Revista Hosp jan fev 2017

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Ano 22 - Nº 264 - JAN-FEV/2017

www.revistahosp.com.br

Anadolu Medical Center: inovação e responsabilidade social

Entrevista: Dario Birolini explica a Slow Medicine

Enfermagem: conceitos fundamentais no tratamento de feridas

Tecnologia: Certificação digital em saúde


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Publisher: Isa Bombardi Publicidade: comercial@revistahosp.com.br (11) 3835-4255 HOSP - Suprimentos e Serviços Hospitalares – Registrada no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos sob o nº 183.561, de acordo com a Lei de Imprensas 6.015/73 e no INPI. Dirigida e qualificada a hospitais, clínicas, unidades mistas, pronto-socorros, postos e centros de saúde públicos e privados de todo o território nacional, secretarias municipais de saúde, prefeituras municipais, universidades, associações e entidades de classe, indústrias, distribuidores e revendedores de máquinas, equipamentos, produtos e serviços. A reprodução de artigos, reportagens ou notícias por qualquer meio é permitida. Os conceitos dos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. Todas as informações são originadas de entrevistas, releases e catálogos das empresas. A responsabilidade das informações contidas nos anúncio é dos anunciantes.

Slow Medicine:

a arte de ouvir o paciente

A medicina tem sido uma das áreas do conhecimento humano que mais tem apresentado novidades e desenvolvimento com o passar dos anos. As formas e mecanismos de diagnóstico foram se especificando, agregando mais e mais itens e ferramentas tecnológicas com uma velocidade espantosa. Contudo, antes de qualquer tecnologia revolucionária, a consulta clínica, a conversa detalhada com o paciente, o preparo do profissional para entender as nuances da queixa inicial são fundamentais e indispensáveis. Esse cuidado é a base da Slow Medicine, filosofia que surgiu na Europa e está sendo trazida ao Brasil pelo Dr Dario Birolini e parceiros, e que tem por objetivo ouvir mais e melhor o paciente, e usar a parafernália técnica depois de esgotadas as possibilidades de mudança de hábitos e correções elementares no estilo de vida, que em grande parte, ajudam a resolver o quadro. Leia a entrevista e conheça os fundamentos. Conheça também o perfil de Sandro Pinheiro, um jovem empresário que fez de seus conhecimentos uma ferramenta para auxiliar entidades de saúde a gerir de maneira inteligente seus leitos e recursos. Você vai conhecer nessa edição dois estabelecimentos de saúde: o Hospital 9 de Julho, que ao longo de seus mais de 60 anos de história tem representado importante papel em termos de serviços de saúde, sendo uma das mais tradicionais referências no setor. Há ainda o Anadolu Medical Center, em Istambul, Turquia, que se transformou em um centro de excelência com tecnologia avançada para tratamentos oncológicos. A seção de tecnologia traz um interessante artigo sobre certificação digital e sua importância nos serviços médicos, além de apresentar uma nova terapia para o tratamento de refluxo. Boa leitura!

Impressão e Acabamento: Vox Editora - Tel.: (11) 3871-7314 Diretora Responsável: Maria Bombardi Editora Suprimentos e Serviços Ltda.

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A revista HOSP quer a sua participação: opine, indique temas, seções, tudo que poderia deixar a revista ainda mais aprimorada para a sua rotina: redacao@revistahosp.com.br.

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Importante: Antes de adquirir qualquer produto, certifique-se de que o mesmo está de acordo com as normas exigidas por lei.

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SUMÁRIO

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Dr Dario Birolini e a essência da Slow Medicne

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Guia de Compras

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Tecnologia

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Opinião

Produtos em destaque para o setor

EndoStim: nova abordagem no tratamento do refluxo

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Enfermagem

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Entidades de Saúde

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No Brasil: Hospital 9 de Julho, uma referência no coração de São Paulo

No Mundo: Anadolu Medical Center: inovação e integração em serviços médicos

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Atualidades

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Gestão

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Educação

Michel Medeiros, da Soluti e a importância da certificação digital em saúde

Inspiração

Tratamento de feridas: um ponto crucial para o bem-estar do paciente

Higienização hospitalar: primeira etapa do combate às infecções e contaminações cruzadas

Gestão de materiais de enfermagem: um controle indispensável

Sandro Pinheiro – foco e perseverança a frente da beeIT Dr Iuri Tamasauskas: quando a medicina literalmente voa em favor do paciente

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Conceitos elementares para o preparo e administração de medicamentos

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Opinião

Slow Medicine – o resgate da medicina sem pressa, que valoriza o “tempo para ouvir” Nesta edição, a Revista HOSP ouviu o Dr Dario Birolini, mentor da implantação desta filosofia no Brasil

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s tempos modernos trouxeram inúmeros avanços, modernidades e confortos em todas as áreas da vida humana, nos campos pessoal e profissional. Contudo, esse avanço cobrou seu preço, na medida em que as pessoas passaram a ter cada vez menos tempo, a viver cada vez com mais pressa. Isso se reflete também na prestação de ser viços de saúde. Quem nunca passou por uma consulta médica que levou menos de cinco minutos e saiu do consultório com uma relação de exames e medicamentos? Cientes do impacto desse modelo no resultado final, alguns profissionais seguiram a filosofia nascida na Itália do Slow Food (que valoriza a boa

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alimentação e um ritmo de vida mais reduzido), e a aplicaram no serviço de saúde, guiados pelo cardiologista italiano Alberto Dolara. Revista HOSP: Como o senhor percebeu a necessidade da prática de um modelo diferente de medicina? Dr Dario Birolini: Eu pratico essa medicina diferente da contemporânea desde que eu me formei, há mais de 40 anos. Na verdade, aquilo que eu entendo como uma medicina diferente, é o que está sendo realizado agora, em que o médico não trata mais do paciente, mas sim de sintomas e de achados de exames, e não do paciente, em si. Em geral, quando se fala de problemas como gastrite, colo irritável, entre outros, em geral falamos de problemas que são muito mais funcionais do que orgânicos. Comumente, atrás desses problemas estão hábitos de vida inadequados, que ao serem corrigidos, promovem enorme

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melhoria das queixas. Atualmente, o comum é que o paciente saia do consultório com indicação de medicamentos, que em grande maioria apresentam efeitos colaterais, e levam o paciente a tomar mais remédios, e assim por diante, criando um círculo vicioso extremamente prejudicial à sua saúde. A conscientização desse processo é algo que valorizo há muito tempo, muito antes de Marco Bobbio lançar seu livro e muito antes do nascimento da Slow Medicine na Itália. Eu já pensava assim. Por isso que, quando eu recebi o livro do Marco Bobbio e comecei a ler, percebi que eu não estava sozinho nas minhas convicções médicas. Isso me entusiasmou a traduzir o livro e trazer o Dr Bobbio para o Brasil, e disso resultou no nascimento da Slow Medicine no Brasil. HP: E como surgiu a Slow Medicine na Itália? DB: Surgiu porque alguns médicos clínicos tiveram consciência dessa confusão em que se encontra a medicina nos dias atuais, e criaram esse programa, da mesma forma que foi criado o Slow Food para valorização do comer bem e sem pressa, em oposição ao Fast Food. Estes mesmos argumentos fizeram surgir nos EUA o Choosing Wisely, que tem as mesmas diretrizes. Na realidade o programa Slow Medicine nasceu no Piemonte, Itália, por uma iniciativa do Dr Alberto Dolara. A ideia consiste em que cuidados de boa qualidade, somados a uma comunicação adequada entre as partes envolvidas no processo de saúde levem a uma redução dos custos na prestação desse serviço, reduzam o desperdício, promovam a adequação da utilização dos recursos disponíveis, a sustentabilidade e a equidade dos

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Opinião

“Há cerca de um século, nos EUA chegou-se à conclusão que havia muitas escolas médicas privadas, que eram abertas com finalidades exclusivamente financeiras. Com isso eram colocados no mercado muitos profissionais diplomados, mas com pouco conhecimento prático e teórico”

