A ERA DA INTERAÇÃO Novas tecnologias transformam rótulos e decorações de embalagens em portais para o consumidor
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ENTREVISTA: Nathan Herszkovicz, da Abic, fala de café • BEBIDAS: A onda dos energéticos em PET
EDItorIaL
}}} uMa
conVersa coM o leitor
A rotulagem vai muito além da imaginação ecididamente, parece ter chegado o tempo, ou no mínimo sua décima primeira hora, em que a embalagem vai deixar para trás o epíteto de “vendedor silencioso”, aquele objeto que pela beleza, pelo formato e pelo grande volume de informações faz o papel de “convencer” o consumidor a levar o produto nele contido. Na verdade, as modernas tecnologias de comunicação interativa, que se sucedem em ritmo frenético, ampliam de forma que lembra a ficção aquela função das embalagens e, mais especificamente, de sua decoração. Com a parafernália de SmartPhones e tablets em geral se sucedendo, tendo embutidas coisas como códigos bidimensionais, realidade aumentada e outras tecnologias de que um dia antes não se ouvia falar e hoje brotam diante de nós, a “mais direta das mídias” extrapola essa – não é pena dizer, muito pelo contrário – modestíssima função. Os rótulos, entendida na expressão a decoração de embalagens de modo geral, expandem agora ao infinito, de forma virtual, seus limites métricos. Literalmente tudo o que um produto oferece, incluindo possibilidades de uso, assistência pós-venda, informações complementares, benefícios e contraindicações, pode ser acessados num verdadeiro passe de mágica – ou, mais apropriadamente, num clique no telefone celular. É como se fosse a transformação de uma bula, essa extensão obrigatoriamente legal dos rótulos dos medicamentos, numa
D
EMBALAGEMMARCA é
uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 CEP 04718-040 São Paulo, SP Tel.: (11) 5181-6533 Fax: (11) 5182-9463 www.embalagemmarca.com.br Filiada ao
peça colorida, com movimento e possibilidade de diálogo e dimensões maiores até que as de um outdoor. Isso, em si, já vai além do estático mutismo que outrora caracterizava o “vendedor silencioso”. Seu fim, para melhor, está decretado também na sonoridade que a interação tecnológica escancara. Tais maravilhas são apresentadas (mas o que terá surgido de ontem para hoje?) na reportagem de capa desta edição, de autoria de Guilherme Kamio. Esse trabalho é complementado por um panorama de positiva movimentação que vem ocorrendo no setor de bases para a produção de rótulos autoadesivos. Não cabe neste espaço adiantar todos os assuntos de alto interesse que ocorrem na área do packaging e estão cobertas nesta edição, sendo recomendável vê-los no Sumário e, mais ainda, lê-los em suas íntegras. Tomo a liberdade de utilizar a parte final deste espaço para chamar a atenção dos leitores para um fato a nós auspicioso: a próxima edição de EmbalagEmmarca assinalará o décimo segundo aniversário da revista. No empenho de oferecer a nosso público um produto sempre melhor, os leitores podem aguardar na edição de junho uma série de inovações que, esperamos, poderão contribuir para aprofundar o nível de conhecimento dos profissionais e para o fortalecimento das empresas do setor. Até junho.
“A embalagem vai deixar para trás o epíteto de ‘vendedor silencioso’. Novas tecnologias de comunicação interativa ampliam de forma que lembra a ficção aquela função das embalagens e de sua decoração”
Wilson Palhares
Diretor de redação: Wilson Palhares | palhares@embalagemmarca.com.br Editor executivo: Guilherme Kamio | guma@embalagemmarca.com.br Redação: redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares | flavio@embalagemmarca.com.br Marcella Freitas | marcella@embalagemmarca.com.br Colaborou nesta edição: Marcelo
Marcondes
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Público-Alvo EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos. O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é permitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.
sumÁrio }}} Nº 141 }}} MAIO 2011
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Óleos
QR Code , realidade aumenta da e outras te cno proporcio logias nam maior int eração com os consumid ores por meio da decoraçã o de embalag ens
Petrobras renova identidade visual e embalagens do lubrificante lubrax
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Águas
empresa capixaba consegue bons resultados com redesenho de embalagens
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Rotulagem
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Reportagem de capa
fusões, aquisições e investimentos movimentam fornecedores de produtos autoadesivos
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Autoadesivos
colacril e Vitopel apresentam liner de BoPP
torrefadora mineira lança café em saquinho para ser preparado como chá
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Sucos
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Cafés
capri sun estreia no Brasil com produto local e embalagem importada
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Perfumes
o Boticário leva seus sucessos para frascos portáteis com aplicadores roll-on
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Entrevista
Presidente da associação Brasileira das indústrias de café fala da importância das embalagens para o crescimento do produto nacional no mercado externo
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EmbalagemMarca
maio 2011
Energéticos garrafa de Pet começa a aparecer em mercado dominado pela lata de alumínio
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Cosméticos
amenities oferecidos por hotéis ganham melhores apresentações e viram ferramenta de marketing
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Internacional
Na corrida por embalagens “verdes”, coca-cola cria nova garrafa de cana-de-açúcar para marca de sucos
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Doces
com embalagem metalizada e selada, sonho de Valsa quer ampliar liderança no segmento de bombons
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Prêmio EmbalagemMarca
com novo logotipo, premiação melhora sistema de inscrições e amplia número de jurados
E mais Editorial Só na web Espaço Aberto Panorama Artigo: Lynn Dornblaser Painel Gráfico Display Índice de Anunciantes Almanaque
3 6 7 38 66 70 76 80 82
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sÓ Na WEb
Edição: FLÁVIO PALHARES ||| flavio@embalagemmarca.com.br
amostra da seção diária de notícias de www.embalagemmarca.com.br e da e-newsletter semanal da revista
METÁLICAS INTERNACIONAL
Litografia Valença aumenta produção
Aos 125 anos, Coca-Cola lança edições especiais
a litografia Valença está ampliando sua unidade de Mairinque (sp), que ganhará mais uma linha a partir de junho, destinada à produção das latas quadradas de azeite “tipo espanhol”, de 500 mililitros. a fábrica ganhará mais 2.400m².
o refrigerante mais vendido no mundo foi lançado em 8 de maio de 1886, nos estados unidos. para comemorar a data, a empresa lançou embalagens especiais em vários países. Veja mais em emb.bz/coca125
RECONSTRUÇÃO
TRIBUTOS
Produtos da região serrana do Rio ganham selo
STF suspende cobrança de ISS sobre trabalho gráfico de embalagens
o seBrae/rJ e a secretaria estadual de desenvolvimento do rio criaram um selo para identificar os produtos feitos na região serrana fluminense, devastada pelas chuvas no início do ano. a idéia é estimular o consumo solidário para ajudar a reerguer a indústria local. o selo foi desenvolvido pela crama design estratégico. Veja mais em emb.bz/serrana
o supremo tribunal Federal (stF) decidiu, por unanimidade, retirar a incidência do imposto sobre serviços de Qualquer natureza (iss) do trabalho gráfico feito em embalagens de produtos. a partir de agora, incidirá somente o imposto sobre circulação de Mercadorias e serviços (icMs). a autora da ação de inconstitucionalidade foi a associação Brasileira de embalagens (abre), que alegou que a constituição não permite que haja incidência de iss quando já há previsão de cobrança de icMs. Veja mais em emb.bz/iss
PANORAMA
Plastivida questiona medida do governo de SP contra sacolas plásticas
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EmbalagemMarca
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a plastivida instituto sócio ambiental dos plásticos divulgou nota questionando medida do governo de são paulo que visa ao banimento das sacolas plásticas no estado até o final do ano. o instituto diz que esse tipo de acordo pode penalizar o consumidor, quando existem alternativas concretas de redução do consumo que preservam o meio ambiente. Veja mais em emb.bz/plastivida
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Espaço Aberto Editorial
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arabéns pelo editorial “Proletários do mundo inteiro, danai-vos!” (EmbalagemMarca nº 139, março 2011). Excelente abordagem. Creio que a indústria e o comércio brasileiros ainda não se deram conta do perigo que estão correndo com a enxurrada de produtos, na maioria “lixo”, que estão trazendo da China. Quando se assustarem, poderá ser tarde demais. José Carlos de Souza Gerente Administrativo Barbacena, MG
Muito oportuno o editorial de E
mbade março. Será que nossas “autoridades” são as únicas a não enxergar esta realidade que dá aos capitalistas (falsos brasileiros) a condição para entregarem de mão beijada a indústria nacional? Já estamos submetidos a condições escorchantes a toda sorte de impostos, e mais lagemMarca
}}} opiniões,
críticas e sugestões de nossos leitores
essa “marretada a prestações” parece ser o golpe de misericórdia para toda nossa sociedade. É triste poder ver o caos a curto prazo e, simplesmente, não fazer nada! Vicente Palazzo De Marino Itálica Ind. e Com. de Alimentos Joinville, SC
Quero parabenizar o editorial da edição
139 de EmbalagemMarca. Conciso e direto, toca em um assunto que parece meio tabu, mas que tem impacto em todos os segmentos da indústria. Rogerio Oliveira Designer, editor do blog Um dia, uma embalagem (packbyday.blogspot.com) Curitiba, PR
Molhos: desenho correto
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a reportagem “Temperos para mais públicos” (EmbalagemMarca nº 136,
dezembro de 2010), consta que o projeto estrutural do frasco dos molhos para saladas Hellmann’s foi desenvolvido pela Matriz Escritório de Desenho. Na realidade, a Matriz foi a agência que liderou o projeto de identidade total para esta linha de produtos. Entre muitas atividades nosso projeto privilegiou uma etapa de consultoria de forma, que auxiliou a Unilever a escolher o frasco mais adequado para sua necessidade, considerando pertinência conceitual, funcional etc. O desenho do frasco escolhido, após consultoria da Matriz e pesquisa junto a usuários, foi desenvolvido pela empresa MN Design. Mario Pallares Diretor de Projetos Matriz Escritório de Desenho São Paulo, SP
Uma nova imagem. a mesma credibilidade. Em constante evolução, o Prêmio EmbalagemMarca – Grandes Cases de Embalagem apresenta seu novo logotipo O Prêmio EmbalagemMarca chega à sua quinta edição com novidades. A primeira delas é a modernização do logotipo, trabalho confiado à agência Brainbox Design, de Curitiba. A nova arte foi criada para ficar em harmonia com o layout do troféu – assinado por Karim Rashid – e faz alusão às ideias de movimento e de fluidez. Além da inserção do ícone, o logotipo ganhou nova tipografia e destaca o nome do Prêmio EmbalagemMarca. Outras novidades já estão a caminho. Aguarde nossos próximos anúncios.
patrocínio prata
promoção
organização
Inscrições abertas Entre 1° de janeiro de 2010 e 30 de junho de 2011 sua empresa colocou no mercado embalagens que se destacaram e trouxeram benefícios concretos para o usuário? Em caso afirmativo, não perca mais tempo. Inscreva-as no Prêmio que se consolidou como um dos mais importantes e criteriosos do setor. prêmio embalagemmarca - grandes cases de embalagem - reconhecimento e divulgação para quem ajuda a melhorar a embalagem no Brasil.
Cerimô n de ent ia reg dos tro a féus
18 de outubr o
Informações sobre o regulamento e inscrições em www.grandescases.com.br Dúvidas? Entre em contato com a nossa equipe: premio@embalagemmarca.com.br ou (11) 5181-6533
}}} Óleos
Lubrificantes revisados Petrobras moderniza identidade de marca e embalagens da linha Lubrax
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íder do mercado brasileiro de lubrificantes automotivos, a marca Lubrax, da Petrobras, foi totalmente reformulada, assim como suas embalagens. O trabalho de reposicionamento chegou ao mercado em abril, depois de dois anos de pesquisas com consumidores em pontos de venda. A grande complexidade do trabalho, desenvolvido pelo escritório Gad’, foi estabelecer um conceito aplicável a uma linha de produtos abrangente, composta por mais de cem itens – voltados a aplicações automotivas, industriais, ferroviárias, marítimas e em aviação. Um novo logotipo foi criado, para revitalizar a marca sem desconsiderar sua origem, tornando-a mais contemporânea. O traço sobre a inscrição “BR” ganhou um degradê em tons de amarelo que, segundo a agência, denota evolução e velocidade. Para a classificação dos produtos foram assumidas as cores verde para os óleos básicos (de base mineral) e amarela para os avançados (base sintética). Esse código orientou a reformulação das embalagens da marca.
