Revista Hotelaria - Edição 269 - Jul-Ago/18

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Piscina do Spa Resort Beija Flor, by Piscinas de Areia

Ano 25 - Nº 269 - JUL-AGO/2018

www.revistahotelaria.com.br

Christihe Gehring

– desafios da gestão hoteleira

ArcoLora – sistema controle de alarme e supervisão de eventos

Suíça Turismo – eficiência

Gestão de lazer – atuação

e qualidade do receber bem

profissionalizada


Em 2015, a empresa foi uma sadas para ajudar o hoteleiro oferece atualizações frequen- Em 2015, a empresa foi uma Em 2015, a empresa foi uma sadas para ajudar o hoteleiro oferece atualizações frequenoferece atualizações frequendas selecionadas para particiem todas as etapas da jor- tes de forma gratuita a seuspara para particidas particiem todas as etapas da selecionadas jor- tes de forma gratuita a seus das selecionadas es de forma gratuita a seus par do programa Promessas nada de compra do viajante clientes. Uma prova disso é a par do programa Promessas par doclientes. programa do viajante Uma prova disso é a Promessas lientes. Uma prova disso énada a de compra Endeavor, um umprograma programa desde a fase da atração dos criação do primeiro Channel Endeavor, dede Endeavor , um programa de - desde a fase da atração dos criação do primeiro Channel riação do primeiro Channel apoioa aempreendedores empreendedores com clientes ao pós-venda tudo Manager 100% nacional. 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Marcos MacedoA ferpotencial de alto impacto CEO e Fundador do com o foco na otimização dos ramenta, desenvolvida internapotencial de alto impacto aoao potencial alto ao CEO e Fundador do com o foco na otimização dos ramenta, de desenvolvida interna- impacto amenta, desenvolvida internaIbooking redor domundo, mundo, eem em2017, 2017, processos, no aumento do demente, permite a conexão dos Ibooking redor do e redor do mundo, e em 2017, processos, no aumento do de- mente, permite a conexão dos mente, permite a conexão dos foiuma umadas das2525empresas empresas sempenho rentabilidade estabelecimentos 270extraextrafoi dodo foi uma das 25 empresas do sempenho e e de de rentabilidade estabelecimentos aa270 stabelecimentos a 270 extraEstado do Rio de Janeiro dos nets representa umde marco Janeiro Estado do Rio de Janeiro se-seEstadonets do Rio sedos meios meios de de hospedagem. hospedagem. ee representa um marco nets e representa um marco lecionadas para participar no mercado de softwares para lecionadas para participar dodo lecionadas para participar do no mercado de softwares para no mercado de softwares para programa Scale Up Rio, uma Sabemos, no entanto, que negestão hoteleira do país. programa Scale Up Rio, uma programa Scale Up Rio, uma Sabemos, no entanto, que ne- gestão hoteleira do país. gestão hoteleira do país. iniciativa do Sebrae.Ode ORio Rio iniciativa do Sebrae. dede iniciativa do Sebrae. 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Procur estar semO Ibooking surgiu dada necessidaO Ibooking surgiu necessida- amos do de forma prática e amigádo de forma prática e amigáestar entre as escolhidas para estar entre as escolhidas para estar entre as escolhidas para dezenas de colaboradores e pre abertos às sugestões dos dezenas colaboradores e pre abertos às sugestões dos pre abertos às sugestões dos dede dede um hoteleiro um hoteleiroque quenão nãosese vel, vel,sem semaanecessidade necessidade de de se se fazer fazer parte deste projeto nos fazerparte partedeste desteprojeto projetonos nos bem setorizados, que necessiusuários, já tendo implementado usuários, já tendo implementado bem setorizados, necessiusuários, já tendo implementado conformavacom com ineficácia conformava a aineficácia percorrer caminhos caminhos complecomplepercorrer dá dá a certeza de que estamos dáa acerteza certezadedeque queestamos estamos tam de completo. diversas delas nas nossas atuadiversas delas nossas atuatam de um software completo. diversas delas nas nossas atuadossistemas sistemasde degestão gestãoexisexis-nas dos xos para realizar as tarefas xos para realizar as tarefas no caminho certo. nocaminho caminhocerto. certo. lizações que zações pois acreditamos que o lizaçõespois poisacreditamos acreditamos queoo no tentesnanaépoca época 2011-pois pois de tentes - -2011derotina. rotina. 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De DeHoteleiro Hoteleiro para parahoteleiro hoteleiro


Publisher: Isa Bombardi Publicidade: comercial@revistahotelaria.com.br (11) 3835-4255 Hotelaria Suprimentos & Serviços de Hotelaria Registrada no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos sob no 183.562, de acordo com a Lei de Imprensa 6.015/73, e no INPI. Dirigida e enviada a hotéis, motéis, resorts, flats, pousadas, restaurantes, associações e entidades de classe, indústria e distribuidores de máquinas, equipamentos, produtos e serviços, empresas construtoras e profissionais liberais que atuam na área de arquitetura e decoração. Seus leitores são: a) Diretores; b) Gerentes; c) Chefes e encarregados que atuam nos setores de administração, manutenção, governança, alimentos e bebidas. A reprodução de artigos, reportagens ou notícias por qualquer meio é permitida. Os conceitos dos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. Todas as informações são originadas de entrevistas, releases e catálogos das empresas. A responsabilidade das informações contidas nos anúncios é dos anunciantes. Impressão e Acabamento: BMF Gráfica e Editora Tel.: (11) 3658-4500 Diretora Responsável: Maria Bombardi Editora Suprimentos e Serviços Ltda. R. Gomes Freire, 331 - CEP: 05075-010 São Paulo - SP - Brasil Telefax: (11) 3835-4255

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E O SEGUNDO SEMESTRE começa em ritmo acelerado O primeiro semestre terminou, muita coisa aconteceu, o país continuou sendo sacudido, mas, como manda a nossa história, continuamos firme e fortes.... Nossa retrospectiva mostra que somos até bastante resilientes e, apesar das vicissitudes, não perdemos a esperança e o bom humor. E isso pode ser bastante notado no setor de turismo e hospitalidade. Podemos até sentir os impactos, nos curvamos mas não quebramos... O setor, apesar de todas as dificuldades mostrou-se equilibrado e otimista. Um exemplo dessa fé que o empresariado brasileiro tem na sua capacidade de superação foi o sucesso do 31º Encontro Catarinense de Hotelaria – Encatho que recebeu durante os três dias de evento mais de três mil pessoas, provenientes de 14 estados e 6 países. E seguindo essa onda, a Revista Hotelaria, que também participou do evento, traz nesta edição uma síntese dos temas importantes tratados. Temos também uma interessante entrevista com o representante da autoridade de turismo da Suíça, que nos fala sobre as políticas daquele país para o setor e como foram desenvolvidas. Nossa seção inspiração enfatiza nessa edição duas mulheres fortes e poderosas: Beth Salloum, diretora da empresa homônima, fala de sua trajetória à frente do negócio da família e de suas conquistas como empresária. Já Christine Gehring, da Rede Laghetto de Hotéis conta sua experiência fora do Brasil em busca da excelência na profissionalização. Como tendências e tecnologias são fundamentais, você poderá ler sobre as Piscinas de Areia, que simulam uma praia e criam ambientes especiais, ou então sobre o uso de ozônio nos processos de limpeza tanto em cozinhas quanto em lavanderias. Então, boa leitura. E se você tiver alguma sugestão, fale com a gente: temos todo o prazer em ouvir nossos leitores. Entre em contato com a Redação (redacao@revistahotelaria. com.br) e dê sua opinião. Estamos aguardando. A foto da capa se refere à piscina do Spa Resort Beija Flor, Tibau do Sul (RN), ciada pela Piscinas de Areia.

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Sumário

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Opinião Suíça Turismo: excelência em receber

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Tecnologia

Gastronomia Fornos combinados e sua importância na cozinha profissional Um Sommelier: Paulo Freitas, um especialista em azeites

Piscinas de areia: tecnologia que simula a praia Uso de ozônio para facilitar e baratear as operações de limpeza

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Atualidade

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Especial

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Educação

O poder dos hotéis independentes

Pisos e revestimentos: casamento da qualidade e elegância Tecnologia à serviço da segurança e prevenção

Encatho – Encontro Catarinense de Hotelaria

Destinos

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No mundo: Hotel Savoy de Florença é reaberto em grande estilo

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No Brasil: Casa Grande Hotel e sua história marcante

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Inspiração Uma empresária: A força e perseverança de Beth Salloum Uma hoteleira: Crhistine Gehring e sua jornada pela hotelaria no mundo

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Gestão do lazer e entretenimento na hotelaria

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Opinião

SUÍÇA:

DAS PAISAGENS NEVADAS À EXCELÊNCIA EM RECEBER.

UMA FÓRMULA IMBATÍVEL

suíço instalou a Associação Nacional para a Promoção do Turismo, com o objetivo de promover a Suíça como destino de férias. Até 1917 as empresas ferroviárias suíças estavam promovendo viagens para o nosso país e o objetivo de ter um escritório nacional era reunir os esforços e as forças de todas as diferentes agências para formar uma organização apoiada pelo governo federal, pelos cantões, pelo turismo regional, associações e hotelaria e restauração. Mais tarde todas essas ações transformaram-se no Escritório Nacional de Turismo da Suíça (Swiss National Tourist Office - SNTO) e hoje é conhecido como Suíça Turismo (Switzerland Tourism - ST). A partir de 2018, a Suíça Turismo passa a ter 32 escritórios em 26 países e 250 funcionários em todo o mundo.

