; o gerente geral de Ativos Internacionais, Yusof Addullah; e o gerente de Exploração do Brasil, Ali Andrea, além do Petronas Country Manager Brazil, Omar Abdulah. Os executivos foram recebidos pelo diretor do Cepetro, prof. Marcelo Souza de Castro, entre outros. Batizado formalmente de Laboratório Prof. Fernando de Almeida França, o MultiFlow Lab, como foi apelidado, faz parte do grupo ALFA (Artificial Lift & Flow Assurance) do Cepetro, e está estrategicamente localizado próximo a outros dois Laboratórios do grupo: LGE (Laboratório de Garantia de Escoamento e LabPetro (Laboratório Experimental de Petróleo). A integração desses laboratórios, com o compartilhamento de infraestrutura, possibilitará avançar no Technology Readiness Level (TRL) das pesquisas realizadas, acelerando o ciclo de inovação tecnológica no setor de óleo e gás nacional, com vistas ao Pré-sal brasileiro. “Teremos uma linha de simulação de escoamentos multifásicos [bi e trifásicos] de três polegadas e 100 metros de comprimento e uma série de equipamentos. Isso tudo vai permitir aumentar a escala do que temos hoje em universidades no país para fazer simulações e testes que melhorem a produção de petróleo. Inicialmente o foco das nossas pesquisas estará em um problema comum na indústria petrolífera, que é a parada e repartida de poços, momento em que diversos problemas de garantia de escoamento podem ocorrer, e que tem muito ainda a ser aprimorado”, afirma o diretor do Cepetro, professor Marcelo Souza de Castro, que explica que ao produzir petróleo dos reservatórios, por exemplo em campos offshore, além do óleo, são gerados gás natural, água e areia. “Normalmente, utilizamos modelos

matemáticos para prever a extração desses diferentes produtos, e esses modelos são desenvolvidos com dados de laboratórios como o que está em construção”, diz. No entanto, quando a produção de um poço é interrompida por um período, as fases se segregam ao longo das longas linhas – gás na parte superior, óleo no meio e água na parte inferior. “Isso gera o que chamamos na indústria de problema de parada e repartida, pois quando se reinicia a produção essas diferentes fases podem se misturar, provocando problemas de produção, chamados de problemas de garantia de escoamento. Inclusive, em muitos casos, é necessário injetar agentes químicos para inibir essas misturas”, explica Castro. Trata-se de um problema comum, mas que precisa ser melhor entendido e monitorado de acordo com as características e particularidades de cada poço de extração. “Muito já se avançou para inibir esse problema, mas ainda há muito para ser estudado e é o que vamos fazer no novo laboratório”, afirma. O grande diferencial do novo laboratório é propiciar que pesquisadores façam simulações em uma escala maior, permitindo que os modelos se aproximem mais da realidade. “Com os novos equipamentos teremos um laboratório com infraestrutura maior onde será possível levantar muitos dados para fornecer modelos para os softwares que as empresas usam para prever problemas de produção”, explica. O projeto de Pesquisa & Desenvolvimento tem investimento Petronas, obtido com recursos da cláusula de PD&I da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Jonas Castro, Head of Concession Contracts Exploration da Petronas no Brasil, também presente na inauguração, afirma que a empresa está investindo na geração de conhecimento de questões que vão desde a exploração e produção de hidrocarbonetos, energias renováveis, incluindo produção de hidrogênio, e captura e uso de carbono. O foco das pesquisas tem sido, sobretudo, a eficiência energética e estudos ligados à transição energética A Petronas tem buscado firmar parcerias de investimentos com universidades reconhecidas e com amplo histórico de investimentos em PD&I relacionados à produção de hidrocarbonetos, como é o caso da Unicamp e, em especial, o Cepetro”, afirma Castro. no 393

