Revitalização de Campos Maduros e Descarbonização: Um Futuro Sustentável para a Bacia de Campos
A indústria de petróleo e gás vive um momento de transformação, impulsionado pela necessidade de aumentar sua produção ao mesmo tempo em que reduz emissões de carbono. Nesse cenário, a revitalização de campos maduros e a descarbonização da matriz energética são estratégias que se complementam para garantir a sustentabilidade e a competitividade do setor frente a energias renováveis. A Bacia de Campos, celebrando 50 anos, faz parte dessas transformações e reafirma seu papel estratégico no futuro energético do Brasil. Nos últimos anos, os campos maduros do mundo vêm passando por processos de modernização e readequação tecnológica, em um esforço crucial para prolongar sua vida útil, maximizando a extração com investimentos relativamente menores em comparação à exploração de novos campos.
Paralelamente, a descarbonização se tornou um imperativo. A indústria do petróleo está sendo desafiada a reduzir sua pegada de carbono, e a transição para uma matriz energética mais limpa passa pela integração de tecnologias de captura e armazenamento de carbono, energia eólica offshore e desenvolvimento de projetos de hidrogênio verde – e a Bacia de Campos deve ser agora, mais que nunca, como um laboratório para inovações.
Esse aniversário da Bacia de Campos é mais do que um marco temporal; simboliza a resiliência e a capacidade de adaptação de uma região que, por décadas, foi o coração da produção petrolífera do país. E nesta edição, você, leitor, pode conhecer ou lembrar um pouco da história dessa Bacia ao mesmo tempo em que pode pesar como outras energias estão comprometidas com a descarbonização da matriz energética, através dos textos das ‘musas da energia’ que entram para os livros didáticos, preparando a próxima geração para os desafios energéticos: nosso respeito nossa admiração e nossas palmas para Fernanda Delgado, Elbia Gannoum e Renata Isfer. E já trazem outras vozes para se juntar a elas. Você, leitor, pode encontrá-las nos corredores da ROGe, a Rio Oil & Gas de nome novo, com muitas novidades, mas a mesma energia – tem uma visão geral sobre os muitos eventos que acontecem em paralelo, vale dar uma olhada.
Esta edição traz também alguns dos muitos eventos que ocorreram no período, as notícias e as impressões de alguns de seus pares. A edição é um complemento de nossos encontros diários pelas mídias sociais e semanais pelas newsletters.
As mudanças do setor inspiram a atualização do nome da Rio Oil & Gas - que agora é ROGe. É tempo de mudar o modo de consumir, de pensar, de comprar, de se expressar. A Petro & Química também está mudando, acompanhando o mercado e suas demandas, leitor, que pediu uma nova forma de ver as informações e notícias, com a mesma credibilidade. Em uníssono, estamos preparados para os novos desafios.
Boa leitura.
O editor
www.editoravalete.com.br
DIRETORIA editoravalete@editoravalete.com.br
Colaboraram nesta edição com informações e imagens as assessorias de imprensa e profissionais de marketing
59. Revitalização da Bacia de Campos mais produção com maiores cuidados ambientais
65. O Hidrogênio verde e a transição energética do Brasil
67. O papel das eólicas e novas tecnologias para a descarbonização
69. Energia e Descarbonização - Papel do Biogás na Descarbonização
70. Bacia de Campos: Compartilhamento de instalações e a Descarbonização das atividades
46 51
14. especial
14. Roadshow Van Showroom Móvel Presys Instrumentos e Sistemas
16. Abiquim: há 60 anos fortalecendo a indústria química brasileira energética do Brasil
20. O valor do pensamento sistêmico no setor de óleo, gás e energia
22. Valmet fortalece oferta de válvulas com melhorias no Valve Center Sorocaba
24. Bacias de energia premium: foco na redução de emissões à medida que a demanda por petróleo e gás persiste
26. Investimentos chineses no Brasil entram em nova fase
28. EPE comemora 20 anos de sucesso
30. jornal
30. Renúncias fiscais de 267 empresas do petróleo somam $260 bilhões
31. Projeto Gestão Adequada de Substâncias Químicas no Brasil
32. Província Mineral do Tapajós tem áreas mais favoráveis para mineralização
34. Governo de Minas anuncia investimento privado de mais de R$ 200 milhões
34. Sistemas de injeção consagrados
36. Diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil é homenageado
38. FUP se reúne com ministro do TCU para discutir regulamentação do Fundo Social do Pré-Sal
Integração
Energia elétrica Aquecimento, gás Água
Pressão do ar Temperatura Monitoramento de condições www.beckhoff.com.br/energy-data-management
Detecção
Apoiando os sistemas de gestão de energia para otimizar custos, o controle baseado em PC da Beckhoff oferece a possibilidade de monitorar, mensurar e analisar dados de energia por um sistema de monitoramento totalmente integrado ao sistema de controle padrão. Componentes específicos de entrada e saída viabilizam o registro altamente preciso e transparente de todos os dados de energia da empresa – da administração a cada um dos atuadores em todas as unidades de produção. O processamento e a análise dos dados são feitos pelo software de automação TwinCAT, de forma a explorar ao máximo o potencial de economia, firmando as bases para conformidade com a norma DIN EN ISO 50001. Fieldbus, EtherCAT OPC UA, servidor de base de dados
Análise, monitoramento Sistema de gestão de energia
Big Data
Beckhoff Automação Industrial Ltda.
Santo André – SP Telefone: (11) 4126-3232
info@beckhoff.com.br
CLIQUE E SAIBA MAIS
POR DENTRO DA ROG.E
“A proposta é estimular um amplo debate sobre temas essenciais para o desenvolvimento do setor de energia e para o progresso socioeconômico do país. Colocaremos em sinergia debates sobre a financiabilidade da evolução energética, as possibilidades das novas tecnologias verdes, a necessidade de maior equidade de gênero e raça no mercado, além das demandas corporativas para entrar no mercado de trabalho”
Victor Montenegro, Gerente Executivo de Eventos e Novos Negócios do IBP.
Entre os dia 23 a 26 de setembro, o Boulervard Olímpico, Rio de Janeiro recebe a ROG.e, organizada pelo IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, que ainda promove sete eventos paralelos (CONFIRA TODOS NA SEQUENCIA) nesta edição 2024. Os eventos vão abordar temas centrais para o setor de energia: das inovações tecnológicas às melhores práticas de segurança de exploração de petróleo e gás; das ações de diversidade, equidade e inclusão às perspectivas de desenvolvimento na carreira de jovens talentos; do progresso das fontes eólicas e solar aos desafios das atividades em campos maduros.
Congressistas e visitantes podem acompanhar essas discussões na área de exposição da ROG.e, que contará ainda com estandes de mais de 550 empresas, reunindo lideranças e profissionais do setor de energia, autoridades, público acadêmico e pessoas interessadas nos temas, proporcionando um ambiente de troca de ideias e experiências, aprendizagem, desenvolvimento profissional e networking. “Este é o espírito da ROG.e ao ‘Conectar Energias’”, completa Montenegro.
Localização: Palco Principal
O iUP Innovation Connections vai apresentar as últimas inovações do setor de petróleo, gás e energia às empresas – incluindo soluções de baixo carbono – para fomentar parcerias e investimentos, além de explorar desafios e oportunidades. Mas atenção: o ingresso é à parte, o espaço conta com plenárias, que trazem debates e apresentações sobre tendências, cases e demandas da indústria de energia; sessões keynotes, nas quais CEOs e líderes do mercado apresentarão suas visões para a indústria e o ecossistema de inovação; masterclasses com especialistas e nomes de referência do setor sobre tecnologia, inovação, captação de investimentos e gestão de startups; speed dating, em que as startups poderão apresentar seus produtos e serviços em rodadas de conversa, e a indústria poderá interagir para esclarecer dúvidas; e exposição das startups.
Outras ações previstas são pitches de startups – com as melhores concorrendo a cinco vagas para o CERA Week Innovation Agora 2025 – e a Competição Acadêmica, uma ‘gincana’ na qual estudantes poderão contribuir para o desenvolvimento de ideias e inovações para a indústria de O&G, com o desafio ‘Long Duration Energy Storage”.
Já estão confirmados nomes como Alfredo Renault, Diretor do Centro de Tecnologia de Baixo Carbono da COPPE/UFRJ; Isabel Waclaweck, Diretora de PD&I da TotalEnergies; Maiza Goulart, Gerente Executiva do CENPES; Patricia Grabowsky, Gerente Executiva de Pessoas e Inovação na Ocyan; e Ada Jakobsen, CEO da Maritime Cleantech.
A programação tem participação das startups Aevo, Agile Spray Response, Ajna Tech, Atomum, Cognittiv, Checklistfácil, Evcomx, Geowellex, Hipermation, IndustriALL, Intcom, Kriativar, ManejeBem, Melvin, Pix Force, RFID Brasil, Smarthis, Tidewise, Vertesis, Vidya, Recicli, Econam, ESG Scan, Incentiv, dtLabs, Sva Tech, 2Solve, Academia do Universitário, Katalisar, EZVolt, Voltpile e Mundi Game Experiences, além de ter a FIEMG Lab e a Finep como parceiras do speed dating.
Localização: Armazém Principal, 2º andar
Localização: Armazém Principal
As energias renováveis também têm um local dedicado só seu: a Arena de Renováveis e Biocombustíveis é um espaço para relacionamento, disseminação de conhecimento e debate sobre avanços tecnológicos e estratégias operacionais de fontes eólicas (onshore e offshore), solares e tecnologias verdes, além de contar com diálogos entre lideranças com foco nos avanços regulatórios, tecnologias avançadas e prioridades para a segurança energética nacional.
Durante os quatro dias da programação, a Arena de Lubrificantes traz participação de especialistas para dialogar sobre a tecnologia de aditivos, sustentabilidade, transição energética, mercado e qualidade, desafios da eletrificação e frota Euro VI. A agenda contará ainda com uma tarde de autógrafos com Felipe Batista, piloto da Stock Car.
Localização: Entre os Armazéns 2 e 3
O Young Summit é direcionado para que estudantes, jovens profissionais e gestores da indústria possam expandir seus conhecimentos, trocar experiências e desenvolver habilidades. A programação, apenas nos dias 23 e 24, tem palestra de abertura do Secretário-Geral da OPEC, Haitham Al Ghais, e do Presidente do IBP, Roberto Ardenghy, e as discussões estão organizadas a partir de três pilares: carreira e liderança; transição energética; e empreendedorismo e inovação.
O espaço contará ainda com a presença de Flavio Canto, Embaixador do Instituto Reação Offshore da PRIO, patrocinadora da arena, e abordará saúde mental, inteligência artificial, o papel do jovem profissional na liderança da transição energética, conflitos geracionais e o papel da mentoria no crescimento profissional.
Localização: Entre os Armazéns 3 e 4
Só dias 23 e 24, o Fórum Onshore analisa a viabilidade técnica e econômica de campos maduros e acumulações marginais; a fase de exploração da bacia madura às novas fronteiras exploratórias; os mercados de bens e serviços para os projetos de E&P onshore; os cenários de consolidação do mercado; e a alocação de capital e investimentos em E&P; entre outros.
Localização: Entre os Armazéns 2 e 3
A primeira Arena de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) é um espaço dedicado ao debate e reflexão sobre o desafio de tornar a indústria de energia mais diversa e inclusiva. A agenda conta com uma série de painéis, palestras e momentos especiais, abordando a interseccionalidade entre pautas raciais, de gênero, LGBTQIAPN+ e inclusão de pessoas com deficiência. A curadoria técnica foi realizada pelas embaixadoras Solange Guedes e Ieda Yell, com o apoio dos Grupos de Trabalho de Raça e Etnia, Gênero e Pessoas com Deficiência (PcD) do IBP. Só nos dias 25 e 26.
Localização: Entre os Armazéns 3 e 4
Nos dias 25 e 26, o XII Seminário de Segurança Operacional e Meio Ambiente da ANP (SOMA) debate o desempenho da segurança operacional das atividades de exploração e produção (E&P) de petróleo e gás no Brasil, conforme o Relatório Anual de Segurança Operacional de 2023 do órgão regulador. Além disso, serão debatidos com o mercado os principais desafios da atividade, destacando-se as decisões e orientações da ANP na busca por uma indústria mais segura e sustentável. Também traz temas como interdições e integridade de instalações, incidentes e integridade de poços e auditorias de estaleiro. Já com o foco em segurança operacional e o futuro, o evento vai discutir regulação e descomissionamento, poços órfãos, hidrogênio e a segurança operacional. Pensando em sustentabilidade e preservação do meio ambiente, a programação trará debates sobre novos critérios socioambientais para a inclusão de blocos na Oferta Permanente de Concessão, a implementação do marco regulatório de Captura e Estocagem de Carbono (CCS) e novas diretrizes para a descarbonização das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural.
Localização: o evento acontece a partir das 8h30, no escritório da empresa, localizado no Boulevard Olímpico, que se tornará um estande com ativações e experiências da ROG.e 2024.
PARA PARTICIPAR, CLIQUE AQUI
Um evento paralelo diferente, promovido pela Subsea7, reúne lideranças em mesa redonda sobre ‘Política Industrial e Conteúdo Local na Produção de Energias Offshore’
O encontro reune o Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da Ministério de Minas e Energia (MME), Pietro Mendes; o Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy; a Diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Margarete Gandini; e o Presidente Executivo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (ABESPetro), Telmo Ghiorzi.
“Nosso objetivo é trazer importantes lideranças para discutirmos os principais desafios e oportunidades relacionados ao futuro da energia e suas implicações para o mercado global. Sabemos que o investimento local cria oportunidades para as empresas, aumentando a capacitação do mercado interno e desenvolvimento da economia, com isso possibilita assegurar a soberania energética do país”
Yann Cottart, Vice-Presidente da Subsea7 para o Brasil.
dia 23
09:00 – 10:20
Cerimonia Abertura Oficial
Palco Petrobras 1
14:00 - 15:00
Novas tecnologias e descarbonização da cadeia do gás natural
Potencialidades e oportunidades em energias renováveis no mundo
Eduardo Ricotta, Jens Peter Zink, Luiz Barroso, Rogério Zampronha
Palco Petrobras 1
17:00 - 17:30
Strategic Talks
Roberto Ardenghy, Magda Chambriard
Palco Petrobras 1
17:30 - 18:30
Cerimônia de encerramento
Palco Petrobras 1,2
IUP INNOVATION CONNECTIONS
16:10 - 17:10
Competição Acadêmica
Palco Principal
17:20 - 18:20
Competição Acadêmica
Palco Principal
ARENA RENOVÁVEIS E BIO
18:00 - 19:00
O Potencial das Energias Renováveis no Rio de Janeiro
Sergio Coelho, Karine Fragoso
Armazém Principal (2º andar)
18:30 - 19:00
Coquetel
Armazém Principal (2º andar)
SOMA - SEMINÁRIO DE SEGURANÇA
OPERACIONAL E MEIO AMBIENTE DA ANP
17:55 - 18:25
Encerramento
Luiz Bispo
Praça 3/4
Roadshow Van Showroom Móvel Presys Instrumentos e Sistemas
A VAN - Show Room Móvel Presys está realizando um evento técnico móvel com o objetivo de estimular o conhecimento dos fundamentos da Metrologia Avançada e as ações de Calibração de Instrumentos (Metrologia 4.0).
A ideia é alcançar não apenas os profissionais de calibração, mas abrangendo os usuários de serviços metrológicos para que entendam o que é e como é calibrar de forma inovadora & inteligenteo.
A saída desta jornada foi dia 02/09/24 da sede Presys, em São Paulo-SP, com a primeira parada na cidade de Piquete-SP, numa visita na empresa Imbel; depois dois dias apresentando a Van Móvel no evento Expo Isa Vale, em Lorena-SP.
Dia 06/09/24 começou a Rota Destino Bahia: aproximadamente 4.000 km (1.000 km só dentro da Bahia), 10 empresas, 04 estados e 08 cidades no percurso, com previsão de impactar mais de 300 profissionais da indústria.
A previsão é de impactar diretamente mais de 300 profissionais do segmento.
Newton Bastos, gerente de desenvolvimento de negócios e Romeu Silva, da área de suporte técnico, da Presys estão à frente dessa jornada
ACESSE O CONTEÚDO COMPLETO
Cursos. Treinamentos.
Demonstrações.
Abiquim: há 60 anos fortalecendo a indústria química brasileira
André Passos Cordeiro, presidente executivo da Abiquim - Associação Brasileira da Indústria Química conversou com o presidente do Conselho de Administração da Ultrapar Participações e membro do Conselho Consultivo da Abiquim, Pedro Wongtschowski, um dos executivos mais respeitados do setor químico no Brasil, presidente da Oxiteno por 15 anos, vice-presidente do Conselho diretor da Abiquim por mais de uma década, acionista do grupo Ultra.
O executivo poderia parar por aí, mas destacou vários momentos importantes da indústria química e da Abiquim, fundada no dia 16 de junho de 1964 e que teve Júlio Sauerbronn de Toledo como seu primeiro presidente (Rhodia); seis décadas depois, Daniela Manique, presidente do Grupo Solvay na América Latina, foi eleita presidente do Conselho Diretor da Abiquim para o período de 2023 a 2025.
“O Brasil conseguiu nos últimos 40 anos criar uma indústria química moderna, competitiva, que atende muito bem ao mercado doméstico e tem também uma posição razoável no mercado internacional, mas é um setor complexo e notoriamente cíclico, ou seja, poucos períodos de anos bons são sucedidos às vezes longos períodos de anos ruins e isso faz com que a gestão de uma empresa tenha que ser muito cuidadosa. A natureza das interfaces que o setor químico tem com outros setores da economia, a dependência de matérias primas fornecidas em parte por empresas estatais ou ligadas à união de alguma forma, e a complexidade das questões ambientais exige uma associação forte que congregue as empresas do setor e que as represente adequadamente. Então acho que é um papel que a Abiquim tem exercido nestes 60 anos bem”, afirmou Pedro Wongtschowski.
A associação sempre teve grandes nomes à sua frente, como Paulo Cunha (Oxiteno), Carlos Mariani Bittencourt, Bernardo Afonso de Almeida Gradin (Braskem), Henri Armand Slezynger (Unigel), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira (Ipiranga) e tantos outros. A Abiquim liderou a questão dos cuidados com o meio ambiente implantando, na década de 1990, o programa Atuação Responsável, com um sistema
ASSISTA NA ÍNTEGRA
Júlio Sauerbronn (à esquerda) com Ernane Galvêas, do Ministério da Fazenda (1967)
@AbiquimArquivo
de avaliação nas áreas de saúde, segurança, meio ambiente e qualidade – o Sassmaq. O embrião dos programas nacionais de segurança e meio ambiente estão aqui, com certeza.
Abiquim sempre procurou mostrar com dados os empecilhos e os caminhos possíveis para melhorar os fluxos e as relações de trabalho, com o governo e a sociedade – no micro e macro universos –como ao discutir o atual cenário da indústria brasileira, ressaltando a importância de ações no curto prazo, que abram horizontes para aproveitar as oportunidades de longo prazo. Dentro desse contexto, estão as discussões sobre o suprimento e preço de gás natural, frações secas e líquidos - no curto prazo avançar no contrato global de suprimento para a indústria química, via mercado livre; no médio e longo prazos, trabalhar para possibilitar oferta suficiente a preço que viabilize a competitividade da indústria química como um todo, além de novos projetos – seja para o metano (fração seca do gás natural), como para o etano (líquido do gás natural).
“É crucial uma solução conjunta para garantir segurança regulatória em termos ambientais, tanto do ponto vista operacional como o de expectativas econômicas. Essa segurança é de suma importância para a eficiência das operações atuais e para as decisões de investimentos futuros,” afirma André Passos Cordeiro.
Numa visão macro, a Abiquim está atenta às questões ambientais e, representada por Camila Hubner Barcellos, gerente de Assuntos Regulatórios e Sustentabilidade, participou em junho, na sede da Embaixada da França, em Brasília, de evento que abordou o papel do Brasil na proteção do oceano
e na luta contra a poluição plástica, bem como as perspectivas de cooperação na preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, em Nice, e a COP30, em Belém, em 2025.
Segundo Hubner, o avanço de políticas públicas se dá a partir de um processo que abraça diferentes pontos de vista e envolve as diferentes partes interessadas. Ela destacou que no Brasil – de acordo com dados da Abrema - Associação Brasileira de
Divulgação
Reprodução
Resíduos e Meio Ambiente 39% dos resíduos sólidos urbanos são dispostos inadequadamente, apesar dos quase 14 anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), indicando pouco avanço na adequação do manejo de resíduos sólidos no Brasil. “Ao mesmo tempo que temos um desafio grande na gestão de
química instalada no país possui plenas condições de ser competitiva globalmente, além de ser uma ferramenta central de promoção do desenvolvimento sustentável brasileiro”, completa.
Para o presidente-executivo da Associação, uma vez revertido o atual momento crítico, será possível
resíduos, temos uma oportunidade para inserção dos resíduos na cadeia de valor. Nesse sentido, a indústria química vem trabalhando e inovando para possibilitar o uso de novas tecnologias e produtos no processo de transição da economia linear para circular”, enfatizou a gerente da Abiquim.
Provedora de matérias-primas e soluções para diversos setores econômicos - agricultura, transporte, automobilístico, construção civil, saúde, higiene e até aeroespacial - a indústria química instalada no Brasil é a mais sustentável do mundo: para cada tonelada de químicos produzida, ela emite de 5% a 51% menos CO2 em comparação a concorrentes internacionais, além de possuir uma matriz elétrica composta por 82,9% de fontes renováveis – no mundo, essa média é de 28,6%. Esta marca só foi possível graças a uma série de pesquisas, inovações e melhorias que foram introduzidas pela química ao longo dos anos, paulatinamente, como a eletrificação de equipamentos e produção in loco de energia renovável, bem como a migração de fontes fósseis para insumos alternativos, como o etanol.
Essas e tantas outras ações foram reconhecidas: como parte das celebrações dos 60 anos da Abiquim, na sede da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), uma sessão solene aberta ao grande público homenageou a Abiquim com a presença de autoridades, representantes das indústrias do setor, entidades de classe e imprensa.
Segundo André Passos Cordeiro, presidenteexecutivo da Abiquim, em um ano tão especial, é importante enfatizar a relevância e a força da indústria química brasileira que é a mais sustentável do mundo. “Ainda sob um dos momentos mais desafiadores da história do setor – impactado pelo atual cenário geopolítico, sobretudo pelo elevado surto de importações predatórias - a indústria
atrair investimentos no sentido de tornar o Brasil menos vulnerável em cadeias estratégicas, e criar valor agregado às riquezas naturais e às vantagens comparativas de que o país dispõe. Ao final, continua Passos, esses investimentos criarão empregos, ajudarão a adicionar valor ao PIB e melhorarão a arrecadação do governo, além de impulsionar o crescimento da própria indústria química e de todas as demais que dependem da química em suas bases de produção.
“No ano em que celebramos 60 anos, reforço que a Abiquim segue inspirada em direção ao futuro. Nosso legado nos dá energia e experiência para liderarmos agendas estratégicas como gás natural, bioprodutos, energias renováveis, saneamento – questões que estão ligadas, sobretudo à neoindustrialização – além de temáticas relacionadas à diversidade, igualdade e inclusão no setor químico. Convido a todos, portanto, a celebrarmos juntos os 60 anos da Abiquim, brindando toda a sua trajetória, bem como a força e a resiliência do setor. Em constante evolução, a Abiquim segue com o compromisso de fortalecer cada vez mais a indústria química brasileira, lembrando que não existe país forte, sem uma indústria forte”, finaliza Passos.
O valor do pensamento sistêmico no setor de óleo, gás e energia
por: Victor Venâncio – Diretor de Soluções Digitais Latam – Samson Group.
O Brasil possui uma posição de destaque no cenário Global quando falamos de energia. Ocupamos a 9ª posição em produção de óleo e gás, temos o 8º. maior mercado consumidor, possuímos o 9º. maior parque de refino do mundo e somos um exemplo a ser seguido em termos de energias renováveis, possuindo atualmente, mais de 40% de nossa matriz energética, gerada por fontes de energias renováveis.
Todo este volume de negócios da cadeia de valor do setor de óleo e gás, representa um impacto bastante significativo no PIB do Brasil, sendo atualmente, na ordem de cerca de 15% do PIB nacional .
Enquanto a indústria extrativista cresce sua representatividade no PIB, infelizmente a indústria de transformação está reduzindo sua participação no PIB.
Isso significa que as organizações atuantes no setor de energia, precisam atuar cada vez mais com um nível elevadíssimo de excelência operacional, pois seu impacto, dentro de uma visão sistêmica, vai muito além da produtividade de um determinado campo offshore ou capacidade de refino, estamos falando de um impacto significativo no PIB de nosso país.
fornecendo válvulas de controle para aplicações críticas ou serviço severo, skids montados, serviços especializados de manutenção, gestão do ativo válvulas e soluções digitais, como a plataforma SAMGuard AI para predição de performance industrial e falhas de toda refinaria ou plataforma, ou o SAM Valve Management, que oferece predições de falhas em válvulas de controle e on-off.
Como vimos, o impacto financeiro de uma válvula ou de um sistema de predição usando AI , vai muito além do impacto na produção. O critério da qualidade, reputação, compromisso com o meio ambiente e boas práticas de ESG por parte do fornecedor, trazem um ciclo positivo de geração de valor compartilhado por toda sociedade, que não podemos desperdiçar. Numa visão sistêmica, você não muda um equipamento porque ele melhora somente uma parte de seu processo, sem considerar seu impacto no todo. Uma parte nunca é modificada a menos que
Desta forma, usar produtos e serviços de alto padrão de qualidade que usam tecnologia no estado da arte, passa a ser um requisito ainda mais fundamental para as empresas do setor de óleo, gás e energia. Contar com fornecedores que proporcionam geração de valor comprovada, ajuda significativamente na garantia da eficiência operacional, melhoria contínua e descarbonização.
Neste contexto, o Samson Group tem colaborado com diversas empresas atuantes na cadeia de valor do setor de energia, sejam elas convencionais ou renováveis, a atingirem suas metas corporativas,
melhore o todo. Quando aplicamos este conceito de System Thinking, ou pensamento sistêmico, ou mesmo visão sistêmica, temos a percepção do impacto abrangente de uma relativa simples troca de um equipamento, válvula ou sistema, além das fronteiras da organização.
Entre em contato conosco para ver como o Samson Group pode atuar colaborativamente nesta agenda positiva no setor de óleo, gás e energia.
EVERYTHING FLOWS WITH SAMSON GROUP
A RELIABLE PARTNER FOR ENERGY INDUSTRY
FIRST CLASS PRODUCTS
VALUE CREATION SERVICES
SAMSON GROUP: FORNECENDO SOLUÇÕES PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL!
Com atuação em diversos elos da cadeia de valor do setor de energia, oferecemos válvulas para controles críticos e serviços severos, soluções digitais e serviços especializados, gerando maior eficiência energética e reduzindo desperdícios operacionais, colaborando para atingir seus objetivos estratégicos.
Maximizamos o impacto da sua estratégia de ESG!
Contribuímos diretamente em diverson Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da sua matriz de materialidade, sempre em total sintonia com o nosso compromisso de promover um mundo mais limpo e eficiente.
Soluções Inovadoras e tecnologias digitais para um mundo mais sustentável!
O Samson Group fornece produtos e serviços que auxiliam clientes em todo mundo a reduzir as emissões de GEE e poluentes em seus projetos de descarbonização e uso de energias renováveis em aplicações upstream, midstream ou dowstream, entregando confiabilidade que gera valor.
Estamos posicionados globalmente para atender as necessidades dos nossos clientes do setor de energia. Disponibilizamos o portfólio completo de válvulas,soluções customizadas, seviços de manutenção e tecnologias digitais avançadas, como o uso de IA para manutenção preditiva e predição de performance industrial. Nosso foco é aumentar a eficiência operacional,garantir a proteção ambiental e impulsionar a competitividade da sua empresa como um todo.
SAMSON Group: Everthing Flows
Ex-d, INMETRO
Valmet fortalece oferta de válvulas com melhorias no
Valve Center Sorocaba
Hub localizado em Sorocaba fabrica mais de 12 mil válvulas anualmente e conta com mais de 6 mil itens no centro de distribuição
Reforçando seu propósito de ser líder global no fornecimento de tecnologias e soluções para as indústrias de processo, a Valmet oferece uma linha completa de válvulas, atuadores, posicionadores e bombas, posicionando-se como um dos principais players com ampla oferta para válvulas em aplicações críticas. A multinacional disponibiliza equipamentos de controle e automação industrial de altíssima qualidade, além de uma vasta gama de serviços inteligentes que garantem alta confiabilidade. As renomadas marcas Neles™, Jamesbury™, Flowrox™, Stonel™, Neles Easyflow™ e Valvcon™ compõem o portfólio de válvulas, bombas e tecnologias de automação conhecidas por sua qualidade e máxima segurança.
As válvulas desempenham um papel crucial nas indústrias de processo. Embora o controle preciso do fluxo tenha um impacto direto na qualidade dos produtos finais, a seleção correta da válvula pode melhorar significativamente a eficiência e a sustentabilidade do processo. Isso se traduz em economias, redução das emissões de carbono, diminuição do consumo energético operacional e outros custos gerais. As válvulas, especialmente quando combinadas com posicionadores inteligentes e maiores níveis de automação, podem fazer uma grande diferença na performance das fábricas.
Para estar sempre próxima dos clientes, a empresa possui em Sorocaba (SP) o Valmet Valve Center, uma unidade que atua como um hub para a América Latina. Além de fabricar válvulas e conjuntos (acoplando atuadores e posicionadores a elas), 100% dos produtos são testados, garantindo a segurança dos equipamentos. A fábrica entrega mais de 12 mil válvulas anualmente e conta com mais de 6 mil itens em seu centro de distribuição, definidos a partir de um estudo da base instalada, o que assegura uma entrega mais rápida, especialmente nos casos de paradas da linha ou da fábrica. A empresa atende diversas indústrias, como celulose, papel e
bioprodutos, energia renovável, refino de petróleo e gás, mineração e processamento de metais, produtos químicos, entre outras.
Combinação perfeita: tecnologia global com suporte local
Um dos principais diferenciais da Valmet é a oferta exclusiva, com tecnologia renomada e especialistas espalhados pelo mundo que auxiliam a equipe brasileira.
No Valmet Valve Center, são realizados diversos treinamentos que facilitam a capacitação de equipes de instalação, operação e manutenção por meio de demonstrações práticas, destacando a importância dos detalhes nos processos e a criticidade dos produtos na instalação do cliente. A unidade conta ainda com equipes de aplicações e gerenciamento de projetos que compreendem as necessidades dos clientes.
Sobre a Valmet:
Recentemente, a Valmet realizou uma série de investimentos e melhorias em seu processo produtivo com base na metodologia Lean, redefinindo processos, eliminando desperdícios e reduzindo lead times. A empresa também está fortalecendo sua estrutura de atendimento para estar ainda mais próxima dos clientes. Essas ações colocam a multinacional finlandesa em uma posição de destaque no fornecimento de válvulas no mercado latinoamericano, tornando-a uma forte parceira estratégica.
A Valmet possui uma base global de clientes em diversas indústrias de processo. Somos líderes globais no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia e, com nossas soluções de automação e Flow Control, atendemos uma base ainda mais ampla de indústrias de processo. Nossos mais de 19.000 profissionais em todo o mundo trabalham próximos aos nossos clientes e estão comprometidos em impulsionar o desempenho de nossos clientes – todos os dias. A empresa tem mais de 220 anos de história industrial e um forte histórico de melhoria e renovação contínuas. As vendas líquidas da Valmet em 2023 foram de aproximadamente 5,5 bilhões de euros. As ações da Valmet estão listadas na Nasdaq Helsinki e sua sede fica em Espoo, na Finlândia.
Bacias de energia premium:
foco na redução de emissões à medida que a demanda por petróleo e gás persiste
Apesar da transição energética acelerada, o petróleo e o gás permanecerão centrais para a matriz energética global no futuro previsível, pois as principais fontes de hidrocarbonetos continuam a satisfazer a demanda global de energia primária, que deve exceder 650 exajoules (EJ) nos próximos anos.
A Rystad Energy estima que até 2030, mais de 75% da demanda total será atendida por combustíveis fósseis, com o aumento das emissões como resultado. Uma parcela significativa dessas emissões será originada de atividades upstream, particularmente extração de hidrocarbonetos e queima de gás. Aproximadamente três quartos dessas emissões estarão ligadas ao processo de extração de hidrocarbonetos, enquanto o quarto restante resultará da queima de gás. Esperase que isso contribua com cerca de 1,1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) anualmente nos próximos anos.
Isso ressalta a importância contínua dos hidrocarbonetos, ao mesmo tempo em que destaca a necessidade de empresas de petróleo e gás construírem portfólios sustentáveis e reduzirem suas emissões de Escopo 1 e Escopo 2 para atingir metas de médio e longo prazo. À medida que as organizações upstream trabalham para se transformar em participantes de energia integrada e descarbonizar suas operações, é crucial não apenas atingir as metas de transição, mas também minimizar a pegada de carbono das atividades upstream, com a extração desses recursos respondendo por mais de
“Algumas bacias selecionadas têm o potencial para que os participantes upstream se descarbonizem enquanto continuam a atender à demanda de petróleo e gás. No entanto, a corrida para descarbonizar depende de três fatores cruciais: acelerar o investimento, superar os desafios geográficos e modificar a infraestrutura existente. Essas mudanças são essenciais para desbloquear todo o potencial dessas bacias e para que os participantes upstream atinjam suas metas de descarbonização”.
Palzor Shenga, vice-presidente de pesquisa upstream, Rystad Energy.
800 milhões de toneladas de CO2e a cada ano.
À medida que investidores e governos intensificam seu foco em metas de redução de carbono, identificar bacias que podem ajudar a reduzir o impacto geral das emissões está se tornando cada vez mais importante. Bacias de energia premium (PEB) — um termo cunhado pela Rystad Energy — são particularmente valiosas porque são ricas em reservas de hidrocarbonetos e oferecem potencial para integrar fontes de energia de baixo carbono. Como tal, elas fornecem uma plataforma ideal para abordar os desafios de emissão combinando volumes substanciais de hidrocarbonetos com oportunidades para incorporar soluções de baixo carbono para
reduzir as emissões gerais.
Tendo analisado PEBs com base em sua disponibilidade de recursos de hidrocarbonetos restantes, custo de desenvolvimento, emissões e disponibilidade de novas fontes de energia, como eólica e solar, juntamente com sua adequação para armazenamento de carbono, as bacias da Arábia Central e Rub Al Khali se destacam como bacias ricas em recursos e com eficiência de carbono, com potencial significativo. Essas bacias do Oriente Médio estão na vanguarda dos PEBs e desempenham um papel fundamental nos volumes globais convencionais descobertos, especialmente à medida que as descobertas globais diminuem e a atividade de exploração atinge o pico. Separadamente, essas bacias também pontuam alto em termos de potencial renovável, com ambas oferecendo mais de 6,2 gigawatts (GW) combinados de capacidade solar instalada e futura.
Desde 2015, essas bacias contribuíram com aproximadamente 40 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em volumes recém-descobertos, divididos igualmente entre líquidos e gás. O Delta do Nilo do Egito, impulsionado pela descoberta gigante de gás Zohr da Eni no Mar Mediterrâneo, ocupa o terceiro lugar com cerca de 5 bilhões de boe descobertos durante esse período, seguido pelas bacias US Gulf Deepwater (3,7 bilhões de boe) e Central Asian Amu-Darya (3,6 bilhões de boe).
Com despesas de capital combinadas de US$ 638
bilhões, as bacias Rub Al Khali, US Gulf Deepwater e Central Arabian tiveram os maiores investimentos greenfield desde 2000. Devido aos vastos volumes descobertos, o custo unitário de desenvolvimento nas duas bacias do Oriente Médio foi inferior a US$ 2 por boe.
Em contraste, o menor tamanho médio de recursos na Bacia de Águas Profundas do Golfo dos EUA, exclusivamente offshore, levou os custos de desenvolvimento para mais de US$ 9 por boe, com apenas a Bacia Viking Graben (US$ 11 por boe) no noroeste da Europa tendo um custo de desenvolvimento mais alto. Investimentos significativos também foram feitos no desenvolvimento de recursos na Bacia de Santos, no Brasil (US$ 153 bilhões) e na Bacia de North Carnarvon, na Austrália (US$ 140 bilhões).
Vários PEBs oferecem potencial significativo para armazenamento de carbono, particularmente em campos de petróleo e gás abandonados ou em fim de vida útil, que são adequados para recuperação aprimorada de petróleo ou armazenamento permanente. Essas bacias estão sendo cada vez mais utilizadas para captura e armazenamento de carbono devido às suas propriedades geológicas.
Aquíferos salinos profundos são especialmente promissores, com a US Gulf Deepwater Basin liderando o caminho entre os PEBs em potencial de armazenamento de CO2, ostentando 750 gigatoneladas de capacidade de aquífero salino.
Investimentos chineses no Brasil entram em nova fase
Em 2023, dos 29 projetos de investimentos chineses no Brasil, 72% foram direcionados a energias verdes e setores relacionados – 16 pontos percentuais a mais do que em 2022 e a maior participação registrada desde o início da série histórica em 2007. Os aportes nesses segmentos foram impulsionados pela continuidade dos investimentos das montadoras de veículos elétricos GWM, em sua fábrica em Iracemápolis, interior de São Paulo, e da BYD, que passou a ocupar o antigo complexo industrial da Ford em Ca¬maçari, na Bahia.
As informações são da pesquisa “Investimentos chineses no Brasil – 2023: novas tendências em energias verdes e parcerias sustentáveis”, publicada pelo CEBC - Conselho Empresarial Brasil-China, com patrocínio do Bradesco Corporate.
