Parque de diversão

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PARQUE DE DIVERSテグ



PARQUE DE DIVERSÃO ROBERTO CÉSAR FERREIRA


Copyright © Roberto César Ferreira Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma e por qualquer meio mecânico ou eletrônico, inclusive através de fotocópias e de gravações, sem a expressa permissão do autor. Todo o conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do autor. EDITORA SCHOBA Rua Melvin Jones, 223 - Vila Roma - Salto - São Paulo - Brasil CEP 13321-441 Fone/Fax: +55 (11) 4029.0326 | 4021.9545 E-mail: atendimento@editoraschoba.com.br www.editoraschoba.com.br

CIP-Brasil. Catalogação na Publicação Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ F443p Ferreira, Roberto César, 1979Parque de diversões / Roberto César Ferreira. - 1. ed. - Salto, SP : Schoba, 2013. 136 p. : il. ; 23 cm. Inclui bibliografia ISBN 978-85-8013-259-5 1. Parque de diversões. 2. Lazer 3. Recreação I. Título. 13-00977

CDD: 793 CDU: 791.7


SUmáRIO

Prefácio............................................................................................. 7 1. Medo........................................................................................... 11 2. O gigante paulista ....................................................................... 19 3. A primeira vez a gente nunca esquece ........................................ 39 4. Ninguém se torna fã por acaso ................................................... 47 5. O estágio não remunerado .......................................................... 57 6. Ampliando os horizontes ............................................................ 67 7. Visitando parques internacionais ................................................ 81 8. O clube...................................................................................... 109 ...................................................................... 115 10. O futuro .......................................................................................125 Referências ........................................................................................133



PREFáCIO

Um parque de diversões, assim como tudo na vida, pode ser analisado por muitos ângulos diferentes. Pouco sabe sobre a vida aquele que profere a famosa heresia de que “parque é coisa de criança”. Emocionalmente e socialmente falando, parque é o lugar da família, dos namorados, dos amigos. É onde você passa o dia, se diverte, se cansa, toma chuva, toma sol, se apaixona e até – no caso de muitos parques em muitas cidades – é o lugar aonde você vai quando mata aula na escola. Comercialmente falando, parques são atrações-âncora presentes em shopping centers e resorts. Os primeiros parques de diversões nos moldes que conhecemos foram criados no final das linhas de trem nos Estados Unidos para atrair público às últimas estações, acelerando o payback do investimento no sistema de transporte. No Brasil, o primeiro parque de diversões de que se tem registro foi o Parque Fluminense, no Rio de Janeiro, que abriu no Largo do Machado, que, na época, era a estação final dos bondes. O objetivo era o mesmo das linhas de trem norte-americanas. O município de Penha, em Santa Catarina, tinha, em 1991, 241 empresas registradas – quase todas eram vendas de peixe. Nenhum hotel. A cidade em 2010 possuía 1.250 empresas registradas, sendo 50 hotéis e pousadas. O que mudou? A inauguração do parque Beto Carrero World. O Roberto é alguém que enxerga isso, alguém que consegue perceber a importância socioeconômica dos parques de diversões. Eu não sei o que veio primeiro na minha vida: se a paixão por montanhas-russas ou as idas ao Tivoli Park. Fato é que, desde que me entendo por gente, só consigo pensar em parques de diversões e sempre me senti deslocado no mundo tentando encontrar outros como eu. E, quando pus as mãos num computador com internet, fiz o que qualquer 9


pessoa no meu lugar faria: fui atrás dos meus semelhantes. E encontrei pelo caminho grandes amigos como o Roberto. Quando nos abraçamos e choramos juntos no último dia do Playcenter, eram visíveis nos olhos do Roberto a tristeza, a sensação de impotência, o pensamento de que “Se eu tivesse o dinheiro, eu compraria esse terreno e o parque não fecharia”. Fosse à década de 1990, o Roberto apareceria, certamente, no programa “Gente Que Faz”. Quem sabe até o Banco Bamerindus não financiasse a construção de um parque para nós… Algumas pessoas têm consciência de que o mundo precisa mudar, de que precisamos fazer a nossa parte, cada um, para que as mudanças aconteçam. Algumas pessoas querem um mundo melhor e lutam por isso. O Roberto é uma delas. Espero que este livro influencie você positivamente tanto quanto o Roberto influencia a vida dos que estão ao seu redor. Lucas Ferraz

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1. mEDO


O

s seres humanos são, por natureza, criaturas sociais. Desde o começo dos tempos, as pessoas procuram meios de ficarem juntas e escapar das pressões do dia-a-dia. Festivais e comemorações tornaram-se, então, uma maneira popular da comunidade relaxar. Na Europa medieval, os lugares onde aconteciam esses eventos eram conhecidos como “pleasure gardens”. Em muitos casos, eram similares aos parques de diversões atuais, oferecendo, além de seus jardins e suas paisagens, entretenimento ao vivo, fogos de artifício, danças, jogos e alguns brinquedos primitivos, incluindo carrosséis, rodas-gigantes e montanhas-russas. Na atualidade, o parque que talvez mais mantenha esse formato de entretenimento é o Wiener Prater, ponto turístico em Viena, na Áustria.

