Parte integrante da edição nº 642 do Jornal Ipanema. Não pode ser vendido separadamente
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Textos: Cida Haddad e Felipe Shikama Diagramação e Capa: Jefferson Cascali de Lima
Técnica milenar, acupuntura ganha adeptos no Ocidente
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ertencente à medicina tradicional chinesa, a acupuntura é uma terapia complementar que, por meio da aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo, contribui com o resga te do estado de equilíbrio.A definição é do médico e especialista em acupuntura, Yo Tik Swan. É uma das formas de tratamento da medicina chinesa que inclui a fitoterapia (uso de plantas medicinais), exercícios da natureza respiratória e energética”, acrescenta. Swen conta que, a técnica milenar é aplicada comumente em hospitais da China. “No Brasil começou no início do século passado, mas só em 1998 foi reconhecido como especialidade médica”. De lá para cá, acrescenta, a acupuntura passou por várias etapas. “A primeira foi o reconhecimento dos médicos, a segunda foi o aumento da divulgação e, agora, está passando pelo processo de integração com outras especialidades”, descreve Swen, ressaltando que a acupuntura, hoje em dia, é muitas vezes indicada por médicos, como terapia complementar para uma série de problemas de saúde, principalmente aqueles que causam dor crônica. Segundo o médico, a acupuntura contribui no tratamento para uma série de doenças como dores de coluna, problemas de articulação e musculares; lesões por esforços repetitivos (LER); tensão prémenstrual e até problemas neurológicos. “Enxaqueca, distúrbios neurológicos periféricos, são alguns exemplos. A acupuntura dialoga com a endocrinologia também, pois auxilia a reduzir a obesidade, na medida em que reduz a ansiedade”, exemplifica. Com expressiva procura pela terapia nos últimos anos, Yo Tik Swan conta que é necessária a formação de novos profissionais para atender toda a demanda de pacientes. “Não é uma terapia da moda. Veio para ficar, isso porque tem reconhecimento e validade científica”. Apesar de milenar, Swan conta que a técnica é aperfeiçoada a cada dia, e seus efeitos cada vez mais validados, graças a diversos estudos e pesquisas sobre a acupuntura. “Esse é um desafio nosso [de médicos especialistas em acupuntura]. É demonstrar na prática a validade do tratamento pelos resultados. Além disso, temos o desafio de estudar mais, para integrar a medicina oriental à medicina ocidental”, comen-
ta, revelando a existência de diversas pesquisas e congressos sobre o assunto. Yo Tik Swan explica que geralmente o tratamento por meio da terapia da acupuntura tem cerca de dez sessões, sendo que cada uma tem duração entre 20 e 30 minutos. “É claro que depende do paciente e da doença, mas a cada sessão os efeitos vão se somando e os benefícios são graduais”. Ato médico Por ser efetivamente reconhecido como uma especialidade médica, Swan destaca a importância do ato médico. “A acupuntura não é apenas uma técnica ‘tira-dor’. É uma atividade médica e só pode ser exercida por médicos. Apenas os médicos é que podem investigar a dor e indicar ao tratamento. Assim como eu recebo pacientes que foram indicados por outros médicos [de outras especialidades], eu também posso fazer o caminho inverso, isto é, indicar a outros especialistas quando necessário”, explica. Para o médico, a acupuntura, além de ter superado as fases de reconhecimento da classe médica e ampla divulgação à população, “é uma especialidade que consegue manter um bom estado de saúde, pois, nesse sentido, é uma opção para manter e preservar a qualidade de vida aos pacientes”, finaliza.
Quiropraxia
atua na causa da dor e na prevenção
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, 80% da população mundial têm ou vai ter dores lombares. “A subluxação, que é popularmente chamada de ‘desvio’ ou ‘coluna fora do lugar’ é a mais comum”, comenta o quiropraxista Raul Sartorelli Marolé. Sem precisar recorrer às estatísticas, o especialista em trabalhar o alinhamento da coluna destaca que são raras as pessoas que nunca sentiram dor nas costas em algum momento da vida. “A dor é positiva, porque é um sinal de alerta, de que alguma coisa não vai bem, mas não significa que a pessoa tenha
que conviver com ela”, explica. Segundo ele, justamente pelo fato de o corpo ter toda sustentação na coluna, os pequenos desalinhamentos desta última pode provocar irritação, hipersensibilidade (dor) ou, ao contrário, pouco estímulo. “Depende de cada caso e de cada paciente, mas às vezes não dá dor, mas provoca indisposição da pessoa”, comenta o quiropraxista. A quiropraxia, segundo o profissional graduado na técnica, atua em dores que pode ser crônica ou aguda. “A quiropraxia tem boa eficácia para os dois tipos de dor”.
“Seria uma das formas de tratamento da medicina chinesa que inclui a fitoterapia (uso de plantas medicinais), exercícios da natureza respiratória e energética”
Marolé ressalta que o uso de antiinflamatórios e analgésicos são paliativos, porque aliviam a dor, mas, ao contrário da quiropraxia, não trata a causa do problema. “A quiropraxia, além de tratar a causa, também ensina o paciente a evitar a dor. Isto é, orienta o paciente para a reabilitação”, detalha. Indicado para pacientes de todas as idades, o especialista conta que nos Estados Unidos é comum a indicação da terapia para crianças. “No Brasil tem crescido muito nos últimos anos, graças a muitos programas de tv e a divulgação pelo bom e velho boca a boca. Creio que nos últimos cinco anos, teve um aumento de cem por cento da procura”, comenta. Apesar da crescente evidência da técnica, desenvolvida incialmente no Canadá, Raul Sartorelli rejeita o título de “terapia da moda”. “Não é um modismo, mas, sim, tem virado um estilo de vida”. Ele explica que por meio do tratamento e da orientação, grande parte dos pacientes passa a se
preocupar mais com a saúde do corpo e mente, praticar exercícios e se atentar a hábitos alimentares mais saudáveis. Segundo o quiropraxista sorocabano, a técnica de alinhamento da coluna é majoritariamente procurada por pessoas com idades entre 35 e 65 anos. “A dor na coluna, porém, não tem a ver com envelhecimento. É um erro achar que é normal sentir dor nas costas na medida em que a pessoa vai ficando mais velha”. Segundo ele, as dores da idade avançada são apenas manifestações do corpo, após longo período de postura inadequada, excesso de trabalho e de atividades prejudiciais ao corpo e sedentarismo. Além do alinhamento e da educação preventiva para problemas de coluna, a quiropraxia, segundo Raul, oferece uma série de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular. “Não se limita a um único exercício. O mais importante de tudo é que o paciente [por meio da quiropraxia] aprenda a se tratar”.