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Suíça é um dos países que mais despertam interesse mundialmente, por inúmeros motivos: além de sua incrível beleza natural, há que se considerar a estabilidade econômica, excelência em serviços essenciais como educação, saúde e segurança, e notoriamente por suas qualidades turísticas. A Revista Hotelaria ouviu Urs Eberhard, executivo-chefe de marketing da Suíça Turismo sobre assuntos relacionados. Confira! Revista Hotelaria: Para começar, pode nos dizer como foi desenvolvida a atual política de turismo da Suíça? Urs Eberhard: Em novembro de 1917 o parlamento

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HT: Quais foram os pontos de maior dificuldade e como foram vencidos? UE: Como em todo processo de construção o agrupamento de forças e a união de diferentes atores ao redor de uma mesa para formar uma organização nacional não foi uma tarefa fácil, especialmente num sistema federalista, como é o caso da Suíça. É vital que colaboremos estreitamente com a indústria para destacar melhor a identidade da Suíça como destino de férias, viagens e conferências. Para nos distinguirmos da concorrência, precisamos usar um mix criativo e efetivo de meios de comunicação, abrindo novos mercados e derrubando barreiras tais como as restrições

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Opinião

de vistos. Que formato deve tomar a promoção do nosso país, e quanto isso deve custar é tema de constantes debates com os provedores de serviços de turismo. HT: Que mecanismos o ministério utiliza para divulgar a Suíça como destino turístico? UE: O governo concedeu à Suíça Turismo o status legal de empresa público-privada de acordo com a nossa lei federal. A ordem é promover a Suíça como destino de viagens de férias e congressos , tanto no mercado externo quanto no doméstico. O financiamento é discutido e finalmente aprovado pelo parlamento e tem sempre a duração de quatro anos. Um contrato de prestação de serviços com a Secretaria Estadual de Assuntos Econômicos (State Secretariat of Economic Affairs -SECO), o respectivo departamento dentro do Departamento Federal de Assuntos Econômicos, Educação e Pesquisa define os objetivos. A SECO não nos diz como e onde comercializar a Suíça, mas define algumas metas ambiciosas para os quatro anos. HT: Quais as principais campanhas de divulgação e fomento ao turismo em ação hoje ? UE: A Suíça sempre foi um destino premium, por este motivo o marketing em massa e o turismo de massa não se encaixam no perfil do país. Por isso, implantamos um marketing de precisão, definindo grupos de interesse para os quais temos produtos exclusivos. Em seguida, definimos as melhores plataformas e canais para alcançar esses grupos de interesse. Esses grupos vão desde os caminhantes, amantes da natureza, fãs de turismo, amantes da cultura, viajantes de luxo, entusiastas dos esportes de neve JUL-AGO/18

e muito mais, até agências especiais de incentivo e organizadores de congressos. Nos últimos anos, a mídia social tornou-se muito importante como um instrumento para alcançar esses grupos de interesse, mas ainda trabalhamos com a mídia tradicional, com operadores turísticos apresentando a Suíça e com instrumentos promocionais tradicionais, como eventos, feiras e propaganda. HT: Como a Suíça trabalha a questão da exigência de vistos? Quais os requisitos para que turistas estrangeiros visitem o país ? UE: A Suíça faz parte do área Schengen e todos que possuem um visto Schengen também podem entrar na Suíça. Muitos países, por exemplo Brasil, não exigem visto para que seus cidadãos entrem na Suíça. O Suíça Turismo sempre trabalha com as respectivas autoridades para facilitar o processo de solicitação de visto, tanto quanto possível, em países que exigem um visto para seus cidadãos (por exemplo, China, Índia, Tailândia, Rússia etc.).

Lausanne (EHL - Ecole Hotel de Lausanne) comemora seu 125º aniversário em 2018. Existem muitas Universidades de Ciências Aplicadas oferecendo cursos e diplomas especiais em turismo. HT: Quais os principais países de origem dos turistas que visitam a Suíça? EU: Atualmente, a maioria dos visitantes são viajantes domésticos. Os suíços respondem por quase 50% de todas os pernoites turísticos em nosso país. O maior mercado de origem fora da Suíça é a Alemanha, seguido pelos EUA, Grande China, Reino Unido, BeNeLux, França, Itália, Países do Golfo, Índia, etc. HT: Pode nos citar números do turismo? Por exemplo: qual a receita gerada por esse mercado na economia suíça? Quanto gasta em média cada turista estrangeiro no país? UE: Em 2017, nossos visitantes gastaram 37,4 milhões em pernoites nos nossos hotéis e cerca de 35 milhões em casas de veraneio. As despesas diárias

HT: Existem parceiras com outros países? Quais e como funcionam ? EU: Não há parcerias oficiais com outros países, mas nos reunimos regularmente com outros escritórios de turismo para discutir questões, desafios e oportunidades atuais. HT: Como são os mecanismos de capacitação dos profissionais que trabalham nesse setor ? UE: A Suíça tem um sistema educacional muito elaborado e a indústria do turismo e hospitalidade tem a sorte de ter tantos institutos oferecendo uma educação superior em turismo. Uma das instituições mais famosas para a indústria da hospitalidade, a Escola de Hotelaria de

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médias chegam a 165 CHF (francos suíços) por pessoa e por noite. Os visitantes do exterior gastam em média 197 francos suíços por noite, os suíços 140 francos suíços por noite. O valor total de exportação de dinheiro gasto pelos visitantes do exterior é da ordem de CHF 17,8 bilhões, o que equivale a 4,4% do volume total de exportação. O volume total de turismo é de CHF 51,3 bilhões. Existem 192.000 empregos em tempo integral em nosso setor. HT: Como é o segmento de turismo de eventos? UE: MICE (Meeting, Incentives and Congresses - Reunião, Incentivos e Congres-

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sos) tem uma participação muito forte de 19% em todas as diárias de hotel. Eventos como o Basel World, o Zurich Street Parade, o Montreux Jazz e muitos outros são faróis muito importantes, atraindo não apenas visitantes para o evento, mas também facilitando a proeminência de um destino e do país. HT: Qual é a estratégia para capturar mais eventos, como feiras e congressos? UE: Temos um departamento especializado em MICE, com funcionários dedicados para encontrar e adquirir feiras e congressos para a Suíça. Há também um orçamento substancial para a promoção da Suíça como destino de congressos.

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HT: Quais são as principais atrações turísticas do país e quais são as mais visitadas? UE: A Suíça é mais conhecida por seus lagos e montanhas. Portanto, alguns dos lugares famosos mais visitados são as montanhas, como Jungfrau, Titlis, Pilatus, Rigi e muito mais. Também são muito famosas as Cataratas do Reno em Schaffhausen, o Castelo Chileno em Montreux, os trens panorâmicos como o Glacier- e Bernina-Express, os Museus de Arte Moderna de Zurique e Basel e cidades como Luzern e Interlaken. Urs Eberhard é o executivo-chefe de marketing da Suíça Turismo.

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Tecnologia

PISCINAS QUE SIMULAM PRAIA? TEMOS, SIM, SENHOR! Nova tecnologia para a criação de ambientes funcionais e 100% naturais

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m dos grandes atrativos de um hotel, além, obviamente do serviço de acomodação e gastronomia, está na infraestrutura de lazer. Quem não chega a um hotel já pensando nas delícias de um mergulho numa linda piscina, ou aproveitar o entardecer ao seu redor com um bom livro, por exemplo? A área da piscina é um setor que precisa ser muito bem estruturado e agradável, de forma que os hóspedes se sintam compelidos a passar horas de seu tempo livre usufruindo das delícias do local. Contudo, as piscinas vêm passando por grandes avanços, tecnologias em design, arquitetura, filtração e limpeza, iluminação, segurança, entre outros são fatores determinantes para o sucesso. E uma dessas novidades é uma nova forma de construção, as chamadas Piscinas de Areia®, produto exclusivo e patenteado pela empresa homônima. O resultado final dessa tecnologia nos dá a sensação de que estamos numa daquelas maravilhosas piscinas naturais. Isso, graças a uma inovadora forma de construção que utiliza uma areia compactada e gera um acabamento especial, criando um forte impacto visual. Assim, os projetos se assemelham a uma praia à beira-mar ou um riacho com pedras. As possibilidades de design e decoração são infinitas e os resultados são bastante interessantes. A areia compactada, mesmo na borda seca, e na área molhada, não queima os pés, é antiderrapante e muito agradável ao toque. Ela é compactada e juntamente com o revestimento patenteado de Piscinas de Areia® ganha rigidez e alta resistência. As piscinas são construídas com materiais de aparência 100% natural, com base de concreto armado à prova d’água e os processos de limpeza e manutenção são idênticos aos de uma piscina tradicional de alvenaria. Sua limpeza demanda apenas de um aspirador de piscina (manual ou elétrico), uma rede para folhas e nada mais. Além disso, o produto aceita todos os tipos de cloração/depuração que existem no mercado; ionizador, ozonizador, cloro, método salino, U.V., etc. Outra característica do produto é o fato de dispensar a instalação de escadas (embora nada impeça sua colocação): o hóspede entra e sai dela como se estivesse numa praia. O acesso se dá por meio de uma pequena queda até o fundo, sem degraus. É ideal para crianças, idosos e pessoas com deficiência física. A piscina pode também receber, caso necessário, aquecedor de água, seja com aquecimento solar ou com bomba de calor, do mesmo modo que uma piscina tradicional de alvenaria. Além disso, pode ser projetada para receber uma borda infinita, cascata, pedras na lateral, hidromassagem. Piscinas de Areia – www.psicinasdeareia.com.br

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Destino no Mundo

HOTEL SAVOY DE FLORENÇA: reabertura em grande estilo Parceria com Emilio Pucci marca a estreia da grife italiana no mercado hoteleiro

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onstruído há 125 anos e localizado no coração da cidade de Florença, na imponente Piazza della Repubblica, o Hotel Savoy, pertencente ao grupo Rocco Forte Hotels, foi reinaugurado e opera em grande estilo, após seis meses de intensa reforma. O processo, comandado por Olga Polizzi, diretora de design da cada, utilizou-se de temas contemporâneos, elementos do renascimento, moda florentina e os melhores artesãos da cidade, culminando com a maestria e bom gosto da Casa Emilio Pucci, que criou com esmero a nova decoração do estabelecimento. A entrada e o lobby do hotel foram reintegrados a sua grandeza original e apresentam uma paleta branca pontuada de acentos da casa que assina o projeto e elementos coloridos de arte e design, incluindo pinturas de Luca Pignatelli, todos acrescentando uma sensação de glamour. Com um teto de cinco metros de altura com acabamento de sanca, o lobby conta com duas novas grandes mesas de recepção que incorporam características neoclássicas como putti e cariátides nas quatro quinas, representando as estações do ano e a “Flor de Lis”, o emblema da cidade. O toque Pucci continua por todo o lobby, e é complementado por um tapete tufado à mão com a icônica estampa “Lamborghini” dos Emilio Pucci Archives em nuances de rosa, cinza, branco e preto. A renovação se estendeu para além dos espaços públicos, chegando aos quartos e suítes. Ao reduzir o número de 102 para 80, muitos deles foram completamente reestruturados e aumentaram de tamanho para oferecer aos hóspedes uma experiência mais luxuosa

