Projetos Educacionais - Volume 4

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Daniele Fernanda da Silva

(Organizadora)

Volume 4

ISBN 978-85-5953-038-4

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Daniele Fernanda da Silva

(Organizadora)

Volume 4



Daniele Fernanda da Silva

(Organizadora)

Volume 4

SĂŁo Carlos 2018


Copyright © 2018 – Todos os direitos reservados.

P964959

Projetos Educacionais – Volume 4 / organizadora: Daniele Fernanda da Silva. São Carlos, 2018.

109 p. ISBN 978-85-5953-038-4 1. Educação. 2. Educação Infantil. 3. Alfabetização. 4. Ensino. I. Org. II. Título. CDD 370

Revisão, Editoração, e-pub e impressão:

Rua Juca Sabino, 21 – São Carlos, SP (16) 3364-3346 | (16) 9 9285-3689 www.editorascienza.com.br gustavo@editorascienza.com


Sobre os Autores Adriana de Marco

Licenciatura em Pedagogia (UNIP) e Pós Graduação em Alfabetização com ênfase em: “ Música - uma estratégia em busca da aprendizagem e desenvolvimento”. Formação inicial: Magistério (CEFAM). Docente da rede municipal de São Carlos-SP - Educação Infantil.

Adriele Helena Beli

Formada pelo Magistério CEFAM , graduada em Engenharia da Computação pelo Centro Universitário Paulista (UNICEP), Pedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN). Especialista em Educação Infantil pela Universidade da Cidade de São Paulo (UNICID).

Aline Moraes de Angelis

Pedagogia Licenciatura Plena Especialização em Gestão e Educação Infantil

Amanda Cristina Marangoni

Cursou Magistério CEFAM Miguel Petrilli, formada em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná, Especialista em Planejamento, Implementação e Gestão pela UFF, Especialista em Educação e Sociedade pela Faculdade Barão de Mauá, Especialista em Neuropsicopedagogia pela UFC. Atua na rede Municipal de Ensino de São Carlos na Educação Infantil.

Ana Carolina Misale de Simone

Licenciada em Pedagogia pelo Centro Universitário Central Paulista (UNICEP) e em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Educação Infantil pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Especialista em Psicopedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN), Especialista em Ética, valores e saúde, com ênfase em epilepsia pela Universidade de São Paulo (USP).

Ana Cecilia Vicenssote Bueno

Professora na rede municipal de Ensino de São Carlos desde 2004. Atualmente atuando no ensino Fundamental.

Ana Lucia Soares

Cursou Magistério, formada em Pedagogia, especialista em Psicopedagogia E Educação Escolar pelo Centro Universitário Paulista (UNICEP). Atua na rede Municipal de Ensino de São Carlos.

Analu Thomazinho Aranda

Professora da Rede Municipal de São Carlos. Graduada em Pedagogia pela Unicastelo-Universidade Camilo Castelo Branco-2010. Graduada em Artes Visuais pela Famosp- Faculdade Mozarteum de São Paulo-2017. Pós graduação pela Barão de Mauá em Educação Inclusiva, Educação Infantil e Ensino Lúdico.

Andreia Aparecida Gonçalves Ramos

Formada em Magistério, Licenciada em Pedagogia, Letras e Artes Visuais. Especialista em Psicopedagogia Institucional e Educação Ambiental. Atualmente lecionando na Prefeitura Municipal de São Carlos, educação infantil

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Pensando em Educação - Volume 4

Anna Paula Tarra Betassa Tovani Cardeal

Licenciada em Pedagogia (USP) e Especialista em Educação Infantil (UFSCar). Docente da rede municipal de São Carlos/SP - Ed. Infantil.

Ariane Destro

Graduada em Ciências Sociais, Pedagogia e História. Especialista em Educação Musical, Arte e Educação e Ensino Lúdico. Atua como professora de educação infantil na Prefeitura Municipal de São Carlos - SP.

Aurea Cristina Feliciano Lombardo

Formada em pedagogia pela Unicamp, especialista em educação Étnico Racial pela Universidade Federal de Sao Carlos e em Educação Especial pela São Luís. Atua na prefeitura de São Carlos.

Bruna Marcela Rodrigues

Cursou Magistério CEFAM Miguel Petrilli, formada em Pedagogia pela Unicastelo, Especialista em Educação Infantil. Atua na rede Municipal de Ensino de São Carlos na Educação Infantil e na rede Municipal de Ensino de Ibaté no ensino fundamental.

Carla Aparecida Conti

Graduada em Letras e Pedagogia. Especialista em Educação Infantil. Formação inicial: Magistério. Atua na rede municipal de Ensino, São Carlos-SP e na Rede Municipal de Descalvado – SP.

Carla Fernanda Florencio Lopes

Magistério (CEFAM), licenciatura em pedagogia (UFSCar), licenciatura em artes visuais (UNIMES), especialização em educação infantil (UFSCar), especialização em psiccopedagogia (ULBRA). Atua no ensino fundamental e médio estadual e atualmente na educação infantil municipal e particular (15 anos).

Carla Fernanda Nicolau

Formada pelo Magistério CEFAM, graduada em Letras e Pedagogia, Especialista em Educação Infantil e Ética, valores e cidadania na escola. Professora na Educação Infantil desde 2008 na rede Municipal de Ensino de São Carlos.

Carolina Balbino

Professora da Rede municipal de ensino da cidade de São Carlos. Bacharelado em Farmácia bioquímica; Universidade Central Paulista (UNICEP). Licenciatura em Biologia e ciências naturais; Universidade de Franca (UNIFRAN). Licenciatura Português/ Inglês; Faculdade da Aldeia de Carapicuíba (FALC). Licenciatura Pedagogia; Universidade de Araras (UNAR). Especialista em Gestão Escolar; Universidade da Cidade de São Paulo (UNICID). Especialista em Psicopedagogia; Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). Especialista em Direito Educacional; São Luís de Jaboticabal.

Cláudia Helena Paulino Bogas

Magistério E.E. Álvaro Guião, Pedagoga formada Unicep SC, Especialista em Ed. Infantil Faculdade Claretianas, Especialista em Arte e Educação e Neuropsicopedagogia pela FCE (Faculdade Campos Elíseos). Atua no Magistério há 29 anos e na Rede Municipal de Ensino de São Carlos há nove anos como professora da Ed. Infantil.

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Sobre os Autores

Daiana Branco Manfio Ponce

Graduada em Pedagogia e História, realizou pós graduação em Psicopedagogia Clínica e Alfabetização e Letramento.

Daniela Campaner Parciasepe

Formada em Pedagogia e Especializada em Educação Especial. Formação inicial Magistério. Docente da rede municipal de São Carlos/SP - Educação Infantil.

Daniela Regina Thomaz Ferreira

Cursei Magistério no extinto CEFAM. Graduação em Artes Visuais pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes). Cursando como segunda graduação Pedagogia pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes). Atualmente, professora de educação infantil na rede municipal de São Carlos.

Daniele Fernanda da Silva

Formada em Magistério (CEFAM, 2003), graduada em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) e Licenciada em Artes Plásticas pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Especialista em: Educação para as Relações Étnico-raciais (UFOP), Educação Infantil pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) e Psicopedagogia pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). Atua na rede municipal de ensino da cidade de São Carlos.

Eliane Françoso Tassim Salatino

Formada em Magistério pela escola EE Dr. Alvaro Guião, licenciada em Pedagogia com habilitação em Administração escolar pela UNICEP e Português e Inglês pela Faculdade da Aldeia de Carapicuiba, Especialista em Educação Especial pela Faculdade São Luis. Professora de Educação Infantil na rede Municipal de São de Carlos, atualmente atua como diretora de escola.

Eliane Cristina Martins de Castro

Formada em Pedagogia. Especialista em Educação Infantil e Psicopedagogia Institucional. Atualmente lecionando na Prefeitura Municipal de São Carlos, educação infantil.

Elizabete Ulbrick Jorge

Formada em magistério (CEFAM), graduada em Pedagogia na Universidade Hermínio Ometto (Uniararas). Especialista em Educação Infantil pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Atua na educação Infantil há 6 aos na Prefeitura Municipal de São Carlos.

Elizandra Aparecida Luiz

Cursou CEFAM, formada em Pedagogia pela UNINOVE de Bauru, Letras realizado pela Universidade Paulista (UNICEP) São Carlos; Pós graduada em Administração Escolar, Psicopedagogia institucional e Educação Infantil pela Faculdade São Luis de Jaboticabal. Atualmente cursando Licenciatura em História pelo Centro Universitário de Araras UNAR. Leciona na rede Municipal de São Carlos.

Esleide de Cassia Rodrigues

Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia, Direito Educacional e Gestão de Recursos Humanos em Educação, experiência profissional por 5 anos na divisão de Educação para o Trânsito, 3 anos com o Gestora comunitária em Educação e professora de Artes no programa Mais Educação, Prefeitura Municipal de São Carlos.

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Pensando em Educação - Volume 4

Fabiana Santos Souza Pinesso

Formada em Magistério pela Escola Estadual Conde do Pinhal – CEFAM, graduada em pedagogia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESP Campus de Ararquara, e em Artes Visuais pela Faculdade Mozarteum de São Paulo – FAMOSP, éspecialista em Educação Especial e Inclusiva pela Universidade de Franca – UNIFRAN, docente da rede municipal de São Carlos.

Flaviane Gomes da Costa

Graduada Pedagogia pela Faculdade de Ciências e Letras (UNESP) e em Artes Visuais pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Especialista em Psicopedagogia Institucional pelo Centro Universitário Claretiano e em Educação Infantil e Anos Iniciais e Alfabetização e Letramento pela Uniasselvi. Atua como professora da Educação Infantil na Prefeitura Municipal de São Carlos-SP.

Francimeire de Sousa Zepon

Formada no Curso de Magistério, foi professora efetiva de Ed. Infantil e Ensino Fundamental 1 de 2003 a 2007 em Guarulhos – SP. Desde 2009 atua como professora efetiva de educação infantil na Prefeitura Municipal de São Carlos-SP.

Gabriela Bueno Denari

Bacharela e Mestra em Química pela USP, licenciada em Ciências Exatas pela USP, pedagoga pela UNINOVE e doutoranda em Educação para Ciência pela UNESP.

Glauce de Souza Possar Santana

Licenciada em Pedagogia pelo Universitário Central Paulista- UNICEP, Artes Visuais pela Universidade Metropolitana de Santos- UNIMES, docente da rede municipal de São Carlos.

Gleicimar Suffiatti

Formada em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) e especialista em Educação Inclusiva pela UNOPAR.

Gretta Kerr Mandruzato

Bacharelado em fisioterapia; Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO). Licenciatura em pedagogia; Universidade de Araras (Unar). Especialização em Gestão Escolar; Faculdade Campos Elíseos (FCE). Especialização em Relações étnico-raciais; Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Especialização em Ciências; Universidade de São Paulo (CDCC-USP).

Jucimare Carina Pessan Pinheiro

Graduada em Pedagogia pela UNIP – Universidade Paulista, pós-graduada em Psicopedagogia com contexto Inclusivo pela Faculdade Finom, Educação Infantil e Séries Iniciais pela Universidade Uniasselvi, Alfabetização e Letramento pela Universidade Finom e atualmente cursando Segunda Licenciatura em Geografia pela Faculdade Campos Elíseos. Atua como professora da Educação Infantil na Prefeitura Municipal de São Carlos-SP.

Karem Rodrigues

Cursou magistério, formada em Pedagogia e Educação Física. Realizou pósgraduação em Psicopedagogia e Educação Infantil- Desafios e Perspectivas e Gestão Educacional em Educação Infantil.

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Sobre os Autores

Lauri de Freitas Petilli Zopelari

Formada em Magistério Dr. Alvaro Guião, graduada em Educação Artística pela Faculdade São Luís, em pedagogia pela Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES, Especialista em Educação Infantil pela Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, Em Mídias na Educação pela Universidade de São Paulo – USP, docente da rede municipal de São Carlos.

Luciana Arruda Minuchelli

Cursou Magistério e Licenciatura plena em Pedagogia. Especialista em Supervisão Escolar e Educação Infantil, pós graduada em Didática e Tendências Pedagógicas e Educação para Relações Étnico Raciais no Brasil. Atualmente atua como professora na rede Municipal de Ensino de São Carlos.

Luciana Marcondes Cesar

Concluiu o Magistério (1991), realizou graduações em História (UNICEP) e Pedagogia (UNOPAR), pós-graduação em Educação Especial (Faculdade São Luís). Trabalhou como docente na rede Estadual e atualmente é professora concursada de Educação Infantil da Rede Municipal de São Carlos-SP.

Márcia Altimira Gradin Martinez

Bacharel em Direito (FADISC). Especialização em Psicopedagogia Institucional e em Educação Ambiental (UNICID). Formação inicial: Magistério. Atua na Educação Infantil de São Carlos-SP.

Marcia Elisa Canova

Pedagoga e Especialista em Docência na Educação Infantil e Séries Iniciais, Educacão Musical, Psicopedagogia e Educação Especial. É professora da Educação Infantil na rede Municipal de São Carlos.

Marcia Marcela Takaessu Domingos

Licenciada em Pedagogia (UNICEP), Artes Visuais e História (UNIMES). Especialista em: Educação para as Relações Étnico-raciais (UFOP), Psicopedagogia Clínica e Institucional (UNICEP), Educação Infantil (UNICID) e Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável - Faculdades de Educação São Luís. Formação inicial - Magistério. Docente da rede municipal de São Carlos/ SP - Ed. Infantil.

Márcia Rosa da Silva

Formada em Magistério, graduada em Pedagogia pela ULBRA (Universidade Luterana do Brasil), História pela UNICEP (Universidade Central Paulista), Letras pelo Instituto Superior Elvira Dayrell, pós-graduada em Educação Especial: Práticas Inclusivas na escola pela EDUCON (Sociedade de Educação Continuada), Psicopedagogia pela FAEL (Faculdade Educacional da Lapa), Educação Infantil pela UNIMES (Universidade Metropolitana de Santos). Atua como professora da Educação Infantil na Prefeitura Municipal de São Carlos-SP.

Maria Aparecida dos Santos Franco

Graduada em Pedagogia pela UNIARARAS . Especialista em Gestão Escolar pela UNICEP, em Educação Infantil pela UNICID, em Educação para as relações Étnicoraciais pela UFSCAR e educação inclusiva pela SÃO BRÁS.

Maria Augusta Fahl

Cursou Magistério, graduada em Pedagogia e Ciências Contábeis. Especialista em Gestão de Recursos Humanos em Educação e Direito Educacional. Atualmente trabalha na rede municipal de ensino em São Carlos na educação infantil.

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Pensando em Educação - Volume 4

Maria de Lourdes Pereira

Licenciada em História e Normal Superior. Especialista em Psicopedagogia, Ensino Lúdico e História e Cultura Afro- brasileira. Docente da rede municipal de São Carlos-SP e Ibaté - SP.

Maria Eunice da Silva

Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente atua como professora de Educação Infantil na Prefeitura Municipal de São Carlos.

Maria Helena da Silva Leal

Realizou Pedagogia na Universidade Estadual Julio de Mesquita Filho Campus, especialista em Educação Infantil pela Faculdade de Educação São Luis Jaboticabal.

Mariana Cristina Migliati

Cursou Magistério CEFAM Miguel Petrilli, formada em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná, Especialista em Educação Infantil: Desafios e perspectivas pela Faculdade São Luis, Especialista em Educação Especial Inclusiva pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci; Especialista em Gestão Educacional e Educação Infantil pela Universidade Candido Mendes. Atua na rede Municipal de Ensino de São Carlos na Educação Infantil e no Colégio Passatempo.

Mariana de Fátima Schiabel

Professora da rede municipal de ensino da cidade de São Carlos. Licenciatura em Letras (Fadisc). Licenciatura em Pedagogia (Uninove). Especialista em Educação Ambiental Faculdade São Luís. Especialista em Educação Infantil- Faculdade São Luís.

Michele Carrasco Salvador

Professora de Educação Infantil da rede municipal de São Carlos desde 2007, formação inicial no magistério (CEFAM), licenciatura em Pedagogia e especialista em Educação Infantil.

Michele Varotto Machado

Formada em pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos, possui mestrado e doutorado em Educação com estudos voltados para História da Educação Infantil e desenvolvimento da criança de 0 a 5 anos. Professora efetiva da educação infantil na prefeitura de São Carlos.

Michele Yabuki

Formada em magistério pelo CEFAM, licenciada em Pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil, com especialização em Gestão Escolar pelo Centro Universitário Barão de Mauá e Gestão Pública pela Universidade Federal de São Carlos. Atua como professora de Educação Infantil na Prefeitura Municipal de São Carlos-SP desde 2006.

Neila Pires

Formada em Pedagogia pela Universidade de Uberlandia (ULBRA) e atua na Educação Infantil na Prefeitura Municipal de São Carlos.

Pamela Cristine Carrasco Salvador Nery

Formada no magistério pelo Centro de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (CEFAM), Graduada em Pedagogia pela Universidade Paulista (UNIP), Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Centro Universitário Central Paulista (Unicep), Professora de Educação Infantil na Rede Municipal de Educação de São Carlos desde 2008.

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Sobre os Autores

Patrícia Pereira

Mestre em Educação pelo Programa de Pós-graduação Profissional em Educação da UFSCar. Aluna de Especialização em Gestão Pública pelo Programa de Pósgraduação da UFSCar/UAB. Especialista em Ética, Valores e Saúde na Escola pelo Programa de Pós-graduação da USP/UNIVESP. Especialista em Educação Infantil pelo Programa de Pós-graduação da UNICEP. Pedagoga pela UNESP. Formação docente inicial pelo CEFAM. Docente de Educação Infantil da Prefeitura Municipal de São Carlos, SP. Docente dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Rede Estadual de Ensino de São Paulo, SP.

Paula de Campos Babenko

Bacharel e Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (2001; 2003). Licenciada em Pedagogia pela Universidade Metropolitana de Santos (2016). Professora da rede municipal de São Carlos. Tem experiência em pesquisas e publicações na área de Antropologia e, mais recentemente, Educação.

Regiane Maia Bogas

Cursou Magistério na Escola Alvaro Guião, Pedagogia pelo Centro Universitário Paulista (UNICEP), especialista em Educação Infantil pela Universidade da Cidade de São Paulo. Atualmente atua na educação infantil pela rede Municipal de São Carlos.

Renata Correa Dorta de Oliveira

Cursei magistério na escola Edésio Castanho. Normal Superior pela UNIARARAS. Especialização em Educação Ambiental, Educação Infantil e Educação para as Relações Étnico Raciais, todas pela faculdade São Luis. Cursando segunda licenciatura em História pela Faculdade Campos Eliseos (FCE). Atualmente professora de Educação Infantil na rede municipal de São Carlos e Ibate.

Sandra Regina do Nascimento

Pedagoga com Habilitação em deficiência mental Unesp Araraquara, especialista em educação infantil, UFSCar, mestranda em educação, UFSCAR

Shirley Gava

Especialização em Gestão Escolar (Universidade Federal de São Carlos – 2013), Educação Infantil (Centro Universitário Central Paulista – 2005) Fisiologia do Exercício (Fundação Educacional de São Carlos – 1996). Formação em Pedagogia (2003) e Educação Física (1995) com atuação na rede pública municipal de São Carlos desde 1998 (prioritariamente com crianças de quatro a seis anos).

Sidnéia Rosana da Silva

Realizou Magistério na IADE – Instituto Avançado de Desenvolvimento Educacional Ltda. Atua na rede Municipal de Ensino de São Carlos, Educação Infantil.

Silvana Gonsales Joaquim Mira

Formação inicial: Magistério. Licenciada em Pedagogia, Especialista em Educação Especial e Psicopedagogia. Atua na educação infantil na rede Municipal de São Carlos.

Simone Graziela Vicente da Silva Nascimento

Graduada em Pedagogia pela Universidade Paulista UNIP, em Artes Visuais pela Universidade Metropolitana de Santos- UNIMES, Especialista em Psicopedagogia Clinica e em Psicopedagogia Institucional pelo Centro Universitário Central Paulista – UNICEP, em Educação Infantil pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, docente da Rede Municipal de São Carlos.