No evento de lançamento da publicação, realizado de forma virtual, Tulio Cariello, autor da pesquisa e Diretor de Conteúdo do CEBC, destacou que os investimentos chineses no Brasil cresceram 33% em 2023, somando US$ 1,73 bilhão, com empreendimentos majoritariamente voltados ao segmento de eletricidade, que atraiu 39% do valor, incluindo projetos em hidrelétricas e energias solar e eólica.
“Logo em seguida, o setor automotivo teve participação de 33%, com crescimento constante desde 2021 e iniciativas voltadas exclusivamente a carros elétricos ou híbridos”, afirmou Cariello.
Presentes no evento, representantes da GWM e da BYD acreditam que é possível criar no Brasil e no seu entorno regional cadeias produtivas completas que incluam não apenas a fabricação de veículos eletrificados, mas também o processamento de minerais estratégicos para o setor e a produção de baterias elétricas.
Mas eles ressaltaram que é necessário ter mais clareza nas políticas públicas para o segmento, já que se trata de investimentos de grandes valores.
“Qual é o papel da eletrificação nas diretrizes de sustentabilidade que o Brasil tem?”, perguntou Ricardo Bastos, Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da GWM e Presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), afirmando que o Brasil precisa estar conectado com a eletrificação, produzindo veículos elétricos em território nacional.
“Falta uma política de Estado para o país receber mais investimentos e ser protagonista global nessa agenda sustentável”, completou Marcello Von Schneider, Diretor de Veículos Comerciais e Energia Solar da BYD Brasil, ressaltando que políticas bem estruturadas e de longo prazo trariam maior segurança para novos investidores e para as empresas que já estão operando no Brasil.
Segundo Bastos, a fábrica da GWM começará a operar no primeiro semestre de 2025, ainda com muitos componentes importados da China. Mas logo haverá a substituição por peças produzidas no Brasil, para atender às demandas de conteúdo nacional mínimo para a venda de veículos no Mercosul. “A
VEJA O ESTUDO COMPLETO
localização será fundamental para a regionalização”, disse o Diretor da empresa, que vê o Brasil como um hub de produção na América do Sul.
Em relação a particularidades do mercado brasileiro, Von Schneider disse que a BYD investe em projetos que são voltados especificamente para o país. “Estamos na fase final de desenvolvimento do nosso motor híbrido flex, com uso do etanol, que é uma característica exclusiva do Brasil”, afirmou, ressaltando que a empresa quer desenvolver veículos para o mercado nacional, pensando também nas cadeias de valor envolvidas no processo de eletrificação da frota brasileira.
Nesse contexto, Jorge Arbache, Professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB) e membro do Comitê Consultivo do CEBC, acredita que a relação Brasil-China na área de investimentos chegou a uma nova fase, de maior maturidade.
“Entramos em uma etapa mais ampla, sofisticada, de maior qualidade, de uma presença de projetos que têm repercussões diretas e indiretas nas cadeias de
Conheça as soluções Fluke para a sua Indústria
valor muito mais amplas, com cadeias longas que envolvem muito mais gente, muito mais recolhimento de impostos, agregação de valor local e regional e geração de empregos urbanos”, afirmou o economista.
O evento também teve a participação do Embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, Presidente do CEBC e de José Leandro Borges, Diretor do Bradesco e do CEBC. A moderação do debate foi realizada pela Diretora Executiva do CEBC, Cláudia Trevisan.
ASSISTA AO EVENTO COMPLETO
Saiba mais
EPE comemora 20 anos de sucesso
Em 2024 a EPE - Empresa de Pesquisa Energética comemora duas décadas de excelência e comprometimento com a pesquisa e inovação no setor energético brasileiro; suas iniciativas ajudaram a moldar o cenário energético nacional.
A EPE primeiro concentrou esforços na análise e na compreensão do mercado energético brasileiro e isso consolidou sua reputação como uma autoridade confiável do setor energético. Mas a EPE foi expandindo sua atuação, com a crescente demanda por fontes de energia renovável e a necessidade de remodelar o setor de energia. E ela se destacou ao dar suporte ao conhecimento de novas tecnologias, estratégias fontes de energia.
Enfrentando desafios sem precedentes, a EPE demonstrou sua capacidade de adaptação e inovação, abraçando tecnologias disruptivas e abrindo novos horizontes no campo da pesquisa energética.
A empresa continua na vanguarda. Colaborando com parceiros do setor público e privado, a empresa liderou iniciativas para mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir um futuro energético mais limpo e seguro.
Celebrando duas décadas, comprometida com uma transição energética inclusiva e justa, e com
uma equipe de profissionais dedicados, a EPE está posicionada para liderar o caminho em direção a um futuro energético mais sustentável e resiliente.
A EPE celebrou 20 anos de existência com um evento marcante no Hotel Windsor com uma programação que trouxe debates e apresentações retratando sua trajetória, além de discutir as estratégias e estudos que moldarão o futuro do setor energético.
O Presidente da EPE, Thiago Prado, mencionou o quão importante a empresa se tornou e que, parte desse sucesso dos números crescentes, é resultado dos leilões do setor energético.
Divulgação
Divulgação
“A EPE também se debruçou onde não temos energia. Construímos ao longo desses anos uma base de informações consolidadas de sistemas isolados”
Enfatizou Prado, abordando que espera novos desafios com foco em continuar o desenvolvimento da empresa e ampliando os estudos sobre energia. Pietro Mendes - Secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis-, agradeceu o quão importante a EPE foi na sua vida e como a política energética mudou a sociedade, salientando a exportação de talentos e valores da empresa. Pietro ressaltou que são 20 anos nos quais a EPE vem prestando serviço de excelência, estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento de todo o setor energético brasileiro, cobrindo energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados de biocombustíveis. Ao longo dessas duas décadas a EPE se consolidou como peça-chave na segurança energética, na busca de altos padrões por sustentabilidade, sempre em diálogo com a sociedade. Parabenizando colaboradores e, principalmente, o Presidente Thiago Prado por toda sua dedicação. Ao aprofundar a análise sobre como os recursos podem ser integrados de forma responsável e estratégica, reforçou que a EPE assegura que o Brasil continue avançando com futuro mais limpo, ao mesmo tempo que aproveite os recursos disponíveis para garantir a segurança energética e a competividade.
O Painel “Fortalecimento da cooperação no setor energético” teve participação da ANEEL, ANP, CCEE e NOS e moderação de Fernando Colli, Presidente do Conselho de Administração da EPE e Secretário
Executivo Adjunto do MME, e contou com a participação de Christiano Vieira, Diretor de Operação do ONS, Alexandre Ramos, Superintendente da CCEE, Agnes Costa, Diretora da ANEEL, Rodolfo Saboia, Diretor Geral da ANP e Thiago Prado, atual Presidente da EPE. O painel reuniu informações sobre a cooperação dentro do setor energético mostrando ao público todas as estratégias e avanços dos estudos para o desenvolvimento das políticas públicas.
No painel intitulado “Duas Décadas de História no Planejamento Energético”, os ex-presidentes da EPE se reuniram para revisitar os principais desafios e conquistas que marcaram suas gestões. Mauricio Tolmasquim, atual Diretor de Transição Energética da Petrobras; Luiz Augusto Barroso, CEO da PSR; Reive Barros, Diretor da Acrópolis Energia; Thiago Barral, Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME; e Angela Livino, Consultora da OLADE, compartilharam suas experiências. Cada um destacou as realizações mais significativas de suas administrações e refletiu sobre os desafios enfrentados ao longo do caminho. Eles tiveram a oportunidade de discutir como superaram essas dificuldades e contribuíram para o fortalecimento e evolução da EPE, ressaltando a importância do trabalho em equipe e da liderança na construção de uma trajetória de sucesso.
A comemoração dos 20 anos da EPE, não apenas celebrou o passado, mas também olhou para o futuro, destacando os desafios e as oportunidades que virão. Ao encerrar o evento, Thiago Prado agradeceu a todos que contribuíram para essa trajetória de sucesso, enfatizando que a riqueza de experiências e a superação de adversidades continuarão a guiar a EPE em sua missão de garantir um futuro energético mais sustentável e competitivo para o Brasil.
Divulgação
Renúncias fiscais de 267 empresas do petróleo somam $260 bilhões
Um levantamento realizado pelo Inesc - Instituto de Estudos Socioeconômicos revelou que a indústria do petróleo e gás no Brasil foi beneficiada com R$ 260 bilhões em renúncias fiscais entre 2015 e 2023. Esses valores, que incluem incentivos, benefícios e imunidades fiscais, foram direcionados a 267 empresas do setor, impactando diretamente a arrecadação do governo federal.
Só no ano passado, foram R$ 29 bilhões em favor da indústria petrolífera. Os maiores volumes de renúncias foram registrados em 2020, quando a cifra chegou a R$ 56 bilhões.
“Esse cenário evidencia a necessidade urgente de um planejamento estratégico para a transição energética no Brasil, que leve em consideração a urgente redução do uso de combustíveis fósseis com a preservação de empregos, além de estimular cadeias produtivas de baixo carbono”
Alessandra Cardoso, assessora política do Inesc.
Os dados foram obtidos através da Receita Federal, que em 2023 começou a divulgar informações detalhadas por pessoa jurídica beneficiada, conforme estabelecido pela Portaria Nº 319 daquele ano. O levantamento do Inesc utilizou essas informações, acessadas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), e identificou os valores associados às empresas habilitadas ao regime Repetro – regime aduaneiro
especial que isenta a indústria petrolífera de diversos tributos. A base de dados deste cruzamento está disponível neste link.
Os dados revelam que as renúncias fiscais aumentaram significativamente a partir de 2017, com a renovação do Repetro até 2040 pela Lei 13.586/2017. Essa lei ampliou o escopo do regime, beneficiando ainda mais as empresas do setor. Os principais tributos dos quais as empresas foram dispensadas incluem PIS, Cofins, Imposto de Importação (II), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), além de incentivos concedidos pelas Superintendências de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Amazônia (Sudam).
O levantamento também mostra que a maioria das 267 empresas beneficiadas pelo Repetro é transnacional, ou seja, são benefícios concedidos a empresas estrangeiras. A Modec Serviços de Petróleo do Brasil Ltda e a Ventura Petróleo figuram entre as maiores beneficiadas, demonstrando a multiplicidade de regimes e incentivos que as empresas do setor conseguem acessar.
Segundo o Inesc, apesar do avanço representado pela Portaria Nº 319 de 2023, que possibilitou a informação sobre os subsídios concedidos à indústria do petróleo, ainda falta transparência ao regime especial Repetro, em termos de renúncias fiscais no país, que não divulga os dados nos Demonstrativos de Gastos Tributários da Receita Federal. A justificativa dada pela RFB é a impossibilidade técnica de computar essas renúncias.
“A relação do Brasil com a indústria do petróleo é marcada por uma profunda assimetria de informações e pela falsa promessa de que os recursos oriundos do petróleo financiarão a transição energética”, explica Alessandra. “Sustentar essa expectativa é perder um tempo precioso no combate às emergências climáticas”, conclui.
Divulgação
Renúncias fiscais associadas às empresas habilitadas ao Repetro (em R$ milhões)
Fonte: informações da RFB por meio de LAI. Elaboração: Inesc.
(*) A RFB não apresentou dados de renúncia fiscal no âmbito da SUDAM e SUDENE no ano de 2023.
Projeto Gestão Adequada de Substâncias Químicas no Brasil
A Abiquim - Associação Brasileira da Indústria Química, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas lançaram, em Brasília, o projeto Gestão Adequada de Substâncias Químicas no Brasil. O workshop reuniu especialistas e representantes de instituições-chave para discutir e planejar a implementação da iniciativa, que tem como objetivo criar e fortalecer um sistema nacional para o inventário e gerenciamento dos insumos.
Na abertura do evento, o Presidente-Executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, lembrou que o Brasil tem a 6º maior indústria química do mundo e ainda não possui um marco legal nesse tema, cenário diferente dos maiores países produtores e consumidores desses produtos. “Precisamos estar no ponto mais alto da regulação da produção de substâncias no mundo. Por isso, esse marco é consensual entre indústria, governo, trabalhadores e movimentos ambientalistas”, disse.
André Passos lembrou que, paralelamente, corre no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 6120\2019, que cria o Inventário Nacional de Substâncias Químicas, com o objetivo de consolidar uma base de informação sobre as substâncias químicas produzidas ou importadas no território brasileiro. “Essa legislação vai elevar o país outro patamar, vai abrir horizontes econômicos, um efeito colateral bastante positivo”, completou.
O autor do projeto, Deputado Flávio Nogueira (PT-PI), também esteve na abertura do workshop e defendeu que o texto “reforça o compromisso do país com a segurança, a saúde pública e a proteção do meio ambiente.” De acordo com o parlamentar, a matéria é fruto de consenso entre os diversos atores na busca por soluções eficazes e acredita que o
Divulgação
Senado deve aprovar o PL seguindo o entendimento da Câmara, partindo para a sanção em seguida.
A análise do Projeto de Lei foi incluída na pauta da reunião da Comissão de Meio Ambiente do Senado
programada para esta quarta-feira (11). O relatório do senador Beto Faro (PT-PA) é favorável à proposição. A matéria ainda será apreciada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa.
O Diretor de Programa da Secretaria-Executiva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Rodrigo Zerbone Loureiro, exaltou a construção das novas políticas regulatórias para o setor químico, fruto de parceria entre governo, parlamento e outras entidades da sociedade, em especial a Abiquim. “Construiu-se um ambiente de diálogo com o envolvimento ativo do setor privado. Nesse sentido, quero parabenizar a Associação Brasileira da Indústria Química. Estamos acostumados a lidar com inúmeras associações, de setores diferentes, e não é comum vermos o envolvimento tão forte, propositivo e construtivo de um setor em termos regulatórios”, ressaltou.
O projeto Gestão Adequada de Substâncias
Químicas no Brasil, special programme, assinado em maio de 2024, objetiva criar e fortalecer um sistema nacional para o inventário de substâncias químicas, a fim de melhorar a gestão interna destas substâncias, proporcionando ao país controle sobre o que é produzido, importado, exportado e utilizado.
Província Mineral do Tapajós tem áreas mais favoráveis para mineralização
Apresentar áreas mais favoráveis para a ocorrência de mineralização de ouro, na porção central da Província Mineral do Tapajós (PMT), e assim tornar mais assertiva a busca por este mineral tão valioso foi o objetivo da geóloga do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Sulsiene Machado de Souza Gaia, em seu artigo publicado no periódico internacional Minerals.
Em paralelo, o special programme auxiliará na efetiva implementação das convenções internacionais sobre substâncias químicas e resíduos, incluindo as convenções de Basileia, Roterdã e Estocolmo, a convenção de Minamata e o Marco Global sobre Substâncias Químicas.
A PMT está entre as mais importantes províncias polimetálicas do Brasil, com maior destaque para depósitos de ouro hospedados em rochas granitoides.
O trabalho utilizou a aplicação de técnicas computacionais através de métodos matemáticos dirigidos pelo conhecimento prévio da área, pelos dados geocientíficos disponíveis e também algoritmos de machine learning, a fim de comparálos e contribuir para a definição de novas estratégias para a exploração mineral na região.
Os dados públicos multifonte (geológicos, geoquímicos, geofísicos e de sensoriamento remoto) foram processados com diversas técnicas de realce, que revelaram feições relacionadas aos eventos geológicos que levaram à formação de depósitos e também as características presentes em zonas mineralizadas conhecidas.
A integração dos dados resultou em três modelos com ótimo desempenho em indicar as zonas mineralizadas conhecidas e, em uma análise final, foi gerado um mapa de concordância com os melhores resultados das três abordagens, confirmando as regiões mineralizadas e indicando novas áreas de interesse prospectivo, que podem ser alvos de estudos futuros.
O orientador de mestrado da pesquisadora é o Prof. Carlos Roberto de Souza Filho, da Unicamp Universidade de Campinas.
Governo de Minas anuncia investimento privado de mais de R$ 200 milhões
Na Exposibram -Expo & Congresso Brasileiro de Mineração, considerada a maior feira do gênero da América Latina, o Governo de Minas anunciou aporte de mais de R$ 200 milhões, a ser feito até 2028, pela Graph+.
A planta da empresa, subsidiária da New Mining, será voltada para a extração de grafite no município de Santa Maria do Salto, no Vale do Jequitinhonha. Entre 2025 e 2028, serão gerados cerca de 200 empregos temporários diretos para mineiras e mineiros, número que vai subir para 300 permanentes até 2030.
A ação é conduzida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), por meio da agência vinculada Invest Minas. A agência, inclusive, organizou um encontro entre o Governador Romeu Zema e dirigentes de diversas empresas pouco antes do início oficial da Exposibram 2024.
“Não é novidade para ninguém o trabalho árduo que vem sendo feito pelo Governo de Minas para incentivar a atração de investimentos privados e, consequentemente, impulsionar a geração de empregos e melhoria na qualidade de vida da população. O Estado é pioneiro em assumir o compromisso com a transição energética, e esse processo também passa pela mineração, mas uma mineração responsável e sustentável a longo prazo. E, como nas grandes economias, temos a iniciativa privada como nossa grande aliada”, destaca o
secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.
O cronograma apresentado pela New Mining já considera a fase de estudos geológicos, metalúrgicos, sociais e ambientais realizados entre 2020 e 2024, período no qual foi feito investimento de R$ 4 milhões. Entre 2025 e 2026, terá início a etapa de desenvolvimento e licenciamento, com investimento previsto de R$ 16 milhões.
Superada esta fase, será dado o pontapé inicial na construção da planta da empresa, o que deve ocorrer entre 2027 e meados de 2028, com investimento estimado de R$ 200 milhões. A expectativa é de que as operações sejam iniciadas em julho de 2028.
“Serão cerca de R$ 200 milhões investidos no Vale do Jequitinhonha. A instalação de mais esta empresa, com certeza, vai ser importante para o desenvolvimento do povo mineiro. É nosso trabalho dando resultados”, celebrou o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.
Sistemas de injeção consagrados
A Flutrol traz para o Brasil, com exclusividade, os reguladores e sistemas para injeção química da Skoflo.
Esses reguladores, são ideias para uma injeção de químicos precisa, constante que ajudam a economizar fluidos que são o maior custo operacional de uma plataforma. No Topside ou Subsea.
As válvulas de medição de injeção química da SKOFLO garantem desempenho e durabilidade.
O orifício variável patenteado e o pistão balanceado por pressão fornecem taxas de abertura mais altas para máxima tolerância a detritos, garantindo fluxo constante, independentemente das mudanças de pressão.
As válvulas Back Pressure da SKOFLO mantêm a pressão de ajuste constante nas linhas de descarga da bomba enquanto retorna o fluido não utilizado para o tanque de produtos químicos.
Os projetos de BPR de superfície oferecem faixas de vazão de 3 GPD a 15 GPM e pressões de trabalho que variam de 5.000 a 15.000 psi.
O dispositivo automático – total, de controle integrado, recém desenvolvido da SKOFLO, combina injeção química, atuação e medição de vazão em uma unidade compacta.
O SF3 elimina a necessidade de medidores de vazão e atuadores separados, bem como hardware, ajuste e acessórios extras associados.
Isso reduz significativamente o espaço necessário para sistemas de controle de injeção de produtos químicos e diminui drasticamente o custo de material, operação e manutenção. Além disso, oferece faixas
de vazão de 0,6 a 1.800 GPD e pressões de trabalho variando de 5.000 a 15.000 psi.
Pode ser montado em próximo de cada ponto de injeção ou em painéis ou racks verticais. Redução de espaço significativo. Fácil de instalar e de remover.
Os Back Pressures Subsea(BPR) da SKOFLO são projetados para eliminar a injeção química descontrolada e evitar o colapso da mangueira causado pelo sifão de fluido. Eles não requerem energia ou comunicação com um módulo de controle submarino.
Durante a perda de energia, as válvulas reguladoras de vazão da SKOFLO não apenas continuarão a injeção, mas também manterão a vazão definida, independentemente de detritos ou flutuações de pressão do sistema. Além disso, oferecem tempos de resposta rápidos, eliminando surtos e levando à estabilidade geral do sistema.
Diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil é homenageado
Na Exposibram, o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Inácio Melo, foi homenageado devido à valiosa contribuição em defesa dos interesses do setor mineral. Ele ressaltou que se sente honrado pelo reconhecimento recebido do Ibram.
“Mostra que o SGB está no caminho certo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor mineral. Recebo esta homenagem em nome de todos do SGB, pois é fruto de um esforço coletivo. É uma alegria participar deste evento e ajudar a definir os rumos da mineração brasileira. É uma grande oportunidade para trocas e novas parcerias. Contem sempre com o SGB”, enfatizou.
Inácio Melo também destacou que o Brasil tem potencial para ser um dos maiores fornecedores mundiais de minerais críticos para a transição energética. “Nosso papel é ajudar a revelar esse potencial. Por isso, realizamos projetos e investimos em novos equipamentos e tecnologias para trazer as respostas que o setor mineral precisa”. O diretor de Geologia e Recursos Minerais, Valdir Silveira, disse que a participação do SGB na Exposibram 2024 representa uma oportunidade ímpar para compartilhar conhecimentos e contribuições ao desenvolvimento sustentável do setor mineral. “Nesta edição, teremos temas de relevância para o futuro da mineração, como a economia circular e a pesquisa de minerais críticos, que são essenciais
para a transição energética global. Além disso, o SGB reforçará seu papel na pesquisa e na gestão de recursos minerais, incluindo os minerais nucleares, que têm grande importância para o setor energético”. Participaram do encontro o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a Agência Nacional de Mineração (ANM), a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), o Sistema da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (ABIROCHAS), o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), entre outros.
DivulgaçãoSGB
LESER no Brasil
Com precisão e tradição alemã, protegemos vidas, o meio ambiente e as indústrias contra a sobrepressão por um quarto de século no Brasil.
A LESER, multinacional alemã especialista em proteção contra sobrepressão para plantas industriais, oferece suporte desde o projeto básico até a operação contínua dessas plantas. Também são realizados serviços de manutenção e reparo com expertise e certificação em válvulas de segurança, tanto para o setor onshore quanto offshore, além de possuir o maior estoque da América Latina, com mais de 2.000 válvulas de segurança e componentes diversos.
Fundada em 1998, como a primeira subsidiária do grupo, a LESER trouxe para o país um legado de mais de 200 anos de expertise em válvulas de segurança. Ao longo dos anos, a empresa se consolidou como líder de mercado, fornecendo soluções de alta qualidade para uma ampla gama de indústrias, incluindo o setor de óleo e gás, onde se destaca como referência, com Conteúdo Local Brasileiro, certificado pela ANP, de até 60%.
A LESER, mesmo líder de mercado, continua investindo no Brasil, duplicando sua área física construída, incrementando estoques e mão de obra disponível para serviços. Isso reforça ainda mais o compromisso de longo prazo da LESER com o mercado brasileiro.
Siga a LESER no LinkedIn!
LESER Válvulas de Segurança Ltda.
Rua Ipadu, 521 - Jacarepaguá | Rio de Janeiro
RJ | CEP: 22713-460 | Brasil
Fon +55 21 3195 5350 | vendas@leser.com.br www.leser.com
Projeto de expansão da obra dobrando a área de produção da
LESER Brasil, no Rio de Janeiro
FUP se reúne com ministro do TCU para discutir regulamentação do Fundo Social do Pré-Sal
Embora criado em 2010, o Fundo Social do Pré-Sal ainda não foi regulamentado e esse vácuo criou distorções, como o uso de recursos para cobrir déficit público. O tema foi discutido pela FUP - Federação Única dos Petroleiros em reunião com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Antônio Anastasia.
“De lá pra cá, foram gerados mais de 146 bilhões de reais e hoje só temos 20 bilhões. Tivemos uso inadequado dos recursos, principalmente de parte do governo anterior, em 2021 e 2022, quando cerca de 64 bilhões foram utilizados para amortização da dívida pública, enquanto houve redução dos investimentos nas áreas da educação, saúde e ciência e tecnologia, por exemplo”, destacou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, reforçando a necessidade de regulamentação adequada do Fundo Social, estabelecido pela Lei nº 12.351/2010.
Diretrizes do art. 47 da Lei determinam que o objetivo principal do Fundo Social do Pré-Sal é o desenvolvimento social e regional, na forma de programas e projetos nas áreas de combate à pobreza e desenvolvimento, com investimentos nas áreas da educação, cultura, esporte, saúde pública, ciência e tecnologia, meio ambiente e na mitigação e
adaptação às mudanças climáticas.
Atualmente, o Fundo destina 50% de sua arrecadação para projetos nas áreas de educação e saúde. No entanto, com a falta de regulamentação específica, tem sido utilizado nos últimos anos para fins diversos de seus propósitos iniciais.
A assessoria jurídica da FUP afirma que “a ausência de uma governança eficaz, aliada à falta de regulamentação sobre o Comitê de Gestão Financeira e o Conselho Deliberativo do Fundo Social, comprometem não apenas a transparência, mas também a eficiência dos investimentos”.
Bacelar comemorou a disposição do ministro Anastasia de acionar a Casa Civil para montar uma articulação com o governo federal, no sentido da regulamentação do Fundo, permitindo, assim, o reforço das metas do Plano Nacional de Educação e investimento na saúde. Por meio de ofício enviado à Casa Civil, a FUP pleiteia oficialmente participar dessa força-tarefa.
Durante a reunião, foi discutida também a necessidade de melhorias na gestão do Fundo Social do Pré-Sal. O corpo técnico do TCU e do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) vão trabalhar em conjunto na sugestão de alternativas.
DivulgaçãoFUP
Transpetro vai ter usina solar no Pará
A Transpetro anunciou que sua segunda usina solar deve entrar em operação ainda durante o primeiro semestre de 2025. A planta será construída no terminal operado pela companhia em Belém (PA) e integra a estratégia de descarbonização e eficiência energética nas operações da companhia, segundo a gerente executiva de Integrações Logísticas, Adriana Andrade.
O projeto tem previsão de atingir uma potência de trabalho de 530 kW, com capacidade de geração de energia suficiente para atender integralmente as operações do terminal em Belém. Esse volume equivale ao consumo mensal de aproximadamente 140 residências. A estimativa é que a planta reduza a emissão de 30
toneladas de gases causadores do efeito estufa por ano. Em abril, a Transpetro inaugurou a primeira e única usina solar fotovoltaica do Sistema Petrobras a ser movida integralmente por energia solar. Instalada no
Terminal de Guarulhos (SP), a usina evitará a emissão de mais de 240 toneladas de gases causadores do efeito estufa a cada ano. Há previsão que o Terminal de Coari (AM) também receba uma usina fotovoltaica.
“Poucos meses após a entrega da usina solar de Guarulhos, em São Paulo, tenho a satisfação de dizer que estamos avançando nesse projeto que é pioneiro em plantas industriais do Sistema Petrobras. A nova usina em Belém faz parte do compromisso da Transpetro com a transição energética. Estamos avançando em nossos planos de descarbonização, priorizando a sustentabilidade em nossas decisões estratégicas”, afirma Adriana.
Laboratório da UFRN passa a integrar o Sistema Brasileiro de Laboratórios em Hidrogênio
O Laboratório de Tecnologia Ambiental (Labtam) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi escolhido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para integrar o
Sistema Brasileiro de Laboratórios em Hidrogênio (SisH2-MCTI). Com a adesão, o Labtam terá novas oportunidades de atuação em projetos estratégicos voltados para o avanço do hidrogênio no Brasil.
Usina solar fotovoltaica, inaugurada pela Transpetro no Terminal de Guarulhos, em São Paulo.
Divulgação
Criado em julho de 2022, o Sistema Brasileiro de Laboratórios em Hidrogênio (SisH2-MCTI) faz parte da Iniciativa Brasileira do Hidrogênio (IBH2) e tem como objetivo fomentar o desenvolvimento tecnológico, a inovação e o empreendedorismo da área. O programa também promove a formação e a capacitação de recursos humanos e incentiva parcerias entre Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICT) e o setor privado.
Para Dulce Melo, professora do Instituto de Química (IQ/ UFRN) e coordenadora do LabTam, a integração ao SisH2MCTI é resultado de um esforço contínuo de toda a equipe, por meio de estudos, projetos e pesquisas. “Essa é uma notícia muito importante para a universidade e para o estado, pois fortalece nossos esforços no desenvolvimento da produção de hidrogênio e suas diversas aplicações, uma fonte de energia promissora na atualidade”, afirma.
O Laboratório de Tecnologia Ambiental da UFRN é dedicado à pesquisa e inovação em tecnologias sustentáveis, com foco em soluções ambientais. Atua em projetos de desenvolvimento científico voltados à sustentabilidade, incluindo a produção de energias renováveis e o tratamento de resíduos.
Válvulas de controle aumentam produtividade e confiabilidade nos processos petroquímicos
O setor de óleo e gás fornece combustíveis, lubrificantes e produtos químicos essenciais para a vida cotidiana. A extração e o processamento dessas matériasprimas geralmente ocorrem em condições adversas, como em zonas climáticas extremas ou em alto-mar, exigindo equipamentos confiáveis e capazes de suportar altas pressões e temperaturas elevadas, além de fluídos corrosivos ou incrustantes.
Os produtores petroquímicos enfrentam demandas regulatórias, ambientais e de performance cada vez mais rigorosas. Por isso, a escolha correta dos componentes da linha de produção torna-se um fator decisivo para garantir a segurança e a confiabilidade das refinarias.
válvulas compõem grande parte dos equipamentos nessas plantas. Todos os tipos de gases e líquidos presentes passam por várias válvulas, que são responsáveis por bloquear ou direcioná-los para diferentes equipamentos de processo, de acordo com a etapa de produção. Em um ambiente como esse, é essencial otimizar os processos de refinamento com controles sofisticados e os mais rigorosos padrões de segurança. Para isso, é necessário considerar o tipo de obturador, o material do corpo, o método de acionamento e o design das válvulas, que desempenham um papel crucial na prevenção de explosões e outros danos.
A Valmet possui uma vasta base instalada em mais de 100 países, atuando nos setores petroquímico, químico, de petróleo e gás, e de energia. Seus produtos incluem válvulas, atuadores e posicionadores das marcas NelesTM, Neles EasyFlowTM, StonelTM, JamesburyTM e FlowroxTM.
O portfólio de Flow Control abrange todas as aplicações regulares, tanto on-off quanto de controle, além de atender a demandas mais exigentes. Isso inclui válvulas para a produção de hidrogênio em unidades PSA, aplicações com catalisadores, oxigênio, e situações especiais de manuseio de olefinas, aromáticos, solventes e combustíveis. As válvulas oferecidas incluem modelos globo e rotativas, desenvolvidos em materiais especiais, como aço inoxidável duplex, super duplex ou monel, além de válvulas com internos específicos para controlar o fenômeno de flashing em fluidos não limpos.
Os controles e diagnósticos inteligentes de válvulas, assim como os
“Em um contexto no qual a segurança e a proteção ambiental são tão críticas quanto a rentabilidade e o desempenho, os operadores enfrentam o desafio de encontrar a combinação ideal de tecnologias que os ajudem a equilibrar esses requisitos. A eficiência dos processos nas indústrias de óleo e gás depende fortemente da qualidade dos equipamentos. A Valmet reúne todos esses atributos em sua ampla gama de válvulas, atuadores e posicionadores””
Rodrigo Bonas, Gerente de Negócios
da Valmet.
Divulgação
posicionadores, aumentam a eficiência dos processos ao longo do tempo. Eles garantem que as condições de risco não passem despercebidas, evitando reparos tardios que geram custos adicionais. Esses controles permitem que os operadores otimizem dispositivos e monitorem equipamentos de forma proativa, facilitando a implementação de uma estratégia de manutenção preventiva. Sem os controladores inteligentes de válvulas, as plataformas gastam mais tempo e recursos com manutenção e são obrigadas a manter um estoque maior de peças e equipamentos.
O posicionador inteligente Partial Stroke Test Neles ValvGuard eleva o padrão de segurança das válvulas e, por consequência, de toda a planta. Compatível tanto com válvulas de bloqueio de emergência (ESD) quanto com válvulas de alívio de emergência (ESV), suas funções e recursos exclusivos e avançados foram projetados especificamente para aplicações de segurança. Oferecendo a maior variedade de testes e diagnósticos de válvulas de segurança disponível no mercado, o ValvGuard destaca-se por sua capacidade pneumática, diagnósticos de fácil utilização acessíveis via DTM Neles Valve Manager™, além da integração com sensores, transmissores de posição e chaves limite, aliado à comunicação HART & Foundation
Fieldbus. Esses atributos proporcionam uma solução de ponta, com mais eficiência, confiabilidade e segurança.
A Valmet lançou recentemente a série Neles™ 6D, uma válvula esfera de passagem plena que atende à 25.ª edição da certificação API 6D, garantindo a disponibilidade em todas as versões, tamanhos e dimensões, além de incluir um atuador compatível com API 6DX e hardware de montagem. As atualizações desta edição proporcionam um nível ainda mais elevado de segurança e desempenho para a indústria de petróleo e gás natural. A válvula incorpora a mais recente tecnologia em seu design de corpo, esfera, haste, caixa de vedação e sede. A seleção dos componentes internos, ajustada conforme a aplicação, assegura que a válvula possa operar sob diversas condições de processo.
Além da performance certificada e da alta qualidade, a redução da pegada de carbono dos clientes foi um aspecto central no desenvolvimento da válvula, que foi fabricada utilizando peças e componentes de origem responsável, provenientes de uma cadeia de suprimentos cuidadosamente selecionada e rigorosamente monitorada.
Linx lança solução para postos de combustíveis e lojas de conveniência
A Linx, empresa do grupo StoneCo e especialista em tecnologia para o varejo, divulga seu ecossistema completo de gestão de postos e lojas de conveniência: soluções que ajudam o dono de posto — seja ele grande, médio ou pequeno — a vender, gerir e girar o seu negócio, com o PDV Fácil (vender), o Gestor App (gerir) e uma ampla gama de serviços financeiros (girar).
O destaque é o PDV Fácil — sistema para registro das vendas, pagamentos e emissão de cupom fiscal — disponível para ERPs (softwares de gestão) de postos de combustíveis. A novidade, que incentiva a digitalização das lojas de conveniência, oferece terminal de self-checkout, terminal de pedidos (autoatendimento), painel de senhas e comunicação direto à cozinha por meio de KDS, trazendo mais velocidade e agilidade na operação. A solução permite, ainda, que o atendente coloque vendas em espera enquanto atende outro cliente, sem a necessidade de cancelamento. O PDV Fácil conta também com duas telas: uma para o atendente e outra para o cliente. Assim, o consumidor consegue conferir os preços, pagar via QR Code e até responder a pesquisas de satisfação com mais segurança e agilidade. Outra funcionalidade que a solução apresenta é o Linx Smart Order, voltado ao atendimento nas áreas de alimentação. Através dessa funcionalidade, é possível fazer abertura, cancelamento e fechamento de pedidos, lançamento de produtos e kits, leitura de produtos por nome, código ou código de barras, impressão de ordem de produção e pré-fechamento para conferência de consumo. O PDV Fácil também tem integração com o Smart POS da Linx, um PDV móvel que permite registrar vendas e efetuar pagamentos de qualquer lugar, sem a necessidade do cliente se dirigir ao caixa. Além de aceitar várias formas de pagamento, a solução emite
documentos fiscais e ainda ajuda o dono do posto a gerenciar vendas e pagamentos, evitando filas e aglomerações e proporcionando mais segurança às transações.
O Linx Gestor App é um aplicativo que oferece mais praticidade e mobilidade na gestão do posto. Por meio dessa solução, o varejista pode acompanhar todas as vendas na palma da mão de forma simples e intuitiva, atualizar preços, consultar o estoque de combustível em tempo real, ajustar limites de crédito e liberar venda direto no PDV.
Outra solução é a Linx Conta Digital Integrada, que oferece mais agilidade nas operações financeiras ao possibilitar que o dono do posto acesse seu internet banking direto do software de gestão para consultar saldos e extratos, pagar contas, gerar boletos, realizar transferências, entre outras atividades financeiras.
“Por meio de soluções que otimizam tempo, atraem mais clientes, e ainda auxiliam em investimentos seguros para expandir os negócios e obter crédito adequado às suas necessidades, os postos de combustíveis conseguem melhorar suas operações de modo geral e alcançar o sucesso mesmo em um setor de alta concorrência”
Rogerio Vieira, diretor executivo na Linx.
Divulgação
Seu portal de informações sobre a indústria nacional!
Tudo o que você precisa saber sobre inovação, tecnologia e negócios na indústria.
Descarbonização da energia
A transição energética que busca a descarbonização da matriz energética mundial está em curso, apesar de enfrentar desafios tecnológicos, econômicos e regulatórios. Em 2023, o investimento global em energias limpas atingiu níveis recordes, mas há muitas diferenças nas estratégias dos governos e empresas e entre as várias fontes de energia e seus papéis na redução de emissões.
As pretensões do planeta de alcançar as metas climáticas no tempo estabelecido não devem se concretizar porque o petróleo e o gás, que ainda desempenham papel central no dia a dia da humanidade, receberam ainda mais investimentos ( 6% a mais só em 2023, totalizando cerca de US$ 950 bilhões). Embora petróleo e gás sejam indispensáveis para a segurança energética global e sejam mesmo vistos como financiadores necessários para a transição, a menos que combinados com CCUScaptura e armazenamento de carbono, que receberam menos de 5% dos gastos em upstream das grandes empresas de petróleo – por exemplo, só distanciam ainda mais as metas climáticas.
Para reduzir rapidamente as emissões, as energias solar e eólica são as mais promissoras – tanto que são a aposta da China e já têm seu lugar garantido no mix energético do Brasil – ainda que venham enfrentando desafios como custos, complicações regulatórias, e a falta de infraestrutura de transmissão.
Os biocombustíveis, como o etanol e mais recentemente o biogás, desempenham papel de destaque na descarbonização do setor de transporte, especialmente no Brasil – que já inclui em sua matriz energética além do etanol, biodiesel, bioeletricidade, biogás e biometano.