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e espaçosa: as suítes Júnior, as suítes Grand View e a nova e impressionante suíte Presidencial Duomo que ocupa sua própria ala (de 177 m2) com vistas para a incrível Cúpula de Brunelleschi. No quinto andar está localizada a única suíte de dois pavimentos, que oferece uma vista panorâmica dos telhados de Florença. Cada um dos quartos e suítes foi concebido para dar uma sensação de calma e tranquilidade e os tons tranquilos combinados com os tecidos luxuosos criam uma sensação predominantemente italiana, refletindo a essência da marca Rocco Forte. E como nem só de design vive o hóspede, o hotel tem um serviço especializado de gastronomia, em seu restaurante Irene, comandado pelo chef Giovanni Cosmai, que se utiliza de ingredientes sempre frescos e da temporada, adquiridos junto a produtores locais. O hotel ainda oferece aos seus visitantes uma moderna academia de ginástica, aparelhada com equipamentos especializados para uma grande variedade de exercícios cardiovasculares, de resistência e controle de peso. O hotel Savoy se configura como o local ideal para eventos corporativos, banquetes, conferências, e encontros de negócios. Para tanto, está disponível um elegante e espaçoso salão, com o que há de mais moderno em termos de tecnologia audiovisual e facilidades. Com capacidade para acomodar até 50 convidados, o “Salotto”, projetado por Olga Polizzi, inclui Wi-Fi de alta velocidade, conexão a cabo e todas as facilidades necessárias para oferecer uma experiência irretocável para eventos e encontros.

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Destino no Brasil

CASA GRANDE SPA E RESORT: O charme e elegância do casarão à beira-mar

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ncrustado na chamada Pérola do Atlântico, como é conhecida a cidade do Guarujá, em São Paulo, o Casa Grande Hotel está localizado na bela praia da Enseada, um dos pontos mais badalados do município. O estilo colonial brasileiro está bem retratado em sua majestosa construção de dois pavimentos, construída em 1972, e que foi submetida a diversos processos de renovação, tento alcançado no ano de 1982 o status de resort cinco estrelas. Em sua imponente estrutura de 45 mil m2 (dos quais 40 mil são lindos e exuberantes jardins tropicais), estão localizados seus 259 apartamentos, três vilas e seis master suites, todos com acesso à Wi-Fi de alta velocidade, televisão a cabo, telefones com voice mail, banheiros de mármore, cifre privativo entre outras características. Para o lazer de seus visitantes, oferece piscinas interna e externa aquecidas, e terraços com vista para a praia ou jardins, além de três quadras de tênis iluminadas. Os hóspedes contam ainda com o spa completo que oferece tratamentos terapêuticos e estéticos. Para atender aos pequenos, o espaço denominado Casa da Criança disponibiliza duas piscinas, quadra de biriball, campo de minigolfe, jogos e brincadeiras devidamente acompanhados por monitores exclusivos e treinados. No que diz respeito à gastronomia, o complexo está

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muito bem servido: o Restaurante Atlântico que possui amplos terraços com vistas para o mar e piscinas, oferece o que hás de melhor da cozinha brasileira contemporânea com serviço de buffet e a la carte. Já o Thai, traz toda a rica combinação de sabores da alta gastronomia tailandesa, num charmoso espaço com terraço com vista para o mar. Num descontraído ambiente casual o Café Colonial é o local ideal para desfrutar da cozinha de tendência mediterrânea. No Music Lounge um típico clube inglês disponibiliza lareira e música suave ao vivo, com temporadas gastronômicas. Os hóspedes contam ainda com o Lobby Bar, e os bares da piscina e da praia, além do restaurante do spa que oferece culinária balanceada. Para a realização de eventos, o hotel conta com um centro de convenções de 1400 m2 divididos em salões modulares de reuniões, com 200 m2 cada, além de outros 1000 m2 divididos em seis salões cujas áreas variam entre 110 e 340 m2. Todas as instalações têm acesso à Wi-Fi de alta velocidade. Além disso, localizado à beira-mar e integrado ao hotel por um belíssimo boulevard está o Espaço de Exposições, com piso em granilito e acabamento em latão, sistema de iluminação e ar-condicionado, próprio para receber qualquer tipo de evento. Composto por piso térreo e mezanino, o espaço pode receber até 130 estandes.

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Tecnologia

USO DE OZÔNIO PARA FACILITAR E BARATEAR AS OPERAÇÕES DE LIMPEZA

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ozônio (O3), também conhecido como oxigênio ativo, é um gás natural encontrado na atmosfera, e que possui algumas particularidades interessantes: tem a capacidade de impedir a passagem dos raios ultravioletas, altamente perigosos. É também um excelente bactericida, algicida, fungicida e viricida, mundialmente sacramentado como o mais seguro e eficaz método de tratamento de água, com aplicações em indústrias, piscinas residenciais, comerciais, lavanderias, estações de tratamento de água e esgoto, medicina e odontologia. O ozônio é um gás limpo, pois é formado a partir do oxigênio presente no ar que respiramos, não agride o meio ambiente, além de não gerar resíduos, e tem o poder de eliminar 99% das bactérias sem necessitar de produtos químicos. Ambientalmente podem proporcionar grande economia de água, energia e diminuir substâncias prejudiciais. Os purificadores da Wier Tecnologia são equipamentos que trabalham com a inovadora tecnologia de plasma frio e ozônio, a empresa é pioneira no Brasil em utilizar esta tecnologia sustentável. Para os ambientes eles garantem eliminação completa e rápida de microorganismos, como bactérias, vírus, fungos, colônias, biofilmes e mofo, odor em mesas, superfícies e chão, controles remotos, ar-condicionado. Na higienização de frutas e verduras, os equipamentos eliminam agrotóxicos das cascas dos alimentos, além de conservar, retardar a maturação e aumentar sua a vida útil pois eliminam o gás etileno e micro- organismos, gerando menos desperdício e prejuízo. Também podem ser usados para sanitização em câmaras frigoríficas, aonde garantem eliminação completa e rápida dos micro-organismos em alimentos, carnes, peixes e ovos, aumentando o Shelf Life ou seja, o prazo de validade dos alimentos.

SANITIZAÇÃO CONVENCIONAL Grandes gastos com produtos químicos Necessária imersão de 15 minutos na solução Realização de enxágue Diminui a durabilidade dos alimentos Descarte de água clorada para tratamento JUL-AGO/18

Uso em lavanderias e área de serviço Eliminação do uso de água quente: o uso de uma baixa concentração de ozônio a temperatura ambiente já se mostra eficiente para a higienização das roupas. Logo não há necessidade a utilização de água quente durante o processo de lavação. Redução do número de ciclos de lavação: a alta velocidade de reação do ozônio permite que se utilize ciclos de lavação mais curtos para obter o máximo de eficiência possível e elimina a necessidade de realizar tantos ciclos de limpeza das roupas. Com isso há uma economia de água e uma limpeza mais sustentável, pelo fato de não afetar o equilíbrio natural. Limpeza verde: O ozônio é feito somente com oxigênio e é utilizado para realizar a limpeza das roupas. Não deixa resíduo na água e auxilia no tratamento e quando vai para o ar logo volta a ser oxigênio. Dessa forma não há preocupações do lixo gerado por embalagens de produtos químicos ou do restante que fica na água que vai para o tratamento de efluente. Purificadores WIER, principais características: • Asseguram uma eficiente produção de ozônio com rigorosos controles de processo e segurança; • Design simplificado e funcionamento automatizado; • Tecnologia 100% nacional; • Garantia e assistência técnica local; • Projetos específicos e automações para acesso remoto poderão ser incorporados conforme necessidade do cliente; • Desligamento automático, maior autonomia e flexibilidade para o dia a dia; • Tecnologia limpa, ambientalmente correta e sustentável, não produz resíduos ao Planeta. Purificadores Wier - www.wier.com.br

SANITIZAÇÃO POR OZÔNIO Nenhum gasto com produtos químicos Imersão reduzida para apenas pelo menos metade do tempo convencional. Redução de pelo menos 50% do tempo no processo Dispensa enxágue acelerando o processo Aumenta a durabilidade dos alimentos Não tem

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A FORÇA E SEGURANÇA QUE MOVEM BETH SALLOUM: a empresária que fez das cortinas seu veículo para o sucesso

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uem inicia uma conversa com a empresária Beth Salloum, fatalmente acaba se surpreendendo de maneira bastante positiva. Dona de uma oratória simpática e de um humor aguçadíssimo, ela deixa transparecer nos pequenos detalhes a riqueza de sua personalidade marcante, característica fundamental para seu sucesso pessoal e profissional. Descendente e casada com um imigrante libanês, ela fala com serenidade e entusiasmo de suas experiências. Munida com uma formação fundamental, ela teve o começo das atividades na profissão pelas mãos da arquiteta Janete Ferreira da Costa, responsável pela sua iniciação no mercado da hospitalidade. O começo de sua carreira profissional se deu por meio de uma loja de decoração em sociedade com seu marido oriundo do Líbano, país com forte conhecimento do ramo de tecidos. A executiva relata que para auxiliar nos