Novos shapes e rótulos Os frascos plásticos dos produtos agora apresentam novos formatos, mais ergonômicos e com-
Antigo
Novo
Frascos agora têm formato mais ergonômico e novos rótulos. Cores diferenciam a classe do produto
plexos, e novos rótulos. As embalagens de 1 litro são decoradas por meio de heat transfer (rótulos plásticos aplicados por calor). Os frascos de 500 mililitros e de 3 litros, por sua vez, recebem rótulos autoadesivos. Os dizeres dos rótulos agora têm linguagem menos técnica, para facilitar a compreensão das informações pelo consumidor final. Desde dezembro de 2010 “teasers” sobre as mudanças foram enviados a grandes clientes, revendedores e outros agentes da cadeia de negócios de lubrificantes. No dia 3 de abril último a Petrobras Distribuidora apresentou oficialmente ao mercado as novas embalagens. Elas são as estrelas de um comercial de tevê, criado pela agência Master para alardear a modernização da marca Lubrax. (FP)
Design Gad’packaging (11) 3040-2222 www.gadpackaging.com.br Embalagens Graham Packaging (11) 2135-7900 www.grahampackaging.com Rótulos Technopack (51) 2139-9000 www.technopack.com.br
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emb.bz/lubrax
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}}} design
Alavanca para águas Redesenho de embalagens traz bons resultados para engarrafadora capixaba
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capacidade de mudanças em design provocar bons resultados comerciais tem um novo exemplo na Pedra Azul. A pequena empresa de água mineral, localizada no município capixaba de Marechal Floriano e com atuação concentrada no Espírito Santo, na Bahia e no Rio de Janeiro, afirma que a troca da identidade visual de sua linha de produtos foi vital para um incremento de aproximadamente 10% nas vendas, no final de 2010, em relação ao mesmo período de 2009. Em alguns produtos, o incremento chegou a até 15%. Para reposicionar a marca, uma das primeiras no Brasil a conquistar o selo NSF (padrão internacional de qualidade de água), a Pedra Azul contratou a
Matriz Escritório de Desenho. Por meio de sua divisão Desenvolvedora Matriz de Desenho, que atende pequenas e médias empresas, a agência unificou a apresentação da linha, de modo a garantir sua ampliação para as subcategorias premium, kids e sport. Havia também a necessidade de organização das informações no rótulo. Os elementos mais marcantes dos rótulos – o símbolo (morro Pedra Azul) e o logotipo – foram modernizados, conta Lígia Dembinski, diretora de desenho da agência. O primeiro, antes apresentado em foto, passou a ser representado por uma ilustração. O logotipo foi redesenhado, com traços contemporâneos. Os formatos dos recipientes foram mantidos nas garrafas de PET e a nova marca foi inserida em relevo. (FP)
Foto do rótulo antigo foi substituída por desenho; nova garrafa tem marca em relevo
Desenvolvedora Matriz (11) 5083-2022 www.desenvolvedoramatriz.com.br
Linha de águas da Pedra Azul teve comunicação visual unificada
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}}} reportagem de capa
Chance de mais diálogo Novas tecnologias de comunicação interativa abrem um universo inimaginável de possibilidades para ampliar vendas por meio da decoração e da rotulagem. Saiba como tirar proveito dessa onda
Por Guilherme Kamio
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ão é novidade dizer que a embalagem é o mais eficaz meio de comunicação para as empresas. Já se tornou mesmo lugar comum lembrar que ela é capaz de funcionar como “a mais direta das mídias”, atraindo, informando, convencendo, seduzindo e ajudando na construção de marcas fortes. Mas essas tarefas, cada vez mais importantes ante os aumentos da concorrência e da exigência do consumidor, ganham nova dimensão no que se pode sem exagero considerar uma espécie de era da interação sem limites entre shoppers e tudo aquilo que um produto pode oferecer. O momento é bafejado por tecnologias que pouco tempo atrás soariam a ficção, como os códigos bidimensionais e a realidade aumentada. As oportunidades de uso desses sistemas para o enriquecimento de experiências de consumo crescem ante a difusão avassaladora da tecnologia no dia a dia das pessoas. Combinados com a internet, a telefonia móvel ou os tablets, os novos recursos permitem às indústrias romper os limites físicos de suas embalagens, oferecendo conteúdo vasto, dinâmico e diversificado ao consumidor. Em outras palavras, os rótulos e as decorações dos produtos “aumentam” – e seus tamanhos podem ser virtualmente ilimitados.
Resposta rápida Embora as possibilidades das novas tecnologias sejam vastas e as empresas ainda estejam começando a desvendá-las, os usos iniciais já dão amostras de seu potencial. Até agora, os exemplos mais conhecidos envolvem a gravação de códigos bidimensionais no corpo ou nos rótulos das embalagens. Ao tirar uma foto desses componentes com o celular e decodificá-los no próprio aparelho, por meio de softwares gratuitos, o consumidor pode ser levado a sites com informações sobre produtos e marcas, ativar promoções, acessar vídeos e
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jogos, ingressar em redes sociais, ganhar brindes ou ainda participar de pesquisas. Dentre esses códigos, o mais famoso é o QR Code – ou “código de resposta rápida”, em tradução para o português. Trata-se de um elemento gráfico capaz de criptografar grandes quantidades de dados em uma pequena área quadrada preenchida por espaços pretos e brancos. Enquanto um código de barras linear convencional (EPC/ EAN) é capaz de armazenar apenas catorze dígitos ou 8 bits, um QR Code pode ter quase 5 000 caracteres ou 3 megabytes. O QR Code já é extremamente popular no Japão – onde surgiu com fins logísticos, em 1994, pelas mãos da fabricante de autopeças Denso-Wave. O código pode ser visto naquele país em diversas embalagens, oferecendo acesso a conteúdo extra sobre produtos e a ações promocionais. Todas as embalagens que o McDonald’s utiliza no mercado nipônico, por exemplo, têm QR Codes. Quer saber o que há num Big Mac? Basta ler o código da embalagem com o celular ou um tablet. Na tela do aparelho, surge uma página com a tabela nutricional detalhada do sanduíche. Fora da terra do sol nascente, o QR Code começa a colecionar usos engenhosos vinculados ao packaging. No ano passado, nos Estados Unidos, o código de resposta rápida foi utilizado pela SC Johnson (no Brasil, Ceras Johnson) para permitir uma forma de o consumidor assimilar, nas lojas, o propósito e o modo de uso do Scrubbing Bubbles Automatic Shower Cleaner, um
Por meio da leitura de QR Code, consumidores puderam entender a função de novidade da SC Johnson ainda no ponto de venda
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QR Codes das latas da cerveja Kokanee presenteou consumidores com mapas de montanhas canadenses
aparelho para a limpeza automática de áreas de banho. Aplicado nos estojos cartonados em que o produto é vendido, um QR Code fazia celulares acessarem vídeos com conteúdo didático sobre o novo produto. No Canadá, QR Codes gravados nas latas de uma edição especial da cerveja Kokanee, comercializada meses atrás, baixavam nos celulares dos consumidores mapas animados de trilhas das montanhas canadenses. Os mapas traziam “tesouros” escondidos. Sua descoberta garantia a participação em sorteios de prêmios na internet. “Os códigos 2D representam uma oportunidade fantástica para nos comunicarmos com o cliente sem ter de aumentar o tamanho da embalagem ou o espaço do rótulo”, disse o gerente de marketing da Kokanee, Mike Bascom.
Outros códigos Além do QR Code, outros tipos de códigos bidimensionais começam a ganhar espaço em embalagens como pedras angulares de campanhas de mobile marketing – a divulgação de produtos, serviços e marcas que aproveita o telefone celular como canal. Artífice das ações da Kokanee e da SC Johnson, a empresa americana Scanbuy destaca também o EZcode, uma espécie de QR Code com tamanho reduzido – as margens do código não medem mais de um centímetro. Nos Estados Unidos, a Heineken utilizou o sistema em multipacks cartonadas de cerveja, recompensando consumidores com aplicativos para celular como gincanas musicais e guias de pontos de táxi.
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Heineken: leitura de códigos recompensou consumidores com músicas e aplicativos para telefone celular
Até a Microsoft entrou na onda. A gigante em informática vem tentando emplacar adoções do Microsoft Tag, ou High Capacity Color Barcode (HCCB), matriz que armazena dados em sequências coloridas ou monocromáticas de triângulos, e não nos pixels quadriculados tradicionalmente associados aos códigos bidimensionais. Uma das usuárias da tecnologia é a americana Meyer Natural Beef. A empresa tem aplicado rótulos autoadesivos com tags em suas embalagens de carnes orgânicas. Os códigos permitem ao consumidor acessar uma página na internet que esmiúça as práticas de produção dos alimentos. O diretor de marketing da Meyer, Chris Anderson, explica que um grande benefício conquistado com o uso da solução da Microsoft é o aumento da vida útil das embalagens. “Produzir novos elementos e rótulos para o ponto de venda acarreta tempo e investimentos”, diz o executivo. “Com os tags, podemos atualizar conteúdo simplesmente através de web design, dispensando novas operações fabris.”
Formado por sequências de triângulos, Microsoft Tag já é utilizado em embalagens de carne
A aplicação de códigos como esses em ações de marketing parece ser fantástica para países desenvolvidos, em que celulares com recursos avançados já gozam de grande popularidade. Estima-se que no Japão, por exemplo, mais de 80% dos telefones móveis em operação sejam capazes de ler QR Codes. Mas tais soluções fariam sentido no Brasil, onde smartphones ainda não ocupam nem 10% do mercado, 80% dos usuários de telefonia móvel assinam planos pré-pagos e os planos de acesso remoto à internet ainda são caros? “Os números ainda são acanhados, mas há que se considerar que a modernização ocorre em ritmo acelerado”, diz Kristen Walker, analistasênior da consultoria Mintel International, lembrando que a venda de smartphones no Brasil cresceu 279% em 2010, alcançando 5 milhões de unidades, segundo leitura da Nielsen. “Ademais, índices brasileiros pequenos equivalem a números totais de mercados médios”, lembra a profissional.
Acreditando na pertinência do uso de códigos bidimensionais em embalagens, a Serra Gaúcha, divisão de vinhos finos da vinícola paranaense Campo Largo, realizou uma iniciativa pioneira no País. No fim do ano passado, em um projeto desenvolvido pela Blu Comunicação, a empresa passou a colocar QR Codes nos contrarrótulos de seu vinho Lunar Moscato, confeccionados pela Flexul. “O consumidor pode acessar, ainda no supermercado, informações sobre a empresa, nossa linha de produtos e também receitas e formas de harmonização no consumo”, declarou Gioceli Escorsin, coordenadora de marketing da Vinícola Campo Largo (ver EmbalagEmmarca nº 133, setembro de 2010).
Vinho da Campo Largo: código dá acesso a receitas e dados do produto
Para “dumbphones” Não obstante as barreiras tecnológicas tendam a cair rapidamente com a renovação do aparelhamento dos consumidores, algumas empresas propõem opções de trabalho mais inclusivas para os códigos 2D. Um exemplo é dado pela americana JagTag. A empresa desenvolve soluções baseadas em QR Codes alterados e num código proprietário capazes de permitir até mesmo o uso de telefones mais simples, sem acesso à internet ou aplicativos decodificadores, em ações de interatividade. Basta
que eles tenham câmera e sejam capazes de enviar mensagens de texto. “Isso tira os ‘dumbphones’ (‘telefones burros’, em tradução livre), que representam 74% dos aparelhos em operação nos Estados Unidos, da marginalidade em campanhas com códigos”, afirma Andrew Bolton, diretor da JagTag. Uma solução similar, chamada SnapTag, é oferecida pela americana SpyderLynk. Trata-se de um código bidimensional na forma de um logotipo (ou algum outro elemento visual representativo da marca da empresa usuária) circundado por um “anel codificado”. Assim como o JagTag, o SnapTag não exige um software leitor no celular ou tablet. Ao fotografá-lo e enviar sua captura para um número de “torpedo” ou endereço de e-mail, o consumidor recebe uma resposta na forma de uma mensagem de texto ou multimídia, que pode evoluir para um diálogo mais profundo com a marca por trás da ação. No campo das embalagens, o SnapTag já foi adotado nos Estados Unidos pelas cervejarias AC
MillerCoors utilizou SnapTag em multipacks de cerveja
Para uma boa execução Cinco passos importantes para o uso das novas tecnologias interativas Reflita. as tecnologias de interação encaixam-se ao perfil social e econômico de seu público-alvo? Procure. É salutar contratar prestadores de serviço que conheçam as tecnologias e buscar varejistas interessados em alianças Facilite. a iniciativa não pode exigir ações complicadas demais para o consumidor. Mecânicas intrincadas afugentam o público Recompense. as pessoas têm cada vez menos tempo. não as decepcione nem as irrite entregando-lhes conteúdo fraco ou brindes inúteis Avalie. adote tecnologias que permitam mensuração dos resultados e coleta de dados do consumidor. eles podem ser úteis para novas ações
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Golden e MillerCoors. No primeiro caso, o código, aplicado ao rótulo autoadesivo da garrafa long neck da cerveja Colorado Native, permite ao consumidor acessar um microsite com a história do produto. No segundo, o recurso foi adotado em dezembro de 2010 nas multipacks cartonadas da cerveja Coors Light, como ingresso para uma campanha promocional envolvendo o Super Bowl XLV (final do campeonato de futebol americano ocorrida em fevereiro último). As aplicações nos invólucros de cerveja demonstram aquilo que a SpyderLynk brande como um diferencial do SnapTag: o fato de o código interferir discretamente no design das embalagens, não provocando “ruídos” como os códigos quadriculados. Rótulo da Colorado Native mostra como o SnapTag pode “casar” com design
Aumento da realidade À parte os códigos 2D, a realidade aumentada é outra tecnologia palpitante capaz de ser vinculada a embalagens para convidar o consumi-
Colocada na frente da webcam, lata de Sprite 2.Zero projetou jogos interativos
dor a interagir com marcas. Funciona mais ou menos da seguinte maneira: filmados por câmeras de computadores ou celulares, códigos impressos em papéis ou outros substratos ativam animações tridimensionais. Os efeitos são surpreendentes. No fim de 2009, a Coca-Cola utilizou a tecnologia para o lançamento do refrigerante Sprite 2.Zero. Latas de alumínio e rótulos das garrafas de PET da bebida estamparam um código que, posicionado na frente de uma webcam e ativado num site da marca, fazia surgir na tela do computador um jogo interativo.