A energia nuclear permanece uma opção para descarbonizar a matriz energética e, mesmo depois de uma leva de fechamento de usinas, o investimento desse setor vem crescendo e conta com novas tecnologias como miniusinas.
Mais recentemente, o hidrogênio (H2) vem sendo reconhecido como uma possibilidade na descarbonização energética global. No Brasil, ele está em estudo desde 2005. Mas além de uma alternativa energética, o H2 é um importante fator de desenvolvimento tecnológico.
Os maiores desafios para as energias limpas ainda são principalmente regulatórios e financeiros. A diferença regulatória não assusta, mas em matéria de investimentos, além de criar mecanismos para evitar o greenwashing, a disponibilidade de dinheiro para projetos ambientais em países desenvolvidos é muito superior do que em países em desenvolvimento muito em função das limitações das políticas fragmentadas e incertezas regulatórias.
A exploração de campos gigantes de petróleo desempenha papel importante na indústria de energia global nas últimas décadas, mas também tem sido uma fonte significativa de emissões de gases de efeito estufa (GEE). E a revitalização desses campos, embora economicamente atrativa, levanta preocupações ambientais sobre o atraso no alcance das metas climáticas globais e brasileiras.
A queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, tem sido responsável por cerca de 84% das emissões globais de CO₂ nas últimas décadas, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA). E ainda que o investimento global em transição energética esteja na casa dos trilhões de dólares, continua insuficiente para atingir as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris. Os esforços globais para descarbonizar a matriz energética do planeta não são suficientes para a eliminação completa das emissões no curto e médio prazos. Ainda assim, a descarbonização da matriz energética mundial é um processo inevitável, que requer integração de várias fontes de energia e o investimento em tecnologias de baixo carbono, políticas robustas e financiamento acessível.
@roge.energy
CONHEÇA ALGUNS DOS GRANDES NOMES
CONFIRMADOS:
Equinor
Liz Schwarze Vice-Presidente Global de Exploração Chevron
Diretora Executi Exploração e P Petrobr
Patrick anné CEO TotalEnergies CEO Shell
Marcos Lutz CEO Ultra R o Prio . Blair Thomas CEO EIG CEO – Brava Energia e Coordenador do Núcleo de Energia – CEBRI
Vice-Presidente S&P Global Commodity Insights
PATROCÍNIO MASTER
PATROCÍNIO PREMIUM
PATROCÍNIO EXCELLENCE
PATROCÍNIO DIAMOND
PATROCÍNIO PLATONUM
PATROCÍNIO GOLD
PATROCÍNIO SILVER
PATROCÍNIO BRONZE
PATROCÍNIO ROG.E CLUB
matéria de capa
Emissões Absolutas de GEE em 2021
Propostas de Inovação
Investimentos Descarbonização em 2021
Intensidade Energética
62 milhões de toneladas métricas de CO2e
- Eliminação da queima de rotina em flare até 2030
- Programa Carbono Neutro para identificar soluções de descarbonização ao menor custo
- Conceito “all electric” para eletrificar equipamentos e aplicações em novas plataformas de produção de óleo e gás Engajamento dos fornecedores na discussão sobre sustentabilidade e incentivo à redução das emissões de carbono
- Programa Biorefino 2030 para incentivar a produção de biocombustíveis avançados a partir de fontes renováveis
560 milhões de dólares
- Queda de 21% nas emissões absolutas de GEE operacionais entre 2015 e 2021,
- Redução de 16% na intensidade de carbono no refino até 2025, ampliando para 30% até 2030
- Redução de 32% na intensidade de carbono no segmento de E&P até 2025
- Proposta de Redução de 25% das emissões absolutas operacionais totais até 2030
159,5 milhões de toneladas métricas de CO2e
- Substituição da energia fóssil tradicional através da utilização de energia geotérmica, calor solar e mais energia limpa em substituição ao carvão.
- Incentivo às subsidiárias e filiais para desenvolver projetos nacionais voluntários de redução de emissões
- Valorização do gás natural como um negócio estratégico e crucial para a transição energética
450 milhões de dólares
68 milhões de toneladas métricas de CO2e
- Investimento em combustíveis sintéticos de baixo carbono.
- Desenvolver um negócio de hidrogênio. Tecnologias CCUS (captura, utilização e armazenamento de carbono).
100 milhões de toneladas métricas de CO2e
- Implantação de captura e armazenamento de carbono em sua instalação de hidrogênio azul em Baytown.
- Estabelecimento de um centro de captura e armazenamento de carbono em Houston.
- Foco no cultivo de combustíveis de baixa emissão e pesquisa contínua em biocombustíveis avançados.
- Iniciativas de restauração de pastagens na Bacia do Permiano
315 milhões de dólares
- Redução de 4,7% nas emissões totais de gases de efeito estufa em 2021 em relação ao ano anterior.
- Aumento significativo na capacidade instalada de energia eólica e solar, com um acréscimo de 57.500 kW
- Expansão da infraestrutura de energia limpa, com a construção de estações de abastecimento de hidrogênio em várias regiões do país
- Redução de 39% nas emissões absolutas operacionais
- Geração de energia renovável, visando alcançar mais de 58GW até 2030.
2428 milhões de dólares
- As emissões diretas de GEE (escopo 1) relacionadas à produção de petróleo e gás natural tiveram uma queda de 16,51% desde 2016.
- Em relação as emissões de escopo 2, houve uma queda de 22% em 2020 e 2021 em relação a 2019
ExxonMobil
Petrobras PetroChina
Bacia de Campos 50 anos, e contando...
A Bacia de campos sustentou a produção de petróleo no Brasil por três décadas, até a ascensão do Pré-Sal, quando passou a ter uma posição secundária nas estratégias da Petrobras. A companhia vendeu ativos no local, preservando alguns poucos blocos e a Bacia de Campos – como era de se esperar –começou a demonstrar queda de produção. ‘A Bacia de Campos produziu mais hidrocarbonetos do que o resto das bacias do país combinadas, tendo atingido mais de 15,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) de produção acumulada até o final de 2022. No entanto, após atingir o pico de quase 1,8 milhão de barris por dia (bbl/d) em 2011, sua produção vem caindo e atingiu 680.000 bbl/d em 2022,’ segundo estudo da S&PGlobal. Pode-se dizer então que a Bacia de Campos possui duas situações simultâneas: blocos que já estão maduros e outros que ainda não chegaram lá e são muito interessantes, inclusive para empresas estrangeiras. A Bacia de Campos tem cerca de 100 mil km2 e se estende de Vitória (ES) até Arraial do Cabo (RJ).
Com o sucesso desse sistema, outros 22 sistemas foram desenhados e pensados para águas cada vez mais profundas, incluindo novas tecnologias como monobóias, linhas flexíveis, árvores-denatal molhadas, manifolds submarinos e outras. Pode-se considerar como um primeiro ciclo (19741983), de águas rasas, o desenvolvimento desses campos - Garoupa, Enchova, Namorado, Cherne, Badejo, Bicudo, Bonito, Pampo, Sole, Corvina, Viola, Vermelho.
Para o planejamento da construção de plataformas fixas em substituição aos sistemas flutuantes temporárias onde isso se mostrasse viável, foi instituído o Grupo Executivo da Bacia de Campos (GECAM). Uma segunda fase se inicia com a descoberta de Albacora, um campo gigante e determinante para que a Petrobras decidisse aceitar o desafio das águas profundas. E outras descobertas vieram: Marimbá e Marlim. E mais tecnologia, suportada pelo Procap, um programa de capacitação tecnológica para águas profundas que se desenvolveu no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras, o Cenpes. Esse segundo ciclo fecha com oito plataformas fixas.
@Arquivo
PSedco 135-D primeiro sistema de produção flutuante da Petrobras
Árvore-de-natal molhada
@Arquivo
PetrobrasArquivo
O Procap foi sendo renomeado Procap1000, 2000, 3000. E gerou muitas tecnologias, nem todas aproveitadas – como a plataforma vitória régia e o template manifold Octos 1000-, e outras coroadas de sucesso como manifolds, árvores-de-natal molhadas, veículo de operação remota, bombeamento centrífugo submerso submarino...
Mas enquanto o Procap1000 se caracterizou por adaptações, por inovações incrementais em sistemas já utilizados em terra para a produção no mar, o Procap2000 buscou um salto de gerar tecnologias novas; o Procap3000 devia dar suporte tecnológico à produção nas novas fases de desenvolvimento da Bacia de Campos, bem como dos campos potenciais a serem descobertos à profundidades de lâminas d’água de até 3.000 metros - o que significou muitas subdivisões em cada eixo, como no de perfuração de poços de longo alcance, poços com alta vazão, completação inteligente, sistemas gas lift para águas ultra profundas, equipamentos submarinos para 3 mil metros, garantia de escoamento, etc. A década de 1990 foi de muita pesquisa e muitas conquistas para a Bacia de Campos, incluindo o primeiro Prêmio da OTC -Offshore Tchnology Conference, em reconhecimento às tecnologias implementadas para alcançar a produção em Marlim, a 781 metros – o que era um recorde à época. Também em Marlim, em 1994, foi instalada a primeira plataforma semissubmersível desenvolvida pela própria Petrobras. Em 1996, descobriu-se o supergigante campo de Roncador; um ano depois, Marlim Sul começa a operar em recordes 1.709 metros. No mesmo ano, a quebra do monopólio do petróleo faz a Petrobras acelerar alguns investimentos.
O terceiro ciclo da Bacia de Campos pode ser datado no começo dos anos 2000, quando Jubarte e Cachalote são descobertos na costa do ES. É um novo período de sucesso e, em 2003, um poço em Roncador bate novo recorde de profundidade, 1.886 metros. E seguem Barracuda, Caratinga, Albacora Leste e Jubarte batendo recordes de produção. Em 2006, Albacora Leste recebe a P-50, com capacidade para 180 mil barris de óleo por dia; em 2008, o campo de Jubarte começa a produção no Pré-Sal e, em 2009, começa a operar em Marlim a primeira plataforma semisubmersível (P-51) – parte do Plangás - Programa de Produção Antecipada de Gás em lâmina d’água de 1255 metros, a 150 km da costa de Macaé.
Foi uma decisão precisa; a maior parte das descobertas de petróleo e gás no mundo estão em águas profundas.
Manifold
@Arquivo
Veículo de operação remota
@Arquivo
Parceiras no sucesso Parceiras no sucesso
O projeto Raia é operado pela Equinor (35%), em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%); compreende três descobertas diferentes do pré-sal: Pão de Açúcar, Gávea e Seat que contêm reservas recuperáveis de gás natural e óleo/condensado acima de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (Boe). A capacidade de exportação de gás é de 16 MSm3/d, e pode representar 15% da demanda total de gás do Brasil na entrada em operação, prevista para 2028.
O conceito de desenvolvimento de Raia baseia-se na produção por poços conectados a um FPSO com capacidade de processar o óleo/condensado e o gás produzidos, além de especificá-los para venda. O gás especificado para comercialização será descarregado por meio de um gasoduto offshore de 200 km, saindo do FPSO em direção a Cabiúnas, na cidade de Macaé (RJ). Os líquidos serão descarregados por meio de navios aliviadores.
Espera-se que o FPSO de Raia seja o mais eficiente do mundo em termos de autoprodução de carbono. Com a implementação de várias tecnologias, como o ciclo combinado, a intensidade média de CO2 do campo durante sua vida útil será inferior a 6 quilos por barril. A capacidade do FPSO é de aproximadamente 126.000 bpd. Os parceiros devem investir aproximadamente US$ 9 bilhões para desenvolver o projeto - que também contribuirá para a segurança energética e o desenvolvimento econômico local, criando até 50.000 empregos diretos e indiretos ao longo de sua vida útil.
A história da Equinor no Brasil começou com Peregrino, um campo que muitos não consideravam possível de ser desenvolvido. Mais de 220 milhões de barris foram produzidos com segurança em Peregrino desde 2011. Com produção diária de 110 mil barris de óleo, esse é o maior campo de produção operado pela Equinor fora da Noruega. A fase 2 de Peregrino produziu seu primeiro óleo em 2022 e estenderá a vida útil do campo até 2040. Ela também acrescentará de 250 a 300 milhões de barris de óleo ao ativo. O campo agora consiste em uma FPSO, acompanhada por três plataformas fixas: Alfa, Bravo e Charlie.
A Equinor está implementando melhorias para operar o ativo de forma ainda mais segura e eficiente. Tecnologias inovadoras estão sendo testadas para manutenção, aumento da recuperação de óleo e redução de emissões.
Em 2018, a Equinor e a Petrobras firmaram uma aliança estratégica para Roncador e a Equinor, com sua ampla competência e experiência em Aumento da Recuperação de Óleo (IOR), foi um
Esse terceiro ciclo abriu novas perspectivas e desenvolvimento de tecnologias e práticas, que levou à descoberta do campo de Tupi, rebatizado de Lula, na Bacia de Santos. Recentes campanhas exploratórias levaram a novas descobertas nas camadas de Pré-Sal da Bacia de Campos - Reservatório de Brava (campo de Marlim), Forno (campo de Albacora), Tracajá (campo de Marlim Leste), Carimbé (Campo de Caratinga) e Poraque Alto (campo de Marlim Sul) – o que prova a capacidade de revitalização do campo que, por já possuir toda uma infraestrutura instalada, facilita a implementação de novos projetos – com retorno financeiro.
divisor de águas para o campo que tem a ambição de alcançar mais 1 bilhão de barris de óleo equivalente. O processo sistemático de IOR já demonstrou resultados impressionantes, com os primeiros oito poços apresentando uma redução de 50% nos custos e contribuindo para aumentar 25% da produção do campo.
O acordo de aliança estratégica também inclui um programa de eficiência energética e redução de emissões de CO2 para Roncador.
*
A Repsol Sinopec Brasil ocupa posição estratégica em campos produtores considerados ativos de classe mundial: Albacora Leste, na Bacia de Campos; e Lapa e Sapinhoá, no Pré-Sal da Bacia de Santos. Também está no Projeto Raia (BM-C-33), uma das primeiras descobertas da empresa no Pré-Sal; e em Albacora Leste - primeiro campo da Repsol Sinopec no Brasil, através do qual ela se tornou a primeira empresa privada a participar da abertura do mercado de exploração e produção no país. Em produção desde 1998, o campo está localizado em lâmina d’água de 1.200 metros, ao norte da Bacia de Campos. Atualmente, produz entre 30 mil e 35 mil barris de óleo e gás por dia, através da FPSO Forte e a participação da Repsol Sinopec Brasil é de 10% no consórcio operado pela PRIO (90%).
*
A TotalEnergies (30%), com QatarEnergy (20%) e Petronas(20%), conquistou o bloco Água Marinha no Leilão de Oferta Permanente de Partilha de Produção – 1º Ciclo, onde a Petrobras exerceu seu direito de ter 30% de participação como operadora. Água Marinha é um bloco de 1.300 km2 , a cerca de 140 km da costa, localizado no Pré-Sal da Bacia de Campos. *
Em Campos, a bp está presente em oito blocos. *
A China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) já participou de operações na Bacia de Campos, como a comercialização de petróleo e, em fevereiro deste ano, venceu um processo da Pré-Sal Petróleo (PPSA) para comercializar 500 mil barris de petróleo do pré-sal do campo de Sépia, na Bacia de Campos.
Empresários e autoridades chinesas da CNOOC visitaram a plataforma P-48, em produção na Bacia de Campos.
MBatalha,VCunha/Petrobras
Aproximadamente 20% da produção nacional de petróleo e gás do Brasil é proveniente da Bacia de Campos e já são mais de 14 bilhões de barris de óleo e gás (boe) acumulados. Existem cerca de 280 poços produtores localizados na região onde a operação é feita por 25 plataformas marítimas em Pré-Sal e Pós-Sal. A importância e o potencial das diversas unidades que atuam na região — com suas inovações constantes, sendo, muitas, premiadas — mostra o quanto ainda se tem a realizar, no rastro de uma história de protagonismo. Protagonismo também dos colaboradores que levaram a Bacia a atingir um novo patamar de produção e renderam à Petrobras o principal prêmio da indústria global offshore, o OTC Distinguished Achievement Award, o primeiro deles em 1992, pelas tecnologias inovadoras de produção em Marlim. Outro prêmio OTC em 2001, por avanços tecnológicos e econômicos no campo de Roncador, evidenciando o compromisso com eficiência e sustentabilidade. Em 2015, a Petrobras foi novamente premiada pela OTC pelo desenvolvimento de tecnologias para a produção do Pré-Sal, impulsionando a exploração de novas fronteiras e recursos, sem nunca perder de vista a sustentabilidade - um dos carros-chefes da tecnologia vencedora era a captura de CO2 em alto-mar (CCUS), que permitiu à Petrobras, em 2022, bater o recorde mundial de captura de carbono, com 25% de todo o carbono reinjetado pela indústria global. Um quarto prêmio OTC foi recebido pela em 2020, pelo conjunto de tecnologias desenvolvidas para tornar viável a produção na bacia de Búzios. O prêmio de 2024 reconhece a contribuição do Programa de Renovação da Bacia de Campos para a indústria mundial, com destaque para a revitalização do campo de Marlim,
que impulsionou o desenvolvimento de um conjunto de tecnologias pioneiras para campos maduros em águas profundas; esse avanço permitiu, em Marlim, a redução de 55% das emissões de gases de efeito estufa do escopo 1 (resultantes das operações da própria companhia). E cada reconhecimento reflete o compromisso da Petrobras em liderar a indústria offshore, sem se intimidar com os desafios.
Essas inovações e as tecnologias desenvolvidas mudaram os rumos da indústria mundial de petróleo e gás natural, resultando em novos avanços nos anos seguintes. O pioneirismo e a superação de desafios continuaram sendo a marca Petrobras. Dos cinco prêmios OTC obtidos pela Petrobras, três foram concedidos por inovações na região da Bacia de Campos.
ACESSE O PAINEL COMPLETO
A conquista deste ano veio de um trabalho envolvendo várias áreas da companhia, pelo maior projeto de recuperação de ativos maduros em águas profundas do mundo. E as inovações premiadas foram:
TOT-3P - tecnologia patenteada pela Petrobras para a construção de poços de petróleo no Pós-Sal. A sigla significa True One Trip 3 Phases, e a técnica consiste em perfurar o poço em três fases, o que otimiza e simplifica a configuração do poço, acelerando a construção de poços no Pós-Sal, de 110 para 56 dias, na média
Padronização de envelopes de dutos - acelera o projeto, a aquisição e a fabricação de dutos e auxilia no seu reuso. Favorece também a intercambialidade de dutos.
Extensão de vida útil dos dutos flexíveismetodologias de engenharia para extensão do tempo de operação dos dutos flexíveis que transportam óleo, água e gás natural no fundo do mar, sem comprometimento da segurança. Foram incorporados a melhores práticas internacionais da indústria.
Novos limites para a proteção catódica em águas profundas - permitem reduzir as inspeções de integridade dos equipamentos submarinos, em águas profundas, sem comprometimento da segurança.
Novos métodos e ferramenta para extensão de vida útil de Árvores de Natal Molhadas (ANM) - ferramenta de inspeção ultrassônica, associada a métodos de análise de engenharia para operações de ANM por mais tempo, sem comprometimento da segurança
Pulso geomecânico - a estimulação por pulso geomecânico abre poros nas rochas dos rserva6tórios e, dessa forma, melhora a injeção de água e a produtividade do petróleo.
Sistema de separação submarino de água e óleoPrimeiro Sistema de separação submarino, que operou em Marlim em 2011. Comprovou a tecnologia, que poderá ser utilizada futuramente em outros locais da Bacia de Campos.
Técnica pioneira de corte de dutos acima do nível do mar - para descomissionamento, a técnica acelera e torna mais segura a retirada dos risers de plataforma em descomissionamento, além de reduzir emissões.
Nos próximos anos, a Bacia de Campos continuará tendo um papel relevante para a Petrobras. Até 2028, a Petrobras vai investir cerca de US$ 22 bilhões na revitalização da Bacia de Campos: serão instaladas 4 novas plataformas de produção nos próximos anos, nos campos de Jubarte, Albacora, BarracudaCaratinga e Raias Manta e Pintada, sendo esta última operada pela Equinor.
Este investimento, que é destinado principalmente para a revitalização dos campos que operamos na Bacia de Campos, se dá através de ações como a instalação de quatro novas plataformas; a implantação de cerca de cem novos poços, que serão interligados tanto nas novas unidades quanto nas já instaladas, trazendo aumento no fator de recuperação dos campos; assim como a realização de campanha exploratória. Além disso, há estudos em fases iniciais para a revitalização de outras grandes concessões associados à extensão dos prazos de concessão desses campos.
A Petrobras reconhece que todo o trabalho é feito com ajuda de empresas parceiras, sejam outras petroleiras, seja a enorme cadeia de suprimentos da Petrobras, que é fundamental para o negócio da companhia ter o sucesso e a grandiosidade que tem.
A diversidade na Bacia de Campos A diversidade na Bacia de Campos
Política de Diversidade, equidade e inclusão da Petrobras
Existem ações sendo colocadas em prática em toda Petrobras. As Unidades de Negócio possuem Comitês de Diversidade e podemos citar algumas de suas ações:
• Programas de desenvolvimento e preparação de novas lideranças: Programas de Mentoria (com público-alvo: mulheres, pessoas negras, PCDs, LGBTQIAPN+, 60+), Programa Escalada Inclusiva para empregados na UN-BC e Potenciais Novos Líderes para empregados de toda gerência executiva;
• Ações de letramento/conscientização na temática Diversidade, Equidade e Inclusão com treinamentos, Diálogos de SMS e rodas de conversas (tanto offshore, quanto onshore);
• Disseminação da trilha Homens Aliados para toda força de trabalho e promoção de rodas de conversa;
• Laboratórios de Segurança Psicológica;
• Ações para aumentar número de mulheres embarcadas com a criação de um banco de interesses e disponibilização de mais camarotes femininos;
• Incentivo às empresas prestadoras de serviço em contratar mais mulheres para o trabalho offshore;
• Criação da Cartilha de Primeiro Embarque;
• Iluminação de alguns prédios e plataformas no mês do orgulho LGBT;
• Ações com instituições de ensino (dentro da Petrobras e nas escolas) com depoimentos de carreira de empregados Petrobras.
“A Bacia de Campos é de extrema importância para a indústria de petróleo e gás natural. Ao longo dos últimos 50 anos, essa região tem sido um verdadeiro berço de inovações e pioneirismo. A descoberta do óleo comercial em 1974 marcou o início de uma jornada de sucesso, que nos levou a ultrapassar fronteiras e alcançar novos patamares de produção. Graças ao protagonismo dos nossos colaboradores, conseguimos não apenas explorar e produzir petróleo em águas profundas e ultraprofundas, mas também desenvolver tecnologias que revolucionaram a indústria global. Inclusive, neste ano, fomos reconhecidos com o principal prêmio da indústria global offshore: o OTC Distinguished Achievement Award 2024, pela contribuição do Programa de Renovação da Bacia de Campos para a indústria mundial, com destaque para a revitalização do campo de Marlim. Além disso, é importante ressaltar que a nossa atuação na Bacia de Campos é pautada pela sustentabilidade, segurança, respeito ao meio ambiente e atenção total às pessoas. Esses são valores que nos guiam e nos conectam. Em 2023, assumi a liderança da Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de Campos, em Macaé, com orgulho por exercer essa função nesse momento tão relevante para a região e para a Petrobras. Essa região tem um significado especial para mim, pois minha vida profissional e pessoal se cruzam com o desenvolvimento do município. Iniciei minha carreira há 40 anos e, ao longo desse tempo, atuei em diversas áreas. Acompanhei de perto a chegada da Petrobras em Macaé e a implementação do porto. Meu avô, inclusive, foi responsável pelo projeto de urbanização do bairro onde está localizada a praia dos Cavaleiros. A Bacia de Campos não é apenas um passado glorioso, mas também um futuro promissor e pujante. Estou orgulhoso de fazer parte dessa equipe maravilhosa da Bacia de Campos, que valoriza a diversidade e a inclusão. Juntos, seguiremos escrevendo uma história de sucesso nessa caminhada”
Alex Murteira Celem, Gerente Geral da UN Bacia de Campos.
“Os geólogos desempenham um papel de extrema importância na exploração e explotação de petróleo e gás da Bacia de Campos, uma das regiões mais importantes do Brasil, dentre as quais destaco: estudos geológicos e geofísicos, modelagem geológica, acompanhamento da perfuração e análise de amostras, monitoramento e otimização da produção, exploração de novas áreas, gestão ambiental, dentre outros. O geólogo e o geofísico estão presentes desde o início da Bacia de Campos, através dos estudos e modelos conceituais que permitiram identificar, através da sísmica, oportunidades de exploração em águas rasas. E a partir da comprovação da ocorrência de petróleo, novos estudos e desenvolvimento de conceitos geológicos foram necessários para desenvolver a bacia, de forma preditiva, identificando novas acumulações em águas cada vez mais profundas. Nos últimos anos, alguns avanços tecnológicos no campo da geologia tornaram possíveis a automatização da modelagem geológica em menor tempo e a visualização tridimensional de reservatórios; e no campo da geofísica, a introdução de novas modalidades de aquisição e processamento sísmico. No futuro, o geólogo de petróleo continuará desempenhando um papel importante na Bacia de Campos. Com a transição para uma matriz energética mais sustentável, é necessário um planejamento cuidadoso das atividades de exploração e produção de petróleo. O geólogo de petróleo pode contribuir identificando reservatórios de menor impacto ambiental, como os de baixo carbono. Além disso, eles podem ajudar no desenvolvimento de tecnologias mais eficientes e na aplicação de práticas de produção responsáveis, visando a mitigação dos impactos ambientais. Em resumo, o papel do geólogo de petróleo foi, é e permanecerá crucial para o futuro da Bacia de Campos. Sua expertise é fundamental para a descoberta, desenvolvimento e otimização da produção de petróleo na região, além de contribuir para uma abordagem mais sustentável e responsável no setor de exploração e produção”
Paulo Marinho, Gerente Executivo de Águas Profundas da Petrobras.
Podemos considerar então o programa de revitalização da Bacia de Campos - o maior programa de recuperação de ativos maduros em águas profundas no mundo – como um novo quarto ciclo. Com os projetos de revitalização, que incluem intervenções em poços já em operação, perfuração de novos poços e instalação de plataformas mais modernas, a companhia pretende aumentar o volume de petróleo extraído dos reservatórios (fator de recuperação) da Bacia de Campos e diminuir a emissão de gases de efeito estufa.
Como resultado do projeto de revitalização do Campo de Marlim, por exemplo, a Petrobras estima produzir um volume acumulado adicional de 860 milhões barris de óleo equivalente neste campo. O número considera o volume total de petróleo a ser produzido até 2048, ano previsto para final do prazo de concessão. Antes da revitalização, a expectativa era de que a produção de Marlim se encerrasse em 2025 com a devolução do campo. O projeto de revitalização, que substituiu nove plataformas por dois FPSOs, reduzirá em 55% as emissões de gases de efeito estufa, quando comparadas ao pico previsto nas antigas unidades.
Para a revitalização da Bacia de Campos a Petrobras se baseia no Plano Diretor, que indica as melhores alternativas para aumentar o fator de recuperação dos campos, através da perfuração de novos poços, sísmica 4D, extensão da vida útil dos ativos, até a substituição da infraestrutura existente nos campos. E atualmente estão em andamento estudos e iniciativas voltados para a descarbonização das instalações da Bacia de Campos: Petrobras e outros parceiros estão avaliando a viabilidade de projetos alinhados com estratégias de redução de emissões operacionais e desenvolvimento de negócios de menor intensidade de carbono, tanto nas instalações existentes, com a otimização dos processos, quanto em novos projetos, com utilização de tecnologias que possibilitam uma maior descarbonização. Um exemplo disso é o FPSO Maria Quitéria, que iniciará a sua produção ainda em 2024 e possui tecnologias para descarbonização, como o ciclo combinado na geração de energia e FGRU (flare fechado). Para novas unidades ainda em fase de projeto, estão em análise também tecnologias de descarbonização profunda, como sistemas de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS), eletrificação vinda de terra ou de fontes renováveis offshore, dentre outros.
matéria de capa
“É mais do que uma bacia produtora de petróleo, a Bacia de Campos faz parte do orgulho de todo petroleiro, especialmente aquele que trabalha na produção. Foi na Bacia de Campos que nós batemos os melhores recordes e começamos a trabalhar e ser respeitados como sendo uma empresa de referência em águas profundas. Eu particularmente comecei minha vida profissional participando e desenvolvendo projetos na Bacia de Campos”
Wagner Victer, Engenheiro pela Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Bacharel em Administração de Empresas, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ, Pós-Graduação em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e Especialização em Gerência de Projetos pela Harvard University. Foi secretário de Energia fluminense (1999 a 2022 e 2004 a 2007). Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi diretor-geral (2019 e 2023), foi assessor da presidência da Petrobras e assumiu a gerência-executiva do Campo de Búzios.
Este ano em que a Bacia de Campos comemora 50 anos, a Petrobras apresentou planos de explorar Forno, no sul de Albacora, e Brava já no início de 2025. Mas a Bacia de Campos não espera apenas o novo; seu plano de Revitalização quer dobrar sua produção até 2028, de forma mais sustentável. A cadeia de petróleo e gás inteira coloca-se em movimento para garantir os próximos 50!
Revitalização da Bacia de Campos mais
produção com maiores cuidados ambientais
A Bacia de Campos desempenhou um papel fundamental na indústria de petróleo e gás do Brasil. Com uma área de aproximadamente 100 mil km2, ela alcançou marcos significativos, incluindo as primeiras descobertas em águas rasas no campo de Garoupa em 1974 e descobertas subsequentes em águas profundas nos campos de Marlim e Albacora, em 1984 e 1985, respectivamente.
Mas o esgotamento dos reservatórios e a produção em declínio representam um dos desafios da Bacia de Campos. Um campo é considerado maduro quando ultrapassou o ápice de sua produção, assim, o desenvolvimento complementar é uma estratégia necessária para maximizar os recursos restantes e sustentar os níveis de produção. A revitalização de concessões e instalações de produção exige que operações mais eficientes e eficazes sejam desenvolvidas.
E a revitalização da Bacia de Campos inclui a substituição de plataformas antigas por outras mais novas o que implica na possível extensão da vida útil de FPSOs e semissubmersíveis, soluções pioneiras em operações em águas profundas, avanços em redes de comunicação digital e soluções para a rede de gasodutos.
As atividades de exploração, aquisição de dados de reservatório, adoção de novos métodos e tecnologias para aumentar a eficiência operacional e soluções que atendam aos requisitos ambientais, incluindo a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), impactam o redesenvolvimento da Bacia de Campos.
O tamanho do desafio pode ser imaginado quando se pensa que os campos maduros offshore do Brasil possuem mais de 11.000 km de dutos e risers submarinos, 700 árvores-de-natal submarinas e 60 manifolds, todos interconectados com mais de 50 plataformas: essa revitalização oferece oportunidades promissoras devido ao conhecimento aprimorado do reservatório e à utilização da infraestrutura de produção existente.
Petrobras/ FPSO Anita Garibaldi
@Petrobras/Espadarte
matéria de capa
@Petrobras/JoseAugustoAlves/TartarugaVerde
E serão necessárias inovações e outras tecnologias – inclusive submarinas - já desenvolvidas para superar os desafios associados à revitalização, preenchimento e tieback submarino de campos maduros como Marlim, Voador, Marlim Sul, Marlim Leste, Jubarte, Albacora, Barracuda/Caratinga, Roncador, Tartaruga Verde e Espadarte.
Em uma apresentação na OTC, pode-se ver uma ilustração conceitual do sistema submarino do projeto de revitalização de Marlim e Voador; a comparação da distribuição das plataformas antes e depois do projeto de revitalização; e o desafiador layout submarino próximo ao FPSO Anita Garibaldi: linhas de ancoragem em roxo, corais em vermelho e bege, tubos flexíveis em linhas tracejadas verdes ou vermelhas.
Os campos maduros oferecem oportunidades para geração de valor com baixo risco e envolvem investimentos menores em comparação aos novos projetos, potencial que pode ser maximizado pela aplicação de inovações, especialmente nos sistemas submarinos – e aí os campos maduros se destacam por fornecerem oportunidades para testar novas tecnologias, servindo como um laboratório em mar aberto.
@Petrobras/Albacora
Apesar de ser uma grande proposta, a revitalização é composta por vários pequenos projetos, que já rendem frutos. A Petrobras bateu recorde nacional no tempo de construção de um poço em águas profundas, alcançando a marca de 35 dias, no campo de Marlim, na Bacia de Campos. Em comparação, o recorde anterior eram 44 dias, em 2021 no campo de Golfinho, também na Bacia de Campos. Já em Marlim, a média histórica nos últimos 20 anos na construção de poços era de 93 dias, indicando uma redução de 63% nos prazos. Esse desempenho gerou economia de cerca de R$ 40 milhões para a companhia, considerando menores custos em logísticas e aluguel de sondas, além da redução de exposição de trabalhadores a riscos e a aplicação de uma nova metodologia na seleção de configuração de poços – mais otimizada, eficiente e com resultados mais rápidos.
O poço 7-MRL-233H-RJS integra o projeto de revitalização dos campos de Marlim e Voador e está localizado em lâmina d´água de 850 metros, a 150 km da costa.
“Com esse recorde, a Petrobras não só quebrou um novo paradigma na construção de poços, como também marcou uma nova etapa na revitalização de campos maduros. Toda redução no prazo de construção de um poço é sinônimo de redução expressiva de
custos e geração de valor, pois essa atividade equivale a cerca de 30% dos investimentos em Exploração e Produção”
João Henrique Rittershaussen, Diretor de Desenvolvimento da Produção.
Esse poço faz parte do programa de revitalização dos campos de Marlim e Voador que prevê a interligação de 75 poços e a instalação de duas plataformas do tipo FPSO com capacidade de produzir, juntas, 150 mil barris de petróleo por dia (bpd).
Marlim vai ser um divisor de águas em projetos de recuperação de campos maduros de grande porte, abrindo caminho para a Petrobras investir em outras iniciativas similares. “Um mar de investimentos, serviços e postos de trabalho na região da Bacia de Campos, no Norte Fluminense, nos próximos cinco anos” é a previsão de estudos feitos pela Firjan, parceiros e empresas do mercado.
A Firjan - Federação das Indústrias do Rio de Janeiro disse em maio deste ano, que o Programa de Revitalização de campos maduros da Bacia de Campos aumentou em 17% os volumes produzidos na região, alcançando média anual próxima dos 800 mil barris de petróleo por dia (bpd). Destes volumes, 80% da produção foi em águas fluminenses, que contaram com a entrada em operação de duas novas plataformas no campo de Marlim: FPSO Ana Nery e FPSO Anita Garibaldi.
A Bacia de Campos é – e vai continuar sendo - um feito de toda a indústria do petróleo – petroleiras, fornecedores, governos, entidades.
“Nos 50 anos da Bacia de Campos, berço da produção nacional em águas profundas, a Ocyan tem o orgulho de participar desta história de sucesso em todos os seus anos de existência. O desenvolvimento da Bacia de Campos representa o início da busca do Brasil pela autonomia em sua produção de petróleo, um esforço contínuo de gerações e desafios como o processo atual de revitalização desta Bacia.
Durante quase 25 anos de existência, a Ocyan, por meio de sua área fabril em Macaé (RJ), atende com excelência o mercado de Manutenção e Serviços Offshore. Em números, esses 20 anos representam mais de 31 contratos performados, mais de 1 milhão de horas de engenharia, mais de 120 paradas de produção e perfuração, mais de 10 mil toneladas de tubulações e estruturas montadas a bordo das instalações em alto mar, e quase 85 milhões de homens-horas trabalhados. Com atuação de décadas
Jorge Luiz Mitidieri, Presidente e CEO da Ocyan.
DivulgaçãoPetrobras
como uma referência na prestação de serviços para plataformas do setor de óleo e gás upstream, nossa trajetória se confunde com a evolução da Bacia de Campos.A conquista mais recente, com atuação na Bacia de Campos, é por meio de um consórcio com a Mota-Engil. A revitalização da malha de gás, projeto com quatro anos de duração, marca o retorno da Ocyan em projetos de construção submarina EPCI offshore. Isso inclui atividades de engenharia, fabricação, aquisição e instalação de equipamentos. Recentemente encerrou o pioneiro projeto de descomissionamento de instalações submarinas em águas profundas, EPRD, de dois FPSOs que estavam instalados nesta Bacia.
Que venham outros 50 anos e esperamos poder contribuir para o sucesso continuado desta unidade.”
A PRIO construiu sua história na Bacia de Campos, dando nova vida a campos maduros que tinham abandono próximo. Com quase 10 anos de vida e uma relação especial e duradoura, todos os campos da companhia ficam na região, deixando seu legado e impacto positivo Criada em 2015, a PRIO é a maior empresa independente de óleo e gás do país e tem o core business focado na produção e revitalização de campos maduros. Com todos os seus cinco ativos localizados na Bacia de Campos, incluindo o primeiro cluster privado da região (formado por meio de um tieback entre os campos de Polvo e Tubarão Martelo), já estendeu, de forma combinada, em mais de 65 anos a vida útil deles, atuando de forma sustentável. Toda essa eficiência operacional gera diversas melhorias para a região, incluindo a criação de empregos, movimentação na cadeia de fornecedores locais, royalties para o local e repasses para a União. Visando o potencial do mercado de campos maduros, a PRIO já nasceu com foco nesse modelo de negócio e revolucionou o setor no Brasil. Junto com outras independentes, gerou um grande impacto positivo.
