Revista HOSP Edição 276 - Jan_Fev/19

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Ano 25 - Nº 276 - JAN-FEV/2019

www.revistahosp.com.br

Hospital São Francisco referência em transplantes

Serviço de Ambulância por aplicativos

Novas diretrizes da reanimação neonatal

Telemedicina e Digital Health




Publisher: Isa Bombardi Publicidade: comercial@revistahosp.com.br (11) 3835-4255 HOSP - Suprimentos e Serviços Hospitalares – Registrada no 1º

ANO NOVO, VIDA NOVA! Que seja um ano rico em saúde e desenvolvimento!

Cartório de Registro de Títulos e Documentos sob o nº 183.561, de acordo com a Lei de Imprensas 6.015/73 e no INPI. Dirigida e qualificada a hospitais, clínicas, unidades mistas, pronto-socorros, postos e centros de saúde públicos e privados de todo o território nacional, secretarias municipais de saúde, prefeituras municipais, universidades, associações e entidades de classe, indústrias, distribuidores e revendedores de máquinas, equipamentos, produtos e serviços. A reprodução de artigos, reportagens ou notícias por qualquer meio é permitida. Os conceitos dos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. Todas as informações são originadas de entrevistas, releases e catálogos das empresas. A responsabilidade das informações contidas nos anúncios é dos anunciantes.

Passadas as eleições e as festas de final de ano, podemos comemorar o início de uma nova etapa na vida dos brasileiros. As alterações que aconteceram trouxeram uma onda de apostas nas mudanças e é isso que se espera e o que o País precisa. Então, que aconteçam com a devida presteza e correção. E falar em mudanças remete à novidade e tecnologia, especialmente em tempos atuais. A primeira novidade veio com o lançamento da Computex 2019, segundo maior evento de tecnologia do mundo e que acontece de 28 de maio a 1 de junho em Taipei. O evento foi apresentado em São Paulo. Entre os temas abordados durante a exposição e congresso estão: Inteligência Artificial (AI), 5G, Blockchain, IoT, Inovações e Startups, Jogos e Realidade Virtual (VR). Falando em novidades, tratamos também das novas diretrizes para reanimação de neonatos, conforme preconiza a Sociedade Brasileira de Pediatria. Um tema atual e bastante interessante também. E nessa edição, você vai conhecer o Hospital São Francisco, do Rio de Janeiro, altamente especializado e referência nacional em transplantes rins, fígado e córneas. No âmbito internacional, trazemos o Hospital de Braga, em Portugal, que foi completamente remodelado, operando com instalações totalmente equipadas com tecnologia de ponta. Então, venha conosco se inteirar desses e outros assuntos igualmente interessantes. Boa leitura!

Impressão e Acabamento: BMF Gráfica e Editora Tel.: (11) 3658-4500

Entidade da Capa: Hospital São Francisco, do Rio de Janeiro

Diretora Responsável:

CONVITE

Maria Bombardi Editora Suprimentos e Serviços Ltda. R. Gomes Freire, 331 - CEP: 05075-010 São Paulo - SP - Brasil Telefax: (11) 3835-4255

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A revista HOSP quer a sua participação: opine, indique temas, seções, tudo que poderia deixar a revista ainda mais aprimorada para a sua rotina: redacao@revistahosp.com.br. Importante: Antes de adquirir qualquer produto, certifique-se de que o mesmo está de acordo com as normas exigidas por lei.

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SUMÁRIO

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Saúde Baseada em Valor

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Atualização em Reanimação Neonatal Enfermagem nas UTIs

ISO-17664 – informações sobre esterilização

Segurança

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Entidades de Saúde

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Enfermagem

Educação (Parte II)

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Opinião

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Segurança e saúde no trabalho – NR32

No Brasil: Hospital São Francisco alta complexidade e humanização No Mundo: Hospital de Braga qualidade no atendimento

Tecnologia Vending Machines: fidelização e retorno certo ao seu investimento Digitalização, padronização e conexão: os alicerces para Telemedicina e Digital Health

Atualidades Serviço de ambulância por aplicativos Emissão de certificados digitais Evento apresenta tecnologia para monitoramento da diabetes A consolidação da telemedicina no Brasil é incontestável

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Móveis hospitalares e a humanização dos serviços Tecnologia aplicada à Saúde

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Inspiração Um Empresário: José Américo Madeira Pinto Junior fez do olhar no futuro e da busca por conhecimento a chave de seu sucesso Um Médico: Dr Alberto Guimarães – parto natural e o respeito às mulheres

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Opinião

SAÚDE BASEADA EM VALOR: o futuro e a qualidade dos serviços de saúde passam por aqui deste conhecimento, impulsionar uma prestação assistencial fundamentada em entrega de valor. A entidade vai organizar, entre os dias 18 e 19 de março, em São Paulo, a primeira edição do Congresso Latino-Americano de Valor em Saúde (CLAVS19), visando a transformação do modelo assistencial de saúde. O congresso atenderá às novas demandas do mercado e apresentará algumas das experiências bem-sucedidas do setor. Com mais de 60 palestrantes apresentando-se ao longo dos dois dias de evento, o CLAVS19 mesclará expertises nacionais e internacionais para traçar o melhor caminho para a saúde brasileira. A Revista Hosp falou com o Dr. César Abicalaffe. Presidente do IBRAVS para sabermos mais sobre o tema. Acompanhe: Revista HOSP: O que é o IBRAVS e quais suas principais diretrizes? César Abicallafe: O IBRAVS – Instituto Brasileiro de Valor em Saúde é uma organização sem fins lucrativos que foi criada para alinhar e difundir conceitos de Saúde Baseada em Valor no Brasil. Seu principal foco é fomentar as discussões sobre o tema estimulando a sua adoção e validando modelos implantados nos serviços de saúde

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Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (IBRAVS) é uma entidade fundada por profissionais de diversas organizações conceituadas

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da cadeia produtiva do setor de saúde e tem como principal objetivo promover uma transformação do sistema de saúde brasileiro, de forma a consolidar, validar e padronizar toda a informação de resultados dos pacientes e, através

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HP: Como se encontra o Value-Based HealthCare (VBHC) no Brasil atualmente? CA: Em expansão. No entanto, um pouco desvirtuado. Diversas ações sérias têm sido feitas pela ANAHP e seus hospitais, muitos deles usando os modelos da ICHOM (International Consortium for Health Outcomes Measurement), mas ainda percebemos que existem outras pessoas/instituições difundindo conceitos equivocados que podem minar o entendimento do mercado e, principalmente,

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Opinião

comprometer a sua adequada execução no Brasil. HP: Como o Value-Based Healthcare pode contribuir para a melhoria dos serviços de saúde pública? CA: Modelos de VBHC buscam entregar desfechos que realmente importam aos pacientes a um custo adequado para esta entrega. Esta lógica, por si só, garante a sustentabilidade do sistema, pois o custo é relacionado ao resultado entregue e, principalmente, àquele resultado que o paciente considera importante para ele. Quando colocamos o paciente no centro do cuidado, boa parte da lógica da prestação do serviço e dos registros e processos em saúde devem mudar. Isso contribui sobremaneira para a melhoria da qualidade dos serviços. HP: Quais os principais dificuldades da prestação de serviços baseados em valor no Brasil atualmente? CA: Vários desafios existem para a implantação de modelos de saúde baseada em valor. O principal deles é cultural, pois precisa haver uma mudança profunda no paradigma da prestação e da remuneração dos serviços de saúde. A transparência de informações é fundamental assim como o alinhamento de interesse de todos os stakeholders em prol do bem comum. E isso é difícil, pois vivemos num modelo de negócio de soma zero, isto é, para eu ganhar você deve perder... e isso não cabe quando se discute VBHC. Outros desafios são com relação aos sistemas de informação e os dados que eles geram. Kaplan e Porter afirmam que “estamos medindo coisas erradas e do jeito errado” (https://www. pressreader.com/brazil/folha-de-spaulo/229/283042641362256). Além de medirmos errado, o pouco que medimos, os dados clínicos são não estruturados ou até inexistentes, o que dificulta o entendimento do que precisa mudar e do que precisa ser incentivado. Diversos outros desafios são encontrados, como a resistência à mudança, incompetências na gestão, desafios éticos da divulgação de dados da saúde, modelo de regulação da ANS (Agência Nacional de Saúde) com uma guia TISS (Troca de Informação de Saúde Suplementar) com dados muito pobres JAN-FEV/19

para uma análise mais aprofundada da qualidade da prestação de serviços, dentre outros. Mas todos podem ser superados deste que haja boa vontade e o incentivo adequado para a mudança. HP: Como o senhor vê a remunerarão de serviços médicos hoje no Brasil? CA: Vejo como o grande impulsionador a mudança da lógica assistencial focada em VBHC. Sem mudarmos radicalmente a forma de remuneração, dificilmente teremos o incentivo necessário ao VBHC. Atualmente boa parte da remuneração médica é por procedimento, ou fee-for-service. Este modelo é um desincentivo à qualidade na grande maioria das vezes. Por outro lado, pode ser importante em alguns casos específicos, por isso acredito que ele não irá acabar, mas dever ser reduzido substancialmente. É um modelo que estimula o alto volume e a complexidade. Por outro lado, modelos “empacotados”, por vida, por orçamento global e ainda por salário estimulam o extremo oposto, que é o subtratamento e seleção de risco. Os dois extremos são inadequados se quisermos buscar uma saúde baseada em valor. Para isso é fundamental associar a estes modelos métricas de valor que permitam que uma parte do ganho seja variável e condicionado ao valor entregue. Quando isso acontecer, a mudança ocorrerá. O modelo de remuneração distorce e “tendenciona” a assistência, portanto, na minha visão, não existe mudança de modelo assistencial sem mudança do modelo de remuneração. HP: A qualificação profissional pode ser um problema para o Value-Based Healthcare? Se sim, quais as sugestões para a melhoria? CA: Sem dúvida. Por se tratar de uma mudança de paradigma, a mudança deve começar com as pessoas. Portanto a formação dos profissionais e a sua qualificação é fundamental. Diria até que deveríamos iniciar esta mudança nas universidades. Isso é tão importante que destinamos no I Congresso Latino Americano de Valor em Saúde, que ocorrerá agora em março, uma mesa com a academia para discutir a sua participação nesta mudança.

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HP: Hoje vemos uma profusão enorme de prestadores de serviços de saúde no país, muitos de qualidade questionável. Como poderíamos melhorar esse quadro? CA: A palavra chave é transparência. Precisamos começar a medir isso de forma profissional e tornar estas métricas transparentes ao mercado. Isso propiciará pelo menos duas situações: ou estes prestadores se adequam ou eles saem do mercado. HP: Como o senhor acredita que deva ser regulado esse mercado? CA: Acredito na livre regulação. O mercado se regula por si só. É só empoderarmos as pessoas com as informações adequadas que as coisas naturalmente se reorganizam. No entanto, a regulação da Saúde Suplementar é feita pela ANS e ela pode e deve ter um papel fundamental para colocarmos na agenda deste mercado conceitos de VBHC, como, por exemplo, orientando o mercado quanto aos modelos de remuneração, modificando a TISS para que ela tenha um conjunto mínimo de dados (os quais já foram inclusive, determinados pelo Ministério da Saúde) adequados para a qualificação da rede prestadora, favorecendo a transparência das informações, dentre outras ações. HP: Que outras considerações gostaria de fazer sobre o Value-Based HealthCare? CA: A Saúde Baseada em Valor é um novo paradigma e deve estar incorporado no dia a dia dos pacientes, profissionais, prestadores, pagadores e indústria. Todos devem ter a clareza de que sem modelos de assistência e de remuneração baseados em valor o sistema de saúde não se sustenta e entrará em colapso, principalmente pelo aumento escalonado dos custos e a grande variabilidade na qualidade dos serviços entregues. Muito trabalho deve ser feito e para isso gosto muito da frase de Walt Disney que já se tornou um mantra dentro do IBRAVS: “The way to get started is to quit talking and begin doing.”(A maneira de começar é parar de falar e começar a fazer). César Luiz Lacerda Abicalaffe é diretor presidente do IBRAVS e CEO da 2iM S/A.

