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Ano 23 - Nº 268 - SET-OUT/2017

www.revistahosp.com.br

GREAT ORMOND STREET HOSPITAL: em Londres, foco no tratamento pediátrico

Entrevista: Vanice Costa fala sobre o papel do IBES

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Enfermagem: CME garantindo a cirurgia segura

Tecnologia: Colas cirúrgicas – avanço para o fechamento de feridas

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SEGUNDO SEMESTRE PELA METADE..... E O QUE VEM POR AÍ?

comercial@revistahosp.com.br (11) 3835-4255 HOSP - Suprimentos e Serviços Hospitalares – Registrada no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos sob o nº 183.561, de acordo com a Lei de Imprensas 6.015/73 e no INPI. Dirigida e qualificada a hospitais, clínicas, unidades mistas, pronto-socorros, postos e centros de saúde públicos e privados de todo o território nacional, secretarias municipais de saúde, prefeituras municipais, universidades, associações e entidades de classe, indústrias, distribuidores e revendedores de máquinas, equipamentos, produtos e serviços. A reprodução de artigos, reportagens ou notícias por qualquer meio é permitida. Os conceitos dos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. Todas as informações são originadas de entrevistas, releases e catálogos das empresas. A responsabilidade das informações contidas nos anúncios é dos anunciantes. Impressão e Acabamento: Vox Editora - Tel.: (11) 3871-7314

Não podemos negar que vivemos intensamente neste país. Diariamente somos sacudidos por novidades e sustos, que nos fazem realmente balançar. E, mesmo apesar desse cenário nebuloso, somos também um povo certamente otimista. Das crises e incertezas, sempre surgem novidades, ideias, alternativas, e assim, vemos no mercado soluções inovadoras que auxiliam a mitigar nossas necessidades. Nesta edição você vai conhecer, por exemplo, uma nova tecnologia disponível para o setor, que auxilia na identificação das superbactérias, um problema que tem causado inúmeras mortes no território nacional. Além disso, trazemos também um interessante artigo sobre o uso das colas cirúrgicas. A entrevista do mês foca na qualidade dos serviços de saúde: Vanice Costa, presidente o Ibes - Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde fala do papel da instituição nos processos de Acreditação Hospitalar, uma importante ferramenta de gestão da qualidade. A seção inspiração traz a história de força e determinação do médico ginecologista Dr Joji Ueno, especialista em reprodução assistida e criador do Instituto Gera, uma referência no assunto. E no perfil do empresário, você vai conhecer a história do técnico em mecânica, Antônio Oclácio de Freitas, um dos diretores da RWR, que nos mostra a importância da liderança pelo exemplo. Do centro do país, diretamente para os leitores da Revista HOSP, vem a história do novo complexo hospitalar inaugurado em Anápolis, GO, com tecnologia de ponta, um sofisticado sistema de gestão e o que há de melhor para o tratamento médico. E no cenário internacional, conheça o Great Ormond Street Hospital, uma entidade inglesa referência no tratamento infantil. Boa leitura!

Diretora Responsável:

CONVITE

Maria Bombardi Editora Suprimentos e Serviços Ltda. R. Gomes Freire, 331 - CEP: 05075-010

A revista HOSP quer a sua participação: opine, indique temas, seções, tudo que poderia deixar a revista ainda mais aprimorada para a sua rotina: redacao@revistahosp.com.br.

São Paulo - SP - Brasil Telefax: (11) 3835-4255

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Importante: Antes de adquirir qualquer produto, certifique-se de que o mesmo está de acordo com as normas exigidas por lei.

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SUMÁRIO

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Vanice Costa detalha os objetivos do Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde

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Atualidades

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Tecnologia

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Enfermagem

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Educação

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Entidades de Saúde

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Opinião

Envelhecimento da população e a importância da tecnologia

Colas cirúrgicas no fechamento de feridas Tecnologia inova na detecção de super bactérias

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Gestão

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Inspiração

Arquitetura Hospitalar e a RDC 50

O papel do CME na segurança das salas cirúrgicas

TI em Enfermagem

No Brasil: Ânima Centro Hospitalar e sua tecnologia de ponta No Mundo: Great Ormond Street Hospital: Excelência no tratamento pediátrico

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Dr Joji Ueno: firmeza na construção de uma carreira Antônio Olácio de Freitas: gestão pelo exemplo

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Opinião

Excelência em saúde: a chave do sucesso das instituições hospitalares Vanice Costa fala do papel do IBES na difusão dos conceitos de qualidade tificação”. Sua Política da Qualidade visa assegurar continuamente a satisfação dos clientes através da expansão e da melhoria da qualidade na prestação de serviços de avaliação e certificação dos serviços de saúde e programas de saúde e contribuir para o desenvolvimento e sustentação das práticas seguras na assistência à saúde.

Revista HOSP: Como surgiu o IBES? Quem foram seus idealizadores? Vanice Costa: O IBES – Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde é uma Instituição Acreditadora que surgiu em dezembro de 2012, através das sócias fundadoras (Vanice Costa, Vivian Giudice e Aléxia Costa). É uma empresa voltada para atividades de Diagnóstico e Acreditação de Organizações e Programas de Saúde, por meio do Sistema Brasileiro de Acreditação/ ONA (Organização Nacional de Acreditação). Realiza também atividades de capacitação e treinamentos relacionados às áreas de gestão, qualidade e saúde. HP: Quais são suas principais diretrizes? VC: A Missão do IBES é “Transformar as instituições de saúde promovendo educação, qualidade e segurança, através do processo de acreditação e cerSET-OUT/17

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HP: Na sua opinião, como se enquadra o Brasil em termos de acreditação hospitalar frente a outros países da Europa e América do Norte? Quais as diferenças mais marcantes? VC: Nosso país evoluiu muito em relação aos conceitos de gestão da qualidade desde 1999, quando da criação na ONA – Organização Nacional de Acreditação. Durante longo tempo, eram as Instituições Acreditadoras as principais fontes de informação e de direcionamento das organizações de saúde. Apenas em 2013, com a RDC 36, publicada pelo Ministério da Saúde, é que as práticas de segurança do paciente foram sistematizadas através de uma abrangência nacional e mandatória para os principais tipos de organizações de saúde, por meio da implementação dos Núcleos de Segurança do Paciente e do Plano de Segurança do Paciente. Porém, pouco menos de 3 mil organizações, até o momento, estão com seus Núcleos efetivamente implementados, de acordo com dados da ANVISA. Em grande parte dos países desenvolvidos, a Acreditação tem apoio e direcionamento governamental, fazendo com que quase a totalidade das organizações de saúde seja Acreditada, o que no Brasil não ocorre, pois o processo é voluntário. Por outro lado, acaba por selecionar as organizações que verdadeiramente se importam com a segurança de seus pacientes e colaboradores. HP: Quais seriam nossas maiores barreiras neste segmento? VC: Em primeiro lugar, um compromisso real da alta administração em utilizar o processo

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de acreditação para a melhoria da qualidade assistencial, e não apenas um diferencial competitivo. Em segundo, o custo muitas vezes associado ao processo, quando há a necessidade de alguma adequação (por exemplo: dimensionamento de pessoas para garantir a segurança, aquisição de algum recurso material, etc). Muitas organizações não possuem um sistema de gestão da qualidade implantado e precisam de um maior tempo para conseguir atender ao relatório de Diagnóstico Organizacional, que é a primeira etapa do processo de acreditação. HP: Quais são os melhores centros para formação de profissionais para este setor? VC: Visto que há muito poucas opções de formação realmente efetivas no mercado, nos últimos cinco anos, o IBES acabou se consolidando como o principal instituto formador de Avaliadores e Consultores para Acreditação em Saúde. Além disso, mais de 15 mil alunos já realizaram nossos cursos on-line, especialmente os gratuitos. Os temas são variados, mas sempre centrados nos grandes tópicos de interesse ao setor: gestão e melhoria da qualidade, gestão de processos, segurança do paciente, acreditação, gerenciamento de protocolos, gestão do corpo clínico, etc. HP: Que características deve apresentar este profissional que avalia as instituições e ensina os critérios da acreditação? VC: Para se tornar um avaliador IBES, existem alguns critérios de elegibilidade: – Ser profissional formado, atuante na área de saúde (enfermeiro, médico, farmacêutico, nutricionista, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, biólogo, biomédico, odontologista, fonoaudiólogo, psicólogo, engenheiro clínico ou do trabalho, etc). – Ter experiência em gestão e expertise em sua área de atuação. – Ter realizado o Curso de Formação de Avaliadores Presencial do IBES.