“A Bacia de Campos tem sido nossa casa desde o início da trajetória da PRIO, quando adquirimos o Campo de Polvo – um ativo que já tinha data marcada para seu abandono: 2016. Foi lá que começamos com planejamento, metodologia, e a coragem de acreditar na mudança. Hoje, com cinco campos na região, é uma grande satisfação celebrar os 50 anos da Bacia, tendo sido a primeira empresa independentes a realizar a transferência de um ativo de produção com objetivo de revitalizar e construir uma nova história. Seguimos firmes no compromisso com segurança, eficiência e responsabilidade socioambiental, e estamos prontos para fazer diferente, quando necessário, contribuindo para a transformação do setor tendo a Bacia de Campos como base”, afirma Francilmar Fernandes, Diretor de Operações da PRIO.
@ReproduçãoPRIO
Divulgação
Dentre os ativos, um dos destaques mais recentes é o campo de Wahoo. Localizado no norte da bacia de Campos, já no Espírito Santo, o projeto desenvolvido pela empresa contará com um tieback submarino de 35 quilômetros, ligando este campo ao de Frade, no Rio. Antes mesmo do início da operação do campo, o projeto já movimenta mais de R$ 1 bilhão em investimentos na cadeia de suprimentos local. Ao todo, a PRIO está investindo cerca de R$ 4,5 bilhões no projeto (cerca de 80% deste valor
Polvo foi o primeiro ativo da PRIO, adquirido em 2014. No ano seguinte, a empresa investiu mais de 11 milhões de dólares na primeira iniciativa de revitalização do campo afim de aumentar a produção de petróleo. Em 2021, Polvo se destacou ao participar do primeiro tieback realizado por uma empresa independente no Brasil, conectando-se ao campo de Tubarão Martelo. Juntos, os dois campos possuem uma produção média diária de 16 mil barris;
Albacora Leste - a empresa é detentora, desde janeiro de 2023, de 90% da operação e participação do ativo. O campo foi responsável por mais que dobrar as reservas da companhia e atualmente produz uma média de 30 mil barris por dia;
em contratações e desenvolvimento de empresas fornecedoras). Ao longo de sua produção, o campo de Wahoo deve chegar a produzir até 40 mil barris de óleo por dia, gerando mais de R$ 3 bilhões de royalties para o Estado (ES) e União, e está aguardando apenas a emissão das licenças de perfuração do IBAMA para começar a operar.
Os 5 ativos da empresa, localizados na Bacia de Campos são:
Frade - a PRIO adquiriu uma participação no campo em 2019 e concluiu a compra em 2020. É operado pelo FPSO Valente, já teve sua vida útil estendida em 14 anos e produz, em média, um pouco mais de 50 mil barris por dia
Wahoo - a PRIO detém 100% do ativo, cuja reserva atual é de mais de 125 milhões de barris de petróleo no Pré-Sal. Será interligado ao FPSO Frade por meio de um tieback e possui um óleo de excelente qualidade: 30° API, baixa viscosidade e gás associado.
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Localização de Wahoo
matéria de capa
E novos investimentos na Bacia de Campos tem se tornado mais contantes. A Petrobras se prepara para explorar em 2025, novos poços que podem ser “o futuro da Bacia de Campos” . Durante evento em junho deste ano, o gerente-geral da UN-BC Petrobras, destacou três blocos adquiridos pela companhia na Bacia de Campos, que começarão a ser explorados no primeiro semestre de 2025: Forno, Água Marinha e Norte de Bravo.
O Plano de Renovação da Bacia de Campos prevê ainda investimentos para quase dobrar a atual produção de petróleo na região até 2028, além de diversas ações de descomissionamento que vão movimentar US$ 26 bilhões. E as novas unidades que vão chegar à Bacia de Campos devem ainda reduzir em 55% as emissões de gases do efeito estufa.
“Vamos perfurar o primeiro poço exploratório em águas marinhas no Pré-sal da Bacia de Campos, e temos muita esperança, pelo conhecimento que temos da área, de ser o futuro da bacia. É um novo mundo, um novo negócio que se abre, e só está começando.
A Bacia de Campos está voltando a ser olhada pelo planeta, a mostrar sua pujança, e se destacando de novo pelo desenvolvimento tecnológico com a revitalização dos campos maduros”
Alex Murteira Celem, Gerente da UN Bacia de Campos.
Divulgação
O Hidrogênio verde e a transição energética do Brasil
por: Fernanda Delgado
O hidrogênio verde, confeccionado a partir da eletrólise da água com energias tolamente renováveis, tem se destacado como uma solução central para a descarbonização de processos produtivos, e sua importância no cenário global é cada vez mais evidente. No Brasil, essa agenda ganhou força com a aprovação da Lei 14.948 de 02 de agosto de 2024 e o Projeto de Lei 3027/2024, que institui o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono – PHBC, um marco que reposiciona o país na transição energética global. A criação de
créditos fiscais da ordem de R$18,3 bilhões é um incentivo crucial para expandir a produção e o consumo de hidrogênio verde, especialmente em setores intensivos em emissões, como fertilizantes, siderurgia, transporte pesado e petroquímico.
O enfrentamento às mudanças do clima e a transição energética possuem um alvo em comum: as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Mitigar emissões é o principal objetivo da transição energética em andamento, na qual o hidrogênio é um importante aliado em função de sua grande capacidade para armazenar
Fernanda Delgado, CEO da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde - ABIHV -, professo da F GV e da UFRJ, Conselheira do Conselho de Educação e do Conselho de Transição Energética da Associação Comercial do Rio de Janeiro e responsável pelos programas Sim, Elas Existem e EMPODEREC de inclusão e equidade feminina no setor de energia
Governo do Ceará/Carlos Gibaja
energia e versatilidade tanto na produção quanto no uso final. A transição para uma economia de baixo carbono é fundamental para mitigar as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
A aprovação do marco legal para o hidrogênio reflete o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e abre caminhos claros para a descarbonização dos processos produtivos. Com a Lei 14.948/2024, foram estabelecidas diretrizes claras para o desenvolvimento da indústria de hidrogênio de baixa emissão no Brasil. A legislação contempla diferentes rotas de produção, incluindo o hidrogênio verde gerado por eletrólise a partir de fontes renováveis, como hidráulica, solar e eólica, além de rotas que utilizam biomassa e etanol, ampliando as oportunidades para o país.
Esse avanço coloca o Brasil em alinhamento com as principais economias globais, como Alemanha, Japão e Estados Unidos, que investem fortemente em tecnologias de hidrogênio como alternativa aos combustíveis fósseis. O Brasil, com 90% da matriz elétrica renovável, grid interligado, disponibilidade de terras e água, uma posição geopolítica favorável e instituições fortes, está em uma posição estratégica para se tornar um dos maiores produtores e exportadores de hidrogênio verde do mundo.
Embora não seja a única solução para os desafios climáticos, o hidrogênio verde é fundamental na construção de uma economia descarbonizada. A Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), está comprometida em garantir que o Brasil se consolide como líder global na produção e exportação
de hidrogênio verde, gerando empregos, renda e oportunidades. A transição energética não é mais uma escolha, mas uma necessidade urgente para que o Brasil e o mundo alcancem suas metas de sustentabilidade e prosperidade. O próximo passo, na verdade concomitante aos trâmites regulatórios e legais, e à construção da indústria do hidrogênio verde per se, é criar no ideário comum social, que assim como o tabaco, os gases de efeito estufa trazem inúmeros malefícios à saúde, ao meio ambiente, à economia e as gerações futuras.
Léo Ramos Chaves/Fapesp
O papel das eólicas e novas tecnologias para a descarbonização
por: Elbia Gannoum
O movimento global da economia de baixo carbono por meio de tecnologias de energia renovável, é epicentro nos debates climáticos e metas internacionais que pautam a futuro da transição energética. Essa discussão não é de hoje e têm sido a destaque em vários fóruns interacionais, principalmente nas edições da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP), que reiteram a necessidade de alavancarmos esforços em cooperação para reduzir emissões per capita, considerando o avanço industrial e tecnológico do nosso planeta (Gráfico 1).
Gráfico 1: Renda global e emissões associadas ao estilo de vida
Fonte: The Climate Book | Greta Thunberg (2022)
Neste cenário, a posição do Brasil como protagonista é estratégica, uma vez que possui abundância de recursos naturais necessários para tal em comparação com as demais economias do mundo. Temos as principais variáveis para determinar a direção e a velocidade de uma transição energética justa, enquanto fornecedor de recursos renováveis. Considerando que a energia responde por cerca de 78% das emissões globais, fazer a transição energética é algo incontestável e urgente. Olhando para a oferta do Brasil, temos, da perspectiva da energética (eólicas onshore e offshore, solar, biomassa, PCHs e os biocombustíveis) recursos superiores à necessidade
Elbia Gannoum é Presidente Exercutiva da ABEEólica, Vicepresidente do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) e Conselheira do CDESS
da economia interna brasileira.
A questão que se coloca para o país na discussão da transição é que partimos para esta corrida numa posição extremamente confortável, com sobra de recursos, mas, se não vier acompanhada por um olhar estratégico, podemos perder a oportunidade de dominar um cenário que atrai investimento e gera emprego e renda. O Brasil ainda pode obter os benefícios oferecidos pela economia global. Pensando na pauta de exportação, podemos partir da própria eletrificação da matriz energética brasileira, que hoje é altamente renovável (cerca de 45% do consumo no país), mas pode ser maximizado se acelerarmos a substituição nos seus processos produtivos pela energia renovável, tanto elétrica, quanto energética pelas novas tecnologias como biocombustíveis, hidrogênio verde, energia eólica offshore, mercado de carbono e até armazenamento.
A indústria brasileira tem um alto potencial neste sentido. Em um passado não tão recente, os custos desta substituição eram altos, porém hoje, com energias altamente competitivas mundialmente, já é possível selecionar tecnologias que, além de reduzirem emissões, também trazem externalidades para a economia em custos competitivos para a indústria. Essa mudança não interessa apenas ao setor energético. A necessidade desta transição extrapola os limites da energia e chega à indústria exportadora de commodities, que está no cenário global competindo com outras que já seguem num caminho mais claro de economia de baixo carbono.
Além do grande potencial para o mercado interno, a política de industrialização verde sustentada pela ABEEólica observa as oportunidades do mercado externo. Em um passado recente, não se vislumbrava a exportação de energia, mas, com o advento do hidrogênio limpo, é possível observar possibilidades para exportar a energia elétrica renovável a partir da molécula de hidrogênio ou da amônia verde. Esse caminho pode revolucionar os sistemas econômicos convencionais, criando vantagens competitivas para o Brasil na Transição Energética.
Ademais, o Brasil é um país com capacidade de produzir a amônia verde e o hidrogênio mais
matéria de capa
competitivos do mundo, temos recursos naturais para isso. Temos ainda mais vantagem porque o esforço fiscal será menor ou até zero, considerando que os marcos legais a serem debatidos prevejam segurança institucional e condições de mercado para valoração dos atributos sociais e ambientais que estas fontes podem trazer para a conjuntura nacional da industrialização verde.
Nesta perspectiva, é necessário transformar a potencialidade de sermos líderes globais em realidade. E faremos isso por meio de aparatos regulatórios que terão o potencial de sinalizar a atração de investimento em hidrogênio, eólica offshore, um programa de biogás adequado e a regulamentação do mercado de carbono., tudo passando por uma política com aparato legal. Precisamos de leis e regulação para tornar essa potencialidade efetiva e revisitar nossa economia fazendo, de fato, uma política industrial verde.
No caso das eólicas offshore, a sinalização do potencial de produção de cerca de 700 GW e alinhamento do IBAMA, permitiu registrar uma série de investidores interessados e solicitando licenciamento de projetos. Porém, não é possível avançar na análise desses projetos sem a consolidação do marco regulatório, que se já estivesse estabelecido, seria possível vislumbrar a possibilidade de um futuro leilão de cessão de offshore, seguindo as devidas premissas ambientais e regulatórias necessárias. O país é atrativo por natureza devido ao seu recurso natural e qualidade dos ventos e poderá se tornar protagonista no horizonte da discussão.
A capacidade de descarbonizar via essas novas tecnologias é fundamental para pavimentar o futuro da transição energética. Quando observamos a capacidade de descarbonizar via eólicas offshore e onshore essas tecnologias apresentam um menor nível de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), mesmo levando em conta todas as emissões em análises do ciclo de vida, conforme apresentado no “Estudo da Cadeia de Valor das Eólicas Offshore” publicado por por COPPE – UFRJ, Essenz Soluções e ABEEólica (Figura 2). Adicionalmente, ainda existe a possibilidade de turbinas eólicas offshore abastecerem plataformas de petróleo, o que auxiliaria na redução do uso de combustíveis fósseis para a produção de eletricidade nestas plataformas, e consequentemente reduziria a pegada de carbono para esta atividade.
As tecnologias de baixa emissão de carbono serão cruciais para alcançarmos o cenário de 1,5 º C na neutralidade de carbono estabelecido pelo Netzero. Em especial, as eólicas offshore e onshore terão um papel central neste processo de atingimento de metas globais. Segundo o estudo “Enabling Frameworks for Offshore Wind Scale Up” publicado pela IRENA
Gráfico 2: Comparativo das emissões de GEE do ciclo de vida por tecnologia
Fonte: COPPE, Essenz Soluções e ABEEólica (2022) com base em GWEC (2022) (Agência Internacional de Energia Renovável) e o GWEC (Conselho Global de Energia Eólica), serão necessários cerca de 500 GW de energia eólica offshore instalada até 2030 e 2.465 GW até 2050 ao redor do mundo, para que o cenário de 1,5°C seja alcançado (Figura 3).
Gráfico 3: Projeções para eólicas offshore 2023 em alinhamento com a meta global de Netzero 2050
Fonte: IRENA (2023)
A aprovação dos marcos legais das eólicas offshore, mercado de carbono e outras tecnologias, é fundamental e estratégica para que o Brasil possa aproveitar essa janela de oportunidades durante a industrialização global e discussões do Netzero, conforme apresentado em estudos e discussões no fórum global. Os recursos existentes devem estar alinhados com a agenda política para que o papel das eólicas e das novas tecnologias consiga ampliar cada vez mais os resultados da descarbonização de setores industriais na economia verde.
Energia e DescarbonizaçãoPapel do Biogás na Descarbonização
por: Renata Isfer e Talyta Viana
Alinhada a agenda global de transição energética, o biogás é essencial para o avanço da descarbonização de diversos setores da economia, sendo uma solução para um problema ambiental, que é o descarte de resíduos, que podem ser transformados em um energético renovável capaz de fomentar a economia circular ao mesmo tempo que desempenha papel crucial na mitigação de gases poluidores da atmosfera.
Com uma redução de até 90% dos gases de efeito estufa, no cenário nacional, o biogás proveniente dos resíduos dos mais diversos setores como o sucroenergético, aterros sanitários, estações de tratamento de esgoto e de resíduos de proteína animal, ao ser transformado em biometano, tem potencial de produção de cerca de 120 milhões de metros cúbicos por dia, capazes de serem ferramentas-chave para descarbonizar setores de difícil transição, como agricultura, indústria e transporte.
Além de contribuir diretamente para a redução das emissões de GEE do Brasil, o biometano também fortalece a autossuficiência
energética do país. Com a redução da dependência de combustíveis fósseis importados, como gás natural, diesel e GLP, o Brasil se aproxima de uma economia mais sustentável e resiliente.
Considerando todos seus atributos, a aprovação do Projeto de Lei Combustível do Futuro, pelo Congresso Nacional em 2024, representou um marco significativo para o setor de biometano, ao reconhecer seu potencial como uma solução limpa e sustentável para a matriz energética brasileira. Até o final da década existe um potencial a ser explorado de mais de 34 milhões de metros cúbicos por dia, o que representa um grande avanço para aproveitamento desse potencial que ainda é subaproveitado hoje. Com isso, é importante ressaltar mais uma vez que o biogás e o biometano não são apenas ferramentas cruciais para a descarbonização, mas também atuam como componentes estratégicos na construção de uma matriz energética mais limpa e eficiente, promovendo a segurança energética e o desenvolvimento sustentável do Brasil.
Renata Isfer (dir.) é Presidente Executiva da Associação Brasileira de Biogás. Foi Secretária e SecretáriaAdjunta de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia de 2019 a 2020. Cocoordenou a negociação da revisão do contrato de cessão onerosa e a realização do leilão dos excedentes. Foi Consultora Jurídica da Pasta por 3 anos e participou ativamente da criação das políticas públicas que possibilitaram a recuperação do setor de gás, petróleo, energia elétrica e mineração. Tem experiência de 16 anos como Procuradora Federal na Advocacia-Geral da União. Fundou a Interalli Gás e Energia. É mestre em Direito, Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico, com participação em curso de extensão na Harvard Kennedy School sobre liderança feminina. Co-criadora do Projeto “Sim, elas existem” que tem como objetivo promover a equidade de gênero em cargos de liderança e do EmpodereC, um programa de mentoria para jovens mulheres do setor energético.
Talyta Viana (esq.) é Coordenadora de Regulação da ABiogás, engenheira de Energia pela Universidade de Brasília e um LLM em andamento em Direito de Energia e Negócios do Setor Elétrico pelo CEDIN. Com experiência significativa na área de regulação do setor elétrico, concentrando-se especialmente na regulação de tarifas de distribuição e transmissão. Em sua trajetória, exerceu a função de Analista de Energia e Sustentabilidade na Abrace Energia e possui experiência anterior como Estagiária da Assessoria da Diretoria na ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica.
Pixabay
Bacia de Campos: Compartilhamento de instalações e a Descarbonização das atividades
por: Heloisa Borges Bastos Esteves, Claudia Maria Figueira Aguiar, Roberta de Albuquerque Cardoso, Marcos Frederico Farias de Souza, Aline Maria dos Santos e Maura Cruz Xerfran
O Brasil tornou-se um grande produtor de petróleo e gás natural, avançando para águas profundas no final da década de 1970 e a Bacia de Campos foi a grande pioneira neste ambiente exploratório. Foi também pioneira na produção do pré-sal, elevando substancialmente a produção do estado do Espírito Santo, com o desenvolvimento do Parque das Baleias.
A produção da bacia é de cerca de 790 mil barris/dia e 13 milhões de m³/dia de gás natural. Embora seja considerada uma bacia já madura, ainda tem vocação para descobertas promissoras, como as do bloco BM-C-33, com alta expectativa para gás natural. As descobertas do BC-M-33 tiveram declaração de comercialidade recente para os campos de Raia Manta e Pintada e fazem parte de um grupo seleto de novos projetos que contribuirá para a manutenção dos patamares de produção da Margem Leste brasileira e, de modo geral, do País, no médio prazo. Apesar disso, com seus 50 anos de produção, a bacia encara grandes desafios, como o declínio dos campos e a descarbonização do setor.
No primeiro caso, com grande parte dos campos da bacia em declínio, são necessários modos operacionais que otimizem o uso de equipamentos e a monetização de algumas áreas com descobertas recentes. A manutenção da produção declinante, depende de
investimentos para a revitalização e de modelos de negócios, aliados a técnicas de compartilhamento de infraestruturas que permitam a otimização das produções e dos custos entre áreas.
No que se refere a descarbonização das atividades de óleo e gás, a estratégia de assumir compromissos de descarbonização é essencial para garantir a perenidade e a relevância da indústria de óleo e gás (O&G) em um futuro de emissões líquidas nulas – ou até negativas. Em contextos similares ao da Bacia de Campos, no caso de sistemas maduros, em declínio, a descarbonização do setor configura um desafio ainda maior, considerando a transição para uma indústria com menor intensidade de carbono adaptada às exigências ambientais e viabilidades econômicas.
Ainda assim, no contexto brasileiro, onde a exploração e a produção de petróleo e gás natural desempenham um papel estratégico para a atração de recursos, investimentos e
geração de emprego e renda, a atuação da indústria na transição energética pode oferecer benefícios significativos e equilibrar a descarbonização com a estabilidade econômica. A perspectiva de que o Brasil se mantenha como um importante produtor mundial nos próximos anos, depende da manutenção e ampliação da competitividade econômica e ambiental do petróleo nacional e a Bacia de Campos, apesar dos desafios, tem potencial de contribuir com este objetivo.
A Bacia de Campos enfrenta o desafio inerente à indústria brasileira de óleo e gás pela ausência de uma metodologia unificada de reporte de emissões, porém existem medidas de abatimento viáveis que podem ser adotadas com o objetivo de reduzir a intensidade de emissões sem perder competitividade econômica.
Heloisa Borges Bastos EstevesDiretora de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis na Empresa de Pesquisa Energética EPE.
A Bacia de Campos comemora seus 50 anos e com muitos frutos para o Brasil
por: Cesar Cassiolato
Nossa!!! Que orgulho da Petrobras!!
A história da Bacia de Campos está profundamente ligada à trajetória de crescimento da indústria petrolífera no Brasil. Ao longo de 50 anos, essa região desempenhou um papel crucial na construção da Petrobras como uma das maiores empresas de energia do mundo e na transformação do Brasil em um dos principais produtores globais de petróleo.
Desde que os primeiros indícios de hidrocarbonetos foram descobertos na década de 1970, a Bacia de Campos veio se consolidando como o principal polo de exploração e produção de petróleo do Brasil por muitas décadas, que foi fundamental para o desenvolvimento da
indústria petrolífera nacional. A exploração da Bacia de Campos representou um salto significativo na capacidade produtiva do Brasil, permitindo ao país reduzir sua dependência de importações de petróleo e tornando-o autossuficiente na produção de óleo em 2006. Nos anos seguintes, diversas descobertas importantes ocorreram, como os campos de Namorado, Enchova e Marlim.
Ela teve seu primeiro marco importante em 1974, com a descoberta do campo de Garoupa, o primeiro grande reservatório de petróleo identificado na área. A partir daí, a região se transformou no principal foco das operações da Petrobras, que intensificou suas atividades de exploração e perfuração.
Vejamos de forma breve sua
contribuição para a Economia Brasileira: a Bacia de Campos foi, por muitos anos, responsável pela maior parte da produção de petróleo do Brasil, chegando a contribuir com cerca de 80% da produção nacional durante a década de 2000. Isso trouxe enormes benefícios econômicos, gerando emprego, receitas tributárias e investimentos em infraestrutura. A Petrobras, com base em Macaé, desenvolveu uma complexa rede de plataformas, oleodutos e bases de apoio logístico para sustentar as operações offshore. O crescimento econômico da região foi impulsionado pela instalação de grandes projetos industriais e pela expansão de infraestrutura, como portos e estradas.
E hoje, o que podemos dizer
Cesar Cassiolato - President & CEO da Vivace Process Instruments
Petrobras André Motta de Souza
da Bacia de Campos, quais são os seus desafios e perspectivas?
Nos últimos anos, a Bacia de Campos tem enfrentado alguns desafios. As reservas dos campos maduros, que sustentaram a produção por décadas, começaram a declinar. A produção, que chegou ao pico no início dos anos 2000, vem diminuindo gradativamente, à medida que os campos envelhecem e a recuperação de petróleo se torna mais complexa e dispendiosa.
O desenvolvimento de novas tecnologias para recuperação avançada de petróleo e a revitalização de campos maduros têm sido adotados para prolongar a vida útil dos campos da Bacia de Campos.
A Bacia de Campos continua a ser uma peça-chave no cenário energético Brasileiro e nos últimos anos, a Petrobras e outras empresas do setor têm buscado formas de revitalizar a bacia, utilizando tecnologias avançadas, como a injeção de água e gás, além de novas perfurações exploratórias em áreas não completamente desenvolvidas.
Outro fator importante é o papel da Bacia de Campos no esforço global de transição energética. Com a pressão crescente para a descarbonização, as empresas estão buscando reduzir as emissões de suas operações e adotar práticas mais sustentáveis.
A Bacia de Campos, com infraestrutura consolidada, pode desempenhar um papel relevante nessa transição, seja através da captura e armazenamento de carbono ou pela produção de gás natural, considerado uma fonte de energia de transição.
A descarbonização é um processo fundamental para a transição energética global, e a Petrobras, como uma das maiores empresas de petróleo e gás da América Latina, tem um papel crucial nesse contexto. A importância da descarbonização
para a Petrobras está relacionada a fatores econômicos, ambientais e estratégicos, especialmente considerando as pressões de investidores, regulamentações ambientais e a crescente demanda por energia limpa.
Mas qual é o objetivo da Descarbonização? Seu objetivo é alcançar uma economia global com emissões reduzidas para conseguir a neutralidade climática através da transição energética.
A mitigação das emissões de metano é, de fato, uma prioridade em todos os cenários que buscam enfrentar a atual emergência climática. O metano é um dos gases de efeito estufa (GEE) mais potentes, com um impacto no aquecimento global muito maior que o dióxido de carbono (CO₂) no curto prazo. No entanto, sua vida útil na atmosfera é relativamente curta (cerca de 12 anos), o que significa que as ações para reduzir suas emissões podem ter um efeito rápido e significativo no combate às mudanças climáticas.
Conforme destacado em seu Relatório de Sustentabilidade, a Petrobras tem quatro metas climáticas (Petrobras, 2021):
1. reduzir as emissões absolutas operacionais totais em 25% até 2030;
2. reduzir as queimas de rotina de gás natural associado realizadas em suas instalações à zero até o ano de 2030;
3. reduzir a intensidade de carbono de sua produção em 32% até o ano de 2025, mantendo esse patamar até o ano de 2030;
4. reduzir em 40% a intensidade de emissões do metano no segmento de E&P até 2025.
Com o mercado global se movendo em direção a uma economia de baixo carbono, os consumidores de energia estão cada vez mais exigindo petróleo e gás com uma pegada de carbono menor. A Petrobras, ao descarbonizar suas operações,
pode se posicionar como uma fornecedora competitiva de petróleo de baixo carbono, o que pode agregar valor ao seu produto no mercado internacional. E ainda, a adoção de práticas de economia circular, reutilizando resíduos e investindo em tecnologias inovadoras, como o aproveitamento do CO2, pode posicionar a Petrobras de forma mais sustentável no futuro.
Como uma empresa estatal de grande visibilidade, a Petrobras também tem responsabilidade em relação à sociedade brasileira. Avançar na agenda de descarbonização fortalece sua reputação como uma empresa comprometida com o futuro do planeta e com a sustentabilidade, o que é crucial para o apoio público e governamental.
A descarbonização é vital para a Petrobras, tanto em termos de competitividade internacional quanto para se adequar às exigências regulatórias e de investidores. A empresa já está avançando nessa direção com investimentos em tecnologias de baixo carbono, energias renováveis e melhoria da eficiência operacional. No entanto, a transição para um futuro com menos emissões exigirá um esforço contínuo e uma adaptação estratégica para se manter relevante no cenário energético global.
Apesar dos desafios enfrentados pelos campos maduros, a Bacia de Campos ainda tem um papel significativo a desempenhar no futuro da energia brasileira. Seu legado como o berço da indústria offshore no país continua vivo, e a inovação tecnológica pode garantir que ela permaneça relevante por muitas décadas mais.
A Vivace Process Instruments se orgulha e a parabeniza pela sua importância nestes 50 anos no cenário energético Brasileiro.
Os cinquenta anos da Bacia de Campos e a descarbonização da energia
por: Alberto Machado Neto
O que tem a ver uma coisa com a outra?
Para colocar os que são jovens “há menos tempo” na mesma página, vamos retornar à campanha “O Petróleo é Nosso” que, no início da década de 1950, deu origem à criação da Petrobrás, com acento agudo no “a”.
O slogan estava errado, o correto seria: “O Petróleo será nosso, se um dia o encontrarmos”, pois, com a tecnologia disponível e os estudos feitos por renomados geólogos, as probabilidades eram mínimas.
Assim, o Brasil tomou uma importante decisão: se não achamos petróleo, pelo menos devemos ser autossuficientes
no refino e, dessa forma, foram construídas as refinarias que têm assegurado o suprimento nacional. Comprávamos petróleo cru e processávamos, agregando valor aqui.
Entretanto, no início da década de 1970, os árabes perceberam a “arma” que tinham em mãos e veio o primeiro choque do Petróleo, que motivou a necessidade de investirmos mais em prospecção, já com melhores perspectivas, dado os avanços tecnológicos na exploração offshore.
Demos sorte. Em 1974, com a descoberta da Bacia de Campos, aumentava a probabilidade de “O Petróleo ser Nosso”. Esse foi um dos principais marcos na história
Alberto Machado Neto – Eng. Químico (ENQ-UB) com 55 anos de experiência em P&G. M.Sc. - Engenharia de Produção COPPE/UFRJ e MBAAMP-INSEAD-França. Presidente da Arcplan Consulting desde 1992. ExPresidente da Brazil Supply, Ex-diretor da Brazil Supply de Venezuela e da Newpark Drilling Fluids do Brasil. Ex-Superintendente da ONIP. Na Petrobras, entre 1970 e 1999, exerceu funções gerenciais corporativas e de direção. Professor universitário desde 1976 e coordenador do MBA em Gestão de Negócios em P&GFGV desde 2002. É Diretor Executivo de Petróleo, Gás Natural, Bioenergia, Hidrogênio e Petroquímica da Abimaq
André Motta de Souza/Petrobras
da Petrobras. O fato foi tão celebrado, que o então ministro de Minas e Energia, Shigeaki Ueki, fez a promessa de desfilar fantasiado de barril no Carnaval se aquela província petrolífera não desse a autossuficiência ao Brasil.
Não desfilou!!!
Pode não ter sido alcançada a autossuficiência, mas foi um passo importantíssimo para o pioneirismo e liderança da Petrobras na exploração e produção offshore.
O primeiro sistema instalado, concebido pela empresa Lockheed, foi baseado em completação com árvores de natal “secas”, instaladas no fundo do mar, dentro de campânulas pressurizadas. Esse sistema foi uma boa escola, mas nunca funcionou a contento. O passo seguinte foi o exitoso desenvolvimento de instalações submarinas molhadas.
Em 1979, já com o segundo choque do petróleo, o Brasil não tinha tempo para aguardar que as plataformas fixas ficassem operacionais e contava com poucos recursos em divisas para abastecer o país com o petróleo importado.
Em busca de uma solução, foram desenvolvidos os Sistemas de Produção Antecipada (SPA), um marco tecnológico na produção de petróleo no mar, fruto da competência de uma equipe criativa, competente e corajosa, que decidiu colocar uma planta de processo em sondas de perfuração, viabilizando o início da produção de óleo enquanto prosseguiam as perfurações e a construção das plataformas fixas.
O primeiro SPA foi o de Enchova, em 1977 e seu sucesso permitiu a instalação de outros, como o de Garoupa e Namorado. Posteriormente, os SPAs migraram para SFPs (Sistemas Flutuantes de Produção). O conceito dos FPSOs e das plataformas semissubmersíveis
de produção, que viabilizaram a produção em águas profundas, incluindo o pré-sal, surgiu naquele momento.
Quando os sistemas definitivos começaram a ser postos em operação, a primeira plataforma foi instalada em 1983 no campo de Namorado, a produção foi sendo seguidamente superada. Em 1985, o país já produzia na Bacia de Campos metade do petróleo que consumia, muito acima dos 14% registrados em 1979. O papel da Bacia de Campos foi vital para o reequilíbrio da economia nacional, que esteve à beira da moratória no início da década de 80.
Nos anos seguintes, novas descobertas deslocaram mais atenções e investimentos para a Bacia de Campos. Contudo, sua importância ultrapassa a produção de óleo e gás: foi lá que a Petrobras começou a desenvolver as tecnologias de produção de petróleo em águas profundas, que a levou à liderança mundial. Muitos equipamentos foram utilizados pela primeira vez em termos internacionais: árvores de natal molhadas, manifolds submarinos, umbilicais, linhas flexíveis, entre outros. Em paralelo foram desenvolvidos fornecedores locais para todos esses equipamentos, sendo essa mais uma contribuição da Bacia de Campos para o desenvolvimento nacional.
Cabe ressaltar que as lições aprendidas foram muito além da produção de hidrocarbonetos. Os primeiros poços foram perfurados a partir de uma base em Vitória, mas como as descobertas ocorreram mais ao sul, Macaé acabou sendo escolhida como o local ideal.
Ao tomar essa decisão, a Petrobras não tinha ideia das proporções que seriam alcançadas no médio prazo e a Bacia de Campos também muito
nos ensinou, pelos problemas econômicos, logísticos e principalmente sociais que precisaram ser superados.
De uma pequena cidade de pescadores e agricultores familiares, Macaé foi “invadida” por forasteiros com culturas e condições financeiras bastante diversas, o que provocou grande transtorno para a população local e demandou um longo período de adaptação e correções.
O tempo passou. Agora nos deparamos com novos desafios. Por se tratar de uma bacia madura, a maioria dos campos se encontra em declínio de produção e novos investimentos estão ocorrendo para a revitalização da produção nesses campos, já com projetos que buscam a redução da emissão de gases de efeito estufa - GEE.
Por outro lado, como o petróleo está sendo colocado como um dos vilões do aquecimento global, há risco de que novos desenvolvimentos entrem em declínio já no final desta década.
Em contrapartida, com o avanço da produção de energia a partir de fontes renováveis e de baixa emissão de GEE, surgem novos desafios, pois, mais uma vez, a Bacia de Campos vai viver um novo cenário, onde conta com muitas vantagens comparativas, mas que precisam ser transformadas em vantagens competitivas.
Grande parte das rotas para a descarbonização de nossa matriz energética passa pelo mar: eólicas e painéis solares offshore, produção de hidrogênio e outras energias do mar (marés, ondas, correntes etc.) onde a Bacia de Campos já tem meio caminho andado para ser uma protagonista importante também nos próximos cinquenta anos.
Parabéns para essa senhora préidosa, mas em plena forma, e para todos aqueles que contribuíram para o seu sucesso.
Indústria química no contexto da descarbonização da sociedade
por: Fátima Giovanna Coviello Ferreira
A indústria química, por estar na base de praticamente todos os demais setores (industriais ou não), possui um papel fundamental na descarbonização e na neoindustrialização da economia brasileira.
A indústria química brasileira gera mais de 2 milhões de empregos e representa 11,2% de todo o PIB industrial, contribuindo de forma significativa para o progresso econômico, a melhoria da qualidade de vida e para a transição rumo a uma economia mais sustentável.
Como provedora de matérias-primas e soluções para diversos setores econômicos - agricultura, transporte, automobilístico, construção civil, saúde, higiene, exploração de petróleo e até aeroespacial - a indústria química instalada no Brasil é a mais sustentável do mundo. Para cada tonelada de químicos produzida, ela emite de 5% a 51% menos CO2 em comparação a concorrentes internacionais, sobretudo por possuir uma matriz energética composta por 82,9% de fontes renováveis – no mundo, essa média é de 28,6% - e utilizar matérias-primas renováveis para produção de químicos, como óleos e álcool. Esta marca só foi possível graças a uma série de pesquisas, inovações e melhorias que foram introduzidas pela química ao longo dos anos, paulatinamente, como a eletrificação de equipamentos e produção in loco de energia renovável, bem como a migração de fontes fósseis
para insumos alternativos, como o etanol.
Dentre as diferentes matérias primas que podem ser utilizadas pela química, no Brasil, o gás natural tem um enorme potencial – em especial, porque será o combustível para a transição para uma economia verde, sobretudo pela infraestrutura necessária para a utilização, no futuro, do biometano. É a química, inclusive, que transforma todos os componentes do gás em insumos que servem para viabilizar produtos de toda a natureza em quase todos os setores produtivos. Assim, a química é um setor estratégico para o desenvolvimento econômico, mostrandose essencial para viabilizar a transição energética, a neoindustrialização e também um modelo de produção industrial carbono neutro, sustentável e circular.
Outro destaque neste processo são os bioprodutos - aqueles feitos a partir de recursos renováveis e que substituem ou complementam insumos tradicionais de origem fóssil. Este modelo, evidentemente, está ligado a atividades inovativas, baseadas em conhecimento, ciência e tecnologia.
Fátima Giovanna Coviello Ferreira –Diretora de Economia e Estatística da Abiquim
Para o Brasil, algumas das principais oportunidades nesta seara são: a alcoolquímica, ou seja, a produção de químicos utilizando o etanol, e a oleoquímica, que produz químicos a partir de óleos Vegetais e insumos de origem animal.
Vale destacar que energias limpas, com baixa pegada de CO2, como a energia solar, eólica e o biogás tem cada vez mais ganhado destaque na química brasileira, viabilizando a produção de inúmeros produtos sustentáveis, com destaque para o hidrogênio de baixo carbono, que, por sua vez, alavanca cadeias sustentáveis de químicos (como fertilizantes e metanol).
Essas vantagens comparativas podem, se adequadamente aproveitadas, colocar o Brasil em uma posição de alta competitividade na indústria química verde. Isso representa um potencial de crescimento concreto, de geração de emprego e renda e de desenvolvimento de regiões brasileiras que hoje são desindustrializadas. É importante também ressaltar o conceito de economia circular aplicado à química, ou seja, o engajamento na transição de uma economia linear para uma que redesenha, recicla, reutiliza e remanufatura, elimina o descarte de resíduos e que protege o meio ambiente. Este novo paradigma promove a inovação, estimula novas oportunidades de negócios, reconhece o componente social do modelo de reciclagem brasileiro e fomenta a interação entre diferentes entes do ecossistema de inovação, já que o benefício derivado de sua aplicação é compartilhado entre a sociedade e o mercado, contribuindo para o auferimento das metas ambientais assumidas pelo Brasil na comunidade internacional.
Antes de mais nada, no entanto, é preciso que a política industrial brasileira considere mecanismos de transição, que não gerem rupturas abruptas capazes de criar perda do tecido industrial, de empregos e renda.
Neste sentido, o gás natural, no Brasil, pode ser uma importante ferramenta de transição para uma economia mais verde e sustentável. O hidrogênio azul, por exemplo, é um produto limpo, produzido a partir de gás natural conjugado a tecnologias de captura, uso e armazenamento de carbono. O Brasil não pode desperdiçar esta oportunidade de reindustrialização, o que implica a sinergia entre investimentos públicos e privados e, em especial, um papel proativo do estado, que fortaleça as competências produtivas, industriais e tecnológicas do país. É necessário que a política industrial brasileira considere as particularidades do país, sem importar modelos prontos que poderiam prejudicar o desenvolvimento brasileiro.
