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R$ 14,90

Degustação

Veneza

Experimentamos as safras de 2000 a 2006 da cerveja do imperador espanhol Carlos V

do Norte

BRUGGES

A ROMÂNTICA BRUGGES E SUA HISTÓRIA MILENAR ATRELADA ÀS CERVEJAS

Combinações Femsa JANEIRO 2008

Conheça a maior companhia de bebidas da América Latina

Aprenda com especialistas a arte de harmonizar charutos com cervejas belgas

Colorado Criatividade e ousadia são marcas registradas dessa microcervejaria que está conquistando o país


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aprecie com moderação

os melhores bares para degustar esse ouro líquido


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rua normandia, 52 – moema – são paulo tel: 11/5044-3956

esse espaço pode ser seu por apenas R$ 150 por mês tel. (21) 3256-2595 av. das américas, 500 –bl. 9; lj. 120 – barra – rio de janeiro tel: 21/2494-2200


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CAPA foto Ricardo D’Angelo

14 LANÇAMENTO DA REVISTA

Confira as festas realizadas para comemorar a publicação da primeira edição 28 BEER DEGUSTA

Desta vez, experimentamos as cervejas com safras de 2000 a 2006, de Gouden Carolus Cuvee van de Keizer

Real Confraria de Charutos de São Paulo e o cervejólogo belga Xavier Depuydt quais são alguns dos melhores casamentos entre cervejas belgas e charutos 52 SIERRA NEVADA

Ao visitar a Califórnia não deixe de conferir a primeira cervejaria artesanal dos Estados Unidos, que desde 1979 é sinônimo de excelentes Ales e Lagers

32 MICROCERVEJARIA

Cervejaria Colorado, uma das pioneiras no mundo das microcervejarias no Brasil 36 ENTREVISTA

Marcos Coelho, superintendente do Sindicerv, conta os interesses da instituição

58 BEERTASTING

Chegou a hora dos ingleses: Xavier Depuydt experimenta as recém-chegadas cervejas britânicas Fuller’s. Conheça um pouco da história dessa premiada cervejaria 62 GABF

40 CERVEJARIA OMMEGANG

Cooperstown, a cidade que inventou o beisebol, esconde a cervejaria Ommegang em uma fazenda do século XV

No Grande Festival de Cervejas Americanas, a tarefa foi experimentar quase 1.700 marcas em três dias

r ó t 44 HARMONIZAÇÃO

Aprenda com os integrantes da

70 I CONCURSO MESTRE CERVEJEIRO

Parceria entre a BEER e a Eisenbahn


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resulta em novas e saborosas cervejas 72 BRUGGES

Encante-se com essa charmosa cidade, descobrindo os segredos da fabricação belga na cervejaria artesanal Halve Maan (A Meia-Lua) 80 LÚPULO

Conheça o lugar que distribui a planta para o mundo todo, inclusive para a famosa cervejaria Samuel Adams, dos Estados Unidos

SEÇÕES

COLUNISTAS

06 PALAVRA DO BELGA 08 CARTAS 09 NOTÍCIAS DO MUNDO 20 NOVIDADES DA

12 HER HELMUT 26 CHARLIE PAPAZIAN 96 MATTHIAS REINOLD

PRATELEIRA

58 BEERTASTING 68 FRASES 98 LANÇAMENTOS 102 BEER INDICA 104 QUADRINHOS 106 EVENTOS PELO MUNDO

84 FEMSA

Saiba mais sobre o líder em bebidas na América Latina e sua fábrica em Jacareí, no interior de São Paulo 90 MEXILHÃO

Xavier Depuydt explica a diferença entre o mexilhão brasileiro e o holandês e ensina uma apetitosa receita com a iguaria e a Hoegaarden

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CERVEJAS DE QUALIDADE, MUDANÇAS E PROMESSAS DE NOVIDADES Prezados leitores e amigos, O lançamento da revista foi um sucesso, e todos gostaram muito de sua qualidade (reportagens, layout e tipo de papel). Preciso agradecer a vocês por esse apoio, porque tenho de confessar que não foi fácil. O mundo da cerveja no Brasil está fervendo: cervejarias estão mudando de mãos, novas “loiras” estão sendo produzidas, e as importações crescem a uma velocidade incrível, com as belgas em primeiro lugar. Além disso, uma cervejaria nacional ganhou, na Alemanha, duas medalhas de bronze. Isso significa que o Brasil está sedento por bebidas especiais e conseguiu fabricar algumas de altíssima qualidade, mesmo com os exorbitantes impostos. Vários momentos históricos aconteceram em 2007: a Cervejaria Baden Baden e Devassa foram adquiridas pela Schincariol; as microcervejarias como Dado Bier, Krug, Backer lançaram muitas novidades; e a Falk inovou, trazendo a primeira Tripel ao Brasil. A Itaipava comprou a Cervejaria Teresópolis para continuar com seu crescimento. A AmBev está importando maravilhosas cervejas da Bélgica e da Alemanha. Juliano Mendes, da Eisenbahn, pode se orgulhar de sua cerveja, pois ganhou na Alemanha duas medalhas de bronze, concorrendo com as alemãs. Para isso, precisou produzir cervejas de qualidade. O mundo das caseiras também está cheio de notícias. Leonardo Botto ganhou o concurso de melhor cervejeiro caseiro, promovido pela Eisenbahn, e ele merece, pois já tive o prazer de experimentar várias cervejas feitas por ele – todas muito boas! Lembro-me de que em 1997, quando comecei a importar cervejas belgas, não havia exemplares de qualidade no mercado. Mas, graças a alguns pioneiros nesse mercado, conseguimos chegar a esse panorama. Estou muito feliz por isso, porque meu trabalho está dando bons frutos e sei que nada foi em vão. Afinal, o brasileiro é um grande consumidor dessa bebida, e durante os últimos anos as cervejas de qualidade assumiram seu lugar, antes ocupado pelos vinhos. Atualmente, nós, cervejeiros, cervejólogos, apreciadores, recuperamos nosso sonho de ter cervejas de qualidade. Neste ano novo que se inicia espero receber mais boas novidades nesse mundo complexo. Desejo a todos um ano cheio de realizações! Bebam com moderação e aproveitem cada gole desse líquido de Deus. Gezondheid – Saúde Xavier Depuydt, diretor executivo xavier@beermagazine.com.br


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Olá, tudo bem? Minha sogra mora na Bélgica, e eu pretendo ir morar lá também. Mas, antes, queria ficar por dentro dos assuntos das cervejarias de lá. Gostaria de saber qual é a cerveja mais cara e a mais barata e qual a mais consumida. Lá, eles só bebem cervejas produzidas no próprio país ou degustam as brasileiras? Caso consumam as nacionais, quais são elas? Se puderem me responder a essas perguntas, serei grato!

távamos carentes de uma revista específica sobre cervejas. Mas alguns erros precisam ser corrigidos. Na seção Degustação, sobre cervejas de trigo, há algumas observações erradas que não podem ser vinculadas às cervejas de trigo. Uma delas é caracterizada por ter um amargor pronunciado, mas as cervejas de trigo não são amargas. Também descrevem a Backer como uma “boa cerveja, encorpada, persistente, com aftertaste ótimo”, mas a experimentei algumas vezes e sempre havia um defeito.. E o bar Asterix tem 200 marcas de cerveja? Muito obrigado. Gostaria de ver esta revista com influência no mundo da cerveja no país.

FELIPE COUTO

FABIANO BELLUCCI

QUERIDO LEITOR Mande sugestões, comente sobre as reportagens, participe do crescimento desta nova revista. Teremos imenso prazer em atender a seus pedidos.

FALE CONOSCO ENDEREÇO

Av. das Américas, 3500 Bloco 7 – lj. 132 CEP 22640-102 – Barra da Tijuca Rio de Janeiro – RJ E-MAIL

beer@beermagazine.com.br TEL. (21) 3256-2595 ASSINATURA

assinatura@beermagazine.com.br ou tel. (21) 3256-2595

ESTUDANTE NOVA FRIBURGO, RJ

Não sei responder qual é a mais cara e a mais barata, mas no supermercado as cervejas custam entre 1 e 1,5 euro. A mais consumida é a Jupiler. Como na Bélgica são produzidas as melhores cervejas do mundo, raramente bebemse cervejas de outros países. Primeiro, gostaria de dar os parabéns a esta publicação, já que no Brasil es-

BEER SOMMELIER SÃO PAULO, SP

Deixamos claro na matéria que “suas qualidades tratando-se de cervejas de trigo são bem diferenciadas”. Elas realmente não são amargas, mas a tipo weiss justifica nossa definição. Quanto à Backer, a frase “paladar é relativo e pessoal” explica nossas impressões. A quantidade de marcas disponíveis no bar Asterix foi informada pelo estabelecimento.

Envie sua correspondência com todos os dados. A melhor será premiada com uma deliciosa cerveja, escolhida exclusivamente por BEER. Não deixe de participar, sua opinião é muito importante para nós.

a revista para os amantes de cerveja

Diretor executivo Xavier Depuydt xavier@beermagazine.com.br Projeto Gráfico: texto&design textoedesign@uol.com.br Repórter: Priscila Camilo priscila@beermagazine.com.br Colunistas Especiais: Charlie Papazian (Presidente do Brewers Association USA) e Matthias Reinold Colaboraram nessa edição: André Clemente e Juliano Mendes Fotografia: Ricardo D’Angelo Revisão: Gilberto Nunes Departamento jurídico: Tiago Garcia Clemente tiago@beermagazine.com.br

PUBLICIDADE ZYTHOS EDITORA, DISTRIBUIDORA E EVENTOS LTDA Beer Magazine é uma publicação trimestral da Zythos Editora, Distribuição e Eventos Ltda.Av. das Américas, 3500, Bloco 7 – 132, CEP 22640-102 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ,Tel. (21) 3256-2595, Cep: 04517-040, São Paulo, SP. E-mail: beer@beermagazine.com.br. Distribuição em bancas por Zythos Editora, Distribuição e Eventos. Assinaturas Tel. (21) 3384-9295, assinatura@beermagazine.com.br Pré-Press Eduardo Galdieri Impressão Arvato do Brasil Ind. e Serviços Gráficos, Dr. Edgard Theotônio Santana, 351 CEP 01140-030 – São Paulo – Brasil www.sonopress.com.br – CNPJ: 06.342.420/0001-32; tel. (11) 3383-4792.

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do mundo Bélgica

Mudança de hábito: trocar refrigerantes por cerveja nas escolas A associação belga Leuvense Biertherapeuten (os terapeutas de cerveja da cidade de Leuven) entrou com pedido para trocar todos os refrigerantes das escolas por cervejas de mesa (é uma Pilsen leve, com 1,5% de álcool). Ela usa a publicidade “A melhor alternativa para refrigerantes é água, mas, para dar um pouco de sabor, é melhor servir cervejas de mesa que refrigerantes”. Há muitos anos, servir cervejas nas escolas era normal.As pessoas que são contra alegam que isso pode incitar o consumo de álcool entre os jovens, que iriam se acostumar muito rápido com o sabor de cerveja.

Holanda

A Grolsch lança mais cervejas Conhecida mundialmente pela garrafa de 473 mililitros com tampa cerâmica, agora ela lança mais duas cervejas que não têm nada a ver com o portfólio atual. Os fabricantes vão produzir a Grolsch Pilsner Speciale e a Grolsch Dunkel Weizen. A Grolsch Pilsner Speciale é Pilsen, com 5,5% de álcool, e a Dunkel Weizen possui 6%.

França

A SAB fica mais forte no mercado cervejeiro

Alemanha

Cerveja para cegos A Dusseldorf Uerige está lançando a primeira cerveja no mundo com rótulo em braile. Agora, os deficientes poderão ler o nome e os ingredientes descritos na garrafa.

Kronenbourg, também conhecida como 1664, que hoje pertence à Scotisch Newcastle, está sendo vendida para a SAB, a South African Brewery – Miller, por US$ 2,06 bilhões. Com mais essa aquisição, a SAB está construindo uma forte presença no mercado europeu, onde estava inativa. Hoje, a SAB-Miller é a maior cervejaria em volume do mundo. Com isso, novos rumores começaram sobre a fusão entre a Anheuser Bush e a InBev.

México

Duff Beer: Homer finalmente tem sua cerveja O mexicano Rodrigo Contreras Dias produz na cidade de Jalisco, no México, a Duff Beer. A edição é limitada e só pode ser encontrada na internet.A cada duas semanas, ele vende 200 caixas de 12 unidades.

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do mundo Estados Unidos

Cerveja à la pizza

Japão

Outra novidade: cerveja com leite Uma cervejaria no Japão lança uma cerveja com leite. Parece que a venda desse produto não está indo muito bem por lá. Então, o dono de uma loja de cerveja decidiu ajudar as fazendas que estavam com dificuldades em vender as sobras de suas produções. A cerveja tem um terço de leite e dois terços de cerveja. O nome é Bilk, uma combinação das palavras Beer e Milk. A cerveja tem sabor frutado. E aposta nas mulheres que gostam mais de cervejas doces.

Holanda

A South African Brewery – Miller compra a Grolsch A terceira maior cervejaria da Holanda foi vendida para a South African Brewery – Miller (SAB). Em abril de 2006, a Grolsch mudou de distribuidora, fechou parceria com a rival de Anheuser Bush. A SAB por enquanto não vai mudar nada na distribuição nos Estados Unidos. Eles não vêem nenhum problema em distribuir a Grolsch com um concorrente. O valor da venda foi de US$ 1,19 bilhão.

Até onde vão parar as criações de alguns cervejeiros? Um americano chamado Tom Seefurth fez uma invenção no mundo da cerveja e da gastronomia. Ele não faz harmonização de pratos com cerveja, serve logo os dois juntos no copo! A Mamma Mia Pizza Beer tem tomate, alho, orégano e basílico. O único problema é que o restaurante que vende a pizza para ele não é um sucesso. E seus clientes aparentemente não gostaram muito da novidade quanto ele. Mas o cervejeiro defende sua idéia dizendo que é feita para pessoas com “mente aberta”. Ele procura uma parceria com uma cervejaria de grande porte para distribuir a bebida com pizza nos restaurantes italianos, em Chicago. Mas até agora ninguém demonstrou interesse. Quer saber mais sobre a cerveja? Visite: www.mammamiapizzabeer.com


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Brasil

Eisenbahn ganha duas medalhas de bronze na Alemanha A cervejaria catarinense Eisenbahn ganhou duas medalhas de bronze na competição cervejeira European Beer Star Award 2007, com as escuras Dunkel (categoria German-Style Schwarzbier) e Weizenbock (categoria South-German-Style Weizenbock Dunkel). “É uma honra ganhar um prêmio no país da cerveja, a Alemanha. Principalmente porque a Eisenbahn tem somente cinco anos e estava concorrendo com as melhores cervejas do mundo. Isso mostra que estamos no caminho certo ao nos preocupar com a qualidade, a matéria-prima e o constante investimento em equipamentos e consultores internacionais”, diz o sócio e presidente da Eisenbahn, Jarbas Mendes. Ele foi receber os prêmios na feira Brau Beviale, em Nuremberg, no dia 15 de novembro. A Eisenbahn é a primeira cervejaria da América do Sul a receber esse reconhecimento. A disputa contou com uma degustação às cegas, realizada por 54 jurados de 12 países. Eles experimentaram 575 cervejas de 40 categorias, um aumento de 30% em comparação ao ano anterior. As cervejas vieram de 28 países, a maioria da Alemanha (62%). O European Beer Star Award está na quarta edição e elege as melhores cervejas seguindo critérios sensoriais. Os vencedores são aqueles que conseguem surpreender os jurados e impressioná-los pelo sabor, pelo equilíbrio e pela qualidade. Para mais informações sobre o concurso, acesse: http://www.european-beer-star.com/

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Dúvidas comuns, mas que sempre pairam: qual é a temperatura ideal que a cerveja deve ser servida, se ela possui colesterol e a razão de algumas delas não terem sabor. E a famosa dor de cabeça 1. Qual é a temperatura ideal para degustar uma cerveja?

