Revista Artéria #08

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Revista da Associação Paulista de Medicina Regional SJCampos N0 08 - Junho/2010

os caminhos da

saúde

O charme dos nossos vizinhos Fonte no Cerro Santa Lucia em Santiago, o tradicional Café Tortoni em Buenos Aires e o Bairro La Boca (El Caminito), Buenos Aires. Abaixo, vista de Santiago com os Andes ao fundo


A Casa do Médico

é a sua casa! Participe das atividades da Associação Paulista de Medicina Regional São José dos Campos

Serviços oferecidos • Assessoria Jurídica • Videoteca Científica • Fotocópias e Fax • Internet • Auditório • Estacionamento • Interação com a comunidade • Jornal do Médico

Av. São José, 1.187 – Centro Tel. (12) 3922-1079 apmsjc@uol.com.br


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Para curtir o inverno Esta nova edição da revista Artéria já entrou no clima de inverno e traz leituras interessantes para curtirmos acompanhados de um vinho e do calor da lareira. Depois de saborear um delicioso cassoulet, cuja receita encontramos nestas páginas, podemos planejar nossa viagem a Santiago ou a Buenos Aires - cidades que podemos alcançar com três a quatro horas de voo (mais perto do que algumas capitais do norte e nordeste brasileiros) - e que ganham um charme todo especial nesta estação de temperaturas mais baixas. O período mais tranquilo, das férias esco-

os caminhos da

saúde

Revista da Assoc. Paulista de Medicina Regional São José dos Campos www.apmsjc.com.br

lares, é oportunidade para organizarmos nossas finanças pessoais, tudo de um jeito fácil e online, como ensinam nesta Artéria os engenheiros do ITA que criaram um site gratuito nessa área. E, para completar o tempo livre, aproveitando o conforto da nossa casa, boas dicas de livros também podem ser conferidas. Tendo um tempinho durante a semana, dê uma passada no IOV, para apreciar as obras da artista plástica Helena Freddi. Não estou fazendo propaganda da clínica, mas é que o espaço se transformou em uma verdadeira galeria de arte – coisa que falta em nossa cidade. Boa leitura! Lauro Mascarenhas Pinto

Nesta edição

Palavra do Presidente Dicas de leitura pág. 7 O charme dos nossos vizinhos págs. 8 e 9 Organize suas finanças pág. 10 Responsabilidade Social pág. 11 Esculápio ou Mercúrio? pág. 12

Presidente - APM Regional São José dos Campos

• Presidente: Dr. Lauro Mascarenhas Pinto • Vice-presidente: Dr. Sérgio dos Passos Ramos • 10 Tesoureiro: Dr. Gilberto Benevides • 20 Tesoureiro: Dr. Marco Antonio Fioravante • 10 Secretário: Dr. Fernando Martins Soares • 20 Secretário: Dr. Vitor Mercadante Pariz • Diretoria Defesa Profissional: Dr. Alexandre de Souza Muassab • Diretoria Científica: Dr. Gustavo Meneguelli Vieira • Diretoria de Comunicações: Dr. Julio César Teixeira Amado • Diretoria Social: Dra. Juana Montecinos Maciel, Dr. Carlos Alberto de Queiroz Carvalho, Aniete Carolina Camargo R. Castro • Diretoria Cultural: Dr. Hélio Alves de Souza Lima • Diretoria de Esportes: Dr. Álvaro Vieira de Almeida Junior • Conselho Fiscal: Dr. Pedro Roberto Alves Ribeiro, Dr. Luiz Alberto Siqueira Vantine, Dra. Maria Margarida Fernandes Alves Isaac • Suplentes Conselho Fiscal: Dra. Carmem Thereza Pricoli Quaglia, Dra. Nereusa Martins Barros Moreira Lemos • Delegados: Dr. Francir Veneziani Silva, Dra. Therezinha Veneziani Silva • Diretora da 3a Distrital: Dra. Silvana Morandini • Textos: PontoDoc • Projeto Gráfico/editoração: Blessed Produção Gráfica •Impressão: Resolução Gráfica • Para anunciar: Contato: Edvânio Silva • edblessed@gmail.com • Tels. (12) 8145-6620 - 8812-8062 Toda matéria assinada é de responsabilidade do autor


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memória

Exposição relembra bomba de Hiroshima No dia 2 de agosto, às 19h, a Associação Paulista de Medicina (APM) abre a exposição Hiroshima, em sua sede, na capital, com sessões de filmes, fotos e pôsteres fotográficos que contam a história do lançamento da bomba de Hiroshima e suas terríveis consequências. A explosão atingiu a cidade japonesa no dia 6 de agosto de 1945, às 8h45, após o fim da Segunda Guerra Mundial. O material vem diretamente do Japão para a exposição e integra o Movimento Pela Paz, liderado pela APM. A exposição é aberta ao público e poderá ser estendida às escolas, médicos e entidades médicas, entre outros. “O evento é um alerta. A bomba atômica é algo terrível, que não deve ser utilizado jamais, pois devasta tudo ao seu redor”, diz Milton Massato Hida, coordenador da exposição. “São cerca de 160 sobreviventes da bomba morando em São Paulo, que precisam de cuidados de saúde constantes, até porque já atingiram a faixa dos 60, 70 anos de idade. O intuito, com a exposição, é ressaltar a importância do atendimento às vítimas até hoje”, completa. Segundo Hida, a iniciativa é o primeiro passo de uma série de atividades que serão desenvolvidas pela APM em relação à aproximação e ao cuidado com os sobreviventes. A bomba que atingiu Hiroshima, batizada de Little Boy, devastou tudo em um raio de dois quilômetros. A onda de calor provocada pela explosão emitiu raios térmicos de radia-

