Cyrela #09

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REVISTA CYRELA • ANO 3 • Nº9 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

PARA QUEM SABE VIVER

REVISTA CYRELA • ANO 3 • Nº9

Escolha o seu idéias Cyrela para decorar apartamentos de 60 a 251 m² 5 FOCO DE LUZ COMO ILUMINAR AMBIENTES E VALORIZAR ESPAÇOS

SIRON FRANCO O POLÊMICO E PREMIADO ARTISTA EXPLICA POR QUE É PERSEGUIDO E AMADO TURISMO A COMIDA DIVINA E O IDIOMA IMPENETRÁVEL DA BELA SAN SEBASTIÁN!

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251 m2 • Wide Garden, em São Paulo

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Mariella Lazaretti Diretora Responsável

Cartadoeditor

mariella@4capas.com.br

Rua Andrade Fernandes, 283 CEP 05449-050 - São Paulo-SP Tel/Fax.: (11) 3023-5509 E-mail: 4capas@4capas.com.br Projeto Editorial: 4 Capas Editora

É uma publicação trimestral da Cyrela Brazil Realty com distribuição gratuita. Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 100 andar – Itaim – São Paulo (SP). Tel.: (11) 4502-3000 www.cyrela.com.br Redação Editor: Denise Ramiro - denise@4capas.com.br Repórter: Ana Paula Kuntz - anapaula@4capas.com.br Diretor de Arte: Fábio Santos Arte: Eduardo Galdieri Colaboraram nesta edi­ção: Texto

Lena Lebram, Ricardo Castilho, Ricardo Galuppo, Sergio Crusco e Simone Serpa fotos

Ana Paula Paiva, Daniel Wainstein, Ed Viggiani e Vinicius de Castro revisão

Paulo Roberto Pompêo Jornalista Responsável – Mariella Lazaretti MTB 15.457 publicidade Diretores Doron M. Sadka

doroncentral@uol.com.br

Georges Schnyder

georges@4capas.com.br

Gerente de publicidade Cristian Nahas Contatos Auxi Araújo Gisele Ávila Estela Brussolo Sadako Sigematu Assistente Patrícia Teodoro produção gráfica

Doron Central e Compras Gráficas impressão

Gráfica Duograf A revis­ta Cyrela é uma publi­ca­ção dis­tri­buí­da exclu­si­va­men­te pela CyrelaBrazil Realty. Dúvidas, crí­ti­cas e suges­tões pelo email: redacao@4capas.com.br A revis­ta não se res­pon­sa­bi­li­za pelos con­cei­tos emi­ti­dos nos arti­gos assi­na­dos. As pes­soas não lis­ta­das no expe­dien­te não estão auto­ri­za­das a falar em nome da revis­ta ou a reti­rar qual­quer tipo de mate­rial sem pré­via auto­ri­za­ção emi­ti­da pela reda­ção ou pela Cyrela Brazil Realty. Os preços citados nesta edição estão sujeitos a alterações sem aviso prévio.

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Uma revista que realiza seus sonhos

A

revista Cyrela mudou. Basta observar a nova capa para perceber que estamos sintonizados ainda mais com o que você deseja. Construção e decoração. Uma pesquisa feita com nossos leitores serviu de bússola para afinarmos em detalhes os propósitos da publicação. Na verdade, para nossa vaidade, Cyrela apresentou altíssimos índices de aceitação e leitura, indicando que os leitores realmente apreciam o conteúdo, o design gráfico e os textos. E que aguardam a chegada da revista em casa. No entanto, achamos que podemos fazer dela um instrumento de diálogo com o cliente ainda mais dirigido. A partir deste número, as matérias estarão voltadas para as expectativas de um comprador Cyrela. Com dicas de arquitetura e decoração, indicação de fornecedores, móveis e objetos, reportagens com arquitetos e especialistas, nossa revista pretende ajudar o leitor a compor o apartamento ou escritório Cyrela dos seus sonhos. Para os que estão pensando em comprar e investir, também nos preocupamos em oferecer detalhes sobre as construções em andamento e os lançamentos futuros da construtora. Novas seções foram criadas. "O Profissional", por exemplo, traz para nossas páginas aquele especialista divino, capaz de reconstituir lustres de cristal, fazer marchetaria italiana ou criar móveis sob medida, cujos telefones os arquitetos guardam como segredos de família. Algumas seções foram mantidas a pedidos dos leitores. A seção Ponto de Fuga, uma das mais lidas, com viagens maravilhosas e serviços, é uma delas. As entrevistas e os perfis com gente interessante também ficam. Gastronomia, que é um assunto cada vez mais pertinente e que se pode usar em casa ou fora dela, permanece. Com isso, queremos que a revista Cyrela leve o leitor a sonhar – a sonhar alto, perdoem o trocadilho. Mas que também o ajude, de maneira prática, a tornar cada um desses sonhos uma palpável realidade. Boa leitura

mariella lazaretti Para falar com a reda­ção, escre­va para reda­cao@4capas.com.br. Será um pra­zer publi­car sua opini­ão.

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Harmonia Essencial


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| Sala de Estar |

SIRON FRANCO, UM MESTRE DA PINTURA QUE TAMBÉM SABE IMPRESSIONAR PELAS IDÉIAS

Sumário |

R E V IS TA C Y R E L A • A NO 3 • N O 9

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| Grande Estilo |

A ARTE DE PENDURAR QUADROS E O CHARME DE VALPARAÍSO

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| Muitos Mimos |

OBJETOS COM OS INCONFUNDÍVEIS TRAÇOS E CORES DO ORIENTE

32 | Tecnopop |

UM CELULAR COM DESIGN ARROJADO, LUMINÁRIA MULTICOLORIDA, O NOTEBOOK MAIS FINO DO MUNDO E UM HOME THEATER COM CAIXAS ACÚSTICAS EM FORMATO DE TAÇA DE CHAMPANHE

34 | Ponto de Fuga |

SAN SEBASTIÁN, NA ESPANHA, TEM APELOS PARA VÁRIOS SENTIDOS: BELA ARQUITETURA, BELEZAS NATURAIS E DELÍCIAS DA CULINÁRIA

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45 | Decor Cyrela |

AS SUGESTÕES DE CINCO ARQUITETOS VALORIZAM E CRIAM ESPAÇOS ACONCHEGANTES EM APARTAMENTOS ENTRE 60 E 251 M²

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| Espaço e Idéias |

VEVA QUINTELLA CRIA CENÁRIOS PARA FAVORECER A CONVIVÊNCIA HARMONIOSA DA FAMÍLIA. A LUZ SALVA: TÉCNICAS PARA ILUMINAR OS AMBIENTES

68 | Roteiro Bahia |

SALVADOR EM SINTONIA COM A MODERNIDADE, OS BANQUETES E TEMPEROS QUE SÓ OS NATIVOS TÊM

76 | Profissional |

A ARTE SUTIL DE HARMONIZAR OBRA E MOLDURA INSPIRA A ARTESÃ

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| Garfo e Taça |

A UVA TINTA MERLOT VOLTA A BRILHAR EM VÁRIOS PONTOS, DE BORDEAUX, NA FRANÇA, AOS TERROIRS DO INTERIOR GAÚCHO

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| Cyrela |

EMPREENDIMENTOS DE ALTO PADRÃO ÀS MARGENS DO IPIRANGA, A RENOVAÇÃO DA VILA LEOPOLDINA E A SOFISTICAÇÃO DE PERDIZES

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PONTO FINAL 98 •

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O E-MAIL É O CULPADO

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Gran­dees­ti­lo

Lu­x os, com­p or­t a­m en­t o e ar­t e • por Carla Araújo e Ana Paula Kuntz

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no seu lugar

cada quadro

Não basta fazer um furo e sair pendurando telas, retratos e pinturas. Confira dicas preciosas para não errar na disposição das obras e dar um charme adicional aos ambientes da casa

d e c o r a ç ã o

Fotos: Daniel Wainstein

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E

1. Quadro vertical (1,30 m de altura) em parede com menos de 2 m deve ser colocado a 50 cm do teto e 80 cm do chão. O ideal é que a obra seja centralizada no espaço escolhido

nfeitar a parede parece algo simples. É só pegar um quadro que lhe agrada e colocá-lo conforme a sua intuição, certo? Nem sempre. Muitas vezes o conforto visual até nos dá impulsos corretos. No entanto, algumas regrinhas básicas podem evitar erros e até gafes. Vamos a elas. A primeira é em relação às telas colocadas acima de algum móvel, como o sofá, por exemplo. Nesse caso, a premissa básica é manter uma distância mínima de 20 centímetros entre a parte baixa da obra e o encosto da mobília, evitando que o morador ou a visita encostem a cabeça no quadro, podendo até derrubá-lo. Outra dúvida comum,mas de solução fácil,é saber qual a altura exata para pendurar os quadros.“O melhor é colocá-los sempre no nível do olhar”,afirma a consultora de arte Maria Helena Souza Ferreira.A altura correta, portanto, é de 1,70 metro, a partir do chão até o centro da obra. Além de observar a distância entre os móveis e o chão, é preciso avaliar o quadro em relação à altura do teto. Não é preciso centralizar o quadro entre as duas distâncias, o importante é buscar o equilíbrio. Para isso, leve em conta quesitos como visibilidade, luminosidade e harmonia.“Antes de colocar qualquer prego, marque com um lápis a parede no local onde será fixado o quadro”,diz Maria Helena. Para proteger a pintura da parede,use fita adesiva transparente sobre o ponto

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Gran­dees­ti­lo

Lu­x os, com­p or­t a­m en­t o e ar­t e

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que levará o prego, evitando assim danificações no reboco. “Para a fixação, prefiro usar bucha, o risco de danificar a parede é menor”, diz a consultora. Para a escolha de molduras, não há regras. Uma dica que costuma dar certo é selecionar cores que tenham alguma ligação com o desenho da tela. Já para fotografias, o mais indicado é optar por molduras mais simples e leves. “Nesse caso deve-se usar um passe-partout que separa a imagem da moldura, dando uma sensação de perspectiva”, ensina Maria Helena. Misturar quadros em um mesmo ambiente também é permitido. A ressalva,

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2. Escultura com 1 m de altura, deve ficar a 50 cm do teto. 3. Nos corredores, esculturas ou quadros devem manter a distância de 50 cm do teto

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nesse caso, é optar por quadros clean, para deixar o local mais moderno.A intercalação de tamanhos de moldura também é um bom recurso, dá movimento à composição e esse efeito ajuda a destacar cada obra.Apesar disso, a colocação de vários quadros em uma mesma sala ou quarto é mais indicada para ambientes amplos e com poucos elementos na decoração.A distância entre quadros em uma mesma parede deve ser padronizada, para dar uma sensação de conforto visual. Em escadas, além de manter a mesma distância entre os quadros é indicado alinhar as obras, mantendo também a mesma distância entre quadros e degraus. Em paredes mais estreitas, com menos de 2 metros de largura, o melhor é escolher os quadros verticais. Obras de arte, belas telas ou fotografias servem para valorizar o ambiente e a decoração. E quando o assunto é a sua própria casa ou o escritório, a principal regra é você quem faz. Escolha imagens que lhe agradem, adote as dicas acima e viva em um ambiente harmonioso e que tem a sua cara.

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4. Quadro deve manter a distância de 20 cm quando colocado acima de um móvel

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5. Em cima do sofá, a posição do quadro deve manter a distância mínima de 20 cm em relação à mobília e 50 cm do teto

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Gran­dees­ti­lo

c h a r m e

h i s t ó r i c o

Lu­x os, com­p or­t a­m en­t o e ar­t e

Os elevadores e obras do Museu a Céu Aberto

Labirinto de cores Museu a Céu Aberto nos cerros

As casinhas coloridas penduradas em colinas dão charme pitoresco a Valparaíso 14

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Acima, jardim-de-inverno do Zero Hotel, e Casa Higueras, ao lado

Honesty Bar

À

primeira vista,Valparaíso parece mais uma cidade portuária comum, com grandes prédios históricos, como o Congresso Geral e o Quartel-General da Armada, ruas cinzentas, mas bem iluminadas, e aquele movimento típico de porto, ermo e agitado, de acordo com o vaivém dos navios. Depois, ao olhar para o alto, uma infinidade de casinhas coloridas, cobrindo os cerros – colinas em espanhol – que foram crescendo de forma desordenada ao embalo do crescimento da cidade. São 45 cerros, sendo 42 habitados. Devido à inclinacão dos morros, algumas áreas seriam praticamente inacessíveis, mas os 15 ascensores, uma espécie de funicular que funciona como transporte público, facilitam a chegada às colinas. É por causa deles que a chilena Valparaíso é conhecida como a Lisboa da América. Quando a cidade foi declarada patrimônio da humanidade, artistas famosos foram convidados a pintar murais sobre as fachadas do bairro Cerro Alegre e as colinas tornaram-se o Museu a Céu Aberto. E é aqui, nesse labirinto colorido, o melhor lugar para se hospedar. Duas ótimas sugestões são o Zero Hotel e o Casa Higueras. O Casa Higueras é o primeiro hotel-butique do porto. Tem cinco pisos e passou por restauração caprichada. São mais de 1.600 metros quadrados distribuídos em 20 quartos exclusivos.Jardins,piscina,spa e restaurante são alguns dos atrativos.Com um conforto nostálgico, o hotel funciona como um grande terraço que se debruça sobre o mar. Em uma tradicional casa portenha, de 1880, de cor azul, também restaurada, encontra-se o Zero Hotel. São nove quartos, sendo quatro com vista para o Pacífico. Entre as opções oferecidas, um jardim-de-inverno, onde é servido o café-damanhã, uma jacuzzi ao ar livre e um agradável terraço com vista para a baía. Os quartos amplos têm o charme de um pé-direito de mais de 4 metros de altura e uma área de 28 metros quadrados.A decoração mescla objetos de design e peças coloridas e alegres com móveis e pisos originais em madeira. Um detalhe simpático é o Honesty Bar. Lá, cada hóspede anota o que consume. O melhor é que, entre um aperitivo e outro, o único compromisso é observar o sol se pôr.

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SERVIÇO: ZEROHOTEL: Lautaro Rosas 343 – Cerro Alegre Valparaíso – Chile Reservas Tel. (56-32) 211-3113 escaparse@zerohotel.com Tarifas: Quartos de US$ 170 e US$ 265 Com café-da-manhã CASA HIGUERAS: Calle Higuera 133 – Cerro Alegre, Valparaíso, Chile Reservas Tel. (56-32) 249-7900 info@casahigueras.cl Tarifas: Quarto Tradicional Entre US$ 195 e US$ 322 Com café-da-manhã COMO IR: A Varig tem vôos diários São Paulo–Santiago, com tarifas ida e volta a partir de US$ 562 (classe econômica) e US$ 1.658 (classe executiva) Informações: www.varig.com ou pelo tel. 4003-7000

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nãoéprofissão, O premiado e polêmico Siron Franco abre seu ateliê em Goiânia e fala, fala, fala... Por Denise Ramiro Fotos Vinícius

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os 12 anos ele já freqüentava um curso na universidade. Com 17 era diplomado em Artes Plásticas.Antes dos 30 recebeu um cobiçado prêmio internacional, na Bienal de Artes de São Paulo. Nunca viveu de outra atividade que não fosse a sua pintura. Essa é parte da história do artista plástico Siron Franco, 60 anos, que tem como nome de batismo Gessiron Franco, comum nas terras do Centro-Oeste brasileiro. Ele nasceu em Goiás Velho e foi criado na capital do estado, Goiânia. Já expôs em vários museus no exterior e tem obras espalhadas em acervos na Europa e nas Américas e nas mãos de muitos colecionadores. Sua arte é polêmica. Não segue as escolas de movimentos artísticos surgidos nos anos 50 que influenciaram muitos colegas da época. Siron diz ter metade da crítica a seu favor e metade contra.“Sua pintura tem potência e fertilidade. Ele é extraordinário e uma pessoa muito generosa”, diz Agnaldo Farias, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade de São Paulo (USP). Já outro crítico, que prefere não se identificar, detona o artista goiano.“Não uso ele nas minhas aulas de arte brasileira. Não conheço a obra dele e não me interessa conhecer”, diz o professor de uma faculdade de artes de São Paulo. Parte da implicância dos 50% de entendidos de arte que antipatizam com o trabalho de Siron, segundo o artista, tem a ver com sua personalidade. Sujeito de opiniões políticas fortes, Siron é um cara que gosta de chocar. Suas instalações, a maioria de obras públicas que nascem ao acaso, têm como tema a injustiça social e a defesa do meio ambiente. Como os 1.020 caixõezinhos de crianças, formando o mapa do Brasil, que Siron apresentou em Brasília para protestar contra a mortalidade infantil. Ou o acidente do césio-137, contaminação ocorrida a partir do contato com o lixo radioativo depositado em um ferro-velho de Goiânia, em 1987, na rua em que Siron viveu parte da infância, que comprometeu os recursos naturais e a saúde de várias gerações de goianos. Com base nos desenhos do local do acidente, ele criou uma série que chamou a atenção do mundo. Nunca cobrou um tostão por nenhuma dessas instalações.“É imoral ganhar em cima da tragédia alheia”, afirma Siron. Ecologista desde sempre, herdou do pai a paixão pelo cerrado.“De um lado ouvia na escola a professora dizer que o cerrado não tinha serventia. De outro, via os olhos de meu pai brilharem quando me mostrava uma planta, uma fruta, os bichos e os índios da região”. Ele fechou com o pai e usa desde sempre seu trabalho para defender o cerrado e outros ecossistemas ameaçados. Certa vez, na Suécia, enquanto dava uma entrevista para uma televisão local, ouviu um sujei-

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to dizer que não agüentava mais Siron falando de bichinhos.Virou bicho. Dirigiu-se para o enfadado e disse que ia morrer defendendo o que a família de oligarcas dele vinha destruindo ao longo de gerações. Sua pintura dramática traz referências das experiências nem sempre alegres da infância. Aos 11 anos descobriu a chacina da família de um amiguinho e passou quase 30 anos tendo pesadelos com as imagens chocantes que viu. Sua arte tem muito dos horrores que vivenciou naquela época. Tudo transformado em indignação e denúncia. Na entrevista que concedeu à Cyrela no seu ateliê, na Chácara do Buriti Sereno, nos arredores de Goiânia, após desligar três aparelhos de celular que tocam sem parar, Siron não deixou pergunta sem resposta. Às voltas com as finalizações de sua mais nova instalação, Para Tauari (in memoriam) – homenagem a uma árvore extinta da Ama-

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zônia, encomendada pelo Greenpeace – falou sobre a infância, a família, sua arte, política e a paixão pela vida.“Não tenho nada a pedir, só a agradecer tudo o que a vida me deu.”

