DO CINEMA NTO E V ITO SA AL DE T FESTIVIOR DO ESPÍR INTER
muqui 2018
www.FECIN.com.br
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7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo
MEMÓRIA DA COR Que cor tinham as coisas? O que da cor do dia fica impregnado na sua retina? Se acumula na sua memória? Qual a relação das cores com a memória do povo e de seu patrimônio? Qual a relação da cor com o cinema e com as artes? A cor expressa, impressiona e desperta sentidos em espetáculos, efervescências e transcendências. A cor nasce em movimentos, manifestações, construções, narrativas e sensações. Tá na pele, na memória, no olhar, na parede, na fachada, no sorriso, na fotografia. A memória do passado visual arquitetônico de Muqui mescla-se com as cores e multiplicidades da cultura popular: o Boi pintadinho e a Folia de Reis. A memória do passado visual arquitetônico de Muqui, mescla-se com as cores e
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multiplicidades da cultura popular: o Boi pintadinho e a Folia de Reis, manifestações culturais e folclóricas tradicionais do município. Tudo isso se ressignifica com o olhar de quem chega na cidade, participa, integra e se apaixona por essa cultura de cores. O interior será sempre o nosso tema infinito: as intervenções, as invenções, independências, integrações, inquietações… Inspirado em trabalhos desenvolvidos pela artista multimídia Monica Nitz (ES), a sétima edição do FECIN reflete sobre a memória da cor, tema que ilustra não apenas a identidade visual do evento, como as ações de intercâmbio cultural protagonizadas por artistas e jovens em uma atividade de imersão no cinema que evidencia Muqui, seu patrimônio, a memória e as características socioculturais do município.
Memรณria da cor
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Memória da cor
APRESENTAÇÃO Como as sete cores do arco-íris, o FECIN chega à sua 7ª edição quase como um fenômeno óptico: a luz da tela ilumina praças e ruas e faz os olhos brilharem. É AUDIOVISUAL! Um espetáculo de som, luz e efeito. Estendemos nosso olhar para a cidade, para o cinema e as relações entre eles. Chegar até aqui não foi fácil. O FECIN é o único festival de cinema do interior do Espírito Santo realizado em sítios históricos preocupado em formar público e democratizar a cultura através da difusão de obras audiovisuais brasileiras e estrangeiras, promovendo diálogos e formações. Cada uma das últimas seis edições trouxeram experiências e vivências incríveis capazes de amadurecer o pensamento de sua realização e a potência da produção independente abordando temas tão importantes como o patrimônio, a diversidade cultural e as memórias do interior com suas correlações com o cinema e o cotidiano da cidade. Vem acender com a gente a luz do cinema, multiplicar e compartilhar sonhos com a gente nesta nova edição, cheia de amor, contrastes e cores?
Léo Alves, direção de programação do FECIN 2018
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MUQUI DE TODAS AS CORES Muqui é uma pequena cidade histórica do interior do Espírito Santo localizada em meio a majestosas formações montanhosas. Além das abundantes belezas naturais, o lugar tem história preservada pelo acervo arquitetônico. Entre as antigas construções que revelam um período do império do café estão casarões, sobrados e palacetes espalhados por todos os cantos. O cenário local se mantém no cotidiano interiorano da cidade, que durante o ano mantém também as tradições culturais populares das Folias de Reis e dos Bois Pintadinhos, expressões do povo local que fortalecem a identidade e revelam um Espírito Santo diversificado, características ainda pouco exaltadas no próprio país. O Espírito Santo está sempre investindo na busca da sua identidade e se descobrindo. A cultura capixaba, como o de todo o Brasil, possui vertentes visuais, sonoras e cognitivas, geram e afirmam símbolos, que passam pelo imaginário popular e coletivo, e ao mesmo tempo, pela memória afetiva. Mescla do povo português, africano, italiano e san-marinense Muqui é palco de intercâmbios
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artísticos desde que nasceu, em 1850. Pra cá vieram pintores italianos responsáveis por incríveis obras nas igrejas e palacetes da cidade, filmes estrangeiros exibidos no antigo cinema, arquitetos que imprimiram características neoclássicas e músicos que embalaram saraus nos palacetes da cidade, onde a gente ainda pode encontrar dezenas de pianos centenários, herança da ostentação daquela época. Atualmente, o intercâmbio é provocado, dentre outras formas, através do turismo cultural e das reflexões e vivências estimuladas pelo FECIN dentro do contexto da economia criativa. Passado, presente, cultura popular brasileira, interior, patrimônio (material e imaterial) e memória estão sempre associados ao FECIN, sejam em ações culturais da programação ou nas mostras audiovisuais competitivas que abrem uma janela de representações de seus cineastas. A urbanização da cidade conta com uma arquitetura arrojada em tons de neoclassicismo com linguagem eclética, onde é possível encontrar diversos elementos da arquitetura clássica, art nouveau e art decor. As construções das décadas de 20 e 30 se destacam pelas fachadas decoradas com elementos florais e varandas laterais com pinturas de temas de paisagens naturais.
Memória da cor As tradições, as miscigenações e a riqueza histórica, visual e artística desta pequena jóia rara de apenas 14 mil habitantes, é o local escolhido pelos próprios artistas locais para criação de um festival de cinema. Criado em 2012 por jovens criativos da cidade, o festival, que sempre é temático, exibe em praça pública e nos arredores da antiga
estação ferroviária do município, filmes de curta metragem de todo o mundo. Além das mostras competitivas, que concorrem ao troféu “Catraca” (uma alusão ao hábito interior de pedalar - a bicicleta é o ícone do evento) o festival promove oficinas de cinema com jovens da cidade além de bate-papos e vivências artísticas
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MUQUI: DO PRETO E BRANCO ÀS CORES
Ériton Berçaco Quando as ruas de Paris tropeçavam poesia nos poemas de Baudelaire, Muqui ainda era o Arraial dos Lagartos. Quando os olhares parnasianos dedilhavam poemas via-lácteos de Bilac, e a melodia aveludada violava os poemas sonoros do simbolismo, Muqui se lançava à condição de cidade. Mas, foi mesmo à beira da primeira Guerra Mundial, em 1912, quando espocavam no céu europeu as vanguardas artísticas, e quando o cinema reivindicava sua independência, é que a cidade foi emancipada. No mesmo ano nascia Mazzaroppi, Luiz Gonzaga e Nelson Rodrigues, ícones, cada um na sua arte, do cinema nacional. Neste ano, também, o mundo teve notícia de um naufrágio famoso: o do Titanic, que também inspirou a maior das indústrias do cinema de massa: Hollywood. No Espírito Santo, era o café conilon que começava a surgir para se tornar produto maior de suas exportações, e aromatizar cafeterias do mundo todo.
