Ano 23 - Nº 257 - JUL-AGO/2016
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Cristina Klotz Mantovani:
hotelaria no sangue, desde criança
Educação: Le Cordon Bleu – a excelência na gastronomia
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Entrevista: Evandro Schütz explica os desafios do turismo de aventura no Brasil
Gestão: A importância das novas tecnologias para o hotel
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Um turismo que vai muito além das Publisher: Isa Bombardi Publicidade: comercial@revistahotelaria.com.br (11) 3835-4255 Hotelaria Suprimentos & Serviços de Hotelaria Registrada no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos sob no 183.562, de acordo com a Lei de Imprensa 6.015/73, e no INPI. Dirigida e enviada a hotéis, motéis, resorts, flats, pousadas, restaurantes, associações e entidades de classe, indústria e distribuidores de máquinas, equipamentos, produtos e serviços, empresas construtoras e profissionais liberais que atuam na área de arquitetura e decoração. Seus leitores são: a) Diretores; b) Gerentes; c) Chefes e encarregados que atuam nos setores de administração, manutenção, governança, alimentos e bebidas. A reprodução de artigos, reportagens ou notícias por qualquer meio é permitida. Os conceitos dos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. Todas as informações são originadas de entrevistas, releases e catálogos das empresas. A responsabilidade das informações contidas nos anúncios é dos anunciantes. Impressão e Acabamento: Vox Editora - Tel.: (11) 3871-7314 Diretora Responsável: Maria Bombardi Editora Suprimentos e Serviços Ltda. R. Gomes Freire, 331 - CEP: 05075-010 São Paulo - SP - Brasil Telefax: (11) 3835-4255
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OLIMPÍADAS Em tempos de Olimpíadas, o Brasil está novamente em evidência, e desta vez, como há dois anos na Copa, o motivo é festivo. E a estrela da vez é o turismo, em especial nas cidades-sede do evento. Porém, em um país continental como o nosso, nem só de turismo tradicional se vive. Somos privilegiados pela natureza em inúmeros aspectos e, por conta desta característica, uma modalidade de turismo que vem crescendo no país é o Turismo de Aventura. Por isso mesmo, nesta edição, você vai conhecer um pouco da história de Evandro Schütz, que está à frente da Abeta – Associação Brasileira de Turismo de Aventura. Ele fala sobre os principais objetivos e desafios que a entidade tem pela frente. Vale a pena conferir! E por falar em desafios e preparo, a Revista Hotelaria traz nessa edição uma entrevista exclusiva com Sylvy Morineau, diretora acadêmica do Le Cordon Bleu de Paris. Ela nos conta a deliciosa história da escola e fala sobre a visão de vanguarda de sua fundadora, que soube enxergar uma grande possibilidade no que seria uma tarefa trivial. Leia e saiba sobre quais são e como funcionam os novos cursos oferecidos. No mês de julho, a Revista Hotelaria acompanhou a inauguração do mais novo hotel do Grupo Bourbon, o Rio Hotel by Bourbon Aeroporto Curitiba, que traz um novo conceito em um ambiente descontraído e de bom gosto. A inauguração contou com a presença dos altos executivos da rede, bem como autoridades locais, numa festa bonita e bem organizada. Esta edição traz também a história do chef Rodolfo de Santis, do Nino Cucina, que falou com bastante transparência sobre sua história na gastronomia, suas influências familiares, até chegar ao ponto do desafio de trabalhar numa terra distante, cujo idioma desconhecia. Na seção de Gestão, o executivo António Silva, da Nonius, fala sobre um tema bastante atual que é o uso de tecnologias modernas nos hotéis e sua importância e benefícios para os hóspedes e seu papel na fidelização ao estabelecimento. É uma análise bastante interessante. Confira! E tem muito mais na edição. Acompanhe em nossas páginas, veja o que há de novo. Fale conosco, dê sua opinião ou sugestão. Estamos aguardando! Boa leitura!
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Sumário
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Uma Sommeliere: Andressa Noitel fala dos desafios como sommeliere
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Alimentos e bebidas têm papel fundamental na atividade hoteleira
Um chef: Rodolfo de Santis, do Nino Cucina, conta sua trajetória no Brasil
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Gastronomia
Destinos No Brasil: O Insólito Boutique Hotel: charme e cuidado como marca registrada No mundo: Shanti Maurice: um sonho num cenário praticamente intocado
Inspiração Nelson Ferreira: na força do sol o desafio de uma empresa de ponta
Cristina Klotz Mantovani conta sua história e de sua família a frente do Hotel Tirol
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Especial Equipotel
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Atualidades
Saiba sobre o evento e alguns expositores
Conheça conceitos importantes na escolha de pisos e revestimentos
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Piscina de Areia: novas tecnologias fazem sua piscina parecer uma praia
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dorma+kaba investe em novas tecnologias para o segmento de hotelaria no Brasil
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Bazar
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Histórias do dia a dia
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Implantação
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Gestão
Como perder um cliente em poucos atos
Rede Bourbon apresenta o novo Rio by Bourbon Curitiba Aeroporto
Mudanças e avanços tecnológicos atualmente compõem uma necessidade de seus hóspedes
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Entrevista
Turismo de Aventura: um segmento ainda incipiente mas de grande promessa Evandro Schütz, presidente da Abeta (Associação Brasileira de Turismo de Aventura) fala das possibilidades oferecidas por este setor e dos desafios a vencer
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atualmente sou o presidente da entidade (2014/2016).
Revista Hotelaria: Primeiramente, o senhor pode nos falar um pouco do seu histórico profissional? Evandro Schütz: Meu histórico se inicia no final dos anos 80 quando participei do movimento ambientalista em ações pontuais em prol de uma região de extrema significância no Rio Grande do Sul, a região dos Aparados da Serra. Aos poucos, o vínculo e a visão de uso de espaços naturais foram sendo estimulados JUL-AGO/16
com meu ingresso e participação na 1ª agência de ecoturismo do RS, iniciando o trabalho com este segmento. Em 1994 ocorreu minha mudança da capital, Porto Alegre, para a cidade serrana de Canela e, a partir daí, mergulhei na possibilidade de exploração de atividades de ecoturismo e turismo de aventura na região. No início dos anos 2000 comecei um estreito aperfeiçoamento como condutor, guia especializado em atrativos naturais, instrutor de turismo de aventura pela regulamentação estadual desta modalidade de turismo, educador ao ar livre pela Outward Bound Brasil e me aproximei da Abeta para participar da gestão como diretor de qualificação (2012/2014) e
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HT: Como surgiu a Abeta? ES: A Abeta surgiu em 2004 quando, por demanda ministerial, identificou-se a urgente necessidade de articulação do segmento para preparar o setor e tornar o Brasil uma referência em qualificação e certificação. A Abeta tornou-se peça fundamental nos processos de sensibilização, articulação e capacitação do segmento nos principais destinos do setor do Brasil e, com isso, assume o papel de dar voz as empresas e ao segmento nas mais variadas frentes de representatividade. HT: Qual o objetivo desta associação? Quem mais se beneficia desta associação: o hoteleiro ou o turista? ES: O objetivo da Abeta é conseguir inserir o segmento na linha estratégica de desenvolvimento econômico e social do país. Somos a nação com a maior biodiversidade, segundo a ONU - Organização das Nações Unidas e, segundo a OMT - Organização Mundial do Turismo, o 1º lugar em potencialidade para a Aventura. Neste sentido, é crucial ter políticas públicas adequadas e modernas para fomentar e incentivar o ecoturismo e o turismo de aventura em todas as regiões do Brasil. Quanto aos benefícios, acreditamos que quem mais tem se beneficiado pela existência da Abeta é a sociedade brasileira, de forma abrangente pois conseguimos tornar o Brasil uma referência mundial em processos de certificação. Ganha a sociedade, ganha o turista, ganha o empresariado, ganha o segmento hoteleiro. Ganhamos todos.
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Entrevista
HT: Quais os requisitos que uma empresa ou entidade precisa apresentar para fazer parte da associação? ES: Ser pessoa jurídica legalmente formalizada que trabalhe com ecoturismo e aventura nas seguintes áreas de atuação: • Agência de viagem • Operadora de turismo emissiva • Operadora de turismo receptivo • Operadora de turismo de atividade especializada • Atrativo turístico • Meio de hospedagem • Empresa de consultoria • Empresa de eventos • Empresas de atividades ao ar livre HT: Quais são os serviços oferecidos aos associados? ES: Nós oferecemos: Liderança no desenvolvimento das Normas de Turismo de Aventura e Ecoturismo no Brasil e no mundo. Parceria com associações do segmento em outros países (ATTA), que permitem troca de experiências, informações e preços diferenciados para filiação. Descontos e promoções com os parceiros ABETA, com acesso a produtos e serviços de qualidade com condições especiais aos associados, contribuindo para a redução dos custos operacionais das empresas; Rede de relacionamento: esteja conectado às operadoras de turismo, meios de hospedagem, atrativos turísticos, empresas de consultoria e eventos, treinamento empresarial, equipamentos, vestuários e todos aqueles que fazem parte da comunidade da vida ao ar livre no Brasil; Desenvolvimento Estratégico por meio de sua credibilidade e experiência ao firmar importantes parcerias com Ministério do Turismo, Sebrae, Embratur, ICMBIO, ABNT e Secretarias de Estado de Turismo para o desenvolvimento de projetos, nos quais seus associados são o foco principal; JUL-AGO/16
Promoção dos destinos de natureza e das atividades de ecoturismo e turismo de aventura através de nossas mídias sociais; Promoção e comercialização dos associados através do site Abeta (www. abeta.tur.br) e articulação com entidades do setor (Ministério do Turismo, Embratur, Sebraes, etc) para fomento e busca de oportunidades de Encontros de negócios, Famtours (viagens para operadores de turismo), Press tours (viagens para imprensa) e participação em feiras e eventos de turismo no Brasil e exterior; Qualificação e conhecimento direcionados as necessidades dos associados que recebem um amplo leque de ferramentas de capacitação para a melhoria da gestão das empresas e profissionais; Representatividade junto ao governo, mercado e sociedade dos segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura; Inteligência de Mercado informações estratégicas de mercado que colaboram para a tomada de decisão das empresas, gerando mais assertividade e competitividade no setor; HT: Quais são as maiores dificuldades encontradas pela associação com relação às políticas de turismo de uma forma geral? ES: A falta de continuidade é o maior entrave e o grande mal que assola o turismo nacional. Toda vez que se inicia o diálogo ou um planejamento específico para o turismo, altera-se as lideranças políticas e públicas e tudo volta à estaca zero. Somos e fazemos parte de uma sociedade egoísta e individualista onde os processos de construção coletiva normalmente ficam em segundo plano. A Abeta acredita que é necessária a reorganização e o agrupamento das forças representativas do turismo brasileiro e uma mudança estrutural com o fortalecimento do corpo técnico do Ministério do Turismo.