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Lançada primeira gasolina carbono neutro no país A Petrobras anunciou o lançamento da Gasolina Petrobras Podium carbono neutro, primeira gasolina do mercado brasileiro a carregar esse título, o que significa que os gases de efeito estufa emitidos em todas as etapas do ciclo de vida do combustível serão totalmente compensados com ações de preservação ou de recuperação florestal de biomas nacionais. A Gasolina Petrobras Podium, produzida exclusivamente na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, é um combustível de alta performance que existe desde 2002 e vem sendo aprimorada desde então para melhorar o desempenho do veículo, colaborando para a eficiência do transporte e redução a emissão de gases de efeito estufa. Para formular um combustível carbono neutro, a Petrobras recorreu à metodologia de avaliação do ciclo de vida (ACV), onde são mensurados os gases de efeito estufa emitidos pelo produto, considerando todo o ciclo de vida do combustível, envolvendo extração e pro-

@Divulgação

dução das matérias primas, transportes, processamento, distribuição e uso final. As emissões da Gasolina Petrobras Podium serão previamente compensadas antes mesmo da venda ao consumidor.

Unidades de Biocombustíveis Avançados e de Hidrogênio Verde na Refinaria Galp Sines A Technip Energies conquistou contratos de Engenharia, Serviços de Aquisição e Gestão de Construção (EPsCm) da Galp para uma unidade de biocombustíveis avançados e uma unidade de hidrogênio verde para a sua refinaria de Sines, em Portugal. Ambos os projetos fazem parte do programa da Galp para reduzir a pegada de carbono da refinaria e dos seus produtos. A Unidade de Biocombustíveis Avançados, promovida pela joint venture entre a Galp (75%) e a Mitsui (25%), terá uma capacidade de 270 ktpa e produzirá gasóleo renovável e combustível de aviação sustentável (SAF) a partir de bio-matérias-primas e resíduos e irá permitir que a Galp evite c. 800 ktpa de emissões de gases de efeito estufa. Para esta unidade, a Technip Energies trabalhará em consórcio com a portuguesa Technoedif Engenharia para concluir o projeto EPsCm. A Unidade de Hidrogênio Verde, composta por uma planta de eletrólise de 100 MW, produzirá até 15 ktpa de hidrogênio renovável, utilizando eletrolisadores de membrana trocadora de prótons (PEM) 114

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que serão fornecidos pela Plug Power. Esta unidade permitirá a substituição de c. 20% do consumo de hidrogênio cinzento existente na refinaria de Sines e levará a uma redução das emissões de gases com efeito de estufa de c. 110ktpa. Ambas as unidades representam um investimento bruto @Divulgação estimado em €650 milhões e vão transformar a refinaria de Sines numa das mais importantes plataformas de baixo carbono em Portugal. “ A Decisão Final de Investimento para estes dois importantes projetos é um grande passo dado pela Galp para transformar a indústria de refinação em Portugal. A Technip Energies, que tem apoiado a estratégia da Galp desde as fases iniciais destes dois projetos, tem agora o prazer de ser selecionada como parceira para a fase de execução de ambos. Este investimento é mais um exemplo de como a Technip Energies permite a descarbonização da indústria energética através da colaboração, inovação e integração tecnológica, ” comentou Marco Villa, Chief Operating Officer da Technip Energies.


Notícias da Petrobras

Petrobras recebe secretário-geral da OPEP

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, recebeu o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Sua Excelência, Haitham Al Ghais, em missão de uma semana no Brasil. A agenda conjunta incluiu visitas ao Cenpes – Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez – e ao COPPE/UFRJ. Também recepcionaram SE Haitham Al Ghais os diretores Sergio Caetano (Financeiro e de Relacionamento com Investidores), Carlos Travassos (Engenharia, Tecnologia e Inovação) e Maurício Tolmasquim (Transição Energética e Sustentabilidade). A vinda de SE Haitham Al Ghais ao Brasil é fruto do convite feito por Jean Paul Prates, após o 8º Seminário Internacional da OPEP, em Viena, em julho. A programação demonstra a relevância da Petrobras na liderança brasileira, com relação à transição energética global. Essa é a primeira vez que o Brasil recebe a visita de um secretário geral da instituição. Jean Paul Prates ressaltou o simbolismo da ocasião. “O aceite do secretário-geral da OPEP ao nosso convite, quando comemoramos os 70 anos da Petrobras, demonstra a importância da empresa, em nível mundial. Isso nos incentiva ainda mais, para buscarmos ser paradigma, exemplo e parceiros de outros países na transição energética”, comemorou. A visita do secretário geral da OPEP ao CENPES, nesta segunda-feira, incluiu almoço com executivos da Petrobras e do Centro de Pesquisas, além de visita ao laboratório de rochas e à planta piloto de refino. SE Haitham Al Ghais foi recepcionado pela gerente do centro de pesquisa, Maiza Pimenta Goulart.