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serviços de saúde, levando a uma melhoria da qualidade de vida do cidadão nas mais diferentes fases da vida. HP: Quais os impactos dessa visão no paciente? DB: O resultado é fantasticamente positivo. Se você, ao atender um paciente, investir tempo suficiente para ouvi-lo, vai notar que ele tem um perfil psicológico, funcional e físico único. Não existem dois seres humanos iguais no planeta. Então, à medida que se conversa com o paciente, passa-se a conhecer seus hábitos de vida, seu ambiente familiar e laboral, seu perfil emocional, o tipo de alimentação que usa, se exerce atividade física, enfim, consegue-se fazer uma análise global, holística do paciente, e não simplesmente voltada para os sintomas ou a doença que ele apresenta. Isso tudo permite identificar se ele realmente precisa de um tratamento ou se pode ser simplesmente curado pela modificação de seus hábitos de vida. Na realidade é uma questão de se entender o paciente como um todo. Para ele, esta é uma forma extremamente útil no sentido de incentivá-lo a fazer um investimento positivo para o futuro, e deixar de ser vítima de exames e de medicamentos, de sugestões e de informações, ou melhor, de desinformações veiculadas na mídia, prejudiciais ao seu bem-estar. HP: Em geral, o paciente busca o consultório com um diagnóstico quase que estabelecido, baseado nas opiniões de parentes e amigos, e acreditando que existe uma panaceia mágica que com um “remedinho” todos os seus problemas serão resolvidos. Como é mudar esse paradigma? DB: Isso na verdade é um investimento. Uma consulta minha demora cerca de uma hora, porque o doente me conta seus problemas e o que está sentindo, e eu faço diversas perguntas para tentar entender claramente o quadro que se configura. A seguir, faço um exame clínico à moda antiga. Avalio a pressão, a circulação, o coração, os pulmões, a tiroide, enfim, faço uma avaliação clínica absolutamente completa. Então, com base nestes achados, chego a uma hipótese diagnóstica. A partir daí, vou explicar para o paciente, qual a minha conclusão, como cheguei a ela, e à medida que ele vai fazendo novas pergun-

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tas, vou investindo na explicação. Tenho em meu consultório vários livros e atlas, por exemplo, de anatomia e de fisiologia, que uso para esclarecer a origem dos sintomas que ele apresenta. Assim, vou explicando que modificando alguns hábitos, ele pode resolver ou melhorar muito o problema, sem a necessidade de exames ou medicamentos. Claro que tal abordagem não é válida em 100% dos casos, mas se me perguntar se é mais válida do que dar remédios ou fazer diagnósticos fantasia, eu não tenho a menor dúvida quanto a isso. A grande maioria dos pacientes volta aqui feliz e satisfeita com a orientação e resultados obtidos. HP: O senhor acha que essa mudança de conceito tem de vir da escola médica? DB: Essa é uma excelente pergunta. Obviamente, minha resposta é sim, mas deixe-me explicar. Não sei se você já ouviu falar alguma vez no Flexner Report. Há cerca de um século, nos EUA chegou-se à conclusão que havia muitas escolas médicas privadas, que eram abertas com finalidades exclusivamente financeiras. Com isso eram colocados no mercado muitos profissionais diplomados, mas com pouco conhecimento prático e teórico. Após a liberação desse documento, foram fechadas todas as escolas médicas privadas nos EUA. Nos tempos atuais, estamos vivendo no Brasil uma catástrofe semelhante. Temos mais de 300 escolas médicas, na grande maioria sem recursos necessários para formar médicos qualificados. O ideal seria que os estudantes de medicina fossem conscientizados do que é a medicina e sua prática. Sempre digo que hoje em dia, os jovens estudantes de medicina são vítimas de uma dupla fatídica: “inovation and technology”. Só é bom o que é novo e tecnologicamente avançado. Só que o ser humano é o mesmo há milhares de anos, com as mesmas características anatômicas e fisiológicas. Na realidade, eu acho que seria fundamental que os alunos, durante o curso médico, fossem conscientizados de todas as inovações tecnológicas e farmacológicas, mas que fossem incentivados a utilizá-los de forma racional, e não de uma forma indiscriminada, acreditando muito mais no uso de exames e remédios do que na sua própria habilidade clínica.

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Opinião

HP: Que conselhos o senhor daria para os profissionais que estão sendo formados, em relação a essa outra abordagem clínica? DB: Obviamente, esse é o maior desafio, porque atualmente, o médico é formado em poucos anos, e a cada dia que passa é bombardeado por informações altamente questionáveis. Mesmo as publicações em revistas médicas divulgam milhares de informações E o médico jovem, para se manter atualizado, procura lê-las e assimilá-las. Só que muitas vezes essas publicações não correspondem à realidade, ou seja, divulgam aquilo que Marco Bobbio chamou de “indução de necessidades”. Por exemplo, que você deva, desde a juventude, começar a tomar medicamentos para prevenir colesterol alto, e outras medidas desse tipo, que são absolutamente desnecessárias e prejudiciais ao paciente. Conseguir conscientizar os jovens médicos a respeito disso é uma tarefa muito complicada, mas eu entendo que se nossas faculdades de medicina, nossos conselhos de medicina, nossas entidades públicas de saúde começassem a fazer um certo investimento nesse sentido, isso resultaria numa melhoria da assistência e numa diminuição radical de custos. Muitas vezes os médicos são induzidos a adotar a realização maciça de exames, que frequentemente são desnecessários. Isso faz parte de uma filosofia que nos EUA é denominada de “defensive medicine” ou medicina defensiva, que eu chamo de “offensive medice”, ou “expensive medicine”, em que o médico, até para sua proteção, pede dezenas de exames e prescreve diversos medicamentos para tratar sintomas, de forma a assegurar que seguiu todos os protocolos previstos, evitando, assim, incômodos jurídicos. Dentro desta mesma linha de pensamento, lembrando o que comentei há pouco, que cada um de nós tem seu perfil físico e funcional próprio, dever-se-ia investir no tratamento individual, mas, hoje em dia, não se trata mais o indivíduo, mas sim a população, através da adoção de protocolos. Acontece que na maioria das vezes, esses protocolos são questionáveis e levam em conta queixas e sintomas e não as causas que os geram. Assim, é importante conscientizar os médicos da necessidade de investir no tratamento personalizado. JAN-FEV/17

HP: E como a comunidade médica tem recebido isso? DB: Veja, a comunidade médica é também uma comunidade heterogênea. Temos colegas que nos congratulam pela iniciativa do movimento, e há os que nos questionam muito, acreditando que a partir dessa filosofia, deixaremos de prescrever medicamentos indicados, e criaremos novos problemas de saúde pública. Então, essa não é uma tarefa fácil. Se vai dar cero em curto prazo, a resposta é não. Mas o que eu sempre falei, conforme dizia um paciente meu: “para atravessar o deserto, é preciso dar o primeiro passo”. Na realidade, o que estamos tentando alcançar é induzir algumas lideranças a analisar essa filosofia, não no sentido de incentivar a adoção de medidas radicais, mas simplesmente para estimular a criação de mecanismos educativos que permitam que as pessoas, seja elas profissionais de saúde ou leigos, tenham consciência disso. O médico, depois de conhecer o que é a Slow Medicine e achar que ela não combina com sua prática médica, poderá continuar a exercer sua atividade profissional, sem vínculos com as propostas da Slow Medicine. Mas de qualquer forma, acho importante conscientizar os médicos, particularmente os mais jovens, no sentido de que pensem a respeito desse assunto e avaliem seu possível impacto na prática médica e que, em vez de pegar a caneta e imediatamente solicitar exames e prescrever remédios, analisem se há a possibilidade de adotar outras medidas terapêuticas. HP: Em termos de política de saúde, o senhor acredita que essa prática melhore o quadro da Saúde Pública no Brasil? Há alguma ação da Slow Medicine Brasil junto ao Ministério da Saúde? DB: Com relação ao efeito dessas medidas, eu não tenho a menor dúvida que essa prática pode promover melhorias no quadro da saúde pública. Volto a repetir que eu pratico a Slow Medicine há 40 anos, sem ter noção de que um dia ela seria vista como o é hoje. Eu entendo que a Slow Medicine defende a prática de uma medicina honesta, e não tenho dúvidas de que sua adoção poderia trazer vantagens para a sociedade. Acho que o nosso papel, levando-se em conta nossas limitações pois, afinal, nenhum

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de nós é perfeito, é tentar chegar a uma conclusão tanto do ponto de vista diagnóstico quanto terapêutico, respeitando o doente, explicando a ele claramente o que está acontecendo, expondo nossas eventuais dúvidas e induzindo-o a adotar hábitos de vida mais saudáveis, que serão mais seguros para ele. Quanto ao contato com entidades públicas, quando da publicação da tradução do livro do Dr Bobbio, enviamos um exemplar do livro para diversas autoridades e instituições, mas tivemos pouco retorno. Se você me pergunta se essa filosofia pode ter uma importância grande, minha resposta é sim. Por esta razão, vamos continuar essa campanha de tentar conscientizar as nossas autoridades a respeito da importância desses fatos. De vez em quando, recebo convites para dar aulas e palestras em hospitais e instituições a respeito de Slow Medicine. Assim, entendo que algumas pessoas começam a perceber esta iniciativa como uma perspectiva interessante de futuro. Acho importante que as revistas, tanto as destinadas ao público leigo, quanto aos profissionais de saúde, divulguem informações no sentido de conscientizar os leitores a respeito da importância dessa prática. Talvez seja ainda uma fantasia, mas se não começarmos a investir na divulgação, não será nunca uma realidade. Para finalizar, gostaria de explicar que ainda não temos uma Associação Brasileira de Slow Medicine. Temos uma iniciativa, da qual eu sou o idealizador, e trabalho em parceria com o Dr José Carlos A Campos Velho, que é o verdadeiro diretor Slow Medicine Brasil, e com o Dr Kazusei Akiyama, que é o responsável pela divulgação das informações. Na Itália, onde o movimento se originou, há uma associação estabelecida, composta por médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, além de cidadãos, e como o sistema de saúde é público, ela tem uma atuação muito mais importante no sentido de colaboração com as autoridades de saúde. No Brasil, a Slow Medicine foi lançada formalmente em outubro de 2016, e aos poucos o movimento está sendo divulgado com a finalidade de contribuir para a saúde pública no país. Dario Birolini é cirurgião geral, formado pela Faculdade de Medicina da USP e mentor do Slow Medicine no Brasil.

