seja água
Desde o início da civilização, as águas guiam nossos caminhos. Das nascentes que descem as serras em direção ao mar, esculpindo relevos e histórias, as cidades foram surgindo em torno dos rios e novas vidas foram sendo construídas ali. Da pesca para o sustento, da água para beber, dos casamentos à beira rio, dos banhos refrescantes. A água foi (e é) sustento, modo de vida, ponto de encontro, protagonista e paisagem. Nós que passamos por onde o rio passa e não o contrário. Se pegarmos esse trajeto, a composição da água, o relevo, a sociedade que vive no entorno, quantas histórias um rio pode
contar? Essa é a reflexão que o I Festival das Águas do Espírito Santo se propõe a fazer. Até o dia 21 de dezembro, você confere no site festdasaguas.com.br os 10 filmes selecionados que trazem a tona a reflexão sobre a água. Em 2023, nosso encontro será presencial em Vargem Alta para discutir e refletir sobre a importância das águas, em especial da Bacia do Rio Itapemirim.
Vem com a gente!
Sobre a MoStra
Até 21 de dezembro, nossa Mostra Competitiva fica no ar pelo site festdasaguas.com.br . São 10 filmes selecionados pela nossa Curadoria e que vão ser avaliados por um júri técnico. Vindos de diversas partes do Brasil, as obras audiovisuais exploram diferentes visões sobre as águas e despertam o olhar para a preservação.
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audiodescrição
De Grilo
Experimental, 02min40s, PE, 2021
Em 1975, uma tempestade desabou sobre a cidade de Recife, Capital de Pernambuco. Os danos causados por esta cheia foram registrados em super 8 amador e só agora restaurados e digitalizados.
A Barca
De Nilton Resende
Ficção, 19min02s, AL, 2020
Na noite de Natal, duas mulheres solitárias dialogam numa barca que desliza sobre as águas de uma lagoa escura e gelada. Um acontecimento inesperado marcará o término dessa travessia. Baseado no conto “Natal na Barca”, de Lygia Fagundes Telles.
A Terra das Muitas Águas
De Catu Rizo
Ficção, 20min11s, RJ, 2020
Nina está preparando uma viagem com sua melhor amiga, Luana. Dias antes, começa a ter sonhos que fabulam sobre o rio MeritiPavuna, reacendendo sua memória com as águas doce de sua cidade.
Aluísio, o Silêncio e o Mar
De Luiz Carlos Vasconcelos
Ficção, 18min38s, PB, 2022
O silêncio dos dias embala a vida solitária de Aluísio. Das águas que trouxeram a perda de seu filho Josias, o encontro com Jonas, desmaiado e ferido. Sob o olhar constante do mar, do encontro inesperado, o início de uma relação de desejo e mistério por entre as areias da praia deserta.
Andarinapor uma terra inventada
De Isabella Atayde Henrique, Maria Miranda, Simone Veloso e Diego Zanotti
Experimental, 15min01s, MG, 2021
Imersas no isolamento social, 11 mulheres fiandeiras, tecelãs e bordadeiras do Vale do Rio Urucuia e Carinhanha
criam um pedaço de terra inventada, uma tessitura sonora que percorre distâncias enquanto um mapa é bordado.
Presenças que firmam o território como um espaço de força real e simbólica contra a mono-cultura que assola a região.
lavadeiras do Rio Acaraú transformam a embarcação em nave de condução
De Kulumym-Açu
Documentário, 13min08seg, CE, 2022
A memória como o correr das águas do rio conta a história onde o esfregar e o voar fazem parte do mesmo gesto coletivo.
As
Baía
De Clementino Júnior
Documentário, 12min53s, RJ, 2020
A degradação da Baía de Sepetiba, vista do bairro homônimo no Rio de Janeiro, pelos olhos e poesia de um dos mais antigos pescadores da região.
Fragmentos de Gondwana
De Adalberto Oliveira
Documentário, 17min49s, PE, 2021
Problemas antigos são expostos após o impacto do Óleo em Suape - PE, somando com o contexto atual em que o Brasil vive.
Marés
De Thaís Helena Leite
Documentário, 13min55s, ES, 2022
Marés (2022) é um documentário que tem o relato de vivências e memórias de três pescadores, Adão, Pepeu e de Baianinho e de um dos últimos carpinteiros navais da capital do Espírito Santo, seu Zé Adega; intercalado com a história de um “monstro marinho” que apareceu na Baía de Vitória em 1984, contada com animação. Como todas as histórias de pescador: é tudo verdade.
