Rede2020 NESTA EDIÇÃO
GESTÃO • ESTRATÉGIA • MARKETING V O L U M E
♦Bolsas de investigação ♦Conhecimento em rede ♦A Morte do Decano ♦EIBA ♦Aquisições e emprego ♦Revistas em português ♦Recensão
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J U L H O — A G O S T O
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Bolsas de investigação Em mensagem electrónica recebida em Fevereiro passado, a direcção da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), entidade que coordena o financiamento público à investigação em Portugal, informava que uma das suas prioridades era a “introdução de maior previsibilidade e regularidade nos concursos da FCT”. Nesse sentido, informava ainda as datas de concurso para bolsas individuais de mestrado, doutoramento e pós-doutoramento, projectos de investigação e desenvolvimento em todos os domínios científicos, e avaliação e candidatura à constituição de novas unidades de investigação. Na data de encerramento deste número da Rede2020 terminaram já as candidaturas às bolsas individuais, estando previsto que as candidaturas de projectos terminem em 31 de Julho. A avaliação das unidades terá início em Setembro, enquanto as pré-candidaturas à constituição de nonas unidades terá lugar entre Novembro de 2006 e Janeiro de 2007. As bolsas individuais deverão ter início em Janeiro de 2007, “podendo em casos verdadeiramente excepcionais ter início ainda durante 2006”. Pesquisando o sítio da FCT na internet fica-se ainda a saber que os painéis de avaliação das bolsas estão organizados em 34 áreas científicas. A economia e a gestão surgem agregadas na mesma área, sendo o painel constituído pelos seguintes membros: José Luís Cardoso que coordena o painel; Alberto João Coraceiro de Castro; Álvaro Pinto Coelho Aguiar;
The Cotton Exchange in New Orleans Degas Auto-RetratoEdgar num Grupo 1873 Almada Negreiros 1925
Helena Maria Sousa Lopes; Isabel Horta Correia; João Sousa Andrade; José Joaquim Dinis Reis; Luís Manuel Mota de Castro; Mário Rui Miranda Gomes Páscoa; Steffen Hoernig; e Vitor Gonçalves. Através de um breve guião sobre a avaliação da pesquisa disponível no sítio da FCT ficase também a saber como decorre o processo : “Numa primeira fase o processo de avaliação é realizado electronicamente, (on-line), devendo os avaliadores preencher uma ficha de avaliação para cada candidatura que lhe foi atribuída. A segunda fase do processo de avaliação envolve uma reunião dos peritos de cada Painel de Avaliação com o respectivo Coordenador, no decorrer da qual é elaborada a ficha de avaliação final de cada candidatura.” Logo a seguir, o guião informa que “dada a competição muito forte pelo acesso a bolsas
e a necessidade de adequar os procedimentos ao Código de Procedimento Administrativo, é necessário assegurar uma justificação das classificações atribuídas, não sendo correntemente aceites, em casos contenciosos, apenas a classificação numérica ou comentários standard do tipo «prejudicado em mérito relativo»”. Neste guião nota-se ainda uma preocupação adicional com o estabelecimento de “procedimentos específicos” de avaliação através da definição de um sistema de pontuação. Nada se diz sobre a data de publicitação dos resultados mas vários candidatos contactados pela Rede2020 admitem que esses resultados possam ser conhecidos em Setembro. Fundação para a Ciência e a Tecnologia
www.fct.mces.pt
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INVESTIGAÇÃO
Conhecimento em rede na indústria têxtil e do vestuário portuguesa O conhecimento constitui uma fonte de vantagem competitiva. Gerir o conhecimento envolve quatro actividades – codificação, criação, transferência e armazenamento – e seis características: subjectividade, transferência, sedimentação, auto– valorização, perecibilidade e espontaneidade. A subjectividade do conhecimento resulta da existência de ambiguidade e múltiplas interpretações a que ele é sujeito na organização. Para compreender de que forma a subjectividade é combatida, podem identificar-se os receptores de conhecimento e as formas como ele é distribuído entre actores de forma a reduzir a sua ambiguidade. É importante, por exemplo, identificar