O Mito de Hunter

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Copyright © Francisco Carlos Távora de Albuquerque Caixeta Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma e por qualquer meio mecânico ou eletrônico, inclusive através de fotocópias e de gravações, sem a expressa permissão do autor. Todo o conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do autor. Editor Responsável: Thiago da Cruz Schoba Coordenador Editorial: João Lucas da Cruz Schoba Capa: Editora Schoba Diagramação: Editora Schoba Revisão: Bruna Gomes Cordeiro Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Caixeta, Francisco Carlos Távora de Albuquerque O mito de Hunter : um caso jurídico, uma lenda amazônica / Francisco Carlos Távora de Albuquerque Caixeta. -- 2. ed. rev. -- Salto, SP : Editora Schoba, 2010. Bibliografia.

1. Ficção : Literatura brasileira 869.93

ISBN 978-85-62620-75-1 1. Direito - Ficção 2. Ficção brasileira I. Título. 10-00199

CDD-869.93

Índices para catálogo sistemático:

Editora Schoba Ltda Rua Melvin Jones, 223 - Vila Roma - Salto - São Paulo CEP 13322-441 Fone/Fax: (11) 4029.0326 E-mail: atendimento@editoraschoba.com.br www.editoraschoba.com.br


Dedicatória

À minha mãe, Dra. Maria do Carmo Távora de Albuquerque Caixeta, odontóloga, Titular Fundadora da Academia Paraense de Odontologia (APO), ocupante da cadeira nº. 20.



“O Direito é o maior instrumento de libertação e opressão criado pela Humanidade. Inoperantes sozinhas, suas propriedades apenas desvelam o

caráter de quem as utiliza, definindo líderes e civilizações ao longo da História”.

Francisco Carlos Távora de Albuquerque Caixeta Advogado



Capítulo I

Em uma longínqua sociedade do futuro, milhares de

anos depois de Cristo, o mundo vive um cenário conturbado. Na iminência de mais uma guerra mundial, o mundo está flagelado sob o signo de ataques terroristas de cunho religioso e

político-econômico e mergulhado em uma crise sem precedentes de valores morais, éticos, religiosos e humanitários.

Nesse ambiente crepuscular, desolador e tenebroso que

recai sobre a humanidade como um véu em tom noir, o diplomata inglês Alex Hunter acaba de ser indicado pelo rei da In-

glaterra como o próximo embaixador do Reino Unido no Brasil. O convite partiu do próprio monarca durante a condecoração de Alex com a honraria de Sir – Knight of the British Empire

–, ocorrida no Palácio de Buckingham pelos extraordinários préstimos a serviço de Sua Majestade.

O agora Sir Alex Hunter era um experiente e vivido di-

plomata inglês às portas da aposentadoria, sendo seu traba-

lho como embaixador no Brasil o último de sua bem-sucedida carreira diplomática. Ao contrário de seus colegas diplomatas,

que tinham por hábito torcer o nariz quando nomeados para 9


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servir em postos fora do Circuito Elizabeth Arden,1 ele sempre tivera um viés aventureiro.

Além de ter ocupado altos postos em importantes países

dentro do panorama da diplomacia mundial, Alex gostava de

trabalhar em países “alternativos” ou “não tradicionais”, como ele mesmo gostava de falar. Assim que soube da nomeação,

o diplomata, que estava no outono de sua carreira, como de costume, pegou seu carro e partiu em direção à Universidade

de Oxford para aprimorar o idioma que precisaria falar e seus conhecimentos sobre o país em que iria servir. Após algumas

semanas de estudos, ele voltou a Londres para arrumar as malas rumo ao Brasil.

Anglicano devoto, o diplomata foi até a sua querida Aba-

dia de Westminster, na qual trabalhou voluntariamente aju-

dando os párocos durante sua adolescência, para cumprir um ritual que se autoimpusera há décadas. Toda vez, antes de par-

tir para uma nova missão, Alex Hunter ia à igreja pedir bençãos para uma nova empreitada.

Todavia, dessa vez, havia uma motivação especial: Alex,

além de pedir proteção divina, foi agradecer pelos anos a servi-

ço do Império Britânico na qualidade de diplomata de carreira. Mal sabia ele que nem mesmo todas as peripécias e agruras por que passou quando serviu no Leste Europeu, Oriente Médio,

Ásia Central, Extremo Oriente, Indochina e África subsaariana,

ao longo dos seus trinta anos de ofício, poderiam prepará-lo para o que estava por vir. 1

Nos meios diplomáticos, o termo “Circuito Elizabeth Arden” designa as embaixadas que estão situadas nas capitais mais visadas: Roma, Paris, Londres e Washington.