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Pensando em Educação - Volume 4

Tatiane Cristina Gomes de Lima

Formada em magistério (CEFAM), graduada em Pedagogia na Universidade Hermínio Ometto (Uniararas). Especialista em Educação Infantil pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Atua na educação Infantil há 6 aos na Prefeitura Municipal de São Carlos.

Valéria da Silva Gomes

Formada em Magistério (CEFAM, 2003), graduada em Licenciatura em Matemática pela Universidade Paulista (UNIP) e especializada em Educação Especial. Atua na Educação Infantil há 10 anos na Prefeitura Municipal de São Carlos.

Vanessa Célia de Oliveira Novais

Professora da Rede municipal ensino da cidade São Carlos. Licenciada em Educação Fisica (UNICEP). Licenciatura pedagogia (Unar). Especialista em Ludicidade (FCE). Especialista em Educação Infantil (FCE). Especialista em cultura África (FCE). Especialista para as Relações Étnico - Raciais (UFSCar).

Vani Aparecida Bueno de Oliveira Denari

Formada em Magistério. Graduada em Pedagogia e especialista em psicopedagogia. Professora da Educação Infantil da rede Municipal de Ensino de São Carlos – SP.

Vania Maria Piassi Pereira do Amaral

Realizou Magistério no Diocesano São Carlos, complementação pedagógica na Faculdade São Luis Jaboticabal, Educação Física na Fundação Educacional São Carlos e especialização em Didática e Tendencias Pedagógicas, Alfabetização e Letramento e Educação Especial pela Faculdade São Luis Jaboticabal.

Viviane Aparecida do Nascimento Santos

Cursei magistério no extinto CEFAM. Graduada em Pedagogia licenciatura plena pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Especialização em Educação Ambiental, Educação Infantil e Educação para as Relações Étnico Raciais, todas pela faculdade São Luis. Cursando segunda licenciatura em História pela Faculdade Campos Eliseos (FCE). Atualmente professora de Educação Infantil na rede municipal de São Carlos.

Wanessa de Souza Parente

Cursei magistério no extinto CEFAM. Graduada em Letras licenciatura plena pela Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO) e Pedagogia pela UNINOVE. Especialização em Educação Infantil pela São Luís, Educação para as Relações Étnico Raciais pela UFSCar e Artes pela UCAMPROMINAS. Cursando segunda licenciatura em História pela Faculdade Campos Eliseos (FCE). Atualmente professora de Educação Infantil na rede municipal de São Carlos.

Wirley Regina Marchi

Formada em Pedagogia, professora de educação infantil e EJA (educação de jovens e adultos) na prefeitura Municipal de São Carlos.

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Sumário Projeto Didático: “Bom Dia, Todas as Cores”.................................................. 15 Adriele Helena Beli, Maria Eunice da Silva, Michele Carrasco Salvador, Pamela Cristine Carrasco Salvador Nery, Valéria da Silva Gomes

Projeto Amizade A Inclusão Vivenciada Através da Amizade, Respeito e Solidariedade..................................................................................................... 19 Amanda Cristina Marangoni, Bruna Marcela Rodrigues, Mariana Cristina Migliati

Projeto: Exercitando a Leitura com o Microfone............................................ 21 Ana Cecilia Vicenssote Bueno

Projeto Leitura: Joãozinho e o Pé de Feijao.....................................................23 Andreia Aparecida Gonçalves Ramos, Eliane Cristina Martins de Castro, Eliane Françoso Tassim Salatino

Nosso Corpo é Assim........................................................................................ 27 Carla Aparecida Conti, Luciana Arruda Minuchelli, Ana Carolina Misale de Simone, Silvana Gonsales Joaquim Mira, Luciana Marcondes Cesar

Cultivando Aprendizagens................................................................................ 31 Carla Fernanda Nicolau, Elizabete Ulbrick Jorge, Tatiane Cristina Gomes de Lima

Pequenos Cientistas: Descobrindo Animais na Escola....................................35 Carolina Balbino, Analu Thomazinho Aranda, Mariana de Fátima Schiabel, Gretta Kerr Mandruzato, Vanessa Célia de Oliveira Novais

Práticas Educacionais de Êxito na Educação Infantil....................................... 41 Cláudia Helena Paulino Bogas, Daniele Fernanda da Silva, Regiane Maia Bogas, Gleicimar Suffiatti, Ana Lucia Soares, Aurea Cristina Feliciano Lombardo, Márcia Altimira Gradin Martinez

Projeto Sobre Leitura A Literatura como Fonte de Possibilidades para a Aprendizagem na Educação Infantil.................................................... 46 Elizandra Aparecida Luiz, Ariane Destro

Obra de Arte – Grandes Descobertas............................................................... 51 Esleide de Cassia Rodrigues, Karem Rodrigues, Shirley Gava

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Pensando em Educação - Volume 4

“Era Uma Vez” Conte Outra Vez......................................................................58 Michele Varotto Machado, Francimeire de Sousa Zepon

Novas Tecnologias na Educação Infantil..........................................................63 Maria Helena da Silva Leal

O Lixo que Vira Brinquedo................................................................................ 72 Márcia Elisa Canova Bedendo, Aline Moraes de Angelis, Sandra Regina do Nascimento, Maria Augusta Fahl

Experiências Extraclasse...................................................................................78 Adriana de Marco, Anna Paula Tarra Betassa Tovani Cardeal, Daniela Campaner Parciasepe, Marcia Marcela Takaessu Domingos, Maria de Lourdes Pereira

Projeto Leitura para os Bebês..........................................................................83 Maria Aparecida dos Santos Franco, Daiana Branco Manfio Ponce, Paula de Campos Babenko, Vania Maria Piassi Pereira do Amaral, Neila Pires, Wirley Regina Marchi, Michele Yabuki

Projeto Girassol................................................................................................ 86 Patrícia Pereira

Projeto Diversidade........................................................................................... 91 Daniela Regina Thomaz Ferreira, Renata Correa Dorta de Oliveira, Viviane Aparecida do Nascimento Santos, Wanessa de Souza Parente

Projeto Quem sou Eu ?..................................................................................... 94 Sidnéia Rosana da Silva, Carla Fernanda Florencio Lopes

Projeto Griô: Uma Possibilidade de Discussão das Relações Étnico-Raciais na Educação Infantil................................................................. 96 Vani Aparecida Bueno de Oliveira Denari, Gabriela Bueno Denari

Projeto “Diversidade Já!”................................................................................101 Fabiana Santos Souza Pinesso, Glauce de Souza Possar Santana, Lauri de Freitas Petilli Zopelari, Simone Graziela Vicente da Silva Nascimento

Projeto Minhas Frutas Preferidas................................................................... 105 Márcia Rosa da Silva, Jucimare Carina Pessan Pinheiro, Flaviane Gomes da Costa

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Projeto Didático: “Bom Dia, Todas as Cores” Adriele Helena Beli Maria Eunice da Silva Michele Carrasco Salvador Pamela Cristine Carrasco Salvador Nery Valéria da Silva Gomes

Fase 4 Público Alvo Os alunos da Fase 4 e toda comunidade escolar.

Recursos 99Utilizar livros da autora Ruth Rocha disponíveis (escolas, acervo pessoal das professoras e biblioteca): Bom dia, todas as cores. 99Utilizar a coleção de 7 histórias narradas da coleção Ruth Rocha e das 7 músicas do Palavra Cantada. (CD Mil Pássaros - Sete Histórias de Ruth Rocha - Palavra Cantada), faixas 7 e 8. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.

A primavera da lagarta A borboleta e a lagarta A arca de Noé Noé Nosso amigo ventinho Do vento Bom dia todas as cores Camaleão Romeu e Julieta Romeu e Julieta Mil pássaros pelo céu Mil pássaros | 15


Projetos Educacionais - Volume 4

13. Lá vemo Ano Novo 14. Relógio

Intenções 99Explorar as histórias para que: • Identifiquem os cuidados necessários à preservação da vida e do ambiente. • Trabalhem as diversas formas de vida existentes no meio ambiente: fauna, flora, vida marinha; • Valorizem o meio ambiente e identifiquem-se como parte integrante e agentes de promoção do desenvolvimento sustentável. • Pratiquem o reaproveitamento e reciclagem de materiais (como garrafas plásticas e papel), deixando explícitas as vantagens de o fazê-lo. • Consigam sentir prazer pela leitura; • Desenvolvam a linguagem oral e a capacidade de ouvir; • Organizemideias e pensamentos; • Ampliem o vocabulário; • Tenham oportunidade para utilizar a criatividade. • Socializem-se. • Desenvolvam o pensamento reflexivo e crítico. • Dramatizem histórias infantis. • Explorarem os diversos tipos de linguagem como plástica, corporal, musical e dramática.

Estratégias 99Explorar os diversos cantinhos de leitura na Unidade Escolar (salas de aula, caixas de leituras, murais e cartazes, gibiteca, estantes); 99Ouvir histórias (CD, DVD, etc.); 99Ouvir a professora contar e recontar histórias dos livros da autora Ruth Rocha com diversos recursos: fantoches, vídeos, áudios, livros ... 99Contar e recontar histórias utilizando imagens, livros e fantoches; 99Utilizar a linguagem com intenções comunicativas e de modo eficaz, 99Conhecer dados biográficos da autora Ruth Rocha; 99Produzir reescrita com a professora como escriba; 99Produzir versões, utilizando as estratégias de leitura; 99Utilizar diferentes formas de escrita: panfleto, cartaz, bilhete, poema. 16 |


Projeto Didático: “Bom Dia, Todas as Cores”

99Trabalhar de forma coletiva e individual; 99Disposição de recursos gráficos e visuais; 99Ordenação da história como registro de compreensão; 99Conversas, comentários, interpretação e expressão de vivência por meio de diferentes formas de manifestação (gestos, desenhos, movimento, sons, etc.). 99Construir gráficos, como fonte de registro; 99Construir jogos; 99Reconhecer seres vivos; 99Registrar as etapas em forma de recurso visual e escrito; 99Compreender os diferentes tipos de paisagens 99Refletir sobre as diversidades; 99Desenvolver o conceito de valores e atitudes, 99Paisagem; 99Tempo; 99Espaço; 99Desenvolver a criatividade; 99Construir personagens seguindo passos e etapas (dobradura, guache, sucatas) 99Usar o desenho como recurso visual e de registro, 99Desenvolver habilidades com pintura, recorte (com as mãos e com ajuda) e colagem; 99Confeccionar e pintarpainéis; 99Explorar o uso social da escrita em diferentes aspectos: apresentar as informações disponíveis na capa; 99Estimular o conteúdo da leitura por meio da oralidade, criatividade e imaginação; 99Apresentar a biografia; 99Fazer enquete com registro gráfico (cores preferidas, do que tem medo, etc.); 99Ordenar as histórias; 99Explorar as cores (experiências, jogos, etc.); 99Lista de atitudes preconceituosas; 99Lista de possíveis mudanças de atitudes; 99Correspondência com número e quantidade, | 17


Projetos Educacionais - Volume 4

Exemplos de atividades práticas Camaleão Fazer camaleão semáforo de emoções (vermelho bravo, verde rindo, amarelo descansando). Camaleão com língua de sogra.Quebra-cabeça com alfabeto/números.Pintura com tinta em saco plástico.Camaleão em prendedores. Camaleão gira-gira. Dobradura de camaleão.

Materiais 99Sucatas (rolinho de papel higiênico, papelões, caixas, potes, copos, pratos de papelão, saco plástico, palitos de sorvete,palitos de churrasco, etc.); 99Recursos da natureza (pedras, galhos, sementes, terra, água, etc.); 99I t e n s d i v e r s o s ( A r g o l a s , i m ã s , p r e n d e d o r e s , cotonetes,bexigas coloridas, olhos articulados, etc.); 99Itens de papelaria (cartolinas, papéis coloridos, cola, cola quente, EVA, pincéis, tintas, guache, massinhas, etc.); 99Tecidos (TNT, feltro, etc.); 99Brinquedos (Línguas de sogra, carrinhos, dinossauros, etc.)

Produto Final Exposição dos trabalhos realizados ao longo do desenvolvimento do projeto e oficinas na Festa da Família da escola em maio de 2018.

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Projeto Amizade A Inclusão Vivenciada Através da Amizade, Respeito e Solidariedade Amanda Cristina Marangoni Bruna Marcela Rodrigues Mariana Cristina Migliati

Introdução A inclusão escolar está relacionada com o desenvolvimento social, os direitos humanos e o respeito à diversidade. A inclusão escolar possibilita aos alunos com necessidades especiais e os alunos que não as possuem o convívio diário, beneficiando-os mutuamente através do respeito e solidariedade entre os pares.

Objetivo Promover a inclusão de forma efetiva na sala de aula, especificamente fase 5 da Unidade de Ensino da Rede Municipal de São Carlos, contribuindo de forma mútua aos alunos que também não possuem necessidades especiais através do respeito, solidariedade e amizade.

Objetivos específicos 99Desenvolver a educação moral dos alunos; 99Estimular posturas éticas e colaborativas; 99Promover a prática da inclusão na escola; 99Estimular a empatia entre os alunos; 99Identificar a importância do diferente em nossa vida; 99Ptromover a solidariedade e a cidadania no nosso cotidiano; 99Compreender o sentido profundo da ideia da inclusão.

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Projetos Educacionais - Volume 4

Metodologia Para alcançar tais objetivos, trabalhamos diariamente com rodas de conversa acerca do respeito ao colega, auxílio aos amigos que m algum momento do dia precisam de um auxílio, etc... Leitura do livro: A Fábula do Grilinho e do vaga-Lume, em seguida, questionamentos aos alunos : Porque ocorre essas mudanças com o grilinho, O que o vaga-lume tinha de especial, e como isso tornou os dois grandes amigos, Qual era o talento do vaga-Lume e do grilinho?, Quais eram os seus defeitos?, Como os talentos de cada um apareceram, ? Será que se eles não tivessem se tornado amigos, saberiam o talento que tinham?, O que a estória nos ensina?, Quais foram os bons sentimentos desenvolvidos pelo grilinho e o vaga-lume?, O que é amar ao próximo como a si mesmo?. O importante ao longo da contação de história, foi frisar e esclarecer que toda a ação que envolve nossos bons sentimentos faz brilhar uma luz em nosso coração pois todo sentimento no bem é uma forma de amor.

Conclusão Como conclusão do projeto fizemos uma reflexão para a realizade das crianças, estimulando a observação de suas próprias diferentes características ( tipos de cabelo, cores, alura, pele, olhos, etc). Elaboramos um painel com o título de Diferente e iguais... construindo com os alunos uma lista das diversidades da turma. Em seguida elaboramos outro painel com o título “Somos todos Especiais”, que ficará ao lado do anterior, pedindo que cada criança se desenhasse, em seguida colocamos uma foto de cada criança ao lado, e em seguida cada criança foi questionada sobre as qualidades de um amigo,. Neste momento relacionamos as virtudes do grilinho e do vaga-lume. Expusemos os painéis para a sala e discutimos sobre os resultados do trabalho. Todo este trabalho resultou em uma sala harmônica e com respeito mútuo enre as crianças. Os pais ainda, colocaram que as atitudes dos filhos mudaram até mesmo em casa e nos momentos de passeio.

Referências LUZ, Pedro Paulo. Inclusão no coração: A fábula do grilinho e do vaga-lume. Editora Artpensamento, vol 1. Sp, 2001. 20 |


Projeto: Exercitando a Leitura com o Microfone Ana Cecilia Vicenssote Bueno

Tema Leitura Fluente.

Alunos 1º e 2º ano do Ensino Fundamental. “Aprender a ler é antes de tudo aprender a ler o mundo, compreender seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade. Ademais, a aprendizagem da leitura é um ato de educação e educação é um ato profundamente político.” (Antônio Joaquim Severino)

Justificativa Não é possível pensar a educação desvinculada da leitura, quando pensamos em alunos recém-alfabetizados é preciso reforçar o cuidado com essa aprendizagem, enfatizando a compreensão e a fluência, proporcionando condições reais de interação e inserção no mundo letrado e venham a descobrir que a leitura traz prazer e emoção ao leitor.

Objetivos Desenvolver habilidades relacionadas à leitura, a compreensão e a fluência. Despertar interesse e gosto pela leitura, ampliar o repertório literário, promover interação e socialização com os colegas de classe.

Metodologia Os alunos receberão texto de diversos gêneros e farão a leitura e o estudo do mesmo em casa e em sala com professor, discutindo o texto, estudando e treinando a fluência. Depois farão a leitura no microfone para sala.

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Projetos Educacionais - Volume 4

Atividades 99Rodas de conversa; 99Debate sobre o texto lido; 99Sarau de poesias; 99Hora do conto; 99Dramatização do texto lido; 99Reconto de histórias; 99Ler textos no microfone entonando as vozes dos personagens; 99Ler alternando com professor ou outro colega. 99Gravar vídeos da leitura e fazer uma sessão de vídeos.

Livros Utilizados 99Ou isto ou aquilo – Cecilia Meireles 99Fábulas de Esopo 99Chapeuzinho Vermelho 99Branca de Neve 99A Galinha Ruiva

Produto Final 99Sarau de poesias; 99Produção de vídeos com as leituras: Pequenos leitores.

Referências SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia da Educação: Construindo a Cidadania. Ed. FTD, 1994.

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Projeto Leitura: Joãozinho e o Pé de Feijao Andreia Aparecida Gonçalves Ramos Eliane Cristina Martins de Castro Eliane Françoso Tassim Salatino

Faixa Etária 3 e 4 anos

Objetivos Gerais 99Aguçar o gosto pela leitura; 99Cuidar de um ser vivo; 99Compreender a importância do sol, terra e água para as plantas; 99Integrar família e escola; 99Reconhecer as partes do corpo; 99Observar o nascimento e desenvolvimento das plantas; 99Aprimorar os 5 sentidos através de atividades com materiais concretos e lúdicos;

Objetivos Específicos Recontar a história; 99Sequenciar os fatos; 99Ter autonomia para fazer uso de tesoura, cola entre outros; 99Manipular sementes de diferentes tamanhos e cores; 99Reutilizar materiais; 99Identificar ‘maior/menor’, ‘em cima/embaixo’, dentre outros conceitos matemáticos.

Justificativa O presente trabalho se desenvolveu partindo do pressuposto que, integrando literatura, família e ludicidade, as aulas se tornariam mais | 23


Projetos Educacionais - Volume 4

prazerosas e atrativas aos pequenos, além de contribuir para seu desenvolvimento social, emocional e cognitivo.

Metodologia A leitura da história se desenvolveu em 3 partes, aumentando a curiosidade e interesse das crianças. Confeccionamos coletivamente o castelo e o pé de feijão gigante, os ovos de ouro e os vasinhos reciclados para o plantio dos feijões.

Plantamos os feijões e fizemos um castelo para cada pezinho de feijão.

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Projeto Leitura: Joãozinho e o Pé de Feijao

Integrando família e escola, como tarefa de casa, os responsáveis juntamente com as crianças confeccionaram os gigantes partindo do próprio corpo do aluno.

Utilizamos brinquedos existentes em sala de aula representando a galinha dos ovos de ouro e a vaca. | 25


Projetos Educacionais - Volume 4

Os alunos também produziram um livro com a recontagem da história através de atividades de colorir, recorte/colagem e ilustrações livres. O livro foi entregue ao aluno juntamente com o vaso e os feijões germinados.

Tempo de Duração Duas semanas.

Material Utilizado Livro de leitura “Joãozinho e o pé de feijão” (Ruth Rocha); papéis como cenário, A4, papelão e color set; pincel; cola; garrafa pet; durex colorido e transparente; algodão; giz de cera; lápis de cor; tinta guache; pincel; cola; tesoura; feijão; terra vegetal; palito de churrasco; cano PVC.