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Opinião

“Muitas organizações não cumprem itens básicos de legislação ou não implementam práticas de segurança do paciente porque nem sabem que deveriam executar tais atividades”

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Ter realizado o Curso do Sistema Brasileiro de Acreditação ONA para Avaliadores (EAD) e sido aprovado no Exame SBA/ONA. Ter disponibilidade para viagens em todo o país (as despesas não são custeadas pelo avaliador). Pactuar com os “Valores” do IBES: resiliência, entusiasmo, conhecimento baseado em evidência, inovação e melhoria contínua, aprendizado e credibilidade.

HP: Como poderíamos melhorar a gestão dos estabelecimentos de saúde? VC: Apenas o conhecimento poderá transformar as organizações. É nisso que acreditamos e nossas estratégias estão alinhadas com o objetivo de uma real transformação dos profissionais de saúde no país, para que o maior beneficiado seja realmente o paciente. Muitas organizações não cumprem itens básicos de legislação ou não implementam práticas de segurança do paciente porque nem sabem que deveriam executar tais atividades. Gerar o aprendizado das organizações através do ensino, das visitas de avaliação e de nossas ações de divulgação em mídias sociais tem sido bastante gratificante, e já conseguimos perceber que os profissionais interessados estão se capacitando sobre temas de gestão de forma fácil e prazerosa, como através do Canal Excelência em Saúde, nosso canal de vídeos e podcasts no Youtube. HP: Como a inovação tecnológica tem auxiliado o processo de gestão e acreditação? VC: As tecnologias passaram a ser incorporadas no Sistema Único de Saúde - SUS, nos últimos anos, de forma mais controlada e baseada em evidências, através de um extenso trabalho de avaliação de tecnologias de saúde, especialmente pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Em se tratando de serviços privados, a aquisição de tecnologias está mais alinhada aos desejos de mercado e à competitividade. Porém, todas as tecnologias inovadoras deveriam passar por um método sistemático de aprovação, validação e incorporação por meio da capacitação de toda a equipe envolvida em sua utilização, o que nem sempre ocorre. E ainda temos muitos problemas relacionados à tecnovigilância, como por

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exemplo, a identificação e notificação de eventos adversos relacionados ao uso dessas tecnologias, bem como o monitoramento dos alertas emitidos pela ANVISA, pelas organizações de saúde. HP: Quais são os principais desafios de uma gestão hospitalar eficiente? VC: Pessoas capacitadas para fazer essa gestão. Sem o efetivo aprendizado aplicado à prática, as tomadas de decisões acabam sendo pautadas em “achismos”, e não em fatos e evidências, tais como estatísticas, indicadores, análises críticas, notificações de incidentes, relatos de experiência do paciente, entre outras fontes. HP: Que conselhos a senhora deixaria para um profissional que queira começar nesse setor? VC: Estude. Estude muito. As melhores práticas em saúde já estão, em grande parte, consolidadas e publicadas, mas poucos são os profissionais que realmente se interessam em buscar as evidências para implementação do cuidado assertivo. Em segundo lugar, coloque em prática aquilo o que você aprendeu. Hoje ainda sofremos com o fato de que a principal causa de infecções relacionadas à assistência à saúde estarem relacionadas à não lavagem (ou lavagem com técnica inadequada) das mãos. HP: Há algum aspecto importante que queira salientar e que não tenha sido abordado? VC: Sim. É importante destacar que a ONA – Organização nacional de acreditação acabou de completar o marco de 600 certificações em todo o país, num período de 18 anos. Apenas em cinco anos, o IBES foi o responsável por 130 certificações, ou seja, uma grande fatia deste mercado. Isso só foi possível devido aos nossos diferenciais: • Time de avaliadores com ampla e periência em gestão da qualidade em saúde e processos de avaliação nacionais e internacionais. • Canal multidisciplinar para o esclarecimento de dúvidas e orientações para a melhoria contínua. • Portf lio diversi cado de cursos e treinamento sobre gestão em saúde. Vanice Costa é presidente e diretora de certificação do IBES , enfermeira graduada pela Universidade de São Paulo e Pós-graduada em Controle de Infecção Hospitalar.

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Enfermagem

Centro de Material e Esterilização (CME), um aliado da cirurgia segura Os CMEs garantem segurança aos pacientes, aos profissionais de saúde e são parceiros na redução de custos

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egundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2008 foram realizadas no mundo 234 milhões de cirurgias, cerca de dois milhões de pacientes foram a óbito e sete milhões apresentaram complicações como consequência destes procedimentos, 50% destas eram evitáveis. Os eventos adversos ocorrem em cerca de 10% das intervenções cirúrgicas por falta de boas

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práticas e processos seguros. Esses números alarmantes levaram, a OMS e a Universidade de Harvard a iniciarem a campanha Cirurgia Segura Salvam Vidas, com o objetivo de reduzir as taxas de infecções em sítio cirúrgico, reduzindo assim a morbimortalidade. Entre os fatores que contribuem para uma Cirurgia Segura, o processamento correto de produtos realizado pelo Centro de Material e Esterilização dentro dos serviços de saúde assume um papel fundamental. A alta complexidade dos procedimentos cirúrgicos, associada

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ao complexo design dos instrumentos e a resistência microbiana, desafiam as práticas utilizadas no processamento de produtos para saúde (PPS) reutilizáveis. “O CME é responsável pela recepção, conferência, limpeza, inspeção, preparo, esterilização, armazenamento e distribuição de materiais. Para cumprir com todas as fases deste extenso processo, com a menor variabilidade e, consequentemente, maior reprodutibilidade, é necessária a padronização por meio de protocolos operacionais práticos, bem descritos e com fundamentação

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Enfermagem

científica, oferecendo assim, PPS íntegros, funcionais, livres de sujidades e de microrganismos, disponibilizados na quantidade correta, no horário correto, para a cirurgia correta e no local correto”, explica Jeane Bronzatti, doutoranda em ciências e consultora em saúde. Segundo ela, as intervenções cirúrgicas rompem as barreiras naturais de segurança do nosso corpo, para acessar e manipular órgãos e tecidos, frágeis e delicados. Por este motivo, é necessário o uso de instrumentos e equipamentos precisos, esterilizados e funcionando adequadamente. Produtos danificados podem causar danos às estruturas corporais, comprometer o resultado do tratamento cirúrgico e, consequentemente, a segurança dos pacientes. “Os profissionais que trabalham no Centro de Material e Esterilização, ao processar produtos devem fazê-lo buscando atingir o estado da arte, garantindo, assim, uma prática eficaz e mais segura”, afirma. O vertiginoso avanço tecnológico na área cirúrgica requer um CME com infraestrutura física e tecnológica, métodos de trabalho estruturados e padronizados, e recursos humanos capacitados e atualizados com relação às melhores práticas, para atender as demandas de saúde da sociedade com qualidade e ao menor custo. Para isso, os enfermeiros destes serviços devem ser preparados para, além do conhecimento técnico-científico em processamento de PPS, dominar as ferramentas gerenciais relacionadas a custos, logística, marketing, gestão de recursos humanos, negociação, gerenciamento de conflitos, gestão de qualidade e indicadores. As iniciativas da OMS para a Cirurgia Segura visam à qualidade assistencial e à segurança dos procedimentos cirúrgicos, inclusive no que diz respeito às atividades dos CMEs. Bronzatti defende que os enfermeiros da área necessitam conhecer profundamente estes programas e incentivar a sua aplicação plena nos serviços em que atuam, pois darão subsídios e argumentos para enfrentamento de situações de conflito em que se detecte condições de risco. “Esse profissional precisa aprimorar-se constantemente, para gerenciar o serviço com um olhar crítico e inovador. Deve-se também incluir no processo de decisão os profissionais que, direta ou indiretamente, estão envolvidos no procesSET-OUT/17