@ Rafael Pereira / Agência Petrobras

“Temos de ser ágeis, flexíveis e inovadores, e é isso que vejo na Petrobras. A pesquisa técnica e de mercado que vocês fazem é o mais importante. O povo brasileiro é muito inovador, e não me surpreende a criatividade que vi aqui. O mundo vai precisar de energia, toda forma de energia. Temos de fazer uma transição com cuidado, para não sacrificar a segurança energética e o crescimento econômico mundial. A transição tem de ser justa, sem deixar ninguém para trás. Como defendo, é preciso fazer uma transição com realismo”, afirmou o secretário-geral da OPEP. Referência no setor, o Cenpes é responsável por desenvolver as pesquisas que viram estratégia de negócio, e geram valor para a Petrobras, para a sociedade, e para todo o segmento mundial de energia. Após o Cenpes, SE Haitham Al Ghais visitou a COPPE/UFRJ, parceira da Petrobras no desenvolvimento de tecnologias. A comitiva foi recebida pela diretora-geral, Susana Kahn, que promoveu um encontro com pesquisadores do setor energético, e um debate. Na parte final da visita, Jean Paul Prates e SE Haitham Al Ghais estiveram ainda no Tanque Oceânico, que foi projetado com a finalidade de realizar ensaios de modelos de estruturas e equipamentos usados nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás offshore. Durante sua estadia em Brasília, HE Haitham Al Ghais reuniu-se com o vice-presidente da República Geraldo Alckmin, os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Mauro Vieira (Relações Exteriores), além de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal, e outras autoridades do governo. no 393

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Notícias da Petrobras

Petrobras recebe prêmio por transparência nas demonstrações financeiras

@Fernanda Sabença/ Agência Petrobras

A Petrobras ganhou, pelo sétimo ano consecutivo, o Troféu Transparência, concedido pela Anefac – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Conhecido com o “Oscar da Contabilidade”, o prêmio avalia a transparência na divulgação das demonstrações financeiras das empresas. Em 27 edições, a Petrobras conquistou o COO da Anefac, Bolí Rosales, entrega certificado para equipe da diretoria financeira da Petrobras prêmio 21 vezes. A companhia é uma das Foram considerados mais de 40 critérios, incluindo consisdez ganhadoras na categoria de empresas com receita líquitência interna das informações, qualidade dos relatórios da da superior a R$ 20 bilhões. administração, precisão das notas explicativas, e divulgação O comunicado foi feito no dia 16/10 pelo COO da Anede informações relacionadas ao ESG (Ambiental, Social e fac, Bolí Rosales, na sede da Petrobras, no Centro do Rio. Governança). De acordo com Bolí Rosales, “reconhecer a Receberam o certificado de empresa ganhadora, o diretor transparência das empresas não é só uma questão de númeFinanceiro e de Relacionamento com Investidores da Peros, mas de responsabilidade com a sociedade.” trobras, Sérgio Leite; o gerente executivo de Tributário, EdO diretor Sérgio Leite comemorou a premiação: “É com milson Neves; o gerente executivo de Contabilidade, Carlos muito orgulho que recebemos, mais uma vez, esse reconheHenrique Vieira e o gerente geral de Contabilidade, Bruno cimento tão relevante da Anefac, uma instituição tão séria Passos. A entrega do troféu ocorrerá numa cerimônia solene como essa”, afirmou. “Sabemos da nossa responsabilidade em São Paulo, no dia 9 de novembro. de prestar informações objetivas e claras para nossos acioMais de 50 profissionais, incluindo especialistas, estunistas e a sociedade. Estamos sempre aprimorando nossos diosos e professores de universidades renomadas, avaliaram processos internos, para continuarmos nessa jornada de as demonstrações financeiras de 320 empresas brasileiras. qualidade e transparência”, completou Edmilson.