Figura 1 – Wiener Prater, parque de diversões na Áustria que mantém características dos “pleasure gardens”.

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Medo. Sim, eu tinha medo de ir ao parque de diversões. Talvez pelo referencial que eu tive ainda na infância, e em parte pelo trauma que eu passei quando meu pai resolveu me enfiar numa montanha-russa mequetrefe que meu cérebro fez o favor de apagar. A primeira memória que me vem quando penso em parque é aquele que era montado anualmente ou uma vez a cada dois anos no Largo da Ponte Rasa, onde hoje existe um supermercado. Aquele parque, bem itinerante mesmo, com aquela roda-gigante que surge do dia para a noite, com cadeiras sem nenhum tipo de segurança a não ser os pregos nas suas extremidades e aquele cabo de aço ligado a engrenagens que dão vida ao equipamento. Meu pai me enfiou naquele troço. E eu queria ir. Mas fiquei com medo, por um motivo simples: não me senti seguro. Não me senti seguro e meu pai, possivelmente alcoolizado, não me segurou. Não me segurou e ainda chegou em casa rindo da situação. Eu pensei que fosse voar para fora daquele trem, que seria arremessado em plena Avenida São Miguel. Talvez seja por isso que haja esse bloqueio mental e eu só me lembre de trilhos vermelhos e pouca segurança. Restava-me ir ao parque com a minha avó. Meu pai não me seguraria, minha mãe nunca foi fã dessas máquinas. E minha avó, demonstrando muito mais coragem do que ela realmente deveria ter, me acompanhava ao parque de diversões. Vivemos momentos memoráveis nesse parquinho... Uma vez, mesmo com o braço quebrado, fui a um desses jogos impossíveis, onde com uma única bola você tem que derrubar dois pinos e, na primeira tentativa, lá estava eu todo feliz com uma bola gigante de brinde! Talvez o ato mais corajoso da minha avó foi quando eu inventei de ir no Rotor, uma espécie de centrífuga humana. Você ficava em pé numa plataforma redonda, giratória, que era elevada em aproximados quarenta e cinco graus de inclinação. Naquela época, eu não sabia o que era labirintite. Acho que a Vó Marisa também não. Ou, se sabia, não se importava com ela, só pra fazer a vontade no neto.

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Figura 2 – Foto de Lucas Ferraz. Típica roda-gigante dos antigos parques itinerantes

Entretanto, o nosso passeio preferido, sem dúvida, era a roda-gigante. Sim, os finais de tarde de domingo eram maravilhosos quando, ao som de Leandro e Leonardo ou Gian e Giovani, conseguíamos virar o pescoço para trás no ponto mais alto da roda-gigante e ver o quintal da casa da minha avó. “E uma saudade bate forte, dói no fundo...” Naquela época eu achava a música cafona. Ainda acho. Todavia, confesso que ouvir essas músicas me traz de volta aquele frio na barriga da roda-gigante e o frio na espinha que fazia por causa do vento lá em cima. Quando a minha família se mudou para a Vila Cisper, o referencial foi outro. Virava e mexia, aparecia um parquinho pequeno, onde hoje fica a Praça Quinta do Sol. Este parque tinha uma roda-gigante igual à que eu andava com a minha avó na Ponte Rasa. Mas também tinha um carrossel, um chapéu mexicano “Dangler” e uma estrutura de madeira com uns três balanços para duas pessoas cada, puxados por cordas, muito longe de ser uma Barca Viking. Apelidado carinhosamente pelo pessoal do bairro de PlayCisper,

