Ano IV Número 08
Maio 2013
25 anos da Eduque
Recordações de quem faz parte desta história Capa
Autonomia moral na tomada de decisões
Especial
Como desenvolvemos o comportamento leitor
editorial
B e m E s t ar
A Eduque e seu trabalho educacional
Prevenção de cáries e uso de creme dental com flúor
Momento de refletir, compartilhar e planejar, cada vez mais, para o desenvolvimento da autonomia
C
omo não se encantar com um sorriso ou uma gargalhada num pátio de escola? Como não se emocionar ao escutar duas crianças resolvendo um problema entre elas, um conflito qualquer durante um jogo ou uma brincadeira? Esse é o tema de capa da Revista Eduque em Ação. Estamos num ano repleto de celebrações: completamos 25 anos de trabalho sério! De ações sempre planejadas e repletas de intencionalidades. No início do ano, planejamos as principais ações e metas. Num ano comemorativo, esse planejamento é ainda mais especial! Ao planejar, consideramos vários aspectos: o conhecimento das po-
tencialidades de nossas crianças, suas principais necessidades, definimos objetivos, meios e recursos para alcançá-los e com avaliações constantes. Definimos para 2013 como grande foco de atuação a reflexão sobre
“Num ano comemorativo, planejar é ainda mais especial” como atuamos no desenvolvimento da moralidade e da autonomia de nossos pequenos, possibilitando que eles possam agir resolvendo seus problemas durante as brincadeiras e em suas decisões. Sendo um tema tão importante, compartilhamos com os pais um
pouco desses estudos, trazendo a professora doutora Telma Vinha, especialista no assunto. Envolver os pais sempre é uma meta! A coordenadora Guadalupe (Lupe), nesta edição, traz algumas dicas para ampliar as brincadeiras em família. Como tema especial, compartilhamos com nossos leitores as ações para criar hábitos de leitura e ampliar o conhecimento de nossos alunos sobre a Literatura. É a Eduque Formando Leitores. Nesse artigo, será possível perceber que nossa escola não se preocupa com a formação de bons hábitos apenas dos alunos. Conseguimos envolver todas as pessoas da escola. Em homenagem a este
ano tão importante para nós, trazemos uma seção nova: Especial 25 anos, que nesta edição traz relatos de uma família que participou desta trajetória. Tenho certeza de que você (como eu) vai admirar ainda mais a qualidade do trabalho desenvolvido, conhecendo diversas atividades vivenciadas pelas crianças em Escola em Ação.
A
s melhores formas de prevenção odontológica abrangem a redução do açúcar na dieta e a higienização, que deve ser feita com escovação diária e uso de fio dental. Quando se fala de escovação, lembramos logo da pasta dental, alvo de preocupação nas faixas etárias menores, pela ocorrência de ingestão do produto. Por causa do flúor, o receio é que apareçam manchas no esmalte dos dentes (fluorose), que ocorre quando
há excesso de flúor ingerido. A recomendação era usar creme dental com baixa concentração de flúor. Porém, estudos recentes fazem novas orientações sobre o assunto. Segundo conferência apresentada no CIOSP 2013 (Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo), a recomendação é que se use pastas dentais fluoretadas, com até 1100 a 1450 ppm, para todas as idades, mas sempre em quantidade mínima, ou seja, apenas “sujar” as
cerdas da escova. A escovação deve ter a supervisão de um adulto, que deve ensinar a criança a cuspir toda espuma. Como não podemos quantificar a ingestão da espuma, recomenda-se usar os dentifrícios fluoretados a partir de três anos de idade. Os benefícios do flúor são imensos, quando comparados aos riscos da cárie dentária. Dra. Teresa Cristina Emico Haniu Cirurgiã-Dentista Odontopediatra / Ortodontista
E SP A Ç O DOS A L U NOS
Boa leitura!