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negócios, passou a comandar a seção de cortinas, com imensa vontade de crescer e foco. “Assim sendo, passei a atender arquitetos com serviços para residências, Por ter desenvolvido um ótimo trabalho, apostei em expandir minhas atividades para hospitais, hotéis, ambientes corporativos e escolas”, diz, afirmando que conta ainda, para a expansão da empresa, com a colaboração da filha Soraya Salloum. Toda a força de vontade e consistência no comando, adquiridas ao longo do tempo foram fatores essenciais para que a executiva pudesse vencer as barreiras e desafios ao longo da trajetória, entre os quais ela pontua a instabilidade político-econômica do país como fator marcante. “A queda da indústria brasileira e a expansão da importação foram aspectos que influenciaram bastante o quadro e demandaram pulso firmo e grande força de vontade”, afirma. Dentro dessas idas e vindas do mercado, ela ressalta os momentos de crise vividos: “A maior crise que experimentei ao longa da história da minha empresa foi quando tivemos uma forte retração do mercado da construção civil, quanto, então, busquei a superação através da captação de novos produtos e parceiros”, explica. Contudo, ela acredita que tenhamos já passado os momentos mais críticos. “É fato que este é um ano eleitoral e isso cria uma certa expectativa por mudanças e traz algumas incertezas. Mas penso que, o brasileiro, por tudo que viveu, precisa mudar seus hábitos econômicos com urgência”, opina a executiva. Por outro lado, a empresária se alegra ao analisar seus resultados com sua equipe: “Não tenho grandes problemas com meus funcionários, pois eles são a parte mais importante da empresa. É essencial que possam trabalhar com segurança, respeito e alegria. Dessa forma não existe terreno para desavenças”, ensina. Para que os executivos consigam vencer nesse cenário complexo, ela avalia ser de fundamental importância investir no planejamento cuidadoso da empresa, e definir estratégias de vendas inovadoras, tudo isso com uma boa dose de otimismo. Mas, ela é bastante firme e segura ao afirmar que, para todos aqueles no mercado de trabalho, uma coisa é indispensável: “fazer com amor o trabalho a que se propôs, com foco e perseverança, e sempre, absolutamente sempre acreditar na sua capacidade”, finaliza.

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Gastronomia

FORNO COMBINADO, inovação que gera eficiência na cozinha e tempo para o essencial

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oje, mais do que em qualquer outro momento na formação da gastronomia brasileira, se discute muito o impacto da operação de cozinhas profissionais com os preparos dos insumos e seu caminho até a mesa dos comensais. Em pleno amadurecimento, as cozinhas brasileiras se encontram lutando para descobrir formas e jeitos para aumentar sua eficiência produtiva. Na contramão, as cozinhas profissionais ainda sofrem com o quesito “tecnologia” e é muito comum encontrar equipamentos “domésticos”, baixando o rendimento e aumentando os custos operacionais nos processos de transformação do alimento. Não há exagero em dizer que muitos profissionais da área não conhecem o forno combinado e se conhecem, não entendem o que realmente ele faz. Todos os setores que buscaram ganhos na eficiência produtiva encontraram na tecnologia uma parte fundamental e absoluta de suas melhorarias em desempenho. O serviço de alimentação fora do lar não foge à regra e está sempre de olho no mercado buscando ferramentas gerenciais, equipamentos, cursos de qualificação e acesso à novas tecnologias que melhorarem o desempenho do negócio como um todo. Assim, deixa de ser uma surpresa que temas como cook & chill, sous-vide, pasteurização, resfriador rápido, compactação de resíduos e biomassa e, claro, o tal do forno combinado comecem a se tornar assuntos comuns entre os profissionais do segmento. Mas o que é forno combinado? Forno combinado é um equipamento de cocção que permite tratamento térmico de alimentos utilizando três tipos de calor: o que chamamos de calor seco, calor úmido ou a combinação dos dois, o calor combinado. Quando abordamos os benefícios da tecnologia em combinar tipos de calor para uma cozinha profissional e os retornos que justificam o seu investimento entendemos que tudo está relacionado

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com a possibilidade, de algumas marcas de fornos combinados, em determinar com precisão climas específicos (temperatura, umidade e ventilação). Explicando de maneira simples, a troca térmica do ar com umidade é muito mais eficiente do que o ar seco. A eficiência do processo de cocção melhora demais com a aplicação de umidade dentro da câmara de cocção. Fazendo a analogia de se colocar a mão em um forno comum, que pré-aqueceu a 190-220°C, para verificar se já está em temperatura suficiente para um assado, conseguimos manter a mão dentro do forno comum por uns 5 até 8 segundos, talvez. Mas por quanto tempo conseguimos deixar a mão sobre a chaleira de água em ebulição com vapor saindo a apenas 100°C (CNPT – Condições Normais de Pressão e Temperatura)? Assim percebemos que um clima com temperatura de 100°C e 100% de umidade “queima” mais que um clima com temperatura de 180°C sem umidade. O controle de umidade foi o motivo pelo qual os antigos chefs de cozinha começaram a embalar batatas em folha de alumínio, cozinhar alimentos envoltos em “papilottes” e utilizar técnicas de “sous-vide” (método de cozimento em sacolas plásticas seladas a vácuo em baixas temperaturas por um tempo maior que o tradicional). Os primeiros registros relatam que chefs de cozinha inventaram diversas técnicas para evitar os efeitos causados pelo ar seco do forno de convecção: pense no lombo natalino assado em forno sem papel alumínio com perdas de mais de 60% em rendimento decorrente da desidratação/evaporação de seus líquidos internos. Atualmente, a tecnologia presenteou as cozinhas com equipamentos que possibilitam o controle de umidade através da injeção direta de água (fornos mistos) ou através da injeção direta de vapor (fornos combinados). Os fornos mistos foram as primeiras tentativas de se colocar umidade dentro da câmara de cocção. Nada mais simples que colocar uma tornerinha sobre a chapa que está sendo aquecida pelo elemento de aquecimento (chama ou resistência elétrica) e por gotejamento fazer com que a água no estado líquido em contato com a chapa quente evapore e umedeça a câmara de cocção. Na teoria funcionou muito bem mas o resultado de se colocar água em temperatura ambiente dentro de um ambiente de 200°C foi catastrófico. A carga térmica, perdida para a evaporação da água, baixa demais a temperatura de câmara e os processos de cocção começaram a levar eternidades. Para melhorar a eficiência, decidiram anexar um gerador de vapor que pudesse injetar umidade dentro da câmara já no estado gasoso. O contínuo fornecimento de vapor fresco de um forno combinado autêntico permitiu que um único equipamento reproduzisse as inúmeras possibilidades das técnicas de cocção com cozinhar a vapor, assar, grelhar, fritar e ainda aquecer/cozinhar lentamente (maturar), proporcionando ao operador de cozinha a flexibilidade que esperamos da tecnologia. Se assumirmos que todos os equipamentos de cocção de uma cozinha possuem um clima específico, e

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se um forno combinado é capaz de proporcionar estes climas, pode-se afirmar que o forno combinado pode replicar, e até melhorar, o desempenho destes equipamentos. Exemplificando: O clima de trabalho de uma fritadeira utiliza temperaturas de 170 a 210°C (dependendo do tipo de gordura usada e seu ponto de fumaça) e não tem umidade alguma, muito pelo ao contrário, ela funciona como um “desidratador instantâneo”. Se um forno combinado possibilitar replicar essa faixa de temperatura com uma desidratação ativa para garantir a crocância esperada, ele se tornará uma “fritadeira”. Seguindo o raciocínio, podemos replicar o clima de qualquer método e equipamento de cocção com um forno combinado de alta tecnologia. O que seria a vida de uma cozinha podendo ter a qualidade de produtos fritos entregando ao cliente alimentos menos calóricos e desprovidos de gorduras trans, economizando 90% da gordura utilizada e 50% em energia consumida por processo, já que sabemos que boa parte da energia térmica da fritadeira dissipa-se no ambiente? Percebam a tristeza de saber que parte da energia que se paga para utilizar os equipamentos convencionais de cozinhas é investida na manutenção das altas temperaturas (estresse térmico) destas cozinhas. Colocamos na conta aqui também a economia em água e tempo laboral da limpeza dessa fritadeira, só quem já limpou uma sabe a que me refiro. Outra economia implícita está nos gastos com o chamado sistema de exaustão ou coifa, que apresenta um elevado custo por metro quadrado. Os benefícios da tecnologia de cocção combinada e o controle de umidade podem ser percebidos no final do mês, na ponta do lápis, quando se nota a economia de 10% em rendimento da proteína, insumo mais custoso, após sua cocção. Resultado de uma cocção correta, eficiente, que por levar um tempo menor de preparo evita-se que o alimento fique exposto a temperaturas altas além do necessário. Alguns alimentos cozidos diretamente no vapor, como o arroz, podem render muito mais se comparados com o método convencional. Isso porque a cocção dos grãos com vapor 100% saturado injetado diretamente na câmara, possibilita uma hidratação maior. Alguns tipos de arroz chegam a render 3,1 kg para cada 1 kg de arroz cru. Na panela esse rendimento cai para aproximadamente 2,6 kg. Quando falamos em cozimento de alimentos diretamente na água, lembramos logo de como toda cozinha começa seus dias de trabalho. São 4, 5, 8 panelas de 50, 100 litros de água sobre as bocas de fogões ligadas até o final do último turno, não fica difícil enxergar o tamanho do desperdício energético e de água, com a necessidade de um monitoramento contínuo do processo para garantir qualidade/ponto de cozimento para, em muitos casos, oferecer ao cliente legumes com parte de suas propriedades organolépticas deixadas na água de cozimento. Sem falar em mais um fator de estresse térmico que esses blocos de água a 100°C no meio da cozinha proporcionam para o ambiente. São inúmeros os benefícios, vantagens, ganho em eficiência que a tecnologia da cocção combinada oferece às cozinhas profissionais e seu investimento pode ter um retorno mais rápido do que se imagina. Vejo muitos profissionais lutando contra as tecnologias que estão surgindo, agarrando-se no discurso da “panela velha” e do romantismo do mexer com a colher de pau. O forno combinado não deve substituir seu forno a lenha e sim dar apoio, padrão, qualidade, eficiência, aumentar faturamento, tempo para o essencial, para que seu forno a lenha possa ser o centro do serviço e finalização. Afinal, inovação e tradição podem sim coexistir, se fizer sentido e se trouxer benefício para todos os envolvidos na operação do serviço de alimentação fora do lar, e me parece que o forno combinado é a prova disso. Marcelo Spiller é national corporate chef da Rational Brasil.