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Memória da cor
A CIDADE DA IMAGEM Os canteiros, fachadas de casas antigas, ruas de paralelepípedo, casebres, palacetes e paisagem bucólica dão a Muqui uma atmosfera cinematográfica, lúdica, que inspira arte. Cultura afro, italiana, portuguesa, tupi-guarani, árabe, tecem cores da pequena Muqui e metamorfoseiam os rostos brasileiros desse recanto capixaba. A cidade, cortada por trilhos de uma antiga estrada de ferro também já teve cinema, duas salas que funcionaram em épocas diferentes, mas que sucumbiram com a chegada da TV. Aliás, a TV, em Muqui, unia amigos, boêmios, donas de casa, na praça central da cidade, quando – nos idos dos anos 80 ou 90 – tiveram a ideia de colocar uma grande TV em espaço público. A ideia da TV individualizando as pessoas, ensimesmadas em casa, não era compatível com o que se via em Muqui neste período. Muqui, há muito, tem sido inspiração para ensaios e registros das artes que direta ou metaforicamente têm a imagem como veículo de suas projeções: ensaios fotográficos, telas de artistas plásticos, imagens projetadas em poemas e textos históricos. Todo esse legado e influências integram incursões pela imagem da cidade e sobre a mesma. Desde os anos 2000, a cidade e seus personagens inspiraram documentários e ficções feitas por jovens do município, ganhando visibilidade dentro e fora do país.
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qual e a sua janela?
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A C N I O A N T A R
Mostra competitiva de curtas-metragens nacionais
A Festa Dos Encantados De Masanori Ohashy (Ani, 13’, Brasília, 2016) - Leg Descritiva, Libras, Audiodescrição (AD)
SINOPSE A festa dos encantados narra a saga de um índio Guajajara que, procurando pelo irmão perdido, encontrou um mundo subterrâneo habitado por seres encantados e ali permaneceu até aprender todos os rituais e cânticos de várias celebrações. Com saudade da família, voltou para seu povo e passou a contar sua história e a ensinar, na sua aldeia de origem, tudo o que havia aprendido com aqueles seres. Antes disso, de acordo com a lenda, os Guajajara não realizavam festas.
7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo
A Mesa No Deserto De Diego Scarparo (Fic,15’, ES, 2017)
SINOPSE No futuro, o mundo foi destruído por uma grande guerra e se tornou um imenso deserto radiativo; E o que restou da humanidade é o que temos hoje: ódio. Num mundo de alta tecnologia e pouca esperança de vida, o saqueador “Sargento”, num roubo mal-sucedido, passa a noite que mudará sua vida para sempre.
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Memória da cor
A Retirada Para Um Coração Bruto de Marco Antônio Pereira (Fic, 14’, MG, 2017)
SINOPSE Ozório é um senhor que vive sozinho onde o Judas perdeu as botas, na zona rural de Cordisburgo-MG. Passa seus dias ouvindo rock no rádio, enquanto vive o luto da sua companheira. Até que um movimento no céu quebra sua solidão.
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A Mulher do Treze
de Rejane Arruda (Fic,16’, ES, 2018)
SINOPSE Inês mantém sua rotina. Com Byra Bastos e Tito Leal.
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Memória da cor
A Formidável Fabriqueta de Sonhos de Tiago Ribeiro (Ani, 7’36”, RS, 2017)
SINOPSE Quando nasce uma criança, inaugura-se uma fábrica de sonhos que tende a fracassar com o tempo. Betina está sempre disposta a ressignificar seus combustíveis para manter seu alto nível de produção.
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Casca de Baobá
de Mariana Luiza (Fic,11’34”, RJ, 2017 - Leg Descritiva)
SINOPSE Maria, uma jovem negra nascida em um quilombo no interior do estado, é cotista na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua mãe, Francisca, leva a vida cortando cana nas proximidades do quilombo. As duas trocam mensagens para matar a saudade e refletir sobre o fim de uma era econômica-social.
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Memória da cor
CorpoStyleDanceMachine de Ulisses Arthur (Doc, 7’, BA, 2017 - Leg Libras)
SINOPSE “Ando por mistério, vivo por mistério […] Nosso corpo é uma máquina, ou cuida ou sabe como é né?” Entre e memórias da boate e relatos de resistências cotidianas: Tikal dança e afronta as normas.
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Lipe, Vovô e o Monstro
de Felippe Steffens e Carlos Mateus (Ani, 8’48”, Porto Alegre, 2016)
SINOPSE Um menino vai passar o final de semana no sítio dos avós. Durante uma pescaria, ele conhece um segredo de seu avô e acaba fazendo uma nova e inusitada amizade.
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Memória da cor
Minha Mãe, Minha Filha De Alexandre Estevanato (Fic, 15’, SP, 2018)
SINOPSE Quando as lembranças se perdem, é preciso começar de novo todos os dias, com amor, pois o amor é parte do que somos e não do que lembramos.
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Mocinho e Bandido
de Guto Bozzetti (Fic,14’/ Porto Alegre, 2018 - Leg descritiva, Leg audiodescritiva [AD], Legenda em libras)
SINOPSE Róbson tem quinze anos e mora com a avó numa casa simples da zona norte da cidade. Um incidente a caminho de casa vai afastá-lo de seu melhor amigo, levando o garoto a refletir sobre seu futuro e suas origens.
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Memória da cor
O Malabarista de Iuri Moreno (Fic, 10’55”, Goiânia, 2018 - Leg descritiva, Leg audiodescritiva [AD])
SINOPSE Documentário em animação sobre o cotidiano dos malabaristas de rua, que colorem a rotina monótona das grandes cidades.
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Tá Tudo Bem, Vó
de Luiza Quental (Doc, 14’58”, RJ, 2018)
SINOPSE Luiza cresceu se comunicando com a avó através de filme-cartas. Nas imagens, sempre filmadas pela mãe, ela e a irmã Cecília mostravam o quanto cresciam. Cinco anos após a morte de sua avó, o filme-ensaio Tá tudo bem, vó se desenha como uma carta final. Com uma diferença: agora é Luiza quem narra. O filme intercala registros cotidianos e imagens de arquivo das irmãs para revisitar memórias de infância e delinear o peso que a distância ergueu sobre a família.
