PODER EDITORIAL
O
Brasil é um pouco o país do “se”. O país do condicional: se não fôssemos colonizados por Portugal, se não tivéssemos escravos até a República, se não furássemos o mar atrás de petróleo, se não escalássemos Toninho Cerezo, se não incorporássemos quinquênios na aposentadoria do funcionalismo, se o Rio não fosse capital olímpica, se Tancredo Neves saísse do hospital... quem sabe estivéssemos melhor. Talvez. É possível. Mas assim o Brasil seria mesmo o Brasil? Difícil saber. Mas tente explicar o país para um estrangeiro. Pois é: PODER chega neste março a seu 11º aniversário tentando explicar o Brasil a nós mesmos – mostrando seus protagonistas, seus malucos-beleza, seus carregadores de piano, seus pensadores, seus bons e maus selvagens. Este mês o empresário Daniel Rossi, da Capitale, exibe a nova cara do nosso empresariado: ele não quer só dinheiro, mas energia limpa. E energia é quase amor. Também está aqui o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que herdou a cadeira de João Doria e já começa a imprimir sua marca, bem mais discreta. Aos 38 anos, ele lembra um velho político, guardando as frases de efeito e as declarações bombásticas para o momento adequado – estamos esperando, Bruno. Discutimos aqui também a masculinidade: será o século 21 o último ato da jornada do macho? Se depender da energia que emana de Brasília, não sei não... Com ou sem eles, a mulher chegou lá, e executivas como Roberta Medina, Thereza Moreno e Giovana Baggio mostram como liderar com confiança e personalidade. No mais trouxemos aqui o jovem trio do InternetLab, que quer discutir o limite – ou a falta dele – da rede no dia a dia, a tecnologia para cuidar do corpo e os cenários insólitos de Sergipe. Onze anos? Estamos apenas começando. 11.
G L A M U RA M A . C O M