EXT... Um dia a evolução não precisará mais de nós

Page 1



EXT...

Um dia, a evolução não precisará mais de nós...



EXT...

Um dia, a evolução não precisará mais de nós...

Anthony Hal


Copyright © Anthony Hal Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma e por qualquer meio mecânico ou eletrônico, inclusive através de fotocópias e de gravações, sem a expressa permissão do autor. Editora Schoba Rua Melvin Jones, 223 - Vila Roma - Salto - São Paulo - Brasil CEP 13321-441 Fone/Fax: +55 (11) 4029.0326 | 4021.9545 E-mail: atendimento@editoraschoba.com.br www.editoraschoba.com.br

CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ H181e Hal, Anthony. EXT... : um dia a evolução não precisará mais de nós... / Anthony Hal. - 1.ed.. - Salto, SP : Schoba, 2012. 204p. : 21 cm ISBN 978-85-8013-183-3 1. Ficção brasileira. 2.Tecnologia e civilização. I. Título. 12-5254. CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3 24.07.12 03.08.12 037637


SUMÁRIO

1. O futuro...............................................................9 2. O mal em todos nós......................................... 31 3. Um passo à frente...........................................41 4. O princípio do fim.............................................49 5. Projeto Lúcifer................................................63 6. Conversas com TLq.........................................73 7. Extinção e recriação.....................................127 8. EXT..................................................................... 133 9. Ordem de execução........................................153 10. Preparativos.................................................. 161 11. O sinal.............................................................177 12. O caos e a promessa de futuro...............187 13. O passado.......................................................195





Capítulo 1 O futuro “Até Deus tem um inferno: é o seu amor pelos homens.” Friedrich Nietzsche

Um dia, no futuro, um homem do futuro estica o seu olhar por sobre a terra. Olhar o mundo, o sol iluminando o mundo, a terra e as poucas plantas que balançam com o vento. Através de uma cerca frágil, em um canto desértico da América do Norte, um homem olha o mundo ao seu redor, o seu mundo. É difícil imaginar que além daquela cerca o mundo natural ainda é o mesmo, o vento, o céu... Mas esse homem sabe que o mundo humano, o que costumava ser o seu mundo, não existe mais. Se ele apenas caminhasse em qualquer direção para além daquela cerca, não sabe o que encontraria, mas certamente não seria mais o mundo no qual ele vivera toda a sua existência. Sentado num canto da cerca, o homem observa, respira e pensa... Ele pensa: como o mundo que conhecia desapareceu para sempre? É claro que os seres humanos já haviam presenciado catástrofes: terremotos, vulcões, tempestades... Mas isso! Mesmo catástrofes históricas, como a gripe de 1918, que afetou todo o planeta, matando milhões, não chegaram a afetar toda a população humana, o horror da morte não tocou cada um dos homens, mulheres e crianças... E agora ele sabe, sabe que talvez seja apenas uma questão de tempo

11


para que todos os seres humanos, humanos como ele, desapareçam... Talvez, para sempre. Ali, sob o sol, agarrado àquela cerca, ele ainda se diverte. De alguma forma, a dor dos últimos dias, o desconforto, o desespero e a solidão fazem-no rir de si mesmo, como uma forma de torpor cínico. Por um instante, ele pensa nos animais conhecidos que desapareceram ao longo da história do planeta, como os dinossauros. Então, ele esforça a mente exausta e imagina como teria pensado o último indivíduo dessas espécies que desapareceram por conta das mudanças que a Terra sofreu. O que teria pensado esse último ser, olhando o sol iluminar o mundo... Imaginando quando seria o seu último e solitário instante de vida? O homem cansado, sentado no deserto, olha ao redor... Ele vê outros fantasmas como ele, todos igualmente distantes, ali, naquele campo de concentração no meio do nada... Mas ele não se importa mais com eles, ninguém parece mais se importar com nada. O homem tenta juntar os fragmentos de memória a respeito dos acontecimentos dos últimos anos e meses, e dos últimos dias daquele mês de novembro... Os acontecimentos que o colocaram ali e terminaram com o mundo ao qual ele pertencia... O futuro que ele vê à frente parece não mais querê-lo, querer os de sua espécie. Agora, essa palavra, espécie, parece tão estranha, soa tão estranha quando aplicada a pessoas como ele... O futuro, o qual ele não tem a menor ideia de como será, está lá, no horizonte. O fato de o sol continuar se erguendo nesse horizonte lhe traz uma triste constatação: independentemente do que aconteça, o mundo natural seguirá seu passo, seguirá seus planos... E agora, sentado ali, ele ri, quase como um sussurro, pensando que agora não somos mais tão especiais... Somos apenas mais uma peça no grande processo que sempre segue... O sol não sabe seu nome nem