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Memória da cor
Um Jardim Singular de Monica Klemz (Doc, 15’19”, RJ, 2017)
SINOPSE O ritmo da vida e a consequente diminuição das relações interpessoais; a globalização; a virtualização das relações; violência, levam ao consequente esvaziamento de espaços públicos, destinados ao lazer, ao descanso e ao exercício do ser político. O filme, passeia por um jardim histórico, nascido no Brasil Império escravocrata, logo considerado berço da democracia, tombado como patrimônio histórico, no meio do caos urbano e a forma como as pessoas interagem com ele e como o jardim se desdobra em múltiplas facetas, do globalizante ao singular.
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Vidas Cinzas
de Leonardo Martinelli (Doc, 15’, RJ, 2017)
SINOPSE Um falso documentário sobre a atual crise social, política e econômica no Brasil, onde o governo corta as cores do Rio de Janeiro, deixando a cidade em preto e branco.
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Memória da cor
Você Conhece Derréis? de Veruza Guedes (Doc, 10’, PB, 2017)
SINOPSE Até onde pode sonhar um artista com poucas chances?
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Mostra competitiva de curtas-metragens capixabas
O T N A S O T I R I P S E A T R U C
Memória da cor
A Flor Azul de Roger Ghil (Doc, 14’18”, 2018)
SINOPSE Memória, afeto e devoção. Nair caminha por sua casa com o coração: canta e floresce ao partilhar simplicidade e a raiz forte de sua sabedoria. Desabrocha a potência de uma pureza inabalável; contempla a natureza nas pessoas e leva a casa pra calçada. Em um portão florido, evoca sensibilidade e lembra da brevidade de ser flor, luz e amor em Jardim Sulacap, bairro do Rio de Janeiro composto por famílias de militares.
Ádito de Renata Ferraz e Rubiane Maia (Fic, 14’54”, 2017)
SINOPSE Ádito é um filme que entrelaça a pesquisa artística de duas mulheres artistas – uma com foco nas Artes Visuais e outra no Cinema. Trata-se de uma narrativa escrita a quatro mãos, na qual ambas estão atrás e também na frente da câmera ‘interpretando’ a si mesmas como personagens. Rubiane absorta em um estado de ausência e Renata sua misteriosa acompanhante. Entre situações de proximidade e distância que se dão em meio à paisagem, Ádito revela fragmentos de memória, crise e sonho conectando ficção e vida real.
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Campo de Caio Fabricius (Videoarte, 3 min, 2018)
SINOPSE Fluido ferro & campo. Videoarte que experimenta a interação de campos magnéticos, imãs e objetos metálicos através de ferro fluido.
Corpo-Paisagem de Antonio Carlos Queiroz Filho (Videoarte, 4’, 2018)
SINOPSE Vídeo experimental (vídeo-dança / vídeo-poesia) que busca articular a ideia do hibridismo que há entre corpo, paisagem e lugar. Busca, portanto, mostrar em imagens e sons, a perene intercambialidade que há entre o habitar o corpo e habitar a cidade. Resulta, nesse sentido, na constituição de uma narrativa poética que é tecida na diluição das fronteiras existentes entre dança e paisagem, bem como na e pela experiência do corpo, como um mapa de afetos. As imagens foram capturadas entre janeiro e dezembro de 2017 em Portugal e no Brasil, como parte da pesquisa de pós-doutoramento realizada no Departamento de Geografia (Instituto de Ciências Sociais - Universidade do Minho), sobre os temas Cidade, Geografia e Dança, com a supervisão da Profa. Dra. Ana Francisca de Azevedo.
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Memória da cor
Catrina de Marcelo N. Reis (Fic, 11’41”, 2016)
SINOPSE A vida e a morte estão sempre conosco. Uma mulher tenta enfrentar o lado sombrio que existe dentro dela. O lado das trevas
Luiz, Paixão Pelo Jazz de Eurico Scaramussa (Doc, 25’, 2018)
SINOPSE A fascinante aventura de Luiz Paixão pela terra do jazz e sua fantástica coleção de discos e autógrafos de celebridades do Jazz e da MPB.
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Onde Você Ancora Seus Silêncios? de Charlene Bicalho (Experimental, 3’17”, 2017)
SINOPSE Perdida em um mar de silêncios, a personagem busca na Calunga algum lugar onde possa se encontrar. Desequilibrada, sem porto, resolve ela mesma ancorar-se dentro de uma frágil náu.
Rio das Lágrimas Secas de Sáskia Sá (Doc, 25’, 2018)
SINOPSE Rio das Lágrimas Secas traz um recorte sobre as perdas sofridas por mulheres de três pequenas comunidades, localizadas no caminho da lama de destruição do desastre/ crime ambiental provocado pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, que ocorreu no dia 5 de novembro de 2015 e afetou o Rio Doce e todos os ecossistemas ao seu redor, matou 19 pessoas e desalojou inúmeras outras. Todas as mulheres tiveram seus modos de vida e as suas relações com seus territórios e com a paisagem em que habitavam transformados pela tragédia. Todas tiveram que aprender a ser atingidas por este crime.
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Memória da cor
Terra Vermelha (ou “o perigo da história única”) de Antonio Carlos Queiroz Filho (Doc, 6’, 2018)
SINOPSE Terra Vermelha (ou “o perigo da história única”) trata do poder que o discurso hegemônico tem em produzir narrativas estereotipadas sobre um determinado lugar. Questionamos esse processo a partir do olhar sensível e poético daqueles que revelam o verdadeiro “perigo da história única”. O lugar das múltiplas narrativas é, portanto, o lugar do empoderamento. Por isso: “Histórias importam. Muitas histórias importam”.
Tríptico de Lobo Pasolini (Videoarte, 4’34”, 2017)
SINOPSE Uma porta que se fecha ao som de um cometa; uma patrulha de exército; uma moeda de real gira como se tivesse perdido o controle, como um cometa desgovernado. Segundo Pasolini, o vídeo ilustra sua percepção do mundo atual, um mundo que se fecha física e intelectualmente, dominado pelo medo e o prospecto de colapso econômico.