É verdade que você foi à universidade com 12 anos? Fiz um curso livre de anatomia e pintura dos 12 aos 17 anos. Mandei uns desenhos para a Universidade Federal de Goiânia e fui aceito. Quando viram que eu era um menino, me mandaram fazer um modelo vivo para confirmar se os desenhos eram meus. Foi a primeira vez que vi uma mulher nua, foi muito chocante, ela era enorme, uma negra, linda.

Você ganhou muitos prêmios ainda jovem, ficou cheio de si? Não, fiquei assustado. Imaginava que podia ganhar um prêmio local, mas não a Bienal Internacional, em 1974, de melhor pintor brasileiro. É muito prêmio para um garoto. É mais difícil fazer sucesso depois disso, porque arte não é profissão, se você achar que é, vai ter problemas – é chamamento.

Como foi sua infância? Muito rica, não por questão de dinheiro. Meu pai era agricultor, mas quando nasci já tinha perdido a terra. Éramos 13 filhos, todos trabalhavam. Cresci ouvindo meu pai falar bem do cerrado e a professora falar mal. O cerrado era maldito, diziam que era feio, infértil, não valia nada. Falavam mal do índio também, que era preguiçoso. Quando eu tinha 11 anos, meu pai me levou para conhecer os índios e me apaixonei por eles. Tive uma infância muito farta, minha mãe fazia bolo toda tarde. Ela era muito ligada às questões religiosas. Cresci num mundo mágico. Para reforçar, nos

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Barracão,noateliêdoartista, tomadopelavideoinstalação feitaparaoGreenpeace: imagenstristese alegres da Amazônia

falaram que isso daria uma série. Não tinha pensado nisso, os desenhos eram para facilitar a vida dos jornalistas, vários veículos internacionais publicaram os desenhos. Assim, minha arte começou a circular fora do circuito de bienais e galerias. Ganhei um grande aliado: a imprensa. Nunca uma instalação minha foi um ensaio de estética, mas de indignação. A pintura não tem linguagem própria. Aquele quadro ali (aponta), o Jardim de Infância, nasceu anos 70, me encantei pela literatura latino-americana, Julio Cortázar, Jorge Luis Borges, Gabriel García Marquez.

Você é autoditada? Desde menino fazia cópias. Não sabia que se podia olhar uma pessoa e desenhá-la. Um irmão que morava fora me trazia livros de arte.Também ia muito à biblioteca.

Com quantos anos você começou a ganhar dinheiro? Com 12 anos às vezes ganhava numa semana o que todos os meus irmãos ganhavam no mês. Muito vinha dos retratos de família que fazia das mulheres da sociedade goiana. Daí fui para São Paulo nos anos 70 e conheci Túlio de Lemos, amigo de Lasar Segall e de Cândido Portinari. Foi incrível, esbarrei com ele na rua, meus quadros caíram no chão, ele viu e ficou surpreso ao saber que eu era o autor. Ficou maravilhado e me apresentou aos críticos da cidade. Em 1972, ganhei um prêmio no México, do Salão Global da Primavera. Em 1974, fui eleito o melhor pintor brasileiro na Bienal. Na época, qualquer menino podia mandar trabalhos para a Bienal. Hoje você tem de ter a sorte de um curador ir ao seu ateliê ou fazer parte da turminha que tem contatos. É incrível, mas na ditadura as artes visuais eram mais democráticas.

Onde você estava no dia do acidente do césio? Estava em São Paulo a caminho de Goiânia. Nunca tinha ouvido falar em césio. Logo conversei com autoridades e comecei a fazer máscaras para realizar uma passeata. Meu ateliê virou um centro de informações. Jornalista não tinha acesso ao local do acidente e eu desenhava as ruas, a casa para eles. Morei ali quando criança. Aí me

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quando coloquei minha filha caçula, a Isis, 5 anos, na escolinha. O quadro mostra as estranhezas dos olhinhos das crianças no primeiro dia de aula. Minha arte nasce do meu viver.

Você é um cara valorizado. Como consegue manter-se firme no meio do cerrado, longe dos centros comerciais de arte? Gasto muito mais morando aqui do que se mudasse para São Paulo. Mas eu me perguntava por que quando um artista se torna conhecido tem de sair da sua cidade. Por que não gerar dinheiro daqui pra lá? Viajo muito. É mais cansativo, mas é assim que penso.

Em 1995 ficou 12 anos sem expor. Por quê? Queria refletir sobre minha pintura e fui fazer arte pública. Sempre vivi de arte num país de analfabetos. Se quiser, vendo no mundo inteiro. Só que só vendo o que preciso pra viver. Meu trabalho dos anos 70 ninguém queria,

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SaladeEstar nem de graça, hoje é o mais valorizado, nem eu posso ter. A obra O Apicultor, por exemplo, foi vendida a U$120 mil. Mas tudo que guardei de 1968 para cá foi roubado. Meu irmão (que já foi processado várias vezes) me roubou, um sobrinho também. Foram levadas mais de 350 obras. Nos anos 80, fazia umas madonas em pintura, mais comerciais. Elas sustentavam o lado estético que eu perseguia.Tinha um complexo de fazer essas coisas pra vender, me batia mal. O complexo passou quando vi pintores consagrados que faziam a mesma coisa para viver.

Você se considera que tipo de artista? Não sigo conceitos de arte, moderno, pós-moderno, contemporâneo, que acho uma bobagem. Arte é arte. A boa arte é a arte que é boa. Na época em que comecei, todo mundo tentou matar a pintura, falavam que ela não tinha sentido. Mas ninguém vai conseguir matar a pintura, nem o teatro, nem os livros. Penso que se um teórico desses fosse presidente seria um ditador. A pintura do norte-americano Edward Hopper (1882-1967) sobreviveu aos abstratos. Muitos desses caras desapareceram e Hopper continua aí.

Qual a importância da crítica ao seu trabalho? Antes de mais nada, o cara pra falar mal do meu trabalho tem de escrever melhor do que a minha pintura. Sempre tive uma parte da crítica que me apoiou e outra que me atacou. Faz parte do jogo. Não posso forçar uma barra para gostarem de mim. O tempo dirá quem está certo. Agora é preciso ficar claro que há muito tempo não preciso

deles. Ganhei todos os prêmios neste país quando tinha 28 anos. A crítica sempre foi muito generosa comigo, mas sem dúvida muita gente quis me derrubar. Fiz coisas que me afastaram dos "cadernos 2 da vida". Eu me posicionei politicamente e isso incomodou os caras. Levei 60 antas de 2 metros de altura a Brasília para denunciar a matança da espécie. Depois levei 1.020 caixões para alertar sobre a mortalidade infantil. Ia pra frente do Senado e a imprensa noticiava. Minha postura é de cidadão, nunca vou deixar de interferir politicamente.Artista pra mim não tem partido, ele toma partido. Não sou filiado a nenhum partido. Certa vez estava na Suécia dando uma entrevista e ouvi um marchant – ouço bem, sou bicho-domato – dizendo que não suportava mais me ver falando de bichinhos. Virei bicho. Então, ao vivo para a TV sueca, apontei para o cara e disse: “Entendo por que você, um filho de usineiro, não suporta mais ouvir falar de bichinhos, afinal você é de uma oligarquia que vem detonando a vegetação do Nordeste". Mas nada disso me afeta, porque meu grande desejo desde menino está dentro do meu coração, de me tornar um pintor. Esses caras estão ferrados, vou viver muito.

Qual seu processo de trabalho? Trabalho com música. Descubro um compositor e ele me captura. Conheci a obra do Michael Newman nos anos 90 e fiz uma série inteira ouvindo-o. Um dia mudei o disco e o trabalho

Nosentidohorário, osóleos sobretela O Colecionador, Territórios, Fogona Cana e Animais Microscópicos

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"O cara pra falar mal do meu trabalho tem de escrever melhor do que a minha pintura" estacionou. Ouço mais música instrumental,Villa-Lobos, cantos gregorianos, Mozart. Música com letra me atrapalha.

Qual o quadro mais caro que você já vendeu?

Numa Bienal de São Paulo fiz uma série chamada Fábulas de Horror. Surgiu de um cara que esbarrei na avenida São João, em São Paulo, que me falou de um massacre ocorrido em Uganda nos anos 70. Eram 13 quadros falando de horror. Foi uma forma também de falar da ditadura aqui no Brasil.

Eu não, os quadros ficam caros nas mãos do colecionador. O período dos anos 70 e a série a óleo Peles – uma crítica aos casacos e às estolas de peles de animais consumidos pela alta sociedade – são os mais valorizados.

Você foi preso político?

Você se sente um cara perseguido?

Não, ao contrário. Fui condecorado pelo governo da ditadura porque comecei a ganhar muitos prêmios. Não queria receber, mas um amigo me aconselhou a receber para que a censura não vasculhasse meu trabalho pessoal. Fui receber. Foi horrível ficar ao lado do Golbery do Couto e Silva, você acredita nisso?

Bem, fiz o Monumento às Nações Indígenas, em 1992, sobre os índios carajás e ele foi destruído, você acredita? Na Bahia, fiz um trabalho – 454 desenhos rupestres fundidos no chão de Salvador, – que também está parcialmente destruído. Não sei quem faz isso.

Como surgem as idéias?

Fale sobre sua inspiração. Tudo acontece espontaneamente. Estou feliz de ter feito uma videoinstalação para o Greenpeace que fala da coisa que é mais cara pra mim, o meio ambiente. Eles me mandaram duas toras da extinta árvore tauari e fiz uma instalação, colocando monitores que mesclam imagens de desmatamento e da beleza da região. Uma vez, fiz uma carta aberta ao governo do Canadá para a festa dos 50 anos dos Direitos Humanos, escrita por um canadense. Pedi aos congressistas presentes que imprimissem as mãos nas cores tal e assinassem. Estou com esse material aqui, vou fazer alguma coisa com ele. A ação movimentou a imprensa mundial. Então é assim que surgem as idéias. Muita gente que não me conhece acha que fico esperando uma desgraça para ir a Brasília aparecer. Nada disso.Tem jornalista grilado comigo, mas eu pergunto: só eles podem denunciar?

Fale da família, filhos, mulheres... Eu me casei em 1970,do casamento tive o André, 37 anos, professor em Atlanta (EUA), a Erica, 34 anos, e o Jean, que mora na Califórnia, 32 anos. Da segunda união tive a Nina, 22 anos. Agora, do casamento com a Eliene Xavier, tenho a Ísis, 5 anos. E dois netos, de 12 e 7 anos.

Você é um bom pai? Quais os artistas que o influenciaram? Quando criança, os clássicos. Talvez o artista que mais me influenciou, não visualmente, mas o meu ser, foi Picasso, a sua paixão pela arte, sua curiosidade. Claro que essa coisa dramática da minha arte tem mais a ver com a minha experiência, da brutalidade e da beleza que eu vi, do que da descendência espanhola. Aprendo também com quem não gosto. O suíço Max Bill é um exemplo. Não gostava da obra dele. Daí pensei: o problema está comigo. Se ele é tão genial como falam, o imbecil sou eu. Estudei a obra dele e me emocionei com ela.

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Sempre converso com eles.Dependo do bem-estar deles, sou muito mãe nisso.

E o seqüestro na Venezuela? Era o casamento do meu filho, André, com uma venezuelana, há uns quatro anos. Cheguei no aeroporto de Caracas em meio a uma greve de transpor-

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SaladeEstar

"Trabalho com música. Descubro um compositor e ele me captura" tes e um cara pegou minha mala e me encaminhou para o carro dele. Na confusão, aceitei a oferta. Depois de meia hora de viagem saquei algo errado, tirei satisfação e o cara anunciou o assalto, dizendo que sabia que eu era milionário. Falei que era artista, ganhava bem, mas não era milionário. Foram três horas de papo violento, ele me ameaçando. Levou U$ 4 mil, fiquei só com U$ 100 para sair daquele buraco. Foi a pior noite da minha vida. Durante três meses fiquei louco, falava 24 horas por dia, achavam que eu estava drogado. Nunca usei droga. Quando decidi abandonar o cigarro, fui ao túmulo da minha mãe e disse: mãe, me ajuda a nunca mais colocar um cigarro na boca. Se colocar, a senhora pode me dar câncer na garganta.

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Qual o lugar mais importante do mundo que você tem obras suas? Gosto de arte pública, como o Monumento às Nações Indígenas, na Bahia. Mas tenho obras no Japão, na Alemanha, na América e com colecionadores mundo afora.

Quantas obras você vende por ano? Depende, se estiver grilado com meu trabalho e estiver com grana não vendo nenhuma. Por isso tenho um bom mercado.

Qual quadro você não vende? Os que foram roubados, jamais venderia, mesmo que estivessem comigo. Pretendia colocá-los na minha coleção pessoal.

Não há nada em casa de que você não se separe? Sou muito índio, gosto do que vem.

Nem um quadro da sua mãe? Engraçado, nunca pintei minha mãe. É uma coisa que penso em fazer. Ela era mágica.

Quantos quadros você coloca no mercado por ano? Talvez dez, ou nem isso. Cada vez demora mais para achar que meu trabalho está bom.

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Siron em seu ateliê, na chácara do Buriti Sereno, nos arredores de Goiânia, onde trabalha ao som de música instrumental

O que você pretende fazer com as suas obras? Todo artista tem de ter o seu acervo. Estou fazendo minha fundação aqui em Goiânia. Como os quadros dos anos 70 foram roubados, penso seriamente em refazê-los com a mesma técnica da época.

porque venda de obra de arte era uma vez na vida outra na morte. Aí eu respondi: olha, pode ser na sua, na minha vai ser sempre. Tinha 13 anos, sempre fui positivo.

O que você acha da arte que se faz hoje no Brasil? Nunca tivemos um período em que as artes plásticas fossem tão fortes. Há uma geração de jovens pintores maravilhosos. Tem as estrelas internacionais, Tunga, Silvio Meirelles, Denise Milhares, Adriana Varejão, Benjamin. Muita gente boa também em Goiás, como o pintor Pitágoras e o desenhista Marcelo Solar.

O que você pensa daqui pra frente? Como diz Darcy Ribeiro, a vida é para curtir. Não é essa loucura que inventaram em que somos todos escravos, uns mais bem pagos, outros menos. Tive a sorte de conseguir continuar a fazer as coisas que fazia quando criança. É preciso ter uma poesia dentro de você. Muitos amigos falavam para eu fazer arquitetura, porque não dava para sobreviver de arte. O primeiro quadro que vendi era uma paisagem impressionista de Goiás. Aí um amigo me disse que era para eu não me animar

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Quais os próximos projetos? Tenho dois livros engatilhados, um sobre instalações de espaços urbanos e outro com meus desenhos. O mais recente é a instalação do Greenpeace que vai abrir a reunião de biodiversidade da ONU, em Bonn, na Alemanha, em maio. Depois a obra seguirá para vários países. Tem ainda um projeto lindíssimo da praça Duomo, em Milão, contra a violência às mulheres. E sabese lá o que mais.