Além dos muros da escola - 3º e 4º anos/ EF
Patrícia Cintra
Expediente Escola Eduque Diretora Geral e Mantenedora: Lucia Duarte Diretora Pedagógica: Patrícia Cintra Coordenação pedagógica • Cristiane Kuroba • Guadalupe Boedo • Lucelena Lee • Tatiana Duarte
Revista Eduque em Ação Coordenação Geral: Juliana Duarte Produção Editorial: Equipe Eduque Revisão: pontoZap Fotografias: Arquivo Eduque Diagramação e Design: pontoZap Comunicação (11) 2264-8524
D
urante o mês de março, os alunos dos 3ºs e 4ºs anos participaram de uma aula na Praça Brás Gonçalves, que extrapolou os espaços da escola. O objetivo da atividade para os
alunos do 3º ano foi entrar em contato com alguns animais e perceber que eles conseguem dividir o mesmo espaço, respeitando suas características. Já para os estudantes do 4º ano, o objetivo foi identificar
diferentes espécies de seres vivos e refletir sobre as relações entre elas. Munidos com lupa e bloco de anotações, nossos pequenos cientistas coletaram informações no espaço da praça,
aprofundando seus estudos e percebendo, com entusiasmo, detalhes do ambiente. A atividade possibilitou o desenvolvimento do pensamento científico, socialização de ideias e sistematização de saberes.
M o m e n t o Pe d a g ó g i c o
E s p ec i a l 2 5 a n o s
A ordem do dia é: brincar muito!
Segue entrevista com Ana Lúcia Palácio, mãe de três dos nossos queridos ex-alunos.
M
uitos pais ficam nostálgicos quando se lembram da própria infância, época em que podiam brincar, explorar, desenvolver amizades e se divertir com histórias, canções, jogos e brincadeiras ao ar livre. Todos gostaríamos que nossos filhos tivessem mais oportunidades de ficar longe da TV, dos tablets, smartphones e de brinquedos eletrônicos. As crianças precisam conviver, brincar e se relacionar com outras crianças, com outros adultos e, principalmente, com os próprios pais. A palavra brincar é derivada de brinco, que vem do latim: vincro e vinculum. Essa é a chave para entrar-
Em comemoração aos 25 anos da Eduque, esta seção será dedicada às famílias que participaram de nossa trajetória. O carinho pelos alunos e seus pais é uma marca desta história, cheia de grandes recordações!
mos no universo da criança: o brincar é o vínculo! A brincadeira começa com o corpo, com as palavras, com objetos do cotidiano. Quantas vezes vemos as crianças narrando histórias sozinhas, fazendo sinais com as mãos, imitando um carro ou um super-herói com a colher. Quando são bem pequenas,
brincam sozinhas, conforme crescem, nos incluem também nessa atividade. Existem também as brincadeiras que são aprendidas, que são culturais. Para essas, aqui está o convite: deem início a um resgate do que viveram na sua infância, para partilhar e brincar com seus filhos, proporcionando
momentos prazerosos de diálogo, troca de afeto, alegria, parceria e proximidade, que certamente serão preciosos para o aprendizado deles hoje e farão toda a diferença no relacionamento e confiança entre vocês, pais e filhos, no futuro. Brincar juntos é coisa séria! E lembrem-se: ao brincar, eles também estão aprendendo...
Em que Colégio / Faculdade eles estudam atualmente? Felipe: Cursa o 2º Ano de Direito, na Universidade Presbiteriana Mackenzie Paola: Cursa o 2º Ano do Ensino Médio, no Colégio Etapa Henrique: Cursa o 9º Ano do Ensino Fundamental II, no Colégio Etapa
Guadalupe Cainzos Boedo Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil
Felipe: Direito Penal Paola: História da Arte Henrique: Biologia
Qual é a melhor lembrança que eles têm da Eduque? Felipe: As aulas no computador e as de inglês Paola: As ajudas que dava à Profª Cristiane nos dias da faxina* e a brinquedoteca Henrique: As brincadeiras no parque, as festas e as aulas de natação
PARA LER
* Paola menciona atividades do Projeto 6s, em que os alunos praticavam o senso de organização na sala de aula
Novo espetáculo “Disney on Ice” estreia no Brasil
Personagens da Disney dançam e rodopiam em seus patins especiais no espetáculo “100 Anos de Magia”, que tem como mestres de cerimônia o
Mickey e Minnie. O show acontece entre 16 a 26 de maio, no Ginásio do Ibirapuera (R. Manoel da Nóbrega, 1361, São Paulo).
76 Alameda da Abóbora Autor e ilustrador Chris Mould O livro se transforma em uma casa cheia de abas e recantos escondidos para explorar! E ainda vem com os personagens em papel para brincar. Ele conta a história da mansão Tumba, que fica no meio de um cemitério e é habitada por pessoas bem esquisitas.