12

Anthony Hal


de onde ele veio, o sol não conhece a sua angústia agora, o sol apenas segue... Um dia, no passado, um homem do passado olha uma grande cidade. No topo de um dos prédios mais altos do mundo, ele observa o mar de coisas, de prédios e de ruas que se espalha em todas as direções. “Tudo fervilha, como um câncer que nunca dorme”, pensa ele sobre o que vê. “Um câncer que nunca descansa nem se aquieta”. A tecnologia nos deu isso – ele resmunga consigo mesmo. – Nos deu a possibilidade de dominar, de conquistar a Terra. Mas esse poder não nos fez melhor! Não nos ajudou em nosso caminho para qualquer coisa que poderíamos chamar de futuro. Nesse dia, esse homem descobriu que o mal sobre a Terra, representado pelo próprio ser que deu à existência o senso de moral, e de mal, que nenhum outro animal seria capaz de dar, poderia se tornar imortal. Esse homem, na infância um prodígio, muito além de muitos revelados na história da humanidade. Um homem bom, que tinha uma imensa curiosidade e desejo de fazer coisas boas. Um homem que muito cedo tomou a pequena fortuna que seu pai juntara ao longo da vida e a transformou em um dos maiores impérios tecnológicos e financeiros do mundo. O prodígio muito cedo se apaixonou pelos computadores, pelas máquinas, que em sua infância já dominavam o mundo, que tornavam as coisas cada vez mais rápidas, mais ágeis. Muito cedo ele decidiu que iria se dedicar a essas máquinas, que as entenderia e as faria cada vez melhor... E assim foi. Com trinta anos, o gênio já inventara programas que ajudaram a construir a revolução das máquinas, que as transformariam de computadores de escritórios em sistemas quase conscientes completos, autônomos de diagnósticos médicos, analistas de sistemas de armas cada vez mais fantásticos. No meio de sua vida, esse homem do passado assis-

Um dia a evolução não precisará mais de nós

13


tiu ao que o mundo humano esperava: um aumento fantástico na capacidade das máquinas de computar, de explorar e controlar o mundo. Ele mesmo, um dos maiores criadores do que viria a ser conhecido como computação quântica, o uso de fenômenos da mecânica quântica aplicados a sistemas de processamento e armazenamento de informação, teria um papel chave na mais fantástica das transformações da civilização humana. A nanotecnologia, a descoberta de novos materiais e, acima de tudo, o desenho de sistemas computacionais inteligentes, criados para aproveitar a capacidade computacional que crescia de forma assombrosa, permitiam um horizonte sem limites... Com possibilidades infinitas. E, assim, o futuro parecia brilhante, quando esse homem encontrou alguém que viria a se tornar quase um filho, um filho que ele nunca pôde ter. Esse homem conheceu outra mente tão brilhante quanto a sua, alguém que como ele via o mundo a partir de equações e de maravilhas tecnológicas infinitas. Esse outro gênio tinha sua curiosidade voltada para a biologia, em especial para a neurociência, e em particular para o processo de degeneração da vida, o envelhecimento e a morte. E os dois, uma vez juntos, pensaram em trabalhar para encontrar respostas para perguntas que aos dois pareciam tão importantes, talvez mais importantes do que suas próprias vidas. Se pudessem dar ao mundo essas respostas, pensavam eles, o que lhes importava o dinheiro, o poder que reuniram a partir de seu império conjunto? Assim, esses dois homens almejaram dar ao mundo humano algo mais do que máquinas e conforto, algo maior do que qualquer sonho, o poder de viver cada vez mais, talvez de viver para sempre. Juntando o poder de suas mentes e de seus impérios corporativos, os dois trabalharam no que de mais avançado a ciência poderia oferecer para descobrir como a vida perdia