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Enfermagem

Atualização em reanimação neonatal

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o Brasil, nascem cerca de três milhões de crianças ao ano. A maioria delas nasce com boa vitalidade, entretanto manobras de suporte vital podem ser necessárias, às vezes de maneira inesperada, sendo essencial o conhecimento e a habilidade em reanimação neonatal por todos os profissionais que atendem o recém-nascido (RN). De maneira geral, ao nascer, um em cada dez RN necessita de ventilação com pressão positiva para iniciar e/ou manter movimentos respiratórios efetivos; um em cada 100 RN precisa de intubação e/ou massagem cardíaca; e um em cada 1.000 requer intubação, massagem e medicações, desde que a ventilação seja aplicada adequadamente. Desse modo, estima-se que, no Brasil, 300.000 crianças a cada ano necessitem de ajuda para iniciar e manter a respiração ao nascer.

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As diretrizes da reanimação neonatal elaboradas pelo Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP, por meio de um consenso de neonatologistas das 27 unidades federativas brasileiras, baseiam-se nas recomendações do International Liaison Committee on Resuscitation e nas diretrizes da América do Norte e da Europa, publicadas em 2015. Antes do nascimento, procede-se à anamnese materna e ao preparo dos equipamentos com pré-aquecimento da sala de parto a 23-26ºC. É fundamental que pelo menos um profissional de saúde capaz de realizar os passos iniciais e a ventilação com pressão positiva por meio de máscara facial esteja presente em todo parto. Quando identificam-se situações de risco perinatal, devem estar presentes na sala de parto 2-3 profissionais capacitados a reanimar de maneira rápida e efetiva, dos quais pelo menos um médico apto a intubar e indicar massagem cardíaca e medicações. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a presença do pediatra em todo nascimento.

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A reanimação depende da verificação da vitalidade do RN ao nascer, que é realizada pela avaliação simultânea da frequência cardíaca (FC) e da respiração imediatamente após o nascimento. A FC é o principal determinante da decisão de indicar as manobras de reanimação e deve ser avaliada inicialmente por meio da ausculta do precórdio. Além da FC, é preciso avaliar a regularidade do ritmo respiratório e, sempre que o RN receber ventilação ou a idade gestacional for <34 semanas, independentemente da necessidade de ventilação, é preciso acompanhar a saturação de oxigênio (SatO2) nos minutos que seguem ao nascimento. Qualquer RN com apneia, respiração irregular ou tônus diminuído logo após o nascimento precisa ser conduzido à mesa de reanimação sob fonte de calor radiante, indicando-se os passos iniciais – prover calor e manter as vias aéreas pérvias – executados em, no máximo, 30 segundos. Para prematuros, envolve-se o corpo, em saco plástico e, a seguir, realizam-se as manobras necessárias. Se houver excesso de secreções nas vias aéreas, a boca e depois as narinas são aspiradas delicadamente. Após os passos iniciais, se o RN apresenta apneia, respiração irregular e/ ou FC <100 bpm, indica-se a ventilação com pressão positiva. A ventilação pulmonar é o procedimento mais importante e efetivo na reanimação ao nascimento e deve ser iniciada nos primeiros 60 segundos de vida (“Minuto de Ouro”). Uma vez indicada a ventilação, recomenda-se o uso do monitor cardíaco para monitorar a FC e do oxímetro de pulso para monitorar a SatO2 . Em RN ≥34 semanas, inicia-se a ventilação em ar ambiente e, no prematuro <34 semanas, inicia-se com concentração de O2 de 30%, titulando-se a sua oferta de acordo com a monitoração da SatO2. Os equipamentos para ventilar compreendem o balão autoinflável com válvula de escape ativada em 30-40 cmH2O e o ventilador mecânico manual em T, que permite titular a concentração de O2 quando está ligado

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Enfermagem

ao blender. Quanto à interface entre o equipamento para ventilação e o RN, pode-se utilizar a máscara facial, a cânula traqueal ou a máscara laríngea. A ventilação com balão e máscara facial ou cânula traqueal é feita na frequência de 40-60 movimentos/minuto. Se, após 30 segundos de ventilação, o RN apresentar FC >100 bpm e respiração espontânea e regular, suspende-se o procedimento. Considera-se falha se, após 30 segundos de ventilação, o RN mantém FC <100 bpm ou não retoma a respiração espontânea rítmica e regular. Nesse caso, verifica-se o ajuste entre face e máscara, a permeabilidade das vias aéreas e a pressão no balão, corrigindo o que for necessário. Se o RN, após a correção da técnica da ventilação com máscara, não melhorar, aumenta-se a oferta de O2 com base na monitorização da SatO2. Se, mesmo assim, a ventilação não for efetiva, indica-se a intubação traqueal. Para confirmar a posição da cânula traqueal, a detecção colorimétrica de dióxido de carbono exalado é recomendada. É importante ressaltar que, de cada dez

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RN ventilados com balão e máscara ao nascer, nove melhoram e não precisam de outros procedimentos de reanimação. A massagem cardíaca só é iniciada se FC <60 bpm após 30 segundos de ventilação com técnica adequada por meio da cânula traqueal. Aplicam-se os dois polegares sobrepostos no terço inferior do esterno, com o restante das mãos circundando o tórax, dando suporte ao dorso durante a massagem. No RN, são feitos 3 movimentos de massagem cardíaca para 1 movimento de ventilação, na frequência de 120 eventos por minuto (90 movimentos de massagem e 30 ventilações). Após 60 segundos de massagem cardíaca coordenada à ventilação, reavalia-se a FC. Se após 60 segundos de ventilação com cânula traqueal e O2 a 100% acompanhada de massagem cardíaca, o RN mantém FC <60 bpm, indica-se o cateterismo venoso umbilical de urgência para administrar adrenalina diluída a 1:10.000 e, se necessário, soro fisiológico como expansor de volume. Vale lembrar que apenas um RN em cada 1.000 requer procedimentos

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avançados de reanimação (intubação traqueal com massagem e/ou medicações), quando a ventilação é aplicada de maneira rápida e efetiva no RN que tem dificuldades na transição da vida intrauterina para a extrauterina. O risco de morte ou morbidade aumenta em 16% a cada 30 segundos de demora para iniciar a ventilação, de modo independente do peso ao nascer, da idade gestacional ou de complicações na gravidez ou no parto. Desde 1994, o Programa de Reanimação Neonatal da SBP já treinou mais de 100.000 profissionais de saúde em reanimação neonatal e conta com mais de 1.000 pediatras instrutores. Manuais, Fluxogramas, Diretrizes, Cursos, Instrutores Estaduais e demais informações estão disponíveis em www.sbp.com.br/reanimacao. Maria Fernanda Branco de Almeida e Ruth Guinsburg são responsáveis pela coordenação do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Membros do ILCOR - International Liaison Committee on Resuscitation – Neonatal Life Support Task Force.

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Enfermagem

Enfermagem na UTI

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UTI é um dos, se não o mais crítico setor de uma unidade hospitalar. Os profissionais que nela trabalham tem uma missão árdua de não apenas atender bem, mas lidar com o complexo processo de tratamento de pessoas em extrema vulnerabilidade de saúde. Assim, a formação dos profissionais demanda a implantação e execução da chamada Sistematização da Assistência da Enfermagem (SAE), que possibilita ao enfermeiro da UTI intervir e solucionar alterações e complicações detectadas precocemente, tendo por objetivo à melhoria na qualidade de vida e a total recuperação dos pacientes dessa unidade. O enfermeiro desempenha

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papel fundamental na gestão do cuidado aos pacientes críticos, que , por sua vez, apresentam necessidades bastante complexas e por isso mesmo precisam de aprimoramento científico, conhecimento e traquejo tecnológico e humanização, extensiva aos familiares, além das demandas relativas à gerência da unidade e de prática interdisciplinar características do processo de trabalho em UTI. Tendo seu papel reconhecido pelo Ministério da Saúde, que normatizou o funcionamento de UTIs, contando com a intensa participação do enfermeiro nas ações assistenciais e gerenciais para o atendimento ao paciente crítico, a categoria vem vivenciando uma crescente demanda por serviços de alta complexidade com elevada incorporação tecnológica e a necessidade do enfoque multiprofissional no atendimento aos pacientes críticos. As funções de um enfermeiro de UTI estão divididas em três áreas principais:

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• Assistenciais: norteadas pela Sistematização da Assistência de Enfermagem. A norma que regulamenta as funções do profissional de enfer magem estabelece que é atribuição do enfermeiro a função de prestação de cuidados aos pacientes de maior complexidade. • Gerenciais: envolvem todos os processos de gestão da unidade, das pessoas e recursos tecnológicos e materiais. • Educativas: juntamente com os demais membros da equipe de enfermagem, compreendem a articulação com a equipe multiprofissional e comunicação e colaboração com demais serviços do hospital. Ao enfermeiro que opta por trabalhar em UTI, existem inúmeras características que são fundamentais, em

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Enfermagem

especial se almeja galgar degraus na carreira e atingir postos de liderança hierárquica. Porém, três são absolutamente fundamentais: Conhecimento técnico e científico: o avanço científico e tecnológico acontece numa velocidade vertiginosa, fazendo com que os profissionais precisem de constante atualização técnica, tecnológica e científica; Liderança: em qualquer área é impossível comandar um grupo se a pessoa não tiver habilidade e diplomacia para lidar com as mais variadas personalidades. Trabalho em equipe: comunicação e trabalho em equipe são atributos essenciais para que o líder consiga fazer com que sua equipe esteja apta para oferecer o serviço integral e humanizado, de que o paciente precisa, de maneira adequada e segura. Para o aprimoramento profissional dos candidatos nestes campos da saúde existem cursos específicos que podem ser realizados. Conheça alguns deles:

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• Hospital Alemão Oswaldo Cruz – Curso: Enfermagem em Terapia Intensiva R. João Julião, 245 - Bela Vista | São Paulo - SP | CEP: 01323-020 | Tel.: (11) 3549-0654 ouvidoria@fecs.org.br • Hospital Israelita Albert Einstein - Curso: Enfermagem em Terapia Intensiva Av. Albert Einstein, 627/701 – Morumbi - São Paulo - (11) 21511233 ensino@einstein.br • Manole Educação – Enfermagem em Terapia Intensiva Av. Marcos Penteado de U. Rodrigues, 1119 - 21º andar - Ed. Office Tamboré - Barueri – SP - 11) 2424-6700 ou (11) 4196-6000 m a n o l e e d u c a c a o @ m a n o l e. com.br • Instituto Florence - Enfermagem em UTI e Centro Cirúrgico R. Rio Branco, 216, Centro, São Luís – MA - (98) 3878-2120 contato@superior.florence.edu.br

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REFERÊNCIAS: http://manoleeducacao.com.br/ enfermagem-terapia-intensiva – última visualização em 16/01/19. https://www.einstein.br/ensino/ pos_graduacao/enfermagem_em_terapia_intensiva_sp?gclid=CjwKCAiAyf vhBRBsEiwAe2t_i256xAJ5d_R9sX0l2CdVtOPj3C9_aLM6JXRlYA0TiHEZYgUEUCQKXBoCGy0QAvD_BwE - última visualização em 16/01/19. Educação continuada da equipe de enfermagem nas UTI do município de São Paulo - http://www.scielo.br/pdf/ rlae/v6n3/13889 - última visualização em 16/01/19. Competência dos profissionais de enfermagem na UTI - https://www.cursosaprendiz.com.br/competencia-dos-profissionais-de-enfermagem-na-uti/ - última visualização em 16/01/19. Enfermagem em UTI – Tudo que você precisa saber - https://atualizacursos.com.br/blog/infografico-enfermagem-em-uti-tudo-que-voce-precisa-saber/ - última visualização em 16/01/19.