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HT: Qual a atual situação do turismo de aventura no Brasil? ES: Estamos em franca expansão em termos de crescimento e procura pelos serviços e atividades mas, isso, não significa que da forma correta. Apesar do trabalho já executado, muitos empresários do setor, muitos destinos e atrativos possuem uma grande dificuldade de implementar gestão adequada dentro do segmento. Nós somos o país com a maior quantidade de normas técnicas para turismo de aventura mas são raras as empresas que as utilizam como ferramenta de estruturação ou como estratégia de diferenciação no mercado. O Brasil conseguiu transformar duas normas técnicas nacionais em ISO´s Internacionais (Norma ABNT ISO 21101 – Sistema de Gestão de Segurança – Requisitos e Norma ABNT ISO 21103 – Informações Preliminares) e que foram adotadas pela maioria dos países desenvolvidos (e referências em Turismo de Aventura) mas os brasileiros, com raríssimas exceções, não conseguem adotar e implementar em suas atividades as normas construídas aqui no Brasil, por brasileiros. Mas o cenário é positivo e estamos trabalhando, independentemente das crises (econômica e política) para transformar o Brasil no maior destino de turismo de natureza do planeta. Biodiversidade, geografia, potencialidade e regulamentação, já temos. HT: Quais estados ou cidades são as mais procuradas e que modalidades atraem mais a atenção do turista? ES: Os destinos tradicionais do Brasil são Bonito(MS), Chapada Diamantina (BA), Fernando de Noronha (PE), Chapada dos Veadeiros (GO), Pantanal (MT), Foz do Iguaçu (PR) já estão consolidados no imaginário do nossos consumidores mas é importante que saibamos que o Brasil possui o maior potencial natural para o
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segmento do planeta. Há centenas de atrativos ainda não explorados e que ainda estão iniciando o caminho para se tornarem referência. Potencial, existe. Já nas atividades os destaque são as caminhadas, de curta e longa duração, o rafting e o cicloturismo mas também queremos salientar que nos impressiona a diversidade de oferta em todos os estados brasileiros onde é possível executar quase todas as 25 atividades reconhecidas pelo Ministério do Turismo. HT: Como a associação trabalha a divulgação de seus projetos? Quais suas parcerias mais importantes no momento? ES: A Abeta é uma das menores entidade de classe dentro do turismo nacional pois ainda estamos trilhando a nossa história. Temos apenas 12 anos mas de feitos inquestionáveis. Temos cadeira no Conselho Nacional do Turismo – CNT, fazemos parte do Conselho Gestor da Abav e temos parceria com a Braztoa e Clia Abremar como maiores entidades. Afora isso, nosso relacionamento e parceria com o Sebrae Nacional e Sebrae´s Estaduais, Embratur, Ministério do Turismo e entidades de Turismo de Aventura nos estados, nos dá fortaleza estrutural e voz atuante no Brasil. Também destacamos nossa parceria com a ATTA – Adventure Travel Tour Association, com a Apecate, de Portugal, com a Amtave do México e mais recentemente com a Aaetav da Argentina, consolidando o modelo que acreditamos: cooperação. Com isso, a divulgação do nosso trabalho e dos nossos projetos se perpetua e se fortalece dentro do setor de turismo mas ainda temos uma grande dificuldade de o segmento ser bem compreendido pelas grandes mídias do turismo. HT: Seu segmento foi afetado de alguma maneira pelo atual quadro político-econômico do Brasil? Como? JUL-AGO/16
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Entrevista
ES: Todos fomos afetados. Primeiro pela descontinuidade de lideranças dentro do Ministério do Turismo que é o organismo responsável pela articulação, fomento e planejamento. Trocamos de comando no Ministério do Turismo quatro ou cinco vezes nos últimos dois anos e, com isso, se torna impossível iniciar planejamentos adequados e de total importância para o desenvolvimento sustentado no Brasil. Logicamente que houve acertos mas são em número muito inferior em relação aos retrocessos e à descontinuidade. Também sofremos com a redução das verbas do Ministério em mais de 80% e, com isso, nossas tentativas de gerarmos políticas de qualificação e certificação dentro do nosso segmento se esvaíram e nos últimos cinco anos não conseguimos dar continuidade na melhoria e na busca por excelência e segurança no atendimento aos nossos consumidores. A crise também afetou a promoção, tanto interna quanto externa uma vez que 23 % dos turistas estrangeiros que aportam no Brasil têm como objetivo principal a prática de atividades de ecoturismo e turismo de natureza (dados do Ministério do Turismo em pesquisa recente). HT: Quais as perspectivas para este ano, dentro no nosso cenário atual? ES: Continuamos o nosso trabalho de formiguinhas, nos movendo a acenando ao nosso segmento que não paramos e vamos continuar a pensar por todos. Em 2015, os dados preliminares apontaram para um crescimento estimado em torno de 15% nas buscas por atividades de natureza. Difícil comprovar, mas acreditamos que é possível. A série de parcerias, de participações e incansáveis viagens que temos feito pelo Brasil, sensibilizando, articulando e também qualificando
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(não na intensidade que gostaríamos) nos tem dado a certeza de que o movimento contínuo e à frente é importante. A crise tem ensinado a pensar em alternativas mais simples mas nem por isso menos eficazes. Continuamos a construir a base para que quando o cenário de estabilidade retornar, o segmento estar preparado para assumir seu papel e colaborar com o desenvolvimento econômico e social de nosso Brasil. Se há um segmento que acredita nisso, ele se chama turismo de natureza e a Abeta o representa. Teremos êxito em um futuro bem próximo! HT: Que observações finais gostaria de fazer? ES: A Abeta realiza este ano o seu maior encontro. Será o XIII Encontro Brasileiro de Ecoturismo e Turismo de Aventura, o I Encontro Latino Americano de Turismo Ecoturismo e Turismo de Aventura e paralelamente ao evento, ocorrerá o I Congresso Brasileiro de Vida ao Ar Livre e Bem-estar para que possamos discutir os rumos deste segmento no Brasil e na América do Sul. Este evento ocorre de 06 a 10 de novembro de 2016, logo após o Festival de Turismo de Gramado (03 a 05) na vizinha cidade de Três Coroas no Rio Grande do sul sob o tema “A força da cooperação!” onde teremos grandes nomes, personalidades e pensadores que trarão em plenárias, palestras, oficinas e grupos de trabalho as alternativas para o planejamento, a sustentabilidade e a inovação para o segmento que é a cara do Brasil. Maiores detalhes e inscrições podem ser acessados no site do evento www.abetasummit.com.br
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ALIMENTOS & BEBIDAS:
Ponto nevrálgico da operação hoteleira Cuidados fundamentais com um setor que é essencial para o hotel
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uando escolhemos nos hospedar em um hotel, já adquirimos a cultura diversa de muitos anos atrás, em que o serviço de hospedagem era visto apenas como um local para dormir. Atualmente, o setor de alimentação num hotel, além de ser talvez o mais rentável (pode chegar a representar até 25% a 30% das receitas do estabelecimento), é também o que envolve maior complexidade operacional, pela quantidade de processos e riscos envolvidos. Por mais glamouroso que
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seja, se não for bem conduzido, poderá levar a situações catastróficas. Já imaginou receber em seu pedido um alimento mal preparado, em condições duvidosas ou que não correspondam à sua expectativa? O setor de alimentação constitui-se num forte atrativo, pois não se limita àquelas pessoas hospedadas no local. Os restaurantes normalmente são abertos para visitantes que não estejam instalados no local, e que também ajudam e muito a movimentar o negócio. A primeira providência ao se montar um serviço de alimentação, está na escolha da equipe que vai conduzir os trabalhos: chefs, gerentes, assistentes, garçons, sommeliers, cozinheiros, auxiliares, etc, todos devem ser absolutamente qualificados e apresentar uma visão bastante ampla e cuidadosa dos afazeres. É essa equipe de profissionais que vai
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nortear a escolha e compra de insumos, alimentos, bebidas, equipamentos, entre outros, para o bom andamento do serviço. O treinamento e capacitação desses profissionais é de fundamental importância para que inclusive possam interagir com os comensais, apresentando alternativas, sugestões ou para que tenham conhecimentos adequados para fazer trocas de nutrientes, quando o hóspede tiver necessidades nutricionais especiais. Isso tudo precisa ser previsto no rol de atividades da equipe. A escolha de fornecedores para os alimentos e bebidas deve residir em fatores de vão desde a disponibilidade de artigos como frutas e legumes da estação (sazonabilidade) e se possível, também típicos do local, presteza na entrega, qualidade dos mesmos, condições sanitárias, etc. Deve-se sempre ter em mente que um serviço de alimentação descuidado é a receita certa para um grande prejuízo ao estabelecimento, não apenas financeiro, mas que pode destruir uma reputação construída com esmero por anos a fio. Após o preparo cuidadoso do menu a ser oferecido, os cálculos não podem apenas se basear na quantidade de refeições fornecidas, mas deve de maneira bem precisa, levar em conta os desperdícios observados em todas as fases do processo, e que precisam ser fortemente combatidos, pois oneram sobremaneira o custo do serviço. Segundo o professor Lairson Lopes Sena da Faculdade Hotec, “muitas vezes, essa é considerada uma área crítica da gestão hoteleira. Por isso, muitos hotéis acabam terceirizando esse setor, o que pode comprometer a imagem, se o serviço não for bem prestado”.
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RODOLFO DE SANTIS – o crescimento de um chef
Nascido no Sul da Itália, na cidade de Gallipoli, na região de Puglia, chef Rodolfo de Santis, chegou ao Brasil em 2010, com uma história de muita batalha e vontade de crescer. Conheça sua odisseia pelo mundo da Gastronomia.
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uem fala pela primeira vez com o Chef R o d o l fo, s e surpreende a cada minuto da conversa. Nascido na bonita região litorânea de Lecce, ele nos conta uma história de determinação, foco e muita labuta. “Nasci nos sul da Itália na região de Puglia numa cidade chamada Gallipoli, onde fiquei até os 14. Depois tive umas mudanças para o norte da Itália devido ao trabalho do meu pai, e nessa região acabei estudando gastronomia dos 14 aos 19 anos que corresponde a um curso básico de gastronomia . Mas a entrada para a gastronomia se deu pelas mãos do meu avô, que possuía um pequeno terreno onde plantava algumas coisas, como figueira, tomateiro,
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oliveiras, e esses produtos eram usados na produção de conservas e azeite para nosso consumo anual. Na época eu visitava meu avô todos os domingos e o acompanhava para fazer as colheitas no seu terreno. E numa dessas visitas foi que experimentei a intensidade do sabor marcante dos alimentos colhidos ali, que não precisavam de aditivos e eram naturalmente saborosos.”, conta ele. A partir desse ponto passou a seguir mais de perto o segmento de gastronomia, comprava revistas com matérias de chefs famosos, e assim decidiu por iniciar sua formação profissional e escolheu a escola de hotelaria. “Mesmo indo contra todos os “conselhos”, pois me diziam que era uma profissão que exigiria muito, trabalharia em finais de semana e feriados, seria sacrificante, estressante. Mas eu estava bem focado mesmo porque era um trabalho imediato que me permitia estudar de dia e trabalhar a noite”, lembra o profissional. Aos 14 anos já trabalhava em um restaurante classificado com estrela Michelin . “Em virtude das minhas necessidades familiares, precisei começar a trabalhar cedo. Assim, escolhi por fazer exatamente o que eu gostava, e tinha um plano definido, que era ir trabalhando sempre em lugares bons e ir aos poucos construindo sua carreira. Inicialmente, eu imaginava que trabalharia em um hotel, jamais pensei que viria para o Brasil, ou que teria um restaurante meu”, explica De Santis. Depois dessa fase ainda trabalhou um tempo perto de Milão, e então decidiu investir na profissão e partiu para a França. Ficou dois anos em Paris no Four Seasons, um restaurante três estrelas Michelin, e depois em Genebra, na Suíça,
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mais perto da família, e que lhe permitia visitá-los com frequência e onde trabalhou por mais dois anos, também em um restaurante do Four Seasons. “Nesse ponto, comecei a sentir falta de trabalhar em um restaurante independente, passei a enviar meu currículo pela Itália inteira, e consegui trabalhar em Roma, que foi minha última experiência antes de vir para o Brasil”, relata. Em virtude de diversos acontecimentos pessoais e profissionais, De Santis acabou desembarcando para fazer consultoria no Brasil. A partir daí, diversos fatores concorreram para que ele acabasse abrindo seu próprio restaurante. Foi um começo bastante difícil, em virtude das inúmeras diferenças de costumes, idioma, diferença de mentalidade dos funcionários, de cultura e hábitos da população, etc, que são coisas que impactam diretamente o resultado do seu negócio. “Hoje eu já enxergo a vida, a equipe e as coisas de uma maneira diferente, e consegui um equilíbrio com meu time e todos entendem o valor e a importância daquilo que fazem. O que mais me deixa feliz foi ter conseguido trabalhar de uma forma em que conseguimos dar ambição e visão de futuro, possibilidade de crescimento para os nossos colaboradores”, ressalta orgulhoso. O Chef explica que, ao longo dos anos aprendeu que a forma de trabalhar aqui no Brasil é diferente e é preciso entende-la para conseguir ter sucesso no que se faz. “Hoje vejo como maior desafio na minha vida o desejo de estabelecer minhas raízes aqui, embora ainda tenha o desejo de fazer um teste fora do Brasil, em virtude de algumas dificuldades que ainda
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enfrentamos. Estabeleci como plano de vida dentro de uns cinco aos montar um restaurante em Nova York, mas primeiro quero me estruturar bem aqui. Hoje aprendi a avaliar de maneira diferente uma série de aspectos que influenciam no meu trabalho, e que são diferentes no Brasil, como a filosofia de trabalho, a relação com fornecedores e parceiros, tudo isso é trabalhado de uma maneira diferente do que eu estava acostumado e é necessário entender isso para termos sucesso. Hoje posso dizer sem sombra de dúvida que a Gastronomia é 99% da minha vida, é o meu mundo, até por conta de estar longe da família e amigos da Itália, acabo ficando quase que 100% envolvido no trabalho. Assim vi meus funcionários virarem praticamente minha família e meus clientes virarem amigos” explica. E otimista, ele continua: “Hoje, vejo que a principal característica que preciso ter é a busca do equilíbrio entre ser o “dono” e o chef de cozinha, penso também que um chef deve esquecer o
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estrelismo, que facilmente te afasta do seu negócio. É importante que saiba avaliar os custos e a viabilidade do seu negócio, é preciso conhecer todas as facetas e pensar também com a cabeça do cliente, para poder antecipar o que ele deseja buscar no seu estabelecimento”. “Como disse, estou há cinco anos no Brasil, e quando decidimos montar o Nino, foi com a ideia de trazer a alma e o costume italiano para cá, apresentar na verdade a cozinha caseira italiana, como minha avó fazia lá. Então, tanto nas receitas, quanto a apresentação do restaurante, o que entregamos é, na verdade, meu costume familiar e caseiro da Itália. Assim, é preciso também que nossos clientes entendam a “alma” da nossa cozinha e que também entendamos o que o cliente busca para acharmos um ponto de equilíbrio. O que desejamos entregar em nosso restaurante é a cozinha simples e caseira da minha origem, em que nada é pré-cozido ou congelado, tudo feito na hora, segundo meus costumes familiares. E é exatamente
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aí que está o charme do nosso estabelecimento. Vejo o Brasil como um país com grande oportunidade de crescimento e sua população com imensa receptividade ao novo e ao que é diferente”, explica. “Se eu fosse deixar um conselho para quem começa na gastronomia, eu diria que deve pensar bem, pois não é fácil, e tem de ser uma paixão, você tem de ter aquilo no sangue, é uma arte e você ter de ter paixão por essa arte. A pessoa deve amar o que faz e “abraçar a alma” do restaurante,ter dedicação total. É um trabalho que necessita de dedicação total, muita pesquisa, e também de pessoas que apoiem seu trabalho, para se ter sucesso”, finaliza. O restaurante Nino trouxe as receitas familiares do chef, com um jeito rústico do Sul da Itália, mas com o charme a e “pegada” de um restaurante internacional. Até porque a tendência e o luxo está na simplicidade. Rodolfo de Santis é sócio e Chef no Restaurante Nino Cucina.
