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Agulhão já recolheu mais de 300 mil seringas usadas

Agulhão já recolheu mais de 300 mil seringas usadas

Autor: Associação de Farmácias de Portugal

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Oprojeto inovador “Seringas Só no Agulhão”, criado pela Associação de Farmácias de Portugal (AFP) já recolheu mais de 300 mil seringas e agulhas usadas pelos utentes. Lançado de forma piloto no final de 2019, o projeto tem como objetivo dar resposta à falta de soluções para a recolha de resíduos produzidos pelos doentes diabéticos e por todos aqueles que necessitam de medicamentos injetáveis.

No âmbito do projeto, as farmácias disponibilizam um contentor, designado por “Agulhão”, onde os cidadãos podem depositar gratuitamente os resíduos utilizados. O projeto é desenvolvido em parceria com a empresa especializada na gestão de resíduos hospitalares, Stericycle, que faz a recolha dos contentores e o tratamento dos resíduos (incineração), respondendo assim à falta de soluções seguras e ecológicas para recolha de seringas usadas. Torres Vedras vai ser o primeiro município com cobertura a 100 % da sua rede de farmácias a recolherem gratuitamente seringas/agulhas usadas pelos doentes. Isto porque o projeto Agulhão foi um dos mais votados pelos munícipes no Orçamento Participativo. As 23 farmácias do município juntam-se assim às farmácias aderentes dos concelhos de Lisboa, Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Braga e Vila Verde.

“Tivemos conhecimento das preocupações de alguns doentes diabéticos que se deparam com a inexistência de um sistema de recolha de seringas usadas. Sabemos que estes doentes têm muitas vezes de colocar as seringas dentro de garrafas de plástico que depois depositam no lixo comum. Este não é de todo o destino mais adequado para este tipo de resíduos”, explica a Presidente da AFP, Manuela Pacheco. “Neste sentido, a AFP considera ser absolutamente fundamental a criação de soluções nas farmácias que permitam aos utilizadores de medicamentos injetáveis entregarem as suas seringas usadas”, adiantou a responsável.

Do ponto de vista legal, os resíduos produzidos por doentes automedicados, nos seus domicílios, não se enquadram na definição de resíduos hospitalares, perfilando-se como resíduos urbanos, cabendo aos utilizadores gerirem-nos como tal. Não podendo ser entregues nas farmácias, hospitais ou centros de saúde, estes resíduos acabam no lixo doméstico, pondo em causa a Saúde Pública e o Ambiente.

Recorde-se que até agora as farmácias faziam a recolha das seringas apenas no âmbito do PTS (Programa de Troca de Seringas) – um programa especialmente dirigido às Pessoas que Utilizam Drogas Injetáveis (PUDI). No caso do PTS, as farmácias recolhem as seringas usadas (que depois são destruídas) e, em troca, devolvem aos cidadãos material esterilizado.

Não podendo ser entregues nas farmácias, hospitais ou centros de saúde, estes resíduos acabam no lixo doméstico, pondo em causa a Saúde Pública e o Ambiente

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