Quando Duas Paralelas se Encontram

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QUAND O DUAS PAR ALELAS SE E NC ONT R AM

Versos de amor



Marcos Almeida

QUAN DO DUAS PAR A LELA S SE ENCONTRA M Versos de Amor


copyright © Marcos Almeida Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma e por qualquer meio mecânico ou eletrônico, inclusive através de fotocópias e de gravações, sem a expressa permissão do autor. Todo o conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do autor. Editora Schoba Rua Melvin Jones, 223 - Vila Roma - Salto - São Paulo - Brasil CEP 13321-441 Fone/Fax: +55 (11) 4029.0326 | 4021.9545 E-mail: atendimento@editoraschoba.com.br www.editoraschoba.com.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057 Almeida, Marcos Quando duas paralelas se encontram : versos de amor / Marcos Almeida. -- São Paulo : Schoba, 2012. 216 p. ISBN 978-85-8013-213-7 1. Poesia 2. Amor 3. Poema I. Título 12-0404

CDU 82-1 CDD 869.0 Índices para catálogo sistemático: 1. Poesia


Dedicatória

Para Luis Fernando, carinhosamente Bitá, meu irmãozinho, que também gostará de poesia. Para meu pai Almeida (In Memoriam), cuja saudade deixa meus versos mais tristes. Para minha mãe Ivete, que vive, corajosamente, loucas e invejáveis aventuras de amor.



D e d i c at처 r i a a lt e r n at i va

Ao amor que tive, e n찾o sei por que me foi tirado. Ao amor que n찾o tive, talvez por medo de ter tentado. Ao amor que terei, e que sinto estou preparado.



Sumário Sobre o autor, 11 Primeiras palavras, 13

Quarto escuro, 63

Tempo, 15

Palavras, 65

Desfile, 17

Mentiras, 67

Sonetos dos sonetos, 19

Fica comigo, 69

Errata, 21

Óvalo, 71

Rima pobre, 23

Meus medos, 73

Vitória-régia, 25

Sonho noturno, 75

Falta, 27

Cegueira, 77

Verbos, 29

Vocativo, 79

Assunto, 31

Lar celestial, 81

O cúmulo da preguiça, 33

Opinião pública, 83

Arqueologia, 35

O último soneto – que nunca é o último, 85

Belém do Pará, 37 Ma Chérie, 39

In memoriam, 87

Rapidinha, 41

Assobio, 89

Novo amor, 47

Para o Pará, 95

Essa palavra chamada amor, 43 Assobio II, 91 Razão, 93 Meu mês, 45 Perebebuí, 49 Pedido de desculpa, 51 Pontuação, 53 Linda, 55

Meus amigos não são falsos, são heróis, 97 Bilhete sobre a mesa, 99 Diploma, 101

Garota mistério, 57

Pronome pessoal de um caso qualquer, 103

Beija-flor, 59

O que é amar, 105

Literatura infantil, 61

Caneta cor-de-rosa, 107


Bitá, 109

Prece, 169

Idolatria, 111

Inesquecível, 171

Páginas vazias, 113

Castigo, 173

My love, 115

Tentativa, 175

Tic tac, 117

Fraseologia, 177

Prosa, 119

A amante, 179

Eu te amo, 121

Decisão, 181

Uma história de amor, 123

De repente, 183

Interiorana, 125

Réveillon, 185

Pesquisa de última hora, 127

Diálogo, 187

Sonhos, 129

O mistério da rosa, 189

Discurso de formatura, 131

Delírio do eu-lírico, 191

Redundância, 133

Timidez, 193

Versos rápidos, 135

Pedido de casamento, 195

Intertextualidade, 137

Ego, 197

Poema da rosa, 139

Rio de amor, 199

Habeas corpus, 141

H2O, 201

Minha morte junto à tua, 143

Eu espero, 203

Fim do caminho, 145

Sacro amor, 205

Lullaby, 147

Espetáculo, 207

Lápide do amor, 149

Divã, 209

Dicotomia, 151

Conselho da lua, 211

Entendimento, 153

Quando duas paralelas se encontram, 213

Neologismo para amar, 155 Exagero, 157 Cuide de ser triste, 159 Fofoca, 161 A lei do amor, 163 Rimas para a minha rainha, 165 Verborragia, 167


Sobre o autor

Marcos Vinícius Nascimento de Almeida escreve poesia desde a adolescência. Despertou interesse pela rima ainda no primário, quando recitou os versos do poema “As borboletas”, de Vinícius de Morais, e copilou, de próprio punho, um caderno inteiro com suas poesias favoritas. Escreveu o primeiro poema aos 10 anos de idade, com o qual ganhou o concurso da aula de português. Perdido o papel rabiscado, seu gosto pelas letras pode ser lido nas entrelinhas de seu boletim escolar. Durante o ensino médio, era conhecido como declamador de poesia, sendo sempre convidado para participar de eventos colegiais e da Igreja Adventista do Sétimo Dia, da qual é membro regular e fiel. Graduou-se bacharel em Direito pela Universidade da Amazônia (UNAMA), e Bacharel em Secretariado Executivo Trilíngue pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). É Mestre em Direito pela Universidade da Amazônia (UNAMA). Profissionalmente, atua como advogado na região metropolitana de Belém/PA, e professor universitário; é vice-presidente do Conselho de Justiça e Direitos Humanos do Governo do Estado do Pará, e opera como trader no mercado financeiro. quando duas paralelas se encontram | 13