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B E W
V T &
Mostra competitiva de series de WEB e TV do Espirito Santo
Memória da cor
>> CATEGORIA TV ESPÍRITO SANTO Habitação Social de André Manfrim [Episódio 09 André Carloni, Serra ES] (Doc, 26’, ES, 2018)
SINOPSE Conjunto Habitacional André Carloni. O Banco Nacional de Habitação (BNH), criado pelo Governo Militar, constrói imensos conjuntos em todo o Brasil. Padronizados, os conjuntos das Companhias Estaduais de Habitação (Cohab) foram responsáveis pela expansão urbana ao longo dos 21 anos de regime militar. O Conjunto André Carloni, no município de Serra, Região Metropolitana de Vitória (ES), abrigou parte dos trabalhadores das zonas industrial e portuária e reuniu os mutuários em uma associação de moradores que se mobilizou por ensino, saúde e asfalto para o novo bairro, o que gerou uma grande mobilização social no período da redemocratização do país.
Intermundos de Mariana Preti (Fic, 18’31”, ES, 2017)
SINOPSE Numa grande festa à fantasia, onde não se sabe ao certo quem é o aniversariante, os convidados desvendam mistérios e revelam segredos além das fronteiras deste mundo. Metamorfoses, poções mágicas e criaturas místicas mudarão para sempre a vida dos convidados desavisados que aceitaram o convite para essa grande aventura.
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7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo
>> CATEGORIA WEB DIVERSIDADE ESPÍRITO SANTO Corpo Flor de Izah Candido & Wanderson Viana [Episódio 01] (Doc, 11’, ES, 2018)
SINOPSE Castiel Brasileiro é artista visual, performer e estudante de psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo. Dentre os seus trabalhos enquanto artista visual, Castiel produziu uma escultura que ela chama de Vagênes, a peça faz parte de estudos que ela realiza acerca de si mesma. Enquanto uma bixa, ela não se encontra representada no homem, ou mulher, trans ou cis.
Dona Miúda, de Elda Maria dos Santos
[Episódio 03, Quilombo Linharinho] (Doc, 5’40”, ES, 2017)
SINOPSE A websérie SER MULHER, em 6 episódios, aborda sobre a diversidade de femininos dentro de três comunidades tradicionais no Espirito Santo. Durante 15 dias percorremos o norte do ES, passando pela Aldeia Guarani em Aracruz, Quilombo Linharinho em Conceição da Barra e a comunidade pomerana do Córrego Palmital em Pancas. Neste episódio vamos conhecer a história de Elda Maria dos Santos.
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Memรณria da cor
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Mostra nao-competitiva de longas-metragens nacionais
LON GAS -M ETR AGE M
Memória da cor
Bando, Um Filme De: de Lázaro Ramos e Thiago Gomes (Doc, 106 min, BA, 2018)
SINOPSE Bando, Um Filme De: levanta o legado de um dos grupos de teatro mais inovadores e plurais do País por meio de mais de 40 entrevistas além de imagens, músicas e vídeos de bastidores. Documentário dirigido por Lázaro Ramos e Thiago Gomes que revela de modo poético e emocionante a história do grupo soteropolitano Bando de Teatro Olodum, coletivo teatral que surgiu em 1990 e estreou nos palcos da Bahia em janeiro de 1991 e que, de lá para cá, tornou-se um dos símbolos de identidade brasileira ao levar aos palcos atores e atrizes negros. Para além da representatividade, o pulsar diferente em que a arte cênica se mistura com a dança e a diversão encontra a militância. Bando revelou talentos únicos e logo superou as críticas iniciais para se firmar como um exemplo voraz da dramaturgia e ganhar notoriedade por todo o Brasil graças ao sucesso de Ó Pai, Ó, montagem que foi encenada pela primeira vez em 1992, repetiu seu êxito no cinema em 2007 e também no ano seguinte ao originar uma série na Rede Globo – estas apenas algumas das conquistas que reforçam a originalidade do grupo dirigido por Márcio Meirelles e Chica Carelli, pelo coreógrafo Zebrinha e pelo diretor musical Jarbas Bittencourt.
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7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo
Os incontestáveis de Alexandre Serafini (Fic, 83 min, ES, 2018)
SINOPSE Os irmãos Bel e Mau viajam, a bordo de um Opala 73, pelas estradas do Espírito Santo em busca do carro, um Maverick 77, que pertenceu ao pai, o velho Elói, que os abandonou na infância, deixando para trás apenas ressentimentos. A jornada os leva até a uma conturbada região do Espírito Santo, palco de históricos conflitos de terra, fronteira e poder, onde os destinos dos irmãos e do lugar entrarão em rota de colisão.
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Memória da cor
MOSTRA “FM - FREQUÊNCIA MULHER”
MÚSICA & CINEMA FEITO POR MULHERES NO FECIN
Teresa
videoclipe com direção de Erika Mariano (ES, 2’35”, 2017)
SINOPSE O clipe mostra a banda Whatever Happened To Baby Jane num ensaio antes de subir ao palco para o seu show. Paralelamente, narra a tarde de algumas garotas, onde todas são Teresas, que juntas assistirão à banda logo mais à noite. Dentre elas, a protagonista, que destaca-se em sua montanha-russa de emoções. Teresa pode ser um alter ego de todos. A parte que ninguém quer mostrar, mas que existe internamente e de vez em quando aparece diante dos olhos de todo mundo.
Ceca
videoclipe com direção de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin (ES, 4’35”, 2017)
SINOPSE Videoclipe da música “Ceca” de Joana Bentes.
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7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo
Pão de Rosas de Daniela Camila (Fic, ES, 2018)
SINOPSE Uma família ribeirinha composta de mãe, filha e padrasto vivem de forma rústica em relativo isolamento no litoral do Brasil, num ambiente rodeado por Dunas, rio e mar. A mãe, Antônia, segue a tradição das mulheres de sua família, fazendo e vendendo pães após percorrer longas distâncias. Janaína, Filha de Antônia, segue as ordens de uma mãe austera que descarrega nela suas frustrações. Ambas convivem com Jaime, um pescador da região que explora sexualmente, de forma velada, a companheira e a enteada. É nesse contexto opressor impregnado de ingredientes indigestos que mãe e filha tentam descobrir à sua maneira uma nova receita para a vida.
