Five Stars

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FIVE STARS Trinta Anos Uma famĂ­lia cinco estrelas!



Osvaldo Silva Figueiredo

FIVE STARS Trinta Anos Uma famĂ­lia cinco estrelas!


Copyright © Osvaldo Silva Figueiredo Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma e por qualquer meio mecânico ou eletrônico, inclusive através de fotocópias e de gravações, sem a expressa permissão do autor. Todo o conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do autor. Editora Schoba Rua Melvin Jones, 223 - Vila Roma - Salto - São Paulo - Brasil CEP 13321-441 Fone/Fax: +55 (11) 4029.0326 | 4021.9545 E-mail: atendimento@editoraschoba.com.br www.editoraschoba.com.br CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ F491f Figueiredo, Osvaldo Silva Five stars : trinta anos : uma família cinco estrelas! / Osvaldo Silva Figueiredo. - Salto, SP : Schoba, 2013. 128 p. : il. ; 21 cm ISBN 978-85-8013-247-2 1. Romance brasileiro I. Título. 13-1891. CDD: 869.93 CDU: 869.134.3(81)-3 25.03.13 27.03.13

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Sumรกrio



Mudanças..............................................................11 Prefácio.................................................................15 Namoro e Preparação para o Casamento........21 Noivado..................................................................27 Casamento............................................................31 Star One (Primeira estrela).............................39 Filhos.....................................................................43 Star Two (Duas estrelas)...................................49 Star Three (Três estrelas).................................57 Tempo.....................................................................61 Casamento em Crise............................................65 Alegria e Tristeza...............................................71 Star Four (Quatro estrelas).............................75 Mas o pior estava por vir. “O que é ruim pode ficar pior.”...........................79 “Enquanto as coisas não mudam, não perca o amor próprio.”.................................85 30 Anos...................................................................93 Mantenha seu Casamento.................................99 Trinta Anos de Conquista................................109 Fim........................................................................121



E

ste livro é dedicado a todos os casados que preservam a constituição familiar, a união matrimonial e a arte de ser pai ou mãe.

A todos que são namorados ou noivos e almejam o casamento, que passam pela insegurança do mundo moderno e pela expectativa da resposta à pergunta: será que vai dar certo? A todos que, por ora, escolheram o estado de solteiro, mas olham para o casamento como uma opção para o futuro. Porém, dedico este livro especialmente à minha esposa, que junto comigo formou esta constelação de five star, a quem carinhosamente chamo de Preta, meu grande amor.

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Mudanรงas



Hoje para você talvez eu seja um homem sem mistério e sem encanto, mas sou ainda aquele que deseja vê-la feliz e evitar-lhe o pranto. Hoje a vida a meu lado é rotina? Parece-lhe sem um horizonte qualquer? Mas o amor que dei à moça-menina é o mesmo que sinto por minha mulher! Nossa vida não foi só venturosa, foi uma luta inglória e rude, não lhe trouxe um mar de rosas, no entanto, fiz o melhor que pude. Esvaíram-se tantos sonhos, a mocidade, o tempo nos modificou lentamente, eu vejo... Porém, eu sinto que, apesar da idade, resistiram ao tempo o amor, o desejo e a esperança.

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Prefรกcio



E

u e minha esposa somos de uma família que, em relação ao casamento, não tivemos um bom exemplo. Diria que a preocupação primária dos nossos pais era fazer filhos, e não treiná-los para o futuro. Então, não tivemos muita base no âmbito familiar; foi preciso estabelecer a nossa própria base para termos um matrimônio sólido. Embora nossa vida matrimonial e familiar não seja perfeita, posso afirmar que a experiência vivida nesses 30 anos tem sido gratificante e feliz. Eu diria que o casamento trouxe de fato um complemento para a minha vida: minha amada esposa. “Ainda temos nos empenhado em aplicar valores e princípios ao nosso casamento.”

[...]

