Retalhos de audácia e fé

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Retalhos de audácia e fé A presença Imeldina no Brasil



RETALHOS DE AUDÁCIA E FÉ A presença Imeldina no Brasil

ALMEIDA, Argemiro F.; ZANDONADI, Ir. Ângela


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CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Sindicato Nacional dos Editores De Livros, RJ Z31r Zandonadi, Ângela Retalhos da audácia e fé : presença imeldina no Brasil / Ângela Zandonadi & Argemiro Ferreira de Almeida. - 1.ed. - Salto, SP : Schoba, 2012. 248 p. ISBN 978-85-8013-167-3 1. Missionárias - História. 2. Missões. 3. Fé. 4. Igreja Católica. I. Almeida, Argemiro Ferreira de. II. Título. 12-4198. CDD: 266 CDU: 27-76-051 20.06.12 02.07.12

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Sumário

Apresentação ...........................................................7 Prefácio..................................................................13 Introdução.............................................................17

Primeira Parte UV I. Uma porta de entrada e saída...........................25 II. Preâmbulo da missão.........................................55 III. Narrativas e experiências do cotidiano: as primeiras irmãs no além-mar...........................71 IV. Missão das irmãs Imeldinas no Brasil, zelo e confiança....................................................93 V. As primeiras aquisições e construções de casas: missão das Irmãs Imeldinas no Brasil.................137


Segunda Parte UV VI. Da missão às primeiras fundações das Imeldinas no Brasil.............................................151 VII. O pouco com deus é muito, teimosia e fé.........................................................161 VIII. Consolidação da delegação geral ����������173 IX. Consolidação da província brasileira �������201 X. Um olhar para o futuro, vida religiosa na contemporaneidade.......................................227 Considerações finais...........................................237 Referências bibliográficas................................241 Outros documentos............................................243


APRESENTAÇÃO

Ir. Maria da Glória Inácio – Provincial Eu sou a verdadeira videira... Permanecei em mim, como eu em vós... Fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes fruto E para que o vosso fruto permaneça. (1Jo 15, 1.4.16)

Este livro, Retalhos de audácia e fé: A presença Imeldina no Brasil, da Irmã Ângela Zandonadi e Argemiro Ferreira de Almeida é uma resposta ao pedido do VII Capítulo Provincial do ano de 2005 da Província Nossa Senhora do Rosário, com extensão na Bolívia e no México, da Congregação das Irmãs Dominicanas da Beata Imelda. Naquele momento, as irmãs sentiram a necessidade de resgatar a história da Congregação, a começar pela Província do Brasil, na sua dimensão feminina (cf. Objetivo Específico n. 3 – Atos do Capítulo de 2005). Elaborar esta “história”, ou melhor, tecer a história das Irmãs brasileiras e italianas, desde o início da missão em terras brasileiras, não foi um projeto simples. Isto porque resgatar a vida, acontecimentos, expe9


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riências dessas corajosas irmãs no princípio da missão constituiu uma tarefa de busca de muitos fatos que não foram registrados. A tomar pelo conteúdo da obra, certamente os autores se dedicaram à pesquisa de cartas manuscritas que, muitas vezes, se apresentavam envelhecidas pelo tempo e quase ilegíveis; como também, da pesquisa aprimorada aos arquivos gerais e provinciais da Congregação a fim de tornar vivo o testemunho dessas irmãs missionárias. E, por fim, eles se valeram dos acervos dos Frades Dominicanos, os quais participaram ativamente da construção dessa história. Essa busca de fatos, experiências que marcaram a vida missionária dessas irmãs, bem como o início do trabalho apostólico e, ainda, o surgimento das diversas comunidades foram permeados de doação e estudo, por parte dos autores e de seus “colaboradores”. Desde o princípio do estudo, os autores perceberam que as irmãs missionárias se dedicaram totalmente aos irmãos, assumindo grandes sacrifícios em prol do cultivo de novas vocações, ao mesmo tempo em que testemunhavam um amor ardente pela missão. Nota-se nesta obra que os autores, numa linguagem simples e direta, apresentam as várias experiências de pobreza, de apostolado e de vida comunitária, vividas pelas irmãs, sobretudo, nos primeiros anos da missão. Num modo prazeroso, dinâmico e vivo, eles nos remetem ao além-mar da viagem das oito primeiras irmãs missionárias que vieram para o Brasil. Tudo isso sem deixar de marcar o testemunho de vida eucarística