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•••

A embaixada britânica no Brasil representa o Reino Uni-

do da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte nos âmbitos político e diplomático. Alex Hunter estava entusiasmado por encerrar

sua carreira no Brasil, uma vez que a América Latina era a úni-

ca região do globo na qual faltava trabalhar. Ele iria exercer o cargo de embaixador britânico no Brasil por 4 anos, aposentando-se automaticamente ao final desse período.

Durante sua permanência em terras brasileiras, Alex de-

dicou-se incansavelmente à sua função. Não tinha tempo para

nada além do trabalho. Apesar da agenda constantemente lota-

da de compromissos oficiais, Alex sempre contava com o apoio de Elizabeth, leal secretária da embaixada britânica no Brasil. E assim transcorreram-se três anos e seis meses.

Faltando 6 meses para o encerramento de seu trabalho

no Brasil e decorrente aposentadoria, Alex começou a ficar

nostálgico. Ele sabia que era o fim da linha. Entretanto não se sentia pronto para a aposentadoria. De fato, nunca se preparou

para este dia. Achava que ainda poderia render mais na função e que ainda tinha muito a oferecer. Porém já sofria pressões dentro do seu departamento no Ministério de Relações Exteriores britânico para se aposentar, tendo em vista que sua idade começava a pesar.

Pressagiando seu futuro, via-se dividido entre “alegria de

ter sido” e a “tristeza de não ser”, rememorando o antigo tango

Ladeira Abaixo, que um dia ouvira em um pub em Londres. Ao 11


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revisitar os recônditos de sua alma, Alex fez uma retrospectiva

geral da sua vida, desde a infância humilde nos arredores de Manchester, sua cidade natal, até os presentes dias.

Imerso nesse clima de introspecção, refletindo sobre

suas “memórias do quase ontem”, lembrou-se de várias coisas, dentre elas que gostava de ler as aventuras da trama do livro

The Lost Wold, escrito por Conan Doyle.2 Aproveitando a oportunidade de estar no Brasil e de não ter tirado sequer um dia

de férias até então, Alex pensou que seria imperdoável não via-

jar à floresta Amazônica para conhecer a região que servia de pano de fundo da sua obra literária predileta.

Como diz a letra de uma canção popular, tudo no Reino

Unido “para na hora do chá”. Assim, saboreando seu high tea,3

Alex pediu à sua secretária para providenciar, o mais breve

possível, vinte dias de férias ao longo do rio Amazonas, pois desejava ver seu nascimento, fruto da união do rio Negro com o rio Solimões, bem como o delta daquele que é considerado o rio de maior bacia hidrográfica e o de maior extensão do mundo, superando o Nilo.

Diligente, como de praxe, Elizabeth programou toda a

viagem em vinte e quatro horas, entregando ao embaixador suas passagens aéreas e de barco. 2

– Aqui estão seus tickets de viagem, mister Hunter – dis-

Arthur Ignatius Conan Doyle (1859-1930), mais conhecido como Sir Arthur Conan Doyle. O livro foi editado em 1912. Nele, os personagens professor Challenger, professor Summerlee, caçador Lord John Roxton, jornalista Edward Mallone e a financiadora da expedição Marguerite Krux vão ao Brasil em busca de um platô no âmago da Floresta Amazônica, que pode conter formas de vida pré-históricas. 3

Chá que consiste numa refeição mais encorpada e substanciosa servida à noite, popular no norte da Inglaterra e na Escócia.

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se a secretária, entregando as passagens ao diplomata. Alex

Hunter tinha orgulho de seu título de Sir, porém preferia ser chamado apenas pelo nome.

– Thank you very much, Liz – agradeceu Alex, falando

sempre com um sotaque britânico carregado.

Para um britânico, ele falava bem o português, contu-

do sempre com um sotaque bem marcado. Ademais, como ele estudou em Oxford a língua portuguesa de Portugal, às vezes,

além de misturar o inglês com o português, não compreendia

certos verbetes do português falado no Brasil, o que gerava embaraços e situações engraçadas.

Na noite que antecedeu a viagem, o embaixador mal con-

seguiu dormir de tanta ansiedade, vislumbrando mil e uma experiências. Já na manhã do dia seguinte, Alex entrou no carro

oficial da embaixada britânica e se dirigiu ao aeroporto Jusceli-

no Kubitschek em Brasília. Por não estar de serviço, dispensou

as usuais motocicletas com batedores da polícia, porém não abriu mão das famosas bandeirinhas no carro oficial da embaixada. Obviamente, como um lídimo inglês, não abria mão de certa dose de pompa e circunstância.

Chegando ao aeroporto, embarcou imediatamente rumo

a Manaus, com rápida escala para troca de aeronave em Belém do Pará.

