Ano 24 - Nº 265 - NOV-DEZ/2017
www.revistahotelaria.com.br
Sintia Gomes:
força e graça no comando do Sheraton Grand Rio
Especial Equipotel: confira
Opinião: Vinicius Lummertz
Educação: Ecole Hôtelière de
alguns participantes do evento
fala sobre o turismo nacional
Lausanne – o papel do gerente hoteleiro
www.golden-art.com.br
Publisher: Isa Bombardi Publicidade: comercial@revistahotelaria.com.br (11) 3835-4255 Hotelaria Suprimentos & Serviços de Hotelaria Registrada no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos sob no 183.562, de acordo com a Lei de Imprensa 6.015/73, e no INPI. Dirigida e enviada a hotéis, motéis, resorts, flats, pousadas, restaurantes, associações e entidades de classe, indústria e distribuidores de máquinas, equipamentos, produtos e serviços, empresas construtoras e profissionais liberais que atuam na área de arquitetura e decoração. Seus leitores são: a) Diretores; b) Gerentes; c) Chefes e encarregados que atuam nos setores de administração, manutenção, governança, alimentos e bebidas. A reprodução de artigos, reportagens ou notícias por qualquer meio é permitida. Os conceitos dos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. Todas as informações são originadas de entrevistas, releases e catálogos das empresas. A responsabilidade das informações contidas nos anúncios é dos anunciantes. Impressão e Acabamento: BMF Gráfica e Editora Tel.: (11) 3658-4500 Diretora Responsável: Maria Bombardi Editora Suprimentos e Serviços Ltda. R. Gomes Freire, 331 - CEP: 05075-010 São Paulo - SP - Brasil Telefax: (11) 3835-4255
Hotelaria
PRONTO: ACABOU!
Que venha 2018 com novos horizontes para a hotelaria nacional! O ano de 2017 acabou, e sinceramente não deixará saudades. Muita coisa aconteceu, instabilidades, tumultos, crises, sustos! Mas passou. O brasileiro além de criativo é um eterno otimista, e isso é muito bom. Precisamos dessa característica para mover nosso gigante para frente. E precisamos de pessoas com garra, visão de futuro, vontade de fazer acontecer. Uma dessas pessoas é o presidente da Embratur, Vinicius Lemmertz, que conta sobre suas esperanças e projetos à frente do instituto que é um marco e uma força na indústria do turismo nacional. Nesta edição, você vai conhecer outros dois exemplos de garra: Sintia Gomes, gerente geral do Sheraton Grand Rio, foi a primeira mulher a assumir um posto de comando como gerente geral da antiga rede Starwood, e conta dos seus desafios como mulher, mãe e gestora, e a satisfação com o sucesso. Já o empresário Mailton Farias, da Skill fala dos desafios de se criar e manter uma empresa no Brasil, e da influência e exemplos deixados por sua mãe, e que o auxiliaram no comando da companhia. A seção Educação apresenta uma interessante entrevista com Ian Millar, Gerente de Projetos da Ecole Hôtelière de Lausanne, onde explica a importância e o papel do gerente hoteleiro e as novas facetas da função num mercado globalizado. Tratamos ainda de temas importantíssimos, como os processo de limpeza e higiene em gastronomia, tema de papel crucial nos estabelecimentos de hospedagem, e a relevância das áreas de entretenimento e lazer. E se você tiver alguma sugestão, fale com a gente: temos todo o prazer em ouvir nossos leitores. Entre em contato com a Redação (redacao@revistahotelaria. com.br) e dê sua opinião. Estamos aguardando. Então, boa leitura e que 2018 seja o ano, para todos nós!
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Sumário
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Opinião Vinicius Lummertz fala dos desafios da Embratur para o próximo ano
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Destaques do evento
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Um hoteleiro: Sintia Gomes - mulher, mãe e gerente de hotel
Destinos No Brasil: Foz do Iguaçu recebe o Vivaz Cataratas Resort
No mundo: Lodge Rhulani – refúgio de luxo no meio da Savana
Gastronomia Atualidades: Higiene e limpeza em gastronomia
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Um Chef: A história de D. Antonia Daher do Daher Center Hotel
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Um Sommelier: Fernando Gurgel, paixão pelo vinho nas origens familiares
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Um empresário: Mairton Farias - determinação para gerir com sucesso
Especial Pós Equipotel
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Inspiração
Educação Gerente do hotel e seu papel no empreendimento
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Atualidades Lazer e entretenimento
Hotelaria
Opinião
EMBRATUR, HÁ 45 ANOS ACREDITANDO NA FORÇA DO TURISMO NACIONAL infraestrutura em termos de mobilidade urbana, além da fixação da marca Rio no mercado externo, deram “cara nova” à capital. Acredito que isso favorece a busca de mais turistas o ano inteiro, por meio de ações de promoção e organização de eventos. Em julho deste ano, a revista turística internacional Conde Nast Traveler escolheu o Brasil como o país mais lindo do mundo e o canal norte-americano CNN elegeu o povo brasileiro como “o mais legal do mundo”.
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inicius Lummertz Silva, natural de Santa Catarina, é cientista político e atual presidente da Embratur, desde junho de 2015. Formado em Ciências Políticas pela Universidade Americana de Paris e com pós-graduação na Kennedy School, da Harvard University; no IMD de Lausanne, Suíça, e MBA-Executivo na Amana Key, em São Paulo, o executivo nos fala sobre a Embratur e seu papel no cenário turístico do país. Revista Hotelaria: Uma vez passados os dois grandes eventos esportivos que agitaram o país, e toda a polêmica que os envolveu, qual o balanço
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que o senhor faz para o turismo no País? Vinicius Lummertz Silva : Em 2016, o Brasil registrou recorde na entrada de turistas estrangeiros, com 6,6 milhões de visitantes, que representa número 4,8% maior em relação à 2015. No ano dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, os estrangeiros injetaram US$ 6,2 bilhões na economia nacional, equivalente a mais de R$ 21 bilhões no câmbio atual. O montante é 6,2% maior que os US$ 5,84 bilhões gastos em 2015. Pesquisa feita com 1.262 turistas estrangeiros ouvidos em todo o Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos pela Fipe (Instituto de Pesquisas Econômicas) a pedido do Ministério do Turismo, mostrou que 87,7 % dos entrevistados pretende voltar à capital carioca, foi apenas a primeira confirmação científica de uma percepção que está no ar da bela cidade. A transformação do Rio de Janeiro para os Jogos, que inclui a construção de novos hotéis, museus, centros de convenção,
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HT: Quais os principais desafios para o próximo ano? VLS: O que nós precisamos para avançar é a aprovação das reformas que estão sendo encaminhadas para o turismo (transformação da Embratur em agência, abertura do setor aéreo ao capital estrangeiro, facilitação de vistos eletrônicos, entre outras) melhorar o ambiente de negócios para o setor e promover mais o Brasil no exterior. Assim, nós teremos um boom no turismo como tivemos na agricultura, porque o maior potencial para o turismo do planeta está aqui no Brasil. A burocracia e o ambiente de negócios desfavorável do País são hoje entraves maiores para o turismo do que a imagem do Brasil no exterior. Para um desenvolvimento sustentável do turismo, temos que melhorar o ambiente de negócios do Brasil e as condições para o investimento no setor. O programa Brasil + Turismo, lançado este ano pelo Ministério do Turismo, visa isso, tirar o imposto dos parques temáticos, por exemplo. Para amadurecer o mercado brasileiro, temos que facilitar inclusive na questão ambiental. Temos bons exemplos de parques no Brasil: Foz do Iguaçu (PR), Parque Nacional da Tijuca (RJ) e Fernando de Noronha (PE). Quase 80% dos visitantes de parques do País estão nesses que foram concessionados. Esse é o caminho. HT: Que políticas de fomento a Embratur está desenvolvendo? VLS: Um projeto de lei (2724/2015) que está para ser votado na Câmara dos Deputados propõe a transformação da Embratur em agência, o que poderá trazer mais agilidade e flexibilidade na gestão, e resultará em mais promoção para atrair um número muito maior de