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transmitido pelas missionárias: Irmã Angélica Bizzarri; Irmã Giovannina Marchetto; Irmã Eufêmia Malagoli; Irmã Diana Chinellato; Irmã Francesca Cristófori; Irmã Alberta Picoli; Irmã Gioconda Roncolato e Irmã Vitória Lazzari; desde quando saíram de Veneza, em novembro de 1946. É interessante observar, ainda, como os autores fazem questão de mostrar que a história é tecida com “fragmentos” e “retalhos” de experiências, às vezes, bucólicas, sofridas, alegres, inexplicáveis até..., ou seja, porque cada “fato”, “experiência” são vidas doadas do “ontem” para a construção da história do “hoje”, e por que não do “futuro”. O livro compõe-se de dez capítulos que fazem a tessitura da história da Província brasileira Nossa Senhora do Rosário. Assim, ele é uma narrativa que apresenta um texto aberto, porque o viés adotado para se contar esta história foi o do Carisma. E, como bem sabemos, a dimensão carismática de uma Congregação religiosa é sempre dinâmica. Na história da Província, houve algumas tentativas de resgatar a memória e registrar a história. Em 1981, Irmã Catarina Roder, após uma aprimorada pesquisa, narrou a história das duas comunidades de Santa Cruz do Rio Pardo (primeiras comunidades constituídas na Província brasileira). Agora, atendendo ao pedido do VII Capítulo Provincial de 2005, Irmã Ângela e Argemiro relatam neste belíssimo livro a história das primeiras oito missionárias que vieram de Veneza – Itália – para o Brasil, com o objetivo de realizarem, neste país, um

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trabalho de evangelização. O livro nos apresenta não só o início desta história, mas narra também os primórdios da fundação da Congregação Dominicana Imeldina no Brasil, que se deu no período do pós-guerra, em 1946; as primeiras comunidades que se constituíram em vários Estados do Brasil e a inserção cultural dessas irmãs nos diferentes lugares; e, por fim, a consolidação da Congregação em terras brasileiras e a difusão do carisma eucarístico. Vale destacar, contudo, que esta história não termina aqui... nós, leitores, podemos dar continuidade a esta tessitura... construção histórica de vida eucarística. Outro elemento a mencionar desta obra é a sensibilidade dos autores em resgatar fatos cotidianos vividos pelas irmãs e, ao mesmo tempo, apresentar de forma crítica as várias testemunhas que atestaram como as irmãs missionárias viveram com alegria, generosidade e entusiasmo apostólico o dom da vocação imeldina. Portanto, ler o livro Retalhos de audácia e fé: A presença Imeldina no Brasil foi uma oportunidade única de adentrar na história missionária das Irmãs Dominicanas da Beata Imelda, em terras brasileiras, de maneira sistematizada, leve, dinâmica e aberta. Nada mais valioso do que recontar uma história e resgatá-la com uma linguagem escrita, dando oportunidade àqueles que não viveram de perto os fatos, as experiências narradas, mas que, pelo universo da leitura, podem conhecer e amar a vida testemunhada pelos protagonistas desta mesma história narrada.

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Enfim, vimos nesta obra um resgate de parte da história das Imeldinas no Brasil, através de cartas, documentos e depoimentos de pessoas leigas e de irmãs que viveram próximas a essas primeiras oito irmãs missionárias e das outras que vieram depois. Verdadeiramente, notamos nessas irmãs missionárias uma vida consagrada vivida na fraternidade, na oração, na simplicidade e na alegria de viver a missão com entusiasmo e no amor gratuito a Deus e aos irmãos, difundindo, assim, o Reino Eucarístico.

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PREFÁCIO

Cicilia M. Krohling Peruzzo O esforço do registro de acontecimentos, experiências e trajetórias, sejam eles pessoais ou institucionais, traz sempre uma contribuição para a sociedade. A razão é que alguns deles não vão para os registros que se tornam oficiais, a não ser que seja pela iniciativa de seus protagonistas. É o caso deste livro, Retalhos de audácia e fé: A presença Imeldina no Brasil, de autoria de Argemiro F. Almeida e da Irmã Ângela Zandonadi, que recupera documentos das pioneiras da Congregação das Irmãs Dominicanas da Beata Imelda e tece parte de sua história. As irmãs Imeldinas iniciaram sua caminhada no Brasil em 1946, ano em que oito irmãs desembarcam no porto de Santos, Estado de São Paulo, procedentes: de Veneza, onde a congregação mantinha sua casa mãe, sob o patrocínio dos padres dominicanos da Província Lombarda, Bolonha-Itália. Porém, a decisão de abrir uma casa no país fora tomada ainda em 1941. Mas em meio à Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o início dos trabalhos em terras brasileiras teve que esperar até o 15