Empresas se unem para criar um dos maiores clusters industriais movidos a hidrogênio verde da Europa
A Lhyfe - empresa de produção de hidrogênio verde -, a OX2 - uma das maiores desenvolvedoras de energia eólica onshore da Europa -, e a Velarion, empresa do setor de fertilizantes verdes -, estão unindo forças para criar um cluster industrial baseado em hidrogênio no município de Ånge (Suécia). Este projeto, situado em Grönsta, ao norte de Torpshammar, combinará energia eólica com produção de hidrogênio verde em larga escala para gerar produtos neutros de carbono negativo.
A OX2 está desenvolvendo um parque eólico em Marktjärn, Torpshammar, com uma capacidade de produção anual planejada de 1,4 TWh. De acordo com o projeto, essa eletricidade verde alimentará a unidade de produção de hidrogênio que a Lhyfe planeja instalar em Torpshammar com uma capacidade de até 100 toneladas de hidrogênio verde por dia (capacidade de eletrólise de aproximadamente 300 MW).
A Lhyfe produz hidrogênio verde e renovável por meio da eletrólise da água, em unidades de produção alimentadas por energia renovável.
“Estamos entusiasmados com o potencial deste projeto, que utilizará eletricidade do parque eólico Marktjärn para alimentar um cluster industrial verde, permitindo uma indústria local sustentável e aumentando a atratividade para novos estabelecimentos industriais
em Ånge”, disse Anders Nilsson, chefe de energia eólica terrestre da OX2.
“Devido à grande capacidade potencial de produção, estamos em diálogo com diversas empresas que visam refinar hidrogênio e seus subprodutos. Essas colaborações ajudarão a construir um ecossistema local que contribui para a economia da região e a criação de empregos”, disse Sara Wihlborg, Country Manager Suécia na Lhyfe .
A Velarion construiria uma das primeiras plantas de fertilizantes neutras em carbono do mundo dentro desse cluster. De acordo com o projeto, essa instalação de última geração utilizaria hidrogênio verde para produzir amônia verde, reduzindo significativamente as emissões
de carbono na produção de fertilizantes. A amônia verde atenderá à crescente demanda do mercado por produtos sustentáveis.
O projeto está agora entrando na fase conceitual. A implementação do projeto estará sujeita às conclusões deste estudo, à concessão de licenças de operação e autorizações ambientais e às decisões de investimento financeiro.
Juntos, Lhyfe, OX2 e Velarion estão tornando esse cluster industrial possível, alavancando tecnologia avançada para estabelecer Ånge como o centro verde da região. Os efeitos positivos de longo prazo estão definidos para posicionar o município como um player líder no setor industrial sustentável, atraindo mais empresas.
Divulgação
Basf ajusta estruturas e fecha plantas de produção de ácido adípico, CDon e CPon
A Basf vai encerrar a produção de ácido adípico, ciclododecanona (CDon) e ciclopentanona (CPon) no site de Ludwigshafen. A planta de produção de CDon e CPon será fechada no primeiro semestre de 2025 e a produção restante de ácido adípico em Ludwigshafen será fechada no decorrer de 2025. A empresa tomou essa decisão como parte da revisão estratégica em andamento de sua configuração de produção no site de Ludwigshafen para garantir competitividade sob condições de mercado em mudança.
A capacidade de produção de ácido adípico já havia
“A Basf está tomando essa medida para garantir a lucratividade em todas as cadeias de valor da Verbund, ajustando as estruturas de produção às condições de mercado alteradas. Estaremos em contato próximo com nossos clientes para minimizar o impacto dos fechamentos. Continuaremos a produzir ácido adípico em Onsan, Coreia do Sul, bem como em nossa joint venture em Chalampé, França”, explica o Dr. Stephan Kothrade, Membro do Conselho de Administração Executivo e Diretor de Tecnologia da Basf SE.
CDon é a principal matéria-prima para produzir lauril lactama, um precursor do plástico de alto desempenho poliamida 12 (PA 12). CDon também é usado na síntese de fragrâncias de almíscar e estabilizadores UV. Pon é usado como um bloco de construção para sintetizar agentes de proteção de
sido reduzida como parte dos ajustes nas estruturas da Verbund no local de Ludwigshafen anunciados em fevereiro de 2023. A produção restante de ácido adípico foi parcialmente continuada para garantir o fornecimento de matérias-primas para a produção de CDon e CPon. A Basf cessará as entregas de CDon e CPon em estreita coordenação com os clientes.
Aproximadamente 180 funcionários serão afetados pelos fechamentos de fábrica. A Basf dará suporte aos funcionários afetados para encontrar novas oportunidades de emprego dentro do Grupo Basf.
“Esses fechamentos são parte do desenvolvimento de um quadro de metas de longo prazo para a transformação do site de Ludwigshafen”, diz a Dra. Katja Scharpwinkel, Membro do Conselho de Diretores Executivos, Diretora de Relações Industriais da Basf SE e Diretora do Site de Ludwigshafen. “Apoiamos nossos colegas afetados para que encontrem rapidamente novas oportunidades na Basf.”
cultivos e ingredientes farmacêuticos ativos, como um solvente na fabricação de semicondutores e como um precursor para produzir fragrâncias especiais. O ácido adípico é usado para produzir poliamidas, poliuretanos, revestimentos e adesivos, entre outras coisas.
Divulgação
Norsul
expande sua frota com nova embarcação multipropósito
A Norsul anunciou a chegada de sua mais nova embarcação, o Babitonga Bay. Construído em 2015, o navio multipropósito tipo handysize, com capacidade para até 39 mil toneladas de porte bruto, é um reforço significativo para a frota da companhia.
A embarcação está equipada com cinco porões de carga e quatro guindastes, cada um com capacidade de içar até 36 toneladas.
A atracação aconteceu em Vitória (ES) no dia 16 de agosto e será integrada às operações da Norsul, especialmente no transporte de produtos siderúrgicos.
“Com esta nova adição, nossa frota própria cresce para 20 ativos, incluindo navios, empurradores e barcaças oceânicas, consolidando nossa posição como uma das maiores empresas brasileiras de navegação em número de embarcações próprias e reforçando o nosso investimento no setor da cabotagem”.
Fabiano Lorenzi,, Diretor comercial da Norsul.
“A chegada do Babitonga Bay é um marco importante para a Norsul, pois reforça nossa capacidade operacional e nos permite atender melhor às necessidades dos nossos clientes,” afirma Fabiano Lorenzi, diretor Comercial da Norsul.
Atualmente, a rota de transporte
Braskem inaugura centro de inovação em renováveis
A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, abriu um novo centro de inovação em renováveis localizado em Lexington, Massachusetts. O espaço de pesquisa conta com 3.252 m² e tem foco em acelerar a inovação de produtos químicos e materiais renováveis. A Braskem investiu aproximadamente US$ 20 milhões na nova instalação
de bobinas de aço da Norsul conta com quatro barcaças oceânicas e dois empurradores, além de outro navio multipropósito, o Pio Grande, construído em 2012.
A inclusão do Babitonga Bay permitirá à empresa aumentar a eficiência e a capacidade de suas operações logísticas.
que representa a expansão da presença global da companhia na área de inovação e tecnologia.
O novo centro ampliará a capacidade da Braskem nas áreas de biotecnologia, catálise e engenharia de processos. O foco será nas pesquisas em estágio inicial relacionadas à conversão de matérias-primas à base de biomassa, incluindo açúcares, etanol, óleos
vegetais, celulose e lignina, em produtos químicos e materiais com baixa pegada de carbono, suportando o atingimento das metas da companhia no combate às mudanças climáticas.
“Estamos muito entusiasmados com a inauguração do nosso centro de inovação em renováveis e a expansão da presença global de pesquisa e desenvolvimento, de modo a atrair novos talentos para contribuir com a nossa ambição de criar um futuro mais sustentável para todos”, explica Antonio Queiroz, Vice-presidente de Inovação, Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável da Braskem.
O centro de Lexington está estrategicamente localizado no ecossistema de biotecnologia e inovação de Boston, ficando próximo a mais de 60 universidades.
“Este é um grande momento para a Braskem, que segue atuando como um dos principais líderes na remoção de CO2 por meio da produção de materiais de origem renovável. E esse centro nos favorece ainda mais na criação de soluções que atendam às necessidades de hoje e do futuro”, afirma Mark Nikolich, CEO da Braskem América.
A Braskem segue comprometida em reduzir suas emissões de carbono e investir na promoção da circularidade do plástico e na produção de químicos e materiais de fonte renovável. A companhia tem uma trajetória sólida e é pioneira nos produtos de base biológica em escala industrial. Ela produz e comercializa, desde 2010, o polietileno I’m green™ bio-based, feito a partir do etanol de cana-de-açúcar, que é o primeiro polietileno do mundo a vir de uma fonte renovável.
E isso tem exigido uma estrutura de inovação robusta. Hoje, o trabalho científico da Braskem é realizado de forma global, com a participação de aproximadamente 400 colaboradores, e já foram registradas mais de 1000 patentes ao longo dos anos. Além disso, a Braskem conta com dois Centros de Tecnologia e Inovação (em Triunfo, no Rio Grande do Sul, e em Pittsburgh, nos EUA), dois Centros Técnicos focados em polímeros (em Wesseling, na Alemanha, e Coatzacoalcos, no México), um Centro de Desenvolvimento de Tecnologia de Processos (em Mauá, São Paulo) e dois Centros de Pesquisa de Produtos Químicos Renováveis (em Campinas, São Paulo, e agora em Lexington, nos EUA).
Equinor investe R$ 20 milhões em pesquisa na UFRN
A Equinor firmou parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio de seu Laboratório de Arquiteturas Paralelas para Processamento de Sinais (LAPPS), para o início de um projeto de pesquisa e desenvolvimento. Por meio da iniciativa, será possível melhorar a resolução de imagens extraídas a partir de dados sísmicos no Présal brasileiro, o que vai resultar, consequentemente, na melhor compreensão dos reservatórios e, no futuro, na otimização da produção. O investimento é estimado em R$ 20 milhões e o projeto de pesquisa contará com uma equipe de cerca de 27 pesquisadores, entre docentes, doutores e estudantes de pós-graduação e graduação. Inscrições seguem abertas para vagas de Doutorado, Pós-doutorado e Engenharia de Software.
A pesquisa, que beneficiará os cursos de Engenharia de Computação, Engenharia de Petróleo, Geofísica e Física vai desenvolver um software, denominado de “Deconvolução não-estacionária e imageamento para sísmica de alta resolução”, que terá código aberto, ou seja, livre para uso comercial, acadêmico e pessoal. O impacto na iniciativa será também local, uma vez que empresas de petróleo e gás no Rio Grande do Norte poderão utilizar a nova tecnologia livremente.
“Para a Equinor, gerar valor local é contribuir, por meio das iniciativas e negócios da companhia, para o desenvolvimento da sociedade. É exatamente isso que estamos realizando nessa parceria com a UFRN. Desde 2009, já investimos cerca de R$ 520 milhões em projetos de P&D no Brasil. Acreditamos que desta forma todos saem ganhando: a academia, que passa a fomentar ainda mais a ciência; a Equinor, que ganha mais um importante aliado para contribuir com a segurança energética, enquanto caminha para um futuro neutro em carbono; e para a sociedade, que é impactada positivamente pelas novas tecnologias que irão surgir”, afirma Andrea Achoa, Gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Equinor Brasil.
“A UFRN tem um longo histórico de parceria com a indústria de petróleo e gás através da cláusula de investimento obrigatório da ANP. Este projeto amplia essa atuação com o atendimento a uma demanda estratégica para a Equinor. Para a equipe do projeto, é bastante motivador poder cooperar de forma muito próxima com departamentos da Equinor que irão se beneficiar das tecnologias desenvolvidas no projeto”, declara Samuel Xavier, coordenador do projeto.
O projeto também conta com o intercâmbio de experiências entre os pesquisadores da UFRN com unidades técnicas da Equinor. Os cientistas brasileiros estarão em contato direto com pares nos Departamentos de O LAPPS, laboratório filiado ao Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), desenvolve pesquisas básicas e aplicadas, principalmente em colaboração com parceiros acadêmicos industriais ao redor do mundo. Na parceria com a Equinor, os pesquisadores abordarão aspectos relacionados à geofísica, prospecção e exploração.
Tiago Barros, vice-coordenador do projeto, destacou que essa parceria formará recursos humanos especializados na área, oferecendo inúmeras oportunidades para alunos de graduação, mestrado e doutorado, tanto na pesquisa quanto na indústria. A expectativa é que o LAPPS se torne uma referência nacional e internacional na área.
CíceroOliveiraUFRN
Petronas celebra 50 anos de fundação com comprometimento sustentável e inovação tecnológica
A Petronas, companhia nacional de petróleo da Malásia, celebrou dia 17 de agosto, seu 50º aniversário. Com uma trajetória significativa no setor de combustíveis, a empresa representa um papel importante no crescimento econômico e social do seu país de origem, a Malásia. Hoje atua em mais de 100 países ao redor do globo.
Desde 1974, a Petronas possui um compromisso integral com a sustentabilidade e a inovação tecnológica. Ao passar dos anos, a companhia se consolidou como líder global no segmento, oferecendo soluções e produtos de ponta que atendem às necessidades em constante mudança de seus clientes.
No Brasil, a empresa iniciou suas atividades com sua divisão de fabricação e comercialização de lubrificantes, a Petronas Lubrificantes Brasil (PLB), braço da Petronas Lubricants International (PLI), em 2012. Durante o ano de lançamento, a companhia entrou no mercado nacional ao abrir sua primeira fábrica no país, localizada em Contagem (MG). No total, foram mais de R$ 350 milhões investidos, que hoje se refletem no crescimento contínuo da marca em diversas regiões brasileiras.
“Com o aniversário de 50 anos da Petronas, celebramos nosso esforço e dedicação à inovação, qualidade e sustentabilidade no segmento. Nosso investimento e comprometimento com o público é essencial para o sucesso da marca”
Em comemoração à data especial, o piloto da Stock Car, Átila Abreu, correu a sétima etapa da temporada de 2024, com um número diferente em seu carro: o piloto paulista utilizou o número 50 no lugar do seu usual 51.
Rogério Lüdorf, CEO da Petronas Lubrificantes Brasil.
Divulgação
Redes inteligentes melhoram a disponibilidade de plantas na indústria de petróleo e gás
A produção de petróleo e gás (upstream) é caracterizada por locais de produção distribuídos, que normalmente estão localizados em regiões remotas com instalações de infraestrutura inadequadas ou são instalados offshore, o que os torna muito mais difíceis de acessar. Como os locais de produção operam estações de bombeamento individuais que às vezes estão a vários quilômetros de distância, controles perfeitamente conectados são essenciais para a operação eficiente do sistema. Somando-se a esse problema estão os oleodutos e instalações de armazenamento (midstream) que também precisam ser monitorados e mantidos.
Em termos de sistema de controle, isso representa desafios especiais para a robustez e confiabilidade dos componentes usados. Eles precisam suportar condições ambientais severas, incluindo temperaturas extremas, e devem ser certificados para uso em ambientes com riscos de explosão. Também é importante que o sistema de controle suporte acesso remoto moderno para monitorar parâmetros de processo e controlar a planta geral, o que é crítico para a operação lucrativa de plantas offshore. Por isso, a abertura do sistema da tecnologia de controle baseada em PC entra em jogo. Devido ao grande número de interfaces disponíveis em hardware e software, o controle baseado em PC permite comunicação horizontal e vertical ideal entre diferentes sistemas e dispositivos, ao mesmo tempo em que permite fácil integração de tecnologias de controle de processo com a nuvem. Ao integrar automação e tecnologia de processo em uma plataforma usando software universal, sinais de zonas perigosas e não perigosas podem ser processados juntos. Para novas plantas, as funções de proteção contra explosão podem ser diretamente integradas à arquitetura geral do sistema de controle; para plantas existentes, a plataforma de controle baseada em PC da Beckhoff pode
ser simplesmente expandida para incluir proteção contra explosão.
A Beckhoff também oferece suporte a todos os padrões comuns na indústria de processos incorporando interfaces como NAMUR, HART e FDT/DTM. Módulos de medição integrados à plataforma de controle oferecem uma solução confiável e econômica para monitoramento contínuo da planta em termos de vazão, temperatura e pressão.
As leituras coletadas pelos sensores estão disponíveis no sistema de controle e podem ser salvas na nuvem ou em um servidor local e avaliadas para fins de diagnóstico. Com TwinCAT IoT e TwinCAT Analytics, a Beckhoff fornece ferramentas de software de ponta para conectividade em nuvem e análise de dados. O protocolo OPC UA amplamente aceito está disponível em todos os controladores baseados em PC da Beckhoff, garantindo comunicação de dados segura. Portanto, as plantas podem ser mantidas proativamente e sob demanda, e o tempo de inatividade pode ser evitado. Isso reduz a necessidade de suporte dispendioso no local por parte dos engenheiros de serviço e aumenta a eficiência e a disponibilidade das instalações de produção.
Fluke e Industrial Scientific colocam segurança em foco
A Fluke, líder mundial em ferramentas de teste e medição, e a Industrial Scientific, referência global em tecnologias de segurança e detecção de gás, apresentam inovadoras soluções das duas empresas, desenvolvidas para elevar os padrões de segurança e eficiência nas operações industriais. A divulgação conjunta das companhias reflete a sinergia de suas tecnologias, projetadas para atender às crescentes demandas de um mercado cada vez mais orientado para a segurança e a inovação.
De acordo com o Diretor de Vendas da Fluke para América Latina, Rodrigo Pereira, além do fato de pertencerem ao Grupo Fortive, a sinergia entre Fluke e Industrial Scientific está no foco prioritário em garantir a segurança em todos os níveis.
“Acreditamos que, juntos, podemos oferecer ao mercado soluções que vão além do convencional. Queremos mostrar como a segurança conectada e as tecnologias de medição de ponta podem transformar as operações das empresas” , ressalta o executivo.
Por se tratar de uma das indústrias mais críticas do mundo, que envolve operações complexas e muitas vezes perigosas, o segmento de óleo e gás demanda soluções tecnológicas que
Fluke: inovação e confiabilidade em testes e medição
Com vasta experiência e uma reputação consolidada no mercado, a Fluke apresenta na ROGe seu portfólio de equipamentos de Process Tools (PTOOLs) e Calibração como o testador de válvula Fluke 710, o calibrador de pressão automático Fluke 729, o calibrador de processos Fluke 754, os módulos de calibração de baixa pressão Fluke 750P04, o calibrador de bloco seco 9142, amplamente reconhecidos por sua precisão e confiabilidade. Também serão expostas as ferramentas de gerenciamento de qualidade de energia como o Fluke 1775, e equipamentos de termografia, como o Fluke TIS75+, fundamentais para o monitoramento térmico em áreas de risco. O portfólio inclui ainda equipamentos mecânicos, como o Fluke 805 FC e o Fluke 810, projetados para maximizar a eficiência e minimizar o tempo de inatividade em instalações industriais. Além disso, reconhecendo a crescente importância da energia renovável, a companhia apresentará o kit SMFT-1000 para sistemas solares, uma solução completa para instalação e manutenção de sistemas fotovoltaicos.
Para atender especificamente a matriz óleo de gás, a Fluke também levará equipamentos de sua linha intrinsecamente
garantam segurança, precisão e eficiência. Cientes desses desafios, Fluke e Industrial Scientific, apresentam-se como parceiras ideais para ajudar as empresas do setor a enfrentarem essas demandas.
Segundo o Diretor de Vendas da Industrial Scientific para América Latina, Marcelo Piagentini, as tecnologias complementares das duas empresas promovem a segurança operacional e a mitigação de riscos tão necessárias neste segmento.
segura, destinada para uso em áreas com risco de explosões. As ferramentas da linha EX da Fluke são capazes de fornecer dados que auxiliam na prevenção de possíveis falhas em equipamentos elétricos de rotação, antes que eles apresentem defeitos, assegurando produtividade e eliminado custos adicionais.
“Nossos produtos foram desenvolvidos para funcionar em ambientes extremos, como as áreas classificadas de risco de explosão comuns na indústria de óleo e gás. A Fluke tornou-se referência em todo mundo justamente por garantir que as operações não apenas atendam aos rígidos padrões regulatórios, mas também protejam vidas e as instalações industriais”, afirma Pereira.
Industrial Scientific: segurança conectada e monitoramento em tempo real
A Industrial Scientific, por sua vez, traz para a ROGe um portfólio de soluções voltadas para a detecção de gases e segurança conectada, áreas essenciais para a mitigação de riscos em operações de alto impacto. Entre os destaques, está o Ventis PRO5, agora com uma nova bateria de conexão celular, que assegura a continuidade do monitoramento mesmo em locais remotos. Outro ponto alto será a versão atualizada do Gateway RGX, que permite controle remoto de dispositivos e integração com sistemas de segurança, oferecendo uma visão completa das condições ambientais e operacionais em tempo real.
Além dos instrumentos de hardware, a companhia realizará demonstrações do iNet, uma plataforma de monitoramento em tempo real que conecta os detectores de gás a um software baseado em nuvem, transformando dados em insights acionáveis para prevenir acidentes e melhorar a segurança nas operações industriais.
“A nossa missão é clara: eliminar mortes no local de trabalho até 2050. Essa visão direciona o desenvolvimento de todas as nossas soluções. Além disso, nos diferenciamos no mercado pela nossa oferta de locação de equipamentos, na qual nossos clientes ficam 100% respaldados com relação a garantia e reparos, garantindo assim que suas plantas estejam sempre protegidas de forma ininterrupta”
Excelência em Soluções para Movimentação de Fluidos
Desde 1993, a VIBROPAC atua no mercado com um portfólio consolidado de soluções inovadoras para movimentação de fluidos. Reconhecida pela sua expertise e compromisso com a qualidade, a empresa se destaca por atender às demandas dos setores petroquímico, óleo e gás, saneamento e indústrias em geral, oferecendo tecnologias de ponta que garantem eficiência, segurança e sustentabilidade. Empresa 100% brasileira, a VIBROPAC oferece soluções personalizadas para diversas aplicações, como Bombeamento, Sistemas de Injeção Química, Assistência Técnica especializada e mais. Ao longo de sua trajetória, desenvolveu parcerias estratégicas com grandes players globais, consolidando sua presença em importantes projetos nacionais e internacionais.
Marcelo Piagentini, Diretor de Vendas Latam da Industrial Scientific.
empresas e negócios
Inovação e Sustentabilidade no Setor Petroquímico
A indústria petroquímica é um dos principais mercados atendidos pela VIBROPAC. A empresa oferece soluções específicas para o transporte, controle e monitoramento de fluidos em processos industriais complexos, como extração e refino de petróleo, produção de químicos e derivados, sempre com foco em eficiência energética e segurança operacional.
“Nosso objetivo é fornecer tecnologias que não apenas atendam às demandas operacionais, mas que também contribuam para um setor mais sustentável”
Windson Junior
Compromisso com a Excelência
Com mais de três décadas de experiência, a VIBROPAC continua focada em inovação, investindo em tecnologia e qualificação de sua equipe. A empresa possui um corpo técnico altamente especializado, o que permite um atendimento diferenciado desde o desenvolvimento de projetos até o suporte pósvenda.
Esse compromisso com a excelência se reflete em sua carteira de clientes, que inclui grandes empresas do setor petroquímico e industrial. A VIBROPAC tem orgulho de ser reconhecida pela confiabilidade de seus produtos e pela capacidade de oferecer soluções que superam as expectativas.
“Com a crescente pressão por práticas sustentáveis e a transição para fontes de energia mais limpas, nossas soluções ajudam as empresas a reduzirem emissões, otimizar o consumo de recursos e melhorar a gestão de seus processos industriais.”
Com a missão de fornecer soluções que movimentem o futuro, a VIBROPAC não para de expandir. O compromisso da empresa é continuar inovando e fornecendo tecnologias que não apenas
atendam às necessidades imediatas do setor, mas também contribuam para um futuro mais sustentável e eficiente.
Para mais informações, visite vibropac.com.br
Altas taxas de produção com os mais altos padrões de segurança
A LESER é especializada na fabricação de válvulas de segurança ou PSV. No Brasil, fundada em 1998, foi a primeira subsidiária internacional do grupo, e se consolidou no mercado brasileiro com uma infraestrutura de padrões europeus que lhe permite oferecer produtos com os mais altos níveis de valor agregado - desde engenharia de aplicação, dimensionamento, treinamento e suporte técnico durante a fase de pré-venda, procedimentos especiais
, Gerente de Vendas da VIBROPAC.
de pintura, até uma gama completa de ensaios não destrutivos disponíveis “in house”.
Possui diversas certificações Internacionais aplicáveis, assim como o certificado ASME Flow, e a operação brasileira certificada junto à montadora e autorizada a utilizar o selo ASME UV. Trabalha com o maior estoque de PSVs da América do Sul, dimensionado para atender uma demanda de cerca de 2.000 válvulas de segurança disponíveis para configuração final e envio, o que permite oferecer prazos de entrega curtos.
A LESER atende com estoque local o Diâmetros de ½” a 16”; o Conexões Roscadas e Flangeadas ASME e DIN; o Classes de Pressão de #150 a #600 e PN 16, PN 40 o Materiais Padrão FOFO, WCB e CF8M. O Departamento de Manutenção e Reparo Certificado ASME VR realiza serviços de manutenção em válvulas PSV de qualquer marca.
Além de possuir o selo do EcoVadis, um dos maiores provedores de rankings de sustentabilidade corporativa do mundo, a LESER também possui diversas práticas sustentáveis no seu dia a dia, como: eficiência energética com instalações de painéis solares, gestão de resíduos e uso sustentável da água. Essas ações refletem nosso compromisso com a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais, essenciais para o futuro do planeta e para a continuidade de nossas operações.
O desenvolvimento de novos depósitos de petróleo e gás no deserto, no mar profundo ou no Ártico está se tornando cada vez mais complexo. Isso exige fornecedores confiáveis que possam atender às crescentes demandas por proteção ambiental e segurança no trabalho.
Apenas alguns fornecedores no mercado são capazes de atender a essas demandas. A Leser é uma parceira confiável para a indústria de petróleo e gás em todo o mundo e é capaz de atender a todos os padrões técnicos da indústria, como NORSOK, NACE 0175 / ISO 15156 ou similares. É um fornecedor com uma rede abrangente de engenheiros de projeto de vendas técnicas e um centro de execução de projeto dedicado que o apoiará desde a fase inicial de FEED até o comissionamento dos projetos, além de oferecer suporte para que novas operações sejam iniciadas no prazo e dentro do orçamento.
E conta com o “Leser Digital ID” que fornece acesso às informações digitais de uma válvula de segurança, de forma rápida e direta na válvula. A etiqueta de aço inoxidável resistente à corrosão com um código QR gravado a laser fornece acesso a todas as informações digitais da Válvula de Segurança Leser: acesso rápido e direto a todas as informações relevantes diretamente na válvula; acesso aos dados e documentação da válvula a qualquer hora e em qualquer lugar; captura digital simples da informação; sem mais busca e digitação de dados.
CCUS Hubs no Brasil
Viviana Coelho, gerente executiva de mudanças climáticas da Petrobras moderou o webinar CCUS Hubs no Brasil: Apresentando o caso, quebrando as barreiras – promovido pela OGCI Oil and Gas Climate Initiative, que trouxe um bom insight sobre estratégias de netzero no Brasil e como os hubs de CCUS se alinham com o compromisso do país para atingir emissões líquidas zero e descarbonizar indústrias onde é difícil de abater o carbono.
Foi uma discussão proveitosa sobre política, infraestrutura e obstáculos econômicos a serem enfrentados para tornar o CCUS uma realidade no Brasil e mais. Também se discutiu como parcerias e investimentos podem impulsionar as iniciativas de CCUS do Brasil.
Viviana lembrou que CCUS e as remoções possibilitadas por eles são fundamentais para
alcançarmos o NetZero. Ainda que no Brasil tenhamos características próprias como o fato de que apenas 24% de emissões vêm das energias - a maior parte das nossas emissões vem do agro. Mas há muito o que fazer para trocar as moléculas por elétrons. E os projetos de CCUS envolvem Capex bilionários além de precisarem de anos para amadurecer. A Petrobras já reinjeta CO2 - em torno de 25% do total mundial e Viviana sabe que essa é uma área que pede muita colaboração, de múltiplas indústrias, do Governo e da sociedade civil.
Rubia Bôdas, consultora de transição energética da SPGlobal acredita que o preço dos projetos de CCUS deve cair nos próximos anos pelo desenvolvimento
das tecnologias envolvidas e também pelo ganho de escala que isso deve tomar. Some-se a isso que muitos dos equipamentos envolvidos nos projetos de CCUS também fazem parte de projetos para gás.
A S&PGlobal fez um benchmarking – que não inclui o Brasil, mas mostra como as coisas estão acontecendo em outros países. Ela apresentou as estimativas para o armazenamento de carbono no Brasil, ainda que as informações geológicas sejam limitadas e “o armazenamento potencial da região seja pequeno comparado com outros sites, então a demanda é compatível.”
De qualquer forma, a S&PGlobal identificou sete setores industriais com alto potencial de armazenamento de CO2, como siderúrgico de ferro por suas altas emissões e a possibilidade de encarar tarifas sobre o carbono nas exportações para a Europa. O setor de etanol também está na sua lista como candidato a CCUS no Brasil pelo custo mais baixo de captura aí e também pelos critérios para crédito de carbono para metano, podendo se beneficiar do
Programa OFCS se exportar para a California. Os setores de cimento, petroquímico, amônia, refino são outros que poderiam se beneficiar mais rapidamente.
Outra boa oportunidade para o Brasil é o potencial para hidrogênio azul que poderia incluir as CCUS pela quantidade de gás envolvida; da mesma forma, o setor de amônia. Mas o pouco suporte de políticas e o engajamento de toda a cadeia produtiva envolvida são algumas fortes barreiras para o desenvolvimento de CCUS no país.
Fernando Salina, gerente de descarbonização da CSN e Claudia Shirozaki, gerente de sustentabilidade FS Fueling Sustainability, lembraram que o programa “Combustíveis do Futuro” passou e isso é um incentivo. Mas é preciso já ter infraestrutura e armazenamento para ter um mercado de verdade.
ASSISTA NA ÍNTEGRA
1º Fórum IRB(P&D) traça panorama das pesquisas climáticas no Brasil
O 1º Fórum IRB(P&D), que aconteceu 11 e 12 de setembro, no Rio de Janeiro, traçou um panorama das pesquisas climáticas no Brasil. O evento foi um encontro técnico-científico, com a participação de pesquisadores, representantes do setor de seguros e resseguros e startups.
A diretora de Organização de Mercado e Regulação de Conduta da Susep, Jéssica Anne de Almeida Bastos, falou sobre a importância das pesquisas e soluções inovadoras em riscos climáticos.
A abertura contou com as presenças de Marcos Falcão, CEO do IRB, e de Diogo Oliveira, presidente da CNSeg, que destacaram a importância de promover o debate sobre as mudanças climáticas e suas consequências para os mercados de seguros e resseguros.
“Em 2023, as perdas estimadas em todo o mundo relacionadas às mudanças climáticas chegaram à casa dos 360 bilhões de dólares, havendo um gap de proteção securitária de quase 70%. No caso dos países emergentes, esse gap é ainda muito maior”, afirmou o diretor Técnico e de Estudos da Confederação Nacional das Seguradoras, Alexandre Leal, durante o painel “Clima e gestão estratégica”, do 1º Fórum IRB(P&D).
O evento debateu a necessidade de aumento da
proteção securitária para a mitigação dos efeitos das catástrofes ambientais, que se tornam cada vez mais frequentes e intensas. Nas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no primeiro semestre, gerando prejuízos na casa dos R$ 100 bilhões, menos de 10% desse valor estava segurado, lembrou o executivo. Mas os desafios não se encerram com o aumento da proteção securitária. Como lembrou a líder de Transição Climática do BNDES, Cláudia Prates, em um planeta cuja temperatura média já aumentou 1,5º Celsius, fica muito difícil prever eventos climáticos futuros com base em eventos passados, sendo que o Brasil, segundo ela, deverá ser o segundo país que sofrerá mais com os impactos das mudanças climáticas, gerando efeitos sistêmicos por aqui. “E os mais vulneráveis serão os que mais sofrerão”, declarou.
Afirmando que o aumento da temperatura média da Terra gerará impactos mais fortes nos países mais próximos à Linha do Equador, o subsecretário de Planejamento de Longo Prazo do Ministério do Planejamento, André Luiz Campos de Andrade, estima que isso poderá gerar perdas de até 30% no PIB desses países, enquanto outros podem até vir a ser beneficiados, com o aumento das terras cultiváveis e abertura de novas rotas comerciais. O que todos concordam é que é necessário e urgente, além de estratégias de longo prazo, o investimento em infraestrutura para estarmos mais bem preparados para essas mudanças, mas isso sairá muito caro.
O presidente da Brasilseg, Amauri Vasconcelos, também considera fundamental o aumento da proteção securitária nesse cenário de aquecimento global, lembrando que, quando não segurados, os custos dos desastres ambientais recaem sobre o governo e, consequentemente, “sobre todos nós”, comprometendo o crescimento do país, pois recursos que poderiam ser destinados à saúde, educação e infraestrutura entre outros, precisam ser
Reprodução
ASSISTA NA ÍNTEGRA
canalizados para o atendimento das vítimas. “Diante de um cenário catastrófico de aquecimento global e aumento do nível das águas, teríamos o potencial de aumentar em até seis vezes os negócios do setor segurador”, afirmou Amauri.
Para Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), as seguradoras possuem três desafios principais no enfrentamento dos riscos climáticos: produtos de seguro existentes não utilizados; desenvolvimento de novos produtos; e integração com programas públicos e agendas governamentais.
O tema riscos climáticos, amplamente discutido atualmente, já vem sendo trabalhado pelo setor segurador desde a década de 1970, sendo o primeiro segmento econômico a chamar atenção para a questão, explicou o dirigente. Precisa-se, no entanto, de um esforço ainda maior de preparação do mercado para lidar com esse crescente risco, segundo Oliveira. “Não é um pessimismo exacerbado, mas é fato que a transição climática já está presente e que não vai parar por aqui”, comentou.
O CEO do IRB (Re), Marcos Falcão, destacou que a missão do setor é diminuir o gap de proteção para proteger o futuro da sociedade. Ele, assim como o presidente da CNseg, relembrou os eventos na região Sul e a perda significativa. “Se a gente estimar que a perda econômica foi R$ 100 bilhões, a perda segurada não chega a R$ 10 bilhões. Isso significa que
a gente tem muito a fazer nesse mercado”, pontuou. A CNseg tem atuado em cooperação com o mercado, o governo, as universidades e os institutos de pesquisas, além de ter inserido o seguro nas agendas internacionais, como fóruns internacionais, participando das discussões da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas e das discussões no G20.
“No âmbito da Secretaria de Reformas Econômicas, há a condução da agenda de reformas econômicas com agendas de desenvolvimento do próprio mercado segurador”, afirmou o subsecretário de Reforma Microeconômicas e Regulação Financeira do Ministério da Fazenda, Vinicius Ratton Brandi.
O desenvolvimento aprimorado das iniciativas adotadas pelo poder público pode ser melhor com a participação do setor segurador, que, além de tudo, possui papel de incentivador de boas práticas de gerenciamento de risco por parte dos seguradoras, disse Paulo Miller, chefe da Coordenação Geral de Estudos e Relações Institucionais da Superintendência de Seguros Privados (Susep). “O setor não pode ser somente extrativista, ele tem que cultivar o risco no sentido de mantê-lo segurável, incentivando as boas práticas de gestão de risco”, afirmou.
O painel “Modelagem e impacto dos riscos climáticos” reuniu Pedro Ivo Mioni Camarinha, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), analisou as consequências de chuvas atípicas e deslizamentos de terra. Ele reforçou a necessidade de antever esses eventos e buscar formas de mitigar seus impactos: “toda ameaça tem uma probabilidade de acontecer. Precisamos avaliar cuidadosamente exposições, vulnerabilidades e capacidade adaptativa”. Para ele, o monitoramento constante dos riscos é peçachave e contribui para não banalizar a tomada de decisão quando os alertas são enviados. “Tanto os eventos de pequeno quanto os de grande impacto têm a sua relevância, inclusive os de pequeno porte representam 22% dos registrados no Cemaden”,
disse Camarinha.
Emilio La Rovere, do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Coppe/UFRJ, traçou um panorama dos impactos climáticos no setor de energia e destacou riscos e oportunidades frente à descarbonização da economia. “Temos notado diversos segmentos do setor de energia impactados por causa das mudanças do clima, como eólicos, solares e elétricos”, afirmou.
A descarbonização, segundo La Rovere, é um caminho na busca por mitigações, contudo, o mercado vê riscos e oportunidades. “Há riscos políticos, legais, tecnológicos, mercadológico e de reputação. Existe pressão de stakeholders por transparência e risco de corte de subsídios e de financiamentos aos combustíveis fósseis. Mas há oportunidades, como a promoção da eficiência de recursos, fontes energéticas, resiliência climática e novos produtos e mercados. Para ele, a transição é lenta, mas vai acontecer”.
A discussão voltada à modelagem agroclimatológica abordou o monitoramento e a previsão dos riscos de seca na agricultura do país, bem como estimativas da safra da soja. Ana Paula Cunha, do Cemaden, alertou quanto ao aumento de secas e a maior vulnerabilidade na agricultura familiar.
“O Norte e Nordeste e toda a área semiárida apresentam alto risco de seca. Monitoramos continuamente esses índices para gerir riscos. A partir dos anos 90, começou o aumento do índice de seca no país e, desde o ano passado, se agrava intensamente se comparado a outros momentos de pico. Isso é um desafio para a agricultura familiar. Avançamos com sistemas de monitoramento e avaliação de impacto, porém os dados fornecidos devem ser considerados nos planos de preparação para a seca, especialmente nas localidades de maior exposição socioeconômica e ambiental”, disse.