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Opinião
turistas internacionais para o Brasil. Como agência, poderão ser aportados recursos de outras fontes, poderão ser feitos convênios e parcerias com a iniciativa privada, tornando a administração mais ágil, além de destinar servidores para atuar diretamente nos mercados internacionais. HT: Quais os programas que terão maior atenção da Embratur? VLS: A Embratur seguirá seu calendário anual de participação em feiras internacionais de turismo, em mercados denominados prioritários, que mais enviam turistas ao Brasil. Investirá, também, em ações de marketing digital, com a utilização de ferramentas para campanhas promocionais de destinos e produtos brasileiros. HT: Como a entidade trabalha os assuntos de sustentabilidade? VLS: A sustentabilidade é um dos pilares da Embratur. Acreditamos que é plenamente possível desenvolver o setor do turismo no Brasil sem ameaçar o meio ambiente, através de iniciativas e empreendimentos inteligentes e sustentáveis, que respeitem as leis ambientais. Estamos certos de que os órgãos governamentais responsáveis tomam todas as medidas cabíveis para fiscalizar e garantir que o impacto ambiental seja reduzido. No âmbito da Embratur e do Ministério do Turismo, há a cultura de mapear e reconhecer as iniciativas de destaque em sustentabilidade. Há, por exemplo, no Ministério do Turismo, o Mapa da Sustentabilidade do turismo brasileiro, plataforma que reúne iniciativas sustentáveis no País. Outra iniciativa de destaque é o Passaporte Verde, uma campanha do órgão, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e com o Ministério do Meio Ambiente, que recomenda a adoção de práticas responsáveis pelos viajantes, incentiva o engajamento dos empresários do setor e oferece dicas de roteiros que estimulam boas práticas. HT: Quais iniciativas precisam ser tomadas para melhorar a qualificação profissional do segmento. Que parcerias para essa área que merecem maior destaque? NOV-DEZ/17
VLS: Como autarquia, estamos engessados, mas como agência, podemos ter mais flexibilidade nas questões que envolvem, por exemplo, contratações de pessoal no exterior. Em um mercado competitivo como o turismo hoje, é preciso um modelo no qual não estejamos dependentes de uma única fonte de recursos. É preciso buscar a competência onde ela estiver. Este tem sido um dos segredos usados por países que investem nos melhores centros de ensino pelo mundo para transferir conhecimentos valiosíssimos em muitas áreas. HT: Um dos pontos fortes do País como um todo é o setor de eventos. Quais são as perspectivas para os próximos anos? Como nossos parques de eventos estão sendo adequados e modernizados para atender a esse público cada vez maior e mais exigente? VLS: Este é um segmento que tem um impacto muito positivo na economia e a Embratur tem buscado se aproximar de entidades do setor para que haja maior potencial de impacto econômico do segmento e na capacitação de operadores e agências em mercados externos. Desde 2004, a Embratur investe no Programa de Apoio à Captação e Promoção de Eventos Internacionais, com o intuito de sensibilizar e mobilizar a cadeia produtiva do turismo MICE (Meetings, Incentives, Conferences, and Exhibitions) para consolidar o Brasil como um destino de encontros e eventos internacionais. Essa estratégia traz muita visibilidade para o nosso País, já que permite apresentar aos realizadores de eventos em todo o mundo a infraestrutura e serviços disponíveis, em mais de 40 cidades brasileiras, para a realização de seus eventos, que contam com a participação de um público especializado, grande formador de opinião. O gasto médio dos turistas MICE é quatro vezes superior aos turistas de lazer e que esses visitantes expressam a intenção de retornar ao Brasil e de indicar o país como destino de férias para seus amigos e parentes HT: Quais as parcerias que a Embratur pretende por em prática no próximo ano,
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com vistas a uma ampliação do setor? VLS: Com a aprovação do PL (2724/2015), deixaríamos também de estar amarrados. Não podemos hoje, como autarquia, ter escritórios no exterior nem fazer contratos lá fora. A burocracia impede a Embratur de se movimentar. Como serviço social autônomo, teremos membros da iniciativa privada no conselho, que vão ajudar na construção da estratégia com viés de mercado. Também é nosso interesse a abertura para o exterior do capital das empresas aéreas. HT: Existem programas de voluntariado sendo desenvolvidos pela entidade? Quais? VLS: Não existe na Embratur, pois é uma autarquia subordinada ao Ministério do Turismo com a responsabilidade exclusiva de promover o Brasil como destino turístico no exterior. Esse tipo de serviço é executado, geralmente, pelo MTur, responsável pela política e promoção nacional de turismo. HT: Segurança pública tem sido um ponto nevrálgico em todo o país. A Embratur tem como influenciar nesse aspecto? Quais as sugestões para mitigar o problema? VLS: O ciclo de grandes eventos no Brasil, que começou em 2007 com os Jogos Pan-americanos e terminou com a Rio 2016, foi favorável para os investimentos do país no setor. Mas agora é preciso resolver três questões para que o fluxo de visitantes continue: aumentar a divulgação, aumentar os recursos para investimentos – envolvendo também a segurança – e desenvolver a economia brasileira. Os governos brasileiros, com o apoio irrestrito do Governo Federal, têm trabalhado incansavelmente para combater a insegurança nas cidades. Como disse acima, o que nós precisamos para avançar é a aprovação das reformas que estão sendo encaminhadas para o turismo e demais setores da sociedade, melhorar o ambiente de negócios e promover mais o Brasil no exterior. Vinicius Lummertz é cientista político e o atual presidente da Embratur, desde junho de 2015.
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Especial Equipotel
EQUIPOTEL: Novos rumos em busca de uma hospitalidade moderna e abrangente
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segmento de hospitalidade é um dos mais fortes setores da economia nacional, e é responsável por uma importante parcela dos negócios gerados em todos os segmentos no País. Há 55 anos este mercado vive e se reinventa a partir de um evento que é referência aqui e fora do país: a Equipotel, onde os visitantes tomam conhecimento das novas tendências, e têm a oportunidade de se relacionar com clientes e fornecedores de forma a gerar interessantes transações, uma vez que neste ambiente estão representados todos os players da indústria de hospitalidade, alimentação e afins. Realizada no São Paulo Expo, contou com 2015 expositores e recebeu mais 32 mil visitantes qualificados, gerando em torno de R$ 176 milhões nos encontros de negócios. Os expositores estavam divididos pelos seus setores de atuação, como: decoração, fitness, lazer e spa, food service, equipamentos e utensílios, gestão e tecnologia, higiene, limpeza e serviços. Além disso, o evento proporcionou uma vasta programação de palestras e treinamentos, nas mais diversas áreas. A Revista Hotelaria conversou com Camila Moretti, gerente de produto da Reed Alcântara, que nos falou sobre o evento e explicou que a feira manteve sempre nestes 55 anos o seu primeiro objetivo que é equipar o hotel. O evento acompanhou toda a história da hotelaria, sua evolução e o amplo leque de serviços que estão envolvidos. Em resumo, hospitalidade é a arte de receber bem. “Percebemos nos últimos anos uma grande preocupação dos proprietários dos empreendimentos hoteleiros em fidelizar seus clientes, proporcionando uma experiência interessante e marcante. E é na Equipotel que eles buscam as soluções para atingir esse objetivo. A feira passou a atingir também outros segmentos que antes não enxergavam nela uma plataforma de solução, mas que hoje resolvem seus problemas na Equipotel, como escritórios, clubes, condomínios, e os Day-Care, explicou a executiva.