ção ultravioletas, ofensivos à saúde. Os habitantes que estavam a um quilômetro do epicentro da bomba morreram instantaneamente, desintegrados, o que dificultou ainda mais a busca por sobreviventes. Quem sobreviveu teve que lidar com as graves consequências físicas da exposição à radiação. Os mortos chegaram a 250 mil. “Até hoje morrem pessoas diariamente por conta da bomba. É preciso conscientizar as pessoas de que a paz deve ser atingida sem bombas”, finaliza Hida.

Mais informações: Departamento Cultural da APM (11) 3188-4304 - pinacoteca@apm.org.br Fonte: site da APM

Bomba atômica: sobreviventes precisam de cuidados constantes

Hiroshima após a bomba atômica

Você sabia? A APM mantém uma coleção de obras de arte em sua Pinacoteca. O acervo começou a ser formado em 1948 pelo então diretor de Cultura Geral, Ernesto Mendes. Hoje é constituído por 35 obras, abarcando o período de 1930 a 1950, que representam um roteiro histórico da época de formação e consolidação do movimento modernista brasileiro (Tarsila do Amaral, Anita Malfati, Di Cavalcanti Lasar Segall). Possui também entre os seus expoentes representantes do denominado Grupo Santa Helena (Rebolo, Bonadei, Volpi, Clóvis Graciano e Zanini). Saiba mais no site da APM – www.apm.org.br

informe publicitário

COAGULAÇÃO Iniciado após lesão do vaso sanguíneo e consequente dano às células endoteliais, o processo de coagulação desencadeia a formação do tampão hemostático, que solidifica-se devido a formação de fios de fibrina resultantes da ação dos fatores de coagulação. O coágulo formado no sítio da lesão representa processo crítico para a manutenção da integridade vascular, dessa forma os mecanismos envolvidos nesse processo são regulados simultaneamente, de modo a contrapor-se à perda excessiva de sangue e evitar a formação de trombos intravasculares. Caracterizada por uma série de fatores físicos e reações bioquímicas, a hemostasia garante a fluidez sanguínea pela interação dos fatores de coagulação, estes que em meados da década de 1960 foram separados em duas vias, intrínseca e extrínseca, convergendo em um ponto comum. No entanto, com o advento de novas pesquisas, atualmente, acredita-se

que in vivo essa distinção não ocorra e que, portanto, atuem de forma interativa. Todavia, a diferenciação do processo hemostático em duas vias ainda é útil no que diz respeito a interpretação laboratorial de rotina da avaliação hemostática. Distúrbios no processo hemostático podem ser detectados por meio de uma série de determinações laboratoriais, as quais são de particular importância para o diagnóstico clínico e para a monitorização da terapêutica anticoagulante. Ao longo de muitos anos as determinações laboratoriais foram realizadas por testes de screening, como o tempo de sangramento e tempo de coagulação, porém, em virtude da inespecificidade, baixa sensibilidade e baixa reprodutibilidade destes, hoje, não apresentam mais finalidade diagnóstica. Na rotina laboratorial, os exames até então realizados, foram substituídos por outros com maior especificidade e sensibilidade, como tempo de ativação da protrombina (TAP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa), os quais avaliam os fato-

res das vias extrínseca e intrínseca da cascata da coagulação, respectivamente. Dentre os importantes exames laboratoriais envolvidos na avaliação do processo de coagulação, cabe ainda mencionar a dosagem de fibrinogênio, teste este bastante representativo no que se refere a diagnóstico de distúrbios da coagulação como hipofibrinogenemias, disfibrinogenemias e coagulação intravascular disseminada (CIVD), além de casos de hepatopatias. Dessa maneira, testes específicos da coagulação (TAP, TTPa e contagem de plaquetas) são indicados e agrupam-se no que laboratorialmente denomina-se Coagulograma, o qual já abrangeu uma série de exames, mas atualmente restringe-se àqueles de comprovada eficácia diagnóstica. Texto: Luciane Loesch de Souza Farmacêutica Bioquímica – Quaglia Laboratório


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arte&cultura

Exposição inaugura IOV de Taubaté

A nova unidade do IOV foi inaugurada com exposição do artista George Gutlich

Sala de quimioterapia

Com a abertura da primeira exposição do Projeto Arte & Vida na cidade, o IOV - Instituto de Oncologia do Vale inaugurou, no dia 7 de maio, sua unidade em Taubaté. A nova clínica foi estruturada nos mesmos moldes da sede de São José dos Campos, com equipe multidisciplinar formada por médicos, assistente social, psicóloga, nutricionista, enfermeira especializada em oncologia, farmacêutica, pessoal administrativo, entre outras especialidades. “Temos equipamentos

