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editorial
Cidade empreendedora
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orocaba comemora na próxima quarta-feira (15) seus 358 anos. A cidade passa por um ótimo momento em nível de investimentos, atração de capital e geração de empregos. A economia sorocabana, a despeito das conturbações mundiais, vai muito bem, obrigado. Ao completar 358 anos de sua fundação, Sorocaba vive e demonstra a sua capacidade bastante diferenciada entre os municípios paulistas – e por que não dizer entre as cidades do Brasil – em atrair investimentos e gerar novos negócios. Somos protagonistas deste momento ímpar, com vetores que apontam para o futuro. O ano de 2012 é, sem dúvida, um marco expressivo na história do desenvolvimento econômico da cidade, especialmente por conta da instalação da nova zona industrial da cidade e da fábrica da montadora japonesa Toyota, ao lado da criação do Parque Tecnológico, considerado o maior centro de inovação das Américas. O ritmo acelerado de crescimento verificado nos últimos anos no município projeta perspectivas extremamente positivas para os setores industrial, comercial, educacional, tecnológico, de serviços, entre outros setores de nossa economia, consolidando a vocação e o potencial de progresso da nossa querida terra de Baltazar Fernandes. Sorocaba vive mais esta etapa desenhada ao longo de sua história políticoadministrativa e se credencia como uma sólida vitrine para investimentos, num ciclo gerador de oportunidades. É justamente neste momento que o binômio crescimento e sustentabilidade se coloca como o maior desafio para nossos futuros governantes. Neste 15 de agosto, os nossos para-
béns se estendem a todos aqueles que, direta ou indiretamente, participam como agentes deste processo de crescimento. E os desejos de felicidades são direcionados para que a aniversariante, nossa querida Sorocaba, possa ser cada vez mais administrada com carinho, pautada por princípios que garantam qualidade de vida à população, que é a convidada mais ilustre desta grande festa.
Diagramação e Arte: daniel Guedes Ipanema Sistema Gráfico e Editora Ltda
Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira, 199 - Lageado - Votorantim/SP CEP 18.110-008 - Fone/Fax (15) 2102-0399
Direção: Francisco Pagliato Neto Juliana Pagliato
Editor: Urbano Martins MtB 36504
Gerente Geral: Wilson rossi Textos: Cida Haddad Jomar Bellini Jônatas rosa Marisa Batalim rubens Maximiano Felipe Shikama
Parque Tecnológico, considerado o maior centro de inovação das Américas. Abaixo, panorâmica da cidade
Fotos: Jomar Bellini Juliana Moraes emerson Ferraz/Secom Zaqueu Proença/Secom Revisão: robson Camargo Súnica Distribuição: Sorocaba e região Tiragem: 30 mil exemplares Impressão: log&Print Gráfica e logística ltda
PORTAL DO JORNAL IPANEMA: www.jornalipanema.com.br 4 • Sorocaba Sempre • 2012 | Jornal Ipanema
Capa produzida por Daniel Guedes
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iNdÚStria
diverSifiCação eConômiCa eStá entre diferenCiaiS de SoroCaba
Sorocaba registra, hoje, uma diversificação econômica raramente vista em outros municípios brasileiros
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em 2.400 dólares americanos para a população urbana e 917 dólares americanos para a rural (7.200 pessoas) e a 29ª
Fotos: Revista do Ciesp/Sorocaba
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orocaba é uma das cidades com maior potencial econômico no país, com um PIB de R$ 14 milhões, diz Erly Domingues de Syllos, 1º vice-diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) - Diretoria Regional Sorocaba. Segundo ele, Sorocaba é o oitavo município brasileiro e o quarto mercado consumidor do estado fora da região metropolitana da capital, com um potencial de consumo per capita anual estimado
cidade brasileira com maior potencial de consumo. Ainda: é a quarta maior cidade paulista a receber novos investimentos e uma das maiores do país, figurando na lista das trinta cidades que mais geram empregos no Brasil. Syllos afirma que as principais atividades econômicas em Sorocaba são: indústrias de máquinas, siderurgia e metalurgia pesada, indústria automobilística, autopeças, mecânicas, indústrias têxteis, equipamentos agrícolas, químicas, petroquímicas, farmacêuticas, papel e celulose, produção de cimento, energia eólica, eletrônica, ferramentas, telecomunicações entre outras, tornando-se, assim, uma cidade dinâmica e de boa situação econômica. Sorocaba registra, hoje, uma diversificação econômica raramente vista em outros municípios brasileiros, comenta Syllos. “A cidade é a quinta em desenvolvimento econômico do estado, com investimentos da ordem de 3, 5 bilhões de dólares americanos, com 5 bilhões de dólares americanos de PIB. “Suas indústrias exportam para mais de 115 países gerando impostos da ordem de 370 milhões de dólares americanos por ano. Existem em Sorocaba cerca de 1.800 indústrias instaladas, aproximadamente 14 mil pontos de comércio, mais de 11 mil prestadores de serviço e 25 mil trabalhadores autônomos”, afirma.
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iNdÚStria
“perSpeCtivaS de CreSCimento de SoroCaba para oSS próximoS anoS SSão exCeLenteS”, afirma diretor
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Município - e assim distribuídos: • Zona Industrial situada nos bairros do Éden, Aparecidinha e Cajuru, possui 25 milhões de m², sendo que 50% ainda estão disponíveis para a instalação de indústrias; • Zona Industrial situada às margens da rodovia Castelo Branco, entre o km 84 e o km 95. Possui 22 milhões de m² destinados para a expansão industrial. É a nova área de expansão, onde está implantado o Parque tecnológico e o Complexo Toyota.
Sorocaba disponibiliza amplo apoio às empresas interessadas em investir no município, através de incentivos fiscais, definição de zonas industriais de excelente localização, sistema eletrônico para a agilidade de questões de documentação e tributação. Quanto à especificação das áreas industriais, Syllos explica que o município de Sorocaba possui dois núcleos para a implantação de empresas, regulamentadas pela Lei nº 8.181 de 5 de junho de 2007 – Plano Diretor Físico Territorial do AI/Ciesp-Sorocaba
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ocalizada numa região privilegiada, próxima a vias de acesso rodoviário e hidroviário que a ligam aos grandes centros de consumo e levam na direção dos demais países do Mercosul, Sorocaba oferece atrativo adicional às empresas: uma estrutura de qualificação de mão de obra que cobre com qualidade o nível operacional, garante Erly Domingues de Syllos, 1º vice-diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) - Diretoria Regional Sorocaba. Ele comenta que os principais países aos quais Sorocaba mais exporta estão: Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Chile e Uruguai. A balança comercial do município demonstra o dinamismo da indústria local. O valor das exportações em dólares FOB passou de US$ 307.371,395.00 no ano 2000 para US$ 1.669.350,028.00 no ano de 2011. O valor das importações, também em dólares FOB, passou de US$ 435.021,226.00 no ano 2000, para US$ 3.162.539,940.00 no ano de 2011 (dados do MDIC). As perspectivas de crescimento de Sorocaba para os próximos anos são excelentes devido à instalação do Parque Tecnológico que “será um ambiente favorável à instalação e, consequentemente, à vinda de novas universidades e empresas de alta tecnologia, melhorando, portanto, as oportunidades de trabalho. Cerca de dois terços da riqueza de Sorocaba são gerados pelo setor industrial, incluindo-se aí a prestação de serviços ligados à indústria”, afirma. Syllos salienta que a Prefeitura de
“
exiStem em SoroCaba C CerCa Caba CCa de 1.8oo indúStriaS inStaLadaS, aproximadamente 14 miLpontoSS de ComérCio, maiSS de 11 miLL preStadoreS de Serviço e 25 miL trabaLhadoreS autônomoS
”
erLy domingueS de SyLLoS, 1º viCe-diretor do CieSp/SoroCaba
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Setor aUtoMotiVo
f CCa da toyota fábri já é uma reaLidade
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montados os modelos Toyota Bandeirante. Além dessa fábrica, onde hoje são produzidas autopeças, a montadora conta ainda com a unidade de Indaiatuba (SP), em operação desde o fim da década de 90, onde é fabricado o modelo Corolla. O Toyota Etios deverá chegar às re-
o veí veíCuLo produzido na pLanta L Lanta SoroCabana C Cabana Será o CompaCto naS verSõeS etioS, naS hatCh e Sedan, Com motoreSS 1.3 ou 1.5 fLex
vendas da marca no final de setembro. Certamente será uma das principais estrelas do Salão do Automóvel de São Paulo, que acontece em outubro. O preço do Etios ainda é segredo, mesmo para as concessionárias. Mas pela proposta da Toyota de ganhar volume de vendas e participação de mercado, especula-se que a versão hatch, de entrada, com motor 1.3, deve ficar em torno de R$ 30 mil. O modelo sedan, na versão topo de linha, deve alcançar R$ 45 mil. As versões completas do Etios deverão oferecer ar-condicionado, computador de bordo, direção hidráulica, trio elétrico, freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição de força de frenagem) e airbag duplo de série. Uma novidade para os modelos Toyota vendidos no Brasil é a opção de cores chamativas, como vermelho e verde, impensáveis nos modelos Corolla.
Com um terreno de 3,7 milhões de metros quadrados, a planta da Toyota em Sorocaba recebeu um investimento de US$ 600 milhões
Revista do Ciesp/Sorocaba
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emorou menos de dois anos para que a Toyota construísse a sua fábrica de veículos compactos na cidade. Em exatos 23 meses, os japoneses levantaram a terceira planta da Toyota do Brasil numa área de 3,7 milhões de metros quadrados, à margem do quilômetro 92 da rodovia Castello Branco (SP-280). O carro que sairá de Sorocaba é o Etios. O modelo já é produzido na Índia e comercializado nos países emergentes. O Toyota brasileiro será produzido nas versões hatch e sedan, com motores 1.3 ou 1.5 flex. Apesar da capacidade de produção da fábrica de Sorocaba ser de até 400 mil veículos por ano, por enquanto, serão montados cerca de 6 mil veículos por mês. As obras absorveram investimentos de US$ 600 milhões. Neste início de atividades, cerca de 1,5 mil funcionários estarão trabalhando na produção do Etios. A Toyota chegou ao Brasil em 1958 com a construção de sua primeira fábrica fora do Japão. Nessa unidade, em São Bernardo do Campo (SP), eram
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d e S e N V o lV i M e N t o O Parque Tecnológico inaugura uma nova fase de desenvolvimento regional
uma via de mão dupLa
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Fotos: AI/PMS
ma ponte que liga a academia (faculdades e universidades) com a indústria. Esse é o principal objetivo do Parque Tecnológico de Sorocaba, inaugurado em junho deste ano, na opinião do secretário de Desenvolvimento Econômico, Mário Tanigawa. “Nós temos que manter a parte da academia unida com a indústria para fazer com que eles iniciem, de forma mais fácil, um relacionamento em termos de inovação. Porque se não inovar nós vamos acabar fechando as portas da indústria brasileira e isso significa acabar com o emprego no Brasil e criar o emprego lá fora”, argumenta.