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A arte e paixão por traz da
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Andressa Noitel nos conta sobre o amor à profissão e como envolve muito estudo e conhecimento
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ndressa Noitel é uma paulista de 40 anos, publicitária e pós-graduada em Marketing. Até 2009, bebia vinhos socialmente e apreciava, naturalmente. Em uma viagem de férias que fez à Itália, descobriu sua verdadeira paixão, até porque, é difícil não se apaixonar pelos grandes vinhos italianos. Bem dizer, qualquer cultura que tenha o vinho envolvido é apaixonante. “Hoje, depois de ter trabalhado em diversos restaurantes, minha atividade principal é a educação vínica, pois acredito que ensinar o cliente, o faz beber mais e melhor, saber exigir um bom serviço nos restaurantes”, explica a sommeliere. Além dos cursos que promove mensalmente sobre o tema, continua criando
cartas de vinhos, harmonizando com a comida para restaurantes, bistrôs, e treinando brigada. É embaixadora da Eno Cultura WSET para Salvador, instituição britânica presente em mais de 60 países que certifica internacionalmente sobre o tema vinho. “Tenho a Certificação nível 3 e estou estudando para a obtenção do diploma, o grau maior para um profissional desta área”, afirma. Noitel salienta que sempre foi atraída por esta bebida e, para ela, o vinho é educação, é história, geografia, arte, poesia, é tradição e modernidade, e muito amor envolvido. A enologia estuda o ambiente, a natureza, a vinha, a uva, o amor do homem ao trabalho para com o vinhedo e captar tudo isto em forma de vinho é muito significante. “Minha energia e minha capacidade de reunir pessoas, minhas condições espontâneas de repassar aquilo que aprendi e ter prazer em trabalhar neste ambiente com amor e dedicação são as minhas características que mais me ajudaram a solidificar meu sucesso profissional”, explica. Ao ser perguntada sobre os maiores erros em enologia, ela acredita que entre eles se destaque a falta de sensibilidade, “se você presta atenção nos alimentos, você não erra. Se você sabe o que é o gosto azedo, o que é o gosto amargo, o que você não gosta, você não mistura, porém se você reconhece e brinca com isto, não erra. No vinho tem-se que ter sensibilidade e isto você pratica, é só prestar atenção. E o que infelizmente vejo é que, pela falta de tempo, as pessoas não prestam atenção no que comem ou bebem, como e quanto tempo levam comendo ou bebendo”.
Salienta que, na sua opinião, é muito difícil escolher um vinho como o melhor, pois a cada etapa do seu desenvolvimento, descobriu novos vinhos, estilos diferentes, de castas (uvas) novas. Os produtores são inúmeros e cada dia mais competitivos no quesito qualidade. “Eu gosto muito de experimentar, mas tenho alguns tipos de vinhos preferidos, o vinho do porto, um espumante de método tradicional, rosés, tintos vindos de regiões quentes me atraem muito, mas ultimamente os brancos vêm me encantando pela qualidade olfativa e gustativa, até pelo fato de morar atualmente no Nordeste”, salienta. Ela ensina que uma carta de vinhos atrativa tem que ter o que o cliente gosta, e não o que o sommelier, ou o importador ou o dono do negócio gostam em particular, tem que ser dinâmica, com rótulos que prestigiem o vinho nacional e focar sempre nos rótulos de varietais, ou blends, de qual região vem e nunca esquecer da principal característica que é tentar chegar o mais próximo da harmonização com o cardápio da casa. Tem que ser de fácil entendimento, tem que mostrar ícones de layout sinalizando ao cliente, dando-lhe autonomia, se eventualmente a casa não tiver um sommelier diário. E precisa ser mudada de acordo com o cardápio, nada de cartas que só possam ser alteradas uma vez por ano. “Já fiz cartas que mudavam mês a mês, pois queríamos saber o que o cliente mais gostava, foi um sucesso!”, afirma Noitel Ao longo de suas viagens, encontrou vinhos muito interessantes em Portugal, Brasil, Chile, Itália, “é difícil escolher um único. Adoro o Brasil pela capacidade
Viva a experiência do Mundo Mercovino São Paulo – tel (11) 3841-9448 / Ribeirão Preto – tel (16) 3635-5412 / Rio de Janeiro – tel (21) 99727-1386 JUL-AGO/16
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de se adaptar e mesmo que ainda esteja buscando uma identidade no vinho, temos um terroir especifico e devemos achar nosso ícone, ou seja, assim como a uva “ícone” da Argentina é a Malbec, ou no Chile é a Carmenere, aqui devemos promover algo parecido para ser a alavanca”, explica e continua: “Os espumantes brasileiros estão no caminho certo. Portugal é um encanto, é um país relativamente pequeno, porém com uma capacidade para fazer estilos diferentes fantástica com suas uvas nativas. Itália sou suspeita, pois iniciei minha vida “vínica” lá. Suas diversas regiões me revelam a cada vez que visito uma viagem no tempo, de como produzir vinho”. E essa profissão pode nos levar a situações e episódios curiosos. “O dia-a-dia do sommelier brasileiro é pitoresco. Chegar no restaurante e ter que enfrentar muitas vezes situações desmotivadoras e continuar acreditando nesta profissão é um grande desafio. Muitas vezes confundem nosso trabalho, e temos que provar e “en-
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sinar” sobre ter respeito a profissão. Em minha carreira, os jantares harmonizados são os mais interessantes, pois conduzir muitos clientes ao mesmo tempo, apreciando aquela escolha que eu fiz junto ao chef de cozinha, “orquestrar” o serviço com a equipe e ainda falar em público é muito prazeroso e desafiador”, afirma. “Muitas vezes, quando um produtor vem ao Brasil, fazemos um jantar com os seus vinhos e num destes jantares o produtor enfrentou o fato de quebrar a rolha da garrafa. Então, ele, empurrou-a para dentro, serviu todos convidados e disse que “vinho se aproveitava de todas as formas”. Isso é criatividade.... Assim, frente a multitude de fatores que envolvem essa profissão, a profissional deixa alguns conselhos: “Estudem e degustem, não tem outra forma. O estudo tem que ser constante, diário, assim como frequentar feiras, degustações, criar confrarias entre os amigos para ter a experiência do vinho. São muitos os estilos, são mais de 2.500 nomes diferentes
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de uvas, sendo que 150 são comercialmente conhecidas. Só em Portugal são mais de 250 nomes de castas nativas, então imagine se você parar de estudar. E lembrando sempre, quem quer ser sommelier além de estudar, fazer inúmeros cursos, viajar para conhecer regiões produtoras, vinícolas, deve participar de feiras e trabalhar no mínimo três anos em restaurantes de segunda a segunda, ter um ótimo relacionamento com a equipe, dominar mais de um idioma é bastante desejável, já que lidamos dia-a-dia com turistas e vinhos importados. E o mais importante é saber se comunicar com o cliente, gostar de gente, não ter vergonha e saber servir, pois servimos a todo tempo, desde que nascemos, quem não nasce para servir, não serve para nascer, como dizia o ditado. Sommelier de final de semana não é Sommelier. Andressa Noitel é publicitária e sommeliere, diretora da empresa Piccola Madame
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LE CORDON BLEU: o berço do aprendizado da gastronomia
Conheça como surgiu, se difundiu e as novidades deste centro de excelência em treinamento para o setor
Revista Hotelaria: Inicialmente, pode nos contar um pouco da história do Le Cordon Bleu, quem são seus fundadores? E quais são sua missão, visão e valores? Sylvy Morineau: A história do Le Cordon Bleu começou 120 anos atrás, graças à iniciativa da jovem jornalista Srta Marthe Distel e é hoje a maior rede de institutos de gestão de culinária e hospitalidade no mundo. Todos os anos ela acolhe acima de 20.000 estudantes de mais de 100 diferentes nacionalidades em mais de 35 institutos espalhados em 20 países. A jornalista Marthe Distel fundou a primeira revista semanal de culinária daquela época, chamada ‘La Cuisinière Le Cordon Bleu’, em Paris, no ano de 1895. JUL-AGO/16
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Educação
A revista alcançou 20.000 assinantes já no primeiro ano! Marthe Distel rapidamente teve a ideia brilhante de convidar os assinantes a participarem de aulas gratuitas, nas quais Chefs demonstravam os preparos das receitas. A revista refletia a grande cozinha burguesa francesa daquele período ao mesmo tempo em que se abria para a cozinha mundial, à medida que passou a ser publicada em outros idiomas. A primeira aula de culinária ministrada por Distel foi no Le Cordon Bleu Paris em 15 de outubro de 1895. Desde que o primeiro instituto foi aberto, a filosofia do Le Cordon Bleu tem sido atingir o mais alto nível de excelência, ao mesmo tempo em que perpetua tradições e guia gerações ao redor do mundo em constantes evoluções na gestão de Artes Culinárias, Turismo e Hospitalidade.