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Em alta,
cirurgia plástica deve ser feita apenas por especialista
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ados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) mostram que entre setembro de 2007 e agosto de 2008 foram realizados no Brasil 629 mil procedimentos cirúrgicos estéticos. O cirurgião plástico Daniel Branco detalha que cerca de 95% dos pacientes submetidos à cirurgia são mulheres. “Creio que as cirurgias de lipoaspiração e mama são as mais procuradas, chegam a cerca de 40% das intervenções cirúrgicas”, comenta. Segundo o médico, membro da SBCP, o número crescente de cirurgias se deve ao “aumento da preocupação com a boa aparência física”. Além da aparência, conta o médico, a cirurgia plástica bem sucedida também contribui com o aumento da autoestima dos pacientes. “Eu noto que quando a pessoa que foi submetida à cirurgia retorna ao consultório no pós-operatório, ela retorna com um sorriso diferente. Todos nós somos movidos pela autoestima”, acrescenta. Embora as mulheres representem a grande maioria dos pacientes, Branco conta que é cres-
Avaliação O cirurgião plástico Gal Moreira Dini, docente de cirurgia plástica da Unifesp-EPM e PUC-SP, afirma que a cirurgia de mama é a mais realizada, principalmente a prótese de silicone, mas o número de mulheres colocando prótese de bumbum vem aumentando numa escala geométrica. A plástica de abdome vem em segundo lugar. A avaliação é um ponto que não pode ser deixado de lado. Dini explica que a avaliação é feita baseada no que a paciente vê como deformidade e o que é realidade. “A paciente chega ao consultório cheia de expectativas, ilusões e desinformadas. Precisamos deixar bem claro ao paciente os riscos (principalmente o de cicatrização tipo quelóide, que não tem como ser previsto), as ilusões que flacidez de pele desaparece com lipoaspiração, que as correções de queda das mamas não são para sempre, que engordar após uma lipoaspiração vai cursar com irregularidades e depressões”, comen-
ta. De acordo com Dini, muitas vezes, a paciente chega achando que é só marcar a cirurgia, operar e está com seu problema estético resolvido para sempre. “Não é assim e cirurgia tem validade. Precisamos colocar os pés das pacientes no chão. Mas é difícil. Tem trabalhos científicos mostrando que as pacientes não absorvem nem 20% do que o médico fala na cirurgia. Por isso temos que passar por escrito e antes da cirurgia damos um termo de consentimento informado, declarando que todas estas particularidades foram bem explicadas”, diz. Cuidados O cirurgião plástico Eduardo Vilas Boas Braga diz que o sucesso da cirurgia plástica depende dos cuidados pré e pós-operatório. Antes da cirurgia é importante que realize todos os exames, na
cente o número de homens que também recorrem à cirurgia plástica em busca da melhor aparência física. “A procura dos homens [pela cirurgia plástica] vem crescendo. Os procedimentos mais procurados são a lipo, aumento da mama e o botox”, detalha. Diante de tanto crescimento de demanda pelas cirurgias, Branco ressalta a necessidade de o paciente buscar um médico com especialização em cirurgia plástica e membro da Sociedade Brasileira da especialidade. Reportagem publicada recentemente no jornal Estado de S.Paulo mostra que dos 300 processos abertos pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo por erro médico, 291 não eram cirurgiões plásticos. “O importante é pesquisar a qualificação do médico. Quando você pega a estrada e trafega com cuidado, é claro que pode ter acidente. Mas existem fatores que aumentam a segurança, como o uso do cinto de segurança, o capacete. Com a cirurgia é a mesma coisa”, exemplifica.
consulta pré-anestésica, suspenda o cigarro, doenças devem ser comunicadas e seguir todas recomendações do seu médico. No pós-operatório é importante ter um tempo adequado para recuperação, usar a cinta modeladora, realizar a drenagem linfática. Cada tipo de cirurgia tem recomendações pós-operatórias específicas e devem ser seguidas pelo paciente. Gal Moreira Dini complementa dizendo que o primeiro cuidado é não engordar. “Em qualquer fase o fato de engordar/ emagrecer (efeito sanfona) acaba com nossos resultados”, diz. Também é importante não fumar nem ficar perto de quem fuma (isso prejudica demais a cicatrização (abre e alarga os pontos), repouso e não realizar esforços como dirigir antes de ser liberada pelo cirurgião, usar a cinta no tempo correto, fazer drenagem linfática conforme orientada, passar protetor solar, ter boa alimentação, evitar todo medicamento que contenha o ácido acetil salicilico.
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Divulgação: Mônica Minelli
Aspecto psicológico é
essencial na dança
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dança traz benefícios para o corpo e men te. Na opinião da bailarina e professora Mônica Minelli, hoje a saúde deve ser pensada de uma forma completa, principalmente no aspecto psicológico. De acordo com Mônica, a dança estimula o prazer de executar um movimento através da arte desse movimento, não é simplesmente uma ginástica. “A dança engloba toda a musicalidade, coordenação motora, sensibilidade, nós colocamos para fora toda a angústia que vivemos no dia a dia, então você canaliza isso em uma coisa positiva. A dança é a procura do belo”, explica. Ela afirma que a parte psicológica é essencial, pois se a pessoa não está bem psicologicamente, não pode estar bem fisicamente. “Hoje principalmente com essa vida sedentária que as pessoas estão vivendo, a dança promove, a disciplina, a autoestima, o reconhecimento de erros, a busca da perfeição, além do momento de imensa satisfação”. Mônica complementa dizendo que a dança não é massificada. Ela é um trabalho individual, no qual cada pessoa tem uma linguagem, uma dificuldade, um limite e um obstáculo a superar. Ela gera frustração quando é trabalhada com um profissional que, por exemplo, não sabe entender o limite de cada um. “A disciplina da dança é conquistada, não é imposta. A professora é firme, mas ao mesmo tempo carinhosa”, exemplifica. “A dança é encarada, atualmente, como educacional, é uma parceira muito importante na formação do caráter da criança”, comenta. Ela lembra que a dedicação e o trabalho são peças fundamentais para o sucesso na dança. Mônica destaca ainda que a dança é uma aliada à ortopedia. “O balé é muito indicado para a criança, porque trabalhamos os tendões, alongamento, o encontro do equilíbrio e conhecimento de como funciona o seu corpo. O Pilates, lembra Mônica, está entre as atividades que também auxiliam os bailarinos.
“A dança é encarada, atualmente, como educacional, é uma parceira muito importante na formação do caráter da criança”
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Prática de
exercícios físicos previne doenças
A prática da atividade física proporciona uma série de benefícios para a saúde e beleza do corpo.
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professor da Faculdade de Educação Física de Sorocaba (Fefiso), Fábio Gianolla, cita en tre os benefícios: aumento da massa óssea, diminuição da gordura corporal, aumento da força e tamanho dos músculos, melhora da qualidade de vida, tratamento e prevenção de várias doenças, aumento do convívio social, diminuição do estresse, melhora do rendimento de atividades do cotidiano e de trabalho e desenvolvimento do condicionamento físico geral. A escolha da atividade física depende de três fatores, segundo Gianolla. O primeiro citado é a preferência pessoal, ou seja, fazer o que gosta. É preciso verificar também a existência de doenças, dependendo da doença, certas atividades não podem ser realizadas. Gianolla cita ainda a condição física. “Para realizar certas atividades, é necessário ter um certo nível de condicionamento físico, caso contrário o risco de lesões é grande. Exemplo: um idoso de 80 anos que há 50 anos é sedentário pode gostar de futebol (preferência pessoal),
mas tem problemas cardíacos e está debilitado pelo envelhecimento associado ao sedentarismo, por isso não tem condição física e a doença não permite a prática do futebol. Essa pessoa deveria fazer outra atividade condizente com sua condição e isso deve ser prescrito e orientado por um profissional de educação física capacitado”, comenta. Evitar excessos O professor diz que para evitar exageros é importante, antes de iniciar um programa de exercícios, procurar um médico para uma avaliação da saúde atual e depois disso o acompanhamento de um profissional de educação física capacitado. Quanto ao número de vezes que as atividades devem ser feitas, Gianolla afirma que elas podem ser praticadas todos os dias, desde que não ocorram de forma excessiva e traumática, mas uma frequência considerada excelente para melhorar aspectos da saúde e condicionamento físico pode variar de duas a quatro vezes por semana.
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Profissionais devem fazer um
controle vocal anual
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voz faz parte de nossa existência, pois ela está presente desde o primeiro cho ro, riso e grito, até nosso “último suspiro”, diz a fonoaudióloga Maria Aparecida Rodrigues. De acordo com ela, o homem necessita da comunicação do mesmo modo que seu corpo requer água e alimento para um bom funcionamento. “Através da voz expressamos nossas emoções, sentimentos e personalidade. Ela nos identifica”, afirma. Por estar tão presente em nossas vidas, a voz modifica-se de acordo com a idade, saúde física, condições ambientais e contexto de comunicação. Os professores, cantores, locutores, radialistas, políticos, operadores de telemarketing, fonoaudiólogos, executivos, padres, pastores, entre outros, são considerados profissionais da voz. As pessoas que têm a voz como instrumento de trabalho se preocupam com as disfonias profissionais, pois elas atingem níveis alarmantes. Muitas vezes essas profissões exigem o máximo do potencial vocal, comprometendo o delicado aparelho fonador do indivíduo. “Geralmente eles falam muito, gritam e mantêm a intensidade vocal aumentada. Isso gera tensão na musculatura cervical, postura inadequada, padrão respiratório deficitário, tom alterado, voz abafada e sem projeção”, comenta.