Mário Tanigawa, secretário de Desenvolvimento Econômico de Sorocaba
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Localizado no final da avenida Itavuvu, Zona Norte de Sorocaba, o funcionamento do Parque Tecnológico inaugura uma nova fase de desenvolvimento regional. Com quase 1 milhão de metros quadrados, o complexo que homenageia um dos maiores empresários da cidade, Alexandre Beldi Netto, recebeu investimento de aproximadamente R$ 70 milhões e vai abrigar diversos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento. Com o Parque Tecnológico, Sorocaba irá mudar de patamar de competitividade: ela deixará de ser apenas uma cidade industrial para ser também uma cidade tecnológica, o que a ajudará a garantir seu futuro com a atração de novos investimentos, ajudando o Brasil a ter competitividade tecnológica. O secretário de Desenvolvimento
acrescenta que investimentos em inovação são, em todo o mundo, a principal forma de afastar a crise econômica que atualmente atinge vários países da Europa. “Felizmente, no Brasil, o consumo do mercado interno está fazendo com que essa crise não afete muito a economia. Afeta de forma considerável, mas a gente consegue manter índice de crescimento (do PIB). Mas se depender do mercado interno, o Brasil acaba ficando muito vulnerável, porque os países de fora, principalmente Índia e China, acabam produzindo mais barato do que aqui”, acrescenta.
Vocação promissora Além disso, Tanigawa comemora a virtude da vocação industrial de Sorocaba, que acaba movimentando outras atividades econômicas como o setor de comércio e a prestação de serviços. Ele explica que, com o aumento da arrecadação, a prefeitura tem melhores condições de investir em política social e infraestrutura. “Essa geração de atividades industriais, comerciais, prestação de serviços na área de agricultura, pecuária e abastecimento, que também fazem parte da nossa Secretaria, bem como atividades de turismo, está atrelada a um crescimento ordenado da cidade. Mas o carro chefe disso, obviamente, é a indústria”.
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laBoratórioS de PeSqUiSaS
parque teCnoLógiCo fortaLeCe a eConomia na Cidade
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to circular, o prédio possui aproximadamente 12 mil m², edificado em estrutura de concreto pré-moldado, que abrigará os laboratórios de pesquisas das academias e institutos, auditórios para 800 pessoas, centro de convivência, bancos, restaurantes e administração. No Núcleo Central, estão sendo instaladas ainda as incubadoras de empresas de base tecnológica e setores estruturais, por exemplo, para o registro de patentes, suporte jurídico e de negócios e atendimento do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O Parque Tecnológico de Sorocaba integra o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, que computa 30 projetos em implantação em várias cidades. Será o segundo do estado a receber o credenciamento definitivo. Para o prefeito, o Parque Tecnológico, aliado à entrada em operação da Toyota, representa um novo ciclo econômico não só em Sorocaba mas também para a região. Fotos: Gui Urban
a
área de desenvolvimento em Sorocaba ganhou novos ares com a inauguração do Parque Tecnológico. O investimento foi de quase R$ 70 milhões. O Parque Tecnológico, que leva o nome de Alexandre Beldi Netto e faz parte do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, é o segundo do estado de São Paulo a obter o credenciamento definitivo. O Parque Tecnológico fica no final da avenida Itavuvu, nas proximidades do complexo industrial Toyota e da futura Zona Industrial Norte – na altura do Km 92 da rodovia Castello Branco. A expectativa é de que o Parque Tecnológico de Sorocaba fortaleça ainda mais a economia local e regional, com o desenvolvimento tecnológico de suas empresas, possibilitando a manutenção e a geração de novos empregos com melhores salários, elevando e melhorando a qualidade de vida da população. Os parques tecnológicos em funcionamento no Brasil geram, em média, entre quatro e cinco mil empregos cada, com salários muito superiores aos profissionais do mercado. Com quase um milhão de m² ao todo, o Parque Tecnológico de Sorocaba se
diferencia dos demais por não abrigar o setor produtivo das empresas, mas sim seus laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Diferente da maioria dos empreendimentos do gênero, ele reúne, em um mesmo ambiente, dez universidades distintas, além de escritórios de entidades certificadoras e registro de marcas e patentes. Vocacionado para os setores automotivo, metal-mecânico, eletrônico, eletroeletrônico e TIC, o modelo adotado para o parque sorocabano é resultado de conceitos aplicados em vários projetos visitados na França, Inglaterra, Dinamarca, EUA e também do Brasil. A implantação do Parque Tecnológico começou pela construção do Núcleo Central. Com design futurista, em forma-
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CoMÉrCio
ovarejoem franCo CreSCimento
a
expansão demográfica de Sorocaba e a vinda de novas indústrias e empresas prestadoras de serviços contribuem para o crescimento do comércio varejista local, além da vinda de pessoas da região. Tudo isso faz parte do que o Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Sorocaba) - segundo o presidente Fernando Soranz - chama de “um novo perfil eclético de consumidores das classes A a Z”. De acordo com Soranz, quanto ao comércio varejista, o número é considerado expressivo com dez mil estabelecimentos na cidade, sem considerar as farmácias, padarias e restaurantes, representados por outros sindicatos patronais. O economista Rafael Nochelli, da As-
Capitais externos foram investidos e houve uma diversificação em termos de marcas e produtos
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sociação Comercial de Sorocaba, afirma que o comércio sorocabano mudou muito nos últimos dez anos. “Capitais externos foram investidos na cidade. Houve uma diversificação muito grande em ter termos de marcas e produtos. A proximidade com a capital ainda afeta o desenvolvimento de um segmento de artigos de luxo e alta gastronomia”, afirma. Na opinião de Hudson Pessini, relações públicas da Associação do Centro de Sorocaba, na cidade, ainda sobrevive o antigo boca a boca que, na opinião dele, é um fator extremamente importante para o sucesso ou fracasso de muitos setores do comércio central. Quanto aos investimentos, Pessini lembra que o comércio como um todo necessita também de investimentos por parte do Poder Púbico. “Para continuar pungente, o comércio precisa de investimento em segurança, vagas de estacionamento, regulamentações de trânsito, iluminação adequada e fiscalização eficaz para que o comerciante legalizado não sofra com o mercado da pirataria, por exemplo”, diz.
Excelência no atendimento e a classe C Nochelli lembra que excelência no atendimento é essencial. Soranz também acha imprescindível a formação de mão de obra no atendimento. Ele enfatiza que este é o “gargalo” atual para todas as lojas. Há vagas disponíveis e falta mão de obra treinada para a excelência dos ser serviços prestados ao consumidor ser mais coerente com as exigências do mercado. Soranz cita ainda a chamada “nova classe C”, em destaque em todas as
mídias, como potencial de compras no Brasil e que está superando todas as expectativas, seja em aquisições de carros como em roupas e demais itens do comércio varejista. Esse “boom” de crescimento é importante sobre dois aspectos: primeiro porque a população está tendo acesso às suas necessidades de consumo e também porque a qualidade de vida de todas as pessoas melhorou, seja em alimentação, moradia ou autoestima. Nochelli, sobre a inadimplência de consumidores, observa uma inflexão preocupante na tendência de crescimento do mercado. “Até o mês de maio/2012, a inadimplência manteve-se praticamente estável, com viés de baixa. Ao longo do mês de junho/2012, observamos um incremento da ordem de 1,30% ante maio/2012 e assustadores 7% ante junho/2011. O comprometimento da renda com o pagamento de financiamentos de médio e longo prazo está a exercer forte pressão sobre a demanda. Como a inadimplência relaciona-se com o endividamento e não com o desemprego, cremos se tratar de fenômeno de curto prazo”, conclui.
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iNFraeStrUtUra rodoViÁria
SoroCaba C éCortada Caba por oito eStradaS
S
orocaba está localizada numa região privilegiada. A terra rasgada é cortada por oito importantes rodovias que ligam a cidade ao restante do país e que se transformaram em verdadeiras avenidas devido à quantidade de carros trafegando todos os dias. A mais importante delas é a administrada pela CCR ViaOeste, que é responsável por 168,62 quilômetros de rodovias por onde trafegam diariamente cerca de 600 mil veículos. Desse total, cerca de 80% são veículos de passeio e 20% comerciais (ônibus e caminhões). O sistema Castello-Raposo integra as rodovias Castello Branco (km 13 ao km 79), Raposo Tavares (km 34 ao km 115,5), Senador José Ermírio de Moraes (Castelinho), além da rodovia Dr. Celso Charuri, que constituem a principal ligação entre a Capital e o Oeste paulista. No sistema rodoviário administrado pela ViaOeste, os principais eixos de origem-destino são Sorocaba - São Paulo e viceversa, Sorocaba - Santos e viceversa, além dos demais municípios da região. Na João Leme dos Santos (SP-264), que liga a cidade com Salto de Pirapora, em três anos o número de carros de passeio superou o total de veículos que rodavam pelo trecho, segundo os dados disponíveis pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) da Secretaria de Logística e Transportes do estado de São Paulo. Já o número de veículos de 18 • Sorocaba Sempre • 2012 | Jornal Ipanema
carga aumentou 16% no período de 2007 a 2010 (último publicado pelo DER). Nas demais rodovias, o crescimento foi semelhante. Na Waldomiro Correa de Camargo e Raimundo Antunes Soares, que formam a SP-79, ligando Sorocaba a Piedade, o movimento de cargas representa 20% do total de veículos. As outras ligam Sorocaba com Porto Feliz (Emerenciano Prestes de Barros – SP97) e Iperó (SP-354). De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Sorocaba e Região (Setcarso), uma enorme diversidade de materiais é transportada pelas rodovias do município, mas os principais materiais são cimento, areia, bateria, fios, peças para usinas, pás eólicas e madeira. A estimativa do Setcarso é que, apenas em cimento, trafeguem todos os dias aproximadamente 100 caminhões com cinquenta toneladas cada um.
Duplicações De olho no movimento, várias obras de duplicação foram anunciadas. O projeto da Waldomiro Correa de Camargo deve beneficiar principalmente a zona industrial de Sorocaba e prevê a execução da revitalização do Km 47 ao 70, trecho com pista duplicada, dispositivos de drenagem, asfaltamento, sistema de iluminação e dispositivos de segurança. Esta também será a primeira rodovia do estado com ciclovia. A João Leme dos Santos, que ganhou aumento de tráfego com a chegada da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), também está na lista das duplicações e será acompanhada pela implantação de passarela para pedestres, via marginal, dispositivos de acesso e retorno em nível e em desnível.