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Educação

PARTE 2

NBR ISO 17664: a informação a ser fornecida pelo fabricante do produto reesterilizável Deve-se conhecer as especificações da informação a ser fornecida pelo fabricante sobre o processamento requerido de artigos para saúde declarados como reesterilizável e para os destinados a serem esterilizados pelo processador. fornecidas ocasiona um grau de degradação que limita a vida útil do produto para saúde. Onde tal degradação ocorra, o fabricante deve fornecer a indicação do número de ciclos de reprocessamento

que podem ser realizados, ou alguma outra que indique o fim da capacidade do produto para saúde em desempenhar sua função com segurança dentro da utilização prevista.

A

NBR isso 17664 aplica-se aos itens que são destinados a utilizações múltiplas e necessitam de processamento para levá-los a condições seguras para posterior esterilização. Alguns produtos fornecidos não esterilizados, mas que se destinam a ser utilizado em um estado estéril, também necessitam de tratamento similar. As informações a seguir devem estar indicadas nas áreas onde estas são críticas para a manutenção da função prevista de um produto para saúde e a segurança do (s) usuário (s) e do paciente: detalhes das etapas do processo; uma descrição do equipamento especial e/ou acessórios; e uma especificação dos parâmetros do processo e suas tolerâncias. Mais informações são fornecidas no Anexo A (adquirido na versão completa da norma). O fabricante deve determinar se o processamento de acordo com as instruções

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Figura 1 - As instruções de processamento

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Educação

Os requisitos para a preparação no ponto de uso devem ser especificados para assegurar o processamento satisfatório do produto para saúde, se aplicáveis. Quando apropriado, pelo menos, as seguintes informações devem ser incluídas: o acondicionamento para o transporte; uma descrição dos sistemas de apoio; o período máximo de tempo que pode transcorrer entre o uso e a limpeza; uma descrição das técnicas de pré-limpeza críticas para processamento posterior; e os requisitos para o transporte. Um método validado de esterilização deve ser especificado. Quando apropriado pelo menos as informações a seguir devem ser dadas; devendo incluir os pontos de ajuste e os limites, tanto superior como inferior dos parâmetros críticos do processo para atingir a esterilidade do produto para saúde: os acessórios necessários para a esterilização; a identificação da concentração requerida do esterilizante para o processo de esterilização; a identificação dos valores máximos de contaminantes no condensado provenientes do vapor,

este utilizado nas técnicas de esterilização por calor úmido, óxido de etileno e por vapor de formaldeído; a umidade necessária para o processo de esterilização; o tempo mínimo assegurado ou de exposição ao esterilizante; uma descrição das técnicas/atividades pós-esterilização; pressão necessária para o processo de esterilização; uma descrição das técnicas a serem utilizadas; e a temperatura desejada do esterilizante. Os processadores podem conferir os produtos para saúde de vários fabricantes. Assim, para melhor clareza, convém adotar uma apresentação consistente nas instruções para o processamento. As instruções de processamento podem ser apresentadas de acordo com a Figura 1 para ajudar os fabricantes a conseguir uma apresentação coerente. Convém que o fabricante assegure que toda a informação requerida esteja incluída, que seja de fácil compreensão e aplicação e, devido a sua importância, destacar os vários elementos presentes nesta informação. Na íntegra da norma estão disponíveis as figuras B.1 e B.2

que fornecem exemplos que podem ser utilizados pelos fabricantes para assegurar a coerência, podendo ser aplicáveis para a maioria dos produtos para saúde. Esses modelos apresentam um formato sugerido. Pode haver diferentes formatos para a informação, que podem ser mais apropriados para o caso em questão. Quando aplicável, as informações exigidas na Seção 3 (leitura disponível na norma) devem acompanhar o produto para saúde, por exemplo, nas instruções de uso, no rótulo ou na embalagem dos produtos para saúde. Um exemplo é dado no Anexo B (também adquirido na versão completa da norma) de como prestar informações detalhadas de um determinado produto para saúde. As informações especificadas na Seção 3 (adquirida na versão completa da norma) devem considerar a natureza do produto para saúde, o uso pretendido, o conhecimento e treinamento das pessoas envolvidas no processamento. A informação especificada na Seção 3 pode fazer referência a: padrões disponíveis; informação geral do processamento

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fornecida pelo fabricante; informação geral de processamento fornecida pelo fabricante do equipamento e dos materiais envolvidos no processo especificado. Tais referências podem ser alcançadas por meio da utilização de símbolos (ver NBR ISO 15223 e ISO 7000). O equipamento ou material necessário nos processos específicos deve ser identificado por seus nomes genéricos ou especificação. Apenas nos casos em que essas duas situações citadas não forneçam informações suficientes, é que os nomes comerciais podem ser acrescentados. O fabricante deve validar qualquer processo identificado na informação fornecida, sendo capaz de demonstrar que o reprocessamento do produto para saúde é adequado para o uso pretendido. Se o fabricante fornece uma série de diferentes produtos para saúde que partilham características comuns e atributos, a validação especificada pode ser realizada com respeito a estes produtos para saúde como grupo ou família, desde que o fabricante possa demonstrar a

uniformização dos produtos para saúde e que os ensaios e avaliações abordaram o “pior caso” da característica ou atributo do grupo ou da família. Na análise de risco realizada pelo fabricante do produto para saúde para determinar o conteúdo e detalhe da informação a ser fornecida, deve ser considerado: a natureza do produto para saúde; o uso pretendido para o produto para saúde; a provável formação e conhecimento do processador; e o provável equipamento que estará disponível para o processador. Parte 2 – continuação do artigo publicado na página 31 da última edição da Revista HOSP Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento de sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria – mauricio.paiva@target.com.br

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Atualidades

E o serviço por aplicativos chegou às ambulâncias

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sucesso de qualquer emergência médica está diretamente relacionado à qualidade e presteza com que o enfermo/acidentado é socorrido. Nesse contexto, o veículo de socorro/resgate, a saber, a ambulância, tem papel fundamental. O termo “ambulância” é originário do latim “ambulare”, que significa “movimentar”. Assim, a ambulância ou veículo de resgate é uma viatura devidamente adaptada para o atendimentos de emergência, com capacidade de transportar equipe de profissionais e equipamentos necessários para o atendimento a ocorrências de atendimento pré-hospitalar, pacientes vítimas de acidentes ou acometidos por mal súbito, politraumatizados, mulheres em trabalho de parto e diversas outras emergências médicas. As ambulâncias apresentam variações de configuração, de acordo com o tipo de atendimento a que se destinam, conforme relacionado a seguir: Tipo A – Ambulância de Transporte: presta-se à transferência de pacientes que não apresentam risco de vida, sendo utilizadas para remoção simples e de caráter eletivo. Evidentemente, não requerem maior incremento tecnológico, porém, por normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde,

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devem ser equipadas com sinalizador ótico e acústico, maca com rodas, suporte para soro e oxigênio medicinal. Além do motorista, pode contar com a presença de um enfermeiro, caso o paciente esteja sendo submetido a alguma terapia endovenosa. Tipo B – Ambulância de Suporte Básico: destina-se ao transporte pré-hospitalar de pacientes com risco de vida não conhecido, ou em situação de transferência inter-hospitalar. Por este motivo necessita de equipamentos de suporte básico. Além do material básico (sinalizador ótico e sonoro, radiocomunicador fixo, maca articulada com roda suporte para soro, rede de oxigênio com cilindros, válvula, manômetro, O2 com régua tripla e fluxômetro), deverá apresentar maleta de emergência com estetoscópio, ressuscitador manual, cânula orofaríngea, luvas descartáveis, tesoura reta com ponta rombuda, esparadrapo, esfigmomanômetro, ataduras de 15 cm, compressas cirúrgicas, pacote de gaze estéril, cateteres para O2, talas para imobilização, conjunto de colares cervicais. Além do motorista, esse veículo precisa contar com socorrista e enfermeiro com experiência em emergências. Tipo C – Ambulância de Resgate: voltado ao atendimento de emergência pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, sendo dotada de equipamentos para manutenção da vida e de salvamento. Além dos itens já mencionados no veículo tipo B, esta versão precisa ser complementada com maleta de emergência acrescida de protetores de queimados e eviscerados e maleta de parto. Compõem também os acessórios essenciais dessa versão frascos de soro fisiológico, bandagens triangulares, talas para imobilização de membros, cobertores, coletes refletivos para a tripulação, lanterna de mão, óculos, máscaras e

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aventais, material de resgate de acordo com as especificações do corpo de bombeiros, maleta de ferramentas, extintores de pó químico seco, cones para isolamento de área. Tipo D – Suporte Avançado: os equipamentos mínimos necessários para este veículo são dois suportes para soro, cadeira de rodas dobrável, rede de O2, respirador artificial, oxímetro, cardioversor, bomba de infusão, maleta de vias áreas, estetoscópio, esfigmomanômetro, maleta de acesso venoso, maleta de parto, frasco de drenagem de tórax, caixa completa para pequena cirurgia, extensões para dreno torácico, sondas vesicais e nasogástricas, coletores de urina, protetores para eviscerados ou queimados, eletrodos descartáveis, equipos para drogas fotossensível e bomba de infusão, circuito de respirador artificial, equipamento de proteção para equipe, cobertor de conservação do calor corpóreo, campo cirúrgico, colares cervicais e prancha longa. No quesito recursos humanos este veículo deve contar com motorista, enfermeiro e médico com treinamento para suporte avançado à vida. Há ainda a ambulância Tipo E, composta por avião de asa móvel; Tipo F com avião de asa fixa; e o Tipo G, para transporte hidroviário. Quando falamos em saúde privada, a Regulamentação Normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) obriga os planos de saúde a dar cobertura para a remoção de beneficiários com segmentação hospitalar. Além disso, as situações de socorro e emergência podem ser as mais diversas, demandando inclusive a transferência de pacientes para hospitais especializados ou unidades de diagnóstico. Pode também ser necessária a transferência de pacientes do SUS – Sistema Único de