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Tecnologia

Nova técnica para o tratamento do refluxo chega ao País Procedimento, liberado pelos órgãos reguladores, já possui três pacientes brasileiros

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m dos problemas mais comuns do aparelho digestivo, presente em mais de 20% da população brasileira, segundo dados da Faculdade de Medicina da USP, é o refluxo gastroesofágico. Os principais sintomas são a queimação, a regurgitação e a azia. O refluxo do ácido gástrico para o esôfago costuma produzir queimaduras na parte interna do esôfago e, se não houver tratamento adequado, as paredes podem ficar tão machucadas que há um aumento das chances de se ter complicações como úlceras, e até mesmo um câncer no esôfago, por exemplo. Uma alternativa que têm trazido resultados muito satisfatórios em regiões como Ásia, Europa e alguns países da América Latina, e que chegou ao Brasil esse mês, é a Terapia por Estimulação Elétrica do Esfíncter Inferior – EndoStim.

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A técnica consiste na implantação do dispositivo, de forma minimamente invasiva, na região do esfíncter inferior do esôfago para a sua estimulação elétrica a fim de corrigir problemas no seu funcionamento. Esse esfíncter é responsável por impedir que os alimentos e líquidos voltem em direção ao esôfago, sendo que quando está defeituoso produz a Doença do Refluxo Gastroesofágico. “O tratamento estimula o esfíncter a se contrair fazendo com que o refluxo não ocorra. Existe alguma similaridade com o mecanismo de ação do marcapasso cardíaco. Atualmente, o EndoStim é o único equipamento que estimula diretamente o esfincter e já tem resultados de quatro anos de acompanhamento trazendo resultados efetivos e duradouros para quem sofre com o refluxo crônico”, afirma o Prof. Dr. Richard Gurski, Doutor em Doenças Esôfago-Gástricas, Professor de Cirurgia da UFRGS, Diretor do Instituto do Aparelho Digestivo do Rio Grande do Sul e do Centro do Refluxo, e médico credenciado no Brasil para a realização do procedimento. Outro ponto interessante sobre o tratamento é sua capacidade de ajuste por

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meio de um programador de telemetria após a cirurgia, caso persista algum sintoma. “Além disso, é o único tratamento que objetiva restaurar a função do esfíncter esofágico sem mudança anatômica. Os trabalhos clínicos sobre o EndoStim demonstram que 90% dos pacientes que fizeram a implantação não tomam mais nenhuma medicação. Atualmente há 450 pacientes tratados no mundo e a expectativa é de realizar cerca de 50 procedimentos ainda esse ano no Brasil”, completa Gurski. Três pacientes brasileiros acabam de passar pelo procedimento realizado pelo cirurgião gaúcho. Entre eles está a advogada, Mariane Maffessoni. “Eu já não tinha vida social em função do refluxo. Tudo que eu comia ou bebia me trazia os sintomas do refluxo e eu passava mal. A partir da realização do procedimento já consegui me alimentar normalmente sem sentir azia, regurgitação ou qualquer outro mal estar. Minha vida mudou drasticamente para melhor”, conta. Outro paciente, que passou pela terapia há dois anos, é o brasileiro, que reside na Argentina, Sebastian Garcia. “No meu caso, passada a operação já não sentia mais nada. Tenho uma vida normal novamente, consigo comer e beber qualquer coisa e não sinto mais aquela acidez que tanto me atrapalhava. Consigo dormir bem à noite e não tomo mais nenhum medicamento. Foi uma mudança geral”, conta. Os tratamentos com EndoStim, que iniciaram em Porto Alegre com o Prof. Dr. Richard Gurski, estão sendo levados a outras regiões do Brasil por meio de treinamentos com ele e outros especialistas do exterior. Além disso, a EndoStim só aprovará a realização de procedimentos mediante análise de exames específicos que comprovem o refluxo. Mais informações pelo site www.endostim.com.br

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Inspiração – Um profissional

Sandro Pinheiro: a trajetória visionária usando a tecnologia em benefício da saúde

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andro Pinheiro é um desses jovens que tem visão e percebeu a possibilidade de ascender no ramo da tecnologia. “Me formei em 1997 e sempre atuei como analista e desenvolvedor de software. Meu primeiro contato com a área da Saúde foi em 2004, como analista de sistemas da Infosaúde, empresa de desenvolvimento de software para gestão hospitalar”, relembra. Em 2006, criou a beeIT com o objetivo de resolver entraves burocráticos laborais, tornando-se, assim, gerente de desenvolvimento. Um ano depois, paralelamente, passou a sócio da Infosaúde, com participação de 30%. A partir de uma nova composição da empresa, que passaria a se chamar Salux, deixou a sociedade em 2008 e voltou à função de analista de sistemas. Neste mesmo ano, Pinheiro passou a terceirizar serviços, desenvolvendo sistemas para empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e inclusive alguns hospitais do Rio Grande do Sul. Na capital fluminense, sua empresa foi responsável por criar uma solução que integrava o prontuário dos pacientes de todos os hospitais e UPAs da cidade.

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Apesar do empenho e dedicação do executivo e sua equipe, a beeIT começou a sentir a recessão entre 2013 e 2014. “Quando os projetos de SP e RJ acabaram e os recursos para a Saúde começaram a ficar escassos, resolvi não terceirizar mais o desenvolvimento de produtos e, sim, criar os próprios”, explica. Com o foco 100% voltado em driblar a crise que se avolumava, decidiu recompor a empresa, convidando um dos desenvolvedores que na época era estagiário para se juntar na sociedade. “Foi um período difícil. Sem dinheiro, nos mudamos para os fundos da garagem da minha casa. A Thais, que era uma espécie de faz-tudo, acreditando no futuro do negócio, propôs trabalhar sem remuneração. Por pelo menos oito meses ficamos trabalhando ali, implementando ideias inovadoras para sistemas de saúde”, recorda. A reestruturação da beeIT exigiu alguns sacrifícios. Mas em 2015, o cenário começou a mudar com a inscrição da empresa em um projeto de incubação. “A partir da pré-incubação e da aceitação final, tudo ficou mais fácil, pois recebemos consultorias e treinamentos”, informa o empresário, que completa: “Coisas boas começaram a acontecer em 2016. Um dos nossos projetos de gestão de leitos foi selecionado para apresentação no Simpósio Internacional de Hotelaria, promovido pelo hospital paulista Albert Einstein, também fomos selecionados para o programa do Governo Federal Inovativa Brasil, participamos como expositores das duas maiores feiras do setor do Brasil, a Hospitalar, em São Paulo, e o Encontro Catarinense de Hospitais, e da maior feira do setor no mundo, a Medica, em Dusseldorf, na Alemanha, com auxílio da AGDI, Badesul e Sebrae/RS”, conta com empolgação. Atualmente, a beeIT faz parte do cluster do Medical Valley Brasil, uma parceria do governo gaúcho com o governo alemão. Conta, hoje, com nove colaboradores, sendo cinco em regime de CLT. “Estamos criando políticas de valorização para o nosso capital humano, pois prezamos aqueles que chegaram até aqui conosco. No início do ano, conseguimos