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Inspiração

CHRISTINE GEHRING: conhecimento, disciplina e foco trazidos da Europa

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rasileira, nascida no Rio Grande do Sul e descendente de alemães, Christine Gehring, formou-se em administração de empresas e fez MBA em Gestão da Educação, Especialização em Administração de Serviços e Especialização em Gestão de Pessoas, qualificações que lhe abriram o vasto caminho no segmento de hospitalidade. A executiva nos conta que aos 22 anos iniciou suas atividades neste segmento na rede GJP (Hotel Serrano/ Gramado-RS) como assistente de eventos. “Assim que finalizei meu curso superior em Administradora de Empresas na UFRGS, então com 23 anos de idade, fui para Europa trabalhar com hotelaria”, explica, enfatizando que sua experiência no velho continente inclui passagens pela Suíça, trabalhando como garçonete três meses e no Hotel Beau-Site (04 estrelas) em Adelboden, e no Hotel Graf Zeppelin em Stuttgart, na Alemanha, enquanto buscava o reconhecimento da sua formação superior na Europa. “Ao retornar ao Brasil e passados alguns anos atuando nos segmentos da Gestão da Educação e do Cooperativismo, voltei para a hotelaria e assumi a subgerência do Hotel Laghetto Viverone Moinhos em Porto Alegre/RS. Após quatro anos, assumi a gerência daquela unidade e em 2018 fui convidada para assumir a unidade do Rio de Janeiro”, explica. No início de sua carreira evidentemente teve que lutar contra algumas dificuldades, sendo as maiores delas, inicialmente, o idioma e a cultura. Porém, conseguiu se adaptar rapidamente e aprendeu a lidar com as adversidades dos diferentes idiomas e culturas encontrados na hotelaria europeia. Sua trajetória foi marcada por alguns momentos interessantes, sendo o primeiro deles ao se matricular no

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reconhecido Curso de Hotelaria Castelli no Rio Grande do Sul. “O senhor Castelli, ao saber que eu pretendia viajar para a Suíça por um ano, me dispensou do seu curso e disse que eu o poderia recuperar na volta. Acabei ficando dez anos na Europa. Outro momento marcante foi quando um empresário alemão me convidou para abrir com ele um instituto de educação internacional em Porto Alegre e me nomeou diretora administrativa. Mais tarde fui convidada pelo Presidente da Federasul (posterior Vice Governador do RS), Sr. Cairoli, para trabalhar como gestora na área de relações com as Associações Comerciais do RS. Minha trajetória seguiu marcada pelo inesperado, quando voltei a área da Hotelaria a convite de um amigo e ex-colega do curso superior de Administração de Empresas, Sr. Ronald Spieker, um dos proprietários da Rede Laghetto de hotéis, onde me encontro até hoje”, explica. Gehring nos conta que, após 10 anos de experiência profissional na Europa, voltar para o Brasil e adaptar-se novamente ao país, sua rotina latina, foi uma grande superação. Principalmente na área profissional, considerando a conjuntura econômica, os desafios e a busca pelo sucesso. Contudo, a perseverança e seriedade lhe garantiram grande sucesso. “Minha vitória está, principalmente, no reconhecimento das equipes que já liderei até aqui e os ensinamentos que deixei, principalmente na área da Gestão de Pessoas. Também me sinto vencedora por ter sido a escolhida na Rede Laghetto para seguir com o empreendimento no Rio de Janeiro, nossa primeira unidade fora do Estado do Rio Grande do Sul, e que é para nós, gaúchos, um desafio cultural e econômico”, orgulha-se. Para o futuro, a executiva tem por objetivo olhar sempre em frente e seguir buscando aperfeiçoamento pessoal que contribua para o seu trabalho; crescimento profissional que gere excelência no que faz ou venha a fazer; e sucesso para o empreendimento que administra ou venha a administrar. Porém, ela tem bem claro alguns pontos que lhe garantiram sucesso e que acredita ser importante para todos que iniciam nesse segmento: “Seja humilde, interessado, comprometido, equilibrado emocionalmente, gentil e apaixonado pelo que faz. O resto vem com o tempo e a experiência”, afirma. “Finalmente, gostaria de citar uma frase de Cecília Meireles: – Cada lugar onde chego é uma surpresa e uma maneira diferente de ver os homens e as coisas – . Com esta frase eu gostaria de finalizar, dizendo que o novo está constantemente presente no dia a dia do hoteleiro, independente do lugar onde estiver. Há de se reinventar e adaptar-se para que o novo lhe pareça familiar”.

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SOMMELIER DE AZEITE: Paulo Freitas e sua expertise neste líquido especial

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raduado em engenharia de alimentos pela Unicamp e com vasta experiência no setor, Paulo Freitas descobriu seu interesse por azeites em 1996, quando atuava como executivo em empresa multinacional que realizava distribuição e vendas de azeites no Brasil. Foi aí que teve a oportunidade de conhecer os locais de produção, um pouco da sua história e de se encantar com o fascínio que este produto despertava nos consumidores. “Isto me estimulou a buscar informações e livros sobre o tema, bem como solicitar a amigos que viajavam ao exterior para que me trouxessem azeites de diversos países. Enquanto era comum as pessoas trazerem vinhos de suas viagens, eu buscava trazer azeites de pequenos produtores, visto que a oferta de azeites diferenciados ainda era muito limitada aqui no Brasil. Alguns anos depois, um amigo que realizava eventos de relacionamento corporativos com temas gastronômicos, me convidou a falar sobre azeites e suas características de uso gastronômico. Isto me estimulou a buscar cursos de formação em

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degustação, harmonização e avaliação sensorial de azeites fora do país, tendo encontrado na Itália a minha introdução de formação nesta área. Até hoje não temos no Brasil cursos técnicos que certifiquem o profissional nesta área”, explica. Ele se empolga ao falar da bela história milenar deste produto, associada a dedicação de seus produtores que, através de gerações, transformam com muita sabedoria a extração do “puro sumo das azeitonas” na arte de produzir aromas, sabores e saúde na elaboração de comidas e pratos típicos de diversos países. Adicionalmente, o fato de ser um dos pouquíssimos produtos alimentícios em cuja elaboração, o resultado final obtido depende exclusivamente do talento e conhecimento dos profissionais, desde a forma correta de trato agrícola da oliveira até a sua extração. Ele ensina que na elaboração do azeite não há nenhum recurso adicional ou aditivo que permita “melhorar” o produto, apenas a sabedoria do produtor no correto processo de tratamento desta bela fruta, a azeitona. Olhando para sua trajetória, Freitas salienta qualidades que julga essenciais e garantiram seu sucesso nessa jornada: “humildade em ouvir e aprender através da convivência com grandes conhecedores e experts mundiais, sejam pesquisadores, degustadores/sommeliers e principalmente a convivência próxima com produtores de azeites de diversos países. Ter a certeza que o conhecimento é continuo e adquirido através de muita observação, leitura, e dedicação. Há sempre o que aprender e compartilhar. O hábito contínuo de experimentar diferentes azeites, das mais diversas procedências e origens é fundamental para se construir uma memória sensorial apurada sobre a diversidade de características”, ensina. Porém, o sommelier também enfrentou etapas difíceis. Inicialmente as oportunidades eram limitadas, e relativamente restritas, e estavam voltadas à palestras em eventos e cursos direcionados a públicos apreciadores de gastronomia. Era muito difícil encontrar no país azeites diferenciados de pequenos produtores, (adequados para a realização de eventos de degustação, pela sua complexidade de sabores e aromas). “Contornava esta limitação trazendo de viagens ao exterior, ou solicitando a amigos que viajavam, quantidades de azeites para a realização das atividades”. Com o crescimento e expansão do mercado de azeites diferenciados no Brasil, surgiu a

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possibilidade de se adquirir esses produtos com menor dificuldade, o que agradava aos participantes que, após experimentar os produtos, tinham a possibilidade de comprar e desfrutar dos seus aromas e sabores. “Atualmente exerço esta atividade simultaneamente com consultoria de empresas, tendo inclusive assessorado empresas nacionais e multinacionais produtoras de azeites, seja na área de aspectos sensoriais do produto, elaboração de blends, bem como nas áreas relacionadas a sua comercialização. Ainda há uma certa limitação do profissional exclusivamente nesta atividade, pois ainda é pouco usual os restaurantes terem uma “carta de azeite” ou usarem diferentes tipos de azeites nas harmonizações do preparo de pratos. Entretanto, já é possível observar que atualmente há algumas iniciativas de restaurantes neste sentido. Há um campo enorme de atuação a ser desbravado, que necessita de um trabalho de educação com os consumidores e com os profissionais de gastronomia, pois na ampla maioria das escolas de gastronomia o tema azeite é abordado de forma superficial, sem nenhum tratamento sobre as suas características sensoriais e sua relação com a harmonização com alimentos”, lamenta. Freitas nos relata que sua formação inicial teve forte influência italiana, portuguesa e espanhola, países produtores com peculiaridades marcantes, que o ajudaram a desenvolver uma visão mais abrangente sobre o tema. “Mas com certeza, os azeites diferenciados de alta qualidade se encontram em produtores de pequeno porte, quase todos familiares, que dedicam as suas vidas com paixão à elaboração de azeites. Tive a oportunidade de conhecer alguns azeites muito especiais, que particularmente aprecio muito, como em Portugal, na região de Trás-os-Montes; na Espanha, na região da Andaluzia; na Itália nas regiões da Puglia e Toscana ou na Grécia, produzido na ilha de Lesbos”, afirma, embora também tenha conhecido azeites surpreendentes na Argentina, Chile e Uruguai. No Brasil, apesar de sermos “jovens” na produção de azeites, já encontramos amostras surpreendentes nas duas principais regiões produtoras: Rio Grande do Sul e na Serra da Mantiqueira, entre Minas Gerais e São Paulo”, afirma. Sua carreira lhe trouxe diversas situações interessantes e marcantes. “Tem sido gratificante notar a presença crescente de crianças, acompanhados de seus pais, em eventos de degustação