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Os organizadores perceberam que mudanças aconteceriam já em 2015 com o peso da crise, e em 2016 muitas empresas reduziram o tamanho de seus espaços no evento, mas não deixaram de participar. Porém, no segundo semestre de 2017 foi possível notar uma grande melhora, os empresários parecem ter deixado de olhar para o aspecto político e acreditar no seu trabalho com força, de forma a obter os resultados de que necessitam. “Cada vez mais estão cientes de que precisam fidelizar seus clientes, e para isso, criar uma experiência interessante, com um olhar inovador. Aqui temos soluções baratas, inteligentes, funcionais, para que inclusive os donos de pequenas e médias pousadas possam oferecer a seus clientes algo inovador, sem precisar de um investimento muito alto. Creio que mesmo nos menores orçamentos, existem ações que podem ser tomadas e que façam a diferença para os clientes”, afirma. Dessa forma, nós estamos muito atentos às novas demandas dos expositores, que precisam aproveitar ao máximo as ferramentas que a feira lhes oferece. Hoje, os clientes nos procuram para falar de mercado, de hospitalidade, de soluções, então penso que mudou a visão que tinham do mercado, o que foi muito interessante. Os organizadores da Equipotel observaram uma mudança de paradigmas neste mercado, visto que houve uma expressiva alteração no comportamento do consumidor. E desse modo, a feira vem como uma referência que traz aos hoteleiros as tendências que vão lhes permitir atender às novas necessidades de seus clientes. “Os expositores enxergam a Equipotel como o principal canal se soluções, não existe no país hoje nenhum evento que trate da hospitalidade como nessa feira. Existem eventos paralelos que abordam segmentos específicos como gastronomia, lavanderia e assim por diante. Mas que concentre todos os ramos deste setor, só aqui”, afirma. Evidentemente as mudanças pelas quais passou o mercado provocou também uma alteração no público visitante. Existe hoje uma maior participação de outras regiões do Brasil vindo para o evento, com presença mais acentuada do Nordeste, mais aqueles provenientes do Sul, enfim, os outros estados que driblam as dificuldades para chegar à São Paulo e buscar orientações na feira. A direção da Equipotel passou a repensar a feira como um todo e definir suas metas para a próxima edição. “Nosso objetivo é atingir um crescimento da ordem de 25%, neste ano tivemos 200, pretendemos aumentar o número de marcas participantes, e trazer novas categorias, como a parte de soluções paras escritório, que foi vista na EquipHotel de Paris, evento que faz parte do nosso portfólio. Analisando a feira de lá, vimos que é possível adaptar muitas ideias para o nosso evento aqui em SP. Respeitadas as diferenças de mercado, é viável adaptar muitas delas para o nosso cenário. Um exemplo é o segmento wellness, que é um setor que traz soluções interessantes voltadas para o bem-estar e saúde dos hóspedes. Por este motivo demos início a um plano piloto com a academia, o spa
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Especial Equipotel
conceito, com soluções smart, que é o que o Buddha Spa trouxe nesta edição. Para o próximo ano pretendemos enriquecer esta área, bem como a parte de área de lazer com soluções outdoor, além do segmento de ergonomia, para que escritórios pos-
sam tornar o ambiente de trabalho mais agradável. Queremos também posicionar a gastronomia como ponto de experiência, não apenas técnicas gastronômicas, por exemplo, trouxemos este ano muitas iguarias, assim, buscamos incorporar cada vez
mais ingredientes diferentes, que trarão o algo a mais de uma vivência interessante para os hóspedes”, explica a executiva. A seguir, trazemos um resumo das principais empresas que estiveram presentes no evento:
ALUMINAS: QUALIDADE DA PRODUÇÃO AO PÓS-VENDA Com 25 anos de história, a Aluminas é especializada na fabricação de móveis para a área externa, e que, este ano abriu uma nova linha de produtos: os ombrelones. Os novos artigos são totalmente fabricados em alumínio, com acabamento em pintura epóxi, resistente à elementos como maresia, intempéries, umidade, e sem peças plásticas que possam ser danificadas pelo calor.
Os ombrelones são produzidos com tecido náutico impermeável. Embora todos os anos a companhia apresente móveis para a área externa, sempre traz novidades neste segmento, como acabamentos diferenciados, novos modelos, padronagens de tecidos, etc. O segredo da presença da empresa no mercado por tantos anos está na qualidade do atendimento oferecido, serviço de manutenção, pós-venda
diferenciado, e por não utilizar componentes importados, que em conjunto, são aspectos que conferem maior segurança aos clientes. Além disso, a Aluminas também disponibiliza um serviço de reforma das peças, para aqueles clientes que não desejarem repor totalmente as suas peças, além de permitir personalizar todos os artigos, e de customizá-los de acordo com a necessidade. Para atender a essa demanda, a empresa conta com uma equipe altamente treinada, e motivada, montadores capacitados, além de frota própria para transporte das mercadorias. Aluminas – (37) 3381-3400 www.aluminas.com.br
ARTEFAMA: COMPROMISSO ASSUMIDO COM A SUSTENTABILIDADE
Fundada em 1945, a Artefama sempre buscou alcançar o equilíbrio entre suas necessidades empresariais e a responsabilidade sócio-ambiental. Por
isso, pode ser considerada uma das maiores empresas fabricantes e exportadores de móveis de madeira maciça no Brasil. Durante a década de 90 esteve focada exclusivamente nas vendas para o exterior, mas a partir de 2008 retomou os negócios no mercado nacional, com a comercialização da linha de móveis rústicos finos que podem ser compostos com cadeiras modernas, contemporâneas, combinadas com mesas de madeira de demolição. Contanto com cerca de 600 funcionários e um parque fabril de 60 mil m2 equipado com maquinários de última geração, sua principal característica está
na capacidade de processar madeira de reflorestamento, 100% orgânica, de modo a produzir móveis com melhores desenhos, acabamentos mais flexíveis de acordo com as tendências atuais, sem limitação de produtividade. Outro aspecto importante é o comprometimento da empresa com diversas ações de sustentabilidade, com o objetivo de produzir com o menor impacto ambiental possível. Além disso, o investimento na qualificação da equipe é fator essencial para seus bons resultados. Artefama – (47) 3631-1200 www.artefama.com.br
IB CALDOGNO – O USO DE ENERGIA LIMPA A SERVIÇO DA HOTELARIA Especializada no desenvolvimento de sistemas integrados de aquecimento d’água, vapor e ar, a IB Caldogno tem sua origem a partir de empreendedores italianos, provenientes da Província de Vicenza. Na década de 80, iniciaram as atividades de uma empresa especializada na fabricação de fornalhas geradoras de calor para sistemas de secagem em Biomassas como: lenha, pellets, bagaço de cana, briquetes, casca de arroz e outras. NOV-DEZ/17
Ao longo dos anos a empresa veio se modernizando, sem nunca perder o foco na importância da preservação ambiental, razão pela qual opera sob o slogan “Biomassa (resíduos de madeira utilizados para geração de energia) é nossa vida”. Seus equipamentos, embora desenvolvidos para uso desse tipo de combustível, podem ser adaptados para outras de fonte de energia (elétrica, gás ou óleo). Contudo, a utilização da biomassa, além de ser ecologicamente correta,
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pode reduzir os gastos com energia em até 90%, em alguns casos. IB Caldogno – (54) 3522-6400 www.ibcaldogno.com.br
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G3 HOTELARIA – PRODUTOS DESENVOLVIDOS SOB MEDIDA PARA CADA CLIENTE
COLCHÕES CASTOR – CONFORTO E GARANTIA PARA SEUS HÓSPEDES
A Castor colchões iniciou suas atividades em Ourinhos, e começou de uma forma bastante simples, produzindo colchões de capim. Com o tempo, passou a fabricar as peças com espuma, evoluindo para os colchões de mola, e assim por diante, buscando sempre acompanhar a modernização e as tendências que surgiram no mercado. Hoje, conta com parques fabris nas cidades de Ourinhos – SP, Passo Fundo – RS e Juíz de Fora – MG, que em conjunto empregam cerca de 1200 colaboradores. Um dos principais pontos fortes da empresa é que toda a espuma utilizada na fabricação dos colchões é produzida nas suas próprias fábricas, assim como os molejos. A Castor é detentora da marca Pocket, e conta também em seus produtos com os molejos Bonel e Superlastic. Durante o evento, a empresa enfatizou sua linha para hotelaria chamada Hotel Collection, totalmente ajustada aos padrões do Inmetro. Outro produto salientado foi o colchão VitaGel, voltado para um público-alvo mais exigente e a linha de estofados, composta por poltronas e sofás-cama. A empresa aposta no próximo ano, com esperanças de um mercado mais ativo e maiores realizações e crescimento da empresa. Colchões Castor – (14) 3302-2855 www.colchoescastor.com.br NOV-DEZ/17