Abelha Rainha [pré-estréia] de Thayla Fernandes (Fic, ES, 2018)
SINOPSE Abelha Rainha conta a história de amor singela, ingênua e livre entre mulheres. A obra mostra a relação de afeto e interesse da jovem Isabel por Iraí, uma vendedora de mel que mora no interior rural do Espírito Santo.
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PROGRAMacaO
S A R S I T A S U O M IOVIS D U A
7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo
DIA 14 DE NOVEMBRO DE 2018 | QUARTA TEATRO NENÉM PAIVA FECIN PARA CRIANÇAS Mostra de filmes de animação para o público infantil Instituto Marlin Azul 13h-14h 14h10-15h 15h-16h
CINE.TENDA - JARDIM MUNICIPAL MUQUI 16h15 - Apresentação do Palhaço Saracura do Brejo 19h - MOSTRA CURTA ESPÍRITO SANTO Mostra competitiva de curtas metragens de ficção, documentário e animação
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- Catrina, de Marcelo N. Reis (Fic, 11’41”, 2016) - Rio das Lágrimas Secas, de Sáskia Sá (Doc, 25’, 2018) - Tríptico, de Lobo Pasolini, (Videoarte, 4’34”, 2017) - A Flor Azul, de Roger Ghil (Doc, 14’18”, 2018) 20h - MOSTRA WEB E TV Mostra competitiva de pilotos de séries de Web e TV >> Categoria Web Diversidade Espírito Santo - Corpo Flor, de Izah Candido & Wanderson Viana, [Episódio 01] (Doc, 11’, ES, 2018) - Dona Miúda, de Elda Maria dos Santos, [Episódio 03, Quilombo Linharinho] (Doc, 5’40”, ES,2017)
Memória da cor 20h30 - MOSTRA CURTA NACIONAL Mostra competitiva de curtas metragens de ficção, documentário e animação - A Festa dos Encantados, de Masanori Ohashy, (Ani, 13’, DF, 2016) - Disponível com Legenda descritiva, Legenda áudio descritiva (AD) e Legenda em libras - O Malabarista, de Iuri Moreno, (Ani, 10’55”, GO, 2018) - Disponível com Legenda descritiva e Legenda áudio descritiva (AD) - Tá tudo bem, vó, Luiza Quental, (Doc, 14’58”, RJ, 2018) - A Mesa no Deserto, de Diego Scarparo, (Fic,15’, ES, 2017) - CorpoStyleDanceMachine, de Ulisses Arthur, (Doc, 7’, BA, 2017) Leg Libras - A retirada para um coração bruto, de Marco Antônio Pereira,
(Fic, 14’, MG, 2017) - Casca de Baobá, de Mariana Luiza, (Fic,11’34”, RJ, 2017) - Leg Descritiva - Minha mãe, minha filha, de Alexandre Estevanato, (Fic, 15’, SP, 2018) 22h - MOSTRA LONGA METRAGEM CONVIDADO Mostra de longas-metragens nacionais convidados - Os incontestáveis, de Alexandre Serafini, (Fic, 83 min, ES, 2018) 23h45 - FM - FREQUÊNCIA MULHER Música & cinema Dj convidada
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7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo
DIA 15 DE NOVEMBRO DE 2018 | QUINTA 16h30 - PASSEIO DE BICICLETA À MODA ANTIGA Circuito pelas ruas históricas de Muqui Saída em frente ao Solar do Lagarto. Com a banda Fames Dixieland (Jazz)
CINE.TENDA - JARDIM MUNICIPAL MUQUI 19h - MOSTRA CURTA ESPÍRITO SANTO II Mostra competitiva de curtas metragens de ficção, documentário e animação
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- Ádito, Renata Ferraz e Rubiane Maia (Fic, 14’54”, 2017) - Campo, de Caio Fabricius (Videoarte, 3 min, 2018) - Luiz, Paixão Pelo Jazz, de Eurico Scaramussa (Doc, 25’, 2018) - Onde você ancora seus silêncios?, de ChArlene Bicalho (Experimental, 3’17”, 2017) - Corpo-Paisagem, de Antonio Carlos Queiroz Filho (Videoarte, 4’, 2018) - Terra Vermelha (ou “o perigo da história única”), de Antonio Carlos Queiroz Filho, (Doc, 6’, 2018) 20h10 - MOSTRA WEB E TV II Mostra competitiva de pilotos de séries de Web e TV
Memória da cor >> Categoria TV Espírito Santo - Habitação Social, direção de Vitor Graize e André Manfrim [Episódio 09 André Carloni, Serra ES] (Doc, 26’, ES, 2018) - Intermundos, de Mariana Preti (Fic, 18’31”, ES, 2017) 21h10 - MOSTRA CURTA NACIONAL Mostra competitiva de curtas metragens de ficção, documentário e animação - Você Conhece Derréis?, de Veruza Guedes, (Doc, 10’, PB, 2017) - A Mulher do Treze, de Rejane Arruda, (Fic,16’, ES, 2018) - A Formidável Fabriqueta de Sonhos, de Tiago Ribeiro, (Ani, 7’36”, RS, 2017) - Vidas Cinzas, de Leonardo
Martinelli, (Doc, 15’, RJ, 2017) - Lipe, Vovô e o Monstro, Felippe Steffens e Carlos Mateus, (Ani, 8’48”, Porto Alegre, 2016) - Mocinho e Bandido, Guto Bozzetti, (Fic,14’/ Porto Alegre, 2018) - Disponível com Legenda descritiva, Legenda áudio descritiva (AD) e Legenda em libras - Um jardim singular, Monica Klemz, (Doc, 15’19”, RJ, 2017) 22h40 - FM - FREQUÊNCIA MULHER Música & cinema - Apresentação de videoclipe Exibição Videoclipe Ceca, (de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin, ES, 4’35”, 2017) 23h00 - Dj Bonitona
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7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo
DIA 16 DE NOVEMBRO DE 2018 | SEXTA CINE.TENDA - JARDIM MUNICIPAL MUQUI 19h - MOSTRA POQUI Resultado da oficina de cinema com jovens de Muqui
Prêmio Mostra Competitiva Curta Espírito Santo (melhor ficção, doc, animação)
19h30 - FM - FREQUÊNCIA MULHER
Prêmio Mostra WEB & TV (melhor web série e/ou série de TV)
Música & cinema
Prêmio Mostra Competitiva Nacional (melhor ficção, doc, animação)
Mostra não-competitiva - Pão de Rosas, de Daniela Camila, (Fic, 25’, ES, 2018) - Abelha Rainha [pré-estréia], de Thayla Fernandes, (Fic, 18’, ES, 2018) - Legenda descritiva, audiodescritiva e Libras. 20h20 - MOSTRA LONGA METRAGEM CONVIDADO Mostra de longas-metragens nacionais convidados - Bando, um filme de: , direção de Lázaro Ramos e Thiago Gomes, (Doc, 106 min, BA, 2018) 22h 20 - HOMENAGEM NACIONAL CÁSSIA KIS
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23h - PREMIAÇÃO FINAL