Petrobras bate recordes

A Petrobras informa que bateu recorde trimestral de produção operada de óleo e gás, no terceiro trimestre deste ano, com a marca de 3,98 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), 7,8% acima do segundo trimestre. Além disso, alcançou recorde mensal de produção operada em setembro, com o volume de 4,1 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), 6,8% superior ao registrado em agosto. Esse resultado se deve principalmente ao crescimento da produção (ramp-up, no jargão técnico) das plataformas Almirante Barroso, que opera no campo de Búzios, e P-71, no campo de Itapu – ambas no Pré-sal da Bacia de Santos – e das unidades Anna Nery e Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador – que operam na Bacia de Campos. Outro fator relevante foi o menor número de paradas para manutenção das plataformas no período. O recorde de produção operada mensal foi acompanhado também pelo recorde mensal da produção operada do Pré-sal em setembro, quando a Petrobras atingiu a marca de 3,43 milhões de boed naquela camada. A Petrobras alcançou também a produção acumulada de mais de 27 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) no terceiro trimestre. Desse total, dois terços foram atingidos apenas nos últimos 20 anos, graças ao avanço expressivo do

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@Divulgação

desenvolvimento dos campos em águas ultraprofundas da companhia. “No ano em que a Petrobras completa 70 anos, temos muitos motivos para celebrar. Batemos recordes trimestral e mensal de produção operada, e nossos resultados comprovam a alta produtividade do Pré-sal, esse gigante que coleciona resultados excepcionais. Além disso, desde dezembro do ano passado, já colocamos em operação quatro novas plataformas de produção”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Com a entrada em produção do FPSO Sepetiba, no campo de Mero, prevista até o final do ano, a empresa terá instalado cinco plataformas no período de 12 meses – um verdadeiro marco. Os cinco projetos irão agregar 630 mil barris à capacidade de produção de óleo da empresa. “Nossa produção começou em 1953, com tímidos 3 mil barris por dia, e hoje produzimos diariamente mais de mil vezes esse volume. E vamos continuar contribuindo para o crescimento do país. A Petrobras será responsável pela implantação de metade do número de FPSOs no mundo, nos próximos anos, sempre focando no compromisso com a segurança, diversidade e sustentabilidade”, concluiu Prates. A companhia informa que está revisando sua projeção de produção de óleo e gás, que será divulgada no dia 09/11/2023, em conjunto com os resultados do terceiro trimestre da Petrobras.


Notícias da Petrobras

Petrobras contrata navio para Terminal de Regaseificação de GNL da Bahia A Petrobras fechou contrato de dez anos com a empresa Excelerate Energy, para uso do navio Excelerate Sequoia. Com capacidade de armazenamento de 173 mil m³, e de regaseificação de 23 milhões de m³/d, compatível com os mais modernos da frota mundial, a embarcação vai operar no Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito – GNL – da Bahia (TR-BA), que está conectado à malha integrada de transporte de gás natural. Trata-se de um navio regaseificador de GNL, que transforma o gás natural importado, do estado líquido para o gasoso. “A contratação visa a garantir a continuidade operacional do Terminal de Regaseificação de GNL da Bahia, cuja posse retorna para a Petrobras em 01/01/2024, após o término do arrendamento para a Excelerate. Com isso, garantimos nossa capacidade de oferta para atendimento aos compromissos assumidos, em consonância com o previsto no Planejamento Estratégico da companhia”, assegurou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Companhia, Maurício Tolmasquim. A referida contratação possibilitará, pelos próximos 10 anos, a disponibilidade operacional simultânea do Terminal de Regaseifica-

ção de GNL da Baía de Guanabara (TR-BGUA) e do TR-BA, garantindo a manutenção dos elevados níveis de confiabilidade e flexibilidade oferecidos pela Petrobras, na entrega de gás natural aos seus clientes. O Excelerate Sequoia utiliza tecnologia de última geração, que, além da alta capacidade de regaseificação, confere operação mais eficiente, com baixo consumo de combustível, sendo compatível com o TR-BA e com o TR@Agência Petrobras BGUA. Esse é mais um movimento da Petrobras no caminho de uma transição energética justa, reduzindo emissões e garantindo a necessária flexibilidade para o consumo de gás, de forma complementar à entrada das fontes renováveis.