Q

Para apreciar uma cerveja, a temperatura ideal é entre 6 e 10 graus. Quanto mais quente, mais aromas e sabores ela vai soltar. Se estiver na temperatura certa, liberará todos os sabores e aromas. É sempre bom começar a degustação com a cerveja levemente gelada. 2. A cerveja possui colesterol?

Ela não contém colesterol, porém nosso corpo o produz. Na cerveja, encontram-se o etanol e outras substâncias que favorecem a síntese do colesterol no fígado. Quem bebe regularmente cerveja corre menor risco para desenvolver doenças cardíacas. Os pesquisadores da Universidade de Western Ontário, no Canadá, chegaram à conclusão de que, após 30 minutos do consumo de cerveja, o LDL (o colesterol nocivo) diminui. Provavelmente, é a cevada que dá esse efeito, por ter polifenol. Atenção: depois do consumo de três copos, o efeito é anulado. 3. Por que algumas cervejas não têm sabor?

O sabor depende do tipo de cerveja ou o

que a cervejaria quer que ela seja. A Pilsen é a mais vendida no mundo; Por essa razão, ela não tem sabor ou possui um bem fraco. Cervejas com gosto mais acentuado possuem menos apreciadores e vendem menos. As Ales com leve sabor ou pouco corpo são feitas com a mesma finalidade: vender muito e atender a um grande público. Isso é prova de que as marcas mais vendidas no mundo são quase neutras em sabor. Na do tipo Pilsen o que muda, principalmente, é o grau de amargor. 4. Por que algumas cervejas provocam dor de cabeça?

Isso é muito pessoal. Mas quase sempre a dor é por excesso de álcool. Não existem cervejas que dão dores de cabeça em todo mundo. Algumas cervejarias colocam conservantes ou ingredientes que podem causar alergia ao consumidor. É aconselhável verificar a procedência e a data de validade.

Mande suas perguntas para o e-mail beer@beermagazine.com.br. Ou, se preferir, envie uma correspondência com sua pergunta. As melhores serão publicadas na próxima edição.


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Festa em quatro versões O lançamento da revista foi um sucesso. Comemoramos nas capitais de quatro Estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. por Priscila Camilo

a capital paulista, a festa ocorreu no Drake’s bar & deck, em Pinheiros. Greg Caislem, dono do estabelecimento, transformou o bar em um lounge, onde várias cervejarias, como Colorado, Paulaner Eisenbahn, Áustria e Falk, serviram suas cervejas. A festa foi até as 3 horas da manhã. Em Porto Alegre, a revista foi lançada no bar do restaurante Dado Bier, no Bourbon Shopping. Brindamos com a nova cerveja do Eduardo, proprietário da casa, a Belgian Ale, uma Strong Golden Ale, de 8,5% de álcool, que é ótima. No Rio de Janeiro, a comemoração aconteceu no Belgian Beer Paradise, na Barra da Tijuca. Na capital mineira, brindamos na Churrascaria Porcão, em São Bento, que serve com exclusividade as cervejas da Backer. Obrigado a todos por terem me ajudado na realização desses eventos. Com certeza, no futuro acontecerão mais lançamentos.

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1. O brinde de lançamento da revista Beer e da cerveja Dado bier Belgian Ale, aconteceu em Porto Alegre, no Dado Bie Pub 2 e 3. Em Belo Horizonte, a festa foi na churrascaria Porcão, regada a cerveja Backer. 4. Em São Paulo, a festa foi no Drake’s Bar, que fez um excelente trabalho em transformar um pub em lounge. Diversas microcervejarias estiveram presentes; Eisenbahn, de Blumenau; Falke Bier e Austria, de Belo Horizonte e Colorado, de Ribeirão Preto. Além delas, contamos com a participação da Guinness e da Paulaner. Obrigado à todos os nossos amigos

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1. Lanรงamento da revista no Rio de Janeiro: presenรงa de muitos amigos e apreciadores de uma boa cerveja.

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Saber de todas as novidades do mercado cervejeiro agora ĂŠ mais fĂĄcil do que vocĂŞ imagina!!! Assine a BEER!!!

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Grandes ofertas

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1. Garrafa da Chimay de 3 litros – R$ 399 2. Kit com uma garrafa de Weihenstephan Tradition e uma caneca de vidro (500 ml) – R$ 49,90 3. Garrafa da Chimay de 1,5 litro – R$ 149 4. Kit Dado Bier Weiss com uma garrafa (355 ml) e um copo de vidro – R$ 19,90 5. Kit Duvel 330 com duas garrafas (330 ml cada uma) e 1 copo classic de vidro – R$ 59,90 6. Kit Dado Bier Belgian Ale com uma garrafa (355 ml) e um copo de vidro – R$ 19,90 7. Kit Eisenbahn com uma garrafa de Weizenbier (355 ml) e um copo de vidro – R$ 21,90 8. Copo classic de vidro da Chimay (330 ml) – R$ 29,90 e copo de vidro da Chimay (125 ml) gourmet – R$ 29,90

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d a p rate l e i ra 1. Lata com uma garrafa de Chimay Grande Réserve (750 ml) – R$ 78,50 2. Kit Dado Bier Original com uma garrafa (355 ml) e um copo de vidro – R$ 19,90 3. Copo classic de vidro da Duvel (330 ml) – R$ 19,90 4. Kit Eisenbahn com uma garrafa de Pilsen (355 ml) e um copo de vidro – R$ 21,90 5. Lata com uma garrafa de Chimay Premiére (750 ml) – R$ 64,50 6. Kit Eisenbahn com uma garrafa de Organica (355 ml) e um copo de vidro – R$ 24,90 7. Kit Dado Bier Ilex com uma garrafa (355 ml) e um copo de vidro – R$ 19,90 8. Kit Dado Bier Black com uma garrafa (355 ml) e um copo de vidro – R$ 19,90 9. Kit Eisenbahn com uma garrafa de Weihanachts Ale (355 ml) e um copo de vidro – R$ 29,90 10. Kit com garrafas Chimay Brune, Triple e Bleu (330 ml cada uma) e um copo de vidro – R$ 99

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1. Lata com uma garrafa de Chimay Cinq Cents (750 ml) – R$ 69,50 2. Kit Duvel com um garrafa (750 ml) e um copo classic de vidro – R$ 69,90 3. Kit Eisenbahn com uma garrafa de Dunkel (355 ml) e um copo de vidro – R$ 21,90 4. Kit Dado Bier Red com uma garrafa (355 ml) e um copo de vidro – R$ 19,90 5. Kit Eisenbahn com uma garrafa de Pale Ale (355 ml) e um copo de vidro – R$ 21,90 6. Kit com uma garrafa de Franziskaner Weissbier, uma de Dunkel, uma de Kristal (500 ml cada uma) e um copo de vidro – R$ 42,90 7. Kit com uma garrafa de Weihenstephan Weiss, uma de Dunkel (500 ml cada uma) e um copo de vidro – R$ 54,90 8. Kit Eisenbahn com uma garrafa de Weizenbock (355 ml) e um copo de vidro – R$ 24,90 9. Lata com uma garrafa de Chimay Grande Réserve (750 ml), uma garrafa de Cinq Cents e copo de vidro – R$ 199,90 10. Kit com duas garrafas de Bitburger (330 ml cada uma) e um copo – R$ 29,90

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Cerveja nos

Estados Unidos

Os Estados Unidos não tem só Lagers, e as cervejas não são todas iguais a Coors e Budweiser Se você passar pelos Estados Unidos, vai perceber que o país se tornou apaixonado por cerveja. Mas não é qualquer uma. Não é leve, espumante, estupidamente gelada, pálida e sem sabor como a Lager típica americana. O quê? Você não acredita em mim? Então venha, porque só vendo mesmo. Eu entendo o que você possa estar pensando. Sei que a maior parte do mundo acredita que toda cerveja americana é branda, homogênea e desinteressante, sem sabor, um produto feito por grandes cervejarias. Pois cerca de 95% delas SÃO. Noventa e cinco por cento dos 235 milhões de hectolitros de cerveja consumidos na América anualmente são altamente carbonatados, têm leve sabor, aliviam a sede – e é uma bebida refrescante, com pouco caráter. Mas só vendo para acreditar. Quando você perceber que existem mais de 1.400 microcervejarias e brewpubs nos Estados Unidos, é difícil compreender. A maioria das pessoas que não moram nos EUA acha que lá é apenas a terra da Budweiser, Miller e Coors. Como é que podemos ter tantas pequenas cervejarias que continuam a crescer e captar a sede dos novos apreciadores dessa bebida? Se você entrar em um restaurante americano que respeita a escolha do

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cliente, é provável que você possa fazer uma escolha entre uma carta de vinhos e uma de cerveja. Sim, uma carta de cerveja, com provavelmente mais de 20 ou 30 tipos. Por favor entenda, não estou falando de “dez ou mais” marcas de uma “leve cerveja Lager”, e sim de estilos diferentes de cerveja! Estilos que ajudam a harmonização de seu jantar. Existem milhares de restaurantes que têm orgulho em apresentar a cultura da cerveja. Às vezes, a opção pode ser superior a 100 ou até mesmo 200 cervejas. Visite uma loja ou mercearia nos Estados Unidos, e a escolha pode ser superior a 400 tipos do mundo todo. Observe, não há nenhuma microcervejaria americana produzindo esse típico Lager leve. Todos os dias nossa cultura pela cerveja “americana” cresce. A revolução terminou. A nova atitude e a direção de americanos que bebem cervejas foram unidas. O novo desafio para as pequenas, cervejarias artesanais e as que lhe dão suporte, é sustentar essa consciência. Ales e lagers. Tipo Pale Ale, Porter, Indian Pale Ale, Barleywine; a Inglesa Mild Ale; a Belgian-style Tripel; a Belga Dubbel; a Belgian-Style com cherry fermentado espontaneamente; o estilo alemão Bock e Doppelbock; o lupulado frutado e refres-


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cante Weiss (cerveja de trigo); cerveja de aveia; cerveja do estilo de abóbora. Esses são apenas alguns tipos que os produtores de microcervejarias americanas estão fazendo ou que são importados de outros países. As cervejas de fabricantes americanos incluem mais de 100 tipos – Ales e Lagers. Algumas vêm do outro lado do mundo. As cervejas artesanais da América prosperaram e capturaram 3,5% do total do mercado cervejeiro nos EUA e estão crescendo em popularidade. O prazer é nosso. A arte e a ciência de elaborar a cerveja há mais de 5.000 anos. De cevada, centeio, trigo, arroz, aveia, malte, torrada, caramelizada, moída, esmagada e cozida, artisticamente combinando flores, plantas aromáticas, especiarias e frutas, acondicionadas a leveduras de mil espécies, com idade e cuidadosamente condicionada. Saboreada, apreciada e degustada como um vinho fino. Quem bebeu nossa Lager americana durante tantas décadas está descobrindo um novo mundo. O mundo está observando. Você pode começar a ver uma nova apreciação de cerveja artesanal no Japão, Tailândia, China, Brasil, Argentina, Chile, Peru, África do Sul, Zâmbia, Israel, Rússia, Dinamarca,

Suécia e em todo o mundo. Uma nova atitude com a cerveja surgiu: Respeito e apreciação em contraste com séculos em que as culturas eram lentas, artesanais. Essas coisas especiais que estou falando emergem lentamente. Elas não são tão óbvias como o cartaz e a televisão, que são rápidos, produzidos em massa. Sim, é preciso procurar aqui nos Estados Unidos, mas com a intenção que resulta simplesmente da paisagem americana. É um alegre embarque após a aventura de prazer e despertada ao maravilhoso mundo de pequenas coisas. Espero ver vocês no Great American Beer Festival. Em Denver, Colorado nos dias 9, 10 e 11 de outubro. Visite www.gabf.org para uma introdução aos milhares de tipos de cerveja.

* Charlie Papazian Fundador do Great American Beer Festival (Grande Festival Americano da Cerveja) Autor da alegria completa de Homebrewing, Charlie vive em Boulder, Colorado, com a esposa brasileira, Sandra, que descobriu que realmente ama a cerveja hoppy Índia Pale Ale. Para maiores informações acesse o site www.beertown.org.

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Um brinde ao

imperador Carlos V

Degustamos sete safras de Gouden Carolus Cuvée van de Keizer com a presença de dois ícones do vinho em uma degustação de cerveja por Priscila Camilo

uvée van de Keizer é uma cerveja belga imperial! Ela é produzida pela cervejaria Het Anker desde 1999 e é uma homenagem ao imperador espanhol Carlos V, que nasceu em Gent, cidade belga, no dia 24 de fevereiro de 1500. Carlos V era um apreciador de cervejas e sempre pedia esse tipo de bebida da Cervejaria Het Anker, localizada na cidade de Mechelen, na Bélgica. Nessa época, o país ainda não era independente e pertencia à Es-

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panha. Para sobreviver ao longo caminho até lá (Espanha), onde ele vivia, foi colocado muito lúpulo e malte nos tonéis de carvalho que faziam o carregamento da bebida. Por isso, o estabelecimento decidiu produzi-la, anualmente, na data do aniversário do soberano. Depois de pronta, toda a produção é guardada durante um ano nas cavernas (caves) da cervejaria. Após esse processo de armazenamento, são vendidas em caixas de madeira, da mesma maneira que os vinhos.


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Considerado pela crítica especializada um dos melhores sommeliers do Brasil, Manoel Beato tem a responsabilidade de manter e cuidar da adega climatizada do famoso restaurante Fasano, do hotel homônimo, há 17 anos. Sua carreira começou no fim dos anos 80, quando cursava Letras e trabalhava como garçom. Ele se impressionou com alguns vinhos que experimentou e decidiu estudar o assunto, como autodidata. Depois de algum tempo, viajou para a Europa e ficou um ano por lá, fazendo estágios na França e na Espanha. A revista Gula elegeu Manoel durante seis anos consecutivos como o melhor sommelier do Brasil. Neste ano, também recebeu uma homenagem por ser “hors-concours”, na categoria sommelier. Já a revista Prazeres da Mesa entregou a ele o prêmio de Sommelier do Ano. Benedito Filho, atual sommelier do restaurante do Hotel Emiliano, trabalhou no D.O.M., de Alex Atala, e no Sophia Bistrot. Em 2006, foi eleito pela Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo como o Sommelier Revelação.

Álc. % vol: de 8 a 12. Cor: marrom, cobre e quase preta. Espuma: mousse e densa. Estabilidade da espuma: persistente, pode ser que caia e fique uma pequena borda. Aroma: complexo, malte, chocolate, cacau, queijo e frutado. Sabor: chocolate, queijo e frutado. Sabores residuais: seco e chocolate. Estilo: Strong Dark Ale. Tipo de fermentação: alta. Detalhes: são cervejas muito complexas e podem variar muito. Cada rótulo possui uma identidade, sendo uma melhor e mais complexa que a outra. Harmonização: queijos – gruyère, gorgonzola, roquefort. Carnes vermelhas – com molho encorpado. Sobremesas – chocolate. Copo: snifter, cálice e tulipa. Temperatura de serviço: de 8º a 12º. Esta seção é dedicada à degustação de cervejas. A cada edição, vamos escolher algumas cervejas para ser degustadas pelo nosso grupo de especialistas: Xavier Depuydt, cervejólogo belga, Greigor Caisley, proprietário do restaurante Drake’s e ainda reunimos dois dos melhores sommeliers do país: Manoel Beato, do Fasano, e Benedito Filho, do Hotel Emiliano.