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Era 1978, ano de Copa do Mundo, a Argentina seria a campeã, e o Brasil teria seu último presidente da era da ditadura. Eu estava pouco ligando para isso tudo. Nos meus 14 anos de idade, sentia uma sensação agradável de felicidade. Era meu último ano de ginásio, cursava a oitava série, quando entrou na sala uma garota que passou a ser a mulher da minha vida. Evidente que naquela ocasião, com tão pouca idade, não teriam peso essas palavras. Ela vestia um agasalho de educação física azul marinho com listras brancas, que, na época, poucos podiam ter. Isso logo gerou um apelido, dado pelo pessoal da sala: Cocotinha. Significado de “cocotinha”: garota delicada, bonitinha, gostosinha. Gíria usada na década de 70. Fiquei muito surpreso ao vê-la, pois essa menina morava do outro lado rua, era minha vizinha. Naquela época, a minha casa às vezes parecia um parque de diversões. Ligávamos a vitrola e colocávamos um LP num volume tão alto que a maioria dos vizinhos podia escutar nossa música. Lembro-me que, da minha casa, via essa menina, juntamente com suas primas, dançar no quintal, enquanto nosso som tocava do outro lado da rua. Achava-a bem mais alta e mais velha do que eu. Mas agora, na sala de aula, ali na minha frente, não 20


parecia haver diferença, a não ser no tamanho, ela era, de fato, bem mais alta que eu. Isso se deu porque as meninas se desenvolvem mais rápido que os meninos, mas essas diferenças costumam acabar perto dos 18 ou 19 anos de idade. Não sabia seu nome, até a professora fazer a chamada. Devido à perda da mãe, ela foi morar com a sua tia, que estava há pouco tempo no bairro. Naquela ocasião, eu trabalhava de estoquista numa loja de bolsas, e ela trabalhava como empregada numa residência da cidade. Estudávamos à noite, e praticamente saíamos do trabalho direto para a escola. Como morávamos na mesma rua, não demorou muito para logo passarmos a fazer companhia um para o outro na volta das aulas. Certo dia, ela me ofereceu um Halls Mentholyptus. Descobri assim o drops que ela mais gostava. Acho que nunca dei tantos Halls Mentho-lyptus para alguém como dei a ela. Acho até que ela enjoou de tanto Halls. Nossa formatura ginasial foi em 1978, e quantas coisas vivemos juntos desde então!

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Namoro e Preparação para o Casamento



É

normal sentir o desejo de namorar e encontrar a pessoa adequada. Não importa quanto tempo tenha de esperar, não se desespere. Confie, pois, no tempo certo, irá encontrar seu príncipe ou princesa. No meu caso, tive a felicidade de acertar de primeira, mas namoro assim é raro dar certo. Se receber uma proposta de namoro de alguém com comportamento duvidoso, não olhe para sua aparência ou situação financeira. Lembre-se de que a má escolha pode causar muito mais dor que a solidão e criar feridas difíceis de tratar, ou deixar cicatrizes por toda a vida. Muitos jovens se tornam adultos frustrados no casamento por fazer do namoro uma ocasião de prazer imediato, em especial no que diz respeito ao relacionamento sexual. O resultado é infelicidade, casamentos despreparados, filhos criados sem pais, mulheres abandonadas, isso sem falar em casos de doenças. O namoro serve 25


para ajustar suas expectativas quanto ao futuro. Os namorados talvez encarem seu amor como uma garantia de suprema felicidade, muitas vezes, levados por sonhos e fantasias, não se preparam para as dificuldades que o futuro com certeza trará. O namoro serve para dialogar, fazer planos juntos, conhecer as personalidades, os gostos, hábitos e costumes, a família, serve para conhecer as diferenças em questões importantes, por exemplo: como usar o dinheiro, como usar o tempo de lazer, onde morar, com que frequência visitar a família. Todos temos falhas na personalidade que podem irritar o outro. É fácil dar pouca importância a esses assuntos, mas no futuro, quando casados, gera uma forte pressão no casamento. Por usar o namoro como ocasião de diálogo e conversas francas, o casal de namorados irá resolver áreas de conflitos antes de se casar, e não será cegado pela paixão. Após o casamento, muitas esposas dedicam mais tempo às amigas, e os maridos, aos passatempos e esportes, do que um ao outro. O meu namoro foi assim. Foi um desafio pedi-la em namoro. A princípio, falei com a tia e o tio dela, descobri então que o irmão mais velho também morava com os tios, com quem 26