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SoroCaBa total
Cidade integrada
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Fotos: Emerson Ferraz/AI PMS
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aior obra viária do interior do estado de São Paulo, o "Sorocaba Total" proporcionará até o final de 2012 a implantação de três novos complexos viários, que somam 33 quilômetros de avenidas. Desenvolvido pela Prefeitura de Sorocaba, por meio de uma parceria com a Corporação Andina de Fomento (CAF), o programa está criando 22 quilômetros de novas avenidas e mais 11 quilômetros de obras de revitalizações viárias, além da implantação de novos parques e obras de drenagem urbana. Corredores planejados e urbanizados, vias limpas e bem cuidadas chamam a atenção de quem vive ou visita Sorocaba. “O Programa Ambiental e de Integração Social ‘Sorocaba Total’ inclui implantação de novos corredores viários que permitirão a interligação de grandes avenidas, sem a necessidade dos motoristas passarem pelo Centro, além de seis novos parques e obras de drenagem urbana”, comenta o secretário de Planejamento e Gestão, Valmir Almenara. As obras do "Sorocaba Total" representam um investimento de aproximadamente R$ 200 milhões, sendo 50% financiado pela Corporação Andina de Fomento (CAF). O projeto prevê três Complexos Viários "Franco Montoro", "Mário Covas" e "Ulysses Guimarães", que contribuirão com a qualidade de vida do município, reduzindo o tempo de deslocamento das pessoas e melhorando o trânsito da região central da cidade. Os três complexos estão com obras em andamento. Após o término dos trabalhos, o Complexo Ulysses Guimarães começará no trevo de acesso à rodovia José Ermírio de Moraes (Castelinho), de onde um viaduto se interligará à avenida Fernando Stecca, seguindo pelas avenidas Fernando Stecca, Camilo Júlio e Tadao Yoshida. De lá, a maior ponte viária
Valmir Almenara, secretário de Planejamento e Gestão
da cidade percorrerá 180 metros sobre o Rio Sorocaba, até a avenida Ulysses Guimarães. O trajeto continuará pelas avenidas Itavuvu, uma nova ligação até a Edward Frufru Marciano da Silva e Alameda do Horto, com término na avenida Ipanema (na altura da Cruz de Ferro). O Complexo Viário "André Franco Montoro" começa na Castelinho, na altura da avenida Independência (sentido Éden). A rota segue pelas avenidas Fernando Stecca, Camilo Júlio e Radial
Norte, entra na João Ribeiro de Barros, segue pela Oswaldo Cruz e JJ Lacerda. Um viaduto irá interligá-la à avenida Ipanema, permitindo acesso à rua Hermelino Matarazzo e avenidas Brasil e General Osório. Uma nova marginal ao longo do Córrego do Itanguá cruzará a avenida Santa Cruz e seguirá pela avenida Luiz Mendes de Almeida até a rodovia Raposo Tavares. O terceiro corredor, o Complexo Mário Covas, começará no entorno do Aeroporto, com início na avenida Ipanema, cruzará a avenida General Osório e seguirá até a avenida General Carneiro. Os parques municipais formarão áreas de preservação ambiental e lazer. Dentro do "Sorocaba Total" foram concluídos os Parques do Ipiranga, das Águas (Jardim Abaeté) e Santi Pegoretti (Jardim Maria Eugênia). O Parque da Formosa, na Vila Formosa, teve sua primeira fase concluí concluída e prossegue com obras em andamento. O programa prevê ainda os parques do Jardim Iguatemi, Jardim Arco-Íris e ao longo do córrego do Itanguá.
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aViaÇÃo
Cidade idade Conta ComumdoS prinCipaiS poLoS de manutenção da amériCa Latina Foto: divulgação
das oficinas, Dias reitera que o aeroporto de Sorocaba é a porta de entrada para os grandes negócios da região. “Nós temos aqui aviões que custam entre 3 e 30 milhões de dólares. Imagina quanto de impostos os serviços aeronáuticos geram? Além disso, as pessoas que vêm para cá e deixam o avião para a manutenção, têm que ficar num hotel, têm que comer aqui. O aeroporto dá subsídios para as grandes empresas se instalarem. É um bom aeroporto, que opera 24 horas por dia e isso tudo é facilidade para que o progresso venha para Sorocaba”, conclui.
Aeroporto gera cerca de mil empregos diretos
o
aeroporto estadual Bertram Luiz Leupolz, localizado na Vila Angélica, possui um dos maiores índices de “slots” (pousos e decolagens) do interior do país e figura entre os principais polos de manutenção de aviões do Brasil e da América Latina. Atualmente, ele concentra 20 empresas de manutenção em diversas especialidades, de aeronaves leves e médias, e gera cerca de mil empregos diretos e outros cinco mil indiretos. “Sorocaba tem tradição nessa área desde a década de 1960”, comenta Marcos Valdir Dias, presidente da Master Serviços Aeronáuticos, uma das oficinas da cidade. Conforme Dias, no Brasil existem aproximadamente 10 mil aviões leves. Grande parte deles tem manutenção realizada em Sorocaba e Goiânia. “Sorocaba é uma das que tem a maior procura porque aqui fazemos todos os tipos de manutenção de aviões leves e médios, desde reparos após acidentes, como manutenção de instrumentos, pintura, interiores, então 22 • Sorocaba Sempre • 2012 | Jornal Ipanema
o avião que entra em Sorocaba, numa oficina, já sai pronto. Aqui tem tudo do que ele precisa”, afirma. Sem divulgar o faturamento estimado
“
no braS ra iLL exiStem raS aproximadamente 1o miLL aviõeSLeveS. grande parte deLeS tem manutenção reaLizada em SoroCaba CCaba e goiânia
”
marCoS vaLdir diaS, preSidente da maSter ServiçoS aeronáuti eronáutiCoS, uma daS ofiCinaS da Cidade
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MerCado iMoBiliÁrio
expanSão S refLete São diretamente na eConomia
a
expansão imobiliária da cidade reflete efetivamente na economia, com a realização de novos negócios e até a busca pela mão de obra ganha um impulso diferente, afirma o vice-presidente do interior do Secovi (Sindicato da Habitação), Flávio Augusto Ayres Amary. Amary diz que a expansão imobiliária reflete também o crescimento populacional, com a demografia como uma das referências. “Analisamos fatores como o movimento de migração das pessoas, taxa de natalidade e até casamentos e separações”, diz. De acordo com Amary, os profissionais buscam atender à necessidade de cada município e é necessário investimento do Poder Público quanto ao transporte público, questão que preocupa muitos representantes de municípios e um direcionamento quanto ao plano diretor. Como um dos exemplos da movimentação da economia, Amary cita a
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compra de imóveis, já que, em muitos casos, quando as pessoas mudam de casa, procuram comprar móveis novos. Os prestadores de serviços também são envolvidos, como decoradores, pintores e pedreiros. Um ponto que ele faz questão de destacar é que, quando o assunto é mer mercado imobiliário, o importante é olhar além de Sorocaba mas também pensar
“
quando o aaSSunto é merCado iário, o importante é oLhar imobiLiário, aLém ém de SoroCaba C fLávio auguSto ayreS amary, viCe-preSidente do interior do SeCovi
nas cidades vizinhas, como Araçoiaba, Iperó, Porto Feliz e Votorantim, além de que não podem ser esquecidas áreas de vegetação que precisam ser preservadas. Quanto a Sorocaba, Amary acrescenta
”
que 80% dos condomínios são verticais e 20% horizontais.
Sobre o Secovi De acordo com o presidente Claudio Ber Bernardes, o compromisso assumido e levaleva do adiante pelo setor imobiliário exige aprimoramento contínuo das atividades representadas, elaboração de estudos e pesquisas, geração de conhecimento e, principalmente, a apresentação de propro postas aos governos, com vistas à adoado ção de medidas e políticas públicas. Desde 1946, o Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, LoLo cação e Administração de Imóveis ReRe sidenciais e Comerciais de São Paulo) trabalha com essa visão ampla e cidadã. Foram muitos os debates – e embates – que resultaram em conquistas para a soso ciedade, como a ampla oferta de finanfinan ciamentos, os programas de moradia de interesse social e maior segurança jurídijurídi ca para os negócios imobiliários.
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tUriSMo
profiSSionaiSS buSCam SC maiS inveStimento para a rede hoteLeira eira na região
o
desenvolvimento da área industrial de Sorocaba movimenta setores variados como o de turismo e a rede hoteleira. De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Sorocaba, Antônio Francisco Gonçalves (o Botafogo), quanto à rede hoteleira, o mercado está aquecido e uma realidade em Sorocaba é até o número insuficiente de leitos, o que faz com que a cidade, em sua opinião, precise de mais investimentos quanto a hotéis, até os considerados cinco estrelas. Gonçalves diz que, cadastrados no Sindicato, há 36 estabelecimentos, incluindo locais menores, como pousadas. De acordo com Gonçalves, o fato de Sorocaba ter muitas empresas faz com que representantes de outros municí municípios fiquem hospedados na cidade para a realização de negócios e treinamentos com essas empresas. A diretora do Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau, Gláucia
“
preCiSamo S S Samo inveStir em treinamento, em atendimento, quaLidade e efiCiênCia
”
gLáuCia freitaS, diretora do SoroCaba e região egião Convention & viSitorS bureau
Freitas, contou que o Convention & Visitors Bureau tem, entre seus associados, alguns do segmento da rede hoteleira e o Convention está em busca de novos associados dentro da área. Segundo ela, tem-se buscado um trabalho em conjunto para que todos os profissionais possam mostrar para quem vem a Sorocaba que a cidade é rica em história e com atrativos culturais. Segundo Gláucia, o importante é conscientizar os profissionais da rede hoteleira a se unirem e desenvolverem projetos que apresentem a cidade para quem vem de fora, como a elaboraelabora ção de um calendário de eventos e até maior divulgação de roteiros turísticos já existentes. Gláucia destaca também a importânimportân
Antônio Francisco Gonçalves, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Sorocaba, 26 • Sorocaba Sempre • 2012 | Jornal Ipanema
cia da indústria do turismo. De acordo com ela, a indústria do Turismo é a atividade econômica que mais cresce no mundo, a que mais gera empregos e tributos para os governos, nos mais diversos ní níveis. Sorocaba e região, pelas suas características e infraestrutura, têm potencial para desenvolver atividades turísticas de todos os tipos. “Nosso maior foco é, sem dúvida, o turismo de negócios, pois grande é o número de pessoas que se dirigem a trabalho ou para participar de convenções, feiras e afins”, afirma. Em consequência dessa movimentação turística, geram-se negócios paralelos, já que os hóspedes utilizam de outros segmentos de bens e serviços da cidade para complementarem sua estada. “É muito importante que estejamos preparados para receber e dar continuidade a esse fluxo de turistas. Para tanto, precisamos investir em treinamento, em atendimento, qualidade, eficiência, desde a hospedagem até os serviços de locomoção, comunicação, alimentação e lazer”, comenta.
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eCoNoMia SUSteNtÁVel
SuStentabiLidade: é preCiSo Continuar avançando, aponta eConomiSta
p
alavra de ordem no mundo contemporâneo, a sustentabilidade tem estado presente em muitas discussões mundo afora. As pessoas e boa parte dos governos têm percebido a necessidade de se pensar num planeta sustentável. “O mundo tem que se repensar um pouco, principalmente na questão dos recursos naturais”, aponta o economista Geraldo de Almeida, “esses recursos são finitos”. O economista explica que países como os Estados Unidos estão pensando em alternativas, a exemplo do emprego verde. “O que são esses empregos ver verdes? Você tem alguns setores antigos que buscam utilizar melhor a energia que consomem, temos que buscar uma melhoria da energia limpa e renovável”. Outro ponto importante, segundo Almeida, é a utilização da eficiência ener energética. “É você gastar menos utilizando a mesma energia que você tinha. Por exemplo, os eletrodomésticos gastando menos energia e produzindo até melhor - e aí se tem uma melhoria na indústria”. Além disso, para ele, é preciso uma produção mais amigável. “Prevenindo a questão da poluição, conservando recursos naturais, pensando em transpor transporte com combustíveis mais limpos”. Segundo o economista, Sorocaba tem conseguido realizar algumas ações interessantes na questão da sustentabilidade. “Por exemplo, esse megaplantio. 28 • Sorocaba Sempre • 2012 | Jornal Ipanema
Apesar de algumas pessoas criticarem, ele está trazendo uma consciência para as crianças, a cidade tem ficado mais arborizada”. Almeida também aponta que empresas, como as que produzem energia eólica, também cumprem papel importante ao criar empregos verdes. Para Almeida, a cidade tem o potencial para sair na frente em ações para a área. “Talvez se pensar em criar centros que estudem a energia eficiente. Hoje, com tantas universidades no município, elas podem pensar em como melhorar a cidade e como usar a energia limpa aqui”. Outro ponto importante, na visão do economista, passa pela tomada de consciência da população. “A questão da reciclagem é fundamental. É a hora
que a pessoa começa a pensar que, o que para mim é lixo, muitas vezes, é renda para outra pessoa. Então, quando você muda essa consciência, você vai pensar muito mais em reciclar. Às vezes, o que eu jogo vira a comida de outra pessoa. Talvez sejam necessárias mais campanhas para que as pessoas se conscientizem disso”. Geraldo de Almeida acredita que a continuidade das medidas sustentáveis e maior consciência da população, do poder público, do setor privado e da academia vai garantir a vanguarda de Sorocaba na área de sustentabilidade. “Você pode ter uma cidade melhor. A gente tem que pensar nisso: como eu vou entregar a cidade daqui a alguns anos? Eu não posso ter uma cidade pior! A cidade melhorou bastante se você comparar com outras. Agora, como eu consigo que essa cidade continue caminhado?”, finaliza.