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Jan, bizi Pon­to­de­fu­ga

edan,

Por Mariella Lazaretti*

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motorista de táxi se inflama: “No soy español, soy basco”. Mal pisávamos em San Sebastián, charmosa cidade litorânea do País Basco, na Espanha, e as histórias sobre o gênio inquebrantável do povo se concretizavam, olho no olho do retrovisor, como um aguerrido aceno de boas-vindas. Calamo-nos por alguns segundos e concordamos em tensa efusão:“Por supuesto! Viva el País Basco!”.Afinal, quem sou eu para discutir com um crente fervoroso de suas raízes? E que conduzia o carro que nos levava e às nossas bagagens? Já me considerava feliz por ele se manifestar em espanhol e não em basco, um idioma com profusão de letras “x”, “t” e “r” dispostas em variadas versões. Logo perceberíamos que o discurso libertário do motorista escondia a orgulhosa hospitalidade da cidade que se ufana de deter “o maior número de estrelas Michelin por habitante”. Senão for verdade, é quase. São dez estrelas para uma cidade com 687 mil habitantes. Lá estão os restaurantes três estrelas Akelare, do chef Pedro Subijana; Martin Berasategui, do chef homônimo; e Arzak, do chef Juan Mari Arzak; além do uma estrela Miramón Arbelaitz e de restaurantes de comida divina espalhados nos arredores, como o Elkano e o Saltxipi. Em uma semana de estada, aprendemos que há duas maneiras de se viver em San Sebastián: 1)comendo, e 2) bebendo. E se tiver um paredão por perto, a refeição acabará em pelota basca. De modo que, mesmo diante da absoluta ilegibilidade do idioma único, cuja criação remonta aos primeiros povos pré-históricos da Europa, aprendemos por repetição e conclusão que

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Comer, beber, viver. É assim na pequena San Sebastián (no título, em idioma basco) onde a história, a arquitetura Belle Epoque e as belezas naturais vêm temperadas com muita comida boa e dez estrelas Michelin

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No sentido horรกrio: Praia de Ondarreta, uma mesa de pintxos; o esporte favorito de comer, praticado em uma rua da Parte Velha; a Igreja de Santa Maria Del Cuoro

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As esculturas de Eduardo Chilida, hoje símbolo de Donostia

jatexea quer dizer restaurante e jatea, quer dizer comer. E também que Donostia é o nome da cidade em língua basca, situada na região de Gipuskoa, no extremo norte da Espanha. O lugar é lindo, com doses bem casadas de natureza serena e monumentos preservados; cultura cosmopolita e tranqüilidade interiorana. O quente de San Sebastián acontece basicamente entre os dois extremos da praia da Bahia de La Concha, no Mar Cantábrico (popularmente conhecido em basco como Kantauri Itsasoa). De um lado está o Monte Urgul e do outro o Monte Igeldo. Entre eles, as areias claras das Playas de La Concha – onde está o Centro e a Parte Velha – e a Playa de Ondarreta –, área mais residencial –, convidam ao sol, às caminhadas e pedaladas. De um ponto ao outro a pé, leva-se cerca de uma hora, se muito. A vista é tão bonita que mesmo nos meses frios as pessoas se dispõem a caminhar à noite pelo belo calçadão – todo ele arrematado por um gradil art nouveau e postes centenários impecáveis. O Rio de Janeiro devia ser assim, no século 18. O Centro e a Parte Velha são separados do bairro de Gros pelo rio Urumea e duas pontes maravilhosas. Na verdade há mais pontes, mas vou falar das que gostei – tanto que as atravessava várias vezes ao dia. A ponte Santa Catalina, com obeliscos verdes e dourados, é a mais antiga da cidade e termina em frente aos cultuados edifícios neoclássicos do Teatro Victoria Eugenia e o Hotel Maria Cristina, criados pelo arquiteto Goikoa. Nesse hotel já se hospedaram

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de Mata Hari a John Malkovich. Na verdade, a cidade é conhecida também pelos seus festivais consagrados, que atraem gente badalada quase o ano todo. Desde 1953, em setembro, acontece o Festival Internacional de Cinema – aquele que deu o prêmio ao filme brasileiro Pixote. Em julho o Festival de Jazz, um dos mais prestigiosos da Europa, anima os dias de verão com concertos na praia e música grátis nas ruas. A ponte Maria Cristina também é um show donostiano: são dois monumentos em arco de cada lado, encimados por estátuas douradas que representam a paz e o progresso. A cidade foi tomada e espoliada muitas vezes ao longo de sua história e por isso era toda rodeada de muralhas. O espírito guerreiro terminou por encontrar uma vocação chique. Desde que foi

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Mata Hari e Malkovitch jĂĄ se hospedarem no famoso Hotel Maria Cristina, criado pelo arquiteto Goikoa

O Aquarium de 360 graus, o hotel Maria Cristina onde Mata Hari ficou e o portĂŁo da Parte Velha por onde os franceses entraram para o ataque

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Pon­to­de­fu­ga Há concursos para escolher os melhores tapas e pintxos, estas pequenas obras de arte da cidade visitada pela primeira vez, em 1845, pela rainha Isabel II, sob austeras recomendações médicas para tomar banhos de mar,a cidade passou a ser cultuada pela corte. Na belle époque, início do século 20, ela já tinha se transformado no destino elegante da aristocracia européia, com cassinos, hotéis de luxo e teatros. Isso se deu sobretudo porque, em 1893, a rainha Maria Cristina decidiu construir ali sua residência de verão, o Palácio de Miramar, em frente à Playa das Conchas, em estilo cottage inglês rainha Ana. A propósito, dali para a cintilante praia de Biarritz, na vizinha França, são 20 minutos pela rodovia E-70. A vocação é chique, mas não esnobe. As ruas da Parte Velha e do Centro fervilham de histórias e de bares que oferecem pintxos e tapas. A tradição da cidade explica que os homens ao saírem do trabalho paravam nos bares para tomar um trago rápido de Txacoli de Getaria, um vinho jovem da região, cultivado nas colinas próximas ao mar, antes do jantar. Aos poucos os bares sentiram a oportunidade de negócio e passaram a oferecer aperitivos para acompanhar o trago. Hoje a variedade de pintxos e tapas é cartão-postal da cidade. Há concursos que testam a infindável capacidade humana de transformar funghis gigantescos, frutos do mar jamais provados abaixo do Equador e jamón belota (presunto Pata Negra) em pequenas obras de arte comestíveis. Eles ficam lá, expostos nos balcões, esperando ser escolhidos pe-

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Os peixes divinos do Elkano (ao lado) e vista do Centro e Parte Velha e a Calle Del 31 de Agosto, quando a cidade foi incendiada

O colorido alegre do porto

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Portão de entrada para a Parte Velha: história efeita a partir de 31 de agosto de 1813

los comensais a qualquer hora do dia. É tudo ótimo, não fosse o fato de se ter de comer em pé com algum cotovelo alheio disputando espaço no seu prato. Essa parte chega a ser uma tortura. A gastronomia espanhola, especialmente a basca, está muito relacionada ao sexo masculino. Há na cidade centenas de confrarias onde os homens se reúnem para cozinhar e comer – algumas delas centenárias, com estatuto, brasão e bandeira fincada na porta. A entrada das mulheres só é admitida em datas especiais – o que, a bem da verdade, elas adoram. Um passeio pela Parte Vieja deixa ver o espírito combativo dos bascos.A cidade foi invadida várias vezes. E defendida no facão o quanto pôde pela população local. Em 1794, Napoleão, enfim, tomou a cidade. Em 1813, Donostia foi totalmente incendiada pelas tropas anglo-portuguesas na batalha que libertou a cidade do domínio francês.A cidade foi então reconstruída exatamente igual ao que era. Apenas a casa de três andares de número 42, na Calle Del 31 de Agosto (dia da batalha), não foi destruída e é genuína construção do séc ulo 16. Casa ativa, com gente vivendo nela.A rua mais antiga, porém, é a Santa Corda, com um estilo que remete a Marrakesh e Veneza. Para chegar ali, melhor vir pelo cais, onde barcos pequenos de pescadores colorem a paisagem. Eles são os donos das inúmeras casinhas coloridas debruçadas sobre o cais. Já tentaram tirá-los de lá para construções mais nobres, mas os pescadores se dizem donos do “ponto” há dezenas de anos – com temperamento basco não se discute. Ponto.

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No cais, um programa legal é ver o entardecer e a chegada dos barcos. Nos bares do porto o aperitivo favorito são las karrakelas – uma espécie de caramujo de aspecto duvidoso, mas bom sabor. O portal de entrada da cidade velha fica bem em frente aos barcos e é abençoado pelo frontão barroco da igreja Santa Maria del Cuoro – um nome muito comum de mulher por lá. Reza a história que uma imagem de Nossa Senhora desapareceu de seu nicho e reapareceu no coro da igreja – daí o nome. Botecos existem às dezenas nessas ruas, a mais populosa desses estabelecimentos é a Fermin Kalbeton Kalea. Passeando pelas vielas acaba-se chegando ao La Bretxa, o mercado central que foi reformado e teve a parte antiga, onde na época se comercializava peixes, transformada em shopping center.E mais um pouco, chega-se a Plaza de La Cons-

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Pontodefuga

tituición, o coração da Parte Velha, uma quadra enorme rodeada de belos edifícios – um deles residencial, com janelas amarelas e vasos nas sacadas. Em dezembro, alguns desses apartamentos são alugados para quem vai à feira de São Tomáz, no dia 20, mais precisamente. Parece mentira, mas essa praça, supercentral, torna-se uma feira agrícola, com burros, vacas, comidas e bebidas (claro!). Logo ao lado está a igreja mais antiga da cidade, de San Vicente, século 16. Entre as atrações modernas da cidade, vale ver o Museu Naval e o Aquário aos pés do Monte Urgull. No Aquário, o passeio é aterrador: sob um tubo gigantesco transparente,milhões de litros de água rodeiam em 360 graus o visitante, e é possível ver de perto a dentição toda de peixes de 2 metros de comprimento. Ao alto do Monte, se pode chegar por caminhos verdes com ruínas medievais. De lá, tem-se uma visão panorâmica de toda a cidade e da estátua de 30 metros do Sagrado Coração que abençoa Donostia. De qualquer parte se vê a Ilha de Santa Clara. Ela que já foi presídio e depósito dos doentes da peste, hoje é um ponto de passeio feito por barcas no verão. No Monte Igeldo, na outra ponta da praia, estão as esculturas Peine del Viento, feitas pelo artista Eduardo Chillida. As enormes estruturas de ferro em formato de 3, um número inspirador para o artista, são hoje o símbolo de Donostia. Um funicular criado em 1912 para os passeios da rainha Maria Cristina ao topo do Monte Igeldo, leva a um parque de diversões. Para os que querem sentir o sal na pele mesmo no inverno, vale passar o dia no Talaso Sport La Perla, um spa de águas marinhas que funciona dentro de um edifício do início do século 20 e se debruça sobre o mar Cantábrico. Tudo o que se fizer, sempre exigirá uma taça de vinho ou uma breve refeição em seguida. É inevitável. Isso posto, é fundamental conhecer um dos três restaurantes tocados por alguns dos chefs mais inovadores e importantes do mundo – Juan Mari Arzak, Martin Berasategui e Pedro Subijana. Reserve-os com muita antecedência e, ao chegar, desperte todos os sentidos – nada é o que parece. Depois de uma degustação apaixonada como as que esses chefs propõem, fica mais fácil entender por que aquele nosso motorista de táxi tinha tanto orgulho de suas raízes e de sua cidade.

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ONDE, COMO, QUANDO, O QUÊ HOSPEDAGEM

Hotel Maria Cristina – para quem quer viver o luxo e a história da cidade, pagando bem. Entre 150 e 725 euros. www.luxurycollection. com/mariacristina

Hotel NH Aranzazu – um quatro-estrelas de poucos andares, confortável, em local mais tranqüilo, próximo à praia de Ondarreta. Entre 116 e 174 euros. Hotel Europa – charmoso três-estrelas em edifício antigo. Entre 70 e 120 euros. www.hotel-europa.com

COMIDA

Akelare – encarapitado no alto de uma montanha. Menu-degustação com 12 pratos surpreendentes e divertidos. Preço médio: 130 euros por pessoa. Tel. 943-31-12-09. www.akelarre.net Arzak – considerado gênio e pai da gastronomia espanhola. Preço médio: 130 euros por pessoa. Tel. 943-28-55-93. www.arzak.es Martin Berasategui – talento e criatividade impressionantes. Preço médio: 140 euros. Tel. 943-36-64-71 www.martinberasategui.com Elkano – restaurante tradicional conhecido por seus rodaballos (semelhante ao nosso robalo) na brasa e as cocochas de merluza rebozadas. Fica em Getaria, a 20 minutos de San Sebastián. Tel. 943-14-06-14. www.restauranteelkano.com. Reserve! Saltxipi – No município de Usurbil, a 40 minutos da cidade, se come croquetas de txangurro e caranguejos gigantes. Tel. 943-3733-17 www.saltxipi.net Garbola Bar – Um dos mais famosos bares, com muitos pintxos e até caipirinha. Pº Colón, 11– Parte Vieja. Tel. 943-28-50-19 Casa Vergara – Bar e restaurante com pintxos e tudo de que o basco gosta. Mayor, 21 – Parte Vieja. Tel. 943-43-20-73

PASSEIOS

Informações Gerais: www.sansebastianturismo.com Aquarium – www.aquariumss.com Tel. 943-44-00-99 Centro Talaso-Sport la Perla – www.la-perla.net – Tel. 943-46-44-04 Festival de Jazz – www.jassaldia.com Festival Internacional de Cinema – www.sansebastianfestival.com

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esmo quando há espaço é preciso saber aproveitá-lo. Favorecer as virtudes de um espaço e criar ambientes adequados aos moradores são alguns dos princípios que norteiam o projeto do arquiteto Carlos Rossi, responsável pelo decorado Wide Garden, de 251 metros quadrados. Com o pé-direito duplo, de 5 metros de altura, a disposição dos móveis e a decoração das paredes foi estudada para valorizar esse diferencial. De um lado a opção foi por uma parede em madeira até o teto e de outro um espelho amplo que favorece a visão total do living logo ao entrar no apartamento. Ao compor a decoração de um ambiente o arquiteto acredita que é preciso mesclar alguns objetos mais simples e funcionais, como um porta-retratos ou um castiçal, com outros que deixam uma marca mais forte e causam impacto como a escultura da artista plástica Adriana Riskallah.Para a divisão do ambiente do living,Rossi pensou em integração.

No caso do Wide, há dois ambientes lógicos, a sala de estar e de jantar, que apesar de distintos possuem uma ligação entre si e até com varanda.Quando há espaço disponível o arquiteto acredita que um bom projeto deve resguardar a área da sala de TV. Ali, esse espaço foi feito em um dos dormitórios.“Mesmo assim criei uma ligação com a sala. É bom manter a privacidade e ao mesmo tempo permitir que ela possa se integrar em uma ocasião especial”, conta. Em ambientes amplos,a circulação pode ser de certa forma conduzida com a disposição dos móveis. Na parte que divide a sala de estar da de jantar, Rossi colocou o sofá de costas para a mesa e do outro lado um aparador baixo. Na ampla varanda do Wide, Rossi criou três ambientes. Um deles formado por uma mesa permite a extensão quase que direta da sala de jantar. “Ao mesmo tempo a mesa pode ser usada para o lazer, com jogos e até para um charmoso café-da-manhã. O segundo ambiente é feito com duas chaises que são privilegiadas com a vista do apartamento para o parque, para momentos de descanso. O terceiro espaço conta com duas poltronas entre a mesa e as chaises, para integrar os ambientes. Para os móveis da varanda Rossi optou pelo uso de fibras naturais. Mesmo com a durabilidade menor, o destaque que foi dado à natureza é justamente para integrar o morador à paisagem externa com mais força. “A durabilidade é menor, não costumo usar muito. Mas em varandas que não são expostas à chuva, por exemplo, não é um problema.” A parede de Madeira, do chão até o teto, valoriza o pé direito alto

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Coletânea Vila Mariana – V. Mariana, SP www.coletaneavilamariana.com.br

m living planejado para criar uma ampla ala social. Além de dividi-lo em sala de visita, de jantar e de home theater, a arquiteta Lia Carbonari criou ainda um conceito de integração com a varanda através do mesmo tipo de piso. “Usei um mármore impermeabilizado nos dois espaços, é um recurso que liga os ambientes”, conta. A arquiteta foi responsável pela decoração do apartamento modelo da Coletânea Vila Mariana, de 208 metros quadrados. O living tem linhas leves e bem definidas. A escolha do mobiliário e os detalhes de marcenaria – como os pórticos da entrada e os cortineiros – deram ainda mais elegância ao espaço. O terraço gourmet tem uma área social e outra de descanso, graças às chaises sobre o piso de deck. Lia acredita que as cores podem contribuir para um projeto de interiores. Elas ajudam a definir as circulações, evidenciar profundida-

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des, ampliar espaços e transmitir conforto. “O uso de cores quentes como o marrom e o creme, com a madeira escura, tornam o ambiente mais sofisticado e aconchegante”, diz. É importante entender que em um projeto de arquitetura de interiores detalhes aparentemente independentes, como a proporção dos objetos no espaço, a cor do piso, circulação, iluminação, entre outros, estão interligados. “Na verdade todos esses detalhes devem convergir para uma única finalidade: criar ambientes elegantes e inteligentes, capazes de trazer mais qualidade para a vida das pessoas.”