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so assistencial. Isso é importante, pois proporciona segurança aos pacientes. Além disso, essa é uma forma inteligente de compartilhar as responsabilidades”, explica consultora. “Essa integração se torna mais relevante se consideramos que a realização de cirurgias eletivas ou programadas muitas vezes é uma incógnita. Quando o paciente é admitido no serviço de saúde nem sempre o hospital tem em mãos a autorização das fontes pagadoras para realizar os procedimentos e utilizar todos os materiais solicitados, o que impede que todos os protocolos recomendados pela OMS sejam cumpridos. Neste caso, a equipe do CME, muitas vezes não possui informações suficientes para providenciar os materiais a tempo da esterilização necessária para o procedimento. E isso gera, por sua vez, insegurança para os profissionais envolvidos e para os pacientes”, afirma Bronzatti. “Talvez, a solução surja, com o envolvimento das fontes pagadoras no programa Cirurgia Segura, de maneira que todos possam debater sobre a necessidade de contenção e de racionalização dos recursos, sem que o processamento de PPS seja prejudicado. Afinal, o cumprimento de todas as etapas do processamento é importante para todos os envolvidos”, ressalta. Segundo a profissional, para minimizar esta questão, busca-se seguir um fluxo de agendamento de cirurgias eletivas, fazendo um planejamento cirúrgico prévio de forma a prover todos os recursos necessários em tempo. “Este planejamento é checado e conferido por todos os setores envolvidos com 24 horas de antecedência, para atender a demanda, sem gerar faltas de produtos, estoques exagerados ou materiais subutilizados”. “As instituições de ensino de enfermagem, em conjunto com as sociedades científicas e os serviços de saúde, devem rever o perfil e as competências que um profissional deve desenvolver para atuar em um CME. O programa Cirurgia Segura, por exemplo, poderia ser incluído na grade curricular da formação de todo profissional de saúde, capacitando-os para que possam, acima de tudo, buscar formas mais efetivas de garantir a segurança do paciente”, conclui a especialista, que trabalhou mais de 23 anos à frente de CME no Brasil e ministra aulas em diversos cursos de pós-graduação.

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O QUE É CME? A Central de Material e Esterilização (CME) é a área responsável pela limpeza, processamento e esterilização de artigos e instrumentais médico-hospitalares. A maior parte das CMEs são centralizadas. A centralização é o método mais utilizado e recomendado, por apresentar eficiência, economia e maior segurança para todos os envolvidos. Os setores da CME são: • Área de recepção - local destinado a recepção, conferência e seleção dos produtos processados para a saúde (PPS), de acordo com o tipo de limpeza a ser realizado. • Área de limpeza - local onde são realizado os processos de limpeza automatizado e manual. • Área de preparo e esterilização - local onde se realiza todo o processo de inspeção conferência do PPS quanto à integridade, funcionalidade e qualidade da limpeza, organização dos instrumentos nos kits e caixas, acondicionamento e sistemas de barreira estéril e identificação. É também o local onde ficam concentrados os equipamentos de esterilização. • Área de armazenamento - local onde os PPS ficam armazenados até o momento do uso. Onde pesquisar e estudar sobre CME: • ANVISA • ABNT • Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico • Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização - Práticas Recomendadas (SOBECC) • Association of PeriOperative Registered Nurses (AORN) • IAHCSMM - Associação Internacional de Gestão de Materiais de Serviços Centrais de Saúde • World Federation for Hospital Sterilisation Sciences • Associações para controle de infecções nacionais e internacionais Jeane Bronzatti é doutoranda em ciências e consultora em saúde da B Braun.

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Educação

TI em Enfermagem: das gazes e luvas aos teclados e monitores

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tecnologia da informação é um dos ramos do conhecimento que teve um crescimento vertiginoso ao longo das últimas décadas, e influenciou todos os setores econômicos e produtivos. E a saúde foi um dos mais impactados por essa tendência. Pode-se dizer que praticamente não existe estabelecimento ligado aos serviços de saúde que não utilizem um sistema de informatização, por mais rudimentar que seja. Essas ferramentas vieram para auxiliar os profissionais, acelerar os processos e reduzir erros na prestação dos serviços. As chamadas TIs definitivamente vieram para ficar e neste segmento permitiram como a interação de várias ações como a solicitação de materiais e serviços laboratoriais por fax ou e-mail, o envio de resultados de exames por computador, solicitação de medicamentos on-line para farmácias conveniadas a hospitais e clínicas. Some-se a isso todas as possibilidades de controles e programas de gestão aplicáveis, temos um campo imenso de aplicações. Pode-se dizer que essas tecnologias são fundamentais a melhoria da qualidade e da continuidade dos cuidados aos pacientes. Segundo a American Nurses Association a informática em enfermagem é uma espe-

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cialidade que integra diferentes ciências, tais como a enfermagem, a computação e a informação. Permite padronizar a documentação, melhorar a comunicação, apoiar o processo de tomada de decisão, desenvolver e disseminar novos conhecimentos, aumentar a qualidade, a efetividade e a eficiência dos cuidados em saúde, conferindo maior poder de escolha aos clientes e fomentando o progresso em enfermagem. Dessa conjunção surge o conceito da gestão em cuidados de enfermagem, que consiste em um conjunto de atitudes do enfermeiro que visa manter a coerência entre o discurso e a ação, junto da equipe de enfermagem, e cujo objetivo é o cuidado terapêutico às pessoas em sofrimento físico, psíquico e social que procuram e necessitam de atenção especializada. É nesse contexto que podemos afirmar que os avanços tecnológicos e a especialização dos recursos humanos só são possíveis através de uma interação entre os membros que constituem a organização e para tal, é necessário que haja um sistema integrado que permita concentrar informações, possibilitando o planeamento para que se possam tomar decisões. Uma das grandes vantagens que as tecnologias da informação trazem para o profissional de enfermagem é a facilidade de divulgação e pesquisa de conhecimento, possibilitar a participação em a palestras e congressos virtuais, viabilizar a troca de experiências com profissionais de todas as partes do mundo via rede de computador , entre outras atividades. Isso permite que o profissional mantenha-se atualizado com as mais recentes pesquisas, sem a necessidade de deslocamento para isso. Dessa forma, a tecnologia da

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informação adquiriu fundamental importância em todo esse processo gerencial, agregando qualidade, retorno financeiro, segurança, agilidade, análise de resultados, apoio as decisões, contemplando todo o gerenciamento das informações no ambiente hospitalar. Especificamente no segmento de enfermagem, o uso da TI promoveu uma significativa redução no tempo gasto com a elaboração dos documentos de rotina, além de conferir maior precisão e detalhamento das informações. É importante ressaltar que existe atualmente no mercado uma vasta oferta de programas de gestão, que oferecem as devidas ferramentas que facilitam o trabalho burocrático da equipe de enfermagem que, consequentemente, fica liberada para exercer com maior precisão sua função específica. Outro aspecto importante promovido pelo advento da TI é o desenvolvimento da telemedicina, que além de permitir o monitoramento remoto do quadro dos pacientes, viabiliza também a troca de informações e opiniões com outros centros de saúde, garantindo uma maior qualidade do serviço de saúde. Assim, a telemedicina permite ao profissional ampliar sua área de atuação, ao mesmo tempo que reduz os custos para o interessado. Em outras situações, o profissional pode realizar exames complexos com a supervisão remota de um outro especialista em tempo real. Evidentemente, tosa moeda possui duas faces, e o mesmo acontece neste caso. Um dos fatores que geram maior desconforto no uso da TI é a questão da segurança dos dados do paciente. A confiabilidade, o sigilo e a privacidade dos dados do paciente precisam ser protegidos a qualquer custo. Embora tenhamos diversos relatos de violação dessas garantias, é importante que as equipes gerenciais assegurem tanto aos colaboradores da enfermagem quanto aos pacientes a garantia da inviolabilidade dessas informações. Por isso mesmo, a cada dia são desenvolvidas ferramentas que cuidem de assegurar essa característica, evitando assim, o mau uso das informações.