Segundo a fonoaudióloga, os exemplos citados acima são indícios de um distúrbio vocal decorrente do abuso ou mau uso vocal. “Com o decorrer do tempo, no exame otorrinolaringológico, encontramos frequentemente nódulos (“calos” vocais), edemas (inchaço das pregas vocais) e pólipos (lesões benignas na laringe), dentre outras alterações”, diz.
Aparelho fonador das crianças As crianças também submetem seu aparelho fonador a um desgaste muito grande devido a hábitos vocais inadequados, estrutura de personalidade, fatores alérgicos, entre outros, gerando as disfonias infantis . Através de exames realizados pelo médico otorrinolaringologista,pode-se visualizar a laringe e suas pregas vocais com mais precisão, levando a uma realidade mais clara no diagnóstico. “Com todos esses avanços tanto científicos, quanto tecnológicos, o fonoaudiólogo é capaz de criar abordagens específicas fa-
“Geralmente eles falam muito, gritam e mantêm a intensidade vocal aumentada. Isso gera tensão na musculatura cervical, postura inadequada, padrão respiratório deficitário, tom alterado, voz abafada e sem projeção”
cilitadoras e, como resultados, as terapias buscam melhor qualidade e efetividade. Isso representa maior prevenção, menos tempo de tratamento, maior objetividade e bons resultados”, garante Maria Aparecida. Ela diz que encaramos nossa voz como uma manifestação automática do nosso corpo e damos a ela pouca atenção, colocando em risco nossa saúde vocal. “Profissionais da voz devem fazer um controle vocal anual, visto que sua atuação profissional depende de uma voz saudável. O diagnóstico precoce de um problema vocal, realizado pelo otorrinolaringologista e pelo fonoaudiólogo, é a chave para se evitar limitações vocais futuras”, conclui.
Pés saudáveis no verão Os pés merecem um tratamento especial, principalmente com a chegada do Verão, já que é nessa estação que eles ficam mais expostos e tem que estar bem tratados. Para Inêcia Ribeiro de Barros, docente do curso Técnico em Podologia do Senac Sorocaba, os cuidados com os pés no verão devem ser redobrados. Segundo ela, os cuidados devem começar com a saúde dos pés. O cuidado, segundo ela, deve começar ainda no chuveiro. Aqui, a dica é secar bem os pés após o banho, principalmente entre os dedos. A hidratação é essencial para manter a pele dos pés saudáveis. “É importante hidratar os pés diariamente com um bom hidratante próprio para os pés. Isso vai evitar o aparecimento das calosidades e fissuras”, explica. Na hora de cuidar as unhas, o cuidado é ainda maior. Inêcia explica que é preciso ter cuidado com a aparência das unhas. Se aparecerem alterações na cor ou na espessura é preciso procurar um dermatologista. Deve-se evitar retirar a cutícula, já que serve de proteção o corpo contra infecções que podem chegar através da pele. As unhas devem ainda ser cortadas em linha reta sem invadir os cantos. “Quando houver
necessidade procure sempre um podólogo capacitado”, orienta. Sapatos adequados Os modelos de sandálias, rasteirinhas, chinelos e sapatos para o verão são lindos, mas nem todos são confortáveis ou saudáveis. O cuidado com o uso dos sapatos no verão deve começar logo no momento da compra. A podóloga sugere que os sapatos sejam comprados no período da tarde. Segundo ela, neste horário os pés já estão mais inchados e diminuem os riscos de apertos e desconfortos. Apertos, segundo ela, que podem levar ao aparecimento de calos, calosidades e bolhas. Também é aconselhável evitar usar sapatos fechados por longos períodos. O calor e a umidade favorecem a proliferação de fungos. Caso a ocasião exija um sapato de salto alto, a dica é dar preferência aos saltos tipo anabela, que ajudam a distribuir melhor o peso nos pés. Para quem gosta das sandálias baixinhas, sem salto e conhecidas como rasteirinhas, a podóloga aconselha o uso de modelos que tenham palmilhas acolchoadas, que amenizam o impacto dos pés contra o chão.
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“Todos esses e outros problemas podem ser resolvidos a partir da escolha de colchão e travesseiros apropriados”, afirma Florisval Tersi Júnior, especialista em colchão.
Colchão de boa qualidade garante relaxamento profundo
dado é preocupante: pesqui sas comprovam que cerca de um terço das pessoas no mun do sofrem de distúrbios do sono. Além disso, entre 30% a 50% não têm a quantidade de sono de que o corpo necessita. Já em um recorte por faixa etária, a pesquisa aponta também que cerca de 50% das pessoas com mais de 50 anos sofrem de distúrbios do sono. “Todos esses e outros problemas podem ser resolvidos a partir da escolha de colchão e travesseiros apropriados”, afirma Florisval Tersi Júnior, especialista em colchão. Macio, mais duro, alto, baixo, de mola, de espuma, antialérgico. A escolha do colchão e do travesseiro vai da preferência de cada um. “O mais importante é ser um colchão de qualidade, que custa mais caro, mas traz enormes benefícios à saúde e à qualidade de vida”, argumenta. Tersi Júnior afirma que embora a maioria das pessoas passe a maior parte do tempo, em casa, sobre o colchão, ainda são poucos os que se preocupam em adquirir um produto que ofereça melhor qualidade e conforto. “As pessoas tem como sonho de consumo a televisão, o carro, mas nunca o colchão. Muitas ainda vão muito pelo preço e se esquecem que é nele [no colchão] que elas vão descansar”, comenta. “Eu digo que o sono é o nosso combustível, então se você dorme em um colchão de baixa qualidade é como se você colocasse combustível ruim em seu carro”, acrescenta.
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Segundo ele, o colchão tem grande responsabilidade na vida e no sono das pessoas, porém, se for inadequado, a pessoa pode até dormir, mas não vai ter o relaxamento profundo. “E, se o sono não for profundo, a pessoa vai acordar indisposta, cansada, e pode ter problemas de saúde e também trabalhar mal”, argumenta o especialista. Para defender o investimento em um bom colchão, cujo valor, dependendo do tamanho, pode chegar até R$ 5 mil, Tersi Júnior ressalta os avanços tecnológicos bem como uma série de pesquisas de desenvolvimento e materiais que são feitas pelos grandes fabricantes do produto. “As pessoas não entendem, mas existe muita tecnologia para propiciar um sono profundo”. Ele detalha que os colchões mais modernos e adequados possuem molas ensacadas “que diminui o balanço”, além de mantas viscoelásticas – uma espuma especial, desenvolvida pela Nasa. “Não tem resiliência, retorno, então, não pressiona a pele no osso. Sendo assim, a pessoa não fica se mexendo constantemente durante a noite e ela tem um relaxamento e um sono muito melhores”, destaca. A confecção dos bons colchões é caracterizada pela alta tecnologia. Entretanto, a preocupação ecológica também faz parte do processo de produção deste produto. “Existem colchões com tecidos de fibra de bambu, que são mais frescos, menos quentes que os colchões convencionais”, acrescenta Tersi Júnior.