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Atualidades

Saúde para o setor privado, quando esta modalidade estiver prevista nos contratos de atendimento. Ocorre que a demanda por atendimento de pacientes que necessitem de transporte por ambulâncias está cada vez maior e a competitividade do setor fez com que surgissem diversas empresas especializadas neste tipo de serviço. Essas empresas, por sua vez, fizeram grandes investimentos em aquisição de ambulâncias e equipamentos, contratação de funcionários e estruturação de centrais de atendimento 24 horas. Entretanto, observa-se que essas empresas vivenciam muitas dificuldades para fecharem contratos com algumas operadoras ou hospitais privados, seja devido ao número de ambulâncias não ser o suficiente, ou a abrangência de atuação não ser a ideal, ou simplesmente por impossibilidade de chegar até os mesmo por já possuírem algum prestador contratado. As operadoras e instituições de saúde que utilizam serviço terceirizado de ambulâncias, geralmente não estão

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satisfeitos com o nível de entrega dos mesmos, em virtude de uma grande dificuldade em aciona-las e na previsibilidade de chegada devido às informações vagas dadas pelas empresas. Isso tudo implica em um maior risco judicial por insatisfação do usuário e também em uma piora da assistência à saúde. Os contratantes podem ainda enfrentar dificuldades em administrar o contrato de mais de uma empresa prestadora de ambulâncias, uma vez que irão sempre necessitar sempre de outras empresas para caso de a principal não apresentar condições de atender no momento que necessite. O aplicativo EasyAmb: Pensando em todas essas dificuldades, um grupo de médicos de São Paulo desenvolveu uma nova ferramenta para equacionar todos esses problemas de uma forma inovadora para a contratação de serviço de ambulâncias. A EasyAmb é uma plataforma online com disponibilidade de aplicativo, na qual a operadora e as instituições de saúde

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têm acesso a diversas empresas que prestam o serviço, de forma rápida e segura, podendo acompanhar o trajeto até a unidade. O controle administrativo é facilitado, com o faturamento em um único contrato e maior transparência na auditoria, devido ao registro de data, percurso, valores e quais foram os solicitantes dentro das instituições. Além de facilitar o processo das operadoras e instituições de saúde, o aplicativo ajuda as empresas prestadoras de serviços de ambulâncias a conseguirem maior utilização de seus veículos e possível redução dos custos de centrais de atendimento para acionar o chamado. Este conceito da EasyAmb vem corroborar com a tendência do uso da tecnologia digital na melhoria de vida de todos envolvidos, seja para quem pede a ambulância, o próprio serviço de ambulância e até mesmo para o paciente. EasyAmb Fone: (13) 98126-3951 Site: www.easyamb.com E-mail: contato@easyamb.com

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Atualidades

Emissão de CERTIFICADOS DIGITAIS para a área da saúde

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enigma da Certificação Digital na área de saúde ainda gera muitas discussões. Antes de discorrer a proposta do uso do certificado digital para o segmento de saúde, é preciso ter certeza de que todos saibam o real objetivo desta tecnologia. Trata-se de uma identidade digital para atestar que uma informação salva em um dispositivo, seja

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computador, tablet ou celular, não foi falsificado por um terceiro que se passou por um médico ou profissional de saúde habilitado. A assinatura com Certificação Digital inviabiliza que um diagnóstico ou teste de uma fórmula seja falsificado por uma pessoa não habilitada, muitas vezes, fraudando a assinatura de um profissional habilitado. Ou seja, pela legislação brasileira, a Certificação Digital, assegura que você é o responsável pela informação validada no documento digital e a veracidade pode ser facilmente verificada. Dentro

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deste universo, estamos falando de mais de 6.800 hospitais entre pequenos médio e grandes, espalhados por todo o país. Feito isto, podemos seguir. Os hospitais têm se modernizado numa velocidade muito rápida, porém, ainda esbarram na ausência da tecnologia do prontuário eletrônico. Com isso, todos os prontuários ainda são feitos em papel na maior parte dos hospitais e, como esses prontuários são documentos legais, precisam ser guardados por até 10 anos. Isso faz com que as instituições tenham que guardar milhões de papeis por longo período, o que acaba dificultando a localização destes prontuários todas as vezes que for necessário consultá-los. Para resolver isso, partimos para o Prontuário Eletrônico ou como é mais conhecido, PEP. Mas como seria o dia a dia do PEP sem certificação digital? Vejamos: no caso mais hipotético, considere o cenário rotineiro de um atendimento de pronto-socorro. Você vai ao hospital, passa no pronto-socorro, faz uma consulta e o médico faz o diagnóstico, por exemplo, de uma virose. Vamos imaginar que, ao sair do hospital, você sofre um ataque cardíaco. Neste contexto, quando o hospital for acionado para explicar o porquê o paciente não foi tratado com o rigor de uma doença fatal, o prontuário será requisitado, assim como o médico que fez o diagnóstico. Como o prontuário eletrônico não tem uma assinatura física, o especialista pode repudiar a informação e alegar que não foi ele quem deu o tal diagnóstico. Isto acontece, porque como é um meio digital que teoricamente não permite uma assinatura física sem que seja impresso, ele pode dizer que alguém pode ter agido de má fé e colocado a informação em nome dele. Até, então, isso pode ser de fato uma verdade. A assinatura com a Certificação Digital surgiu exatamente para eliminar esta possibilidade e dar mais segurança para as transações digitais mais sensíveis e que precisam de um responsá-

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Atualidades

vel. Trata-se de uma identidade digital que caracteriza uma pessoa de forma individualizada e por lei, esta pessoa, tem plena consciência de que deve cuidar da assinatura digital e que responderá por ela, seja qual for a situação. O Certificado Digital tem valor legal, ou seja, tudo que eu assino com o meu certificado eu não posso repudiar. Além disto, a tecnologia ainda ajuda o setor a se livrar do papel, já que os prontuários de todos os pacientes devem ser, obrigatoriamente, guardados por no mínimo 10 anos. A Certificação Digital resolveu este problema, mas, na prática trouxe um entrave na gestão. O uso do Certificado Digital dependia do token ou smart card para “assinar” o prontuário digital e demandava que todos os profissionais, médico, enfermeiro ou anestesista, tivessem em posse do dispositivo para formalizar o prontuário. Apesar de parecer o cenário ideal, a aplicabilidade disto se tornou ineficiente ao longo dos anos. Imagine a seguinte situação: o médico precisa fazer uma cirurgia de risco em um paciente, mas esquece o token em casa. Diante disto, o diretor do hospital permite que ele faça a cirurgia e corre o risco de acontecer algum erro e não ter ninguém para se responsabilizar ou deixa o paciente em estado grave, sem fazer a cirurgia? É claro que a primeira opção é a mais prudente. No entanto, os hospitais não podem abrir mão de ter seus processos formalizados para evitar complicações futuras como processos que podem custar milhões e prejudicar drasticamente a imagem do hospital, já que estamos falando de uma vida. Outra questão crítica é que os médicos trabalham em mais de um hospital e a utilização do token ou smart card foi visto como uma fonte de transmissão de bactérias e até doenças, já que o médico transita entre hospitais e até mesmo nas ruas. Por isto, quando esses problemas foram identificados, ficou claro que era preciso ter uma forma segura de operacionalização destes certificados digitais. Surgiu, então, a necessidade de uma inteligência tecnológica que atendesse a questão da identidade digital, mas ao mesmo tempo não fosse um incomodo para os especialistas da saúde e não trouxesse riscos para os pacientes. Felizmente, a tecnologia agiu em favor da gestão da saúde e, hoje, não só hospitais, mas toda a cadeia da saúde, desde laboratórios, indústria farmacêutica, clínicas, centros de pesquisas, entre outros, conseguem aplicar a assinatura com a Certificação Digital graças ao auxílio de um repositório, uma espécie de Cofre Digital, específico para o armazenamento da Certificação Digital em nuvens, públicas ou privadas. Esta tecnologia conta com uma série de características validadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e órgãos validadores, que garantem que esses certificados estejam em um local seguro e possam ser acessados remotamente, sem que os especialistas estejam em posse de nenhum equipamento. Trata-se de uma nova era de Certificação Digital para o setor de saúde, que deve gerar avanços consideráveis para tratamentos e a formalização de posologias que, se armazenadas de forma linear, esse fácil acesso ao histórico do paciente e longevidade das informações disponíveis, devem trazer descobertas significativas para reverter doenças incuráveis. Acredito que este é o começo de uma nova era da Saúde Digital. Marco Zanini é especialista em segurança para identidade digital, formado em engenharia civil pela Escola de Engenharia Mauá, e CEO da Dinamo Networks.

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Segurança

NR32: a segurança que protege a todos

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oda e qualquer atividade profissional possui riscos operacionais inerentes às funções desempenhadas, e o setor de saúde não apenas, não é diferente, como, por conta da natureza das funções exercidas, apresenta grandes possibilidades de riscos aos profissionais. Assim como nas diversas outras atividades, o setor da saúde recebeu, em 2005, por parte do Ministério do Trabalho e Emprego – MET , um conjunto de Normas Regulamentadoras que têm por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para garantir a saúde e segurança no trabalho. A NR-32 entende como serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população bem como as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade. Ela visa

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estabelecer diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores deste segmento. Desta forma, fica estabelecido um conjunto de regras que determinam a forma de desenvolvimento de um ambiente de trabalho seguro para estes profissionais. Este conjunto de regras visa estabelecer as normas corretas para todos os tipos de riscos inerentes a estes ambientes incluindo a forma de limpeza e conservação do ambiente, manutenção de máquinas e equipamentos, descarte de resíduos, entre outros aspectos. Dados mundiais dão conta que, anualmente, ao redor de 2 milhões de profissionais morrem em virtude de sua atividade profissional. Por serem estes profissionais que tratam epidemias, pandemias ou contaminações, eles são duplamente afetados pelas consequências e pelos riscos. Por este motivo, a norma determina todos os detalhes para a correta prevenção e a proteção contra riscos biológicos, químicos ou ambientais e estabelece técnicas para fiscalização, uso correto de

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EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), desenvolvimento de metodologias e procedimentos seguros, assim como a manutenção dos equipamentos em adequado estado de conservação. Ela também determina que a empresa que exerce atividades no setor da saúde é responsável pela implantação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA e deve seguir com rigor os preceitos definidos. É também responsabilidade da empresa garantir o fornecimento de EPIs, assegurar as devidas capacitações, realização adequada dos procedimentos, bem como manter a estrita fiscalização de que todos os aspectos da norma estejam sendo observados. Por outro lado, é responsabilidade do profissional da área da saúde, seguir as normas corretas estabelecidas para garantir a segura execução da atividade, ou seja, ele não pode de forma alguma se furtar à obediência das medidas de segurança, sob pena de demissão por justa causa. A NR 32 dispõe ainda que a responsabilidade é solidária quanto ao cumprimento das diretrizes, ou seja,

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Segurança

compartilhada entre contratantes e contratados. Ela abrange as seguintes situações de exposição a riscos para a saúde do profissional: • Riscos biológicos; • Riscos químicos; • Da radiação ionizante. Outro aspecto importante previsto na norma é a questão da obrigatoriedade da vacinação do profissional de enfermagem (tétano, hepatite e demais vacinas que estiverem contidas no PCMSO – Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional), com os reforços previstos pelas recomendações do Ministério da Saúde. As medidas de proteção devem ser adotadas a partir do resultado da avaliação, previstas no PPRA. No caso das manipulações em ambiente laboratorial, devem ser obedecidas as orientações do Ministério da Saúde, na publicação “Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico”. É condição obrigatória que em todo local onde haja a possibilidade de exposição ao agente biológico, a existência de lavatório exclusivo para higiene das mãos, e que deve

ser dotado de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira com sistema de abertura sem contato manual. A NR 32 determina também que quartos e/ou enfermarias para isolamento de pacientes com doenças infectocontagiosas devem possuir lavatório, lembrando que o uso de luvas não substitui a lavagem das mãos, que deve ser realizada antes e depois de seu uso. È ainda de competência do empregador prover a devida capacitação aos trabalhadores, antes do início das atividades e de forma continuada. Ela deve também ser revalidada sempre que houver mudança das condições de exposição dos trabalhadores aos agentes biológicos; durante a jornada de trabalho; e obrigatoriamente realizada por profissionais de saúde capacitados e familiarizados com os riscos inerentes aos agentes biológicos. Esta capacitação deve ser adaptada à evolução do conhecimento e à identificação de novos riscos biológicos. Cabe também ao empregador a devida fiscalização documental para garantir que os colaboradores tenham

sido submetidos aos processos de capacitação e atualização. Em todo local onde exista a possibilidade de exposição a agentes biológicos, devem ser fornecidas aos trabalhadores instruções escritas.

