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ENTREVISTA Pedro Polido, vice-presidente do Clube

Automóvel de Vila Real: “Estamos preparados para o que vamos enfrentar”

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por Filipe Ribeiro

O Clube Automóvel de Vila Real (CAVR) é a entidade que, em termos desportivos e de segurança, coordena tudo o que acontece dentro de pista, no Circuito Automóvel de Vila Real. A poucos dias de receber mais uma edição das corridas, Pedro Polido, vice-presidente do CAVR, falou-nos dos desafios deste ano, que serão acrescidos pela organização de uma prova de resistência.

temente, do WTCR, foram uma excelente preparação para as 6 Horas de Resistência, das 24H Series. “Não podíamos estar mais bem preparados. A Taça do Mundo e o Campeonato do Mundo de carros de turismo fora excelentes ensaios para aquilo que vamos enfrentar. Em provas de sprint, as intervenções têm de ser feitas no mais breve tempo possível. Nas provas de resistência, a exigência será semelhante”, referiu.

As Corridas de Vila Real “têm especificidades próprias em termos de segurança”. “O trabalho no Circuito de Vila Real é muito diferente do que estamos habituados a fazer noutros eventos. Por se tratar de uma pista citadina, a segurança não é apenas assegurada por mim, mas em coordenação com um conjunto de entidades, como a Associação Promotora, a PSP, a Proteção Civil, etc.”, contou.

O “Race Control” é, por estes dias, o quartel-general de Pedro Polido, uma sala situada no edifício sede do CAVR a partir da qual são as controladas as corridas, nos diversos momentos. “É a partir do “Race Control” que tudo é controlado e acionado. Além de elementos do Clube, está lá o comando da PSP e da Proteção Civil, elementos ligados à segurança e intervenção médica, por exemplo. É onde está todo o comando da corrida. Desde a direção de prova à segurança”, explicou o responsável, acrescentando que são, por isso, três dias muito intensos.

Nas Corridas de Vila Real, assim como em outros eventos desportivos organizados pelo CAVR, ao Pedro Polido cabe, normalmente, toda a responsabilidade em matéria de segurança, mantendo uma ligação muito próxima com o Diretor de Prova. “Ele é responsável por todo o evento desportivo. Na segurança, a minha missão é comandar a pista, desde os comissários, os bombeiros, a entrada da equipa médica, etc., todas as intervenções em pista que resultem de todo o tipo de ocorrências”, informou.

O responsável pela segurança, que está há 20 anos ligado ao clube, conta que as últimas corridas do WTCC e, mais recen-

Certo é que a forma de atuar do clube não vai ser muito diferente de edição passadas, em que aconteceram provas internacionais. “O que traz de novo esta prova é que a corrida nunca pára, tudo o que fizermos será com a corrida a decorrer. Para isso, vamos ter quatro equipas em pontos estratégicos do circuito. Cada uma com uma viatura e três comissários. São eles que vão fazer a remoção do veículo, em caso de despiste. Nesse caso, será mostrada a sinalética, as equipas serão acionadas para o local e ficam a trabalhar numa das faixas, enquanto a corrida decorre”, esclareceu Pedro Polido.

O responsável pela segurança das provas que vão ter lugar ao longo do fim de semana no circuito citadino asseverou, por fim, que estão “preparados para todos os cenários”, num evento que conta com cerca de 250 comissários de diversos clubes, oriundos de Lisboa, Braga, Lousada e Peso da Régua.

Comandante Distrital da PSP de Vila Real, Mário Pereira: “Vamos garantir que o evento seja um sucesso, na máxima segurança possível”

por Filipe Ribeiro

A organização do 52º Circuito Internacional de Vila Real, que estará em pista entre os dias 14 e 16 de julho, traz preocupações acrescidas em matéria de segurança. O responsável pelo Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Vila Real espera que o evento decorra “sem incidentes” e, para isso, haverá um reforço do dispositivo policial.

Relativamente ao trânsito, o Comando da PSP “fará um esforço adicional para encontrar soluções alternativas, para que as pessoas sejam afetadas o menos possível. Apesar de o circuito automóvel existir, a cidade não pára. Temos de ter respostas para as necessidades do evento, em termos de trânsito, e outras para mitigar o transtorno aos cidadãos. Temos de desviar trânsito, encontrar alternativas e trazer alguma normalidade à circulação das pessoas”, apontou.

Sobre os ajuntamentos de público, muito comuns em eventos desta natureza, Mário Pereira garantiu que a Polícia estará presente ao longo de todo o circuito para “dissuadir alguns comportamentos mais agressivos”, muitas vezes associados ao consumo de álcool. “As pessoas estarão, durante o evento, num clima de festa e de euforia, que por vezes dá origem a algum litígio. Por isso, vamos estar presentes ao longo do percurso, primeiro para dissuadir através da presença de agentes no terreno, apostando na prevenção, mas também temos algumas forças capazes de reagir em caso de necessidade e num curto espaço de tempo”, referiu o Comandante, sublinhando que haverá equipas de prevenção, mas também equipas de reação.

Mário Pereira garante, portanto, que “haverá um maior acréscimo de polícias no evento, que será superior ao ano anterior. Para isso, o Comando da PSP de Vila Real vai socorrer-se dos comandos vizinhos de Bragança, Viseu, Braga e Porto. De referir que a PSP estará também atenta ao fenómeno dos “aceleras”, muito comuns nestes eventos, e que têm lugar no final do dia, depois de abertos os acessos ao circuito citadino.

“Estamos a falar de um grande evento automobilístico que vai acontecer em Vila Real e que traz, desde logo, duas grandes preocupações: as questões do trânsito, pelos constrangimentos da pista no decorrer das corridas, e da ordem pública, pela forte mobilização de pessoas durante o fim de semana”, apontou o Comandante Mário Pereira.

O Comandante da PSP afirmou, por fim, que é um parceiro ativo na organização do Circuito Automóvel de Vila Real, estando ao lado da autarquia e da Associação Promotora, para garantir que “o evento tenha o maior sucesso possível, na máxima segurança possível”.

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