Avaliação Foi feita em caráter diagnóstico, observando a participação e desenvolvimento das crianças valorizando cada etapa das atividades em especial as de cunho lúdico. 26 |


Nosso Corpo é Assim... Carla Aparecida Conti Luciana Arruda Minuchelli Ana Carolina Misale de Simone Silvana Gonsales Joaquim Mira Luciana Marcondes Cesar

Introdução Conhecer o nosso corpo e cuidados com ele é importante para cuidarmos da nossa saúde. A conscientização sobre cada parte de corpo humano pode ser realizada desde pequenos no processo da educação infantil onde a curiosidade e atenção da criança se faz presente com grande intensidade e muito se pode explorar nesse aprendizado. Um dos órgãos de grande responsabilidade para o funcionamento do nosso corpo é o coração e reconhecer o seu papel dentro do corpinho junto dos outros órgãos foi o objetivo deste projeto com os pequenos. O que motivou o tema foi o fato de uma das crianças da turma ter uma grande cicatriz no tórax, devido a cirurgias cardíacas pelas quais havia passado desde bebê. Alguns alunos passaram a observar isso e perguntar o que era. Iniciou-se então um estudo sobre o corpo e coração.

Objetivos 99Ampliar os conhecimentos a cerca de sistema ósseo do corpo humano; 99Perceber o funcionamento do coração através da pulsação e batimentos; 99Conhecer alguns termos relacionados ao corpo humano.

Desenvolvimento Através de rodas de conversa sobre o tema, leitura de livros, observação de desenhos, cartazes, radiografias, modelos anatômicos, esqueleto e realização de experimentos; se deu o desenvolvimento do trabalho com crianças de 4 a 5 anos de idade, do Centro de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de São Carlos. | 27


Projetos Educacionais - Volume 4

Para iniciar o tema realizou-se uma roda de conversa sobre o que eles achavam que aconteci dentro do nosso corpo. Pedimos às crianças que colocassem as mãozinhas sobre o peito e sentissem os batimentos. Com o auxílio de um estetoscópio cada criança pôde ouvir o coração do amiguinho e sentir os batimentos. Em seguida explicamos que este órgão é o coração. Observamos um livro bem ilustrado sobre o coração e o seu papel no corpo humano. Foi explicado que é um órgão que funciona como uma bexiga que enche e murcha um pouco e que se parece com uma bomba, abre e fecha, por isso faz as batidas. Ele serve para levar e trazer o sangue para todo nosso corpo. Foi proposto que observassem as veias dos braços e pernas; e perguntassem para os pais para que servem as veias. No dia seguinte realizamos uma roda de conversa sobre as veias, explicamos seu papel e por meio de um cartaz com o corpo representando as veias as crianças fizeram a observação das mesmas.

As crianças realizaram a observação de cartazes que mostravam o esqueleto e o sistema muscular reconhecendo através de um desenho o nosso corpo por dentro. Em outro momento, perguntamos às crianças se elas sabiam o que era um raio x e um dos alunos disse que quando a irmã quebrou o braço, o médico pediu “essa foto” e que era uma foto preta. 28 |


Nosso Corpo é Assim...

Foi solicitado aos pais que trouxessem radiografias de casa e então fizemos a leitura dessas imagens. Muito ficaram surpresos, pois desconheciam raios x. Também foram expostas algumas de adulto para comparar os tamanhos de ossos. Foi utilizado o recurso da memorização de pequenas estrofes que falavam sobre o coração, ossos e partes do corpo e deste modo os pequenos aprendizes se interessavam pelo assunto e compreendiam mais as informações. Utilizamos um modelo de sistema composto pelo coração, veias, artérias e alguns órgãos como rins e estômago, além de um esqueleto completo, cedido pela equipe do CDCC. O material proporcionou observação, manuseio das peças e ampliação do vocabulário e as crianças apresentaram grande interesse aproveitando ao máximo os conteúdos. Em destaque, foi chamada a atenção dos alunos para a posição do coração, seu “desenho” formato real, comparado ao desenho que se costuma fazer, à quantidade de ossos presentes no corpo, tamanhos deles, comparando-se, por exemplo, o fêmur com ossinhos dos pés. Também se enfatizou os ossos da coluna vertebral e ossos da face. Neste momento solicitei que as crianças procurassem sentir com o toque e o movimento de abrir e fechar a boca a presença do osso do local (maxilar) e visualizassem no modelo do esqueleto. A atividade despertou muito interesse e começavam a recitar os versos memorizados. Ao serem questionados sobre os “riscos” vermelhos e azuis dentro do aparelho circulatório, diziam: 99São as veias do corpo. - e mostravam o braço. Realizamos um experimento simples e pudemos ouvir o coração de todos. Com um copo de vidro encostado no peito de outra pessoa, é possível ouvir os batimentos cardíacos. Fizeram o desenho do corpo com os detalhes que conseguiram representar. A atividade foi bem proveitosa e percebeu-se a evolução por meio dos desenhos com os conhecimentos adquiridos.

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Conclusões Os resultados obtidos foram muito bons. As crianças passaram a verbalizar termos novos, até então desconhecidos, como maxilar, fêmur, raio x, crânio, e outros. Tornaram-se capazes de comentar a principal função do coração, órgão que leva o sangue pra todo o corpo, a função das veias, a existência de muitos ossos no corpo, o único osso móvel da cabeça é o maxilar, a presença das articulações, que nos permite o movimento, as funções de sustentação e movimentação do sistema ósseo no corpo humano. Demonstraram interesse ao longo do projeto, uma vez que até os pais comentavam sobre as informações que eles estavam levando pra eles. A avaliação foi bastante positiva, pois os resultados estimulam a desenvolver cada vez mais projetos que são gerados por questionamentos, levantamento de hipóteses e conclusões.

Referências FERRARI, Elisabeth Ávila. Coleção Corpo Humano – A máquina da vida. Editora brasileira. SP, 2003. Ciências Hoje para Crianças – ano 17/ agosto 2004. POPOOVIC, Pedro Paulo. Ciência e Natureza. Editora: abril, 1995. 30 |


Cultivando Aprendizagens Carla Fernanda Nicolau Elizabete Ulbrick Jorge Tatiane Cristina Gomes de Lima

Introdução A criança possui uma natureza singular, que as caracterizam como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito próprio. Nas interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio, elas revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as condições de vida a que estão submetidas, seus anseios e desejos. Durante o processo de construção do conhecimento, as crianças utilizam as mais diferentes linguagens e exerce a capacidade de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam observar. Nessa perspectiva as crianças constroem o conhecimento a partir das interações com o meio. Logo, o conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significado e ressignificação. Assim a construção de uma horta na educação infantil, passa a ser um instrumento educativo muito valioso, pois através dela será possível proporcionar aos alunos o acompanhamento do processo de germinação das sementes, o cultivo de plantas utilizadas como alimento e durante o processo incentivar a autonomia do cuidar diariamente e a importância do meio ambiente para nossa vida.

A Faixa Etária: Fase 3 (2 a 3 anos) A criança nessa faixa etária explora o mundo ao seu redor através do próprio corpo, vivenciando situações complexas de exploração do espaço. Está em amplo desenvolvimento e utiliza todas as possibilidades que lhe são oferecidas e até mesmo cria outras. Portanto, criar projetos nos quais as crianças possam utilizar a ferramenta que é o corpo para explorar, criar, brincar, relacionar, imaginar, planejar, sentir; levará a um processo de aprendizagem contextualizada com significados reais. | 31


Projetos Educacionais - Volume 4

Justificativa O projeto Cultivando Aprendizagens visa proporcionar aos alunos o contato e cuidado com a natureza, incentivar o consumo de alimentos saudáveis e desenvolver sua autonomia no processo de criação e cuidado com as hortaliças e vegetais plantados. O projeto está direcionado as áreas emocionais, desenvolvendo valores, regras, respeito e introduzindo atividades que explorem suas capacidades e habilidades no sentido positivo para o grupo.

Objetivos 99Despertar o interesse dos alunos para o cultivo de uma pequena horta; 99Proporcionar às crianças o acompanhamento do processo de germinação e aprender a cultivar plantas utilizadas como alimento; 99Incentivar a autonomia do cuidar diariamente das mudas; 99Incentivar o respeito e valorização do meio ambiente; 99Estimular nas crianças a formação de hábitos de alimentação saudável; 99Degustação de alimentos semeados, cultivados e colhidos (alface e tomate cereja).

Metodologia e desenvolvimento 99Rodas de conversas em cada etapa da construção da horta, desde conhecimento prévio, apresentação das sementes, possibilidades de transformação em plantas, hipóteses do processo de germinação; 99Observação do processo de germinação e cuidados com a muda; 99Construção da horta e replante das mudas; 99Leitura relacionadas; 99Manutenção da horta; 99Colheita e consumo das hortaliças e vegetais; 99Registro fotográficos de cada etapa.

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Cultivando Aprendizagens

Conclusão O projeto foi desenvolvido pela fase 3 com o plantio e o cultivo de uma pequena horta e proporcionou aos pequenos o contato com a natureza, fizeram o plantio das sementes e acompanharam todo o processo de germinação. Todo o processo foi acompanhado e realizado com os alunos, e isso os deixaram empolgados e fizeram com que eles relatassem para os pais todas as etapas que desenvolvemos na escola. Além de todo o envolvimento os alunos trabalharam a autonomia cuidando todos os dias da nossa horta e incentivou os mesmos a fazer o consumo das hortaliças e vegetais cultivados ali durante a merenda.

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Referências BRASIL, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Educação. Programa Nacional de Educação Ambiental. MMA/MEC, 1999. http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/criancashorta-486078.shtml MAGALHÃES, A. M. A horta como estratégia de educação alimentar em creche. 2003. 120 f. Dissertação (Mestrado em Agros ecossistemas) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003. 34 |


Pequenos Cientistas: Descobrindo Animais na Escola Carolina Balbino Analu Thomazinho Aranda Mariana de Fátima Schiabel Gretta Kerr Mandruzato Vanessa Célia de Oliveira Novais

Resumo A educação infantil primeira etapa da educação básica, é um período marcado por descobertas, na qual as crianças se apresentam naturalmente curiosas. Cabe aos professores promoverem situações de aprendizagens, em que os alunos possam agir como protagonistas nesse processo. Para realizar esse trabalho utilizou-se a curiosidade das crianças que foram convidadas a levantar e verificar hipóteses e por fim chegar a uma conclusão de uma questão abordada de interesse das crianças. Quais os animais que vivem na área externa da escola? Dessa maneira, o objetivo central foi identificar e reconhecer quais são esses animais, fazendo uso da lupa. Envolvendo visitas a campo e um recurso tipicamente utilizado no mundo científico (a lupa), possibilitou o aluno explorar, questionar e a investigar de forma lúdica e prazerosa os animais. Ao final do processo foi possível verificar os animais que habitam na escola além de trazer para a escola elementos científicos. Palavras-chave: Animais; lupa; natureza.

Introdução Querer saber sobre os animais faz parte do universo infantil. Uma vez que estão presentes no cotidiano das crianças o que aguça a curiosidade dos pequenos. Scardua, 2009 p. 58, realça: “Deve-se considerar que | 35


Projetos Educacionais - Volume 4

as crianças adoram o contato com a natureza – plantas, bichos, árvores, insetos, qualquer ser vivo é admirado pela criança. Isso deve ser aproveitado ao máximo.” É necessário que se aproveite toda essa curiosidade a fim de se introduzir elementos que compõem a ciência. O Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCN)1998, aborda no terceiro volume, em um capítulo sobre a Natureza e Sociedade, a importância de se trabalhar ciências para se adquirir novas experiências: O trabalho com os conhecimentos derivados das Ciências Humanas e Naturais deve ser voltado para a ampliação das experiências das crianças e para a construção de conhecimentos diversificados sobre o meio social e natural. (BRASIL, 1998, v 3, p. 166). Para que as crianças entrem em contato com o conhecimento científico que nos permeia, precisamos reconhecer que existe um elo entre a realidade e o ensino de ciências; transformando essa realidade em objeto de pesquisa e estudo. (GOUVÊA, 2006.) Buscar maneiras de potencializar conhecimentos prévios das crianças adicionando experiências e novos conhecimentos é papel do professor. Kramer(2009) discute sobre esse tema evidenciando a importância das atividades desafiadoras e da interação para as crianças com a ciência, pois se desenvolve o pensamento. A medida que se faz uso de estratégias como essas, a criança vai se habituando e consegue-se uma aproximação maior do saber científico. Assim são capazes de observar o problema ou fenômeno a ser estudado, imaginam a resposta, experimentam, observam para relatar suas conclusões. E conclui: As atividades e situações propostas têm, portanto, o objetivo último de favorecer a exploração, a descoberta e a construção de noções, ou seja, o desenvolvimento e o maior conhecimento do mundo físico e social, eixos básicos da função pedagógica da pré-escola. (KRAMER, 2009 p)

Objetivos 99A partir do tema animais desenvolver atividades que despertem nos alunos a imaginação, o pensamento, a argumentação, senso questionador, o gosto pela exploração e a curiosidade pelo conhecimento; 99Verificar quais animais vivem na área externa da escola; 36 |


Pequenos Cientistas: Descobrindo Animais na Escola

99Aproximar a realidade das crianças com o conhecimento científico; 99Socializar as etapas da construção do conhecimento científico, como é praticado pelo cientista (questão problema, levantamento e verificação de hipóteses e conclusão); 99Utilizar instrumento científico (lupa).

Metodologia A proposta metodológica investigativa.

Problematização -Levantamento de hipóteses Durante esse processo as crianças da educação infantil expõem seus conhecimentos prévios sobre o assunto abordado, e isto se dá frequentemente, por intermédio do relato de experiências vivenciadas por elas ou por terceiros e assim demonstram suas hipóteses sobre a questão ou situação.

Exploração- Verificação das hipóteses Depois de evidenciado a questão problema, professores e alunos podem traçar meios para averiguação das hipóteses levantadas. Dessa maneira poderão refletir, discutir, elaborar e reelaborar procedimentos para satisfazer o problema

Conclusão Ao término das atividades de exploração serão retomados os caminhos percorridos e os resultados alcançados. Espera-se que as conclusões das crianças sejam conhecimentos sobre o tema trabalhado a fim de encontrar uma solução para o problema, porém não de forma científica isso porque elas elaboram conceitos a partir das experiências adquiridas neste momento adicionadas às vivências anteriores.

Sistematização e registros Durante a realização de todas as etapas desse processo nota-se a importância do registro para a seleção de informações relevantes. Como as crianças ainda não estão alfabetizadas, seus registros individuais fo| 37


Projetos Educacionais - Volume 4

ram realizados por meio de desenhos, com complemento da professora considerando as respostas das crianças diante das indagações. O trabalho com os alunos foi desenvolvido em 2 etapas. A primeira consistiu na contextualização do tema Animais, o levantamento de hipóteses diante de uma questão problema, visita à área externa da escola para verificação das hipóteses e registro do resultado da visita. Na segunda etapa foi realizada outra visita à área externa da escola, porém com o objetivo de realizar uma investigação mais detalhada, utilizando uma lupa. As ações buscaram a apresentação de um desafio para os alunos, de modo a obter informações sobre o que eles já sabiam, o que eles queriam saber e discutindo à medida que foram descobrindo novas informações relacionadas ao assunto. Para iniciar a abordagem do tema, selecionamos algumas imagens de animais que representavam os grupos dos invertebrados, mamíferos, anfíbios, aves, répteis, peixes. Com os alunos sentados formando um círculo, a figura de cada animal foi disponibilizada para que eles pudessem manipulá-las e realizar comentários com os colegas. Após o manuseio das figuras dos animais foi lançada a questão: Quais desses animais vivem na área externa da nossa escola? E existem outros animais que não estão entre as imagens que também vivem na área externa da escola? As crianças foram incentivadas para expressar suas ideias elaborando suas hipóteses, considerando suas experiências, de forma que puderam expor seus conhecimentos prévios em torno da temática. Atuando como escriba, anotamos na lousa as hipóteses apresentadas pelas crianças indicando quais animais vivem na área externa da escola: passarinho, cobra, galinha, peixe, pintinho, girafa, borboleta, sapo, caramujo, caracol, coruja e urso polar. Para a verificação das hipóteses foi sugerido realizar uma visita à área externa da escola. Nesta primeira visita as crianças foram encaminhadas para a área externa da escola e orientadas a observar os animais presentes nos lugares mais visíveis e também pouco visíveis, como: no meio da terra, sob as pedras, troncos das árvores, parte inferior das folhas das plantas, entre outros. Após a realização da visita, de volta à sala de aula, foi solicitado para que os alunos registrassem individualmente, na forma de desenho, os animais encontrados na visita a campo. 38 |


Pequenos Cientistas: Descobrindo Animais na Escola

Após a elaboração dos desenhos, perguntamos para cada aluno qual era o animal que ele havia desenhado e fazia o registro escrito da resposta no próprio desenho do aluno. Para verificar se os animais observados foram os mesmos relacionados inicialmente nas hipóteses foi retomada a lista dos prováveis animais ali existentes citados pelos alunos. Foi dialogado a respeito dos animais que foram observados na área externa da escola e os que não foram observados, destacando a ideia de que os que não foram observados não habitavam o local ou só não foram vistos naquele momento. Também foram indicados alguns animais que não estavam na relação das hipóteses. Para que os alunos pudessem fazer um fechamento sobre o que foi discutido foi lançada a questão: Quais animais vivem na área externa da nossa escola e que foram encontrados? As respostas dos alunos foram: borboleta, formiga, abelha, passarinho, galinha, barata e mosquito. Assim foi confrontada a primeira lista de hipóteses perguntando-se sobre cada animal dito anteriormente e os animais encontrados durante a visita. A segunda visita aconteceu no dia seguinte, nos mesmos locais visitados no dia anterior sendo que desta vez foram oferecidas, lupas e máquinas fotográficas digitais para as crianças. Partindo do pressuposto que algumas crianças poderiam não conhecer a lupa, foi proposta uma manipulação do objeto em uma roda de conversa explicativa sobre o que é a lupa e para que ela serve. De posse deste novo objeto as crianças realizaram a segunda visita à área externa da escola com o objetivo de explorar o ambiente com mais detalhes, utilizando a lupa. Retornando à sala foi solicitado aos alunos desenharem os animais observados e novamente registrei o nome do animal informado pelo aluno. As crianças elaboraram uma nova lista contendo os animais encontrados na área externa da escola, tendo a professora como escriba. As crianças compararam e refletiram sobre os resultados obtidos na segunda visita e incluíram aos desenhos realizados pelas mesmas.

Conclusões Apesar das crianças de educação infantil não estarem alfabetizadas, a proposta investigativa pode ser desenvolvida com alunos deste nível escolar uma vez que os registros não precisavam estar articulados com a escrita e puderam ser realizados por meio de desenhos. A oralidade também foi um fator importante dentro do processo porque permitiu valorizar os conhecimentos prévios das crianças e a discussão entre os pares. | 39


Projetos Educacionais - Volume 4

Com esse trabalho foi possível perceber que o processo de exploração na educação infantil pode ocorrer de maneira prazerosa e ao mesmo tempo enriquecedora. Durante as etapas de desenvolvimento do trabalho os alunos gradativamente se demonstraram interessados, estimulados, entusiasmados e empenhados durante as atividades investigativas. Foi notória a satisfação e a felicidade das crianças quando eram ouvidos pela professora e pelos companheiros e suas hipóteses consideradas. Dessa forma perceberam quais são os animais que habitam na área externa da escola. A introdução da lupa como um novo elemento de investigação permitiu uma melhor e detalhada observação dos animais levando as crianças a elaborarem seus registros com mais detalhes além de ter sua curiosidade aguçada. A metodologia utilizada na investigação foi contemplada integrando todos os seus elementos, percorrendo a problematização, os levantamentos de hipóteses, as atividades de exploração e conclusão, e obteve-se como conclusão baseou os seguintes animais moradores da área externa da escola: Borboleta, Formiga, Abelha, Passarinho, Galinha, Barata, Mosquito e Taturana (chamada de cobrinha pelas crianças). As atividades investigativas tornam-se importantes para a construção de conhecimentos científicos que são o produto de vivências anteriores somadas a reconstrução de hipóteses. Nesse universo a prática pedagógica investigativa é o elemento essencial para que ocorra a construção do conhecimento científico. O professor, condutor de atividades que contemplem as necessidades e os interesses dos alunos, canaliza as ações e proporciona-lhes situações diferenciadas que os levam a fazer interligações com seu dia-a-dia.