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oferecer plano de saúde para todos”, diz, e informa: “Também estamos com as contas em dia, sem dívidas e desenvolvendo um projeto em parceria com a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, além de clientes em outros estados”. O executivo destaca que a empresa tem como princípio criar soluções que buscam, principalmente, a humanização no atendimento a pacientes, mas que também são desenvolvidas para otimizar processos com a finalidade de reduzir custos das Unidades de Saúde. Como empresário, Pinheiro ressalta que um obstáculo que vem sendo enfrentado são as turbulências político-econômicas, que têm prejudicado os hospitais públicos e filantrópicos, importantes clientes da empresa. Para ele, um empresário moderno precisa ser maleável nas negociações, entender as necessidades do cliente, compreender suas dificuldades financeiras e conseguir propor soluções que sejam financeiramente viáveis para ambos, principalmente neste momento de recursos escassos para a área da Saúde. Não visar puramente o lucro, mas a sustentabilidade, pelo menos até que as coisas melhorem. “Acredito que a capacidade de transformar uma necessidade em ideia e, a partir dela, implementar no menor tempo possível, é uma habilidade fundamental para o empresário de empresa pequena ou startup. Elas produzem soluções muito rapidamente, então não dá para demorar na elaboração de um projeto de execução, pois, provavelmente, tem alguém pensando o mesmo que você”, avalia. Otimista, Pinheiro acredita que, apesar do período de turbulência na economia, os empresários que se mantiverem íntegros e conseguirem superar a crise com criatividade conseguirão colher bons frutos nos próximos anos. “Caráter e comprometimento, na busca pela sustentabilidade e novas receitas, vão ter papel fundamental para os resultados futuros”, finaliza o executivo. Sandro Pinheiro é Mestre em Sistemas de Informação pela Universidade Federal do RS, e diretor da beeIT.

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Inspiração – Um Médico

Dr Iuri Tamasauskas:

quando a medicina literalmente voa em favor do paciente

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o primeiro contato com o Dr Iuri Tamasuaskas já se percebe a força de vontade de um jovem médico. Aos 36 anos, proveniente de uma família de descendência lituana, alemã e italiana, é o caçula de três filhos, e não esconde o orgulho de suas origens, e de seus pais, que primaram muito pela educação dos filhos. “Sou natural de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e formado em Medicina pela Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo em 2005. Não me recordo exatamente quando optei pela carreira médica, mas desde cedo me sentia atraído pelos desafios aí colocados. Lembro sim de um fato que corroborou e definiu minha opção: em 1997, então no segundo colegial, fraturei meu quinto dedo da mão esquerda numa aula de educação física e precisei passar por uma cirurgia. Esse fato marcou bastante, juntamente com o atendimento muito profissional recebido pelo Ortopedista à época”, relembra. Estudante dedicado, o doutor explica que se formar médico, diferentemente de outras carreiras, exige bastante do estudante. “São seis anos de faculdade, com curso de período integral. Os dois últimos anos, chamados de internato, exigem ainda a realização de plantões nos hospitais universitários, onde mergulhamos no universo prático da medicina. Acabamos

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formando na faculdade uma família. Passamos mais tempo convivendo com os amigos do que com os próprios pais e irmãos”, esclarece. Ele explica ainda sua evolução na área: “Antes de optar por Gastro, escolhi a carreira cirúrgica. Sempre gostei de habilidades manuais. A ideia de poder operar outra pessoa e conhecer como nosso corpo funciona sempre me atraiu, explicando assim a opção por prestar Cirurgia Geral como residência médica. Após me formar em dezembro de 2005, fui servir à FAB na Amazônia como tenente-médico e só retornei a São Paulo em 2008. Durante o ano de 2009 me preparei para as provas e só então em 2010 comecei o primeiro ano de Cirurgia Geral. Sendo assim, fiz R1 e R2 em Cirurgia Geral nos anos de 2010 e 2011 e depois R3 e R4 nos anos de 2012 e 2013. A opção por Gastro se deu pelo fato de eu gostar de pronto-socorro, gostar de urgência e emergência, e, entre as especialidades cirúrgicas clássicas, Gastro é a que mais lida com essa rotina. Os anos como residente são únicos e, particularmente nas carreiras cirúrgicas, o médico é testado até bem perto de seu limite. Privação de sono, alimentação nem sempre adequada, estresse devido a responsabilidade com o paciente e seus familiares são exemplos das barreiras atravessadas no período”, pondera. Por ter optado mais tardiamente pela cirurgia geral, ele afirma rer sido um R1 de Cirurgia Geral “temporão”, pois não iniciou logo após o sexto ano da faculdade. “Isso trouxe prós e contras. Um dos momentos delicados e difíceis que enfrentei mas que superei com ajuda da família e amigos foi o nascimento de minha filha mais velha durante o R1, por coincidência exatamente no estágio da Gastro. Aqui faço uma menção à mãe de minhas filhas - Larissa -, que de fato foi muito parceira durante minha formação e minhas escolhas no início da carreira”. O jovem doutor lembra ainda de uma etapa dramática de sua carreira: “Costumo dizer que há um momento de minha vida, ainda durante o período como militar na Amazônia, que foi um divisor de águas. Em 2006, participei do resgate das vítimas da colisão do Boeing da Gol com o Legacy na Serra do Cachimbo - o vôo 1907. Aquela missão me marcou

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demais. Foram 26 dias envolvido no resgate dos corpos e dos destroços, dentre os quais, 16 alternando entre a clareira propriamente dita e a fazenda Jarinã. Digo que esse episódio marcou minha vida pois dele há desdobramentos até hoje: dedico parte de minha semana ao trabalho como médico do GRAU (Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências do Estado de São Paulo). Trata-se de um serviço junto ao Corpo de Bombeiros e do Grupamento de Radio Patrulhamento Aéreo - Águia da Polícia Militar. Dessa forma, consegui juntar várias paixões num mesmo trabalho: a medicina, o atendimento de urgência e o vôo de helicóptero”, ressalta o profissional. Para aqueles que desejam ingressar nesta carreira, Dr Iuri é bastante claro: “ Não se iluda. Medicina é muito gratificante, mas tem que verdadeiramente gostar. Ser médico hoje em dia já perdeu muito do glamour e status existente no passado. Não se vê médico passando fome, mas pode ter certeza que se trabalha muito para conseguir o retorno desejado. Então, repito àqueles que estão no inicio de suas vidas e pretendem se formar médicos: saibam que o caminho é árduo”. E para os que já são médicos formados ou outros profissionais de saúde que optam pelo APH (atendimento pré hospitalar) como área de atuação, ele dá uma “dica”: “essa rotina - ou falta dela - é uma “cachaça” e vicia. Exatamente o fato de um plantão jamais ser igual ao outro traz uma adrenalina muito forte ao serviço. Mas acho que vale a pena ter outras atuações mais “normais”, como forma de diversificar as ações. Minha vida intra hospitalar e no consultório, atendendo meus pacientes, me possibilita isso e, na verdade, consome a maior parte de meu tempo profissional. Sendo assim, o APH acaba se tornando, ironicamente, um fator desestressante. Vou super motivado para meus plantões nos quartéis”. Ele finaliza, afirmando que sua carreira está ainda no começo, e que acredita ter muita coisa para vivenciar . Iuri Tamasauskas é médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, gastro-cirurgião e médico socorrista do GRAU - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências do Estado de São Paulo.

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Tecnologia

Inovação promove segurança e agilidade na área da saúde

Por Michel Medeiros

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busca por inovação segue em alta em todos os segmentos e na área da saúde não poderia ser diferente. Novos medicamentos, vacinas e equipamentos hospitalares surgem a cada instante e estão entre as novidades que contribuem em larga escala para a modernização de processos que podem reverter-se em melhores condições de vida e saúde para o paciente, bem como para o profissional. Muito além de inovações nas ciências médica e laboratorial, a área da saúde conta com grandes transformações tecno-

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lógicas, que caminham em alta velocidade e visam aprimorar a gestão da saúde. Ao mesmo tempo em que agregam valor e promovem uma série de benefícios a médicos e pacientes, tais como redução de erros e definição de diagnósticos mais assertivos, as inovações promovem um atendimento mais rápido e eficiente. Além disso, investir em novas tecnologias é um fator determinante para que as instituições de saúde conquistem os selos de acreditação, uma espécie de ISO, que mede o nível de qualidade e as diferencie de um concorrente. Essas mudanças acontecem principalmente devido a ampliação do uso da informática em estabelecimentos de saúde públicos e privados; segundo o Comitê Gestor da Internet, no Brasil, mais de 90% dos estabelecimentos já fazem o uso de computadores. No ano passado,