Da esq. para a dir.: Fernanda Paim, gerente de relacionamentos do IOV Taubaté, Dr. Frederico Pinto, diretor executivo do IOV, George Gutlich e Daniela Palma, gerente de relacionamentos do IOV São José dos Campos

Helena Freddi em São José Até o dia 10 de agosto, a comunidade de São José dos Campos pode visitar a exposição “O peixe vermelho e outras histórias”, da artista Helena Freddi, no Instituto de Oncologia do Vale (R. Major Antonio Domingues, 472 – Centro). A segunda mostra de 2010 do projeto Arte & Vida traz gravuras em metal com diversos processos de inclusão de cores. Todas as obras são baseadas em lembranças da infância da gravadora, que fez uma palestra na abertura. “Meus trabalhos têm uma memória tanto pessoal quanto cultural, pois são baseados em minhas próprias experiências”, afirmou. A exposição está aberta ao público às terças e sextas-feiras das 15h às 18h.

e materiais de primeira qualidade, além de um espaço aconchegante e agradável para receber os pacientes, o que é fundamental”, explica Fernanda Padim a gerente administrativa e de relacionamentos do IOV Taubaté. A unidade está dividida em quatro consultórios e uma sala de quimioterapia com seis lugares, além de quatro boxes com divisão, sendo dois com cadeiras e dois com camas de observação. O IOV conta ainda com uma farmácia com “sala limpa”, única na região em total conformidade com as normas ABNT. A farmácia com “sala limpa” é um ambiente controlado, onde a contaminação por partículas presentes no ar não interfere na preparação dos quimioterápicos. O local possui certificação ISO classe 5, que corresponde às instalações, e ISO classe 8, que garante que o número de partículas está adequado à finalidade do ambiente. A meta inicial da nova unidade é conquistar a Acreditação com Excelência pela Organização Nacional de Acreditação – ONA, certificação de qualidade já conquistada pela unidade de São José dos Campos. Arte & Vida Com a proposta de oferecer, além do serviço de oncologia, um atendimento humanizado e proporcionar a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, o IOV levou para Taubaté o projeto Arte & Vida – desenvolvido com sucesso há dois anos em São José dos Campos. A primeira exposição realizada na nova unidade teve como tema “Arte e Imaterialidade” e mostrou obras do artista e curador do projeto, George Gutilich. Os trabalhos expostos se inspiram em árvores, ruínas de antigas empresas taubateanas e leituras do universo lúdico de seus filhos. “É encantador ver um espaço como o do IOV se tornar um centro de discussão de arte. Sabemos que um tratamento oncológico geralmente é muito doloroso e a dor também pode ser reveladora, pois é nesses momentos que a nossa sensibilidade aflora”, descreveu o artista durante a palestra realizada na inauguração. O projeto Arte & Vida realiza exposições temporárias nos espaços internos da clínica, que cumprem um papel humanístico, auxiliando na melhora do dia a dia no ambiente hospitalar e na recuperação e bem-estar dos pacientes.


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gastronomia

Cassoulet: a feijoada branca Com a chegada do inverno, nosso organismo (e o nosso paladar!) pedem para saborear pratos mais suculentos e substanciosos, como uma bela feijoada, ou um leitão à pururuca. Mas, se a ideia é trocar a caipirinha por um bom vinho tinto encorpado, que tal buscar inspiração em terras além-mar? O cassoulet é uma especialidade gastronômica de origem francesa da região de Limousin (sudoeste do país), em especial das cidades de Carcassonne, Castelnaudary e Toulouse. Tem distintas versões, mas é feito basicamente com feijão branco e carne, principalmente de porco e embutidos (linguiças). Algumas receitas incluem também o confit d’oie (confit de ganso), confit de canard (confit de pato) e até carne de perdiz ou cordeiro, dependendo da temporada do ano ou da variedade local. No Brasil, há ótimas adaptações (veja nesta página). Origem Conta-se que foi o território de Castelnaudary, durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), a testemunhar o primeiro cassoulet, então preparado com favas. Reunindo todos os mantimentos disponíveis, os cozinheiros dessa época longínqua prepararam um prato único composto de favas e carnes diversas, para dar força aos corajosos defensores da cidade. A receita do cassoulet tinha nascido. Após esta farta refeição, regiamente regada a vinho tinto, os habitantes de Castelnaudary avançaram sobre o exército inglês que, tomado de pânico, teria levantado acampamento e batido em retirada, não parando de correr enquanto não avistou as margens do Canal da Mancha. Diz a lenda... Os feijões brancos, trazidos da América por Cristóvão Colombo, substituiram as favas a partir do século XVI.