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de azeites. Normalmente elas acham curioso o fato do azeite ser produzido a partir de uma fruta, como é considerada a azeitona. Ficam um tanto incrédulas, mas algumas delas tem grande sensibilidade olfativa e notam aromas típicos de frutas, como é comum em alguns tipos de azeites, com notas de banana e maçã. Nestas ocasiões, comento que somente um óleo vegetal como azeite, pode ter aromas tão próximos de frutas conhecidas. Elas acabam concordando, mas comentam que a azeitona é mesmo uma “fruta diferente””, explica o porfissional. Para os que almejam abraçar essa atividade ele dá algumas sugestões: “Atualmente já há no Brasil cursos de introdução ao mundo dos azeites, com abordagem sobre suas diferenciações sensoriais e aspectos de harmonização. Apesar de serem cursos de curta duração auxiliam aos futuros profissionais a darem os primeiros passos nesta atividade. Temos alguns poucos livros disponíveis em português que também servem como uma etapa introdutória. Semelhante ao processo de aprendizado que tivemos com o vinho, é fundamental experimentar e degustar com atenção a maior quantidade possível de azeites de alta qualidade, que atualmente são encontrados com mais facilidade em algumas lojas, pouquíssimas ainda, especializadas de azeites (“Oleotecas”), em algumas redes diferenciadas de varejo ou em lojas especializadas em produtos de gastronomia. Alguns professores/ experts em azeite têm visitado o Brasil com relativa frequência, realizando palestras e cursos, auxiliando na formação inicial de profissionais. Entretanto, conhecimentos aprofundados ainda necessitam de uma busca nas entidades de fora do país”, finaliza. Paulo Freitas é consultor de empresas, palestrante e degustador profissional de azeites.

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Atualidade

O PODER DA INDEPENDÊNCIA

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e acordo com os dados da pesquisa “Brasil em Números 2017”, realizada pela Jones Lang LaSalle, 64,8% dos quartos disponíveis na oferta nacional de hotéis são de empreendimentos independentes, ou seja, sem pertencimento a redes. Embora os hotéis das redes sempre tenham um papel importante nas viagens de negócios, o mercado de lazer e o mercado de bleisure (combinação das palavras business e leisure e que significa a combinação de uma viagem de negócios e lazer), que está em pleno crescimento, tem visto cada vez mais demanda e interesse em experiências de hotéis únicos e autênticos que contam a história do destino onde ficam. Impulsionado pelo boom do mercado millennial, esse aumento na demanda do consumidor apresenta um desafio interessante para as cadeias tradicionais, cujo modelo de negócios se baseia na replicação da experiência em suas propriedades de marca, seja em um hotel em Miami ou em Paris. Este desafio para os hotéis de cadeia apresenta uma oportunidade substancial aos hotéis independentes para aproveitarem essa mudança na demanda do consumidor e capturar market share. A maior vantagem de um hotel independente é a flexibilidade que o modelo de negócios oferece em um mercado em constante mudança. Um hotel independente pode reagir às mudanças e exigências do mercado mais rapidamente do que um hotel de cadeia, que tem de responder a sede que toma decisões a nível global. A reatividade rápida e o poder de decisão limitam as perdas e impulsionam a eficiência de gestão. Esta flexibilidade também se estende aos canais de marketing de um hotel independente e permite

maior autonomia na sua criatividade e na construção da sua identidade de marca sem ter de aderir às diretrizes padronizadas de marca de uma cadeia que pode não ter nenhuma relevância local. Este ponto em particular é importante em um país como o Brasil, onde as realidades do mercado complicam a vida das marcas internacionais de luxo ao tentar trazer seus hotéis para o país. No entanto, a flexibilidade e a autonomia que os hotéis independentes desfrutam exigem que proprietário assuma um conjunto de responsabilidades diferentes do que as cadeias de hotéis. Os proprietários devem estar engajados no negócio e ter um ótimo alinhamento com as operações e estar mais envolvidos no processo de tomada de decisões. Eles devem considerar outros fatores, como se o mercado local pode sustentar uma propriedade independente ou se eles têm a experiência suficiente em hospitalidade para administrar uma propriedade sem o apoio de uma rede. Como a maioria dos hotéis no Brasil é do segmento independente, uma grande porcentagem de proprietários e operadores tem experiência em lidar com essas considerações, tornando-se um excelente mercado para possuir e operar uma propriedade independente. Um rumo que muitos dos melhores hotéis de luxo do Brasil têm seguido para obter os benefícios de uma rede global é por meio da associação com uma coleção ou soft brand. Empresas como a Preferred Hotels & Resorts e a LHW apoiam hotéis como o Hotel Unique em São Paulo ou o Fasano Hotel no Rio de Janeiro com uma série de ferramentas, incluindo serviços de distribuição global, soluções de tecnologia, participação em programas de fidelidade, ações de vendas globais e suporte de marketing e relações públicas. Bronson Soares é CEO da LUXE LATAM, agência de relações públicas especializada no segmento de luxo.

QUEM SÃO OS PRINCIPAIS GRUPOS INDEPENDENTES NO BRASIL? PREFERRED HOTELS & RESORTS: Comemorando 50 anos em 2018, a americana Preferred Hotels & Resorts é o maior grupo de hotéis independentes do mundo com mais de 700 hotéis e resorts de luxo em todo o mundo. Os hotéis membros estão alinhados com uma das cinco coleções distintas – Legend, LVX, Lifestyle, Connect e Preferred Residences. A empresa também oferece participação em seu programa de fidelidade I Prefer. Portfolio no Brasil: • Hotel Unique - Legend • Miramar by Windsor – LVX • Casa Grande Hotel & Resort – LVX • Tivoli Ecoresort Praia do Forte - LVX • Ouro Minas Palace Hotel – Lifestyle • Etoile Jardins - Lifestyle • Etoile Itaim Bibi – Lifestyle • Royal Palm Tower – Connect • Hotel Royal Palm Tower Indaiatuba – Connect JUL-AGO/18

LEADING HOTELS OF THE WORLD Em atividade desde 1928, a Leading Hotels of the World representa hoje mais de 375 propriedades em 75 países e oferece o programa de fidelidade The Leaders Club para suas propriedades associadas. Portfolio no Brasil: • Hotel Fasano Rio de Janeiro • Hotel Fasano Boa Vista • Hotel Fasano São Paulo • Hotel Fasano Angra dos Reis • Hotel Emiliano São Paulo • Hotel Emiliano Rio de Janeiro • Tivoli Mofarrej São Paulo • Ponta dos Ganchos Resort • Palácio Tangara Oetker Collection DESIGN HOTELS Fundada em 1993, a alemã Design Hotels representa 290 hotéis independentes em mais de 60 países em todo o mundo. Portfolio no Brasil:

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Kenoa – Exclusive Beach Spa & Resort • La Ferme de Georges • Insólito Boutique Hotel • Chez Georges • Felissimo Exclusive Hotel RELAIS & CHATEAUX Fundada na Franca em 1954, a Relaix & Chateaux é uma associação de mais de 550 hotéis em 60 países. Portfolio no Brasil: • Saint Andrews Gramado • Txai Resort Itacaré SMALL LUXURY HOTELS Fundada em 1990, a Small Luxury Hotels do Mundo representa mais de 500 hotéis boutique em todo o mundo em 82 países e oferece participação no programa de fidelidade da marca INVITED. Portfolio no Brasil: • Campo Bahia Hotel

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31º ENCATHO TRAÇA OS RUMOS DA HOTELARIA

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conteceu em Florianópolis, de 24 a 26 de julho o 31º Encontro Catarinense de Hotelaria – Encatho, organizado pela ABIH-SC, com o objetivo de promover discussões sobre os principais temas da hotelaria, lançar luz sobre as novidades, enfatizar as tendências para o setor e trazer o que há de mais moderno em termos de gestão dos empreendimento e pessoas que fazem girar o negócio hoteleiro. O evento teve a participação de diversas autoridades. Entre elas, estiveram presentes Manoel C Linhares, presidente da ABIH Nacional; Alexandre Sampaio, presidente do FBHA; Valdir Rubens Walendowsky, presidente da Santur e Vinícius de Lucca Filho, secretário de turismo de Florianópolis, entre outros. Além disso, o evento contou ainda com a 29ª edição do Exprotel, onde empresas dos mais diversos segmentos e bastante atuantes no mercado hoteleiro nacional e local puderam expor seus produtos e apresentar suas novidades. É o caso da Altenburg, Teka, Desbravador, MultForm, MasterLine, Onix, Wier, além de parceiros como o Swiss Educational Group. Um dos aspectos convergentes dos participantes do evento foram os conceitos de capacitação, treinamento e motivação das equipes. É sabido e notório que, independente da função exercida, a postura, dedicação, interação e empatia dos colaboradores são fatores determinantes da conquista e fidelização dos clientes. Em todos os setores e, especialmente na hotelaria. Entretanto, durante o evento, ficou bem sinalizada a importância do preparo e modernização dos gestores deste mercado. Para o presidente da ABIH-SC, Osmar José Vailatti, é super importante que o mercado conte com hoteleiros conscientes, modernos e profissionais. Além disso, para ele, o investimento em tecnologia é vital. Segundo o executivo, essa postura é essencial para que o mercado hoteleiro possa fazer frente às mudanças esperadas pelo setor e ansiada pelos hóspedes. Para o evento, foram convidados inúmeros palestrantes para tratar de assuntos essenciais do setor. Governança: Um dos pontos marcantes do encontro foram as palestras que trataram de governança, manutenção e recepção no hotel. Aberto pelo turismólogo Bruno Rodrigues, o painel tratou de temas essenciais. Na visão do profissional, a postura e o perfil do gestor hoteleiro são preponderantes no resultado do negócio, e podem destruir em instantes anos de uma reputação bem construída. Ele afirma que a empresa precisa de