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O espelho amplia o living , além de criar um jogo de luzes com o lustre de cristal. No alto, a arquiteta usou escultura para criar efeito tridimensional. Acima, a mesa de vidro dá leveza à sala de estar

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om duas opções de tamanho (156 e 234 metros quadrados), o modelo decorado do Horizontes teve a mão de Janaina Leibovitch. Uma das paredes do living foi revestida com uma placa inteira de mármore artesanal. A arquiteta procurou fazer um jogo entre as paredes que se opõem na sala.“No apartamento mais amplo optei por colocar um espelho do lado oposto para destacar ainda mais o mármore”, diz. Para não esconder a parede, a televisão foi colocada em um suporte de vidro. “O vidro dá sempre leveza ao ambiente”, diz. A arquiteta não costuma usar quadros, prefere esculturas e obras de arte. E também é adepta dos papéis de parede.“Eles criam uma textura bacana, são mais baratos e fáceis de limpar.” Para aproveitar a ampla varanda, no modelo de 234 metros quadrados, Janaína criou dois ambientes. Do lado da churrasqueira, pôs uma mesa de teka patinada com cadeiras em um tom de madeira mais quente. No outro ambiente, ela criou uma espécie de deck com poltronas grandes e pufes que servem também como mesinha lateral.“Em espaços maiores é bacana dividir e diferenciar os ambientes”. Além do recurso do espelho para ampliar o living, Janaína gosta de utilizar lustres de cristais.“Faz um jogo de luz bacana e eles podem ser verdadeiras esculturas”, diz. Uma dica é importante no caso de lustres em cima da mesa de jantar: seu tamanho máximo não deve ultrapassar um quarto do tamanho da mesa.

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DecorCyrela Sala de estar e de jantar integradas à varanda são uma boa escolha para iluminar e ampliar o ambiente

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a varanda é o show Splendido – Jd. Marajoara, SP www.splendidojardimdogolf.com.br

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varanda virou uma verdadeira extensão da área de estar.” Foi esse o ponto-chave da decoração da arquiteta Gisela Bento Gonçalves para o apartamento modelo do empreendimento Splendido, com 134 metros quadrados. Com a sala e o terraço integrados, o espaço foi melhor aproveitado.Para quem gosta de receber visitas, a varanda do Splendido é perfeita.“Para deixar o ambiente ainda mais acolhedor optei por colocar a mesa de jantar bem próxima ao terraço”, diz. Em relação às cores, a arquiteta acredita que em áreas comuns, como living,cozinha e varanda,a melhor escolha são os tons neutros.“Para quebrar, podemos usar objetos coloridos,

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sem que interfiram brutalmente na decoração”, diz. Para as áreas externas ela usou bambu mossô. Para áreas internas, a opção é pela yuca, planta que pode viver até mais de um ano sem pegar sol. E para clarear os ambientes, a arquiteta aposta em lâmpadas amarelas, com o máximo de direcionamento.“Costumo usar a AR70, um modelo que foca e destaca objetos ou mobílias.” Em apartamentos com varanda em“L”, como o Splendido, a melhor opção, segundo ela, são tecidos leves, sempre proporcionais ao tamanho do ambiente e da janela. E para finalizar um tapete que aquece o ambiente e dá um toque final para uma decoração completa.

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As cores neutras cabem bem nas áreas comuns, como a varanda e o espaço gourmet (acima). As cores fortes estão nos objetos de decoração

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DecorCyrela

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movimento e texturas Gardênia – Vila Ema, SP www.gardeniaclubejardim.com.br

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partamentos menores têm atraído um público jovem, solteiro ou até mesmo pessoas mais velhas que procuram um espaço reservado. É justamente em pequenos espaços que a escolha e a disposição dos móveis é ainda mais fundamental. A arquiteta Sandra Picciotto foi a responsável pela decoração do apartamento modelo Gardênia de 61 metros quadrados. Logo na entrada, o que mais chama a atenção são os espelhos “recortados” nas paredes, recurso muito utilizado para ampliar ambientes. “A opção foi trazer textura e movimento, deixando o apartamento

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No sentido horário, escultura na parede do corredor; bancada americana e living integrado às áreas de convivência

mais solto e com um look diferente e moderno”, diz. O espelho também foi utilizado em uma pequena mesinha, estilo bandeja, próxima ao sofá.“A idéia é parecer que não temos uma mesa ali, criar uma ilusão de continuidade de tudo que está ao lado e ao mesmo tempo oferecer conforto ao morador que tem um suporte, seja para mesa de centro ou para refeições.” Outro recurso: colocar a mesa de jantar encostada na parede. Aparentemente, perde-se espaço, pois há um lado a menos para colocar cadeira, mas o efeito é justamente o contrário.“Economizamos na área de circulação, ganhando espaço e permitindo ainda uma mesa maior”, afirma. Para compor o living, Sandra optou por móveis brancos com uma parede de madeira. O móvel claro parece maior e deixa mais amplo o local, e a madeira dá o aconchego e calor. Sandra aposta em mais de uma tela por parede. No caso do Gardênia, a parede oposta à televisão ganhou dois quadros semelhantes, um ao lado do outro.“É uma ótima opção, pois a unidade desses quadros dá mais peso e força à obra e deixa o ambiente mais agradável.” Na varanda, uso de móveis de fibra sintética é o mais lógico.“A fibra natural não suporta muito tempo na área externa”, diz.

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Varanda amplia o espaço da sala de estar, criando mais uma opção de ambiente

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A privacidade de cada um dos cinco moradores foi o ponto de partida da designer de interiores Veva Quintella na hora de decorar sua casa. Mas os ambientes comuns não foram deixados de lado

uma PARA casaTODOS Por Carla Araújo Fotos Ana Paula Paiva

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Sala de estar, com quadros iluminados, lareira e objetos simetricos sobre a mesa de centro equilibram o ambiente.

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casa deve ser um retrato das pessoas que vivem nela. Esse é o lema da designer de interiores Veva Quintella. Sua casa reflete bem esse pensamento. Casada com o consultor de empresas Guto Quintella há mais de 20 anos, e mãe de três filhos, ela acredita que conseguiu criar espaços que contribuem para a convivência harmoniosa da família, em um ambiente de 900 metros quadrados de área construída.“A estrutura de um lugar influencia no modo de vida das pessoas”, diz. Quando se mudou para a casa em que vive hoje, no bairro Cidade Jardim, em São Paulo, há oito anos,Veva fez questão de reservar um cantinho especial para a prole, criando um ambiente juvenil. Uma bateria, um telão, alguns quadros alegres e sofás. Basicamente são esses os itens que estão na “sala da galera” como foi batizado o ambiente, que vive cheio de gente.“Sempre que possível é bom ter espaços para que os filhos possam tra-

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Es­pa­çoei­déias zer os amigos para casa”, diz. No caso da família Quintella, esse local é o mais animado. Próximo à piscina, churrasqueira e sala de ginástica, a “sala da galera”tem ainda um toque que o torna mais especial.“Resolvi fazer uma entrada pela lateral da casa, assim não é preciso passar por dentro para descer para a sala dos meninos”, afirma. Pequenos ajustes feitos durante a reforma foram fundamentais para tornar a casa o lugar preferido de Veva. Um deles é o escritório. O antigo terraço aberto não fazia sucesso. O vento forte e frio impedia que as pessoas aproveitassem o lugar. Pensando nisso, Veva resolveu fechar o ambiente com vidro. Com a vista da varanda privilegiada, é ali que ela faz seus projetos para os clientes.“Não preciso sair de casa para quase nada, me sinto ótima em trabalhar aqui”, diz.Também pudera, janelas grandes de vidros, muitas plantas e uma decoração sutil deixaram o ambiente bem agradável.“Optei por prateleiras de vidro para dar uma sensação de que não há nada atrapalhando a vista e coloquei cortinas de bambu só nas janelas laterais”, diz. O quarto do casal recebe um tom vibrante: a parede vermelha fica atrás da cama. O resto do quarto ela escolheu o branco, para dar leveza ao ambiente. Banheiro e closet foram separados por duas poltronas colocadas no quarto – ideais para uma boa leitura. No living,Veva optou pela autenticidade dos objetos. A

Abaixo, a sala de jantar com telas bucólicas de Agostinho Batista de Freitas. À dir., o escritório de Veva: as janelas grandes ampliam a bela vista da cidade

Uma passagem lateral liga a entrada da casa à piscina (à dir.), preservando a privacidade dos moradores

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decoradora costuma trazer lembranças de suas viagens, todas carregam consigo uma história.Os quadros são uma paixão do marido. Exímio apreciador de artes plásticas,Guto traz sempre uma tela nova para colocar à disposição de Veva.“Costumo mudar os quadros de lugar, coloco outros novos. É um jeito legal de modificar o ambiente sem ter de alterar os móveis”,diz.Como possuem um bom acervo do artista Agostinho Batista de Freitas, Veva fez um contraponto para exibir sua

Acima, os azulejos de cerâmica, trazidos de Portugal, o conjunto de mesa e cadeiras estilo colonial. Ao lado, peça de ciclistas do artista israelense Gerstein e fotos da família

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arte. “Na sala de jantar colocamos os retratos de campo, na fazenda, as telas da cidade. É um recurso bacana”, diz. São esses detalhes que Veva leva em conta quando vai decorar outros apartamentos e casas.“É preciso conhecer um pouco dos clientes, e fundamental aproveitar ao máximo os objetos já existentes”. Formada pela Escola Panamericana de Artes, a designer de interiores aposta em diferentes estilos.“Sou democrática, não sei se isso é um estilo”, diz.

Além de transformar espaços, a designer tem um trabalho à parte no mundo empresarial. Ela é dona da marca Cachaça da Túlia, considerada uma das mais saborosas do país, segundo a revista Prazeres da Mesa. O olhar da decoradora está presente no alambique. O local, em Mococa, no interior de São Paulo, foi todo restaurado e agora é aberto a visitações. É assim que Veva encara o trabalho, com muita paixão e tudo sempre em família.

À esq., o espaço da "galera", com bateria, computador e jogos, onde os filhos recebem os amigos. Acima, detalhe da entrada da casa

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Iluminar a casa parece tarefa simples, mas exige cuidados. A escolha correta das lâmpadas e a disposição adequada das luminárias dão conforto e até mais humor aos moradores

Luz

sob medida Por Carla Araújo e Denise Ramiro Fotos Ed Viggiani

Duas luminárias na parede e balizadores no deck harmonizam o ambiente. A piscina e a cascata, integradas à sala, alternam luzes coloridas

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Es­pa­çoei­déias

A iluminação responde por 2% do custo total da obra e 90% do toque final 64

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a diferença. Adriana usou luzes coloridas (azul, verde, lilás) que se alternam e criam um ambiente mágico. Em frente à piscina, ela criou uma sala de descanso, com sofá encapado de tecido náutico impermeável, sobre o qual colocou uma estrutura de alumínio com duas cúpulas grandes, de luz halógena, que direciona o foco e favorece a leitura. Ao lado da piscina, a sala de estar conta com seis spots de lâmpadas suaves indiretas. O quadro ganha destaque com a iluminação direta do tubo de latão de cobre na parte superior da obra. A luz da sala de jantar foi resolvida com um belíssimo par de lustre e luminária de aço e acabamento em ouro envelhecido, prata, cobre – com aparência de galho – e cristais tchecos incolores. A luz adequada conta hoje com vários recursos.“O ideal é instalar vários Abaixo, sob a escada, um bar: luz direcionada para cima

Iluminação indireta na sala de estar: a TV pede luz suave e o quadro se destaca com a luminária feita de tubo de latão

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sensação é sutil, mas o efeito de um ambiente mal iluminado pode comprometer a visão, a pele e nosso humor. Pensando nisso, a arquiteta Adriana Madeira privilegiou a iluminação na reforma do loft de 250 metros quadrados, no bairro paulistano do Itaim Bibi. Antes mesmo de definir a iluminação, ela decidiu aproveitar a luz natural do ambiente, integrando a va-

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randa ao living e à sala de jantar. A partir daí, cada foco de luz foi criteriosamente pensado. Logo na entrada do apartamento, a iluminação do corredor, com teto forrado de tacos de imbuia, recebeu seis spots embutidos. A piscina instalada em um dos três ambientes da sala tornou-se o centro charmoso do apartamento, com uma iluminação que faz

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Es­pa­çoei­déias

Adriana Madeira escolheu pau-marfim nos armários do closet (abaixo): mais destaque com pontos de luz embutidos

circuitos individuais para iluminar apenas o ambiente desejado e não o espaço como um todo”, diz Adriana. A iluminação correta também é uma questão de saúde. Está comprovado cientificamente que a cor e a intensidade da iluminação interferem diretamente nos efeitos visuais e cerebrais dos seres humanos. “As lâmpadas de cores mais quentes ou amareladas são mais indicadas para residências, pois trazem conforto psicológico”, diz Luciano Imperatori, sócio-diretor da Hochheimer Imperatori Arquitetura. Em contrapartida, as lâmpadas frias, normalmente as fluorescentes, mantêm a atenção, e são ideais para escritórios.“É um mecanismo que deixa as pessoas mais atentas no trabalho”, diz o arquiteto. Segundo a dica de Mônica Ferro, proprietária da Wall Lamps, a iluminação responde por apenas 2% do total de uma planta arquitetônica, algo entre R$ 50 e R$ 200 o metro quadrado iluminado, dependendo da quantidade e dos modelos de luminárias escolhidos e garante 90% do charme final. Além disso, a iluminação correta gera economia de energia. Hoje há grande variedade de lâmpadas, luminárias e novas tecnologias à disposição. A partir dessas inovações é possível criar cenários dentro de casa. Um profissional da área pode ajudar bastante. Mas quem quiser se lançar sozinho à tarefa, não esqueça: luz demais ou luz de menos é um erro. Sala, para todas as ocasiões Antes de tudo é preciso saber que luz em excesso não garante conforto. Por isso não abuse dos interruptores. Para

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desfrutar de diversos ambientes em um mesmo espaço, o recurso mais usado é o dimmer, uma espécie de botão, manual ou eletrônico, que controla a intensidade da luz. A televisão ou home theather deve receber no máximo um ponto de iluminação indireta no forro ou dois fachos de luz, um de cada lado do aparelho. Quarto, intimidade com conforto O ambiente pede tranqüilidade, por isso as lâmpadas mais indicadas são as halógenas ou amareladas.“É importante que as luminárias tenham mobilidade para que a direção da luz seja alterada conforme a necessidade”, diz Mônica. Um recurso interessante para quem tem o hábito de ler na cama. Nesse caso, prefira as lâmpadas incandescentes, elas são as que mais se aproximam da luz natural e geram mais conforto.Também evite luminárias que fiquem acima da cabeça, pois elas ofuscam a luminosidade. Para o quarto das crianças, boa opção são os balizadores – pequenas luminárias colocadas no chão para guiar o morador. As crianças se locomovem com mais segurança. O recurso é bastante usado ainda em escadas e áreas externas, como a garagem e o jardim. Cozinha, fogão com prazer Todos os cantinhos da cozinha merecem atenção especial. As lâmpadas fluorescentes são as mais indicadas, pois espalham luminosidade por todo o ambiente. O uso de luminárias tipo “calha” de embutir no gesso, ou em caso de laje, para sobreposição, é uma

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Pontos de luz embutidos no teto são os ideais para o banheiro

Cada ambiente com sua luz Há três tipos básicos de lâmpada. Confira as vantagens e desvantagens de cada uma: Incandescentes. Essas lâmpadas são as mais comuns, aquelas claras ou leitosas. A luz das lâmpadas incandescentes é a que mais se assemelha à luz do dia. Possui um custo inicial baixo, porém o consumo de energia é alto e a vida útil não é longa. Por ser um tipo que emite calor não é indicada para locais com o pé-direito baixo. Halógenas. São lâmpadas bastante utilizadas para causar efeito, como focar um objeto. Possuem dimensões menores e uma luz mais branca. Na realidade, são lâmpadas incandescentes otimizadas, por serem um pouco mais econômicas e duradouras. Fluorescentes. Mais indicadas para ambientes comerciais ou cozinhas. A luz emitida é um pouco mais cansativa, mas mantêm a atenção. É também a opção mais econômica, porém é difícil mexer na sua intensidade, para isso é necessário o uso de um reator, o que encarece a solução.