O cassoulet de Castelnaudary

Receita brasileira O cozinheiro e padeiro francês Olivier Anquier, que vive no Brasil, dá a sua versão para o preparo da receita em nosso país. Para 5 pessoas Ingredientes • 500 g de feijão branco • 150 g de toucinho defumado picado • 1 kg de lombo de porco • 800 g de linguiça fresca • 2 cenouras inteiras • 2 cenouras picadas • 1 cebola grande, com alguns cravos espetados • 1 cebola picada • 6 dentes de alho descascados, inteiros • 5 tomates sem pele e sem sementes • 150 ml de vinho branco • 1 talo de salsão picado • 1 talo de alho poró picado • 1 bouquet garni (maço de salsa, tomilho, alho poró, salsão e louro) • Sal e pimenta-do-reino a gosto • 200 g de caldo de frango pronto • Farinha de rosca ou migalhas de pão Prepare assim Deixe o feijão de molho por 12 horas; Cozinhe-o com as cenouras inteiras, a cebola com cravo, 3 dentes de alho e o bouquet garni, por 1 hora; Em uma panela grande, frite o toucinho, em fogo baixo, até que fique crocante e solte bastante gordura. Retire da panela e reserve. Na gordura que sobrou na panela, frite a lingüiça, retire e reserve; Tempere o lombo com sal e pimenta e frite ainda na mesma gordura da panela (se necessário, acrescente um pouco de óleo). Retire e reserve; Acrescente a cenoura e a cebola picadas, o salsão, o alho poró e os 3 dentes de alho restantes à panela, e deixe dourar um pouco. Acrescente o vinho branco e o caldo, e deixe reduzir um pouco; Acrescente os tomates e as carnes reservadas e cozinhe por 1 hora e meia (ou até que as carnes fiquem macias); Em uma panela que possa ir ao forno, alterne camadas de feijão, o caldo do cozimento das carnes e as carnes; Salpique a farinha de rosca e leve ao forno por 1 hora; Sirva bem quente. Obs.: Na França este é um prato único, que pode ser acompanhado de pão; no Brasil, é costume ter o arroz como guarnição Harmonização • Viña Hormigas Reserva Malbec 2006, Altos Las Hormigas, Argentina (Mistral, R$ 96,07) • Esporão Garrafeira 2005, Herdade do Esporão, AlentejoPortugal (Qualimpor, R$ 207,00)


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dicas de leitura

Alzheimer - A Doença da Alma

Todo paciente tem

Relata a descoberta, a inquietação do portador, seu sofrimento interior e sua sutil e aparente mudança de comportamento com o mundo ao seu redor, assim como, as conseqüências da doença com relação à família e à sociedade. Propostas e indicações para dúvidas comuns quanto à maneira de lidar com o dia a dia do portador da doença, como organizar e providenciar meios para tornar melhor a vida da família sobre diversos temas como: finanças, curatela, direitos dos idosos, institucionalização, higiene e conduta apropriada diante de situações embaraçosas. E também temas diversos acerca dos problemas naturais conseqüentes das complicações da doença de Alzheimer, bem como onde encontrar ajuda governamental: indicações de redes estaduais de assistência à saúde do idoso com doença de Alzheimer no Brasil.

uma história para contar

Autor: Laura Botelho Editora: Russell R$ 35,00 na Livraria Cultura (Internet)

Mistérios médicos e a arte do diagnóstico A prática médica tem um aspecto sherlockiano: a arte do diagnóstico. Munido de pistas relatadas pelo paciente e provas fornecidas pelos exames físicos e de laboratório, o médico tem que desvendar o enigma, resolver o caso e, em última instância, salvar uma vida. Esse livro permite ao leitor testemunhar o processo de solução de diversos casos misteriosos, cheios de pistas falsas, pseudossoluções e desafios. Autora da coluna que inspirou a aclamada série de TV House, a dra. Lisa Sanders afirma que apesar de tantos recursos para identificar uma doença, atualmente ainda há muitas falhas de diagnóstico e exames mal interpretados. E faz uma reflexão pioneira sobre os dilemas da medicina diagnóstica em nossa era de alta tecnologia.

Autor: Lisa Sanders Editora: Jorge Zahar R$ 36,00 na Livraria Cultura (Internet)


Inverno de ch

turismo

Considerada a mais européia das capitais latinoamericanas, Buenos Aires ganha um charme todo especial com a chegada do inverno. A paisagem urbana emoldurada pela arquitetura neoclássica e movimentada pelo vai-e-vem dos elegantes argentinos, com seus sobretudos escuros, luvas e cachecóis, compõe um cenário que fascina cada vez

cado de da cidade. Na foto acima, o Mer Buenos Aires: O elegante centro onde on, Lond Café o ita, dire à o. Abaixo, Antiguidades no bairro San Telm rvada, e as janelas rese a mes uma pre sem a tinh o escritor Julio Cortázar inito, no bairro La Boca. coloridas no quarteirão do El Cam

