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Entrevista a Rodrigo Sá
por Filipe Ribeiro
Qual é o seu papel na Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real e, particularmente, no 52ª Circuito Internacional de Vila Real? Desde quando o exerce?
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Durante o fim-de-semana das corridas sou o responsável pelo Media Center e pelo acolhimento aos jornalistas, fotógrafos e correspondentes de órgãos de comunicação social que acompanham este fantástico evento. Esta é uma função que exerço desde 2015. Durante o resto do ano, no que às corridas diz respeito, sou um dos voluntários da Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real que organiza e prepara o evento, fazendo o que é necessário, mas com especial enfoque no contacto com os promotores internacionais e na comunicação.
Quantos órgãos de comunicação e profissionais da área, como jornalistas, fotojornalistas e repórteres de imagem, são esperados para o evento? De quantas nacionalidades?
Esse número varia muito, mas é sempre superior a 100. Felizmente as nossas corridas atraem sempre muita atenção porque têm um ambiente único, porque o circuito e o que o rodeia é belíssimo e porque a elevada afluência de público é algo que é cada vez menos comum nos autódromos. Em Vila Real são obtidas algumas das mais bonitas fotos do desporto automóvel, não só dos carros, mas de tudo o que os rodeia.
A chegada de jornalistas ou media partners de outras nacionalidades, que não a portuguesa, é um desafio acrescido ao seu trabalho?
Sim, embora hoje possa dizer que a nossa equipa já está habituada. Tornou-se muito comum receber pessoas de todo o mundo e portanto, quer pela hospitalidade típica portuguesa e transmontana, quer pelo facto de a maioria das pessoas falarem pelo menos Inglês, quer ainda por termos uma organização bem oleada, é fácil que essas pessoas sejam bem recebidas e se sintam bem aqui. Normalmente somos elogiados pela forma como os acolhemos.
É importante receber bem e dar todas as condições para que a comunicação seja ainda melhor. Concorda?
Claro que sim. É por isso que reservamos um edifício magnífico, que é o Teatro de Vila Real, para que esses profissionais de comunicação tenham o seu posto de trabalho, acesso a todas as informações relevantes, boas ligações de internet, boa localização, para além de terem sempre acesso a água fresca, fruta e outros alimentos, enfim, todas as condições para projetarem Vila Real cada vez mais longe.
O que difere o Circuito Internacional de Vila Real, em matéria de acolhimento dos media, de outros eventos de automobilismo?
Eu penso que o principal segredo são as pessoas. Tenha a certeza de que todas as organizações querem sempre receber da melhor maneira, mas Vila Real tem gente magnífica, com uma paixão pelo automobilismo e pela sua cidade, e isso acaba por ser transmitido a quem nos visita. Depois, como já disse, o facto de reservarmos para os profissionais de comunicação um espaço central, confortável e onde eles podem trabalhar e descansar. Não nos esqueçamos que um fotógrafo, por exemplo, para fazer as melhores imagens, tem de percorrer a pé os quase 5 kms do nosso circuito permanentemente. É importante que tenham uma boa base onde regressar.
De onde vem o seu envolvimento e a sua paixão pelo automobilismo e pelas corridas de Vila Real?
Eu não nasci em Vila Real. Quando vim para cá estudar para a UTAD, em 1993, já não havia corridas. Sempre ouvi falar do circuito, aqui e ali via algumas imagens, mas acima de tudo ficava espantado com a paixão e a saudade com que os Vila-realenses falavam disso. Era quase incompreensível para alguém, como eu, que nunca o tinha vivido. Em 2007 vi e vivi finalmente corridas em Vila Real e compreendi, finalmente, o sentimento de toda a gente. As nossas corridas são únicas, de facto. Infelizmente tudo parou novamente em 2010 e quando, em 2014, o circuito regressou de vez e ainda por cima com um campeonato do mundo no ano seguinte, quis contribuir e estar envolvido. Tenho muito orgulho da equipa de que hoje faço parte e que produz, anualmente, milagres que vão para além da compreensão da maioria das pessoas.