Especializada na produção de enxoval para o segmento de hospitalidade, a G3 Hotelaria foi criada a partir de profissionais que já trabalhavam nesse segmento e decidiram criar uma marca que agregasse bom gosto e qualidade às necessidades do segmento. Giovanni Nicolleti, diretor da empresa, conta que sentiu uma grande necessidade de flexibilizar o atendimento ao cliente, fornecendo linhas, tamanhos, tecidos, estampas e bordados diferenciados para cada um, coisa não habitual no mercado, e assim
montou sua própria confecção, para produzir os enxovais hoteleiros desejados pelo segmento. O ponto inicial foi uma planta de 400 m2 em Pindamonhangaba, que produzia exclusivamente enxoval de cama. A empresa expandiu suas atividades e hoje conta com duas unidades, uma que produz toalhas e outra enxoval de cama. Os tecidos utilizados são confeccionados sob encomenda para atender às necessidades dos clientes da G3, disponibilizando produtos exclusivamente desenhados para atender as necessidades do segmento especifico de hospitalidade, em todas as suas variações. No evento a empresa trouxe uma ampla linha de artigos para atender ao segmento de luxo, com sofisticação e resistência. Contando com tecidos especialmente desenvolvidos para atender este segmento e permitir as mais variadas combinações de padronagens. G3 Hotelaria – (12) 3527-0498 www.g3hotelaria.com.br
SAGA SYSTEMS – MODERNIDADE E SEGURANÇA À SERVIÇO DA HOSPITALIDADE
Criada com capital 100% brasileiro há oito anos e com foco na hospitalidade, a Saga Systems é uma empresa cujos profissionais são experts na área e entendem perfeitamente o funcionamento e as necessidades de um estabelecimento de hospedagem. Com um espantoso índice de crescimento que chega a atingir cerca de 35% ao ano, e graças à qualidade e confiabilidade de seus produtos, exporta para mercados como Chile, Peru, Bolívia, Colômbia e Uruguai, além do crescimento equilibrado que vem apresentando no mercado interno também, comercializando produtos do segmento de hotelaria como fechaduras e economizadores de energia. As fechaduras produzidas têm inúmeros detalhes técnicos que asseguram a qualidade dos produtos, como sistemas de alarme de portas mal fechadas, sistema de informação de porta aberta, identificação do nome do hóspede e sua UH no cartão, entre outros. Este ano no evento a empresa trouxe como novidade a sua fechadura bipartida, que é delicada e sofisticada, indicada para instalação em unidades novas. Saga Systems – (11) 3225-0908 www.sagasystems.com.br
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Hotelaria
ONIX – SOCIMOL: QUALIDADE E CONFORTO TRANSCENDENDO A BELEZA
Na década de 70 o mercado viu nascer na cidade de Bacabal no Maranhão, uma empresa que produzia colchões para atender o mercado local. Assim, o grupo foi crescendo e se transformou numa potência que engloba entre outras empresas um ícone do mercado chamado Socimol, detentora da marca Onix. De acordo com João Vicente Claudino, vice-presidente da empresa, trata-se de um grupo dinâmico, muito diversificado, com uma administração prática e intuitiva, e que tem como principal característica de seus gestores a habilidade de delegar responsabilidades. A partir desse princípio, com a modernização que a empresa implantou na sua fabricação de colchões de mola, e com a necessidade dos hotéis de atenderem às demandas de hóspedes cada vez mais exigentes, a empresa passou a atender o mercado hoteleiro, com suas fábricas melhor estruturadas e com linhas de produção mais modernas. Até porque, a evolução dos serviços de hotelaria levou à maior demanda por colchões de mola, em detrimento dos colchões de espuma, movimento que ajudou a fortalecer a posição da empresa neste mercado. O executivo salienta que entre os principais diferenciais de seus produtos residem na qualidade, no conforto proporcionado pelos colchões e na sua qualidade visual. Claudino explica que o segmento dos colchões também foi impactado pelas instabilidades econômicas do país, e pela primeira vez na história sentiu efetivamente este impacto, em virtude da diminuição dos valores agregados impostas pelas contingências econômicas atuais. Contudo, a empresa possui uma marca muito forte, e justamente o fato de seus produtos primarem pela qualidade e durabilidade permitiu que a corporação navegasse pela crise sem tantos sobressaltos. Colchão Onix – 0800 280 6363 www.colchaoonix.com.br
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Gastronomia
TÉCNICAS DE HIGIENE E LIMPEZA NA GASTRONOMIA
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segmento de alimentação fora do lar ganhou um peso extraordinário nas últimas décadas em função da grande mudança nos hábitos das pessoas. Pode-se dizer com segurança que a esmagadora maioria das pessoas faz ao menos uma refeição fora de casa. No segmento de hospitalidade, esse papel assume importância ainda maior, visto que o setor de alimentos e bebidas tem um peso considerável nas receitas do estabelecimento. Além do fato de que descuidos com a higiene neste setor podem levar a sérios problemas de saúde pública, um hóspede, por mais complacente que seja, não retornará a um estabelecimento onde não sinta confiança na qualidade e higiene de sua cozinha. Assim, da mesma forma que em nossa casa, procedimentos de higienização e limpeza são fundamentais na gastronomia profissional. O processo todo vai muito além da compra de equipamentos, suprimentos e contratação de pessoal: há uma série de exigências legais e formais que precisam ser cumpridas, como a obtenção de licenças e certificados que devem atestar as condições de limpeza e desinfecção do ambiente. São eles: Manual de Boas Práticas, juntamente com o POP - (Procedimentos Operacionais Padronizados), Relatório de Acompanhamento Técnico, Relatório do Responsável Técnico, Certificado de Desinfecção, Desratização e Dedetização, Certificado de Saúde e Inspeção Sanitária e Alvará de Funcionamento, entre diversos outros documentos. Na sequência, com a entrada em operação, existem processos e etapas que precisam ser seguidos à risca, de forma a assegurar a limpeza do local: • Higiene pessoal dos colaboradores: é sabido que numa cozinha profissional existem regras estritas com relação a este aspecto. Os profissionais que nela trabalham devem se submeter a práticas diárias de higiene pessoal, como banho, manutenção de cabelos limpos e presos durante todo o período de trabalho, uso de uniforme e
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calçados limpos e apropriados para o setor, não usar nenhuma espécie de adorno, como anéis, pulseiras, piercings, relógios e afins, lavar as mãos sistemática e constantemente. Higiene dos materiais e utensílios: todos os objetos utilizados no preparo e apresentação dos alimentos devem ser rigorosamente limpos, lavados com água e detergente neuro e inodoro (para não alterar aroma e sabor dos alimentos)e higienizados álcool 70% Higiene dos alimentos: vegetais devem ser lavados criteriosamente com água potável; a seguir devem ser desinfectados por imersão em solução de hipoclorito de sódio 100-250 ppm por 15 minutos; e a seguir enxaguados em água potável com abundância. Higiene de equipamentos: móveis, utensílios e equipamentos que entram em contato com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, tais como aço inox, silicone e bambu. Além disso, devem ser rigorosamente limpos com agentes de limpeza adequados para uso em gastronomia, de acordo com o tipo de material em que serão aplicados. É importante nesse caso o uso de detergentes neutros finalizado com o uso de solução de álcool 70%. Fogões, fornos, chapas, grelhas, fritadeiras, entre outros equipamentos devem ser limpos e higienizados ao final de cada período de utilização. Refrigeradores, freezers e câmaras frigoríficas também devem passar por processos de descongelamento, limpeza e desinfecção sistematicamente, com os devidos cuidados com a parte elétrica. O mesmo procedimento deve ser aplicados às lavadoras de louça. Em geral, um ciclo completo de limpeza com a máquina vazia e detergente neutro, ou com a adição de bicarbonato de sódio para eliminar eventuais fungos. Higiene das instalações: tão importante quanto a higiene de pessoal, equipamentos e utensílios é a higiene do ambiente onde são preparadas as refeições. Neste item está contido a coleta, destinação apropriada de resíduos e sua separação com vistas à coleta seletiva e reciclagem, e a devida limpeza e desinfecção tanto dos recipientes, quanto da área onde ficam armazenados. Paredes, luminárias, portas, janelas, telas devem ser periodicamente limpas e higienizadas, assim como ralos e calhas de escoamento.