mais os brasileiros. A vida cultural efervescente, a excelente gastronomia, os vinhos de qualidade e a proximidade geográfica (menos de três horas de avião, partindo de São Paulo) completam o rol de argumentos irrefutáveis a favor dessa viagem. Buenos Aires, seja para os que a visitam pela primeira vez, seja para os reincidentes (que não são poucos), sempre vale a pena! Do outro lado da Cordilheira dos Andes, menos badalada que sua vizinha portenha, Santiago encanta pelas construções ultramodernas em contraste com os prédios históricos, as largas avenidas, o comércio pujante e, mais que tudo, pela cordialidade e simpatia dos chilenos. Também a poucas horas de avião, partindo de São Paulo, a capital chilena vale a viagem, principalmente para os amantes da boa mesa e de um bom vinho. Cercada pelos Andes, é uma das cidades mais modernas da América do Sul. Entre seus atrativos estão inúmeros parques, museus, igrejas e uma intensa vida noturna. No inverno, a temperatura fica poucos graus acima de zero, o que dá à cidade um atrativo especial, além da bela paisagem.


harme

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Catedral Metropolitana de Santiago, na Praça das Armas

Quando for a Buenos Aires Se está indo pela primeira vez, não deixe de fazer um tour pelos pontos turísticos tradicionais – a Casa Rosada, o complexo do El Cabildo, o bairro La Boca, a Calle Florida, os jardins de Palermo, a Avenida Nove de Julio, o recém reinaugurado Teatro Colón, o elegante bairro da Recoleta, a feirinha de antiguidades de San Telmo, a região de Porto Madero, onde se concentram vários restaurantes. Se está voltando à capital argentina, procure conhecer melhor os espaços culturais, como o Malba – Museu de Arte Latinoamericano; percorra a Avenida Corrientes, repleta de teatros, livrarias e sebos; passeie pelo Jardim Japonês; no final da tarde, peça uma taça de vinho (ou uma cerveja Quilmes) no lendário Café Tortoni, acompanhada de um de seus deliciosos sanduíches. Entre uma comprinha e outra nas Galerias Pacífico, faça uma pausa para conhecer o Centro Cultural Borges, que fica no mesmo prédio. Na hora do almoço, não perca os suculentos e saborosíssimos bi-

Pórticos no centro de Buenos Aires. Ao lado, as entradas das estações de metrô de Santiago, que lembram as de Madri e as garrafas de vinho na vinícola Casillero del Diablo, nos arredores de Santiago; ao fundo, a sombra do “Diablo”

fes de chorizo (contra-filé), acompanhados de batatas fritas “grávidas” (estufadas). Já o jantar pede requinte, que pode ser encontrado em Palermo ou Porto Madero. Ah, e reserve um tempo para voltar aos lugares de que mais gostou na primeira vez. Quando for a Santiago Saboreie um ceviche e pratos com frutos do mar no Mercado Municipal; passeie pelo Cerro Santa Lucia e admire a vista da cidade; caminhe pelas largas avenidas de arquitetura moderna e arrojada; programe jantar em um dos elegantes restaurantes da região de Bellavista, Providencia ou Calle Lastarria; reserve um ou dois dias para visitar as vinícolas que ficam nos arredores (entre elas a Santa Rita e a Casillero del Diablo); se tiver tempo, visite o balneário de Viña del Mar, na província de Valparaíso. Conheça pelo menos um dos enormes shopping centers da cidade – lojas bonitas e bem decoradas e produtos para todos os gostos e bolsos.

Mais informações: • www.progaleriaspacifico.com.ar • www.ccborges.org.ar • www.ohbuenosaires.com • www.mibsasquerido.com.ar • www.santiagodechile.com • www.santiago.cl • www.vinadelmar.cl

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planejamento

Site gratuito orienta finanças pessoais A crise econômica mundial de 2008 não atingiu o bolso dos brasileiros com a mesma intensidade verificada na Europa e nos Estados Unidos. Pelo contrário. Na época, o crediário fácil, com prazos extensos para pagamento, estimulava os consumidores a gastar, seduzidos por prestações de R$ 20 para a compra de um eletrodoméstico, 72 meses para pagar um automóvel, ou parcelas de imóvel inferiores a valores de aluguel. O resultado dessa festa não poderia ser outro. Após a febre do consumismo sem controle, veio a ressaca do endividamento. O site gratuito Minhas Economias (www. minhaseconomias.com.br), criado e desenvolvido por engenheiros do ITA, surgiu nesse contexto, com o objetivo de oferecer a

