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COLUNA DA JOYCE
EM FAMÍLIA Não é apenas com o pai, Emílio, que MARCELO ODEBRECHT está rompido. O ex-presidente do Grupo Odebrecht parece não sossegar enquanto não acertar as contas também com o cunhado, Maurício Ferro, antigo vice-presidente jurídico do grupo a quem Marcelo atribui boa parte dos problemas que tem enfrentado. Ferro é casado com Monica, irmã de Marcelo e filha de Emílio Odebrecht, ex-presidente do conselho. Foi Há uma cisão no governo Bolsonaro com relação ao vice-presidente, HAMILTON MOURÃO. Os filhos do presidente andam contrariados com o general, que, por sua vez, não nutre muita estima pelos herdeiros de Bolsonaro. Quando o presidente foi
ele o coordenador do acordo da empresa com o Ministério
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CONTINÊNCIA
Público Federal. internado, nos últimos dias de janeiro, havia um consenso, inclusive médico, de que, durante a recuperação da cirurgia para a reconstrução do trânsito intestinal, Bolsonaro deveria se afastar inteiramente do cargo. Porém, Carlos, Flávio e Eduardo bateram o pé. Ficaram desconfiados depois da viagem do pai a Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico, quando Mourão se mostrou proativo e falante. O temor é que o prestígio do general entre os militares ganhe proporções políticas. Vale lembrar que o governo conta com sete ministros militares e mais de 40 membros das Forças Armadas no segundo escalão.
ALTA POTÊNCIA
Num governo em que os ministros não se destacam exatamemte pela discrição, TEREZA CRISTINA, titular da pasta da Agricultura, até que vem se saindo bem – só chegou aos trending topics ao se queixar de Gisele Bündchen. Mas a deputada federal, licenciada do DEM-MS, usa algo do comportamento explosivo dos colegas de outra maneira – falando grosso ao telefone com governadores. Dizem, à boca pequena, que nessas horas ela lembra Dilma Rousseff pensando em Joaquim Levy.
SALVE, SALVADOR A cidade de Salvador parece que está novamente em alta no mercado. Um pré- dio de apartamentos será lançado em breve em frente ao Fera Palace Hotel, um dos mais sofisticados da capital, pelo próprio grupo hoteleiro. O edifício ficará entre a Praça Castro Alves e o Pelourinho. Além disso, comenta-se que o grupo Four Seasons estaria de olho em um hotel para reformar e fincar sua bandeira. O mais cotado é o Salvador Praia Hotel, que tem uma praia particular.
NA ONDA
Antônio Carlos de Almeida Castro, o KAKAY, é o mais novo frequentador assíduo de Trancoso, na Bahia. O advogado acaba de construir lá uma casa na mata, com acesso direto ao rio Trancoso, de onde ele parte em passeios de caiaque. Kakay tem demonstrado ser fera no comando. Outra atividade comum, claro, tem sido curtir a praia – já tem até o seu boteco preferido com pé na areia: o do hotel Uxua.
ALTO LÁ Quem curtiu o verão em Paraty e resolveu navegar pelas praias da região tomou um susto ao passar pela praia de Santa Rita. É lá, no meio da mata, que fica a mansão de veraneio atribuída a Paula Marinho, filha de João Roberto Marinho, da Rede Globo. A casa, com três andares, batizada de Paraty House, teria sido construída numa área de preservação ambiental e conta com vigilância ostensiva de guarda-costas que fazem cara feia para quem se aproxima do local. Quem quer que seja proprietário do imóvel, o que Paula refuta ser, não admite que a mansão seja sequer clicada. Mantenha distância.
CÂMBIO, DESLIGO
Em meio ao zero a zero da economia brasileira, um segmento não sentiu a crise. Ou melhor, sentiu-a positivamente. Um executivo ligado a uma multinacional que vende produtos para videoconferências contou à coluna que sua empresa faturou como nunca em 2018. O motivo? Em tempos de torneiras fechadas, as grandes companhias diminuíram o número de viagens de seus executivos, trocando-as por conversas em vídeo. O tempo gasto em deslocamentos de trânsito foi apontado como um dos fatores para o crescimento da empresa. Segundo estudo do Gartner Group, dentre as soluções de comunicação, a videoconferência pode movimentar US$ 7,76 bilhões até 2022.