APRESENTAÇÃO - Boi Fortunato do - Boi Pintadinho de Muqui (ES) 23h45 - FM - FREQUÊNCIA MULHER Música & cinema - Exibição do videoclipe Teresa, de Erika Mariano (ES 2’35”, 2017) 00h00 - FESTA LUZ Leve seu fogo, acenda sua luz! - Exibição do curta Luz Divina, de Ricardo Sá - Show Whatever Happened To Baby Jane (ES) - Luz Del Fuego tour
F AUD ORM IOV ACA ISU O AL
PROGRAMacaO
7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo CURSO - O CINEMA COMO NEGÓCIO Com Andre Blak 14-16 de novembro | 8h às 12h | R$ 500 Auditório do Teatro Neném Paiva (térreo) Inscrições: www.FECIN.com.br SOBRE O CURSO: Voltado para produtores, diretores, roteiristas e curiosos que tenham interesse em desenvolver um argumento próprio, o curso se propõe a auxiliar os alunos a compreenderem a dinâmica da indústria audiovisual, seus players, como pensam e investem. No geral, o objetivo do curso é propor e debater as melhores formas de se produzir um longa-metragem capaz de ser distribuído em circuito comercial sem ajuda dos editais de fomento. Autoral X comercial; Projeto: Registro e cessão; Definições de gênero, público e proposta artística; Desenvolvimento ; Proposta comercial. Mercado em números: Evolução histórica em números; Principais distribuidores; Dinâmica do mercado; Co-produtor; Produtor associado. Fontes de financiamento; Fluxos financeiros; Pitching.
ANDRE BLAK: É jornalista com MBA em gestão empresarial e especialização em produção audiovisual pela FGV. Foi colaborador de diversos sites de cinema e social media de filmes como TROPA DE ELITE 2, REIS E RATOS, U23D, PARAISOS ARTIFICIAIS e ROCK BRASILIA, trabalhando com grandes profissionais do setor como Marco Aurelio Marcondes, Fabio Lima, Bruno Wainer, Hilton Kauffmann, José Padilha, Paula Lavigne, Marcos Prado e Ana Luiza Beraba. É co-produtor e produtor executivo do longa O ULTIMO VIRGEM (2016, Rilson Baco e Felipe Bretas) e do doc CIDADE DO FUNK (em captação/pré-produção, Sabrina Fidalgo).
WORKSHOP - FONTES DE FINANCIAMENTO AO AUDIOVISUAL com André Blak 15 nov | 17h30 as 19h | R$ 80 Auditório do Teatro Neném Paiva (térreo) Inscrições: www.FECIN.com.br SOBRE O WORKSHOP: Nos últimos anos, temos acompanhado o crescimento acelerado do mercado audiovisual, em resposta
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principalmente às mudanças trazidas pela Lei 12.485/2011, e ao volume de recursos disponíveis para o desenvolvimento do setor.
Memória da cor Diante deste cenário otimista de grandes oportunidades, torna-se indispensável uma atenção e preparação cada vez maiores por parte daqueles que trabalham com projetos nesta área. Os mecanismos de financiamento disponíveis mudaram, assim como a própria dinâmica de produção
e distribuição audiovisual. Para oferecer suporte aos produtores, distribuidores, agentes e players do mercado, o workshop como um espaço de reflexão e conhecimento sobre as ferramentas de negócio, os instrumentos de financiamento público e privado, e as oportunidades de circulação comercial dos filmes e séries.
SEMINÁRIO I - ROTEIRO, SÉRIES DE TV E NOVAS NARRATIVAS
Com Lilian Fontes Moreira 14 nov | 16h30 às 18h30 | R$ 80 Auditório do Teatro Neném Paiva (térreo) Inscrições: www.FECIN.com.br SOBRE O SEMINÁRIO: Nos tempos atuais, ao se pensar na produção audiovisual temos como referência as séries televisivas, que vêm ocupando um espaço importante no mercado de entretenimento mundial. Com a intenção de pensar este mercado, iremos abordar aspectos específicos da narrativa seriada como os arcos de temporada, construção de conteúdos temáticos, a estrutura narrativa, os episódios, com exibição e análise de produtos seriados nacionais e internacionais, com o intuito de preparar profissionais para atuarem nessa área. LILIAN FONTES: Nascida no Rio de Janeiro, com mestrado e doutorado em Comunicação e Cultura, pela Escola de Comunicação Universidade Federal do Rio de Janeiro, e pós-doutorado, com apoio da FAPERJ, (Fundação Carlos Chagas Filhode Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), desenvolveu pesquisa sobre Ficção Televisiva,
mais especificamente séries para TV. Participou de algumas oficinas de roteiro, com professores como Claudio McDowell, Paulo Pons, Newton Cannito, Jacqueline Cantore e Lucas Paraíso, tendo colaborado com Rubem Fonseca na adaptação para roteiro do conto O Cobrador. Em 2014 e 2015, lecionou a cadeira eletiva Ficção Televisiva, na Escola de Comunicação, UFRJ. Ano de 2014, proferiu seminário sobre Ficção Televisiva, na Universidade Católica de Portugal, em Lisboa e na Universidade del País Vasco, em Bilbao, Espanha. Autora de ficção com três romances publicados, um livro de contos, cinco biografias, participação em sete coletâneas de contos, artigos em livros e revistas acadêmicas, nacionais e internacionais e participação em roteiros
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7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo SEMINÁRIO II - ROTEIRO E PRODUÇÃO DE CONTEÚDO LGBT
Com Viv Schiller 15 nov | 16h as 18h | R$ 80 Auditório do Teatro Neném Paiva (térreo) Inscrições: www.FECIN.com.br SOBRE O SEMINÁRIO: Neste bate papo, discutiremos com a co-criadora e co-roteirista da websérie sobre o impacto do processo de criação na produção, além dos desafios na distribuição de conteúdo LGBT. “RED” conta a história de duas atrizes que se envolvem durante a gravação de um curta-metragem. Assista os episódios de RED no Vimeo e Studio+ (http://studio. plus) que já contam mais de 3 milhões de visualizações em 145 países. Como surgiu a websérie ’RED’; O mercado audiovisual LGBT no Brasil; Criação do roteiro x viabilização de produção; Divulgação: a importância do engajamento e da fanbase nas redes sociais.