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segundo o IDC Brasil, até 80% das informações médicas, em algum momento, circularam em serviços de computação, fazendo-se necessária a implantação de um sistema capaz de tornar o ambiente eletrônico protegido, originando dessa forma a certificação digital (CD), também conhecida como identidade virtual. Com o mesmo valor de uma declaração feita em papel, o certificado digital trata os documentos de forma eletrônica resistente a fraudes, ou seja, com o fator segurança em primeiro plano. Com o grande potencial de modernização, bem como do aprimoramento da saúde e do atendimento, além da otimização do fluxo de trabalho, em 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tornou indispensável o uso do certificado digital na área da saúde para laudos eletrônicos emitidos por laboratórios de análises clínicas por meio de uma alteração na regulamentação RDC 302:2005.O sistema otimiza o fluxo de trabalho e eleva a qualidade do diagnóstico, além de dar conforto e segurança aos envolvidos. Hoje em dia, o uso mais comum entre médicos, hospitais e planos de saúde é o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Esse é um sistema de certificação digital eletrônico em que o histórico clínico do paciente fica gravado. Seguro e confiável, o PEP oferece aos profissionais mais agilidade, na medida em que o prontuário do paciente pode ser acessado em qualquer computador ou dispositivo móvel. O sistema pode ser usado na Troca de Informações na Saúde (TISS) e também na entrega da DMED (Declaração de Serviços Médicos e da Saúde) à Receita Federal pelos prestadores de serviços médicos e de saúde, operadora de plano privado de assistência à saúde. Além disso, clínicas e hospitais também já têm utilizado softwares que utilizam a certificação digital como base para consolidar guias de internação, prontuários médicos e históricos de atendimento do paciente, qualificar o atendimento,

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Tecnologia

tornar os laudos e prescrições médicas mais céleres, bem como reduzir fraudes e custos. Esses sistemas diminuem erros de grafia e compreensão dos laudos médicos, mão-de-obra de funcionários e auditores que procuravam prontuários, bem como o espaço ocupado pelos papéis, economias importantes para os hospitais, já que o metro quadrado está cada vez mais caro, principalmente nos grandes centros e capitais do país. Estão à disposição dos profissionais do setor de saúde ainda, sistemas que possibilitam o agendamento de consultas online, facilitando o gerenciamento das agendas por parte do profissional e tornando mais ágil o atendimento para o cliente. Outra recente inovação é o Movimento pela Segurança do Paciente desenvolvido pela Associação Médica Brasileira (AMB) com empresas parceiras, tendo em vista orientar e alertar sobre os perigos provocados por tratamentos feitos de forma irregular. A plataforma inovadora “Eu Prescrevo”, desenvolvida em conjunto com a Sollis, empresa de tecnologia voltada para a área de saúde; e a Soluti, responsável

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pelo certificado digital Certillion Vault, que viabiliza seu funcionamento, fornece a receita médica de forma eletrônica, evitando fraudes e erros nas prescrições, além de diminuir gastos com papel. Devido aos benefícios que o certificado digital fornece ao mercado, seu crescimento se dá não apenas na área da saúde, mas em diferentes segmentos. Prova disso é que, ao longo de dez anos, já foram emitidos mais de 14 milhões de certificados e apenas no ano passado esse número atingiu cerca de 3,5 mil emissões, segundo o ICP Brasil. A estimativa é que o mercado brasileiro dobre de tamanho e supere R$2 milhões até 2020. O certificado digital na área da saúde é aliado dos procedimentos, da simplificação e segurança de todos os processos. Além disso, agilidade e economia financeira são outros argumentos suficientes para que empresas do setor médico inovem seus serviços.

“A plataforma inovadora “EU PRESCREVO” fornece a receita médica de forma eletrônica, evitando fraudes e erros nas prescrições, além de diminuir gastos com papel”

Michel Medeiros é CEO da Soluti, PME especializada em segurança e certificação digital.

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Enfermagem

Tratamento de Feridas: a magia da recuperação das lesões

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m dos desafios no sistema de saúde está no tratamento de feridas, uma vez que esse processo em muitos casos pode ser demorado, dependendo da etiologia da lesão. Feridas crônicas como as dos pacientes diabéticos, ou as chamadas úlceras de decúbito, em pacientes acamados, por exemplo, são quadros que requerem cuidados e muita persistência tanto da equipe profissional, quanto dos pacientes e familiares/cuidadores. A busca por ferramentas e agentes que contribuam com o processo de recuperação tissular vem desde a pré-história. Ao longo da evolução humana, foram se sucedendo as técnicas com este propósito e incluíam lavagem com leite de cabra, compressas contendo folhas e extratos de plantas e árvores, e começaram a surgir os primórdios do que hoje conhecemos como curativos. Em termos específicos, a ferida significa uma interrupção na continuidade de um tecido orgânico, independente da sua extensão e pode ser classificada, de acordo com o período necessário para a recomposição do tecido, como agudas (decorrente de ferimentos, traumas ou

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processos cirúrgicos) ou crônica (são as que não se reparam em tempo habitual e têm complicações). Elas também podem ser classificadas de acordo com as estruturas comprometidas e a profundidade das lesões. O processo de recuperação dessas feridas pode ser influenciado por diversos fatores, tais como idade, imobilidade, comorbidades e uso de medicamentos como imunossupressores, localização da lesão e presença de quadro infeccioso, por exemplo. Uma vez examinada, classificada e devidamente avaliada, a ferida deve ser tratada adequadamente, de acordo com a etiologia do processo, de forma a favorecer a recuperação local em menor tempo possível. A primeira etapa desse processo terapêutico é a limpeza do local e a remoção dos tecidos danificados ou necrosados bem como de sujidades ou corpos estranhos. Esse processo é realizado com o uso de agentes líquidos e o debridamento é efetuado usando técnicas mecânicas e/ou químicas para a remoção de tecidos necrosados ou corpos estranhos. A lavagem dessas feridas deve

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Enfermagem

ser realizada com cuidado para reduzir o trauma e a uma temperatura em torno de 37 graus , que favorece os processos de recomposição do tecido. Uma vez limpa a área afetada com a técnica adequada, outro aspecto importante é constituído pela oclusão das lesões com os curativos recomentados para cada situação. O objetivo dos curativos é de manter a umidade na região da lesão, remover o excesso de exsudato, permitir a troca gasosa e favorecer o isolamento térmico, além de, por ser isento de sujidades e contaminantes, proteger contra infecções, devendo ser facilmente removível sem provocar traumas adicionais. Para a cobertura das feridas podem ser utilizados diversos agentes, tais como: Filme de Poliuretano: revestimento estéril, composto por filme transparente de poliuretano com espessura de 0,2mm, com permeabilidade à gases como o O2, CO2 e vapor de água e impermeável à líquidos e bactérias. Por ser distensível é facilmente adaptada às áreas de contorno. Por receber adesivo acrílico hipo-

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alergênico, permite a aderência somente à pele íntegra e não à superfície úmida, o que evita o trauma durante a sua retirada. Os filmes de poliuretano reduzem a dor e promovem a epitelização das feridas Curativo Hidroclóide: é composto por espuma externa ou filme de poliuretano (permeável ao vapor) unida a um material interno, sendo mais frequente a combinação com carboximetilcelulose, gelatina e pectina. São comercializados em diferentes em placas (de formatos, espessuras e tamanhos), pasta ou pó, de acordo com o tipo de trauma. Hidrogel: trata-se de um gel transparente, composto por redes de polímeros e copolímeros hidrofílicos, que têm em sua fórmula água (78 a 96%), uretanos, polivinil pirrolidona (PVP) e polietileno glicol 3,28. Está disponível em forma de placa e gel e requer a utilização de cobertura secundária. Papaína: é uma enzima proteolítica de origem vegetal, e é utilizada a 2% com o objetivo de promover a granulação e epitelização da ferida, e a 10%, no desbridamento de tecido desvitalizado. Sua

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aplicação é indicada para promover o amolecimento e remoção de tecido desvitalizado, especialmente em pacientes nos quais esses tecidos são produzidos logo após o desbridamento cirúrgico. Carvão ativado: trata-se de uma cobertura estéril, composta de tecido de carvão ativado impregnado com prata, e envolvida externamente por invólucro de não-tecido poroso feito de fibras de náilon, selado em toda sua extensão. Seu uso é indicado para feridas infectadas ou não, deiscências cirúrgicas, úlceras vasculogênicas, feridas fúngicas, neoplásicas, úlceras por pressão e aquelas com drenagem de exsudato moderado ou abundante. Alginatos: compostos por polissacarídeos derivados do ácido algínico, apresenta propriedades hemostáticas. Seu uso é recomendado em feridas exsudativas, uma vez que o exsudato é necessário para transformar o alginato em gel. Também são utilizados para o tratamento de feridas de espessura total, como deiscência de ferida cirúrgica, úlceras, etc. De fácil aplicação, encontra-se disponível em placa ou fita.