todos os públicos uma ferramenta de educação financeira. “Começamos a dar apoio a amigos e familiares em questões financeiras e percebemos a grande lacuna que existe nesse campo, até mesmo entre pessoas com ótimo nível de escolaridade”, conta Décio Kimura, um dos idealizadores da iniciativa. Da simples idéia de disponibilizar uma planilha eletrônica que pudesse ser baixada e preenchida, o projeto evoluiu para um site bem mais completo e abrangente. Além de registrar na planilha suas receitas e despesas, o usuário pode visualizar gráficos e relatórios que mostram para onde está indo seu dinheiro (vestuário, saúde, casa, escola etc) e onde ou seu orçamento prévio “estourou”. “Queríamos fazer um trabalho socialmente relevante”, afirma Kimura. E não se deram por satisfeitos. “Apesar do constante aumento de cadastros (20% a 30% ao mês, desde maio de 2009), concluímos que somente a ferramenta não seria suficiente para que alguém conseguisse mudar o seu comportamento, passando a controlar sua vida econômica de maneira efetiva. Seria preciso educá-lo financeiramente”. Foi então criado um blog com textos apostilas e dicas de economia – tudo gratuito. O passo seguinte foi desenvolvimento de um curso presencial em Educação Financeira, com ênfase em públicos de baixa renda, o qual já está sendo aplicado e continuamente melhorado através de parcerias. “Nosso intuito, agora, é ampliar cada vez mais o universo de indivíduos e famílias beneficiados”, diz o engenheiro. Segurança O Minhas Economias trabalha com os mesmos mecanismos de segurança utilizados por bancos e realizadores de transações financeiras via Internet. Porém, o mais importante é que o Minhas Economias parte da premissa do anonimato do usuário. Para fazer o cadastro, a pessoa usa um e-mail e também uma senha específica para acessar o Minhas Economias. Em nenhum momento é solicitada alguma informação que possa direta ou indiretamente ligar o e-mail à pessoa e identificá-la no uso do site. Não é necessário dar o nome completo, dados bancários ou números de documentos pessoais, como CPF ou RG.


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responsabilidade social

Participe desta alegria!

Não faltou chocolate na Páscoa da Creche Nossa Senhora do Patronato; Juana Montecinos Maciel foi a “ajudante” do coelhinho da Páscoa (Silvana Morandini)

“Este presente eu não largo por nada!” – Natal Solidário na Creche Nossa Senhora do Patronato; ao fundo Lauro Mascarenhas Pinto e Silvana Morandini

As “palhaças” Silvana Morandini e Nereusa Lemos radiantes de alegria com os inúmeros brinquedos doados pelos colegas no Dia das Crianças

Silvana Morandini (Papai Noel) e Aniete Castro (duende), na Comunidade Beira Rio

Colegas médicos e seus pacientes participam ativa e assiduamente com doações; na foto, Silvana Morandini e Lauro Mascarenhas Pinto

O coelhinho (Aniete Castro) adoçou e iluminou a Páscoa da Comunidade Beira Rio

A APM Regional São José dos Campos mantém o compromisso de levar carinho, atenção e alegria às crianças e famílias da Creche Nossa Senhora do Patronato e à Comunidade Beira Rio, principalmente nas datas comemorativas (Natal, Páscoa e Dia das Crianças). Os presentes também são importantes, é claro, mas o sorriso dos pequenos não seria o mesmo sem a presença animada dos nossos palhaços, do nosso coelhinho, do nosso Papai Noel. A maior incentivadora e entusiasta da iniciativa de Responsabilidade Social da APM é a colega Silvana Morandini – que literalmente encarna os personagens da festa. Ela conta com o apoio integral da Diretoria da APM, mais especificamente do presidente Lauro Mascarenhas Pinto e das diretoras Nereusa Lemos, Juana Montecinos Maciel e Aniete Castro. Nos últimos anos, a colaboração dos colegas e seus pacientes na doação de brinquedos, ovos de Páscoa e cestas básicas tem sido fantástica – uma parceria de total sucesso. Por isso, convidamos você a ver de perto o resultado de sua contribuição material, vivenciando a gratificante experiência de levar os presentes às famílias e crianças. Participe desse momento único em que o seu abraço vale mais do que o melhor brinquedo. Informe-se na APM Regional (39221079) sobre as datas e horários.


história

Esculápio ou Mercúrio? Qual o símbolo verdadeiro da medicina? Você, que é médico, provavelmente apontará a imagem da esquerda na figura. Mas muitos leigos não saberiam responder à pergunta. Isso porque os dois podem ser encontrados em materiais de divulgação e documentos relacionados à medicina, embora só um deles devesse ser utilizado, segundo os estudiosos. O bastão com uma única serpente está ligado a Esculápio (Asclépio, em grego) – deus da medicina, e o bastão com duas serpentes, chamado caduceu, é associado a Mercúrio (Hermes), deus do comércio, das comunicações, dos viajantes e das estradas.

O bastão de Esculápio, símbolo da medicina, e o caduceu de Mercúrio, símbolo do comércio

“A confusão entre o bastão de Esculápio e o caduceu de Mercúrio é antiga e existe desde a Renascença. O bastão de Esculápio com uma serpente enrolada sempre foi o símbolo da atividade médica. Em 1919 a American Medical Association e em 1956 a World Medical Association o adotaram como seus símbolos”, afirma o médico Paulo R. Prates, do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, no artigo “Do Bastão de Esculápio ao Caduceu de Mercúrio”. “O uso do caduceu é mais antigo que o bastão de Esculápio e sempre esteve relacionado ao comércio”. De onde teria surgido esse mal-entendido entre os símbolos? A primeira causa seria a coincidência da presença da serpente, que desde o tempo dos babilônios esteve relacionada com à cura e, portanto, com a atividade médica, segundo Prates. Outro motivo é que o caduceu pertencia a Apolo, que o deu a Mercúrio em troca de uma lira. Apolo é também considerado como deus da medicina pelos gregos e considerado o inventor da arte de curar. O fato de ser usado nos campos de batalhas na procura