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Entidades de Saúde – No Brasil

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ocado no atendimento hospitalar absolutamente humanizado, a cidade de Anápolis recebeu no primeiro semestre do ano o Ânima Centro Hospitalar. Com 100 leitos de internação e uma UTI moderna e completamente equipada, a unidade hospitalar tem como lema “tratar o indivíduo como alguém que tem alma, não simplesmente um corpo doente”. Seus 13500 m2 estão divididos em 11 salas de cirurgia; pronto atendimento adulto e infantil; três Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), perfazendo 20 leitos; 100 leitos de internação; centro médico com 32 consultórios; laboratório próprio; centro diagnóstico completo com ressonância magnética, tomografia computadorizada, raio-X, ultrassonografia , mamografia, dentre outros exames em diversas especialidades, além de 200 vagas de estacionamento. Localizado no andar térreo 1, o serviço de pronto atendimento adulto e pediátrico possui acesso externo exclusivo, com comunicação interna com as demais dependências do hospital. A unidade oferece serviços de alta e média complexidade, e conta com equipamentos de última geração que possibilitam intervenções imediatas em doenças e a redução de morbimortalidades em infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

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Conta também com uma estrutura completa para a realização de procedimentos de quimioterapia oferecendo todo o suporte e conforto necessário para um tratamento eficiente e de qualidade. Para facilitar a gestão de todo o complexo, o Ânima Centro Hospitalar optou em utilizar a solução SGH da empresa SPDATA por se tratar de um sistema bem consolidado com presença nacional com quase 30 anos no mercado e por ter uma representatividade na cidade de Anápolis. O fato do sistema SGH ser integrado, foi fator decisivo na escolha da solução considerando que os processos foram bem estruturados e porque o ERP é fundamental para alcançar os resultados esperados. O objetivo dos gestores foi buscar um sistema completo e que contasse com uma estrutura suficiente para implantar os conceitos de trabalho no hospital, considerando que o Ânima estava ainda em fase de construção à época da aquisição, e a entidade tinha uma preocupação de que os resultados esperados fossem alcançados com a informatização através de um bom sistema de gestão. Sua infraestrutura de TI conta com servidores e computadores de última geração com capacidade de escalar conforme o crescimento das demandas do hospital, plataforma web para gerenciamento das ordens de serviços com SLAs (Service Level Agreement) definidos e baseados nas melhores práticas de gerenciamento de serviços de TI ITIL (Information Technology Infrastructure Library). A segurança do paciente é fator determinante em todos os aspectos, a começar pelas informações, desde o momento que o paciente realiza o

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agendamento da consulta ou procedimentos, na chegada ao atendimento com profissionais capacitados para atender e melhor orientar. Dos recursos tecnológicos implantados no ERP podemos destacar o PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente) em todo hospital desde o PA até a UTI onde os médicos têm um acesso rápido as informações históricas dos pacientes. No centro de diagnóstico um sistema de PACS (Picture Archiving and Communication System Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens) possibilita o gerenciamento dos exames de imagens, além de uma plataforma de laudos a distância web para os médicos radiologistas. No PA e centro médico conta com o processo de Autorização / Elegibilidade online junto aos convênios, além de exames laboratoriais com interfaceamento e integrados. O hospital possui também uma agência transfucional implantada conforme portaria 158 da Anvisa. Os procedimentos cirúrgicos são planejados com a antecipação dos kits que serão utilizados e reservados com antecedência. Um painel de monitoramento das cirurgias e mapa cirúrgico online para a equipe envolvida confere maior qualidade de organização às várias etapas do processo. Dando suporte a todas as equipes envolvidas, o hospital dispõe ainda de uma farmácia central e satélites, e todos os medicamentos são rastreados e integrados ao prontuário, enquanto que as prescrições médicas são monitoradas através de painéis em tempo real. Além dos registros clínicos e monitoramento dos cuidados a assistência tem uma parte importantíssima que é a questão administrativa, para a qual são estritamente seguidas as regras de faturamento em conformidade com as regulamentações da ANS (TISS - Troca de Informações na Saúde Suplementar), agilidade no faturamento de contas para apresentação aos convênios e pagamento na alta do paciente. Todo o sistema contempla o processo de integração das áreas financeiras, contabilidade, custos, e folha de pagamento, promovendo uma efetividade e assertividade no processo de gestão da instituição, que possibilita o acompanhamento dos indicadores de desempenho e não conformidades em tempo hábil, além de atender as demandas legais no prazo correto.

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Atualidades

E envelhecimento da população da América Latina alimenta a saúde doméstica conectada

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América Latina é a região do mundo que apresenta o mais rápido índice de envelhecimento, e estima-se que o número de pessoas com até 60 anos deva chegar a 130 milhões até 2055. A triplicação da população idosa da região até a metade do século, combinada a um crescimento sem precedentes das taxas de doenças crônicas, espera-se que aumentem o mercado de saúde domiciliar na ordem de 9% da

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CAGR (Taxa Composta de Crescimento Anual) até 2020 Uma população idosa, que é acometida por múltiplas doenças, está provocando uma mudança no mercado de homecare, no sentido de um modelo de cuidado mais pessoal e de precisão. A empresa de telemedicina AccuHealth está demonstrando o poder das parceiras público-privadas, do monitoramento remoto de pacientes (MRP), e dados preditivos para melhorar os resultados e reduzir os custos em condições como doenças cardiovasculares e respiratórias, pela sim-

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ples diminuição das idas aos postos de pronto-atendimento. Ao mesmo tempo, tratamentos de hemodiálise realizados no ambiente doméstico podem ajudar a reduzir a carga na infraestrutura hospitalar e ao mesmo tempo melhorar o resultado do tratamento. Atualmente, a penetração das soluções de homecare é mais alta no Brasil, Chile, Argentina e Colômbia, e deverá aumentar consideravelmente no México, nos próximos anos . A previsão é que o mercado latino-americano de homecare alcance a cifra de US $ 17,5 bilhões até 2020, preponderantemente concentrado

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Atualidades

no Brasil e México, auxiliado pelo crescente mercado de tecnologias conectados incorporadas. Os idosos brasileiros estão cada vez mais insalubres: com uma população de cerca de 200 milhões, e um elevado grau de urbanização, o Brasil sozinho corresponde a 35% do mercado regional de homecare. O fardo econômico das doenças não contagiosas tais como diabetes e hipertensão estão em ascensão. Somente o custo da obesidade deve atingir a faixa de US$ 8,7 bilhões até 2050, quando em 2010 era da ordem de US$ 5 bilhões. A Estratégia de Saúde da Família (ESF), programa lançado em 2014, atende a comunidades de baixo poder aquisitivo, fornecendo serviços de homecare para idosos. Isso permite que os pacientes permaneçam conectados a cuidadores de confiança, evitando o custo de estadias hospitalares adicionais. A população pensionável do Brasil, em comparação com a população em idade ativa, quase dobrará de 8,8% para 2005 para 16,3% até 2025, aumentando a pressão sobre o sistema de saúde

pública, uma vez que a taxa de contribuições sociais versus as retiradas muda desfavoravelmente. Previsão da Idade da População Latinoamericana – Fonte: Global Health Intelligence. No México, a elevada taxa de auto-pagamento atinge fortemente os idosos: O país é o lar da população idosa mais rapidamente envelhecida da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e da mais alta taxa de despesa de desembolso, na ordem de 45 a 50% do gasto total em saúde, o que significa que os indivíduos sentem a necessidade de visitar clínicas privadas apesar da cobertura quase universal. O México é também detentor da mais elevada taxa de obesidade da América Latina, afetando 33% da população adulta, cada um dos quais gera um gasto adicional de US$ 892 por ano despesas médicas. Segundo análises, os pensionistas dependentes, em percentagem da população de 8,3% em 2000 em idade

ativa, crescerão para 13,1% em 2025. O maior acesso aos cuidados domiciliares poderia substancialmente melhorar o fraco desempenho do país em certos indicadores, como uma taxa de sobrevivência inferior a 70% no mês seguinte a um ataque cardíaco e uma estagnante taxa de 80% de sobrevivência após um acidente vascular cerebral. Espera-se que o mercado de sensores portáteis do México atinja US $ 3,0 milhões até 2018 em um CAGR (Compound Annual Growth Rate, ou Taxa de Crescimento Anual Composta) de 40%, criando um potencial ecossistema de dispositivos para auxiliar em casa. O desafio único dos cuidados na Colômbia: A Colômbia enfrenta um desafio com relação à saúde dos idosos que é particularmente intenso e dispendioso no quesito mão-de-obra: apresenta a maior taxa de doença de Alzheimer de início precoce no mundo. Esta doença terminal deverá afetar quase 700.000 colombianos até 2030 devido à prevalência de uma infeliz mutação genética.