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degusta Terminar o dia degustando cervejas dignas de um imperador: essa era a missão dos quatros apreciadores. Começaram com a safra de 2000. Antes do início da degustação, Xavier Depuydt explicou para seus convidados a história da cerveja descrita no início da reportagem. Safra de 1999 Não está mais disponível no mercado. Safra de 2000 De cor avermelhada, com espuma que cai rápido e fica na borda, essa safra encantou os degustadores por seu leve amargor. Aroma de porto, vermute, terra, caramelo e frutas vermelhas, com ligeira referência à rapadura e a Porto. Com a experiência de quem sempre aprecia os melhores vinhos, Manoel enfatizou que com o copo parado o aroma era frutado. E Benedito afirmou que ela é aromaticamente mais rica, comparando-a com as outras. Teor alcoólico: 8,5% Safra de 2001 Com cor marrom-avermelhada, sem borda, essa versão de Gouden apresenta aroma de sementes, nozes, levedo, frutas e caramelo. Sabor com toque de amargor, levemente adocicado, lembra levedura, Porto e novamente o caramelo. “Dormiria com o aroma da primeira e o sabor desta”, descreve Manoel, rindo. Teor alcoólico: 8,5% Safra de 2002 Mais viva, com aroma de levedura, caramelo, amêndoas e nozes, é delicadamente adocicada. O sabor é de leve amargor, lembra Porto, terra e caramelo. A espuma apresenta-se com borda pequena e espessa. Teor alcoólico: 8,5% Safra de 2003 Espuma densa, com aroma de café, chocolate e caramelo, porém em menor intensidade que nas outras. O teor alcoólico inibiu um pouco seu sabor levemente amargo, com toque

de Porto. Manoel lembrou que nessa época na Europa fez muito calor e os vinhos foram influenciados por essa alta temperatura. A safra de 2003 tem muito mais álcool que as outras. A cerveja apresentou alto teor alcoólico no aroma e no sabor. Será que o calor influenciou na produção da cevada, assim como aconteceu com os vinhos? Teor alcoólico: 11,5% Safra de 2004 Dinâmica, com textura mais consistente. Espuma mais densa, sabor de frutas secas, chocolate, terra com leve toque de amargor, suco de laranja e lúpulo. Os sabores residuais apresentam-se secos, levemente frutados. Xavier salientou que esta safra lhe deu a impressão de ser menos alcoolizada. Teor alcoólico: 11,5% Safra de 2005 Com cor vermelha-escura e espuma cremosa, essa se mostrou mais refrescante e frutada. Aroma delicioso de chocolate, cacau, caramelo, Porto e toques de frutas. Final seco e longo, porém menos seco que as outras. “Esta foi a minha favorita”, afirma Manoel. Teor alcoólico: 11,5%

Safra de 2006 A mais nova das safras. Espuma some rápido. Menos complexa, leve, o aroma lembra vagamente o chocolate, terra (húmus) e caramelo. Sabores adocicados, de caramelo e Porto, porém com menor intensidade que nas outras. “Fácil para beber”, diz Greigor. Teor alcoólico: 11,5% Após a degustação, o sommelier do Emiliano salientou que todas as safras são maravilhosas e que e se fossem degustadas separadamente e não teria nenhum dado negativo para observar. “Mas, como estamos degustando as sete safras, é normal fazer comparações”, explica Benedito. Todos concordaram que realmente as cervejas são fantásticas.

As preferidas dos degustadores Manoel Beato – Safra de 2005 Benedito Filho – Safra de 2004 Xavier Depuydt – Safras de 2000 e 2004 Greigor Caisley – Safra de 2004

A BEER está organizando esta degustação no mês de janeiro em São Paulo e no Rio de Janeiro.Todas as safras serão servidas com pão, queijos e água. O preço por pessoa é R$ 150 e serão servidos 200 mililitros de cada cerveja. Tem interesse em participar desta irresistível degustação? Mande e-mail para: degusta@beermagazine.com.br


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Uma cervejaria

de sucesso

Entrar no mercado de cervejeiros com sabores exóticos e opostos ao modelo nacional não é para qualquer um. Isso é para quem é experiente e muito apaixonado pelo que faz por Mariana Marçal fotos Ricardo D’Angelo

pós 11 anos de muito trabalho e dedicação, uma microcervejaria conseguiu superar grande parte da concorrência e chega, hoje, como uma empresa importante e renomada ao mercado. É composta de bom maquinário, matérias-primas de primeira qualidade, um competente mestre cervejeiro e todo o carinho da cidade de Ribeirão Preto. O prestígio de tantos elogios é da Cervejaria Colorado, que possui, atualmente, uma produção média mensal de 35.000 litros. Ela deixou o mercado bastante entusiasmado com suas novas garrafas coloridas e irreverentes. Há três tipos: a Pilsen Cauim, feita com mandioca; a Weiss Appia, produzida com mel de abelhas africanas e européias; e a India Pale Ale Indica, de rapadura. Como isso foi feito? Da brilhante idéia de adicionar elementos bem brasileiros às receitas originais. A água utilizada na cerveja é extraída do Aqüífero Guarani, considerado uma das maiores reservas de água doce do mundo e 100% adequado para a produção de chope. Segundo Marcelo Carneiro da Rocha, dono da cervejaria e autor das novas receitas, não é tão complexo lidar com a concorrência. “Acredito na competência das grandes cervejarias, mas acho que, em sua maioria, possui uma qualidade inferior”, diz Rocha.

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QUEM FAZ HISTÓRIA A brewhouse (sala de cozimento) da Colorado foi importada dos Estados Unidos em meados dos anos 90. Não foi fácil, mas um bom equipamento ajuda a produzir uma boa cerveja. Assim, essa instalação importada garante a qualidade e o sabor da cerveja. “Cada etapa é acompanhada minuciosamente, o que caracteriza ainda mais seu sabor”, afirma Rocha. Além disso, a união da praticidade americana com a imaginação brasileira fortaleceu essa cervejaria, que hoje conquista cuidadosamente seu espaço em todo o país.

QUALIDADE, NOVIDADE E OUSADIA

O visual da cervejaria é composto de tanques de maturização (no alto, à esquerda) e pela sala de cozimento, importada dos EUA. O denso colarinho é uma característica do chope da Colorado

Entretanto, nem tudo é fácil como parece. Ainda mais porque se trata do consumidor brasileiro e sua paixão: a cerveja. Rocha revela que pensa constantemente em mudar suas receitas para apresentar novos estilos a seu consumidor. Para isso, procura experimentar um grande número de cervejas e ficar atualizado com o que vem sendo produzido. Recentemente, a Colorado mudou a fórmula de duas de suas principais cervejas: a Appia e a Cauim. No momento, com a ajuda de um homebrewer, a atenção está voltada para a produção de uma nova cerveja, tipo Stout, de muita personalidade e ousadia. Ele acredita que, mesmo com a diferença de preços, o consumidor brasileiro passou a se interessar por qualidade e variedade. Mas a boa receptividade do consumidor depende diretamente de nossa instável economia. “Eu vejo a economia brasileira como um desafio contínuo, acho que pagamos impostos demais, além de conviver com uma classe média depauperada que tem cada vez menos liberdade de escolha por conta da falta de dinheiro circulando”, reclama o empresário. Rocha crê que o caminho para o sucesso das microcervejarias seja encontrar seu nicho de mercado, com cervejas regionais diferentes, produzidas com muita dedicação e criatividade. O sabor, segundo ele, é o único diferencial comparado às grandes cervejarias.


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Marcos Coelho

Atual superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) ele busca proteger os interesses do setor de fabricantes de cerveja no Brasil e colaborar com as entidades públicas por Xavier Depuydt fotos Ricardo D’Angelo

Motivado pela vaga na superintendência do Sindicerv, Marcos Mesquita Coelho começou, em 1995, a pesquisar tudo o que encontrava sobre o assunto no Brasil e no mundo. Preparado, depois de seis meses de entrevistas, ele conquistou o cargo. Formado em Administração de Empresas, Direito e pós-graduado em Finanças pela Universidade de São Paulo (USP), utiliza suas experiências para exercer o cargo numa das instituições mais antigas do país com desenvoltura. Ele conta para BEER como funciona o sindicato, quais são seus principais interesses e compara a proibição da veiculação de propagandas de cervejas com a de cigarros, entre outros assuntos.

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BEER – Desde quando existe o Sindicerv? O Sindicerv foi fundado em 1948. É uma das entidades mais antigas do Brasil. Como o Sindicerv é dirigido? O Sindicerv tem uma diretoria de nove membros, não-remunerados, eleitos pelo voto de todas as associadas (cervejarias) para um mandato de três anos. Nosso atual presidente é o doutor Milton Seligman, que também é diretor de Relações Corporativas da AmBev. Os projetos anuais são definidos pe-

la diretoria. A partir deles, estabelecemos nossos programas de trabalho e objetivos. Como superintendente, exerço as funções executivas dessa entidade. É importante entender que o sindicato não é uma associação de classe, que se preocupa única e exclusivamente com a defesa dos interesses de seus membros; ele tem responsabilidades sobre a indústria como um todo. Parte das despesas que tenho, custeio para a fiscal. Toda a indústria de cerveja no Brasil é obrigada a contribuir. É um imposto sindical da categoria patronal. Até 31 de janeiro, todas as indústrias de cerveja do país têm de fazer uma contribuição, que é um imposto. O Sindicerv recebe 55% desse valor, e eu, obrigatoriamente, só posso utilizá-lo em atividades-fim do sindicato. Já que toda cervejaria paga esse imposto, por que automaticamente não é membro do Sindicerv? Não há obrigação de ser membro. A Constituição garante essa liberdade. Como se deu sua entrada no mercado de cervejas e como formou seu conhecimento sobre o assunto? Quando fui contratado, em 1995, uma das


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exigências era a de não estar vinculado a nenhuma empresa do setor. Então, não ter conhecimento anterior era um pré-requisito. Mas, por ter sido um processo longo, cerca de seis meses de entrevistas, encarei o desafio como um projeto. Procurei pesquisar e estudar tudo o que havia de informações disponíveis sobre o setor cervejeiro no Brasil e no mundo. Quais são os principais interesses do Sindicerv? O objetivo número um do Sindicerv é a proteção aos interesses do setor de fabricantes de cerveja no Brasil. O segundo é a colaboração com as entidades públicas. Ele está concebido como intermediário entre os interesses do setor privado e os interesses institucionais da sociedade brasileira. É uma entidade de colaboração e meação entre os interesses patronais do setor. Também protegemos a cerveja como um todo, como classe e como categoria de produto. Isso para nós é fundamental. O Ministério da Agricultura, que é um órgão regulador, tem o Sindicerv como principal caminho de diálogo com a produção de cervejas no Brasil. Participamos de toda a elaboração conceitual da legislação atual sobre cerveja, inclusive a legislação harmônica de cervejas no Mercosul. Cada país tem sua legislação sobre cervejas... Sim. Havia cervejas produzidas no Brasil que não poderiam ser classificadas como cerveja na Argentina, e vice-versa. A cerveja-pa-

drão no Brasil admitia que pelo menos 50% do mosto, do extrato primitivo, fosse constituído em peso de cevada cervejeira ou de malte. Já na Argentina era 75%. Conseguimos acertar o seguinte: elevamos a do Brasil para pelo menos 55%, e a Argentina reduziu a dela para 55%. Em compensação, destacamos a qualidade das cervejas puro malte, que era algo que não existia na legislação. Por isso que a Skol Lemon não foi considerada cerveja? Não exatamente por isso. Nós víamos o que acontecia na Bélgica em relação à Alemanha. As leis mais rigorosas da Alemanha permitiram uma invasão de cervejas de outros países que têm um conceito mais aberto. Então, criou-se a possibilidade de você ter a cerveja “com” ou a cerveja “B”. A cerveja “com” pode ser com suco de frutas ou com

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essência de frutas. Já a cerveja “B” pode ter outro cereal majoritário, e não o malte de cevada, mas desde que isso esteja presente na designação de renda. A Skol Lemon é uma cerveja, mas não há os “pixus” (padrões de qualidade e identidade que definem quanto você pode colocar dessas outras matérias- primas). Uma que certamente não é cerveja é a NS2, feita pela Schincariol, porque ela tem tequila. O importante é que a cerveja não esteja misturada com outra bebida na legislação brasileira. Na Bélgica e na França, pode ter mistura... Os técnicos cervejeiros entenderam que poderia ser feito o fermentado que quisessem, pois a legislação está aberta para isso. Então, pode ser feito fermentado de malte com uísque, sem problemas. Mas denominar cerveja não, pois entendemos que deveríamos preservar a denominação. Um exemplo disso é o chope do vinho. Todos sabem que é irregular, e o Ministé-

rio da Agricultura tem agido por fomento do Sindicerv. O Sindicerv faz um trabalho ativo contatando as microcervejarias que ainda não são membros? Já fizemos diversas ações voltadas para isso, mas não sistematizamos essas ações. Nós percebemos que os empresários de microcervejaria, em geral, se viam como concorrentes das grandes empresas. Eles julgaram que a condição de serem concorrentes era incompatível com a presença deles numa mesma mesa, o que é um erro. Atualmente, tenho no Sindicerv um plano específico de atração das microcervejarias para serem membros do sindicato. Consegui fazer com que nossos diretores e nossas atuais associadas entendam isso em nossas discussões. Qual é a porcentagem de imposto que tem na cerveja no Brasil? Hoje, na cerveja-padrão, popular no Brasil, 33%, ou seja, um terço do preço é impos-


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to. Você pode dividir os outros dois terços: um terço é receita líquida da fábrica e o outro terço é margem de comercialização ou de distribuição. E o custo de distribuição no Brasil é muito alto... Um exemplo é a Região Norte, mesmo com todo aquele calor, ter o consumo per capita muito baixo. A renda média lá é menor que a nacional. Há também uma desconcentração e baixa densidade populacional. Isso é um complicador para a questão de logística. Distribuir em Ribeirão Preto é uma coisa, outra é distribuir em 20 municípios que somados dão Ribeirão Preto. Assim, o preço da cerveja é elevado devido ao transporte, às dificuldades de armazenamento etc. Quantos litros por ano são consumidos no Brasil? Em 2006, foram consumidos 9,7 bilhões de litros. Imaginamos que em 2007 passe dos 10 bilhões. Dessa forma, quebraremos a barreira dos 10 bilhões de produção e consumo do Brasil. No programa Painel VP, você falou sobre a conseqüência de passar publicidade de cerveja na TV e deu como exemplo a proibição das propagandas de cigarro. Pode explicar isso? A publicidade não consegue aumentar a venda do produto como um todo. Isso se dá por questões exclusivamente econômicas e de distribuição. Quando a Schincariol lançou a Nova Schin, foi uma repercussão fantástica. Ela era uma empresa de 8,5% no mercado, e em quatro meses subiu para 13%. Todas as cervejarias reagiram e fizeram propaganda. No fim, a Schincariol cresceu, a Kaiser e a AmBev

caíram, mas o mercado continuou o mesmo. A publicidade não tem tanta importância para o consumidor. Ela é fundamental para o anunciante, porque o consumidor, na verdade, quer beber cerveja. E vai tomar aquela que tem uma propaganda mais bem-humorada. Se ele for até o ponto-de-venda e não encontrá-la, tomará outra. Fiz a comparação baseado nos números de pesquisas realizadas. Em 2000, foi proibida a propaganda de cigarros. No entanto, se você olhar os números do ano seguinte, verá que se passou a fumar mais no Brasil do que se fumava anteriormente e a fumar mais cigarros de baixa qualidade. Existem outros fatores como educação e fiscalização que podem mudar o consumo irresponsável das pessoas. Tudo já está previsto na lei, mas ninguém a aplica. Ultimamente, ocorreram muitas mudanças no mundo da cerveja. Grandes cervejarias estão investindo nas marcas Premium e cada vez mais há microcervejarias. Por que isso acontece? O paladar do brasileiro mudou ou ele está mais exigente? As duas coisas, mas por uma percepção anterior. A oferta dessa categoria de cerveja ainda é muito baixa. É só você olhar um dado fundamental: muitas pessoas bebem cervejas mais sofisticadas. Mas as cervejarias mudaram o caminho para Pilsen, que é mais fácil de produzir. Hoje, eles começam a investir em novas marcas de cervejas especiais. Quais serão as expectativas para 2008? Em 2008, terá o mesmo ritmo de crescimento que em 2007. Grandes cervejarias vão investir pesado na infra-estrutura, porque nos últimos dez anos as cervejarias não têm feito quase nenhum investimento.