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Gastronomia
ANTONIA DAHER: TRADIÇÃO, FOCO E PERSEVERANÇA NA GASTRONOMIA
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om raízes na Síria e no Líbano, D. Antonia Daher é uma pessoa de fala mansa, fácil e sincera. Nascida na década de 30, traz uma história de tradição e determinação, quando assumiu a direção de Alimentos e Bebidas, do que à época chamava-se São Paulo Center Hotel, hoje o Daher Center Hotel. Sua trilha pela cozinha inciou-se na tenra idade. Ela conta que em sua casa eram em três irmãs, e todas, por exigência de seu pai, deveriam saber cozinhar e administrar uma cozinha e uma casa com maestria. Segundo a visão do patriarca, todas poderiam estudar e desenvolver a carreira que desejassem, mas deveriam saber executar as tarefas domésticas com prática e inteligência. A partir dessa regra familiar, D. Antonia conta que aos dez anos ela já era capaz de cuidar sozinha de uma cozinha, e a partir desse momento passou a se dedicar e a desenvolver algo de que já gostava: a gastronomia. Já na fase adulta foi trabalhar inicialmente na lanchonete
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da família, escalando depois para a cozinha de um hotel quatro estrelas (o primeiro de São Paulo), e que pertencia à família, criado para atender uma necessidade da Embratur, pois a cidade ainda não tinha estabelecimentos desse padrão. Como a mão de obra especializada na época era escassa, ela arregaçou as mangas e pôs-se a domar o futuro. Lembra ainda que, embora a cozinha fosse um ambiente ao qual estava completamente familiarizada e à vontade, na culinária profissional, experimentou de início, algumas dificuldades, não com as técnicas de preparo, mas em especial, com a obtenção de ingredientes. “Por exemplo, costumávamos a oferecer dentro da gastronomia não árabe, um filé chamado Filé au Poivre (do original Steak au Poivre), cujo preparo demandava uma pimenta verde, que só existia no norte do Brasil. Assim como os ingredientes da culinária de outros países, eu tinha dificuldade para encontrar”, ressalta a chef. “Então, tínhamos que improvisar para obter os ingredientes. Um dos nossos clientes frequentes no hotel era o sr Aquino, “Rei do Caju”, empresário do norte do país, a quem apelávamos para conseguir que nos trouxesse a pimenta”, relembra com bom humor . Outro aspecto em que ela lembra de dificuldades, foi durante a guerra quando, para suprir necessidades internacionais, nosso país vendia toda a produção interna, por exemplo de óleo de coco, que ela usava para preparar receitas de bacalhau. Novamente, ela era socorrida por uma cliente que morava no Espírito Santo, e a ajudava a conseguir o produto para dar andamento às suas receitas. Resumindo, D. Antonia afirma que nunca teve problemas para executar suas receitas, mas sim para encontrar os ingredientes que a permitissem produzir os pratos desejados, uma vez que ela não substituía os produtos, seguia suas receitas à risca. “ ou eu fazia direito ou não fazia”, afirma categoricamente, uma vez que seus clientes eram figuras importantes da sociedade local. Outro aspecto que ela considera fundamental é a preparação de mão de obra. A chef explica que sempre que seleciona seus auxiliares, os prepara desde as funções mais rudimentares da cozinha, como
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limpar e organizar, para então evoluírem para as funções mais elaboradas. Na sua opinião, falta a esses candidatos conhecimentos elementares não só da gastronomia, mas em geral. Por este motivo, ela sempre preferiu selecionar essas pessoas com pouco conhecimento e treiná-los e moldá-los segundo seu critério profissional. D. Antonia se orgulha da grande variedade de clientes que frequentam sua casa, e conta que sempre o atendimento a esse amplo espectro de público ocorreu de forma bastante natural. E que muitos deles são tão íntimos que a acompanham em sua cozinha. Mas, ela lembra das qualidades que considera fundamentais para um chef: “Ser assíduo, usar sempre roupas impecavelmente limpas e bem passadas, ter muita atenção no que faz, não gosto que usem, por exemplo, rádio ou celular na cozinha, pois esses objetos desviam a atenção do colaborador”, explica. Outro aspecto que o chef precisa observar, segundo ela, é o fato de precisar conhecer bem os seus clientes, nas necessidades e expectativas de cada um deles, para poder oferecer o serviço de gastronomia que agrade e respeite essas necessidades. Salienta também que o profissional da cozinha deve estar sempre aberto a aprender, por mais que tenha amplos conhecimentos. A título de exemplo, ela conta que teve em seu hotel um maître alemão que a ensinou muito acerca da culinária europeia, assim como aprendeu com seu cunhado italiano e que esse aprendizado foi bastante prazeroso. Para finalizar, a executiva afirma que cozinhar é um alegria sublime, um ato de amor, e que sua maior satisfação é observar que seus pratos são consumidos com deleite. Por isso, aqueles que querem aprender o ofício devem primeiramente buscar bons professores, mas precisam ter em mente que a melhor maneira de aprender é “colocando a mão na massa”! D Antonia Daher é chef de cozinha e diretora de alimentos e bebidas do Daher Center Hotel, em São Paulo. A revista Hotelaria se solidariza com a família e lamenta o falecimento da D Antonia.
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Gastronomia
FERNANDO GURGEL: O CULTO AO VINHO QUE VEM DAS ORIGENS
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om o interesse pelo vinho enraizado na sua origem italiana, Fernando Gurgel viu seu bisavô importar vinhos e engarrafá-los para vender em seu empório. Mais tarde, quando de uma visita a uma vinícola em Napa Valley, Califórnia, viu crescer seu interesse pela bebida. “De volta ao Brasil, cinco anos depois, entrei no curso de extensão universitária em formação de sommelier pelo Senac de Águas de São Pedro”, conta o profissional. Há sete anos trabalhando como sommelier e consultor em uma importadora da capital paulista, em paralelo ministra aulas na ABS (Associação Brasileira de Sommeliers), tendo iniciado em 2014 o curso WSET (Wine & Spirits Education Trust). Gurgel elenca os principais aspectos que o atraíram para esta profissão: “Acho que pode ter sido um conjunto de
fatores, passando pelos cuidados durante o cultivo das uvas, técnicas de elaboração do vinho e a variedade de estilos, que podemos consumir em momentos distintos. A complexidade disso tudo e a atmosfera que vivemos no trabalho, talvez tenha sido a minha maior atração”. Segundo ele, seu sucesso profissional reside no fato de sempre tentar desmistificar e simplificar o mundo do vinho com uma linguagem mais acessível e atraente, para que todas as pessoas possam desfrutar desse universo tão agradável e encantador, sem se preocupar com tantas regras. Além disso, afirma que muito estudo, dedicação e ética são ingredientes principais para o sucesso de qualquer pessoa. Ele aponta algumas dificuldades que enfrentou: “Trabalhar como sommelier em seus diversos setores pode ser bastante prazeroso, mas também não é nada fácil. Muito estudo, treino, investimento em busca de um conhecimento mais amplo, indo até a fonte, ou seja, conhecer produtores e conversar com todos os envolvidos nesse processo para aprender detalhes e segredos de como conseguem chegar a um determinado estilo de bebida – não estou falando somente de vinho e sim de todas as categorias. Sim, um sommelier completo não conhece somente sobre vinhos, mas também sobre destilados, cervejas, chás, cafés, águas, etc. são muitas etapas que passamos e pra conseguir supera-las é preciso ter muita paciência, humildade e postura adequada diante de situações onde o bom senso deve ser fundamental”, afirma. Em sua experiência, teve a oportunidade de conhecer pessoas ligadas ao mundo do vinho, que lhe possibilitaram absorver informações valiosas sobre o tema e a prática da profissão, mas foi durante as degustações nas visitas a vinícolas da Europa que pode provar os melhores vinhos. “Em Portugal talvez tenha sido o lugar onde mais aprendi sobre essas atividades, ouvindo os enólogos e observando a atuação dos experientes sommeliers em jantares nos restaurantes”, relembra. Sua trajetória lhe proporcionou inúmeras e marcantes experiências. “Não é fácil ter que escolher uma para citar, mas
entre elas, há uma viagem à Escócia, visitando destilarias e conhecendo suas histórias, lendas e degustando o tão famoso líquido dourado que faz parte da cultura do país. Tal líquido que sai branco do destilador e adquire sua coloração durante anos envelhecendo em barris que já foram utilizados para envelhecer vinhos. Outra e mais recente, foi na Espanha, quando estava caminhando por entre as videiras, provando as uvas deliciosas direto do pé, já prontas para serem colhidas e adiante havia um quiosque com uma mesa farta de tapas espanhóis e um Cava Rosé geladinho. A experiência de comer um sanduíche de jamon com tomate, azeite de oliva e flor de sal com um Cava Rosé ao meio do vinhedo, não tem preço! Uma das harmonizações mais simples e perfeitas que já pude desfrutar” relembra com saudades. Gurgel afirma que o profissional além de gostar do que faz e ter muita dedicação, precisa ter humildade para seguir aprendendo e simplicidade para passar adiante a informação, sem perder a classe e postura. Conhecer o máximo possível de estilos de vinhos e outras bebidas sem preconceito e sem se prender ao que mais lhe agrada. “Lembre-se que cada pessoa tem um gosto particular e que certamente vai se alterar de tempos em tempos, inclusive o seu. O melhor vinho é aquele que você mais gosta, e isso pode mudar com o tempo. Esteja aberto a conhecer coisas novas sempre. Quanto mais vinhos provamos, maior será a nossa referência para saber o que realmente gostamos. Outra coisa importante é não esquecer que um sommelier completo conhece tudo sobre bebidas em geral, incluindo noções em coquetelaria e gastronomia. Habilidade na arte do serviço e hospitalidade também é muito importante, além claro da responsabilidade social. Para quem trabalha com bebidas alcoólicas, a prática do consumo consciente e moderado é obrigatória”, ensina. Fernando Gurgel é formado pelo Centro Universitário Senac, Campus Águas de S. Pedro, especialista em Wine & Spirits, ministra aulas na ABS e é consultor de Alimentos & Bebidas da Casa Flora.