LUXO À LUSITANA
A publicitária THAYA MARCONDES, que acaba de deixar a agência PROS, está de mudança para Portugal, levando na bagagem sua expertise em mercado de luxo. Seu evento inicial lá será a LuxuryLab.EURO, que, após sete edições de sucesso na Cidade do México, uma em São Paulo e outra em Miami, prepara sua primeira edição na Europa, em maio, em Cascais. “Desejo levar a expertise que conquistei no Grupo LBN, no qual nos especializamos em criar experiências e relacionamentos das marcas com seus consumidores. Quero mostrar como atender bem os clientes acostumados com o calor humano do brasileiro”, conta Thaya. LuxuryLab é conhecido como o mais importante fórum de inteligência e tendências do mercado de luxo na América Latina.
É permissível a cada um de nós morrer pela sua fé, mas não matar por ela
3 PERGUNTAS PARA...
RODRIGO BERTOCCELLI, presidente do Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial (IBDEE) e um dos coordenadores do Manual de Compliance (ed. Forense)
A OPERAÇÃO LAVA JATO TROUXE NOVOS PARADIGMAS PARA O COMPLIANCE NO BRASIL?
Compliance é estar em conformidade com algo, estar em conformidade com normas e condutas que as organizações entendem como adequadas. No caso da Lava Jato, sim, ela trouxe novos paradigmas se imaginarmos que a Lei Anticorrupção (nº 12.846), de 2013, foi editada antes da revelação da primeira fase da operação. Deste modo, um novo padrão foi o que motivou o pacote de medidas apresentado recentemente pelo ministro [da Justiça] Sérgio Moro e que integra um sistema de combate à corrupção do qual a lei 12.846 faz parte. A diretriz é um instrumento que tipifica o que é um ato de corrupção e aplica multas que podem chegar até 20% do faturamento bruto do exercício anterior.
QUANTO O BRASIL AINDA PRECISA EVOLUIR NO TEMA EM RELAÇÃO A OUTROS PAÍSES?
Até mesmo a literatura brasileira é carente sobre compliance. Por isso essa proposta do Manual de
HERMANN HESSE
Compliance, a de elaborar uma coletânea para que profissionais que irão enfrentar esse desafio possam ter uma obra como referência, como bússola. A maturidade dos sistemas de compliance está relacionada à cultura de conformidade. É difícil nos compararmos, por exemplo, com os Estados Unidos, que editaram a FCPA [Foreign Corrupt Practices Act] em 1977 e, portanto, têm mais de 40 anos de experiência. Existem três fases para um programa desses ser adotado. A primeira é a fase formal, aquela em que o empresário busca um código de ética e elabora procedimentos no papel. A segunda, esta em que o Brasil se encontra, é a da efetividade. Nela, as autoridades, os órgãos reguladores e o mercado já estabeleceram parâmetros e procedimentos para aferir a efetividade de compliance. E a terceira é cultural, em que o Brasil ainda não está, mas países desenvolvidos como a Alemanha, sim. Nessa fase as pessoas não corrompem porque entendem que fazer o certo é o mais correto. Porém, se no Brasil ainda não atingimos tal maturidade cultural, o fato de estarmos na segunda etapa em cinco anos da vigência da Lei Anticorrupção é um excelente sinal.
DIVERSOS CASOS DE CORRUPÇÃO DESTRUÍRAM NOS ÚLTIMOS ANOS A REPUTAÇÃO DE GRANDES COMPANHIAS E ENTIDADES COMO PETROBRAS, ODEBRECHT, NISSAN, SIEMENS, FIFA, ENTRE OUTRAS. QUAL CASO LHE CHAMOU A ATENÇÃO NO QUE DIZ RESPEITO AOS SISTEMAS DE COMPLIANCE?
Odebrecht. Porque é o único grupo que foi submetido a dois entes fiscalizadores: o Departamento de Justiça americano e o Ministério Público Federal brasileiro – em razão do acordo de leniência firmado. A exigência e o enforcement dessas autoridades estimularam que o Grupo Odebrecht obrigasse toda sua cadeia produtiva a ter o mesmo rigor que ele está sendo demandado. Claro que não podemos dizer que é um case de sucesso, porque ainda estamos em fase de estruturação, colocando em prática o acordo de leniência. Mas certamente é uma referência para o mercado.
EM FEVEREIRO, A MULHER E O HOMEM DE PODER VÃO...