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Única e imponente Uma história em conjunto. Cooperstown é marcada por abrigar esta grande cervejaria e ser o berço do esporte favorito dos americanos, o beisebol texto e fotos Xavier Depuydt

ocalizada a quatro horas e meia de Nova York, Cooperstown é conhecida por abrigar o Museu Nacional de Beisebol. A cidade não encanta à primeira vista. E, realmente, a impressão que tive é que ela só está no mapa dos Estados Unidos porque inventaram o esporte favorito dos americanos: o beisebol. Não há uma versão oficial, mas o esporte tem sua origem vinculada à cidade. Segundo o folclore, Abener Doubleday o inventou em um dos campos do lugar, em 1839. O entretenimento foi se espalhando pelos Estados Unidos após a Guerra Civil, já que no intervalo das batalhas os soldados o praticavam nos acampamentos militares. Ao voltar para suas cidades, o levaram como nova forma de lazer. Além de ter sua história atrelada ao beisebol, a vila conta com inúmeras atrações: o Museu do Fazendeiro, o Museu da Arte Fenimore, a Biblioteca da Associação Histórica do Estado de Nova York e a Cervejaria Ommegang.

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A imponente entrada da cervejaria e o lago no centro da cidade

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A cervejaria está localizada fora da cidade, no meio da mata. E, ao ver o prédio, parecia que estava numa fazenda do século XV, seu grande portal impressiona. A Ommegang foi construída em 1997 no formato de uma antiga fazenda. Ela tinha como sócios o importador da Duvel e quatro cervejarias da Bélgica, entre elas a própria cervejaria Duvel. Em 2003, essa grande cervejaria comprou a parte dos parceiros e é hoje a única proprietária. Com esse feito, pôde ancorar na América e continuar sua conquista pelo país. Os Estados Unidos são complexo para a distribuição. Vários Estados não admitem cervejas com mais de 5% de teor alcoólico, mas ao mesmo tempo vendem destilados com 40% de teor alcoólico. Atualmente, a Duvel é responsável tanto pela importação e distribuição da Duvel e Maredsous como pela produção e distribuição da Ommegang. A cervejaria existe há dez anos e é dividida em duas partes. Ao entrar no local, do lado direito, se produz a cerveja, e há uma pequena loja. No esquerdo, a cerveja passa pela segunda fermentação e pelo engarrafamento. Tudo é importa-

do da Bélgica: a sala de cozimento, os tanques de fermento, os engarrafadores, a máquina de embalagem e até as caixas plásticas para guardar a cerveja na câmara quente. O mestre cervejeiro Randy me explica que as caixas plásticas são especiais para cervejas com refermentação na garrafa. Elas têm os dois lados abertos, pois assim têm um fluxo maior de ar entre as caixas. Dessa forma, toda a cerveja depositada fermenta nas mesmas circunstâncias. Outra característica que me espantou foi o fato de o tanque de fermento ser aberto, da mesma forma que a Cantillon. Eles não usam nenhuma bactéria do ar para a fermentação. Ao contrário, o quarto onde se encontra o tanque de fermento não pode ser visitado por ninguém, para evitar que entre bactéria. A cervejaria produz cinco tipos de cerveja, e todas são feitas utilizando maltes da Bélgica, os mesmos lúpulos que a Duvel usa, lúpulo de Saaz e de Styrie, na Tchecoslováquia.

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Na página ao lado, a coleção das cervejas produzidas em dois tamanhos, 750 e 330 ml Nessa página, a Brewhouse – casa de cozimento; os tanques de maturação e a engarafadora Italiana

pode ser comparada a uma cerveja de abadia belga, de tipo Belgian Strong Ale, com 8,5% de teor alcoólico.Ela é escura e tem aroma e sabor muito complexo de frutas – caramelo, toffee, chocolate, cacau e licor. Ela me fez lembrar a Chimay Grand Réserve. A tradução de Ommegang não é tão simples, porque é um conjunto de duas palavras: omme (em torno de) e gang (caminhada), que em português seria procissão.

OMMEGANG WITTE Essa é uma tradicional cerveja de trigo belga. Ela é produzida com adição de casca de laranja, que garante um sabor e frescor único. É do tipo witbeer, com 5,1% de teor alcoólico.

RARE VOS Ela é um âmbar ale refermentado na garrafa com 6,5% de teor alcoólico, com aromas florais e frutados. A tradução de Rare Vos é estranha raposa. Essa denominação é o nome de um bar famoso em Bruxelas, Bélgica. É também conhecido por ser a partida de corrida de bicicleta e pombo.

HENNEPIN Essa é um tipo Saison belga, com muito lúpulo e levemente frutada e tem 7,7% de teor alcoólico. Hennepin é o nome de um pequeno vilarejo no Estado de Illinois, nos EUA. Ele tem 14,5 quilômetros quadrados e possui 700 habitantes.

THREE PHILOSOPHER Significa os três filósofos. Essa cerveja é feita com cerejas pretas da Bélgica e lembra muito a Rodenbach. É especial, porque sua acidez não agrada a todos. É um tipo Lambik, com adição de cerejas, e possui 9,8% de teor alcoólico. Uma dica de Xavier: se decidirem visitar essa cervejaria, lembre-se de que as duas últimas horas de viagem são feitas por estradas muito pequenas, e nelas há muitos carros de polícia. Como obrigatoriamente tem de cruzar várias cidades, todas terão seus policiais. Quando a placa indicar o limite de velocidade de 35 miles (50 km/h), não o ultrapasse. E, ao deparar com ônibus escolares, não tente ultrapassar, pois, com certeza, imediatamente terá um carro de polícia.

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harmonização charutos com cervejas belgas Um encontro especial entre grandes preciosidades. Esse casamento perfeito ganha adeptos e enriquece as páginas da BEER com muita sofisticação por Mariana Marçal e Xavier Depuydt fotos Ricardo D’Angelo

asar charutos com bebidas é uma arte que ditava que um bom charuto deve ser acompanhado de rum, conhaque, uísque ou vinho do Porto. Ainda bem que essa tradição foi extinta. Afinal, um apreciador deve buscar novas experiências. E foi de acordo com essa filosofia que surgiu a pergunta: por que não combinar charutos com cervejas belgas? Pensando nisso, a BEER organizou uma harmonização entre esses produtos no Belgian Beer Paradise, em São Paulo, no dia 1o de agosto. De um lado, especialistas e fanáticos por charutos, cinco dos 30 integrantes da Real Confraria de Charutos de São Paulo: Antônio de Júlio, Roberto Mollo, Tércio Carvalho, Armando Char e Maurício Silvestre. Em janeiro de 2004, essa associação foi criada com o intuito de unir apreciadores, explorar a arte de fumar e provar que os charutos harmonizam com qualquer linha de bebidas.

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Do outro lado, Xavier Depuydt, nosso cervejólogo belga, que não podia deixar de estar presente, escolheu minuciosamente as cervejas que seriam provadas. Para os apreciadores, a combinação é perfeita. “Assim como a cerveja, charuto se degusta, sofre processos de fermentação durante a produção. E, se não for de boa qualidade, pode dar uma leve ressaca no outro dia”, afirma, com bom humor, Mollo, um dos fundadores da confraria. De acordo com os especialistas, a regra básica para pactuar bem é que um sabor não sobreponha o outro. Tudo deve decorrer no mais autêntico equilíbrio. A dica para quem inicia na vida de charuteiro é seguir os seguintes princípios: respeito, irmandade e prazer. “O estado de espírito é importante. É ele o responsável para que a experiência seja inesquecível. Portanto, bom humor é fundamental”, afirma o cervejólogo. Segundo Depuydt, é necessário estimular a imaginação e contemplar cada produto degustado para atingir a satisfação.

CUIDADOS PARA A HARMONIZAÇÃO O charuto deve ser bem manuseado com os instrumentos necessários. A pon-

ta coberta deve ser cortada uniformemente, com uma tesoura própria para esse tipo de corte, um furador ou uma guilhotina de lâmina dupla. Já a cerveja deve ser servida em seu respectivo copo e na temperatura indicada para seu tipo. “Incline a garrafa e o copo, um para o outro, e sirva lentamente. Uma firme espuma se formará. Continue a derramar devagar até endireitar o copo”, ensina Depuydt.

LUTA CONTRA O PRECONCEITO E PELA DESMISTIFICAÇÃO Os confrades garantem: a participação do público feminino está cada vez mais intensa. E a luta não é somente contra o preconceito. “Lutamos pela desmistificação do charuto com o poder, como mostra a TV”, afirma Tércio Carvalho, presidente da Real Confraria de Charutos de São Paulo. Há quem diga que existam cervejas que foram produzidas especialmente para serem saboreadas fumando charuto, ou vice-versa. Experimente! Diversas harmonizações foram experimentadas. Algumas foram bem especiais para nossos convidados. A seguir as quatro harmonizações.


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HARMONIZAÇÃO COM PILSEN A Pilsen, apesar de ser a cerveja mais consumida no mundo, é um tipo que não harmoniza com charutos. “O charuto não combinou com essa cerveja, deixando um gosto amargo na boca”, afirmou Maurício Silvestre. Duvel com Trinidad Fundadores, Davidoff Millennium Blend Pirâmides e Hoyo de Monterey – Robusto Capa Clara

A Duvel é uma cerveja que combina com quase todos os charutos. É apreciada como um charuto. Tércio Carvalho aprovou. “Interessante e equilibrada”. Armando Achar degustou a Strong Golden Ale com o Davidoff Millennium Blend Pirâmides.“Foi um encontro harmônico de paladares. O retrogosto foi de equilibrado amargor, mas não suficiente para apagar os sabores encorpados dos charutos.” Roberto Mollo gostou da combinação da cerveja com o Hoyo: “Um bom encontro de duas preciosidades, com intensos sabores e aromas”.

Tripel Karmeliet com Macanudo Maduro Diplomata e Davidoff Millennium Blend Pirâmides

Antônio de Júlio afirmou que a Tripel casou perfeitamente com o Macanudo, um de seus preferidos. “Senhor Macanudo e Senhora Karmeliet”, brincou. Maurício Silvestre aprovou a harmonização entre a Tripel Karmeliet e o Davidoff Millennium Blend Pirâmides. “Com sabor marcante, a cerveja se apresentou bem com a combinação dos melhores blends reunidos nesse perfeito charuto, com seus sabores fortes.” Gulden Draak com Arturo Fuentes e Hoyo de Monterey

“Houve uma grande harmonia entre a Gulden e Arturo Fuentes. Meu charuto quase acabou equilibrando os aromas e sabores”, disse Roberto Mollo. O encontro da cerveja com Hoyo foi aprovado por Armando Achar. “A cerveja com cor amarela muito escura e amargor caramelado formou um enlace perfeito aos paladares acentuados do Hoyo.”

À esquerda, Tércio Carvalho harmonizando Duvel com Hoyo de Monterey e à direita Roberto Mollo, Armando Achar e Gregório conversam animadamente sobre suas preferências


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Sentado à esquerda na frente, Roberto Mollo e Antônio de Júlio, ao fundo, que fez os amigos rirem com a frase: “Senhor Macanudo e Senhora Karmeliet.” Tércio Carvalho à frente do brincalhão e Maurício Carvalho encostado à parede.

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CONHEÇA OS PRODUTOS Charutos que foram degustados para a harmonização • Trinidad Fundadores (Cuba) – Equilibrado. Retrogosto e aromas complexos. • Davidoff Millennium Blend Pirâmides (República Dominicana) – É produzido com folha de capa do Equador, cultivado numa das melhores regiões tropicais do mundo. É forte. • Macanudo Maduro Diplomata (República Dominicana) – Feito com recheio dominicano, cultivado com semente cubana e mexicana e capa connecticut escura. • Hoyo de Monterey Corona (Cuba) – Sabor acentuado. Equilibrado, com notas amadeiradas. Terço final com retrogosto apimentado. • Arturo Fuentes Chateau –

(República Dominicana) – Charuto de estrutura marcante, que apresenta aromas intensos de madeira. Terço final equilibrado. Cervejas que foram degustadas para a harmonização • Stella Artois – Tipo Pilsen – Uma cerveja leve, com pouco lúpulo e leves notas de malte. Pouco amargor. Vol. alc: 5,2%. • Duvel – Tipo Strong Golden Ale – Uma cerveja com 8,5% de álcool. É uma das primeiras Strong Golden Ale do mundo. No fundo da garrafa está depositada a levedura. O ideal é servir e deixar o último centímetro de líquido na garrafa. • Tripel Karmeliet – Tipo Tripel de 8% de álcool. Essa é uma fantástica cerveja produzida com três grãos: trigo, cevada e aveia.

A receita, de 1679, é das freiras carmelitas. Atualmente, é produzida pela Cervejaria Bosteels. • Gulden Draak – Tipo Strong Dark Ale – Cerveja marromescura com 10,5% de teor alcoólico. Sabor inconfundível, densa e de espuma bem cremosa. Uma combinação de maltes tostados, leve sabor de caramelo e toque de lúpulo. ONDE ENCONTRAR: CHARUTOS Roma Cigar Bar Alameda dos Jurupis, 1402, Moema, São Paulo, SP. Tel. (11) 5542-7324. Tabacaria Lee Shopping Ibirapuera Av. Ibirapuera, 3103, loja 32, Piso Jurupis. Tel. (11) 5561-9557. CERVEJAS Belgian Beer Paradise Rua Normandia, 52, Moema, São Paulo, SP. Tel. (11) 5044-3956.


importador exclusivo: Belgian Beer Paradise – tel. (21) 2494-2200 ou (11) 5544-3956

BEYOND THE

"DE" GODENDRANK

OP BASIS VAN GERST

BEST OF . . .

"THE" DIVINE DRINK MADE OF BARLEY

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Sonho concretizado

em Chico É em uma pacata cidade do interior da Califórnia que se encontram primorosas cervejas, ales e lagers, e exemplares caseiros com sabores exclusivos texto e fotos Xavier Depuydt

uando for conhecer a cervejaria Anchor, em São Francisco, aproveite e vá até Chico, próxima a Sacramento, capital do Estado da Califórnia, conhecer outra magnífica cervejaria: Sierra Nevada. Sacramento, fundada em 1839, é a cidade mais velha da Califórnia. Antigamente, era um importante centro de abastecimento nos tempos da febre do ouro. Hoje, ela é turística e conta com uma arquitetura fantástica: museus, o prédio do Congresso, a residência do governador, o Forte de Sutter, o Museu Indígena. Depois de visitar esse lugar encantador, dirija-se à tranqüila Chico e conheça a impressionante Cervejaria Sierra Nevada. Iniciada em 1979 por Ken Grossman, ela é especializada em produzir ótimas ales e lagers. É considerada a primeira cervejaria artesanal dos Estados Unidos.

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Sala de cozimento instrutiva: as paredes contam a história da cerveja. Ao lado, tanque de cozimento de cobre ilumina a cervejaria


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A paixão de Grossman por cerveja começou quando um amigo lhe apresentou as maneiras de se produzir a bebida em casa. Usando um equipamento caseiro, passou a fabricar cerveja, e logo se tornou um especialista no assunto. Em 1976, depois de estudar Química e Física no Butte Community College e na California State University, ele abriu a própria loja, The Home Brew Shop. Lá, instalou todos os materiais necessários, mas sonhava abrir uma cervejaria. Dois anos depois, o sonho tornou-se realidade. Grossman e um sócio, Paul Camusi, inauguraram o tão esperado estabelecimento. O empresário batizou seu negócio com o nome de um de seus lugares favoritos: a Cordilheira Sierra Nevada. Em15 de novembro de 1980, a cervejaria produziu o primeiro lote do que mais tarde viria a ser uma marca do modo americano de fabricar cerveja artesanal: Sierra Nevada Pale Ale. O sucesso foi estrondoso, e a cervejaria tornou-se modesta para a demanda. Ken viajou para a Alemanha e trouxe uma brewhouse, ou seja, sala de cozimento de cobre de 100 barris, que passou a ser o coração da nova cervejaria, totalmente reformada. Em 1997, o estabelecimento começou a produzir quase 800.000 barris por ano. Com a nova instalação, foi possível oferecer aos clientes outras atrações, como shows com música ao vivo, jantares personalizados e as premiadas cervejas.