Gestão Hoteleira e Turismo, incluindo programas on-line, seja nas suas próprias universidades ou em parceria com universidades locais. Num futuro próximo, o Le Cordon Bleu solidificará seu desenvolvimento, com a abertura de outras seis escolas nos
HT: Atualmente, o setor de hospitalidade tem se mostrado um segmento importante da economia. Como a escola vê esse tema frente às incertezas econômicas a nível mundial? SM: Desde o seu início, o Le Cordon Bleu tem demonstrado seu apreço por outros países ao receber estudantes estrangeiros em seu berço natal, Paris. As aulas Sylvy Morineau eram ministradas em francês e cinco continentes. A inauguração de uma traduzidas para o inglês por um tradutor, escola em Shanghai consolida a primeira fornecendo um ambiente de aprendizado joint-venture jamais assinada entre o multicultural. Para exibir a cultura frangoverno chinês e uma entidade privada cesa e o savoir-faire (know-how) pelo europeia no campo de treinamentos. mundo, o instituto abriu suas asas para Recentemente, o Le Cordon Bleu abriu além da França. também uma escola em Taiwan. O Le Cordon Bleu está presente no cenário internacional há muitos anos HT: Quais as principais dificuldades graças ao desenvolvimento de excelentes encontradas pelos gestores de hosprogramas de treinamento com graduapitalidade? ção, pós graduação (master) e MBA em JUL-AGO/16
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SM: Um gerente precisa possuir uma riqueza de conhecimentos tanto no nível gerencial quanto operacional. Ele precisa ser capaz de gerenciar finanças, marketing, aspectos legais, operações, logística, segurança, comunicação e, especialmente, recursos humanos, seja para uma equipe ou um negócio. O gerente precisa se posicionar inteligentemente no negócio, pela compreensão completa das necessidades de qualquer cliente pelo mundo, diferenças culturais ou linguísticas não podem ser barreiras nessa indústria de serviços. Ele também precisa ter claras habilidades de comunicação. Atualmente, seja nas redes sociais, e-mail ou comunicação verbal, o gerente pode ter de lidar com diferentes casos de frustração do cliente, críticas, discordâncias e até agressão. É preciso sempre tomar nas mãos o desafio e buscar uma solução para o problema. Os negócios operam hoje em dia no impulso do momento, não há espaço para espera. A indústria de serviços precisa atender às necessidades do cliente imediatamente. Nela, o cliente não espera para tomar sua própria decisão. Um gerente que sabe como trabalhar coletivamente, agarrar as oportunidades que aparecem em função da sua rede e que comunica sua paixão à sua equipe, é um gestor que pode assumir todos os desafios. A indústria hoteleira está enfrentando a globalização ao mesmo tempo em que soma maior importância aos detalhes no trato com o cliente. O desafio aqui é fazer a diferença todos os dias, uma vez que isso é que vai determinar a escolha do cliente. HT: O mercado de Luxo tem atraído muitos profissionais atualmente. Quais
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as principais características que deve apresentar um profissional para trabalhar neste segmento? SM: Luxo pode ter muitas definições, contudo, no que diz respeito a serviço, eu acredito que seja: um alto nível de requisitos para um trabalho, ao mesmo tempo que ultrapassa as expectativas do cliente. Luxo pode ser superficial ou o belo, mas é acima de tudo um inegável trabalho de qualidade e excelência, adquirido através da labuta, rigor e conhecimento. O mundo do luxo se resume à soma de savoir faire tradicional à inovação moderna e aos progressos. HT: O que são os dois cursos de bacharelado oferecidos (Gestão Internacional de Hospitalidade e Gestão de Negócios na Arte Culinária) e quais os principais objetivos? SM: Esses dois cursos de bacharelado, a saber Gestão Internacional de Hospitalidade e Gestão de Negócios na Arte Culinária, tem por objetivo preparar os estudantes para trabalhar em posições de gerenciamento no setor de Gastronomia ou Hoteleiro. Para preparar o estudante para uma carreira internacional, os cursos são ministrados em inglês. Alguns módulos profissionais são ministrados em francês e traduzidos para o inglês. O bacharelado dura três anos, com quatro semestres acadêmicos. Durante o programa os alunos ganharão experiência em campo através de dois estágios profissionais, durando um período total de 11 meses. O primeiro ano dá ao estudante uma introdução ao vasto leque de papéis na indústria da Gastronomia e Hotelaria. Técnicas profissionais e conceitos básicos de gerenciamento compõem JUL-AGO/16
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o principal foco de aprendizado. O ano termina com um estágio prático em um estabelecimento hoteleiro ou gastronômico na França. No segundo ano, os estudantes escolhem onde estudar, entre um dos Institutos da rede Le Cordon Bleu fora da França e irão seguir os módulos técnicos por um trimestre. No seu retorno a Paris, eles começam um período de seis meses de especialização em gerenciamento de produção culinária, ou gestão hoteleira. Os alunos terminam o ano com um estágio adequado à linha de ação de seu plano de carreira. No terceiro ano os estudantes estarão focados na sua especialização e no gerenciamento de uma empresa nesta indústria, para que adquiram as chaves do sucesso no mundo profissional. HT: A quem se destina esses cursos? SM: O objetivo desses programas é preparar os estudantes para trabalhar em cargos de gerenciamento nos setores de hotelaria e Gastronomia. Assim, seu alvo são as pessoas que queiram fortalecer sua educação nas áreas de gestão e hospitalidade. Os alunos devem ter entre 18 e 25 anos, período chave em suas vidas em que decidem qual carreira querem seguir no futuro.
HT: Como é feita a seleção dos postulantes? SM: Nós pedimos aos estudantes que nos enviem um formulário de inscrição preenchido, e uma carta na qual descrevam suas motivações e projetos profissionais. Isso nos permitirá entender como esse currículo os ajudará a atingir seus objetivos profissionais e a sua dedicação para o sucesso. A entrevista, seja pessoal ou por videoconferência (se o estudante não for da França) vai confirmar se o candidato se encaixará com sucesso ao programa. Um bom nível de inglês também é compulsório no processo de seleção.
HT: Qual a formação que deve apresentar o postulante a esses cursos? Em qual idioma é ministrado o curso? SM: Esses programas de Bacharelado são ministrados em inglês, preparando os estudantes para uma carreira internacional. Assim, os estudantes devem ter um diploma de curso técnico ou bacharelado internacional.
HT: Como são as avaliações dos alunos ao longo do curso? Como e onde são feitas? No decorrer do programa os alunos são avaliados tanto na teoria quanto na prática. Efetivamente são submetidos a provas ao final de cada sessão. O relatório da experiência do estudante como estagiário ao longo do primeiro e segundo ano, assim como o plano de negócios são
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HT: Quais os principais aspectos abordados nos cursos? E qual a duração? SM: O programa é bastante rico em termos de conteúdo e vai preparar o estudante para o sucesso nos setores escolhidos para sua especialização, seja em gestão de hospitalidade ou artes culinárias. Os alunos também escolhem duas línguas de estudo, sendo a primeira Francês ou Inglês, e a segunda pode ser Chinês ou Espanhol. Ao final da grade curricular, o aluno estará apto a trabalhar em qualquer um desses campos internacionais muito competitivos.
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apresentados a um júri ao final do terceiro ano, e são elementos que completarão a avaliação e contarão nas suas notas finais. HT: Existem outros aspectos importantes que julgue necessário comentar e que não tenham sido contemplados nas questões acima? SM: Essa indústria requer uma motivação específica. O trabalho é difícil, mas recompensador. Ser formado na França, no berço do luxo, dar arte culinária, e do “savoir-recevoir”(saber receber), é um ativo importante. Para isso, a fluência em pelo menos dois idiomas ajudará o aluno a se sobressair, capacitando-o para viajar pelo mundo para trabalhar onde preferir com o seu Diploma do Le Cordon Bleu. Meu conselho pessoal seria que o recém-graduado experimente inicialmente trabalhar no campo antes de tentar gerenciar seu próprio negócio. Isso irá fortalecer tudo o que ele aprendeu no Le Cordon Bleu ao longo desses três anos, nutrir sua experiência e ajudá-lo a crescer como gestor. Neste aspecto, para fazer progressos, não hesite em fazer perguntas, dar feedbacks e ser curioso. Um último conselho seria abraçar a comunicação com a sua clientela tanto quanto um impecável senso de suas funções e serviço. Neste aspecto, rigor e domínio de línguas estrangeiras são habilidades muito cobiçadas.
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Sylvy Morineau é diretora acadêmica no Le Cordon Bleu
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Destino no Brasil
INSÓLITO BOUTIQUE HOTEL: UM TEMPLO PARA A COMUNHÃO DO LUXO COM A NATUREZA Nos seus vários ambientes e arredores, está a essência do luxo, que reside basicamente na simplicidade e o respeito à natureza
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ocalizado numa das regiões mais bonitas do litoral brasileiro, em Búzios, o Insólito Boutique Hotel está acomodado na Praia da Ferradura e oferece aos seus hóspedes uma visão privilegiada do ambiente ao seu redor. O hotel foi constituído por Emanuelle de Clermont Tonnerre, uma advogada francesa que se instalou no Brasil e escolheu a cidade como ponto de moradia. Após dois anos de estudos e reformas, o hotel foi inaugurado e se tornou uma referência no ramo da hotelaria de praia brasileira, por seu conceito original e inovador. A empresária tem por objetivo oferecer aos seus hóspedes
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uma experiência única, rica e sensorial do Brasil, acompanhada de um serviço de excelência que atenda a todas as demandas de seus visitantes. O empreendimento apresenta uma decoração atemporal que mescla móveis antigos e contemporâneos, com obras de arte de artistas brasileiros. O conjunto é composto por 24 charmosos apartamentos, divididos em seis categorias: Superior, Luxo, e as suítes Junior, Master, Insólito e Honeymoon. As casas que compõem o complexo foram construídas na década de 90 e as reformas posteriores a que foram submetidas tiveram por objetivo fortalecer a comunhão entre a arquitetura e a natureza. Os materiais utilizados são típicos brasileiros, como a madeira e as pedras portuguesas, além das plantas nativas do local. O projeto de iluminação foi entregue aos cuidados do cenógrafo Maneco Quinderé, cujo trabalho acabou por disponibilizar um ambiente intimista e receptivo. Entre as maiores as maiores preocupações de Emanuelle destacam-se os cuidados com a preservação e o menor
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impacto possível sobre o meio ambiente: dessa forma, foi desenvolvido para o local um sólido sistema de tratamento das águas usadas, reaproveitamento das águas da chuva, assim como a instalação de um sistema de aquecimento solar da água, com vistas ao menor consumo possível de energia elétrica. O hotel está localizado numa região de orla conhecida como a Saint Tropez brasileira, num ponto em que além das belas praias circunvizinhas, o turista pode contar com um intenso roteiro gastronômico e cultural. Listado e premiado em diversos índices de hotelaria mundiais, como o Condé Nast Johansens, BLTA (Brazilian Luxury Travel Association), Design Hotels e Virtuoso, o Insólito oferece aos hóspedes além de seus elegantes apartamentos, serviços como três piscinas (uma a temperatura ambientes, outra aquecida e a piscina privativa da suíte Honeymoon). Há ainda uma jaccuzzi, sauna seca e a vapor, três salas de massagens, executadas por profissionais altamente capacitados, um mini-centro de convenções, para os turistas de negócios, praia privativa e um elegante beach club que vai atender a todos os desejos do visitante. Como não poderia deixar de ser, a gastronomia é um ponto marcante. Entregue aos cuidados Chef Eduardo Barbosa, o A Galeria, restaurante do hotel, oferece um cardápio variado, privilegiando essencialmente os produtos originados da horta de produtos orgânicos local, fazendo uma harmoniosa combinação dos ingredientes brasileiros com a elegância da cozinha francesa. E, um toque de elegância final, são disponibilizados serviços especiais como transfer em carros executivos, e transfer de helicóptero a partir de heliporto próprio, para os dois aeroportos do estado, de forma a conferir maior comodidade aos hóspedes.