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D Dormir bem proporciona melhora na qualidade de vida
ormir bem é essencial. Muitas são as funções do sono, como a restaurativa, ou seja, a de trazer o organismo de volta à condição em que teve início o dia após a jornada de obrigações que se tem no decorrer dele. De acordo com o otorrinolaringologista e professor mestre em Medicina certificado pela Associação Brasileira de Sono, Hélio Brasileiro, é como se a reserva de substâncias químicas que regulam o funcionamento do organismo fosse reabastecida durante o sono. Outra função citada é a termorregulação. Segundo o médico, o controle da temperatura corporal está intimamente relacionado ao sono. “Marcadamente notamos as alterações que ocorrem no sono quando se está com febre, por exemplo. Hoje se sabe que a privação do sono reduz a capacidade de se regular a temperatura corporal”, explica. Há também a função de consolidação da memória e aprendizado, ou seja, toda informação que recebemos no decorrer do dia, quando estudamos, trabalhamos ou na vida social, é consolidada no decorrer do sono. “Sabe-se que quem atravessa a noite estudando para fazer uma pro-
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va, por exemplo, terá no dia seguinte grande chance de não se lembrar bem do que estudou e ao tentar resgatar esse estudo dias após, a chance de não se lembrar ainda será maior. Isso se deve ao fato de a memória não ter sido consolidada adequadamente com uma boa noite de sono”, comenta Brasileiro. O otorrinolaringologista cita ainda o repouso para o organismo. Durante o sono normal ocorre redução da pressão arterial, diminuição dos batimentos cardíacos, relaxamento muscular, redução da produção de urina, ou seja, os vários sistemas descansam durante o sono. Além disso, alguns hormônios são fortemente influenciados pelo sono, são eles: insulina que controla as taxas de glicose no sangue, leptina e grelina, que juntos controlam o apetite, hormônios da tireóide, corticóides produzidos pelo organismo, hormônio do crescimento, prolactina, que controla a produção de leite, dentre muitos outros, explicando porque quem não dorme bem tem mais tendência a engordar, aumentar as taxas de gordura e açúcares no sangue, não crescer adequadamente, não conseguir amamentar bem, ter pressão arterial mais alta, ter maior risco de doenças cardíacas e vasculares, destacando-se acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, impotência sexual, dentre outros problemas.
Problemas e tratamentos Além dos problemas citados acima, quem não dorme bem pode ter sono em excesso durante o dia, que dificulta a realização de atividades corriqueiras, diminuição da memória, redução da concentração, déficit do aprendizado, tendência a nervosismo ou depressão, dor de cabeça, hiperatividade (em crianças), problemas conjugais, impotência sexual, morte súbita, maior risco de acidentes domésticos, profissionais e de trânsito. Brasileiro afirma que os tratamentos são específicos para cada distúrbio: mudança de hábitos de vida, psicoterapia de apoio (em especial para insônia), medicamentos específicos, uso de aparelhos (no caso de ronco e apneia do sono) e até cirurgias em casos selecionados de ronco e apnéia do sono.
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Saiba mais sobre a
Apnéia Obstrutiva do Sono
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onsiderado um distúrbio do sono muito sério, a Apnéia Obstrutiva do Sono é causada pelo relaxamento exagerado das estruturas da re gião da garganta, bloqueando a passagem do ar, causando paradas respiratórias durante o sono, conforme explica a dentista, membro da American Academy of Dental Sleep Medicine e da Associação Brasileira do Sono, Patrícia Moura dos Santos. De acordo com Patrícia, os principais sintomas são o ronco (muitas vezes intercalados com sufocamentos), engasgos, gemidos ou alterações nos batimentos cardíacos, sonolência diurna, comprometimento da atenção e memória, entre outros. Ela destaca que a Apnéia Obstrutiva do Sono atinge cerca de 4% da população mundial. Patrícia diz que essa doença tão grave está recebendo cada vez mais atenção por parte dos profissionais da saúde do mundo inteiro, que têm a clara percepção que tratando a apnéia eles estão tratando vários outros problemas de saúde, como por exemplo, os cardíacos, pulmonares, diabetes e até mesmo obesidade, pelo fato dessas doenças poderem, muitas vezes, estar associadas à Apnéia Obstrutiva do Sono. Dos tratamentos mais usados, ela explica, para Apnéia são o CPAP, para casos mais severos. “É como uma bomba de ar que através de uma máscara no rosto do
paciente, força a passagem do ar pelas vias aéreas superiores e a placa intra-oral, que é usada em grande parte dos casos e funciona posicionando adequadamente a mandíbula, evitando desta forma que o tecido relaxado da orofaringe bloqueie a passagem do ar”, diz. O número de dentistas que trabalham nessa área ainda é muito restrito, comenta Patrícia. Por isso pacientes que se beneficiariam com o uso da placa, muitas vezes, são submetidos a cirurgias altamente invasivas ou acabam usando o CPAP que, para grande parte das pessoas, é muito desconfortável, por falta de profissionais treinados e capacitados da área odontológica atuando nesse segmento da saúde. Segundo a dentista, para os pacientes é fundamental a busca de profissionais sérios, capacitados nessa área, pois não é apenas colocar um aparelho na boca do paciente. O dentista deve ter conhecimentos específicos para que o tratamento seja conduzido da forma correta. Segundo ela, o importante é que as pessoas que sofrem desse mal procurem ajuda para o diagnóstico e tratamento correto, pois a Apnéia Obstrutiva do Sono, normalmente acompanhada do ronco elevado, é uma doença que além de comprometer a qualidade de vida das pessoas, pode levar a morte.
A saúde começa pela boca A frase clássica, frequentemente usada pelos dentistas faz todo sentido, afinal, conforme explica o cirurgião dentista e presidente da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD), Carlos Alberto Muzzili, “mais do que a boa estética, a boca é uma máquina sofisticadíssima, cuja função é triturar o alimento que vai para o estômago. Se os dentes não o fazem corretamente, poderá desencadear em um problema sistêmico”, inicia, enfatizando que, quando o assunto é Odontologia, muitos se lembram apenas com uma questão estética, “mas está tudo interligado”. Além da mastigação, cuja dificuldade pode resultar em problemas no estômago e no intestino, Muzzili explica que é grande o número de pessoas que sofrem de problemas de articulação temporo mandibular (ATM). “É um problema nos dentes, próximo ao ouvido, que pode provocar dores de cabeça, por exemplo. Enfim, são problemas articulares desse tipo comprometem a qualidade de vida da pessoa”, alerta.
“Os principais sintomas são o ronco (muitas vezes intercalados com sufocamentos), engasgos, gemidos ou alterações nos batimentos cardíacos, sonolência diurna, comprometimento da atenção e memória, entre outros”
E, segundo Muzzili, esses são apenas alguns dos diversos exemplos capazes de ilustrar a importância dos dentes saudáveis à saúde. “Problemas ortodônticos [de dentes tortos], sangramento da gengiva, mau hálito, enfim, são várias as questões bucais que, se não forem tratadas, podem interferir diretamente na qualidade de vida”, comenta. Entretanto, o cirurgião dentista e professor universitário do curso de Odontologia assinala que são muitos os avanços tecnológicos e científicos que hoje permitem tratamentos mais efetivos e seguros aos pacientes. “Hoje existem máquinas que fazem escaneamento bucal. Houve um avanço tecnológico muito grande. A única ressalva é que a natureza é única. O ser humano tenta copiar a natureza e encontrar resultados iguais, mas isso depende de uma série de fatores. Mais do que a estética, o nosso desafio é restabelecer não apenas a forma, mas também a função dos dentes”, analisa.