Referências BRASIL. Ministério da educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: 1998. v. 3. GOUVÊA, M. E.; LAPORTA, M. Z.; ROSA I. P. Humanizando o ensino de ciências; com jogos e oficinas psicopedagógicas sobre seres microscópicos. 1. ed. São Paulo: Vetor, 2006. 166 p. KRAMER, S. Com a pré-escola nas mãos. 14. ed. São Paulo: Ática, 2009. 112 p. SCARDUA, V. M. Crianças e meio ambiente: A importância da educação ambiental na educação infantil. Revista FACEVV, n.3, Julho/ Dezembro 2009, p.57-64

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Práticas Educacionais de Êxito na Educação Infantil Cláudia Helena Paulino Bogas Daniele Fernanda da Silva Regiane Maia Bogas Gleicimar Suffiatti Ana Lucia Soares Aurea Cristina Feliciano Lombardo Márcia Altimira Gradin Martinez

Introdução Considerando-se que o trabalho na Educação Infantil fundamenta-se em práticas pedagógicas adequadas à faixa etária dos educados e que também despertem o interesse da turma na realização das tarefas, descreve-se a seguir o relato de experiências de êxito desenvolvidas no CEMEI Helena Dornfeld no primeiro semestre de 2018, com uma turma de 20 alunos de fase 4 (entre 3 e 4 anos) de período integral. Embora as crianças desenvolvam suas capacidades de maneira heterogênea, a educação tem por função criar condições para o desenvolvimento integral de todas as crianças, considerando, também, as possibilidades de aprendizagem que apresentam nas diferentes faixas etárias. Para que isso ocorra, faz-se necessário uma atuação que propicia o desenvolvimento de capacidades envolvendo aquelas de ordem física, afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social. (RCN pag.47) As atividades descritas foram criadas pela professora ou baseadas em pesquisas de sites e livros de educação infantil, a fim de atingir os seguintes objetivos: despertar o interesse na turma em realizar as atividades; criar situações que permitissem o contato com materiais pedagógicos simples; confeccionar materiais a partir do reaproveitamento de outros; proporcionar a ampliação do vocabulário infantil; proporcionar | 41


Projetos Educacionais - Volume 4

aprendizagens sobre cores, formas e diferentes texturas; estimular a coordenação motora fina. A prática da educação infantil deve se organizar de modo que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades: Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades e utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva. (RCN 1998 pág 63)

As diferentes aprendizagens se dão por meio de sucessivas reorganizações do conhecimento, e este processo é protagonizado pelas crianças quando podem vivenciar experiências que lhes forneçam conteúdos apresentados de forma não simplificada e associados a práticas sociais reais. É importante (marcar que não há aprendizagem sem conteúdos (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, p.48)

Desenvolvimento Algumas atividades realizadas:

1. Cone colorido com elásticos A atividade consiste em o aluno retirar os pequenos elásticos coloridos de um recipiente e um a um enfiá- los no cone de papelão. As cores podem ser solicitadas pelo professor, neste caso trabalha-se a sequência ou criada livremente pelo aluno;

2. Quadro das cores Um quadro feito de forma retangular com papelão e nele a colagem de quadrados coloridos (podem ser de retalhos de papeis ou EVA). O aluno é motivado a nomear alguma das cores apontadas ou também colocar tampinhas de refrigerantes nas cores solicitadas. Pode se também indicar a quantidade de tampas em cada cor. Ex: Duas tampas na cor amarela.

3. Patinho Comilão Desenhe a figura de um patinho em cartão grosso do tamanho de um pregador de roupas e pinte como desejar. Atrás dele cole um prega42 |


Práticas Educacionais de Êxito na Educação Infantil

dor de madeira, de modo que o bico do patinho coincida com a abertura do pregador (servindo de boca). O aluno deverá fazer o movimento de pinça, abrindo e fechando o pregador, tentando segurar pequenos papéis duros ou outro material que tenha a mesma função.

4. Bola da Alegria Uma bola colorida de preferência com várias cores, é lançada aos alunos dispostos em círculo. O aluno deverá segurá-la e apontar uma cor solicitada pelo professor. Em seguida lançar para outro colega. Outra atividade com a bola é cantar o próprio nome. Lançar, segurar e cantar: - O meu nome é...

5. Zip zip pra abrir e fechar Com o objetivo de estimular o movimento de abrir e fechar zíperes, tão necessário para arrumação de mochilas e roupas, foi confeccionado um tecido grande com vários zíperes coloridos. O desafio consta no aluno levar um carrinho no caminho desenhado pelo zíper e abri-lo ou fechá-lo com se estivesse numa pista de corrida.

6. Palitos de sorvete coloridos com pintura a dedo Os alunos apreciam muito o material, fazem construções livres e criativas, além de serem desafiados a mostrar determinada cor. Ex; Quem tem dois palitos verdes? Quem tem três iguais?

7. Massa de modelar caseira - tampinhas de refrigerantes e palitos de sorvete Pode ser usada massa de modelar industrializada ou feita pelo professor e turma. A livre criação é atividade muita enriquecedora. Os alunos constroem os mais diversos objetos do faz-de-conta infantil. Além disso podem ser estimulados a fazerem bolinhas maiores e menores, caracóis, cobrinhas finas e grossas, etc. Trabalha-se deste modo vários conceitos matemáticos, de forma lúdica.

8. Quebra- cabeças com partes do corpo É possível confeccionar esse material com a impressão de figuras selecionadas, uso de papel grosso para colagem e contact para revestir. Cada professor adequa o número de peças a sua faixa etária - quanto menor o aluno, menor o número de peças para encaixe e cortes em linhas simples. | 43


Projetos Educacionais - Volume 4

Zip Zap para abrir e fechar.

Explorando texturas, cor e colagem.

Livre criação com sucatas. 44 |


Práticas Educacionais de Êxito na Educação Infantil

Abrindo e fechando embalagens.

Patinho Comilão.

Conclusão O mundo atual apresenta-se tão tecnológico e movido por brinquedos tão elaborados e jogos virtuais, que o fato de criar materiais com recursos simples, que permitem despertar interesse e aprendizagem nos alunos, é algo bastante significativo e motivador para o professor e para os alunos.

Referências Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. | 45


Projeto Sobre Leitura A Literatura como Fonte de Possibilidades para a Aprendizagem na Educação Infantil Elizandra Aparecida Luiz Ariane Destro

Introdução Justifica-se a necessidade deste projeto pelo fato de a leitura ser a grande porta de entrada para a criança descobrir o mundo. A leitura assume um papel muito importante tanto no processo de alfabetização quanto na evolução da humanidade, pois, a cada dia que passa descobrimos algo novo, evoluímos e, com isso, os desafios aumentam. Surge assim, a necessidade do desenvolvimento da educação e de bases, fornecidas pela leitura, para entendermos e questionarmos o mundo. Na escola, muitas vezes, a leitura é apenas mais um elemento, uma atividade a mais proposta às crianças. Infelizmente, muitas das tarefas às quais elas estão submetidas não fazem o menor sentido para elas, isto é, as crianças apenas obedecem à imposição do professor, não liberando sua imaginação. Logo, este projeto demonstrará a estima da formação de leitores no primeiro universo escolar, despertando assim, o prazer de ler, a vontade de descobrir novos horizontes. Acreditamos que ao incitarmos práticas leitoras na vida escolar e familiar das crianças, formaremos bons leitores.

Objetivos 99Formar leitores competentes – cidadãos críticos; 99Propiciar o desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade; 99Favorecer a remoção das barreiras educacionais, concedendo oportunidades mais justas de educação; 99Por meio do despertar ao gosto da leitura, desenvolver o potencial cognitivo e criativo, fazendo com que descubram novos lugares, tempos, jeitos, éticas, óticas, áreas do 46 |


Projeto Sobre Leitura A Literatura como Fonte...

conhecimento sem precisarem saber os nomes de tudo. 99Leitura por mero prazer e distração; 99Satisfazer os desejos não realizados, para compreensão e para orientação da vida.

Publico Alvo Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental

Estratégias – Plano de Ação Em um primeiro momento, a criança dedica-se à leitura por prazer, para satisfazer a uma curiosidade inata ou desejo instintivo de conhecer. Dentro de pouco tempo, porém, descobre que os livros podem fornecer-lhe instruções preciosas sobre o modo de fazer ou realizar as coisas em que está interessada. A ânsia das crianças por sensações novas, seu desejo de compreender a vida e de vivê-Ia em condições e ambientes diversos do seu, somente podem ser satisfeitos através da leitura. Apenas por seu intermédio pode a criança que mora na cidade entrar em contato com as maravilhas e belezas da natureza e aqueles, que vivem no campo, têm a oportunidade de conhecer e sentir a vida palpitante das grandes cidades (SILVA, 2005). A literatura permite que a criança recrie as histórias, aprenda as histórias centrais e secundárias, capte a afetividade das personagens, conheça a sua própria emotividade, perceba as reações de seus colegas, amplie o seu vocabulário, além, é claro, das inúmeras possibilidades de realizar trabalhos expressivos, tais como: expressão corporal, dramatizações, desenhos, pinturas, colagens, modelagens individuais e grupais. A composição visual de explorar a riqueza que a literatura oferece. Os autores explicam que, por intermédio da literatura, as crianças são estimuladas a desenvolverem atitudes e qualidade desejáveis, como: bondade, solidariedade, delicadeza, compreensão, prática do bem, repúdio ao mal, noção de moral; não só como visão didático-utilitária, mas como aprendizagem significativa e contextualizada através de suas próprias experiências, propiciando ao longo do tempo, valores sociais que refletirão positivamente em sua vida. Além de eficientes para ensinar, justamente porque encantam a criança, ao serem contadas, as histórias proporcionam o envolvimento entre adulto e criança, ajudando no relacionamento professor-aluno. Ao abrir espaço para a literatura na Educação Infantil, o professor possibilita um importante incentivo ao ato de ler, contribuindo desta forma para a construção de um cidadão com visão crítica. Por isso, o professor é um | 47


Projetos Educacionais - Volume 4

importante incentivador da leitura, possibilitando às crianças expressarem seus sentimentos sobre a narrativa. As imagens criadas pelo professor ao narrar à história, levarão o ouvinte a imaginar em seu mundo interior. Se quisermos interessar uma criança na formação das conexões indispensáveis à leitura, o meio infalível para consegui-lo será rodeá-la de motivos estimulantes de leitura. Colemer e Camps (2002) sugerem que na escola se faça uso de alguns meios para se alcançar esses objetivos, tais como: 1. Ordens e perguntas escritas na lousa, assim, sempre que possível, no primeiro ano, no início da leitura, devem-se escrever na lousa ordens e perguntas, como “Levantemse”, “Venham cá”, “O que vamos cantar?”, ao invés de formulá-las oralmente. Tais ordens e tais perguntas devem ser expostas de maneira a levar a criança a sentir a necessidade da leitura, interessar-se por ela e a oferecerlhe oportunidade para a prática da leitura silenciosa. Devem fornecer também meio para a apresentação de vocabulário novo e repetição das palavras já estudadas. 2. Saudações. Estas podem ser empregadas do mesmo modo e com a mesma finalidade das ordens e perguntas. Oferecem, entretanto, maiores oportunidades para o desenvolvimento da capacidade de pensar e enriquecimento do vocabulário. Começando com uma simples saudação, como “Bom dia, meninos e meninas”, o professor pode ir alongando gradativamente até que os alunos sejam capazes de ler, e ler com prazer, expressões maiores. 3. Livros de figuras. As figuras que representam atividades infantis, animais, e brinquedos sempre despertam o interesse da criança, que quer logo saber o nome das figuras e que lhe contem as histórias. Uma simples sentença ou sentenças manuscritas ou impressas, abaixo da estampa, para dar-lhe nome ou interpretá-la, basta para excitar na criança o desejo de ler e o amor à leitura. 4. B iblioteca de classe. Sem exceção, todas as classes do Ensino Fundamental devem ser providas de uma mesa sobre a qual deve ser colocada uma porção de livros, verdadeira miscelânea de informações. Nos primeiros anos, deve conter livros de leitura tão simples e agradáveis que a criança seja capaz de entendê-las e interessar-se pela sua leitura, nos momentos de folga que se verificam tantas vezes durante o dia escolar, sempre que o aluno termina um trabalho antes dos demais. Consentir aos alunos a liberdade de manuseá-los nestes momentos, pode ser uma boa medida para evitar o desperdício de tempo que, em geral, então, se verifica no cotidiano da sala de aula (Colemer; Camps, 2002). 48 |


Projeto Sobre Leitura A Literatura como Fonte...

Os livros da biblioteca não devem ser os mesmos usados nas lições, e, além disso, Colemer e Camps (2002) propõem que nos anos mais avançados, além dos livros de leitura suplementar, devem figurar na mesa da biblioteca livros de consulta, ricos de informações sobre história, geografia, história natural, etc., e exemplares das melhores revistas com notícias sobre os acontecimentos correntes. 5. Histórias ilustradas. Na mesa de leitura da Educação Infantil, devem achar-se figuras ou desenhos bem sugestivos, acompanhados de histórias muito simples, que podem ser compostas pelas crianças, durante a lição de linguagem, ou pelos alunos do Ensino Fundamental. Na primeira hipótese, cabe ao professor escrever a história com letra manuscrita ou de imprensa. 6. B oletim de classe. O boletim de classe pode ser usado tanto na Educação Infantil como no Ensino Fundamental. A natureza do material a ser colocado no boletim varia com os interesses da criança e o seu grau de maturidade. Quanto a Educação Infantil, cabe ao professor a quase inteira responsabilidade de sua escolha. Poderá, por exemplo, usar os seguintes: • Novas figuras acompanhadas ou não de pequenas histórias. Notas sobre pássaros, flores e sementes observados. Planos e registros de atividades. • NotÍcias trazidas pelas crianças. Os melhores trabalhos da classe. São materiais aconselháveis: • Material geográfico com descrições de cidades, países, regiões em estudo. Material histórico, notícias do cotidiano, itens sobre estudos da natureza. Figuras capazes de favorecer a cultura do sentimento estético e sugerir histórias. A variedade de material deve ser tão grande, quão numeroso são os interesses infantis. Os livros básicos adaptados, tanto como os livros suplementares, devem conter não somente material literário, mas também assuntos relacionados a natureza e à experiência humana (Colemer; Camps, 2002). Mesmo com material selecionado em conformidade com as necessidades da criança, para aumentar seu interesse pela leitura, deve-se entrelaçar as idéias centrais do novo material e suas experiências passadas. Tal associação não só aumenta o interesse e predispõe favoravelmente à leitura, como fornece elementos para melhor interpretação dos pensamentos e sentimentos nele expressos. A introdução deve ser breve e conduzir diretamente a essência do assunto, sem, entretanto, revelar o ponto ou pontos palpitantes, para que se não esgote a curiosidade da criança. | 49


Projetos Educacionais - Volume 4

O uso de figuras e de objetos trazidos à classe, a evocação de experiências passadas, através de palestras, e as excursões são meios valiosos para a introdução do novo material de leitura. A motivação está intimamente relacionada com a forma como foi trabalhada a proposta de leitura. Assim, se for bem trabalhada a proposta, será possível dirigir o interesse para pontos bem definidos que provocam a atitude mental adequada ao material escolhido. O valor desta atitude está no fato de incitar à atividade interior, à mobilização de esforços para a realização da finalidade visada, evitando que qualquer obstáculo venha a atrapalhar o desenvolvimento da leitura. Para os professores que trabalham na Educação Infantil, é preciso ter consciência de que a literatura faz parte da vida da criança. Não é possível compreender crianças sem um livro com histórias e nem histórias sem crianças. Como profissionais da educação, é preciso ter os olhos voltados para as crianças que não têm, na infância, a felicidade de ouvir e ler histórias. Principalmente as de fadas e dragões; pois, com toda certeza, a ausência dessas referencias irão produzir, em curto prazo, cidadãos sofridos e amargurados, visto que está sendo negada a fórmula que lhes daria a capacidade e habilidade de criar, para si mesmo e para seus semelhantes, um mundo bem melhor (JOLIBERT, 1994). Trabalhar a literatura na Educação Infantil é uma arte e um dom e essa arte favorece a criança a alcançar, com sua inteligência e emotividade, os aspectos fundamentais de caráter, através dos valores artísticos do enredo. Contar histórias não é simplesmente apresentar um texto, mas sim, representá-la emocionalmente, com bastante ênfase. É fazer com que a criança possa sentir-se como parte ativa da história, incorporando um personagem e se envolvendo com o texto (JOLIBERT, 1994).

Referências ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione,1993. COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar e compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002. FARIA, A.L.G. de; MELLO, S.A. (Org.) Linguagens infantis. Outras formas de leitura. Polemicas do nosso tempo. Campinas: Autores Associados, 2005. JOLIBERT, J. Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. SILVA, E. T. A produção da leitura na escola (pesquisas x propostas). 2ª ed. São Paulo: Ática, 2005.

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Obra de Arte – Grandes Descobertas Esleide de Cassia Rodrigues Karem Rodrigues Shirley Gava

Introdução Arte é um meio de linguagem utilizado por diferentes povos com culturas diversas onde inúmeros artistas representam em suas obras situações políticas, econômicas e sociais, e por meio da arte é possível identificar uma época e suas condições históricas. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) na disciplina de artes é necessário que os profissionais da educação especializados criem condições para que os alunos sejam capazes de compreender, entender e resignificar com domínio tais situações reais e contemporâneas, sempre com muita propriedade. O artista Pieter Bruegel, em seu quadro “Jogos infantis”, retrata várias situações da realidade da época em relação as brincadeiras das crianças. A obra em questão foi utilizada no projeto junto as crianças dos oitos aos onze anos de idade. Pieter Brughel retratou os jogos e brincaderias de inúmeras crianças em uma praça pública, mas ao apresentá-lo para as crianças diversas representações foram feitas, e muita realidade da vida de cada uma delas pôde ser representada a trazida à tona. O autor da obra provoca nas pessoas sentimentos e entendimentos diversos e aos profissionais da educação aparentemente essa situação se torna mais clara e significativa com a convivência do dia-a-dia das crianças principalmente em espaço escolar. A obra provocou nos educandos uma visão holística de diversas situações atuais do cotidiano deles e das questões familiares e sociais. Para Ana Mãe Barbosa “arte é um meio de colocar as pessoas em contato direto com as emoções interligando o lado racional e emocional”, a mesma diz que a arte estimula e amplia o desenvolvimento da inteligência racional, criando condições de medir o QI do indivíduo. | 51


Projetos Educacionais - Volume 4

Artes pode ser vista como o meio de comunicação que auxilia o desenvolvimento de diferentes e diversificadas linguagens, e seu ensino não só auxilia como fortalece a questão da percerpção, da oralidade das emoções e sentimentos além das condições físicas. O estudo de artes auxilia os alunos no desenvolvimento sempre por meio da imaginação, raciocínio, afetividade e criatividade, e com a releitura das obras o entendimento da realidade se torna representativo e muito significativo. O alto controle das emoções amplia a capacidade e a percepção da vida e o trabalho com a utilização de uma obra de arte pode expor tais apontamentos e criar tais situações. Considerando os pontamentos apresentandos no trabalho a metodologia utilizada objetivou criar condições de análise e compreensão de diferentes linguagens, além de auxiliar no diagnostico do repertório político, econômico e social dos educandos. A disciplina de artes propicia um desenvolvimento integral do indivíduo, além de fortalecer o processo de desenvolvimento intra e interpessoal.

Objetivos Gerais 99Criar condições de contato, conhecimento e explanação do saber teórico e prático das situações do dia a dia sempre em prol de uma compreensão e entendimento da realidade atual da sociedade em que estão inseridos. 99O contato com a obra de arte trará à criança momentos enriquecedores de conflitos internos e externos, debates e discussões sobre conceitos que acreditam estarem adequados e inadequados no mundo contemporâneo. 99A criança é sempre muito receptiva ao conhecimento, ao lúdico, imaginário, e o criativo, e ao entrar em contato com arte de diferentes estilos, formas e linguagens, e expor o que compreendem e entendem, terão condições de testar seus conhecimentos e suprirem sua curiosidade sobre o mundo em que estão inseridas.