Henrique, 13 anos
Que matéria eles mais gostam de estudar?
C U LT U R A
PARA PASSEAR
Paola, 16 anos
Editora Salamandra
Quais as principais contribuições da Eduque na formação de seus filhos? A construção do espírito de equipe, a aquisição de limites e de responsabilidades, a organização e, sobretudo, o respeito às pessoas idosas. Além disso, a base sólida de formação e também a construção de amizades verdadeiras e duradouras.
Quais as atividades extras que eles faziam aqui e quais fazem hoje? Idade: A partir de 5 anos Tradução: Lenice Bueno Número de páginas: 8 Ano da edição: 2012
As atividades extras que eles faziam: Escola de Esportes**, natação e balé. Hoje, são: futebol, handball, boxe, italiano e mantém o inglês. ** Escola de Esportes é atualmente denominada IES -Iniciação Esportiva.
Felipe, 19 anos
“
Só podemos agradecer todos os esforços dos integrantes da Eduque, cuja filosofia de ensino exerceu papel fundamental e muito importante no crescimento, formação e desenvolvimento de nossos filhos, que se tornaram adolescentes atenciosos e cientes de suas responsabilidades. Estamos convictos de que trilharão um caminho firme e valioso, baseado na sólida instrução recebida da Eduque. Ana Lúcia Palácio
”
CAPA
CAPA
Crianças confiantes e felizes. Qual o segredo?
O
maior desejo de pais e educadores é que as crianças se desenvolvam plenamente. Queremos que elas tenham excelente formação intelectual e se tornem pessoas éticas, comprometidas com a sociedade e com o meio ambiente. O objetivo comum é ter crianças confiantes e felizes. Mas, para isso, qual é o segredo? O processo educacional requer grande empenho da escola e da família. É no desenvolvimento comportamental que se encontram os maiores desafios. Desavenças, brigas e falta de respeito interferem significativamente no nosso bem-estar, e será a capacidade de decidir a melhor forma de resolver uma situação conflituosa, que trará o equilíbrio indispensável para o convívio
mento dos alunos. Essa ação abrangeu um momento de integração, cooperação e exercício da cidada-
nia, garantindo uma ótima oportunidade para a formação efetiva da autonomia moral dos educandos.
“Os conflitos são naturais nas relações e podem ser oportunidades para trabalhar valores e regras” Telma Vinha
Assembleia: Ensino Fundamental, utilização do pátio no período do lanche
social. Para refletir sobre este tema, a Eduque recebeu, em abril, a pedagoga e doutora em psicologia Telma Vinha, que em sua palestra indicou que a autonomia moral é uma
capacidade, que precisa ser desenvolvida pela criança. A educadora destaca que não basta apenas o exemplo do adulto, nem a simples apresentação conceitual. Aprender o sentido de cooperação
ou generosidade, por exemplo, demanda experiência de vida. A renomada professora da Unicamp refletiu com pais e professores que regras e formas de conduta impostas não
É na capacidade de decidir a melhor forma de resolver uma situação conflituosa que surge o equilíbrio para a convivência
Palestra com Telma Vinha realizada na Eduque em 17/04
garantem seu entendimento. É preciso que a criança participe da elaboração das regras, discuta sua aplicação, estabeleça relações e assuma consequências, levando
Cooperação
em conta que o não cumprimento do que foi proposto ou combinado afeta ou prejudica outras pessoas. Na Eduque, por exemplo, os alunos se reúnem sempre que necessário para assembleias, com objetivo de estabelecer combinados, para uma melhor organização do espaço e convivência entre as turmas. Telma Vinha esclarece que a aquisição da autonomia moral, não significa simplesmente ser independente para fazer coisas sem auxílio. Ser autônomo moralmente significa a criança decidir, por ela própria, qual o melhor procedimento, o que é certo ou errado frente a uma questão, levando em conta o outro, além de si mesma. O trabalho de desenvolver a moralidade é bem maior do
que simplesmente apresentar regras e consequentes punições, caso não sejam cumpridas. É também ensinar como pensar e agir para resolver um conflito, como o que ocorreu durante uma aula de Eduacação Física da Eduque, com os alunos do 4º ano B/ EF, quando realizavam uma atividade com aviãozinho de papel. Um dos aviões acabou caindo no telhado de um vizinho da escola. Na sala de aula, ao explicarem à professora o ocorrido, foi questionado a todos o que seria mais adequado fazer. Então, surgiu a ideia, dos próprios alunos, de enviar uma carta ao dono da casa explicando a situação e pedindo desculpas pelo ocorrido. Ao colocar a ideia em prática, foi nítido perceber o envolvi-
Conhecer as regras, pensar e assumir as consequências das ações, certamente é o caminho da construção do ser humano crítico, que fará suas escolhas pautadas em princípios e valores sólidos, tão necessários para uma sociedade digna.