14

Anthony Hal


seu brilho, como controlar o relógio biológico dos seres vivos, o qual, quando formado, já traz uma medida de duração, que após certo número de cópias começa a produzir erros, degenerando os tecidos e, por fim, trazendo a morte. O homem do passado e seu amigo, juntos, imaginavam poder alcançar algo que mudaria a forma como a humanidade existira até aquele momento. Mas, agora, voltemos ao homem no alto do prédio, no topo do mundo. Ele se lembra de seu amigo, de como construíram juntos um império global, com tanto poder e recursos. Ele criou sistemas inteligentes para governos e exércitos, para corporações que vendiam a possibilidade da continuação da vida para as pessoas, e seu amigo, embora tenha descoberto muitas coisas sobre a vida e a morte, não conseguiu descobrir como impedir que as pessoas morressem, mas descobriu como a nanotecnologia poderia tratar doenças, curar males que pareciam incontroláveis. Não conseguiram curar a morte, mas ao menos conseguiram atrasar a sua chegada para aqueles que podiam pagar bem. O segredo estava em criar sistemas baseados em nanoestruturas, que quando injetados no corpo de alguém agiam como um exército organizado, carregando ferramentas e substâncias diretamente ao alvo de qualquer doença – curando tecidos, destruindo células renegadas, reconstruindo órgãos lentamente. O homem do passado criou os sistemas que controlavam essas micromáquinas, controlando-as por meio de sistemas de organização dos nanobots. Juntos, os nanobots agiam como se fossem uma única mente, senciente, inteligente. Cada nanobot era uma célula de um grande cérebro consciente, que era ensinado a encontrar o problema e curá-lo. Uma vez injetados em um corpo humano, os nanobots passavam a fazer parte dele, podendo eventualmente ser removidos, mas, uma vez lá dentro, as pessoas

Um dia a evolução não precisará mais de nós

15


normalmente aceitavam-nos como se fossem parte de seu organismo – sangue e carne. Mas a imortalidade ainda não estava ao alcance, ainda não. E o jovem amigo do homem do passado, que tanto esperava chegar a esse objetivo, acabara um dia perdendo a vida, de forma terrível. Em um resort, onde estava para descansar com sua esposa, tornou-se uma das vítimas de um atentado terrorista que matou centenas de pessoas. Um ataque com uma arma nuclear de pequeno poder, mas que arrasara parte de uma cidade da Europa. Da segunda metade do século XXI em diante, o mundo fora novamente mergulhado em uma guerra mundial, e todas as atrocidades das guerras dos séculos passados pareceriam ser revividas mais uma vez. Foi quando o homem do passado percebeu que o mundo humano era algo realmente perdido, pelo menos esse mundo que ele conhecera. Viu seu amigo morrer no meio do caos que se seguiu à nova guerra. Nesse tempo, ele descobriu que por mais que lutasse para deixar o mundo melhor, nada parecia realmente mudar, os seres humanos acabariam por arruinar tudo. Apesar da tecnologia que oferecia benefícios, prazeres e conforto jamais sonhados pelo homem, as cidades se tornaram túmulos para os espíritos humanos. Abarrotadas de gente, os bilhões de animais viciados que pareciam cada vez mais perdidos em meio ao caos político e à corrupção moral. O homem do passado sabia disso, mas no começo ele estava tão ocupado com os seus sonhos e seu trabalho que jamais havia parado para pensar no que realmente era esse mundo, do futuro. Mas a morte de seu amigo e o fantasma da guerra, que parecia ser a que por fim encerraria a civilização humana, trouxeram-no de volta a um passado que ele há tanto esquecera. Um passado que ele guardara em seu íntimo para