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Entidades de Saúde – Brasil

Hospital 9 de Julho: Excelência em medicina de alta complexidade

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undado em 1955, o Hospital 9 de Julho segue ideais firmados na qualidade do atendimento aos seus pacientes, com foco na excelência da assistência, eficiência operacional e alta resolubilidade, o que o transformou em uma das mais importantes instituições de saúde do País, referência em medicina de alta complexidade. Pioneiro em várias áreas da medicina foi o primeiro hospital privado a criar um Centro de Terapia Intensiva e de Cirurgia Cardíaca e Pulmonar e sempre esteve alinhado às principais inovações tecnológicas a serviço da saúde. Faz parte do seleto grupo de hospitais brasileiros com certificação de qualidade internacional, a Joint Commission International (JCI), organização norte-americana que certifica os melhores hospitais do mundo, conquistada em 2012 e recertifi-

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cado em 2015. Neste mesmo ano, em que completou 60 anos, apresentou uma série de novidades, como: um novo prédio com 18 andares, 120 leitos, sendo oito suítes VIPs, de 50 m² que contam com áreas distintas para o paciente e seu acompanhante, o que garante mais conforto a ambos, sete andares de estacionamento com 230 vagas e um auditório com duas salas modulares para eventos simultâneos. Ao longo destes 60 anos a entidade cresceu bastante e ocupa hoje uma área de mais de 60 mil m² , próximo a Av. Paulista, um dos endereços mais valorizados do país. O complexo é composto por quatro blocos interligados, além de um prédio exclusivo para atendimento ambulatorial com 14 andares – a Clínica de Medicina Especializada com 12 centros de referência: Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional; Rim e Diabetes; Cálculo Renal; Cardiologia; Oncologia; Gastroenterologia; Controle de Peso, Infusão, Medicina do Exercício e do Esporte; Reabilitação; Clínica da Mulher; Longevidade. Além de atendimento em mais de 50 especialidades. Desde sua inauguração foram implementados serviços de ponta, entre os quais destacam-se a primeira UTI em hospital privado do país, em 1970; primeira entidade no Brasil a possuir tomografia de corpo inteiro; a ter cápsula endoscópica; primeiro hospital privado a adquirir o robô Da Vinci, em 2012. e a primeira Unidade de Onco-Hematologia com tecnologia de filtragem de ar que permite ao paciente circular por toda a unidade, sem risco de contaminação e um sistema de tratamento de água inédito no País, o que traz segurança ao paciente. Conta com uma nova UTI oncológica com monitoração remota de pacientes, camas equipadas com colchão desenvolvido especialmente para pacientes críticos, sistema de chamada dos profissionais no quarto por cor, entre outros diferencias. O hospital conta com 410 leitos, 91 de UTI, 22 salas cirúrgicas, sendo duas híbridas com equipamento de Hemodinâmica e Ressonância Magnética e uma

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exclusiva para cirurgias robóticas. Está plenamente capacitado para a realização de Cirurgia Robótica, tendo realizado no total 1.500 cirurgias robóticas em diversas especialidades pelo o sistema robótico Da Vinci. Esse tipo de procedimento diminui o tempo de internação do paciente, possibilita uma recuperação mais rápida e diminui os riscos eminentes a uma cirurgia. Além disso, o sistema de Prontuário Eletrônico com certificação digital integrado com todos os equipamentos de monitoração do paciente e a implantação de mecanismos de checagem de medicação na beira do leito conferem maior segurança aos pacientes, equipe e familiares. É especializado em medicina de complexidade com destaque para as áreas de Neurologia, Oncologia, Onco-hematologia, Gastroenterologia, Ortopedia, Ginecologia, Urologia e Trauma, além dos demais Centros de Referência (citados anteriormente), embora não realize atendimentos pelo SUS. Dispõe também de uma programação completa de eventos com foco científico. Além de encontros periódicos para discutir temas atuais, os profissionais possuem acesso a revistas científicas e os Grupos de Aprimoramento e Capacitação (GruPACs). Tratam-se de reuniões científicas mensais promovidas pelo Centro de Estudos e criadas para profissionais da saúde discutirem temas específicos. O Programa de Aperfeiçoamento e Capacitação do Hospital 9 de Julho (PAC9) foi criado em 2007 para promover o aprimoramento e a capacitação dos colaboradores da instituição em todos os níveis - médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, administradores, técnicos e auxiliares etc. Ele visa a reciclagem do conhecimento, discussão e padronização de rotinas técnicas para melhores práticas assistenciais com abordagem interdisciplinar, além de motivar os colaboradores a complementar suas qualificações por meio de atividades acadêmicas paralelas às suas rotinas profissionais e aproveitar o desenvolvimento alcançado para a condução de pesquisas científicas na instituição.

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Entidade de Saúde – No Mundo

Anadolu Medical Center: Liderança em oncologia Além do atendimento multidisciplinar, o hospital oferece check-ups gratuitos, educação ao paciente, cursos de primeiros-socorros e relacionados à medicina preventiva

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ocalizado na cidade de Gebze, província de Kocaeli, nos arredores de Istambul, o Anadolu Hospital Medical Center é considerado um dos melhores hospitais do mundo. Fundado em 1979 pela cooperação de duas famílias proeminentes, os Yazıcı e os Özilhan, é um hospital afiliado ao Johns Hopkins Medicine. Sua vocação para saúde e bem-estar tornou-se sua maior prioridade, desde o princípio. Trata-se de um centro de excelência com tecnologia avançada para tratamentos oncológicos (PET-CT, CyberKnife, TrueBeam, Transplante de Medula Óssea, entre outros). Todos os programas oferecidos pela entidade são conduzidos por profissionais altamente treinados e experientes, reconhecidos nacional e internacionalmente.

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Situado em uma área calma, à beira-mar, o hospital está longe da agitação da cidade, mas perto o suficiente para interagir com a sociedade. Seu complexo também incorpora um hotel de 75 leitos localizado dentro do centro médico, que oferece serviços de saúde para pacientes de 30 países de uma forma mais abrangente e moderna. Anadolu Medical Center é social e ambientalmente consciente. Assim, sua equipe trabalha não apenas para fornecer o melhor serviço de saúde e cuidados possíveis, mas também providencia que sejam tomadas todas as medidas para que essas atividades não prejudiquem o meio ambiente ou os recursos naturais. Ao gerenciar os resíduos, através de tecnologia apropriada, o centro evita a poluição do ar, da água e do solo. O Anadolu Medical Center investe maciçamente em qualidade e por este motivo é Acreditado dentro dos seguintes sistemas: Joint Commission Internacional (JCI), Sistema de Gestão Integrada, ESMO-European Society for Medical

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Oncologia e Baby-Friendly Hospital . Para assegurar a qualidade de seu funcionamento, o complexo foi estruturado com abordagens bem fundamentadas e projetado de acordo com as exigências nacionais e internacionais de acreditação e padronização. Conta com Sistemas Integrados de Gestão, também certificados, e além disso, possui as seguintes certificações: • ISO 9001-2000: Sistema de Gestão da Qualidade • ISO 9001 - 2008 Sistema de Gestão da Qualidade • ISO 14001: Sistema de Gestão Ambiental • OHSAS 18001: Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional. Entre suas principais especialidades destacam-se: Ciências Oncológicas, Transplante de Medula Óssea, Ciências Cirúrgicas, Neurocirurgia e Neurologia, Urologia, Saúde da Mulher, Torácica, Saúde Cardiovascular, Serviços de Diagnóstico e Imagem.

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Atualidades

Higienização hospitalar:

primeira etapa do combate às infecções e contaminações cruzadas

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a prática da medicina nunca se falou tanto em mecanismos de controle e combate à infecção hospitalar como atualmente. Diversos aspectos podem ser abordados quanto a esse tema, mas na verdade, é impensável imaginar a existência de um estabelecimento que promova saúde desassociado dos conceitos mais elementares de limpeza. Contudo, esse é um dos gravíssimos problemas enfrentados em nossos sistema de saúde: aplicação incorreta de ações de higienização e limpeza contribuem sobremaneira para a complicação dos

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quadros de infecções hospitalares e sua disseminação. As equipes responsáveis precisam ser amplamente treinadas e periodicamente recicladas com o objetivo de se manterem atualizadas com relação aos conceitos e técnicas a serem aplicadas. Define-se como limpeza o processo pelo qual são removidas as sujidades das superfícies, e para o qual se utilizam meios mecânicos (fricção), químicos (produtos de limpeza) e físicos (temperatura e pressão). Já a desinfecção consiste no uso de meios físicos e químicos para a eliminação de micro-organismos patogênicos. A limpeza e higienização do ambiente hospitalar é a primeira etapa do processo hoje denominado de Controle da Infecção Hospitalar. Para a execução dessas tarefas, o ambiente hospitalar é

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classificado em áreas, de acordo com a complexidade de contaminação do local, a saber: Áreas críticas: Locais com elevado risco de contaminação ou de transmissão de agentes infecciosos, locais onde sejam efetuados procedimentos de risco ou onde estejam alojados pacientes em imunodepressão. Devem ser limpas três vezes ao dia. Áreas semicríticas: locais ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. Devem ser limpas 2 vezes ao dia. Áreas não-críticas: todas as outras áreas do estabelecimento de assistência à saúde não ocupadas por pacientes, e onde não sejam realizados procedimentos de risco, devem ser limpas 1 vez ao dia.