também tive que falar. Ele nunca foi meu fã. Tentando me desestimular, recomendou que fosse até a cidade vizinha falar com seu pai. Foi o que eu fiz, e valeu a pena, tive a permissão dele para o namoro. Ali conheci sua irmã e seus dois outros irmãos. Meu sogro morava em um cômodo apertado, com três filhos, numa vida difícil, então entendi por que ela foi morar com os tios. Lembro-me de ter ficado até tarde na casa de seu pai, e ficamos preocupados em voltar devido ao horário, mas, para impressioná-la, decidi pegar um táxi. Realmente eu a impressionei, não tinha dinheiro suficiente para pagar a viagem. Então ela pagou. Que alívio! Os familiares achavam que era um namoro passageiro, eu era apenas um garoto. Atualmente, minha esposa tem 1,52 m de altura, na verdade, já tinha essa altura naquela ocasião, sem contar o salto alto. Eu era magro, quase esquelético, e bem menor que ela. No ano de 1979, seus tios mudaram sua residência para outra cidade, longe de casa. Uma ocasião difícil, pois ela saiu pela manhã para trabalhar e, quando chegou, descobriu que eles tinham se mudado. Mesmo assim continuamos o namoro. Eu trabalhava em uma oficina mecânica, e ela, em uma loja de tecidos, tradicional na cidade. Conheci 27


naquele ano sua irmã, mais velha por parte de mãe, que imediatamente tratou de aconselhá-la a encerrar o namoro. Sendo mais velha e tendo uma carreira como modelo, bem sucedida financeiramente, parecia que seria o melhor a fazer. “Ainda bem que ela não pensou assim.” Embora jovem, eu tinha uma boa cabeça, diria que, na ocasião, era muito responsável para minha pouca idade. Nosso namoro consistia em visitar seu pai e seus irmãos, às vezes, íamos visitar minha avó. Numa dessas vezes, lembro-me de ter questionado a ela por que não voltava a morar com seu pai e irmãos. Poderia, assim, ajudá-los, visto que passavam por dificuldades. Foi o que ela fez, no final de 1980, uma sábia decisão. Uniu a família, com exceção de seu irmão e irmã mais velhos. No início foi difícil, pois somente ela estava empregada, mas logo todos conseguiram um emprego. Era ano de 1981, quando novamente ela voltou a ser minha vizinha, dessa vez com seu pai, sua irmã e seus dois irmãos. Ela se tornou esteio da família, melhorando a qualidade de vida de todos.

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Noivado



S

egui o protocolo, conversei com o pai dela e pedi sua mão. Ele concedeu. No mesmo ano, reunimos a família na casa do meu avô, e ficamos noivos, com planos definidos para o casamento. Foi a primeira vez em que vesti um terno. Foi uma noite de muita alegria, mas também de medo e preocupação. O motivo foi que o ex-namorado de minha irmã apareceu, e o atual namorado dela não ficou contente com isso. Os dois iniciaram uma briga, que terminou em tiroteio. Ainda bem que ninguém saiu ferido. No entanto, passamos a pensar que não deveríamos compartilhar nossa alegria oferecendo uma festa de casamento. Deixando de lado o incidente, foi maravilhoso ver nossas famílias felizes com a decisão que tomamos. Ela, então, trabalhava como atendente em uma grande cooperativa de consumo, e eu, em uma rede de atacadista. Quando me formei, não demorou muito 31


para eu conseguir um excelente emprego em uma metalúrgica multinacional, e logo compramos os móveis para nossa nova casa. Ela conseguiu sozinha fazer um lindo enxoval. Não foi fácil, visto que ela tinha que tomar as principais decisões em sua casa, e isso a mantinha ocupada. Durante o período de noivado, encontramos algo que fortaleceu ainda mais nossa relação. Queríamos estabelecer um padrão de vida diferente do que recebemos de nossos pais. Passamos, então, a aprender juntos valores sobre a vida, a família, o casamento e os filhos. Encontramos orientações práticas na Bíblia, a palavra de Deus. Percebemos que cada um de nós era uma estrela em formação. “As estrelas são corpos celestes que possuem luz própria.” Foi como se tivéssemos começado a brilhar com luz própria, com um objetivo. No dia 24 de setembro de 1983, decidimos brilhar juntos, e nos casamos.

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Casamento



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