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e pé no chão
NÃO PARA, NÃO PARA, NÃO PARA
Aos 79 anos, THOMAS CASE não suporta ouvir a palavra aposentadoria. Depois de ter vendido a Catho – empresa que fundou e que se tornou a maior do setor de recolocação profissional do país – em 2006 a um fundo de private equity, criou a Pés Sem Dor, que fabrica palmilhas ortopédicas em impressoras 3D. A expansão do negócio é constante, com abertura de duas novas unidades por mês, em média. A Pés Sem Dor dá como garantia a seus consumidores o fim das dores nos pés e nos tornozelos – é isso ou o dinheiro de volta. Segundo dados da própria companhia, 95% dos clientes estão satisfeitos.
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O insight para a fundação da Pés Sem Dor veio de maneira similar à da Catho: a partir de uma necessidade pessoal de Case. No caso da última, o empresário inspirou-se nas cartas que escreveu para várias empresas buscando sua recolocação profissional após uma demissão; na Pés Sem Dor, em suas próprias dores. Para Case, a produção de palmilhas ortopédicas não era feita de maneira sistemática e eficiente no Brasil. “Adotamos uma mescla das expertises alemã, chinesa, norte-americana, inglesa e brasileira na produção das palmilhas, que são de TPU, um material termoplástico.” Foram oito anos de investimentos e de estudo para que Case colocasse de pé (e sem dor) o projeto. Empreendedorismo é mais do que vocação para ele. “É gostoso ir para a praia, mas um dia é suficiente. Vida pra mim é ter objetivos, traçar metas e vê-las acontecer. O que me faz viver é sentir o sangue fervendo nas veias todos os dias.”
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PODER INDICA
BOLSA DE VALOR Com três novas coleções por mês, a FlyBag começou voando alto. Criada em 2011, a grife paulistana de bolsas e acessórios era comercializada só por e-commerce. Com o aumento da demanda, veio a loja física em 2013. “Desde então, a empresa vem crescendo cerca de 10% ao ano”, comemora Marcelo Euksuzian. Cool, funny e descolada – é assim que o empresário define a marca, que aposta em sustentabilidade e na questão social, já que utiliza 80% de couro tecnológico em suas peças, além de destinar R$ 1 da venda de cada uma para instituições filantrópicas.
Descendente de armênios, Euksuzian conta que comércio e artigos de couro sempre fizeram parte de sua vida. O DNA acabou falando mais alto e ele deixou para trás uma carreira no mercado financeiro para se dedicar inteiramente à empresa. Conta que, até o fim de 2018, pretende abrir mais quatro lojas em São Paulo e que, a médio prazo, quer partir para o sistema de franquias. “Vamos lançar coleções cápsula em parceria com alguns estilistas que só serão vendidas em nosso site, que vai passar por uma repaginação geral”, revela.
Totalmente hands on, Euksuzian cuida de cada detalhe. Além da área financeira e de importação (algumas peças da FlyBag vêm de fora), dá palpite no design de cada coleção, escolhe os fornecedores a dedo: o que fabrica os zíperes, o que produz as ferragens, o que confecciona as alças etc. Como se vê, espírito empreendedor e energia não faltam a esse empresário paulistano que pratica triatlo para aliviar o estresse.
foto paulo freitas