Novos Ribeirinhos
De Mailson Vieira
Documentário, 18min19s, SP, 2022
Em meio à Serra do Mar e o Planalto paulista, está localizado o distrito de São Bernardo do Campo conhecido como Riacho Grande. Embora inseridos na região metropolitana de São Paulo, conhecemos pessoas e trajetórias simples de vida que se entrelaçam e compõem um retrato poético da região, das suas relações com a natureza e as reservas de mananciais que se mostram importantes no seu cotidiano. A partir de emocionantes relatos pessoais podemos compreender o quanto a natureza local atravessa as suas identidades e os faz felizes.
CURADORIA
Marcos Reigota
Marcos Reigota é pesquisador do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta de Portugal. Foi pesquisador do CNPq. Doutor pela Universidade Católica de Louvain (Bélgica), é autor de, entre outros livros, “A Floresta e a Escola: Por uma Educação Ambiental Pós-moderna” e (Com Bárbara Heliodora do Prado) “Educação Ambiental: Utopia e Práxis”.
Solange Alboreda
Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. É engenheira sanitarista, mestre em engenharia ambiental pela UNICAMP. Defendeu tese sobre Cinema Ambiental na América Latina. Participa do grupo de estudos “Comunicação e Cultura: Barroco e Mestiçagem”, da PUC/SP. Exerce atividades de curadoria, consultoria e júri em mostras e festivais. Publica artigos em revistas e livros sobre cinema ambiental. Idealizadora da Rede Latino Americana de Cinema Ambiental. É animadora sociocultural no Sesc-SP.
Tetê Mattos
Niteroiense, é doutora em Comunicação (UERJ/2018) e professora do Departamento de Arte da UFF desde 1998. Documentarista, dirigiu “Era Araribóia um Astronauta?” (1998), “A Maldita” (2007), “Fantasias de Papel” (2015) e o longa “A Maldita” (2019), exibido no Canal Brasil. Exerce atividades de curadoria, consultoria e júri em mostras e festivais audiovisuais.
Desde os anos 2000, Ursula Dart atua em cursos de formação, desenvolvimento, escrita e produção de projetos autorais e comerciais, ocupando as funções de produtora executiva, diretora e diretora de fotografia. É Mestra em Comunicação e Territorialidades (UFES), bacharel em Direito e conta com um Máster em Documentário de Criação pela UAB/Espanha. É sócia da Ladart Filmes, produtora independente sediada na ilha de Vitória onde, entre seus trabalhos mais recentes como diretora, está o documentário Ecos da Terra.
JÚRI TÉCNICO
NATÁLIA DORNELAS
Natália Dornelas é cineasta, atua sobretudo como montadora e técnica de som direto em longas, curtas-metragens e webséries. Bacharel em Cinema e Audiovisual pela UFES e Radialista pelo Ceet Vasco Coutinho, é uma das fundadoras do coletivo Remonta Audiovisual, que realiza ações de formação em cinema e audiovisual para mulheres, pessoas transgênero e não-bináries. Atualmente, está em pós-produção de seu primeiro curta-metragem de ficção “Sola”.
SARA PASSABON AMORIM
Produtora cultural; Pesquisadora e diretora teatral. Dedicase a formação e a assessorias artísticas e culturais de forma multidisciplinar. Mestrado e Doutorado em Artes Cênicas na Unirio (PPGAC/UNIRIO), e na UEM - Universidade Eduardo Mondlane - Moçambique. Pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades (PÓSCOM/ UFES).
na Filmes Fritos, produtora independente de Vitória-ES.
Estarei Lá, financiado pela Secult-ES.
Ficha Técnica Caju Produções
Direção Geral Tânia Silva
Financeiro e Administrativo Matheus Moretti
Vinicius Rodrigues da Silva
Produção Executiva
Fernanda Bellumat
Produção
Julia Silva
Núcleo Audiovisual
Melina Leal Galante
Núcleo Bate-papos
Virgínia Casé
Vitor Grolla
Coordenação de Comunicação
Ricardo Aiolfi
Redes Sociais
Tereza Dantas
Artista Gráfico
Elielton Oliveira
Identidade Visual
Wilson Ferreira
Gráfica
GSA
Tiragem 300