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A entrada do loft: os spots flexíveis no teto, coberto com tacos de imbuia, permitem direcionar o foco de luz para todas as direções

boa alternativa.“É bom que a luminária tenha algum anteparo em acrílico translúcido para proteger a lâmpada do vapor da gordura”, diz Laura Larrubia, da Luz e Arquitetura. Pias, bancada de preparo e o fogão devem ser bem claros. Para a pia, um bom recurso é embutir a luz no armário. “Os balizadores na frente da pia também são uma boa solução”, diz o arquiteto Antônio Ferreira Júnior. O fogão precisa de muita luminosidade. As coifas devem ter luz própria para que o fogão não tenha sombra. Nas cozinhas tipo americanas, com abertura para a sala, use luz quente para não interferir nos demais ambientes.“O ideal é misturar uma fluorescente com uma incandescente para adequar o ambiente de acordo com a ocasião”, diz.

BANHEIRO, QUANTO MAIS CLARO MELHOR A luz fluorescente é a ideal para banheiros. No entanto, essa é uma parte da casa que também permite uma luz mais difusa, excelente para os espelhos.“A luz difusa ilumina o rosto uniformemente e é ótima para maquiagem e ajuda na hora barba”, diz Laura. As lâmpadas diretas devem ser evitadas, pois deixam o rosto com um aspecto manchado e evidenciam as olheiras.“Se elas forem usadas como reforço de iluminação difusa das arandelas, são bem-vindas”, diz Laura. O boxe não pode ser esquecido.“O uso de uma luz indireta, através de um filtro de luz, resulta em uma luminosidade com cores leves, como azul, que acalma e dá um clima diferente ao banho”, afirma Ferreira Júnior.

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RoteiroBahia

De tradicional destino de férias de brasileiros e estrangeiros, Salvador conquistou novo status: o de cidade moderna e cheia de atrativos não só para passear, mas, principalmente, para morar!

a nova salvador Por Simone Serpa

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em só das praias de águas mornas, do Carnaval, do berimbau, do dendê e do Pelourinho vive a capital baiana atualmente. Imponente, à beira da Baía de Todos os Santos, ela tem novos encantos. À efervescência artística e cultural, à beleza histórica e à exuberância da natureza juntaram-se novas opções de lazer e moradia, a expansão do mercado de trabalho e a boa qualidade de vida. Pronto, não foi preciso muito mais para convencer paulistas, cariocas e outros brasileiros a escolher a cidade como seu lar, doce lar. A vida por aqui mantém o charme e ainda conserva um tempo preguiçoso, que parece render mais. Talvez sejam as horinhas extras cedidas pela noite sempre agradável. Ou, quem sabe, o hábito de acordar cedo e, antes do trabalho, sair para caminhar na orla, nadar nas águas calmas do Porto da Barra ou simplesmente espreguiçar-se de frente para o mar. Um luxo em uma cidade que não pára de crescer. As construções são evidentes e chegam impondo um estilo de vida dife-

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rente do que os baianos estão acostumados. Os prédios de alto padrão já não se restringem ao corredor da Vitória. Outros bairros, igualmente nobres, preparam-se para receber os novos moradores. O Horto, antes um lugar apenas de casas, ganhou condomínios modernos com bela e sedutora vista para o mar do Rio Vermelho. E há bairros inteiros sendo construídos para trazer a Salvador um estilo de vida mais atual. É o caso do Le

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Parc, primeiro Residential Resort da capital. O empreendimento impõe-se como novo pólo urbano que nasce em um terreno de 100 mil metros quadrados com 18 prédios, seis piscinas, campos e quadras para esportes, além de um clube. Tudo feito com preocupação ecológica.

Farol da Barra: cartão-postal de uma cidade que se moderniza sem perder as raízes

PRAIAS E MUITO MAIS Entre as muitas praias de Salvador, a que mora no coração dos baianos é a do Porto da Barra. Pequenina e de formato arre-

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RoteiroBahia dondado,ela tem sua beleza emoldurada pelos barcos de pescador e pelos fortes Santa Maria e São Diogo. O Porto é ponto animado de segunda a quinta.Nos fins de semana,a rota muda,segue para as praias do Flamengo, que têm a faixa de areia larga e clara ocupada por gente bonita. Como se diz por aqui, baiano não vai à praia, vai à barraca. Portanto, depois de descobrir a que pedaço da areia ir, é fundamental informar-se sobre onde se sentar. No Flamengo as barracas eleitas são Lôro e Marguerita. Além do serviço eficiente (isso mesmo, se existe um lugar onde o serviço é perfeito na Bahia esse lugar é a barraca de praia!), elas oferecem espreguiçadeiras e chaises pra lá de convidativas. No Lôro a novidade do verão foi relaxar ao sol tomando vinhos -- espumante, branco ou rosê. Seguindo para o norte, a 80 quilômetros do centro histórico, fica a praia do Forte, que abriga o imperdível projeto Tamar e muitas outras atrações. A começar pela rua de comércio, muito charmosa, com um quê da rua das Pedras em Búzios, RJ. Da praia do Forte Barraca do Lôro: conforto e eficiência no serviço com o luxo de poder optar por vários tipos de vinho

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RoteiroBahia

saem vários passeios, como o Parasail, em que uma lancha puxa um páraquedas com uma cadeirinha que voa a poucos metros do mar. Ou o mergulho na piscina natural, que exige 20 minutos de caminhada, mas todo o esforço é recompensado no primeiro mergulho. Quem preferir pode flutuar de sea scooter. É só segurar que a máquina sai puxando. Outra aventura incrível: a saída de lancha para ver as baleias jubarte que vêm à costa brasileira entre julho e outubro. Na praia do Forte há mais surpresas. Basta atravessar a Linha Verde para descobrir o frescor e a beleza da Mata Atlântica. Na Reserva Sarapiranga a floresta pode ser admirada nos passeios de quadriciclo pelos 16 quilômetros de trilha e o grand finale é um mergulho na Lagoa Aruá. Pode-se ainda praticar canoagem percorrendo o rio Timeantube até a ilha do Dendê.

MAIS DO QUE ACARAJÉ

Edinho Engel, chef do Amado, dá um toque de ousadia à culinária local com misturas contemporâneas

patrimônio cultural imaterial do Brasil e têm até museu, porém, há algum tempo a culinária em Salvador vai muito além dos pratos regados a dendê. A cozinha contemporânea chegou e apropriou-se dos sabores locais. Edinho Engel, o chef do Amado,foi quem trouxe,há dois anos, novos ares à gastronomia da cidade.Seu novo cardápio propõe um fois gras com aspargos, caju, inhame e ouricuri, um coquinho tirado de uma palmeira da

região. Em outro extremo da cidade, no Cabula, Beto Pimentel, chef do Paraíso Tropical, colhe temperos e frutas do seu pomar de mais de 25 mil pés para reinventar a culinária baiana. Sua mais recente criação é o polvo com fatias de frutas grelhadas. O restaurante Conventual, no Convento do Carmo, comandado pelo chef Alexandre Vicki, serve pratos portugueses com toques baianos. É o caso do

Tatiana Szeles prepara pratos de inspiração oriental no Gengibre Marina

Tudo bem que as baianas de acarajé são

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230 Quem tem Cyrela fica ainda melhor com um Armadi.® Condições e benefícios exclusivos para o cliente Cyrela Ambientação Raquel Danielides

Armários • Banheiros • Cozinhas • Closets • Dormitórios • Estantes • Home Theaters integrados

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Ambientação Consuelo Jorge

4ª Mostra Armadi Consuelo Jorge, Cris Paola e Dani Barella, Cristina Barbara e Milena Purchio, Evaristo Netto, Fafa e Paula Sastre, Francisco Cálio, Giselle Ferruz e Flávia Ernandes, Gustavo

A casa completa

Motta, Luiz Fernando Rocco e Fernando Vidal, Maria

Darci

Rocha, Raquel

Danielides.

Av Europa, 229a Tel 11 3068 0566 www.armadi.com.br


RoteiroBahia pato com casca crocante servido com escondidinho de aipim. A chef Tatiana Szeles também tem feito sucesso com sua cozinha de inspiração asiática no Gengibre Marina, onde a varanda à sombra de uma mangueira é o espaço mais disputado. A culinária francesa pode ser apreciada por aqui no Marc Le Dantec, restaurante que leva o nome do chef francês. A opção cult é o Tom do Sabor, parte de um ambiente que reúne livraria, cafeteria e espaço para shows. No seu comando está Morena Leite, que surpreende com a utilização de frutas na cozinha, como bem sabem os freqüentadores do Capim Santo, na capital paulista.

BOAS COMPRAS E MUITA ARTE Típicos objetos do artesanato baiano estão reunidos nos mais de 200 boxes do Mercado Modelo e são perfeitos para dar um toque regional e pitoresco à decoração da casa. Mas, para quem não dispensa sofisticação, a capital baiana oferece sua versão da Gabriel Monteiro da Silva de São Paulo. É a alameda das Espatódeas, onde estão concentradas diversas lojas prontas a satisfazer os amantes do bom design. Na moda, os endereços são dispersos, o que não chega a ser um problema, já que as distâncias não são grandes. Luciana Galeão e seus incríveis vestidos estão no Rio Vermelho. Márcia Ganem exibe sua coleção cheia de recortes e bordados no Pelourinho e para conhecer as famosas bolsas de Irá Salles basta ir a Ondina. A efervescência cultural é flagrante nas artes plásticas,com muitas obras expostas na rua. No dique do Tororó, uma homenagem ao misticismo local com os orixás

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endereços quentes

Barraca do Lôro Praia da Aleluia, primeiro quarteirão após o fim de linha de praias do Flamengo Tel. (71) 3374-7509 www.barracadoloro.com.br Barraca Marguerita Rua Praia do Flamento, 35 Tel. (71) 3374-7318 Projeto Tamar Praia do Forte Tel. (71) 3676-1020 www.ibama.gov.br/tamar Jaws Radical Sport Avenida ACM, 7, loja 1 – praia do Forte Tel. 3676-0388 Amado Avenida Contorno, 660, Comércio Tel. (71) 3322-3520 www.amadobahia.com.br Paraíso Tropical Rua Edgar Loureiro, 98 B, Cabula Tel. (71) 3384-7464 Conventual Rua do Carmo, 1, Pelourinho Tel. (71) 3327-8400 Gengibre Marina Av. Lafayette Coutinho, 1010, Bahia Marina Tel. (71) 3321-2012 Marc Le Dantec Avenida Oceânica, 3001, térreo, Flat Pier Sul, Ondina Tel. (71) 3331-3854 Tom do Sabor Rua João Gomes ,249, Rio Vermelho Tel. (71) 3334-5677 Mercado Modelo Praça Cairu, Comércio Tel. (71) 3241-2893 www.portalmercadomodelo.com.br Acima, Club Lótus e os jardins do Convento do Carmo (à esq.), hotel histórico de cinco estrelas instalado em um prédio de século 16

em tamanho natural de Tatti Moreno, o escultor trabalha com os mais diversos materiais: sucata, latão, ferro, ocre, fibra, madeira.Os mosaicos e pinturas em azulejos de Bel Borba decoram muros e encostas. Recentemente o artista abriu a semana de campanha pela volta do saveiro como meio de transporte da Baía de Todos os Santos com uma exposição de esculturas de madeira ao ar livre,bem em frente ao Elevador Lacerda.

A NOITE VAI SER BOA Para inspirar a noite a dois, o lugar é o Bar da Ponta. Como o nome já diz, ele

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fica na ponta de um píer debruçado sobre o mar. Lindo e ideal para apreciar o pôr-do-sol ou a lua cheia. A esticada não é longe, pode ser na Barra, no Club Lótus, onde a pista ferve ao som de música house e outras variantes eletrônicas. Ou no Boomerangue, que fica no Rio Vermelho. O bom é que lá toca todo tipo de som. Há noites de chorinho, reggae, jazz, black, rock, tem de tudo para agradar as mais variadas tribos. Na hora de dormir, a boa dica é o Convento do Carmo, uma construção de 1586, restaurada e reaberta em 2005 como um hotel histórico cinco estrelas. Os 79 apartamentos ocupam o que antes eram as celas das irmãs carmelitas. Fica no Pelourinho, assim como Hotel Villa Velha, um casarão que, depois de reformado, ganhou piscina e 17 quartos, alguns com terraço e ofurô.

Alameda das Espatódeas Bairro Caminho das Árvores Luciana Galeão www.lucianagaleao.com.br Márcia Ganem www.marciaganem.com.br Irá Salles www.irasalles.com.br Tatti Moreno www.tattimoreno.com Bel Borba www.belborba.com.br Bar da Ponta Avenida Contorno, 2, Praça dos Tupinambás, Comércio Tel. (71) 3326-2211 www.trapicheadelaide.com.br Club Lótus Avenida Marques de Leão, 46, Edifício Oceania, térreo, Barra Tel. (71) 3264-6787 Boomerangue Rua da Paciência, 307, Rio Vermelho Tel. (71) 3334-6640 Convento do Carmo Hotel Histórico Rua do Carmo, 1 Tel. (71) 3327-8400 Hotel Villa Bahia Largo do Cruzeiro de São Francisco, 16/18 Tel. (71) 3322-4271

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O Profissional

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Mara de Paula, moldureira

Mara de Paula cria molduras para quadros que vão a exposições ou que decoram uma parede da casa. Um ofício para o qual não tem curso, apenas pesquisa, dedicação e inspiração

molduraria

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Por Ana Paula Kuntz Fotos Ed Viggiani

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inturas, gravuras, fotografias e outras formas pictóricas de arte sempre ganham mais persnonalidade quando contornados por uma moldura. Mas nem só o que é bidimensional pode ser emoldurado. Coleções de isqueiros, tesouras e moedas são exemplos de objetos que ganharam lugar de destaque na decoração de uma casa ou escritório depois de passarem pelo ateliê da aresã Mara de Paula, na Vila Madalena, em São Paulo.“Em particular, gosto muito de uma peça que fiz para mim mesma, onde coloquei diversos brincos cujos pares eu havia perdido, mas fiquei com dó de me desfazer”, afirma. Um bilhete de amor escrito em um guardanapo, a primeira medalha de um filho, um brinquedo de estimação. Não há limites para a criatividade quando a idéia é colocar à vista objetos que ficariam guardados na gaveta, mas que com uma bela moldura podem virar peças decorativas. Quando o assunto são obras de profissionais, produzidas para serem parte de uma exposição, a espessura, a tonalidade e a forma da cada moldura geram um efeito que deve ser meticulosamente estudado. Mara explica que, apesar da sua importância, a moldura não pode entrar em conflito com a obra, que, afinal, é o objeto principal. Precisa ser uma coexistência harmônica, equilibrada. O gravurista Arnaldo Battaglini e a ceramista Cynthia Gavião são alguns dos renomados artistas que confiam a finalização de seus trabalhos à artesã. “A minha demanda é toda por indicação. Desenvolvo tanto para artistas que vão levar suas telas a uma exposição quanto para uma pessoa que quer modernizar o visual de seus quadros”, diz.“Nesses casos, o mais comum é receber uma herança da época dos avós, com estilo renascentista ou barroco, por exemplo, que ganha novos ares para compor harmonicamente decorações modernas se a moldura for atualizada.” Outra função, e a mais importante na opinião de Mara, é preservar as obras. Manchas de bolor, mofo e umidade podem ser evitadas com uma boa molduraria. Seja uma tela de Picasso ou um desenho de escola de um filho, seja pelo valor financeiro ou sentimental, a obra deve atravessar os tempos. Por isso, Mara admite que, mais ainda do que criar, sua paixão é restaurar peças. Materiais usados na fixação, como Duratex e Eucatex, por exemplo, são muito ácidos, e ao longo do tempo podem corroer a tela. O ideal é utilizar papéis, fitas, cantoneiras e outros acabamentos com pH neutro, característica que só é encontrada em produtos importados.“Desde que descobri essa atividade venho estudando muito sobre as propriedades desses materiais. Oideal é usar produtos à base de água”, diz a moldureira. Formada em jornalismo, Mara descobriu o ofício a partir do resgate de um profundo interesse por desenho. Ela, que conta sempre ter gostado de fazer bordados e customizar suas roupas, encontrou na molduraria a congruência ideal entre essas habilidades

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manuais. Como não há cursos específicos, sua primeira experiência foi uma “arte”, no sentido mais peralta da palavra,feita com um quadro de sua própria casa. O conhecimento foi sendo lapidado em conversas com moldureiros – de quem era cliente e logo passou a ser concorrente – e muita pesquisa pessoal. Ela ainda garante que sua experiência como jornalista sempre contribui no processo criativo.“O objetivo de comunicar é o mesmo. As molduras passam uma mensagem, ajudam a contar uma história, assim como os textos”, afirma. Rua Madalena, nº 345 - Vila Madalena São Paulo • Tel: (11) 3815-6791