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um bom líder, cuja característica essencial é a empatia. Este líder precisa ter um forte senso de justiça, autoridade, porém não deve nunca negligenciar aspectos como respeito e consideração para com os seus comandados. Ele lembrou que utilizando bem essas qualidades, o gestor conseguirá com facilidade fazer com que a equipe entenda bem os propósitos da organização e, olhando todos para o mesmo objetivo, consigam juntar e otimizar forças para alcançá-los. Outro participante do painel, Paulo Correia, do Il Campanário Resort, abordou a importância da integração entre os vários setores do hotel, em especial entre a manutenção e a governança. Ele salientou que é de fundamental a busca por conhecimento, informação e treinamento. O painel foi finalizado por Carla Trindade, consultora na área de governança em meios de hospedagem, que abordou a temática da padronização de processos e seus benefícios para a gestão. Operação hoteleira: Outro tema importante abordado nas palestras foi a questão do papel do ser humano na operação hoteleira como um todo. O painel aberto pela psicóloga Priscylla Silveira teve como foco principal a discussão de temas que possam levar os gestores do segmento a compreender de forma mais assertiva as necessidades de seus hóspedes e também de buscar a melhoria na relação com sua equipe de colaboradores. O cerne da participação da psicóloga, Vice-coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento de Pessoas da ACIF (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis) foi a afirmação de pontos essenciais nessa relação importante e delicada, que é a seleção e formação de equipes: é essencial que os gestores mapeiem seu fluxo de contratação, desenvolvam um planejamento bem estruturado de todas as etapas e condições, estabeleçam objetivos estratégicos a longo prazo, e desafiem sua equipe a vencer os desafios que se interpuserem na rotina diária, de forma a, cada vez mais, encantar e surpreender seus clientes. Juliana Parmiggiani, CEO da Escola de Hospitalidade, também componente do painel, tratou de um importante tema em gestão: treinamento das equipes sem interferir ou parar o funcionamento do estabelecimento. A especialista frisou que o maior obstáculo enfrentado nos hotéis é aquele representado pelo próprio atendimento. Quando ele é eficaz, positivo, agradável, certamente observa-se a recepção positiva por parte dos hóspedes, que se sentem

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estimulados a permanecer fiéis ao hotel, e além disso, são, neste caso, auxiliares na divulgação da marca. “O produto hoje é o atendimento, o atendimento bom, resulta em venda, a qualidade e quem atende bem, tem melhor retorno. Quando o cliente se sente mal tratado, ou percebe que o hotel não tem capacidade de resolver problemas de forma ágil, o estabelecimento perde cliente”, ensina a especialista. Ministério do turismo: um dos momentos mais concorridos do evento foi a participação do ministro do turismo, Vinicius Lummertz. Ele participou do 3º Seminário de Secretários Municipais anúncio 185x120mm_sicmol.pdf 1 06/08/2018 e Trade Turístico, cujo tema central foi

a “Pesquisa, Inovação e Promoção no Ambiente de Negócios”. Na ocasião, o ministro recebeu das mãos do presidente da ABIH- SC Osmar José Vailatti, o “Troféu João Eduardo do Amaral Moritz”, como personalidade destaque masculino no turismo. O ministro aproveitou a ocasião para tratar as ações executadas pelo ministério bem como aquelas que ainda serão realizadas. Lummertz ressaltou todos os desafios que tem em sua função relacionadas a baixa verba destinada aos investimentos no setor e ponderou: “Se nós temos o maior potencial turístico do mundo, isso afirmado por todas as instituições internacionais, nós temos 10:25:19os piores investimentos do mundo. Se

tirarmos os investimentos dos aeroportos, nós cairíamos ainda mais. Temos que lutar para ter este direito de desenvolver o turismo”, afirmou. Ele ainda abordou a importância da tecnologia neste segmento, e disse estar convencido de que ao contrário do que acontece na indústria, as novas tecnologias aplicadas no setor de turismo geram muitos empregos. “O visto eletrônico aumentou 30% o número de americanos no Brasil. O reconhecimento facial nos aeroportos vai dar mais segurança. As OTA’s aumentam o fluxo de turistas, pois barateiam os custos. Toda logística possibilitada pelas novas tecnologias aumenta emprego, explicou Lummertz.

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Tecnologia

PISOS E REVESTIMENTOS COM TOQUES DE ELEGÂNCIA E SOFISTICAÇÃO A diferença está nos pequenos detalhes

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esponsáveis por garantir estética, conforto e praticidade, os pisos e revestimentos também são indicados por conferirem a fachadas, áreas de lazer interna ou externa um toque de requinte e sofisticação, proporcionando textura e excelente acabamento. A importância crescente da personalização, descontração, formas inusitadas, criatividade para um ambiente elegante e despretensioso são as novas tendências desse ano em termos de pisos e paredes. Os estilos preferidos se dividem entre Vintage, Modernista e Contemporâneo, com muito geometrismo, cores, degradês e contrastes. Algumas tendências se mantêm este ano, mas chegam em novas roupagens. É o caso dos porcelanatos que reproduzem com fidelidade e precisão os tons da madeira. Os tradicionais tijolos aparentes, também conhecidos como bricks, conferem aspecto rústico e natural. Ao unir qualidade, precisão no desenho e sofisticação, as linhas de pisos e revestimentos desenvolvidas pela Roca e Incepa são uma das opções mais recomendadas para o mercado hoteleiro. Os porcelanatos e revestimentos reproduzem texturas madeira, pedras naturais, nos estilos Urbano, Despojado, Clássico e Regional. Urbano: As grandes cidades podem ser o cenário ideal para inspirar a decoração. Há espaço para mistura de estilos, que são encontrados nas ruas de grandes metrópoles, com destaque para o conforto e a contemporaneidade.

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Despojado: A simplicidade pode ser agregada como estilo de vida escolhido por muitos. Por isso, optar por ambientes em que o básico ganha elementos descontraídos e informais é essencial. A linha dispõe de composições harmoniosas e personalizadas, com um design que preza pela leveza e originalidade. Clássico: Composto por detalhes modernos, que reforçam o conceito de beleza, oferece tons elegantes que vestem o ambiente. Essa linha é ideal como pano de fundo para quem valoriza a elegância e sofisticação. Regional: trazendo um clima de lembranças afetivas, diferentes culturas e conexão com a natureza, a linha proporciona um clima agradável e aconchegante. Os pisos e revestimentos Roca e Incepa também trazem como diferencial relevo sutil, design criativo, nuances delicadas, versatilidade, tecnologia ABS (antiderrapante) para pisos e impressão HD nos revestimentos. Os lançamentos 2018 dão ênfase aos pequenos detalhes, que transitam do monocromático à explosão de cores. Mais confiabilidade e legitimidade para você. Os revestimentos oferecem efeitos tridimensionais nas paredes, conferindo visual super realista. Já os pisos contribuem com beleza, qualidade e resistência, ideal para ambientes hoteleiros. Referencias: Incepa – www.incepa.com.br Roca – www.rocaceramica.com.br

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Tecnologia

TECNOLOGIA à serviço da segurança e prevenção

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uso das mais diversas tecnologias vem alterando a forma como trabalhamos tudo em nossas vidas, desde a comunicação, atividades profissionais e de lazer, saúde, educação, enfim, não há um único segmento que tenha passado ao largo dessa realidade. Nos estabelecimentos de hospedagem, a tecnologia e a internet das coisas (IoT) chegou para ficar e vem mudando desde a forma como fazemos as reservas, escolhemos nossas alimentações até como buscamos nossas atividades de entretenimento e serviços adicionais. Na gestão, então, passou a ser uma das ferramentas mais importantes, por permitir agilidade e segurança nas ações, em todos os setores do hotel. Uma das atividades de maior importância na operação hoteleira é, sem dúvida, a gestão de todos os sistemas de segurança e prevenção de sinistros e incidentes. Pensando nessas variáveis todas, a Arco Sinalização desenvolveu um sistema de controle de alarme e supervisão de eventos de forma localizada, simples e barata, com alta confiabilidade , denominado ArcoLoRa®. Que é uma plataforma de comunicação de longo alcance (Long Range), pronta para aplicação em “Internet das Coisas” – IoT. Por utilizar baixíssimas quantidades de energia, é ideal para transmissão e recepção de mensagens a longa distância. O sistema utiliza um protocolo aberto de radiofrequência em 915Mhz, disponível globalmente, e sua principal característica reside no fato de apresentar longo alcance de penetração do sinal e a não utilização de cabeamentos, ou seja, sem exigências de infraestrutura prévia. LoRa® supera em performance as convencionais técnicas de transmissão utilizadas em seus principais concorrentes. A topologia do sistema ArcoLoRa®, dotado de central de monitoramento, alarme de emergência, dispositivos de acionamento e módulos de transmissão mantém total vigilância sobre eventos emergenciais como acidentes em sanitários para pessoas com deficiência, alarmes de incêndio, polícia, resgate entre outros. Suas conexões permitem comunicação Wirelles, Wi-Fi, GSM , etc. Assim, entre as principais características do sistema ArcoLoRa® destacam-se: a facilidade de instalação, ser extremamente econômico, a adaptação flexível, pode ser expansível ao infinito, bidirecional, seguro e encriptado. Isso tudo o torna ideal para uso em hotéis, hospitais, condomínios verticais e horizontais, centros comerciais e corporativos, escolas e universidades e shoppings centers.