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overno e segmentos da sociedade civil estão discutin do a elaboração de um plano de prevenção e controle da obesidade, a ser lançado ainda neste ano. Políticas públicas de combate à obesidade, como essas, têm pela frente o desafio de reverter o avanço da obesidade, a quinta causa de mortes em todo mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados são alarmantes. Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), a doença já assume contornos de epidemia no país, afetando aproximadamente 65% da população adulta, sendo metade pelo sobrepeso e mais de 15% pela obesidade. Por trás do problema, há diversos fatores, como os genéticos, os psiquiátricos e os alimentares. A professora Luciane Lopes Sant’ana Araújo, que coordena o curso de Nutrição da Universidade de Sorocaba (Uniso), fala sobre a relação entre os hábitos de alimentação e a obesidade. 1. A melhoria da alimentação é uma recomendação no combate aos problemas relacionados à obesidade, que já afetam mais da metade dos brasileiros. O fast-food é o maior vilão? São bem-vindas intervenções como a que o Chile pretende fazer, de restringir a venda desse tido de comida? O fast-food é um dos fatores que contribuem para escolhas inadequadas, principalmente frente à diversidade de opções desse tipo de alimento, com pratos muitas vezes ricos em gorduras, sal e açúcar. Além disso, o ambiente dos fast-food contribui negativamente para a ingestão rápida das refeições. São espaços pouco ventilados e quase sempre com muita poluição sonora, o que contraria as orientações que promovemos quanto à ambiência adequada, o que inclui também boas condições de higienização e segurança alimentar. Hoje, quaisquer políticas de saúde bem planejadas e que tenham objetivos claros são bem-vindas. O que ocorre infelizmente em nosso país é que muitas dessas estratégias não têm o alcance esperado. De qualquer forma, o Chile tem proposto algumas estratégias que podem ser encaradas como extremismo e isto, na Nutrição ou em outras ciências relacionadas à Saúde Pública, não é bem visto, principalmente por que essas medidas acabam não tendo o alcance desejado. 2. Como a senhora avalia as políticas públicas de combate ao problema no Brasil? O Brasil mudou substancialmente nos últimos 50 anos. Hoje, encontramos uma nova equação demográfica, caracterizada pela baixa fecundidade e reduzida mortalidade infantil e pré-escolar e a expectativa de vida média já supera os 67 anos. Essas transformações fundamentam uma mudança importante na geração de renda, estilos de vida e, especificamente, nas demandas nutricionais. Uma família menor, com melhores condições de renda pode gastar mais com alimentação. Além disso, nos últimos 25 anos melhoraram, significativamente, o acesso, a cobertura e a resolutividade das ações de saúde, e das condições de saneamento. Essas condições caracterizam um processo de Transição Nutricional do País, em que, de forma inesperada, a obesidade vem crescendo, principalmente entre a população de baixa renda. No entanto, o problema do sobrepeso/obesidade ainda não tem sido devidamente combatido, embora enfaticamente valorizado no documento sobre a política nacional de alimentação e nutrição.
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3. O IBGE constatou que o brasileiro está se alimentando mal, consumindo produtos ricos em carboidratos e gordura e poucas frutas e verduras. Quais ações podem ajudar a reverter esse quadro? Informar e orientar a população. Alimentação saudável e atividade física são o melhor caminho para a prevenção do excesso de peso. Isso implica, entre outras coisas, em comer frutas e verduras variadas; consumir feijão pelo menos quatro vezes por semana; nunca pular refeições; evitar alimentos gordurosos, refrigerantes e salgadinhos industrializados, além de aumentar a atividade física diária, se movimentar. Subir escadas em vez de usar o elevador, evitar ficar sentado por longos períodos e praticar 30 minutos de atividade física todos os dias.
Alimentação e obesidade: como enfrentar o problema
4. A obesidade é um problema que começa na infância. Pesquisa mostra que 33,5% de crianças de 5 anos, entre 2008 e 2009, apresentavam problemas de peso. Qual o papel dos pais e da escola? Pais, família, escola e sociedade são modelos para a criança e, portanto, agentes de mudança que têm a função de levar a informação correta e a orientação adequada para cada estágio de vida. Os hábitos alimentares são o resultado das experiências apreendidas ao longo da vida. Portanto, é possível, com algum esforço e técnicas eficazes de educação, reformular esses hábitos, corrigindo erros e distúrbios nutricionais. Em todas as frentes, na família e na sociedade, o sujeito deve ser ativo no processo de aprendizagem sobre alimentação saudável e sua importância para a saúde 5. Um estudo da USP/Esalq revela que o chá verde realmente funciona no combate ao excesso de peso e obesidade. Há outras bebidas ou alimentos que, comprovadamente, têm essa função? Não existe nenhum alimento mágico que poderíamos dizer ou mesmo afirmar que tenha efeito de combater a obesidade, que é uma condição patológica de caráter crônico. Alimento mágico não existe e sim uma reorganização dos hábitos alimentares e do comportamento frente à alimentação. 6. A proximidade do verão inspira muitas pessoas a recorrer a dietas. Esse hábito mostra que os cuidados com a alimentação, em muitos casos, possuem um caráter temporário e não se sustentam em longo prazo. Como manter uma dieta balanceada, se alimentando com prazer e de forma saudável? As práticas incorretas de controle de peso muitas vezes estão associadas à insatisfação pessoal e à baixa autoestima, o que leva muitos indivíduos a colocarem em prática modificações temporárias no padrão alimentar, com restrições alimentares severas, as chamadas “dietas de modismo”. Contudo, as práticas alimentares são práticas sociais, determinadas por influências culturais, pelo modo de vida. Cabe ao indivíduo escolher o que irá ajudá-lo a melhorar seu estado de saúde e bem-estar e, para isso, informação e conhecimentos nutricionais, estímulo pessoal e do núcleo familiar, além de mudança do comportamento alimentar são fundamentais. (Assessoria de Comunicação/Uniso)
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Pilates:
benefícios para corpo e mente
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“O pilates não se preocupa apenas com a questão física, mas com a saúde de uma forma integral, pois engloba todos os aspectos do corpo”.
pesar de antiga, desenvolvida em 1920 pelo alemão Joseph Pilates, o método de controle corporal que leva o seu sobrenome vem, aos poucos, sendo “descoberta” e aderida pelo grande público. “Com o aumento da expectativa de vida, as pessoas também têm procurado, cada vez mais, viver melhor. Por isso, o pilates tem sido bastante procurado. Ele ajuda na melhora da qualidade de vida”, comenta o educador físico e instrutor de pilates, Gerônimo Cardia. E são vários os benefícios, tanto à saúde física quanto mental, aponta Cardia: “melhora a respiração, a coordenação motora, aumenta o vigor físico, propicia movimentos fluídos, contribui com o alinhamento, o relaxamento e a concentração”, elenca. Segundo ele, o pilates é, inclusive, indicado pela comunidade médica como terapia complementar para casos de problemas de postura corporal, dores lombares e má circulação. “O pilates não se preocupa apenas com a questão física, mas com a saúde de uma forma integral, pois engloba todos os aspectos do corpo”. Cardia acrescenta que os benefícios à saúde aparecem de forma rápida e, além de corrigir postura, aumenta a flexibilidade e a força muscular e contribui com o aumento da autoestima. Para todos Indicado para todas as pessoas, a partir dos oito anos de idade, as sessões costumam ter cerca de uma hora e, em geral, tem a seguinte dinâmica: aproximação (reconhecimento do corpo); os movimentos do pilates e, por fim, o relaxamento (com ênfase na respiração). “O indicado é que se faça pelo menos duas sessões semanais”, orienta Cardia.
“É uma atividade que pode ser feita até o final da vida. Os exercícios são dosados de acordo com a capacidade de cada um”, comenta o mestre em Educação e especialista em Ginástica Escolar, Psicopedagogia e Pedagogia do Movimento. Entretanto, o educador físico recomenda o método também para crianças. “Porque vemos hoje uma ausência das atividades naturais lúdicas, que são as brincadeiras de rua, então o pilates resgata esses movimentos que estão sendo perdidos”, afirma. Com especialização em pilates para o público infantil, Cardia ressalta que além de lúdicos, os exercícios para os pequenos devem ser assimilados com uso de “figuras associativas, para explorar o imaginário [da criança]”. Especificamente no caso das crianças, ele destaca que as técnicas de percepção corporal “estimulam a concentração e fazem com que melhore o desempenho escolar”. Já os exercícios de respiração, segundo ele, ajudam a reduzir a ansiedade. Gerônimo Cardia acrescenta que não existe um tempo de duração definido para a prática da técnica de controle corporal. “Não tem ‘alta’ porque o corpo é feito para movimentar. Se a gente para de se movimentar, o corpo e a mente sofrem as consequências”, comenta, ressaltando que “quem percebe o valor da atividade, dificilmente para”. “Não é uma atividade da moda, mas vem crescendo, sim, a cada dia”, conclui. Nascido em Mönchengladbach, uma pequena cidade da Alemanha, Joseph Hubertus Pilates foi uma criança pequena e doente, que sofria de asma, raquitismo e febre reumática. Ficava observando as outras crianças brincarem, correndo e rindo, ficando com um corpo saudável, forte e fisicamente atrativo como os de seus pais.