“
tem que buSCar SC SCar uma meLhoria da energia Limpa impa e renováveL geraLdo de aLmeida, eConomiSta
”
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t r a N S P o rt e F e r r o V i Á r i o
do aLgodão ao CombuStíve tíveL, SoroCaba CCaba tem LoCaLização eStratégiCa para a ferrovia
o
sorocabano se acostumou a, desde pequeno, conviver com os trilhos de trens que cortam principalmente a região central da cidade. De vários pontos do município, é possível ver e escutar os vagões em grandes composições e homens trabalhando dia e noite. Todo o esforço não é para menos: Sorocaba está no meio da rota que leva para o Porto de Santos, o principal ponto de exportação de produtos do país. A carga vai também
39o miL toneLadaS de produtoSS paSS paSSam SSam peLoSS triLhoS de SoroCaba C Caba por mêS para outros locais importantes como Paranaguá, São Francisco, Mato Grosso do Sul e Grande São Paulo. As ferrovias deram um novo significado histórico para a região desde que a Estrada de Ferro Sorocabana começou a ser construída na metade de 1872 e modificaram o cotidiano da população que até então era marcado pela cultura do tropeirismo. A cidade foi escolhida por porque o aumento na produção regional de algodão não conseguia ser acompanhado pelo transporte utilizado na época até o porto de Santos: os muares. Inaugurada três anos mais tarde, ela trouxe investimentos para a cidade. Empresários aproveitaram o bom momento do algodão e abriram as indústrias têxteis que exportavam a produção pelos 30 • Sorocaba Sempre • 2012 | Jornal Ipanema
trilhos que passam pela cidade. Vários empregos também foram gerados diredire tamente pela ferrovia, que criou muitas oportunidades para os jovens da época. Trabalhar na linha férrea era sinônimo de progresso e dava até um certo “status” para os ferroviários. Na década de 70, os produtores comecome çaram a dar preferência para o transpor transporte utilizando automóveis e caminhões, a ferrovia sofreu um declínio, mas não ficou esquecida. De acordo com a América LaLatina Logística (ALL), que atualmente opeope ra, de forma integrada, os modais ferroferro viário e rodoviário para diversos clientes em países como Brasil e Argentina, são, em média, 13 mil toneladas de produtos circulando pelos 16 quilômetros de ferroferro via que cortam a cidade por dia. Em um mês, o montante ultrapassa a casa das 390 mil toneladas - 65% do volume transtrans portado neste trecho são representados por combustíveis e celulose, mas, entre um carregamento e outro, passam por Sorocaba também minérios de fer ferro, insumos para a construção civil e produtos siderúrgicos. O investimento com a manutenção de via em todo o trecho que abrange a unidaunida de de produprodu
ção, que vai de Araçatuba a Mairinque, é de R$ 15 milhões. E eles querem mais: a meta é aumentar anualmente em 13% a carga que corre pelos trilhos da cidade. Segundo a ALL, em até cinco anos todos os dormentes de madeira da Malha Paulista devem ser substituídos por equivalentes produzidos em concreto no trecho que vai de Campo Grande até Mairinque.
Meta da ALL é aumentar anualmente em 13% a carga que corre pelos trilhos da cidade
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MÃo de oBra eSPeCialiZada
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC-SP
naa área de Saúde, Saúde, faCuLdade dade atua há 6o anoSS na Cidade
n
a área de Saúde, Sorocaba também é destaque na formação de mão de obra, com o trabalho desenvolvido pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC-SP. O diretor da instituição, professordoutor José Eduardo Martinez, afirma que, hoje, a Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde atua em três níveis de formação: graduação, pós-graduação (lato sensu e stricto-sensu) e educação continuada. A graduação é composta pelos cursos de Ciências Biológicas, Enfermagem e Medicina. Estes dois últimos têm mais de 60 anos de existência. Um aspecto que deve ser destacado, na opinião do diretor, é que os alunos da faculdade se contextualizam com as necessidades locais. Isto é importante porque uma parcela significativa dos que aqui se formam desenvolvem suas car car-
reiras em Sorocaba e região. “A PUC-SP se preocupa em oferecer aos seus alunos recursos tecnicamente sofisticados e, principalmente, uma formação humanista, característica essencial aos bons profissionais da área da saúde”, afirma. No câmpus Sorocaba, a pós-graduação lato sensu é formada por 22 programas de residência médica e 15 de aprimoramento de estudos, além de
“
oS aLunoSS da faCuLdade Se ContextuaLizam Com aS neCeSSidadeS LoCaiS.iSto é importante porque uma parCeLa L La SignifiCativa CCativa doS que aqui Se formam deSenvoLvem L SuaS Lvem ua uaS CarreiraS Carreira arreiraS em SoroCaba CCaba e região joSé eduardo martinez, diretor da puC-Sp
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dois cursos de especialização na área da Enfermagem. A pós-graduação strictosensu oferece o programa de mestrado “Educação nas profissões da saúde”, voltado aos profissionais da área. Por sua vez, a educação continuada possui uma programação dinâmica e vasta, com diversos cursos nas áreas da saúde e do direito. Quanto à importância da faculdade para a cidade, Martinez ressalta que a instituição foi uma das primeiras em ensino superior na cidade e a primeira instituição de ensino de Medicina a se instalar em um município do interior do país. “Há mais de 60 anos, formamos profissionais que moldam a assistência médica em Sorocaba e região. Em todos os cantos do Brasil existem enfermeiros, médicos e biólogos formados por este câmpus e que projetam positivamente o nome da nossa cidade. Isto nos deixa orgulhosos e cada vez mais conscientes da responsabilidade que temos diante de nós”, complementa. Na área de assistência médica, o diretor lembra também do Hospital Santa Lucinda, o qual, segundo ele, é uma das principais instituições de saúde locais, que contribui com qualidade para o atendimento público e privado. De acordo com Martinez, a PUC-SP tem parcerias importantes estabelecidas há décadas com as secretarias da saúde do estado e município. “Nossa intenção é ampliar esses convênios, sempre tendo como foco a formação dos futuros profissionais e o atendimento à população. Por isso, mantemos contatos permanentes com as autoridades da área da saúde”, conclui.
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ForMaÇÃo teCNolóGiCa
univerSidade ConCiLia demanda eduCaCionaL Com deSenvoLvimento de poLítiCaS púbLiCaS
o
câmpus da Unesp em Sorocaba iniciou suas atividades em agosto de 2003. De acordo com o professor e vice-coordenador executivo do câmpus, André Henrique Rosa, o projeto de implantação na região vem considerando sua vocação desenvolvimentista, ou seja, conciliando o atendimento à demanda educacional, o desenvolvimento de políticas públicas orientadas para as áreas mais carentes, preocupando-se também com o desenvolvimento tecnológico, práticas de preservação ambiental e programas voltados para o desenvolvimento urbano e rural autossustentável. Além de oferecer
cursos de graduação, tem-se preocupado em complementar a formação de alunos egressos das diferentes áreas do conhecimento para atuar na academia ou setor produtivo em busca do desenvolvimento sustentável, visando ao crescimento econômico e tecnológico, com uma constante preocupação com as questões ambientais em benefício das gerações futuras. Atualmente são oferecidos dois cursos de graduação em Engenharia Ambiental e Engenharia de Controle e Automação, áreas tecnológicas e extremamente estratégicas para o desenvolvimento regional e do país, afirma Rosa. O profissional de Engenharia Ambiental, explica Rosa, tem atuado em órgãos executivos de gerenciamento e controle de meio ambiente em dife-
André Henrique Rosa, professor e vice-coordenador executivo do câmpus
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A Unesp de Sorocaba conta também com quatro cursos de Pós-Graduação Strictu Sensu
rentes níveis, agências reguladoras de água, energia elétrica e vigilância sanitária, universidades públicas ou privadas e demais estabelecimentos de ensino, indústrias com atuação nas mais variadas atividades, bem como em empresas de consultoria e de prestação de serviços, atendendo o imenso parque industrial da região de Sorocaba. Já o curso de Engenharia de Controle e Automação tem formado profissionais com conhecimentos técnicos nas áreas de controle automático, acionamentos elétricos, hidráulica, pneumática, eletrônica digital, microprocessadores, microcontroladores, instrumentação, usinagem, robótica, controle computadorizado, inteligência artificial e áreas correlatas. A Unesp de Sorocaba conta também com quatro cursos de pós-graduação strictu sensu e um curso de pós-graduação lato sensu (especialização) em Engenharia de Produção, os quais visam ao aprimoramento de profissionais graduados de qualquer área de formação, que tenham interesse na área da engenharia.
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qUaliFiCaÇÃo e PeSqUiSa
enSino pioneiro para o deSenvoLvimento regionaL
p
restes a completar 18 anos, a Universidade de Sorocaba (Uniso) - primeira universidade da região - vem contribuindo de maneira efetiva e direta com o desenvolvimento econômico, social e cultural, afirma o reitor, professor Fernando de Sá Del Fiol. Desde a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, um dos embriões da universidade (em 1951) já se formaram mais de 40 mil profissionais, empreendedores, pesquisadores, professores, mestres, doutores e, acima de tudo, cidadãos com postura crítica e envolvidos no processo de crescimento regional. A pós-graduação, afirma Del Fiol, possui tradição na qualificação profissional e acadêmica, por meio dos cursos de MBA e de Especialização e na formação de pesquisadores e de professores, por meio dos mestrados em Ciências Farmacêuticas, em Comunicação e Cultura e em Educação, e do doutorado em Educação. “Dessa forma, também se diferencia pela produção em pesquisa, que recebe investimentos de agências de fomento nacionais, destacando-se na formação de mão de obra qualificada. A cada ano, ainda, os alunos e propro fessores se envolvem em projetos comunitários dede senvolvidos em diversas áreas que beneficiam mais de 150 mil pessoas de SoroSoro caba e região”, destaca. Mantida pela Fundação Dom Aguirre, como o ColéColé gio Dom Aguirre, a Uniso, de acordo com Del Fiol, não para de crescer e se didi versificar, sempre comprocompro metida com a qualidade e
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com o desenvolvimento regional. “Além dos cursos inéditos que vêm sendo lançados na cidade, a Uniso está investindo na ampliação da Cidade Universitária. Em 2013, será entregue parte do Bloco F, o maior do câmpus, com sete mil metros quadrados de área construí construída”, comenta. De acordo com o reitor, é através desses e de outros indicativos da qualidade, do compromisso com a educação integral do aluno e de seu papel comunitário, que a Uniso, destinada a formar pessoas e ser agente de transformação social, afirma seu valor, contribuindo com o crescimento de Sorocaba e se orgulhando de crescer junto a ela.