Daniela Fuzzo, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), compartilhou que gestão agrícola, previsão de rendimento e redução de riscos são importantes na agricultura porque permitem tomadas de decisões mais assertivas: “essa dinâmica norteia o planejamento e a comercialização do agronegócio porque colabora com o desenvolvimento do plantio, da irrigação, da fertilização e do controle de pragas”. Para ela, compreender como as mudanças climáticas em curso afetam os rendimentos globais das colheitas é vital para a segurança alimentar global: “com o aumento da intensidade de secas é relevante, por exemplo, termos estratégias de irrigação
eficientes tendo como auxílio modelos agrometeorológicos. Temos tecnologia e ferramentas que apoiam, mas o tempo e o processamento dos dados são um desafio”.
Minella Alves Martins, do Inpe, explicou a importância dos modelos climáticos como ferramenta para entender os processos físicos, analisar o presente e o passado do clima e projetar possibilidades do futuro. “Obter informações climáticas em tempo real e análises a longo prazo são importantes para controlar o avanço da seca evitando grandes impactos na agricultura familiar. A modelagem agrícola pode contribuir com o planejamento por antecipar potenciais impactos e riscos na produção permitindo decisões mais assertivas e a otimização das estratégias do setor. E a agricultura de precisão é primordial nesse processo por meio do uso de sensores, fertilizantes mais eficientes e outros”, disse.
“Os debates sobre riscos climáticos podem ajudar a aumentar a consciência e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima”, afirmou Daniela.
“Com as mudanças no clima afetando diretamente a agricultura e a segurança alimentar, é essencial ter acesso a informações precisas sobre riscos e impactos potenciais. Um planejamento agrícola eficaz depende de entender essas variáveis e de implementar estratégias que possam mitigar os danos”, comentou Minella.
O painel “Fenômenos Físicos Atmosféricos” reuniu Francisco Eliseu Aquino, do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Regina Rodrigues, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Glauber Ferreira, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei); e Bianca Zadrozny, do IBM Research Brasil. “É importante discutir os conhecimentos em relação à crise climática que estamos enfrentando, para que possamos nos preparar melhor. Isso se torna ainda mais valioso quando diferentes setores da sociedade interagem para esse fim, como neste evento idealizado pelo IRB(P&D), com a presença da academia”, opinou Regina.
“É importante melhorar a capacidade de previsão de eventos climáticos e a geração de cenários que possam ser usados para avaliação de risco e para tomada de decisão, visando aumentar a resiliência a impactos climáticos. No painel, pretendo destacar alguns exemplos de como técnicas avançadas de inteligência artificial vêm sendo aplicadas a dados atmosféricos para prever e gerar simulações de eventos climáticos extremos”, conta Bianca.
Saulo Ribeiro de Freitas, chefe de Divisão de Modelagem Numérica do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), abordará a modelagem computacional para previsão de eventos climáticos extremos. “Planejo destacar o novo paradigma brasileiro em termos de modelagem computacional do sistema terrestre para avançarmos na usabilidade e na qualidade das informações de tempo e clima para o Brasil”, disse.
As discussões tecnológicas dão voz às startups. Ligadas à previsão de riscos climáticos, MeteoIA e Sipremo SRC estiveram presentes, focando em “ferramentas preditivas inovadoras, que trazem a probabilidade de eventos extremos com até 12 meses de antecedência, permitindo um melhor planejamento estratégico”, diz Thomas Martin, cofundador da MeteoIA; Renato de Andrade Paes, CTO da Sipremo SRC, ressalta a empresa destaca “a importância de integrar inteligência artificial e análise
preditiva na construção de estratégias resilientes para um futuro mais sustentável”.
A discussão de startups de monitoramento de riscos climáticos Audsat, Umgrauemeio e Cittua buscou contribuir com “uma perspectiva prática e colaborativa, discutindo como podemos avançar na prevenção, mitigação e adaptação aos desafios climáticos”, comentou Murilo Augusto de Oliveira, CEO da Audsat. Victor Azevedo, CEO da Cittua, reafirmou a importância “do segmento de seguros, bastante atingido nos últimos anos pelos eventos climáticos extremos, abrir uma agenda para discutir e buscar soluções junto à sociedade.”
Ebrats reúne mais de 48 mil visitantes
De acordo com a Fiergs - Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, 94,3% de toda a atividade econômica estadual foi afetada em decorrência das enchentes que assolaram o estado no final de abril. O Rio Grande do Sul é o segundo maior polo metal mecânico do país e, em relação aos estabelecimentos industriais, as regiões mais afetadas pela tragédia são os municípios do Vale dos Sinos e a região Metropolitana de Porto Alegre.Estas regiões são o coração do polo metal mecânico do estado e,
por isso, as empresas gaúchas do setor participaram do Ebrats - Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície em busca da retomada das atividades. O evento reunir, entre os dias 11 e 14 de setembro, no São Paulo Expo, a cadeia produtiva do segmento que tem faturamento avaliado em US$ 14,46 bilhões e tem um CAGR (Taxa de crescimento anual composta) estimando em 5.8% entre 2022 e 2029, segundo levantamento da Exactitude Consultancy. O Ebrats é organizado e promovido pela IEG Brasil (Italian Exhibition Group) em parceria com a ABTSAssociação Brasileira de Tratamentos de Superfície.
Divulgação
A grande novidade do Ebrats 2024 - Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície - foi o Ebrats Trends, um ciclo de palestras com especialistas de diversos segmentos que debateram a sustentabilidade, perspectivas econômicas e tendências para o setor. Carla Branco, com graduação e mestrado em Administração e coordenadora técnica dos MBAs em Gestão de Pessoas, ESG e Liderança, Inovação e Tecnologia no Ibmec Digital, foi a responsável por abrir os trabalhos da primeira edição do Ebrats Trends abordando o que é ESG. Branco abriu sua palestra mostrando como as empresas passaram de uma mentalidade de que a responsabilidade social dos negócios é aumentar lucro para a responsabilidade social empresarial corporativa e socioambiental. “Para que as empresas prosperem e vivam por muito tempo, elas precisam entender que o desenvolvimento sustentável é o que satisfaz as necessidades da geração presente, sem comprometer as necessidades, anseios e desejos das gerações futuras. A melhor forma de traduzir para o português a sigla ESG é como Governança Socioambiental. A governança de um negócio tem que ser socioambiental, ou seja, a preocupação com a sociedade e com o ambiente devem estar no cerne do empreendimento”, concluiu Branco.
O economista Maílson da Nóbrega, que foi Ministro da Fazenda entre 1988 e 1990, fez uma fala contundente sobre como o cenário geopolítico, incluindo duas guerras, está diminuindo a produtividade no mundo, o que, obviamente, afeta o Brasil. Segundo ele, a produtividade, fator essencial para o crescimento econômico de qualquer país, está estagnada no Brasil
há quase 40 anos, enquanto a economia não cresce há mais de dez anos. Nóbrega ainda comenta sobre uma possível crise financeira mundial comparável à de 2008, que obviamente chegaria ao país. O que ele não vê como algo necessariamente ruim. “As possíveis consequências seriam a dominância fiscal ou o efeito Minsky”, diz Nóbrega, usando o termo cunhado a partir do economista norte-americano Hyman Minsky. Para Nóbrega, entretanto, esse cenário de colapso econômico talvez seja o que o país precisa para reestruturar a economia e suas políticas tributárias e, assim, voltar a crescer. “Seria propício a um ciclo virtuoso de reformas”, defende.
O EbratsTrends mostrou que o Brasil está se destacando no caminho da descarbonização do setor automotivo, na palestra “Tendências da Indústria Automobilística”. Gilberto Martins, representante titular da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) na Câmara Temática de Assuntos Veiculares, Ambientais e Transporte Rodoviário do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), reforçou o papel crucial do país na redução das emissões, destacando a combinação de biocombustíveis, eletrificação e novas tecnologias de motorização como os pilares dessa transformação.
A indústria automotiva brasileira, com 52 fábricas e capacidade de produção de 4,5 milhões de veículos por ano, tem enfrentado desafios de ociosidade, mas mantém o compromisso com a descarbonização. Atualmente, o setor é responsável por aproximadamente 13% das emissões de CO₂ no país, com maior participação dos veículos rodoviários. No entanto, com iniciativas como o Proconve e o uso crescente de biocombustíveis, as emissões de poluentes, como óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono, foram reduzidas em mais de 90% nos últimos anos.
A descarbonização automotiva no Brasil está sendo impulsionada por programas como o Rota 2030 e o recém-lançado Programa Mover, que prevê investimentos de R$ 130 bilhões até 2028. “Esses programas focam na implementação de novas
tecnologias e na reciclagem veicular, uma inovação não prevista em regulamentações anteriores. Além disso, as metas futuras incluem um controle rigoroso das emissões e um aumento na participação de veículos elétricos e híbridos no mercado, que pode atingir até 50% das vendas até 2030”, afirmou Martins. Segundo estimativa da Anfavea, a combinação entre biocombustíveis e eletrificação pode evitar a emissão de até 280 milhões de toneladas de CO₂ até 2040. “Se medidas complementares, como a renovação da frota e a inspeção veicular, fossem adotadas, essa redução poderia chegar a 400 milhões de toneladas. O Brasil tem o potencial de liderar globalmente a descarbonização, graças a uma matriz energética em que 49% da energia é renovável, muito acima da média mundial”, destacou o palestrante – que pontuou que o estudo “Avançando nos caminhos da descarbonização automotiva no Brasil”, que será publicado em breve pela associação, apresentará cenários de transição tecnológica e o
uso intensificado de biocombustíveis. Combinando esforços, o país pode se tornar referência em soluções sustentáveis para o setor automotivo, sem depender exclusivamente da eletrificação como em outros mercados.
A Itamarati Metal Química promoveu a palestra “Mulheres em Foco: Discussão sobre Carreira, Vida e Sociedade”, ministrada pela advogada Sandra Latorre, convidada da empresa para participar do Ebrats Techshow. Entre as executivas que palestraram, Wilma Ayako Taira dos Santos, a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente da ABTS - Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície – relatou sua experiência no cargo que ocupou entre 2010 e 2012.
“Costumo dizer que precisamos estar sempre em busca de oportunidades e preparadas para quando elas surgirem. O mercado ainda é muito masculino, mas espero que outras mulheres se candidatem a essa posição. Fui a primeira mulher a ocupar a presidência da ABTS, mas não quero ser a única”, afirma Santos.
ONS moldando o futuro da energia
71.812 pessoas de todo o mundo participaram do ONS 2024 cujo tema deste ano, IMAGINE, provou ser altamente relevante para as muitas sessões da conferência, a exposição e a arena ONS+. Foram mais de 1100 empresas de 35 países; mais de 2.500 pessoas compareceram às sessões da quadra central ao longo de quatro dias; 4.050 pessoas participaram de sessões sobre hidrogênio, CCUS, baterias/armazenamento de energia, energia solar, energia eólica offshore, energia nuclear e transporte ecológico; cerca de 2.400 pessoas participaram das sessões técnicas ao longo de quatro dias; o espaço de negócios internacionais da NORWEP foi visitado por cerca de 200 delegados internacionais que participaram de
mais de 500 reuniões B2B com diferentes empresas norueguesas, totalizando cerca de 1.300 participantes em 12 sessões de mercado e workshops. Evyon e Siemens Gamesa foram as vencedoras do ONS Innovation Awards cujo júri avaliou mais de 70 inscrições. O Prêmio ONS de Inovação para pequena e média empresa avaliou que a rápida eletrificação da nossa sociedade requer soluções de armazenamento seguras, eficientes e confiáveis. A demanda global por baterias de íons de lítio deve disparar na próxima década, de cerca de 700 GWh em 2022 para cerca de seis vezes mais em 2030. Acompanhar a velocidade da eletrificação enquanto reutiliza materiais e produtos é essencial para tornar as baterias amigáveis ao clima
Divulgação
e à natureza. Reutilizar e reaproveitar baterias pode ser a chave para a transição energética.
O armazenamento de energia modular e seguro foi o vencedor do prêmio PME porque seu sistema de armazenamento de energia industrial da Evyon reaproveita baterias de EV descartadas, reduzindo significativamente sua pegada de carbono em até 85% em comparação com baterias novas. Essas baterias reutilizadas encontram uma segunda vida em aplicações como integração de energia renovável, carregamento rápido de EV, suporte à rede e substituição de geradores a diesel. A abordagem da Evyon não apenas minimiza o desperdício, mas também acelera a transição para um futuro energético mais sustentável.
A empresa vencedora do Innovation Award 2024 está desenvolvendo tecnologias com impacto global e potencial de mercado. Em 2023, quase 24 mil turbinas eólicas foram instaladas em todo o mundo para fornecer energia limpa. Espera-se que a capacidade de energia eólica dobre entre 2022 e 2030, levando energia limpa a mais pessoas em todo o mundo.
No entanto, a indústria tem lutado para resolver um dos maiores desafios em sua indústria para tornála verdadeiramente sustentável – como manusear, descartar ou reutilizar as lâminas enormes após o fim de sua vida útil: pode ser que esse problema seja resolvido com o projeto RecyclableBlade da Siemens Gamesa, a vencedora do prêmio. As pás de turbinas eólicas são projetadas para serem duráveis usando material composto que provou ser difícil de reciclar.
A RecyclableBlade da Siemens Gamesa é uma pá de turbina eólica inovadora projetada com um novo sistema de resina que atende a todos os requisitos e propriedades técnicas, mas com uma estrutura que permite separação e reciclagem eficientes de materiais no final de sua vida útil.
Os representantes da delegação brasileira, organizada pelo Team Norway com a liderança da Norwegian Energy Partners (NORWEP), marcaram presença no congresso: o IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás participou da ONS2024, através de seu presidente, Roberto Furian Ardenghy, que falou em uma sessão dedicada ao México e Brasil, liderada pela NORWEP.
A sessão foi aberta pelo diretor da NORWEP, Håkon Skretting, com participação da Cônsul Geral da Noruega no Rio de Janeiro, Mette Tangen. “É algo inspirador estar na capital energética da Noruega, com todos os players importantes no setor de energia na Noruega e no mundo, e também conhecendo melhor as empresas e soluções norueguesas”, comenta Mette.
Entre os palestrantes brasileiros, além de Roberto Ardenghy, Marcio Felix, CEO da EnP Energy Platform,
Carlos Mastrangelo, COO da 3R Petroleum, Jean Calvi, da PRIO e Marcio Pereira, gerente geral de relações com fornecedores da Petrobras que ofereceu uma visão abrangente da direção estratégica da Petrobras e seu papel no futuro energético do Brasil.
A Petrobras, em parceria com a Norwep, organizou um seminário paralelo para levar oportunidades à cadeia de fornecedores, tendo como base os desafios operacionais de uma das maiores empresas de energia do mundo.
O tema IMAGINE incorpora esperança, sonhos e o desejo por um futuro melhor – um futuro que requer liderança ousada, inovação, avanços tecnológicos e, não menos importante, colaboração para enfrentar os maiores desafios do nosso tempo – especialmente as mudanças climáticas.
ONS/Divulgação
@AndreaRocha
ONS/Divulgação
ONS/Divulgação
@AndreaRocha
ONS Innovation Awards - Evyon
ONS Innovation Awards - Siemens
Pacto DEI visa desenvolver ações conjuntas para fomento à diversidade, equidade e inclusão em empresas públicas
A Petrobras, o Ministério da Gestão, Inovação e Serviços Públicos e mais de 30 outras empresas públicas assinaram o Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão (Pacto DEI) nas estatais. O acordo prevê o estabelecimento de mecanismos de cooperação entre as empresas para aprimoramento de políticas públicas e implementação de ações efetivas relacionadas aos temas.
Por meio do Pacto, será promovido um espaço de troca de experiências entre as empresas, para compartilhamento de boas práticas e realização de ações conjuntas, com eventual otimização de custos e aumento da visibilidade do tema na sociedade e no meio empresarial. Como resultado, espera-se desenvolver formas mais efetivas e ágeis de identificar problemas e implementar soluções e estratégias para fomento à diversidade, equidade e inclusão nas empresas públicas.
“Este momento representa um marco importante não apenas para a Petrobras e para as estatais, mas para toda a sociedade, refletindo o nosso compromisso em promover um ambiente de trabalho inclusivo, respeitoso e igualitário. Que este pacto seja o início de uma transformação profunda em nossas empresas, promovendo o bem-estar das pessoas, combatendo a discriminação e valorizando as diferenças”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. A Petrobras sediou o evento de assinatura do Pacto, realizado no escritório da companhia, em Brasília.
Para a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o Pacto tem
Divulgação/Nelson Mendes
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard; a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck; e a diretora de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, na assinatura do Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão (Pacto DEI) nas estatais
potencial para induzir mudanças positivas na sociedade. “As estatais geram mais de 400 mil empregos diretos e certamente são uma força indutora de boas práticas no mercado”. Participam também da iniciativa os Ministérios das Mulheres, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e Cidadania e dos Povos Indígenas.
A Petrobras implementou em 2023 uma Política de Diversidade, Equidade e Inclusão que orienta todas as ações da companhia. Também são promovidos regularmente treinamentos e ações para combate ao assédio e à discriminação. “Nosso compromisso com a valorização da diversidade de gênero, etnia, orientação sexual e habilidades é uma das bases de nossa cultura organizacional”, reforçou Magda Chambriard, durante o evento.
Em 2007, a Petrobras possibilitou a adesão de parceiros homoafetivos no plano de saúde oferecido a empregados, empregadas, cônjuges e dependentes. Já em 2018, implementou o uso do nome social pelos empregados da companhia.
Mais recentemente, a empresa adotou a Licença Maternidade para Mãe não Gestante. O benefício concede o direto de licença remunerada por 180 dias para casais homoafetivos formados por mulheres. A companhia implementou também programas de mentoria feminina que oferecem suporte, orientação e oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional para que elas superem barreiras e alcancem seu pleno potencial.
Ainda em 2023, a companhia lançou o Programa de Equidade Racial, como o objetivo de aumentar o número de pessoas negras em cargos de liderança em 25% até 2030. No mesmo ano, a Petrobras aprovou o teletrabalho de cinco dias da semana para todos os empregados com deficiência registrados na companhia, conforme legislação sobre Pessoas com Deficiência (PCDs) e a Política de Diversidade, Equidade e Inclusão, que traz um conjunto de princípios e diretrizes que devem apoiar e direcionar o processo decisório e guiar comportamentos.
Petrobras investe R$500 milhões na compra de cinco supercomputadores
Campeã da América Latina, nos últimos quatro anos, do ranking Top500.org, que avalia os maiores High Performance Computer (HPCs) do mundo, a Petrobras vai turbinar o parque tecnológico com a aquisição de cinco novos supercomputadores com investimento total de R$ 500 milhões. Uma das máquinas, com capacidade de processamento equivalente a cerca de 10 milhões de celulares e 200 mil notebooks, custará R$435 milhões. Com a aquisição a companhia prevê manter a liderança não só em capacidade computacional como em ecoeficiência. As máquinas começarão a ser montadas este ano e entrarão em operação em 2025.
“A aquisição de novos supercomputadores tem enorme importância estratégica para a Petrobras, pois mantém a empresa na vanguarda tecnológica do setor de óleo e gás, em relação ao imageamento sísmico em subsuperfície. Com essa atualização, poderemos expandir a realização de projetos de processamento sísmico com tecnologias em estado-da-arte”, avalia Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras.
O novo HPC será utilizado pelos geofísicos da Petrobras para processar dados sísmicos brutos e transformá-los em imagens detalhadas do subsolo. É como criar um mapa 3D das camadas rochosas abaixo da superfície com imagens muito mais nítidas
e precisas das estruturas geológicas, essenciais para identificar possíveis reservatórios de petróleo e gás.
Segundo Sylvia, a renovação e ampliação da capacidade de processamento de dados geofísicos e geológicos trará resultados mais rápidos e precisos para os desafios de operação em águas ultra profundas e novas áreas exploratórias, como o présal e a Margem Equatorial.
“Com imagens mais detalhadas da subsuperfície podemos identificar com maior precisão áreas potenciais, reduzir risco exploratório, refinar a simulação do comportamento dos reservatórios, possibilitando uma produção mais eficiente. Manterse entre as maiores capacidades computacionais da indústria permite à Petrobras competir globalmente, atrair parcerias e oportunidades de negócios”, acrescenta Clarice Coppetti, diretora de Assuntos Corporativos.
A renovação dos supercomputadores faz parte da estratégia da empresa para manter o parque tecnológico atualizado, cujos investimentos estão previstos no Plano Estratégico 2024-28. O HPC gigante pesará cerca de 50 toneladas, com comprimento de 50 metros, considerando-se todas as partes em linha reta. O supercomputador terá cerca de 73 PFlops. Um Petaflop (PFlop) equivale a 1 quatrilhão de Flops, ou operações por segundo, na sigla em inglês. Quando a instalação estiver completa, ele substituirá, sozinho, os HPCs Fênix, Atlas e Dragão, que serão desligados.
O novo e maior supercomputador deverá ser o mais ecoeficiente da América Latina, com enorme poder de processamento em relação à energia consumida. Houve atenção à sustentabilidade, desde o desenho inicial do supercomputador, e às escolhas das tecnologias mais eficientes. A preocupação com o uso de energia guiou também o projeto da sala onde a máquina será instalada, projetada especificamente para permitir a operação com o menor consumo energético.
Os cinco novos supercomputadores foram comprados da Lenovo, empresa vencedora da licitação.
Pégaso, o maior HPC da América Latina
Divulgação/Felipe Gaspar
Petrobras inaugura Complexo de Energias Boaventura
Em cerimônia com a presença do presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, e da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a Petrobras inaugurou o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O polo industrial é composto pela maior unidade de processamento de gás natural (UPGN) do país e receberá gás do pré-sal da Bacia de Santos, transportado por meio do gasoduto Rota 3, que também iniciará operação.
O Projeto Integrado Rota 3 vai viabilizar o escoamento de até 18 milhões de m³/dia e o processamento, pela UPGN, de até 21 milhões de m³/ dia de gás natural e, com isso, aumentar a oferta para o mercado nacional, reduzindo a dependência de importações. As obras de implementação do projeto criaram cerca de 10 mil postos de trabalho.
Além do gasoduto implantado para o escoamento de gás natural e da UPGN, a Petrobras está trabalhando em projetos no Complexo, que incluem duas termelétricas a gás, para participação nos leilões previstos pelo setor elétrico, e unidades de refino para produção de combustíveis e de lubrificantes.
A Petrobras obteve aprovação da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e iniciou os procedimentos para operação da planta de processamento de gás. Estão sendo realizadas as etapas finais de preparo da unidade, com a calibração de processos e equipamentos. Nessa fase, o gás ainda não é disponibilizado para o mercado.
O início das operações comerciais está previsto para a primeira quinzena de outubro. O Complexo conta com mais de 600 profissionais, entre próprios e terceirizados, envolvidos diretamente na operação, manutenção de equipamentos e suporte operacional
do gasoduto e das plantas de processamento de gás e de utilidades.
Como forma de homenagear a história da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, a Petrobras
passa a nomear o polo industrial onde está instalada a UPGN como Complexo de Energias Boaventura, em referência ao Convento São Boaventura, localizado dentro da unidade e considerado umas das primeiras construções da região conhecida hoje como o município de Itaboraí. As ruínas do convento foram conservadas pela companhia.
Após a conclusão das obras de todo o Complexo, o conjunto de unidades terá capacidade aproximada de produzir 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II, 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1). A planta vai operar em sinergia com a Reduc - Refinaria Duque de Caxias.
Divulgação/Bruno Castro
Divulgação/Bruno Castro
Petrobras concentra operações aéreas para o campo de Búzios no Aeroporto de Maricá
A Petrobras consolidou, na última semana de agosto, as operações aéreas para o campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, a partir do aeroporto de Maricá, no estado do Rio de Janeiro. A medida representa um ganho logístico significativo para o atendimento de sondas e das Unidades de Manutenção e Segurança.
O aeroporto da cidade passou a transportar pessoas e pequenas cargas, operações que antes estavam sendo realizadas pelo aeroporto de Cabo Frio (RJ). Além da otimização logística, a transferência das operações
de transporte aéreo para Maricá possibilita economia de tempo, pois o aeroporto desta cidade é mais próximo da base do campo de Búzios, que se localiza no Rio de Janeiro. Assim, o deslocamento da força de trabalho passa a ser reduzido em cerca de duas horas.
Com o atendimento ao campo de Búzios, o Aeroporto de Maricá se torna o terceiro maior em movimentação de passageiros para a Petrobras, atrás apenas dos heliportos de Farol de São Tomé, em Campos (RJ), e de Jacarepaguá (RJ).
O Aeroporto de Maricá passou a operar dez aeronaves, com 536 voos por mês, ofertando 13.500 vagas mensais. Essas operações aumentarão, ainda mais com a chegada do FPSO Almirante Tamandaré no campo de Búzios até o fim deste ano. Essa será a sexta unidade de produção a ser instalada no campo e terá cerca de 180 trabalhadores a bordo.
A P-74 é uma das plataformas da Petrobras que operam no Campo de Búzios
Codemar/Paulo-Avila
Divulgação/André Ribeiro
Replan recebe prêmio de ‘Refinaria do Ano de 2024’
A Refinaria de Paulínia, a Replan, conquistou o prêmio de “Refinaria do Ano de 2024”, por suas iniciativas em inovação, modernização, segurança e sustentabilidade. A premiação é concedida pela World Refining Association, entidade de relevância mundial que reúne as grandes empresas do setor. A cerimônia foi realizada em Cartagena, na Colômbia, durante a Conferência Latino-Americana de Refino (LARTC).
A Replan tem investido significativamente em tecnologias avançadas e ações de modernização para melhorar suas operações.
“Essas inovações não apenas fortalecem a posição da refinaria no mercado, mas também contribuem para a redução do impacto ambiental e o bem-estar das comunidades vizinhas”, afirma o gerente geral da Replan, Raphael Franco de Campos.
Para maximizar os resultados e atender à demanda do mercado de forma eficiente e segura, o gerente geral conta que a Replan utiliza modelos de planejamento de produção e escoamento baseados em otimização econômica. A refinaria também prioriza parcerias de longo prazo com instituições de ensino e pesquisa para fomentar a inovação e adaptação às mudanças
do mercado. “Prezamos pela adoção contínua de tecnologias avançadas e programas que garantem operações seguras e sustentáveis”, destaca Raphael. Com iniciativas alinhadas ao programa de Transição Energética Justa, as operações da refinaria devem se tornar ainda mais sustentáveis a partir do ano que vem. No primeiro semestre de 2025, está prevista para entrar em operação a nova unidade de tratamento de diesel (U-5283), que aumentará em 10.000m³/dia a produção de diesel de baixo teor de enxofre. Em 2026, a expectativa é elevar a capacidade de processamento de petróleo de 435 mil bbl/dia para 460 mil bbl/dia, um crescimento de 5%, e pôr em funcionamento a Usina Fotovoltaica. “Esses esforços posicionam a Replan como uma refinaria moderna e resiliente, preparada para enfrentar os desafios da indústria de refino no século XXI”, conclui o gerente geral da refinaria.
Petrobras e Embrapa assinam cooperação para pesquisas em produtos de
baixo carbono e fertilizantes
A Petrobras e a Embrapa assinaram um Termo de Cooperação (TC) para desenvolver estudos técnicos em matérias-primas renováveis para obtenção de produtos de baixo carbono, incluindo biocombustíveis, química verde e fertilizantes.
A parceria envolve o desenvolvimento pela Petrobras de soluções tecnológicas e a implantação de unidades industriais para produção de biocombustíveis e
Divulgação
DivulgaçãoPetrobras
notícias da Petrobras
bioprodutos. Em contrapartida, a Embrapa desenvolve um protocolo de culturas agrícolas de baixo carbono, como a soja, envolvendo técnicas agrícolas racionais, como o protocolo de certificação desta cultura.
O termo de cooperação também inclui o desenvolvimento de culturas alternativas à soja, como macaúba, culturas de entressafra e consorciadas, como o milho safrinha, carinata (espécie de oleaginosa), entre outras opções que refletem o leque de opções para agroenergia nos diferentes biomas e sistemas de produção do país.
“A diversificação e o acesso a matérias-primas com sustentabilidade, qualidade e custo adequados são fundamentais para o sucesso dessas iniciativas, como os biocombustíveis. Além disso, a companhia tem interesse em ofertar produtos fertilizantes para aumentar a disponibilidade no mercado nacional, bem como atender as metas do Plano Nacional de Fertilizantes. A Embrapa possui expertise necessária para ajudar a alavancar todas essas frentes”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
“Para a Embrapa, a retomada da parceria com a Petrobras é estratégica para potencializar suas contribuições para os produtores rurais e para políticas públicas nacionais e internacionais, principalmente em bioeconomia e desenvolvimento sustentável”, declarou Silvia Massruhá, presidente da empresa. Ela lembrou que, em 2023, o Brasil atingiu a marca de 100 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOS) emitidos, o que resultará em até R$1,2 trilhão de reais, entre investimentos e economia nos próximos dez anos. “Isso foi possível graças à Renovacalc, ferramenta desenvolvida pela Embrapa e fundamental na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), conduzida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, relatou Massruhá.
Em relação ao setor de fertilizantes, o objetivo é fomentar o desenvolvimento de novos produtos e sua inserção no mercado do agronegócio, entre esses pode-se destacar novos fertilizantes com base em ureia de maior valor agregado, fertilizantes mistos, adubos com granulometria diferenciada e novos insumos sustentáveis com menor impacto ambiental. Essas iniciativas visam pavimentar a retomada do
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, visitou o Cenpes - Centro de Pesquisas da Petrobras e foi recebida pela gerente executiva
negócio pela Petrobras e preparar a empresa para um futuro de descarbonização. A Embrapa é uma parceira importante tanto no desenvolvimento quanto na comprovação da eficiência agronômica desses produtos, com isso espera-se viabilizar a oferta e o uso pelos agricultores dessas inovações, propiciando fertilizantes adaptados às culturas e solos do país, que permitirão safras com maior produtividade para o Brasil.
“Fazem parte dessa parceria temas como o biometano e biogás, no contexto do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária bem como a formação de redes de pesquisa e desenvolvimento em matériasprimas mais sustentáveis”, revelou Silvia Massruhá.
“Acreditamos que os dados técnicos e científicos serão de extrema importância no desenvolvimento de novos produtos para o mercado de fertilizantes. A Petrobras está empenhada em desenvolver novas soluções para atender esse setor tão estratégico para o Brasil”, afirmou Chambriard.
O investimento em fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras, conforme o Plano Estratégico (PE) 2024-2028. A empresa anunciou em agosto, a retomada das atividades da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), em Araucária (PR), e com isso dá início à sua operação para produção de ureia, ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo) e Amônia em território nacional já no primeiro semestre de 2025.
Maiza Goulart
Divulgação
Petrobras lança ferramenta digital que incentiva o abatimento de emissões de CO2
Representantes da Petrobras e do IPR-PUCRS na cerimônia de lançamento da plataforma
A plataforma GIS CCUS Brasil reúne, em um único site, todas as informações públicas sobre captura e armazenamento de carbono (CCUS) no país. Online e gratuita, traz dados essenciais para a implementação de novos projetos, tais como as quantidades de CO2 emitidas, infraestrutura nacional existente e reservatórios potenciais para o armazenamento geológico. A plataforma concorre ao prêmio ANP de Inovação 2024.
“A Petrobras idealizou, patrocinou e acompanhou tecnicamente o desenvolvimento da Plataforma GIS CCUS Brasil com o objetivo de embasar as discussões, ampliar o conhecimento geral sobre a tecnologia, encorajar possíveis parcerias para implantação de projetos e estimular as regulamentações, normas, metas e incentivos para descarbonização das indústrias”, explica a diretora de Engenharia Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi.
A ferramenta foi desenvolvida em parceria com o Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR) da PUCRS, com suporte técnico de especialistas da Petrobras e financiada com recursos da empresa, por meio da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da ANP para os contratos de petróleo.
A plataforma agrupa dados georreferenciados, organizados em um
Sistema de Informações Geográficas (GIS) e possui base de dados própria contendo:
- Localização e quantidade de emissões de mais de 1.500 fontes de CO2 de setores de difícil abatimento e de geração de energia;
- 18 mil elementos de infraestrutura e logística;
- Mais de 370 mil áreas restritivas ou passíveis de proteção socioambiental;
- Dados de 30.621 poços exploratórios, 14.900
levantamentos geofísicos, informações geológicas de 72 bacias sedimentares terrestres e marítimas;
- Análise do potencial de armazenamento geológico de CO2 nas bacias sedimentares brasileiras;
- Distribuição e espessura dos elementos dos sistemas de armazenamento, com destaque para a capacidade volumétrica de reservatórios salinos e campos de hidrocarbonetos depletados;
- 4 painéis interativos específicos para a visualização espacial de fontes emissoras quantificadas, infraestrutura e logística, dados de subsuperfície e recursos de armazenamento.
A Plataforma CCUS é alimentada com dados públicos prospectados de programas como Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (Reate) e Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (Promar) e informações de fontes como o IPCC, fórum intergovernamental da ONU de
A tecnologia reúne dados como as dimensões de potenciais reservatórios.
mudanças climáticas; o GHG Protocol, protocolo internacional de medição e gerenciamento de emissões; Ministério de Ciência e Tecnologia.
Além da plataforma web, o contrato de desenvolvimento prevê também a elaboração de um novo atlas de CCUS, com todo o conteúdo técnicocientífico relacionado ao tema, com as informações dos reservatórios potenciais para armazenamento de CO2, levantados e qualificados durante o projeto. O documento, bilíngue, será publicado e ficará disponível para ser baixado, e deve ser lançado no início do ano que vem.
ACESSE A PLATAFORMA
Divulgação
Reprodução
Petrobras
usará gêmeo digital para otimizar produção e escoamento
de petróleo
As plataformas FPSO Cidade de Anchieta e a P-57, que operam no campo de Jubarte, no Pré-sal e Pós-sal do Espírito Santo, participaram do projeto piloto que comprovou a eficácia da ferramenta, um gêmeo digital capaz de aumentar a produção em cerca de 1%. Após dois anos de testes, a tecnologia desenvolvida pela empresa brasileira ESSS, com sede em Florianópolis (SC), foi validada e está pronta para uso.
Segundo a diretora da área de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, “a tecnologia Gêmeo Digital de Elevação e Escoamento poderá ser utilizada em todos os poços produtores e injetores offshore da Petrobras. Vamos dar início à implementação da ferramenta nos poços marítimos de outras unidades ainda este ano.”
A tecnologia fornece dados do sistema de produção em tempo real, gerando ganhos no processo de elevação e escoamento, que corresponde ao transporte do petróleo produzido desde o fundo do poço até as plataformas de produção. O gêmeo digital
também identifica antecipadamente ocorrências que possam comprometer a produção e permite a realização de teste virtual de soluções.
“A Petrobras desenvolveu um protótipo de Gêmeo Digital que foi a base para a especificação da tecnologia. Esta solução preliminar surgiu na Unidade de Negócios Espírito Santo (UN-ES). Precisávamos desenvolver um sistema semelhante, porém mais robusto, comercial, sustentado e escalável para todos os poços offshore da companhia”, explica a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação Renata Baruzzi.
O produto é resultado de uma Encomenda Tecnológica (Etec), modalidade de contratação que demanda a solução de um problema real para o qual ainda não existe uma solução comercial. Nestes casos, a empresa selecionada será a que demonstrar mais condições de minimizar o risco tecnológico. O regramento é publicado em edital e precisa ser rigorosamente cumprido.
As plataformas Cidade de Anchieta e P-57 (foto) participaram do piloto da tecnologia
Divulgação/Taís Peyneau
Petrobras bate novo recorde de processamento de petróleo do Pré-Sal nas refinarias
A Petrobras atingiu, em agosto, um novo recorde de processamento de petróleo do Pré-Sal nas suas refinarias, chegando ao patamar de 76% da carga. O resultado superou a marca anterior de 73%, verificada em junho de 2023.
No acumulado de janeiro a agosto, o processamento de Pré-Sal também apresentou um desempenho excepcional, atingindo patamar recorde de 69%, ultrapassando os 66% do mesmo período do ano passado.
“Os petróleos do pré-sal apresentam um alto rendimento de derivados médios. A partir de um mesmo volume de petróleo do pré-sal, quando comparado a um petróleo do Pós-sal, é possível produzir mais QAV (querosene de aviação) e diesel, que são derivados de maior valor agregado. O recorde alcançado reflete a otimização dos ativos e a aplicação de tecnologias inovadoras, sempre respeitando os valores de segurança e meio ambiente”, explica William França, diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras.
Outro aspecto positivo do petróleo proveniente do Pré-sal é a alta parafinicidade, característica química que faz com que o diesel produzido tenha qualidade superior. Além disso, os petróleos do présal possuem baixo teor de enxofre, contribuindo para uma atividade de refino mais sustentável e para a produção de derivados de baixo teor de enxofre, como o diesel S-10 e o bunker.
Em agosto, também foi registrado o melhor resultado do ano no Fator de Utilização das refinarias (FUT), atingindo-se a marca de 95%, demonstrando o elevado desempenho operacional do parque de refino da Petrobras e a integração com as áreas de logística e comercialização da empresa.
“Estamos contribuindo para o crescimento de nossos clientes no mercado interno com uma atuação competitiva e segura, sempre preservando rentabilidade e sustentabilidade financeira”, afirma o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.