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Na página ao lado acima, tanque de grãos; abaixo, as enormes salas engarrafadoras. Ao lado, parte de baixo dos tanques de maturização. Acima, pelas janelas da fachada das salas de cozimento é possível enxergar os tanques de cozimento

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O Sierra Nevada Taproom e Restaurant transformou-se no destino certo para pessoas que procuravam um menu apetitoso no almoço e no jantar, uma sala bem decorada ou um pátio para jantar ao ar livre. Além disso, proporciona a prova da linha inteira das cervejas inglesas, lagers e ales, inclusive as caseiras. A 350 salas foram planejadas e adaptadas para receber música ao vivo. Com múltiplas propostas, elas podem abrigar casamentos, reuniões de negócios, conferências, entre outros eventos. Até hoje, Grossman está envolvido em cada aspecto da operação da cervejaria. O mais importante é que a Sierra Nevada continua com a qualidade de sempre. Ingredientes selecionados e técnicas premiadas fazem das ales e lagers desse admirável estabelecimento excepcionais.

O LUGAR QUE INSPIROU GROSSMAN: SIERRA NEVADA – SUNTUOSA CORDILHEIRA Com mais de 600 quilômetros de extensão, essa magnífica cadeia montanhosa encanta quem vai ao local. Situada em quase sua totalidade na zona leste do Estado americano da Califórnia, ela é de tirar o fôlego. Com seus picos brancos e grandes parques nacionais ao redor (como o Yosemite), que representam verdadeiros santuários selvagens, forma um marcante contraste com o vasto deserto estéril de Mojave ou a beleza do Death Valley (Vale da Morte). O lugar oferece atrações o ano todo e, no inverno, o que mais chama a atenção dos turistas são as instalações de esqui, como o Heavenly Valley e Mammoth Moutains. No verão, é possível fazer acampamentos, excursões e visitas aos lagos da montanha na Alta Serra. O mais impressionante deles é o Lake Tahoe, com campos de golfe de luxo nos arredores, casas de jogo e cabanas.

Acima, salas onde são guardados os lúpulos diferenciados em baixa temperatura para evitar que estraguem e uma placa que avisa que esse local é um terreno experimental para criar lúpulo. Abaixo, toda a logística nos EUA é própria para garantir a qualidade da cerveja e todo o gás produzido na cervejaria é reaproveitado e transforma-se em energia


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Cervejas

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A Fuller’s é uma das mais importantes cervejarias da Inglaterra. Fabrica muitas cervejas que já foram premiadas pela Champion Beer of Britain.

s cervejas da Fuller’s são produzidas há mais de 350 anos, desde a época do político Oliver Cromwell. Mesmo com dificuldades financeiras, que forçaram os donos – na época, Douglas, Henry Thompson e Philip Wood – a procurar um sócio, a cervejaria obteve sucesso posteriormente com a família Fuller. A fábrica se expandiu dos jardins de Bedford House para o mundo e, agora, vem conquistando os paladares mais exigentes. Em 1829, John Fuller juntou-se ao negócio, mas a sociedade não deu certo. E, em 1841, Douglas vendeu sua parte. Aparentemente, era impossível um homem sem experiência com cerveja fazer o negócio dar certo. Em 1845, seu filho John Bird Fuller uniu-se a Henry Smith, da Romford Brewery of Ind & Smith, e a seu cunhado, mestre cervejeiro, John Turner, e formaram a Fuller Smith & Turner, que existe até hoje e é um sucesso. Atualmente, a empresa distribui cervejas em garrafa internacionalmente. Anthony Fuller, atual proprietário, foi também o fundador da Família dos Cervejeiros Independentes Britânicos. Ele comprou a Cervejaria Gales, em 2005, aumentando seu número de pubs para 362. Na época, o negócio foi fechado por 91,8 milhões de libras e causou preocupação devido à Campanha pela Real Ale, no fechamento da cervejaria Horndean de Galé, e à possível perda de marcas. Além de ser conhecida pela quantidade de cervejas que produz, ela é famosa por ter a mais antiga planta (wistéria) do Reino Unido, do começo do século XIX.

FOTOS RICARDO D’ANGELO

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CONFIRA MINHAS ANOTAÇÕES SOBRE OS CINCO TIPOS QUE CHEGARAM DA INGLATERRA Fuller’s London Pride Inglaterra Embalagem: garrafa 500 ml Copo: Pint Tipo de cerveja: Bitter Ale Álcool: 4,7% Cor: cobre Espuma: densa, boa formação e com estabilidade Tipo de fermentação: alta Validade: 21/10/2008 Aroma: muito lúpulo Sabor: lupulado, fácil para beber e levemente seco Avaliação geral: a cerveja tem um aroma muito lupulado, proveniente de lúpulos aromáticos usados na produção. Depois de algum tempo, toma o lugar um aroma de malte. Ela parece uma cerveja americana, mas com menos corpo. É frutada, leve e agradável. Muito boa! Fuller’s 1845 Inglaterra Tipo de cerveja: Strong Ale – Real Ale Embalagem: garrafa 500 ml Copo: Pint Álcool: 6% Cor: cobre avermelhado Espuma: densa, com boa formação e estabilidade Tipo de fermentação: alta Validade: 1/1/2008 Aroma: lúpulo, bem forte

Sabor: encorpado, seco e amargo Avaliação geral: foi produzida para comemorar o150º aniversário da cervejaria. O ano de 1845 foi quando a sociedade de Fuller Smith & Turner foi fundada. Mais uma vez o aroma de lúpulo é muito presente. E, depois, ele some da mesma maneira que a London Pride. Ela é bem mais encorpada que a London Pride, mas não agrada a todos os gostos. Particularmente, também não me agradou. Fuller’s ESB Inglaterra Tipo de cerveja: Bitter Ale Embalagem: garrafa 500 ml Copo: pint Álcool: 5,9% Cor: cobre-avermelhado Espuma: densa Tipo de fermentação: alta Validade: 20/10/2008 Aroma: lúpulo e malte Sabor: pouco lupulado (comparado à de 1847), levemente doce, o que contrabalança com o amargor Avaliação geral: produzida desde 1971, foi a cerveja que me mais agradou, por ser muito equilibrada. Tem aroma de lúpulo misturado com aromas de maltes. Porém, na degustação, ela precisa ser a segunda a ser provada, pois é a mais balanceada em todo o contexto. Agrada muito ao paladar e dá para beber a noite inteira.

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GABF degustação recorde CERVEJA NOS EUA Todos sabem que o americano é considerado um consumidor. Mas os números do mundo da cerveja, em 2006, nos Estados Unidos são impressionantes. Confira. • Há cerca de 300 milhões de habitantes • O país produziu 789.230.027 litros de cerveja • O consumo cresceu 12% • O valor da venda da cerveja representa US$ 4,7 bilhões • As cervejas artesanais representam 3,2% do total produzido • As cervejas artesanais representam 4,99% do faturamento • Existem 1.389 cervejarias – 50 regionais, 364 microcervejarias e 975 brewpubs (microcervejarias que vendem mais de 75% no local). • O americano gastou US$ 94 bilhões em compras de cerveja • Existem quase 400 cervejarias presentes no evento

Anualmente, os amantes da cerveja podem experimentar quase 1.700 marcas, em três dias, no Grande Festival de Cervejas Americanas, em Denver, no Colorado por Xavier Depuydt fotos André Clemente

ABF significa Great American Beer Festival, ou Grande Festival de Cervejas Americanas. Quando li sobre esse evento, que ocorre anualmente em Denver, no fim de setembro ou início de outubro, no Colorado, fiquei impressionado com a quantidade de cervejas de pressão a degustar: 1.680. Sim, leitores, 1.680 cervejas de pressão ou chopes, como falam os brasileiros. O evento está no Guinness Book of Records, como o que serve a maior quantidade de chope ao mesmo tempo em um só lugar. Meu dilema era degustar 1.680 cervejas em três dias, apenas 17 horas e meia para a tarefa. Isso era fisicamente impossível, pois teria apenas 37 segundos para experimentar cada uma. Então, decidi dividir as bebidas em dois grupos: no primeiro dia, tomaria as cervejas acima de 7% de álcool, sem ser Belgian Style Ale; no segundo, experimentaria todas as Belgian Style Ale, com mais de 7% de álcool. Finalmente, no terceiro dia, no qual a organização entrega os prêmios, reservaria para tomar as melhores dos dias anteriores.

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Dados retirados da Brewers Association of America. – www.beertown.com Charlie Papazian, presidente da Associação das Cervejarias, Pierre Celis, inventor da Hoegaarden, dando autógrafos em sua autobiografia, e Garret Oliver, dono da microcervejaria Brooklin. Todos aproveitaram para experimentar os inúmeros chopes do festival


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No GABF, meu preconceito sobre cerveja americana acabou. Degustei várias muito boas, com corpo, aromáticas e sabores muito complexos. Dá para comparar com uma cerveja belga. No entanto, havia diversas básicas, com muito lúpulo (típico das cervejas americanas). De qualquer maneira, o americano é um perfeccionista. Ele pode estar até copiando, mas faz réplicas excelentes. Os Estados Unidos passaram por tendências. A primeira foi o estilo inglês (ainda hoje nos EUA se produzem algumas cervejas que estavam extintas na Inglaterra, como a Indian Pale Ale e a Imperial Stout). A segunda foi o estilo alemão (colocaram diferentes tipos de cerveja alemã de volta ao mapa). E hoje impera o estilo belga. Visitei a Ommegang. Lá, tudo é importado, até as caixas de cerveja usadas na câmara quente. Pude constatar como um americano dedica-se a tentar fazer a melhor cerveja. Tive o prazer de degustar uma Belgian Style Tripel feita em Maui (ilha no Pacífico), uma das minhas preferidas, que, inclusive, ganhou prata em seu estilo. A festa não é apenas para o público. Nela, 100 juízes escolhem as melhores cervejas dos Estados Unidos. São 75 categorias e 225 medalhas (ouro, pra-

PIKE’S PEAK – NÃO HÁ COMO IR AO GABF E DEIXAR DE VISITAR ESTA GRANDE MONTANHA Pike’s Peak é uma montanha de granito gigantesca no meio do Colorado. Ela tem 4.300 metros e é a segunda mais visitada do mundo. Há três possibilidades de chegar ao topo: a pé, de carro ou de trem, a forma mais rápida. Optamos pelo carro. É uma viagem de 21 quilômetros, que demora uma hora e meia. A velocidade não ultrapassa os 10 km/h devido à pressão do ar e à dificuldade de respirar. A subida é linda, a vista deslumbrante. Não é à toa que mais de 500 mil pessoas sobem a montanha todo o ano, 15 mil delas a pé. No topo, há um bar-restaurante, mas infelizmente lá não há cerveja! www.pikespeakcolorado.com


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Vista deslumbrante da Pike’s Peak, a segunda montanha mais visitada do mundo. Para descansar um pouco e repor as energias: uma cafeteria no meio do caminho. O trem é uma das opções para alcançar o topo

MARATONA DE PIKE’S PEAK Para os bebedores de cerveja que gostam de esporte, uma boa alternativa é a Maratona de Pike’s Peak. São 42 quilômetros, 21 deles de subida e os outros descendo a montanha. Com direito a água grátis durante o caminho. Mais informações no site oficial da maratona: http://www.pikespeakmarathon.org/

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ta e bronze). O concurso acontece paralelamente ao evento, num espaço separado. O festival prova que as grandes cervejarias podem viver com as pequenas e microcervejarias. Sem o patrocínio das grandes cervejarias não seria possível financeiramente organizar um evento dessa magnitude. E, sem as cervejarias artesanais, não seria possível organizar um festival desse porte. Ninguém iria a um evento que só tem cervejas disponíveis no supermercado. As grandes empresas precisam das pequenas, para que o consumidor tenha interesse em participar. É um exemplo para o mercado brasileiro, e eu sou o maior defensor disso. No GABF, há grandes patrocinadores, como Budweiser (Cervejaria Anheuser Bush), Miller (Cervejaria South African Brewery’s) e Coors (Cervejaria Molson-Coors), que são três jogadores mundiais no universo da cerveja e grandes concorrentes.

BREWERS ASSOCIATION The Brewers Association surgiu em 2005 de uma fusão entre a Association of Brewers e a Brewers Association of America. Em 1942, foi criada a Brewers Association of America e, em 1978, Charlie Papazian fundou a Association of Brewers. Papazian é presidente da associação e colunista de nossa revista. A proposta da associação é proteger os interesses das grandes e microcervejarias, da mesma maneira que o Sindicerv, no Brasil.

VIAGEM A revista BEER está organizando uma viagem a Denver, no Colorado, Estados Unidos, neste ano. O roteiro inclui: • Segunda-feira, 6/10 – Saída de São Paulo à noite. • Terça feira, 7/10 – Chegada a Denver. Visita à Cervejaria New Belgium. • Quarta-feira, 8/10 – Visita à Montanha Pike’s Peak, loja e bar

especializados em cervejas. • Quinta-feira, 9/10 – Visita à Cervejaria Avery e, às 17h30, início do primeiro dia do GABF. • Sexta feira, 10/10 – Visita à New Belgium e, às 17h30, início do segundo dia do GABF. • Sábado, 11/10 – Visita ao GABF. • Domingo, 12/10 – Volta a São Paulo, às 13h30. Estimativa de chegada à cidade às 8 horas.

Sites com informações sobre os locais incluídos no roteiro: www.beertown.org www.pikespeakcolorado.com.br www.coors.com www.newbelgium.com www.avery.com Caso tenha interesse em viajar com Xavier Depuydt, favor mandar e-mail para viagem@beermagazine.com.br.


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a revista para os amantes de cerveja

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indica os melhores endereços para apreciar uma cerveja em Denver

Bar Falling Rock O bar mais freqüentado durante o evento com 75 cervejas de pressão. Vale a pena visitar. Atenção aos chopes no local. Pergunte sempre há quanto tempo estão refrigerados, porque os dois que bebi estavam estragados.A comida típica é a americana. Rua: Blake, 1919 tel. (303) 293-8338

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ta e bronze). O concurso acontece paralelamente ao evento, num espaço separado. O festival prova que as grandes cervejarias podem viver com as pequenas e microcervejarias. Sem o patrocínio das grandes cervejarias não seria possível financeiramente organizar um evento dessa magnitude. E, sem as cervejarias artesanais, não seria possível organizar um festival desse porte. Ninguém iria a um evento que só tem cervejas disponíveis no supermercado. As grandes empresas precisam das pequenas, para que o consumidor tenha interesse em participar. É um exemplo para o mercado brasileiro, e eu sou o maior defensor disso. No GABF, há grandes patrocinadores, como Budweiser (Cervejaria Anheuser Bush), Miller (Cervejaria South African Brewery’s) e Coors (Cervejaria Molson-Coors), que são três jogadores mundiais no universo da cerveja e grandes concorrentes.

BREWERS ASSOCIATION The Brewers Association surgiu em 2005 de uma fusão entre a Association of Brewers e a Brewers Association of America. Em 1942, foi criada a Brewers Association of America e, em 1978, Charlie Papazian fundou a Association of Brewers. Papazian é presidente da associação e colunista de nossa revista. A proposta da associação é proteger os interesses das grandes e microcervejarias, da mesma maneira que o Sindicerv, no Brasil.