Petrobras quer fortalecer parceria com Noruega No evento “O papel de Noruega e Brasil na Transição de maneira correta, com muita responsabilidade, e ainda Energética”, da Câmara de Comércio Brasil-Noruega, o precontribuir ainda mais para o Fundo Amazônia”, disse. sidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reafirmou a imporPrates comemorou ainda o fato de que a Noruega é o @ Agência Petrobras quinto país, em valores contratados, com mais tância de a companhia intensificar as parcerias com empresas norueguesas na área de transição negócios firmados com a companhia, em 2022. energética, e citou o país europeu como exemplo Foram R$ 8,6 bilhões em novos contratos assinade atuação justa na área. dos, sendo R$ 18,7 bilhões em valores de contra“A Noruega é um dos países bem-sucedidos em tos já vigentes, e um total de 1.416 fornecedores fazer a transição energética de maneira justa, sem cadastrados. Entre as principais categorias, estão deixar ninguém para trás, formando mão-de-obra, o afretamento de embarcações, logística offshorepensando empresas, transformando negócios re, equipamentos e serviços submarinos, sísmica antigos em modernos, e se tornando em um dos e serviços geofísicos, embarcações de acomodalíderes globais neste tipo de tecnologia. Estamos ção, segurança e transporte. em busca de novas parcerias, de forma intensiva A ministra de Relações Exteriores da Noruega, nesses novos tempos”, afirmou Prates na abertura Anniken Huitfeldt, afirmou que “a Petrobras tem do encontro “O papel de Noruega e Brasil na Transição Energéum papel crítico na transição energética”. Anniken e Prates tica”, no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. reuniram-se com a participação do diretor de Transição EnerO presidente da Petrobras lembrou também que a Noruega gética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, é investidora no Fundo Amazônia, assim como a Alemanha, para apresentar as iniciativas da Petrobras, e estreitar relações e defendeu que a Margem Equatorial pode ser beneficiada, entre a companhia e o país. Também esteve presente ao enconcaso haja mudança no Legislativo que permita fazer contritro o embaixador da Noruega no Brasil, Odd Magne Ruud. buições associadas aos resultados da produção de petróleo e Além da Câmara de Comércio Brasil-Noruega, o evento gás da região. “Devemos trabalhar para uma colaboração foi uma iniciativa do Consulado da Noruega e da Norway Inque, em tempo, nos permitirá esclarecer à opinião pública novation, braço governamental de apoio ao desenvolvimento em geral a importância de desenvolver a margem equatorial de empresas. no 393

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Notícias da Petrobras

Petrobras recebe Prêmio OTC Brasil

A Offshore Technology Conference (OTC) anunciou que a Petrobras receberá o prêmio OTC Distinguished Achievement Award Brasil 2023, em reconhecimento ao desenvolvimento de uma solução tecnológica inédita na indústria offshore mundial, dedicada à construção e intervenção em poços. Considerado de grande relevância para o segmento de águas profundas, o prêmio será entregue à companhia em outubro, durante a edição brasileira da conferência da OTC, no Rio de Janeiro. Para desenvolver a nova solução, a Petrobras utilizou uma combinação inédita: a tecnologia de ancoragem de BOP (Blowout Preventer – equipamento de segurança que controla a pressão do poço), com a análise de riser em tempo real, trazendo como principal ganho a possibilidade de uso de sondas mais modernas de posicionamento dinâmico, em substituição às sondas ancoradas. O novo método reduz em sete dias a duração das intervenções em poços de águas rasas, proporcionando diminuição de custos e redução média de 10% em emissões de gases de efeito estufa. Além disso, reduz em 99% o impacto da ancoragem no fundo do mar – quando comparado com a utilização de uma sonda convencional —, diminuindo na mesma proporção a área impactada no leito marinho. Com isso, a nova solução torna viável operações em áreas congestionadas, ou ambientalmente sensíveis. “No ano em que a Petrobras completa 70 anos, receber mais um prêmio da OTC, que é a principal enti118