a existência de equipas multi–funcionais; quem realiza a comunicação; se esta é efectuada formal e/ou informalmente; e se é biunívoca. No que respeita à transferência e sedimentação é relevante compreender a forma de armazenamento e partilha do conhecimento e o modo como fluí o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. Nestas características é indispensável reconhecer as diferentes formas de disseminação como, por exemplo, o uso de tecnologias de informação, participação em feiras, seminários, participação em projectos de investigação e desenvolvimento, e criação de comunidades que facilitem a partilha do conhecimento. A auto–valorização decorre do facto do conhecimento poder ser sujeito a valorização contínua, minimizando o risco da sua perecibilidade. Para compreender esta característica podem identificar-se formas de armazenamento, partilha e disseminação do conhecimento tácito e explícito num contexto de redes de conhecimento. A perecibilidade resulta da depreciação a que o conhecimento fica sujeito com o tempo, ao ponto de poder tornar-se obsoleto. Nesta situação torna-se essencial identificar a existência de uma comunidade que capture o conhecimento, vantagens em cooperar em rede e identificar quem cria e transfere o conhecimento de forma a maximizar a sua valorização e minimizar os riscos de perecibilidade. Por último, a espontaneidade resulta do facto da criação do conhecimento nem sempre poder ser planeada e surgir de forma espontânea na organização. Neste sentido, o conhecimento surge de forma genuína, pela interacção entre as pessoas, pelo convívio entre os indivíduos, através da troca de ideias entre os membros de uma ou várias organizações, mecanismos estes que interessa também compreender. As actividades e características do conhecimento foram estudadas empiricamente junto de oito actores institucionais da indústria têxtil e do
vestuário portuguesa. Com o objectivo de observar as características identificadas e compreender de que forma os oito actores estudados codificam, criam, transferem e armazenam conhecimento, foram estudadas as relações diádicas existentes entre o Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário (CITEVE) e cada um dos seguintes sete actores institucionais: Associação dos Centros Tecnológicos de Portugal; Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal; Centro de Estudos Têxteis Aplicados; Centro de Formação Profissional da Indústria de Vestuário e Confecção; Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil; Universidade da Beira Interior; e Universidade do Minho. Metodologicamente foram definidas três unidades de análise – organização, relação diádica, rede focal – tendo-se analisado cada uma das oitos organizações objecto de estudo, sete relações diádicas (as relações estabelecidas pelo CITEVE com cada uma das restantes sete organizações) e a rede focal em torno do CITEVE constituída por este conjunto de oito organizações. Adoptou-se uma abordagem qualitativa em que se analisaram documentos das várias organizações e se efectuaram, em dois períodos de tempo distintos, um total de 19 entrevistas. O estudo mostra que as relações diádicas e a cooperação em rede são importantes para obter valor acrescentado na criação e na transferência do conhecimento. A cooperação entre os actores institucionais estudados é reforçada pela proximidade física e/ou institucional entre eles e pela criação de centros de conhecimento como, por exemplo, a escola tecnológica do têxtil. Através da articulação de várias actividades de gestão do conhecimento, a rede estudada procura concentrar saberes complementares e multidisciplinares no sentido de promover conhecimento tácito e explícito, e contribuir para desenvolver a inovação na indústria têxtil e do vestuário portuguesa.
Vasco Eiriz é Professor Auxiliar da Universidade do Minho.
Vasco Eiriz Universidade do Minho Miguel Gonçalves Instituto de Emprego e Formação Profissional
“as relações diádicas e a cooperação em rede são importantes para obter valor acrescentado na criação e na transferência do conhecimento”
Miguel Gonçalves é Técnico Superior do Instituto de Emprego e Formação Profissional.