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VIV SCHILLER: Publicitária por formação e roteirista por vocação, Viv atua diretamente com criação e colaboração em roteiros para o mundo online. Atualmente, está desenvolvendo uma parceria para seu primeiro roteiro de teatro.
Memória da cor SEMINÁRIO III - CRIANDO CONTEÚDO AUDIOVISUAL PARA WEB
Com Bruno Heitor 16 de nov | 16h as 18h | R$ 80 Auditório do Teatro Neném Paiva (térreo) Inscrições: www.FECIN.com.br SOBRE O SEMINÁRIO: Todos os olhos estão se voltando para a internet e as plataformas de produção de conteúdo original como a Netflix, Amazon, Hulu, Youtube, PlayPlus e GloboPlay. É possível produzir e oferecer conteúdo para essas plataformas? Neste seminário, os participantes terão a oportunidade de conhecer um pouco sobre como produzir para a web, mesmo de forma independente e com baixo orçamento. A proposta é promover uma reflexão sobre como bem usar as técnicas audiovisuais para promover o conteúdo, fidelizar público nas redes e chamar a atenção dos players do mercado para o seu material.
BRUNO HEITOR: Um dos criadores e diretor do Peixe na Coleira. Já dirigiu uma série para Globo e se formou na CAL como ator. Também é diretor no “Canal ixi”, com mais de 1 milhão de inscritos.
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7º FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo OFICINA | POQUI - PLANO CRIATIVO E AUDIOVISUAL DE MUQUI Criação e experimentação audiovisual Com Lucas Bonini Cine.Estação / Antiga Estação Ferroviária de Muqui De 14-16 de nov 8h às 12h | 14h às 17h | gratuito Inscrições: www.FECIN.com.br SOBRE A OFICINA: O POQUI consiste no Plano Criativo e Audiovisual de Muqui encabeçado por alguns jovens e outros moradores da localidade interessados em valorizar os aspectos culturais e icônicos do município, bem como sua história e memória. POQUI é este coletivo, que agrega o interesse pleno na diversidade da nossa cidade. O projeto pretende a realização de uma oficina audiovisual direcionada para jovens de Muqui interessada na visualização da cidade como pano de fundo para histórias de documentário e /ou ficção. A proposta é que o(s) resultado(s) da oficina sejam exibidos na 7a edição do FECIN em 2018, garantindo a manutenção e a continuidade da Mostra POQUI no evento, repetindo o sucesso da mostra realizada em 2017 que exibiu dois curtas produzidos por produtoras capixabas na cidade nos anos de 2017 e 2016.
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LUCAS BONINI: Lucas é diretor, roteirista e montador de cinema na produtora Garupa Filmes, localizada em Vitória (ES). Amante dos processos fotográficos analógicos, possui uma vasta experiência em produções cinematográficas e participa de festivais audiovisuais espalhados pelo país e no exterior. Diretor do curta Espera (MINC) – 2016 - Montador do curta “Divina Luz” (Secult-ES) – 2016 - Roteirista e diretor do curta “A Hidra de Pilares” (Lei Chico Prego) - 2015 – Assistente de direção do curta Espírito São (SECULT-ES) – 2016 - Assistente de Direção do curta “Previsões” (Secult-BA) - 2015 Roteirista do longa “Catimba” (Secult-ES) - 2014; Montador no curta “Estradas de Bárbara” (Secult-ES) - 2014 Montador no curta “Bar Santos”.
Memória da cor OFICINA | MEMÓRIA DA COR
CRIAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO AUDIOVISUAL
Com Monica Nitz
Porão do Solar do Lagarto 14-16 de nov | 8h-12h / 13h-19h | gratuito Inscrições: www.FECIN.com.br SOBRE A OFICINA: Como forma de celebrar o tema de sua sétima edição, o festival convida artistas visuais, cineastas, educadores e jovens curiosos para uma oficina artística de imersão e incursões pela cidade aproximando memórias individuais e coletivas experimentadas e compartilhadas na “Casa dos cineastas” no Solar do Lagarto, um casarão histórico de 1927 construído em estilo neoclássico. Ministrada por Monica Nitz a oficina pretende explorar vertentes poéticas com o viés da cidade relacionando, passado, presente, patrimônio, cores, culturas, hábitos ou sensações. MONICA NITZ: Artista multimídia e documentarista. Realizadora do projeto MEMÓRIA DA COR, micro documentários compostos de registros de relações de memória com a experiência em locais itinerados pelo artista. A linguagem minimalista é projetada em fotografias, vídeos e sons indiciais na tentativa de compreender, com olhos afetivos, extratos desta memória da cor dos lugares. Este projeto começou no Art Residence Spirit World 2014 e
percorreu a Áustria, Itália e França. O trabalho caminha, agora, pelo Brasil, na sua cidade Vitória e em outros territórios que proporcionem experimentação e vivência. Trabalha há 6 anos em parceria com o documentarista Ricardo Sá em documentários etnográficos e históricos como Divina Luz (2016); Mitã Odjau Ramo - Quando a criança nasce (2015); Para durar como o mundo dura (2013) e foi assim naquele momento (2012). Em 2017 ela está dirigindo seu documentário chamado “Minha avó é uma fotografia”, um filme ensaio autobiográfico, feito a partir da coleção de fotografias de sua família. Nas artes, ela vem desenvolvendo pesquisas sobre pintura de ação/ action painting há 10 anos. Trabalho corporal documentado em cores, realizada através da gravidade, sopro, manobras com suporte ou corpo em espaços e linhas que repetem e demarcam territórios.
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CURADORIA Cláudia Puget Claúdia é moradora de Muqui, atriz, diretora, professora de arte, escultura e curadora. Formação artística no Rio de Janeiro, graduada em Pedagogia e Arte. Atua na artes plásticas na modelagem de esculturas pop art. Integra a equipe da curadoria do FECIN - Festival de TV e Cinema do Interior.