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não foi muito difícil fazer amizade com a filha do dono do parque – afinal, bem em frente à praça, ficava o bar que pertencia ao pai do meu amigo Marcelo. Então todo final de semana estávamos lá com nossa “melhor amiga”, que nos proporcionava voltas nos brinquedos sem que a gente precisasse pagar. Era minha namorada. Mas ela não sabia disso. Não precisava de beijo, bastava ela me deixar dar uma volta no Dangler toda noite que eu já ficava feliz. Isso deve ter acontecido por umas três temporadas. Nesse parque, a aventura mais radical que eu tive foi andar no Dangler pela última vez, deixando com que a ocupante da cadeirinha de trás – no caso, a filha do dono do parque – segurasse a minha cadeira antes do giro começar. Quem frequentou parques naquela época sabe o que acontecia: quando o brinquedo atingia sua velocidade máxima, a pessoa de trás empurrava a da frente com os pés, fazendo com que ela voasse infinitamente mais alto do que o brinquedo seria capaz de fazer sozinho. E assim ocorreu. Ela empurrou uma, duas, três vezes e no quarto empurrão eu fiquei tonto e vomitei em cima de uma calça amarela (muito cafona, diga-se de passagem) que eu estava vestindo. Quando o brinquedo parou, a vergonha foi tanta que eu saí correndo direto para minha casa e para debaixo do chuveiro. Era um domingo e eu prometi a mim mesmo que não voltaria ali naquela temporada. No domingo seguinte, eu criei coragem e desci, mas me deparei com o parque fechado antes do horário. Dizem que alguém saiu voando do Dangler em direção ao muro da vizinha, com as correntes penduradas feito uma rabiola de pipa. Não sei se foi verdade, mas é fato que no dia seguinte não havia mais parquinho no terreno. Depois desse episódio, o terreno virou efetivamente uma praça, como permanece até hoje.

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Figura 3 – O Praterturm, em Viena, é a versão moderna do antigo chapéu mexicano

Outros parques apareceram no bairro, dessa vez em frente à Igreja de Santa Luzia. A novidade, então, era a Roda Estrela. Era um tipo de roda-gigante, com as cadeiras rodeadas por uma gaiola, mais veloz e que, por meio de uma barra, permitia que você controlasse seus movimentos, deixando os ocupantes de cabeça para baixo. Eu morria de medo e, para variar, quem foi comigo: minha avó. Não, ela não virava a cadeira de ponta-cabeça, nem eu deixava por um motivo bem simples: não havia nada para nos segurar. Naquele tempo, uma das minhas maiores diversões era sair da missa e ir ao parque para ver minha colega de escola Verônica Pamplonia e suas irmãs dentro dessas gaiolas, girando feito umas loucas. Como aquelas três menininhas tão pequenas conseguiam aquela proeza de virar de cabeça para baixo sem ficar se debatendo dentro daquela gaiola? Eu nunca fui um dos rapazes mais fortes e corajosos da escola, então minha diversão era observar quem tinha essa coragem e a coordenação motora de se manter no banco em movimento. 18


Numa tarde daquelas qualquer, eu resolvi ir sozinho ao parque, andar na Roda Estrela. Ela estava recém-pintada, toda linda, com cara de reformada. O que de errado poderia ocorrer? Era só não mexer naquela barra e eu estaria ali, como numa roda-gigante comum... Mas a tinta deveria estar fresca, colou na gaiola e ali, sozinho, virei de cabeça para baixo. Desespero... Comecei a gritar, pedindo para sair, e avisei o operador: “Essa gôndola1 virou sem eu mexer em nada”. Ele respondeu algo do tipo: “Ah, é mesmo? Próximo”. Em casa, eu comecei a pensar no medo que passei por não ter como, nem onde, nem em quem me segurar. Mas até que foi divertido. Eu só fui perder esse medo que se criou dos parques depois de ir ao Playcenter.

1. Carro de passageiros de uma roda-gigante. Em geral, o termo gôndola também é utilizado para os assentos de qualquer equipamento nos parques de diversões. 19



2. O gIgAnTE PAUlISTA


P

oucos sabem, mas a história do parque de diversões Playcenter, que se tornou referência na cidade de São Paulo e no Brasil, iniciou-se antes da década de 1970. Seu registro mais antigo localizado foi uma pequena nota de jornal mencionando uma montanha-russa que deixou de existir em 1968.

Figura 4 – Montanha-russa mais antiga do Playcenter é citada em jornal. Fonte: O Estado de São Paulo, 23/04/1972.

Um pequeno parque de diversões num terreno em frente ao Ginásio do Ibirapuera inaugurava, em 1971, a Ciclone, primeira montanha-russa de metal trazida da Europa pelo boliviano Marcelo Gutglas. 22


Também se encontravam ali brinquedos como o carrossel e o tobogã “Playcenter”, que viria a dar o nome ao futuro parque. Chegando ao local para preparar a estreia, Gutglas foi surpreendido com a multidão esperando para andar na montanha-russa, que chegou a funcionar 24 horas para atender a todo mundo. Nascia ali um sonho, que dois anos depois mudou de endereço.

Figura 5 – Matéria cita os parques Wunderland e Playcenter. Fonte: Jornal da Tarde, 26/03/1971.