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Capítulo II

Deixando a sala de desembarque do aeroporto de

Manaus, Alex logo avistou um jovem de porte miúdo, moreno e

com traços indígenas segurando uma placa onde se lia: “WELCOME SIR ALEX HUNTER.” Dirigindo-se a ele, Alex disse:

– Você deve ser o meu guia. Minha secretária me infor-

mou que você estaria me esperando.

– Sim – respondeu o rapazinho. – Eu falei com a sua se-

cretária, Elizabeth, que me passou todas as coordenadas. Seja bem-vindo, Sir Alex. Siga-me.

E lá foram os dois em direção a uma van cujo modelo já

saíra de fabricação há anos. Dentro do veículo, Alex pontuou: – Desculpe-me, esqueci de perguntar qual o seu nome. – Meu nome é Tarobeto – respondeu o guia.

– Tarobeto?! Que tipo de nome é esse? É algum nome in-

dígena? – perguntou Alex demonstrando estranheza. – Não, é um nome-futebol! – retrucou o guia.

– Nome-futebol?! O que é isso? – perguntou Alex, deno-

tando em seu rosto mais estranheza ainda, se é que isso era possível.

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– É que meu pai era fanático por futebol. Ele colecionava

tudo sobre o assunto. Mas seu time preferido era a seleção bra-

sileira tetracampeã mundial de futebol na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos – explanou o guia.

Atento, Alex pediu para o guia continuar.

– Apesar de só conhecer tal escrete através dos antigos

DVDs piratas de coletâneas da história das Copas do Mundo,

meu pai percorria os sebos de nossa cidade em busca de alfarrábios, revistas, jornais e demais periódicos que versassem sobre o tema. Fazia 24 anos que a seleção nacional não levantava o caneco; a última vez tinha sido na Copa de 1970 no México.

Os jogadores preferidos de meu pai eram o goleiro Taffarel e

a dupla de ataque Romário e Bebeto. Daí o meu nome: Ta, de Taffarel; ro, de Romário; e beto, de Bebeto. Meu pai me dizia que essa seleção foi muito injustiçada pela imprensa nacional,

que nunca soube reconhecer sua importância histórica, apesar da nítida falta de talento se comparada com os times de outras gerações da seleção canarinho – emendou o guia.

Alex não compreendeu absolutamente nada do que o

guia acabara de dizer, pois, apesar de ser um legítimo inglês, não gostava e não entendia patavina a respeito de futebol, preferindo outros esportes, como críquete e rúgbi. Por esse motivo, questionou:

– Posso chamar você só de guia?

– Tudo bem – respondeu o guia um pouco contrariado.

E, dessa forma, continuaram o itinerário, os dois com o

motorista da van, em um clima de silêncio tão denso que dava

para cortar o ar com uma faca. Assim foram até o porto de Ma15


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naus, onde uma pequena lancha os esperava.

No porto, Alex e o guia entraram juntamente com outras

poucas pessoas na lancha Almirante Protógenes – embarcação em que os práticos iam ao encontro dos navios. Alex trazia uma

simples bagagem de mão com mudas de roupa, um nécessaire e alguns apetrechos que acreditava precisar para uma viagem

como aquela. O guia, por seu turno, envergava nas costas apenas uma mochila.

A lancha iria levá-los até um navio para, aí sim, dar início

aos passeios turísticos devidamente acordados e pagos, conforme pactuado com a agência de turismo contratada. Todavia, uma pane no motor fez a lancha parar no meio do caminho.

Cinco horas depois, enfim, o prático conseguiu consertar

a lancha e seguir viagem. Quando a lancha chegou ao ponto de

encontro com o navio no qual eles deveriam subir a bordo, o navio já havia zarpado. Diante da situação, o guia aconselhou Alex a aguardar o próximo navio. Ressabiado, Alex pediu para

o guia ordenar ao prático o retorno ao porto de Manaus, pois o sol começava a se pôr no horizonte e isso poderia tornar a viagem perigosa.

Entretanto, para não atrasar ainda mais o cronograma

do passeio e estragar toda a logística da viagem, o guia insis-

tiu que eles tinham que embarcar no próximo navio e que não existiam motivos para preocupação, porque ele mesmo fez aquele percurso inúmeras vezes, inclusive à noite.

– That’s “life in the tropics” – assentiu consternado o em-

baixador.

Por volta das 21 horas, enfim, o navio Pulmão da Terra 16


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encontrou a lancha Almirante Protógenes e as pessoas embarcaram. A embarcação foi batizada em homenagem à floresta

Amazônica. Era grande e típica da região, toda em madeira, pintada de branco, com dois andares e uma antena parabólica no topo.