Exclusividade: a artesã cria caixinhas sob medida para colecionadores de raridades

Com sua ajudante, ela cria e executa molduras que valorizam a obra sem roubar a cena

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Garfo e taça

Uva

o melhor da

A Merlot foi a uva tinta de maior sucesso nos anos 90. Nos últimos anos ficou em segundo plano por conta da Cabernet Sauvignon, mas agora volta a brilhar

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gastronomia e dicas para a cozinha Por ricardo castilho*

elegante

m Saint-Émilion e Pomerol, duas áreas especiais de Bordeaux, na França, a Merlot produz vinhos notáveis, cujo exemplar mais famoso é o celebre Château Petrus. No Novo Mundo, marca presença na Califórnia, no Chile, na Argentina, na Austrália e, nos últimos anos, começa a brilhar no Brasil, onde clones da uva se mostraram propícios ao terroir da Serra Gaúcha, nossa principal região produtora. A uva foi injustiçada no cinema, onde teve papel secundário no filme Sideways (Entre Umas e Outras), um campeão de bilheteria do diretor Alexander Payne, em que a Pinot Noir ocupa todos os méritos de um bom vinho. O que se comenta nos bastidores é que isso só foi feito por pura provocação aos franceses. O certo, porém, é que a força do filme foi tão grande que em alguns países, caso da Argentina, seu consumo caiu bastante e apenas agora parece estar retomando. A uva Merlot produz vinhos menos ácidos e menos tânicos do que a Cabernet Sauvignon. Com bom potencial de envelhecimento, ela se beneficia do tratamento em carvalho, podendo ficar mais suave com a idade, quando os aromas de fruta decaem e os herbáceos dominam. Frutas vermelhas escuras – amoras pretas e ameixas pretas – aparecem geralmente em seu aroma. Para olfatos mais afiados, surgem também aromas de rosas. Já, quando passa pelos tonéis de carvalho, o vinho apresenta uma textura mais rica e um agradável toque de chocolate. A uva é de longe a mais plantada em Bordeaux e a terceira, atrás da Carignan e da Grenache, como a tinta mais plantada na França. Mas, mesmo com números grandiosos, é apenas ao norte de Bordeaux do rio Gironde, onde está a base dos vinhos de Saint Emilion e Pomerol, que ela brilha com mais intensidade. O Château Petrus, por exemplo, leva mais de 90% de Merlot. Já ao sul do Gironde, no entanto, a Merlot normalmente desempenha um papel de apoio na típica mistura do Medoc, com as Cabernets Sauvignon e Franc. No fim dos anos 70 e em boa parte da década de 1980, a Califórnia, nos Estados Unidos, investiu pesadamente no plantio da variedade, em busca de uma qualidade semelhante a encontrada em Bordeaux. Mesmo resultando em bons vinhos, eles sempre perderam para os franceses no quesito envelhecimento, já que não duram tanto. Não se sabe ainda se os Merlot do Novo Mundo terão longevidade comparável. No Brasil, as melhores vinícolas também estão apostando fortemente na Merlot e conseguido bons resultados. Bons exemplos são o Miolo Terroir, da vinícola Miolo, e o Salton Desejo, dois belos tintos feitos apenas em anos de safras especiais.“A Merlot é a uva tinta que melhor se adapta aos terrenos da Serra Gaúcha”, explica Adriano Miolo, o craque que molda os vinhos da Miolo.“Vamos cada vez mais apostar nela.”

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Prontos mais cedo A

Merlot amadurece, pelo menos, uma semana mais cedo do que as Cabernets.As melhores uvas crescem em solos rochosos e em terrenos áridos; mas é bastante adaptável e cresce mais do que os Cabernets em solos argilosos, mais úmidos, e em climas frios. As bagas de Merlot têm a pele fina e são pouco propensas a podridão. São videiras vigorosas e, por isso, pedem muito cuidado nas várias podas para se evitar uma superprodução. Embora seu sabor seja semelhante ao perfil da Cabernet Sauvignon, a Merlot tende a ser menos distinta e ligeiramente mais herbácea em aroma e sabor. Tem menos acidez natural e menos adstringência que a Cabernet Sauvignon, portanto, é normalmente mais elegante na boca. A seguir, alguns vinhos elaborados com essa uva majestosa.

Montes Alpha Merlot

Com vinhedos no nobre Vale de Apalta, no Chile, este é um tinto de cor rubi concentrada, com aromas que lembram as frutas vermelhas maduras, notas de pimenta e de tabaco. Em boca, é um tinto de bom corpo, equilibrado, com boa acidez. Longo, tem 14,5% de teor alcoólico. Mistral.

Salton Desejo

Rótulo premium da vinícola Salton, este Merlot é rodeado de cuidados pelo enólogo Lucindo Copat e pelo consultor argentino Angel Mendoza. De cor rubi, é um tinto que atrai pelos aromas de frutas vermelhas e notas florais. No paladar, é um tinto com a madeira bem integrada (ele envelhece em barricas de carvalho francesas e americanas), com corpo médio, equilibrado, com 13% de álcool. Salton.

Calda Bordaleza

Na Bairrada, em Portugal, o produtor Campolargo molda vinhos de categoria, como este corte de Merlot 47%; Cabernet Sauvignon 40%; e Petit Verdot 13%. As uvas fermentaram separadamente em pequenos lagares, seguindo para as barricas. O vinho passou dez meses em barricas novas de carvalho de 300 litros de capacidade. É um vinho muito elegante, complexo e com grande intensidade. Mistral, tel. (11) 3372-3400.

Salentein Primus Merlot 2003

A Salentein foi umas das primeiras bodegas modernas a apostar na Merlot na Argentina. Esse pioneirismo se revela neste tinto de cor rubi concentrada, com aromas de frutas muito maduras, lembrando geléia, e notas de especiarias e de madeira. Em boca, tem um corpo potente, longo, mas elegante, graças aos taninos macios e bem cuidados. Tem 15,5% de álcool. Importado pela Zahil, tel. (11) 3704-7313.

Falesco IGT Pesano Merlot 2003

Falesco é a vinícola dos irmãos Riccardo e Renzo Cotarella, na Itália. E este Merlot é uma das marcas de Riccardo, que ganhou fama pela forma de lidar com a cepa. O resultado é um tinto de cor rubi de média intensidade, com aromas bem dosados de fruta e de madeira, elegante e sutil. A cada gole, o vinho revela sua complexidade. Tem corpo médio, taninos bem resolvidos, macios, equilibrado e persistente, com 13% de álcool. World Wine, tel. (11) 3315-7477.

Château Beaure gard-Ducourt

Enrique Mendoza Merlot

Este tinto espanhol prova a potencialidade da Merlot na Península Ibérica. De cor rubi de média intensidade, tem notas de frutas vermelhas, especiarias e de couro. Em boca, tem corpo médio, bom equilíbrio e não se percebe o alto teor alcoólico (tem 14,5% de álcool). Península, (11) 3822-3986.

Esta pequena propriedade na sub-região de Entre-deux-Mers elabora este tinto com as uvas Merlot (55%), Cabernet Sauvignon (40%) e Cabernet Franc (5%). De cor rubi de média intensidade, tem notas de frutas vermelhas, couro e tabaco; em boca, tem corpo médio, com taninos macios, persistência média e 12% de álcool. Mistral.

Merlot Terroir

Com consultoria do enólogo francês Michel Rolland, a Miolo aposta na complexidade da Merlot. É um tinto de cor violácea concentrada, com aromas de frutas mais maduras, notas de madeira e de tabaco. Potente em boca, mas ainda jovem, com bom corpo, equilíbrio e persistência. Tem 14% de álcool. Miolo.

Echeverria Merlot Reserva

Outro chileno, só que do Valle Colchagua, feito pela vinícola Echeverria. As uvas para sua elaboração são colhidas manualmente e depois fermentadas em tonéis de carvalho. Envelhece em barris de carvalho americano e francês por 12 meses antes do engarrafamento. Paralelo 35 Sul, tel. 0800-2863535.

*ricardo castilho é diretor da revista prazeres da mesa

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Às margens do Ipiranga Tradicional bairro paulistano abre as portas para a modernidade e o conforto sem perder sua história

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om a chegada da estação do metrô, o bairro paulistano do Ipiranga ganhou ainda mais importância. Os moradores locais, além de conviverem diariamente com riquezas históricas do Parque da Independência e do Museu do Ipiranga, agora podem desfrutar empreendimentos residenciais de alto padrão. A região, que já foi considerada estratégica para indústrias, pela proximidade das vias de acesso ao litoral, agora investe em serviços, comércios e aos poucos se transforma em um dos bairros mais desejados para se viver em São Paulo. A Cyrela e a MAC Construtora e Incorporadora apresentam o Soberano Parque do Ipiranga, um condomínio com infra-estrutura completa a apenas duas quadras do Museu do Ipiranga e de seu parque, uma área arborizada com um dos mais belos projetos paisagísticos do Brasil. A região preserva a tranqüilidade em suas ruas e ainda conta com a conveniência do fácil acesso para diversos pontos da cidade. Os moradores do bairro do Ipiranga têm o privilégio de estar em uma área tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Tu-

Perspectivas ilustradas do salão de jogos (no alto) e do fitness; living da planta , opção três suítes com três ambientes

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rístico, o Condephaat, que garante uma vista ampla do bairro. Tradicionais colégios, universidades, bons hospitais e shopping centers contribuem para o desenvolvimento do bairro e garantem bons serviços. O Sesc Ipiranga também é um importante centro de lazer e cultura destinado aos moradores. Isso tudo somado à infra-estrutura de ponta que o Soberano Parque do Ipiranga vai oferecer. Pensando em priorizar o gosto pela tradição, os apartamentos do condomínio terão um terraço extremamente amplo, para favorecer os momentos em família e preservar o tradicional almoço de domingo. Com churrasqueira e forno para pizza e um espaço de mais de 40 metros quadrados de área, o terraço do Soberano Parque do Ipiranga será um verdadeiro convite para manter a família por perto.

SOBERANO Parque do Ipiranga Rua Xavier de Almeida, 717 – Ipiranga tel. (11) 3806-0192 www.soberanoparquedoipiranga.com.br Em um terreno de mais de 4,8 mil metros quadrados, o Soberano Parque do Ipiranga promete conforto e diversão para toda a família. Serão duas torres com 29

Perspectivas ilustradas das fachadas (acima) e do terraço (abaixo)

pavimentos e apenas duas unidades por andar. São opções de 213 e 337 metros quadrados, esta última metragem disponível para apartamentos de cobertura. O condomínio possui uma estrutura completa de lazer, com piscinas adulto e infantil que contemplam todas as idades, além de uma piscina climatizada na temperatura adequada para a prática de esportes. As quadras, salão de jogos, praça teen, playground e brinquedoteca trarão alegria para a criançada e também para os jovens. Enfim, uma gama de possibilidades dentro de um único empreendimento.

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A modernidade bate à porta Perspectiva ilustrada do complexo aquático com piscina de biribol, piscina recreativa com toboágua, piscina adulto com deck molhado e raia de 25 metros e piscina infantil

Antes dominada por galpões, a Vila Leopoldina surge como nova opção de viver bem em São Paulo

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Vila Leopoldina surgiu como uma forma de extensão do bairro da Lapa. No início de sua ocupação a região abrigava apartamentos mais simples, destinados às classes populares e também contava com inúmeros galpões industriais. Com o tempo o bairro viveu um processo de degradação por causa da falta de estrutura. Um projeto da prefeitura de revitalizar a região e investimentos imobiliários com um padrão melhor contribuíram e muito para o ressurgimento da Vila Leopoldina, agora com um ar mais moderno e uma infra-estrutura adequada. Graças a esse processo de evolução que vem atravessando, o entorno da rua Carlos Weber já chegou a ser chamado de “Nova Moema”, local que viveu um processo semelhante de sofisticação em meados dos anos 70. Cercada pelas marginais Pinheiros e Tietê e com acesso fácil a importantes avenidas da zona oeste, o bairro conta com vizinhos especiais como o Parque Villa-Lobos, com mais de 700 metros quadrados de muito verde, e o Shopping Villa Lobos. Esses quesitos somados a valorização imobiliária trouxeram à Vila Leopoldina moradores mais exigentes, que geram demanda e investimentos, incrementam a economia, o comércio e a infra-estrutura. A Cyrela está fazendo sua

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parte e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do bairro com o lançamento do Condomínio Podium, localizado no coração da Vila Leopoldina. O bairro, que possui um cenário extremamente promissor, já conta agora com um jeito de morar com qualidade e padrão Cyrela.

PODIUM Vila Leopoldina

Perspectivas ilustradas da fachada (acima), da quadra de tênis e quadra coberta (abaixo)

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Rua Belchior de Azevedo x Rua Samuel Klabin – tel. (11) 3645-0803 www.podiumvilaleopoldina.com.br Em um terreno com mais de 17 mil metros, o Condomínio Podium tem a filosofia de valorizar a vida através do esporte e do bem-estar. Além do complexo aquático com piscina de biribol, piscina recreativa com toboágua, piscina adulto com deck molhado e raia de 25 metros e piscina infantil, o Podium tem quadra de tênis oficial, quadra gramada, estações de minigolfe e um ginásio coberto para a prática de esportes, faça chuva ou faça sol. O empreendimento dispõe de quatro torres com apartamentos de quatro dormitórios e 130 metros quadrados privativos, com terraço gourmet integrado ao living e à cozinha e hall social privativo. As penthouses possuem 260 metros quadrados privativos, piscina e terraço gourmet.

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O privilégio de Perdizes

O bairro que já foi conhecido pela criação de aves e cultivo de plantas silvestres mostra hoje sua nova vocação e oferece todas as condições para uma vida urbana, moderna e sofisticada

Perspectivas ilustradas do Port Cochère (à esq.) e da Praça Central do Place Royale

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m dos bairros mais elegantes de São Paulo, Perdizes já foi considerado um subúrbio pobre e sem prestígio da zona rural pelos idos do século 19. Enquanto ali existia a fazenda Pacaembu, a principal atividade local era a produção de plantas silvestres. Conta-se ainda que, numa época um pouco mais recente, havia uma importante criação de aves perdizes, tão famosa que teria dado nome ao bairro. De lá para cá, o desenvolvimento urbano mudou muito a imagem e a vocação da região, que hoje concentra grande parte da elite intelectual da cidade. Além de abrigar o campus da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), Perdizes está permeado de bares, restaurantes e lojas que propõem a seus moradores um modo de vida moderno e sofisticado. O exemplo mais atual do seu potencial de crescimento é a inauguração do Bourbon Shopping, um dos maiores da cidade com cerca de 200 lojas, dez salas de cinema e teatro. A escolha da localização foi estratégica para atrair o público formado pelas classes A e B, predominantes por aquelas redondezas. O novo shopping chega para complementar as opções de lazer, serviços e compras que já oferecia o West Plaza, tradicional entre os freqüentadores do bairro, que, de acordo com estatísticas, vão a exposições, livrarias e teatros com mais assiduidade que a média dos paulistanos. Considerando a prática de atividades físicas como um item essencial para a boa qualidade de vida, os moradores de Perdizes também se destacam. São os menos

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sedentários da cidade. Pesquisas indicam que cerca de 42% dos moradores praticam exercícios, sendo que a caminhada foi o mais citado pelos entrevistados. O Parque da Água Branca, a maior área verde da região com 136 mil quadrados, um dos lugares favoritos para essas atividades. Outro é a avenida Sumaré, uma das principais vias do bairro. Se por um lado, durante o dia, o movimento é grande nos bancos, concessionárias de automóveis, farmácias e outros comércios, no fim da tarde o cenário transforma-se e ganha ares mais descontraídos com os esportistas que percorrem seus 2 quilômetros e meio de extensão, a pé ou de bicicleta, empurrando carrinhos de bebê ou levando cachorros na coleira.

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Acima, perspectiva ilustrada da fachada do Place Royale

Ladeado pelos bairros da Pompéia, Consolação, Barra Funda, Lapa e Alto de Pinheiros, e a poucos minutos de outros como Pacaembu e Higienópolis, Perdizes tem fama de estar “perto de tudo”. As avenidas Francisco Matarazzo e Pacaembu, e também as estações de metrô Barra Funda e Sumaré/Santuário de Nossa Senhora de Fátima, facilitam o acesso e fazem do bairro um local privilegiado na zona nobre de São Paulo.