Força vendedora e aglutinadora códigos bidimensionais, realidade aumentada e outras tecnologias novas foram temas destacados no fórum “a Força Vendedora dos rótulos”, mais uma iniciativa da revista embalagemMarca no âmbito do ciclo de conhecimento. realizado no dia 12 de abril último no Milenium centro de convenções, em são paulo, o evento teve a participação
de cerca de 200 pessoas. com duração de meio dia, o fórum foi marcado por palestras que buscaram mostrar o papel dos rótulos – e, por extensão, da decoração das embalagens – enquanto ferramentas não só de vendas, mas de fortalecimento de marcas. as apresentações ficaram a cargo de paulo carramenha,
diretor-geral do instituto de pesquisas gfK Brasil; Marcos palhares, diretor de embalagemMarca; Kristen Walker, analistasênior da consultoria Mintel international; e roberto Martini, presidente da agência de criação cubocc. o encontro foi patrocinado por avery dennison, Baumgarten, ccl label e indexFlex.
Paulo Carramenha, GfK Brasil
Marcos Palhares, EmbalagemMarca
Fórum A Força Vendedora dos Rótulos Patrocínio
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Kristen Walker, Mintel International
Roberto Martini, CuboCC
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Mas talvez o uso mais célebre da realidade aumentada em embalagens nacionais seja o do salgadinho Doritos Sweet Chili, da PepsiCo. O verso da flexível plástica do produto exibe um código que, exibido em webcams, faz “nascer” um monstrinho tridimensional, chamado Doritos Lover. O consumidor pode utilizar a mascote em redes sociais como o Orkut, fazendo-o interagir com monstrinhos gerados por outras pessoas (ver EmbalagEmmarca nº 118, junho de 2009). A iniciativa fez enorme sucesso junto ao público jovem. “Era para ser uma ação de três meses, mas permanece no mercado até hoje”, conta Roberto Martini, presidente da Cubo.cc, agência que idealizou a ação. Segundo o profissional, a verba utilizada no projeto seria originalmente destinada a formatos convencionais de propaganda. A campanha interativa, porém, gerou impacto muito maior. “A embalagem é o canal perfeito para abordar o público jovem”, defende Martini. “Esses consumidores não são mais tão influenciados por mídias tradicionais, como tevê e jornal, mas continuam se relacionando com os produtos que consomem.”
Recados importantes Ninguém duvida que tecnologias como os códigos 2D e a realidade aumentada podem atrair o consumidor e ajudar a vender. Algumas noções, porém, não devem passar em brancas nuvens para as indústrias que queiram experimentá-las. “Os conceitos mais viáveis focam a entrega de benefícios palpáveis ao consumidor, não somente o efeito ‘cool’”, observa Kristen, da Mintel. Martini concorda. “Sem conteúdo e experiências interessantes, a novidade se torna vazia”, adverte o diretor da Cubo.cc. “Tecnologia é meio, não é fim.” Tecnologia NFC promete ativar rótulos de OLED
Ação de Doritos com realidade aumentada era para ser momentânea, mas continuou devido ao grande sucesso
A depender do avanço das técnicas de interatividade, é certo que esse tipo de ponderação cada vez mais guiará debates nos fabricantes de bens de consumo. Cabe registrar que tecnologias ainda mais recentes parecem alvissareiras. Uma delas é o Bokode, um minúsculo código circular capaz de ser lido à distância por câmeras fotográficas na dimensão angular, e não nas dimensões espacial, temporal e espectral, como ocorre com os códigos de barras tradicionais (ver EmbalagEmmarca nº 121, setembro de 2009). Outra promessa é o NFC (Near Field Communication), tecnologia baseada em radiofrequência que permite a troca de informações por meio da aproximação entre objetos. Há a expectativa de que, em breve, telefones celulares dotados de NFC possam ativar conteúdo multimídia em rótulos formados por finíssimas telas de P-OLED (diodo emissor de luz orgânico confeccionado em polímero gravável). A Bayer é uma das empresas interessadas nesse campo. Parece algo fantasioso, para um futuro remoto. Mas dada a rapidez com que novas tecnologias vêm se afirmando, talvez esse tipo de novidade logo ilumine os pontos de venda.
Bayer (11) 5694-5166 www.bayer.com.br Blu Comunicação (41) 3013-2600 www.blu.com.br Cubo.cc (11) 3848-0358 cubo.cc Flexul (47) 3274-6600 www.flexul.com.br JagTag +1 (609) 367-9911 www.jagtag.com SpyderLynk +1 (818) 424-8000 www.spyderlynk.com Microsoft www.tag.microsoft.com Mintel +1 (312) 932-0400 www.mintel.com Scanbuy +1 (212) 278-0178 www.scanbuy.com
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http://emb.bz/tecnologia
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}}} Rotulagem
Mais auditório do que público Produção de materiais para a impressão de autoadesivos sobrepassa a demanda – mas expectativas de mudança do panorama são boas Por Wilson Palhares
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nte o tão decantado aumento do consumo registrado no Brasil nos últimos anos, os meios de comunicação, em especial os veículos especializados no assunto, refletem intensa movimentação em termos de investimento e inovação ao longo da cadeia de valor do varejo. Um retrospecto das últimas 36 edições de EmbalagemMarca, para não ir além de fontes próprias, mostra um retrato de gôndolas e prateleiras totalmente novo em todos os setores de bens de consumo. De alimentos e bebidas a artigos para limpeza do lar, higiene pessoal, cosméticos, medicamentos – em suma,
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literalmente tudo – é como se estivesse sendo observado outro país. No mote do “nunca antes”, jamais se havia visto no Brasil tal profusão de novos produtos, novas marcas ou marcas regionais que se agigantam, novos materiais, novos formatos, visuais impactantes, novos sistemas de fechamento ou de decoração, medidas diferenciadas, extensões de linhas e incontáveis outras armas do arsenal mercadológico. A face mais visível desse agito, como se alguém ainda não tivesse notado, é justamente essa, a face mais visível, isto é, a rotulagem e a decoração dos produtos. Melhora a tecnologia, ampliam-se recursos de
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visualização, comunicação e interatividade – e, como seria imaginável, a estrutura industrial postada ao fundo se agita também.
Meta é estar preparado Na área de embalagem, mais especificamente no campo da rotulagem, nenhum outro segmento passa por movimentação tão intensa quanto a indústria de papéis e filmes destinados à impressão de rótulos autoadesivos. De um lado, poderosas marcas multinacionais dão passos concretos para instalar-se ou para ampliar sua presença no País, alternativa a crescimentos vegetativos no exterior, de sobra fustigados pela crise espocada em 2008 e que insiste em fazer seus outrora pujantes mercados minguarem sem parar (para quem quiser ver, “annual reports” à disposição na internet revelam vermelhos multimilionários). Na contraface, empresas de capital nacional investem em novas fábricas, em novos equipamentos de laminação e em fusões, panorama em que se destaca a recente integração de opera-
ções da Colacril e da RR Etiquetas, originando a maior fornecedora de produtos autoadesivos do País. O objetivo comum declarado por todos os agentes do mercado é um só: estar prontos para tirar proveito do prenunciado prosseguimento do avanço do consumo de embalagens decoradas com rótulos sensíveis a pressão, bem como os de impressão térmica, usados em larga escala em marcação no varejo (e também para fins industriais), que no Brasil se dá de forma consistente há animadoras temporadas. Na visão da indústria local e de observadores estrangeiros, como EmbalagemMarca constatou em sistemáticas visitas a eventos internacionais relativos ao tema, o ritmo, que já há alguns anos é de dois dígitos percentuais, tem tudo para acelerar em curto prazo. Parece ser o melhor dos mundos. Mas nem tudo são flores no campo dos autoadesivos. Os grandes participantes dessa disputa, que podem ser contados nos dedos de uma das mãos, estão de modo geral dotados dos melhores equipamentos e da mais avançada
Boas razões para apostar Independentemente da possível ocorrência de eventos excepcionais, nos cálculos dos fabricantes de produtos autoadesivos consultados para esta reportagem (*) entram como razões de expectativa positiva, entre outros, os seguintes fatores: Manutenção do ritmo de crescimento do uso de autoadesivos pelos produtores das mais diversas categorias de artigos de consumo, marcando índices de avanço de 10% ao ano em média; nesse ritmo, se a atual produção de bases estagnar, em poucos anos o gap entre oferta e procura desaparecerá; investimentos produtivos (novas laminadoras ou novas fábricas) no setor são de capital intensivo e exigem tempo relativamente longo para se concretizar; é preciso estar preparado;
possibilidade de aceleração dessa marcha, com base na elevação de faixa econômica de amplas camadas de consumidores, que passam a preferir produtos com maior valor agregado, o que inclui os autoadesivados; regionalização, que no Brasil, diferentemente de mercados superconsolidados no exterior, permite o surgimento e o fortalecimento de marcas em áreas com culturas bem diferenciadas entre si, favorecendo uma diversificação que o fenômeno da globalização restringe; a oferta é alta e a demanda é baixa, mas o consumo de autoadesivos no País ainda é irrisório; para se ter idéia, basta dividir o número da produção anual, de 600 milhões de metros quadrados pela população, de 280 milhões: tem-se pouco mais de 2
metros quadrados por habitante, enquanto em países europeus, para comparar, é superior a 15 metros; os países da América Latina em geral passam por boa performance econômica e o consumo aumenta, em alguns casos, como o do Peru, em velocidade maior do que ocorre no mercado brasileiro; a indústria brasileira de bases é tida como “o fornecedor natural” da região. Hipótese de “canetadas” impositivas, vale dizer, de decretos, normas ou mesmo leis aprovadas por diferentes instâncias do poder público favoráveis ao uso de etiquetas ou rótulos autoadesivos; exemplo: obrigatoriedade de informar preços unitários em bens de consumo de massa comercializados no varejo.
(*) Panorama elaborado com base nos depoimentos de Fábio Luiz Braga, membro do Conselho Administrativo da Braga Produtos Adesivos; Marcelo C. Santos, gerente comercial da Arconvert; Maurício Médici, gerente geral da UPM Raflatac Brasil; Ricardo Rodrigues de Oliveira, presidente da RR Etiquetas; Ronaldo Mello, vice-presidente e gerente geral / Avery Dennison Label and Packaging Materials América do Sul; Valdir Arjona Gaspar, presidente da Colacril.
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tecnologia para atender à demanda. Só que, para infelicidade geral, esta se situa hoje num patamar muito – muito mesmo – abaixo da oferta. É como se estivesse sendo observado um auditório de tamanho maior do que o público necessário para lotá-lo. Nenhum organismo público ou privado confirma números, mas os próprios players calculam de forma mais ou menos consensual que o consumo de autoadesivos no mercado brasileiro gira hoje em torno de 600 milhões de metros quadrados. Já a capacidade instalada nominal é de 800 a 850 milhões de metros quadrados. A capacidade ociosa do setor, de algo entre 30% e 35%, seria – na verdade, é – não só de espantar, mas em si mesma um conselho para a cautela e para a espera de dias melhores.