Para recepcionar os novos passageiros, o comandante

do navio colocava-se de pé em frente à escada por onde os in-

tegrantes da lancha subiam a bordo. Assim, no instante em que os integrantes da lancha se juntaram aos demais passageiros

que já estavam no navio, o prático se despediu com um cortês aceno de mão e partiu de volta ao porto manauense.

Em festa, a atmosfera do navio era de muito barulho e

música alta, com inúmeras pessoas a bordo, entre tripulantes e

passageiros. Enquanto a maioria das mulheres assistia às mundialmente famosas telenovelas brasileiras, os homens bebiam

e farreavam, apostando dinheiro em jogos de baralho, gamão e

dominó. Havia também os casais que dançavam os contagiantes ritmos caribenhos.

Ao ver o guia atracado aos beijos com uma nativa e sen-

tindo-se deslocado, Alex decidiu se isolar na proa do navio. Sozinho e pensativo, tirou do bolso uma pequena caderneta preta. Era um diário que decidiu trazer consigo para fazer uma

espécie de diário de bordo no qual registraria todas as experiências vivenciadas no decorrer da viagem.

Na proa, Alex estava totalmente sozinho. Suas únicas

companhias eram a forte luz do holofote localizado na dianteira do navio, bem abaixo de seus pés, e um par de botos corde-rosa que ia nadando bem à frente. A luz do holofote, a qual 17


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afora a claridade do interior da embarcação era a única iluminação do navio, aclarava o sinuoso traçado do leito do rio al-

guns metros adiante e penetrava um pouco na densa floresta situada em suas margens.

A sinalização náutica da Amazônia era precária e anacrô-

nica, remontando à era dos velhos faróis de estrutura metálica

de origem francesa com as derradeiras torres do sistema Mitchel que foram montadas no Brasil. Todo aquele cenário fazia

Alex se sentir como os antigos desbravadores e colonizadores ingleses. Pondo a mão direita com o punho cerrado na cintura

e apontando para o nada com o braço esquerdo esticado e o dedo indicador em riste, sentia-se a personificação do próprio professor Challenger, singrando os rios amazônicos em busca da civilização perdida de The Lost World.

Quando Alex resolveu pôr a ponta de sua caneta na pá-

gina do diário, uma onda de médio porte acertou o navio, sa-

cudindo os objetos e assustando as pessoas. Instantes depois, uma onda ainda maior atingiu o navio, arremessando Alex para fora, projetando seu corpo nas águas negras e arrastando-o

para uma das margens do rio. Machucado e ferido, Alex desmaiou.

Sem saber o que acabara de ocorrer com o passageiro,

mas preocupada com a onda, a tripulação acordou o coman-

dante, que correu para ver o que estava acontecendo. Eis aí que surgiu uma onda colossal que destruiu por completo o navio, vitimando todos a bordo. As três ondas atingiram o navio fron-

talmente. Tratava-se de uma pororoca4 atípica, fora de época 4

A pororoca (do tupi “poro’roka”, de “poro’rog”, estrondar) é um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas.

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e com desmedida intensidade, sendo uma das trágicas consequências do aquecimento global, tão alardeado no primeiro decênio do século XXI.

Com o aquecimento global, os cientistas não conseguiam

mais prever nem a data, nem o local e muito menos a dimen-

são de fenômenos naturais como a pororoca, o El-Niño, a La Niña, furacões, tsunamis, erupções vulcânicas etc. Dessa forma, o aquecimento global gerou nefastas sequelas à humanidade, dentre as quais a imprevisibilidade dos fenômenos naturais.

Desacordado, ferido e em um ambiente inóspito, a vida

de Alex dependia apenas dos espíritos da floresta.

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Capítulo III

O sol causticante da aurora da Floresta Amazônica

incidiava sobre a alva e delicada pele de Alex, fazendo-o abrir os olhos paulatinamente. Com a vista embaçada, deparou-se com o colo de uma jovem e belíssima mulher. – Quem é você, young lady?

– Eu sou Kuanna – respondeu a moça.

– Onde estou? – perguntou, confuso e desorientado. – Estás perto da aldeia da minha tribo.

– Tribo?! – retrucou Alex, demonstrando perplexidade

no semblante.

– É! A tribo de índios Kayssara!

Atônito e sem acreditar, Alex perguntou o que havia

acontecido; quando foi pego inesperadamente com a notícia dada pela aborígine:

– Nós estávamos juntando suprimentos para os próxi-

mos meses quando vimos as ondas baterem em um navio e

destruírem ele. A gente tentou ajudar, mas todos morreram; só sobrou tu. Aí, os outros índios voltaram para a nossa aldeia e

me mandaram ficar aqui contigo, tomando conta de ti até acor20


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