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Destino no mundo
SHANTI MAURICE: elegância e luxo que ficam na memória
Conheça o charme das vilas rodeadas por um exuberante jardim nativo e praias de areias cristalinas do Oceano Índico
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nstalado entre o azul-turquesa do Oceano Índico e o verde vivo dos campos de cana-de-açúcar, o Shanti Maurice, membro da Leading Hotels of The World, é um resort localizado na costa praticamente intocada das Ilhas Maurício. A propriedade abriga 44 suítes e 17 villas de frente para o mar, espalhadas por mais de 145 mil m2 de jardins tropicais. O hotel oferece diversas opções de gastronomia, todas com ênfase nos ingredientes locais e frescos cultivados na sua própria horta orgânica. O principal dos três restaurantes, Stars, é definido pelo viés contemporâneo de cozinha do Cabo. O Pebbles oferece um cardápio internacional com forte influência dos sabores da Índia, enquanto o Fish and Rhum Shack, um descolado lounge à beira-mar, celebra a fartura dos mares que envolvem as ilhas. Cenário perfeito para lua-de-mel e destination wedding, o hotel oferece amplo menu de atividades que incluem ioga e meditação, trekking, aula de culinária e ayurveda, tênis, snorkeling, caiaque, stand up paddle, windsurfinf, golfe e até degustação de rum. Kids friendly, conta também com entretenimento infantil! O Shanti Maurice disponibiliza semanalmente toda uma agenda repleta de brincadeiras para os pequenos, incluindo campeonato de tênis de mesa, esconde-
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-esconde, vôlei aquático, aulas de culinária e natação, jogos, musicais e safáris. Mas o destaque mesmo fica para o Nira Spa. Com 25 salas de tratamento e cercado por pequenos lagos repletos de lírios e flores nativas, é um dos maiores e mais completos do Oceano Índico. Os tratamentos refletem o legado de diversidade de Maurício, marcado por influências indianas e africanas, e o spa aiurvédico é complementado pelos produtos e tratamentos da célebre marca Africology. Outro atrativo do complexo é a elegante biblioteca, cujas prateleiras recebem obras variadas e também disponibiliza ao hóspede um computador de última geração para suas necessidades. Além disso, há também a boutique que disponibiliza elegantes artigos, incluindo um perfume exclusivo que recebe a assinatura do hotel, o SOMA. A filosofia do resort é permitir que seus hóspedes experimentem o melhor que Maurício tem a oferecer - e que os viajantes cheguem como hóspedes, saiam como amigos e retornem como parte da família. O Shanti Maurice é gerenciado pela Nira Hotels & Resorts, rede de hotéis de luxo com sede em Londres e fundada por MPS Puri, em março de 2009. Suas propriedades-irmãs são o Nira Alpina, em St. Moritz, e o Nira Caledonia, em Edimburgo.
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CONSTRUINDO UMA CARREIRA NO CALOR DO SOL Newton Ferreira fala sobre os desafios e o sucesso à frente da empresa especializada em uso de energia solar
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ou brasileiro e por profissão, sou administrador de empresas, atuando no mercado há bastante tempo. Certa vez, viajando pelo sul do Brasil, nos idos de 1978, fiz alguns amigos que trabalhavam no segmento de energia solar térmica. Era o primórdio dessa tecnologia no país e havia poucas empresas ou pessoas envolvidas neste setor. Fui então, convidado para trabalhar com este segmento, mas por diversos motivos acabei me envolvendo com outra empresa localizada em São Paulo, a Solarterm, que pertencia a um empresário alemão muito entusiasmado com o futuro da energia solar no Brasil. Como todo projeto pioneiro, este também não teve muito êxito, pois na ocasião o momento não era muito propício, e as tecnologias de fabricação e instalação não funcionavam adequadamente aqui como lá na Alemanha. Assim foi que iniciei neste segmento, embora tenha passado por outras experiências, até que, em 1984 fundei a Astrosol. Nesta nova fase, as coisas foram se desenvolvendo gradualmente e a empresa foi crescendo passo a passo, num mercado que era inicialmente bastante pequeno e composto pela elite. Meu maior desafio na época foi treinar e preparar profissionais para fazer parte dessa equipe, com essa nova tecnologia, uma vez que carecíamos de profissionais capacitados nesta área de atuação. Assim, vivenciei uma empresa que começou pequena e que foi se desenvolvendo paulatinamente, com recursos próprios, o que é uma grande vitória, em um país cuja economia é instável e passa por mudanças de tempos em tempos. Acredito que meu maior desafio tenha sido passar pelos sucessivos planos econômicos ao longo desse período, pois o empresário tem de ser um pouco “camaleão” para poder se adaptar a cada nova situação ditada pelo mercado. Passamos por muitas etapas ao longo desse processo e aprendemos bastante. No início, vendia-se quase que exclusivamente para o consumidor final, ou seja, residências. Mas tínhamos o sonho de que empresas, hotéis, edifícios e prédios públicos viessem a utilizar essa energia gratuita e abundante. Assim, em 1990, a Astrosol e mais outras nove empresas do setor criaram o grupo de aquecimento solar, e encontramos espaço dentro da Abrava para dar força ao nosso segmento. Este foi um passo gigante no sentido de melhorar o setor, o que deu bastante certo, pois recebemos apoio de importantes entidades como o Inmetro, universidades e companhias eletricitárias.
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Assim, acredito que a maior vitória não tenha sido minha ou da Astrosol, mas de todo o setor, pois a partir deste momento desenvolveu-se a “lei solar” (programa das cidades solares), onde se privilegia os usuários de aquecimento solar, programa esse adotado por algumas cidades brasileiras e também pelo programa Minha Casa Minha Vida, entre milhares de outras ações que fizeram com que o sonho das grandes obras viesse a ser realizado. Olhando para o futuro, penso que temos grandes perspectivas, até porque o Brasil carece e muito de uma boa matriz energética, que é a única forma de promover o crescimento do país. Antigamente dizia-se que o “Brasil é o país do futuro”, hoje já não é mais assim: o Brasil é o país do presente, o momento é agora, e esse momento pelo qual passamos é um degrau, uma etapa que precisamos transpor para voltarmos a crescer. E a energia solar será parte obrigatória dessa matriz energética, dentro da qual o setor térmico (aquecimento de água, banhos, processos, piscinas, etc) tem um papel importante. Atualmente o preço da gás já está próximo ao da energia elétrica, que é bastante cara. O aquecimento solar, que já foi muito caro no passado, é hoje acessível a quase qualquer pessoa. O que precisamos é de política ambiental consistente, e que o governo assuma as rédeas nesse processo e lance planos de incentivo melhores, como por exemplo, oferecendo financiamentos com juros mais reduzidos e a longo prazo, que permitam que o usuário o pague com a economia gerada. Quando iniciamos neste setor, ele não era tão competitivo e era possível a fabricação em pequenas oficinas. Hoje, as empresas se profissionalizaram e são dotadas de equipamentos de produção seriada, o que acirra a competitividade entre as companhias. Sugiro aos empreendedores que iniciam nesse ramo trabalhar numa região específica, que aprendam à exaustão tudo sobre este mercado que é bastante competitivo. Devem também buscar parceiros que atendam suas expectativas, ações essas que demandariam baixo custo de investimento e menor risco. Evidentemente o empresário deve ser criativo e a busca de parceiros adequados é em geral a melhor forma de começar um negócio. Atualmente, este mercado possui regras, normas e leis que o regulamentam e cujo conhecimento é de fundamental importância para quem quer se solidificar no setor. Newton Ferreira é sócio-diretor da Astrosol
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DO TIROL PARA O BRASIL! Conheça a história de Cristina Klotz Mantovani , descendente de imigrantes austríacos que abraçou a hotelaria familiar no sul do País
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inha carreira na hotelaria começou na minha infância, praticamente cresci dentro de um hotel. No dia que completei oito anos meus pais iniciaram a carreira na hotelaria, alugando um pequeno hotel com sete apartamentos em nossa cidade - Treze Tílias. Minha mãe, uma anfitriã nata e excelente cozinheira e meu pai um administrador de visão. Nesse meio fui crescendo, ajudando no que fosse necessário, servindo, brincando com as crianças dos hóspedes, acompanhando os turistas para conhecer a cidade, cantando músicas austríacas nas apresentações folclóricas, saindo do meu quarto diversas vezes para deixar lugar para algum turista que não tinha encontrado nenhum lugar para se hospedar, fazendo muitas amizades! Os negócios foram prosperando e meus pais em alguns anos conseguiram construir seu próprio hotel. Eu e meus irmãos tivemos a oportunidade de estudar o que quiséssemos, mas éramos sempre lembrados que a empresa era da família e juntos a havíamos construído e a importância que nos dedicássemos ao nosso negócio. Me formei no Curso de Letras Inglês e Português, lecionava meio período e meio período trabalhava no hotel. Com o tempo senti a necessidade de que só a pratica na hotelaria não era o suficiente, então surgiu a oportunidade de fazer o Curso de Turismo e Administração Hoteleira que foi um grande auxílio para a junção da prática com a teoria, profissionalizando nossos serviços sem perder a essência do nosso atendimento familiar. O momento de nos dedicarmos totalmente ao ramo surgiu após perceber que tínhamos um negócio próspero em nossas mãos e que precisávamos dar continuidade,
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assumindo todas as responsabilidades que até então eram de nossos pais. O nosso grande desafio, digo nosso pois somos em vários irmãos e cunhado, foi quando meus pais foram realizar um sonho de morar um tempo na Áustria e deixaram o hotel para que nós administrássemos. Assim que saíram iniciamos várias reformas e implantamos novos serviços, e quando retornaram não conseguiam acreditar em tudo que havíamos realizado em tão pouco tempo. Dali em diante passaram a totalidade da administração do hotel para a nossa geração. A ligação com a cidade decorre de que meus avós eram austríacos e ajudaram a colonizar a cidade Treze Tílias, sou neta de austríacos e respiro essa cultura. Nossa cidade atrai pessoas de muitos lugares pelo diferencial que é conseguir manter as tradições na sua essência. Hoje não somos apenas mais uma cidade turística em Santa Catarina, somos considerados o Tirol Brasileiro! Quem chega em Treze Tílias quer sentir e viver nossa cultura, e assim é nosso hotel. Hoje temos uma estrutura de 50 apartamentos entre eles suítes temáticas e uma diversificada área de lazer, possuímos serviço de restaurante com a gastronomia típica austríaca predominante. A arquitetura e decoração de todo o hotel remetem as casas alpinas dos alpes tiroleses. Nós trabalhamos com trajes típicos A nossa descendência austríaca influencia em todos os aspectos os nossos serviços. O austríaco é um povo muito alegre e receptivo e tem tradição de receber muito bem os visitantes, e é o que tentamos passar para os nossos turistas. E como gestora e pessoa acredito que a minha característica mais importante seja o otimismo! Desde que a nossa família iniciou na atividade hoteleira nos associamos a ABIH - SC, acredito que o associativismo é muito importante para a integração entre as empresas, troca de experiências, nos mantermos atualizados e trabalharmos em conjunto. Participação em feiras, cursos, palestras, são infinidades de opções que temos hoje para nos mantermos atualizados no mercado é só ir atrás que as opções são inúmeras a nossa volta. Ao logo dos anos, passamos por um momento de instabilidade econômica e política, não é a primeira e nem será a última, portanto não podemos perder tempo em lastimar e sim focar no nosso trabalho e procurar encontrar saídas para conseguirmos manter nossa atividade. Hoje com a flutuação cambial, muitos setores