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LEITURAS A Morte do Decano Gonzalo Torrente Ballester Editorial Caminho, Lisboa, 1993
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As suas férias em almansil.blogspot.com
ISBN: 9722108530
“Numa cidade universitária galega, um professor aparece morto em circunstâncias que levam a pensar num assassinato. Todas essas circunstâncias apontam para um criminoso - o discípulo dilecto da vítima -, e para uma caracterização precisa do acontecimento o crime passional. Mas... as coisas nem sempre são o que parecem. Quantas vezes o sucesso exterior esconde o fracasso íntimo, a timidez, a coragem, a fealdade, a beleza?”
Apartamento localizado no Algarve em aldeamento turístico de referência. Tratase de T1 com 2 casas de banho, 1 “kitchenete”, 1 quarto (aprox. 16 m2) com vestuário, 1 sala (aprox. 20 m2) e 2 varandas. O apartamento é servido por uma arrecadação e terraço individual. Está equipado com máquina de lavar roupa, frigorífico, fogão e forno eléctrico, e termoacumulador. O apartamento é ainda servido por piscina colectiva e encontra-se à distância de 15 minutos a pé da praia. Ideal para casal com crianças ou para quatro adultos. Disponível por períodos mínimos de 5 noites, sem serventias. Mais detalhes em www.almansil.blogspot.com.
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COMUNIDADES
European International Business Association “The European International Business Academy was founded in 1974 under the auspices of the European Foundation for Management Development (efmd) and in close cooperation with the European Institute for Advanced Studies in Management (EIASM). The Academy is a professional society for academics and practitioners with an interest in the growing field of International Business. It is distinct from many other associations in that members come from a wide variety of disciplines and functional backgrounds and share the common purpose of using the international context to cross the intellectual boundaries that so typically divide institutions of higher education. The aim of EIBA is to serve as the core communication network for disseminating information and promoting international exchange in the field of International Business. EIBA membership is open to individuals both from Europe and elsewhere. At present, the Academy has more than 300 members from 30 different countries on all five continents. EIBA organises an Annual Conference, which is hosted each year by a major Euro-
pean university. As a pre-conference activity, a Doctoral Tutorial for PhD-students is organised. The Gunnar Hedlund Award for best doctoral dissertation and the Copenhagen Prize for the best paper written by a young scholar in International Business are awarded at the Annual Conference. International Business Review is the official journal of EIBA. Published six times a year, the journal provides a forum for academics and professionals to share the latest developments and advances in knowledge and practice of international business. It is edited by Pervez Ghauri, Manchester School of Management, UMIST, UK.” European International Business Association www.eiba-online.org
Logótipo da European International Business Academy
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ANÁLISE
Aquisições e emprego Os recentes anúncios de ofertas públicas de aqusição (OPAs) por parte da Sonae e do BCP sobre a Portugal Telecom e o BPI, respectivamente, suscitaram movimentações e comentários vários por parte das comissões de trabalhadores das empresas a adquirir. Estranhamente, ou talvez não, os trabalhadores das empresas adquirentes não fizeram eco nos meios de comunicação social dos seus receios ou satisfação. Mas afinal, o que justifica tão diferenciado comportamento? Centrando a análise em operações que envolvem mudança no controlo da empresa adquirida, vários estudos e teorias têm demonstrado que estas operações tendem a ter um efeito positivo no desempenho económico das empresas, gerando ganhos de produtividade e redução de custos de produção. As OPAs e outras operações de fusão ou aquisição são pois associadas a um mecanismo eficaz de reorganização e reestruturação da actividade económica, possibilitando às empresas aceder a diferentes recursos e a reafectá-los para usos mais eficientes e geridos por melhor gestores. Estes ganhos de produtividade são, num número elevado de casos, obtidos à custa da redução no número de trabalhadores. Daí ser compreensível a reacção das comissões de trabalhadores. O impacto de uma OPA no volume de emprego está no entanto dependente do tipo de complementaridades entre as empresas envolvidas, da percentagem de capital adquirida, e da motivação para o lançamento deste tipo de operação. Os dois casos em análise (Sonae-Portugal Telecom e BCP-BPI) parecem evidenciar diferentes motivações e complementaridades entre as empresas envolvidas. No primeiro caso, a OPA parece ter motivos disciplinadores no sentido em que se invoca a capacidade e qualidade de gestão da empresa adquirente para a transferência do controlo de activos/ recursos da actual equipe de gestão para gestores tidos como mais diligentes e talentosos. No segundo caso, a motivação parece estar alicerçada na posição de mercado que é possível alcançar após a OPA. A complementaridade entre as empresas envolvidas é uma outra clara distinção entre estes dois casos. Naturalmente, é de esperar impactos diferenciados no volume de emprego decorrente da anulação de eventuais duplicações de recursos.