RENOVAR a assinatura para a temporada 2019 da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). Ao longo do ano ela faz mais de 100 concertos na Sala os treinamentos. Não deixe para
São Paulo, sempre com solistas e regentes de destaque ESCOLHER um curso de interesse para expandir o conhecimento em 2019
LER o novo romance de Haruki Murakami, O Assassinato do Comendador – Vol. 1, em que mais uma vez o ficcionista japonês, eterno candidato ao Prêmio Nobel, constrói habilmente mundos paralelos e cria personagens inesquecíveis
CONHECER o museu dedicado às cadeiras brasileiras, em Belmonte, na Bahia, na casa onde o arquiteto Zanine Caldas cresceu. O local foi projetado por seu filho, Zanini de Zanine, e a curadoria é de Christian Larsen, do The Metropolitan Museum of Art, de Nova York
MONTAR uma playlist no Spotify com os sons que embalaram as férias. Porque música é ótima forma de guardar bons momentos na memória PLANEJAR uma viagem pela África para 2019. Com desertos, dunas, praias e safáris, a Namíbia é um dos destinos mais bacanas e luxuosos da região. Seu deserto costeiro é o mais antigo do mundo, com cerca de 43 milhões de anos
ACOMPANHAR de perto os primeiros atos dos deputados e legislativas. Dezenas de aplicativos para celular ajudam a ficar de olho em quem você ajudou a eleger
SONHAR com a abertura do resort Aman , em Kyoto, no Japão, e garantir sua reserva
INVESTIR em Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs), uma das apostas dos especialistas para 2019. No mercado de ações, setores que devem ter bons resultados no ano são os de infraestrutura, siderurgia, energia, bancos e varejo
DECIDIR qual nova atividade física praticar – e iniciar sem demora senadores nas respectivas casas
amanhã o que você pode suar hoje
RELERO Apanhador no Campo de Centeio (The Catcher in the Rye), clássico que influenciou uma geração de escritores, em comemoração ao centenário de J. D. Salinger
GARANTIR os ingressos do Cully Jazz Festival, que acontece em abril. Apesar de ser um dos maiores da Suíça, o evento mantém a atmosfera intimista e ocorre numa pequena vila de uma região vitivinícola nas margens do Lago de Genebra. Entre os destaques deste ano estão Stanley Clarke e Rhoda Scott Ladies All Star
CONSUMIR de forma mais consciente. Planejar suas compras, considerar os impactos de consumo e reutilizar produtos e embalagens são práticas a ter em vista
CAUSÍDICOS COM CAUSA
Defender clientes gratuitamente, pró-bono, como se diz, não é incomum no Direito, mas apoiar comunidades carentes, pessoas em situação de vulnerabilidade social e até indígenas do Alto Xingu já não é a coisa melhor compartilhada pelos escritórios de advocacia brasileiros. Com uma equipe majoritariamente feminina, o WZ, de São Paulo, vem inovando na preocupação social e em responsabilidade socioambiental. “Enxergamos esse nosso ofício como um meio efetivo de transformação social”, diz o sócio Alexandre Zanotta, que ainda encontra tempo para atuar como vice-presidente do Palmeiras. com reportagem de dado abreu e fábio dutra
PODER INDICA
RICARDO FLEURY SILVEIRA, EMILIANO BEYRUTHE E IQUINHO FACCHINI
DIGITALMENTE ESPECIAL
O ano de 2019 promete ser promissor para a agência de marketing ao vivo MULTICASE, que completará dez anos em novembro. Motivos para o otimismo vão além do aniversário.
Com novos clientes na carteira, como Weber Quartzolit e Azeite Andorinha, além de 100% das antigas parcerias renovadas, a companhia decidiu apostar pesado no digital. “As marcas querem resolver o on-line e o off-line no mesmo lugar, com a mesma agência”, revela Ricardo Fleury Silveira, diretor comercial e sócio da Multicase.
Uma nova divisão irá cuidar da comunicação e do planejamento estratégico das marcas, desenvolver projetos de branded content, direcionar investimentos em mídia on-line – com foco em resultados – e cuidar das redes sociais dos clientes gerando maior interação e engajamento com o consumidor.
Para isso, cinco novos executivos juntaram-se ao time da Multicase que, no fim do ano passado ainda teve o orgulho de ser premiada com a certificação internacional Great Place to Work, ranking que reconhece e atesta as corporações com os melhores ambientes de trabalho em mais de 50 países ao redor do mundo.