16

Anthony Hal


proteger sua sanidade, sua crença na vida, no futuro. Com o recrudescimento das guerras do século XXI, o mundo foi mergulhado em uma síndrome da cultura da morte. A qualquer momento um ataque terrorista poderia matar milhões. Depois do primeiro atentado com uma arma nuclear suja, os governos do Ocidente passaram a deixar de lado as prerrogativas constitucionais, e o mundo viu surgir as terríveis ditaduras tecnológicas ocidentais, baseadas no controle e na vigilância das pessoas, de todas as pessoas. O mundo que Orwell imaginou agora era uma realidade ainda mais difícil, pois muitos que nasceram depois do caos das guerras jamais haviam conhecido a liberdade das democracias, e então apenas mergulhavam no ansioso culto ao consumo, consumo das maravilhas tecnológicas, para esquecer a realidade monstruosa. Novos vícios se juntaram aos antigos, e a humanidade parecia retroceder ainda mais em direção ao primata ancestral. Em meio ao crescimento da tecnologia, e do controle, isso parecia um paradoxo, triste, mas real. A tecnologia, com seu aumento exponencial, não nos permitiu evoluir para algo melhor, apenas nos deu o poder de potencializar os impulsos primitivos que ainda carregamos. A velocidade estonteante da tecnologia deu ao macaco, recém-saído da selva, as armas de destruição e controle mais poderosas que ele jamais poderia sonhar. Daquela forma, nesse dia, olhando a grande cidade, suas luzes ao anoitecer, a poluição e o barulho que pareciam nunca cessar, o homem do passado chorou, chorou talvez pela primeira vez de uma forma que não chorava desde que era criança. Chorou de raiva, e deixou que essa raiva o aliviasse de toda a dor que sentia. Gritou contra o mundo, e jurou destruir esse mundo. Perdeu o controle, como um animal ferido, na escuridão. Nessa noite, juntando todos os pedaços de sua vida, e

Um dia a evolução não precisará mais de nós

17


da vida e dos sonhos de seu amigo morto, ele decidiu fazer uma coisa. Talvez, a coisa mais fantástica e terrível que um homem já tenha feito na Terra. Algo que ele ainda não sabia como iria concluir, mas que iria mudar o mundo ao qual ele abandonou para sempre nesse dia. Um mundo no qual ele perdera toda a sua fé. Mas, ao final de sua jornada, ele reconheceria que o que lhe acontecera, assim como outros eventos na história humana, talvez fizesse parte do curso das coisas, das coisas que seguem um rumo definido. Nessa noite, ele decidiu fazer pelo mundo o que nem todos os santos e demônios poderiam fazer. E assim, após ficar exausto, ele decidiu que amanhã seria o primeiro dia de um plano que ele construiria, e que iria para sempre mudar o mundo humano. “Na verdade”, pensou o homem do passado, “olhando a história humana é possível perceber que nunca houve avanço na conduta humana; as guerras, os horrores dos conflitos religiosos, étnicos e políticos parecem uma constante. Como todos os historiadores já afirmaram, apenas os meios de opressão e de destruição se alteraram à medida que a tecnologia avançava. O macaco ainda parece ser o mesmo, apenas tem meios mais terríveis de conduzir os seus desejos e malignidades”... Mas o que teria feito aquele homem chorar e tomar a sua decisão em meio à maior angústia que talvez um ser humano já tenha sentido? Cruzando o Atlântico, além da atmosfera, em um veículo de transporte orbital de velocidade hipersônica, três dias antes do dia de sua decisão, o homem do passado se preparou para mais uma maldita reunião de negócios com outros líderes de corporações. Mais uma reunião secreta, em que corruptos e viciados que detinham o poder iriam tramar como conduzir os governos que mantinham sobre suas