P r i m e i r a s p a l av r a s

O relacionamento com outras pessoas e o convívio em sociedade é uma necessidade básica de nossa espécie. Encontramos em nossa natureza a expressão como forma máxima de envolvimento. Tudo que vemos e aprendemos é processado em nossa mente e será expresso com argumentos e atitudes. Daí temos a música, o teatro, as artes plásticas, o folclore, a dança, a literatura, e muitos outros métodos pelos quais a pessoa é capaz de exteriorizar sentimentos e opiniões. Eu escolho a poesia. Como sou admirador fanático pela escrita, reconheço o valor das palavras. Se as letras são bem polidas, constituem uma fonte de informação bastante coerente e expressiva. E na poesia vemos a união desse poder mágico de persuasão com um toque de melodia e sentimentalismo. Por ela consegue-se alcançar um mundo perfeito, ainda que seja apenas no papel. Escrever torna qualquer um rei deste mundo, no qual somos capazes de nos completar e ser feliz, ainda que só por alguns instantes. A poesia vai além da escrita, e logo que assimilamos isso, começamos a ver a própria realidade por outro ângulo. Ver – e viver – poesia é descobrir o lado subjetivo das situações, e embora seja difícil, extrair o que houver de melhor, por mais constrangedor e doloroso que seja o momento. Os versos não penetram só quando duas paralelas se encontram | 15


em nossa mente, mas quem tem poesia a tem no coração, e depois de demonstrar através dela quais são as suas paixões, demonstra também a paixão pela própria poesia. Como todas as outras artes, funciona como um agente de evasão. Poesia é exagero, rima, tristeza, consolação, declaração, mas nunca solução. Nem deveria ser, o poeta mesmo não procura por resposta, mas sabe que a vida sempre será efêmera e inconstante, o máximo que se pode fazer é levar esse jogo até o fim, e mesmo que já se saiba qual será o fim, quando chegar lá, ver o lado poético de tudo isso. Só assim valerá a pena. Convido então o leitor a passear por um mundo de amor, com decepções e alegrias. São poemas para todas as ocasiões. Desde a conquista à separação; da saudade à união. Versos de amor, feitos com amor. O Autor

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| Te m p o |

Tempo que leva Tempo que traz. Gente que espera Sem saber o que faz. Tempo sagaz, Que rouba minha paz. E mesmo que por pouco tempo me apraz, Logo me destrói, E como dói. Se pudesse avançá-lo Ou se pudesse voltá-lo Não seria grande conquista, Pois mesmo assim não saberia usá-lo. Estando meu amor ao meu lado, sinto-o tão rápido. E estando distante, quão angustiante. Horas, dias, vidas. Tudo é ilusão, Se o amor não for a razão.

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| Desfile |

O que é a beleza? Senão o esconderijo secreto de uma alma presa. Que faz de cada passo um desfile de realeza. Sua indumentária exterioriza os caprichos da natureza. E pasmem todos na rua, Em uma única criatura, tanta riqueza. Minhas palavras são um insulto a essa grandeza. Só em ver-te fico caído, em sonhar-te estou perdido. Deixas-me em estado de total fraqueza. Necessito-te em toda minha pobreza. Sou teu plebeu, minha alteza.

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| Sonetos dos sonetos |

Sacra felicidade, de sonhos e perdições Que ainda em meio a folhas secas, Uma verde despercebida, Avistar me faz, o destino. Aposentem os clássicos, e se apresente a minha amiga, Um novo tipo de poema, que alcançar consiga O coração da minha rosa frágil, Força e coragem de rainha se aproxima. Cantando estava um dia bem seguro, Quando passando meu amor me apercebia, Que tudo que já cantaram era humilde utopia. Um soneto hoje entrego, o melhor já escrito, Pois dela eu mesmo testifico, Mesmo nas maiores tristezas, a maior alegria.

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| Errata | | Sendo uma autossátira a “soneto dos sonetos” |

Tempo faz, lembrança traz Que um poema escrevi, Um sentimento omiti E dizendo que era amizade, menti. Contudo, aquele foi um bonito poema Este agora profana a dignidade. O que outrora era entendido, hoje foi mexido Um soneto hoje entrego – o pior já escrito. Para um casal, ainda que seja lindo Que conseguiu por um ano esconder Dos outros e de si, os sentimentos Escondeu tão completamente, Que mesmo quando encontrou Continua escondendo...

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