Estátuas de Esculápio e Mercúrio, no Museu Chiaramonti, no Vaticano

de feridos e mortos também o confunde com a atividade médica. Outro fato importante é a associação do caduceu à alquimia na Idade Média, daí a sua ligação aos medicamentos e a medicina. Mas, certamente, o motivo principal da confusão nos tempos atuais foi a publicação das obras de Hipócrates em grego pelo tipógrafo suíço Johannes Froben, em 1538. O caduceu era o símbolo de sua tipografia e como tal, foi estampado na página frontal do livro. Fonte: Artigo “Do Bastão de Esculápio ao Caduceu de Mercúrio”, Paulo R. Prates – Arquivos Brasileiros de Cardiologia


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artigo

Os médicos que estamos formando para cuidar das novas gerações Semanas atrás, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o fechamento do curso de medicina da Universidade Iguaçu, em Nova Iguaçu (RJ), que oferecia anualmente 200 vagas. Outros oito cursos de medicina no país também corriam risco de sofrer cortes. São eles o Centro Universitário de Volta Redonda (RJ), Faculdade de Medicina do Planalto Central (DF), Universidade de Ribeirão Preto (SP), Universidade de Marília (SP), Universidade Severino Sombra (RJ), Faculdades Integradas Aparício Carvalho (RO), Faculdade São Lucas (RO) e mais um da Universidade Iguaçu, desta vez no campus de Itaperuna (RJ). Foram decisões tomadas por uma comissão de especialistas do MEC, presidida pelo Dr. Adib Jatene, que visa fiscalizar a qualidade do ensino da medicina. Há de se elogiar tal encaminhamento. No entanto, é mister reconhecer que se trata de medida tímida diante do caos instaurado faz décadas nos cursos de formação médica. Hoje, muitos deles não têm currículo adequado e apresentam corpo docente de capacitação duvidosa. É comum, por exemplo, ver faculdades sem hospital-escola, sendo que é impossível aprender medicina sem contato com pacientes. A verdade é que o sistema educacional

no Brasil fez opção pela quantidade, deixando em último plano a excelência na qualificação. Faculdades médicas passaram a ser criadas sem critério, apenas para atender à ganância de maus empresários da educação. O resultado é que no Brasil a concentração de médicos cresce a níveis jamais vistos. Recente levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que, entre 2000 e 2009, a quantidade de médicos aumentou 27% – de 260.216 para 330.825. No mesmo intervalo de tempo, a população brasileira cresceu aproximadamente 12%, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, havia no país um médico para cada grupo de 658 habitantes; em 2009, a situação passou a ser de um médico para 578 habitantes. O Brasil de 2010 é recordista mundial em número absoluto de faculdades de medicina. Não é uma boa notícia, ao contrário do que podem pensar os desavisados. Formamos muito, mas formamos mal. Resultado: vários dos profissionais colocados no mercado representam perigo à saúde e a vida dos cidadãos. Está aí o crescimento constante de denúncias nos conselhos regionais de medicina sobre erros médicos. Nesta linha de reflexão, chamo também atenção para a inoportuna proposta do Mi-

Anuncie para quem faz

nistério da Saúde de formar médicos para o Sistema Único de Saúde. É preciso que se entenda que o médico tem que ser o mais bem formado possível, para que, onde quer que trabalhe, exerça a medicina de alto nível, de acordo com os princípios éticos da prática médica. Essa discriminação esbarra na falta de humanismo e, evidentemente, ou é proposta por bacharéis em medicina que procuram, para seus familiares, os melhores médicos e hospitais, ou por não-médicos que se acham conhecedores do problema dentro de uma política puramente populista. Precisamos de mais rigor nesta área, assim como necessitamos dar um basta na abertura indiscriminada de escolas médicas. Medicina e saúde são coisas muito sérias e, por isso, o foco deve estar na boa formação do médico, permitindo que ele esteja preparado para atuar em qualquer esfera, não apenas no SUS. O bom nível da assistência é um direito garantido pela Constituição Federal e é o que devemos oferecer à atual e às novas gerações.

a diferença

Anunciar para o público médico é divulgar sua marca para um leitor altamente qualificado, multiplicador e formador de opinião. UI CO LO QU E SU A MA RC A AQ

os caminhos da

saúde

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Professor Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica – artigo publicado em 21/05/2010 no site da APM – www.apm.org.br