Papeleira na mira Pois a espera de dias melhores é justamente ao que os grandes agentes do mercado estão se dando, porém sem se deixar levar pelo que seria
a mais acauteladora das medidas, que é ficar inerte, ou, como ensina a sabedoria popular, considerar que “quem está na muda não pia”. Ao contrário, ninguém está parado, e alguns estão até “piando” forte, como pode ser visto nos quadros da próxima página. Existem até mesmo intensos rumores de que um importante player do segmento estaria engendrando negociações com vistas à aquisição, com apoio de um banco de investimentos, de uma das poucas indústrias fornecedoras de matéria-prima básica (leia-se “papel”) destinado à confecção de laminados para autoadesivos no Brasil. O certo é que, embora todos os participantes condenem a guerra de preços estimulada pela disputa de um mercado menor do que a oferta industrial, ela ocorre, e é difícil identificar os protagonistas mais contundentes. No entanto, sem dúvida quem opera com produtos importados, especialmente aqueles cotados em dólares, mais depreciado que o euro em relação ao real, leva vantagem nesse terreno. Para os
produtores nacionais esse é um complicador, já que os impostos sobre laminados importados não estariam sendo suficientes para proteger a produção local. Nem por isso os participantes do jogo se acomodam. Estimula-os basicamente a previsão de que o crescimento do uso de rótulos autoadesivos no Brasil persistirá. Mais ainda, tem possibilidades muito firmes de dar saltos a qualquer momento. A mais óbvia dessas chances é a proximidade de realização da Copa do Mundo em 2014. Dada a inclinação do brasileiro por colecionar figurinhas, que se exacerba ao se tratar do tema futebol, quando o megaevento for realizado aqui possivelmente serão lembrados como modestos os números recordistas de vendas de álbuns em 2006, com mais de 500 milhões de cromos autocolantes vendidos no País. Recorde-se que na época o Brasil, com cinco gráficas autorizadas pela empresa detentora dos direitos de comercialização de álbuns, foi a base de exportações para toda a América Latina. Deixada de lado a um pouco mais remota realização das Olimpíadas em 2016, não é menos auspiciosa a expectativa de lançamentos de produtos de linha e promocionais ligados à Copa, já em planejamento em várias empresas ouvidas por EmbalagemMarca para reportagem ou artigo a ser publicado em futura edição. O que se pode concluir é que as empresas integrantes do promissor mercado de bases para autoadesivos não estão cometendo “loucuras” no esforço para estarem mais robustas quando ocorrer a sempre anunciada explosão do uso desse sistema de rotulagem no Brasil. Há, entre os responsáveis por algumas delas, quem acredite ser aconselhável buscar-se o entendimento – sem que se caia na prática de dumping ou cartel – para a programação de investimentos, de modo a não se interromper a consolidação da estrutura produtiva e a recuperar-se o equilíbrio entre oferta e demanda. Enquanto tão sonhado entendimento não sai das intenções de uns poucos, veja nos quadros a seguir como cada empresa do setor se prepara para enfrentar o futuro (a Flexcoat, consultada, não quis se manifestar) e em que baseiam suas apostas.
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Compasso de espera A Arconvert, que produz em sua fábrica de Jundiaí (SP) bases autoadesivas com tecnologia da poderosa Fedrigoni, da Itália, decidiu colocar em compasso de espera o anunciado projeto de instalar até o final deste ano uma segunda linha. “Não é porque a empresa não acredita no Brasil”, explica Marcelo C. Santos, gerente comercial da empresa. “O projeto continua vivo, mas diante de tanta ampliação de capacidade produtiva por que passa o setor o momento não é adequado para aumentar a oferta.” Segundo o executivo, os planos da empresa concentram-se, sem desprezo de outros segmentos, no mercado de automação industrial. “A produção industrial está em alta, cada vez mais automatizada, e esse processo utiliza muita etiqueta”, ele explica. E, na determinação de firmar-se cada vez mais no mercado, a Arconvert reitera a intenção de instalar sua segunda linha de produção, não excluindo a possibilidade de alguma aquisição. Marcelo C. Santos acredita que o mercado brasileiro de autoadesivos “caminha inevitavelmente para uma maior formalização, o que é bom para todos”.
www.arconvert.com.br
Mais 30% na produção A Avery Dennison, única empresa da região com operações industriais no Brasil, na Argentina e na Colômbia, está fazendo investimentos nos atuais equipamentos para aumentar a produção em cerca de 30%. “A ampliação nos permitirá produzir uma variedade maior de produtos com melhor qualidade e serviço”, diz Ronaldo Mello, vice-presidente e gerente-geral na Avery Dennison da divisão Label and Packaging Materials para a América do Sul. Os projetos, focados sobretudo em “novos mercados em alimentos, bebidas e produtos de cuidado pessoal”, serão apresentados ao longo deste ano, adianta o executivo. Além disso, a empresa passará a oferecer no Brasil lançamentos globais que serão feitos durante este ano, e já está produzindo no País papéis e filmes com liner de poliéster, que permitem ao usuário final obter o máximo de produtividade em suas linhas de rotulagem, além de mais etiquetas por bobina e maior transparência com frontais transparentes. Mello destaca ainda a promoção do filme de Roll Label encolhível, o Roll Fed Shrink, em três diferentes graus de encolhimento, opção “para quem busca maior produtividade e custo final que os oferecidos por termoencolhíveis.” Quanto ao momento que o setor vive no Brasil, Mello destaca que o consumo per capita de rótulos autoadesivos ainda é muito pequeno. “Isso apesar de sermos uma das regiões que mais crescem globalmente no setor.”
www.averydennison.com
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Síntese do aprendizado Não obstante ressalte que a oferta de bases esteja muito superior à demanda, a Braga Produtos Adesivos, de Hortolândia (SP), prepara-se para inaugurar ainda no primeiro semestere deste ano, uma nova unidade produtiva em Três Lagoas (MS). De acordo com Fábio Luiz Braga, membro do Conselho Administrativo da empresa. “essa unidade representa a síntese do aprendizado adquirido em trinta anos de atuação no setor, aliando alta tecnologia e avançados processos de produção”. A nova fábrica vai funcionar numa área de 40 mil metros quadrados e abrigará uma laminadora de 2 metros de largura útil, de última geração, produzida pela empresa suíça/alemã Bachofen + Meier (BMB). O principal foco da nova unidade será o segmento de rotulagem prime. Para a primeira fase do projeto, a previsão é de uma produção de 100 milhões de metros quadrados por ano. Com a entrada em funcionamento da segunda etapa, essa capacidade subirá para 220 milhões de metros quadrados. A escolha de Três Lagoas, explica Fábio Braga, deve-se basicamente a que a cidade é hoje um grande polo de papel e celulose no Brasil.
Política de crescimento
Sem dúvida, a fusão de operações da Colacril com a RR Etiquetas foi até o momento o fato de maior impacto no setor de produtos autoadesivos no Brasil. Sob a bandeira de uma holding, a CCRR Participações, criada em abril último, a fusão, de acordo com os diretores das duas empresas, não significa aquisição de uma pela outra, mas sim “um movimento para criar valor e captar sinergias, de maneira a ganhar escala e ampliar o porftfólio de ambas”. Assim, enquanto tanto a Colacril quanto a RR Etiquetas continuarão atendendo preferencialmente seus atuais clientes, poderão ocorrer situações em que o atendimento por volume, de um lado, ou de especialidades, de outro, ganharão flexibilidade, já que as associadas poderão garantir o suprimento desejado. “Basta lembrar que a RR Etiquetas tem em estoque mais de 5 mil formatos de facas para corte de rótulos”, cita Valdir Arjona Gaspar, presidente da Colacril. “Isso permite atender pedidos modestos sem grandes dificuldades.” Complementarmente, argumenta Ricardo Rodrigues de Oliveira, “no atendimento de grandes volumes, é relevante o fato de que a Colacril tem capacidade de produção (nominal) de 400 milhões de metros quadrados por ano”, que se reforça com o aporte da capacidade produtiva da RR Papéis, integrada à RR Etiquetas. De resto, ambos destacam que ocorrerá a convergência de capacidades no campo da pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos – campo, aliás, em que a Colacril anuncia em primeira mão, através de EmbalagemMarca a implantação do Projeto GreenL, que, em associação com a Vitopel, importante player da área de filmes, inclui uma operação de produção de liner de BOPP, o GreenLiner e de logística reversa para efeito de reciclagem (veja na pág. 32).
Em fevereiro último a UPM Raflatac, da Finlândia, uma das maiores empresas fornecedoras do setor, concretizou a compra da Gumtac Auto-Adesivos, do Rio de Janeiro, tradicional fabricante de bases para esse tipo de decoração, que pertencia ao grupo francês Bic. Trata-se de um segundo passo na consolidação da presença da gigante finlandesa, uma das líderes mundiais do setor, no Brasil. O investimento anterior nesse sentido foi a implantação de um terminal de corte e distribuição em Jaguariúna (SP). “É hora de plantar”, diz Maurício Médici, gerentegeral da empresa no Brasil. Esse diagnóstico fundamenta-se na tão propalada melhora de renda da população brasileira e na ampliação da classe média, que resultam, no amplo leque de conseqüência, em aumento do consumo de produtos decorados com rótulos autoadesivos. “Por tudo isso a UPM Raflatac vê com bons olhos Brasil e a América Latina”, comenta Médici. “A instalação do centro de distribuição de Jaguariúna e a compra da Gumtac se enquadram numa política de crescimento global da UPM Raflatac, em paralelo com as boas oportunidades que a região oferece.”
www.colacril.com.br • www.rretiquetas.com.br
www.upmraflatac.com
www.braga.com.br
Portfólios e escala maiores
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}}} Autoadesivos
Na base, recuperação em ciclo fechado Colacril e Vitopel apresentam liner de BOPP com programa de logística reversa
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ma recorrente falta de oferta de glassine (aquela finíssima folha de papel semitransparente que serve de apoio para a colagem de papéis e filmes integrantes das bases dos produtos para impressão de autoadesivos, ou liner em inglês) no mercado brasileiro levou no segundo semestre do ano passado Valdir Arjona Gaspar, presidente da Colacril, uma das principais atuantes no fornecimento deste insumo, a buscar alternativas, passo que viria a dar origem a um produto – ou melhor, a uma “grande inovação”, como ele prefere classificar – na cadeia dos rótulos sensíveis a pressão. Após seguidos contatos com Dirceu Varejão, diretor comercial da Vitopel, foi firmado há cerca de seis meses um acordo entre as duas empresas para a criação de uma alternativa ao glassine. Dada a dedicação da Vitopel à produção de BOPP, campo em que ocupa a quinta posição mundial, naturalmente esse produto seria um filme feito com aquela poliolefina. Não é o primeiro material do gênero no mundo, sendo que já existem no mercado produtos similares feitos de BOPP e de outras resinas termoplásticas. O diferencial dessa novidade, que justifica a marca GreenL com que foi batizada,
é o sistema de recuperação após o uso contemplado pelo projeto, que leva o nome de Programa de Logística Reversa GreenLiner. “É um programa que abrange toda a cadeia, desde a matéria-prima até o uso final, e antecipa as exigências do Programa Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)”, informa o presidente da Colacril. “Mais que isso”, complementa o diretor comercial da Vitopel, “é um programa de ciclo fechado na recuperação e na reciclagem da matéria-prima.” Nos termos do programa, para cuja implantação já estariam adiantados entendimentos com várias empresas usuárias de rótulos autoadesivos, os clientes receberão certificados, homologados por entidades internacionalmente reconhecidas, indicativos das pontuações que podem ser creditadas nos balanços de sustentabilidade (créditos de carbono) e boas práticas ambientais cotáveis em bolsa. O produto em si já está em linha de produção, mas a certificação depende de estudos de métrica em andamento e que deverão estar concluídos por volta de agosto ou setembro próximos. Está em estudos também a implantação de um sistema de logística reversa destinado a encaminhar para Campo Mourão (PR), onde fica a planta da Colacril que processará industrialmente o liner a ser descar-
tado pela indústria usuária. O produto daí resultante será utilizado pela Vitopel na produção de seu papel sintético Vitopaper, feito a partir de diferentes materiais plásticos, entre os quais sobressaem o BOPP e o polietileno (PE). Varejão lembra que o Vitopaper pode ter aplicação em rótulos, além da editorial, onde vem se consolidando. “Para a reciclagem, é nesse caso um produto perfeito, pois é unimaterial.” Na projeção com vistas a atender aos três pilares da sustentabilidade, além da reciclabilidade, o presidente da Colacril arrola as seguintes vantagens econômicas do GreenL em relação ao glassine tradicional: tem gramatura menor, consome menos energia pois elimina o fator evaporação, comporta maior quantidade de etiquetas por bobina, com peso menor oferece ganhos de frete, é mais difícil de romper na impressão em altas velocidades e permite controles mais severos na impressão. No aspecto social vinculado ao ecológico, está em desenvolvimento um Programa GreenLine de Educação Ambiental. (WP)
Colacril (11) 3074-0800 www.colacril.com.br
Vitopel (11) 3883-7700 www.vitopel.com.br
Logotipos do produto (à esquerda) e do programa de logística reversa
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}}} Sucos
Da Alemanha para cá Capri-Sun, ícone entre os produtos em stand-up pouch, estreia no Brasil com produto local e embalagem importada
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ma bebida que tem a embalagem como marca registrada chega ao Brasil. Considerado grande incentivador do stand-up pouch (SUP), o suco de frutas Capri-Sun acaba de ser lançado no mercado nacional pela Cervejaria Imperial, de Trindade (GO). Surgido em 1969 na Alemanha, onde é conhecido como Capri-Sonne, o produto é um sucesso de vendas nos Estados Unidos, onde é distribuído pela Kraft Foods, e em outros 100 países. Em 2010 foram vendidas mais de 7 bilhões de unidades do suco em todo o mundo. O Capri-Sun é frequentemente apontado como exemplo de êxito no acondicionamento de produtos na bolsa plástica que fica em pé. É nessa apresentação que a marca será comercializada no Brasil. “Acreditamos que o lançamento irá revolucionar o mercado de sucos prontos”, afirma o diretor de marketing da Cervejaria Imperial, Ricardo Pinheiro. “A embalagem tem design inovador, é flexível e inquebrável, adequada para qualquer ocasião”, afirma o executivo.