Objetivos Específicos 99Favorecer o contato com linguagens diversificadas da representação do mundo em diferentes épocas e situações sociais, econômicas e políticas. 99Criação de condições de desenvolvimento da criatividade, da comunicação e da exploração social e temporal das situações e imagens. 52 |


Obra de Arte – Grandes Descobertas

99Compreenssão do lúdico por meio de uma linguagem holística do mundo, com um dominio emocional e social das situações adversas. 99Criação de condições de ampliação do repertório linguístico das expressões visuais, artísticas e textuais. 99Conhecimento, desenvolvimento, ampliação e controle das situações emocionais.

Desenvolvimento A aplicação do projeto ocorreu no primeiro semestre, e foi permeado com a roda de conversa e o incentivo aos alunos que estiveram sempre em contato com diferentes linguagens artísticas. A obra de arte “Jogos infantis” de Pieter Bruegel, foi apresentada às crianças sem nenhuma explicação antecipada. Pedimos para que as mesmas observassem e após representassem o que acreditavam estar enxergando em uma tela (cartolina) presa a parede.

“Jogos Infantis” – Pintura de Pieter bruegel, criação: 1560 – 1560 –Período: Renascimento, tenascimento nórdico, renascimento flamengo – Madeira, tinta a óleo.

Inúmeras foram as retratações que os alunos produziram e os comentários foram enriquecedores. | 53


Projetos Educacionais - Volume 4

A questão da violência atual, com assaltos apareceu inicialmente, com o desenho de uma pessoa com os braços para cima e a explicação do alunos.

A questão do rapto de bebês.

A questão do assassinato desenfreado do século XXI, e indiferença da população. 54 |


Obra de Arte – Grandes Descobertas

A prisão é uma das coisas que também foi representanda pelas crianças como um item que separa a família colocando o pai de uma lado e a mãe do outro.

O abandono temporário dos pais para irem trabalhar também foi retratada pela crianças quando o pai e a mãe deixam a criança sozinha com brinquedos.

A representação das crianças que brincam sim mas na maioria das vezes sozinhas, com a ausência dos pais e dos amigos por serem filho único. | 55


Projetos Educacionais - Volume 4

O desejo de terem um amigo para brincar ao lado e até mesmo brincadeiras que necessitam de amigos para fluírem.

A roda de conversa explorou ainda as questões de violência que acontecem entre as torcidas de futebol, muitos alunos compararam o quadro de Pieter brughel com um estádio de futebol e as gangues organizadas.

Conclusão Partindo do pressuposto das rodas de conversa e das representações artísticas das crianças foi possível observar a realidade que as mesmas estão tendo, quais suas vivências e seus conhecimentos atuais. Um diálogo foi aberto entre os alunos que inicialmente retrataram o que acreditam estar acontecendo na obra partindo da realidade e da compreeensão de vida que possuem. Participar da roda de conversa e dos debates entre os alunos e verificar com riqueza de detalhes qual a visão contemporânea que os mesmos estão tendo foi enriquecedor além de esclarecedor para saber o que a geração do século XXI acredita ser o ideal para o desenvolviemnto; o que é preciso fazer e melhorar para que o mundo em que estão inseridos melhore de maneria significativa; o que acreditam estar bom, o que poderia mudar e de que forma. A análise da obra de arte trouxe um vulcão de emoções e sentimentos e deixou claro que atualmente precisamos caminhar em busca de uma sociedade mais cidadã, mais motivada, harmoniosa e próspera. Os jovens estão absorvendo somente pontos negativos de nossa sociedade contemporânea e é preciso mudar os rumos da educação, o mais impressionante foi saber que eles possuem a visão de que precisa-se melhorar a atuação por meio da mudança da ação de cada indivíduo, 56 |


Obra de Arte – Grandes Descobertas

porém existe uma grande necessidade de um trabalho intensivo para que a mudança ocorra. Observar, analisar, refleir compreender e transformar são caminhos que os alunos precisam exercicitar, entender e seguir,e as obras de arte são extremamente importantes para auxiliar nossas crianças nessa trajetória.

Referências BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Volume 1 – Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Volume 6 – Arte. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Volume 1 – Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. http://virusdaarte.net/pieter-bruegel-o-velho-jogos-infantis. 08/07/2018.

Acesso

em

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“Era Uma Vez” Conte Outra Vez... Michele Varotto Machado Francimeire de Sousa Zepon

Introdução Ampliar os horizontes das experiências infantis constitui-se como um dos objetivos fundamentais da Educação Infantil. De acordo com Richter (2016), é por meio das vivências, experiências que a criança é capaz de apropriar-se do mundo, construindo seus conhecimentos. A linguagem e seu desenvolvimento, por sua vez, são pontos decisivos nesse processo, sendo indispensável para a comunicação e expressão, possibilitando que o sujeito insira-se na vida social e possa apropriar-se da cultura. Dessa forma, podemos afirmar que o adulto é o co-construtor do processo de leitura e escrita da criança, é ele quem direciona esse processo, por isso é fundamental que ele leia para a criança, que esta veja o adulto lendo. Isso porque o processo de leitura e escrita está incorporado no cotidiano, trabalhar e inserir isso no cotidiano da criança, não é nada sacrificante, ou sinônimo de sofrimento, pelo contrário, a apresentação de diversos gêneros literários, o contato com livros, com as histórias, as letras, as palavras, desde a mais tenra idade leva a formação de um hábito importante na criança, fornece a desenvoltura para sua oralidade, enriquece seu vocabulário e a insere de maneira mais significativa no meio social. Esses fatores contribuem também para a inserção da criança no mundo das letras, da literatura. Este, portanto, é um processo que vai se construindo na criança, que antes mesmo de pensarmos em qualquer processo de alfabetização e metodologia própria para isso, a criança já está letrada e é capaz de compreender as letras. Dessa forma, Brandão e Rosa (2014) afirmam que na Educação Infantil o trabalho com a leitura e escrita está no aumento do repertório da língua portuguesa da criança, seu foco não é alfabetizar, mas ajudar a criança a criar um repertório próprio, o qual tem como foco ajudar no 58 |


“Era Uma Vez” Conte Outra Vez...

amadurecimento infantil, trazendo formas para que a criança explore o mundo escrito, brinque com a língua, jogue com as palavras, ou seja, esse é o momento de a criança “escovar as palavras”, o qual refere-se ao desenvolvimento de habilidades e outras percepções através do contato com a língua em suas diferentes formas de uso. Dessa forma, a Literatura exerce um papel primordial, fazendo com que a criança “experimente” um universo cheio de novas descobertas, magia, conhecimentos, como também, possibilitam o encantamento pela leitura, pelas palavras, por “ler” o mundo que fazem parte. Iniciando, assim, o processo de alfabetização. Além disso, o trabalho com a Literatura na Educação Infantil constitui-se também em um momento de contato e exploração com a linguagem oral e escrita, contribuindo para que a criança possa apropriar-se dessas diferentes linguagens que fazem parte de seu cotidiano de forma, leve, lúdica, e principalmente, com significação em sua formação. Ao considerarmos esses aspectos, acreditamos que instigar a criança desde a mais tenra idade a vivenciar e explorar as literaturas, sendo capaz de trazer nesses momentos seus conhecimentos prévios, refletir sobre a história trabalhada e ainda, ser levada à construção de novas narrativas, trazem elementos importantes para que ela possa compreender cada vez mais e melhor a si e ao mundo que faz parte, e mais ainda, seja capaz de apropriar-se de maneira significativa de nossa linguagem em suas diferentes possibilidades de uso (oralidade, mímica, escrita, sons, etc...). Pensando na importância desse tipo de vivência, buscamos com esse projeto reisignificar os “Contos de Fadas”, que encantam as crianças e trazem em suas histórias diferentes mensagens, produzindo encantamento e trazendo um mundo de novas possibilidades para as crianças, fatores que ampliam seu repertório, influindo diretamente no processo de criação, imaginação e fantasia infantis. Porém, nosso diferencial com esse Projeto não está apenas em explorar a “mensagem” ou conteúdo apresentado por cada “Conto de Fada”, mas em trazer com esses novos questionamentos, que permitam às crianças refletirem e junto com seus conhecimentos prévios “apresentarem uma nova cara” para cada história. Ou seja, nossa proposta é que as crianças explorem a linguagem e seu processo imaginativo, ampliando os elementos de suas brincadeiras de “faz de conta” tão indispensáveis em seu desenvolvimento. Por isso, nossa proposta é que as crianças | 59


Projetos Educacionais - Volume 4

deem continuidade a cada história, construindo novas significações e explorando novas possibilidades de trabalho com a Literatura.

Objetivos 99Explorar e compreender a linguagem em suas diferentes formas de manifestação; 99Desenvolver a percepção da narrativa, trabalhando com os aspectos de coesão e coerência; 99Ampliar o vocabulário; 99Identificar as características dos Contos de Fadas; 99Aprimorar os elementos que envolvem o processo de imaginação e criação infantis.

Desenvolvimento Em um primeiro momento serão selecionados os Contos que serão trabalhados com as crianças. Optamos por escolher cinco Histórias para explorarmos juntos: “Cachinhos Dourados”; “Cinderela”; “João e Maria”; “João e o Pé de Feijão”, e “Chapeuzinho Vermelho”. Após a seleção das histórias procuramos fazer a contação das mesmas utilizando diferentes recursos, como: DVD, teatro de fantoches, dedoches, sombras; além, dos próprios livros. Em alguns momentos também, utilizamos versões diferentes das histórias no se refere a diagramação dos livros, apresentando diferentes formas de desenhos, pinturas e organização, fatores que contribuíram e muito para ampliar a percepção estética das crianças. Cada semana, portanto, selecionamos uma das histórias indicadas acima e a exploramos com as crianças. Para isso, organizamos o trabalho da seguinte maneira: 1. A partir do nome da História, em rodas de conversa, íamos questionando as crianças sobre seus conhecimentos prévios a respeito da história indicada, explorando sua oralidade e trazendo novos questionamentos a respeito de cada fato narrado;

2. Em seguida, com a utilização de diferentes recursos fizemos a contação da história; 3. Ainda em roda, trouxemos novos questionamentos às crianças, estimulando-as a destacarem o que mais gostaram, os principais acontecimentos e mais algum fator que gostariam de destacar que chamou a atenção na 60 |


“Era Uma Vez” Conte Outra Vez...

História contada; 4. Feito isso, partimos para um novo questionamento: a continuação da história. Pela leitura prévia (antes de apresentarmos às crianças), selecionávamos a princípio um elemento que poderia ser utilizado para a continuidade, porém, esse poderia ser alterado a partir do interesse e de como íamos construindo nosso diálogo após a história; 5. Com base no questionamento apresentado, a fim de trazer uma continuidade à história, construíamos junto com as crianças um texto coletivo que trouxesse novos elementos ao Conto apresentado, resultando em uma nova história. Construímos, portanto, as seguintes histórias “novas” em continuidade: HISTÓRIA

CACHINHOS DOURADOS

CINDERELA

JOÃO E MARIA JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO CHAPEUZINHO VERMELHO

HISTÓRIA CONTINUADA: QUESTÃO NORTEADORA

O que os ursos fizeram após cachinhos dourados ir embora? O que aconteceu com a madrasta e as irmãs de cinderela após seu casamento? o que cinderela fez após casar-se com o príncipe? O que joão e maria fizeram após voltar para a casa dos pais? Como ficou o gigante após a saída de joão com sua galinha? e joão para onde foi com toda a riqueza? O que aconteceu com o lobo após ser pego pelo caçador?

6. A cada ideia apresentada fomos lendo com as crianças, questionando as ideias e explorando a argumentação, a fim de desenvolver tanto a oralidade, o diálogo, quanto possibilitar a exploração das palavras; 7. Após a construção coletiva do texto, digitávamos a história, colávamos cada trecho dessa nova história em seus cadernos para que as crianças, então, pudessem pelo registro pictórico representar aquela parte indicada, formando assim um “pequeno livro” de histórias ao final de todo o projeto. | 61


Projetos Educacionais - Volume 4

Resultado O trabalho foi muito gratificante e significativo. As crianças puderem viver e reviver os Contos de Fadas trazendo novas conotações e elementos para as histórias, sem contar na possibilidade explorar a linguagem oral, escrita e até mesmo a artística, produzindo suas próprias ilustrações, trazendo ainda mais significado e conhecimentos para suas criações. Além do mais, esse trabalho proporcionou a ampliação do interesse pela leitura, pelas palavras e a ampliação de seus repertórios, nos quais as crianças puderam ver refletidas nas histórias continuadas um pouco de suas vivências, experiências e conhecimentos de mundo. Um aspecto muito interessante, foi o fato de as crianças começarem a trazer elementos de outras histórias para suas construções, como por exemplo, “colocarem o lobo mau na continuação da História da Cachinhos Dourados”, e ainda, “pedir ajuda da Bruxa de João e Maria para o Gigante da história de “João e o Pé de Feijão”... Fatores que enriqueceram ainda mais o projeto desenvolvido. Ao final, ver a alegria de cada criança com seu livro construído por eles próprios, permitiu que nós tivéssemos a certeza de quão significativa essa prática foi a cada um, e mais, ainda, trouxe-lhes a consciência de que eles podem ser os protagonistas nas construções diárias, nas vivências, permitindo-lhes cada vez mais o encantamento pelo mundo em que estão inseridos.

Referências BRANDÃO, A. C.; ROSA, E. C. S. O ensino da Linguagem Escrita na Creche: algumas reflexões sobre a mediação docente. In: ARCE, A. (org.). O Trabalho Pedagógico com crianças de até 03 anos. Campinas: Alínea, 2014. 37-58. BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil. Brasília, 2010 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC, SEB, 1998, 1v. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC, SEB, 1998, 2v. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC, SEB, 1998, 3v. RICHTER, Sandra. Docência e Formação Cultural. In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Ser docente na Educação Infantil: entre o ensinar e o aprender. Brasília: MEC, SEB, 2016. 62 |


Novas Tecnologias na Educação Infantil Maria Helena da Silva Leal

Introdução O presente trabalho foi desenvolvido com crianças da fase 6, do período da manhã, do CEMEI Walter Blanco e teve por finalidade pensarmos novas possibilidades de como introduzir novas tecnologias na educação infantil, pois se faz necessária uma reflexão quanto ao novo cenário pelo qual passa a educação, com novas clientelas, imersas num mundo de novas relações sociais e tecnológicas que caminham a passos largos.

Objetivos Possibilitar às crianças o acesso às novas tecnologias, definindo para isso estratégias de como implementá-las.

Desenvolvimento A minha experiência com novas tecnologias e o uso das mesmas em sala de aula com as crianças é bem recente. Com a chegada dos netbooks aqui no CEMEI, passei a trazê-los esporadicamente para a sala de aula. Na primeira vez que os trouxe para a sala (2012), apresentei às crianças o jogo do Campo Minado, pois foi o que me veio à cabeça pelo fato de ter sido uma das primeiras atividades que a professora passou pra gente quando fiz o curso de informática. As crianças ficaram separadas por duplas e o resultado foi muito bom. Nas outras situações em que as crianças tiveram contato com os netbooks da escola, pesquisamos e descobrimos outros jogos educativos nele existentes. No ano passado tivemos pouco contato com os netbooks da escola. Porém eu trazia todas as sextas-feiras para a escola o meu netbook que sempre ficou à disposição das crianças para que brincassem com os | 63


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jogos nele existentes, ouvissem músicas da coletânea que tenho e que fazem parte das atividades desenvolvidas na escola ou ainda, para que vissem as fotos que tirava delas no decorrer do ano. Foi sempre bem divertido e elas se organizavam de modo que todas pudessem brincar com o meu netbook. Outros detalhes que gostaria de ressaltar são o de que nós não tínhamos o acesso à internet nas salas de aula e , também o de que, nesse dia específico, as crianças podiam e podem trazer brinquedos de casa. As crianças nunca deixaram de brincar com os seus brinquedos por conta de terem um netbook na sala. Pelo contrário, era uma opção a mais e muito benvinda.

Novos olhares para a introdução de tecnologias na educação infantil No ano passado comecei a participar do Curso: Novos olhares para o ensino da Matemática (GEOOM) na educação infantil e, confesso que foi muito boa essa experiência. Foi num dos encontros, durante o curso citado, que a Priscila Azevedo nos sondou a respeito da possibilidade de estarmos formando um grupo para novos estudos que teriam como foco a introdução de novas tecnologias na Educação Infantil. Ficamos bastante empolgadas e concordamos em participar. O referido curso teve início em março deste ano e estamos bem empolgadas, pois na maioria, temos certo conhecimento de tecnologias e temos também aquelas que não as dominam tão bem. Estou bastante empolgada com as novas possibilidades de trabalho com as crianças, afinal elas são experts em se tratando de novas tecnologias. Nas fotos a seguir apresento alguns dos momentos em que elas tiveram contato com os netbooks da escola. Elas ficaram bem interessadas, envolvidas com os jogos, demonstrando ter autonomia ao lidar com eles.

Nosso“Cantinho tecnológico” Ganhamos um “Cantinho tecnológico” todo equipado, mesmo porque não teria sentido fazer um curso sem a disponibilidade das tecnologias. 64 |


Novas Tecnologias na Educação Infantil

Fiz duas tentativas de uso do Cantinho com as crianças para pesquisa do projeto que estamos trabalhando na escola e ainda não consegui acessar a internet. Num dos encontros do nosso curso conversamos à respeito da possibilidade de aumentar os megabites da internet da escola. Estou fazendo as pesquisas em casa e trazendo salvas para trabalhar com as crianças, até que o problema seja sanado.

Nosso Projeto “Crianças como você” Numa das tentativas de acessar a internet, consegui fazer parte de uma pesquisa com as crianças sobre o nosso projeto (origem dos sobrenomes), mas infelizmente o acesso caiu. Temos muitos assuntos interessantes a serem estudados/pesquisados ainda. Esperamos que o problema se resolva. Outros momentos das crianças com o “Cantinho Móvel”:

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Projetos Educacionais - Volume 4

O contato das crianças com as novas tecnologias se faz necessário. Todo trabalho deve ter um direcionamento, estar objetivado para que dê resultados positivos. Aqui na escola temos esse cuidado, o tempo todo. Buscamos proporcionar às crianças uma educação de qualidade e, encontramos na Priscila uma aliada. Teremos ainda muitos e bons relatos de experiências vividas. Tivemos vários momentos de contato com as tecnologias disponibilizadas no “Cantinho tecnlógico”: gravamos filminhos, tiramos muitas fotos, fizemos pesquisas relacionadas ao nosso projeto “Crianças como você” nos netbooks, enfim. As crianças estão muito empolgadas com essas novas possibilidades de aprendizagem. Como elas já têm um contato bem grande como esses tipos de mídias, poder lidar com elas nas situações de aprendizagem diárias foi algo que as deixou muito mais motivadas. A tarefa 20, solicitada pela professora Priscila, foi realizada com a minha turma e tivemos uma surpresa muito boa. Nós estávamos na quadra aqui do CEMEI, quando uma das crianças da minha turma começou a gritar que havia encontrado um bichinho no bebedouro. Foi um alvoroço, pois as crianças ficaram curiosas para saber do que se tratava. Era uma lagartinha de jardim, que ficou bem assustada com tanta criança querendo tocá-la. 66 |


Novas Tecnologias na Educação Infantil

Combinei com elas que levaríamos o bichinho de volta para o jardim da escola. Ao voltarmos para a sala perguntei se elas (crianças) conheciam outros bichos de jardim. A resposta foi unânime: “sim!”. Elas citaram vários nomes de bichos: joaninhas, borboletas, minhocas, grilos, beija-flores e até elefante e girafa! Conversei com elas (duas crianças) que elefantes e girafas não são bichos de jardim e, é claro, que a risada foi geral. O Guilherme Sacilotti foi logo dizendo “que eles eram bichos que viviam na África”. Próxima etapa da nossa conversa: separarmos os bichos mencionados por elas em dois grupos- os que voam e os que não voam. Combinamos, então, que a turma seria dividida também em dois grupos para que pudéssemos fazer imitações dos bichos citados pelas crianças. A princípio, algumas delas ficaram meio tímidas, mas foram se soltando e o vídeo (filmado na primeira dramatização, por mim e depois, por uma das crianças) ficou bem bonitinho. Foi um momento bem divertido na nossa sala, pois as crianças brincaram muito, conversamos bastante sobre o que elas conheciam sobre as características de cada um deles. O tempo passou depressa e, quando vimos, já era a hora do almoço. | 67


Projetos Educacionais - Volume 4

Outros filminhos da turma Noutro dia filmamos a festinha de aniversário do João Pedro e do Lucas. Foi um dia especial, pois as mães deles se conheceram no hospital, no dia do nascimento deles e ficaram amigas. Os meninos também são amiguinhos até hoje e comemoram junta a festa de aniversário. Outros momentos vivenciados pela minha turma foram registrados. As crianças amam contar histórias. Na verdade, elas gostam de imitar o jeito que eu conto histórias, gostam de cantar a música que cantamos antes das histórias (Era uma vez- Palavra Cantada). As crianças pediram para a Maria Eduarda Gil contar uma história que elas amam: O grande morango vermelho e o urso esfomeado. Ela amou a ideia! O Guilherme Sacilotti é bem tímido, porém muito esperto. Foi, então que falei se ele conhecia alguma história e se queria conta-la pra gente. Ele aceitou na hora! As crianças amaram a história escolhida pelo Guilherme.