aLém doSCurSoSS inéditoS que vêm Sendo L Lançado S na Cidade, a uniSo eStá inveStindo na ampLiação da Cidade univerSitária. em 2o13, Será entregue parte do bLoCo f, o maior do Câmpu C S, Com Sete miLL metroS quadradoSS de área ConStruída fernando de Sá deL fioL reitor
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A Uniso está investindo na ampliação da Cidade Universitária
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CoMUNiCaÇÃo
rádio ipanema um preSente aoS 358 anoS de SoroCaba
a
Rádio Ipanema, que entrou no ar em 15 de abril de 1988 e, em 1997, filiou-se à rede Jovem Pan Sat, agora está de volta, no mês em que Sorocaba comemora seus 358 anos. A nova na grade, com 100% de produção local, foi pensada nos mínimos detalhes. “Trabalhamos em novas vinhetas, novos programas, num logo mais moderno”, frisa o diretor da Rádio Ipanema, Francisco Pagliato Neto. Ele explica ainda que a intenção é resgatar uma das principais características da Rádio Ipanema: a participação ativa do ouvinte. “Vamos ter muita participação do ouvinte, seja pedindo música, em ga-
mes, em promoções”. Pagliato Neto explica que alguns programas que marcaram época em Sorocaba estão de volta, mas com nova roupagem. “É uma propro gramação jovem, com muito pop, dandan ce, rock, flashback. É a boa e consagrada Ipanema versão 2012. Além de trazer alguns programas de antes com nova roupagem, também estamos trabalhando com novos modelos, explorando as novas mídias”. A equipe dessa nova Rádio Ipanema conta com alguns nomes já conhecidos, como Anderson Santos, César Lante, Fernando Carriel, Mari Maia, Valter Ca-
Emissora fez história na cidade e retorna com o resgate de uma marca de sucesso. No detalhe, César Lante, que também estará na nova Rádio Ipanema, entrevista o ator Paulo Betti
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Roberto Macedo, Francisco Pagliato Neto, a cantora Joana e Zilá Gonzaga
lis, além de locutores da nova geração, como Douglas Valle, Gerson Viana, Mar Marcos Alves, entre outros. “É um pessoal que tem uma identidade muito forte com a rádio, que tem o perfil da Ipanema. Mas novos nomes também devem compor essa nova fase do veículo”.
“
é uma programação jovem, Com muito pop, danCe, roCk, fLa LaS La aShbaCk. é a boa e veLha ipanema verSão 2o12 franCiSCo pagLiato neto, diretor da rádio r ipanema
”
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CoMUNiCaÇÃo
jornaLiSmo ganha maiS eSpaço e mantém meSma equipe e quaLidade Confira um pouco do que está no ar na rádio ipanema
Parte da atual equipe da nova Rádio Ipanema
u
mas das marcas mais características, tanto da Rádio Ipanema quanto da Jovem Pan Sorocaba, sempre foi o jornalismo. Da primeira leva de jornalistas da casa, José Desidério lembra que o jornalismo implantado por Benedicto Pagliato foi um marco. “Ele fez a multiplicação dos repórteres, parecia que a emissora tinha uns trezentos jornalistas. O jornalismo da Ipanema foi construído em cima de muito respeito e compromisso com a verdade, com coberturas que fizeram Sorocaba tremer”. A partir de agora, o jornalismo da Rádio Ipanema será ainda mais atuante. Quem garante é o coordenador de jornalismo, Urbano Martins. “Iremos promover uma participação ainda maior com o ouvinte e trabalhar de modo mais aprofundado a integração de todos os veículos do grupo (Jornal Ipanema e o Portal do Jornal Ipanema), uma vez que temos uma emissora 24 horas no ar para levar não apenas música e entretenimento mas também informação de primeira”. Segundo Martins, a programação 42 • Sorocaba Sempre • 2012 | Jornal Ipanema
da rádio conta também com informações durante o dia e à noite, produzidas por toda a equipe José Desidério de jornalismo. comanda o debate “Com a produentre os candidatos a prefeito de ção da equipe Sorocaba em da Rádio Ipane1988 ma, do Portal Ipanema e do Jornal Ipanema impresso, mantemos o ouvinte bem informado durante toda nossa programação”. Além disso, nomes consagrados do jornalismo sorocabano continuam à frente das notícias mais importantes de Sorocaba e região. “Nada muda. Os apresentadores continuam os mesmos: José Roberto Ercolin, Alexandre Moreto, Paulo Roberto Júnior e José Desidério, além dos comentários de Francisco Pagliato Neto. O Jornalismo mantém ainda o “Jornal de Domingo”, com apresentação de Rubens Maximiano e o “Rádio é uma História”, com José Desidério, aos domingos”.
■ Ipanema 3 - Participação do ouvinte por e-mail, redes sociais e telefone, pedindo uma sequência de três músicas ■ Hora Extra - Uma hora de música direta, sem intervalo comercial ■ Top 6 - Três edições diárias das seis músicas mais pedidas pelo ouvinte ■ Delivery Ipanema - O ouvinte liga e pede o som ■ Vibe 91 - Música eletrônica da melhor qualidade ■ “Hora do Véi” - Com o melhor do flashback ■ Na Trilha do Rock - Com pedidos dos ouvintes, um programa com o melhor do rock nacional e inter internacional ■ Top 20 - As 20 melhores músicas da semana ■ Cultura Ipanema - Programa que já é apresentado por Renata Moeckel ■ Club Tracks - Músicas que rolam nas principais pistas do mundo ■ Jornal da Ipanema - O principal e premiadíssimo radiojornalismo da região vai ganhar mais tempo
A equipe de jornalismo ainda conta com Rosana Pires, Marisa Batalim, Jônatas Rosa, Cida Hadadd, Renata Moeckel, Jair Rafael, Jomar Bellini, Jéssica de Carvalho e Roberto Pellini. A operação técnica fica a cargo de Carlos Cepa e Pedro Oliveira, com participação de Robson Alves. O departamento comercial conta com nomes como Valdir Ferreira dos Santos, Caetano Autieri e Norma Malosti. Já no administrativo, a Rádio Ipanema tem os serviços de Lusane Súnica e Milton Santos.
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iNForMatiZaÇÃo
f CuLdade aCompanha fa deSenvoLvimento da Cidade
d
esde sua instalação em maio de 1970, a Faculdade de TecTec nologia “José Crespo Gonzales” contribui na formação de profissionais qualificados para as cidades da região de Sorocaba. Os cursos Superiores de Graduação em Tecnologia da Fatec Sorocaba são implantados e oferecidos observando-se a necessidade do mercado econômico regional (indústrias, serviços e comércio). Quando da implantação da Unidade, Sorocaba estava em pleno desenvolvimento da indústria metal-mecânica, com a criação da Zona Industrial. Assim, os cursos superiores de Tecnologia em Fabricação Mecânica e Projetos Mecânicos foram inseridos para suprir a necessidade industrial. Já na década de 80, o avanço das Tecnologias da Informação e da Comunicação, trouxe a informatização das
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Atualmente, a Fatec Sorocaba oferece 480 vagas semestrais em oito cursos de Graduação em Tecnologia
Atualmente, a Fatec Sorocaba oferece 480 vagas semestrais em oito cursos de Graduação em Tecnologia: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Eletrônica Automotiva, Fabricação Mecânica, Logística, Polímeros, Processos Metalúrgicos, Projetos Mecânicos e Sistemas Biomédicos.
Índices Professor doutor Antonio Carlos de Oliveira, diretor da Fatec
empresas e, com ela, a necessidade da especialização dos profissionais para composição das Centrais de Processamento de Dados (CPDs). Foi instalado então o curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Foram instalados ainda, acompanhando essas mudanças, os cursos superiores de Tecnologia em Sistemas Biomédicos, Polímeros, Logística, Eletrônica Automotiva e Processos Metalúrgicos. Estes últimos implantados principalmente pela recente notícia da instalação de importantes empresas do setor automotivo, bem como a criação do Parque Tecnológico de Sorocaba.
A contribuição da Fatec para a cidade pode ser comprovada pelo índice de empregabilidade de seus alunos formados. Uma pesquisa realizada anualmente nas Faculdades de Tecnologia do Centro Paula Souza, o Sistema de Avaliação Institucional (SAI), demonstrou que 98% dos alunos formados estão empregados. A mesma pesquisa revelou que 93,3% dos alunos tiveram suas expectativas plenamente atendidas pelo curso. Sempre alinhada com o desenvolvimento e a inovação tecnológica, a Fatec Sorocaba investe em laboratórios e corpo docente especializado. Seus professores, em sua maioria mestres e doutores, mantêm contato direto com as indústrias da região e, em alguns casos, por meio de convênios e cooperação técnica, levam seus alunos para aulas práticas dentro das empresas. Além disso, as estruturas curriculares estão em constante revisão e atualização para o melhor atendimento da crescente demanda por profissionais qualificados em nossa região.
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atUaliZaÇÃo de MÃo de oBra
nova unidade da unite nite vai formar 2o miL aLunoS por ano
C
om a proposta de qualificar ou, em vários casos, atualizar a mão de obra sorocabana, a Unite Universidade do Trabalhador Empreendedor ocupa lugar de destaque em nossa cidade. Os cursos desenvolvidos pela instituição são relacionados às necessidades do mercado de trabalho local, levando em consideração a demanda apontada pelo PAT - Posto de Atendimento ao Trabalhador - e outros indicadores. Esta integração de trabalho é um dos pontos fortes do projeto. O secretário de Relações do Trabalho, Luís Alberto Firmino, reafirma a missão da Unite. “Cada vez é mais percebida a necessidade de se ter a mão de obra adequada para o que pede o mercado. Nesse sentido, buscamos diminuir a dificuldade do trabalhador em acessar esse
mercado. Para tanto, temos a preocupação de encurtar distâncias entre empregado e mercado, de garantir uma plataforma de acesso, com condição e tempo adequado de formação”. Para a realização dos cursos, a Unite firma parcerias com entidades como o Senai, Sesi, Sest/Senat, Sebrae, universidades, sindicatos, empresas privadas, Fundo Social de Solidariedade, Comissão Municipal de Emprego, associações de artesanato e outros. “A Prefeitura de Sorocaba arca com as despesas de contratação dos monitores, material didático, material de aula e ainda garante vale-transporte aos alunos que estão desempregados e que utilizam o transpor transporte coletivo para fazer o curso. Foram mais de 27 mil sorocabanos formados pela Unite desde a sua cria-
Luís Alberto Firmino, secretário de Relações do Trabalho de Sorocaba
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ção em 1998. Ao todo, três programas principais são oferecidos pelas unidades: Unite Comunidade (Unidade Seminário e Unidade Éden). São ministrados mais de 100 tipos de cursos por ano nas áreas de metal-mecânica, serviços, informática e empreendedorismo; Unite vai à Escola, atuamos por bimestre na média em 32 escolas entre municipais e estaduais e Unite vai ao Bairro, onde atendemos aproximadamente 23 entidades por mês”, frisa Firmino.