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PLACE ROYALE Rua Monte Alegre, 838 - Perdizes www.condominioplaceroyale.com.br. Tel.: (11)3673-3101 Enquanto o bairro de Perdizes oferece uma infra-estrutura completa de serviços, do lado de dentro de seus portões o condomínio Place Royale, construído pela Exto em parceria com a Cyrela, foi idealizado para completar a comodidade de seus proprietários com uma infra-estrutura interna de lazer bem diversificada. Uma piscina climatizada com raia de 25 metros, quadra de tênis e sala de fitness, salão de festas e espaço gourmet, são itens que compõem a área comum do empreendimento, que ocupa um terreno com mais de 6 mil metros quadrados. Os apartamentos de quatro suítes, com plantas que vão de 266 a 567 metros quadrados, estão distribuídos em quatro torres de fachadas em estilo neoclássico.

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O melhor de Niterói Além de ser um dos bairros mais modernos e sofisticados do município, Icaraí é também o preferido para se morar

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Perspectivas ilustradas do living (acima, à esq.), da suíte do casal (à dir.) e do home cinema

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om a inauguração da ponte Rio–Niterói na década de 70, o bairro de Icaraí, em Niterói, passou a chamar a atenção e ganhar admiradores. Sua orla começou a receber grandes empreendimentos imobiliários que fizeram da região um dos destinos mais cobiçados pelos cariocas. Em tupi, Icarahy significa água ou rio sagrado, nome que faz referência às belas paisagens que envolvem o local e conquistam admiradores. Ainda com características residenciais, o bairro possui atualmente uma estrutura de comércio variada, com importantes grifes consagradas. A infra-estrutura de serviços também se destaca. Em parceria com a Klacon, a RJZ Cyrela acaba de lançar o Solar Lêda Azevedo, um empreendimento que promete unir o melhor de Icaraí com a estrutura e o padrão RJZ Cyrela. Com localização privilegiada, próximo ao belíssimo Campo de São Bento, e com acesso facilitado para todas as regiões da cidade, o Solar Lêda Azevedo é o empreendimento que faltava na região. A menos de 5 minutos da praia, o edifício em estilo contemporâneo alia bom gosto e qualidade de vida. O living integrado com a varanda gourmet em todos os apartamentos e piscina nos terraços das coberturas demonstra o estilo sofisticado e moderno do edifício. Com um terreno de mais de mil metros quadrados e materiais nobres de acabamento da fachada, o Solar Lêda Azevedo foi projetado para oferecer elegância e tranqüilidade aos seus moradores.

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SOLAR LÊDA AZEVEDO Rua Mariz e Barros, 263 - Icaraí – Niterói www.solarledaazevedo.com.br E não é só a fachada do edifício que valoriza e impressiona pela qualidade. A estrutura do condomínio foi planejada para oferecer diversão, descanso e um estilo de vida saudável para seus moradores. Para os adultos, piscina com raia de 20 metros e ducha com espelho-d’água. Para os pequenos, uma piscina infantil apropriada para garantir momentos alegres sem nenhuma preocupação. Sem esquecer dos espaços como a brinquedoteca e o playground, especialmente desenvolvidos para criar um lugar completo de diversão para a garotada. Academia, sauna com espaço para repouso e hidromassagem garantem o bem-estar e os cuidados com o corpo. A churrasqueira, o salão de festas, o home cinema e o espaço gourmet são perfeitos para momentos de diversão com amigos. Ou seja, um lugar completo para os melhores momentos de sua vida.

Perspectivas ilustradas da fachada (ao lado) e da churrasqueira (acima)

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O pulsar de Campos

O município que é reconhecido por gerar riquezas com o petróleo ganha um sofisticado residencial

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Ilustrações artísticas da piscina com deck molhado (acima), da varanda (abaixo, à esq.) e da Adega Gourmet Maison

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ampos de Goytacazes é destaque no PIB nacional. Com a extração de petróleo na Bacia de Campos, o município, localizado ao norte do Rio de Janeiro, tem uma das economias mais fortes do estado, que o coloca inclusive entre os dez municípios que geram mais riquezas ao país. O “ouro negro” possibilitou o desenvolvimento de vários segmentos da economia local, entre eles o do setor imobiliário. Acompanhando o boom econômico, chegam à cidade vários lançamentos inovadores e impressionantes, como o Exclusivité Maison Résidence. Iniciativa da RJZ Cyrela, Melo Teixeira (arquitetura e planejamento) e Conenge, o empreendimento marca uma parceria inédita entre as empresas, feita para oferecer em um único local tranqüilidade, conforto e elegância. Sem falar da localização privilegiada, na região do Pelinca, um dos bairros mais sofisticados da cidade, com infraestrutura de ponta em serviços e comércio. Os melhores restaurantes da cidade, bares da moda, cinemas, shoppings e muitas outras atrações estão bem próximos ao condomínio. O Exclusivité Maison Résidence possui segurança completa de um condomínio fechado e traz ainda um conceito inédito de lazer, com uma sede social extremamente sofisticada. Uma edificação histórica da cidade foi preservada e restaurada para manter viva a cultura da região. A sede social – Maison Exclusivité – é perfeita para receber os amigos em um ambiente completo, com adega, salão de jogos e de festas, mezanino, cozinha e café Maison. O projeto de decoração da Maison Exclusivité é assinado por Débora Aguiar, que procurou deixar o ambiente atrativo com contraste de épocas e estilos para destacar ainda mais as características do empreendimento, que é ao mesmo tempo rústico e moderno. Seu projeto arquitetônico é sua marca. Com a fachada clássica e impo-

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Ilustrações artísticas da sala ampliada (acima) e da fachada do condomínio

nente, o Exclusivité Maison Résidence é único na cidade. Uma forma sofisticada e exclusiva de viver.

Exclusivité Maison Résidence Rua Barão de Miracema, 255 Campos de Goytacazes – RJ Apartamentos modernos de dois ou três quartos, com área útil de 68 a 98 metros quadrados e cuidadosamente planejados para criar ambientes que se integram e garantem conforto e momentos de alegria em família. A churrasqueira na varanda dos apartamentos oferece mais privacidade. Nas áreas comuns, diversão e descanso para todos os gostos e idades. O local da piscina de 20 metros de comprimento, deck molhado, piscina infantil, forno de pizza e churrasqueira possui um paisagismo exuberante. Tudo para permitir o descanso para o corpo e a mente. Sala de estudos, brinquedoteca e playground foram feitos sob medida para que seus filhos também sintam o conceito do Exclusivité Maison Résidence. Spa com sauna e hidromassagem, redário e academia também levam em sua decoração as características do empreendimento que promete dar ainda mais sofisticação para a cidade de Campos.

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Sucesso na Barra

Em apenas cinco horas, 168 salas do Península Office foram vendidas. O bairro carioca comprova seu potencial para os negócios

Ilustração artística da sala de reunião ampliada (acima, à dir.), foto da sala decorada como agência de viagens (ao lado) e do lobby (abaixo)

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ualidade de vida e infra-estrutura já fazem parte do cotidiano dos moradores da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Termômetro fashion da cidade, o bairro tem atraí-do cada vez mais empresas e profissionais liberais que querem unir a tranqüilidade de viver e trabalhar em um mesmo local. Atenta a essa necessidade crescente, a RJZ Cyrela em parceria com a Carvalho Hosken lançaram o primeiro edifício de escritórios da península. Sucesso total. Duas semanas antes do lançamento oficial e, em apenas cinco horas, todas as 168 salas comerciais foram vendidas. Um número grande de clientes em potencial na região representa uma excelente oportunidade para empresas e profissionais que resolverem apostar no empreendimento. O Península Office carrega consigo o know-how que a Cyrela tem conquistado em grandes lançamentos comerciais, como o Faria Lima Financial Center e o Faria Lima Square, em São Paulo, ambos 100% ocupados por grandes empresas já no seu primeiro ano de operações. A exuberância externa e natural da Barra leva mais qualidade de vida ao mundo empresarial. Já do lado de dentro, uma estrutura que favorece aos bons negócios, com amplas e modernas salas de reunião. Espaços de 31 a 41 metros quadrados com junção de 478 metros quadrados. Ou seja, sua empresa, consultório ou escritório pode ter o tamanho sob medida para seu

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negócio. O design da fachada confere imponência e união entre as belezas do local e do edifício. São 12 pavimentos, com vidros que refletem o verde do entorno natural. Próximo a importante centros de compra e lazer, como o BarraShopping e o Via Parque, o Península Office também conta com um projeto de loja de conveniência nos moldes internacionais de funcionamento e serviços. São mais de 1.200 metros quadrados de espaço projetados para a venda de produtos selecionados, sem deixar faltar nada de importante para seu negócio e também para sua vida. Dentro do mesmo complexo, a RJZ Cyrela em parceria com a Carvalho Hosken lançará brevemente o Península Way Residence, com apartamentos de 69 e 90 metros quadrados. Os apartamentos decorados para visita ficam no estande do Barra Experience, localizado na Avenida Via Parque – Barra da Tijuca.

Península Office O Península Office investiu fortemente em segurança. Acessos controlados e monitorados 24 horas por dia, por profissionais experientes e qualificados. Equipamentos de última geração, tecnologia de ponta e rondas periódicas garantem a tranqüilidade dos condôminos. Outro ponto forte é o apoio da Gestão Facilities Office, que significa infra-estrutura, gestão profissional, suporte e manutenção. Serviços que valorizam ainda mais o empreendimento e fazem com que você tenha mais tempo para se dedicar ao que importa: a sua vida e o sucesso nos negócios.

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Ilustração artística da fachada do condomínio comercial (acima) e foto da sala decorada, de 64,08 m2, como clínica dermatológica (ao lado)

4/24/08 5:06:48 AM


Cyrela

Aqui você encontra seu imóvel

Alto estilo em Belo Horizonte Padrão elevado e bons serviços atraem moradores e deixam ainda mais nobre o bairro de Santo Agostinho

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93 C Y R E L A

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A

região Centro-Sul de Belo Horizonte tem ganhado status e também grandes e luxuosos empreendimentos residenciais. O bairro de Santo Agostinho, limitado pelo triângulo formado pelas avenidas Amazonas, Olegário Maciel e do Contorno, é considerado um dos mais nobres da capital mineira. Sede de importantes órgãos públicos como a Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, a sede regional do Banco Central e a Procuradoria do Estado, o bairro possui segurança e tranqüilidade. Santo Agostinho é também a região que abriga o Clube Atlético Mineiro, o Edifício JK e o Hospital Mater Dei, referências na cidade. Em parceria com a Construtora Líder, a Cyrela lança o Grand Lider Felipe dos Santos, um condomínio que oferece conforto e praticidade ampliando ainda mais a comodidade do bairro. A rua que abriga a construção e dá nome ao empreendimento é sinônimo de elegãncia e sofisticação. Próximo ao shopping DiamondMall e as lojas Villa Vittini e a M & Guia – tradicionais grifes da cidade – o morador do Grand Líder tem acesso privilegiado às suas compras. Renomados restaurantes, como a 68 Pizzeria, incrementam a vida noturna do local. E além de diversão e compras, o bairro abriga também importantes centros de ensino como o Colégio Loyola, uma excelente opção de estudo para crian-

Perspectivas ilustrada s do terraço grill (acima) e da quadra de tênis (à dir.)

ças e jovens. Um empreendimento diferenciado, que promete dar ainda mais glamour ao bairro.

Grand Lider Felipe dos Santos Rua Felipe dos Santos, 760 – Santo Agostinho – Belo Horizonte – MG . Tel.: (31) 3335-3877 O condomínio possui três torres residenciais com diferentes opções de metragem. No edifício Vila Rica, apartamentos de 145 metros quadrados com quatro quartos, sendo duas suítes e duas semi-suítes. Na outra torre, a Porto Real, a metragem é de 168 metros quadrados, também com a mesma disposição nas suítes, mas com três a quatro vagas na garagem. O Paço Imperial é a torre que possui os apartamentos mais amplos com 197 metros quadrados, quatro vagas na gara-

gem e também duas suítes e duas semi-suítes. A área de lazer do condomínio é completa. Ducha, deck, cascata, piscina com solarium infantil e adulta, playground e quadra poliesportiva garantem lazer para todas as idades. Área de massagem, praça de convivência, fitness center, sauna e piscina semi-olímpica coberta e aquecida auxiliam nos cuidados com o corpo e a mente. Há também espaços para receber amigos, cada torre possui seu salão de festas próprio com varanda gourmet. Perspectiva ilustrada da piscina solarium adulto e infantil e praça privativa

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Cyrela

Aqui você encontra seu imóvel

Bons negócios em Vitória Capital do Espírito Santo registra economia crescente e forte demanda para empreendimentos comerciais

O

termo taxa de vacância não é familiar para todos. Mas seu conceito é simples. Ele representa a disponibilidade de espaços, sejam eles residenciais ou comerciais. Taxas acima de 10% representam equilíbrio no mercado, quando a oferta e a procura são praticamente iguais. Taxas acima de 15% significam uma oferta maior do que a demanda. Já quando a taxa é abaixo de 8% a demanda se mostra maior do que a oferta. Para se ter uma idéia do mercado promissor de Vitória, a taxa de vacância em prédios comerciais é de 3,56%, ou seja, qualquer empreendimento apresenta risco mínimo de perdas e um altíssimo potencial de retorno. Atenta a essa realidade e pensando em criar um excelente espaço para bons negócios, a Cyrela acaba de lançar o América Centro Empresarial, um verdadeiro complexo para incentivar o crescimento de seus negócios. Ao lado do Parque Pedra da Cebola, o ambiente favorece a qualidade de vida. E todos sabem que quanto mais saudável o local de trabalho mais produtivo ele será. Principal eixo viário da Grande Vitória, a nova avenida Fernando Ferrari, local do América Centro Empresarial, foi escolhido para garantir mais comodidade e conveniência para seu negócio. A proximidade do aeroporto de Vitória e do pólo de desenvolvimento Industrial da Serra amplia os benefícios do local. Sem se esquecer da farta infra-estrutura de comércio e serviços do bairro Jardim da Penha. Serão três Torres, a Norte, a Sul e a Central, todas com a mais alta tecnologia e um excelente padrão de segurança e serviços, com circuito interno de TV com gravação de imagens

digitais, controle de acesso com cartões magnéticos ou biometria e sistema de interfone tipo Maxcom. Com arquitetura moderna e projeto de decoração e paisagismo que seguem as últimas tendências, o América Centro Empresarial é uma oportunidade imperdível para você trabalhar ou investir no grande lançamento imobiliário comercial do Espírito Santo.

Perspectiva ilustrada com sugestão de decoração de uma sala de 70 m2, ambientada como consultoria financeira. Ao lado (foto maior), perspectiva ilustrada das três fachadas do condomínio empresarial

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95 c y r e ­l a

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América Centro Empresarial Avenida Fernando Ferrari, 1080, Mata da Praia – Vitória – ES São várias opções de metragem e salas para diferentes tipos de empresa. Andares corporativos de mais de 680 metros quadrados, com área de circulação no centro e previsão de piso elevado em toda a extensão da sala, possibilitam uma série de layouts para seu escritório. O projeto foi pensado para abrigar desde profissionais liberais até grandes corporações. A Torre Norte terá espaços de 342 metros quadrados. A Torre Sul terá sua área mais voltada para grandes empresas, com áreas de mais de 4,4 mil metros quadrados. Já a Torre Central abrigará as salas com diferentes tamanhos, incluindo as de 70, 73, 86 e 91 metros quadrados e até áreas com 540 metros quadrados. Ou seja, um projeto perfeito para receber sua empresa ou seu investimento.