SUP no modelo de negócio A Imperial investiu mais de 10 milhões de reais em aquisição de maquinário para produção e envase, matéria-prima, embalagem, ações de marketing e mão-de-obra qualificada para a empreitada. As embalagens já impressas e pré-formadas e as máquinas envasadoras são importadas
As quatro variedades que estreiam no mercado: Imperial investiu R$ 10 milhões na novidade
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da Alemanha, onde são produzidas pela Wild-Indag, um braço do Grupo Wild, inventor e dono da marca Capri-Sun. A importação dos pouches e das envasadoras para o Brasil é uma exigência da detentora dos direitos do Capri-Sun. “A Wild-Indag fornece suas máquinas e suas embalagens em todos os países onde o Capri-Sun é comercializado”, explica Ricardo Pinheiro. “Por isso, não há a possibilidade de adotarmos fornecedores brasileiros para nossas embalagens.” O Grupo Wild, que também é fabricante dos sucos Libella e Caps e fornecedor de diversos ingredientes para a indústria de bebidas, tem fábricas em onze países e um escritório de representação no Brasil. A empresa declinou de comentar seus planos para o País. Segundo Leandro Monteiro, gerente de vendas para as Américas do Sul e Central, “a Wild não adota a política de fornecer informações estratégicas.” O design dos rótulos do Capri-Sun foi adaptado ao mercado brasileiro pela equipe de marketing da Imperial. O suco de frutas, 100% natural, é direcionado ao público infantil e tem os sabores Laranja, Uva, Safari Fruits (Abacaxi) e Mystic Dragon (Morango). “Trata-se de uma proposta de produto e marca diferente de tudo que existe hoje no Brasil. Foram dois anos de estudos, pesquisas e planejamento para produzir e lançar o CapriSun. Estamos otimistas com o lançamento”, finaliza Ricardo Pinheiro. (FP)
Wild-Indag (11) 3755-0944 www.wild.de
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}}} Perfumes
Fragrâncias de bolsa Perfumes rollerball, acondicionados em frascos portáteis com pequenos aplicadores roll-on, estreiam no Brasil em sucessos de O Boticário
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asta visitar uma Sephora ou outras butiques de cosméticos no exterior para perceber a popularidade alcançada pelos perfumes do tipo rollerball – fragrâncias acondicionadas em pequenos frascos delgados, práticos de carregar, que acoplam dispensadores roll-on em miniatura. A moda agora chega ao Brasil graças a O Boticário. Alguns dos best-sellers da empresa em perfumes femininos – Floratta in Blue, Egeo Dolce Woman, Accordes e Lily Essence – passam a ser oferecidos em embalagens de 10 mililitros dotadas de esferas aplicadoras. “É uma grande inovação no mercado brasileiro”, exalta a gerente de perfumaria da marca, Marselha Tinelli. A aposta de O Boticário é que a novidade seja consagrada pelas consumidoras. “Elas poderão levar suas fragrâncias prediletas na bolsa, em viagens, e reaplicá-las com praticidade e rapidez sempre que for necessário”, diz Marselha. O especialista em perfumes e cosméticos Salvatore Privitera, diretor da consultoria Embala Ideias, vê pontos positivos nesse tipo de produto. “Além de facilitar a rotina da mulher, o que é uma forte tendência, o rollerball pode funcionar também como recurso para aumentar a experimentação dos perfumes.”
Frascos e tampas das novidades são nacionais, mas aplicadores são importados
Conceito se diversifica no exterior Sucesso em outros países, o conceito do rollerball não se restringe somente ao uso em fragrâncias. Diversas marcas já utilizam o roll-on miniaturizado para o acondicionamento de outros cosméticos – e até mesmo em versões dois em um, em embalagens dotadas de dois compartimentos e dois aplicadores, para a combinação de uma
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fragrância e um brilho labial, por exemplo. No exterior, os frascos rollerball chegam às lojas em cartuchos de papel cartão. O Boticário segue esse mesmo procedimento. Seus novos perfumes portáteis são comercializados em cartuchos da Box Print (não foram cedidas fotos dessas embalagens).
Exemplo de dois em um: perfume rollerball de um lado e gloss do outro
Projeto inédito Devido ao ineditismo do conceito no mercado nacional, o mecanismo roll-on utilizado nas novas versões dos perfumes de O Boticário, embora tenha sido desenhado no Brasil, é importado. “O know-how na produção desse item é crítico. Daí a decisão pela manufatura por um parceiro na França”, explica Marcelo Falcão, diretor da Premier Pack, empresa que fornece o aplicador. “Entre outros requisitos técnicos que teriam desenvolvimento local complexo”, explica o executivo, “o assentamento entre esfera e housing (suporte) deve funcionar como uma válvula de precisão, impedindo vazamentos quando o produto não está em uso.” Nos conjuntos aplicadores adotados, duas versões de esferas estão sendo testadas: uma em polipropileno injetado e outra em aço inox, ambas com diâmetro aproximado de 6 milímetros. Os mecanismos são acoplados a um modelo de frasco criado pela Wheaton especialmente para os novos produtos. “Estamos preparados para novos projetos, que irão multiplicar se esta primeira experiência der certo”, comenta a gerente de marketing da vidraria, Marta Oliveira. “A expectativa é de sucesso, uma vez que a brasileira adora se perfumar.” (FP)
Cartuchos Box Print (11) 5505-2370 www.boxprint.com.br Tampas Bristol e Pivaudran (11) 2465-7000 www.bristolepivaudran.com.br Aplicadores roll-on Premier Pack (11) 4612-0756 www.premierpack.com.br Frasco Wheaton (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br
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Grifes internacionais têm lançado versões rollerball de suas principais fragrâncias: tendência mundial
paNoraMa
}}} MoViMentaÇÃo
no Mundo das eMBalagens e das Marcas
BLISTERS
Aclar para o Brasil Honeywell quer difundir no mercado nacional seu filme de altíssima barreira para embalagens de medicamentos o potencial do mercado farmacêutico latino-americano, especialmente o do Brasil, chamou a atenção da Honeywell. a poderosa multinacional americana contratou Valdenir Vasconcelos, ex-rexam Beauty packaging, para cuidar do marketing regional de sua divisão specialty Materials – cujo carro-chefe é o aclar, filme de policlorotrifluoroetileno (pctFe) voltado à termoformagem de blisters para medicamentos. trata-se de uma ação inédita da empresa. “o objetivo é manter proximidade com os end-users de modo a entender suas necessidades e difundir nossa solução”, explica o executivo.
Há anos o aclar é oferecido por fornecedores de blisters a laboratórios nacionais, mas sua participação local é ainda pequena. o motivo seria o hábito arraigado, no país, do uso de blisters alu-alu (totalmente em alumínio) ou daqueles com proteção contra umidade a cargo de filmes de pVdc (copolímero de cloreto de vinila e vinilideno). Frente a estes, alega a Honeywell, seu material seria vantajoso pela barreira superior. Já na comparação com o alumínio, opaco, o trunfo do aclar seria a alta transparência, que propicia a visualização do conteúdo das embalagens pelo consumidor.
METÁLICAS
EVENTO
Algo de novo no front Feira de embalagens terá palestra de famoso general americano
© Nato
Blister com Aclar: proteção contra umidade e alta transparência
pode um militar ajudar marcas nas guerras por vendas travadas no varejo? na visão do instituto dos Fabricantes norte-americanos de Máquinas de embalagem (pMMi), sim. daí o convite feito pela entidade ao ex-general e ex-secretário de estado americano, colin powell, para o comando da principal palestra da pack expo las Vegas, feira a ser realizada entre os dias 26 e 28 de setembro próximo. Mais conhecido no Brasil pela atuação na guerra do golfo e pelo combate ao terrorismo durante o governo de george W. Bush, powell falará sobre liderança por meio de uma apresentação intitulada “diplomacia: persuasão, confiança e valores”. “os insights e a perspectiva global de powell são bastante pertinentes para o nosso público, formado por líderes industriais que competem no mercado global”, entende charles d. Yuska, presidente e diretor-geral do pMMi.
Belém, a meca das latas Depois da Crown, Rexam confirma nova fábrica na capital paraense dona de aproximadamente 60% do mercado brasileiro de latas de alumínio para bebidas, a multinacional inglesa rexam anunciou que irá construir sua 11ª fábrica de embalagens metálicas no país. o local escolhido é Belém. segundo a empresa, a nova unidade industrial terá capacidade de 1,2 bilhão de latinhas por ano e deverá entrar em operação em meados de 2012. o valor do investimento não foi revelado. o anúncio da rexam surgiu pouco mais de um mês depois de a crown embalagens, sua
concorrente, anunciar projeto de construção de uma fábrica também na capital paraense (ver EMBALAGEMMARCA nº 139, março de 2011). segundo renato estevão, diretor comercial da rexam para a américa do sul, com a fábrica de Belém a empresa poderá aprimorar o atendimento aos clientes do norte e do nor-nordeste brasileiros, hoje atendidos por duas fábricas situadas em recife. “pesou na decisão o fator logística e o crescimento maior da renda dos consumidores nessas duas regiões”, declarou o executivo.
Powell: táticas para liderar as batalhas por vendas
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Latas da Rexam: www.embalagemmarca.com.br 11ª fábrica será na capital paraense
Edição: GUILHERME KAMIO ||| guma@embalagemmarca.com.br
O NÚMERO
Foi o total de embalagens cartonadas assépticas da tetra pak que estamparam o selo do Fsc (conselho de Manejo Florestal) no mercado brasileiro em 2010. o volume corresponde a pouco menos de 50% do total de caixinhas comercializadas pela empresa no período. todos os papéis cartão utilizados na confecção das embalagens da tetra pak brasileira, fornecidos pela Klabin, são certificados pelo Fsc, num atestado de que sua produção segue boas práticas socioambientais. a tetra pak vem estimulando os clientes que ainda não estampam o selo Fsc em suas embalagens a fazê-lo, atualizando o design gráfico de seus produtos.
VIDRO
Toque fashion em requeijões Campanha da Danubio tem copos desenhados por Herchcovitch a danubio promove em maio, nos balcões refrigerados dos supermercados, a estreia da campanha Fashion for Food. Visando associar o mundo da moda a alimentos saudáveis e qualidade de vida, o projeto tem seu primeiro ato no lançamento de uma coleção de copos de vidro colecionáveis na linha de requeijões da marca. os recipientes, fabricados pela nadir Figueiredo, são decorados com temas desenvolvidos pelo estúdio Herchcovitch; alexandre, do estilista alexandre Herchcovitch. o mesmo estúdio criou também três modelos de bolsa de compras reutilizável (“ecobag”). para adquirir o acessório, basta o consumidor juntar cinco tampas dos copos de requeijão danubio e apresentá-las na Abaixo, os copos da Nadir com compra de um Queijo Frescal ultrafiltrado decorações especiais. Ação da mesma marca. inclui também ecobags (acima)
paNoraMa
}}} MoViMentaÇÃo
no Mundo das eMBalagens e das Marcas
PLÁSTICAS
SUSTENTABILIDADE
Silgan compra a Graham Packaging para crescer no mercado global de embalagens plásticas sopradas
Revisão de embalagens faz a Tigre economizar 25 toneladas de polietileno
Fôlego mundial
uma das mais poderosas fabricantes mundiais de embalagens plásticas sopradas, a graham packaging, irá mudar de mãos. a também americana silgan anunciou a compra da empresa numa transação de aproximadamente 4,1 bilhões de dólares. a expectativa é que o negócio seja sacramentado no segundo semestre, após análise de órgãos econômicos nos estados unidos. o objetivo da silgan é o crescimento global no mercado de embalagens sopradas, atividade que vem ganhando força em seu portfólio desde a compra, em 2004, dos ativos em plásticos rígidos da vidraria owens-illinois. a compradora é mais conhecida pelos negócios em latas de aço e tampas metálicas – este último presente no Brasil por meio da silgan White cap (ex-amcor White cap). “esperamos construir relações mais sólidas com clientes mundiais em nossos mercados-alvo”, afirmou o diretor-geral do grupo silgan, anthony J. allott, em comunicado oficial sobre o investimento. a graham packaging possui 97 plantas industriais instaladas no mundo, operando em quinze países distribuídos por américa do norte, europa, Ásia e américa do sul. no Brasil, a empresa conta com sete fábricas (quatro no rio, duas no paraná e uma em são paulo), onde são moldados recipientes para óleos, alimentos, agroquímicos e materiais de limpeza, entre outros produtos.