Dia do brinquedo trazido de casa Como nas sextas-feiras as crianças trazem brinquedos de casa, combinei em Reunião de pais, que as crianças que tivessem tablets poderiam trazê-los para a escola. Como não são todas que possuem tablete, levei o da escola como reforço, para que todas tivessem acesso. Fiquei muito surpresa com o resultado, pois as crianças brincaram sem estresse. A manhã estava chuvosa e muito fria e as crianças não faltaram! Foi incrível, pois não teve briga. E quem trouxe o tablete emprestou para aqueles que não tinham ou não trouxeram. Bom, em minha opinião sincera, gostei muito de ver que os tablets se incorporaram no brincar das crianças. Tinha criança brincando com os brinquedos tradicionais, outras lendo, outras ainda optaram por brincar com jogos da memória, quebra-cabeças que ficam no armário.

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Uma das crianças, o Miguel, num dos momentos das brincadeiras, estava mostrando a sua seleção musical para os colegas (na verdade, uma seleção musical de qualidade). Fiz uma filmagem deles dançando e tentei ser o mais discreto possível, mas quando perceberam que eu estava filmando, começaram a dançar de maneira descontraída. Parecia os nossos bailinhos dos anos 80, cheios de pura inocência e empolgação. Confesso que eu e os pais das crianças achamos que elas brigariam e que teríamos problemas durante as brincadeiras, mas para nossa alegria, a experiência foi pra lá de positiva, bastante interessante e divertida! Pude vivenciar na prática que as crianças conseguem brincar ( sem deixar de lado os brinquedos tradicionais), independente da introdução de novas tecnologias no seu dia-a-dia. Faz parte da realidade das crianças e não dá para ignorá-la. E, segundo os pais “elas sabem muito bem o que querem, basta apenas direcionar todo esse querer.”

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Indo eu a caminho de Vizeu Portugal foi o país vencedor em origem de sobrenomes entre as crianças da sala (inclusive o meu, professora!) e, outra atividade interessante realizada com a turma foi a pesquisa das brincadeiras de origem portuguesa. Como as crianças já estão familiarizadas com as pesquisas feitas em sala (receitas culinárias e países de origem do sobrenome) com acesso à internet, resolvermos fazer uma nova busca no Youtube de um vídeo do Palavra Cantada, com a cantiga e dança de roda Indo eu a caminho de Vizeu. As crianças amaram o vídeo e combinamos que realizaríamos a brincadeira na quadra da escola.

De todas as atividades realizadas até o momento, pudemos perceber, enquanto grupo o quanto o nosso trabalho ficou enriquecido com a introdução de novas mídias. As crianças nos assessoraram o tempo todo, afinal são experts em tecnologia. Como já temos o hábito de registrar o que deu e o que não deu certo no nosso trabalho, senti que estamos 70 |


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tendo a oportunidade de adquirir novas informações e dessa forma, estamos transformando-as em conhecimentos, com sentido e profundidade, dentro de um ambiente em que a tecnologia se faça presente. Para todas nós essa foi uma experiência nova e, portanto, cheia de desafios. Todo desafio nos tira da nossa zona de conforto e nos leva a refletir sobre a nossa prática. Tivemos alguns problemas técnicos no início do curso (acesso à internet), tivemos que estudar maneiras de como abordar os temas a serem trabalhados com as crianças, de como agrupá-las para as pesquisas com as diferentes mídias, mas no fim das contas considero todo o desenvolvimento do nosso trabalho muito satisfatório. Quando percebo que estou pesquisando, buscando novas informações e crescendo com tudo isso, é que sinto o quanto vale a pena trabalhar pela educação. Não parece muito, mas é um trabalho feito com grande dedicação, carinho e seriedade.

Referências http://www.polemica.uerj.br/pol22/oficinas/artigos/lipis_2.pdf, acessado em 25\5\2014 http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/seiscaracteristicas-, professor-seculo-21-602329.shtml?page=1 http://www.grupoa.com.br/sobre-o-grupo-a/releases-detalhe. aspx?regid=9168 https://www.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/5945/o-uso-dastecnologias-na-educacao.aspx https://www.youtube.com/watch?v=U2Qrt1WXstI http://revistaescola.abril.com.br/tecnologia/

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O Lixo que Vira Brinquedo Márcia Elisa Canova Bedendo Aline Moraes de Angelis Sandra Regina do Nascimento Maria Augusta Fahl

Introdução O brincar na educação infantil é essencial e necessário, pois, ajuda na construção da identidade, na formação do indivíduo e na capacidade de comunicação com o outro, reproduzindo seu cotidiano e caracterizando o processo de aprendizagem. As brincadeiras estão presentes no dia a dia de todas as crianças, é com atividades que se divertem e compõem sua educação infantil. Deste modo, uma nova maneira de educar nossos futuros adultos é com brinquedos de sucata, além de ajudar no entretenimento, conscientizamos que a reutilização pode ser feita para vários fins, inclusive para entreter. O brinquedo-sucata traz atributos para o desenvolvimento dos aspectos cognitivos e das relações socioculturais da criança, propõe-se a fazer uma reflexão acerca da contribuição do brinquedo–sucata como instrumento que favorece o desenvolvimento do pensamento da criança. Assim, essa pesquisa objetiva conhecer a importância da utilização de sucatas para a confecção de brinquedos na aprendizagem e conscientização das crianças da necessidade vigente da reciclagem e reutilização. Também pretendemos incitar uma análise e reflexão dos educadores a cerca dessa temática. Este trabalho justifica-se dada a necessidade de uma prática pedagógica comprometida com o processo de ensino-aprendizagem, pautada nas proposições legais do MEC, bem como nos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Antigamente, os brinquedos artesanais eram objetos próximos, nascidos na relação da intimidade familiar. Se na rua houvesse um marceneiro, a criança podia ter animais de madeira, por exemplo, quando se compravam velas para iluminar a casa, ela ganhava boneco de cera, se o pai ou vizinho era sapateiro ou alfaiate, talvez herdasse restos de couro e 72 |


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pano para brincar, do sabugo de milho saía a boneca e meias furadas viravam bolas. Eles são muito úteis para a educação infantil e, ao contrário do que muitas pessoas pensam: eles não servem somente para entreter e alegrar as crianças; são importantes veículos para as aprendizagens dos pequenos, como é o caso dos brinquedos educativos, que somente trazem benefícios as crianças. A sucata é uma matéria-prima, que embora não custe nada, têm um alto potencial educativo, pode ser encontrado em qualquer lugar, atende as necessidades dos menores, favorece a utilização de métodos e técnicas pedagógicas e respeita a situação socioeconômica da população. Além disso, a construção através da sucata ajuda a desenvolver nas crianças a consciência ecológica. Ao produzir seu próprio brinquedo, a criança aprende a trabalhar e a transformar materiais cujo destino era o lixo, preservando assim, o meio ambiente da poluição.

Brinquedos de Sucata e o Brincar Com o brinquedo-sucata, a criança pode exercitar sua criatividade ao confeccioná-lo e desenvolver sua interação social num espaço lúdico com materiais atraentes e educativos de baixo custo. É importante que a criança possa criar seu próprio brinquedo, surgindo a partir destas situações aprendizagem que muitas vezes articulam recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança. A atividade motora primordial nesta fase da educação infantil acentua a necessidade de que lhes sejam oferecidos materiais adicionais, como sucatas, para suas brincadeiras. As crianças percebem as sucatas como interessantes, pois podem ser manuseadas e exploradas com facilidade, lhes proporcionando ricas experiências sensoriais e simbolização. O manuseio das sucatas permite à criança construir o que desejar. Segundo MACHADO, enquanto usa, manipula, pesquisa e descobre um objeto, a criança chega às próprias conclusões sobre o mundo em que vive. Quando puxa, empilha, amassa, desamassa e dá nova forma, a criança transforma, brincando e criando ao mesmo tempo. Poder transformar, dar novas formas a materiais como quiser, propicia à criança instrumentos para o crescimento saudável, que a estimulam a explorar o mundo de dentro e o mundo de fora dando a ele novas formas, no presente e no futuro, a partir de sua vivência. O brinquedo confeccionado com sucata permite, a quem brinca, desvendá-lo, (re)significá-lo, pois possui inúmeros sentidos que não são óbvios e nem estão evidentes. Através da atividade lúdica construtiva, a criança percebe a realidade concretizando seus projetos criativos, que | 73


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são uma conexão entre sua subjetividade e sua objetividade; ela passa a trabalhar sua autoimagem e sua autoestima. De acordo com MACHADO, a sucata é um material muito rico, pois traz consigo o elemento transformação e a criança, ao brincar, inventa, reinventa, utiliza os “refugos” com outra finalidade, que não a habitual. Ele dia ainda que, asucata équalquer coisa que perdeu seu uso original, que se quebrou, que não serve mais ou que não tem mais significado. Coisas aparentemente inúteis, mas que servem para brincar, para dar nova forma e novo sentido. O brinquedo feito de sucata traz consigo a energia criativa, a possibilidade do novo e do original, surge da própria criança que por princípio escolheu os objetos, os materiais e elaborou regras, para lidar com o mundo a sua maneira, fazendo dessa forma suas próprias descobertas. Kishimoto, afirma que “quanto mais se permite à criança explorar, mais ela está perto do brincar”. A autora afirma que brinquedo será entendido sempre como objeto, suporte de brincadeira, brincadeira como a descrição de uma conduta estruturada, comregras e jogo infantil para designar tanto o objeto como as regras do jogo da criança (brinquedo e brincadeiras). É fundamental que o educador atente para as necessidades de cada criança no decorre das atividades, disponibilizando materiais adequados a realização da atividade. É imprescindível que o material seja suficiente no que diz respeito a quantidade e diversidade, sendo levada em conta a necessidade de proporcionar instrumento que favoreçam a criatividade infantil. Além de a sucata contribuir para um desenvolvimento lúdico em sala de aula, uma vez que facilita a aprendizagem, é também fator relevante para o processo de socialização, através da comunicação e da expressão da criança. Além disso, como já foi abordado, o uso do brinquedo-sucatana sala de aula é importante por incentivar a criatividade, oportunizando o manuseio de diversos tipos de material sucateado. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, “no ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos, os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparenta ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhe deram origem, sabendo que estão brincando”, em outras palavras, através do brincar, a criança tem em suas mãos a possibilidade de lidar estabelecer relações com os outros e com ela mesma. Assim, cabe ao professor perceber que a prática pedagógica deve atender às reais necessidades das crianças, porque desde pequenas, elas 74 |


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apresentam atitudes de interesse em descobrir o mundo que as cerca, e podem realmente construir o conhecimento. Para Antunes, “brincando a criança desenvolve a imaginação, fundamenta afetos, explora habilidades e, na medida em que assume múltiplos aspectos, fecunda competências cognitivas e interativas”. Nesse sentido, além de possibilitar o exercício daquilo que é próprio no processo de desenvolvimento e aprendizagem, brincar é uma situação em que a criança constitui significados, sendo uma forma, tanto para a assimilação dospapéis sociais e compreensão das relações afetivas que ocorrem em seu meio como para a construção do conhecimento. O brinquedo proporciona à criança a oportunidade de realizar as mais diversas experiências e preparar-se para atingir novas etapas em seu desenvolvimento. As crianças aprendem o que ninguém pode ensinar-lhes através das brincadeiras. É através delas que aprendem sobre o seu mundo, como lidar com este ambiente de objetos, tempo, espaço, conceitos, estruturas, pessoas e sobre si próprias. A sucata é um recurso, que se mostra como um lixo real e depois de transformada em algo que passamos a dar origem a objetos construtivos, expressivos. O brinquedo feito com sucata, além de ajudar a preservar a natureza, é oportunidade dada à criança para desenvolver sua criatividade e seu pensamento crítico em relação ao desperdício (consequência do consumo desenfreado). É uma maneira simples, econômica e divertida de educar e ajudar na formação dos cidadãos mirins. Os brinquedos de sucata e a sua constituição pelas crianças devem ser valorizados, porque promovem o lúdico e relação distinta com materiais recicláveis e com o ambiente, colaborando para o desenvolvimento da consciência ambiental.

Metodologia Este relato de experiência refere-se às atividades realizadas com o Projeto “ O lixo que vira brinquedo”. Os trabalhos ocorreram no CEMEI José Marrara em São Carlos. Primeiramente, o projeto foi apresentado aos pais, que, me ajudando levaram à escola vários tipos de materiais já limpos, como, potinhos de iogurte, garrafas de amaciante e outros. Num segundo momento, separei com as crianças estes materiais e verifiquei o que poderia ser de fato reutilizado. Após, fiz a contagem de cada material e também aproveitei para fazer um trabalho de reconhecimento e identificação das cores. | 75


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Confeccionei com as crianças o brinquedo bilboquê e cada um escolheu a cor que queria pintar. Pedi aos pais que fizessem com seus filhos em casa, um brinquedo. Marcamos uma data para todos levarem à escola o que fizeram. Realizei uma Oficina na escola, onde enviei convites a todos os pais e neste dia, eles montaram com os filhos um brinquedo escolhido, fazendo uma interação pais-filhos. Finalizando, montei uma exposição com todos os brinquedos confeccionados.

Conclusão Qualquer que seja a faixa etária infantil e a temática a ser abordada é inegável que para realizar uma prática pedagógica efetiva o educador precisa de dedicação, sendo fundamental a sua identificação com as crianças, a fim de que compreenda as suas formas de expressão, interesses e limitações. Ao partilharmos com uma criança a reinvenção de um brinquedo, estamos levando-a a descobrir o encanto nas coisas simples e recicláveis. É uma nova forma de brincar: a criação de brinquedos com sucata é uma proposta de mudança na forma de ver as coisas, um convite para uma pe76 |


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quena aventura. Aventura que expõe as potencialidades da criança, afeta suas emoções, põe à prova suas aptidões e testa seus limites. O ato de criar brinquedos com materiais recicláveis de diferentes naturezas permite à criança descobrir as diferentes propriedades e características do lixo. É de grande importância que o trabalho com sucata na construção de brinquedos pedagógicos seja dinâmico e constituído por experimentações diversas, qualquer que seja a idade da criança para qual a atividade estiver sendo proposta. Ao confeccionar um brinquedo, a criança expressa as suas emoções, tratando com muito carinho e cuidado, atitudes fundamentais na formação da sua personalidade, a sua produção. A fabricação de brinquedos estimula diversos aspectos favoráveis ao desenvolvimento e a aprendizagem, tais como, a percepção visual e tátil, a coordenação motora, a oralidade, a expressão corporal, a capacidade de ouvir e organizar, dentre outros. Reconhecemos que o trabalho com as crianças exige bastante dedicação dos educadores, pois precisam se identificar com elas, entender sua linguagem, seus interesses, suas limitações e ser muito criativo, porque não existe criança desinteressada, o que existe é criança não motivada e para motivarprecisamos de criatividade. Para a criança pequena, o mundo é um local mágico, onde a realidade e a ficção às vezes se sobrepõem. Nesse sentido, um brinquedo, construído com sucatas, envolve a criança, fazem com que ela entre naquele mundo e queira saber mais sobre ele. É por esta razão, que acreditamos que nada motiva mais uma criança do que o mundo mágico das brincadeiras. Brincando a criança expressa seus sentimentos e emoções e manifesta suas potencialidades. Logo, é necessário que os pequenos passem a infância brincando e porque não construindo seus próprios brinquedos com materiais alternativos e assim descubram o mundo com mais facilidade.

Referências ANTUNES, Celso. Educação Infantil: prioridade imprescindível. Rio de janeiro: Vozes, 2004. BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - vols. 1, 2, 3. Brasília, 1998. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3 ed. São Paulo. Cortez, 1997. MACHADO, Marina Marcondes. O brinquedo-sucata e a criança: a importância do brincar. Atividades e materiais. São Paulo: Loyola, 1994. MACHADO, Marina Marcondes. O brinquedo-sucata e a criança: a importância do brincar - Atividades e materiais.2 ed. São Paulo: Ed. Loyola, 1995. | 77


Experiências Extraclasse Adriana de Marco Anna Paula Tarra Betassa Tovani Cardeal Daniela Campaner Parciasepe Marcia Marcela Takaessu Domingos Maria de Lourdes Pereira

Introdução Os espaços extraclasse são munidos de vários elementos que aguçam a curiosidade das crianças. As crianças apresentam um desejo natural de conhecer as coisas do mundo, desde muito pequenas, elas interagem com o meio natural e social e assim vão aprendendo sobre os elementos do mundo a partir da ação direta sobre ele, ou seja, as crianças vão elaborando conhecimentos através da manipulação, exploração, elaboração de experimentos científicos e pela busca por conhecer tudo que está presente em seu cotidiano. De acordo com Goldschmied e Jackson (2006) “ O espaço externo cuidadosamente planejado pode oferecer inúmeras oportunidades, não só para o brincar e as experiências sociais, mas também para o aprendizado em primeira mão, que nenhum livro pode ensinar, sobre as coisas vivas.” (p.195) Os espaços extraclasse são espaços ricos para as brincadeiras exploratórias. Estes espaços servem de caminho para ampliar conhecimentos relativos às vivências sociais, naturais e culturais. São locais propícios para as pesquisas porque estão munidos de elementos que levantam inúmeras perguntas, respostas e hipóteses sobre os temas pelos quais as crianças se interessam muito, como: animais; diferentes plantas, sementes e frutas; arco-íris, luz, sombras; chuva, sol, e ainda questões sobre as diferentes brincadeiras culturais e tipos humanos. O espaço externo é ainda um local privilegiado para as brincadeiras, e estas constituem-se em um campo laboratorial de experiências de vida para as crianças. De acordo com o Dicionário Online de Português, extraclasse é: “Que acontece ou se realiza fora da classe, da sala de aula; além do que já foi feito em sala de aula. Relacionada com atividades realizadas além daquelas já realizadas em sala de aula: tarefas extraclasses.” (Dicio, Dicionário Online de Português) 78 |


Experiências Extraclasse

O contato com elementos naturais como terra, areia, água, plantas, animais e os diferentes modos de ser e viver de outras culturas acionam na criança a curiosidade; quesito muito importante na promoção da aprendizagem. A escola deve aproveitar essa curiosidade para aguçar e ampliar os conhecimentos das crianças; partindo destas experiências para conceitos mais complexos. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: “As crianças devem, desde pequenas, ser instigadas a observar fenômenos, relatar acontecimentos, formular hipóteses, prever resultados para experimentos, conhecer diferentes contextos históricos e sociais, tentar localizá-los no espaço e no tempo.” (RCNEI, p. 172 v.3) Atualmente, o contato e as experiências com elementos naturais são raros. O mundo contemporâneo está cheio de: pais atarefados que não brincam com seus filhos; brinquedos que não permitem que a criança crie; espaços para brincar e pouquíssimas áreas verdes, etc. Estes são alguns fatores que impedem que ricas experiências criativas ocorram. Há ainda na escola deficiência de pesquisa de campo para crianças; falta de espaço ou espaço inadequados; inexperiência e receio de alguns professores em promover atividades extraclasse. Assim sendo, a escola de educação infantil, deve buscar meios para proporcionar e diversificar experiências desta natureza para as crianças, porque, desta forma irá garantir a elas a construção de explicações e informações cada vez mais elaboradas sobre as Ciências Naturais e Humanas. Vale observar que ao ter contato com os seres vivos de forma espontânea, lançando questionamentos e explicações, as crianças têm oportunidade de vivenciar ludicamente estes conhecimentos e tem, por meio do professor, a oportunidade de explicações admissíveis sobre os fenômenos.