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Educação
GERENTE DE HOTEL: O GUARDIÃO DO EMPREENDIMENTO E DO BEM-ESTAR DOS HÓSPEDES os custos reduzidos também é uma das chaves. Outro grande desafio dos gestores é a manutenção da equipe. Ainda enfrentamos o problema de forças de trabalho transientes, assim manter a equipe leal ao estabelecimento é o segredo.
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posição do gerente geral no hotel é um ponto fundamental, e se configura como uma ponte entre os interesses empresariais do estabelecimento e a atenção com as necessidades dos hóspedes, razão de ser do hotel. A revista Hotelaria ouviu o professor Ian Millar, Gerente de Projetos e docente da Ecole Hoteliere Lausanne. Acompanhe: Revista Hotelaria: Quais as principais atribuições da gerência hoteleira? Ian Millar: Assegurar que o negócio seja bem sucedido. Os hotéis existem para ganhar dinheiro. Os gerentes de hotéis precisam trabalhar para aumentar as receitas e diminuir os custos. Isso pode ser alcançado através de um bom marketing, gerenciamento das receitas, e a criação de mecanismos para atrair mais reservas diretas para o hotel. Uma das formas onde os hotéis mais perdem dinheiro atualmente é nas Online Travel Agencies (OTAs). Manter
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HT: Quais grupos ou equipes são coordenados por este profissional e envolvidos no processo? IM: As equipes são baseadas em função do negócio. Antigamente os departamentos hoteleiros trabalhavam em “modo silo”, compartimentalizados, com muito pouca comunicação cruzada. A gestão hoteleira moderna exige que as equipes trabalhem juntas. Por exemplo, se o chefe de cozinha quiser produzir um novo menu, ele terá que coordenar com o gerente de Alimentos e Bebidas (F&B) e com o controlador de custos, e esse novo produto também precisará ser comercializado corretamente. Será necessário treinar a equipe sobre a venda de novos pratos. HT: Quais as principais características esperadas de um gerente hoteleiro? IM: No passado bastava que o gerente fosse um bom comunicador e cuidasse tanto dos colaboradores quanto dos hóspedes da mesma forma. Hoje, gerentes de hotel precisam apresentar outras competências: necessitam estar atentos e saber gerenciar as mídias sociais, saber usar essa tecnologia para atingir maiores receitas e reduzir custos. Hoje há muitos partícipes no negócio e manter essas relações demanda tempo. Ter um sistema atualizado de CRM (Customer Relationship Management – Gestão de Relacionamento com o Cliente) também é fundamental. HT: Como a tecnologia pode melhorar a capacidade e performance do gerente? IM: A tecnologia é hoje um facilitador de negócios. Gerentes de hotel ainda estão muito acostumados a usar planilhas de Excel e se guiar por gráficos, mas a cada dia
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chegam tecnologias mais modernas para tomar seu papel no negócio. Os modernos sistemas baseados em nuvem agora oferecem aos administradores de hotéis acesso em tempo real aos seus dados principalmente no formato de painéis. Isso permite que os gerentes vejam em tempo real como seus negócios estão funcionando. Os KPIs (Key Performance Indicators – Indicadores Chave de Performance) incluem Taxa Diária Média (ADR – Average Daily Rate), ocupação, bem como números de receita geral, como hospedagem e receitas de alimentos e bebidas. HT: Quais são as implicações da tecnologia na formação de gestores hoteleiros? IM: Os gerentes hoteleiros modernos precisam se atualizar constantemente em novas práticas e tendências. O treinamento contínuo está se tornando mais importante. O treinamento “no trabalho” no passado foi a norma, no entanto, cada vez mais cursos de treinamento online estão se tornando disponíveis. Plataformas como o typsy.com permitem que os gerentes atualizem suas habilidades usando vídeos curtos online. Os gerentes modernos não têm dias para gastar em cursos de treinamento ou para participar de conferências. Também a tecnologia pode ajudar com avaliação e na estimativa. HT: Quais são as inovações/tecnologias usadas no gerenciamento da governança? IM: A governança tem sido um departamento muito burocrático. Contudo, a tecnologia móvel permitiu que ela passasse a ser mais produtiva e eficiente. Tecnologias como HotSOS ou Knowcross permitem que o departamento de governança aloque quartos a serem limpos em uma forma muito mais rápida. Ao utilizar essas tecnologias, os hotéis podem economizar cerca de US$ 200 por quarto por ano. Desde relatar questões de engenharia no quarto, até ter supervisores eletrônicos que alterem o status do quarto, atualizando automaticamente o PMS – Property Management
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Systems (Sistema de Gestão de Propriedade), as novas tecnologias permitem que as unidades sejam novamente disponibilizadas para uso mais rapidamente. Outra nova tecnologia é Novility. Esse sistema está redefinindo como as governantas são treinadas. Usando câmeras e realidade virtual, elas podem agora realizar cursos de treinamento e ver seu desempenho em tempo real. HT: Como os gerentes de hotéis podem atender às expectativas dos consumidores, parceiros e funcionários? IM: Atualmente, eles precisam gerenciar suas relações de maneira mais acentuada e usar dados para tomar decisões importantes. Ferramentas como o Travel Appeal permitem que os gerentes vejam através de um painel simples o que seus clientes estão dizendo sobre o seu hotel online. Ele fornece informações de cerca de 500 sites e realiza análise das opiniões. Essas ferramentas ficam cada vez mais inteligentes à medida em que o sistema irá propor soluções para corrigir comentários negativos. Quando se trata da equipe, tecnologias como o Beekeeper permitem que os gerentes se comuniquem diretamente com os funcionários através de uma plataforma móvel. Por meio de simples mensagens de texto, informações podem ser compartilhadas com toda a empresa, e realizadas pesquisas de pessoal em tempo real. Isto é especialmente importante para os membros mais jovens da equipe que apreciam feedback e avaliação de desempenho rápidos e convenientes. HT: Quais os critérios que devem ser cumpridos na formação de gestores hoteleiros? IM: Um ponto é essencial: devem ser constantemente treinados. Obter uma boa educação básica é importante, mas também manter as tendências é tão importante quanto. O mundo está se movendo muito rápido e os hotéis estão sistematicamente mudando para acompanhar as demandas dos hóspedes. Um exemplo simples é o acesso à internet. Os hotéis estavam atrasados no jogo para oferecer esse serviço aos hóspedes, então, quando o fizeram, acabaram cobrando dos hóspedes pelo serviço. Hoje, um hotel não pode pedir aos hóspedes que paguem por isso, a menos que, é claro, queiram perder o cliente. Os gerentes precisam ter conhecimento sobre tecnologias como a realidade aumentada e virtual e de que maneira isso pode ser usado para promover seus negócios. O reconhecimento de voz e a robótica parecem ser o próximo grande avanço tecnológico para hotéis. Os gerentes devem estar prontos para essas mudanças e como elas afetarão seus negócios. Ian Millar é Gerente de Projetos em Inovação, Presidente e Professor Sênior na Ecole Hôtelière de Lausanne.