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Atualidades

“A AccuHealth atualmente monitora, 24 horas por dia, 9.000 pacientes em casa, que sofrem de uma ou mais doenças crônicas, muitas destas pessoas vivem em áreas remotas sem acesso a uma clínica local”

Telemedicina provando seu caso no Chile e além: a empresa chilena de telemedicina AccuHealth, pioneira nesse segmento na América Latina, começou como piloto com o sistema nacional de saúde em 2014. A AccuHealth atualmente monitora, 24 horas por dia, 9.000 pacientes em casa, que sofrem de uma ou mais doenças crônicas, muitas destas pessoas vivem em áreas remotas sem acesso a uma clínica local. O monitoramento constante e as tecnologias preditivas identificam as tendências antes de ocorrer uma crise, evitando hospitalizações e diminuindo a carga de custo anual em média US$ 4.500 por pessoa. A AccuHealth agora apoia o sistema colombiano de saúde pública e pretende agregar um milhão de pacientes em toda a América Latina até 2020 no México, Brasil e Argentina. Com os olhos no futuro: A América Latina irá adotar sistemas de homecare habilitados para tecnologia com o objetivo de reduzir os custos do serviço. Os gastos regionais de serviço de saúde aumentam gradativamente com a população enve-

lhecida atendida pelo sistema público de saúde e que sofre de uma crescente prevalência de doenças crônicas. Essas realidades demandam uma mudança de foco do cuidado agudo para as ações de prevenção e monitoramento. A combinação entre a crescente demanda de atendimento domiciliar, a ampla conectividade proveniente do aumento da penetração da internet doméstica e móvel, e um forte crescimento anual de 21% no mercado de tecnologias globais conectadas incorporadas tornarão a monitorização remota dos pacientes cada vez mais viável e econômica. As pressões fiscais podem criar um “efeito benéfico”, impulsionando a adoção latino-americana de telemedicina mais rápido do que nos mercados de saúde mais desenvolvidos como a América do Norte e criando um centro regional para as empresas digitais, redefinindo o panorama dos cuidados médicos. Guillaume Corpart é diretor geral, e Adalberto Correa é gerente de expansão da Global Health Intelligence (www. globalhealthintelligence.com).

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Tecnologia

Colas Cirúrgicas de Cianoacrilato: O Futuro do Fechamento de Feridas

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s colas de cianocrilato têm sido usadas com resultados satisfatórios em diversos tipos de procedimentos de variados campos da medicina - desde a cirurgia abdominal à neurocirurgia, da cirurgia maxilar à cirurgia plástica, tanto dentro de emergências como na obstetrícia, entre outras - além dos diversos estudos clínicos e pesquisas sobre suas vantagens em relação à sutura e a outros tipos de adesivo, então por que esse método ainda não é comum no Brasil? A reposta mais comum a essa pergunta é o elevado custo de compra das mesmas, mas se formos analisar o custo-benefício, embora o preço de compra inicial da cola cirúrgica possa ser marginalmente maior do que o tradicional com suturas ou grampos, isto pode ser equilibrado considerando-se as economias com curativos secundários, tempo necessário para remover suturas ou grampos, assim como o desneces-

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sário retorno para retirada dos pontos, melhor resultado cosmético, rapidez e menor risco de infecção.

COMO A COLA DIMINUI O RISCO DE INFECÇÃO? A cola polimeriza a ferida de forma semi-oclusiva, criando um curativo que proporciona uma barreira antimicrobiana resistente à água. Além do mais, a visualização sem obstáculos e contínua da ferida no período pós-operatório é permitida e com isso, um acompanhamento mais detalhado é facilitado. Os pacientes também experimentam menos desconforto ao redor da ferida, devido à ausência de um curativo tradicional.

PACIENTES E MÉDICOS, A OPINIÃO DIVERGE? A experiência em diversos hospitais gerou relatórios indicando que houve uma maior satisfação do paciente com fechamento de cianoacrilato em relação ao fechamento de sutura tradicional, particularmente em pacientes que já tinham fechado feridas com sutura anteriormente.

MAS PORQUE ISSO? O melhor resultado cosmético, o não uso de agulhas para anestesias

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ou suturas e o desnecessário retorno para retirar os pontos são os principais motivos da maior satisfação em relação ao procedimento padrão de fechamento de feridas. Já os profissionais, concordam que a aplicação dos cianoacrilatos é relativamente mais rápido e fácil, se comparada à sutura tradicional. Além de apresentar melhor custo-benefício e menor risco de intercorrências. “O uso da cola cirúrgica já é viável para o fechamento de feridas. Além de menor trauma para o paciente, proporciona maior qualidade ao serviço de saúde e melhor imagem do hospital que usa esse tipo de tecnologia”. – Diz Almir Vargas CEO da Bioargo Group, importadora e distribuidora exclusiva da Liquiband – líder no mercado internacional de cola cirúrgica.

PRINCIPAIS VANTAGENS E DIFERENCIAIS Outras vantagens se compararmos à utilização da cola de cianoacrilato com os métodos tradicionais? 1. Não há risco de eclosão da sutura e de marcas ou cicatrizes de grampos; 2. Oclusivo por meio de uma barreira antimicrobiana e impermeável;

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Tecnologia

3. Não-invasivo: menos trauma de tecido com menos reação inflamatória; 4. Sem remoção posterior do grampo ou sutura não absorvível; 5. Rápida curva de aprendizagem; 6. eduz a necessidade de produtos de assepsia; 7. Melhor custo-benefício - Nenhuma exigência de curativos secundários, elimina a consulta para retirada de pontos e o custo de remoção da sutura ou grampos e o aumento de custo proporcionado por casos de cicatrização retardada ; 8. No caso de uso na emergência: menor trauma, menos dor, mais rapidez e facilidade, principalmente com pacientes mais difíceis e crianças, sem necessidade de anestesia, pontos e retorno para retirada destes; 9. Demora aproximadamente metade do tempo necessário para fechamento com sutura – Exemplo: Liquiband fecha a ferida, secando em apenas 10 segundos. O uso das colas de cianoacrilato é sem dúvida uma ferramenta a ser adotada em maior escala no Brasil e representa a evolução da prática médica e melhor satisfação dos pacientes.

REFERÊNCIAS TÉCNICAS Get Stuck In! Hands On Experiences With Surgical Skin Glue Reprint from Obs & Gynae Product News (Pg 24-28) Issue 14: January/February 2007 Pelican Magazines Ltd. Report on Comparing N-butyl Cyanoacrylate Skin Adhesive Wound Closure Strength Against Competitors. M059 VR 180. Naz et al. (1997) Evaluation of a new tissue adhesive for closure of Laparoscopic surgical incision in day surgery: The Journal of One Day Surgery VOL 17:3 Where does it say secure? Osmond MH, Klassen TP, Quinn JV. Economic comparison of a tissue adhesive and suturing in the repair of pediatric facial lacerations. J Pediatric 1995;126(6):892-5. Jan H., Waters N., Haines P., Kent A. LiquiBand® Surgical S topical adhesive versus sutures for the closure of laparoscopic wounds. A randomized controlled trial. Gynecological Surgery. 2013;10(4):247–252. doi: 10.1007/s10397-013-0805-5. Souza SC, Briglia CH. Estudo comparativo entre etilcianoacrilato e sutura intradérmica no fechamento de excisões cutâneas. Rev. Bras. Cir. Plást.2011;26(4):566-572 Singer AJ, Thode HC Jr. A review of the literature on octylcyanoacrylate tissue adhesive. Am J Surg. 2004;187(2):238-48. D’Assumpção EA. Cola de cianoacrilato de baixo custo em cirurgia plástica. Rev Soc Bras Cir Plast. 2008;23(1):22-5. Weinzweig J. Plastic surgery: secrets plus. 2nd ed. Philadelphia: Mosby Elsevier; 2010. Avelar JM. Contribuições à cirurgia plástica. São Paulo: Hipócrates; 2001. Dias GA. Antibioticoterapia profilática e/ou terapêutica em pacientes submetidos à cirurgia plástica estética: uma necessidade? Rev Bras Cir Plast. 2010;25(3):423-7. Ferreira MC. Cirurgia plástica estética: avaliação de resultados. Rev Soc Bras Cir Plast. 2000;15(1):55-61. Para mais informações, entre em contato através do telefone (21)262155-65 ou do e-mail info@bioargo.com.