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fim do confronto militar. A missão brasileira das dominicanas Imeldinas chega ao país, ao contrário dos planos originais, como o de atuar na catequização de “índios infiéis” e enfrentar feras e serpentes em florestas de Goiás, região CentroOeste do Brasil, acaba em Santa Cruz do Rio Pardo, Estado de São Paulo, por acordo com os padres Dominicanos. Enfim, foram viver em realidade bastante diferente e trabalhar em hospitais, embora não tivessem especialização na área da saúde. Sem falar português, algo comum naquela época aos missionários estrangeiros, bem como passando dificuldades de toda espécie, como pobreza, solidão e falta de conhecimento da cultura local, pouco a pouco se adaptam ao clima tropical e conseguem viver o carisma dominicano imeldino, ou seja, pregar o evangelho em nome do amor a Jesus Cristo. Os autores deste livro resgatam o percurso de dificuldades enfrentadas pelas bravas irmãs que partiram bem-intencionadas da Itália, mas demoraram em poder se dedicar na linha do carisma com o qual se identificaram na vida religiosa. Porém, fiéis aos ensinamentos de São Domingos, inspirador da Ordem dos Dominicanos e do padre Giocondo Pio Lorgna, fundador da Congregação das Irmãs da Beata Imelda, acabam por desenvolver suas atividades missionárias de evangelização em comunidades, obras sociais e em pastorais da Igreja Católica. De Santa Cruz do Rio Pardo, interior do Estado de São Paulo, se espalham para outras cidades e

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regiões do país, como Cornélio Procópio e Curitiba, no Estado do Paraná e, na capital paulista, onde formaram suas comunidades em Jardim Paulista (Pinheiros), Parque Peruche e Itaquera, além de Caldas Novas e, na periferia de Goiânia, Estado de Goiás, entre outras. A congregação cresceu tanto com a adesão de irmãs brasileiras que em 1976 já se constituiu como Província denominada Nossa Senhora do Rosário. A experiência brasileira das Irmãs Imeldinas é um exemplo de fé, abnegação, persistência e compromisso com o outro, valores que as fizeram sair do conforto de sua casa-sede, na Itália, e que as mantiveram unidas e dispostas a trilhar por caminhos seguidos por outras brasileiras, igualmente guerreiras e imbuídas no propósito de colaborar com o próximo e assim ajudar na construção de um mundo mais justo.

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INTRODUÇÃO

Em comemoração aos decênios da chegada do primeiro grupo das missionárias Imeldinas, apelido das Irmãs Dominicanas da Bem-aventurada Imelda, tornouse tradição reunir fatos, fotos, notícias das atividades, das obras e da missão das irmãs em um opúsculo bastante simples. Assim, ao longo dos anos reuniram-se vários opúsculos. A ideia de juntar os conteúdos em um único livro surgiu de uma das reuniões das irmãs da Província. Brotou também do anseio de conhecer a trajetória da missão brasileira desde a sua preparação na Itália até os nossos dias. Isso porque o olhar para trás favorece o entendimento do hoje e dá ânimo para o amanhã. Acrescenta-se a isso o desejo de apresentar um exemplo de coragem e audácia não só aos membros da família imeldiana presentes e futuros, mas também a homens e mulheres que buscam na eucaristia o movente de suas vidas. Sem o impulso e energia interna produzida pelo Pão descido do céu, Jesus Eucarístico, essas mulheres não teriam transposto tantos obstáculos e atraído tantas outras a trilharem o caminho por elas percorrido. Ao juntar os fragmentos e tecer a história, o carisma 19