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Inspiração
MAIRTON FARIAS: NO EXEMPLO DA MÃE A CONSTRUÇÃO DE UMA CARREIRA DE SUCESSO
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ormado em administração de empresas, Mairton Farias foi fortemente influenciado por sua mãe, D Auristela, que em 1962 já atuava na área de vendas de uma empresa multinacional, isso em uma época em que as mulheres não tinham tanta projeção no mercado de trabalho como atualmente. Ele lembra que, com muita competência e trabalho, ela quebrou paradigmas, uma vez que era viúva e tinha cinco filhos menores para criar, dos quais ele era o mais velho, então com apenas seis anos de idade. No ano de 1980, no frescor de seus 24 anos de idade, o jovem empresário iniciou, ainda com sua mãe, uma empresa de representação, sediada no Ceará e que comercializaria os produtos dessa multinacional em que sua mãe havia trabalhado. A partir de meados da década de 90, percebeu que era vital expandir o negócio para outros estados, tendo então selecionado a capital do estado de São Paulo para abrigar a sua própria marca – Skill, que também era voltada para o segmento de higiene e limpeza, e cujo legado permanece até os dias atuais. Esta trajetória não foi exatamente fácil, e o executivo fala sobre as dificuldades vivenciadas: “Em nosso cenário brasileiro, creio ser um desafio empreender. Existem fatores político-econômicos importantes, que demandam
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destreza e muita expertise dos gestores para a tomada de decisões”, explica, salientando que o pequeno empresário é muito penalizado pela altíssima carga tributária, inconstância devido às mudanças nas gestões governamentais e também pela forte concorrência. Farias explica que teve de aprender a lidar com a concorrência acirrada com as grandes empresas, e ser criativo para superar as diversas crises econômicas pelas quais passamos, precisou entender como ajustar os custos operacionais e de produção aos constantes aumentos de preços das matérias-primas, sem comprometer seu padrão de qualidade, aspecto que considera essencial. “Nos momentos recessivos, onde a economia fica estagnada como vimos acontecer ao longo dos anos em nosso país, a superação tem de ser matemática: reduzir custos, ter cautela nos investimentos seja a curto, médio ou longo prazos”, ensina o empresário. Questionado quanto as características mais importantes que o executivo de uma empresa tem de ter, especialmente no momento atual, ele é categórico: coragem, ousadia e competência! Orgulhoso de suas conquistas, ele explica o relacionamento com seus colaboradores: “sempre tivemos bons colaboradores, alguns despreparados, é verdade, mas também sempre acreditamos que todo ser humano tem seu potencial, e que precisa apenas de uma oportunidade para se desenvolver. Assim, vimos alguns deles crescerem e chegarem também a empreender”, comemora o executivo. Com relação ao futuro, ele tem bastante esperança: “o brasileiro é otimista, trabalhador, criativo e sempre tem boas expectativas diante de situações difíceis, mas precisamos ter o pé no chão. Portanto, creio que o Brasil voltará a crescer, lentamente, mas crescerá”, afirma. “Uma esperança que tenho é quanto a tão necessária reforma tributária, que enquanto não acontece, vem postergando o crescimento do pequeno empresário”, explica. E para os que iniciam sua carreira profissional, ele dá o tom do que é necessário: “Estudem, estudem, e estudem. O conhecimento do seu próprio negócio é essencial, assim como amar o que faz. Não desistam na primeira dificuldade, mas não percam tempo com inviabilidades: ousem mudar!”, aconselha. Mairton de Castro Farias é administrador de empresas e diretor da Skill.
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SINTIA GOMES: MULHER, MÃE E GERENTE GERAL DE HOTEL – DESAFIOS QUE VALERAM A PENA!
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ascida na cidade do Rio de Janeiro, Sintia Gomes é uma daquelas profissionais que sabia muito bem o que desejava como profissão e encarou um desafio enorme para atingir esse objetivo. “Desde o início segui minha vocação que é lidar com pessoas. Era bem nova, estava empolgada em busca de descobertas. Era prazeroso trocar experiências, interagir, identificar as necessidades dos
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hóspedes”, conta ela, e continua: “para compreender melhor esta relação, decidi estudar turismo e me especializei em hotelaria”. Formada em 1981, e atuando neste mercado há 36 anos a profissional conta que sempre teve muito apoio da família e amigos, o que facilitou bastante sua ascensão. Mãe de dois filhos adultos, ela lembra que seu maior desafio na carreira foi com a maternidade, em especial durante os períodos de amamentação, em virtude das viagens que precisava fazer. “Fui a primeira mulher a assumir um posto de comando como gerente geral da antiga rede Starwood – recentemente comprada pela Marriott Internacional. A experiência na função começou durante um período em Porto Alegre, no RS. Estava em uma cidade distante, bairrista e de forma inédita tendo uma mulher no comando. Eu precisei me superar todos os dias”, lembra, salientado que foi levada a fazer uma grande mudança no seu estilo de vida, distanciar-se da família, mudar de cidade, enfim, todos estes aspectos que trouxeram uma dificuldade natural à situação. “Ao mesmo tempo, penso que nós mulheres temos características próprias, em especial a da adaptação, que foi decisiva na mudança e na dedicação integral ao trabalho. Minha família colaborou. Foi uma ótima escolha que precisei fazer, mas que não teria sentido sem uma família compreensiva”, afirma a profissional. Gomes aponta um momento marcante de sua trajetória: “Tivemos ocupação de 100% durante os Jogos Olímpicos no Sheraton Grand Rio. Estávamos nos preparando para isso desde antes da Copa do Mundo. Os investimentos na estrutura do hotel chegaram a U$ 55 milhões, fizemos um novo hotel. O período da obra, da Copa e da Olimpíada sem dúvida foram marcos”, orgulha-se. Entre as grandes vitórias alcançadas na sua carreira, a salienta o prêmio “Hotel
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of the Year”, conquistado pelo Sheraton Grand Rio, dentre todos os hotéis da antiga rede Starwood, pelos excelentes resultados financeiros. Como diretora de vendas desta propriedade naquela ocasião, foi convidada a receber o prêmio durante uma convenção mundial da companhia, fato lhe trouxe muito orgulho. A prática, a experiência e os anos de atividade lhe permitem avaliar o futuro do mercado em que atua, com segurança: “para a hotelaria sobreviver precisa necessariamente mudar, se transformar, enfim se modernizar. Principalmente porque os hóspedes estão cada vez mais exigentes. As facilidades de acesso às informações são muitas e à qualquer hora. Estão à mão. As agências de turismo tradicionais que ocupavam espaços físicos e eram grandes vendedores fecharam. As transportadoras tiveram de rever conceitos e valores. A hotelaria precisa avançar se adaptando a este novo cliente, um hóspede atento, exigente e muito bem informado. O estilo de vida destas pessoas avançou. Ele mesmo muitas vezes quer fazer sua reserva. Deseja se informar sobre o hotel. Espera retorno imediato, verdadeiro e preciso. Prestadores de serviços ágeis, comprometidos e disponíveis que devem ser melhor que há anos. As mudanças nunca foram tão rápidas e intensas. A necessidade de adaptação precisa estar neste mesmo ritmo”, afirma com segurança. E finaliza: “trabalhar em hotelaria é fascinante e apaixonante. Quem quiser seguir nesta profissão e ter sucesso, precisa gostar de servir, de lidar com pessoas e fazer sempre um trabalho com excelência”. Sintia Gomes é gerente geral do Sheraton Grand Rio, primeira mulher a exercer o cargo na antiga rede Starwood, recentemente comprado pela Marriott Internacional, tendo assumido diversos cargos de liderança na rede.
