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VERDADE NA COZINHA
VERDADE NA COZINHA Com seu novo restaurante carioca, o Sud, Roberta Sudbrack volta a abraçar a simplicidade, depois de achar que na alta gastronomia “tudo estava rígido”
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Com o Sud, um projeto menor, mais simples, você vai na contramão de outros chefs. Qual a razão disso?
Foi algo muito pessoal, uma mudança de casca. O conteúdo continua o mesmo. Qualidade, procedência e artesanato do produto são coisas que fazem parte do meu DNA, não mudam. Mas quis me aproximar mais do público, procurar um caminho mais simples para me expressar. No fundo acho que é algo que o mundo está precisando, mais verdade, menos invencionice.
E o Sud traz isso?
Senti que tudo estava muito rígido na alta gastronomia. Aquilo me incomodou demais, ficou distante do que penso ser a comida na verdade. O Sud é um lugar afetivo, cool sem ser forçado, é livre! É onde voltei a sentir prazer em cozinhar. O horário de funcionamento é super na contramão, das 12h às 21h. Porque acreditamos que é importante pensar no bem-estar da equipe. São jovens, que sonham em trabalhar na cozinha, mas também querem sair com os amigos, namorar, ter vida fora da cozinha.
Há outros projetos por vir?
Tenho mil ideias. Eu sou muito inquieta, insuportavelmente inquieta. No momento, estamos colocando o Sud para voar. Em seguida encaro o desafio de assinar a direção de gastronomia do novo Hotel Arpoador, com projeto fantástico e supercarioca do Thiago Bernardes. Vai ser lindo, muito afetivo também. E a ideia mais uma vez é apostar na simplicidade, no despojamento e no afeto.
Qual a sua comida preferida e quem a prepara?
Sempre foi e sempre será o frango ensopado com polenta da minha avó Iracema. Este ano ela partiu para uma nova viagem, mas ensinou “bem direitinho”, como ela costumava dizer, a receita à Renata, que trabalha na minha casa há mais de 15 anos. Então posso matar essa saudade de vez em quando.
por fernanda grilo