REFERÊNCIAS http://www.fiocruz.br/biosseguranca/ Bis/manuais/legislacao/NR-32.pdf – Última visualização em 21/01/19. http://www.saude.sp.gov.br/resources/crh/ggp/cartilhas/normas_regulamentares.pdf – Última visualização em 18/01/19. https://www.prometalepis.com.br/ blog/50-nr-32-seguranca-e-saude-no-trabalho-em-servicos-de-saude/ – Última visualização em 18/01/19. http://www.ortocity.com.br/nr-32-seguranca-e-saude-no-trabalho-em-servicos-de-saude/ – Última visualização em 21/01/19. https://prolifeengenharia.com.br/ treinamentos/nr-32-seguranca-em-servicos-de-saude/– Última visualização em 21/01/19.

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Entidades de Saúde – Brasil

Alta complexidade e humanização andam lado a lado no Hospital São Francisco estar espiritual e a assistência religiosa de seus pacientes e colaboradores, proporcionando um atendimento humanizado e integral aos pacientes. “Nosso hospital está focado na oferta de um cuidado integral ao ser humano, unindo tratamento técnico, humanizado e de alta tecnologia. Para cumprir nossa missão temos como meta levar os pacientes a uma experiência positiva e acolhedora, além do tratamento puramente técnico profissional, esperamos impactá-los com o amor presente na atuação de cada profissional com o qual ele tem contato”, afirma o diretor geral do HSF, frei Paulo Batista. No HSF, os números dão a dimensão do grau de especialização na área de transplantes, tanto de fígado quanto de córnea e, em particular, nos de rim. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a unidade é a que mais realiza transplantes renais no Rio de Janeiro, ocupando o quarto lugar no ranking nacional. Já em relação aos transplantes hepáticos, o HSF é a segunda maior unidade transplantadora do estado. Chefe do Serviço de Transplantes de Fígado, o cirurgião Eduardo Fernandes é, desde 2016, o médico que mais realiza transplantes de fígado em todo o país. “Este grande volume de cirurgias nos credencia a formar profissionais e a difundir inovações e tecnologias. Alcançamos resultados cada vez melhores, mesmo quando partimos de situações extremamente graves”, afirma Fernandes. Envolvimento e dedicação de toda a equipe são, de acordo com Frei Paulo, a receita do sucesso do programa de transplantes. “Esse comprometimento de todos é a chave para superar as dificuldades que surgem no caminho”, afirma. Ele lembra ainda que, em 2018, a unidade foi indicada pelo Ministério da Saúde como referência para o transplante de fígado em pacientes com hepatite fulminante decorrente de febre amarela. A Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus realiza desde 2015, por meio do Hospital São Francisco na Providência de Deus, a Missão Amor que Cura no antigo aterro sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, em ações que envolvem assistência religiosa, distribuição de alimentos, orientação médica, educação e recreação para as crianças. Além disso, as equipes ajudam quem busca uma vaga no mercado de trabalho, com orientações gerais, triagens e elaboração de currículo. Atualmente, a Missão Amor que Cura também atua junto à população em situação de rua do Rio de Janeiro, com distribuição de refeições e leva atendimento médico a população carcerária. O Hospital também mantém o projeto Semeando o Futuro – Creche Santa Clara, localizado na comunidade do Vidigal, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde são atendidas cerca de 75 crianças em período integral, que recebem reforço escolar, participam de ações socioeducativas e são inseridas em contextos culturais e artísticos. Elas recebem ainda todas as refeições, material didático e uniforme. A Associação realiza ainda uma missão no Haiti, onde foi construída a Casa São Francisco de Assis na Providência de Deus, localizada na cidade de Porto Príncipe, e que atende crianças, gestantes e seus familiares, que precisam de atendimento médico, alimentação e educação. A Associação construiu, em 2013 uma padaria que produz diariamente 8 mil pães, alimenta mais de 500 crianças e ajuda no sustento de cerca de 30 famílias corre o risco de fechar por enfrentar dificuldade na manutenção do projeto, que é financiado por meio de doações.

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Hospital São Francisco na Providência de Deus descende do primeiro grande hospital da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, que foi inaugurado em 1763, no Largo da Carioca, no centro da cidade do Rio de Janeiro. A partir de 1808, foi referência médico-hospitalar para a Família Real, recém-chegada de Portugal. Em 1905, as terras onde funcionava o Hospital da Venerável Ordem Terceira, entre outras, foram desapropriadas, para dar espaço ao plano de urbanização do prefeito da capital, Pereira Passos. A administração da Venerável Ordem adquiriu, então, um grande terreno situado à rua Conde de Bonfim. O primeiro prédio hospitalar foi inaugurado em 1933. Hoje, o Hospital São Francisco – HSF é um complexo hospitalar, formado por oito prédios, que abrigam 400 leitos, além de 32 consultórios, 11 salas cirúrgicas e emergência 24h. Reconhecido como unidade de referência para a realização de transplantes de rim, de fígado e desde meados de 2018, também de córnea, o Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF) é uma unidade de setor quaternário que ocupa mais de 42 mil m² no bairro da Tijuca. O HSF conta com uma equipe altamente capacitada, formada por cerca de 450 médicos, de mais de 30 especialidades e aproximadamente 800 profissionais de enfermagem. Com infraestrutura e tecnologia de ponta, o Hospital São Francisco oferece atendimento ambulatorial e emergencial, além de realizar procedimentos cirúrgicos de alta complexidade. O hospital é administrado pela Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus. Além do cuidado com a saúde, o HSF tem uma atuação diferenciada no que se refere ao bem­

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Atualidades

Evento apresenta tecnologia para monitoramento da diabetes

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Computex 2019, lançada em São Paulo neste mês de janeiro, trouxe aos visitantes as principais tendências voltadas à Informação e Comunicação da Tecnologia (ICT), Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), Startups, Jogos e Blockchain A área médica é um dos setores que, nas últimas décadas, mais tem se beneficiado com o avanço da tecnologia. Equipamentos de última geração que permitem intervenções menos invasivas, softwares que possibilitam a execução de exames complexos com diagnósticos cada vez mais precisos, são alguns dos exemplos. Tudo isso, em muitos casos, comandado

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por “dois cliques” dos profissionais da saúde. A Computex 2019, o segundo maior evento de tecnologia do mundo, lançado em São Paulo, no dia 30 de janeiro, foi o ponto de encontro de profissionais dos mais variados setores para discutir estes avanços e o quanto eles contribuem para o desenvolvimento do mundo. Nesta edição do evento, uma das principais novidades foi o Health 2 Sync, um aplicativo criado para auxiliar no monitoramento de pessoas que sofrem com o diabetes, uma das doenças que mais acometem pessoas em todo o mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, só no Brasil quase 13 milhões de pessoas sofrem desse problema. Uma doença grave que, se não for monitorada e tratada, pode trazer consequências graves ao indivíduo. Por meio da ferramenta, o paciente consegue fazer um acompanhamento completo de seu estado clínico, inserindo as porções de alimento que ingere em cada refeição, sua pressão sanguínea, se pratica atividade física, etc. Ao inserir todos esses dados, o aplicativo gera um relatório analítico para que o paciente tenha um acompanhamento diário dos seus níveis de diabetes, auxiliando no controle da doença. Basta ter acesso a um ponto de internet e baixar o aplicativo. (Mais informações: www.health2sync.com). Lançamento do evento: Participaram da solenidade, em São Paulo, executivos, empresários, membros de associações, representantes de empresas taiwanesas estabelecidas no Brasil e autoridades. Na oportunidade, membros da organização do evento falaram sobre as novidades da próxima edição, lançamento de produtos e principais temas que foram debatidos ao longo do encontro, onde empresas expositoras compartilharam com os presentes detalhes sobre suas atuações comerciais, tanto no Brasil quanto em Taiwan. A COMPUTEX é organizada pelo Conselho para Desenvolvimento do Comércio Exterior de Taiwan (Taitra), e será realizada entre os dias 28 de maio e 01 de junho, na cidade de Taipei. A iniciativa trouxe aos visitantes as principais tendências voltadas à Tecnologia da Informa-

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ção e Comunicação (TIC), Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), Startups, Jogos e Blockchain. Relação Brasil x Taiwan: O Brasil tem sido um dos principais parceiros comerciais de Taiwan no campo da tecnologia ao longo dos anos. Apenas em 2017, o país importou mais de US$ 402 milhões nos mais variados equipamentos, como circuitos eletrônicos integrados, além de equipamentos e peças para diversos segmentos da indústria. A perspectiva é aumentar este número em 20% ao final de 2018, de acordo com o Taitra. Segundo a diretora do Taitra, Sra. Rachel Hsiu Ling Lu, a sinergia entre as empresas brasileiras e as taiwanesas é muito forte, ponto determinante para a boa relação comercial entre ambos os países. “Ainda existe um vasto campo a ser explorado para ampliarmos a parceria entre os dois países”, analisa a executiva. “Temos o Brasil como o nosso principal parceiro entre os países da América Latina. Da mesma maneira, nosso país é o principal ponto de entrada comercial do Brasil para o mercado asiático”, completa Lu. Sobre a Computex: A COMPUTEX é Co-organizada pelo Conselho de Desenvolvimento do Comércio Externo de Taiwan (TAITRA) e pela Taipei Computer Association (TCA). Trata-se da principal feira global de Tecnologia da Informação e comunicação (ICT) e Internet das Coisas (IoT), contemplando os setores de suprimentos e ecossistemas. Para 2019, os principais temas abordados durante a exposição e congresso serão: Inteligência Artificial (AI), 5G, Blockchain, IoT, Inovações e Startups, Jogos e Realidade Virtual (VR). A última edição atraiu mais de 42 mil visitantes de 168 países de todas as partes do mundo. O espaço contou também com o Centro de exposição Innovex, onde foi possível conhecer os principais startups do mercado, participar de atividades de Demo & Sports e interagir com as principais Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Na última edição, foram registradas a participação de quase 400 startups de 21 países.