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Recém inaugurado em Foz do Iguaçu, o VIVAZ CATARATAS RESORT oferece um inusitado encontro com a natureza
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Vivaz Cataratas, Hotel, Resort & Aquapark, dotado de um moderno e belíssimo projeto arquitetônico e com uma localização estratégica na Avenida das Cataratas, iniciou em outubro sua operação no formato soft opening, e anunciou que estará com toda a infraestrutura de serviços e lazer funcionando integralmente a partir do dia 1º de janeiro, ou seja, para a temporada de verão na Terra das Cataratas. Destacam-se no resort, que possui 172 uh’s, as suítes especiais temáticas para que os visitantes possam escolher a que melhor combina com ele. A suíte Tierra, por exemplo, unidade na categoria superior, possui elevado padrão de conforto e requinte, com 45 m², camas Box King Size, frigobar, ar condicionado split, TV LED, secador de cabelos e banheira de hidromassagem. Já a suíte Pietra vem com a proposta de atender hóspedes que buscam por custo x benefício, integração familiar ou para aqueles que se hospedam com amigos.
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Elas são divididas em dois amplos ambientes privativos separados por porta. Possuem TV LED e ar condicionado individual para cada um dos ambientes e são ideais para famílias ou grupo de pessoas que desejam conforto e privacidade. Entre as opções de ambientes temáticos, o resort também denominou cada andar com os seguintes nomes: Garden, Cataratas e Tropical, além dos restaurantes Terrazas, Allegro e Gaia, este último como bar da piscina. Toda a infraestrutura de lazer do hotel estará operando integralmente a partir de janeiro e inclui piscinas adulto e infantil, equipe de recreação, SPA e o Acquamania, imenso parque aquático que garante a diversão de adultos e crianças e funciona anexo ao hotel. O Vivaz Cataratas também vai priorizar as atividades ecológicas em ambiente out door, entre elas, a Trilha Ecológica e a Trilha da Cachoeira, apropriadas para quem gosta de caminhar curtindo a proximidade com a natureza.
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á muito tempo o hotel deixou de ser exclusivamente um local para estadia. Junto com o setor de gastronomia, o entretenimento e lazer passaram a ser uma importante fonte de receita para o estabelecimento. Tempos modernos levam os visitantes a buscar cada vez mais serviços que agreguem valor à sua hospedagem, que lhe proporcionem algo mais além da cama limpa e confortável e da refeição variada e saborosa. As mudanças nos conceitos de saúde e bem-estar fizeram com que o viajante moderno procure se hospedar em estabelecimentos que lhe permitam cuidar de sua saúde, e ainda ofereçam opções de entretenimento e diversão,
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mesmo para os que lá estão por razões profissionais. De um modo geral, os hotéis buscam atrair e fidelizar seus hóspedes e mantê-los o maior tempo possível em suas instalações. Assim, um dos primeiros aspectos é a montagem de uma academia, ou fitness center, bem equipada e confortável, com diversas opções de exercícios. São requisitos elementares para alcançar o resultado desejado com esse investimento: a escolha do local onde será montada, a adequação do espaço, o dimensionamento dos equipamentos e acessórios de acordo com o fluxo de utilização pelos hóspedes e, finalmente, seleção dos aparelhos de qualidade.
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Atualidades
Já o serviço de lazer precisa ser pensado e planejado como os demais serviços desse ramo de atividade. As atividades recreativas tendem a proporcionar prazer, alegria e satisfação pessoal durante suas estadias, tornando o serviço diferencial dentro de um hotel, de forma a promover um possível retorno ao estabelecimento. Para que o hotel possa usufruir resultados desse investimento é preciso atentar à qualidade dos serviços que são oferecidos, bem como as alternativas que são disponibilizadas aos hóspedes. Assim, devem contar com os mais variados conteúdos programáticos (trabalhos manuais, artísticos, sociais, físico-desportivos, intelectuais e turísticos), e distribuídos
pelo empreendimento de acordo com a natureza da atividade em questão. A crescente demanda por atividades relacionadas ao lazer obriga os estabelecimentos de hospedagem a buscarem profissionais capacitados que atuem na área, e que possam desenvolver suas funções atendendo às expectativas e competências exigidas para tal. Com essas qualificadoras, o profissional certamente será capaz de estimular os hóspedes a participar das diversas opções de atividades recreativas. Por este motivo, o papel dos profissionais de recreação e lazer é de extrema importância e suas ações são determinantes para que as experiências pessoais e educativas estejam ao alcance de
todos os hóspedes, possibilitando aos clientes desfrutar dos prazeres, diversões e emoções que a recreação em hotéis possa lhes oferecer. Cabe à equipe de recreação e lazer: • Informar aos hóspedes as alternativas disponíveis; • Buscar participação livre e espontânea dos visitantes nas atividades oferecidas; • Facilitar e ampliar a comunicação entre as pessoas • Criar um clima lúdico, isento de juízo de valor, sem discriminação de idade, sexo ou raça; • Permitir uma avaliação permanente dos serviços oferecidos.
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LODGE RHULANI – refúgio de luxo no meio da Savana
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ste lodge é uma típica acomodação particular, localizada no meio da savana. Com caráter exclusivo, são poucos os privilegiados que conseguem fazer uma reserva, pois muitas dessas propriedades chegam a ter menos de 20 quartos disponíveis, como é o caso do Rhulani. Aqui, a experiência é inigualável, tanto com pratos típicos, servidos em jantares a luz das estrelas e regados por ótimos vinhos, quanto por rituais de fogueira, canto e dança. A forma de receber é impecável e carinhosa e o contato com a natureza, bem como a preocupação e o incentivo para que os hóspedes se envolvam genuinamente com a preservação da fauna e flora é o DNA deste lugar. Estas são apenas as primeiras impressões que o Lodge Rhulani oferece, além de outras que se tornaram a sigla do seu nome e características do seu serviço impecável: Respect (Respeito); Heart (Coração); Uniform (Uniformidade); Legendary (Lenda); Accountability (Responsabilidade); Never say no (Nunca dizer não); Impressive (Impressionante). Localizado na Reserva Privada de Makiwe, a maior da África do Sul, com 75 mil hectares, e onde apenas são admitidas pessoas autorizadas e hóspedes com re-
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servas feitas, o local proporciona uma experiência única de contato com a natureza a vida selvagem. A região é 100% livre de malária o ano todo e é conhecida por ser o lar do cão selvagem, desempenhando com maestria o seu papel para garantir a sobrevivência deste animal em extinção. Experiências: Ao entrar no quarto com um pé direito triplo, o aroma Africanology já te envolve no luxuoso espírito da savana. A cama de dossel recebe um elegante véu transparente e fica posicionada entre uma lareira e uma janela de vista espetacular. O banheiro com chuveiro ao ar livre permite literalmente um “banho de lua” com vista 360 graus para a Savana. No deck, a piscina e espreguiçadeiras vislumbram o que mais parece um cenário de filme. Toda a estrutura do lodge se integra com a natureza, e por isso é possível se ter a sorte em ver um dos “Big 5” passar em frente de sua janela. A expressão “Big 5” refere-se aos cinco mamíferos selvagens de grande porte mais difíceis de serem caçados pelo homem, e ainda é utilizada nos safáris de observação, pelos guias locais, quando se referem à fauna selvagem da região da savana. O grupo é formado pelo leão, elefante africano, búfalo-africano, leopardo e rinoceronte. Os safáris saem do convencional, é comum terminá-los com “Sundowner” em meio a selva, um happy hour ao por do sol. Além disso, todos os lodges da Reserva Privada de Madikwe se uniram no combate ao tráfico de chifres de rinocerontes e preservação de todas as espécies da região. De forma privada e por meio de doações, os lodges mantém uma equipe de veterinários e um time de primeira de colaboradores, que fazem a captura dos animais para exames de DNA e “chipá-los”, com objetivo de acompanhá-los por toda a vida, desta forma, efetuar um rastreamento preciso em casos de caça ilegal. A noite anterior do check-out, ao chegar ao quarto, os hóspedes recebem um presentinho, um mimo que abre o sorriso no rosto e na alma.
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