Objetivo Geral Criar condições para o desenvolvimento de atividades extraclasse

Objetivos Específicos 99Ampliar repertório artístico, cultural e conceitual; 99Ampliar/Desenvolver linguagem verbal; 99Ampliar/Desenvolver espírito de observação e investigação; 99Desenvolver a coordenação motora grossa/ampla e fina; 99Desenvolver o espírito de companheirismo e solidariedade; | 79


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99Explorar diferentes materiais e formas de expressão; 99Observar transformações: luz, transparências, sombras, movimentos, formas e cores; 99Participar de atividades individuais e em grupo.

Metodologia Explorar os espaços extraclasse para ampliar conhecimentos relativos às vivências sociais, naturais e culturais. O projeto surgiu da necessidade de promover mais atividades fora da sala de aula e mudar a postura do professor de supervisor das ações das crianças para facilitador de aprendizagens significativas. Duração: Ano letivo Público Alvo: Crianças de 0 a 5 anos. Atividades: A escola pode promover experiências extraclasse por meio de: 99Acampamento: cabanas de pano nos diferentes espaços externos.

99Brincadeiras que possibilitam o contato com areia, terra, água, chuva, sol, vento. 99Brincadeiras de roda. 99Brincar com bolinhas de sabão ao ar livre para perceber as ações do vento. 99B r i n c a r d e a m a r e l i n h a , p u l a r c o r d a , p e g a - p e g a , bambolê, bolinhas de gude, sapatos de lata, boliches, raquetes, piões. 99Brincar na área externa em diferentes momentos do dia para verificar a posição do sol e a relação com a luz, sombras e a noção de espaço e tempo. 99Brincar no parque e no tanque de areia. 99Construir e observar o processo de cuidados com uma horta e depois realizar a colheita e preparo dos vegetais cultivados. 99Dança com tecidos, celofane, jornal. 99Desenhar com giz, carvão e na areia. 99Hoje é dia de piquenique. 99Hoje tem chuva de mangueira. 80 |


Experiências Extraclasse

99Hora do banho das bonecas. 99Imitando a locomoção dos animais. 99Labirinto de tiras. 99Leitura no jardim/embaixo de uma árvore. 99Observar e relatar a paisagem sonora, escuta dos sons naturais e artificiais das proximidades da escola. 99Pesquisa de campo por meio de visitas ao jardim/área externa para levantar que animais vivem ali e ainda realizar colheita de folhas, frutos, gravetos, etc. 99Pesquisa: objetos que flutuam. 99Pintura em piso, azulejos. 99Promover o contato com diversidade natural, cultural por meio de visitas a parque ecológico/zoológico, museus, praças, parques, exposições, feiras, cinemas, teatros, supermercados, exposições, galerias, jardins, reservas ecológicas, ateliês, fábricas, etc.

Recursos Materiais Materiais que despertem a curiosidade das crianças e que auxiliam na estimulação sensorial, sonora, visual, cognitiva e motora. Papel de seda, papel cartão, papelão; lápis, lápis de cor, giz de cera, giz, carvão, canetinhas; tinta; celofane; jornal; E.V.A; glítter; canudinhos; tecidos, barbantes, fitas, corda, tapetes; bambolês; garrafa pet e brinquedos transparentes; brinquedos com luz; potes plásticos transparentes e latas; bexigas; bola; lanterna do celular, lanternas, espelho, lupas; sementes, canteiros, vasos e terra; livros; rádio, máquina fotográfica.

Avaliação A avaliação foi concebida como um processo contínuo para observar a participação da criança e tomar decisões educativas.

Conclusão As brincadeiras extraclasse representam uma excelente oportunidade para as crianças desenvolverem a psicomotricidade, a observação, a exploração, a investigação e a manipulação do ambiente natural. Estas ações acionam a imaginação, a autonomia, a afetividade, o respeito, a criatividade, a interação, o desenvolvimento da linguagem; enfim conhecimentos que colaboram para a formação integral da criança. | 81


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Referências BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.: il. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, 2010. 36 p. : il. GOLDSCHMIED, Elinor; JACKSON, Sonia. Educação de 0 a 3 anos: atendimento em creche. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. DICIO, Dicionário Online de Português. Extraclasse. Disponível em: <https:// www.dicio.com.br/extraclasse/>. Acesso em: 06 de jun. 2018.

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Projeto Leitura para os Bebês Maria Aparecida dos Santos Franco Daiana Branco Manfio Ponce Paula de Campos Babenko Vania Maria Piassi Pereira do Amaral Neila Pires Wirley Regina Marchi Michele Yabuki

Justificativa O presente projeto foi desenvolvido no CEMEI Homero Frei, no primeiro semestre de 2018, na Fase 1, com os bebês. A leitura é um modo de participar, observar e iniciar o primeiro contato com os livros. Para desenvolver o gosto pela leitura, desde a infância, é importante que a criança se familiarize com os livros. A hora da leitura é lazer e divertimento, mas também oportuniza a criança desenvolver o sentido ético, estético e de formação (Bordini,1993). Ela projeta o seu próprio mundo e, ao representá-lo encontra maneiras diversas de expressar o que sente. A leitura não pode limitar-se a uma única expressão, mas diversificar as múltiplas linguagens. (Cardoso, 2012) A criança, quando ouve uma história, tem informação, tem lazer, imagina situações, tem oportunidade de desenvolver sua capacidade criadora, porque as histórias permitem o uso da fantasia e da imaginação (Coelho, 2000). Não se forma bons leitores se eles não têm um contato íntimo com os textos. Existem inúmeras maneiras de fazer isso. O importante é que o material escrito apresentado aos alunos seja interessante e desperte a curiosidade das crianças (D´Amico, 2016) A intenção de fazer com que as crianças, desde cedo, apreciem o momento de sentar para ouvir histórias exige que o professor, como leitor, preocupe-se em lê-la com interesse, criando um ambiente agradável e convidativo à escuta atenta, mobilizando a expectativa das crianças, permitindo que elas olhem o texto e as ilustrações enquanto a história é lida. (RCNEI, 1998,v.3, p. 143) | 83


Projetos Educacionais - Volume 4

Objetivos 99Inserir na rotina da Fase 1, a leitura duas vezes por semana: 99Incentivar a leitura e o contato com os livros desde cedo; 99Tornar a leitura um ato prazeroso; 99Possibilitar a integração dos pais com os filhos através do projeto de leitura, para que se torne um hábito familiar.

Desenvolvimento Após planejar semanalmente os livros que serão trabalhados nas aulas, a professora se senta no chão, junto com os bebês, para que os mesmos consigam visualizar as imagens e manusear os livros. O trabalho pode ser através de contação de histórias, manuseio de fantoches, etc. O que importa é o contato dos bebês com os livros e a entonação da professora ao ler, ou ao contar a história representada no livro. Na sala de aula da Fase 1 foi criada uma pequena biblioteca, onde os livros são selecionados de acordo com a faixa-etária e também dispostos na altura dos bebês. Os bebês que já andam ou já conseguem se levantar já podem ir até lá e manusear o material (professoras sempre atentas para que os mesmos não danifiquem os livros). Os professores também incentivam os pais para lerem com os filhos em casa, os pais que não têm livros em casa, poderão emprestar e devolver na semana seguinte.

Recursos Livros de interesse para as crianças, adequados para a faixa etária, revistas, HQ, panfletos de supermercados.

Avaliação A avaliação será realizada durante todo o processo, pois dela dependem os passos seguintes e os ajustes, aproveitando as próprias situações de aprendizagem. Registrar os eventos com fotografias e vídeos.

Considerações finais As escolas devem dispor de um ou mais ambientes que estimulem este contato com exemplares de livros, jornais, revistas, entre outros. Em sala de aula, cabe ao professor incentivar o gosto pela leitura, realizando leituras em voz alta, leituras através de figuras, proporcionando atividades que estimulem um futuro interesse e gosto pela leitura. A 84 |


Projeto Leitura para os Bebês

importância da leitura infantil, bem como seu incentivo é então a forma mais prática de desenvolver a imaginação da criança. Cultivar a leitura é o mesmo que possibilitar, neste caso, que uma criança se torne um adulto capaz, experiente, esclarecido e com uma mente aberta à novas possibilidades, que será capaz de escolher o futuro a qual irá trilhar. (Fischer, 2006)

Referências BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: a formação do leitor: alternativas metodológicas. 2ª Ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993. BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Conhecimento de mundo (v. 3). Brasília: MEC/ SEF, 1998. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Língua Portuguesa. - Brasília: MEC/SEF, 1997 CARDOSO, Bruna Puglisi de Assumpção. Práticas de linguagem oral e escrita na Educação Infantil. São Paulo:Anzol, 2012. COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. 1ª Ed. São Paulo: Moderna,2000. FISCHER, Steven Roger. História da Leitura. Tradução: Claudia Freire. São Paulo: UNESP, 2006. 384 | 85


Projeto Girassol Patrícia Pereira

Resumo O projeto se iniciou com o interesse despertado por crianças do 1º ano de uma escola estadual de São Carlos a partir da pergunta: “Como nascem os girassóis?” A partir dessa questão, elas levantaram hipóteses, pesquisaram, relataram o que descobriram, observaram o crescimento dos girassóis e registraram o que aprenderam, tendo como referência o programa “ABC na Educação Científica - Mão na Massa1”.

Introdução Esse trabalho justifica-se pela curiosidade das crianças acerca do nascimento e desenvolvimento dos girassóis, gerada em roda de conversa em meio a diversos tipos de plantas e pela necessidade da implantação de um “espaço verde” nas dependências do prédio escolar, e desta maneira, desenvolver o respeito pela natureza e a consciência da necessidade de sobrevivência/dependência do ser humano em relação à mesma.

Objetivos 99Realizar plantio de girassóis nas dependências do prédio escolar e observar/analisar o desenvolvimento das plantas; 99Desenvolver o hábito de cuidados diários com os girassóis;

1 O programa “ABC na Educação Científica - Mão na Massa” tem como principal finalidade o ensino de Ciências baseado na articulação entre pesquisa científica e desenvolvimento da expressão oral e escrita. Explicitamente, busca a construção do conhecimento por meio do levantamento de hipóteses e sua verificação através da experimentação, da observação direta do ambiente e de pesquisas bibliográficas, enfatizando o registro escrito e as conclusões pessoais e coletivas. O programa também favorece a interação entre os alunos e professor de modo a discutirem tentativas de explicar um determinado conceito ou fenômeno científico. 86 |


Projeto Girassol

99Estudar características específicas desta espécie de plantas. 99Realizar registros escritos individuais e coletivos.

Desenvolvimento A questão desencadeadora deste trabalho foi a seguinte: “Como nascem os girassóis?” Após o levantamento e análise das hipóteses, planejamos com as crianças estratégias e experimentos para realizar o plantio das sementes. Elas deveriam obter informações por meio de pesquisas sobre as características do girassol e cuidados para o seu plantio. Os dados obtidos foram socializados e geraram um texto coletivo com as informações que as crianças consideraram mais importantes. Antes de desenvolver os experimentos realizamos as seguintes atividades: 99Entrevistas com os familiares (considerando que muitas crianças moravam na zona rural do município) as questões foram feitas a partir das hipóteses, por sugestão das próprias crianças.

99Pesquisa bibliográfica coletiva e individual, realizada em sala de aula, em grupos, onde foram analisados textos de revistas (Ciência Hoje das Crianças, Globo Rural) e textos trazidos pelas crianças. 99Estudo de diversos gêneros textuais com a temática girassol: lendas, poesias, fichas técnica, artigos científicos, etc. (Figura 1) e produção de registros escritos sobre as “descobertas” (Figura 2). As atividades foram interdisciplinares, procurando atender as expectativas e interesses das crianças, ora coletiva ora individualmente, com a intenção de ampliar o conhecimento sobre o tema. Depois, realizamos o plantio e observamos do desenvolvimento do girassol, realizando registros individuais e coletivos.

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Projetos Educacionais - Volume 4

Figura 1 - A Lenda do Girassol.

Figura 2 - Registros sobre as pesquisas.

O plantio realizou-se em dois momentos: primeiramente planejamos plantar em frente à varanda da sala de aula, limpando o local utilizado fazendo a retirada de matos, afofando a terra para depois realizarmos o plantio (figura 3). A segunda estratégia foi plantar as sementes em garrafas pet cortadas ao meio que foram colocadas no interior das salas de aula (devido à presença de pombas na escola) (figura 4). 88 |


Projeto Girassol

Figura 3 - Crianças plantando na área externa.

Figura 4 - Plantio em garrafas pet.

O período do plantio durou quase uma semana, com participação de todas as crianças. A observação e irrigação eram feitas diariamente e com registros quando alguma mudança ocorria (figura 5). _ “Olha o do Ricardo o quanto nasceu!” (Matheus) _ “Olha o do Marcelo não via nascer nada!” (Miguel)

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Projetos Educacionais - Volume 4

Figura 5 - Registro das crianças.

Resultados Nos experimentos práticos as crianças puderam observar a germinação das sementes e acompanhar o desenvolvimento da planta. Na pesquisa bibliográfica fizeram várias descobertas sobre os girassóis, por exemplo: nome científico, como plantá-lo, o porquê de ter esse nome, suas utilidades no dia-a-dia e nas pesquisas científicas. As crianças adoraram o projeto e observavam todos os dias as mudanças, sendo muito construtivo e importante para o aprendizado de todos os envolvidos.

Referências CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. Flores mutantes. 21 ago. 2012. Disponível em: <http://chc.org.br/flores-mutantes/>. Acesso em: 04 mai. 2018. MORAES, Vinícius de. A Arca de Noé. Ed. José Olympio. 18ª. ed. São Paulo: Editora José Olímpio,1980. MATHIAS, João. Como plantar girassol. Globo Rural. 19 abr. 2018. Disponível em: < https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/como-plantar/ noticia/2018/04/como-plantar-girassol.html>. Acesso em: 04 mai. 2018.

Sites http://pt.wikipedia.org/wiki/girassol http://www.dec.ufcg.ed.br/biografias/MGHelius 90 |


Projeto Diversidade Daniela Regina Thomaz Ferreira Renata Correa Dorta de Oliveira Viviane Aparecida do Nascimento Santos Wanessa de Souza Parente

Justificativa O presente projeto, visa trabalhar e explorar desde a mais tenra idade, um pouco da diversidade cultural existente no Brasil, proporcionando as crianças o contato com outras culturas e por conseguinte com o novo, favorecendo assim o desenvolvimento do respeito ao outro com suas diferenças e reforçando a autoestima e identidade, promovendo ações e reflexões dentro da escola que valorizem essas diversidades. Segundo Vygotsky, “...as crianças são o resultado de suas experiências e da troca com o outro”, assim para compreender seu desenvolvimento é preciso considerar o espaço em que elas vivem e a maneira que constroem significados. De acordo com Perrenoud (2000, p.90), aborda que enfrentar o desafio de propor um ensino que respeite a cultura da comunidade significa constatar cada realidade social e cultural com a preocupação de traçar um projeto pedagógico capaz de atender a todos sem exceção.

Faixa Etária 99 Fases iniciais da Educação Infantil (0 a 3 anos).

Objetivos 99Trabalhar o respeito à diversidade no cotidiano da educação infantil. 99Introduzir o reconhecimento e valorizar a diversidade humana, favorecendo as diferenças. 99Promover a valorização cultural através da leitura. 99Começar a desenvolver e divulgar a cultura afro brasileira e a cultura indígena.

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Projetos Educacionais - Volume 4

Metodologia Uso da arte de contar histórias para apresentar diferentes contos africanos e indígenas: Para a Educação Infantil se faz necessário a contação de histórias diariamente, devendo ela estar integrada a rotina da turma. A utilização de acessórios como fantoches, dedoches, objetos, que estejam relacionados ao tema abordado é essencial para a realização da leitura para os bebes, capturando sua atenção e diversificando o momento. Para as crianças maiores esse momento pode ser trabalhado com a participação integral das crianças, através da releitura com desenhos feitos pelas crianças, contação da história através das imagens do livro, onde cada aluno terá a oportunidade de expressar seu entendimento sobre o tema, utilizando os recursos necessários. Criação de trabalhos manuais coletivos envolvendo produções com diferentes materiais: O trabalho coletivo se torna mais produtivo quando trabalhamos com os bebes, pois as crianças interagem trabalhando em grupo. Os bebes reconhecem o ambiente em que estão integrados através do contato manual, experimentam sensações e texturas diferentes. Pode-se trabalhar com os carimbos das mãozinhas e pezinhos com materiais diversos, manuseio de materiais como o fubá, a mandioca, o milho, explorando suas texturas, são algumas possibilidades para se trabalhar com as crianças. Com os maiores pode-se trabalhar pinturas com guache e materiais diversos, colagem de figuras e manuseio de objetos e materiais. Uso de fantoches, dedoches, etc: Para os bebes podem ser confeccionados dedoches com o tema abordado, utilizados durante a contação de histórias ou na musicalização. Os bebes poderão manusear os dedoches/fantoches que poderão ser confeccionados com materiais diferenciados, como tecidos, papéis texturizados, etc. Com as crianças maiores pode-se realizar uma roda de conversa pra descobrir que tipo de personagem eles mais gostam. A partir destes personagens pesquisar e fazer o material impresso para cada aluno onde eles possam pintar e colorir. Em seguida a professora deverá recortar e transformar em dedoches para a invenção de uma história para contar aos colegas. Uso de músicas típicas: A musicalização na Educação Infantil faz parte da rotina. Com os bebes deve-se trabalhar a musicalização o tempo todo, estimulando a oralidade, os gestos e a diversão. Todos sentados no chão ou carrinho, em pé dançando ou imitando os gestos as crianças são estimuladas. A exploração de sons com o auxílio de instrumentos 92 |


Projeto Diversidade

musicais como tambores, berimbau, pandeiro, etc., os bebes poderão identificar os sons mais graves, além de explorar os objetos. Com as crianças maiores pode-se trabalhar a oralidade, os gestos, a exploração dos instrumentos típicos, finalizando com uma apresentação de dança da música escolhida. Exploração de imagens com auxílio de DVDs, figuras impressas, etc: Com os bebes pode-se utilizar DVDs musicais, que envolvam o tema abordado. Figuras poderão ser impressas e coladas em placas de papelão separadas para que as crianças consigam manusear e observar essas imagens. Com as crianças maiores o auxílio de DVDs com historinhas pode ser interessante. A observação de figuras impressas e/ou em revistas e livros, desenvolve a observação sobre as variadas características. Experimentação de comidas típicas bem como manuseio de alimentos (textura) e produção de receitas: Com os bebes pode-se fazer uma experimentação de comidas típicas, além do manuseio de alimentos com texturas diferentes. Com os maiores pode-se fazer a produção de receitas, onde as crianças poderão manusear as texturas e experimentar os alimentos no final da confecção.

Material 99Papéis 99Livros 99Giz de cera 99Guache 99DVDs e CDs 99Sucatas 99Fubá, mandioca, milho e etc.

Avaliação Contínua feita através de observações, registros e fotos para expressar o desenvolvimento da criança.

Tempo Duração de um semestre letivo.

Resultado Exposição dos trabalhos, fotos e registros confeccionados durante o projeto no final do semestre. | 93


Projeto Quem sou Eu ? Justificativa

Sidnéia Rosana da Silva Carla Fernanda Florencio Lopes

A construção da própria identidade é fundamental na formação de todo indivíduo, é gradativa e se dá por meio das interações socias. Conhecer melhor a si própria e suas origens é essencial para uma educação crítica e preocupada com o desenvolvimento global da criança. Pensando que nosso trabalho, durante todo ano será voltando a própria realidade dos alunos, iremos conhecer as crianças em todo os seus aspectos , desejos, sonhos, potencialidades, entre outros. Brincadeiras feitas em frente do espelho ajudam a criança a reconhecer suas características físicas. Já o desenvolvimento da autoestima dá conforme a criança incorpora a afeição que os outros têm por ela e a confiança da qual é alvo.