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Atualidades

A consolidação da telemedicina no Brasil é incontestável

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primeira vez em que vi um eletrocardiograma feito a distância, em 1992, em Israel, eu soube que aquilo poderia mudar o mundo. Sem internet, as ondas sonoras passavam por uma linha analógica e eram desenhadas do outro lado. Um médico cardiologista fazia o laudo e mandava para o paciente. Naquele momento, eu decidi trazer a técnica para o Brasil. Aqui, porém, a realidade foi outra e não consegui implantar o mesmo modelo, por diversas questões que esbarravam na legislação, e que não permitiam a prática da telemedicina no país em uma

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relação direta entre médico e paciente. Mesmo assim, em 1993, flexibilizamos o formato e conseguimos abrir as portas da telemedicina no Brasil, começando por diagnósticos cardiológicos. Porém, eles tinham que ser feitos entre médicos plantonistas e clínicas, hospitais e empresas, nunca direto com o paciente. Isso faz 25 anos e, de lá para cá, a internet e a constante revolução da tecnologia foram permitindo mais e melhores exames, laudos e atendimentos infinitamente mais complexos. Mesmo assim, no Brasil, há limitantes a procedimentos médicos a distância. Os argumentos que sustentam esse bloqueio vão desde fraude médica à segurança da informação - questões passíveis de riscos no mundo físico também. A telemedicina reduz custos com saúde tanto nos setores público quanto no privado. Aumenta a competitividade entre as variadas empresas que usam o formato, aumentando consequentemente, a qualidade do atendimento. A tecnologia continuará se aprimorando, o que melhorará os procedimentos tornando-os ainda mais acurados. A telemedicina salva mais vidas.

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É certo que estamos chegando a um momento de abertura total, que precisa de regulamentação flexível e clara, e só está sendo possível graças à união das empresas do setor, o que está sendo promovido há cerca de um ano. Não temos mais escolha. O Brasil é um país de dimensões continentais, sem acesso à saúde em várias regiões. Talvez seja difícil para quem vive no sudeste e sul do país compreender o tamanho dessa restrição, pois 70% dos médicos especialistas estão concentrados nessas regiões. Em São Paulo, são quatro médicos para cada mil habitantes, enquanto no Nordeste são apenas dois médicos para cada mil. No Norte é menos de um médico. Impedir a telemedicina no Brasil é negar atendimento especializado de qualidade a uma enorme parcela da população, é um revés para a saúde do país e nos remove dos mais importantes avanços de tecnologia médica deste século. Ela não só é incontestável, como mandatória. Dr. Roberto Stryjer é médico, fundador e presidente da Telecárdio.

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Atualidades

MÓVEIS HOSPITALARES: fundamentais no processo de humanização Por Nilmar Magalhães – Innovation Care

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s móveis hospitalares têm muita importância na humanização do hospital, pois podem melhorar ou piorar a experiência de seus usuários. Quando possuem design criativo e são confortáveis compõem graciosamente o ambiente ou, como no caso de poltronas e sofás, amenizam o cansaço de quem está muito tempo no ambiente. E, ao escolher os móveis hospitalares, as instituições de saúde devem levar em consideração não apenas a durabilidade, mas a simplicidade na manutenção. Dessa forma, fica garantida a qualidade e a valorização do investimento, que pode ser maior devido ao custo-benefício. Hoje em dia, um hospital é visto sob o conceito de que trata-se de um lugar onde se vivencia doença, tristeza e espera, mas que

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seja transmutado pelas pessoas para um local de superação, motivação e cura. Isso significa que aquele atendimento mecânico está sendo abolido constantemente, e a humanização hospitalar passa a ser um assunto cada dia mais discutido. Desde a portaria e recepção, passando pelas áreas de atendimento médico e chegando à administração do hospital, o tratamento com os pacientes e seus acompanhantes precisa ser levado totalmente a sério e incorporado por todos. As questões de ergonomia estão entre as mais críticas no ambiente hospitalar, sendo comum o afastamento de profissionais pelos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. De acordo com a norma regulamentadora NR17 – Ergonomia, as instituições devem realizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) e encaminhar medidas preventivas e corretivas para tais questões. O tratamento e rigor dado à escolha do mobiliário hospitalar é complexo e importante, tendo em vista a grande gama de pessoas afetadas por ele. O conjunto do mobiliário hospitalar é composto por uma enorme variedade de itens, com mais ou menos especificidade, dependendo da área ou setor a que irão atender. Um dos itens de mobiliário bastante utilizado é a chamada cadeira de banho, fundamental para a manutenção da higiene do paciente, e ferramenta importante no desenvolvimento do trabalho da equipe de enfermagem. Para atender com criterioso cuidado às necessidades desse segmento, Nilmar C Magal, da Innovation Care desenvolveu e patenteou um novo modelo, de cadeira de banho hidráulica, tendo em vista que uma das normas regulamentadoras, a NR17, não é plenamente cumprida no ambiente hospitalar, piorando a qualidade de vida do paciente e trabalhadores. Como esse fato tem se mostrado comum no cotidiano do cuidado hospitalar, causou uma inquietação psíquica na empre-

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endedora que, por ter uma visão holística do cuidado com paciente, associada a uma experiência hospitalar de 20 na assistência, a levou a se transformar no tipo de empresária que buscou trazer as novidades para serem usadas com toda segurança, em vez de simplesmente copiar um produto já existente no mercado. Dessa forma, a cadeira de banho hidráulica Innovation Care possui um atuador hidráulico, que promove o nivelamento da altura da cama, de onde se pode fazer a transposição do paciente sem exercer esforço físico, promovendo qualidade no cuidado, e evitando o absenteísmo do trabalhador, de forma a beneficiar a gestão hospitalar. A cadeira, fabricada em aço inox 304, o que confere uma grande durabilidade por ser um material nobre. Conta com rodízios termoplásticos com travas nas quatro rodas, e assento náutico, de fácil higienização, que elimina as bactérias nas cadeiras. Innovation Care: Fone: (21) 3851-8553 / 3851-8690 / 99258-6156 contato@innovationcare.com.br www.innovationcare.com.br

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Entidades de Saúde – Mundo

HOSPITAL DE BRAGA: qualidade no atendimento e comprometimento social

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cupando uma área de 140.000 m 2 , o novo Hospital de Braga, que substituiu o antigo Hospital de São Marcos, abriu portas em Maio de 2011 totalmente remodelado e com uma capacidade de internação de até 705 leitos, uma estrutura com mais de 500 anos. Situado na zona Este da cidade de Braga, está implementado num terreno de 23 hectares, em Sete Fontes, na Freguesia de São Victor. O Hospital de Braga é uma estrutura arquitetonicamente moderna, construída para uma perfeita articulação entre as diferentes funcionalidades, sempre na perspectiva de uma maior qualidade de serviço e conveniência para o usuário. A criação do Hospital de Braga permitiu ampliar os cuidados médicos a cerca de 1.2 milhões de pessoas dos distritos de Braga e Viana do Castelo e possibilitou ainda disponibilizar maiores e melhores instalações totalmente equipadas com tecnologia de ponta.

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As novas instalações conciliam unidades de assistência médica, pesquisa e ensino universitário de excelência. Trata-se de um espaço criado para oferecer os melhores e mais inovadores cuidados de saúde com tecnologia de última geração. Este novo complexo abriga facilidades tais como apartamentos de internação com até duas camas e banheiro privativo, Centro Cirúrgico composto por 12 salas de operação, Centro de Partos, 128 consultórios médicos, serviço de psiquiatria com acesso próprio e ligação direta via passarela com a Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho. O conjunto tem ainda um heliporto, que permite um rápido e seguro transporte de doentes urgentes.

Centros Complementares de Diagnóstico e Tratamentos de apoio a todas as especialidades clínicas. O serviço de urgência permite um atendimento segmentado em função das necessidades de cada paciente nas áreas de urgência geral e urgência pediátrica, urgência de ginecologia/obstetrícia. Para completar as facilidades oferecidas possui 2.200 vagas de estacionamento, refeitório, uma cafeteria e uma área comercial com diversas lojas. O Hospital de Braga é uma unidade hospitalar integrada ao Serviço Nacional de Saúde, no âmbito de uma Parceria Público Privada celebrada através de um contrato de gestão assinado pela Administração Regional de Saúde Norte, em representação do Ministério da Saúde de Portugal.

UM DIA NO HOSPITAL DE BRAGA* Internações (doentes com alta) Consultas

85 1990

Partos

8

Cirurgias

100

Sessões de Hospital de Dia

306

Urgências Adultos

443

Urgências Crianças

155

Exames e Análises

15245

* valores médios com base no mês de janeiro de 2018

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Tecnologia

VENDING MACHINES: fidelização e retorno certo ao seu investimento

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urgidas na década de 70, as máquinas de venda automática ou vending machines são ainda relativamente pouco utilizadas no Brasil, embora representem um mercado bastante interessante. Segundo o relatório da Vending Market Watch, as vending machines representam 51% da indústria de vendas automáticas. A localização e gestão das vending machines são atividades essenciais para o sucesso da operação de um negócio e pelo fato de serem aceitas em diferentes categorias de pontos de venda, as máquinas de venda automática, agregam valor ao negócio. Sua popularização se deve ao fato de apresentarem um processo de operação simples e automático e permitirem pagamento em dinheiro ou cartão, E como são práticas e disponibilizadas em lugares estratégicos, dispensam a necessidade de marketing para divulgação. Esses equipamentos podem ser alugados ou comprados, mas geralmente são locadas por apresentarem, neste modelo de aquisição, as seguintes vantagens: • Os produtos podem ser padronizados e com alto grau de qualidade; • O esquema de abastecimento independe do número de usuários; • Contam com suporte técnico e atendimento especializado. O custo do equipamento vai depender, evidentemente, da forma de aquisição: se for locado ou adquirido. Outra questão é se na compra do equipa-

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mento, o mesmo será novo ou usado, se necessitará de refrigeração, se aceitará somente moedas ou moedas e notas. Contudo, ao pensar em um equipamento como este, os gestores precisam também calcular com os gastos para sua manutenção. As vending machine precisam de manutenção constantemente, principalmente no sistema que recebe dinheiro. O mercado está, como se pode imaginar, em franco desenvolvimento. Já existem mais de 80 mil máquinas no país, a maior parte concentrada na Região Sudeste. O crescimento segue acima de 10% ao ano. As vending machines de bebidas quentes (café, chá, cappuccino) concentram a maior fatia do mercado, com 70%, mas já é possível se perceber sinais de diversificação. Sem a necessidade de um ponto fixo ou contratos complexos e, por unirem benefícios à todos os envolvidos (consumidor, proprietário da máquina e proprietário do ponto de venda), o mercado do varejo presencia grande aumento da presença de vending machines (conheça pontos de venda estratégicos). Conheça alguns fornecedores: Smart Café: é consagrada na locação de máquinas de café expresso, máquinas de capuccino e bebidas quentes em geral dentro de ambientes corporativos. Oferece equipamentos modernos de autoatendimento e produtos de alta qualidade, disponibilizando soluções integradas de alimentação para diferentes tipos de empresas. (11) 3522.7403 www.smartcafe.com.br Gran Coffee: especializada em vending machines, especialmente da Nespresso, a empresa atua nos mais diversos segmentos, como indústrias, escritórios, laboratórios, hotéis, restaurantes, entre outros. Fundada em 1998, desenvolveu um padrão de atendimento exclusivo para o mundo corporativo, oferecendo

