Nesta obra, é lançado o olhar para os séculos IV e V da era cristã de modo a observar como as ondas migratórias repercutiram no contexto social, econômico, político, religioso e educacional. Naquelas circunstâncias, o Império Romano desagregado não teve como assegurar os direitos dos imigrantes bárbaros e, desse modo, a igreja, em seus esforços de cristianizá-los, foi quem ofereceu a guarida cultural que os bárbaros almejavam.
Nesse contexto que Santo Agostinho viveu é que foram forjadas suas proposições para a educação e o ensino dos remanescentes romanos e dos bárbaros. Diante desse desafio, o autor elaborou sua proposta de educação em virtude do seu comprometimento cristão. Para isso, utilizou do seu arcabouço teórico de formação cristã e em retórica, mediante o qual preservou as bases do conhecimento produzido pelo homem na Antiguidade e elegeu estratégias para o ensino.