Escola em Ação
Escola em Ação
Estudo Pessoal no 1º ano/EF
Maternal experimentando sensações
S
C
om a entrada no Ensino Fundamental, uma nova proposta passa a fazer parte da rotina semanal dos alunos - o Estudo Pessoal - conhecido por eles como EP. Essas aulas consistem em momentos nos quais promovemos avanços individuais dentro do processo de alfabetização - estímulos e desafios para que as crianças se desenvolvam, com relação à leitura e à escrita. Neste ano, a proposta possibilita a divisão do grupo duas vezes por semana,
durante as aulas de Artes e Inglês: metade do grupo participa da aula com o professor especialista e outra metade trabalha com
“O objetivo é proporcionar momentos de trocas, reflexões e desenvolvimento individual” a professora responsável pela turma. Depois, os grupos são invertidos. As professoras planejam
propostas de atividades aos alunos a partir dos desafios a serem superados individualmente. Dessa maneira, partem de um mesmo elemento disparador - um texto, por exemplo – com diferentes abordagens. O diferencial das propostas de Estudo Pessoal é o acompanhamento individualizado de cada aluno, desenvolvendo o fortalecimento dos vínculos, promovendo a mediação e a intervenção de acordo com as necessidades de cada criança. Nosso objetivo é
proporcionar momentos de trocas, diálogos, reflexões e desenvolvimento individual. As aulas de EP têm uma grande importância, pois as crianças vão, aos poucos, se sentindo mais seguras e confiantes. Conseguem se perceber como parte integrante do aprendizado, no qual, junto com a professora, vão se tornando autoras de seu desenvolvimento. Cristiane Kuroba Professora do 1º ano A e Assistente de Coordenação
abemos que é de extrema importância a criança conhecer seu corpo e interagir com ele para que se desenvolva e amplie suas habilidades motoras e sensoriais. Por esse motivo, na Eduque, temos a responsabilidade e o cuidado de planejar atividades que proporcionem aos alunos, no dia a dia, um ambiente que permita viver e sentir, observar, ouvir, experimentar as diferentes sensações e, com isso, aprender. Realizamos atividades que têm como principal objetivo a percepção e a consciência corporal das crianças e isso acontece quando elas sentem diferentes texturas, exploram diversos materiais (como algodão, lixa, botões, espuma, palitos, papéis lisos, ondulados e outros), dançam na fren-
te do espelho ou pintam o próprio corpo, fazem pinturas com gelatina e confeccionam os tapetes das sensações. Estimulando, assim,
a percepção tátil, a coordenação motora, a curiosidade e a imaginação. Essas atividades são prazerosas, significativas e
proporcionam o desenvolvimento dos nossos pequenos. Adriana Lettieri Pariz Professora do Maternal B
Escola em Ação
Escola em Ação
A magia do parque para o Minimaternal
Iniciação Esportiva desenvolve capacidades e habilidades físicas
A
O
momento em que vão ao parque é muito esperado pelas turmas e também pelos educadores. Para as crianças, é especial porque ocorrem brincadeiras, encontros, descobertas e aprendizagem. Para os professores, é um espaço de atenção, observação, intervenção e desenvolvimento de aprendizagens. Pensando na importância do parque no desenvolvimento das crianças, os grupos do Minimaternal vão para lá todos os dias, no início do período. A primeira atividade é visitar as tartarugas, mais conhecidas como Tatás. Outra brincadeira de que as crianças gostam bastante é explorar os brinquedões. Subir, andar e escorregar é uma ação repetida por elas, porém, o jeito de usar
o brinquedo muda quando transformam o escorregador em casas, prédios e castelos. Para aumentar ainda mais o desafio motor no parque, este ano ganhamos um brinquedo novo, que além de ter cores atrativas, possibilita novas interações entre as crianças. A brincadeira no tanque de
O espaço proporciona gargalhadas e muita imaginação areia também é motivo de muita alegria e diversão, elas desenham com os dedos, enchem e esvaziam baldinhos e panelinhas e experimentam novas sensações. As crianças se divertem bastante com as brincadeiras livres, no entanto, há