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máquinas de café expresso, bebidas quentes, snacks, lanches e refrigerantes na medida certa para cada cliente. 0800 016 19 40 www.grancoffee.com.br Bianchi Vending: empresa de origem italiana, líder na Europa na fabricação de máquinas profissionais de café para o mercado Ho.Re.Ca. Por forte atuação em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, oferece máquinas cada vez mais integradas, interativas e intuitivas. Seus equipamentos contam com diversas certificações. Entre os produtos destacam-se máquinas automáticas e semiautomáticas de café, vending machines para snacks, além de máquinas profissionais de café expresso. (11) 3832-3327 www.bianchivending.com.br Vending Tudo: traz o que existe de mais recente em máquinas automáticas através de parcerias com fabricantes na Europa e na Ásia. Suas máquinas são de fácil manuseio pelos usuários, mesmo aqueles que não estão acostumados a usar vending machines, pode aprender facilmente. Cientes da importância da segurança, suas máquinas são resistentes ao vandalismo, equipadas com vidro resistente, alarme e bloqueio antifurto. (11) 96996-8088 www.vendingtudo.com.br Duo Machine: empresa no segmento de vending machines há 12 anos no mercado, é especializada em soluções personalizadas com as melhores tecnologias do mercado. Trabalha com venda e locação de máquinas, assessoria, instalação, suporte técnico, treinamento, fornecimento de suprimentos, consultoria e projetos com vending machines. Entre as versões estão máquinas para snacks, com ou sem refrigeração, lanches e refeições quentes, bebidas quentes ou geladas, entre outras. (11) 5667-7020 www.duomachine.com.br JAN-FEV/19


Inspiração

JOSÉ AMÉRICO MADEIRA PINTO JUNIOR fez do olhar no futuro e da busca por conhecimento a chave de seu sucesso

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ormado em Propaganda e Marketing com especialização em Administração de Empresa pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), José Américo Madeira Pinto Junior começou sua trajetória no segmento de saúde por meio de uma empresa familiar chamada Ótica Foto City Junior, focada em produtos para crianças com estrabismo, e que atualmente é a AMP Produtos Terapêuticos. Nos idos de 1982, a Ótica Foto City comercializava um tampão para estrabismo importado. “Face às limitações decorrentes da importação, percebi um nicho de mercado”, conta. Assim, em 1986 nasceu

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a AMP Produtos Terapêuticos, focada na produção do OFTAM – tampão ocular infantil. A produção inicial era praticamente artesanal, com equipamento manual. Em função da demanda, foi desenvolvido um equipamento rotativo capaz de fazer frente à necessidade de produção. Por razão fiscal e pela vinculação às normas da vigilância sanitária, a AMP estava, assim, apta também a produzir outros produtos correlatos de saúde. Com seu olhar empreendedor, Pinto Junior observou a situação dos bancos de sangue e laboratórios de analises clínicas que, à época, se valiam de chumaço de algodão e esparadrapo para conter o sangue em seus procedimentos. “Consegui enxergar outro nicho de mercado. Nascia assim o Blood Stop – um produto de superior desempenho para tal fim, disponibilizado no mercado em

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condição de uso contínuo”, orgulha-se. Porém, para atingir o patamar em que se encontra hoje a empresa teve de vencer obstáculo. Na opinião do empresário, o maior deles tem sido a ausência de uma política industrial e fiscal por parte do Governo. Ele também afirma que no ramo de produtos para a saúde, em todo o mundo, tem havido deflação, o que obriga o mercado nacional a uma batalha contínua com foco em qualidade e produtividade, com o objetivo de produzir mais e melhor a um menor custo. O executivo afirma também que um dos momentos mais delicados vivenciados por ele e sua empresa foi o representado pela concorrência internacional chinesa e egípcia. “isso nos obrigou a reavaliar a nossa embalagem de modo a manter o produto ainda competitivo no mercado, com qualidade de embalagem equivalente a original”, esclarece. Com a experiência amealhada ao longo dos anos, Pinto Junior delineia as características que considera importantes para liderar o seu negócio: “Humildade para saber reconhecer suas limitações e habilidade para identificar competências complementares às suas, na formação de sua equipe, com foco nas características empreendedoras – planejamento, organização, direção e controle”, esclarece. E com base em sua experiência de mercado, acredita que a sinalização da equipe econômica para uma redução da carga tributária e flexibilização da legislação trabalhista possa induzir a uma expectativa positiva. No entanto, para aqueles que se aventuram no empreendedorismo, ele deixa uma sugestão, baseada no seu aprendizado: “Fazer da leitura um hábito transformando conhecimento em aplicação prática. E, acima de tudo, visão de longo prazo com um planejamento efetivo de poupança que garanta a sua aposentadoria futura. José Américo Madeira Pinto Junior é publicitário e administrador de empresas, e diretor da AMP Produtos Terapêuticos.

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Inspiração

DR ALBERTO GUIMARÃES:

um profissional à serviço do parto respeitoso

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aiano, nascido pelas mãos de uma parteira, e vindo de uma família para a qual gestação e nascimento eram acontecimentos naturais pelos quais todos os seres humanos poderiam passar ao longo de suas vidas, o médico conta sobre suas raízes: “Minha mãe teve nove filhos, nascidos naturalmente então, de certa forma, falar de parto nunca foi um tabu para mim”, enfatiza. Desde muito jovem ele sabia o que queria estudar e sonhava com o dia em que se tornaria médico, o que não foi uma tarefa fácil, uma vez que não sabia que o ingresso na faculdade de medicina seria tão desafiador. Ao chegar em São Paulo, trabalhava como bancário para poder pagar um cursinho pré-vestibular para medicina. “A faculdade era um sonho. E eu não desisti ou fiquei desmotivado com o simples fato de ser concorrida demais”, diz o médico, lembrando que o primeiro ano de cursinho foi um verdadeiro aprendizado que vai levar para a vida toda. Nesse período vivenciou a discriminação por colegas e alguns professores, tendo sido desenganado pela maioria, o que, ao invés de desestimulá-lo, tornou-o mais forte em seus objetivos. “Logo no início da residência percebi que pouco ouvia falar sobre a importância de entender o que a mulher desejava como

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experiência de sua gestação e parto. Tampouco da necessidade do médico entender que o parto é um evento feminino, interno, puro e sagrado, portanto só eventualmente seria necessário algum procedimento para mudar a realidade desse período”, conta. A opção pela Ginecologia e Obstetrícia veio de um acaso, relembra: “Houve um acidente automobilístico na estrada em Minas Gerais, que ceifou a vida do meu pai e meu irmão. Porém, com o apoio e incentivo da minha mãe, voltei para São Paulo. E mesmo sendo incompreendido pelos meus colegas de faculdade, fiz mais um ano de residência. Na faculdade percebi que muitos queriam ser médicos para salvar vidas, fazer a diferença. Outros, para que as pessoas os respeitassem como autoridade médica. Estando na faculdade, pude identificar um mestre na figura do professor Antônio José. E assim, percebendo que eu era um aprendiz ávido para absorver conhecimento, ele me colocava para estudar. Na ânsia de praticar aquilo que aprendia, eu o acompanhava em todos os cantos. Em meu último dia de estágio, enquanto uma mulher passava por umas contrações e experimentava as diversas sensações de seu trabalho de parto, o professor Antônio olhou no fundo dos meus olhos e disse: ‘esse bebe é seu’”, rememora. “E quando esta mulher teve a última contração, lá estava eu, segurando aquela criança que, embora não fosse o meu filho, me tornava o homem mais feliz do mundo”, orgulha-se. Seu maior desafio foi perseverar na carreira médica, depois de ser chacoalhado pelo destino com a morte do pai. Na ocasião, ele estava disposto a abrir mão desse objetivo para assumir suas responsabilidades e cuidar da mãe e dos familiares. Após o choque inicial, foi surpreendido por sua mãe que, abnegadamente, lhe orientava: “Vá para São Paulo, suas malas estão prontas. Seu sonho é ser médico e você vai ser médico, seu pai queria isso”. Apesar da dificuldade e angústia impostas pelo momento, ele apostou nos seus sonhos e investiu na ginecologia, que à época era vista como uma especialidade de luxo. Ressalta que sua verdadeira evolução como médico se deu após a criação do programa Parto sem Medo. “Me libertei das amarras que me impediam de enxergar a gestante com todo o seu potencial divino e ganhei forças para apoiá-las”, afirma. Um ponto marcante de sua carreira

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aconteceu durante o mestrado na Unifesp, quando conheceu o Amparo Maternal. “Ali comecei a ver o nascimento humanizado de forma mais natural, em que o bebê ia para o colo da mãe. A mulher dava conta de ter seu filho naturalmente. Aquilo me tocou, foi um espetáculo da natureza se abrindo para mim. Nenhum médico isoladamente seria capaz de colocar tanta beleza num nascimento. Ao incorporar a prática do parto e do nascimento humanizado, foi necessário romper com o modelo tradicional, causando verdadeiro abismo entre os dois modelos” explica e continua: “Dali para frente minha missão foi ganhando mais significado. Fui à congressos, comecei a frequentar espaços, entrar em contato com obstetrizes e doulas que têm como objetivo principal oferecer segurança e tranquilidade na hora do nascimento dos bebês. E assim, foi ficando cada vez mais nítida a ideia de que o medo do parto podia tirar da mulher a possibilidade dela passar pela experiência mais transformadora de sua vida”. E foi dessa forma que surgiu o “Parto Sem Medo”, programa multidisciplinar que dava bases para que a gestante seguisse com o processo natural do seu corpo. “Utilizei todo o conhecimento clínico para criar estratégias que diminuíssem o medo de parir. Encarar a gestação e o parto como algo natural a ser vivenciado. Ele visa o trabalho desde o pré-natal, a tomada de consciência da gestação, de como ela pode ser transformadora na vida da mulher e da família. Esse programa é um novo modelo de assistência à parturiente que enfatiza que o parto é um evento de máxima feminilidade e a mulher e o bebê devem ser os protagonistas”, esclarece. A partir deste programa, o médico pode lançar, em 2016 o livro “Parto Sem Medo”, que promove uma imersão em cada fase da gestação, de forma delicada e sensível. “Nossa missão e também nosso desafio é poder atuar em instituições de saúde e escolas médicas para ajudar médicos a transformarem a atuação de obstetras e enfermeiros, de forma que trabalhem com um novo modelo na assistência à mulher grávida, do pré-parto ao nascimento, de forma mais humana”, finaliza. Alberto Guimarães é formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis (RJ) e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), e atualmente encabeça a difusão do “Parto Sem Medo”. JAN-FEV/19


Atualidades

Tecnologia aplicada à Saúde

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urgente que se discuta o atual cenário da saúde no Brasil, principalmente no que diz respeito ao perfil do paciente digital e às tendências tecnológicas aplicadas à saúde. A população está envelhecendo em todo o mundo. Mas o que isso implica no Brasil? Como está o nosso setor de saúde? A partir de 2039, haverá mais pessoas idosas que crianças vivendo no país. De acordo com o IBGE, em 2060, 1 em cada 4 brasileiros terá mais de 65 anos. Esse cenário implicará em uma maior predominância de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e câncer. E isso resulta em uma tendência de crescimento no volume de consultas, exames e internações, além de uma maior preocupação com prevenção e gestão da saúde. A consequência disso é a pressão no sistema público e nas operadoras de planos de saúde, que já enfrentam dificuldades com o atual modelo de negócios. Essa foi a má notícia. Agora, a boa notícia é que existe solução: a