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constituiu o elemento unificador que impregnou toda a narrativa que compõe a obra. Esta nem sempre observou a ordem cronológica dos fatos, contudo o leitor vai perceber que até o final o todo está bem articulado. As digressões servem para levar aquele que lê a provar com maior intensidade os sentimentos de quem viveu a experiência em primeira pessoa. Com tal objetivo tomamse emprestados versos do poeta, as palavras do narrador, as máximas do sábio e do pensador, assim como os ensinamentos da Sagrada Escritura. Essas mediações querem também tornar mais leve e agradável a leitura e fazer que a história não seja apenas uma organização cronológica dos fatos, mas a revelação da alma e do espírito de quem a fez e a viveu. A etapa da pesquisa foi longa e difícil, seja pela carência de fontes, seja porque estas se apresentam, às vezes, fragmentadas em fotocópias envelhecidas e apagadas pelo tempo. As cartas encontravam-se, na maioria das vezes, manuscritas e de difícil leitura. Para a elaboração de uma obra mais completa será necessário uma busca aprimorada nos arquivos gerais e provinciais, como também nos acervos dos padres dominicanos, já que também eles tomaram parte ativa nessa história. A obra está organizada em duas partes e estruturada em dez capítulos. A primeira é dedicada a uma abordagem histórica, localizando no tempo e no espaço a congregação imeldina. A segunda parte busca ressaltar a consolidação da missão no Brasil numa perspectiva de enculturação e inserção em diferentes frontes por

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meio de uma ação evangélica caracterizada por gestos de audácia, coragem, fé, teimosia, confiança e desprendimento. Uma porta de entrada e saída é o primeiro capítulo que situa historicamente o surgimento da Congregação das Irmãs Dominicanas da Beata Imelda com o enfoque no carisma – cujas bases remontam à profunda experiência de Deus feita pelo fundador da Congregação, o Padre Giocondo Pio Lorgna – e apresenta como o desejo de se fazer uma missão no Brasil esteve presente desde o início da criação da Congregação. O segundo capítulo – Preâmbulo da missão – põe o leitor em contato com uma parte do cotidiano vivido pelas primeiras irmãs que vieram da Itália para a missão em terras brasileiras. Essa aproximação se dá, basicamente, a partir da releitura dos seus escritos, nos quais encontramos como se deram os preparativos que antecederam a viagem, as preocupações e a longa espera. Narrativas e experiências do cotidiano: as primeiras irmãs no além-mar é o terceiro capítulo cujo foco recai sobre as emoções e sentimentos no momento da partida, a expectativa da chegada, a rotina da viagem, as amizades e o companheirismo de quem se encontrava nas mesmas condições. O quarto capítulo – Missão das irmãs Imeldinas no Brasil, zelo e confiança – retoma alguns aspectos da vida do Padre Giocondo, com o objetivo de acentuar o carisma da Congregação. E é por meio dele que se busca compreender as ações das irmãs: o trabalho de evangelização desempenhado nas comunidades,

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nos projetos e nas obras sociais. Apresenta a missão brasileira, o desenrolar das atividades missionárias, a superação dos desafios enfrentados, as primeiras vocações que surgiram em terras de missão e as primeiras aquisições e as construções de casas pertencentes à Congregação. Há também um resgate histórico a partir de fragmentos textuais e da memória de irmãs que de alguma forma estiveram envolvidas com o processo. O quinto capítulo – As primeiras aquisições e construções de casas – Missão das Irmãs Imeldinas no Brasil contextualiza o carisma imeldino na Igreja Católica que prioriza o culto eucarístico sobre o qual se alicerça toda a espiritualidade da Irmã Dominicana da Beata Imelda cuja missão toma uma fisionomia própria, percebida por várias testemunhas nas suas vidas e nas fundações. Da missão às primeiras fundações das Imeldinas no Brasil é o capítulo sexto compilado a partir de relatos oral e escrito de pessoas que compartilharam com as irmãs dificuldades, desafios e, que de qualquer modo, as ajudaram superar obstáculos que em princípio se apresentavam intransponíveis. O capítulo sétimo – O pouco com Deus é muito, teimosia e fé proporciona ao leitor um olhar que provoca admiração e simpatia por mulheres aparentemente frágeis e carecentes de recursos financeiros, mas que com a força da fé e a coragem conseguem transpor tamanhas dificuldades. O capítulo oitavo – Consolidação da Delegação geral traz em síntese o processo que desencadeou na instalação da Província brasileira, elencando as irmãs que estiveram

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à frente da missão enquanto Delegação e as aberturas das casas, inclusive as que foram fechadas ao longo da história. Consolidação da Província brasileira é o nono capítulo, onde se encontra um breve relato da fundação das casas e da missão já como Província Nossa Senhora do Rosário e, em síntese, as celebrações dos Capítulos Provinciais. Um olhar para o futuro, vida religiosa na contemporaneidade é o capítulo dez que faz uma reflexão a partir da vida religiosa hoje, das possibilidades atuais da província, da exigência de atualizar o carisma, dos sinais dos tempos, de encontrar novos modos de evangelizar, na certeza da presença do Senhor na obra por ele iniciada.

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