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@ Petrobras / Divulgação

dade da indústria offshore mundial, nos deixa muito orgulhosos. É o reconhecimento à capacidade técnica e à competência dos nossos trabalhadores e trabalhadoras, incansáveis na busca pelas melhores soluções e melhores resultados, sempre pautados pelos mais rigorosos padrões de segurança. Ao longo da nossa história, soubemos transformar desafios em tecnologias inovadoras, que moldaram nossa evolução e deixaram um legado sem precedentes para o setor. É preciso reconhecer que, se não fosse a dedicação e excelência dos nossos profissionais, de braços dados com nossos parceiros e fornecedores, não teríamos chegado tão longe”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. A nova solução possibilitou que sondas que atuam em lâminas d´água profundas também operem em locações de águas rasas – sendo adaptadas com o BOP ancorado para essa finalidade. Graças a esse método, a Petrobras realizou a primeira ancoragem de BOP em águas rasas do mundo, dispensando embarcações de ancoragem, reduzindo custos, e permitindo a operação de poços com dificuldade de acesso – um verdadeiro legado para a indústria mundial. Outra vantagem da tecnologia é o aumento considerável na segurança das operações. A Petrobras prevê utilizar essa nova solução em projetos futuros de revitalização de campos maduros, atendendo às demandas ambientais pela operação de poços com menor impacto possível.


Notícias da Petrobras

Petrobras renova medições de vento no mar para gerar energia renovável A Petrobras iniciou a instalação de dispositivos de medição LiDAR (Light Detection and Ranging) em seis plataformas localizadas em águas rasas, no litoral dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Espírito Santo. Os equipamentos integram novas campanhas de medição eólica, que serão realizadas ao longo de três anos. Os dados coletados permitirão a elaboração de uma avaliação detalhada em diferentes áreas do país, com elevado potencial para desenvolvimento de parques eólicos offshore. Os sensores LIDAR serão alimentados por placas solares ou pelos sistemas próprios das próprias plataformas. O sensor óptico LiDAR utiliza feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento, de 30 a 200 metros de altura, gerando dados compatíveis ao ambiente de operação das turbinas eólicas. O primeiro equipamento foi instalado e está operando na plataforma fixa PAG-2, no Rio Grande do Norte. O início das novas campanhas de medição se dá 10 anos após a validação da tecnologia na mesma plataforma, com instalação da primeira torre anemométrica no mar do Brasil, o que permitiu a demonstração do potencial de utilização da tecnologia LiDAR para medição do vento em plataformas, e a elaboração do primeiro Atlas do Potencial Eólico Offshore na região, que era o objetivo da pesquisa. Os outros cinco sensores serão instalados ao longo dos próximos 12 meses. “A instalação do LIDAR na PAG2, há uma década, mostra que a Petrobras é uma empresa inovadora, que sempre buscou superar a barreira do conhecimento. Estamos focados no que há de mais moderno em tecnologias para produção de energias, e investimos em pesquisa e desenvolvimento, ligadas à transição energética justa e inclusiva, visando ao futuro da companhia. O mundo segue nessa direção, e nosso propósito é abrir uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando a expressiva diversidade de fontes energéticas do nosso país”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, explica que, além de ser mais ágil, a instalação dos equipamentos em plataformas da companhia reduz custos: “A campanha de medição é a primeira etapa para o desenvolvimento de projetos de energia eólica, e o uso de equipamentos instalados nas plataformas fixas traz maior agilidade e menores custos aos estudos que, nesse caso, dispensam a instalação de torres anemométricas ou boias. Os dados obtidos a partir dessas medições permitirão definir o potencial para implantação de um parque eólico e, uma vez que ocor-