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estão sendo prejudicados, mas o turismo interno pelo contrário aumentou e nós somos prova disso, estamos com uma das melhores temporadas de verão dos últimos 5 anos ! Acredito que hoje a maior dificuldade que temos no dia a dia seja a convivência, o relacionamento entre as pessoas. Trabalhamos em família, somos sócios mas também somos irmãos, cunhado. Diariamente temos que aprender a conviver com nossas diferenças, dificuldades, desafios sem deixar que isso afete o nosso relacionamento familiar. Ao longo dos anos de atividade, enfrentamos diversas situações curiosas que nos fizeram rever nossa forma de atuação. Por exemplo: nossos apartamentos eram classificados em standard, luxo e luxo superior. De vez em quando sempre alguém reclamava que o apartamento não tinha nenhum luxo, que aquele apartamento não condizia com o nome e assim por diante. Então veio a ideia de mudarmos os nomes das categorias: o standard passou para Linden, o luxo para Tirol e o luxo superior para Edelweiss. Deste dia em diante não tivemos mais nenhuma reclamação em relação a classificação dos apartamentos. Percebemos que a expectativa que a pessoa traz quando reserva um apartamento com o nome “luxo” é diferente de quando ela reserva um “Tirol”, descobrimos que é melhor ela estar sem muita expectativa e ser surpreendida positivamente do que o contrário. Outra situação que nos ensinou a necessidade da adaptação aconteceu certa vez na época de Páscoa, ocasião em que sempre decoramos o hotel com coelhos, galinhas, ovos, cestas. etc. No restaurante tinha um galo e uma galinha de palha próximos a entrada. Uma senhora ficou muito nervosa ao entrar no restaurante ver as aves, imediatamente foi a recepção para pedir que as tirássemos local senão ela deixaria o hotel. Então, tentamos acalmá-la e tiramos o galo e a galinha da decoração enquanto ela estivesse hospedada. Desde criança escutei uma frase centenas de vezes, “Engula sal e cuspa açúcar” este é o segredo para se trabalhar na hotelaria! Meu pai não se cansava de dizer estas palavras, hoje vivencio diariamente esta simples frase. Temos que saber lidar com as situações diárias com equilíbrio, filtrando o que é relevante e aprendendo com os erros, procurar desenvolver a empatia para oferecer um serviço de melhor qualidade ao nosso cliente como também ao nosso colaborador que é uma das peças fundamentais para o sucesso de nosso negócio. O sorriso natural, a cordialidade que o cliente deve receber ao chegar em um hotel só acontece quando nós somos o exemplo, por pior que tenha sido a nossa noite, o nosso “Bom Dia” tem que sair com gosto de açúcar!!!! Cristina Klotz Mantovani é diretora do Hotel Tirol, em Treze Tílias
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BAZAR Porta deslizante A BCF Plásticos traz ao mercado a porta deslizante OPA, produto ideal para exploração máxima do espaço com o fechamento de pequenas áreas como gabinetes de pias, lavatórios, módulos, closets e armários embutidos valorizando o visual e a estética dos ambientes. O produto favorece praticidade e bom aproveitamento de espaço. Garante segurança pois suas lâminas em PVC rígido não propagam fogo, facilitam a limpeza, são duráveis e resistentes. BCF Plásticos (11) 2291-2444 www.bcf.com.br
Central de alarmes controlada via mobile A Central de alarmes AMT 4010 com funções inéditas, como a Smart (supervisionamento do sistema sem fio), atende desde estabelecimentos ou residências de pequeno porte, com cerca de oito cômodos em sua configuração básica, até um patrimônio de grande porte, com 64 cômodos. Para fazer o controle remoto das funcionalidades apresentadas, basta baixar o aplicativo AMT Mobile, disponível para IOS e Android. Assim é possível acionar qualquer dispositivo ligado às suas PGMs, verificar zonas, bem como armar e desarmar o sistema. Intelbras (48) 3281-9500 www.intelbras.com.br
Ralo com válvula Fabricado em aço inox 304, que confere maior durabilidade ao produto, o ralo com válvula da Doka possui um sistema de contra-peso, que abre com o fluxo da água e é automaticamente fechado assim que se encerra a passagem da mesma. Este sistema elimina a necessidade do fechamento manual do ralo e impede a entrada de insetos e maus odores, e conta também com uma grelha interna que retém cabelos e outros detritos. Doka Bath Works (51) 3268-8625 www.banheirasdoka.com.br JUL-AGO/16
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Pendentes para iluminação A bola da vez na iluminação são os pendentes, e o formato esférico é a grande tendência, dando um toque futurista e arrojado ao ambiente. A LojaSpot oferece uma variada linha de pendentes no formato bola. São diversos modelos, em cores e materiais diferenciados, que se adaptam a qualquer estilo de decoração. LojaSpot (11) 3043-6616 www.lojaspot.com.br
Chá de Chocolate O Choco Chá apresenta aroma forte de chocolate e contrasta com a suavidade do sabor, com gosto de cacau tostado. Sustentável e saudável, esta infusão é feita a partir da amêndoa do cacau 100% nacional, plantado na região Sul da Bahia. Além de não conter glúten, lactose e açúcar, o Choco Chá é rico em antioxidantes e contêm minerais como o cálcio, ferro, magnésio e zinco. Chocolat du Jour (11) 3168-2720 www.chocolatdujour.com.br
Cau Chocolates lança snack saudável para todos os momentos do dia A linha Cau Equilíbrio ganha novo produto: Polvilho de Quinoa e Chia banhado com mais puro chocolate, snack sem glúten ideal para qualquer momento do dia. Presente na receita, a chia é um alimento rico em Ômega 3, antioxidantes, fibras, aminoácidos e proteínas, e tem uma excelente atuação no estômago. Combinado à linhaça, que mantém propriedades semelhantes à semente, ainda colabora na saúde do coração e do cérebro. No lugar da fécula de mandioca, a receita da Cau leva biomassa de banana verde, que auxilia no funcionamento de intestino e revitaliza a flora intestinal. Por fim, a quinoa, um pseudo-cereal, com alto teor de proteína. Cau Chocolates (11) 30819820 www.cauchocolates.com.br
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EQUIPOTEL 2016:
© Divulgação Equipotel
o grande show da hospitalidade
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e 19 a 22 de setembro próximo acontece mais uma edição da Equipotel, o maior evento de hospedagem e gastronomia da América Latina. Este ano em nova casa (São Paulo Expo), a feira comemora 54 anos de atividade em grande estilo. Afinal, persistir acreditando, tendo passado por várias turbulências é para poucos! Na nova casa, ocupará uma área de 60 mil m2 que receberá ao longo dos quatro dias mais de 55 mil profissionais qualificados do setor. Quem visitar a feira poderá contar com uma ampla programação de workshops, palestras e instalações, nas quais serão apresentadas as últimas tendências e o que é considerado como boas práticas do mercado.
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Para se ter uma ideia da dimensão e importância do evento, basta dar uma olhadinha nnos números da última edição: foram 360 expositores dos quais 150 eram debutantes no evento. A organizadora da feira, Reed Exhibitions Alcantara Machado, contabilizou a presença de 50.756 visitantes/compradores qualificados, que passaram pelo Pavilhão do Anhembi durante os quatro dias da feira. Pesquisa pré-evento mostrou que cerca de 15% dos visitantes tinham poder/intenção de compra superior a R$100 mil, o que resulta em mais de R$ 400 milhões de chance de investimento no setor, a partir do evento. A última edição movimentou cerca de R$ 750 milhões em investimentos para segmentos como hotelaria, gastronomia, decoração, design de interiores e mobiliário.
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Conheça alguns expositores do evento ALTENBURG: Presente no mercado desde 1922, a Altenburg inciou suas atividades produzindo acolchoados. De origem familiar, a empresa deu asas ao seu empreendedorismo e hoje possui um imponente polo fabril localizado em Santa Catarina, e lojas distribuídas pelo Brasil. Consagrada em seus 90 anos de história, a empresa oferece enxovais de cama e banho, travesseiros e protetores, além da linha Hoteltex, especialmente produzida para o setor hoteleiro e composta por roupa de cama, colcha de piquet, edredon, cobre-leito, manta, saia box, roupa de banho, protetores e travesseiros. Altenburg (47) 3331-1588 www.altenburg.com.br
COZIL: Nascida em 1985 como uma empresa de manutenção e assistência técnica para cozinhas profissionais, a Cozil é atualmente uma das maiores
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fornecedoras para gastronomia no país. Sua linha de produtos é fabricada com o que há de mais moderno no segmento e é composta por equipamentos que atendem a preparação, cocção, higienização, conservação e distribuição de alimentos, todos adequados às mais diferentes necessidades do mercado. Conta com laboratório de alta performance que realiza diversos ensaios técnicos, tais como: regulagem de chama, regulagem de válvulas e termostatos, calibração de sistemas frigoríficos, simulação de ambientes, entre outros fatores que contribuem para a segurança e ajudam a prever o grau de funcionamento e durabilidade dos equipamentos ao longo do tempo. Cozil (11) 2832-8058 www.cozil.com.br
ELECTROLUX: Líder mundial em eletrodomésticos, a Electrolux está presente
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em mais de 150 países, produzindo equipamentos de alta qualidade e eficiência energética, para uso em cozinhas e lavanderias. Um dos destaques da empresa é o conjunto de forno e abatedor de temperatura da linha Ais-O-System, que otimiza o fluxo de trabalho na cozinha, aumenta a vida útil dos alimentos e reduz o desperdício. O sistema realiza controle de umidade com precisão para a melhor atmosfera na câmara de cocção e permite a distribuição equitativa do calor, conferindo uniformidade em todo o processo. Conta ainda com sonda com seis pontos no sensor para controle preciso de temperatura no núcleo do alimento em todos os momentos. Apresenta maior eficiência e menor emissão de gases tóxicos, e o seu o consumo de gás é reduzido em 20%. Electrolux (11) 5188-1155 www.professional.electrolux.com.br
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GERMER: Com mais de 30 anos de história, as Porcelanas Germer incorporam a mais alta qualidade e tecnologia na produção das suas peças. Especialmente elaborado para atender ao mercado de hotéis, restaurantes e catering (Horeca), o produto apresenta altíssima resistência aliada à elegância e delicadeza das peças. A empresa oferece linhas completas para mesa, tigelas, travessas, finger-foods, refratários, entre outros artigos. Germer 0800 643 7637 www.germerporcelanas.com.br
HARUS : Trabalhando em constante atualização de sua linha de produtos, a Harus aposta na preservação ambiental como diferencial. A empresa busca sempre materiais de fontes renováveis, recicláveis e também produtos mais saudáveis para a composição de suas elaboradas embalagens. Além das tradicionais linhas de amenidade, oferece ainda vários kits de conforto para o
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hóspede, como kit de barbear, de costura, de acessórios para higiene, como hastes flexíveis, pentes, algodão, touca de banho, entre inúmeros outros artigos. Harus (16) 3711-7300 www.harus.ind.br
INOVA DISTRIBUIDORA: Especializada na produção e comércio móveis em termoplástico sustentável, a Inova tem por objetivo oferecer produtos com design, qualidade, funcionalidade durabilidade e, acima de tudo, sustentabilidade. Sua linha incorpora mesas, cadeiras, poltronas, e conjuntos em vários formatos. Inova (11) 2408–8966 www.inovadistribuicao.com.br
KRL: Fundada em 1994, a KRL Tecnologia é especializada no desenvolvimento e venda de equipamentos para áudio e vídeo, e soluções inteligentes em automação para hotéis, motéis e pousadas, de pequeno, médio e grande porte. Atuando em
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todo o território nacional, pode desenvolver projetos personalizados que atendam às necessidades de cada estabelecimento. KRL Tecnologia (55) 3229-3080 www.krl.com.br
LAVIVE: Com mais de 20 anos de atuação, a Lavive tem por objetivo oferecer sempre produtos de alta qualidade, confeccionados com atenção e profissionalismo. Seu portfólio inclui diferentes linhas de produtos, coordenados exclusivos, jogos de cama, travesseiros, dentre muitos outros, todos pensados e desenvolvidos buscando atender os diferentes tipos de empreendimentos, com o melhor custo benefício. Lavive 0800 775 7838 www.lavive.com.br MASTERLINE: Criada para atender o mercado hoteleiro fornecendo móveis, acessórios e diversos outros produtos utilizados em sua implantação ou reforma, a Masterline oferece a facilidade de
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disponibilizar todos os produtos em um só lugar, com a qualidade, a durabilidade e beleza, além de preços competitivos. Dentre os produtos comercializados estão: cadeiras e mesas para eventos, equipamentos de ar-condicionados, climatizadores, cofres entre outros. Masterline (43) 3056-0166 www.masterlinemoveis.com.br
PANTHER: Focada em fornecer a seus clientes produtos e serviços confiáveis, a Panther dispõe de uma grande variedade de produtos para atender necessidades específicas. Entre os artigos oferecidos destacam-se espelhos de aumento de 6 e 8” de diâmetro, maleiro, porta-toalhas dobrável, diversos modelos de secadores de cabelo de fixação na parede e varal retrátil. Panther Hotelaria (11) 5581-0874 www.pantherhotelaria.com.br