Após sobreviver a doenças a cada ano, começou a busca de sua vida com objetivo da superação para suas fraquezas, assim poderia ser forte e saudável como seu pai. Historiadores relatam que uma família de médicos lhe deu um livro velho de anatomia do corpo humano, e Pilates aprendeu minúcias sobre cada parte do corpo humano e estudou tanto as formas orientais como ocidentais de exercício, incluindo Yoga. Antes da adolescência, Pilates começou a pesquisar muitos tipos de exercícios para ajudar seu treino de fortalecimento. Ele pesquisou os livros nas bibliotecas de universidades. Já em casa, Pilates praticava cada exercício que havia lido a respeito. Ele mantinha registros dos efeitos de cada movimento para medir seu progresso. Ele estudou Yoga, meditação Zen, e muitos outros tipos antigos de exercícios greco-romano. Estudou anatomia, na esperança de encontrar uma combinação de disciplinas para melhorar sua saúde. Tomou nota de tudo. Foi no ditado romano, “Mens sana in corpore sano” (mente sã, corpo são), que encontrou a base filosófica de seu método, pois utilizou seu conhecimento para superar as limitações de seu corpo. No final de sua adolescência já era um ótimo mergulhador, ginasta, esquiador e atleta de modo geral. Essa determinação de superação, aliás, deu a dinâmica de início ao movimento terapêutico que ajudou milhões de pessoas a alcançar uma qualidade superior de saúde e felicidade. Conhecido como método Pilates, a série com mais de 500 exercícios é, portanto, a fusão das disciplinas grecoromana antiga, com o entendimento científico ocidental e oriental baseado na anatomia fisiológica.
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A preparação para o
envelhecimento
“Realmente precisamos identificar e tentar corrigir esses fatores, com mudanças, o que é dificil, por exemplo, como mudar a atividade física e os costumes alimentares”,
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envelhecer é um processo natural. Na opinião do mé dico geriatra Paulo Renato Canineu, há necessidade de uma educação a respeito do envelhecimento, pois caso contrário, ele é visto como uma doença, por exemplo. Ele diz que costuma ponderar com seus pacientes idosos que só envelhece quem vence barreiras, ultrapassa os limites da própria doença e dificuldades da vida diária. “É difícil você envelhecer e não ter algum problema, porque saúde não quer dizer ausência de doença. Hoje ela é definida como a manutenção da capacidade funcional. Envelhecer bem é a capacidade de manter a capacidade de funcionamento do organismo, de relacionar-se bem com as pessoas, com o ambiente que o idoso vive e de aceitar as próprias limitações. Para isso há necessidade de uma educação, que deve começar desde a infância, passar pela adolescência e juventude”, comenta. De acordo com o médico, para envelhecer bem é importante levar em consideração os fatores chamados protetores e de risco. Os protetores constituem aqueles que mantêm a vontade de viver, a força de viver, ou seja, a pessoa ter objetivos, sonhos e planos. Temos fatores de risco não só para o coração, para as doenças circulatórias, como hipertensão, obesidade, vida sedentária, estresse, alterações de açúcar e gorduras. Esses são fatores que não só co-
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locam em risco a saúde circulatória da pessoa, mas o médico cita doenças do ponto de vista degenerativo, como Alzheimer. “Realmente precisamos identificar e tentar corrigir esses fatores, com mudanças, o que é dificil, por exemplo, como mudar a atividade física e os costumes alimentares”, diz. Conectado ao mundo Segundo Canineu, para quem já chegou na melhor idade, é possível passar a se cuidar, mesmo aos 60, 70 anos. Para isso a pessoa tem que estar conectada com o mundo. Na opinão dele, uma das piores coisas é o isolamento social da família, do ambiente, vizinhos e amigos. Ele lembra também a importância da prática física como caminhadas e alimentação balanceada, com ingestão de liquidos, frutas, verduras, peixe, grãos e uso ponderamente de gordura animal, carnes vermelhas, leite e próprios derivados. A família também tem que estar preparada para o envelhecimento. “A família é sempre a grande responsável pelo idoso. Ela precisa entender que a pessoa vai passando por modificações que exigem entendimento que ajude o idoso a se adaptar. Há até preocupações domésticas como colocar barras no banheiro para tomar banho com mais segurança, mais luz dentro de casa e que os degraus possam ser transformados em rampas. É importante manter a socialibidade do idoso e ter interatividade com outras pessoas”, garante.
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Fotos: Juliana Moraes
Banco de Olhos realiza
1.500 cirurgias por mês
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“Sem dúvida hoje a visão é um dos principais sentidos para o ser humano ter qualidade de vida, mas o BOS também pensa nos deficientes visuais e estará inaugurando em 2012 o seu Centro de Reabilitação ‘Vida Nova’”
assunto é qualidade de vida e, não por acaso, a visão saudável é fundamental. O Banco de Olhos de Soroca ba (BOS), aliás, tem destaque e reconhecimento internacionais, pois realiza diversas cirurgias e tratamentos com laser. Conforme explica Edil Vidal de Souza, superintendente do BOS, o volume maior de cirurgias são as chamadas refrativas, isto é, de miopia, astigmatismo e hipermetropia. “[O BOS] foi o primeiro hospital na América do Sul a usar tecnologia Femtosecond para procedimentos cirúrgicos na córnea, sendo o principal serviço no mundo no desenvolvimento de transplante a laser, procedimento realizado normalmente inclusive para os usuários do SUS”, ressalta. Souza assinala que a cada mês, o BOS realiza 10 mil consultas, além de 20 mil exames de diagnóstico e 1.500 cirurgias. “As principais são a de catatara [500], cirurgia refrativa [300] e transplante de córnea [250]”, detalha. Edil Vidal de Souza ressalta que o BOS iniciou suas atividades com atendimento social e ao longo desses anos se especializou nesse tipo de atendimento em massa, investiu em tecnologia diferenciada e ensino médico, através da formação de especialistas e sub-especialistas. “Tudo
isso é de fundamental importância para destacar o nosso serviço como uma referência nacional e internacional”. Reconhecendo o aumento da qualidade de vida que é oferecido aos seus pacientes, por meio das cirurgias oculares, Souza anuncia outra novidade inovadora para quem, infelizmente, não tem o sentido da visão. “Sem dúvida hoje a visão é um dos principais sentidos para o ser humano ter qualidade de vida, mas o BOS também pensa nos deficientes visuais e estará inaugurando em 2012 o seu Centro de Reabilitação ‘Vida Nova’”. Ele assinala que além da estética, a qualidade de visão tem sido uma busca cada vez mais constante pelas pessoas. “O maior volume é de cirurgias refrativa a laser [até 8 ou 9 graus], mas o BOS também oferece novas técnicas cirúrgicas e lentes especiais para altos míopes [geralmente, mais de 10 graus], e recentemente várias técnicas para cirurgias de presbiopia [vista cansada], sendo esta a grande novidade da especialidade de oftalmologia no mundo”, comenta o superintendente do hospital filantrópico. Além da oftalmologia, o BOS também tem atuado na área de Otorrinolaringologia, oferecendo médicos 24 horas nessa especialidade. “Algumas novidades já surgiram nessa área neste último ano, inclusive com a realização de cirurgias inéditas aqui em Sorocaba”, finaliza Souza.