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Enfermagem

Tecnologia ajuda hospitais a detectar “superbactérias”

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surgimento das chamadas “super Bactérias”, micróbios com uma elevada resistência, tem sido um fator aterrorizante nos serviços de saúde em todo o mundo, e não

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menos no Brasil. As super bactérias são causadoras de doenças (patogenias), apresentam resistência a múltiplos antibióticos e podem ser capazes de transferir tal resistência a outras bactérias. As “superbactérias” são consideradas a próxima grande ameaça global em saú-

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de pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Até 50% das prescrições de antibióticos são feitas incorretamente, quando não são necessárias ou em uma dosagem ou duração incorreta, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. Por isso, diz o CDC, o uso indiscriminado de antibióticos é o fator mais importante para o desenvolvimento de bactérias resistentes em todo o mundo. Os hospitais – principalmente os centros cirúrgicos e UTIs – são os locais mais comuns onde as super bactérias se desenvolvem e disseminam. Isso ocorre em função de um conjunto de fatores e os pacientes costumam apresentar um quadro de maior suscetibilidade. Caso o processo cirúrgico e os cuidados aos pacientes não sigam com rigor os procedimentos de higienização e desinfecção de instrumen-

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Enfermagem

tos, pode haver a disseminação e rápido desenvolvimento dessas super bactérias. Programas para controle do uso de antibióticos (chamados Antimicrobial Stewardship Program – ASM) são iniciativas que começaram nos anos 2000 e se tornaram comuns na Europa e nos Estados Unidos com a preocupação crescente sobre super bactérias. No Brasil, também não são novos, mas ainda estão em fase inicial. O objetivo é que os médicos usem antibióticos de maneira mais precisa e assertiva. Quanto mais se usa um antibiótico sem necessidade, maior o risco de se criar uma super bactéria. Para o combate efetivo e eficiente a esses patógenos, é de suma importância que as entidades consigam identificar com rapidez e segurança esses micro-organismos e determinar seu grau de resistência aos agentes antimicrobianos. Para combater infecções resistentes, não adianta prescrever qualquer antibiótico: é preciso identificar qual é o tipo bactéria antes de tratar. “Prevenir e tratar infecções de forma eficaz é fundamental, porque o uso excessivo ou parcial e sem

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direcionamento correto dos medicamentos seleciona as bactérias mais fortes, em um círculo vicioso”, disse a Dra. Mirtes Sales, médica gerente do Laboratório Clínico da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, advertindo para a prescrição indiscriminada de antibióticos. No Brasil, o Ministério da Saúde elabora um plano nacional de combate a bactérias resistentes, para fortalecer o conhecimento científico sobre o tema, expandir a rede de saneamento básico no país e ajudar a prevenir infecções. Dentro desse contexto, um dos maiores objetivos do laboratório de microbiologia é fornecer resultados mais acurados e confiáveis, propiciando que o tempo de resposta ao paciente seja o mais rápido possível. Para tando, a BD desenvolveu o Phoenix M50, que traduz todas as necessidades dessa equipe de forma automatizada, entregando o resultado de identificação e teste de sensibilidade a antimicrobianos de microrganismos clinicamente relevantes. O sistema fornece ao laboratório melhorias no fluxo de trabalho, flexibilidade e aumento da produtividade.

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Associado ao BD Epicenter™, um poderoso software para gerenciamento de dados do laboratório de microbiologia, o BD Phoenix M50™ aumenta a habilidade do laboratório em analisar a carga de trabalho dos funcionários, as tendências de testes e exames, as taxas de infecção e resistência a antimicrobianos, além de gerar, analisar e organizar dados epidemiológicos de acordo com as necessidades do laboratório, de departamentos como a SCIH e da instituição como um todo. “Para atender às necessidades específicas do Brasil, a BD conta com um portfólio de testes de sensibilidade, desenvolvidos a partir de pesquisas locais”, disse Loren Paschoal, mestre em Microbiologia e supervisora científica da BD, empresa global de tecnologia médica que fabrica o BD Phoenix™ M50. Compacto, o equipamento orienta o tratamento médico e evita uso inapropriado de antibióticos ganhos de produtividade para laboratórios e hospitais. BD www.bd.com.br

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Gestão

RDC 50, aviões, ambientes de saúde A preparação de ambientes de saúde demanda uma série de avaliações e testes realistas, que são comentados a seguir por Lauro Miquelin

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RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 50 2002 está em revisão. Marcio Borsio e a equipe do Ministério da Saúde convidaram-me para uma das oficinas de atualização da RDC. Antônio Carlos Cascão, representando a ANHAP/Sirio Libanês e Guilherme Xavier, a ABDEH trabalharam na mesma oficina. Ao final da jornada, minhas reflexões foram: a) RDC revisada pode ser mais útil (do que já é) para a segurança dos

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usuários dos ambientes de saúde se os técnicos da Anvisa usarem-na menos como “material didático” de orientação aos Projetistas e Gestores e mais como Check List de “Comissionamento dos Ambientes de Saúde (prontos)”. A RDC já faz referências a indicadores mensuráveis de segurança e condições ambientais – que estressam o metabolismo dos usuários. Minha sugestão é que, se os indicadores mensuráveis não forem detectados, homologação não saia. No leito, esperando uma cirurgia, você, paciente, seus acompanhantes e cuidadores não querem saber da

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aplicação da RDC no projeto: querem pessoas com conhecimentos e atitudes, processos e tecnologias em ambientes que promovam segurança e conforto no atendimento para retornar ao melhor patamar de bem estar que lhe é possível na sua condição. b) A cadeia produtiva de design, fabricação e homologação de aviões (e afins) pode ser uma referência para a atualização da RDC (e de sua aplicação) se quisermos que: b.1) O sistema seja tão seguro para o usuário final do ambiente de saúde quanto para os usuários da aviação, b.2) Que os protagonistas da cadeia de produção e homologação possam assumir suas responsabilidades e receber as penalidades pelas não-conformidades. c.) No Ciclo de Homologação de Ambientes de Saúde, minha proposta é que a Anvisa concentre 95% das horas de seus profissionais na avaliação do desempenho dos ambientes através de acompanhamento de “Simulação Realística” do atendimento. A “Simulação” seria o correspondente do “Vôo Teste do Protótipo Aeronáutico”. E teria a vantagem de não causar a morte de pilotos e engenheiros de vôo em caso de erro. Mas, por outro lado, os profissionais e organizações protagonistas da cadeia de produção e homologação assumiriam mais responsabilidade pelo desempenho dos recursos de atendimento; e pelos custos de corrigir as Não-conformidades.

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Gestão

O novo sistema seria um importante instrumento de melhoria da segurança do atendimento e da redução da permissividade com erros do sistema atual de homologação. Os custos de correção não seriam maiores que os atuais – como demonstro no meu esboço abaixo. E os usuários – a vida em movimento nos ambientes – ficariam muito mais seguros. 1) A RDC, desde sua origem (“Portaria 400” e “Normas e Padrões”), contribuiu bastante para a melhoria dos edifícios e aderência das Organizações de Saúde as Boas Práticas de Atendimento. 2) Normas, Leis e Recomendações, desde o Código de Hamurabi, são essenciais para a vida em comunidade. No entanto, minha impressão é que desrespeitos à RDC raramente têm gerado punições: quem teria coragem de fechar um local de atendimento quando não há outro? Quem processaria profissionais portadores de Creas, Caus, CRMS, Co-

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rens, Cras, CRF por não cumprir a RDC, quando, de alguma forma, produzem e atendem nos ambientes de saúde? Quem puniria os poucos funcionários da Anvisa que não honram a marca de “servidores públicos” atrasando processos de homologação nos muitos dos 5570 municípios que não tem recursos para a fiscalização de aspectos básicos? Há inúmeras “justificativas” para a permissividade e impunidade. Por outro lado, impunidade normalmente adoece o tecido social como vemos desde 1500. 3) O papel do projeto é especificar desempenho dos processos – e simular a “vida em movimento”, como gosto de chamar – e do ambiente (prédio, equipamentos, mobiliário, ativos de TI) que abriga esta vida. No sistema atual, ha técnicos da Anvisa que orientam projetistas e agentes de investimento na tentativa de escoltá-los ao sucesso, pelo menos na fase do Projeto. Mas há, não raro, processos que estendem-se por 1, 2 ... 3 anos (!) ..

