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Breton completa 50 anos
Camisa Prada, gravata Ermenegildo Zegna
Suave presença
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Aos 30 anos, Renato Góes ganhou seu primeiro protagonista na Globo e está no ar em Os Dias Eram Assim. O pernambucano, que chegou de mansinho e tem mais de uma década de carreira, sabe muito bem aonde quer chegar
por márcia rocha fotos maurício nahas styling luna nigro
Colete Ricardo Almeida, camisa Fideli, gravata Ermenegildo Zegna, relógio Baume & Mercier
enato Goés é um homem bonito. Ou “feito à mão”,
Rpara repetir suas próprias palavras. Vale deixar claro que essa é uma expressão que ele não usa para se referir a si mesmo – já que se acha um tipo comum – mas entre amigos. “Falo para quebrar o gelo mesmo, já que homem costuma ficar ‘cheio de dedos’ quando vai comentar que acha outro cara bonito.” Para Renato, Domingos Montagner, com quem contracenou em três novelas, era feito à mão. Na última, Velho Chico [Montagner morreu durante as filmagens], ele interpretou a versão jovem de Santo dos Anjos, o personagem de Montagner, na primeira fase da novela. Aos 30 anos, o pernambucano Renato Goés de Oliveira, que, durante cinco deu vida ao apóstolo João em Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, ganhou seu primeiro protagonista: o doutor Renato Reis de Os Dias Eram Assim. Começou a carreira em 2005, fazendo teatro e cinema (Tropa de Elite e Pequeno Dicionário Amoroso 2, entre eles). Estreou na Globo na novela Pé na Jaca, em 2007, ao lado de Murilo Benício, Deborah Secco, Rodrigo Lombardi e Juliana Paes, entre outros. Atualmente, por conta da supersérie, que começou em abril e vai até setembro, fala que sua vida se resume a trabalho. No dia seguinte ao destas fotos, por exemplo, ia gravar logo cedo. Almoçou no estúdio – um filé de peixe pedido via app – e saiu voando para o aeroporto.
INTENSO COM OS PÉS NO CHÃO
Quando se trata de falar sobre seus filmes preferidos, Renato crava: “O Auto da Compadecida [dirigido por Guel Arraes] é icônico. Também gosto bastante de [Pedro] Almodóvar”. Os Sonhadores, de Bernardo Bertolucci, tem lugar especial em sua lista. “Vi quando estava começando a tentar entender como funciona a interpretação para as câmeras. É um
Costume Gucci, camisa Bottega Veneta, gravata Hugo Boss, lenço Ermenegildo Zegna
filme que tem uma energia jovem, os atores são muito dedicados, fazem tudo com muita paixão.” A identificação tem razão de ser, já que Renato também é do time dos intensos – com a vantagem de ser racional o suficiente para saber muito bem aonde quer chegar, com direito a metas traçadas para os próximos três anos. Mas que planos são esses, afinal? Ele nem pisca para responder: “Mas se eu contar, não vou conseguir”. E segue firme na discrição, que parece ser sua marca registrada: “Você vai escolhendo os papéis de acordo com o rumo que quer dar para a carreira”, diz ele, que tem Irandhir Santos e Selton Mello como referências. Entre os atores internacionais, é fã de Sean Penn, Johnny Depp e Daniel Day-Lewis. O ator britânico, aliás, declarou recentemente que pretende abandonar o cinema para se tornar estilista. “Duvido! Acho que ele vai fazer as duas coisas ao mesmo tempo e no esquema de sumir uns dois, três anos e, depois, aparecer com um novo projeto.”
No capítulo literatura, ele diz que, em função do trabalho, não consegue ler tudo o que gostaria e que tem alguns livros de cabeceira “daqueles que são para ler e não terminar nunca”. A Arte Secreta do Ator, Um Dicionário de Antropologia Teatral [de Eugenio Barba e Nicola Savarese] e O Poder do Mito [de Joseph Campbell], entre eles. “Sou ligado nessa história de arquétipos. Fiz terapia dos 13 aos 18 anos. Depois, nunca mais voltei. Acho que é porque entendi um pouco como funciona”, conta. Mas por que um garoto de 13 anos foi parar na terapia? Aqui, ele entrega: “Por causa de um vitiligo e me ensinou a lidar com o problema, que está intimamente ligado às emoções”. Corta!
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Costume Ricardo Almeida, camisa Ermenegildo Zegna, gravata Carolina Herrera, relógio IWC
Beleza: Carol da Mata (Capa MGT) Assistentes de fotografia: Caio Toledo e Charles Willy