VIAGEM A revista BEER está organizando uma viagem a Denver, no Colorado, Estados Unidos, neste ano. O roteiro inclui: • Segunda-feira, 6/10 – Saída de São Paulo à noite. • Terça feira, 7/10 – Chegada a Denver. Visita à Cervejaria New Belgium. • Quarta-feira, 8/10 – Visita à Montanha Pike’s Peak, loja e bar

especializados em cervejas. • Quinta-feira, 9/10 – Visita à Cervejaria Avery e, às 17h30, início do primeiro dia do GABF. • Sexta feira, 10/10 – Visita à New Belgium e, às 17h30, início do segundo dia do GABF. • Sábado, 11/10 – Visita ao GABF. • Domingo, 12/10 – Volta a São Paulo, às 13h30. Estimativa de chegada à cidade às 8 horas.

Sites com informações sobre os locais incluídos no roteiro: www.beertown.org www.pikespeakcolorado.com.br www.coors.com www.newbelgium.com www.avery.com Caso tenha interesse em viajar com Xavier Depuydt, favor mandar e-mail para viagem@beermagazine.com.br.


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Bar Falling Rock O bar mais freqüentado durante o evento com 75 cervejas de pressão. Vale a pena visitar. Atenção aos chopes no local. Pergunte sempre há quanto tempo estão refrigerados, porque os dois que bebi estavam estragados.A comida típica é a americana. Rua: Blake, 1919 tel. (303) 293-8338

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Frases divertidas de pessoas famosas sobre nossa amada cerveja

“Um país não pode ser um país de verdade se não tiver ao menos uma cerveja e uma empresa aérea. Ajuda se tiver uma equipe de futebol, ou armas nucleares, mas o mais importante é a cerveja.”

Frank Zappa, músico e compositor americano

“Eu daria toda a minha fama por segurança e uma cerveja inglesa.”

“A perfeição não pode ser concebida sem uma forte dose de egoísmo, orgulho, tenacidade e de cerveja.”

William Shakespeare, escritor britânico, considerado poeta nacional inglês e o maior dramaturgo da literatura universal “Eu aproveitei mais o álcool do que ele se aproveitou de mim.”

Winston Churchill, estadista britânico, escritor, jornalista e primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial

“Era um homem sábio aquele que inventou a cerveja.”

Charles de Gaulle, militar e político francês

Platão, filósofo grego “A cerveja é a prova viva de que Deus nos ama e nos quer ver felizes.”

Benjamin Franklin, cientista, estadista americano e um dos líderes da revolução americana

“Salta cerveja estupidamente gelada prum batalhão... e vamos botar água no feijão.”

“Existe uma coisa que me afeta profundamente. Os homens que não acreditam nos seus líderes, nem na cerveja.”

Chico Buarque de Holanda, músico, compositor e escritor brasileiro “Faça sempre lúcido o que você disse que faria bêbado. Isso o ensinará a manter sua boca fechada.”

Ernest Hemingway, escritor americano

Walt Whitman, poeta americano “A cerveja me faz sentir da forma como gostaria de me sentir sem cerveja.”

Henry Lawson, escritor australiano


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Chimay é produzida por Monges Trapistas da Abadia da cidade Scourmont na Bélgica. Até hoje os monges usam os mesmos ingredientes naturais, como foi usado desde 1862. Chimay tem três cervejas distintas, cada um com grau de álcool diferente e indo de cor âmbar ao vermelho escuro. Todas as cervejas são de alta fermentação com a segunda fermentação na garrafa. As cervejas pode ser guardadas (com temperatura adequada) por mais de 20 anos. Importador exclusivo: Belgian Beer Paradise São Paulo: 11/ 5044-3956 – atacadosp@beerparadise.com.br Rio de Janeiro: 21/2494-2200 – atacadorj@beerparadise.com.br


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Cerveja

de casa

O I Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn foi um sucesso, com a participação de todo o Brasil texto e fotos André Clemente

om a revista BEER, a Eisenbahn promoveu o I Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn. Foram 22 candidatos, cada um pôde inscrever apenas um tipo de cerveja. Tivemos diversos participantes, de várias regiões do Brasil, sendo três de Minas Gerais (Belo Horizonte), três do Paraná (Curitiba e Campo Largo), seis de São Paulo (São Paulo, Jaú, Campinas, Franca, Itapevi e São Bernardo do Campo), um do Rio Grande do Sul (Porto Alegre), três do Rio de Janeiro, quatro de Santa Catarina (Florianópolis, Joinville e São Bento do Sul), um de Mato Grosso do Sul (Campo Grande) e um do Espírito Santo (Santa Maria Jequitibá). Para a seleção dos finalistas, houve uma degustação no bar Anhanguera. Cada grupo de degustadores passou por duas baterias. Eles avaliavam cor, aroma, persistência do colarinho, entre outros quesitos, levando em conta qual era o tipo de cerveja apresentado pelo autor. No total, eram 14 tipos, entre eles Belgian Dark Strong Ale, Smoked Brown Ale e Red

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Da esquerda para a direita; Juliano, Bruno e Jarbas Mendes, o clã da Cervejaria Eisenbahn; Xavier Depuydt, de BEER, Greigor Caisley, do Drake’s Bar; Leonardo Botto, o vencedor e Eduardo Passarelli, terceiro colocado


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Ale. Em cada avaliação, dava-se a nota para cada questão. No final, somavam-se todas as categorias, e a pontuação máxima era de 100 pontos. Todas as amostras foram degustadas às cegas. O degustador tinha em mãos apenas um papel com o tipo e uma breve descrição da cerveja. Tivemos grandes surpresas com a qualidade apresentada e com a variedade de estilos. Os participantes estão de parabéns. Esperamos que esse tipo de incentivo ajude esse mercado a crescer. Uma prova disso é o prêmio. O primeiro colocado terá sua fórmula produzida na Eisenbahn, com um lote de 3.000 litros e um ano de assinatura da revista BEER. O vice-campeão recebeu cinco caixas de cerveja Eisenbahn e um ano de assinatura de BEER. O autor que recebeu a medalha de bronze ganhou duas caixas de Eisenbahn e também foi premiado com um ano de assinatura de BEER. A entrega da premiação ocorreu no bar FrangÓ, reduto da cerveja, em São Paulo. Os vencedores do I Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn foram: em primeiro lugar, Leonardo Botto, do Rio de Janeiro, com uma Belgian Dark Strong Ale, chamada “A Dama do Lago”; em segundo, Marco Aurélio Zimmermann, de Florianópolis, com uma Extra Special Bitter, apelidada de “Opux extra Special Bitter”; e, em terceiro, Eduardo Passarelli, de São Paulo, com uma Dubbel, chamada “Passarelli Dubbel”. Parabéns cervejeiros caseiros, vocês mereceram! Acima, mesa de avaliação no bar Anhanguera; Murilo Foltran e Marco Aurélio Zimmermann; ao lado o vencedor Leonardo Botto e Xavier Depuydt. Abaixo, o brinde com os vencedores

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Brugges a Veneza do Norte

Vista do topo da cervejaria Halve Maan (A Meia-Lua). Fica claro quanto a população é religiosa. A quantidade de igrejas que a pequena cidade possui é espantosa – oito


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Um dos principais pontos turísticos da Bélgica, a charmosa cidade conserva o estilo da Europa medieval e encanta a todos com sua atmosfera poética e romântica por Xavier Depuydt fotos Ricardo D’Angelo

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onhecida pelos europeus como Veneza do Norte, devido aos inúmeros canais que a cortam, essa pequena cidade está situada em Flandres, no norte da Bélgica. Brugges é repleta de atrações, como museus, catedrais e prédios históricos, que podem ser alcançados em curtas caminhadas. Aliás, seu centro histórico foi tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 2000. Alguns exemplos dessas construções: a igreja Old Lady, o mausoléu de Maria Borgonha e a torre medieval Halletoren, com 88 metros de altura, que proporciona uma vista panorâmica da cidade. São 366 degraus para chegar ao topo, mas vale o esforço! A cidade ainda carrega o título de capital européia da cultura de 2002. Além da riqueza cultural, Brugges envolve a todos com sua atmosfera romântica, até mesmo os que não estão apaixonados. Impossível não cair na tentação de jogar a moedinha em um dos canais, para dar sorte no amor.

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Ao lado, a torre medieval Halletoren, uma das mais importantes construções da cidade. Abaixo, um dos canais da cidade, onde é possível fazer passeios românticos em barcos. Acima, o visual de Brugges é composto de igrejas, praças e monumentos


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UM POUCO DE SUA HISTÓRIA Como tinha acesso direto para o mar, tornou-se um dos principais centros comerciais da Europa, a partir do século XI. No século XV, foi invadida pela arte e pelas atividades financeiras e passou a ser importante ponto das relações econômicas. No entanto, a cidade foi perdendo seu poder comercial devido ao recuo do mar e deixou de ser considerada um porto em 1500. Atualmente, o principal porto da Bélgica pertence à Antuérpia, localizada um pouco mais ao norte, que é o segundo maior porto da Europa. Mas, se você se perguntar o que essa cidadezinha tem a ver com cerveja, aconselhamos que não desvie sua atenção desta reportagem. Ela tem tudo a ver com cerveja!

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HISTÓRIA DAS CERVEJARIAS EM BRUGGES Quem passeia em por lá não se despede sem comer o chocolate e se deliciar com a cerveja. Isso sim é tradição turística. E são nesses produtos que o tempo deixa sua marca. Brugges tem uma história de cervejarias que começou há 1.300 anos, com a Ter Dune. Durante séculos, a cidade teve cerca de 100 estabelecimentos desse tipo, e o ano de 1441 foi o recorde nesse quesito: 54. No começo do século XX, restavam ainda 34 cervejarias. A maioria fechou, pois o investimento para mudar e produzir uma Pilsen foi muito grande. E, depois que ela deixou de ser um porto, a cidade entrou em decadência, não deixando opções para o comércio. A história só veio a mudar com a valorização do

2 1 Acima, Santo Arnold: ele é o protetor dos amantes de cerveja. Os curadores do Museu Gouden Boom posam a seu lado. 2 Charrete de entrega de cervejas que era usada antigamente. 3 Quatro cervejas que pertencem, atualmente, à cervejaria De Palm. 4 Salão de degustação do museu.

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Antiga engarrafadora da cervejaria Halve Maan (A Meia-Lua). Abaixo, vista do museu da Halve Maan, onde o visitante pode conhecer mais sobre a hist贸ria da cerveja


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turismo nos últimos 30 anos: os preços dos imóveis subiram 500%, e muitos empreendimentos e cervejarias foram substituídos por prédios residenciais. Hoje, há apenas uma cervejaria em Brugges, chamada Halve Maan (A Meia-Lua). A Halve Maan existe desde 1564, e por muitos anos produziu uma famosa cerveja, a Brugse Straffe Hendrik, com uma meia-lua no rótulo. Nos anos 80, foi vendida para a Cervejaria Liefmans, mas continuou sendo servida no bar da Halve Maan. De 1980 a 2005, a cervejaria deixou de produzir e, em seu lugar, foi aberto um museu, com diversos artefatos da história da bebida, no local. Após o fechamento da cervejaria De Gouden Boom, Brugges ficou dois anos sem cerveja própria, até 2005, quando a Halve Maan começou a produzir a Brugse Zot. Xavier Vanneste reiniciou a velha cervejaria, após uma renovação completa da instalação. E atualmente a Halve Maan é uma combinação de uma cervejaria artesanal com um museu que oferece aos turistas não só a degustação, mas também conhecer um pouco da fabricação belga, já que no país são produzidas as melhores cervejas do mundo. Durante todo o dia, essa autêntica fábrica proporciona excursões até o local para apresentar o processo de manufatura e contar parte de sua história. O visitante tem a oportunidade de conhecer um museu com artefatos antigos e outro com cervejas do mundo inteiro, inclusive do Brasil.


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a revista para os amantes de cerveja

a revista para os amantes de cerveja

indica os melhores endereços para apreciar uma cerveja em Brugges Den Duyver É um ícone da Bélgica em harmonização de pratos com cerveja. Esse restaurante é gerenciado por uma tradicional família. O chef é o filho mais novo e, apesar de jovem, cozinha muito bem. Dijver 5 – Brugge – Tel. ++ 32-50336069 – www.dyver.be


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Brugs Beertje Um apreciador não pode deixar de visitar o Brugs Beertje quando vai a Brugges. O bar é pequeno e escuro e tem muitos nativos bebendo cerveja por lá. Há várias cervejas em chope e aproximadamente 300 de garrafa. Kemmelstraat 5 8000 Brugge www.brugsbeertje.be

Hotel Erasmus É um hotel-restaurante-bar no centro da cidade, perto de tudo. Modernos, os quartos foram recentemente reformados. O restaurante combina as receitas do vovô com os pratos do dia-a-dia. E o bar serve mais de 200 cervejas belgas de garrafa e 16 chopes. Tudo isso junto é o paraíso! Wollestraat 35 – Brugge – Tel. ++ 32-50-335781 – www.hotelerasmus.com

Proporcione uma atividade diferente à sua equipe! O cervejólogo belga Xavier Depuydt terá o maior prazer em ministrar uma degustação de cervejas belgas na sua empresa! Um evento de qualidade e alto padrão!

Bierpaleis Os donos desta maravilhosa loja são os irmãos Daniel e Paul Jonckheere. O pai deles tinha uma loja de frango, que, aos poucos, se transformou em uma de cerveja. Em Brugges, há ainda mais três lojas, mas sem dúvida em nenhuma delas você será atendido com tanta simpatia como nesta. Katelijnestraat, 25 8000 Brugge Tel. ++ 32-50-343161 www.bierpaleis.com

Solicite um orçamento!

Xavier Depuydt Cervejólogo Depto de Comunicação e Eventos (21) 3256-2595 eventos@beermagazine.com.br

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Descobertas sobre a essência da cerveja O que você acharia se tivesse uma plantação de lúpulo em seu jardim? É assim que vivem os habitantes da região de Hallertau, na Alemanha texto e fotos Juliano Mendes

ma das maiores e mais importantes regiões produtoras de lúpulo do mundo, Hallertau é composta de várias pequenas cidades, que fazem parte do Estado da Bavária. E esse local é repleto de microprodutores de lúpulo, que há centenas de anos o fornecem para o mundo. Eu e minha esposa, Cíntya, estivemos em Hallertau, em setembro de 2006, para visitar pela primeira vez uma plantação de lúpulo. Quem nos recebeu foi o simpático Stefan Stanglmair, engenheiro agrônomo e funcionário de uma das maiores empresas negociadoras da planta do mundo, a Joh. Barth & Sohn, que compra lúpulo desses pequenos produtores e o negocia com cervejarias do mundo todo. E Stefan é um dos en-

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genheiros responsáveis por dar suporte e verificar a qualidade dos lúpulos produzidos a cada safra. Além disso, ele é filho de um tradicional produtor de lúpulo na região. Sua família herda a propriedade de geração em geração, e Stefan assumirá o posto do pai assim que ele se aposentar, tornando-se a nona geração à frente do negócio. Mas a grande surpresa foi saber que o pai de Stefan é um dos fornecedores exclusivos da cervejaria Samuel Adams, dos Estados Unidos. Stefan e seu pai são amigos do famoso Jim Koch, fundador da empresa, e o recebem anualmente em sua propriedade para que o próprio Jim possa selecionar os lúpulos que seguirão para os tanques do gigante artesanal americano. Se você tiver acesso à revista americana All About Beer, observe a


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As imensas plantações de flores de lúpulo invadem a paisagem da região

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O gigantesco corredor da plantação. À direita, funcionários poloneses descarregando e separando as flores dos galhos e folhas

contracapa. Em quase todas as edições, há um anúncio da Samuel Adams em que Jim Koch e Stefan aparecem analisando uma flor de lúpulo. O anúncio – O lúpulo é para a cerveja o que a uva é para o vinho - faz uma analogia com a necessidade de um bom clima e bom solo para que se possa ter um lúpulo de ótimo sabor e aroma, assim como acontece com as uvas. O roteiro de nossa visita começou com um dos maiores produtores da região (mesmo assim, muito pequeno). Conhecemos as plantações de sua propriedade, repletas de trepadeiras floridas de cones (a flor de lúpulo tem forma de cone), e assistimos ao procedimento da colheita. A experiência de arrancar com as mãos uma flor de lúpulo, separá-la em duas e esfregar um lado no outro para sentir seu aroma é indescritível. Aromas florais, condimentados e cítricos inva-

dem nossas narinas. Nós temos algo que se chama memória olfativa. Ou seja, lembramos de cheiros que marcaram nossa vida mesmo que os tenhamos sentido enquanto criança. E as fragrâncias que marcaram nossa vida de forma positiva fazem com que uma experiência futura, em que tenhamos contato novamente com os mesmos aromas, seja ainda melhor. Beber uma cerveja “dry hopped” (que leva uma carga de lúpulo durante a maturação) hoje, com um aroma intenso da planta, me remete automaticamente ao passeio entre as plantações de lúpulo. Na seqüência do passeio, nos dirigimos à planta de processamento, onde vimos diversos funcionários poloneses descarregando e separando as flores dos galhos e folhas. A colheita de lúpulo acontece anualmente em setembro. Como o salário pago aos poloneses é mais baixo, há uma invasão deles


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na área durante esse período. O próximo passo é secar as flores em estufas, já que o teor de umidade é muito alto. Depois de secas, seguem para um equipamento que desmancha essas flores e as compacta em forma de pellets, maneira como a maioria das cervejarias usa o lúpulo. Algumas utilizam a flor inteira. Nesse caso, o lúpulo não é “pelletizado”. Na região de Hallertau, diversas espécies de lúpulo são plantadas. Existem os lúpulos de amargor, que conferem um sabor mais amargo à cerveja; os aromáticos, que dão mais aromas; e os florais, cítricos e condimentados. Três dos lúpulos mais importantes plantados na região são o Hallertauer Tradition, o mais usado, o Hallertauer Mittlefrueh, de excelente aroma e médio amargor; e o Hersbrucker, de ótimo fragrância e baixo amargor.