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Eu compararia estes processos, sendo benevolente, com “cursos de pós graduação” para todos os protagonistas; mas com grandes períodos de folga dos alunos. E tudo pago com os impostos, até para quem pode pagar cursos de inovação na Singularity University. Não obstante a “boa intenção” que noto em vários casos, cursos, alunos e professores não seriam bem avaliados pelo paciente aguardando o atendimento num futuro sonhado. Ou pelos profissionais de saúde que se veem atuando em ambientes de alto risco. Digamos que um dos papéis da Anvisa seja mesmo ensinar projetistas e agentes de investimento; e que a sociedade tivesse debatido e se convencido de que afinal, os desperdícios evitados no planejamento compensam as perdas da correção dos erros e que, assim, seria justo usar dinheiro dos impostos neste ensino gratuito, até para quem pode pagar. O problema: 3.1) O projeto é o produto de um contrato pelo qual profissionais

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Gestão

assumem as responsabilidades. Se há erros, os protagonistas do Contrato devem se responsabilizar por consertar. Porque a sociedade deve pagar pela prevenção e pelos erros, quando ocorrem? 3.2) Projeto é só um dos passos do ciclo de produção até o ambiente pronto e funcionando. O caminho até a entrega do ambiente pronto para funcionar é complexo e a Anvisa não administra – numa sociedade democrática – está escalada (design, construção, instalação de ativos e simulação para início do atendimento) até a inauguração. Focar 90% da atenção no projeto – minha percepção da situação atual – não garante redução de riscos e ou redução de desperdício. 3.3) Nas avaliações e tutorias de Promessas de Processos e Desempenho do Ambiente,

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a RDC ainda é muito usada para análise de “presença e dimensão de salas”. Mas homologar projeto de saúde pela presença e metragem dos ambientes é como autorizar o vôo do avião pela presença de componentes e tamanho; esta abordagem – lista de ambientes e m2 – analisa e talvez evite Não Conformidades em itens que representam 20% dos investimentos totais. Sistemas de instalações e instalação de tecnologias e outros ativos representam 50% dos custos totais de investimento: não têm merecido a mesma atenção, seja por limites de estrutura ou formação das equipes da Anvisa. E promessas de desempenho de processos – a vida em movimento – impactam em custos operacionais que representam múltiplos do capital investido em ativos. 3.4) A resposta pronta que ouço de alguns colegas para solução destes problemas é

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“empreguemos nos órgãos de controle mais profissionais e melhor capacitados nas áreas de tecnologias e instalações” (considerando que o número atual de arquitetos e especialistas em processos estivesse adequado à demanda) 3.5) Como cidadão, não gostaria de manter a atual carga de impostos para continuar pagando os cursos de pós graduação; nem gostaria de aumentar para empregar mais profissionais no processo de homologação de projetos. Como SHERPA rodado (Guia dos Expedicionários ao Everest. Ele planeja os melhores caminhos e os realiza, carregando as maiores cargas, zelando pela segurança), tenho outra sugestão: 3.5.1) Olhemos para os aviões e, 3.5.2) Mudemos nosso comportamento individual em relação a permissividade na punição de danos, devidamente comprovados.

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Gestão

4) Fabricantes de aviões e organizações de controle da segurança da aviação são rigorosos com a gestão do ciclo de design, construção e homologação de aviões, peças e partes. Na aviação, o projeto também é avaliado para homologação ou não. No processo de homologação, o esforço principal dos organismos de fiscalização concentra-se na medição de indicadores de desempenho (de segurança) do protótipo do avião e na avaliação da capacidade das tripulações voarem com segurança. Se o protótipo não demonstra desempenho seguro, não há homologação e os investidores têm que corrigir as falhas. Se cair em vôo teste, piloto, co-piloto e engenharia de voo morrem. E a empresa perde milhões investidos no protótipo. Sugiro aplicar na saúde o mesmo rigor, princípios de controle e modelo de relacionamento entre os profissionais das agências e os produtores; afinal,

empreendimentos de saúde são bem mais numerosos e presentes na vida dos 205 milhões de brasileiros do que equipamentos pra voar. E seu uso, pela Constituição de 1988, é facultado aos 205 milhões. Recomendo ainda que para a homologação de projetos dos ambientes de saúde o “teste de protótipo” seja uma “simulação realística” dos processos de atendimento. Seria a demonstração – para a Anvisa que os processos – a vida em movimento – e os ambientes que estavam escondidos nas promessas do design e engenharia dos edifícios atingirão os patamares de segurança de “vôo” que todos precisamos. Caso os erros apareçam no “vôo teste”, ninguém morre mas os agentes assumem suas responsabilidades: agentes de investimento, projetistas, construtores, instaladores de equipamentos e gestores responsáveis pelos processos, e profissionais da Anvisa, que atestam a homologação final para uso. 5) Sugiro então, evoluir o sistema de homologação de projetos e

ambientes já prontos para um modelo no qual se cobre mais responsabilidade dos agentes de produção dos ambientes de saúde; e deixando a Anvisa mais focada no trabalho de fiscalização do desempenho do ambiente pronto e funcionando São duas linhas de ação: 5.a) Atualizar a RDC a cada quatro anos, focando em metas de desempenho do ambiente de trabalho para aumentar segurança e conforto ambiental para redução de estresse do metabolismo humano; seja pra Neymar ou Stephen Hawking. JÁ existem na RDC referências a estas metas e normas que as contém. 5.b) Mudar o sistema de homologação para um método de cinco etapas. Mas isso é tema para o próximo artigo. Lauro Miquelin é arquiteto e CEO da L+M.

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Inspiração

Dr Joji Ueno: esforço e determinação para alcançar seus objetivos

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escendente de imigrantes japoneses que se deslocaram para o noroeste do Estado de São Paulo Joji Ueno vivia em um pequeno sítio, onde seus avós e pais produziam café e onde cursou o início do ensino fundamental. Depois disso, a família mudou-se para São Paulo em busca de melhores condições de educação. Dr Ueno lembra com orgulho que seus pais conseguiram formar os cinco filhos em cursos superiores, e que todos ganham a vida com que estudaram na faculdade. “Sempre me destaquei pelas boas notas na escola. Por conta disto, me diziam que seria médico. Mas, não fazia parte de meu sonho ou realidade. A decisão pela medicina ocorreu no final do Colégio (nível médio) pela opção de mudar o rumo da vida, buscar novos desafios” recorda. Terminado o ensino fundamental, ele conta que ingressou em um curso de eletrônica, pois imaginava que pudesse precisar vir a trabalhar para ajudar na renda familiar, o que não se concretizou. Ao final das etapas do curso fundamental havia definido que optaria pela medicina pelas possibilidades de excelentes perspectivas profissionais, pela viabilidade de

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escolhas em diferentes áreas de atuação e pelo desafio de passar no vestibular. “Ainda não achava que gostava de ser médico. Passei no vestibular de diversas escolas médicas logo no primeiro ano de cursinho. Optei pela Santa Casa de SP. Não sabia qual especialidade iria fazer”, recorda o médico. Já na metade do curso de medicina, o profissional passou em dois concursos para estagiar em maternidades escolas (Casa Maternal e Cachoeirinha). “Isto me fez pegar gosto pela ginecologia e obstetrícia, percebi que o que gostava era trazer a felicidade. Adorava fazer partos e ver a alegria dos pais ao ver a criança. Por outro lado, pensava que a vida de obstetra não seria fácil por ter que ter total disponibilidade de horários do dia ou da noite para realizar os partos”, conta. E a saga continua: “Fiz a Residência em Ginecologia e Obstetrícia, concluído em 1985. Naquela época o Prof. Dr, Nilton Nakamura conseguiu “fazer” o primeiro “bebê de proveta” no Brasil. Este fato foi inspirador para eu focar minha carreira na Reprodução Humana. Gostava da ideia de realizar o sonho dos casais inférteis, trazer a felicidade e mudar a vida das pessoas. Achava mágico poder colaborar com o surgimento da vida”. Dr Ueno explica que seu maior desafio foi aprender Fertilização in vitro (FIV) numa época em que somente dois médicos eram detentores da tecnologia. Teria que ir para o exterior. Após a conclusão da Residência, iniciou a formação em Reprodução Humana e trabalhou bastante para ter recurso para estudar nos Estados Unidos. “Fui para aprender Laboratório de Reprodução Assistida no Huntington Reproductive Center e tive a honra de estudar no The Jones Institute for Reproductive Medicine em Norfolk (EUA), serviço pioneiro em FIV nos EUA e maior Centro de Reprodução Assistida do Mundo, liderados pelo casal Howarde Georgeanna Jones, professores do inglês Robert G. Edwards (prêmio Nobel de medicina de 2010), que conseguiu o nascimento do primeiro bebe produto de FIV no mundo” orgulha-se. Ao retornar para o Brasil, conseguiu organizar o Laboratório de Reprodução Assistida do Hospital das Clinicas da Fa-