Nova Unite A Nova Unite terá lugar na Avenida General Osório, na Vila Barão. O prédio, de arquitetura moderna e dinâmica, terá 2.200 m² de área construída, em três pavimentos. Cada andar contará com sete salas de aula e dois banheiros, além do setor administrativo. Serão sete laboratórios equipados para atender os segmentos de: hidráulica e pneumática, eletrônica analógica, metrologia, estética, culinária e informática. “Estamos trabalhando a todo vapor”, conta Firmino. “O diferencial da unidade são os espaços para laboratório, onde iremos unir o aprendizado teórico ao prático. A intenção sempre é entregar o trabalhador o mais pronto possível para o mercado”. Firmino ainda relata que os cursos estão sempre em atualização para atender melhor à demanda. “A ideia é construir profissionais com capacidade de formatar projetos. Queremos que todos tenham a intenção de desenvolver projetos pra conciliar com o novo momento da cidade”. As instalações da Unite devem formar até 20 mil alunos por ano. A inauguração do prédio será ainda em 2012.
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GeStÃo FiNaNCeira e eMPreSarial
novaS empreSa novaS SaS aS: oportunidade para quem poSSui maiS habiLidadeS
n
ão apenas quem precisa ingressar no mercado de trabalho busca qualificação profissional. A prova disso está no Centro Hermes, instituição conveniada com a Fundação Getúlio Vargas, em Sorocaba. De acordo com o diretor da unidade, Hércules Lima Andriani, o perfil dos alunos abrange pessoas que vêm da indústria e com vasta experiência gerencial e liderança de empresas. Nas unidades do Centro Hermes de Sorocaba, Itu, Bauru, Marília, Botucatu e Itapetininga são oferecidos quinze cursos de pós-graduação e de pequena duração CADEMP, que são os cursos de administração de empresa. Todos estes cursos são elaborados e ministrados pela Fundação Getulio Vargas - FGV. “Temos, em média, 30 alunos por sala nos cursos de pós-graduação e de 15 nos cursos do CADEMP”, comenta Andriani. O número representa 8% a mais que no ano anterior. “Mantivemos a oferta de cursos oferecidos pela FGV e registramos um aumento, sendo as áreas mais procuradas gestão financeira, gestão empresarial, gestão de negócios e projetos”. A previsão, segundo Andriani, é que cresça a procura por cursos que combinam disciplinas online com as presenciais. O diretor da instituição aponta que o novo cenário sorocabano, com Parque Tecnológico e a vinda de novas empresas, cria uma ótima oportunidade para aqueles que possuem mais habilidades. “Contudo, para aqueles que estão no momento desempregados ou que visem à mudança de emprego ou mesmo de car cargo, as oportunidades vão aparecer iner inercialmente como qualquer crescimento vegetativo. Há atualmente no Brasil um apagão de mão de obra especializada”.
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para hérCuLeSLima andriani, do Centro hermeS
a previSSão é que CreSça a proCura por CurSoS que Combinam diSCipLinaS om aaS onLine Com preSenCiaiS
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E nada se resolve da noite para o dia. Andriani explica que a preparação de um especialista leva em torno de nove anos. “Três anos em uma boa escola de nível médio, quatro em uma boa instituição de nível superior e dois em uma instituição que ofereça uma razoável pós-graduação”. Para ele, o mercado está cheio de profissionais detentores de diplomas
e certificados que atestam oficialmente que o aluno esteve matriculado e terminou certa etapa de seu aprendizado. “O mercado é bem mais exigente e necessita de profissionais que resolvam seus problemas e não que os aumentem. Sorocaba não é uma exceção. Para tocar esta grande máquina industrial que se vislumbra, há de se buscar grande quantidade de profissionais de fora”, afirma. O diretor do Centro Hermes enfatiza que tanto o setor industrial como o de serviços estão carentes de profissionais da área de gestão, como supervisores, gerentes, alta gerência e diretores. “Já está faltando. Como medida de prevenção, deve-se melhorar sensivelmente o ensino médio. O ensino denominado profissionalizante é um atalho para se resolver os problemas apontados a curto prazo, todavia um país que quer permanecer entre os principais deste planeta precisa de muito mais profissionais com formação acadêmica plena, mais universal, com amplo entendimento do todo e não apenas de segmentos”.
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iNoVaÇÃo teCNolóGiCa
inStituição apoSta na quaLifiCação báSiCa e Superior
o
Senai tem tradição em formar mão de obra qualificada. Em Sorocaba, o Senai atua desde a qualificação básica até o superior em tecnologia que atende diretamente as indústrias, caminhando em conjunto com a inovação tecnológica e demandas por qualificações tradicionais e inovadoras. Segundo o diretor da Escola Senai “Gaspar Ricardo Júnior”, Jocilei Oliveira, atualmente são formados 17.500 alunos por ano. Aproximadamente 90% ingressam no mercado de trabalho. O perfil do aluno do Senai, afirma Oliveira, segue as definições da Unesco, que aponta que a educação deve ser organizada em torno de quatro aprendizagens fundamentais, que são construídas ao longo da vida: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser. “Os planos dos cursos são baseados em conhecimentos, habilidades e atitudes e construídos por Comitês Técnicos Setoriais das indústrias, onde definimos os perfis técnicos, organizacionais e sociais de saída dos alunos em todas as ocupações, habilitações e graduações”, explica Oliveira.
“
atuaLmente São formadoS 17.5oo aLunoS por ano. aproximadamente 9o% ingreSSam no merCado de trabaLho joCiLei oLiveira, diretor do Senai/SoroCaba
Na unidade Sorocaba, são desenvolvidos os cursos de: ■ Aprendizagem Industrial - Ocupações: agente administrativo, auxiliar administrativo, assistente administrativo, caldeireiro, construtor residencial, eletricista de manutenção, ferramenteiro de corte, dobra e repuxo, ferramenteiro de moldes para plásticos, mecânico automobilístico, mecânico
Aproximadamente 90% ingressam no mercado de trabalho
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de usinagem, operador de produção industrial e pedreiro eclético; ■ Curso Técnico - Habilitações: em Mecatrônica e em Metalurgia. ■ Curso Superior de Tecnologia: graduação em Fabricação Mecânica. ■ Cursos da Formação Inicial e Continuada realizados na escola, empresas e entidades, nas seguintes áreas tecnológicas: automação, automotiva, educação, eletroeletrônica, gestão, logística, metal-mecânica, metalúrgica, plástico, segurança no trabalho e tecnologia da informação. Os investimentos do Senai não param na cidade. Oliveira afirma que o Senai da Zona Norte está em fase final de aprovação na Prefeitura Municipal, com um investimento previsto de 65 milhões de reais em um terreno de 30 mil m2. Há previsão do início das atividades em 2014. Com a nova unidade, serão formados aproximadamente 35 mil alunos por ano. Oliveira lembra ainda a parceria com a Unite, com o Pronatec do governo federal e Via Rápida do governo estadual.
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deMaNda do MerCado
eSCoLa é referênCia em quaLifiCação Cação Cação profiSSiona ionaL
i
naugurado em 11 de agosto de 1980, o Senac Sorocaba é referência em formação e qualificação de profissionais em sua área de atuação, que compreende 28 cidades da região sul do estado de São Paulo. A unidade está localizada em um espaço de 22 mil m², com 2.600 m² de área construída e 19.400 m² de área verde. Nesta estrutura, o Senac Sorocaba conta com laboratórios específicos para o desenvolvimento de atividades nas áreas de saúde, bem-estar, meio ambiente, farmácia, idiomas e informática, além de uma completa biblioteca e um auditório com capacidade para 185 pessoas e equipamentos de alta tecnologia. Para atender às necessidades e ao potencial da região, que hoje é focado nas áreas de comércio, indústria e serviços, a unidade oferece cursos nas áreas de negócios, turismo e hotelaria, comunicação, gastronomia, saúde e estética, tec-
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nologia da informação, idiomas, terceiro setor, meio ambiente e segurança do trabalho. Cada área conta com diferentes modalidades de ensino como cursos técnicos, livres, além da pós-graduação e extensão universitária. O Centro de Idiomas do Senac Sorocaba, por exemplo, é hoje uma das mais importantes instituições de ensino de línguas do interior, com um moderno laboratório digital e softwares de última geração e específicos para a aprendizagem. De acordo com João Henrique de
área de atuação Compreende 28 CidadeS da região SuL do eStado
Cada área do Senac conta com diferentes modalidades de ensino
Freitas Alves, gerente do Senac Sorocaba, o ponto importante é conhecer o mercado, adaptar-se e oferecer cursos que realmente atendam à demanda do mercado, tanto de quem contrata como de quem é contratado. Ele afirma que, nos últimos cinco anos, reparou em uma mudança quanto ao perfil de diferentes áreas em Sorocaba e hoje, por exemplo, notou um aumento de restaurantes de perfil requintado. “Assim, mudou o perfil do profissional e cito, como exemplo, o garçom, que hoje não deve só saber preparar uma mesa, mas sim precisa ter uma formação diferenciada até com postura de atendimento, ou seja, a técnica aliada à formação pessoal”. Ele lembra que pensar a região é outra preocupação do Senac e são feitas avaliações das cidades em torno de Sorocaba para poder ser realizada a oferta de cursos.
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deMaNda do MerCado
SegmentoSS eSpeCiaLizadoSé uma reaLidade na profiSSionaLização
d
e acordo com João Henrique de Freitas Alves, gerente do Senac Sorocaba, os cursos técnicos proporcionam um conhecimento prático diferente, muitas vezes, do que é visto até em cursos superiores e é comum, comenta, as pessoas complementarem seus conhecimentos unindo os dois tipos de cursos. Alves cita cursos como o Técnico em Contabilidade, que trata do cotidiano de um escritório e não somente da análise da contabilidade de uma empresa. Outro exemplo é a área de Hotelaria, pois no curso técnico é vista mais a parte operacional. Alves comenta que além de atender à demanda do mercado, o curso técnico é interessante para que o aluno veja se realmente é a área em que ele quer trabalhar. Entre os cursos mais procurados
Dependências do Senac de Sorocaba
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estão os de estética, que na opinião de Alves, reflete o crescimento do segmento da área da beleza. Saúde ocupacional também tem sido muito escolhido. Alves comenta que o mercado tem se diversificado tanto que hoje os sorocabanos buscam cursos em áreas como o Paisagismo, que tem como objetivo formar profissionais aptos a desenvolver projetos paisagísticos residenciais e de espaços comerciais. Diante das características culturais da cidade, Alves destaca também o curso Técnico em Arte Dramática. Quanto ao curso de Paisagismo, Alves afirma que o objetivo é formar profissionais aptos a desenvolver projetos paisagísticos residenciais e de espaços comer comerciais, empreendimentos paisagísticos e participar de equipes multidisciplinares em projetos de macropaisagismo. O Técnico em Arte Dramática capacita o aluno para exercer a profissão de ator em diversos espaços de atuação: teatro, cinema, televisão, empresas de vídeo e radiodifusão, bem como em espaços não convencionais para apresentação de espetáculos. Para tanto, o curso trabalha recursos vocais, corporais, emocionais, plásticos e tecnológicos, que transmitem ao espectador o conjunto de ideias, situações e ações dramáticas. Implantado no início de 1999, o Programa de Educação para o Trabalho é referência na capacitação de jovens de baixa renda. O programa formou centenas de jovens que encontraram no curso o estímulo necessário para continuar estudando e buscando a qualificação profissional. O Atendimento Corporativo do Senac Sorocaba leva a empresas da região as melhores soluções em qualificação profissional através da criação de programas específicos. Entre as empresas
“
o ponto importante é ConheCer o merCado CCado e adaptar e ofereCer CurSoS que reaLmente atendam à demanda do merCado, tanto de quem Contrata Como de quem é Contratado joão henrique de freitaS aLveS gerente do SenaC SoroCaba
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atendidas pelo Senac Sorocaba estão a ZF do Brasil, Emerson, Iharabrás, CBA, além de várias prefeituras da região, que procuram por qualificação para funcionários públicos ou para atender comunidades menos favorecidas.