Monica Nitz Artista multimídia e documentarista. Realizadora do projeto MEMÓRIA DA COR, micro documentários compostos de registros de relações de memória com a experiência em locais itinerados pelo artista. A linguagem minimalista é projetada em fotografias, vídeos e sons indiciais na tentativa de compreender, com olhos afetivos, extratos desta memória da cor dos lugares. Este projeto começou no Art Residence Spirit World 2014 e percorreu a Áustria, Itália e França. O trabalho caminha, agora, pelo Brasil, na sua cidade Vitória e em outros territórios que proporcionem experimentação e vivência. Trabalha há 6 anos em parceria com o documentarista Ricardo Sá em documentários etnográficos e históricos como Divina Luz (2016); Mitã Odjau Ramo - Quando a criança nasce (2015); Para durar como o mundo dura (2013) e foi assim naquele momento (2012). Em 2017 ela dirigiu seu documentário chamado “Minha avó é uma fotografia”, um filme ensaio autobiográfico, feito a partir da coleção de fotografias de sua família. Nas artes, ela vem desenvolvendo pesquisas sobre pintura de ação/action painting há 10 anos. Trabalho corporal documentado em cores, realizada através da gravidade, sopro, manobras com suporte ou corpo em espaços e linhas que repetem e demarcam territórios.
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Memória da cor
Ricardo Sá Na década de 90 trabalhou em filmes de longa-metragem como Central do brasil, de Walter Salles, Lamarca, de Sérgio Rezende, Fica comigo, de Tizuka Yamasaki, A morte da mulata, de Marcel Cordeiro, entre diversos outros curtas metragens produzidos no ES. Participou de oficinas de cinema ficcional e documental no Canadá, Brasil, EUA e Europa. Atualmente se dedica a distribuir o curta Divina luz e dirigir seu novo projeto Amargo Rio Doce, documentário sobre a maior tragédia ambiental já ocorrida no Brasil.
Ériton Bercaço Ériton é morador de Muqui, Mestre em Literatura pela Ufes, escreve artigos sobre cinema e literatura. Dirigiu o documentário Brilhantino, prêmio do projeto Revelando os Brasis e exibido em festivais nacionais e internacionais. Produziu o curta-metragem Pássaros de Papel, de Léo Alves. Apresentou a WebTV Origens, produção Brasil /Portugal. Atua como professor, produtor e realizador.
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JÚRI OFICIAL Ursula Dart Bacharel em Direito pela UFES, especialista em Documentário de Criação pela UAB (Barcelona, Espanha). Atualmente, é mestranda em Comunicação e Territorialidades (UFES). É diretora de documentários e produtora de longas-metragens de ficção e documentários.
Andre Blak
É jornalista com MBA em gestão empresarial e especialização em produção audiovisual pela FGV. Foi colaborador de diversos sites de cinema e social media de filmes como Tropa de elite 2, Reis e ratos, U23D, Paraisos artificiais e Rock brasilia, trabalhando com grandes profissionais do setor como Marco Aurelio Marcondes, Fabio Lima, Bruno Wainer, Hilton Kauffmann, José Padilha, Paula Lavigne, Marcos Prado e Ana Luiza Beraba. É co-produtor e produtor executivo do longa O último virgem (2016, Rilson Baco e Felipe Bretas) e do doc Cidade do funk (em captação/pré-produção, Sabrina Fidalgo).
Lilian Fontes
Arquiteta, com Mestrado e Doutorado em Comunicação e Cultura, pela Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Recebeu apoio da FAPERJ, (Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) em seu Pós-doutorado pela mesma universidade, desenvolvendo pesquisa sobre Ficção Televisiva com foco em séries para TV. Autora de livros, lecionou em 2014 e 2015 na Escola de Comunicação, (UFRJ), realizou seminários em Portugal na Universidade Católica Portuguesa e na Universidade de Coimbra e também na Universidade del País Vasco, na Espanha. Em 2015, proferiu a palestra The Representation of Women in Television Series, no Seminário sobre os Estudos Avançados da Mulher, em Toronto, Canadá e ministrou o curso Oficina de Romance, na Estação das Letras em 2017.
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SOBRE O FECIN O FECIN, Festival de Cinema do Interior do Espírito Santo é uma ação cultural de cunho cinematográfico realizada desde 2012 no maior sítio histórico do estado, na cidade de Muqui. O projeto foi criado no intuito de expandir o diálogo audiovisual capixaba promovendo seu fomento e valorização. O objetivo da iniciativa é potencializar o cinema em comunidades interioranas, levando em consideração o conceito da economia criativa e da mobilidade, contribuindo para o desenvolvimento cultural e social de regiões desprivilegiadas pelo acesso ao audiovisual. Desde 2013 o evento reforça o conceito do IN, de INterior, também explorando temas como a INdependência, a INternacionalização, a INvenção, a INtegração, a INspiração, a INtrospecção, o INfinito, dentre outras palavras que reforçam o IN das criações humanas. Neste contexto temático, o FECIN fortalece o conceito de Memória & Patrimônio.
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FICHA TÉCNICA Concepção do projeto JUSSAN SILVA E SILVA E LÉO ALVES (2012)
Concepção do troféu Catraca CLÁUDIA PUGET
Realização CAJU PRODUÇÕES
Produção local ANDREA BARROS E BARROS E PEDRO BARROS
Direção de programação LÉO ALVES Direção de produção TÂNIA SILVA
Projecionista ALEXANDRE SERAFINI
Produção de programação LUANA LAUX
Comunicação e Imprensa ALINE ALVES E ISABELLA BALTAZAR
Coordenação de formação audiovisual JUSSAN SILVA E SILVA
Designer JULIANA COLLI E ELIELTON SOUZA
Produção e logística VICTORHUGO PASSABON AMORIM
Fotos RATÃO DINIZ, HUMBERTO CAPAI, FRANCISCO NETO, DÉBORA BENAIM, ANDRÉ FACHETTI E ACERVO DE FOTOS DO MUSEU VIRTUAL DE MUQUI.
Curadoria cinematográfica CLÁUDIA PUGET , ÉRITON BERÇACO, MÔNICA NITZ E RICARDO SÁ
Caju Produções Rua Aleixo Netto, 636, fundos, Praia do Canto, Vitória, ES
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www.cajuproducoes.art.br
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www.fecin.com.br
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