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Suprimentos & Serviรงos

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Atualidades

• O processo deve seguir a partir de príncipes básicos e elementares, como: • Todos os colaboradores devem realizar com frequência a higienização das mãos. • Cabelos devem ser mantidos presos e arrumados e unhas limpas, aparadas e sem esmalte. Também não devem ser utilizados adornos (anéis, pulseiras, relógios, colares, piercing, brincos) durante o período de trabalho. • O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve ser apropriado para a atividade a ser exercida. • As superfícies jamais devem ser varridas a seco, pois esse processo favorece a dispersão de microrganismos que são veiculados pelas partículas de pó. A varredura úmida deve ser realizada com mops ou rodo e panos de limpeza de pisos, específicos para cada área. Para a limpeza de pisos, devem ser seguidas

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as técnicas de varredura úmida, ensaboar, enxaguar e secar. O uso de desinfetantes fica restrito para as superfícies que contenham matéria orgânica ou quando houver a indicação do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). Todos os produtos saneantes utilizados devem estar devidamente registrados ou notificados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os panos utilizados na limpeza de piso e de mobília devem ser preferencialmente encaminhados à lavanderia para processamento ou lavados manualmente no expurgo. Os discos das enceradeiras devem ser lavados e deixados em suporte específicos para facilitar a secagem e evitar mau cheiro proporcionado pela umidade. Todos os equipamentos deverão ser limpos a cada término da jornada de trabalho. A frequência de limpeza das su-

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perfícies pode ser estabelecida para cada serviço, de acordo com o protocolo da instituição. A desinsetização periódica deve ser realizada de acordo com a necessidade de cada instituição. O cronograma semestral para a desinsetização deve estar disponível para consulta, assim como a relação dos produtos utilizados no decorrer do semestre. A Entidade deve selecionar um sistema compatível entre equipamento e produto de limpeza e desinfecção de superfícies (apresentação do produto, diluição e aplicação). Cada setor precisa ter a quantidade necessária de equipamentos e materiais para limpeza e desinfecção de superfícies. Pacientes internados em isolamento devem possuir um kit exclusivo de limpeza e desinfecção de superfícies, e utilizar preferencialmente pano de limpeza descartável.

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Gestão

Gestão de materiais de enfermagem: um controle indispensável

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s estabelecimentos provedores de serviços de saúde, seja na esfera, privada ou particular, têm em comum com as a outras empresas a necessidade de controle a administração de seus materiais, que são essenciais para a execução de sua função-fim. Dentro de um hospital, em sua grande maioria, são os enfermeiros os responsáveis por esta gestão, que tem por objetivo assegurar que nada falte em nenhum setor ou departamento, e que os recursos adquiridos tenham o menor custo possível, de forma a garantir a continuidade dos serviços prestados. De acordo com documento do Banco Mundial (2007, p. 54), “a gestão de materiais tem dupla função. Inicialmente, confere maior eficiência na utilização dos recursos orçados. Depois, ela fornece dados sólidos para a elaboração do orçamento, do planejamento, e pode auxiliar na orientação das decisões de políticas que buscam conferir maior eficiência na compra e distribuição de materiais e medicamentos, melhor manutenção, utilização e compra de equipamentos e instalações, e a utilização mais eficiente dos recursos humanos. Andando par e passo com um planejamento e orçamentação mais sólidos, uma melhor gestão de materiais pode contribuir para melhorar a qualidade e eficiência dos serviços de saúde, e num ciclo virtuoso, a melhora na gestão de materiais pode por sua vez fornecer as ferramentas para um planejamento e orçamentação mais fortes”. Nesse processo de gestão cabe ao enfermeiro encarregado seguir as seguintes etapas: • Análise, indicação e escolha e indicação do material necessário à prestação do serviço, tanto em aspectos qualitativos, quanto quantitativos; • Definição das especificações técnicas, • Análise da qualidade e envolvimento no processo de compra; • Criação de sistemas de controle e avaliação; • Seguimento dos índices de consumo de materiais estéreis e não estéreis • Participação e disseminação de programas de educação continuada para assegurar a capacitação de toda a equipe • Manter constantemente a busca por novos produtos e tecnologias e avaliar seu impacto no custo para o estabelecimento; • Elaboração de sistemas de contenção de gastos O principal objetivo dessas ações de gestão deve ser a busca pelo melhor preço e alto giro de estoques, assegurar que haja continuidade no fornecimento e, por conseguinte, não ocorra nenhuma interrupção na prestação dos serviços, manutenção dos padrões de qualidade. O processo requer que este profissional desenvolvas e mantenha boas , de forma a garantir uma rápido entendimento do que está sendo apresentado. Isso permitirá aos gestores a tomada de decisões rápidas e precisas, e a correção dos rumos, de forma a garantir a qualidade dos serviços prestados e a viabilidade econômica do negócio.

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Gestão

Por que nem todos os médicos estão utilizando diretrizes de prática clínica? As diretrizes são essenciais para a medicina baseada em evidências; veja a seguir como preencher as lacunas entre a teoria e a implementação prática Por Peter Edelstein

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m nenhuma área o uso de diretrizes de trabalho (desde simples listas de verificação até complexas recomendações de processo) aprimoraram tão claramente a segurança, reduzindo a variabilidade, como no setor aéreo. Atualmente, listas de verificação pré-vôo obrigatórias e longos e sofisticados processos tornaram a aviação a forma mais segura de transporte. De fato, muitos indivíduos da área da saúde apontam para a indústria aérea como um modelo para orientar iniciativas que visam aprimorar a segurança, a qua-

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lidade e a rentabilidade na prestação de cuidados médicos e serviços de saúde. Na área da saúde, essas ferramentas são conhecidas como diretrizes de prática clínica (Clinical Practice Guidelines - CPGs). Para causar o melhor impacto possível na qualidade e rentabilidade dos cuidados médicos e serviços de saúde, as CPGs devem permanecer atualizadas (uma vez que os medicamentos, os testes de diagnóstico e as opções terapêuticas mudam constantemente), confiáveis (mantidas por fontes igualmente confiáveis) e baseadas em evidências (fundamentadas por estudos científicos objetivos sempre que possível).

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Gestão

E o que não falta são CPGs comercialmente disponíveis para capacitar médicos, enfermeiros, farmacêuticos e até mesmo pacientes de forma a melhorar a saúde e valor dos serviços de saúde, tanto em âmbito individual quanto da população como um todo. Em alguns países, assim como nos Estados Unidos, esforços de reforma legislaram ou incentivaram financeiramente o uso de Sistemas de Suporte à Decisão Clínica (Clinical Decision Support Systems CDSS), incluindo CPGs, em um esforço para beneficiar tanto os players da área da saúde quanto os próprios pacientes. Na verdade, a tendência em serviços de saúde consistentes, sustentáveis, e de maior qualidade e menor custo é evidente em todo o mundo. No entanto, um número significativo de médicos que estão cientes das CPGs deixaram de utilizar em suas rotinas essas poderosas soluções. Por quê? Em minhas viagens por todo o mundo, eu encontrei diversas razões comuns pelas quais os médicos raramente (ou nunca) utilizam as CPGs ao cuidarem de seus pacientes. Para entender melhor, pense nas CPGs dividindo-as em duas grandes categorias distintas, com base na forma como os médicos interagem com as informações: pull solutions e push solutions.