Ao longo dos últimos anos, o lúpulo saiu de moda no Brasil. Com a padronização do gosto da cerveja, sempre em busca de leveza, suavidade e baixo amargor, passou a ser usado em mínima quantidade. Seu renascimento, graças aos cervejeiros artesanais, começou nos Estados Unidos, onde nunca na história da cerveja gozou de tamanho prestígio. Cabe agora a nós, cervejeiros artesanais brasileiros e importadores, voltarmos a dar a essas flores de coloração verde a importância e o valor que elas sempre mereceram. Serviço: um passeio de carro pela região de Hallertau é uma experiência única para os apreciadores de cerveja. Uma sugestão é se hospedar no coração da região, na cidade de Mainburg. Quer ver as trepadeiras em seu auge? Visite no fim de agosto e início de setembro. O Hotel-Gasthof Seidlbräu, Liebfrauenstr. 3 é simples, mas confortável.

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Um jogador de peso

chega ao mercado Quem não conhece a marca mexicana Sol, a grande concorrente de Corona, que está no mercado brasileiro desde 1997? Porém, poucas pessoas sabem quem está por trás dessa marca. É a multinacional Femsa, criada em 1988 por Xavier Depuydt fotos Ricardo D’Angelo

la está presente em mais de 170 países e tem cervejarias no México e no Brasil. O grupo é líder em bebidas na América Latina e detém cerca de 200 milhões de consumidores; atua nas áreas de cerveja, refrigerante, logística, embalagens e comércio. O conglomerado é basicamente dividido em três partes. Femsa Cerveza: tudo começou em 8 de novembro de 1890 com a fundação da Cerveza Cuauhtémoc, em Monterrey, México. Atualmente, chama-se Cervecería Cuauhtémoc Moctezuma e é a origem da Femsa (Fomento Econômico Mexicano S.A.). A primeira marca foi a Carta Blanca. Durante um século, a cervejaria comprou várias outras empresas do mesmo ramo no México e as integrou ao grupo. Hoje, a Femsa Cerveza tem um portfólio de 30 marcas. Os carros-chefes são Sol, Tecate, Carta Blanca, Bohemia, Dos Equis, Kaiser e Xingu. A Femsa Cerveza é um exemplo de auto-suficiência. Tem a própria fábrica para rótulo, garrafas, tampinhas, caixas. Da mesma forma que a Budweiser, com essa auto-suficiência, consegue trabalhar com o mínimo de estoque e com preços muito mais competitivos.

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Acima, os inúmeros tanques de maturização impressionam e marcam a paisagem da cervejaria

Femsa Coca-Cola: em 1979, começou a produção e distribuição de Coca-Cola no México. Em 2002, comprou a Panamco, que era a maior engarrafadora da bebida na América Latina. Hoje, é a segunda maior fabricante de Coca-Cola do mundo e tem mais que 184 milhões de consumidores na América Latina. Está presente com fábricas em nove países, produzindo mais de 70 marcas de refrigerantes. Femsa Cerveja Brasil: em 2006, o Grupo Femsa adquiriu o controle das Cervejarias Kaiser Brasil, atualmente denominada Femsa Cerveja Brasil. Fabricante das marcas Kaiser Pilsen, Kaiser Bock, Summer Draft Gold, Bavaria Pilsen, Bavaria sem álcool, Bavaria Premium, Heineken, Santa Cerva, Xingu e Sol; e ainda importa a mexicana Dos Equis. Tem como sócios no Brasil a

Heineken e Molson Coors. Nós fomos visitar a fábrica da Femsa na cidade de Jacareí (uma das oito fábricas), a uma hora e meia de São Paulo. Da estrada, de longe você já consegue ver a cervejaria. Fomos recebidos por Carlos Dias e João Arizono, gerente da planta. E é sempre impressionante visitar uma grande cervejaria, mesmo sendo muito parecida com outra que já tenha visitado. Arizono foi quem mostrou toda a fábrica para a BEER. “O principal objetivo da empresa é comprometer-se inteiramente com o consumidor, e em paralelo com a sociedade e o meio ambiente”, afirma. Em função dessa consciência, a Femsa Brasil desenvolve, constantemente, projetos que propiciam às unidades fabris uma diminuição notável no consumo de água.


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As áreas da planta da fábrica: por onde a cerveja passa antes de chegar a seu copo: salas de cozimento (fotos no alto da página), tanques de maturização (fotos do meio) e sala engarrafadora. O gerente da fábrica, João Arizono, aproveita e degusta uma cerveja da casa. Saúde!

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Um dos principais empreendimentos da cervejaria é a instalação de estações de tratamento de afluentes, que eliminam toxinas com eficiência aproximada a 94%. A água utilizada no processo de produção é devolvida aos rios muito mais limpa de quando foi captada. “Desde 1997, somos a única empresa a participar dos comitês de bacias hidrográficas regionais, incentivando a população ao uso racional de água e ao combate à poluição”, explica Arizono. A Femsa tem várias certificações de qualidade como ISO 9001, meio ambiente ISSO 14001 e de segurança ISSO 18001. Cada unidade fabril conta com um gerente (que é mestre cervejeiro) e também

um mestre cervejeiro. Todos os funcionários que trabalham com a produção da cerveja fazem o curso de cervejeiro em Vassouras, no Rio de Janeiro. Arizono enfatiza que eles são profissionais qualificados e atualizamse com freqüência participando de cursos dentro e fora da instituição. Os enormes silos de grãos e os tanques de maturização dominam a cervejaria. Os tanques de cozimento não são do tamanho dos da Schincariol, mas há vários tanques. E durante a visita nós tivemos a oportunidade de experimentar a Kaiser e Sol diretamente do tanque. E, como sempre, confirmamos que eles são bons em produzir cervejas.


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AS PRINCIPAIS MARCAS FABRICADAS NO BRASIL Sol – A preferida das mulheres. Lançar a Sol no Brasil foi uma prova de que o consumidor realmente merece um cuidado especial. Todas as suas características foram adaptadas para o paladar, bem-estar e ao bolso dos brasileiros. "A Femsa trouxe a Sol para entrar na guerra do mercado cervejeiro. O propósito é concorrer. A Sol vai estar onde suas concorrentes estiverem", diz o gerente. De acordo com as pesquisas mercadológicas da Femsa, a aceitação do público tem sido incrível. Atualmente, é encontrada nas versões lata e garrafa 355 e 600 mililitros. Mas a maior surpresa para o mercado foi a Sol Shot, garrafa de vidro de apenas 255 mililitros. Linda, básica, em menor quantidade; é um ótimo custo-benefício. Há quem diga que esta foi um grande presente para o público feminino. A mulherada agradece. Kaiser Gold A preferida nos testes cegos. Criada especialmente para ser comemorativa e durar apenas três meses, a Kaiser Copa 94 foi desenvolvida para a Copa do

Mundo. Seu sucesso fez com que ela voltasse como Kaiser Gold e fosse nacionalizada a pedido dos consumidores, pois era distribuída somente no sul do país. Surpreendente, ganhou como a segunda melhor cerveja em diversos testes cegos e atualmente é comercializada em três versões. Uma das poucas cervejas tipo Pilsen nacional, com 100% de malte e produzida com ingredientes importados. A Kaiser Gold está presente em diversos eventos culturais, gastronômicos, e a Femsa faz questão de colocá-la em pontosde-venda diferenciados e estratégicos. Seu loiro, dourado ao extremo, permite um experiência sensorial única a seus admiradores. Heineken Quem não conhece a Heineken, a cerveja mais vendida na Holanda? Atualmente, é também a quinta mais vendida no mundo. A Heineken é sócia na cervejaria e produz a Pilsen desde 1990. A cerveja fabricada no Brasil tem menor amargor, mas ela tem os mesmos ingredientes que na Holanda e é 100% malte. No

Brasil, foi lançada a garrafa em 600 mililitros, que não tem na Europa. Numa degustação às cegas, a Heineken foi eleita no Estado de São Paulo como a melhor Pilsen, e a Kaiser Gold ficou em segundo lugar. Bavaria Premium Essa marca pertenceu à AmBev, que foi obrigada a vendê-la quando a Brahma e a Antarctica se juntaram. Ela é a marca mais antiga do grupo e data de 1877. É uma das mais tradicionais marcas de cervejas do Brasil. Elaborada cuidadosamente por experientes mestres cervejeiros, é produzida com receita puro malte e os melhores ingredientes. A Bavaria Premium chegou ao terceiro lugar na degustação do jornal O Estado de S. Paulo. Xingu Apesar de ser uma cerveja nova, com apenas 19 anos, a Xingu já foi eleita duas vezes pelo Beverage Testing Institute como a melhor cerveja escura do mundo, nos anos de 1999 e 2000. Uma cerveja de corpo médio, tonalidade escura, espuma cremosa e que agrada ao paladar do brasileiro.

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Harmonização

apetitosa Mexilhão com batata frita e maionese é o prato mais consumido na Bélgica. A receita é belga, mas os mexilhões são cultivados na Holanda por Xavier Depuydt fotos Ricardo D’Angelo

exilhão é um molusco encontrado no mar que pode ser criado em cativeiro ou em seu ambiente natural. Ele é cultivado em vários lugares no Brasil, mas há uma grande diferença entre o mexilhão nacional e o holandês. Ambos são criados no mar, mas aqui em mar aberto e na Holanda em mar fechado (Zeeland). No país europeu, depois de ser retirado do mar, o mexilhão fica em água doce durante 48 horas. Depois, ele é colocado numa máquina de limpeza. Assim, todos os resíduos do lado de fora são removidos e a “barba” do molusco é retirada. Ele precisa ser consumido, no máximo, em dois dias, após a limpeza. No Brasil, ele não é limpo corretamente; não passa pelo mesmo processo. Por isso, é sempre muito importante verificar a origem dos mexilhões e quanto tempo eles já saíram da água.

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“ BARBA” DO MEXILHÃO. O QUE É ISSO? A barba é um pedaço que fica do lado de fora do mexilhão e parece um “bombril”. Esse pedacinho vem de dentro do molusco, e sem isso ele estaria morto. É por isso que, quando é retirada a barba, o consumo deve ser feito o mais rápido possível. NÃO COMPRAR • Mexilhão sem barba • Mexilhão aberto • Mexilhão que você não sabe onde foi cultivado e quando chegou à loja

POR QUE ÀS VEZES O MEXILHÃO É CINZA, OUTRO É BRANCO, MARROM OU LARANJA? O mexilhão é um molusco do mar, que é cultivado em cativeiro ou criado em seu habitat. Durante o tempo que fica no mar, a água passa por dentro dele e é filtrada. Parte da sujeira proveniente do meio em que vive fica guardada no próprio mexilhão. E é por isso que é muito importante o lugar onde foi cultivado. Quanto mais sujo o mar onde estiver, mais marrom ou cinzento ele será. Um exemplo é o mexilhão da Baía de Guanabara, que é cinza e marrom devido à sujeira que se encontra no oceano. Florianópolis também é conhecida por sua cultivação, mas nem todos os lugares são limpos; tudo depende da corrente e da proximidade do habitat. O mexilhão utilizado em nossa receita veio da Praia de Sonho, perto da Ilha do Papagaio, a 1 hora e meia de Florianópolis. Floripa Moluskos www.ostras.com.br


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MEXILHÃO DO BELGA • 1 kg de mexilhão • 1 garrafa (330 ml) de Hoegaarden

1 O mexilhão, quando chega em sua casa, é muito sujo e inapto para o consumo. Primeiro, ele precisa ser limpo do lado de fora com uma faca. Retirar a barba pode dar um pouco de trabalho, pois é preciso muita força, já que o mexilhão não se rende com facilidade. 2 Depois, pegue um pote. O que é importado da Bélgica é o verdadeiro para servir mexilhão. Lá, são vendidos potes de 500 gramas, 1 quilo e 3 quilos.A vantagem desse recipiente é que a tampa é bojuda, o que facilita seu manuseio. Coloca-se todo o mexilhão sem barba no pote e acrescentam-se 50 mililitros de água. Se o mexilhão for fresco, terá muita água naturalmente. 3 Feche o pote e deixe o mexilhão cozinhar durante 5 minutos na panela. Jogue-o para cima, misturando-o bem. Controle se ele está abrindo. 4 Quando verificar que o mexilhão está se abrindo, já pode ser retirado da água. Espalhe a cerveja sobre eles e comece a jogálos para cima para que se misturem bem com a cerveja. Deixeos cozinhar de 1 a 2 minutos e abrir totalmente. 5 Sirva em potes. Dica1 Quer variar o prato? Além da cerveja, ele ficará ótimo se acompanhado com vinho branco ou legumes (40 g de cenoura, alho-poró e cebola picada). Caso opte pela última sugestão, não retire a água. Dica2 Na Bélgica, não se utiliza garfo e faca para comer o mexilhão. Sua casca é usada como pinça e substitui o garfo. Caso o restaurante não sirva água quente junto ao prato para limpar as mãos, solicite ao garçom.

MEXILHÃO EMPANADO NA MASSA DE HOEGAARDEN Esse prato é feito em duas fases. A primeira é cozinhar os mexilhões (40 unidades) como está explicado na receita acima, mas sem colocar a cerveja. Depois que os mexilhões se abrirem, deve-se tirá-los da casca e separá-los para ser empanados. A segunda etapa é empanar. A massa é feita com a mistura dos seguintes ingredientes: • 500 g de farinha • 100 g de óleo • 2 gemas de ovos • 4 claras de ovos • 330 ml de Hoegaarden • 1 colher de sopa de caldo de galinha • corrija o sal

1 Misture bem todos os ingredientes. Depois, deixe a massa descansar durante 1 hora. Passe os mexilhões na massa e frite-os no óleo a 180 graus. Sirva com molho tártaro.