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saída para evitar o colapso no setor é a transformação digital. Importantes respaldos tecnológicos avançam no setor da saúde e já se fazem presentes na vida dos pacientes. A corrida tecnológica para o incremento da longevidade, redução de custos de tratamento e gestão da saúde já começou. E existem importantes iniciativas que auxiliam nesta jornada: Big “Health” Data: na era digital, podemos ter informações sobre a saúde e as características genéticas de um bebê, por exemplo, que podem prevenir doenças futuras e ajudar a encontrar a cura antes mesmo dos sintomas começarem a surgir. As informações de pacientes podem facilitar o monitoramento do tratamento e possibilitar o cruzamento de informações envolvendo diagnósticos, intervenções e terapias realizadas, inclusive, em outros países. Captar e cruzar dados pode trazer ganho de tempo e redução de custos, passando por tomadas de decisão mais precisas e eficientes. Telemedicina: a utilização de aplicativos e softwares que podem ser manejados a distância é um recurso valioso e necessário que proporciona o encurtamento de processos e facilita diagnósticos precisos de doenças e exames. Pode-se levar atendimento de altíssima qualidade para áreas re-

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motas. No setor público, por exemplo, nas unidades de Pronto Atendimento que notadamente possuem recursos escassos, será possível disponibilizar remotamente mão de obra altamente qualificada e especializada. Aplicativos: diversos apps já fazem parte do nosso dia a dia e podem auxiliar na obtenção de uma vida mais saudável ou a descobrir, em um curto período de tempo, sintomas de doenças ou informações mais apuradas. Já temos apps que monitoram os batimentos cardíacos em tempo real, que medem o índice glicêmico, a perda de gordura e até a qualidade do sono. Um exemplo emblemático dessa tecnologia é o app que transformou o celular em um oftalmologista portátil, permitindo a realização de exames de fundo de olho em 5 mil pacientes, no Quênia. Wearables: o termo se refere às tecnologias para vestir. Conhecemos relógios inteligentes ou dispositivos para a prática de esportes, mas há muito mais tecnologia por vir. Os wearables estão cada vez mais refinados, o que permite monitoramentos contínuos, por exemplo, nos cuidados de saúde (nível de estresse, diabetes, lactose, etc). Dispositivos de uso interno, sob a pele ou “comestíveis”, estão sendo desenvolvidos para detectar alterações químicas no corpo. Ingestíveis de novas gerações podem, por exemplo,

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Atualidades

monitorar as reações aos medicamentos para ajudar com o tratamento. Chatbots: os robôs já são aliados em diversas áreas e com a saúde não poderia ser diferente. Temos máquinas que usam Inteligência Artificial para identificar potenciais riscos à saúde e alertam profissionais multidisciplinares. O caso do robô Laura é um ótimo exemplo. Ele foi desenvolvido usando tecnologia cognitiva, ou seja, é capaz de aprender. Ele encontra falhas operacionais e informa as pessoas responsáveis, o que resulta em economia de tempo, recursos e, claro, vidas salvas. Interconectividade: conectar todas essas informações geradas e disponibilizar de forma segura, confiável e respeitando a privacidade do usuário é um desafio e, ao mesmo tempo, vital para que a transformação digital na saúde ocorra. As iniciativas de blockchain, tecnologia de registro de informações a partir de cadeias de blocos protegidos por criptografia, dão mais segurança às transações digitais e podem auxiliar nesse processo.

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Busca e agendamento de consultas online: a tecnologia aplicada na busca de uma relação mais humana entre profissionais de saúde e pacientes pode ser poderosa. Mais do que equipamentos de última geração, é necessário investir na melhor gestão do tempo - tanto do paciente quanto do profissional de saúde - dando ênfase para a qualidade deste tempo, dedicando mais foco nos humanos do que nas doenças. Afinal, tempo e saúde são dois ativos preciosos para a humanidade. Diante disso, plataformas que permitem buscar o profissional de saúde que melhor atenda às necessidades do paciente, que permitem avaliar e ver outras avaliações como referência, fazer o agendamento na hora que convém (24 horas por dia/7 dias por semana), é o tipo de serviço essencial para diminuir o tempo de dor e atender ao ritmo de vida do paciente que vive na era digital, além de otimizar o tempo dos profissionais, melhorando a gestão de seus consultórios e, consequentemente, o atendimento aos pacientes. Existem muitas outras tecnologias aplicadas à saúde que auxiliam na pre-

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venção de doenças, diminuição da mortalidade, aumento da expectativa de vida e que estão colaborando para a futura sustentabilidade financeira do sistema de saúde. Além disso, a transformação digital promove uma maior autonomia do paciente com sua própria saúde e resulta em mais qualidade de vida e satisfação. O paciente de hoje é digital, faz buscas na Internet e está aberto às possibilidades da Saúde 4.0. A dinâmica do mercado mudou e com ela nossos hábitos enquanto consumidores. A representativa penetração online observada em setores como o de hotelaria e hospedagem precisa, urgentemente, ser estendida para o setor de saúde, que segundo estudo da Dealroom.co, movimenta cerca de dois trilhões de euros ao ano e possui apenas 2% de penetração na Internet. O potencial desse universo em expansão está aberto, basta conectar. Tempo e Saúde estão entre suas prioridades? Então use a tecnologia a seu favor. Carlos Eduardo Spezin Lopes é Country Manager da Doctoralia no Brasil.

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Tecnologia

DIGITALIZAÇÃO, PADRONIZAÇÃO E CONEXÃO: os alicerces para Telemedicina e Digital Health

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ntramos em 2019 e a expectativa é de um ano intenso em termos de inovações tecnológicas na área de saúde. A transformação digital já demonstrou que pode potencializar o exercício da medicina de inúmeras maneiras. Existem soluções que elevam o grau de eficiência e assertividade de exames de diagnóstico e de tratamentos. Há ainda ferramentas que podem derrubar todas as fronteiras e levar o acesso à medicina para um número muito maior de pessoas. Resumidamente, a tecnologia beneficia médicos, instituições e pacientes, e ainda por cima torna os custos mais acessíveis para todos, na grande maioria dos casos. Portanto, o cenário

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é de ascensão, já que essa é uma equação que interessa a todos. No entanto, quando falamos de tecnologia de Telemedicina e Digital Health, existem alguns desafios a serem vencidos. Diria que as barreiras a serem transpostas em 2019 são mais de ordem comportamental e regulatória. A verdade é que a tecnologia pode avançar muito rapidamente, os próprios pacientes já estão mais habituados ao uso dela para diferentes tarefas do seu dia a dia por meio de seus smartphones. Por outro lado, é preciso que profissionais de saúde e regulação se adaptem, se não na mesma velocidade, ao menos de forma mais rápida. Nesse artigo, vou focar na questão cultural dos profissionais e em seu desdobramento mais latente: a falta de gestão básica no negócio da saúde por meio da tecnologia. Vamos para prática. A Telemedicina, por exemplo, possibilita que médicos

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troquem informações a distância sobre pacientes, que transfiram e analisem exames e laudos de forma digital, que um profissional monitore um paciente a milhares de quilômetros de distância. É possível que um médico de São Paulo atenda uma comunidade que vive isoladamente na Amazônia, contanto que o indivíduo esteja conectado. Sem exageros, não existem fronteiras quando o assunto é a Telemedicina. Abrindo o leque para Digital Health como um todo, as possibilidades são ainda maiores, até porque estamos falando da combinação entre as ferramentas digitais com os avanços em medicina genética. Então não se trata só de conexão, mas de ferramentas de inteligência para análise profunda dos bancos de dados e, por consequência, uma personalização extrema do atendimento médico. Isso vai desde um envio periódico e automático de um SMS (Short Message Service) para um paciente não se esquecer de tomar insulina até a colaboração para tomada de decisão de diagnóstico. Fala-se até em medicina preventiva, uma vez que um banco de dados profundo pode fornecer informações sobre o paciente que, combinadas e analisadas inclusive pelo próprio sistema, podem ajudar o médico responsável a prever o desenvolvimento de determinada patologia e, por consequência, já iniciar medidas preventivas. Todas essas tecnologias descritas acima já existem e estão disponíveis, em algum grau. E todas seguem como forte tendência para 2019, se analisadas individualmente. Casos pontuais fantásticos vão acontecer, não tenho a menor dúvida disso. Mas se quisermos falar em Telemedicina e Digital Health em grande escala, temos que começar da base. E a verdade é que estamos atrasados. De maneira simples, o que quero dizer é que hoje temos um bocado de computadores e sistemas individuais em instituições, mas na grande maioria dos casos, eles não estão padronizados e conectados, não se conversam.

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Tecnologia

Há cases referência de excelências em Telemedicina e Digital Health, é verdade e é de se comemorar. Mas eles não estão nem perto do seu pleno potencial. E a abrangência deles está muito longe da necessária, ainda mais em um país continental como o Brasil. Essa é a questão. Para se falar em Digital Health e Telemedicina em grande escala, três passos de gestão que dão nome a este artigo são essenciais: digitalização, padronização e conexão. Aí sim podemos falar em exercício da medicina, especialmente sobre Telemedicina e Digital Health em sua plenitude. No mundo ideal, todo o histórico de um indivíduo deve estar disponível para qualquer instituição de saúde acessar. E por incrível que pareça, muitos consultórios e instituições ainda estão na fase do papel. E estamos falando não só de regiões mais interioranas, mas de grandes centros urbanos, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro. Se usam um prontuário eletrônico, ele não é completo. E se é completo, não conversa com outros

prontuários, o que inviabiliza a conexão e aí não há de se falar em Telemedicina e Digital Health. Imagine que um paciente paulistano em férias no nordeste sofra um acidente e precise de socorro. Não seria muito mais efetivo se o médico de lá, em poucos cliques, tivesse acesso a todo o seu histórico clínico? Quantos exames seriam economizados? O paciente não seria atendido melhor e mais rápido? Não sairia mais barato para o próprio hospital ou clínica? Esse é o ponto. Existem cases pontuais de excelência entre instituições que nos fazem crer que isso, sim, é possível. Algumas clínicas e grupos no Brasil já se atentaram à importância da tecnologia no exercício da medicina e, essencialmente por esse motivo, estão escalando. Existe um movimento de verticalização do setor e uma crescente tendência de consolidação para aqueles que investem em gestão baseada em alta tecnologia. Isso porque, na prática, essa tecnologia traz conveniência ao paciente, que se transforma em fidelização, que gera

aumento da lucratividade do negócio, o que atrai fundos de investimento. Aí o modelo escala. Enfim, a Saúde Digital é um modo de reduzir ineficiências no exercício da medicina, de potencializar o acesso aos serviços e tornar a medicina ainda mais personalizada e resolutiva. Existem muitos interessados no conceito de Digital Health e Telemedicina, o que inclui players globais de tecnologia e saúde. As soluções estão disponíveis e há demanda de pacientes e classe médica. O que precisamos é ligar todos esses pontos. Ou melhor: digitalizá-los, padronizá-los e conectá-los. Se isso acontecer, todos os benefícios da Digital Health e da Telemedicina vão se tornar disponíveis na velocidade de um clique. A barreira não é tecnológica, é comportamental. Felipe Lourenço é fundador e CEO da iClinic, software na nuvem para gestão de consultórios presente em mais de vinte países. É formado em Informática Médica pela Universidade de São Paulo (USP).

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