Objetivos 99Conhecer os alunos, quanto a suas características, potencialidades e reconhecer seus limites; 99Conhecer e identificar seu próprio nome e dos colegas ; 99Familarizar-se com a imagem do seu próprio corpo; 99Trabalhar os diferentes sentidos (audição, olfato, paladar e tato); 99Trabalhar a necessidade de uma alimentação saudável e uma boa higiêne; 99Experimentar e utilizar os recursos de que dispõe para a satisfação de suas necessidades especiais, expressando seus desejos, sentimentos, vontade e desagrados, agindo com progressiva autonomia. 99Conhecer as diferentes partes do corpo, suas funções e limitações. 99Conhecer um pouco mais o outro e respeitar as diferentes opiniões e ideias.

Desenvolvimento 1. Autoestima 99 Sugerir que cada um se desenhe, podendo utilizar o espelho. 94 |


Projeto Quem sou Eu ?

2. Nome

99Música: ¨Se eu fosse um peixinho, A conoa virou, Ciranda cirandinha, Fui no Tororó.¨ 99Montar painel com os nomes e fotos.

3. Meu Corpo

99Montar um boneco identificando as partes do corpo; 99Trabalhar musicas que falam do corpo( minha boneca de lata, cabeça ombro joelho e pé, entre outras); 99Identificar suas características (cor de olhos, altura, cabelo); 99Comparar tamanhos e montar um painel comparativo; 99Trabalho com recortes de figuras (montar um corpo); 99Trabalhar a importância da interação família/escola.

4. Onde Mora

99Desenhar onde mora; 99Em roda de conversa descrever como é sua casa; 99Trabalhar a música ¨Casa¨ (Toquinho).

5. Teatro de Bonecos

99Sentados no chão em roda fazer com que os bonecos (fantoches ou dedoches) conversem com as crianças.

6. Arte com Grupo

99Espalhar a mistura no chão onde as crianças possam por as mãos, incentivando as várias formas de movimento, quando estiver seco recortar dando origem as figuras, expor através de painel e incentivá-los por as mãos para perceberem a mudança de textura.

8. Duração

993 meses dependendo do interesse da turma e do desenvolvimento das atividades.

9. Resultados

99Os resultados serão avaliados de forma continua através das observações da profossora sobre a participação e desenvolvimento individual da turma.

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Projeto Griô: Uma Possibilidade de Discussão das Relações Étnico-Raciais na Educação Infantil Vani Aparecida Bueno de Oliveira Denari Gabriela Bueno Denari

Introdução As crianças são sujeitos sociais e históricos, assim como todo ser humano, e fazem parte de uma sociedade inserida em uma determinada cultura, em um determinado momento histórico (BRASIL, 1998). E desde pequenas é recomendado que sejam estimuladas a se envolverem em atividades que conheçam e que valorizem a importância dos diferentes grupos étnico-raciais (BRASIL, 2003). Deve-se um destaque especial aos professores de educação infantil, pois desde cedo podem desenvolver atividades que possibilitem e favoreçam as relações entre as crianças e suas diversidades (BRASIL, 2003). Várias atividades podem ser propostas ao se pensar na criança como sujeito carregado de história e ainda estimular desde pequenos à construção da identidade da criança a partir das relações sócio-histórico-culturais, de forma autêntica, consciente e contextualizada (BARBOSA, 2011). Diante disso, buscou-se por desenvolver um projeto que pudesse resgatar a história das crianças e ainda estimular o auto-reconhecimento e a importância do sujeito na sociedade. A escolha pelo nome Griô neste projeto se deu pelo seu significado que tem origem na tradição oral africana e que é utilizada para designar mestres portadores de saberes e fazeres da cultura. Como coloca Lílian Pacheco, [...] a iniciativa de abrasileirar a palavra Griô da palavra griot é uma orientação espiritual que busca um novo lugar social, 96 |


Projeto Griô: Uma Possibilidade de Discussão...

político e econômico para os velhos representantes dos saberes e fazeres das culturas tradicionais de transmissão oral. A palavra griot tem origem e se inspira nos músicos, genealogistas, poetas e comunicadores sociais, mediadores da transmissão oral, bibliotecas vivas das histórias, lutas e glórias do seu povo no noroeste da África [...] (PACHECO, 2015, p. 61) Assim, o objetivo do projeto conta com: 99Resgatar a história de vida da criança, tendo como fator primordial, elevar a sua autoestima, possibilitando que ela se identifique como sujeito da história;

99Identificar e reconhecer aspectos que a caracterizam e ao grupo ao qual pertence (características físicas e culturais, hábitos, costumes e valores); 99Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo e compreender suas partes além de estimular a linguagem oral e a expressão corporal, melhorando a interação e comunicação das crianças.

Desenvolvimento As quatro atividades apresentadas nesta proposta fazem parte de um projeto maior com dez atividades. O recorte foi feito visando contemplar a representatividade da criança negra com a diversidade cultural de nossa sociedade desde muito novas. A faixa etária trabalhada neste projeto foi com alunos de dois anos, de uma escola municipal da cidade de São Carlos, com uma turma de sete crianças. As atividades foram desenvolvidas no mês que engloba o dia da Consciência Negra tendo o desafio de juntar a temática com o público alvo infantil. As quatro atividades estão descritas e apresentadas a seguir:

# Atividade 1 “Painel de fotos” Esta atividade tinha por objetivo estimular o reconhecimento da criança e identificar a ancestralidade dela. Perguntas de reconhecimento da criança e de seus colegas foram realizadas, como: “Quem é você?”; “Quem já chegou?”. Uma foto da atividade está representada pela Figura 1a. Vale ressaltar que todas as imagens que aparecem o rosto das crianças foram alteradas para preservar a identidade delas. Com esta atividade, as crianças mostraram-se empenhadas em se reconhecer pela | 97


Projetos Educacionais - Volume 4

foto, dizer o seu nome, o nome de seus familiares, contar sobre seus antepassados e ainda reconhecer e conhecer sobre os colegas.

# Atividade 2 “Pessoas Diferentes” Esta atividade tinha por objetivo trabalhar as semelhanças e diferenças na busca pela representatividade das crianças em recortes de jornais e revistas. Com estas imagens encontradas em mídias de divulgação foram confeccionados livrinhos e fichas de pessoas com diferentes características físicas. Os alunos puderam identificar traços e características que os colocavam semelhantes àquelas imagens e discutiam entre si todas as descobertas. A Figura 1b representa estas descobertas.

(a) (b) Figura 1 - Reconhecimento pelas crianças. (a) Painel de fotos e (b) fichas confeccionadas por imagens de revistas. Fonte: Autoria própria.

# Atividade 3 “Músicas e contação de história” Esta atividade contou com fichas e livros de animais, jogo da memória, quebra-cabeça e dedoches, que foram essenciais para apresentação de músicas e histórias. Além disso, dois textos foram utilizados para contação de histórias: O livro “Chuva de Manga” (RUMFORD, 2009) e o texto “Meu amigo crocodilo” (FABULA, 2014). Esta atividade foi a que mais teve interação das crianças e que se estimulou a oralidade, a curiosidade, a amizade, companheirismo, sons e a importância da ancestralidade. A Figura 2 ilustra as atividades realizadas, com dedoches e com apresentação do livro. 98 |


Projeto Griô: Uma Possibilidade de Discussão...

(a) (b) Figura 2: Atividades desenvolvidas. (a) dedoches e contação de história e (b) contação de história com livro. Fonte: Autoria Própria.

# Atividade 4 “Baú da diversidade” Esta atividade engloba as outras realizadas, pois o baú é uma caixa feita e decorada para conter vários materiais que possam remeter à temática. O baú estimula a curiosidade da criança sobre seu conteúdo, organiza os materiais além de servir de estímulo para outras atividades. As crianças mostraram-se muito empenhadas em desvendar o conteúdo do baú e ficaram animadas por saber que teriam sempre acesso a este material. A Figura 3a representa o baú fechado enquanto a Figura 3b mostra o momento das crianças brincando e descobrindo os materiais dentro dele.

(a) (b) Figura 3: Baú da diversidade. (a) Imagem do baú fechado e (b) crianças explorando o conteúdo do baú. Fonte: Autoria Própria. | 99


Projetos Educacionais - Volume 4

Considerações Pela faixa etária trabalhada, nota-se que é muito mais fácil de trabalhar questões como estas quando se envolve o lúdico. As atividades envolvendo dedoches e contação de histórias são as que mais chamam atenção das crianças e as que mais eles se questionam. Por meio das atividades desenvolvidas com as crianças, foi possível verificar o interesse que elas têm em reconhecerem-se nos espaços sociais. Além disso, trabalhar a identidade etino-racial desde a infância é muito importante para desenvolver cidadãos conscientes. Desenvolver este projeto foi também relevante para pensar na própria ação pedagógica, no sentido de voltar atenção a desenvolvimento de temas tão presentes e urgentes de serem apresentados, mesmo para crianças tão novas. Dessa forma, é interessante dar continuidade a projetos como estes durante todo o ano, e não somente em datas que remetem a tais questionamentos. Outro ponto importante a se destacar é tentar trazer os familiares mais presentes em atividades futuras, pois poderia aproximar muito mais o interesse dos estudantes por estas descobertas.

Referências BARBOSA, Lucia Maria de Assunção (Org.) Relações étnico-raciais em contexto escolar: fundamentos, representações e ações. São Carlos: UFSCar, Sead, 2011. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação. Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/ arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf> Acesso em: 01 jul. 2018. BRASIL. Plano nacional de implementação das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. 2003. Disponível em: <http:// www.seppir.gov.br/portal-antigo/.arquivos/leiafrica.pdf> Acesso em: 01 jul. 2018. FABULA de origem africana. Meu amigo crocodilo. Revista ciência hoje das crianças, n.254, 2014. PACHECO, Lilian. A Pedagogia Griô: educação, tradição oral e política da diversidade. Revista Diversitas. n. 3, 2015. RUMFORD, James. Chuva de Mangas. São Paulo: Brinque Book. 2009. 100 |


Projeto: “Diversidade já!” Fabiana Santos Souza Pinesso Glauce de Souza Possar Santana Lauri de Freitas Petilli Zopelari Simone Graziela Vicente da Silva Nascimento

Público Alvo Educação Infantil

Introdução Reconhecendo a importância da cultura africana na cultura brasileira, sua forte influência e valor; recorremos trabalhar na educação infantil, o projeto étnico-racial: “Diversidade já!”, pois nesta fase as crianças iniciam o processo de questionamento relacionado as questões de semelhanças e diferenças entre as pessoas; os quais precisam ser trabalhados de modo a desenvolver, valores, parcerias, entre as diferenças existentes, fortalecendo a igualdade e dignidade de todos. O atual projeto desenvolverá diferentes atividades, tais como rodas de conversa, oficinas, apresentação de vídeos, degustação de frutas, brincadeiras, contação de histórias com fantoches; as quais serão inspiradas em um clássico da literatura infantil: “Menina bonita do laço de fita” de Ana Maria Machado. “Pensar em respostas educativas da escola é pensar em sua responsabilidade para garantir o processo de aprendizagem para todos os alunos, respeitando-os em suas multiplas diferenças.” Carvalho (2002,p.70); Com este intuito o atual projeto vem valorizar a individualidade do aluno, respeitando as diferenças, em um contexto sem extigma, precoceito e exclusão.

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Projetos Educacionais - Volume 4

Objetivos Geral 99Reconhecimento e valorização da cultura étnico-racial, no respeito às semelhanças e diferenças na formação de seres críticos, pensantes e reflexivos.

Objetivos Específicos 99Identificar a cultura africana em nossa cultura; 99Reconhecer e respeitar as semelhanças e diferenças entre o grupo; 99Desenvolver e potencializar a criatividade; 99Respeitar o seu espaço e o do outro; 99Desenvolver o pensamento crítico, oralidade e linguagem; 99Respeitar a todos, valorizando a sua cultura e sua identidade étnico-racial; 99Estimular audição, fala; 99Desenvolver coordenação e expressão corporal; 99Participar de diferentes atividades relacionadas ao tema; 99Degustar alimentos da culinária africana;

Conteúdos 99Identidade; 99Afetividade; 99Diversidade étnica e cultural; 99Família

Recursos materiais 99Livro “Menina bonita do laço de fita”; 99Avental com fantoches do livro “Menina bonita do laço de fita”; 99Notebook; 99Vídeos: “Animais da África”, “Bruna e a galinha d’Angola”, “Menina bonita do laço de fita.” 99Música: “A galinha d’ Angola” 99Frutas como banana e manga; 102 |


Projeto: “Diversidade já!”

99Tecidos coloridos; 99Laços, pente, escova, gel; 99Cordas, 99Bolas; 99Elástico;

Desenvolvimento Este projeto será desenvolvido através das seguintes atividades: 99Brincadeiras africanas: Pular corda, pular elástico, futebol; brincadeiras de roda;

99Degustação de frutas de origem africana: banana e manga; 99Vídeos: “Animais da África”, “Bruna e a galinha d’Angola”, ”Menina bonita do laço de fita.” 99Organizar uma roda de conversa com a sala sobre a temática proposta no projeto; 99Apresentar o livro “Menina bonita do laço de fita” aos alunos; 99Dança das cores com tecidos e a música: “A galinha d’ Angola”; 99Oficina de tranças 99Avental de história com fantoches e participação dos alunos; 99Fantoche “Menina bonita do laço de fita;

Avaliação A avaliação será realizada através de registro, por parte do professor em sala de aula, frente à participação de cada aluno de forma individual e coletiva, observando o desenvolvimento da aprendizagem e o interesse do aluno durante as atividades propostas.

Referências A História da Menina Bonita do Laço de Fita / Vídeo-Livro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=un1HJ_i3VJI. Acesso em: 21/06/2018. CARVALHO, Rosita Edler. Removendo Barreiras para aprendizagem. 4ª edição. Porto Alegre: Mediação, 2002. p. 70. | 103


Projetos Educacionais - Volume 4

Histórias Animadas - A Cor da Cultura - Bruna e a Galinha d’Angola. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eqvqBT41lWY. Acesso em: 21/06/2018. MACHADO, Ana Maria. Menina Bonita do laço de fita. 7ª edição. São Paulo: Ártica, 2005. MATOGROSSO, Ney. A galinha d’ Angola. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=JVZk3IruU9w. Acesso em: 21/06/2018. Um Som... Animal! Animais da África. Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=bOhRGh82_50. Acesso em: 21/06/2018.

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Projeto Minhas Frutas Preferidas Márcia Rosa da Silva Jucimare Carina Pessan Pinheiro Flaviane Gomes da Costa

Justificativa Este projeto justifica-se pela necessidade de descobrir qual fruta as crianças mais gostam bem como oferecer a elas oportunidades de experimentarem frutas diversificadas, pois foi levantado um questionário junto aos pais e percebemos que a maioria das crianças só conhecem a banana, a maça e o mamão.

Duração Todo o mês de maio e junho

Objetivos 99Estimular e valorizar a importância da ingestão de frutas para o bom funcionamento do corpo. 99Explorar os sabores das frutas 99Explorar as formas e as cores das frutas 99Explorar os nomes das frutas.

Desenvolvimento As crianças irão experimentar as frutas separadamente, sendo no máximo oferecido a elas duas frutas por semana. Antes de comer as frutas os alunos terão oportunidade de manuseá-la, sentir seu cheiro, sua textura, ouvir seu nome e também o nome de sua cor. As frutas serão preparadas na presença das crianças (lavar, descascar, cortar), para incentivá-los e comer cantaremos músicas que falem de frutas, confeccionaremos cartazes coletivos, mostraremos imagens de frutas, também comeremos as frutas junto com as crianças. | 105


Projetos Educacionais - Volume 4

Ao final de cada degustação preencheremos um cartaz indicando a criança que gostou ou não da fruta oferecida no dia, de acordo com a legenda abaixo:

Gostou; Não gostou; Não quis experimentar; Faltou.

Produto final Ofereceremos uma salada de fruta, que será preparada na presença das crianças, com o objetivo de incentivá-los a comer até as frutas que eles não gostaram.

Frutas que serão degustadas pelas crianças Banana

A banana é uma fruta rica em fibras, potássio, vitaminas C e A. Para os bebês é um alimento privilegiado devido sua diversidade de nutrientes. É base de muitas formulações para crianças de primeira idade Saudável, a banana pode auxiliar na manutenção das defesas imunológicas graças aos seus aportes de vitaminas C e B, em minerais e em oligo-elementos variados (zinco, cobre, manganês, selênio etc.)

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Projeto Minhas Frutas Preferidas

Maça

Moderadamente energética é recomendada para todas as idades. Tanto a Gala como a Fugi são capazes de fornecer como alimentação um complemento considerável de vitaminas, minerais e oligo-elementos muito variados. A maçã possui um excelente valor nutritivo, pois em sua casca encontramos a pectina que ajuda a reduzir o colesterol do sangue. Além disso, é um fruto rico em vitaminas B1, B2, niacina, ferro e fósforo.

Melancia

É uma fruta rica em sais minerais (ferro, cálcio e fósforo) e vitaminas (complexo B, A e C). Em função de sua grande quantidade de água, atua como um excelente diurético no corpo humano. Possui também propriedades digestivas. É um fruto de baixo teor calórico, sendo que cada 100 gramas apresenta apenas 32 calorias.

Abacaxi

Essa fruta é rica em vitamina C e sais minerais como Cálcio, Ferro e Fósforo. A vitamina C é um remédio de choque contra o frio, cansaço, gripe e depressão. É necessária ao desenvolvimento de ossos e dentes, aumenta a resistência dos tecidos e dos vasos sanguíneos. O abacaxi facilita a digestão de produtos protéicos como carnes, peixes e aves pela alta porcentagem de celulose. Nos casos de febre, recomenda-se suco de abacaxi | 107


Projetos Educacionais - Volume 4

por ser refrescante e eliminador de impurezas. É também indicado para enfermidades da garganta e da boca.

Pêra

Contém quantidades razoáveis de vitaminas B1, B2 e Niacina, todas do Complexo B, que regulam o sistema nervoso e o aparelho digestivo, fortificando o músculo cardíaco. Elas são essenciais ao crescimento e evitam a queda dos cabelos e problemas de pele. Contendo ainda vitaminas A e C, a pera é uma das frutas mais ricas em sais minerais incluindo Sódio, Potássio, Cálcio, Fósforo, Enxofre, Magnésio, Silício e Ferro. Eles contribuem na formação dos ossos, dentes e sangue, mantém o equilíbrio interno e o vigor do sistema nervoso. Como contém muitas fibras, a pera é boa também contra a prisão de ventre, inflamação do intestino e bexiga.

Laranja

Esta fruta é riquíssima em vitamina C, que tem como principais funções auxiliar o organismo na resistência às infecções, formação dos ossos e dentes, cicatrização das feridas e queimaduras, dá vitalidade às gengivas, evita hemorragias e conserva a mocidade, enfim, reforça as defesas do organismo contra todas as agressões. Contém também quantidades consideráveis de Cálcio, Fósforo e Ferro.

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Projeto Minhas Frutas Preferidas

Melão

Essa fruta é muito suculenta, com polpa macia e doce, tendo em sua composição cerca de 90% de água, ideal para aqueles dias mais quentes. Com seu formato arredondado ela é rica em vitamina A, B, C e Ee em minerais como ferro e cálcio essenciais para uma boa saúde. Suas sementes em seu interior também são uma excelente fonte de vitamina B12 e proteínas, sendo uma segunda opção de consumo para vegetarianos.

Manga

Graças ao seu alto teor em vitaminas A e C e a seus ácidos palmíticos e málico, a manga é uma fruta muito antioxidante que ajuda na proteção contra doenças cardíacas, alergias e câncer. Um pedaço de 100 g de manga contém 36,4 g de vitamina C, o que corresponde a 61% das necessidades diárias dessa vitamina.

Kiwi

Ela é a mais nutritiva das 26 frutas mais consumidas no mundo. Por exemplo, ela possui mais vitamina C e magnésio por grama do que qualquer outra fruta, além de ter mais potássio do que a famosa banana. Entre os benefícios do Kiwi estão uma pele saudável e bonita, pressão sob controle e um coração saudável. | 109


Daniele Fernanda da Silva

(Organizadora)

Volume 4

ISBN 978-85-5953-038-4

9

788559

530384


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