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QUALIS: Especializada na distribuição de produtos de mesa para a alta gastronomia, a Qualis representa marcas mundialmente famosas e, por meio de uma equipe de vendas e de distribuidores espalhados em todo o território nacional, distribui para hotéis, bares e restaurantes. Sua linha de produtos inclui porcelanas finas, cristais, talheres, entre outros. Qualis (27) 3338-5603 www.qualis-br.com.br
REALGEM’S: Comprometida com a qualidade, beleza e encanto, a Realgem’s trabalha com alta tecnologia e rígidos padrões internacionais de qualidade e valoriza as riquezas naturais do nosso Brasil, sendo elas cuidadosamente manipuladas. Há uma variedade de linhas e produtos oferecidos que incluem xampus, sabonetes líquidos e em barra, hidratantes, além de escovas e cremes dentais,
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toucas de banho, entre outros. Há também várias linhas desenvolvidas com marcas para atender ao mercado de luxo. Realgem’s (41) 3907-9900 www.realgems.com.br
SULTAN: Com uma longa história iniciada na década de 50, por imigrantes libaneses, a Sultan se especializou na produção de artigos têxteis para cama, mesa, banho e decoração. Através de uma ampla rede de distribuição em todo o território nacional, a empresa oferece produtos caracterizados por maior longevidade, em virtude da qualidade em sua produção. Conta com uma linha exclusiva para o mercado institucional, composta por vários modelos de lençóis, fronhas, cobre-leitos, edredons, cobertores, colchas, saia box, além da linha de banho. Sultan (11) 2195-8300 www.sultan.com.br
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Atualidades
Na escolha de
PISOS E REVESTIMENTOS reside mais que conforto e beleza
Cuidados com esses materiais são fundamentais para o bem-estar e segurança dos hóspedes
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uando montamos ou reformamos um hotel diversos fatores são ponderados de forma a tornar o produto rentável, atrativo, bonito, confortável, etc. Porém existem características que são primordiais e pode significar o sucesso de uma operação hoteleira. Uma delas é a escolha de pisos e revestimentos. Evidentemente, com relação aos pisos e revestimentos, segurança, conforto e durabilidade são fatores fundamentais, porém outros critérios não podem ser negligenciados, como as características escolhidas para o design de interiores, a escolha adequada do produto
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para cada setor do estabelecimento, tipo de local (externo ou interno, áreas secas ou úmidas), periodicidade de limpeza e custos com a manutenção. Segundo Nilson Bernal , gerente geral do Bourbon Atibaia, “a escolha do revestimento deve estar coerente com o fluxo de uso daquela área, por isso ter em mente o processo de manutenção de limpeza durante a escolha do revestimento é essencial, desta forma conseguimos prever quando será necessário higienizar e realizar outros reparos. As características originais de um revestimento devem ser mantidas e para tanto a escolha
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do processo e periodicidade de limpeza são fundamentais”. Já a diretora de produtos e suprimentos da Rede Atlantica, Regina Segui ressalta na sua rede “os revestimentos são escolhidos considerando-se a estética, mas principalmente a durabilidade, limpeza e manutenção operacional”. Em se tratando de pisos, segurança é mais que fundamental, pois não se pode correr o risco de um hóspede ou funcionário escorregar ou sofrer qualquer tipo de acidente. Assim, tratamento antideslizante é fundamental. Além disso, claro, eles devem estar perfeitamente adequados para a área em que serão instalados, tipo de fluxo, adequação para as sujidades encontradas (óleo, poeira, orgânicos em geral, etc.) e praticidade para a operação de limpeza são outros itens primordiais. Naturalmente, diversos profissionais vão participar dessa escolha, desde a equipe operacional, arquitetos, decoradores, etc, para se atingir o melhor equilíbrio
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entre as necessidades do projeto e os serviços a serem oferecidos. Com relação à limpeza e manutenção, deve-se definir corretamente a periodicidade de limpeza e de tratamento. A conservação conforme o volume de uso de cada área, a escolha correta do produto de limpeza; atenção as infiltrações, reflexos em relação a “dureza da água”, e o bom uso do processo de preventiva na rotina são fundamentais, como salienta Bernal. Já quando se fala em cortinas e black-outs, alguns aspectos devem ser observados: o black-out deve apresentar fechamento transpassado, oferecer retenção máxima de luz e ser fabricado em material que facilite o processo de limpeza e higienização. Para as cortinas, a melhor escolha é um tecido de 100% resistente Às lavagens em máquinas e que não puxe os fios com facilidade, explica o gerente do Bourbon. Já para a diretora da Atlantica, é preciso evitar que a cortina tenha 100% de algodão em sua composição, que pode sofrer
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encolhimento e tem menos resistência às lavagens em máquinas industriais. A escolha entre cortina ou persiana deve estar em consonância com o projeto do arquiteto, lembrando que este artigo é mais indicado para áreas de restaurante e escritórios, já que sua instalação nas unidades habitacionais fatalmente comprometeria o impacto do glamour objetivado com as decoração. Entretanto, tanto as cortinas quanto as persianas devem ser fabricados em materiais que suportem a lavagem em máquinas industriais, a adequação do trilho e o prazo correto para as manutenções preventivas. As cortinas, em virtude de sua característica apresentam maior durabilidade que as persianas, que podem ser mais facilmente danificadas. Para a definição e escolha desses materiais é importante que a equipe de arquitetos e decoradores visitem o estabelecimento e conheçam os detalhes da operação, de forma que optem pelos materiais mais adequados para cada tipo de local, circulação e ambientação.
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Atualidades
PISCINAS DE AREIA: um novo conceito em design para entreter seu hóspede
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setor de lazer dentro de um estabelecimento hoteleiro tem sido fortalecido dia a dia, uma vez que a prática de exercícios físicos tem atraído cada vez mais adeptos. E em um país tropical, como o nosso, a piscina é fundamental em um hotel. Embasada nesses conceitos, a Piscinas de Areia Brasil passou a se dedicar ao mundo do entretenimento, construindo em todo o território nacio-
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nal piscinas totalmente inovadoras, com uma areia compactada especial e importada de Piscinas de Areia®. O produto possibilita um acabamento diferenciado, criando um forte impacto visual, com o objetivo de montar projetos que se assemelham a uma praia à beira-mar ou um riacho com pedras. Dessa forma, abre-se um vasto leque de possibilidades de design e decoração, gerando resultados absolutamente espetaculares e únicos. As Piscinas de Areia® são construídas com materiais de aparência 100% natural, com base de concreto armado à prova d’água. O método de idealização e construção é exclusivo e patenteado por Piscinas de Areia®, utilizando-se da composição com as resinas e a areia importada da Espanha. A Areia compactada que juntamente com o revestimento patenteado de Piscinas de Areia® ganha rigidez e alta resistência, não queima os pés, é antiderrapante e muito agradável ao toque. Cada piscina é única, exclusiva e luxuosa. Para a execução do projeto, uma equipe técnica vai ao local, avalia o terreno onde será construída e desenvolve o projeto da piscina
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dos sonhos e, a partir de uma ideia totalmente inovadora, você terá a praia dentro do seu hotel! As piscinas podem receber acabamentos como borda infinita, cascata, pedras na lateral, hidromassagem. O produto é de fácil limpeza e manutenção, precisando apenas de um aspirador de piscina (manual ou elétrico), uma rede para folha. No mais, requer os mesmos cuidados de uma piscina tradicional. O produto pode ser utilizado em todas as piscinas, e, ambientes internos e externos, em bancos para spas, caminhos, escadas, solos, etc, integrando diferentes áreas. Seu baixo coeficiente de armazenamento térmico evita o sobreaquecimento da superfície, que fica sólida, e apresenta um elevado grau de flexibilidade que impede o surgimento de rachaduras ou descolamento da areia. A empresa já construiu mais de 350 piscinas em diversos países da Europa, no Brasil, Chile, México, Argentina, Dubai, Qatar, Portugal, Romênia, Guiné. Piscinas de Areia (84) 3302-0156 www.piscinasdeareia.com.br
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Atualidades
dorma+kaba
INVESTE EM NOVAS TECNOLOGIAS PARA O SEGMENTO DE
HOTELARIA NO BRASIL
As novas soluções reforçam a forte atuação da companhia no mercado global de segurança e acesso
Tomas Catafay, Vice-Presidente da dorma+kaba para América Latina
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dorma+kaba, empresa fruto da fusão entre as grandes companhias Dorma e Kaba, iniciou recentemente suas operações conjuntas em todo o mundo. Com vendas superiores a 2 bilhões de francos suíços e cerca de 16.000 funcionários ao redor do mundo, a companhia é uma das três maiores empresas globais no mercado de segurança e soluções de acesso. Com o objetivo de atender as variadas necessidades do setor hote-
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leiro, a dorma+kaba oferece uma extensa linha de soluções de controle de acesso, que atendem mais de 1.000 empreendimentos hoteleiros no Brasil. Seu portfólio, mais abrangente e integrado, apresenta novas soluções para o mercado brasileiro de hotelaria, explorando o potencial de sinergia das duas organizações, que combina as diversas necessidades dos usuários com as atuais tendências tecnológicas. Entre os principais produtos estão a linha de fechaduras que são dotadas de diferentes tecnologias - desde senhas numéricas, passando por abertura magnética por inserção, proximidade (RFID) e chegando à biometria. Também faz parte do portfólio o modelo mobile de fechadura, avançada tecnologia que permite
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que o smartphone ou tablet possam ser a chave de acesso ao quarto, simplificando os procedimentos e melhorando a experiência do hóspede. Para o completo gerenciamento do sistema de controle de acesso do hotel, a dorma+kaba apresenta uma portátil unidade de recepção – FDU, que possui interface intuitiva reduzindo a necessidade de treinamento. Complementa a vasta linha de produtos, portas automáticas, barras antipânico, molas hidráulicas, cofres e frigobares. Tudo isso podendo ser monitorado em tempo real por um moderno sistema de CFTV. Para atender clientes cada vez mais exigentes e fornecer soluções confiáveis e de alta qualidade, a dorma+kaba investe aproximadamente 85 milhões de francos suíços, ou cerca de 5% das vendas consolidadas do grupo, em inovação e desenvolvimento de produtos. “Estamos investindo em tecnologias para o setor de hotelaria, com fechaduras que se conectam ao Wi-Fi. Com o portfólio mais amplo, fruto da fusão, podemos oferecer aos nossos clientes soluções de controle de acesso mais completas e integradas. As novidades voltadas para os hotéis serão anunciadas durante o Equipotel 2016, comenta Tomas Catafay, Vice-Presidente da dorma+kaba para América Latina. Confirmando seu objetivo estratégico de inovação e liderança na indústria, a dorma+kaba busca combinar as necessidades dos usuários com as tendências tecnológicas para desenvolver um fluxo contínuo de soluções inovadoras para seus consumidores e usuários. dorma+kaba www.dormakaba.com
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Histórias do dia a dia
NÃO HÁ BELEZA
que sustente um mal atendimento!
Cativar o hóspede vai muito além dos mimos. Não pode faltar o essencial: segurança e limpeza
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Muito bem, o quarto estava bem arrumado e então a porta estava funcionando perfeitamente, inclusive a fechadura. Poderia me acomodar e ter meu descanso merecido! Fui então tomar meu banho e aí veio a surpresa: ralo do chuveiro estava fechado, sem nenhum aviso, e então, aconteceu o inevitável: alagou o quarto inteiro. Mais uma vez desci para a recepção para fazer a troca de quarto. Acontece que desta vez, a equipe da recepção já não foi tão cordial assim, alegando que eu, hóspede, deveria estar mais atento. Tentei argumentar que deveriam avisar que, para tomar banho era preciso abrir o ralo, uma vez que não é um procedimento comum o hóspede ter de avaliar se o ralo do banheiro está aberto ou não! Então, veio o fechamento de ouro: explicaram que o ralo estava fechado para evitar entrada de baratas!!!!!! Baratas? E a dedetização? Depois de alguma discussão, voltei para o quarto, me certifiquei que não “receberia visitas indesejadas” durante a noite e fui dormir. Evidentemente, foi a última noite em que me hospedei neste hotel.
