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Na sexta-feira do Sabá, judeus ortodoxos rezam junto à seção oeste do Muro das Lamentações

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Ninguém fica indiferente numa viagem a Israel, país em que o sagrado espera a cada esquina. Até mesmo quem não é de fé fica tocado pela beleza, cultura e história que brotam em cada instantâneo dali
texto e fotos F E R NA N D O T O R R E S

Na pág. oposta, uma singela entrada na bela Tel Aviv, a segunda maior cidade de Israel. Na foto acima, religioso em Jerusalém e, abaixo, mulheres árabes no Monte Carmelo, em Haifa, cidade portuária e universitária do norte do país



Deserto de Negev em Mitzpe Ramon (acima) e corvos na histórica Fortaleza de Herodes, em Massada (abaixo)


ALÉM DO QUE SE VÊ
Em 2016 o Brasil vivia o auge da crise econômica. A produção do país, medida pelo PIB, recuara pelo segundo ano seguido em um drama desconhecido desde a década de 1930. Foi nessa condição desfavorável que a fabricante japonesa de vidros e espelhos AGC (Asahi Glass Company) anunciou a construção de sua segunda fábrica no interior de São Paulo, um investimento audacioso de R$ 750 milhões. A razão do otimismo tinha foco no futuro e baseava-se no conhecimento de ser líder global do mercado.
“Na época foi uma atitude corajosa, que representou os planos da companhia na região. Com a nova planta, que está com obras a todo vapor em Guaratinguetá, vamos aumentar a capacidade de produção de 600 para 1.450 toneladas por dia”, conta Franco Faldini, diretor de vendas e marketing da AGC na América Latina, ressaltando a posição estratégica da filial brasileira na América do Sul. Segundo o executivo, o setor de vidros cresce historicamente três vezes mais do que o percentual do PIB – relação inversamente proporcional nos períodos de queda.
A previsão é de que o novo forno seja aceso no segundo semestre de 2019 e possibilite, além de mais do que dobrar a capacidade instalada, concentrar a produção hoje divida entre construção civil e indústria automobilística. Itens importados do portfólio da AGC também passarão a ser produzidos na nova fábrica, que estima gerar cerca de 500 empregos diretos e indiretos.
“Nossa principal demanda é a construção civil, mas tecnologia e inovação também são pilares importantes, já que temos o propósito de acrescentar funcionalidades para o vidro”, revela Faldini. “Desenvolvemos uma peça com pasta de prata que inibe a proliferação de bactéria para a utilização em hospitais, por exemplo. Outra novidade é o vidro que retarda chamas, suportando elevadas temperaturas. É como uma porta corta fogo, mas com a possibilidade de permitir ver o que se passa do outro lado em caso de incêndio.” Ambos os produtos estão em fases de testes e regulamentação.
A AGC chamou a atenção do mercado recentemente com uma criativa campanha de comunicação. Na ocasião, oito influenciadores – entre eles a jornalista e diretora de PODER, Joyce Pascowitch – foram desafiados a ficar dois dias sem se olhar no espelho. O objetivo, segundo Faldini, foi criar desejo no consumidor. “As pessoas não pensam no espelho, é um tipo de produto que não está na lista de compras, mas tira ele do seu dia a dia para ver o que acontece”, desafia o executivo. O leitor já tentou isso?
por dado abreu foto gabriel cabral