Por US$ 4,1 bilhões, embalagens sopradas pela Graham agora estão nas mãos da Silgan
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Uma patada no desperdício maior resistência às embalagens, a líder na produção de tubos e conexões fórmula do plástico foi reforçada com em pVc na américa do sul, a brasileira eVa (copolímero de etileno e acetato de tigre divulgou em abril último os resultados de um projeto de reformulação vinila). de suas embalagens plásticas Novas flexíveis, mais flexíveis, para torná-las mais finas, geraram um sustentáveis, iniciado há um ano. a ganho de 100 000 empresa conseguiu reduzir em 25 reais à empresa toneladas o consumo de polietileno, o que representa 1,6 milhão de embalagens. o valor economizado chega a 100 000 reais. os ganhos foram obtidos com reduções de 10% a 15% nas espessuras de um quinto das flexíveis utilizadas pela marca. segundo a tigre, o projeto de aliviamento foi conduzido por sua própria equipe de pesquisa e desenvolvimento. para conferir
GENTE
Reeleição na Abief em cerimônia realizada em são paulo no dia 14 de abril último, Alfredo Schmitt assumiu seu segundo mandato como presidente da associação Brasileira da indústria de embalagens plásticas flexíveis (abief). sócio-diretor da ffs filmes, de cachoeirinha (rs), schmitt definiu como meta para sua nova gestão, que vai até 2013, a consolidação de uma agenda de eficiência para o setor. ela contempla, entre outros pontos, a valorização incondicional do plástico e sua melhor relação com o ambiente.
DESIGN
Müller Camacho tem novo site conhecida pela atuação no desenvolvimento de embalagens, a agência paulistana Müller camacho design comunicação reformulou sua página na internet (www.mullercamacho.com.br). “leveza, flexibilidade e consistência foram os princípios que nortearam o projeto”, explica Manoel Müller, diretor da empresa.
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PLÁSTICOS
Incubadora de inovações Dow inaugura centro de desenvolvimento de polímeros no Brasil A companhia química Dow inaugurou em abril último, em Jundiaí (SP), seu primeiro Centro de Desenvolvimento de Aplicações de Plásticos no Brasil. O espaço abrigará pesquisas e testes de resinas ou produtos plásticos semi-acabados para uma série de aplicações, com destaque para embalagens. Um dos principais objetivos da iniciativa será o desenvolvimento de soluções sustentáveis. “Iremos desenvolver junto com nossos clientes soluções inovadoras que proporcionem diferenciação no mercado”, diz Nestor de Mattos, diretor de vendas da área de Plásticos da Dow Brasil. “Com essa estrutura, ganharemos ainda mais rapidez, agilidade e capacitação de nossos parceiros.” Com 1 100 metros quadrados, o Centro de Desenvolvimento da Dow é composto por laboratórios para análises de polímeros, uma sala de treinamento com capacidade para setenta pessoas e uma plantapiloto. Esta abriga uma laminadora e uma máquina de unitização para testes de desempenho de estruturas flexíveis. Já estão confirmadas as instalações de linhas de extrusão plana e tubular de última geração. Outros equipamentos, entre eles uma termoformadora e uma empacotadora automática, estão previstos para 2012. “Tudo isso proporcionará a nós e a nossos clientes muito mais agilidade no desenvolvimento de soluções”, afirma Carlos Costa, gerente de pesquisa e desenvolvimento de filmes industriais e embalagens de consumo para a área de Plásticos da Dow na América Latina.
À esquerda, placa do prédio. Abaixo, demonstração num dos laboratórios
ENTREVISTA }}} natHan HersZKovicZ
A hora do café Brasil está a um passo do posto de maior mercado consumidor da bebida. O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias do Café (Abic) credita o bom momento ao refinamento do produto – e de suas embalagens
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a canção “The Coffee Song”, de 1946, Frank Sinatra brincava que o brasileiro podia se fartar de café graças à abundância do cultivo nestas paragens. O célebre cantor talvez não soubesse que, na verdade, o consumo do produto sempre esteve aquém do esperado para um país de grande tradição cafeicultora – mas que sempre privilegiou o abastecimento do mercado externo (e por meio de remessas com baixo processamento industrial, ou seja, de pouco valor agregado). Alguns dados recentes, porém, adoçam a expectativa de uma mudança desse quadro. Em 2010, o consumo per capita de café torrado no Brasil alcançou 4,81 quilos, quebrando o até então recorde de 4,72 quilos registrado em 1965. A perspectiva é de que, em volume, as vendas locais movimentem 21 milhões de sacas em 2012, fazendo o País saltar da segunda para a primeira posição entre os maiores mercados mundiais para o café, posto ocupado pelos Estados Unidos. As exportações também tendem a se intensificar e a gerar mais receita. Para a Associação Brasileira das Indústrias do Café (Abic), o bom momento devese especialmente à melhoria da qualidade do produto, que tem alavancado a adesão a embalagens mais sofisticadas. O diretor executivo da entidade, Nathan Herszkovicz, falou a EMBALAGEMMARCA sobre o cenário positivo, durante bate-papo regado, claro, a xícaras de cafezinho.
© roDrigo ZorZi
O consumo interno de café vem crescendo bastante. Segundo projeção da Abic, o Brasil deverá superar os Estados Unidos em dois anos, tornando-se, em volume, o maior mercado mundial para o produto. O que explica essa evolução? São diversos fatores. O café é um produto acessível, cujo preço pouco aumentou nos últimos dezessete anos. Seus benefícios à saúde vêm sendo comprovados por pesquisas científicas, o que elimina preconceitos
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e desinibe as pessoas quanto ao uso da bebida. O consumo fora do lar tem crescido graças à multiplicação das casas de café e ao avanço do canal do food service. O principal fator, porém, é o aumento da qualidade. Há dez anos não existiam os cafés gourmet e era raro encontrarmos produtos de primeira categoria. Houve melhorias nos processos de produção, colheita e secagem dos grãos. Com isso, a cafeicultura brasileira deu um salto. O aperfeiçoamento não ocorreu somente no segmento de specialties (cafés superiores). Ocorreu também no café tradicional, aquele comprado no supermercado e bebido no dia a dia, no café da manhã. O cenário de aprimoramento não inclui a embalagem? A melhora da qualidade tem sido acompanhada por inovações em acondicionamento do produto. Não só nas embalagens plásticas flexíveis mais comuns e baratas, mas também nas embalagens mais sofisticadas. Vêm se difundindo nos últimos anos, por exemplo, as flexíveis com sistema de fechamento a vácuo e aquelas com atmosfera inerte, dotadas de válvulas aromáticas. São embalagens mais caras, mas que proporcionam maior shelf life. No passado, cafés tinham durabilidade de 30 a 60 dias. Hoje temos produtos com vida útil de um ano e meio. O aumento da conservação ajuda a preservar melhor o aroma e o sabor. Quanto mais isso é bem feito, mais prazer é conferido ao consumidor e maior é a tendência de ele repetir o consumo. Vale lembrar, também, da inovação proporcionada pelos sachês e pods (cápsulas) das novas cafeteiras, algumas delas para uso doméstico e associadas a marcas fortes de café, como Nestlé (Nespresso e Dolce
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Válvula aromática (no detalhe) e cápsulas para espressos caseiros: avanços que agregam valor
O AVANÇO DO CAFÉ NO BRASIL
4,81kg Foi o consumo per capita de café torrado no Brasil em 2010. o número, recorde, equivale a 81 litros da bebida por pessoa
3,5%
Foi a evolução do consumo per capita de café torrado em relação ao ano anterior
19,13 milhões Foi o total de sacas movimentadas em 2010 para atender ao consumo interno
21 milhões É a projeção da abic para o consumo de sacas em 2012, o que tornaria o Brasil o maior mercado mundial, em volume, para o café foNte: aBic | aBril 2011
Gusto) e Pilão (Senseo). O consumo desses cafés monodose cresce não só no Brasil, mas no mundo todo. É importante dizer que tais cafés não são solúveis, como muitos pensam. São torrados e moídos, ou seja, frutos de inovações em embalagem. As cápsulas e os sachês utilizados nessas máquinas costumam ser importados. Não é uma oportunidade perdida para a indústria nacional? Cabe esclarecer que esses produtos são importados, mas a matéria-prima é nacional. Cerca de 50% das cápsulas e dos sachês contêm cafés nacionais que são exportados e retornam para cá na forma de produto industrializado. A propósito, a remessa de matéria prima para a compra posterior de café processado é um antigo alvo de críticas. Por que o café brasileiro não é exportado com valor agregado em níveis expressivos? Onde está o nó? A exportação de café torrado em grão ou torrado e moído é uma atividade muito recente no Brasil. A grande maioria das 1 232 indústrias de café existentes no País é de pequeno porte e não tem cultura exportadora. Temos aí o primeiro gargalo. Não adianta ir uma vez a uma feira de alimentos e bebidas na Europa, por exemplo, e nunca mais participar. Isso é jogar
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dinheiro fora. Esse é um ponto que vem sendo trabalhado pela Abic junto às empresas que participam do programa de exportação realizado com apoio da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Temos um grande projeto de internacionalização das empresas. Um segundo problema é o fato de muitos compradores darem preferência aos fornecedores que tenham representação em seus países. Isso vem sendo solucionado com os diversos Centros de Negócios que a Apex-Brasil possui em diversos países, dotados de infraestrutura completa de escritório e depósito para as mercadorias. Um terceiro empecilho é a dificuldade de empresas brasileiras conseguirem drawback (condições tributárias especiais na importação de insumos para produtos de exportação). O senhor pode explicar? Ocorre que muitos compradores exi-
“A melhora do café tem sido acompanhada por inovações em acondicionamento. Não só nas flexíveis mais comuns e baratas, mas também nas embalagens mais sofisticadas” gem blends (misturas) que tenham, por exemplo, 40% de grãos brasileiros, 20% de grãos da América Central e 40% de grãos produzidos na África. Na impossibilidade de importar, muitas empresas acabam industrializando o café no exterior, em torrefadoras nos Estados Unidos. E isso não agrega valor. É preciso entender que, à exceção do segmento de cafés especiais, o mundo não consome café de uma única origem. Isso não acontece nem no mercado interno. Grãos das diversas regiões produtoras são “blended”, e cada marca tem sua própria receita
Negócio da China Como parte da visita oficial da Presidente Dilma Rousseff à China, o Itamaraty organizou em Pequim, no início de abril último, um almoço para autoridades brasileiras e chinesas. Ao fim do encontro, foi servido aos convidados cafezinho brasileiro, preparado com o Café Machado. O produto, da paulistana Agro Food, é exportado àquele país desde 2007, em bolsas plásticas de 500 gramas, confeccionadas pela Shellmar e dotadas de válvula aromática da Rangel. As embalagens estampam o nome da marca também em mandarim. Segundo Poliana Lima Moufarrege, gerente de exportação da Agro Food, os chineses têm recebido bem o produto. “O desafio é que o hábito de beber café não está arraigado na cultura chinesa, acostumada ao chá”, diz a executiva. “Por isso, o trabalho tem sido incessante.”
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Machado: degustado por Dilma na Ásia Rangel (11) 3346-6666 www.rangel.ind.br
Shellmar (11) 4128-5200 www.shellmar.com.br
e responsabilidade de mantê-la, independente da safra. Os cafés gourmet são apontados como grandes promessas para o setor. Como está essa categoria? O segmento de cafés finos e diferenciados apresenta taxas de crescimento de 15% a 20% ao ano. Em 2010, ele correspondeu a algo em torno de 4% do mercado, ou 800 000 sacas, com uma participação entre 6% a 7% na receita do setor – aproximadamente 380 milhões de reais. Acreditamos que em curto prazo a categoria gourmet alcance 10% de participação no faturamento da indústria nacional. Hoje, 84% do café gourmet brasileiro são exportados. À medida que cafés mais requintados são lançados pelos produtores, surge a necessidade de embalagens condizentes com seu preço. Em sua opinião, a apresentação dos produtos vem sendo suficientemente bem trabalhada para transmitir percepções de nobreza? No caso da exportação do café industrializado, sim. Até porque se a embalagem não for adequada ao padrão de apresentação que existe no mercado destinatário, simplesmente o produto não vende. O Brasil já tem embalagens para exportação que são aceitas nos mercados compradores e que estão no nível das melhores embalagens existentes no mundo. Pegue-se o caso do
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café Marques de Paiva, da Cafés Bom Dia, comercializado nos mercados americano e canadense em pouches com válvula aromática. Outro exemplo é o café Terra Firma, produzido também pela Bom Dia sob licença da National Geographic e vendido nas lojas dessa marca, no mundo todo, também em flexíveis com válvula. Há também os cafés produzidos no Brasil para comercialização na Itália pela Segafredo Zanetti, acondicionados em embalagens a vácuo iguais às utilizadas no mercado italiano. Temos, ainda, cafés brasileiros comercializados em lata, que é uma alternativa interessante sob o ponto de vista estético, mas acarreta certas dificuldades. Quais? A lata é mais cara e não representa um hábito no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, a lata não é tão cara e tem grande popularidade. Lá, o costume de comprar café em lata vem de décadas, pelo menos desde o início do século 20. No Brasil, essa tendência ainda não se manifestou. Por isso, embalagens metálicas são mais empregadas por marcas nacionais em cafés muito diferenciados ou em edições limitadas.