á alguns anos, em viagem de negócios, estive no sul do Brasil. Deveria pernoitar e fiquei feliz, pois a região era muito bonita e o hotel bem indicado. Ao chegar lá, e realizar o check-in, foi tudo perfeito, sem problemas. O atendente foi bastante gentil e fui realmente muito bem atendido. Na sequência, o mensageiro me ajudou a levar a bagagem até o quarto, tudo certinho. O único problema foi que a chave da porta emperrou no slot do lado de fora e não quis sair da fechadura. Solicitei, então, a ajuda da equipe de manutenção que me deu uma sugestão inusitada: que ficasse no quarto com o chave do lado de fora! Evidentemente, me recusei devido à segurança, uma vez que qualquer pessoa teria acesso ao meu quarto. Impasse criado, descemos para a recepção, e após alguma consideração por parte da gerência, fui transferido para um novo quarto.
Esta seção tem por objetivo inspirar os gestores hoteleiros e mostrar exemplos que possam ajudá-los nas suas tarefas diárias. Você tem alguma experiência marcante que queira compartilhar? Entre em contato: redacao@revistahotelaria.com.br
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Marketing sensorial: memória olfativa como ferramenta de fixação Uma aliada na busca por cativar seu hóspede
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Assim como os sentimentos, os cheiros nos envolvem de surpresa. Eles são a porta de entrada para o subconsciente Janice Zanatta, Diretora da Good Smell
esde sua origem, o marketing vem passando por inúmeras transformações: recentemente, passou a usar ferramentas sensoriais como forma de fidelizar o cliente. Nessa área, destaca-se o Marketing Olfativo, que busca fidelizar o público da marca valendo-se de estímulos sensoriais aplicados de maneira estratégica para cada empresa. Estudos comprovam que a vinculação de impressões sensoriais agradáveis aumenta a chance de escolha pelo cliente. Além disso, a sensação de bem-estar ligada ao ambiente por meio dos aromas complementa um espaço acolhedor e diferenciado. Assim, a indústria hoteleira vem descobrindo essa ferramenta surpreendente. Por fim, fica claro que o segmento vai muito além de um simples cheirinho. Empresas especializadas na área vêm aperfeiçoando suas tecnologias a fim de proporcionar soluções cada vez mais inovadoras. No Brasil, a Good Smell com 10 anos de atuação no mercado é uma das mais expressivas empresas focadas em Consultoria e Marketing Olfativo. Para Janice Zanatta, Diretora da empresa, “Assim como os sentimentos, os cheiros nos envolvem de surpresa. Eles são a porta de entrada para o subconsciente. A aromatização compõe a identidade da marca, reforçando os valores que a empresa pretende transmitir”. Em longo prazo, a marca passa não só a ser vista, mas sentida ao ser reconhecida apenas pelo cheiro. Ademais, o aroma utilizado no ambiente pode se estender a produtos personalizados que serão aplicados no universo pessoal do cliente, estreitando vínculos. Entre os serviços oferecidos pela empresa, destaca-se a elaboração de projetos olfativos personalizados, consultoria, desenvolvimento de produtos e identidades aromáticas exclusivas. Good Smell Consultoria e Marketing Olfativo www.goodsmell.com.br
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BY BOURBON INICIA ATIVIDADES EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS A região da grande Curitiba, em especial São José dos Pinhais acaba de ganhar um novo equipamento hoteleiro: o Rio Hotel by Bourbon abre suas portas.
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dealizado por Ricardo Massuchin e Alceu Vezozzo Filho, presidente da rede, o hotel busca oferecer aos seus hóspedes uma acolhida elegante, atendimento de excelência e uma instalação absolutamente comprometida com a qualidade e sustentabilidade. A ideia é oferecer
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ao mercado o melhor serviço na categoria midscale com serviços reduzidos. A marca Rio Hotel by Bourbon tem como objetivo oferecer serviços reduzidos com a experiência da Bourbon Hotéis & Resorts. A nova marca mostra que é possível aliar qualidade em hospedagem com um produto da categoria midscale. Em sua essência ela tem a alegria, a diversidade, a inovação e a descontração, características do life style carioca. A ideia de trazer estes conceitos para a marca foi para proporcionar o estilo carioca para os hóspedes de todos os lugares do Brasil e do mundo. Em sua estrutura, restaurantes multifuncionais, com mesas
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e sofás para reuniões, espaços integrados entre lobby, recepção e restaurante, e suítes com cores claras e decoração contemporânea, completam a sensação de bem-estar dos hotéis da marca Rio Hotel by Bourbon. Segundo Massuchin, a rede aposta que essa nova marca, cuidadosamente pensada e planejada, vai agradar aos anseios tanto dos turistas de negócios quanto os de lazer, que buscam uma hospedagem de qualidade com preço acessível. “Com a primeira unidade inaugurada, temos a missão de apresentar ao mercado todas a características e vantagens da marca em uma estrutura impecável”, ressalta o empresário que vai administrar essa unidade. O Rio Hotel by Bourbon Curitiba Aeroporto Hotel oferece 153 apartamentos modernos e funcionais com 22 m² de área, e que possuem amplos banheiros projetados para oferecer maior conforto aos hóspedes. A escolha dos fornecedores também foi bastante criteriosa, e balizada na qualidade, economia, sustentabilidade e custo-benefício. Por exemplo: os móveis soltos como sofás, cadeiras e mesas do lobby foram fornecidos pela Deccore, de Curitiba, enquanto que os móveis do restaurante são da
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Com a primeira unidade inaugurada, temos a missão de apresentar ao mercado todas a características e vantagens da marca em uma estrutura impecável
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Ricardo Massuchin, presidente da rede Rio Hotel by Bourbon
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Franco e Bachot, e o dos apartamentos e demais espaços da unidade foram feitos sob medida por marceneiros contratados pela própria unidade. Os metais sanitários foram fornecidos pela Deca e Docol, e o enxoval de cama e banho ficou por conta da Altenburg e Teka. Os detalhes da decoração final foram escolhidos pela própria gerencia local da unidade. O empresário salienta ainda que sustentabilidade foi um dos pontos primordiais do projeto. A preocupação com o conforto e segurança tanto dos hóspedes quanto dos colaboradores passou obrigatoriamente pela escolha de soluções altamente sustentáveis tais como janelas e vitrais nos quartos, corredores e áreas
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comuns que permitem total aproveitamento da luz do dia, reduzindo o consumo de energia. O hotel conta com um complexo sistema de aproveitamento da água que inclui poços artesianos, nascente e mecanismos de captação de água da chuva. Outro aspecto importante é o uso de lâmpadas a LED em todos os locais e uso de equipamento de alta eficiência energética. Como parte do cuidado com o meio ambiente, durante o desenvolvimento e execução do projeto a vegetação nativa da região foi preservada, de modo que os inúmeros pinheiros originais do terreno foram mantidos e estão à vista dos quartos, solidificando a preocupação da rede com preservação ambiental.
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Também fez par te do projeto o cuidado e atenção com portadores de necessidades especiais, de tal forma que o hotel disponibiliza cinco amplos apartamentos dotados de espaçosos banheiros e todos os itens de acessibilidade para garantir uma estadia agradável e aconchegante aos visitantes. O setor de gastronomia não foi negligenciado: tanto o restaurante quanto o room service oferecem um cardápio repleto de opções descomplicadas. Há ainda o lobby bar, sala de eventos que acomoda confortavelmente até 70 pessoas, fitness center, lavanderia própria e estacionamento coberto, que é oferecido como cortesia aos hóspedes.
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Gestão
Tecnologia que faz a diferença Mudanças e avanços tecnológicos atualmente compõem uma necessidade de seus hóspedes
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mercado hoteleiro precisa entender como a tecnologia pode ajudar a potencializar seus negócios, aumentar suas reservas e fidelizar seus clientes. Nos últimos anos, o crescimento vertiginoso das redes sociais, a proliferação de dispositivos móveis, cada vez mais poderosos, e o aumento continuado no consumo de dados geraram mudanças no mercado hoteleiro, exigindo cada vez mais que os seus gestores investissem em tecnologias que atendam as demandas de seus hóspedes, diga-se de passagem, cada vez mais exigentes, para não continuarem a perder receitas, como foi o caso da internet e da telefonia. Vivemos em um mundo cada vez mais tecnológico, onde a necessidade de se estar conectado faz parte do dia a dia da maioria dos viajantes, seja para trabalharem, seja para falarem com os familiares ou simplesmente para assistir JUL-AGO/16
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um filme na internet. Atualmente, vários estudos revelam que hotéis que não possuam soluções tecnológicas, ou que não ofereçam aos seus hóspedes serviços digitais de última geração, podem estar perdendo receita em reservas. Deste modo, serviços de alta tecnologia, que melhorem a experiência de estadia dos hóspedes, são fatores decisivos para que um hotel se mantenha competitivo e com boa reputação nos sites especializados do mercado hoteleiro e, por consequência, consigam conquistar novos clientes e manter os habituais. O que dizem as pesquisas? Uma pesquisa realizada entre os usuários do TripAdvisor, hoteleiros, e outros perfis de usuário, para entender as tendências de viagem regional e global, a mudança no gasto do consumidor, padrões de viagem e hábitos de reserva de viajantes, revelou que: • Reputação online é um fator de influência nas decisões dos viajantes. • A principal reclamação dos viajantes de negócio é o acesso à internet. • Wi-Fi gratuito durante a sua estadia (para 74% dos entrevistados) influencia a decisão da reserva. • 2% deste grupo é fortemente influenciado pelos blogs de viagem. • 47% são influenciados por viagens relacionadas com imagens em sites de mídia social. • 98% dos viajantes planejam suas viagens online. • 66% dos viajantes reservaram sua última viagem online. • 91% dos entrevistados usam seus smartphones em suas férias. • 94% dos hoteleiros incentivam ou coletam comentários pós-viagem. • 48% faz através de serviços online como o TripAdvisor. • A cima de todas as outras comodidades, os clientes exigem acesso à internet Wi-Fi no hotel e em seus quartos. • As empresas estão investindo nas áreas erradas, pois as implementações wireless atuais não atendem as expectativas do usuário.
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• Investimentos em tecnologias podem gerar oportunidades de recuperar receitas e estabelecer as bases para novos tipos de receita. • 80% dos diretores executivos de hotéis têm dificuldade em lidar com a crescente expectativa dos clientes e melhorar a satisfação do mesmo. • Estratégias de melhoria dos aspectos tecnológicos para clientes ou parceiros de negócios ficou em 12º lugar nas listas de prioridade de investimento. • Metade dos viajantes de negócio disseram que pagariam entre US$ 1 a US$ 10 por 24 horas de internet Wi-Fi de alta velocidade e qualidade. • Avaliações dos clientes online mostram que queixas sobre internet Wi-Fi fazem clientes procurar outro lugar. • Cancelamento de eventos corporativos por conta de velocidade de internet não satisfazer os padrões mínimos de utilização. • Internet Wi-Fi de boa qualidade faz com que o hóspede não dê atenção para problemas globais das instalações hoteleiras. Assim, as pesquisas nos permitem entender que oferecer serviços tecnológicos de qualidade, que agreguem valores, reforcem a marca e diminuam os problemas e reclamações de um hotel representam um dos maiores desafios para o mercado hoteleiro hoje em dia. Outro grande desafio dos hoteleiros é conseguir parceiros confiáveis, capazes de desenhar e entregar soluções “chave-na-mão” complexas, de forma simplificada, que permitam que os hotéis se mantenham competitivos, apesar dos desafios impostos pela concorrência, cada vez mais acirrada, e pelo senso, cada vez mais crítico, dos hóspedes que buscam no hotel o mesmo conforto que encontram em sua casa. Possivelmente, os dirigentes hoteleiros que perceberem que os investimentos em alta tecnologia, podem e servirão de crivo de escolha de um hotel, sairão na frente nessa disputa por aumento na ocupação, cada vez mais acirrada. António Silva é presidente do Grupo Nonius
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