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O uso do

copo adequado

O consumidor de cerveja precisa aprender a utilizar o copo certo para degustar seus inúmeros tipos disponíveis no mercado A cerveja possui uma série de características que a diferenciam das demais bebidas, pois é carbonatada e deve ser servida a baixas temperaturas e com uma coroa de espuma. No copo, é extremamente sensível à presença de odores estranhos do ambiente, aquece rapidamente e perde gás carbônico. O consumidor espera que as características originais da cerveja (brilho, aroma, paladar, cor e espuma) permaneçam inalteradas quando degustada no copo. Devemos utilizar copos próprios para cerveja, como tulipas, taças ou outros que possuam a forma adequada (em outros países, cada tipo de cerveja possui o próprio copo: Pilsen, Weiss ou Weizen, Stout, Porter, Bock, Alt, Kölsh etc.): • A boca do copo não deve ser grande, que propicie perda excessiva de gás carbônico, ou pequena, que dificulte a percepção do buquê típico da cerveja. • As paredes do copo, tanto internas como externas, devem ser lisas, de modo a facilitar a limpeza e a assepsia, assim como o fundo, que não deve possuir cantos vivos, que dificultem a limpeza. Para o uso comercial, os copos podem ser dotados da logomarca da cerveja que neles é servida, o que por si só representa uma bela propaganda visual do produto em

A Cervejas em seus respectivos copos (da esquerda para a direita): Lager, Helles, Pilsen, Kölsch, Alt, Weizen e Berliner Weisse

questão, valorizando-o ainda mais. O copo decorado com logomarca transmite ao consumidor a imagem da cervejaria por meio de seu produto, a cerveja. Podemos também adicionar uma marca na parte superior do copo, indicando seu conteúdo (200 mililitros, 300, 400 ou 500 mililitros). Essa marca normalmente se situa a aproximadamente 25 milímetros abaixo da borda da boca do copo. Isso representa respeito pelo consumidor e permite também uma clara visualização do nível da cerveja e a formação de uma típica coroa de espuma.

ALGUMAS PRECAUÇÕES DURANTE A LIMPEZA • Lavá-los com detergente neutro e enxaguálos rigorosamente com água corrente limpa. • O enxágüe com água tratada (potável) assegura que o copo e a cerveja não venham a ser contaminados. Mesmo dispositivos de limpeza de copos dotados de escovas devem ser limpos com regularidade, de modo a evitar a contaminação dos copos e da cerveja. Se for o caso, utilizar escovete ou esponja macia, exclusiva para tal fim. A presença de eventuais sujidades ou defeitos do vidro provoca o desprendimento de gás carbônico, sob a forma de pequenas bolhas de gás. Copos engordurados impedem a formação


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da típica coroa de espuma, descaracterizando a cerveja: • Devemos manter os copos, após lavá-los, sobre uma superfície adequada – chapa perfurada ou ondulada de aço inox ou plástico atóxico com a boca virada para baixo, com boa ventilação e ao abrigo do pó. Jamais estocá-los junto a alimentos ou substâncias que transmitam odores, que poderão ser absorvidos pela cerveja. • Os copos nunca devem ser secos com panos, interna ou externamente, que podem transmitir odores estranhos ou soltar fiapos que provocam desprendimento de gás carbônico. O gás carbônico é importante para que a espuma da cerveja permaneça densa, que haja a sensação de refrescância ao ser ingerida e que mantenha sua sensação de “corpo”, não se apresentando “vazia”.

DICAS DE CUIDADOS COM OS COPOS 1) Enxaguar os copos antes do primeiro uso. 2) Lave-os manualmente, caso não lhe seja conhecido se eles resistem à lavadora de louça ou não. Ao enxaguar, deve-se lavá-los primeiro em água morna e depois em água fria. 3) Utilize apenas produtos especiais para copos. 4) Copos decorados deveriam ser lavados apenas em lavadora de vidro para a gastronomia (especial, para copos delicados), e não em lavadora de louça comum, pois a decoração sofre desgaste acentuado. 5) Caso utilize lavadora para gastronomia, observe os seguintes pontos: • A temperatura máxima de lavagem deve ser de 55 °C

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• A dureza da água, que pode ser consultada na estação de tratamento de água da cidade, não deve ultrapassar 6° dH (dH = grau de Dureza Alemã), para evitar depósito de cálcio nos copos e na lavadora. Por outro lado, uma dureza abaixo de 4° dH não é desejável, já que pela maior agressividade da água a decoração pode sofrer desgaste acentuado • Jamais lavar os copos com talheres ou louça • Para evitar que os vapores de limpeza possam afetar o copo, retirá-lo da lavadora imediatamente após o término da lavagem • Observe as instruções de enchimento e o uso do fabricante da lavadora

1. É importante enxaguar os copos com água limpa 2. Mantenha o copo ligeiramente inclinado e derrame a cerveja suavemente pela parede do copo, até que a espuma se aproxime da borda 3. Coloque o copo na posição vertical e complete até a marca de volume do copo ou até que se forme uma coroa estável de espuma

DICAS PARA SERVIR A CERVEJA Como regra geral, vale servir a cerveja no copo com um ângulo inicial de aproximadamente 45 graus. Aos poucos, à medida que o copo vai sendo cheio com a cerveja, volta-se lentamente para a posição vertical. Pode-se dar um breve repouso, depois completar o volume no copo, não esquecendo de manter uma coroa de espuma.

4. Se necessário, após breve período de tempo, complete com cerveja

PROCEDIMENTO Desenvolver o hábito de degustar em copo apropriado, para cada tipo específico de cerveja, permite apreciar detalhadamente suas características, sejam elas visuais, olfativas ou gustativas. É importante entender que o copo é uma ferramenta útil e imprescindível para o apreciador de cerveja. *Matthias R. Reinold Mestre cervejeiro – matthias@cervesia.com.br www.cervesia.com.br

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lançamentos Novidades nas prateleiras para você experimentar e aprovar. Belgas, chilenas, inglesas e nacionais

Fuller’s (500 ml) – Cerveja inglesa, disponível em cinco versões: London Pride tipo Bitter Ale, com 4,7% de teor alcoólico; 1845, tipo Strong Ale, com 6% de teor alcoólico; ESB, tipo Bitter Ale, com 5,9% alcoólico; Golden, tipo Strong Ale, com 8,5% de teor alcoólico; e London Porter, com 8% de teor alcoólico.

Leffe – Belga, com alta fermentação, é uma Authentic Belgian Abadia Ale. Ela vem em três versões: Blonde, com 6,6% de teor alcoólico; Brune, com 6,5% de teor alcoólico; e Radieuse, com 8,2% de teor alcoólico.


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Hoegaarden (330 ml) – Cerveja belga, de trigo, com 4,9% de teor alcoólico. Sua fórmula traz sementes de coriandro (coentro) e raspas de casca de laranja.

Kunstmann (330 ml) – Cerveja importada de uma microcervejaria do Chile, disponível em quatro versões: Cerveza Miel, tipo Ale, com 4,8% de teor alcoólico; Torobayo, tipo Ale, com 5% de teor alcoólico, Bock, tipo Bock, com 5,3% de teor alcoólico; e Lager, tipo Lager, com 4% de teor alcoólico.

Czechvar (330 ml) – A Budweiser original da República Tcheca; é uma cerveja premium, produzida com a fórmula da época, com 5% de teor alcoólico. Belle-Vue Kriek (330 ml) – Belga, do tipo Lambic, cerveja de fermentação espontânea, maturada dentro de barris de carvalho. Teor alcoólico: 5,1%.

Asterix Alameda Joaquim Eugênio de Lima, 573, Jardim Paulista, tel. (11) 3368-5610, São Paulo, SP Belgian Beer Paradise São Paulo, SP Rua Normandia, 52, Moema, tel. (11) 5044-3956 lojasp@beerparadise.com.br Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira, das 12 às 20 horas; sábado, das 10 às 20 horas. Rio de Janeiro, RJ Av. das Américas, 500, Bloco 9, Loja 120, Barra da Tijuca, tel. (21) 3153-7675 lojarj@beerparadise.com.br Horário de funcionamento: domingo e segunda, das 16 horas às 23h30; de terça a quinta-feira, das 12 às 23h30; sexta e sábado, das 12 às 2 horas.

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lançamentos A microcervejaria Dado Bier lança no mercado brasileiro a primeira cerveja produzida com erva-mate

Com baixa fermentação, a Dado Bier Ilex é elaborada com lúpulo, água mineral, um blend de maltes importados e a ervamate, tão amada pelos rio-grandenses, que saboreiam a folha no chimarrão a qualquer hora do dia ou da noite. Agora, o Brasil poderá descobrir a razão de os gaúchos gostarem tanto de chimarrão e, conseqüentemente, de erva-

mate. Depois de um ano e meio de pesquisas, o mestre cervejeiro encontrou a fórmula ideal, que mescla o que a planta e a cerveja têm de melhor. A cerveja ainda tem a vantagem de trazer propriedades estimulantes e energéticas, típicas da ervamate. Para o proprietário, Eduardo Bier Corrêa, o fato de trabalhar com as melhores matériasprimas e aliar a marca já consagrada a esse novo produto de qualidade garantem o sucesso da nova cerveja. “Acabamos de lançá-la, e já obtemos boas críticas em jornais”, comemora Eduardo Bier. Inicialmente, o investimento da Dado Bier será de R$ 1,3 milhão no lançamento do produto. A novidade chegará ao mercado nacional em garrafas long neck e em um kit, composto de um copo com formato de cuia de chimarrão, que vem em uma base de couro.


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a revista para os amantes de cerveja

Por essa, o Brasil não esperava! Solicite apresentação da revista Beer e tabela de preços para anunciar aqui

Beer a revista para os amantes de cerveja

Publicidade Tel: (21) 3256-2595 publicidade@beermagazine.com.br


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a revista para os amantes de cerveja

indica os melhores endereços para apreciar uma cerveja

FrangÓ Instalado na Freguesia do Ó, é ótimo para quem quer comer a melhor coxinha de São Paulo e saborear uma variedade de cervejas. São aproximadamente 200 rótulos de 15 países. Na dúvida, peça o menu para degustação, composto de dez cervejas e um chope. Jovial, o ambiente é formado por relíquias relacionadas à cerveja, colecionadas pelos donos: pôsteres, bandejas, placas, objetos de diversas marcas. Aos sábados, uma deliciosa feijoada é servida.

BEER indica: Chopes La Troppe Blond e La Trappe Bruin (ambos com 300 ml) – R$ 14,50 Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó, 168, Freguesia do Ó, tel. (11) 3932-4818, São Paulo, SP. Horário de funcionamento: terça a quinta-feira, das 11h30 à meia-noite; sexta-feira e sábado, das 11h30 às 2 horas. www.frangobar.com.br


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Tortula No Brooklin, a casa oferece mais de 100 rótulos de cerveja, de diversas nacionalidades, principalmente belgas, alemãs e brasileiras, do segmento Premium e artesanais. Um misto de padaria moderna, açougue, empório, lanchonete, restaurante e pizzaria inova ao trazer o Pão Tortula, uma receita medieval de pão recheado com carne, que deu nome à casa. No piso superior, encontra-se o restaurante, onde quem deseja tomar o café-da-manhã caprichado não vai se decepcionar. No almoço, um farto bufê, com variedades e cardápios inspiradores. À noite, pizza. Vários sabores, com combinações que agradam a todos os gostos.

BEER indica: Pilsen Urkel (500 ml) – R$ 29,90 Av. Santo Amaro, 4371, Brooklin, tel. (11) 5041-6680, São Paulo, SP. Horário de funcionamento: segunda a quartafeira, das 8 horas à meia-noite; de quarta e quinta-feira, 24 horas. Sexta-feira a domingo, abre 24 horas. http://www.tortula.com.br/

Emiliano

BEER indica: Cerveja imperial Gouden Carolus Cuvée van de Keizer, de 2000 a 2006 (confira matéria na página 22) – R$ 180 a R$ 280. Rua Oscar Freire, 384, Jardim Paulista, tel. (11) 3068-4390, São Paulo, SP. Horário de funcionamento: almoço – segunda-feira a sábado, das 12 às 15 horas; brunch aos domingos, das 11 às 16 horas. Jantar – segunda a domingo, das 19 horas à meia-noite. Bar: diariamente das 8 horas à 1 hora. http://www.emiliano.com.br/

FOTOS PEDRO BUENO

Situado nos Jardins, o restaurante Emiliano é um dos ícones gourmets da capital paulista e conta com uma seleção invejável de cervejas: belgas, alemãs, inglesas, irlandesas, francesas e brasileiras. Ele é perfeito para quem quer fechar negócios, possui dois ambientes divididos por um jardim-de-inverno. O da parte de trás é mais reservado, pois os garçons não circulam muito entre as mesas. O menu tende para a cozinha italiana contemporânea e se destaca pela presença de carnes de caça, aves e frutos do mar.

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Nessa edição Beer traz uma curiosidade. A cerveja que não atinge a graduação alcoólica adequada, é transportada para a Holanda, onde é usada na fabricação de biscoito para cachorros. Dá para imaginar o porque esses animais adoram receber essa premiação. Durante o processo de fabricação de cerveja, são adicionados diversos ingredientes, entre eles o lúpulo e o malte.

No tanque de maturação, espera que o açúcar seja convertido em álcool. Caso não alcance a quantidade necessária em 3 dias, ela é desprezada.

Mas, não jogada fora. Vai para um caminhão pipa, e depois transportada.

Segue seu caminho, da Bélgica para a Holanda.


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Onde fica a fábrica dos biscoitos

E após misturado, ele dará origem a diversos biscoitos........

A cerveja então é misturada a receita dos biscoitos

O MEU É DE DUVEL!!

Os cachorros agradecem!!!!

*esta história é baseada em fatos reais.

O MEU É MAREDSOUS 8!!

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pelo mundo

BRASIL – São Paulo

Fispal Tecnologia – Feira Internacional de Embalagens e Processos para as Indústrias de Alimentos e Bebidas de 3/6 a 6/6/2008 No evento, discutem-se a formulação de produtos, a indústria, as formas de trabalhar processos de distribuição e tendências de consumo. Além disso, oferece a maior e melhor mostra de embalagens da América Latina. Mais informações: http://www.fispal.com/main.asp?m=3

São Paulo

Nova Equipotel 2008 de 15/9 a 18/9/2008 Feira internacional de equipamentos, produtos, serviços, alimentos e bebidas para hotéis, restaurantes, bares, lanchonetes, cozinhas industriais e similares. Mais informações: http://www.novaequipotel.com.br/

INGLATERRA – Manchester

National Winter Ales Festival 2008 de 16/1 a 19/1/2008 Campaign for Real Ale (Camra) apresenta uma seleção de 200 cervejas britânicas e estrangeiras Real Ale. No evento, serão escolhidas as melhores cervejas da Grã-Bretanha. Mais informações: http://www.winterales.uku.co.uk/

Roterdã

Oakwood Real Ale & Music Festival de 14/2 a 16/2/2008 Mais de 250 Ales do Reino Unido serão servidas em 11 bares. Música ao vivo todos os dias. A renda do evento será revertida para as crianças carentes da cidade. A quarta e a quinta-feira serão reservadas para os membros da Campaign for Real Ale (Camra). Mais informações: http://www.realaleoakwoodtc.org/

CANADÁ – Regina, SK

Festiv-Ale 1/2 e 2/2/2008 O evento conta com mais de 300 marcas de cerveja, música ao vivo, shows com dançarina e uma variedade de aperitivos. Mais informações: http://www.festiv-ale.com/

ESTADOS UNIDOS – Nova York

Southampton Double White and Secret Ale Featured in The Beer of the Month Club de 20/12 até 31/1/08 O Clube da Cerveja do Mês seleciona duas obras-primas da cervejaria Southampton Ales & Lagers of The Southampton Publick House. São elas: a Southampton Double White e a Southampton Secret Ale. Mais informações: http://www.realbeer.com/search/eventscalendar/i ndex.php?cat=tech#6422


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duvel um estilo de vida

aprecie com moderação

com 8,5% alc, esta cerveja maravilhosa tem sabor e aroma de um ale e um frescor e equilíbrio de um lager.

importador exclusivo: belgian beer paradise são paulo tel: 11/ 5044-3956 atacadosp@beerparadise.com.br rio de janeiro tel: 21/ 2494-2200 atacadorj@beerparadise.com.br


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