momentos de intervenção, orientação e atividades dirigidas, como a montagem de circuitos motores, desafiando e ampliando os movimentos e a exploração de diversos materiais, com bolas grandes, pequenas, cordas, pneus, bambolês, bexigas, entre outros. O paredão de azulejo é um cantinho especial para pintar em pé com canetinha, giz de cera, giz de lousa e tinta, deixando ainda mais
bonito o nosso parque com as marquinhas que cada um faz. Um espaço que proporciona gargalhadas, gritos de alegria, imaginação, possibilidades com o corpo, interação com o outro, aproximação com a natureza, envolve muita magia... E não é de pó de pirilimpimpim! Luciane Comenale Professora do Minimaternal A e C
iniciação esportiva é um curso extra que se inicia na Educação Infantil e vai até o 5º ano do Fundamental, contemplando o desenvolvimento motor dos alunos e participando ativamente da construção de uma cultura corporal de movimento. O processo de ensino e da aprendizagem da iniciação esportiva deve obedecer a duas fases distintas: geral e especializada. Na iniciação geral, que ocorre até os 12 anos de idade, o objetivo maior é de formação, preparação do organismo para esforços posteriores, desenvolvimento das capacidades e habilidades físicas básicas e contato com os fundamentos das diversas modalidades, não deven-
do haver uma preocupação centralizada na competição esportiva. Na fase seguinte, a partir dos 12 anos, o adolescente deve ser orientado para a especialização esportiva.
É recomendado que seja feita uma abordagem de “estruturação e construção progressiva do rendimento”, ajustadas aos níveis de desenvolvimento. O esporte na infância re-
quer atenção e cuidados, uma vez que o estresse de competição, a saturação esportiva e as lesões são mais comuns em crianças que sofrem o processo de especialização esportiva precoce. Quando se fala em iniciação esportiva, a questão principal é a forma com que a criança é introduzida ao esporte. O desenvolvimento motor deve ocorrer de modo lúdico, despertando autoexpressão, sendo prazeroso, promovendo emoções positivas, além de ser apoio e exemplo aos familiares a um estilo de vida mais ativo e saudável. Boaz Oliveira Prof. de Educação Física, Natação e Iniciação Esportiva
Escola em Ação
Escola em Ação
Robótica no Jardim II
2º ano e o projeto “O carteiro chegou”
O
s alunos dos 2ºs anos iniciaram o primeiro projeto literário partindo da leitura compartilhada do livro paradidático “O carteiro chegou”, de Janet e Allan Ahlberg, Companhia das Letrinhas. A narrativa traz um carteiro como personagem principal. Sua tarefa consiste em entregar cartas para destinatários que são personagens das histórias dos contos infantis tradicionais. No decorrer da leitura, os alunos entram em contato, discutem e registram as principais características dos gêneros textuais em destaque, analisando os diversos propósitos de comunicação. No enredo, situações divertidas e envolventes. João, personagem conhecido da história “João e o pé de feijão”, mal tem tempo de agradecer ao gigante pelas ótimas férias no Rio de Janeiro, que sua galinha de ovos de ouro
lhe proporcionou. Cachinhos Dourados se desculpa com a Família Urso por ter causado confusão na casa e aproveita o momento para convidar o Ursinho para a sua festa de aniversário. E mais: o que seria da bruxa sem o catálogo de ofertas do Empório da Bruxaria, que este mês oferece uma promoção especial de mistura para torta “Menino Fofo”? Por isso, quando o carteiro chega é sempre uma festa e todo mundo o convida para entrar. Mas, às vezes, especialmente na casa do Lobo Mau, ele prefere recusar o chazinho e dar no pé o mais rápido possível. Além do livro, que é todo contado em rimas, cheio de cartas, postais, livrinhos, panfletos e convites, elaboramos cuidadosamente uma sequência didática, facilitando a reflexão coletiva, construção do conhecimento e aprendizagem compartilhada. Katia S. Cainzos Professora do 2º ano B
T