Divulgação/Taís Peyneau
DNOC e ExxonMobil juntas na maior instalação de hidrogênio de baixo carbono do mundo
ADNOC adquirirá uma participação acionária de 35% no projeto de Baytown, Texas, que produzirá hidrogênio praticamente sem carbono. O investimento estratégico apoiará as ambições de zero líquido de ambas as empresas, acelerará a descarbonização de setores difíceis de reduzir e atenderá à crescente demanda por hidrogênio e amônia de baixo carbono A instalação espera converter gás natural produzido nos EUA em hidrogênio praticamente sem carbono, com ~98% de CO2 removido, promovendo a competitividade dos EUA e apoiando empregos nos EUA.
Sua Alteza Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan, Príncipe Herdeiro de Abu Dhabi e Presidente do Conselho Executivo de Abu Dhabi, testemunhou a assinatura do acordo. O acordo representa um investimento significativo na produção de energia dos EUA e na transição energética global. Ele ajudará a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em setores difíceis de descarbonizar, incluindo indústria, energia e transporte, atender à crescente demanda por combustíveis de baixo carbono e acelerar um futuro líquido zero. Contingente na política governamental de apoio e nas licenças regulatórias necessárias, espera-se que a instalação seja a maior do mundo desse tipo na inicialização, capaz de produzir até 1 bilhão de pés cúbicos (bcf) diariamente de hidrogênio de baixo carbono, que é virtualmente livre de carbono com aproximadamente 98% de dióxido de carbono (CO2) removido e mais de 1 milhão de toneladas de amônia de baixo carbono por ano. Uma decisão final de investimento (FID) é esperada em 2025 com inicialização prevista para 2029.
Sua Excelência Dr. Sultan Ahmed Al Jaber, Ministro da Indústria e Tecnologia Avançada e Diretor Executivo e CEO do Grupo ADNOC, disse: “Este investimento estratégico é um passo significativo para a ADNOC à medida que aumentamos nosso portfólio de fontes de energia de baixo carbono e cumprimos nossa estratégia de crescimento internacional. Estamos ansiosos para fazer parceria com a ExxonMobil neste projeto de baixa intensidade de carbono e tecnologicamente avançado para atender à crescente demanda e ajudar a descarbonizar setores de alta emissão.”
A instalação alavancará tecnologias avançadas de captura e armazenamento de carbono para reduzir as emissões associadas à produção de hidrogênio. Criando empregos nos EUA e apoiando iniciativas de desenvolvimento comunitário, a construção do projeto também trará benefícios econômicos substanciais para Baytown, a área de Houston e o Texas.
Darren Woods, presidente e CEO da ExxonMobil, disse: “Agradecemos o apoio de Sua Alteza Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan a esta parceria inovadora. Este é um projeto de escala mundial em uma nova cadeia de valor de energia global. Trazer os parceiros certos é essencial para acelerar o desenvolvimento do mercado, e temos o prazer de adicionar a experiência comprovada e os insights do mercado global da ADNOC à nossa instalação em Baytown.”
Após o FID para o projeto, a ADNOC pretende apoiar iniciativas comunitárias em andamento na área de Baytown, em linha com o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a educação nos locais onde opera. Este compromisso reflete a estratégia mais ampla da ADNOC para promover o desenvolvimento comunitário e garantir que os benefícios de seus projetos se estendam além dos ganhos ambientais para incluir avanços sociais e econômicos.
Divulgação
ANP aprova minutas de edital e modelos de contrato para licitação de blocos no Pré-sal
A Diretoria da ANP aprovou as minutas de edital e dos contratos da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), em que serão ofertados 14 blocos localizados no Polígono do Pré-Sal.
Os documentos serão submetidos à aprovação do Ministério de Minas e Energia (MME) e, em seguida, passarão por consulta e audiência públicas.
Entre os principais aperfeiçoamentos previstos estão:
- Adequações decorrentes da alteração das diretrizes de conteúdo local dispostas na Resolução CNPE nº 11/2023;
- Adequações decorrentes da publicação da Resolução ANP nº 969/2024, que regulamenta as licitações para a outorga do exercício das atividades de exploração, reabilitação e produção de petróleo e gás natural sob os regimes de concessão e de partilha de produção;
- Atualização dos modelos de seguro garantia decorrentes da Consulta e Audiência Públicas nº 01/2024;
- Mudança na sistemática de cumprimento do programa exploratório mínimo (PEM), que deixou de exigir a perfuração de poço exploratório, passando a prever, adicionalmente, a possibilidade de execução de atividades de sísmica 3D e reprocessamento sísmico 3D;
- Exclusão do pagamento de taxa de participação e da amostra de dados;
- Possibilidade de a licitante apresentar garantia de oferta sem declaração de interesse;
- Garantia de oferta em formato físico ou digital;
- Prazo do ciclo: mínimo de 120 dias e máximo de 180 dias;
- Inversão da etapa de qualificação, que passa a ocorrer após a sessão pública;
- Aprimoramentos no ‘Anexo VI – Procedimentos para Apuração do Custo e do Excedente em Óleo’ e no ‘Anexo IX – Regras do Consórcio’;
- Inclusão de dispositivos para incorporar novas práticas da indústria que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Dos 14 blocos em oferta, quatro foram autorizados pelo Resolução CNPE n° 26/2021 (Ágata, Esmeralda, Jade e Turmalina), um (Ametista) pela Resolução CNPE nº 04/2022 e os outros nove (Amazonita, Citrino, Itaimbezinho, Jaspe, Larimar, Mogno, Ônix, Safira Leste e Safira Oeste) foram autorizados pela Resolução CNPE nº 11/2023.
A Petrobras manifestou, ao CNPE - Conselho
Nacional de Política Energética o interesse no direito de preferência em blocos a serem licitados no Sistema de Oferta Permanente, sob o regime de partilha de produção, nos termos da Lei 12.351/2010 e do Decreto Federal 9.041/2017. A empresa exerceu o direito de preferência em relação ao bloco de Jaspe, com percentual de 40%, considerando os parâmetros divulgados na Resolução do CNPE nº 06/2024, publicada em 28/08/2024.
A Oferta Permanente é, no momento, a principal modalidade de licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Nesse formato, há a oferta contínua de blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais localizados em quaisquer bacias terrestres ou marítimas. Desse modo, as empresas não precisam esperar uma rodada de licitações “tradicional” para ter oportunidade de arrematar um bloco ou área com acumulação marginal, que passam a estar permanentemente em oferta. Além disso, as companhias contam com o tempo que julgarem necessário para estudar os dados técnicos dessas áreas antes de fazer uma oferta, sem o prazo limitado do edital de uma rodada.
Atualmente, há duas modalidades de Oferta Permanente: Oferta Permanente de Concessão (OPC) e Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), de acordo com o regime de contratação (concessão e partilha).
Até o momento, foram realizados, pela ANP, quatro ciclos de Oferta Permanente no regime de concessão nos anos de 2019, 2020, 2022 e, o mais recente, em dezembro de 2023 e, dois ciclos de Oferta Permanente no regime de partilha de produção, em 2022 e 2023.
Relatório sobre o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono
A Diretoria da ANP aprovou o Relatório sobre a Implementação do Marco Regulatório do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono no Brasil. O documento foi produzido pelo Grupo de Trabalho criado em 2022 pela Agência para discutir o tema, com a participação de integrantes de todas as Diretorias e coordenado pelo Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas (CPT) da Agência. A Lei n° 14.948/2024, publicada em agosto deste ano, instituiu o marco legal do hidrogênio de baixo carbono e deu à ANP uma série de atribuições, tornando a Agência a principal reguladora desse novo segmento.
Além de um panorama sobre o tema, o relatório apresenta elementos técnicos relevantes, a estratégia regulatória a ser adotada pela ANP para o hidrogênio de baixa emissão de carbono, a importância do produto e os desafios associados ao seu uso. A publicação inclui exemplos de políticas e ações adotadas em outros países, que poderão servir de subsídios para futuras decisões regulatórias da Agência.
Outro tópico abordado é o histórico da regulamentação e ações governamentais em nível nacional sobre o assunto. Há, ainda, no relatório, um mapeamento das demandas regulatórias e a análise da possibilidade de aproveitamento de normativos vigentes, bem como das novas ações que serão necessárias, indicando as áreas técnicas envolvidas, segundo a estrutura organizacional da ANP e seu atual regimento interno.
O relatório encaminha algumas recomendações à Diretoria Colegiada, dentre elas a necessidade de
capacitação de servidores e viabilização de novos recursos financeiros para instrumentalização da ANP para a absorção das novas atribuições relacionadas à regulação do hidrogênio de baixo teor de carbono. Foi reforçada a necessidade de um redimensionamento da força de trabalho, visando compatibilizar o quantitativo de servidores dos diversos setores da ANP, com o recebimento da regulação de atividades relacionadas à indústria do hidrogênio, tema transversal, que abrange quase toda a Agência.
O relatório frisa ainda a oportunidade que emerge ao Brasil no desenvolvimento da indústria do hidrogênio de baixa emissão de carbono, com investimentos previstos da ordem de centenas de bilhões de reais nos próximos anos e que podem trazer efetivamente desenvolvimento a inúmeras regiões do país.
ACESSE A ÍNTEGRA DO RELATÓRIO
ANP aprova relatório de investigação de incidente em sonda que resultou em fatalidade
A Diretoria da ANP aprovou o relatório de investigação de incidente ocorrido em sonda de produção terrestre da empresa Nova Petróleo, em outubro de 2023. O incidente resultou no falecimento de um funcionário da empresa, que executava a função de torrista.
No dia 2/10/2023, a ANP recebeu da empresa o comunicado de incidente informando a fatalidade de um dos torristas, por queda da sonda Geosolo, no campo Fazenda Santo Estevão, localizado em Alagoinhas, na Bahia. O acidente ocorreu durante a finalização do procedimento de desmontagem da sonda.
Como não houve testemunhas e não há registros de imagens do momento da queda, o processo de investigação se concentrou em duas hipóteses, sendo uma delas a mais provável: a de que o funcionário teria caído após subir a torre para desconectar a tomada de energia, que fica a cerca de 20 metros do solo.
Contudo, ambas as hipóteses seriam consequência de causas raiz semelhantes. Por meio da melhoria do sistema de gestão da empresa, no sentido de eliminar tais causas raiz, seria possível evitar acidentes deste tipo.
A comissão de investigação da ANP identificou sete fatores causais: (1) Ato inseguro (possível falha humana); (2) atividade insegura (operação intrinsecamente perigosa, seja por falha de projeto, falha de procedimento ou por ainda não haver técnicas que reduzam os riscos); (3) ausência de equipamento de proteção individual (EPI); (4) falha de procedimento; (5) falta de planejamento da atividade, que considerasse todos os riscos envolvidos; (6) projeto não intrinsecamente seguro; e (7) capacitação ausente ou ineficiente.
Já as causas raiz encontradas foram: (1) falha na cultura de segurança da empresa; (2) falha do Sistema de Gestão no gerenciamento de procedimentos operacionais; (3) gestão da segurança nos projetos insuficiente (o ambiente de trabalho não foi projetado ou modernizado para estar em acordo com as melhores práticas da indústria); (4) riscos da tarefa não analisados adequadamente; (5) falta de ferramentas de monitoramento da segurança operacional; e (6) gestão do treinamento de pessoal falha, uma vez que a vítima não possuía os treinamentos adequados, inclusive o que se refere a trabalho em altura.
Com o objetivo de evitar a ocorrência de incidentes semelhantes, a ANP elaborou recomendações que
devem ser seguidas não só pela Nova Petróleo, mas por todos os operadores dos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural:
- Rever os equipamentos de segurança em altura de forma que o trabalhador tenha ao menos duas barreiras de segurança e que seja apropriado ao perfil da atividade que está sendo realizada;
- Desenvolver ou adotar ferramentas que permitam a elaboração, documentação, execução, controle e revisão de procedimentos operacionais;
- Promover a adequada análise de riscos e gestão de mudanças na instalação, com frequência de reavaliação dos riscos bem definida;
- Planejar, analisar e documentar os riscos da tarefa de forma que a força de trabalho tenha melhor percepção dos riscos associados;
- Realizar inspeções e auditorias de segurança tanto das instalações quanto das atividades realizadas e comportamentos praticados pela força de trabalho, periodicamente;
- Desenvolver matriz de treinamento e respectivos treinamentos de forma que garantam a capacitação adequada da força de trabalho.
A partir da aprovação do relatório de investigação do incidente, terá início o processo administrativo que determinará as sanções a serem aplicadas pela ANP à empresa.
SindipetroBahia
NTS lança o ConnectGas, ferramenta para perfis múltiplos
O sistema de transporte de gás natural no Brasil ganha um novo modelo operacional e comercial integrado, agregando desde a nominação, programação, alocação e faturamento, e pensado para ser o mais simples e objetivo possível para o carregador. A NTS apresenta ao mercado o ConnectGas. Pioneira, a ferramenta traz facilidades para perfis múltiplos de clientes, já de acordo com as novas modalidades contratuais (curto prazo, firme, interruptível) e os modelos de aquisição do serviço que podem ser entrada, saída ou ambos, adotados a partir de 2025.
Com o ConnectGas, a NTS traz maior integração entre as etapas do processo de contratação de transporte de gás. Para os clientes, facilita suas nominações (registro dos pontos de entrada e saída), além de consultas destas ações de forma individualizada. A companhia focou na otimização de tempo para diversas consultas, sempre prezando pela transparência e agilidade na prestação do serviço. Para os novos contratantes, o sistema facilita as primeiras nominações dos carregadores por apresentar uma interface intuitiva e amigável. Foram criados, pela NTS, dashboards para monitoramento e análise dos volumes e valores faturados, com memórias de cálculo referentes às cobranças. Por eles, há geração de gráficos segmentados ponto a ponto ou totalizados. Há, também, possibilidade de visualização de gráficos de balanceamento online.
“É um modelo que colocaremos em funcionamento em janeiro de 2025, visando o novo ciclo tarifário. Será um momento inédito do mercado, para o qual queremos levar mais praticidade e flexibilidade, para o carregador nominar suas entradas e saídas. Pesquisamos e criamos um sistema capaz de entregar ao cliente não apenas os valores de pagamento, mas também tudo que será cobrado em termos de tarifas, volumes e impostos. Estamos nos preparando para a chegada de novos clientes na contratação de transporte de gás e queremos que eles consigam visualizar todas as suas atividades em nossa malha de todo o Sudeste” explica o diretor Comercial da NTS, Hélder Ferraz.
Sobre o ConnectGas, Hélder Ferraz também destaca o escopo envolvido no projeto. “Foram mais de 19 meses de estudo, 30 profissionais de três diretorias atuando, em mais de 60 mil horas de planejamento e testes. Como uma empresa de classe mundial, consideramos mais uma vez um serviço de excelência para contribuir com o desenvolvimento do mercado, a Nova Lei do Gás e o horizonte de possibilidades para novos negócios do Pré-sal”, finaliza o executivo.
Número de blocos sob contrato na fase de exploração cresce 70%
Com a assinatura da maioria dos contratos associados ao 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, a fase de exploração passa a contabilizar 426 blocos sob contrato.
A assinatura de 177 contratos até o final de agosto de 2024 representa um aumento de 70% no número de blocos em relação a maio de 2024, mês anterior ao início da assinatura dos contratos, quando havia 251 blocos sob contrato. Desde a implantação da ANP ocorrida no ano de 1998, esse é o maior número de áreas na fase de exploração.
A assinatura dos contratos associados ao 4º Ciclo da Oferta Permanente concede amplo destaque à bacia terrestre Potiguar, que passa a contabilizar 151 blocos sob contrato. Outro ponto positivo são os 41 contratos assinados na bacia de Pelotas. Nesse caso, a bacia de Pelotas passa a ser a bacia marítima com o maior número de blocos sob contrato, todos resultantes do 4º Ciclo da Oferta Permanente.
A previsão de R$ 18,3 bilhões de investimentos para a fase de exploração até o ano de 2027 será incrementada considerando as campanhas exploratórias associadas aos novos contratos.
O cenário reforça a importância da continuidade das ofertas de áreas no regime de concessão e o impacto significativo das atividades reguladas pela ANP na economia país. Por outro lado, reflete-se na ampliação dos desafios relacionados ao acompanhamento e à fiscalização das atividades previstas nos planos de trabalho associados aos contratos de exploração e produção (E&P) na fase de exploração.
Mas informações sobre a fase de exploração podem ser obtidas no:
PAINEL DINÂMICO DA FASE DE EXPLORAÇÃO
Setor privado é fundamental na construção na dimensão social da transição energética
Em painel do Diálogo G20, em Brasília, a coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) Transições Energéticas no G20 e assessora especial do ministro de Minas e Energia, Mariana Espécie, abordou a responsabilidade do setor privado para uma transição energética centrada em pessoas. O debate destacou um dos três temas apresentados pelo Ministério de Minas e Energia no GT, sob a liderança do Brasil: a Dimensão Social da Transição Energética.
De acordo com Mariana, o Brasil vem trabalhando junto com os países do G20 uma série de construções no sentido de estabelecer um conjunto de 10 princípios voluntários para uma transição energética justa, inclusiva e equilibrada, um pedido especial do ministro Alexandre Silveira. Na visão do ministro, colocar as pessoas no centro deste processo de tomada de decisão é essencial para se avançar no tema e não será possível fazer isso sem ter o engajamento do setor privado.
“O que o Brasil traz para o mundo e, em especial, para os países no G20, é que a transição energética precisa ser justa e inclusiva e que as políticas
relacionadas à transição energética e as decisões de investimento do setor privado têm que ser feitas no sentido de não deixar ninguém para trás”, afirmou Mariana durante o painel.
Durante o evento, foi apresentada a diversidade de oportunidades que o Brasil criou e o que o país tem a tendência de ampliar e intensificar. “Dada as características da nossa matriz energética e elétrica e esse novo contexto da transição energética, com novos energéticos surgindo e a própria mineração, temos uma série de questões que a gente considera importante debater com o setor privado para desenvolver essas novas fronteiras de tecnologias”, finalizou Mariana.
Entre os debatedores estiveram presente o diretor de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da Engie, Gil Maranhão, o diretor de novos negócios da ABEEólica, Marcello Cabral, a diretora-executiva da ÚNICA, Patrícia Audi, e a diretor de Energia e Descarbonização/Vale, Ludmila Nascimento.
@Divulgação/Raphael Gallo
Eneva sedia evento sobre segurança operacional
A Eneva, operadora privada de gás natural e empresa integrada de energia, sediou evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), que reuniu representantes da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, operadores independentes e especialistas do setor.
O encontro teve como foco a segurança operacional, com a ANP explanando conceitos fundamentais e esclarecendo notas técnicas emitidas pela agência. O presidente da ABPIP, Márcio Félix, abriu o evento destacando a relevância da cultura de segurança e a importância da proximidade entre o órgão regulador e os entes regulados.
“Trata-se de uma agenda relevante para a agência e os agentes de mercado, priorizando a segurança nos empreendimentos e o cumprimento das normas”, enfatizou Félix.
O diretor-executivo de Relações Externas e Comunicação da Eneva, Aurélio Amaral, reforçou essa visão, agradecendo a presença dos participantes.
“Para nós, é uma satisfação receber a Agência em nossa sede, assim como os demais convidados que atuam no setor de óleo e gás”, ressaltou.
Para o superintendente de Segurança Operacional da ANP, Luiz Bispo, a oportunidade de aproximação com os operadores é fundamental para priorizar a segurança nos empreendimentos de óleo e gás do país.
“Nosso objetivo é garantir os maiores níveis de segurança nas operações e instalações em ativos”, acrescentou.
Alberto Rodamilans, coordenador de Produção Onshore da ANP, e Elson Correia, coordenadorgeral de Incidentes e Avaliação de Desempenho da ANP, compartilharam lições aprendidas em fiscalizações recentes e orientaram os operadores sobre como evitar interdições. E os consultores Mayra Aquino e Stuart Girling aprofundaram temas relacionados à integridade de poços. O evento também contou com uma sessão de perguntas e respostas, proporcionando um espaço valioso para o intercâmbio de conhecimento.
Reprodução
Wintershall Dea transfere ativos para a Harbour Energy
A partir de 3 de setembro de 2024, Wintershall Dea transferiu seu negócio de exploração e produção (E&P), excluindo as atividades relacionadas com Rússia, para a Harbour Energy plc. Esta transação inclui ativos de produção e desenvolvimento, assim como os direitos de exploração na Noruega, Argentina, Alemanha, México, Argélia, Líbia (excluindo Wintershall AG), Egito e Dinamarca (excluindo Raven). Também foram transferidas as licenças de armazenamento de carbono (CCS) de Wintershall Dea. A Harbour financiou essa aquisição com emissão de ações em valor aproximado de US$ 4,15 bilhões, a transferência de aproximadamente US$ 4,9 bilhões de títulos em euros e uma contraprestação em dinheiro de US$ 2,15 bilhões.
Após a concretização do negócio, a Wintershall Dea conservará participações em algumas empresas conjuntas, incluindo sua participação em ativos na Rússia, Líbia (51% na Wintershall AG), Países Baixos (50% na Wintershall Noordzee BV) e sua participação na Nord Stream AG (15,5%). A empresa que havia anunciado a retirada das atividades na Rússia, em janeiro de 2023, está focada agora nas reclamações relacionadas com as expropriações de ativos russos, a venda dos ativos restantes, a reestruturação organizacional e o fechamento de suas unidades em Kassel e Hamburgo.
A Harbour então deu as boas-vindas a dois novos diretores não executivos, Dr. Hans-Ulrich Engel, exvice-CEO, CFO e Chief Digital Officer (CDO) da Basf, e Dr. Dirk Elvermann, CFO e CDO da Basf, ao seu conselho de diretores como indicados pela Basf, o maior acionista da Harbour. Além disso, o Dr. Engel se juntará ao Health, Safety, Environment and Security Committee da Harbour e o Dr. Elvermann se juntará ao Nomination Committee da Harbour.
“Estamos extremamente orgulhosos de ter concluído a aquisição da Wintershall Dea. Ela marca nossa quarta e mais transformadora aquisição desde nossa fundação, em 2014, e é outro grande passo à frente, à medida que continuamos a construir uma grande empresa global independente de petróleo e gás focada na produção segura e responsável do petróleo e gás que o mundo ainda precisa. Gostaria de agradecer a todos os envolvidos pelos seus tremendos esforços na conclusão da Aquisição e dar as boasvindas aos novos colegas da Wintershall Dea para Harbour. Estamos ansiosos para continuar a concretizar o potencial da nossa empresa para todos os nossos stakeholders,” comentou Linda Z Cook, CEO of Harbour Energy.
Divulgação
CSN assinam com Petrobras para fornecimento de gás natural no ambiente livre no RJ
A Petrobras e a CSN - Companhia Siderúrgica Nacional assinaram contrato para o fornecimento de gás natural para atendimento à unidade da CSN localizada no Rio de Janeiro (RJ). A migração da siderúrgica para o ambiente livre tem a Petrobras como a principal supridora dentre um pool de fornecedores. A nova parceria no mercado de gás natural tem foco no relacionamento de longo prazo e no desenvolvimento de outras oportunidades atreladas às agendas de descarbonização das empresas. Só no segundo trimestre deste ano a Petrobras celebrou e aditou contratos de fornecimento de gás natural, na modalidade de consumidor livre, com volume aproximado de 940mil m³/d.
“A Petrobras e a CSN estabelecem seu primeiro relacionamento comercial no mercado livre de gás natural, apostando no desenvolvimento de soluções para a viabilização de um ambiente de comercialização aberto, competitivo, transparente, sustentável e cada vez mais desenvolvido no país, e servindo como um passo para avaliação conjunta de novas soluções em descarbonização e transição energética”, disse o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.”
Agora, a Petrobras e a CSN buscarão desenvolver otimizações para fins de utilização do consumo de gás natural em outros processos, aderente à agenda de transição energética das companhias. O contrato com a Petrobras ocorre no contexto da migração da Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ), para o mercado livre de gás natural.
“Com este movimento, a CSN passa a ser o maior consumidor industrial brasileiro de gás natural a operar no mercado livre, contratando não apenas a molécula, mas também o transporte de saída, seguindo sua estratégia de operação ativa no setor de gás natural como caminho para redução de custo e criação de valor à Companhia”, afirma Rogério Pizeta, Diretor de Energia da CSN.
Divulgadas empresas de energia participantes da primeira edição do NAVE ANP
As oito empresas de energia participantes da primeira edição do NAVE – Programa ANP de Empreendedorismo são: Petrogal Brasil, TotalEnergies, China National Petroleum Corporation (CNPC), Shell, ExxonMobil, Equinor, Repsol Sinopec e Petrobras. Elas serão responsáveis pela aplicação dos recursos necessários ao desenvolvimento do programa, que consiste na execução de projetos de inovação, por startups, a fim de solucionar desafios tecnológicos comuns do setor de energia.
Para a primeira edição do Programa, cada empresa participante aportará o volume financeiro global de R$ 3,5 milhões.
Os desafios tecnológicos a serem abordados pelas startups estão sendo definidos conjuntamente pela ANP e pelas empresas participantes com base em cinco macrotemas. Os desafios constarão do edital do programa, que será divulgado em breve, com as regras para que as startups interessadas possam se inscrever, se candidatando a participar do NAVE.
Os recursos aplicados pelas empresas são os previstos na cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) existente nos contratos para exploração e produção de petróleo e/ou gás natural no Brasil. A cláusula prevê a aplicação, em PD&I, de percentual da receita bruta de campos com grande produção de petróleo e/ou gás natural, segundo condições específicas de cada modalidade de contrato.
Com o lançamento do NAVE, as empresas de energia podem destinar os recursos previstos na cláusula de PD&I a esse programa, assim como a projetos de PD&I desenvolvidos no Brasil com temas por elas definidos e ao Programa de Recursos Humanos da ANP (PRH-ANP).
O NAVE está previsto na Resolução ANP nº 918/2023 e sua primeira edição tem a Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) como entidade gestora administrativa e financeira, a partir de acordo de cooperação firmado com a ANP.
Os macrotemas da primeira edição do programa são:
Tecnologias para exploração, produção, refino e descomissionamento
- Soluções tecnológicas para o aumento da eficiência operacional, a otimização de custos
Tecnologias para segurança energética, armazenamento de energia e fontes alternativas
- Soluções tecnológicas para o desenvolvimento de novos combustíveis low carbon, tecnologias híbridas e aumento na eficiência energética
Tecnologias em transformação digital
- Soluções tecnológicas com uso da indústria 4.0, Blockchain, IoT e IA para aumento de eficiência de processos
Tecnologias de impacto ESG na geração de energia e produção de combustíveis
- Soluções tecnológicas de impacto ambiental, social e governança
Tecnologias para confiabilidade de sistemas, segurança operacional e proteção ambiental
- Soluções tecnológicas para a segurança operacional, proteção da vida humana e do meio ambiente
O NAVE conta com um Comitê Gestor, que consiste em grupo de apoio técnico, formado por especialistas que opinarão sobre a qualidade técnica das propostas apresentadas pelas startups. Integram o Comitê representantes da entidade gestora (Fundep) e de cada uma das empresas de energia participantes. A ANP exercerá o papel de consultora, integrando as reuniões e demais atividades do Comitê.
Acompanhe as próximas etapas do NAVE pelas redes sociais da ANP e pelo site da Agência:
CLIQUE AQUI
Pesquisadores da Unicamp analisam a injeção alternada de CO2 e água salgada em rochas
do pré-sal
Técnica realizada por empresas do setor de petróleo visa recuperar o óleo armazenado no fundo das rochas e contribui também para o sequestro e armazenamento de CO2. Grupo de pesquisadores da área de Geologia procura desenvolver protocolos ideais para a aplicação da estratégia.
Pesquisadores do Laboratório de Geoquímica Experimental (LAGEX), do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, iniciaram estudos que visam analisar como rochas do pré-sal brasileiro e de bacias similares se comportam com a injeção alternada de gás carbônico (CO2) e água salgada. Trata-se de uma técnica amplamente utilizada pela indústria petrolífera para recuperar o óleo que fica armazenado nos poros das rochas dos reservatórios, mas que precisava ser estudada de forma mais aprofundada.
“É uma estratégia que potencializa as extrações, pois sem ela torna-se difícil recuperar acima de 30% do óleo existente nas rochas. As injeções são utilizadas na indústria petrolífera no sentido de manter a pressão do reservatório e deslocar o óleo em direção aos poços, uma forma de facilitar a extração”, explica o investigador principal do projeto, o engenheiro geólogo Ricardo Perobelli Borba, professor do IG.
Cepetro/Divulgação
Além de recuperar o petróleo, essa técnica também contribui para o sequestro de carbono, uma vez que o CO2 inserido reage com os minerais das rochas e se mineraliza, ficando armazenado nelas na forma de carbonatos. É um processo já conhecido, mas que precisa ser mais bem investigado para saber, por exemplo, o potencial de sequestro do carbono de rochas com diferentes composições minerais. Para alcançar esses dois objetivos, os pesquisadores buscam desenvolver protocolos ideais para diversas técnicas que são aplicadas na injeção alternada.
“Apesar de ser uma técnica bastante utilizada, a avaliação das propriedades das rochas e dos fluidos ainda é um aspecto a ser explorado. Por isso, vamos analisar diversos fatores como porosidade e permeabilidade, formação, dissolução e precipitação de carbonatos e outros minerais, e fatores relacionados aos reservatórios, como vazão injetada e volume de poro, além da composição dos fluidos injetados”, afirma Borba, que divide o papel de investigador principal com Alfredo Borges de Campos, geólogo e também professor do IG.
A partir dessas informações, os pesquisadores irão desenvolver um modelo computacional para interpretar, simular e prever os efeitos com injeção alternada no curto e longo prazo. “Dessa forma, também poderemos obter soluções para diversos problemas operacionais da indústria, como a integridade de reservatórios e a preservação de equipamentos, poços e tubulações — que são danificados principalmente pela precipitação de carbonatos e asfaltenos”, complementa. O projeto, financiado pela Petronas Petróleo Brasil Ltda. (PPBL) e realizado no âmbito do Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro), está programado para ser concluído até o final de 2026. Nos últimos dois anos, foram feitos investimentos significativos para a estruturação do parque experimental e analítico do Lagex com a tecnologia necessária para realizar os estudos.
“A Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) desempenha um papel crucial na estratégia da Petronas para alcançar emissões líquidas zero de carbono até 2050. Esta técnica inovadora tem sido amplamente empregada no setor de petróleo e gás. A CCS é uma ferramenta para reduzir o CO2, capturando e armazenando-o, oferecendo benefícios potenciais para a recuperação de hidrocarbonetos de reservatórios do pré-sal e fornecendo soluções energéticas mais limpas para combater as mudanças climáticas. A CCS pode trazer benefícios significativos para o meio ambiente e contribuir para um futuro energético mais sustentável”, explica Suhana Sidik, Head da Petronas no Brasil.
“O laboratório é dividido em duas partes, a parte de injeção, onde iremos inserir o CO2 e a água salgada em diversas configurações nas amostras de rochas, e a parte analítica, onde essas amostras passarão por diversos métodos de análise para a compreensão do impacto das injeções, o que inclui o desenvolvimento de simulações computacionais”, explica Borba. Para os experimentos, os pesquisadores coletaram rochas análogas às do pré-sal no nordeste brasileiro. Também solicitaram à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis amostras de rochas do próprio pré-sal, para efeito de comparação. “Vamos trabalhar com diversos tipos de rochas, no intuito de sermos mais assertivos o possível em nossos protocolos e modelos computacionais”.
2ª Edição - Indústria do Rio no Mercado Livre de Gás
As novas diretrizes para a comercialização de gás natural estão em processo de consolidação.
Com o intuito de apoiar a indústria fluminense diante dessas mudanças, a Firjan - Federação das Indústrias do Rio de Janeiro promoveu a segunda edição do encontro com transportadoras de gás natural com o principal objetivo de capacitar os Associados, oferecendo uma compreensão aprofundada das dinâmicas e desafios desse novo cenário.
A Firjan promoveu o evento desta vez com foco em transporte de gás, mais focado nas diretrizes e oportunidades para a comercialização do gás natural.
O Rio de Janeiro é o principal produtor e segundo maior mercado consumidor de gás natural no Brasil, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento desse setor estratégico. Com um mercado em expansão e grandes desafios regulatórios e operacionais pela frente, o workshop foi um espaço para a discussão de temas essenciais
para a competitividade e inovação na indústria.
Durante o evento, especialistas, empresários e representantes do poder público estarão presentes para compartilhar suas visões e experiências, promovendo um ambiente de troca de conhecimento e networking.
@Divulgação/PaulaJohas
“O momento é propício para aprofundarmos o diálogo e explorarmos novas ideias que possam impulsionar o crescimento do gás natural no Rio de Janeiro. O sucesso do mercado livre depende de uma evolução contínua, com regulamentações que realmente incentivem a competição justa e deem espaço à inovação. Precisamos de um ambiente onde a transparência, a previsibilidade e a simplificação regulatória sejam as bases para a construção de um mercado dinâmico e competitivo”, destacou Luiz Césio Caetano, 1º vice-presidente e presidente eleito da Firjan.
Segundo Marcelo Weidt, diretor do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, das 17 empresas consumidoras no mercado livre de gás, duas estão no Rio: CSN e Gerdau.
“Estamos finalizando a instituição do Comitê de Gás Natural, um espaço de diálogo com a participação dos órgãos envolvidos, para buscar soluções aos desafios identificados e manifestados pelo mercado. Um deles é o licenciamento ambiental. Um novo projeto é a harmonização regulatória, essencial para reduzir o custo das empresas. Estamos com consulta aberta e vamos apresentar um pacto pela harmonização”, diz o executivo.
Já a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está analisando a regulação de cinco itens voltados para o mercado de gás natural.
“Um dos estudos é a inclusão do hidrogênio na rede de transporte de gás. Com a nova Lei do Gás (nº 14.134/2021), a ANP está com a agenda muito extensa e novas atribuições regulatórias. Já podemos ver o crescimento do mercado. Os contratos de transporte de gás natural assinados por ano passaram de 56 em 2021 para 289 até julho de 2024. Já os de comercialização cresceram 6,35 vezes em três anos”, explicou Thiago Campos, assessor da diretoria da ANP.
No Rio de Janeiro, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado (Agenersa) vem avançando nas regulações e está com consulta pública aberta para a minuta do CUSD (contrato entre usuários livres e a concessionária estadual de gás canalizado pelo uso da rede) para as térmicas.
“Esses é nosso próximo desafio, para que as térmicas participem do leilão no fim do ano. Já temos hoje duas grandes indústrias atuando no mercado de gás no Rio. Há diversos interessados em aderir e buscamos identificar os esforços necessários para fornecer condições mais competitivas para a indústria do nosso estado”, afirmou Vladimir Paschoal, conselheiro da Agenersa.
Patrocinaram o encontro Galp Brasil, NTS, Shell Energy, Silveira Ribeiro Advogados, TBG e Voqen. Além disso o Indústria do Rio no Mercado Livre, conta como patrocinadores do projeto: América Energia, Infis Consultoria e MGas.
Dois terços das emissões globais de metano vêm da atividade humana
O Global Methane Budget 2024 destacou que as emissões de metano provenientes de atividades humanas aumentaram em 20% nas últimas duas décadas. Uma equipe de pesquisadores buscou, baseada em uma abordagem de dados abertos e ciência aberta, disponibilizar indicadores climáticos globais confiáveis atualizados anualmente no domínio público ( https://doi.org/10.5281/zenodo.11388387 , Smith et al., 2024a). Como são rastreáveis aos métodos de relatório do IPCC, ajudam a transmitir uma compreensão mais ampla do sistema climático e sua direção.
‘Os indicadores mostram que, para a média da década de 2014-2023, o aquecimento observado foi de 1,19 [1,06 a 1,30] °C, dos quais 1,19 [1,0 a 1,4] °C foi induzido pelo homem. Para a média de um único ano, o aquecimento induzido pelo homem atingiu 1,31 [1,1 a 1,7] °C em 2023 em relação a 1850-1900. A melhor estimativa está abaixo do registro de aquecimento observado em 2023 de 1,43 [1,32 a 1,53] °C, indicando uma contribuição substancial da variabilidade interna no registro de 2023. O aquecimento induzido pelo homem tem aumentado a uma taxa sem precedentes no registro instrumental, atingindo 0,26 [0,2-0,4] °C por década ao longo de 2014-2023. Essa alta taxa de aquecimento é causada por uma combinação de emissões líquidas de gases de efeito estufa em uma alta persistente de 53±5,4 Gt CO 2 e ano −1 na última década, bem como reduções na força do resfriamento por aerossol. Apesar disso, há evidências de que a taxa de aumento nas emissões de CO 2 na última década diminuiu em comparação com a década de 2000 e, dependendo das escolhas sociais, uma série contínua dessas atualizações anuais na década crítica de 2020 poderia rastrear uma mudança de direção para alguns dos indicadores.’
O metano é um dos três principais gases de efeito estufa que contribuem para a mudança climática e ele dura na atmosfera por apenas algumas décadas –menos do que seus equivalentes, dióxido de carbono e óxido nitroso; mas o metano tem o maior potencial de aquecimento global de curto prazo, pois retém mais calor na atmosfera.
O Global Methane Budget é produzido por parceiros de pesquisa internacionais, como parte do Global Carbon Project. Ele cobre 17 fontes naturais e antropogênicas (induzidas pelo homem) e mostra que o metano aumentou em 61 milhões de toneladas métricas por ano.
Pelo levantamento, vê-se maiores taxas de crescimento para o metano nos últimos três anos, de 2020 a 2022, com um recorde em 2021- isso significa que as concentrações de metano na atmosfera são 2,6 vezes maiores do que seus níveis pré-industriais (1750) e que as atividades humanas são responsáveis por pelo menos dois terços das emissões globais de metano, adicionando cerca de 0,5°C ao aquecimento global ocorrido até o momento.
O relatório aponta que a agricultura contribui com 40% das emissões globais de metano de atividades humanas; o setor de combustíveis fósseis 34 %, resíduos sólidos e águas residuais 19% e queima de biomassa e biocombustível 7%.
Existem compromissos internacionais significativos para reduzir as emissões de metano, incluindo o Global Methane Pledge, assinado por 150 países, que visa uma redução de 30% até 2030.