Mas nem todos os impactos serão negativos. As empresas que experimentam este tipo de operações tendem a registar uma melhoria na qualidade do capital humano, aferida através do aumento da experiência e qualificação média dos trabalhadores. Isto significa que mais do que olhar para o número total de trabalhadores após a OPA, interessa-nos perceber de que forma a reorganização de recursos se manifesta numa alteração positiva na composição (i. e. tipo de trabalhadores) do volume de emprego. Na verdade, vários estudos revelam que as operações de fusão e aquisição entre empresas promovem uma melhoria na qualificação e nível de escolaridade média dos trabalhadores. Este é um efeito que, do ponto de vista económico, não deverá ser negligenciado, mesmo podendo ser acompanhado por redução do volume de emprego. O efeito ao nível da composição dos trabalhadores justifica, por outro lado, as diferentes reacções dos trabalhadores da empresa adquirente e da empresa a adquirir. Na verdade, é de esperar que a empresa adquirente entenda que é mais eficiente na gestão de recursos do que a empresa a adquirir. Como tal, a composição da sua força de trabalho estará ajustada à actividade que desenvolve, não sendo expectável alterações significativas. Contudo, o que verdadeiramente justifica as diferentes reacções é a ausência de vínculos relacionais entre os novos gestores e os trabalhadores da empresa a adquirir. Esta ausência facilita a renegociação de condições implícitas nos contratos de trabalhos e a anulação de expectativas a elas associadas. Os trabalhadores receiam mais a "quebra de confiança" entre eles e a nova equipe de gestão do que o impacto no volume de emprego. Ora, os trabalhadores da empresa adquirente não registam (pelo menos pela via da OPA) essa quebra de confiança o que os coloca numa posição menos vulnerável do que os trabalhadores da empresa a adquirir.
Natália Barbosa é Professora Auxiliar no Departamento de Economia da Universidade do Minho. É Ph.D. in Economics pela The University of Manchester, Reino Unido. As suas áreas de interesse são dinâmica empresarial e investimento directo estrangeiro. Para além de artigos de divulgação que versam estes tópicos, tem trabalhos publicados em revistas científicas internacionais.
Natália Barbosa Universidade do Minho
“As OPAs e outras operações de fusão ou aquisição são pois associadas a um mecanismo eficaz de reorganização e reestruturação da actividade económica, possibilitando às empresas aceder a diferentes recursos e a reafectá-los para usos mais eficientes e geridos por melhor gestores”
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RECURSOS
Algumas revistas em português Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, editada em conjunto pelo ISCTE e FGV
www.iscte.pt
Revista de Administração Contemporânea, editada pela ANPAD
www.anpad.org.br
Contabilidade e Gestão, editada pela CTOC
www.ctoc.pt
Revista de Administração de Empresas, editada pela FGV
www.rae.com.br
Estudos de Gestão, editada pela UTL/ISEG
www.iseg.utl.pt
Conhece outras revistas de gestão ou áreas afins editadas em português? Então faça a sua análise e envie-nos para publicação.