Terra Firma: café brasileiro vendido em lojas da National Geographic ao redor do mundo
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Marques de Paiva: embalagens garantiram ingresso no mercado norte-americano
O Selo de Pureza da Abic, lançado há 21 anos, é uma certificação pioneira no mercado brasileiro de alimentos e bebidas. De que forma ele tem ajudado o setor? O programa do Selo de Pureza hoje certifica 1 075 marcas de 454 indústrias associadas. Essa certificação só é dada após o produto ser coletado no varejo e analisado em laboratórios credenciados, prática feita aleatoriamente ao longo do ano. São mais de 3 000 análises anuais. Nestes 21 anos, mais de 51 000 análises foram feitas. O controle garante qualidade do produto e segurança para o consumidor e para o varejo, evitando fraudes e adulterações. Em 23 de fevereiro último, entrou em vigor a Instrução Normativa nº 16, do Ministério da Agricultura. Ela dá força de lei aos níveis máximos toleráveis de 1% de impurezas e 5% de umidade nos cafés, que já vinham sendo recomendadas pela Abic. Por isso, adotamos um novo slogan: “Pureza agora é Lei. Exija o Selo de Pureza”. Desde 1965 não se registrava no País um consumo per capita de café maior que o de 4,72 quilos por ano, marca enfim superada em 2010, quando esse índice alcançou 4,81 quilos. Nesse quesito, porém, o Brasil ainda está distante de outros mercados – nos paí-
Selo de Pureza Abic: certificação pioneira cujas exigências têm agora força de lei
ses nórdicos, que lideram esse ranking, o consumo per capita anual supera os 13 quilos. É possível se aproximar desse nível? É possível continuar crescendo de 4% a 5% ao ano. O consumo nos países nórdicos é três vezes maior que o nosso. Seria um desperdício de energia colocar como bandeira alcançar um nível de consumo desse tamanho. Acho muito mais realista substituir essa projeção pelo objetivo de continuar crescendo acima da média mundial. Isso é possível. (MM)
Latas: populares em outros países, mas no Brasil muito vinculadas a edições especiais
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}}} cafés
O verdadeiro “chafé” Torrefadora mineira lança café capaz de ser preparado como os chás em saquinho
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m mais um capítulo da série “por que ninguém pensou nisso antes?”, a Fazenda Caeté, de Campo Belo (MG), desenvolveu um café torrado e moído para consumo individual capaz de ser preparado por infusão, à moda dos chás em saquinho. Assim como nos chás, pequenas porções do café (5 gramas) são oferecidas em envelopes de não-tecido, permeáveis, dotados de um cordão com uma tira de papel na extremidade para facilitar o manuseio. O preparo da bebida é feito deitando-se 50 mililitros de água em ebulição sobre o saquinho, numa xícara. Basta, então, agitar o produto por um minuto. É possível também utilizar o forno de micro-ondas, levando ao aparelho uma xícara com o produto mergulhado em água fria. O plano da Fazenda Caeté é promover sua invenção, batizada de Café Individual, como opção
aos cafés preparados em máquinas alimentadas por pods (sachês) ou cápsulas. A ideia surgiu em 2008, quando a cotação da saca do café estava baixa. Um dos três sócios da torrefadora, Carlos Richard Carvalhaes, decidiu criar um produto de maior valor para não ficar tanto à mercê das oscilações de mercado. Desde então foram investidos 4 milhões de reais em importação de equipamentos, design da embalagem e treinamento de funcionários para a viabilização da novidade. Com capacidade inicial de produção de 1 milhão de sachês por turno, mas apta a triplicar essa saída, a Caeté pretende lançar a novidade em maio. Exportar está nos planos. “Já temos propostas para vender em outros mercados”, afirma Fernando Costa, diretor comercial da empresa. O produto será vendido como muitos chás em saquinho: em cartuchos de papel cartão contendo 25 doses. Cada saquinho é acondicionado em sachês de polipropileno bi-orientado (BOPP). (MM)
Cartucho Congraf (11) 3103-0300 www.congraf.com.br Sachê Interflex (35) 2106-1200 www.interflexgroup.com
© carlos
curado
Novidade da Fazenda Caeté: com adição de água quente, preparo de café em um minuto
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}}} cosméticos
De amenidade a necessidade Cosméticos oferecidos por hotéis se fortalecem como ferramenta de marketing e ganham melhores apresentações
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o passado, os cosméticos oferecidos nos quartos dos hotéis, conhecidos como amenities, sofriam rejeição generalizada. Os donos dos estabelecimentos os tratavam como despesa. Os hóspedes evitavam utilizálos, desconfiados de sua qualidade ou dissuadidos por suas apresentações, geralmente toscas. Bastou crescer a concorrência no setor hoteleiro para a situação mudar. Os amenities começaram a ganhar melhores fórmulas e embalagens. Hoje, já são até considerados elementos críticos para o negócio da hospitalidade. “Segundo pesquisas realizadas com hóspedes, o quesito mais observado e que mais tem pesado na avaliação dos hotéis é o cosmético colocado nos quartos”, declara Mauro Carvalho, diretor comercial da Realgem’s do Brasil, indústria paranaense que afirma ser líder do mercado nacional de amenities, abastecendo aproximadamente 4 000 pontos de hospedagem. “Cama macia ou tevê a cabo não diferenciam mais os estabelecimentos. Já são confortos obrigatórios.” Acredite-se ou não em tanta importância, o fato é que os amenities vêm evoluindo a olhos vistos, destoando cada vez menos dos cosméticos de marca – em alguns casos, até mesmo produtos de grife têm sido empregados para agradar aos frequentadores (ver quadro). O capricho nas
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apresentações é crescente, sendo apontado por Carvalho como algo inevitável. “A embalagem é o primeiro fator levado em conta para a aprovação dos produtos”, assevera o executivo.
Empresas de embalagem Para atender aos anseios do mercado hoteleiro, a Realgem’s tem de trabalhar praticamente como uma fornecedora de embalagens – na verdade, a empresa até possui um parque próprio para a moldagem de invólucros, que abastece parte de suas necessidades (a empresa evita revelar a proporção ou outros detalhes dessa atividade). Em frascos plásticos de pequena volumetria, por exemplo, os clientes podem escolher entre sessenta modelos para o acondicionamento de xampus, condicionadores, hidratantes, loções e óleos corporais. A seleção de fechamentos é igualmente extensa. As tampas podem ser flip-top ou de rosca; moldadas em plástico ou alumínio; e ter perfis cilíndricos, esféricos ou poliedrais.
Sediada em Franca (SP), a Harus, que também arroga a liderança no mercado brasileiro de amenities, procura facilitar as definições de apresentações de produtos pelos hoteleiros por meio de uma ferramenta virtual. Sua página na internet hospeda um aplicativo que permite simular criações de embalagens. É possível escolher o formato do frasco, as cores do rótulo e o tipo de decoração (aplicação de autoadesivo ou gravação em tampografia). Outra possibilidade sugerida pela empresa é o uso de pequenos stand-up pouches. Um dos adeptos da solução é o quatro estrelas Continental Inn, de Taubaté (SP). O dois em um (xampu/condicionador) oferecido pelo hotel, adquirido junto à Harus, é acondicionado num stand-up pouch de 30 mililitros confeccionado pela Cordel Embalagens. Do mesmo modo que
Harus abriga em seu site ferramenta para o design de embalagens de amenities
Na página ao lado: alguns dos amenities fabricados pela Realgem’s
para produtos do varejo, as bolsas plásticas que param em pé podem significar para os hotéis uma forma de valorizar a percepção de seus cosméticos em relação àqueles disponibilizados em embalagens flexíveis mais populares – no universo dos amenities, a comparação inevitável é com os sachês “planos”, de quatro soldas. E não só os formatos mais complexos começam a se espraiar para as apresentações de amenities. A preocupação com embalagens mais sustentáveis também já não passa em brancas nuvens no segmento.
Stand-up pouch começa a ser oferecido como solução para hotéis
Em caráter pioneiro no mercado, a Realgem’s divulgou recentemente a possibilidade de acondicionar produtos em frascos plásticos oxi-biodegradáveis, que após o descarte se decompõem em poucos meses. A tecnologia é a d2w, da inglesa Symphony Environmental, representada no País pela Res Brasil. Até o fechamento desta edição ainda não havia usuários da novidade. A expectativa é que o aprimoramento dos amenities se intensifique ainda mais nos próximos anos, no compasso do crescimento do mercado hoteleiro, bafejado pelo aumento das
Entradas e bandeiras Hotéis e motéis sempre preferiram estampar seus nomes nos cosméticos oferecidos nos quartos. Mas o uso crescente dos chamados amenities para o marketing de relacionamento tem feito alguns estabelecimentos lançar mão de marcas famosas. O hotel baiano Aram Yami, por exemplo, recorreu a amenities da Natura, que tem atendido também outros hotéis. A rede hoteleira Nobile, por sua vez, já utilizou produtos da Ox Cosméticos. E outros 65 hotéis nacionais – entre eles Copacabana Palace, Royal Palm Plaza (Campinas) e unidades das redes Sofitel, Hilton e Caesar Park – oferecem aos clientes cosméticos da L’Occitane. Importados da França, os amenities da L’Occitane seguem o conhecido apuro da empresa em apresentação. “É uma iniciativa importante enquanto negócio, mas cujo objetivo é também permitir que o cliente tenha a oportunidade de vivenciar a marca em diferentes ambientes”, diz a diretora de vendas de canais indiretos da empresa, Elisabeth Lin. “Pretendemos manter um ritmo de expansão acelerado nesse canal.” No contrafluxo, empresas especializadas em amenities vêm investindo em marcas próprias para explorar outros canais de vendas. A paulista Harus criou a Alma Brasil. Já a paranaense Realgem’s lançou cosméticos para o varejo sob os emblemas Florence, Princess e Terra Brasilis. Além disso, desenvolveu kits de produtos para suprir uma lacuna do mercado: cosméticos em embalagens pequenas, sob medida para ser levados em viagens. “Muitas pessoas entravam em contato conosco para saber onde comprar o amenities que receberam quando estavam hospedadas em um determinado hotel”, conta Mauro Carvalho, diretor comercial da Realgem’s. Carvalho não vê o ingresso das marcas mainstream no mercado de amenities como uma ameaça, mas como oportunidade de negócio. A investida da Ox, por exemplo, se deu por meio de uma parceria com a Realgem’s. “A ideia teve o objetivo de unir a credibilidade da marca do cliente com a nossa expertise”, diz o executivo.
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Natura, Ox e L’Occitane já exploram os amenities como reforço de marca
Explorando lacuna do mercado, Realgem’s lançou kits de cosméticos para viagem
viagens de turismo e negócios e pela Copa do Mundo e pelas Olimpíadas programadas para breve no País. Segundo dados da consultoria HotelInvest, 39 novos projetos de grandes hotéis nacionais serão lançados este ano. O número irá dobrar em 2012, progredindo ainda mais nos anos seguintes.
Realgem’s oferece frasnagas oxi-biodegradáveis. Preocupação ambiental chega aos amenities
Mercado aquecido Com o aquecimento do mercado consumidor, os fabricantes de amenities terão de trabalhar. A Realgem’s, por exemplo, está ampliando em 1 100 metros quadrados seu parque industrial, localizado em Colombo (PR). Procurada por meio de seu departamento de marketing, a Harus preferiu não revelar se possui projetos de expansão em andamento. Segundo Mauro Carvalho, da Realgem’s, os investimentos proporcionarão um atendimento ainda mais criterioso dos clientes, inclusive no acondicionamento dos produtos. “Teremos
ainda mais condições de oferecer amenities em embalagens modernas, práticas, funcionais e, principalmente, diferentes, com layouts criativos”, anuncia o dirigente. “Será uma cortesia nossa para as cortesias dos hotéis.” (GK)
Cordel Embalagens (11) 4582-6388 www.cordel.ind.br Res Brasil (19) 3871-5185 www.resbrasil.com.br
}}} Energéticos
Esquenta a corrida Garrafa de PET começa a acelerar no circuito das bebidas energéticas, liderado pela lata de alumínio Por Marcelo Marcondes
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or muitas temporadas a garrafa de vidro manteve-se na ponta, tranquila, como embalagem para refrigerantes nacionais. A situação mudou a partir dos anos 90, quando a garrafa de PET entrou na corrida e disparou até ultrapassar a antiga campeã. Parece, agora, que um “pega” semelhante começa a se desenhar em outro circuito: o das bebidas energéticas. O PET a acelera nessa categoria, umbilicalmente ligada à lata de alumínio. De acordo com a Nielsen, garrafas de PET já representam 8% das apresentações de energéticos encontradas no Brasil. O número soa acanhado para prenunciar uma ameaça à liderança da lata de alumínio – que saiu na frente no mercado graças à adoção por “escuderias” tradicionais como as austríacas Red Bull, Flash Power e Flying Horse. Há cinco anos, porém, esse número era oito vezes menor, para não se dizer quase nulo.