Os objetivos desta promessa agora “parecem tão distantes quanto um oásis no deserto”, de acordo com o cientista da Universidade de Stanford, Rob Jackson, presidente do Global Carbon Project. O crescimento nas emissões que eles observaram segue os cenários de gases de efeito estufa mais pessimistas do IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Isso pode significar um aumento da temperatura global de mais de 3°C acima dos tempos pré-industriais até o final do século.
86% das empresas brasileiras esperam obter financiamento sustentável
Uma pesquisa da Amcham Brasil aponta que 86% das empresas brasileiras projetam um aumento na busca por financiamento sustentável nos próximos dois anos. O estudo, que teve a participação de 120 empresas, também prevê um aumento de 190% nos investimentos em projetos sustentáveis, alcançando a cifra de R$ 20,4 bilhões.
“A transição para uma economia sustentável exige que as empresas e as instituições financeiras estejam preparadas para mobilizar recursos com agilidade e baixo custo, de forma a impulsionar projetos com impacto ambiental positivo. O financiamento sustentável estará no cerne das discussões da COP 29, que ocorrerá este ano no Azerbaijão, e nossa pesquisa sugere que o setor privado brasileiro está se movendo nessa direção,” afirmou Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil.
A pesquisa revelou que 57,9% das empresas ainda não utilizam linhas de financiamento voltadas à sustentabilidade. Entre as empresas que já fazem uso dessas linhas, a maior parte é de grande porte –sendo que 63,8% indicaram fazer uso de linhas para financiar projetos sustentáveis. O setor industrial lidera a utilização (45,5%), seguido pelo agronegócio (37,5%) e pelo setor de serviços (26,8%).
A maior parte das empresas que implementam projetos de sustentabilidade ainda depende de recursos próprios (28,2%), seguido por financiamentos de bancos e instituições financeiras privadas (23,1%) e títulos de dívida (20,5%). Apenas 15,4% utilizam recursos de bancos públicos, o que revela uma oportunidade para maior utilização dessas linhas no futuro.
Apesar do uso ainda restrito, a pesquisa indica que 86% das empresas projetam aumento ou aumento elevado na busca por financiamento sustentável nos próximos dois anos. Apenas 6,9% das empresas acreditam que a demanda permanecerá estável e 3,4% preveem uma redução.
As atividades para as quais há maior busca de financiamento para projetos sustentáveis são os
de energia (21,4%), indústria (20%), tratamento de resíduos (15,7%) e agricultura e florestas (14,3%). Para medir o impacto ambiental dos projetos, as principais métricas utilizadas são a redução de emissões (41,9%), a redução no consumo de energia (22,6%) e a compensação de emissões (16,1%).
Entre as linhas de financiamento mais conhecidas e utilizadas estão o BNDES Finem – Meio Ambiente e o FINEP – Inova Sustentabilidade. As empresas também indicam que essas são aquelas linhas que mais pretendem utilizar, com 21,6% e 20,3% respectivamente.
Apesar das perspectivas positivas, a pesquisa identificou alguns gargalos que ainda dificultam a expansão do financiamento sustentável no Brasil. Os principais obstáculos apontados pelas empresas incluem processos burocráticos (26,3%), dificuldade em oferecer garantias (19,3%), desconhecimento sobre as linhas disponíveis (14%) e custos elevados (12,3%).
A pesquisa foi realizada com 120 empresas entre os dias 22 de julho e 9 de agosto de 2024, sendo 65% de grandes e médias empresas e 69% dos setores industriais e serviços.
VEJA O ESTUDO COMPLETO
Caminhos para a Transição Energética
A AYA Earth Partners, ecossistema dedicado a acelerar a economia regenerativa e de baixo carbono do Brasil, realizou o evento “Caminhos para a Transição Energética”, no AYA Hub, com a presença de autoridades como a Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática (BNDES) Luciana Costa, representantes da Volkswagen, ABBéolica e GranBIO que discutiram temas de grande repercussão na agenda da transição energética. O evento também contemplou uma agenda fechada, exclusiva, para falar sobre biocombustíveis e eletrificação da frota, minerais criticos e hidrogênio verde. Entre os participantes estava o ex-ministro da fazenda Joaquim Levy, atualmente presidente do Conselho Consultivo da divisão brasileira GFANZ e Christian Doetsch, Head of Institute Fraunhofer UMSICHT.
As discussões passaram pelo potencial do Brasil no estabelecimento de indústrias especializadas na manipulação de materiais críticos, SAF, arcabouço regulatório verde, produção de biocombustíveis, bem como a produção de conhecimento sobre o setor energético.
“Precisamos nos ater aos dados. A demanda global de energia só tende a crescer: o cenário net-zero prevê o aumento de energia renováveis usadas para a geração de eletricidade de 25% para 81% até 2050,” declarou a cofundadora da AYA Earth Partners, Patricia Ellen, durante o painel sobre o Brasil como destino de investimento de energia.
“A adoção de tecnologias de transição energética está avançando mais rápido do que se esperava – especialmente a energia solar, as baterias e os veículos elétricos. O Brasil se encontra em posição de destaque para atender essa demanda global, mas a nossa energia ainda é a mais cara do mundo,” completa.
O potencial do Brasil seguiu no centro da discussão durante a apresentação da Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática (BNDES) Luciana Costa
“O Brasil é uma democracia estabelecida que dialoga com países do Sul e Norte Global, não tem guerra com ninguém, é conhecido por ser diplomático, então possui vantagens geopolíticas, regulatórias e econômicas incomparáveis. Somos capazes de garantir a nossa segurança alimentar e fornecer segurança alimentar para o mundo, mas entramos atrasados nessa discussão e precisamos avançar com o arcabouço regulatório verde,” afirmou.
O CEO da AYA Earth Partners, Eduardo Aranibar, pontuou as vantagens do Brasil em relação a matriz energética. “A era do combustível fóssil está chegando ao fim. Todas as projeções que conhecemos apontam que não existe cenário futuro que sustente uma economia baseada nesse tipo de geração de energia,” comentou o executivo durante a abertura. “O Brasil
@AYA EarthPartners
@AYA EarthPartners
tem uma grande vantagem para ser um dos líderes nesse desafio, por ser o único país com tamanho continental com matriz elétrica limpa.”
A sócia da Deloitte, Maria Emilia Peres, também comentou o potencial do Brasil, alertando para a necessidade de estudos que viabilizem os negócios nesse mercado. “Sempre que falarmos de transição energética, é preciso pensar em perenidade e inovação,” comentou. “As oportunidades no Brasil em minerais críticos é imensa, mas temos escassez de dados robustos e bem estruturados para investir nisso.”
Durante o painel sobre o futuro da energia no Brasil, Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, trouxe insights sobre o desenvolvimento do mercado de energia solar. “Somos uma superpotência em energia solar no mundo. Quando comecei, nossa matriz elétrica solar fotovoltaica era de 0,1%, ninguém falava do Brasil. Já no ano passado chegamos ao posto de terceiro maior mercado do planeta. Isso só foi possível graças ao desenvolvimento de boas políticas públicas, que foram imprescindíveis para que pudéssemos
avançar nessa tecnologia.” Já Elbia Gannoum, CEO da ABEEólica, complementou: “Nós temos que ter um olhar industrial, sermos mais ambiciosos e atrair mais fábricas com cadeias de produção para o Brasil, além, é claro, de construir nossas próprias.” O painel contou também com a presença do CEO da Comerc Andre Dorf e a conselheira ABGD & Partner da Lemon Energia Ana Himmelstein. Quem moderou o encontro foi o sócio da CBIE Adriano Pires.
Em outro painel, os participantes trouxeram perspectivas para a mobilidade urbana, com foco em biocombustíveis e eletrificação de frota. “Quando você olha o crescimento de veículos elétricos no Brasil, pode parecer tímido perto dos Estados Unidos e China. O investimento na expansão da recarga depende de volume da demanda. Precisamos ter previsão de demanda,” comentou o CEO You. ON André Vitti. Já o Gerente Way to 0 Center da Volkswagen Roger Guilherme pontuou a importância de monitorar as emissões de carbono para chegar à meta de neutralidade até 2050. “Não adianta propor nada sem números. Nós monitoramos nossa emissão de carbono com um índice de carbonização desde a produção da matéria-prima até o descarte o veículo.” O painel também contou com a presença do CEO da GranBIO Bernardo Gradin e a moderação da diretora de programas do ITDP Ana Nassar.
O evento, que teve patrocínio da Deloitte e Lemon Energia, com apoio da Monai, reuniu profissionais de diversos setores de energia, como executivos, empresários e investidores interessados em oportunidades econômicas sustentáveis, autoridades e autarquias no setor de desenvolvimento econômico e especialistas e pesquisadores em transição energética.
VEJA O EVENTO NA ÍNTEGRA
Vale Ventures investe na Mantel, que tem captura de carbono de fontes industriais a baixo custo
Vale Ventures, iniciativa de Corporate Venture Capital da Vale, anunciou um investimento na startup Mantel, que tem sede em Boston (EUA) e é proprietária de uma tecnologia inovadora de captura de carbono. O objetivo é acompanhar de perto e apoiar o desenvolvimento da startup, cuja tecnologia tem potencial de contribuir para a descarbonização da indústria pesada, incluindo os setores de mineração e siderurgia.
O investimento em uma fatia minoritária foi realizada na Série A da start-up, que alcançou um valor total de US$ 30 milhões. Foi o terceiro investimento já anunciado pelo Vale Ventures, que em 2022 comprometeu um capital de US$ 100 milhões para ser investido no desenvolvimento de soluções disruptivas para a cadeia de mineração e metais.
Fundada em 2022 no Departamento de Engenharia Química do Massachussets Institute of Technology (MIT), a Mantel utilizará o financiamento captado para implementar uma planta de demonstração com capacidade de capturar 1.800 toneladas de CO2 por ano, preparando o caminho para a implantação comercial em grande escala dos sistemas de captura de carbono de alta temperatura. Em laboratório, a tecnologia da empresa já demonstrou ser possível realizar a captura de carbono de 0,5 tonelada por dia.
A tecnologia de captura de carbono da Mantel, quando estiver disponível, pode viabilizar a produção de ferro e aço com zero emissão, mesmo com o uso de gás natural como fonte energética na rota de redução direta”, explica Bruno Arcadier, head do Vale Ventures. “É mais uma opção que se apresenta para a descarbonização da cadeia de mineração e metais”.
A captura de carbono envolve a coleta de CO2 produzido por grandes fontes, como usinas siderúrgicas, instalações de energia e refinarias, entre outras. O CO2 capturado é comprimido, transportado e usado para diversas aplicações ou armazenado no subsolo, evitando sua liberação na atmosfera.
A Mantel utiliza boratos fundidos, materiais de captura de carbono em fase líquida a altas temperaturas, para capturar CO2 na fonte de emissão, reduzindo os custos da captura em mais da metade em comparação com as tecnologias convencionais baseadas em amina, o que ajuda a tornar economicamente viável a instalação da tecnologia. À medida que mais equipamentos de captura de carbono forem instalados, espera-se mais investimentos em infraestrutura sejam gerados, reduzindo ainda mais os custos de captura, transporte e armazenamento de carbono.
O Vale Ventures comprometeu US$ 100 milhões em capital para investimentos em startups de tecnologia pioneiras em todo o mundo e, além da Mantel, já anunciou a aquisição de participações na Boston Metal, startup que desenvolve soluções para a descarbonização da produção de aço, e na Allonnia, de biologia transformacional. Também está adquirindo participações minoritárias em startups focadas em quatro temas relacionados à mineração sustentável: descarbonização na cadeia de valor da mineração, mineração circular, mineração sustentável do futuro e metais de transição energética.
@Divulgação
Foresea conquista Selo Prata no GHG Protocol
A Foresea conquistou o Selo Prata no Programa Brasileiro GHG Protocol, com apenas um ano de atividades, pela publicação do seu primeiro inventário completo de Emissões de Gases de Efeito Estufa, referente a 2023 - o GHG Protocol é referência mundial na verificação e qualificação de organizações na emissão de gases de efeito estufa (GEE). A adesão ao programa é voluntária.
No inventário, a Foresea divulgou informações sobre suas emissões de GEE em cada um dos escopos do programa: emissões diretas provenientes de fontes controladas pela empresa (escopo 1), emissões indiretas associadas ao consumo da energia elétrica pela empresa (escopo 2) e emissões indiretas com fontes sobre as quais não tem controle direto (escopo 3).
Marco Aurélio Fonseca, Vice-Presidente de Sustentabilidade da empresa.
“Ao aderir ao GHG Protocol, a Foresea reforça o compromisso com a transparência e com as melhores práticas na gestão de suas emissões buscando continuamente a eficiência energética em suas operações. Em 2023, estruturamos a área de Inovação com foco no desenvolvimento de projetos que contribuam para a eficiência energética em nossas operações, visando, prioritariamente, a redução do consumo de diesel marítimo e, consequentemente, das emissões. Aprimorar os métodos de inventariar as emissões, de acordo com o GHG Protocol, é fundamental para avaliarmos os resultados de todas essas nossas iniciativas”
@divulgação
Cultivo da palma mantém floresta em pé e recupera áreas degradadas da Amazônia
O Brasil tem como meta zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Mas tão importante quanto manter a floresta em pé, é recuperar aquilo que foi desmatado. É justamente nessas áreas que foram desmatadas na região amazônica, até 2007, que o Grupo BBF (Brasil BioFuels) atua com o cultivo sustentável da palma de óleo, planta que dá origem ao óleo vegetal mais consumido no mundo e que tem papel fundamental na transição energética pelo seu poder de produção de biocombustíveis e geração de energia renovável para áreas isoladas na região Norte.
“Coibir o desmatamento ilegal é fundamental, assim como a recuperação daquilo que já foi degradado. O cultivo da palma de óleo é uma excelente opção para essas áreas chamadas de antropizadas, porque além de recuperar o solo da floresta, permitir a preservação de animais silvestres e capturar carbono, ainda gera renda e emprego nessas regiões, um fator fundamental para garantir que a floresta permaneça em pé.
O cultivo sustentável da palma de óleo é sinônimo de bioeconomia”, afirma Milton Steagall, CEO do Grupo BBF.
A partir do óleo de palma, segundo Steagall, é possível falar de bioeconomia dentro dos setores elétrico, químico e de biocombustíveis, além do agronegócio. “Nosso país tem potencial de ser líder global na produção de óleo de palma. O desenvolvimento sustentável da região amazônica é urgente. É preciso viabilizar formas de manter a floresta em pé, mas também oferecer emprego, renda e riqueza para a população”, diz.
O Brasil possui uma das legislações mais severas do mundo para o cultivo sustentável da palma, que proíbe a derrubada de floresta nativa para o seu plantio. Por meio do Decreto 7.172 do Governo Federal, de maio de 2010, foi estabelecido que o cultivo da palma só pode ser realizado na Amazônia em áreas que foram degradadas até 2007. A partir de trabalho robusto conduzido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) foram identificados mais de 31 milhões de hectares aptos ao cultivo da planta na região. Hoje, cerca de 200 mil hectares foram recuperados na região com o cultivo da palma, sendo 75 mil deles cultivados pelo Grupo BBF no Pará e em Roraima.
“O cultivo da palma não pode ser mecanizado, por isso, esta é uma planta com importante caráter social, já que permite a geração de muitos empregos em áreas remotas. Só no Grupo BBF são gerados cerca de 5 mil empregos diretos e outros 15 mil indiretos. Destaco ainda a importância do óleo de palma para produção de biocombustíveis, geração de
Milton Steagall
energia renovável e também para os biocombustíveis de segunda geração, como o SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e o Diesel Verde. É uma cultura fantástica, que recupera a floresta Amazônica e pode impulsionar a transição energética no país”, afirma o CEO.
Atualmente, o Grupo BBF possui 25 usinas termelétricas em operação na região Norte, atendendo localidades abastecidas pelos Sistemas Isolados. As usinas operam com biocombustíveis (biodiesel e óleo vegetal) e biomassa oriunda da palma de óleo, o que contribui para a descarbonização da região. Mais de 140 mil moradores de localidades isoladas da Amazônia são beneficiados com esta energia gerada a partir da palma de óleo.
O cultivo sustentável da palma realizado pela empresa ainda captura cerca de 800 mil toneladas de carbono anualmente, sendo 729 mil toneladas no Pará e 71 mil toneladas em Roraima. “Protegemos mais de 60 mil hectares de Áreas de Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP), que estocam anualmente cerca de 26,6 milhões de toneladas de carbono no Pará e 3,1 milhões toneladas de carbono em Roraima”, afirma Steagall.
O Governo Federal tem realizado uma série de medidas na região amazônica para coibir o desmatamento e recuperar as áreas degradadas, como o lançamento do Arco da Reconstrução, que prevê a recuperação de 6 milhões de hectares até 2030 e 24 milhões até 2050, além do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas. Para Steagall, coibir o desmatamento somado à recuperação das áreas é a equação correta para o futuro da Floresta Amazônica. “Temos tido uma experiência muito positiva nesses nossos 16 anos de atuação. Em Roraima, no município de São João da Baliza, a ferramenta “MapBiomas Alerta” identificou que nas áreas próximas às nossas operações temos 85% menos alertas de desmatamento do que em áreas mais afastadas na mesma região. Além disso, na nossa área de cultivo já foram feitos mais de 5 mil registros e identificadas mais de 400 espécies de animais silvestres na nossa última campanha de monitoramento. Isso mostra que estamos no caminho certo: gerando riquezas, mantendo a floresta em pé e recuperando aquilo que antes foi degradado no passado”, afirma.
Gerdau e Petrobras estabelecem acordo para estudos de negócios de baixo carbono
A Gerdau e a Petrobras firmaram Memorando de Entendimento (MoU) com o objetivo de explorar oportunidades comerciais e potenciais parcerias alinhadas às estratégias de diversificação e descarbonização de ambas as empresas.
A parceria envolve a avaliação de potenciais modelos de negócio para combustíveis de baixo carbono, hidrogênio e seus produtos, CCS (captura, transporte e armazenamento de CO2), projetos de P&D relativos à integridade de materiais em ambiente marítimo e de produção de aço via “redução direta” a gás natural”. O processo de redução direta é uma alternativa ao processo de produção de aço convencional, que utiliza gás natural, em vez de carvão.
A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço e maior recicladora de sucata metálica da América Latina, já possui uma posição de destaque com uma das menores intensidades de emissões de gases de efeito estufa na indústria global do aço em função de sua matriz de produção sustentável, baseada na reciclagem de sucata e no uso do biorredutor (carvão vegetal).
@divulgação
De acordo com Flávia Souza, diretora global de Energia e Suprimentos da Gerdau, a produtora de aço segue avançando em seu compromisso de reduzir ainda mais sua intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE), que atualmente é de 0,91 t CO2e por tonelada de aço (Escopos 1 e 2), para 0,82 t CO2e por tonelada de aço até 2031. “Aos 123 anos de história, a Gerdau está comprometida em ser parte das soluções aos desafios e dilemas da sociedade, atuando de forma colaborativa na construção de um futuro mais sustentável para todo o planeta. Parcerias como esta contribuem para o desenvolvimento de tecnologias e iniciativas que visam uma economia de baixo carbono, criando avenidas de oportunidade para a descarbonização da indústria do aço”, afirma Flávia.
“Em um movimento estratégico para enfrentar os desafios ambientais do século XXI, a Petrobras e a Gerdau anunciaram um acordo que visa explorar e desenvolver soluções sustentáveis no âmbito de negócios de baixo carbono”, destaca Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras.
Congresso Nacional: premiação elege melhor atuação parlamentar em prol do clima e da sustentabilidade
O Prêmio Congresso em Foco 2024 reconheceu os parlamentares que mais se destacaram na defesa da agenda socioambiental. Ao todo, 105 deputados e senadores concorrerão à categoria “Clima e Sustentabilidade”, que é realizada há seis edições da premiação, e que tem como o objetivo de promover boas práticas e destacar os melhores do parlamento brasileiro e acontece desde 2006.
A escolha dos cinco congressistas mais bem avaliados na categoria oferecida pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), foi feita por júri especializado, com critérios como votações, proposição de medidas, participação em debates e outras iniciativas relacionadas ao tema. O corpo de jurados é formado por representantes do terceiro setor, das áreas empresarial, trabalhista e acadêmica, além de um representante do próprio Congresso em Foco, na condição de entidade organizadora da premiação. O júri também escolherá os melhores nas “Apoio à Indústria” e “Cidades Inteligentes”, assim como os melhores congressistas do país na Câmara e no Senado. A premiação prevê um júri plural, composto por integrantes com variadas perspectivas político-ideológicas e perfis profissionais, todos de
reconhecida reputação. Formam o grupo: Antônio Marcos Umbelino Lôbo, advogado da Umbelino Lôbo Assessoria e Consultoria; Gabriela Nepomuceno, historiadora e especialista em políticas públicas do Greenpeace Brasil; Graça Costa, presidente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap); Graziella Testa, cientista política e professora universitária; Laura Karoliny Nogueira, economista e diretora do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) e do Insphas; e Edson Sardinha, diretor de redação do Congresso em Foco.
Os 25 melhores deputados, os 15 melhores senadores do Brasil e os cinco melhores por região em cada casa legislativa escolhidos pela população em votação online também foram conhecidos na cerimônia.
O processo eleitoral online foi auditado internamente e externamente pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), que certificou a segurança da eleição.
CLIQUE PARA VER COMO FOI, NA ÍNTEGRA
SérgioZacchi/Divulgação
AngloGold Ashanti Latam lança relatório com
avanços em sustentabilidade
Na lista das maiores produtoras de ouro do mundo, a AngloGold Ashanti Latam divulgou seu Relatório ESG Latam 2023 que apresenta os resultados da empresa em ESG (meio ambiente, social e governança). Pela primeira vez integrando os dados das operações da região (Brasil e Argentina), a publicação mostra que a AngloGold pagou R$ 3,4 bilhões em compras locais e destinou R$ 1 bilhão em impostos e taxas nos dois países. Também gerou mais de 10,1 mil empregos, diretos e indiretos. Do total, 8,3 mil foram preenchidos no Brasil, enquanto 1,8 mil no país vizinho. Ao todo, a empresa investiu R$ 5,3 milhões em capacitação profissional.
“O relatório demonstra os resultados construídos pelos nossos mais de 10 mil profissionais na região, de todas as áreas, atividades e funções. Seguimos nossa jornada baseados em uma mineração de ouro responsável e comprometida com a sustentabilidade, em busca de um legado positivo para as pessoas e para o meio ambiente”, ressalta Othon Maia, vice-presidente de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da AngloGold Ashanti Latam.
O documento mostra ainda a responsabilidade da empresa com a sustentabilidade e a conformidade de suas iniciativas com regulamentações ambientais e os principais acordos internacionais que regem o tema. No ano passado, o investimento da AngloGold Ashanti em ações ambientais chegou a R$ 44,5 milhões. Além disso, a empresa mantém 10,5 mil hectares de área preservada em suas unidades de proteção ambiental.
Todo esse esforço, somado a outras iniciativas de inovação e uso de energia renovável já têm gerado resultados efetivos. A empresa tinha como meta reduzir 30% da emissão de carbono até 2030 e já fechou 2023 com 52% de redução nas emissões de CO2, no comparativo ao ano base 2021. As ações agora estão voltadas para outro objetivo, que é zerar as emissões líquidas de Gases de Efeito Estufa (GEE) de escopos 1 e 2 até 2050.
Na gestão de barragens, a empresa investiu, em 2023, R$ 123 milhões para o fechamento dessas estruturas e outras geotécnicas. Desde 2022, a AngloGold Ashanti já adota 100% de disposição de rejeito a seco, eliminando o rejeito em polpa nas barragens.
AngloGold Ashanti Latam em números:
@divulgação
Transmissor wireless para controle e monitoramento de ativos de campo
O Rosemount™ 802 Transmissor multidiscreto de entrada ou saída wireless tem oito canais discretos de entrada/saída (E/S), cada um configurável como uma entrada ou uma saída. O recurso WirelessHART® permite que o transmissor se conecte a um gateway wireless, que pode, por sua vez, ligar-se a um host, como um sistema de controle ou sistema de gestão de ativos, por meio de uma conexão com fio. Isso permite que o host monitore e controle os ativos remotamente em uma rede WirelessHART.
O novo 802 e seu predecessor, o 702 Transmissor discreto de entrada ou saída dupla wireless, são transmissores de E/S remotos com configuração flexível e facilidade de implantação por meio de conectividade wireless.
Os recursos wireless do novo Rosemount 802 reduzem drasticamente os custos associados ao monitoramento e controle de ativos instalados em campo, como motores, válvulas e bombas, que tradicionalmente exigem visitas de campo demorados de técnicos ou uma conexão cabeada. O novo 802 minimiza esses custos e melhora a segurança, removendo o técnico de campo de áreas classificadas, mantendo os níveis discretos de controle de entrada e saída ativados pelo sistema host.
O novo Rosemount 802 funciona de maneira semelhante aos transmissores Rosemount 702, mas com oito canais de E/S em vez de dois, cada um configurável como uma entrada ou saída discreta. Para instalações onde vários ativos estão localizados em uma área e cada um deve ser monitorado e/ou controlado, o transmissor 802 é uma solução mais econômica do que o Rosemount 702.
As opções de alimentação incluem alimentação de linha externa de corrente direta de 10 a 30 volts ou um módulo Emerson SmartPower™. Esta última opção não requer fiação, fornece até oito anos de operação sem manutenção e pode ser substituída rápida e facilmente no campo.
O transmissor Rosemount 802 é certificado de acordo com as seguintes normas de segurança: ATEX Zona 2 intrinsecamente seguro, EUA Divisão 2 não inflamável e Zona 2 intrinsecamente seguro, Canadá Divisão 2 não inflamável e Zona 2 intrinsecamente seguro e IECEx Zona 2 intrinsecamente seguro. O invólucro do dispositivo é classificado de acordo com NEMA® 4X e IP66.
Tecnologia, praticidade e visão global para apoiar a descarbonização
A SAFE é uma empresa líder no cenário internacional na produção de compressores e tecnologias avançadas para processamento de gás natural, biometano e hidrogênio. Sua história de meio século permitiu que seus compressores de hidrogênio estabelecessem o padrão de confiabilidade. Na linha MDE/H, DDE e TDE/H, os compressores são projetados com vedações autolubrificantes, fabricadas com material PTFE, com um ciclo de vida médio de mais de 5.000 horas de operação. A ampla faixa de pressão e o baixo consumo de energia, obtidos por meio da velocidade reduzida, permitem que eles ofereçam ao mercado alta eficiência com um TCO reduzido. Além disso, a configuração sem óleo garante a pureza do gás, e o espaçador (Distance Piece, DP) isola o acionamento hidráulico do sistema de gás, garantindo a geração de hidrogênio comprimido 100% puro em todos os momentos. O espaçador tipo B também protege o hidrogênio de qualquer contaminação durante a fase de compressão, o que permite atingir alta qualidade e pureza do hidrogênio. As séries de compressores hidráulicos MDE/H, DDE e TDE/H são máquinas com um design altamente flexível e simplificado devido à haste do pistão ser o único componente móvel no qual os pistões de óleo e hidrogênio são encaixados. Em geral, toda a linha de compressores de hidrogênio da SAFE oferece alta flexibilidade. O projeto característico da empresa é capaz de fornecer até 3 estágios de compressão em um único cilindro e com a configuração dupla essa capacidade pode ser dobrada. Ele também tem um amplo espectro operacional, pois um único cilindro pode trabalhar em uma diferença de pressão muito diversa. Outra característica da SAFE é a modularidade de seus produtos, que podem ser fornecidos em duas configurações de acordo com a necessidade do cliente. A configuração “em série” para desenvolver saltos de pressão em vários estágios é complementada pela configuração “em paralelo” para lidar com taxas de fluxo crescentes ou projetar o sistema com redundância usando unidades “prontas para iniciar”.
O portfólio de produtos de hidrogênio da marca inclui unidades móveis de carregamento de hidrogênio. Todos eles são equipados com um regulador capaz de medir a quantidade de hidrogênio fornecida ao veículo, controlando sua pressão, temperatura, densidade e os componentes eletrônicos de bordo relevantes. Esses produtos podem lidar com o reabastecimento de veículos de transporte pesado com pressões de aproximadamente 350 bar e veículos com pressões de até 700 bar. Atualmente, a SAFE é reconhecida como referência no setor energético, especialmente em sistemas de gerenciamento da pressão de gás natural e hidrogênio, e, além de sua capacidade de inovação, consegue acompanhar a constante evolução do mercado.
Soluções de climatização que combinam eficiência, sustentabilidade e confiabilidade
A Copeland, empresa de tecnologias climáticas e fornecedora de compressores, em colaboração com a Hitachi, promove o airCenter Scroll R-32, um chiller inovador, equipado com compressores scroll Copeland de alta eficiência, trazendo uma combinação única de desempenho, sustentabilidade e confiabilidade para o setor de HVAC-R no Brasil.
Os compressores scroll da Copeland utilizados no airCenter Scroll R-32 são projetados para operar com o refrigerante R-32, que possui um Potencial de Aquecimento Global (GWP) significativamente menor que os refrigerantes tradicionais. Esta inovação reflete uma abordagem consciente e responsável em relação ao meio ambiente, alinhando-se com as mais rigorosas normas ambientais internacionais e locais.
Com base na alta eficiência foram desenvolvidos os compressores scroll dedicados a cada fluido refrigerante com máxima eficiência energética. Para isso, existem as linhas ZP para R410-A, YA para R454-B, e YP para R-32, obtendo assim os melhores resultados em cada aplicação.
Com um range de capacidade de 40 a 200 TR, o airCenter Scroll R-32 passa a ser uma nova referência para o mercado de chillers, sendo uma solução com baixa pegada de carbono para aplicações comerciais e industriais que exigem alto desempenho e confiabilidade. Ligados em tandem, os compressores Scroll possuem flexibilidade na modulação de capacidade do airCenter Scroll R-32, possibilitando manter o sistema operando mesmo com a falha de um dos compressores.
O airCenter Scroll R-32 é fruto de um esforço contínuo da Hitachi em parceria com a Copeland para oferecer ao mercado produtos atualizados no que tange a descarbonização, que é parte importantíssima do movimento em direção a um portfólio totalmente voltado à sustentabilidade.
As principais vantagens do Scroll para R-32 são sua eficiência energética superior; a sustentabilidade ambiental - o uso do refrigerante R-32 minimiza o impacto ambiental, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa -; a confiabilidade e durabilidade; e uma operação silenciosa.
Guia de Boas Práticas em Prol da Equidade de Gênero
A Sbera - Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial lançou um Guia de Boas Práticas elaborado pela rede Mulheres do Biogás, uma iniciativa que visa fortalecer o papel das mulheres no setor de energias renováveis, com foco especial na produção de biogás. Este guia, desenvolvido por especialistas e lideranças femininas da área, oferece uma compilação de recomendações e diretrizes essenciais para promover práticas sustentáveis e inclusivas no setor. A construção deste guia foi feita a muitas mãos, além do apoio da Sbera, a Embrapa Suínos e Aves contribuiu com a diagramação. A rede Mulheres do Biogás é uma iniciativa voluntária que recebe apoio de diversas pessoas e organizações desde sua criação e esse Guia é mais uma conquista desse trabalho
Você pode acessar e baixá-lo gratuitamente pelo clicando aqui:
Este guia é mais do que um manual técnico; ele representa um compromisso com a equidade de gênero, destacando a importância da participação feminina e os cuidados que são necessários para a desconstrução dos paradigmas que a sociedade impôs.
Abaixo segue um breve resumo do conteúdo do nosso guia, com 10 dicas de boas práticas que podem ser seguidas na busca da construção da equidade de gênero:
1. Valorizar a diversidade: Garantir uma representação equitativa entre palestrantes e painelistas mulheres e homens em eventos. Garantir representação equitativa entre candidatas mulheres e candidatos homens em processos seletivos.
2. Divulgar protocolos de conscientização de assédio moral e sexual: Implementar políticas e protocolos específicos para assédio moral e sexual. Implementar canais de denúncia acessíveis.
3. Promover painéis e debates dedicados a Equidade de gênero: Realizar debates por meio de palestras, seminários, rodas de conversa, além de oferecer treinamentos e workshops.
4. Promover mentorias e networking: Facilitar oportunidades para que mulheres se conectem com líderes e mentores em suas áreas de interesse.
5. Praticar linguagem e comunicação inclusiva: Utilizar uma linguagem inclusiva em todos os materiais de divulgação e durante os eventos para garantir que todas as pessoas se sintam representadas. Por exemplo: “Todas as pessoas participantes devem entregar os formulários assinados”
6. Promover a diversidade nas lideranças do setor: Implementar programas de treinamento e mentoria para cultivar uma liderança mais diversificada, considerando as dimensões de gênero e raça.
7. Apoiar mães/cuidadoras e licença maternidade: Manter flexibilidade de horário durante o período pós- licença. Embora a colaboradora ainda seja capaz de desempenhar um trabalho de qualidade, pode necessitar de maior flexibilidade nos horários para se adaptar à nova rotina.
8. Reconhecer conquistas: identificar e premiar as realizações notáveis das mulheres em suas respectivas áreas, destacando exemplos inspiradores e modelos a serem seguidos. Esse reconhecimento não apenas celebra o talento e o trabalho árduo das mulheres, mas também serve como um estímulo para outras profissionais, incentivando-as a alcançar seus objetivos e potencial máximo.
9. Realizar pesquisa e feedback: Avaliar regularmente a diversidade e a equidade de gênero em eventos
10. Realizar planejamento e monitoramento: Realizar planejamento para ações concretas baseadas nos itens anteriores
Novo equipamento permite identificar minerais com alta precisão
O Serviço Geológico do Brasil recebeu um novo equipamento, chamado escâner hiperespectral, um dispositivo de bancada, com câmeras hiperespectrais nos comprimentos de onda VNIR-SWIR (Visible-Near Infrared and Short-Wave Infrared), que captura imagens de amostras geológicas com alta resolução espacial e espectral e gera resultados mais precisos.
Esse equipamento permite a identificação e caracterização de minerais de forma não destrutiva e com alta precisão. O escâner adquirido pela DGM, por meio da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE), representa um salto tecnológico significativo na capacidade analítica da instituição, permitindo identificar e caracterizar minerais em amostras de mão e testemunhos de sondagens com elevada precisão.
O escâner será fundamental para projetos estratégicos do Brasil, nestes tempos da busca por minerais para transição energética e que demandam caracterização mineral detalhada, especialmente para mineralizações com alteração hidrotermal. Além disso, ele oferece um grande potencial para atender demandas externas dos parceiros, universidades e institutos de pesquisa, ampliando o impacto na comunidade científica
A técnica empregada pelo aparelho – reconhecida como Espectroscopia de Reflectância no Visível e Infravermelho – é uma ferramenta auxiliar na investigação geológica, utilizada para identificar minerais e algumas de suas propriedades físicas e químicas. Estudos indicam que a espectroscopia de reflectância apresenta boa correlação e se complementa com técnicas geológicas clássicas, como petrografia, química mineral e difração de raios X. Também é reconhecida por ser uma opção mais rápida e econômica, com potencial para aumentar a eficiência em projetos exploratórios. O uso principal e estratégico do escâner será nos projetos do SGB que dependem da caracterização precisa de minerais de alteração.
Entre os benefícios, destacam-se: a caracterização mineralógica precisa, que é essencial para localizar novos depósitos minerais, estimulando economias locais, criando empregos e desenvolvendo infraestruturas. Outra característica é que a técnica pode contribuir para a exploração e gestão mais sustentáveis dos recursos minerais, maximizando os benefícios econômicos e minimizando os impactos ambientais.
O equipamento está instalado no Laboratório de Sensoriamento Remoto Geológico e Espectroscopia Mineral do SGB na Superintendência Regional de São Paulo (SUREG-SP). E sua aquisição elimina a necessidade de depender de laboratórios externos, reduzindo custos financeiros e permitindo a autossuficiência técnica e excelência analítica na área de Espectroscopia de Reflectância no Visível e Infravermelho no SGB.
A facilidade para transportar o equipamento permitirá a análise de milhares de metros de testemunhos de sondagem armazenados nas litotecas do SGB, representativos das unidades geológicas do Brasil e de importantes depósitos minerais.
Com essa aquisição, o SGB fortalece sua capacidade de análise geológica e metalogenética, ampliando seu potencial para fomentar atividades que impactam positivamente a sociedade, em termos de gestão ambiental, desenvolvimento econômico e avanço técnico e científico.
Produtos didáticos
Planta Didática Smar é dedicada para treinamentos e atualização tecnológica em malhas de controle de automação de processos industriais. Representa de forma simples e objetiva, a operação de diversas malhas de controle que podem ser implementadas em uma planta industrial.
• Disponível nas mais modernas tecnologias: Hart®, Foundation™ fieldbus e Profibus PA;
• Fácil instalação, manutenção e operação; Possui forma compacta, com estrutura leve, feita em Alumínio;
• Flexibilidade para configuração dos dispositivos;
• Reproduz a realidade industrial com a mais alta tecnologia disponível no mercado;
• Completa, com as principais variáveis de medição de uma planta real;
• Malhas de controle, previamente, fornecidas pela Smar;
• Permite a criação de outras estratégias de malhas de controle;
• Indicada para aprendizes e profissionais do ramo de Controle e Automação;
• Tanques e tubulação feitos em Aço Inox;
• Painel frontal de acionamento e comando; Permite uma ou mais estações remotas de supervisão Os novos kits didáticos da Smar são disponibilizados nas tecnologias: Foundation™ fieldbus, Profibus DP e Profibus PA (podendo ter Profibus DP+PA no mesmo kit didático), Hart® e WirelessHart™. Um dos grandes diferenciais é a possibilidade de fazer a comunicação entre as diferentes tecnologias. Os novos kits didáticos funcionam como Mini Plantas Didáticas.