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Equoterapia
Tai chi chuan:
traz série de benefícios a patologias diversas
saúde e paz interior
Desde 2010, policiais do 7° Batalhão de Polícia Militar do Interior, em parceria com a Prefeitura de Sorocaba e ACM, desenvolvem o projeto de Equoterapia. De acordo com o segundo sargento João Carlos Jacintho são atendidos, de maneira gratuita, crianças e adolescentes com idades entre 4 e 15 anos, de patologias diversas. O sargento diz que a polícia militar também tem essa preocupação com o social e para todos os policiais e profissionais da equipe multidisciplinar, é gratificante ver a melhora dos praticantes. Devido à lista de espera ser grande, o sargento explica que o atendimento é feito por um ano. A terapeuta ocupacional Fernanda Rogoski de Souza Ferreira conta que a equoterapia utiliza a natureza e o cavalo como recurso terapêutico. De acordo com ela, o cavalo tem muitas semelhanças com o ser humano e, por isso, ele é peça fundamental no tratamento, como o passo dele, com movimento tridimensional. Outro fator citado é que ele não vive sozinho e assim como a criança precisa de contato social. “A criança que não consegue andar, seja qual for a patologia, se sente poderosa, porque o cavalo é alto, e ela descobre que tem condição de realizar qualquer coisa”, diz Fernanda. Ela afirma que consegue muitos ganhos com o cavalo, como fazer com que o paciente aprenda a reorganizar o seu dia-a-dia, assim como o relaxamento. As avaliações são feitas pela equipe multidisciplinar, como neuropsicologas, professor de educação física, fisioterapeutas e condutores. Como melhora, Fernanda cita a parte social, interação, a correção postural, independência nas atividades diárias e práticas, o tônus muscular, coordenação motora, autoestima e confiança, Tudo com acompanhamento dos familiares.
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raticado pelos chineses por milhares de anos, o tai chi chuan é mais do que uma terapia alternativa. É encarado como “um modo de vida”, com fundamentos filosóficos, cujas instruções, passadas de geração para geração, foram desenvolvidas inicialmente como uma arte marcial. De acordo com informações da Associação Brasileira de Tai Chi Chuan, a técnica desenvolvida historicamente e baseada na natureza, na observação dos animais, por exemplo. Mas, segundo instrutores e praticantes, sua efetiva fonte de energia “encontra-se totalmente em nosso interior”. Apesar de suas raízes estarem na antiga China, o Tai Chi Chuan é muito indicado para os ocidentais, pois visa dar aos que vivem no ritmo veloz das cidades urbanas, um fator de compensação em suas vidas. Composto de movimentos circulares, concomitantes com respiratórios, que vão relaxando o corpo à medida que são efetuados, sem utilização de força física, o tai chi chuan consiste em uma sequência aprendida dos movimentos contínuos, delicados e circulares, que, além de desenvolver o alongamento do corpo, auxilia na ativação da circulação e no relaxamento muscular.
Entre os benefícios da prática milenar, praticado ao som de música calma até mesmo em praças públicas da China, estão o relaxamento da mente e corpo, melhora da digestão, além do aumento da flexibilidade das articulações. O tai chi, aliás, pode ser praticado por pessoas de qualquer idade. Isto porque, segundo os instrutores, os movimentos flexíveis e circulares não exigem esforço físico. Especialistas assinalam, contudo, que a técnica vai além dos movimentos marcados pela suavidade. É preciso que a mente esteja tranquila e concentrada. Além disso, a respiração deve estar em harmonia com o movimento do corpo.
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A busca pelo
padrão da estética Q ual é o padrão de beleza hoje em dia? Esse questiona mento faz parte do pensamento de muitas pessoas. A psicóloga clínica e terapeuta sexual Osmeire Tobias Mendes diz que somos na essência seres distintos, diferentes e “próprios”, temos características que vêm em nossa carga genética. “Uma essência única e por isso deveria ser por nós valorizada e não uma sentença de problemas. Em sua opinião, o ideal seria que pudéssemos reconhecer e entender nosso biotipo, o qual determina qual nossa altura, ossatura, peso, características físicas herdadas, porém que não precisam ser sentença em nossas vidas. De acordo com ela, quanto mais cedo os pais são orientados podem colaborar para que os filhos tenham melhor dieta alimentar combinada a atividades físicas. “Isso por si só pode minimizar as ocorrências de problemas como, por exemplo uma obesidade. Considerando uma das tantas dificuldades após certa idade de ser “corrigida” e que tem um padrão rigoroso da moda nos últimos tempos, o da “magreza” e antes de tudo no que diz respeito à saúde física e inclusive a psicológica.
Ela garante que se cuidar é fundamental, está ligado essencialmente à nossa autoestima (ou não). O ideal seria a conscientização de que em primeiro plano precisamos cuidar da nossa saúde. “Uma dieta alimentar saudável é recomendada a todos e não especificamente ao predisposto a obesidade. Então teríamos como consequência natural uma estética melhor, considerando que boa alimentação e atividade física combinadas refletem em nosso peso, pele, cabelos e unhas”, diz. Ela explica que “o que acontece é que do ideal para o real” vai uma distância, assim temos consequências negativas em nosso corpo e consequentemente em nossa psique/emoção. Desejando o que está padronizado como “mágica”, com imediatez, quando muitas vezes levamos anos para deixar se instalar maus hábitos. “Estarmos voltados de forma saudável e equilibrados para ficarmos bem e/ou melhor é muito importante, mas se isso ocorrer de forma desesperada e sem medir limites para os resultados podem trazer sérias consequências, levando muitas vezes até a morte, como em tantos casos que vemos divulgados na mídia”.
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O mito de beleza atual
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á pouco tempo, conversando com uma amiga ela disse que as mulheres, hoje, lhe pareciam todas iguais. Achei interessante a colocação, até porque já tinha reparado nisso. É como se um ideal de beleza imaginado e imposto sei lá onde e quando, imperasse sobre todas as mulheres, feias ou bonitas, magras ou gordas, loiras ou morenas, jovens ou velhas. Antigamente, era só uma tentativa de não mostrar sinais de envelhecimento, já que um dos ideais de beleza atuais é o da eterna juventude: temos que viver como se nunca fossemos morrer e não se pode mostrar o envelhecimento pois ele está ligado à morte e com isso, é feio. Em outras palavras, destituíram o envelhecimento e a morte como partes intrínsecas da vida. Aumentou consideravelmente o número de mulheres jovens que se submetem às cirurgias plásticas ou tratamentos de beleza dolorosos e invasivos. Não é mais um problema de não se poder envelhecer. É um problema bem maior: é o de submeter-se a um mito de beleza que vem imposto de fora por meio de milhares de fotos, outdoors, revistas femininas, indústrias de cosméticos e dietas milagrosas. Durante as últimas décadas, cresceram em ritmo acelerado os distúrbios relacionados à alimentação e a cirurgia plástica de natureza estética veio se tornar uma das maiores especialidades médicas. Mulheres que lutaram pelo direito ao voto em 1830, pelo trabalho fora de casa no pós guerra, e pela emancipação feminina na década de 60, via Betty Friedman e que hoje podem chegar a ganhar salários por vezes mais altos que os homens, que ocupam cargos públicos, que alcançaram altos postos, ainda estão presas num mito de beleza que não lhes permite aproveitar o sucesso alcançado, depois de tantas batalhas. Esse mito toma forma de uma coerção social que os mitos da maternidade, domesticidade, castidade e passividade não conseguem mais realizar. Esse mito de uma beleza imposta e artificial, parece procurar neste instante, destruir psicologicamente tudo de positivo que o feminino proporcionou as mulheres material e publicamente. Pensamos que conquistamos a liberdade, mas estamos tão ou mais presas do que nossas avós estavam. Quem discorre muito claramente sobre isso é Naomi Wolf, em seu livro “O Mito da Beleza”. A beleza não é universal, nem imutável, embora o mundo ocidental finja que isso possa