O problema com as “pull solutions” As “pull solutions” são análogas aos cintos de segurança do seu carro. Cintos de segurança, obviamente, salvam vidas — mas somente se você os afivelar. Muitas CPGs estão disponíveis sob a forma de “soluções de referência” dos CDSS. Assim como os cintos de segurança, essas soluções de referência podem melhorar muito a segurança do paciente, os resultados clínicos e os custos dos cuidados médicos — mas somente se os médicos recorrerem a elas. Ou seja, as CPGs embutidas nas pull solutions exigem que os médicos tracionem as diretrizes para si (buscando-as ativamente). Existem várias razões pelas quais os médicos muitas vezes deixam de recorrer às CPGs disponíveis nas referências médicas ou a outras formas de pull solutions, ou optam por não fazê-lo. O mais problemático é o axioma “Você não sabe o que você não sabe”. Deixe-me dar um exemplo: JAN-FEV/17

Um cirurgião geral planeja realizar uma operação de câncer padrão em seu paciente de 46 anos de idade para remover um tumor do cólon direito. O cirurgião não tem a mínima ideia de que seu plano põe em risco não apenas seu paciente, mas também a família do mesmo – sem contar que é um plano financeiramente oneroso. Mas o cirurgião não sabe que a pouca idade do seu paciente e a localização do câncer sugerem fortemente uma condição hereditária associada a alto risco de malignidades subsequentes, bem como alto risco de cânceres variados nos filhos, filhas, irmãos e pais do paciente. Mas se o cirurgião não está ciente de tudo isso, como podemos esperar que ele vá em busca de (tracione) CPGs? O cirurgião não sabe o que não sabe e, portanto, não pode oferecer ao paciente e à família do paciente (e aos players) o melhor e mais apropriado cuidado possível. Uma segunda razão pela qual os médicos não recorrem às CPGs das pull solutions é o simples fato de que a maioria dos médicos tem pouquíssimo tempo e muitas coisas para fazer. Em um dia extremamente ocupado, é muito pouco provável que um médico pare para buscar a orientação de uma CPG, a menos que tenha dúvida sobre a resposta para uma pergunta clínica crítica. Some-se a isso o excesso de confiança - ou até mesmo a arrogância - que muitos médicos possuem e a probabilidade dele interromper uma agenda ocupada para buscar uma resposta é ainda menor. Portanto, as CPGs apresentadas como pull solutions muitas vezes não conseguem cumprir sua promessa.

Os benefícios das “push solutions” Felizmente, a segunda categoria de ferramentas do CDSS remove obstáculos para melhorar a saúde e os cuidados médicos por intermédio da adoção de CPGs. Se as pull solutions são como cintos de segurança, as “push solutions” são como os airbags do seu carro. Seus airbags funcionam sempre de maneira independente, não exigindo qualquer interação de sua parte. Da mesma forma, as CPGs apresentadas como push solutions automaticamente forçam os médicos a sempre pelo menos levar em conta informações de cuidados médicos atuais, confiáveis e baseadas em evidências, sempre que

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cuidam de um paciente. O melhor exemplo do poder das CPGs quando apresentadas como push solutions são os order sets. Vamos usar nosso exemplo clínico anterior do poder das CPGs quando destinadas ao cirurgião. Assim que o cirurgião insere os dados demográficos do jovem paciente (incluindo sua idade) e o diagnóstico (câncer do cólon direito) no EMR (Electronic Medical Records ou prontuário eletrônico baseado nas CPGs (e estas baseadas em conhecimentos atuais, confiáveis e baseados em evidências) é automaticamente apresentado ao cirurgião para análise. Neste caso recomendam que o paciente seja testado para a condição de câncer de cólon hereditário antes da cirurgia. As CPGs são definidas como hiperlinks para que o cirurgião possa optar por analisar imediatamente as diretrizes e o conteúdo de apoio baseado em evidências. A CPG impulsionada não é afetada pela falta de conhecimento do cirurgião a respeito da condição (que é o obstáculo para o uso bem sucedido das CPGs de tração). O conjunto de pedidos muda o comportamento do médico para benefício do paciente e do player (a operação correta é realizada, eliminando o risco e os custos de um segundo câncer futuro). Além disso, as CPGs impulsionadas levam o cirurgião a solicitar testes genéticos aos familiares de primeiro grau do paciente, possivelmente salvando alguns desses indivíduos de cânceres (evitando o tratamento e até a morte), bem como evitando os custos diretos e indiretos associados. Obviamente, as CPGs destinadas aos médicos na forma de order sets e outras soluções do CDSS são ainda mais impactantes do que as diretrizes que exigem que os médicos tracionem (busquem) informações por si próprios. Contudo, assim como acontece na combinação de cintos de segurança e airbags em seu carro, ter ambas as soluções de tração e impulso oferece maior oportunidade de melhorar a segurança do paciente, a qualidade clínica e o custo dos cuidados médicos. Para maximizar o impacto das CPGs, impulsionar e tracionar nossos médicos representa a estratégia mais poderosa a ser adotada. Peter Edelstein é Chief Medical Officer da Elsevier.

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Preparação e distribuição de medicamentos: reduzindo a incidência de erros

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iversos procedimentos realizados dentro de uma unidade hospitalar concorrem significativamente para a melhoria do quadro do paciente, e entre eles destaca-se a administração de medicações. Obviamente, ao ser internado, espera-se que a referida terapia seja a “salvadora da pátria”. Entretanto, o tema é em si bastante complicado. A administração de medicamentos requer da equipe médica e de enfermagem um amplo conhecimento de farmacologia, da interação das drogas entre si, conhecimentos científicos, técnicos, éticos e legais, que lhes permitam prestar um serviço de qualidade, eficiente e seguro, acima de tudo. Segundo um estudo realizado pelo Institute of Medicine, de Washington, EUA (To err is human – Building a safer health system), entre 44.000 e 98.000 pessoas morriam anualmente no país vítimas de erros médicos, e destas, algo em torno de 7.000 mortes/ano eram atribuídas a erros de medicação. Em nosso país, a problemática não é diferente. Por isso mesmo, em 2013 o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária desenvolveram o Programa Nacional de Segurança do Paciente, que tem por objetivo prevenir e reduzir a ocorrência de eventos adversos e suas sequelas ao doente. Nele estão incluídos incidentes como quedas, erros de procedimentos cirúrgicos e administração incorreta de medicamentos, entre outros. Abrange seis protocolos básicos de segurança, com destaque para os que envolvem a segurança na prescrição, uso e administração de medicamen-

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tos, e devem ser observados e aplicados em todos os estabelecimentos que oferecem serviços de saúde que prestam cuidados à saúde, em todos os níveis de complexidade, em que medicamentos sejam utilizados na profilaxia, exames diagnósticos, tratamento e medidas paliativas. Assim, o protocolo para administração de medicamentos deve observar os seguintes critérios: • Inicialmente, o profissional deve lavar cuidadosamente as mãos antes e após o preparo e administração de medicamentos; • O medicamento deve sempre ser preparado em ambientes com boa iluminação; • O profissional deve manter total concentração na atividade, evitando as distrações como conversas, rádio ou celular , de forma a reduzir a possibilidade de erro; • O preparo da medicação deve ser efetuado exclusivamente quando da certeza absoluta do medicamento prescrito, dose e via de administração. Para isso, valem as seguintes regras: Regra dos cinco “certos”: 1. Identificação do paciente: certificar-se quanto ao leito e o nome do paciente; 2. Identificação segura do medicamento prescrito; 3. Identificação da dose correta a ser administrada; 4. Identificação da via adequada de administração; e finalmente; 5. Identificação da hora em que deva ser administrada. Regra das três leituras: Confira SEMPRE o rótulo da medicação. Nunca confie. Leia você mesmo: 1. Primeira leitura: antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho de medicamentos; 2. Segunda leitura: antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola; 3. Terceira leitura: antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no recipiente.. • Deve-se verificar o prazo de validade, alterações no aspecto e informações do fabricante para a preparação do medicamento;

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• Observar no preparo do medicamento a dose correta, técnica asséptica e diluição; • Verificar a integridade dos invólucros que protegem a seringa e a agulha; • Conectar a agulha na seringa com cuidado, evitando contaminar a agulha, o êmbolo, a parte interna do corpo da seringa e sua ponta; • Desinfetar toda a ampola com algodão embebido em álcool a 70% e no caso de frasco-ampola, levantar a tampa metálica e desinfetar a borracha; • Proteger os dedos com algodão embebido em álcool ao destacar o gargalo da ampola ou retirar a tampa metálica do frasco-ampola; • Aspirar a solução da ampola para a seringa (no caso do frasco-ampola introduzir o diluente e homogeneizar o pó com o líquido, sem sacudir); • Proteger a agulha com o protetor próprio e o êmbolo da seringa com o próprio invólucro; • As medicações obrigatoriamente devem ser administradas seguindo à risca prescrição médica. Nas situações de extrema emergência é possível que se faça a medicação seguindo instruções verbais da equipe médica; as medicações usadas devem ser prescritas pelo médico e checadas pelo profissional de enfermagem que fez as aplicações; • É imprescindível que se mantenha o local de preparo da medicação limpo e em ordem, utilizando-se soluções antissépticas, tais como álcool a 70%, para a desinfecção da bancada; • Utilizar e manter a bandeja ou carrinho de medicação devidamente limpos e desinfetados com o mesmo produto; • Ao preparar medicamentos para mais de um paciente, é de vital importância a organização da bandeja, dispondo-os na sequência de administração, e com todas as checagens previstas para evitar a troca de medicações.

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