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O maior centro de diversões da América Latina: assim ficaria conhecido o “novo” Playcenter, inaugurado em 27 de julho de 1973, numa área de 32.000 m², que funcionou até 2012, na Marginal Tietê, próximo à Ponte do Limão. O investimento inicial para instalações do parque foi de quatro milhões e meio de dólares, com assessoria técnica da IAAPA – International Association of Amusement Parks & Attractions –, entidade que integra a maioria dos parques de diversões do mundo e os fabricantes dos equipamentos utilizados por eles. Empregou cento e cinquenta funcionários e 2.000 kW de potência (energia elétrica). Abria todos os dias, funcionando até 2 ou 3 horas da manhã, ou ainda até quando o público fosse embora. Em seu primeiro ano de atividade, foram registrados aproximadamente 924.000 visitantes. O que levou a direção do Playcenter a construí-lo foi a constatação de que toda grande cidade da Europa e dos Estados Unidos possuía um grande centro de diversões, sendo que, no Brasil, especificamente em São Paulo, isso não ocorria. Os parquinhos de bairro não se fixavam e não ofereciam os serviços e a variedade do Playcenter. Desde o início da sua história, o parque se tornou uma atração turística da cidade, sendo procurado por visitantes de todo o Brasil, a ponto de ingressos serem vendidos em agências de viagens a partir do próprio ano de 1973. Algumas das atrações da sua inauguração eram: montanha-russa Super Jet, Trem Fantasma, Carrossel, Twister, Rotor, Maria Fumaça, Galeria Bonanza (tiro ao alvo), Casa do Monstro, Telecombate, Concorde e Auto Pista. Três meses após sua inauguração, a extensão inicial do parque foi ampliada, e já se projetavam um restaurante, um auditório para 400 pessoas, um teleférico etc. Nessa mesma época, foi criada a Unidade Móvel, parque itinerante do grupo Playcenter, e sua primeira viagem foi para Santos.

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Figura 6 – Matéria sobre a inauguração do Playcenter. Fonte: Jornal da Tarde, 28/07/1973.


Já no ano seguinte, o Playcenter iniciou novos investimentos. O primeiro deles foi a roda-gigante “Panorâmica”, construída pela Fionda. Havia eventos com concentração durante os dias da semana: “Todas as quintas-feiras é o dia dos namorados no Playcenter”. Bonecos da Disney on Parade estiveram no parque durante as férias escolares de julho. Em 1975, foi inaugurada a Casa do Sorvete, houve o “Arraial no Playcenter” no mês de junho, com concurso de quadrilhas e uma promoção conjunta com a TV Globo e a AACD. A Unidade Móvel visitou o Uruguai.

Figura 7 – A Roda Panorâmica foi uma das primeiras atrações do parque.

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O ano de 1976 foi marcado pela comemoração, em julho, dos 200 anos da independência norte-americana, reunindo 546.500 pessoas, com a participação de 80 empresas. A Expo 200 contou com show de Búfalo Bill. Em agosto, foi inaugurado o “Castelo Mal Assombrado” e, em outubro, foi realizado o I Festival da Criança. Também nesse ano, surgiu um Museu de Cera, inspirado no museu Grévin, da França, e nos museus Madame Tussauds, presentes na Europa e nos Estados Unidos. Várias empresas passaram a realizar suas comemorações de final de ano no parque. Em 1977, ano em que o parque comemorou cinco anos de existência, foi inaugurada a Casa do Chocolate. Numa promoção ligada ao lançamento do filme King Kong pela Paris Filmes, foi construído um King Kong que obedecia às linhas de montagens norte-americanas. O evento contou com a presença da atriz Jessica Lange. O Passaporte da Alegria foi introduzido durante o II Festival da Criança. No ano seguinte, foram inauguradas as Cúpulas Geodésicas – bolas gigantescas feitas de metal – nos dois extremos do teleférico.

Figura 8 – Teleférico 27


Nasci no ano de 1979. Talvez não tenha sido por acaso. Posso me dar ao luxo de afirmar: nasci no Ano Internacional da Criança. Pode ser esse mais um dos motivos que me levam a amar tanto esse mundo dos parques de diversões. É onde eu não perco a minha inocência infantil. O Playcenter foi palco de atividades em conjunto com a Rede Globo de Televisão e fez parte da comissão da Unicef. O verdadeiro King Kong foi trazido dos Estados Unidos. E, em 1980, o parque ficou mais alegre com a inauguração da Montanha Encantada, criada à semelhança das montanhas da Disney.

Figura 9 – Montanha Encantada

Em 1981, o Playcenter iniciou a exploração de um novo segmento no mercado de lazer: as áreas em shopping centers, chamadas Playlands. A primeira área foi a do Barra Shopping, no Rio de Janeiro. Também houve uma expansão da área do parque em cerca de 50.000 m² e a inauguração da Looping Star, primeira montanha-russa com looping em solo brasileiro. A Playland do Shopping Morumbi, primeira de São Paulo, com o primeiro boliche automático do Brasil, foi inaugurada em 1982, ano em que a Barca Viking ancorou no parque. E, em 1983, chegou uma das atrações que talvez sejam mais nostálgicas e que as pessoas da 28


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