CarGaS O Porto Seco guarda e gerencia estoques de produtos até que os trâmites legais da carga sejam finalizados
porto SeCo é deStaque naCionaL e internaCionaL
C
om um volume mensal de car cargas de aproximadamente 2.000 veículos de grande porte, o porto seco de Sorocaba é um dos mais importantes do país. Criada pela Receita Federal como forma de escoar cargas importadas ou com fins para exportação, o local recebe cargas importadas ou com destino à exportação e sua responsabilidade principal é a guarda e gerenciamento do estoque dos produtos até que os trâmites legais da carga sejam finalizados junto à Receita Federal. Daqui saem mercadorias para América do Norte, Europa e Ásia, sempre vindos das chamadas zonas primárias, como aeroporto de Viracopos, porto de Santos, aeroporto de Guarulhos e porto de Paranaguá. As exportações tem como destino países do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, além do Brasil. O porto seco de Sorocaba está estrategicamente sediado na rodovia Sena-
dor José Ermírio de Moraes, conhecida como Castelinho, no km 10, numa área total de 90.000m², sendo 20.000m² de armazém, contendo estoque verticalizado e 10.000m² de pátio. A Aurora Eadi possui mais de 500 clientes ativos, passam pelo terminal uma gama de produtos envolvendo vários segmentos como: produtos eletroeletrônicos, automotivos, máquinas e equipamentos, turbinas e lemes de avião, produtos farmacêuticos dentre as suas subclasses, cosméticos e alimentícios. “Muitas indústrias da nossa região são especializadas na montagem e acabamento de produtos, cujos insumos (componentes eletrônicos, partes e peças) são produzidos no exterior e, na maioria dos casos, os componentes vêm dos Estados Unidos, China e Coreia do Sul que são destinados ao abastecimento dessas indústrias que fazem a montagem do produto final e tem desti-
no ao comércio local e exportação”. De olho nesse mercado crescente e potencial, em 2007 foi inaugurado um condomínio logístico, visando centralizar esse tipo de operação próximo ao porto seco e proporcionar ao cliente soluções logísticas para otimizar tempo e custo de operação de transporte e segurança. “Esse condomínio logístico chamado de Aurora Business Park 1 localizado também na Castelinho ao lado da Aurora Eadi possui 3 módulos, para locação, às empresas de manufatura e armazenamento em geral. Em 2011 iniciou-se a Construção do Condomínio Logístico Aurora Business Park 2, localizado também na Castelinho, mas no km 11 contendo uma área total de 90.000m² com 55.000m² de área construída. Possui módulos para locação, para empresas de manufatura e armazenamento em geral”, fala o diretor da Eadi Aurora, Robert Scott Wilson. Esses condomínios logísticos oferecem perfeita infraestrutura para empresas cujo foco é produção e não possuem espaço físico em sua planta para o armazenamento da matéria-prima e produto acabado. “Ajudando significativamente Sorocaba e região na franca expansão de seu Parque Tecnológico e movimentando ainda mais a economia regional através da importação e exportação de produtos e da geração direta e indireta de empregos”, finaliza Wilson.
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MÃo de oBra tÉCNiCa
novaS ovaS indúStriaS ovaS triaS infLuenCiam triaS CurSoSS téCniCoSS e trazem nova unidade para SoroCaba
ETEC Fernando Prestes
a
perdendo apenas para a capital, que conta com mais de 40 unidades. O vestibulinho das duas escolas técnicas (Fernando Prestes e Rubens de Faria e Souza) é um dos mais concorridos e chega a ter até oito candidatos por vaga. Em 2012 foram quase 14 mil inscritos nas duas unidades instaladas em Sorocaba. No ano de 2011 Gastão Guedes
vinda de novas empresas para a região de Sorocaba influenciou o currículo dos cursos das Escolas Técnicas Estaduais (ETECs) da cidade e, mais do que isso, levou à criação de uma terceira unidade. Sorocaba é a cidade com mais alunos atendidos pelo Paula Souza no estado,
Paulo Sérgio Germano, diretor da Fernando Prestes
Laura Laganá, diretora superintendente do Centro Paula Souza 56 • Sorocaba Sempre • 2012 | Jornal Ipanema
foram dois mil estudantes a mais. A aparente queda entre um ano e outro é explicada pelo diretor da Fernando Prestes, Paulo Sérgio Germano, que afirma que as ETECs instaladas na região, como na cidade de Votorantim, estabilizaram o número de inscrições. As altas demandas nos cursos impressionam a diretora superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá. Segundo ela, Sorocaba é uma das cidades mais importantes entre as que compõem as escolas do Paula Souza. “A cidade se destaca em relação às outras porque o desempenho das unidades daqui é sempre muito bom: são campeãs no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no de Desempenho dos Estudantes (Enade). A situação de Sorocaba é invejável”. Laura explica ainda que os currículos são revistos a cada dois anos para acompanhar o mercado de trabalho local. “Em sendo implantados novos setores industriais e de serviços, nós temos que acompanhar o crescimento do município e formar gente exatamente para apoiar todo esse desenvolvimento”.
SoroCaba CCaba é uma da daS CidadeS maiS importanteS entre aaSS que Compõem ompõem aaSS eSCoLa LaS La aS do pau p LLa Souza
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MÃo de oBra tÉCNiCa
automação induStriaLL atrai jovenS Com CurSoS eSpeCiaLizadoS CiaLizadoS
e
ntre a lista de 26 cursos, mais o ensino médio, das Escolas Técnicas Estaduais (ETECs) destacam-se os voltados para as indústrias assim como os técnicos em Mecatrônica, Mecânica, Instrumentação e Automação Industrial. “A equipe escolar está participando ativamente de todas as ações que possibilitam o conhecimento das necessidades de formação profissional para as novas fábricas e as futuras empresas que serão implantadas no Parque Tecnológico”, afirma a coor coordenadora pedagógica da Rubens de Faria e Souza, Sueli Tezzoto Figueiroa. Segundo ela, os cursos técnicos em Automação e em Instrumentação já operam de forma embrionária na Rubens de Faria e Souza e deverão ser transferidos para a nova escola técnica assim que o prédio for entregue. Sorocaba é a única cidade do interior que conta com três unidades das escolas do Centro Paula Souza. A nova Etec está sendo construída no bairro Parada do Alto e terá cursos voltados para a indústria automobilística devido ao perfil das indústrias que estão sendo instaladas na região.
Mercado de trabalho O contato com as empresas, de acordo com o diretor da Fernando Prestes, Paulo Sérgio Germano, também se dá para incluir os egressos no mercado de trabalho. “Em um primeiro momento, nós fazemos um contato com as novas empresas para efetivação das parcerias e aproveitamento dos alunos como estagiários”, explica o diretor. Grande parte dos 1.900 alunos que concluem os cursos nas duas escolas técnicas da cidade tem conseguido emprego e isto é refletido logo no primeiro
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ETEC Rubens de Faria e Souza
pelo mercado de trabalho, aumento da remuneração, com ascensão profissional, quando já empregados e, o que nos é mais importante, reconhecem a importância de continuar aprendendo”, diz Sueli.
Além das indústrias Sueli Tezzoto Figueiroa, coordenadora pedagógica da Rubens de Faria e Souza
contato com o mercado de trabalho. “O número de estagiários contratados pelas empresas tem se elevado a cada semestre, mostrando que realmente o mercado está aquecido e recebendo a mão de obra qualificada”, comenta Germano. Os indicadores do Rubens de Faria e Souza seguem a mesma tendência. “Os egressos apresentam rápida absorção
Não só focadas no mercado industrial, as Etecs também oferecem cursos para empresas de outras áreas. Administração, Contabilidade, Agência de Viagens, Design de Interiores, Fármacia, Informática, além de Nutrição e Alimentos são alguns dos destaques. Existem ainda os cursos semipresenciais do Telecurso TEC, em Administração e Administração Empresarial. A Construção Civil, que há algum tempo já vem demonstrando carência de mão de obra, tem 80 vagas todos os semestres no período da manhã e à tarde na Fernando Prestes. Para 2013, a unidade estuda ainda a implantação do curso Técnico em Edificações para reforçar a qualificação de mão de obra na área.
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MerCado eSPeCialiZado
oCéu é o Limite
CurSo de piLotagem é aLternativa de quaLifiCação e renda para oS jovenS
e
nquanto milhares de jovens vão à universidade em busca de qualificação profissional, outros tantos têm apostado nos cursos técnicos como meio de encontrar um lugar ao sol, isto é, no mercado de trabalho. E não são poucos os cursos técnicos oferecidos para aqueles que creem que o céu é o limite. Com período mais breve do que os quatro anos mínimos dos bacharelados tradicionais, o Aeroclube de Sorocaba oferece curso de pilotagem que pode ser uma alternativa de qualificação e renda para os jovens. “O aluno pode começar o curso com 17 anos”, explica o instrutor de aviação Valdemar Tavares de Albuquerque. Piloto desde 1993, ele conta que antes de frequentar o curso para obter a carteira de piloto comercial, que implica em uma série de exigências, o aluno deve obter a habilitação de piloto privado. “Após o curso, ele (aluno) sai totalmente preparado para o mercado”, garante. Sem revelar as cifras, ele considera
merCado C Cado bra iLeiro ainda braS tem grande CapaCidade de orver novoS abSorver piLotoS
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Valdemar Tavares de Albuquerque, instrutor de aviação. Abaixo, simulador de voo
que a atividade profissional de pilotapilota gem “é bem remunerada”. O curso inclui aulas teóricas e prátipráti cas, tanto em aeronaves quanto em um simulador de última geração. “Todos os comandos são idênticos ao de uma aeae ronave”, comenta Albuquerque. TavaTava res de Albuquerque conta que o custo do curso completo de aviação profissioprofissio nal é semelhante ao valor de uma faculfacul dade. “Mas, com dinheiro e dedicação, o aluno consegue concluir em dois ou três anos”. Para o instrutor, que iniciou seu concon tato com a aviação como mecânico, o mercado brasileiro ainda tem grande capacidade de absorver novos pilotos. “Cada companhia tem seus requisitos, exige um mínimo de horas de voo. Mas, o que é fundamental, hoje em dia, é o inglês”, comenta. Prova de que o mercado ainda dá espaço para novos pilotos pode ser vista na própria escola de pilotagem
do Aeroclube de Sorocaba, localizado no aeroporto estadual Bertran Luiz Leopolz. A escola recebe alunos de vários estados do Brasil como Amazonas, Bahia, Ceará e Rondônia. “Sorocaba tem várias vantagens. Para a instrução prática, o clima ajuda e o preço da hora de voo, aqui, é mais barato que em outros lugares”, conclui.