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Acima, perspectiva ilustrada do andar corporativo, com sugestão de decoração. Sala de 82 m2, ambientada como escritório de comércio exterior

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P A U L O

ALAMEDA MORUMBI

ENTREGA

PINTURA E LIMPEZA

ACABAMENTO

INSTALAÇÃO

FACHADA

VEDAÇÃO

ESTRUTURA

BAIRRO

FUNDAÇÃO

EMPREENDIMENTO S Ã O

PREPARO DO TERRENO

NÚMERO DE DORMITÓRIOS (planta básica)

PREVISÃO DE ENTREGA

Valores em % realizada Morumbi

3e4

ALLORI VILA ROMANA

Vila Romana

100

100

75

ÁPICE SANTANA

Santana

4

100

95

35

ÁPPIA LORENA

Jardins

3e4

10

3e4

BELÍSSIMO

Vila Prudente

CAMAROTTE CAMPO BELO

Campo Belo

4

CENNARIO

Hípica Santo Amaro

CENTRAL PARK MOOCA

Mooca

central park prime

Tatuapé

CHÁCARA DOS PÁSSAROS

São Bernardo do Campo

3e4

Dezembro-10

LANÇAMENTO

4

40

Abril-09

28

Junho-09 Março-10 Dezembro-10

LANÇAMENTO

Dezembro-09

100

12

4

100 100

100

100

100

3e4

89

67

22

11

100

100

100

100

4

100

95

50

5

1

100

100

Maio-08

45

Dellacorte, Fifith Av, The Mark, The Plaza e Lincoln Plaza: Junho/09 Pierre, Madison, The Belvedere e Metropolitan: Junho/10 Agosto/2010 e Agosto/11

LANÇAMENTO 100

100

60

Abril-08

CLUB HOUSE

Santo André

3e4

LANÇAMENTO

Dezembro-10

COLETÂNIA VILA MARIANA

Vila Mariana

4

LANÇAMENTO

Dezembro-10

CONTEMPORÂNEO CAMPO BELO

Campo Belo

3e4

CRISTAL PARQUE ACLIMAÇÃO

Aclimação

4

DOMÍNIO MARAJOARA

Jardim Marajoara

3e4

5

ESSÊNCIA ALPHAVILLE

Alphaville

3e4

95

FIORE GARDÊNIA

Vila Ema

2e3

FLORAE PARQUE DA ACLIMAÇÃO

Aclimação Campinas

4

90

galeria boulevard

3e4

100

GRAND LIFE BOSQUE SAÚDE

Bosque da Saúde

4

GRAND LIFE IPIRANGA

Ipiranga

4

100 50 100

HLI 120

Itaim Bibi

4

HORIZONTES CIDADE UNIVERSITÁRIA

Cidade Universitária

4

HUMANARI

Brooklin

3e4

100

100

Setembro-09

29

Agosto-10

LANÇAMENTO

Setembro/10 e set/11 Novembro-09

20

Dezembro-10

LANÇAMENTO

Outubro-09

100 90

40

15 20

100

100

100

Julho-09 75

80

38

Setembro-08

10

30

Janeiro-10

100

Julho-08

100

90

60

20

1ª Fase: dez/10 2ª Fase: dez/11

LANÇAMENTO 100

100

100

100 78

80

90

80

40

25

Agosto-08 Novembro-10

LES JARDIN CHÁCARA FLORA

Chácara Flora

4

NOVA KLABIN

Chácara Klabin

4

100

100

99

ORNATO MOEMA

Moema

4

100

100

6

PARC EVIAN

Higienópolis

3

100

100

100

PASSEIO BROOKLIN

Brooklin

4

100

60

PATEO POMPEIA

Pompéia

3

100

100

98

PAULISTÂNIA

Brooklin

4

100

100

100

PLATEAU JARDINS

Jardins

4

100

100

100

Podium Vila Leopoldina

Vila Leopoldina

4

LANÇAMENTO

Abril-11

RAÍZES JUQUEHY

Juquehy

4

LANÇAMENTO

Espaços Camubá e Jacarandá: set/09, Espaços Cabreúva, Figueira e Ingá: Março/10, Espaços Jequitibá e Ipê: set/10

REFERENCE KLABIN

Chácara Klabin

4

99

RESERVA JARDIM - TARUMÃ

Jardim Avelino

4

100

98

40

RESERVA JARDIM - GRAVATÁ

Jardim Avelino

4

100

98

20

SARAU PINHEIROS

Pinheiros

4

100

100

100

Soberano Pq. do Ipiranga

Ipiranga

4

LANÇAMENTO

SPLENDIDO

Jardim do Golf

3

LANÇAMENTO

THE CITY

Itaim Bibi

com

100

4

100

THE PARLIAMENT

Pacaembu

VANILLA HOUSE & GARDEN

Alto de Pinheiros

3e4

VARANDA EXPRESSION

2e3

VARANDA PAULISTA

Santa Cecília Paraíso

VARANDA POMPÉIA

LANÇAMENTO

99

100 100

5

Outubro-09 100

100

100

40

100 100

90

45

99

70

85

50

10

100

90

85

90

40

3

Agosto-09 100

100 100

20

100 100

80

Novembro-10

100 100

100

97 100

VENTURA

Santo André

4

95

50

5

VEREDA IPIRANGA

Ipiranga

3e4

100

98

93

81

VERGÊ PERDIZES VERTENTES GRANJA VIAJA

Perdizes

2e3

Granja Viana

98

30

5

10

3

VIA IBIRAPUERA

Ibirapuera

1e2

5

5

VIA PAULISTA HOME STAY

Paraíso

2

100

100

64

35

15

VIE PINHEIROS

Pinheiros

4

100

100

100

100

90

70

100

Maio-08 Dezembro-09

5

53

Novembro-08

35

Outubro-10 Maio-09 Maio-10 Março-09 Novembro-10

LANÇAMENTO 100

Abril-08 Abril-08

Abril-10

LANÇAMENTO

4

97

Dezembro-10

3

Jardim da Saúde

97

Junho-09

100

VIVA COR

Janeiro-09

45

Abril-11

15

Mooca

Julho-09

5

2

Alto de Pinheiros

Março-08

Agosto-09

LANÇAMENTO

10

Abril-08

Dezembro-08

12

20

comercial

90

Sumaré e Pacaembu: set/08 Perdizes: Março/09 Pompéia: Setembro/09

60

Pompéia

VITALE MOOCA

100

15

100

VILLA LOBOS OFFICE PARK

100

Dezembro-09

2e3

4

Abril-09

Agosto-10 100

40

10

3e4

10

Agosto-09

95

Agosto-08

Dezembro-10

LANÇAMENTO

WALK VILA NOVA CONCEIÇÃO

Vila Nova Conceição

4

WIDE GARDEN

Panamby

4

LANÇAMENTO

Novembro-10

WIDE VIEW

Panamby

4

LANÇAMENTO

Novembro-10

96

96-97_TABELA_OBRAS.indd 96

100

100

100

98

60

75

10

97 c y r e ­l a

4/24/08 11:08:18 PM


INSTALAÇÃO

ACABAMENTO

PINTURA E LIMPEZA

ENTREGA

100 100

100

100

100

98

95

95

95

15

Março-08

ATMOSFERA - ESSENCE

Península da Barra

4

100

100

100

100

98

95

95

95

15

Março-08

ATMOSFERA- VERVEINE

Península da Barra

4

100

100

75

85

75

45

Agosto-08

Península da Barra

4

100 100

100

ATMOSFERA - POEME

100

100

100

70

80

70

30

Agosto-08

BARRA FAMILY - LAGUNA BEACH

Barra da Tijuca

2e3

100

100

100

90

95

90

75

30

Agosto-08

BARRA FAMILY - LONG BEACH

Barra da Tijuca

2e3

100

100

100

95

98

95

80

30

Agosto-08

BARRA FAMILY - PALM BEACH

Barra da Tijuca

2e3

100

100

100

90

90

90

70

30

Agosto-08

BARRA FAMILY - SUNSET BEACH

Barra da Tijuca

2e3

100

100

100

90

90

90

85

30

BARRA FAMILY - VENICE BEACH

Barra da Tijuca

2e3

100

100

100

95

10

95

50

BELLE ÉPOQUE - DEGAS

Freguesia

2e3

100

100

20

BELLE ÉPOQUE - MONET

Freguesia

2e3

100

100

30

BELLE ÉPOQUE - RENOIR

Freguesia

2e3

100

100

15

COSMOPOLITAN

Com

100

95

95

Costa Maggiore

Barra da Tijuca Cabo Frio

3e4

FRONT LAKE - LAKE VIEW

Barra da Tijuca

2e3

100

100

60

FRONT LAKE - LAKE VISION

Barra da Tijuca

2e3

100

100

95

GOLF VILLAGE - BLUE

São Conrado

4

100

100

100

100

100

BAIRRO

j a n e i r o

Com

VEDAÇÃO

4

d e

ESTRUTURA

Leblon Península da Barra

EMPREENDIMENTO r i o

FUNDAÇÃO

FACHADA

PREPARO DO TERRENO

ATAULFO CORPORATE ATMOSFERA - AMBIANCE

NÚMERO DE DORMITÓRIOS (planta básica)

PREVISÃO DE ENTREGA

Valores em % realizada Setembro-09

75

10

Agosto-08 Agosto-08

20 30

Outubro-08

15

Outubro-08

Outubro-08

35

Abril-08

10

5

Janeiro-10 Agosto-08

60

45

15

55 LANÇAMENTO

98

Agosto-08 98

85

18 8

Abril-08 Abril-08

GOLF VILLAGE - GREEN

São Conrado

4

100

100

100

100

100

98

98

85

GOLF VILLAGE CASA

São Conrado

4

100

100

100

100

90

98

98

85

Abril-08

LANAI SPA

Barra da Tijuca

2

100

100

100

100

98

95

Abril-08

Barra da Tijuca

4

100 100

100

L. R. DE MONACO - BEAU SOLEIL

100

100

100

70

50

25

5

Outubro-08

L. R. DE MONACO - CAP D'AIL

Barra da Tijuca

4

100

100

100

100

70

50

25

5

Outubro-08

L. R. DE MONACO - CAP MARTIN

Barra da Tijuca

4

100

100

100

100

70

50

25

5

Outubro-08

L. R. DE MONACO - CONDAMINE

Barra da Tijuca

4

100

100

100

100

70

50

25

5

Outubro-08

L. R. DE MONACO - MONTE CARLO

Barra da Tijuca

4

100

100

100

100

70

50

25

5

Outubro-08

L. R. DE MONACO - RIVIERA MARRIOT

Barra da Tijuca

4

100

100

100

100

70

50

25

5

Outubro-08

LE MONDE - HONG KONG 1000 / 2000 / 3000

Barra da Tijuca

Com

100

100

100

100

95

97

97

Abril-08

LE MONDE - LONDRES

Barra da Tijuca

Com

100 100

100

100

50

30

30

15

MAISON LEBLON - CASAS

3

100

100

95

90

90

50

10

Abril-08

3e4

100

100 100

100

MAISON LEBLON - GÓIS

Leblon Leblon

100

100

95

90

90

50

10

Abril-08

Mandai

Cabo Frio

1 ou 2

100

40

RISERVA UNO - BOLZANO

5e6

100

100

80

25

25

Dezembro-08

RISERVA UNO - FIRENZE

Barra da Tijuca Barra da Tijuca

4e5

100

100

70

10

15

Dezembro-08

RISERVA UNO - MILANO

Barra da Tijuca

4e5

100

100

75

20

15

Dezembro-08

RISERVA UNO - ROMA

Barra da Tijuca

5e6

100

100

70

30

20

Dezembro-08

RISERVA UNO - VENEZIA

Barra da Tijuca Península da Barra

4e5

100 35

70 1

10

15

4

100 100

2

SAINT BARTH - FLAMANDS, SAINT JEAN, LE PETIT ANSE SAINT BARTH - LORIENT E GOUVERNEUR

Península da Barra Península da Barra

SAINT MARTIN - MARIGOT, COLE BAY E GRAND CASE SAINT MARTIN - GRAND ILET E SAINT LOUIS

Península da Barra São Cristovão

PAÇO REAL - MIRANTE PAÇO REAL - BOA VISTA

São Cristovão Niterói

UP SIDE ICARAÍ

B a h i a

-

100

100

25

100

100

10

2e3

100 60

90

10

Outubro-08

2e3

50

5

Outubro-08

1e2

100

100

1

Junho-09

3e4 3e4

s a n t o

-

ALDEIA PARQUE CONDOMÍNIO IGUATEMI CAIOBAS

Norte Sul Laranjeiras

GRAND PARC RESIDENTIAL RESORT

Enseada do Suá

Setembro-09

Abril-11

LANÇAMENTO 10

Março-10

v i t ó r i a 3e4 3e4

97

50

45

34

17

30

8

2

a definir

100

100

100

100

85

80

65

30

Agosto-08

4

80

43

2

Março-10

g o i â n i a

RESERVA GRAN PARC

Jardim Goiás

4

SKY LIFE

Setor Bueno

4

g e r a i s

-

b e l o

Abril-10

LANÇAMENTO 50

Maio-10

h o r i z o n t e

GRAND LIDER OLYMPUS COND. 1

Vila da Serra

4e5

85

100

60

20

5

GRAND LIDER OLYMPUS COND. 2

Vila da Serra

4e5

85

100

40

8

1

GRAND LIDER OLYMPUS COND. 3

Vila da Serra

4e5

30

60

10

r i o

Setembro-09

2

s a l v a d o r Alphaville

m i n a s

Abril-10

100

Horto Florestal

-

Dezembro-08 Setembro-09

4

PROVENCE HORTO

g o i á s

Setembro-09

2, 3 e 4 2, 3 e 4

LE PARC

e s p í r i t o

Dezembro-08

g r a n d e

d o

s u l

CONTEMPORÂNEO

Iguatemi

CENNARIO

Jardim Lindóia

PÁTEO LINDÓIA

Tristeza

VARANDA ZONA SUL VIVARE

-

p o r t o 2e3

100

1° fase: Março/09 2° fase: Março/10 3° fase: Março/11

a l e g r e 98

80

80

3

50% LANÇAMENTO

2e3

70

60

Jardim Itália

3

100

95

Praia de Belas

2e3

85

60

50

Janeiro-09 Fevereiro-10 Agosto-09

45

22

Outubro-09 Agosto-09

Referência: Abril/08

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Pontofinal Por Ricardo Galuppo*

O e-mail é o culpado T

rês ou quatro dias depois daquele jantar que havíamos marcado, encontrei meu amigo em um bar da Vila Madalena. Ele me lançou um olhar meio sem graça, como se procurasse uma desculpa para o gesto feio: nos deixara esperando com cara de bobos até que, resignados, nos convencemos de que não apareceria mesmo. Claro que eu não ia brigar. Em São Paulo, o tempo é curto e muita gente assume mais compromissos do que cabem nas 24 horas do dia. Esse tipo de bolo tem-se tornado muito freqüente. O que me espantou foi a desculpa que meu amigo encontrou:“Não recebi o e-mail com o endereço”, disse.“Deve ter se perdido no espaço cibernético.” A menos que meu computador tenha dado para mentir nos últimos tempos, o e-mail havia, sim, chegado ao destino. Mas não fiz caso. O jantar havia sido espetacular e uma boca a mais talvez nos privasse de alguns bocados de prazer.“Deixa para lá”, brinquei. “Sua ausência preencheu uma lacuna...” Me sentei na mesma mesa, tomamos um chope e logo estávamos rindo de outras coisas. Mais tarde, o assunto voltou e não pude deixar de comentar: “Poxa, rapaz, jogar a culpa nas costas do e-mail me fez lembrar do Birosca”. Ele não entendeu, claro. E eu tive de explicar. Birosca era carteiro em Corinto, a cidade do interior de Minas Gerais, onde passei minha infância.Todos os dias, ele descia a rua Dr.Alvarenga com uma bolsa carregada de correspondências. Conhecia a cidade como a palma da mão e nem precisava ler o endereço escrito no envelope, só o nome do destinatário. E era muito bem informado, qualidade apreciadíssima em Corinto, lugar onde, ao contrário de São Paulo, sobra tempo e sempre falta o que fazer. Birosca sempre tinha uma novidade para contar. Foi ele quem descobriu que Jáder estudava desenho por correspondência no Instituto Universal Brasileiro. E foi o primeiro a desconfiar, quando as cartas deixaram de chegar, que aquele rapaz de Sete Lagoas havia terminado o namoro com Aparecida. Birosca sabia de tudo e tinha muito prestígio na cidade até o dia em que começaram a chegar aos ouvidos do chefe do correio reclamações sobre cartas e mais cartas que não chegavam ao destino. O chefe, no princípio, não deu ouvidos.“A senhora tem certeza que a carta foi mesmo mandada? Tem gente que fala que manda e não manda nada”, perguntou certa vez à minha mãe.“Claro, é uma novena do Padre Eustáquio que minha irmã mandou de Belo Horizonte”, foi a resposta que ouviu no tom que minha mãe usava quando não estava brincando.“Será que não dá para ela mandar de novo?” Não

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sei se a reação de minha mãe ajudou, mas o certo é que por aqueles dias o correio resolveu averiguar o que estava acontecendo. Pergunta vai, pergunta vem, aperta daqui, aperta dali, e Birosca acabou admitindo: tinha dias que não estava com vontade de trabalhar e nem toda carta ele entregava. Nos dias mais quentes, sobretudo nas horas mais paradas no meio do dia, ele fazia uma espécie de triagem na correspondência. Sentado sob uma mangueira enorme que havia perto da casa de Arnaud Aguiar, num lugar onde quase ninguém passava, ele sentava e escolhia quem receberia e quem deixaria de receber as cartas. “Essa é para Dr. Raimundo. Não. Dr. Raimundo recebe carta todo dia. Essa não vai fazer falta. Essa outra é para Ramiro. Ah! Nem ler Ramiro sabe. Nem vou entregar para ele não passar vergonha. Essa é para o Sr. Saint Claire. Ele gosta de ler. Essa eu vou levar.” Em Corinto, era Birosca quem decidia quem receberia as cartas. Igual a internet do meu amigo. *Ricardo Galuppo é jornalista, escritor e atende seus amigos de Corinto e os que não são de lá no e-mail: ricardo@linhasgeraes.com.br

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