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ser possível. Os padrões de beleza mudam conforme a época, conforme o povo e sua cultura, conforme o gênero. Naomi Wolf lembra, muito adequadamente, em seu livro, de um mito ressurgido, o da Dama de Ferro, que não se refere à ex-primeira ministra britânica e sim a um instrumento de tortura da Alemanha medieval: uma espécie de caixão com forma de um corpo, que trazia pintados os membros e o rosto de uma jovem bela e sorridente. A pobre vítima era ali encerrada e , quando a tampa se fechava, ela ali ficava imobilizada e morria de inanição ou perfurada pelos espigões de ferro encravados na parte interna do caixão. Essa figura me é muito tocante porque faço um paralelo com o mito de beleza ao qual tentamos loucamente nos adequar e nos prendemos cruel e rigidamente, esquecendo que beleza vai além das aparências. Os estragos contemporâneos provocados pela alucinação da aparência ideal, estão destruindo nosso físico e nos exaurindo psicologicamente. Aparência, embora seja o que primeiro aparece, não é tudo. Nenhuma boa aparência resiste a cinco minutos de conversa idiota, a uma total falta de virtude ou a comportamentos rudes. Existe um velho ditado, que hoje parece estar chacinado pela exigência moderna de beleza, que diz que a beleza vem de dentro. Então, é urgente que conheçamos a mulher escondida que vive em nós, seja qual for o corpo em que ela esteja escondida. Temos que parar já e agora de julgar o outro, principalmente a outra mulher, segundo sua aparência. Até por uma questão ambiental, é preciso parar de consumir tanto e tão desnecessariamente para alimentar esse ideal de beleza artificial. Nem o planeta aguenta isso. Para nos salvar, diz Naomi, podemos imaginar uma vida num corpo que não tenha o peso do valor do mito da beleza; uma teatralidade voluntária que brota da abundancia do amor por nós mesmas. Não precisamos transformar nossos corpos, precisamos transformar as regras. Precisamos parar de nos culpar, parar de correr, de pedir desculpas por não sermos o que nos é imposto, e começar a fazer o que realmente queremos. Ser feliz é bonito, é sexy, é atraente. Amar traz brilho ao corpo todo. Ser livre e deixar os outros livres, faz bem para a alma, pois ela também fica aprisionada no corpo. Temos que nos cuidar para ficarmos saudáveis e fortes, para termos ânimo. Saúde é sinônimo de beleza. Temos que nos cuidar para envelhecermos com dignidade e usufruirmos do poder que a experiência nos dá. Para contemplarmos a vida do lugar de quem já percorreu o caminho e sente orgulho de suas realizações e dos desafios que enfrentou. (Artigo escrito pela psicóloga clínica Lisete Moreira Del Bianco )
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Sorocaba investe
em equipamentos e políticas para melhorar qualidade de vida da população
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ão é de hoje que os moradores de Sorocaba, por meio do poder público, têm sido beneficiados com oferta de políticas e equipamentos públicos que visam oferecer melhores condições de saúde e qualidade de vida. A cidade, que já foi reconhecida nacionalmente como “capital da caminhada” por causa das diversas pistas de caminhada, instaladas no entorno de várias praças e parques, é agraciada com a segunda maior rede de ciclovias do país, ficando atrás apenas da cidade do Rio de Janeiro. “Mas o Rio de Janeiro é apenas na orla marítima, e não como opção de mobilidade”, disse o prefeito Vitor Lippi (PSDB) em reportagem especial sobre as ciclovias, já publicada no Jornal Ipanema. A malha cicloviária da cidade, que até o final de 2012 deverá chegar a cem quilômetros, vale ressaltar, já se tornou uma referência no setor para todo o Brasil e países da América Latina. “O projeto representa um novo conceito de qualidade de vida e mobilidade urbana, pois garante segurança aos ciclistas, estimula o lazer e a prática de atividades físicas, além de oferecer uma opção econômica e não poluente de transporte”, acrescenta Lippi. Em 2009, a rede de ciclovias rendeu a Sorocaba o prêmio especial “Agir Localmente, Pensar Globalmente” na premiação do troféu “Município Verde Azul”, concedido pelo governo do estado de São Paulo, por meio da Secretaria do Meio Ambiente. Elaborado por técnicos da Urbes – Trânsito e Transportes e da Secretaria de Obras e Infraestrutura Urbana (Seobe), o Plano Cicloviário se viabiliza com a construção de ciclovias em avenidas e interligações de pistas novas com as já existentes, para propiciar aos usuários deslocamentos mais longos. As ciclovias possuem padrão com pintura vermelha, sinalização viária com placas e pintura de solo e, ao longo dos percursos, calçadas para caminhadas, sistema de iluminação e paisagismo, com gramado, arbustos e árvores.
Segundo a prefeitura, os equipamentos já estão disponíveis em 15 pontos, de um total de 50 previstos, que devem estar em todas as regiões da cidade em breve. São seis aparelhos diferentes: caminhada dupla, cavalgada dupla, esqui duplo, pressão de pernas e um múltiplo, com seis funções. A busca pelas Academias tem sido intensa em todos os locais onde são implantados, pois são instalados em locais onde, espontaneamente, as pessoas faziam atividades físicas. Agora, elas contam com mais esta opção para ter mais qualidade de vida.
Pedala Sorocaba Além das ciclovias, a Prefeitura de Sorocaba colocou em prática na cidade o “Pedala Sorocaba”, que atrai centenas de ciclistas. O programa realiza passeios, sorteios, ações recreativas e culturais, sempre tendo como foco principal a importância do uso da bicicleta. Todos os domingos pela manhã, um trecho da avenida Dom Aguirre é fechado no Jardim Abaeté, nas proximidades do Parque das Águas, para que a população pedale, com toda a segurança e alto astral. Organizado pela Urbes – Trânsito e Transportes, o passeio já reuniu mais de duas mil pessoas, principalmente famílias, que aproveitam para manter um hábito saudável e curtir um domingo de lazer. A versão noturna do passeio, o “Pedala Noturno” acontece uma vez por mês e também atrai ciclistas de toda a parte da cidade.
Via Viva Já o Via Viva tem animado milhares de sorocabanos. Com uma variada programação de esportes, lazer, cultura, saúde, meio ambiente, entre outras ações da Prefeitura de Sorocaba, o projeto acontece todo domingo, na avenida Itavuvu, cujo trecho de dois quilômetros (entre a UPH Zona Norte e a avenida Atanásio Soares) é fechado ao trânsito de veículos entre 8 e 13 horas. para quem quiser se divertir com a família, caminhar, correr, andar de bicicleta, skate ou patins e, ainda, passear com seu animal de estimação, entre outras atividades. Entre as atrações, todas gratuitas, o público pode participar de aulas de ginástica, artes marciais esportes olímpicos e radicais, apresentações de música, teatro e dança, pintura facial, brinquedos infláveis, jogos de basquete, damas, xadrez, pebolim e tênis de mesa e a Escola do Pedala, com orientações às crianças sobre segurança no trânsito. O projeto mantém também uma “Academia ao Ar Livre”, empréstimos de livros pelo programa móvel do “Vai e Vem” e a unidade Sabe Tudo, que fica próxima à avenida e que oferece acesso à internet e espaço para leitura de livros, revistas e jornais do dia. A estrutura oferece banheiros em três pontos da avenida e serviços de manutenção para bicicletas.
Academia ao ar livre Além das ciclovias, moradores de diversos bairros de Sorocaba, de todas as idades, contam com uma nova opção para se exercitar e cuidar da saúde. É o projeto Academia ao Ar Livre, que disponibiliza aparelhos de ginástica em espaços públicos, como parques, áreas de lazer e praças da cidade.
Ginástica no Parque Já o programa Ginástica no Parque, implantado recentemente pelo governo municipal, oferece gratuitamente atividades físicas para diferentes faixas etárias, voltadas a pessoas acima de 15 anos. Os participantes do programa são orientados por profissionais de Educação Física no combate ao sedentarismo, fazendo exercícios em um local junto à natureza, e de forma gratuita. O programa começou no Parque “Maestro Nilson Lombardi”, no Jardim Ipiranga, e, segundo a prefeitura, será implantado, gradativamente, nos parques do Éden, da Vila Formosa, da Vitória Régia e no Parque das Águas, entre outros. Entre as atividades estão: alongamento, exercícios localizados, orientação de caminhada, relaxamento, ioga, atividades lúdicas e de Tai Chi Chuan. Para participar, basta comparecer ao Parque do Ipiranga e conversar com os técnicos da Secretaria de Esporte.
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