ra um processo para outorga dos direitos sobre a área para geração de energia, o projeto de engenharia e escolha das tecnologias mais adequadas”, afirma Tolmasquim. Além da nova iniciativa, em seis plataformas em águas rasas, na Plataforma de Rebombeio Autônoma (PRA-1), na Bacia de Campos, uma campanha de medição por LiDAR está em curso desde 2020. A PRA-1 está instalada em local com cerca de 100 m de profundidade, a 120 km do litoral. As medições na PRA-1 permitirão aprimorar o conhecimento das características de longo prazo do vento, em uma região com muitas sinergias com as atividades de E&P da companhia. Em 2022, a Petrobras deu início aos testes da tecnologia @ Petrobras / Divulgação Bravo (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore), no Rio Grande do Norte. A medição por boia é uma das alternativas às torres fixas de medição. O projeto vem sendo desenvolvido com recursos do programa de P&D da ANEEL, e em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), do Rio Grande do Norte e o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE), de Santa Catarina. Espera-se que o desenvolvimento e uso desta tecnologia, inédita no país, possibilite a redução de custos de até 40%, se comparados aos serviços disponíveis no mercado, hoje restritos à contratação no exterior. Em 2018, a Petrobras desenvolveu estudos para um projeto conceitual de engenharia para um primeiro piloto de energia eólica offshore do Brasil. Foram firmadas parcerias com o SENAI do Rio Grande do Norte e as Universidades Federais do Rio Grande do Norte (UFRN), de Juiz de Fora (UFJF) e do Rio de Janeiro (UFRJ), para desenvolvimento de estudos sobre inserção da fonte eólica offshore no Brasil, que permitiram avaliar aspectos da cadeia de valor, dos sistemas elétricos de coleta e conexão à rede, das fundações adequadas às condições brasileiras, e do recurso eólico offshore. O projeto utilizou recursos do programa de P&D da ANEEL. A Petrobras instalou, em 2013, a primeira torre anemométrica do país em ambiente offshore. A torre, de 85 metros, foi instalada inicialmente na Plataforma PAG-02, no Rio Grande do Norte, e posteriormente em três outras plataformas no Rio Grande do Norte e Ceará. Além de avaliar o perfil de velocidade do vento, essencial para a definição da altura de instalação dos aerogeradores, o teste de campo validou a capacidade de medição do LiDAR. Todas essas pesquisas geraram dados e informações que apoiarão as decisões de negócio da empresa em relação às atividades de eólica offshore. no 393

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Notícias da Petrobras

Petrobras assina acordo com bancos chineses A Petrobras assinou dois importantes acordos com os principais bancos da China atuantes no setor de petróleo, gás e energia: o China Development Bank (CDB) e o Bank of China. A celebração dos memorandos de entendimento (MOUs) ocorreu durante a missão estratégica do presidente da companhia brasileira, Jean Paul Prates, à China. Os documentos visam a (i) avaliar oportunidades de investimentos e cooperação em iniciativas de baixo carbono e finanças verdes, (ii) auxiliar a financiabilidade da cadeia de fornecedores nacionais da Petrobras, e (iii) incrementar as trocas comerciais e financeiras entre a Petrobras e empresas chinesas. Os memorandos de entendimento com o China Development Bank e com o Bank of China foram assinados na sexta-feira (25/8) e segunda-feira (27/8), respectivamente, em Pequim, nas sedes das duas instituições. As cerimônias de assinatura dos acordos contaram com a presença do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e do diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Caetano Leite, além dos principais executivos das duas instituições financeiras. Os MOUs são de caráter não vinculante e, após a conclusão das análises técnicas necessárias e das estimativas de custo, prazo e retorno, os projetos estarão em condições de serem apreciados pelas devidas instâncias de aprovação interna, conforme a governança da companhia. Os acordos

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têm prazo de cinco anos e estão alinhados com os elementos estratégicos do Plano Estratégico 2024-28, que visam preparar a Petrobras para um futuro mais sustentável, contribuindo para o sucesso da sua transição energética. As assinaturas dos documentos com China Development Bank e com o Bank of China integram o conjunto de inciativas da missão da Petrobras à China, voltada a fomentar parcerias e negócios com grandes empresas e instituições financeiras chinesas, nos segmentos de exploração e produção, refino e processamento, transição energética e outras áreas da indústria. Jean Paul Prates destacou que as assinaturas dos dois MOUs representam um passo importante de reaproximação da Petrobras com a China, em linha com recentes ações desenvolvidas pela companhia no Brasil e dando continuidade à missão técnica do presidente Luiz Inácio Lula, realizada em abril deste ano. “As duas iniciativas são extremamente importantes para fortalecer nossa parceria com China Development Bank e com o Bank of China. A China será um parceiro decisivo na estratégia da Petrobras para retomar presença global. Enxergamos o mercado chinês como prioritário nesse processo. Vamos buscar oportunidades e trabalhar em parceria com empresas chinesas e de outros países”, afirma Prates.


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