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Bolsa de Investigação Encontra-se aberto concurso para atribuição de uma Bolsa de Investigação no âmbito do Projecto POCI/ EGE/56937/2004, designado por Capacidades Heterogéneas e Dinâmica Industrial, co-financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pelo FEDER através do Programa Operacional Ciência e Inovação 2010. As candidaturas deverão ser enviadas por correio entre os dias 14 de Junho a 14 de Julho de 2006 para: Universidade do Minho, Escola de Economia e Gestão, Prof.ª Natália Barbosa, Gualtar, 4710-057 Braga. O edital e informação complementar em www.astrolabium.pt
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LEITURAS
Gender and Entrepreneurship — An Ethnographic Approach Attila Bruni, Silvia Gherardi e Barbara Poggio Routledge, New York, 2005 ISNB: 0-415-35228-2
Imbuídas de uma perspectiva crítica sobre as relações de género e a actividade empreendedora, as autoras propõem-se analisar o entrecruzar das práticas sociais, sempre contextualizadas, que dão forma aos discursos de e sobre homens e mulheres empreendedores. Os três primeiros capítulos surgem como um ousado convite ao leitor para se descolar de uma lógica de análise puramente económico-racional e de uma visão essencialista e/ou psicológica, muitas vezes presente nos estudos sobre ambas as problemáticas abordadas, e mergulhar conceptualmente na construção do género como prática social levada a cabo por homens e mulheres num dado domínio discursivo, o de uma mentalidade empreendedora assente numa masculinidade hegemónica, que molda as suas acções e os seus discursos. Muito críticas em relação à literatura sobre mulheres empreendedoras, que na sua maioria contribuiu para tornar invisível e legitimar a masculinidade inerente ao discurso empreendedor, Attila, Silvia e Barbara defendem que o trabalho de investigação se deve centrar nas formas verbais do pensar e fazer género e do pensar e fazer empreendedorismo e nas suas interligações recíprocas no contexto da cultura empresarial. É a partir do capítulo 3 que a etnografia episódica, raramente usada na investigação em gestão, surge como proposta metodológica ideal para analisar o género e o empreendedorismo como práticas contextualizadas. Para o efeito, o leitor é introduzido no seio de cinco pequenas empresas italianas onde lhe é evidenciado como os diferentes actores organizacionais fazem género e empreendedorismo, descolando-se entre estes dois espaços simbólicos em função da suas utilidades pessoal, profissio-
nal ou organizacional. A pertinência deste método de investigação reside no facto de nos ajudar a compreender como as pessoas in loco se apropriam e transformam os discursos sociais sobre o ser homem, ser mulher e ser empreendedor, como se de peças de roupa se tratassem, para se relacionarem com o outro (ex. colaboradores, supervisores, clientes) e se (re)definirem no universo empresarial. Para finalizar, este é um livro que não nos fornece receitas quanto a estratégias a adoptar no que concerne à emergência e melhoria da acção empreendedora ou que se centraliza, pela defesa ou negação, na diferença entre homens e mulheres empreendedores, de modo a neutralizar a presença referencial dos primeiros ou a explicar a legitimidade das segundas para ocupar tal posição. Este sim é um livro sobre as ambiguidades e contradições nas práticas discursivas que moldam as nossas interacções profissionais e organizacionais, raramente consideradas na lógica racional das teorias de gestão, e cuja compreensão, nos impulsiona a procurar discursos alternativos de fazer que não se pautem por uma hierarquia assimétrica dos géneros e por uma recusa e marginalização de outros modos de fazer empreendedorismo. Emília Fernandes Universidade do Minho
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Rede2020 G • ESTRATÉGIA • MARKETING GESTÃO ESTÃO • ESTRATÉGIA • MARKETING
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Edição
Vasco Eiriz, vasco.eiriz@gmail.com www.eeg.uminho.pt/gestao/veiriz
Empreender
www.empreender.blogspot.com
Contribuíram para este número
EMÍLIA FERNANDES Assistente
da
Univer sidade
do
Minho .
Email:
mifernandes@eeg.uminho.pt
MIGUEL GONÇALVES Técnico Superior do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Email: miguelfgoncalves@mail.telepac.pt
NATÁLIA BARBOSA Professora Auxiliar da Universidade do Minho. Email: natbar@eeg.uminho.pt
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