ornar o ensino desafiador, problematizador, articulado aos interesses dos alunos e atual: essa é a porta de entrada da robótica nas atividades do Jardim II. A robótica tem atividades que desafiam os alunos a resolver problemas com uso de diferentes materiais e sempre de maneira coletiva. Considerando a faixa etária, as aulas são realizadas por meio de atividades lúdicas, unindo a ação de aprender com a de brincar. É possível desenvolver no aluno a cooperação, a capacidade de solucionar problemas, o senso crítico, a autonomia e a socialização. Os alunos têm contato com diferentes materiais, como sucatas e kits de montagem (utilizamos também o kit educacional da Lego), de acordo com as propostas planejadas. Nas aulas de robótica, os alu-
Palavras técnicas como engrenagem, alavanca, entre outras, já fazem parte da rotina nas atividades lúdicas nos também iniciam o contato com alguns nomes técnicos de peças, como engrenagens, alavancas, roldanas, entre outras, assim como o seu funcionamento e diferentes aplicações, contribuindo, as-
sim, para a ampliação do seu vocabulário. No começo, eles são desafiados a encontrar soluções para a organização do material e a importância de se trabalhar cooperativamente.
Depois, podem explorar livremente, fazem listas e recebem algumas instruções para que prestem atenção em detalhes. Após as primeiras descobertas, contextualizamos uma atividade estruturada: uma questão a ser resolvida. A partir de uma história, os alunos têm o desafio de auxiliar o personagem a criar uma máquina para solucionar um problema. Tudo isso com a sua equipe. As soluções podem ser diversas e, inclusive, podem não atender o problema de maneira integral. No momento de socializar a produção, retomamos os objetivos do desafio e todas as soluções encontradas. As crianças gostam bastante de compartilhar suas ideias, cada uma no seu estilo, e todas são respeitadas. O ambiente se torna rico com a circulação do conhecimento. Ricardo Maia Encarregado de Tecnologia
E s p ec i a l
E s p ec i a l
Eduque desenvolvendo leitores “O objeto literário é um estranho pião, que só existe em movimento. Pra fazê-lo girar, é preciso um ato concreto, que se chama leitura e ele dura o tempo que essa leitura durar. Fora disso, só existem traços pretos sobre o papel.” Sartre A leitura está inserida no dia a dia da Eduque. Com livros nas mãos, crianças e adultos andam pelos corredores da escola e fazem circular o conhecimento, a ficção, a imaginação, o prazer de fazer parte de um universo que amplia o nosso próprio universo, o das palavras. O trabalho com as diferentes formas de leitura tem a intenção de que os alunos desfrutem da felicidade de ler, viajando junto com cada página dos diversos livros que são lidos ao longo dos anos. Conheça nossas práticas de leitura e veja como elas acontecem na Eduque!
Leitura Compartilhada Todos com o mesmo livro, aberto na mesma página, acompanhando a leitura feita pela professora. A Leitura Compartilhada é ótima oportunidade de vivenciar comportamentos e posturas adequadas: garantir um ambiente gostoso, iluminado e silencioso, manusear o livro com cuidado e atenção às trocas de páginas, associar as ilustrações aos textos lidos, marcar a página em que parou, caso vá continuar em outra ocasião, refletir sobre o que foi lido.
Clube de Leitores Semanalmente, as crianças escolhem um livro, de sala ou do acervo Multimídia para levar para casa, ler com a família e depois compartilham, recomendando e contando um pouco sobre a obra. Quando vivenciam essa prática, as crianças aprendem a falar sobre o enredo, definindo personagens, conflitos e a indicar a leitura. Também é uma ótima oportunidade de dividir momentos prazerosos e de aprendizado com a família!
Jardim de Leitura Uma vez por mês, as turmas vão à Multimídia para um encontro especial. O Evandro, responsável pelo local, prepara o ambiente e seleciona histórias para contar às crianças de uma maneira diferente. Os temas, sempre relacionados aos projetos desenvolvidos em sala de aula, ganham formas, cores e palavras em sua voz. Depois da leitura, sempre há uma atividade, algo que seja significativo e prazeroso para as crianças.