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eMPreeNdedoriSMo
a vez doS miCroempreendedoreS individuaiS
a
soma de incentivos fiscais com um perfil empreendedor tem dado certo em Sorocaba. Os registros de microempreendedores individuais foram os que mais cresceram desde 2009. Em 4 anos, os números aumentaram em 134 vezes, saltando de 25 para 3.350 e hoje representam 9% do mercado local, segundo levantamento realizado pela Secretaria de Finanças da Prefeitura de Sorocaba a pedido do Jornal Ipanema envolvendo o período de junho de 2009 a junho de 2012. “É uma equação em que todos ganham”, analisa o economista Flaviano de Lima. Segundo o especialista, a evolução só foi possível devido a incentivos fiscais articulados entre os estados e municípios com ajuda do Sebrae para diminuir a informalidade do mercado. “Esse aumento no número de registros representa para a cidade a redução da informalidade, o reconhecimento de inúmeras atividades econômicas que geram emprego, renda e tributos”. O empreendedor individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60 mil por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Além disso, o empreendedor individual é 62 • Sorocaba Sempre • 2012 | Jornal Ipanema
enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL), pagando apenas o valor fixo mensal de R$ 32,10 (comércio ou indústria) ou R$ 36,10 (prestação de serviços), destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Lima afirma ainda que a vinda de novas empresas para Sorocaba deve gerar novas oportunidades para esses novos empresários. “O microempreendedor, as microempresas e pequenas empresas acabam suprindo serviços e matéria-pri-
“
ma quanto às necessidades das médias e grandes empresas”. O economista analisa que todas as áreas e setores econômicos devem crescer nos próximos anos. “No campo das micro e pequenas empresas, espera-se maior crescimento na área do comércio e serviços, seguindo uma tendência mundial, inclusive da expansão de franquias”. O microempreendedor deve estar atento, então, a essas novas oportunidades. “O espírito empreendedor fortalece a ação empreendedora em todos os ní níveis gerando emprego, renda e ascensão social. Uma cultura empreendedora semeada desde a escola, nas famílias, faz-se necessária para o desenvolvimento pleno da cidade e do país”.
umaequação emquetodoS ganham fLaviano de Lima, eConomiSta
”
Número dos registros de empresas em Sorocaba
Fonte: Secretaria de Finanças
aSCeNÇÃo eCoNôMiCa
75,3% doS SoroCabanoS eStão tão na CLa CLaSS aSSe C
o
número de brasileiros que ascenderam à classe C chegou a 40,3 milhões entre 2005 e 2011, segundo dados do estudo “O Observador Brasil 2012”. O cenário tem seguido essa tendência também em Sorocaba, onde mais de 75% dos moradores já ascenderam à classe média, de acordo com os últimos dados divulgados pelo IBGE. O indicador mais recente da distribuição de renda na cidade ainda é antigo. O último dado foi divulgado em 2000, mas é possível fazer estimativas com base no novo momento econômico do país e da cidade. A desigualdade social é medida internacionalmente numa escala de 0 a 1 do índice de Gini. Quanto mais próximo de zero, menos desigual (concentrada) é a renda e quanto mais próximo de 1 (ou 100) mais desigual (concentrada) é a renda. O índice de Gini de Sorocaba é de 0,55 (referente 2010) e beira o número nacional, que passou de 0,53 para 0,51 de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no começo de 2012. “A concentração de renda em Sorocaba está gravitando em torno da média nacional, ficando um pouco abaixo e com os programas de inclusão social - como da Coleta Seletiva e de Cidade Educadora. A tendência é que haja progresso na distribuição, porém ainda como está perto da média nacional ainda é altamente concentrada”, analisa o economista e doutor Francisco Carlos Ribeiro, professor pleno do curso de economia da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Sorocaba.
Educação é o segredo De acordo com Ribeiro, o segredo para diminuir as diferenças sociais está na educação básica. O economista aponta uma pesquisa realizada na Pontifícia Univer Univer-
sidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul que mostrou que a educação primária tem mais força do que a superior na busca pela igualdade social. “A educação superior e média são importantes para a qualificação de pessoal que irá propor novas tecnologias e processos, ou seja, ela é fundamental para o crescimento da produtividade. Já a educação básica (via qualificação e ingresso no mercado de trabalho) é importante para incluir pessoas no mercado de trabalho, portanto, tem efeito direto sobre o crescimento econômico e distribuição de renda”. O desafio de Sorocaba está então, pondera o professor, em equilibrar o crescimento da inovação tecnológica, principalmente com os incentivos do Parque Tecnológico, com a qualificação da mão de obra. “Qualificação é condição necessária, mas não suficiente. Daí que incentivar o ensino superior e o processo de inovação são desafios e, ao mesmo tempo, apontam a correção de rumo em Sorocaba”. A cidade não está imune ainda às crises econômicas internacionais. A participação do comércio
Francisco Carlos Ribeiro, economista E professor da Fatec/Sorocaba
exterior corrente no PIB de Sorocaba é de 8,5% e, no referente às exportações, os bens de capital respondem por quase 63% das exportações sorocabanas. “Não devemos dourar a pílula. Como ainda temos espaço para crescer em educação e novas tecnologias, podemos amenizar internamente, mas também não passaremos incólumes pela crise se ela continuar”.
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BalaNÇa CoMerCial
equiLíbrio íbrio depende de que aS empreSaS SoroCabanaS Continuem produzindo
o
primeiro semestre de 2012 não foi positivo para a balança comercial de Sorocaba. Segundo números do Ministério do Desenvolvimento Industrial e Comércio Exterior, a cidade importou mais do que exportou. Em números exatos, foram exportados US$ 845.130.912 e a importação bateu a casa de US$ 1.615.544.827. Isso resultou num saldo negativo de cerca de US$ 770 milhões. Os produtos de Sorocaba têm mais saída para os norte-americanos, com vendas, entre janeiro e julho, no valor de US$ 259 milhões. A Argentina aparece em segundo, com US$ 166 milhões.
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o défiCit aCumuLado LLado no primeiro SemeStre deSte ano não é uma novidade. SoroCaba C Caba Só teve Superávit na baLança L Lança ComerCiaL em 2oo5
Depois aparecem Alemanha - US$ 77 milhões, Chile - US$ 42 milhões, Uruguai US$ 32 milhões, México - US$ 26 milhões e, por fim, a China, com US$ 24 milhões. Já Sorocaba comprou mais da China no mesmo período. Foram cerca de US$ 314 milhões em importações. Já a Alemanha vendeu para a cidade cerca de US$ 260 milhões, enquanto o Japão foi responsável por US$ 226 milhões das importações. O déficit de mais de US$ 770 milhões, acumulado no primeiro semestre deste ano não é uma novidade. Sorocaba só teve superávit na balança comercial em 2005. O economista Juliano Galli explica que a cidade tem um número mui-
to grande de empresas que importam muito, principalmente bens de capital. Ainda assim, ele aponta que o déficit sorocabano não pode ser interpretado de maneira negativa. “Isso porque a importação para Sorocaba não é tanto para o bem de consumo, ela é muito caracteriza por bens de capital, que são utilizados para as indústrias produzirem novos produtos e, portanto, esse saldo não deve ser considerado tão negativo”. Na visão do economista, a tendência de déficit deve prosseguir nos próximos anos. “Pela característica da cidade. Se formos buscar os dados, vê-se que cidades mais caracterizadas pela agropecuária tendem a ter superávit. Já nas cidades caracterizadas por indústrias, especialmente pelos tipos de indústrias que temos em Sorocaba, sempre temos valores negativos no saldo da balança comercial. Então, não vejo por que mudaria essa tendência”. Para Juliano Galli, a vinda de empresas como Toyota tende a acentuar essa questão de déficit. “Mesmo vindo a Toyota e ela produzindo veículos para fora do Brasil, para construção, manutenção e compra de insumos para própria fábrica depende muito a aquisição de produtos importados. Então, não vejo que a vinda de empresas como Toyota para Sorocaba possa reverter a situação, uma vez que ela vai contribuir mais ainda para que aumente o volume de importação da cidade”. O economista orienta que, para manter uma balança comercial mais equilibrada, é preciso que as empresas sorocabanas continuem produzindo. “Por parte do governo, em termos de polí política, evitar o máximo possível a saída de empregos de Sorocaba, mesmo tendo a questão do déficit da balança comercial. Há de se incentivar a criação de indústrias, estimular a manutenção das que já estão aí e buscar, de certa forma, que as que já estão na cidade e as que venham a se instalar produzam também aqueles produtos que são importados”, finaliza o economista.
Cidades caracterizadas por indústrias, especialmente pelos tipos de indústrias que existem aqui, sempre tem valores negativos no saldo da balança comercial
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GeStÃo teCNolóGiCa
pioneiriSmo no enSino de engenharia ngenharia em SoroCaba
a
Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens) é a primeira instituição de ensino superior nesta área fundada em Sorocaba e completará, em 2012, 36 anos de atividade. Oferece atualmente sete cur atividade. cursos de graduação (Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Computação, Engenharia Mecatrônica e os dois mais recentes, com turmas iniciadas este ano, em Engenharia Química e Engenharia de Produção). Os novos cursos foram criados com a expectativa de atender à importante demanda de empresas de Sorocaba e região, para as quais as especialidades têm adquirido cada vez mais relevância. A Facens iniciou as primeiras turmas com 200 alunos e alcançou, no ano passado, a marca recorde de mais de 2 mil alunos matriculados. É uma instituição filantrópica e, além de oferecer bolsas de estudo entre seus alunos, tem ainda um cursinho pré-vestibular gratuito dirigido a estudantes vindos de escolas públicas ou filantrópicas. Desde 2011, uma parceria com a Prefeitura de Sorocaba
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permitiu aumentar o número de vagas oferecidas pelo cursinho. Este ano duas turmas (manhã e tarde) disponibilizaram 90 vagas cada uma. O cursinho pré-vestibular da Facens é aberto a estudantes com interesse em prestar vestibular para as mais variadas carreiras, e não só para Engenharia. Ainda assim, observa-se que “a maior parte dos alunos acaba por cursar Engenharia na própria Facens e percebemos que estes alunos, muitas vezes, destacam-se em suas turmas durante o curso de graduação”, diz o professor Samuel Caliani, coor coordenador do cursinho. “A importância de oferecer esta oportunidade para alunos que não podem pagar um cursinho par particular é proporcionar-lhes igualdade de condições em relação a quem não vem da escola pública para a realização de provas como o Enem, por exemplo”, comenta. Recentemente, durante a inauguração do Parque Tecnológico, a Facens foi lembrada. Em seu discurso de abertura, o prefeito Vitor Lippi ressaltou a importância do Parque Tecnológico já ser inaugurado com a participação de 10 instituições de
A Facens alcançou, no ano passado, a marca recorde de mais de 2 mil alunos matriculados
ensino superior, dentre as quais a Facens, com foco na inovação tecnológica. Como assegura o diretor da Facens, Marcos Carneiro da Silva, é grande a expectativa com a criação desse grande polo gerador de conhecimento: “Primeiro por porque sempre estivemos, desde o começo, ao lado da criação deste projeto, apoiando o modelo adotado. Assim, nossa participação aqui está alicerçada em três pilares, a não duplicação de estrutura aqui dentro do Parque – o que significa que a Facens, em seu local original, também deve funcionar como uma extensão do Parque Tecnológico –, usando a infraestrutura daqui de forma complementar; o segundo ponto é que a gente entende que existe uma demanda enorme por mão de obra para trabalhar com gestão tecnológica, e estamos nos preparando para proporcionar esta formação, junto da Fiesp, Ciesp e Senai do estado de São Paulo; e finalmente, poder ser um braço da pequena e média empresa dentro do Parque Tecnológico, uma vez que sabemos que essas empresas terão mais dificuldade de se instalarem aqui dentro”, afirma.
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