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entrevista

Doando vida ao próximo Um universo de 130 mil doadores compõe o cadastro do Serviço de Hematologia e Hemoterapia de São José dos Campos (SHH). Graças a eles, a região não sofre o problema da falta de sangue. Em entrevista à revista Artéria, o diretor do SHH, Cláudio Pessoa de Melo, fala sobre esse importante serviço e as perspectivas nessa área. Qual a área de abrangência do Serviço de Hematologia e Hemoterapia de São José dos Campos (SHH)? O Serviço de Hematologia e Hemoterapia de São José dos Campos (SHH) atende atualmente 32 hospitais e clínicas de São José dos Campos, Jacareí e parte de Taubaté. Entre os hospitais com maior demanda de atendimento estão o Hospital Municipal de São José, o Hospital Pio XII e a Santa Casa de São José. O sangue é utilizado, principalmente em casos de emergência, nos Centros Cirúrgicos e UTIs, em cirurgias complexas como as cirurgias cardíacas e para pacientes oncológicos e hematológicos. O SHH criou o primeiro Laboratório de Biologia Molecular do Vale do Paraíba. Quais as perspectivas nessa área? O Laboratório de Biologia Molecular, primeiro do gênero no Vale do Paraíba, foi criado em 2005 e realiza exames de carga viral para portadores de HIV e Hepatite C, permitindo ao médico, a partir da quantidade

O SHH em números • Recebe, em média, 24 mil doadores de • • • • • • • •

sangue por ano Cerca de 2 mil doadores por mês Média de 100 doadores por dia 62% dos doadores são voluntários 50% dos doadores são de repetição, ou seja, voltam para uma nova doação 72% doadores são homens 28% dos doadores são mulheres 35% têm entre 18 e 29 anos Realiza 3 mil transfusões por mês

de vírus detectada, decidir a melhor forma de tratamento, acompanhar a evolução da doença e avaliar a eficácia dos medicamentos utilizados. No laboratório também é feita a sexagem fetal, um exame que permite a identificação do sexo de bebê com apenas 8 semanas de gestação. O domínio das técnicas de biologia molecular foi um passo importante para a implantação, no final do ano passado, do Teste de Ácido Nucléico (NAT) em 100% das bolsas de sangue processadas pelo SHH. A nova técnica, que ainda não é obrigatória no Brasil, permitiu um aumento da segurança do sangue que é transfundido. O sangue é um material que não pode ser comercializado por quem o fornece (por isso, se chama doador). É difícil depender da conscientização e da boa vontade das pessoas para obter a sua matériaprima essencial? O número de doadores no Brasil está crescendo ou diminuindo? O número de doadores de sangue está crescendo sim, todavia, esse crescimento não é proporcional à necessidade. Hoje se usa mais sangue que no passado. Os hospitais fazem mais cirurgias cardíacas, há mais pacientes com câncer em tratamento que necessitam de transfusões. Além disso, a expectativa de vida das pessoas é maior. Na região atendida pelo SHH, felizmente, não há falta de sangue. A população responde com frequência ao nosso chamado. Prova disso é que hoje temos um cadastro de 130 mil doadores. Recebemos, em média, 24 mil doadores por ano, sendo que 62% deles são voluntários, ou seja, doam sangue espontaneamente sem que haja um parente ou amigo precisando de transfusão no hospital. Essa posição confortável é fruto de um trabalho constante de divulgação da doação de sangue. Ainda hoje nossa equipe fala sobre a doação e esclarece uma série de dúvidas sobre o assunto. São mitos como, por exemplo, de que doar sangue engorda, dá coceira etc e que não têm nenhum fundamento. Por isso mesmo,

o trabalho de conscientização tem que ser contínuo. Nossa missão é ajudar a salvar vidas na região e trabalhamos com afinco para conquistar novos doadores ou ainda incentivar as pessoas para que façam da doação um hábito em suas vidas. A disseminação da AIDS no mundo foi um divisor de águas na área de hematologia? Foi a partir daí que as normas e técnicas de segurança se intensificaram e se tornaram mais rígidas? Sim, o advento da AIDS foi decisivo para os bancos de sangue. Foi quando o governo começou a legislar com mais frequência, com uma exigência maior em cima da atividade hemoterápica no Brasil. Como serão os próximos 30 anos do SHH em termos de crescimento e modernização? A biologia molecular será o futuro do sangue. Exames mais sofisticados aumentarão a precisão dos diagnósticos. As técnicas estão em franca evolução e modificarão por completo o serviço de coleta e distribuição de sangue. Com o barateamento das técnicas de mapeamento do DNA, a medicina dará um grande salto. O futuro também está na área de terapia celular, não só nas células hematopoéticas, mas também de células de outras fontes.


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Responsável técnico: Alberto Carisio Nasciutti - CRM 89.259/SP

SANTOS DUMONT HOSPITAL UM ANO DE VIDA E O PRIMEIRO EM TECNOLOGIA DE PONTA E QUALIFICAÇÃO DO CORPO CLÍNICO.

Nestes 12 meses, o Santos Dumont Hospital trouxe para São José dos Campos e região um novo modelo de atendimento médico-hospitalar. Tornar-se referência na região requer seriedade e atenção contínuas, qualidades que o Santos Dumont Hospital possui desde sempre.

Para o futuro, o que nos espera, é ser sempre o primeiro lugar para você.


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