Leitura feita pela professora Diariamente, as professoras lêem para as turmas. Os livros, ora estão inseridos em projetos e sequências de atividades, ora são selecionados, pensando em proporcionar repertório em diferentes gêneros e estilos literários, assim como diferentes autores e ilustradores. Essas leituras têm como objetivo que as crianças se apropriem de características específicas da linguagem escrita, além de adquirir o prazer pela leitura.
Clube de Leitores Eduque Leitura de livros longos feita pela professora A partir do Jardim I, as crianças começam a ouvir histórias que estão contidas em livros mais extensos e clássicos da iiteratura, lidos em capítulos, pela professora. Essa prática de leitura é para que as crianças se apropriem de comportamentos de leitores mais experientes e aprendam a retomar os últimos acontecimentos do enredo antes de continuar a leitura e a redobrar a atenção ao texto, uma vez que é mais longo e contém um vocabulário mais específico e diferenciado. As crianças adoram essas leituras e aguardam ansiosas, a cada capítulo, os próximos acontecimentos das histórias.
Sessão simultânea de leitura Uma vez por mês, capas de livros e suas sinopses são afixadas num mural e as crianças de toda a escola escolhem uma delas para ouvir, sem saber quem contará e onde vai ser contada. As histórias têm sempre algo em comum: são do mesmo autor, sobre mesmo tema ou do mesmo gênero literário, por exemplo. No dia combinado, simultaneamente, as professoras leem esses livros para as crianças que os escolheram.
Com a colaboração dos profissionais, um acervo de literatura adulta foi organizado em nossa Multimídia. Quem tem livros em casa que já leu, traz para emprestar aos colegas. Periodicamente é montado, na sala dos professores, um painel de indicações, geralmente organizados por tema ou autor, com resenhas e críticas.
Café Literário Esse é um momento de saborear a leitura! Todas as vezes que a Eduque amplia o seu acervo, promovemos a divulgação dos novos títulos com um delicioso café literário, quando as educadoras são convidadas a conhecer as novas obras para incluir em seu trabalho com a literatura. É uma delícia!
novidades
Aconteceu Vinda do autor Ilan Brenman No dia 8 de abril, recebemos na Eduque o renomado escritor de livros infantis. O autor conversou com nossos alunos sobre a sua profissão, contou como é
o percurso de um texto até se tornar um livro, falou das diferentes e variadas obras que já publicou e de sua relação com o público infantil. Antes de recebê-lo,
V Congresso ICLOC Instituto Cultural Lorenço Castanho 2013 Seis projetos da Eduque foram aprovados e serão compartilhados com outros educadores do Brasil no V Congresso ICLOC de práticas na sala de aula, no dia 18 de maio na Fecap. Projetos que refletem o esforço coletivo por uma prática diferenciada. Parabéns aos profissionais da Eduque. Conheça os projetos selecionados: • Educação Financeira no Ensino Fundamental: 1º ao 5º ano • Cavernas Urbanas: Graffiti Digital – Jardim II • Olhadores – Minimaternal • Construção de identidade e autonomia - Minimaternal • Projeto Espaço Imaterial - Jardim II • Para Comer com os Olhos – Institucional
Escola Eduque
Av. Bosque da Saúde, 1404 - Bosque da Saúde, São Paulo - SP - 11 5581 0123 | 11 5594 1999 www.eduquenovaescola.com.br novaescola@novaescola-eduque.com.br www.facebook.com.br/escolaeduque
as crianças conheceram sua biografia e tiveram contato com suas obras. Cada turma, juntamente com a professora, leu um de seus livros para ampliar ainda
mais o conhecimento sobre o autor. Essa é uma ação de incentivo à leitura e à formação de leitores, tão presente em nossa prática educativa.
Novo site da Eduque Visando ampliar e melhorar a comunicação com as famílias, reconstruímos o nosso site. Incluímos mais opções de ícones para facilitar as informações institucionais, ampliando também a seção de Notícias, além de criarmos uma seção para blogs,
Revista Eduque em Ação e Eduque na Mídia. No acesso restrito, as famílias encontram os documentos da escola, informativos, listas e outras informações. Indicamos aos pais o acesso regular, estamos sempre atualizando com novas notícias!