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culdade de Medicina da USP (FMUSP) e ajudar a realizar a FIV que possibilitou o nascimento do primeiro bebe de proveta em instituição pública no Brasil (1991), tendo sido responsável pela parte laboratorial do processo. Depois de muito trabalho e pesquisa em diversas instituições, fundou o Instituto de Ensino e Pesquisa e Medicina Reprodutiva de São Paulo (Instituto GERA). “Hoje, estamos ampliando a parte assistencial com o Projeto Girassol (com custo acessível), a Clínica GERA (sede na cidade de São Paulo e filial em Campo Grande, MS), o instituto GERA (diversos cursos para médicos e outros profissionais na área de reprodução humana). Em 2016 ocorreu o primeiro concurso de Área de Atuação em Reprodução Assistida, a Clínica GERA conseguiu obter 4 dos 60 títulos, feito importante, haja vista que no Brasil existem mais de 200 clínicas. Dr Ueno salienta que um ponto marcante de sua carreira foi conseguir ir especializar-se nos EUA com recursos próprios, numa época (1989) que poucos médicos faziam isto e sem apadrinhamentos ou orientações de colegas mais experientes. “Foi conseguido com muita determinação, persistência e foco no objetivo. Assim, consegui ser um ginecologista reconhecido”, salienta. O médico afirma que sua carreira propiciou-lhe tudo que tem: realização profissional com reconhecimento dos colegas que o têm como referência e fazem seus cursos, oriundos de diversas partes do Brasil, alguns países da América do Sul e Angola, além da estabilidade financeira e qualidade de vida. Orgulhoso de sua história, ele finaliza: “Ser médico será uma atividade cada vez comum, sem o glamour que muitos imaginam. Isto por conta da quantidade de médicos que serão formados, com estas centenas de escolas médicas inauguradas. Mas, ainda é uma excelente profissão pelo leque grande de opções. É necessária determinação, foco, planejamento para se diferenciar. Assim, é importante gostar muito do que fará”. Dr Joji Ueno é médico ginecologista, especializado em reprodução assistida, e diretor/fundador da Clínica Gera.

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Inspiração

Antonio Oclacio de Freitas: pé no chão e gestão pelo exemplo Conheça a história de um dos responsáveis pelo sucesso da RWR, importante fornecedora de materiais hospitalares

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frente da diretoria industrial da RWR, Antonio Oclacio de Freitas, é técnico em mecânica, tendo iniciado suas atividades profissionais em 1971 na ferramentaria de uma das maiores empresas brasileira de equipamentos médicos. Em pouco tempo passou a trabalhar no setor de projetos e desenvolvimento de produtos. “Durante 15 anos trabalhando nesta sempre aproveitando bem a oportunidade recebida, adquiri conhecimentos, o que me encorajou a ingressar no mercado e enfrentar novos desafios no mesmo ramo de atividade”, conta o empresário. No final da década de 80, seu amigo Ricardo havia fundado a RWR, uma empresa prestadora de serviços na fabricação de peças para equi-

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pamentos em geral. “Como o Ricardo era meu amigo, tinha a metalúrgica e sabia do meu conhecimento na área médica, me fez um convite para me associar à empresa e assim, criarmos produtos juntos. Encarei o desafio e aqui estamos”, lembra com satisfação. Com o passar do tempo, Freitas enfrentou, como todos os empresários no país, diversos desafios. “O nosso desafio foi projetar e fabricar equipamentos que não fabricávamos, até surgir a RWR, tais como: reanimador de silicone, estativas de teto, braços articulados, etc”, explica. Além disso, precisaram de criatividade para enfrentar alguns obstáculos, sendo talvez o maior deles, a busca por fornecedores prestadores de serviço, principalmente quando se trata de pouca quantidade. “Em alguns casos precisamos mandar fabricar peças em grande quantidade, o onera o nosso estoque”, exemplifica. À semelhança de todos os empresários, Freitas e seu sócio precisaram

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descobrir a melhor forma de trabalhar com sua equipe, de forma a mante-los satisfeitos e motivados. E nos conta como conseguiu: “Nós trabalhamos todos os dias como se fossemos funcionários também, mostramos à eles que também sabemos como é trabalhar no chão de fábrica, com isso criamos clima de amizade e confiança com nossos colaboradores, assim não temos muita dificuldade”. Apesar de todas as inconstâncias na política e economia do país, ele conta o segredo para manter a empresa sadia e ativa: “Não lembro de momentos de crise grave, porque o nosso lema sempre foi ter uma empresa enxuta, nunca ostentar e nunca gastar mais do que ganha”. Embasado na sua vivência e experiência à frente da empresa, Freitas vê com otimismo o futuro. Na sua opinião, é preciso ter paciência, não se precipitar e lembrar que toda crise é passageira. E afirma que tem confiança no que nos reserva os próximos anos: “Acho que em 2020 começa a melhorar”, finaliza.

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Entidades de Saúde – No Mundo

Great Ormond Street Hospital: um oásis de ternura no atendimento à crianças enfermas

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Great Ormond Street Hospital (GOSH) é um centro internacional de excelência em saúde infantil, que atua em parceria com UCL Great Ormond Street Institute of Child Health, formando o único centro acadêmico de pesquisa biomédica do Reino Unido especializado em pediatria. Sua história remonta dos idos de 1852, quando o hospital foi aberto, com apenas 10 leitos, e passou a dedicar-se a cuidados de saúde infantil e à busca por novas e melhores formas de tratar doenças das crianças. A efetivação do hospital é fruto da crença de deu fundador, Dr Charles West, que acreditava que crianças doentes precisavam de cuidados dedicados, dentro de uma instituição especializada. A maioria dos pacientes atendidos são encaminhadas de outros hospitais em todo o Reino Unido e no exterior,

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os quais buscam nas 63 especialidades clínicas diferentes oferecidas no GOSH. O Hospital destaca-se como um dos maiores centros de transplante de coração para crianças do mundo. No campo da neurocirurgia realiza cerca de 60% de todas as cirurgias do Reino Unido para crianças com epilepsia. Além disso, oferece serviços de tratamento de câncer pediátrico, incluindo transplantes de medula óssea – em parceria com o University College London Hospitals (UCLH), destacando-se assim como um dos maiores centros da Europa para crianças com câncer. Através da pesquisa em conjunto com o Instituto de Saúde Infantil, a Universidade de Londres e parceiros internacionais, o GOSH desenvolveu uma série de novos tratamentos clínicos e técnicas que são usadas e difundidas em todo o mundo. Em virtude de sua associação com a University College London (UCL), tornou-se o fornecedor principal do North Thames Genomics Medicine Center, que é parte do projeto nacional 100,000 Genomes, e desempenha fundamental papel nas pesquisas dessa importante área do conhecimento.

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Todo o funcionamento do hospital está baseado no apoio de caridade desde a sua abertura. Uma das principais fontes para esse apoio é o o fundo Great Ormond Street Hospital Children’s Charity. Embora o NHS (National Health Service) atenda aos custos correntes do hospital, a renda de angariação de fundos permite que o GOSH permaneça na vanguarda da assistência à infância. A instituição de caridade tem como objetivo aumentar mais de £ 50 milhões todos os anos para completar as próximas duas fases de ampliação de desenvolvimento, além de fornecer substancialmente mais recursos para pesquisa direta. A instituição de caridade também compra equipamentos atualizados e oferece acomodações para famílias e funcionários. Atendendo a mais de 220 mil pacientes todos os anos, o hospital foi completamente planejado, estruturado e formatado pensando no bem-estar dos pequenos. A arquitetura e decoração não foram negligenciados pelo fato de se tratar de um centro de excelência. Ao contrário, todos os ambientes foram projetados para oferecer aos pacientes uma atmosfera menos opressiva, mais alegre e humanista. Inclusive com a instalação de brinquedos e videogames nas áreas de espera, e a adoção de inúmeras alternativas para suavizar o clima no local.

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Ajudando médicos e enfermeiros a salvar vidas

OptiLine® é uma linha de produtos com o objetivo específico de combater a proliferação de germes

nos ambientes de auxílio à saúde e, com isso, ajudar médicos e enfermeiros a salvar vidas. É composta por 4 grupos de produtos:

Optigerm® desinfecção de superfícies e artigos hospitalares. Produtos com eficácia comprovada na eliminação de patógenos potenciais, considerando a preservação das superfícies e, principalmente, a saúde dos usuários.

Opticare® higiene e antissepsia de mãos e pele. Desenvolvida especialmente para os profissionais de saúde, preserva e até recupera a saúde da pele, gerando maior adesão às regras de higiene.

Opticoat® revestimentos antimicrobianos para superfície. Forma fina película protetora que lentamente libera o seu poderoso agente biocida, criando um ambiente que não pode ser habitado por germes.

Opticlean® limpeza de artigos e utensílios. Detergente ideal para limpeza ou pré-limpeza de instrumental cirúrgico e artigos médicos de forma geral. Seguro para as superfícies e para os usuários.

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