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O IMPACTO DO SEGMENTO DE FACILITIES NOS HOTÉIS Gestão de facilities é estratégica para redução de custos e fidelização do cliente

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uito tem se falado em empoderamento do consumidor. O desafio do mercado em oferecer serviços e produtos que visam atender não somente as necessidades mais básicas, mas oferecer uma experiência a mais para o cliente final tornou-se quase uma obsessão para muitas marcas e empresas. Porém, hoje em dia, nenhum setor reconhece essa questão de forma tão eloquente para se traçar estratégias com o público final como o de hotelaria. As redes de hotéis foram evoluindo de acordo com a busca do consumidor pelos melhores serviços baseados no custo x benefício. E se antes algumas marcas ofereciam padrões de qualidade e estavam frescas na memória do cliente, atualmente, elas estão em pé de igualdade com nomes menores, encontrados em sites de busca e reserva. Ou seja, o consumidor está informado e mais exigente. Segundo estudo de 2017, chamado “Hotel Pain Index”, realizado pela Qualtrics, os comentários têm papel fundamental na decisão de escolha do hóspede. Dos mil hóspedes entrevistados, oriundos dos Estados Unidos,

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da Austrália e do Reino Unido, 67% afirmaram que baseiam suas escolhas em comentários, enquanto cerca de 43% afirmaram confiar em recomendações de amigos e parentes. Para alavancar a qualidade dos serviços, sem deixar que os custos aumentem significativamente, a gestão de facilities entra como estratégia fundamental. “Este setor sempre foi importante dentro da hotelaria. O que mudou foi a experiência dos clientes enquanto usuários dos serviços, seja na percepção de detalhes de limpeza ou da manutenção. A experiência dele tem impacto com os serviços de facilities”, afirma Luciano Brunherotto, presidente da ABRAFAC (Associação Brasileira de Facilities). Para o executivo, o novo hóspede quer uma experiência diferenciada e os serviços de facilities podem deixar um quarto mais personalizado conforme a exigência dessa nova demanda. “Além disso, a gestão de facilities pode solucionar a pressão que os hotéis sofrem em relação aos custos, pois os serviços que envolvem a categoria, como manutenção, limpeza, lavanderia e etc, ou seja, todos serviços de apoio, são um investimento de alto valor”. Ineficiência é prejuízo: Realizada pela Rede de Hotelaria Avaya, a 1ª Pesquisa da Indústria Hoteleira, divulgada em 2017, apontou que uma melhor experiência amplia as chances de que o cliente volte a se hospedar. O levantamento mostrou que 62% dos empreendimentos afirmaram que a qualidade da experiência dos hóspedes em suas instalações, seria mais satisfatória se houvesse um aperfeiçoamento dos serviços de quarto oferecidos e referentes aos serviços nas instalações do hotel. Por isso, quando se fala no impacto da gestão de facilities mal realizada no hotel, seus reflexos são bem perceptíveis. Em todos os momentos da prestação de serviços, o contato direto com o usuário e o pouco tempo que ele tem para avaliar uma experiência, podendo ser um dia ou uma semana de hospedagem, podem definir o grau de satisfação, gerando ou não críticas nas redes sociais ou em sites especializados para avaliação e consulta. Isso certamente afetará a conquista de novos clientes. “Os colaboradores, próprios ou terceirizados, precisam de autonomia

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para oferecer a melhor experiência ao usuário. Devem ter o poder de encantar sempre que possível os usuários finais”, sugere o presidente. Na dinâmica de hotéis, o especialista acrescenta que o trabalho de facilities é mais perceptível porque não se trata apenas de impactar um público interno, como ocorre em setores corporativos, mas sim está visível para o cliente final. Integração auxilia na qualidade: Assim, a melhor maneira do setor usufruir de forma eficiente da gestão de facilities é apostar na integração de todos esses serviços oferecidos. “Enquanto o gerente geral está preocupado com formas de aumentar a receita, atrair o público e realizar eventos, o gestor de facilities precisa se colocar no papel de entender o quanto a manutenção do espaço e o serviço que está sendo prestado pode impactar o negócio”, indica Brunherotto. Para ele, o setor de hotelaria pode valer-se da gestão de indicadores, principalmente desse serviço como no mercado corporativo tradicional, aplicando essas medições de forma bastante objetiva e simples, visando otimizar seus serviços, inclusive na gestão financeira. Brunherotto elencou dicas para gestores de facilities em hotéis: • Apostar na autonomia, seja dos colaboradores próprios ou terceiros; • Premiar os que estão acima da média, de forma clara e objetiva, mostrando para os outros o quanto isso é importante e empoderando a prestação de serviços de alto nível; • Não se esquecer dos custos, afinal, em qualquer negócio existe uma pressão por redução de gastos. “Isso significa inovar, buscar novas tecnologias que reduzem valores de manutenção, de limpeza, custos do ar condicionado, ou seja, de todo o suporte dentro do hotel”. “Acho que o profissional de facilities precisa estar conectado com o core business do empreendimento e entender a necessidade da empresa, falando a linguagem do negócio e, assim, oferecer as melhores soluções para a hotelaria”, conclui. Luciano Brunherotto é presidente da Abrafac – Associação Brasileira de Empresas de Facilities, e Ivan Monteiro é jornalista e diretor de conteúdo da Hytrade Marketing Digital & Internet.

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GESTÃO DO LAZER E ENTRETENIMENTO NA HOTELARIA: diretrizes para uma atuação profissionalizada

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o presente texto é considerado que as várias formas lúdicas, da vertigem, da diversão, da aventura e da fantasia entrelaçam-se nos diferentes tempos e espaços culturais das pessoas. E desta forma, são aqui compreendidas como um contexto cultural onde o meio de hospedagem se insere e que também compõe o grande receptivo turístico. Gerir lazer e entretenimento na hotelaria é um assunto pouco, ou quase nada, desenvolvido. O próprio campo de estudos tem publicado muito pouco sobre a gestão destas áreas, tanto nas formas aplicadas como generalizadas. Mas, é uma inerente e relevante necessidade deste campo de atuação multidisciplinar, que além dos desafios conceituais, é apontada pelo mercado de trabalho como a grande lacuna nas competências do profissional. Assim, torna-se imprescindível desenvolver competências para além das técnicas e metodologias da animação sociocultural. Se a gestão se apresenta pouco investigada, também se avançou muito pouco no seu desenvolvimento sistemático e, assim, o lazer na hotelaria foi incorporado num movimento praticamente natural e a sua gestão se apresenta como um desafio para a profissionalização. Diante deste contexto, o presente artigo introduz reflexões sobre diretrizes que podem auxiliar na construção de uma área gestora muito promissora em meios de hospedagem. As cidades apresentam oportunidades de oferta e de demanda, que crescem vertiginosamente em lazer e entretenimento, com diferentes escalas de investimentos e segmentos. Considerando os meios de hospedagem num movimento integrado e em complementaridade neste cenário, pode-se identificar a abertura de um mercado onde há diversas possibilidades e necessidade de profissionalização de gestores em soluções que contemplem as atuais aspirações das pessoas no seu tempo de lazer,

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considerando que, mesmo os turistas de negócios, em algum momento, buscam atividades que os conectem com a vida cultural das cidades, ainda que seja usufruindo dos espaços do próprio hotel. Talvez este seja o principal fundamento para engajamento na área e, mesmo que o hotel opte por terceirizar os serviços de lazer e entretenimento, este conceito pode nortear os critérios de contratação e/ ou parcerias. Em se tratando de um hotel de lazer, estas diretrizes e fundamentos devem ser potencializados e impressos em toda a cadeia de valor do empreendimento. Na constituição da gestão do lazer num empreendimento hoteleiro podem ser integradas de forma interdependente, grandes áreas de atenção, como conceito, direito, liderança, estratégias e recursos. Conceitos bem apropriados por todos os envolvidos na cadeia produtiva garantem a qualidade dos serviços aos hóspedes, bem como a atuação dos animadores socioculturais, principalmente no aspecto ético. O direito, compreendido tanto como direito fundamental e, portanto, sua garantia é a qualidade dos serviços que promovem o bem-estar, quanto como uma área de instrumentos legais que, apesar do lazer ser uma área de fruição, para quem planeja é uma área repleta de procedimentos administrativos e operacionais balizados por uma complexa legislação. A liderança, com o desafio de exercê-la considerando a tríade líder, liderado e contexto, com a orientação de gerir de pessoas de forma coerente com o próprio conceito de lazer, que tem consequências na qualidade dos serviços. A área de estratégias, compreendida como o conjunto de ferramentas de gestão que possam promover e posicionar as ações e recursos, também ressalta a importância de distinguir a atmosfera de liberdade da programação de lazer com a ação profissionalizada da gestão. Por fim, recursos utilizados na programação do lazer e entretenimento devem atender aos aspectos das responsabilidades ética, ambiental e social e à coerência com a missão do empreendimento. Ressalta-se que, sem esgotar as possibilidades de análise, não basta aplicar esta ou aquela ferramenta de gestão nas áreas, mas é condição primordial que se discuta sua coerência com o campo conceitual do lazer e entretenimento. Nesta construção reflexiva e introdutória da gestão do lazer e entretenimento na hotelaria, é possível relacionar algumas diretrizes para uma primeira análise dos gestores da área: Diversificação de atividades e espaços, como premissa para garantir as preferências e perfis de público,

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compreendendo tanto o fazer como o contemplar, sem declinar de propostas inéditas que surpreendam e conecte as pessoas a novas formas de fruição cultural e de criação de estilos de viver a vida; Integração com os demais setores do meio de hospedagem, como gestão da recepção, controladoria, governança e alimentos e bebidas, bem como o compartilhamento e apropriação dos conceitos por todas as áreas; Considerar os vários tempos dos hóspedes, como antes, durante e depois de sua estada como partes integrantes das expectativas do ser turista, seja de negócios, de lazer ou qualquer outro objetivo principal;

Conhecer o público, suas preferências, estilo de vida e especialmente sua forma de uso dos tempos e das cidades; Equipe multidisciplinar, de experiências profissionais e formações acadêmicas diversificadas e atualizadas; Compreender o cenário da hotelaria, que o empreendimento está num contexto de receptivo de uma cidade e, logo, os serviços que o compõem devem refletir ou no mínimo compor com o movimento cultural, sem anular qualquer possibilidade de usos de tempos e espaços hoteleiros, para uma visão que considere o fluxo que a hospitalidade pode oferecer integrado no contexto;

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Em se tratando de hotéis de lazer, abordado opor tunamente pela sua amplitude, deve ser planejado e gerido como um equipamento de lazer, com investimentos desde a estrutura física à oferta de programação diversificada, que contemple os interesses culturais de lazer. E, principalmente que os fundamentos e diretrizes apresentados sejam a base de sustentação dos serviços, em todos os setores do hotel. Rosangela Martins de A. Rodrigues é Coordenadora da Pós-graduação Gestão do Lazer e Entretenimento e Docente da pós-graduação em Gestão de Meios de Hospedagem – Senac SP.

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