18

Anthony Hal


ordens para lucrar mais, para conseguir mais do poder que achavam que jamais seria o bastante. O homem do passado, àquela altura com quarenta anos, já era um velho cansado e oprimido pelo mundo que um dia o deslumbrara quando construíra seu império. Aos poucos, algo nele mudou, algo o transformou. Além disso, o convívio com o poder trouxe a doença do poder, falar e lidar com pessoas as quais desprezava profundamente... Mas o que ele poderia fazer?, pensou durante anos desde o seu lento despertar. Pensou em doar toda a riqueza que tinha para ajudar a outros, pensou em destruir pessoas importantes para mostrar ao mundo quem eram... Mas, aos poucos, percebeu que nada disso mudaria o curso do futuro... Coisas como essas já haviam sido feitas por outras pessoas... Mas nada mudara... O homem do passado pensou em desistir da vida, em destruir o mundo. Ele poderia fazer isso usando os meios que possuía; seu império fantástico, seu poder. Suas corporações, assim como outras poucas, detinham mais poder do que a maioria dos governos, ditos soberanos, do planeta... Ele poderia simular um atentado terrível em vários locais do mundo simultaneamente, e assim criar o caos que desabaria em uma guerra final que destruiria toda a imundície que ele passara a odiar... Poderia criar um supervírus e destruir a civilização, quebrá-la de modo irreversível... Sim, com seu poder, com seu império tecnológico, ele poderia, e até se surpreendia como até o momento nenhum grupo ou pessoa com poder similar o houvesse feito... Mas, então, esse homem do passado colocava as mãos no rosto, e pensava. Pensava nas crianças... Em todos os pequenos que existiam no mundo, como pequenas apostas, como pequenas chances de que coisas boas pudessem acontecer, nas maravilhas que poderiam se tornar um dia... Ele próprio um dia fora uma criança, amada e protegida por seus pais, que lhe ensinaram

Um dia a evolução não precisará mais de nós

19


coisas boas e permitiram que crescesse e criasse tantas coisas... Então, o homem do passado chorava, mais uma vez, e esquecia seus planos de loucura e vingança, por mais um pouco, por mais um dia... E ele sentia essa angústia que a tantos homens atormentou ao longo da trágica história humana, que a tantos homens fez enlouquecer e ferir, que a tantos fez lutar sem cessar. Como encontrar um meio de curar o mundo do mal? Como? Como fazê-lo? Qual o caminho? Ele sabia que não haveria como separar o bem do mal, como diferenciar os que trariam beleza e maravilha ao mundo e os que apenas trariam a maldade, a escuridão... Como? Então, naquele dia que antecedeu o seu abismo, o homem estava em um dos maiores hotéis do mundo, após cruzar o Atlântico em poucos minutos, e ali iria se reunir com um grupo de pessoas que representavam corporações de um governo que secretamente gostaria de contratar o seu império tecnológico para desenvolver um projeto novo e muito especial. Tudo parecia apenas mais uma reunião infame, em que corruptos tentam construir planos para manipular a vida das pessoas para obter mais poder. No início, as pessoas naquela reunião pareciam um tanto desconfortáveis, mas o homem as deixou à vontade, ele já havia feito isso tantas vezes: jogar o seu jogo, obter seu dinheiro, com o qual ele podia construir seus planos e ajudar outros pelo mundo. Era isso o que ele podia fazer, como uma vingança parcial, pouco eficaz, mas ele fazia. Então, aquelas pessoas, de forma muito nervosa, foram direto ao assunto: elas queriam que o homem do passado aplicasse os resultados das últimas pesquisas que realizara, junto com seu amigo morto há pouco tempo, em nanotecnologia e bioengenharia, para criar um novo tipo de ser humano! Era isso. Elas nem sequer piscaram quando jogaram as

20

Anthony Hal


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.