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E desde então se iniciou um boom do produto no mercado interno. Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir) mostram que as vendas de energéticos cresceram 325% no País entre 2006 e 2010. Entre os produtos sob tutela da entidade, o índice supera em quase seis vezes o segundo maior avanço registrado no período, o dos sucos prontos para beber (53%). A dilatação das cestas de compras, ocasionada pelo aumento do poder aquisitivo da população, é o principal motor do fenômeno. Mas a oferta crescente de garrafas plásticas tem funcionado como propulsão auxiliar. “Os energéticos em PET são mais baratos e vêm atraindo novos consumidores”, relata Fabiana Furquim, analista de mercado da Nielsen. Os preços menores dos energy drinks em PET refletem os cus-
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tos operacionais menoPimp: res em relação aos exiembalagens de PET para gidos no trabalho com conquistar latas de alumínio. O desbaixa renda conto é importante porque o energético é um produto caro. Entre as principais marcas, uma latinha de 250 mililitros dificilmente é encontrada no grande varejo por menos de 4 reais. Nas garrafas plásticas de 1 litro, o mesmo volume costuma sair pela metade do preço. Como seria natural esperar, o custo-benefício mais atraente tem sido utilizado pelas marcas emergentes como recurso para atrair as classes C e D. “É um público que antes não tinha o hábito de consumir o produto”, observa Bruno Akabane, sócio-proprietário do Pimp Energy Drink, energético acondicionado em garrafas plásticas de 360 mililitros e de 2 litros e vendido exclusivamente em mercadinhos da periferia de São Paulo. “O custo da embalagem de PET é bem menor que o da latinha, o que nos permite praticar preços mais acessíveis”, afirma o empresário.
Tubainização? Lançado em 2009, o Pimp é um entre as dezenas de energéticos que surgiram nos últimos anos apostando na popularização do consumo do produto. Estima-se que o mercado já comporte algo em torno de 130 marcas, sendo mais da metade delas de alcance limitado, com menos de cinco anos e usuária de garrafas de PET. O quadro lembra a “tubainização” ocorrida na seara dos refrigerantes, associação que é respaldada pelo fato de muitos dos novos energéticos serem apostas de produtores regionais daquelas bebidas. “O que o PET permite, na verdade, é a democratização da distribuição e, em consequência, do consumo”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), Auri Marçon. O executivo repudia o
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termo “tubainização”, mas não deixa de fazer um paralelo com o caso dos refrigerantes para justificar a pertinência da garrafa plástica no negócio de energéticos. “Quando o PET chegou ao País havia cerca de 160 marcas locais de refrigerantes. Hoje, elas são quase mil”, aponta Marçon. “Com a pulverização, o mercado cresceu.” Assim como a Coca-Cola viu cair sua participação no mercado de refrigerantes com a ascensão das tubaínas envasadas em PET, a hegemonia da
Classificação das marcas
2006
Red Bull 64%
foNte: NielseN
Coca-Cola (Burn) 16% Outros 20%
2010
Red Bull 42%
foNte: suPerMercaDo MoDerNo, 2010
Coca-Cola (Burn e Gladiator) 17% Outros 41%
pioneira e líder histórica do negócio de bebidas à base de taurina, a Red Bull, vem balançando com a propagação dos energéticos regionais. Pelas leituras da Nielsen, o market share da Red Bull no País caiu de 64% para 42% entre 2006 e 2010. A diferença marcante em relação ao caso dos refrigerantes, porém, é que a grife dos touros vermelhos não patrocinou a difusão da garrafa plástica em seu mercado, ao contrário do que fez a Coca-Cola – para muitos peritos em marketing, um homérico “tiro no pé”. Mas existem rumores de que isso pode mudar, com a líder se rendendo à garrafa plástica. De acordo com reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo em fevereiro último, a Red Bull estaria estudando a adoção da garrafa de PET no mercado brasileiro. Procurada pela reportagem, a empresa negou o boato por meio de sua assessoria de imprensa. Curiosamente, porém, o mercado polonês recebeu em março último o lançamento de uma versão do energético da marca em garrafa de PET. Pouco depois, a mesma embalagem, com 330 mililitros, estreou no mercado tcheco. Outro fato curioso: ex-distribuidor da Red Bull no Brasil, o empresário Marcos Torres decidiu alçar voo próprio no mercado nacional e lançou um energético – o Up On – acondicionado em garrafas de PET. “O mercado brasileiro de
Energia em fila Os fatos marcantes na história dos energéticos no Brasil
1997 Mercado brasileiro recebe os primeiros energéticos, importados da Áustria: Flying Horse e Flash power
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1999 latinhas de red Bull começam a ser vendidas no Brasil através de importações da Madasa
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2000 surge o primeiro energético brasileiro: o First one atomic energy drink, da irB-tatuzinho. produto é também o primeiro energético oferecido em garrafa de pet (ver Em nº 8)
2000 com licença da marca de moda jovem Bad Boy, Horizonte Bebidas lança o Bad Boy power drink em latas sleek de 269 mililitros
2001 coca-cola entra na disputa e começa a fabricar o Burn no Brasil. produto é lançado em lata de alumínio slim
2006 Flying Horse introduz no país o Big Flying, primeiro energético nacional em “latão” de 473ml (ver Em nº 84)
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energéticos em lata está saturado”, argumenta Torres. “Já o PET é uma novidade que, além do custo de produção menor, facilita o trabalho com formatos diferentes e conta com um bom número de prestadores do serviço de envase.”
Charme regional
Up On: aposta, em garrafa de PET, de ex-distribuidor da Red Bull
2007 coca-cola lança versão do Burn em garrafa de vidro de 250ml, decorada com rótulo termoencolhível (ver Em nº 92)
Custo atraente, versatilidade e maior viabilidade fabril são importantes, mas não se justificam se o produto não vender. Como lembra o especialista em bebidas Adalberto Viviani, da consultoria Concept, “energéticos são vistos como um produto que confere status”. Para Renault Castro, diretor executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), a embalagem de alumínio estimula essa sensação, por ser “moderna e prática”. “A lata atende ao perfil de quem consome energéticos, geralmente jovens que praticam esportes ou frequentam eventos mais requintados”, argumenta o executivo. Para engendrar essa percepção (e não serem confundidos com refrigerantes), muitos energéticos em PET têm apresentado imagens caprichadas, que em nada lembram as das garrafas das tubaínas que brigam por preço. O cuidado fica especialmente patente na decoração. Enquanto os recipientes de refrigerantes costumam receber pequenas cintas do tipo roll-wrap aplicadas com cola, muitas delas ostentando arte
2008 grupo imperial lança o Vulcano, primeiro energético nacional acondicionado em garrafa de pet de 1 litro
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2009 coca-cola lança o gladiator, energético em lata de 473ml que promete melhorar a concentração do consumidor
2009 grupo petrópolis, das cervejas itaipava e crystal, promove a estreia do tnt energy drink em latas de alumínio de 269ml
desleixada, diversos energéticos regionais têm suas garrafas de PET completamente envolvidas por rótulos termoencolhíveis de design moderno. Exemplos são o Ionic, da J. da Silveira; o Power Bull, da Ultrapan; o Big Thor, da NS Indústria e Comércio; e o Insano, recém-lançado pela Águas Ouro Fino (ver quadro).
2010 globalbev traz ao Brasil o Monster energy drink. Marca, famosa nos estados unidos, é lançada no país em latas de 500ml
Power Bull, Big Thor e Ionic: decoração com rótulos termoencolhíveis
2010 Marcos torres, ex-distribuidor do red Bull no país, lança o up on em garrafas de pet de 1,5 litro e de 500ml
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2011 amBev entra no mercado de energéticos e lança o Fusion, em latinha slim de 250ml
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NOS Energy Drink: embalagem imita cilindro de óxido nitroso
Demonstrações mais claras de que garrafas de PET não acarretam apresentações pobres ou sem carisma vêm do exterior. Nome que vem ganhando força no mercado europeu de energéticos, a polonesa Tiger adotou recentemente uma série de garrafas de PET com formato futurista e moldadas com pigmentação prata. O projeto é assinado pela célebre agência Porsche Design, da Alemanha. Outro caso digno de nota é o do NOS Energy Drink, lançado nos Estados Unidos numa garrafa de PET de 620 mililitros pigmentada em azul e decorada com rótulo autoadesivo metalizado (ver EmbalagemMarca nº 102, fevereiro de 2008). A embalagem imita um cilindro de óxido nitroso, utilizado para “envenenar” motores de carros. Pode ser que abordagens desse tipo, que reforçam a ideia de que o PET não é necessariamente percebido com menor valor, apareçam entre energéticos nacionais com a evolução do mercado. Embora tenha triplicado no último triênio, ele ainda é pequeno. No balanço da Abir, o consumo interno em 2010 alcançou 87 milhões de litros, o que é pouco frente ao total de 72 bilhões de litros de bebidas não-alcoólicas movimentados no País no ano passado. “Muitas marcas ainda irão entrar no no negócio de energéticos”, prevê Viviani, da
Concept. Resta ver, nessa corrida, qual embalagem pisará mais fundo. “O mercado está aberto e a preferência do consumidor é que vai determinar o resultado”, pondera Castro, da Abralatas.
Polonesa Tiger investiu em garrafas assinadas pela Porsche Design
Soluções diferentes na mesma equipe Dá para a latinha de alumínio e a garrafa de PET conviverem nas mesmas marcas de energéticos? Para alguns fabricantes de bebidas, sim. Nome importante do segmento de águas minerais, a Águas Ouro Fino lançou recentemente seu energético Insano em três opções de embalagem: garrafa de PET de 1 litro, garrafinha de PET de 269 mililitros e lata de alumínio de 250 mililitros. Segundo Hélio Luiz Corrêa, diretor da empresa, os diferentes hábitos de consumo da bebida explicam a apresentação diversificada. “A embalagem plástica maior atende a situações recreativas, como festas. Já a garrafinha mira o consumo individual diurno, quando se deseja disposição extra para estudo ou trabalho. Insano: lata para “baladas”, garrafinha para o dia e garrafa para compartilhar
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A lata, por sua vez, é a apresentação ‘de balada’, voltada aos bares e casas noturnas”, explica o executivo. Número 3 do mercado nacional de energéticos, perdendo somente para Red Bull e Coca-Cola (dona das marcas Burn e Gladiator), a Horizonte Bebidas lançou há onze anos seu energético Bad Boy em latinha de alumínio. Em 2009, porém, começou a oferecer seu produto também numa garrafa de PET de 1 litro, apelidada de Giant Bad Boy. “O custo por litro é aproximadamente 30% mais baixo que o da lata de alumínio”, detalha o diretorgeral da Horizonte, Fernando Pereira Caldas. “Isso nos permite oferecer o mesmo produto, com a mesma qualidade, porém com preço menor.” Bad Boy em PET oferece preço proporcionalmente menor ao da lata
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}}} internacional
PlantBottle de polietileno Em novo episódio de corrida por embalagens “verdes”, Coca-Cola cria nova garrafa de cana-de-açúcar para sucos
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oca-Cola e Pepsi já protagonizaram diversas competições ao longo da história. A mais nova delas se desenrola no campo da sustentabilidade, urdida por desenvolvimentos de garrafas “verdes”. No fim de 2009 a Coca-Cola lançou a PlantBottle, recipiente de PET com 30% de sua composição originada do etanol de canade-açúcar. Semanas atrás, a Pepsi trombeteou a criação de uma garrafa de PET totalmente feita a partir de fontes vegetais, como capim, cascas de pinheiro e capa de grãos de milho (ver a edição anterior de EmbalagEmmarca). No fim de abril último, a Coca-Cola voltou à carga e anunciou a estreia, no mercado americano, de uma garrafa 100% derivada da cana. A novidade, que será utilizada a partir de maio na linha Odwalla de sucos e smoothies (vitaminas de frutas), traz um diferencial. É moldada a partir de uma versão de fonte renovável de polietileno de alta densidade (PEAD), e não de PET. De acordo com a Coca-Cola, a embalagem pode ser reciclada nas mesmas linhas de reaproveitamento de PEAD convencional – o que, alega a empresa, a faz sobressair das demais garrafas 100% produzidas em bioplástico atualmente disponíveis (a Pepsi diz que sua garrafa
de PET é também completamente reciclável; no entanto, seu lançamento ocorrerá em 2012). “Trata-se de um passo importante em nossos esforços para proteger o planeta”, diz a presidente da Odwalla, Alison Lewis.
Dasani em PlantBottle Paralelamente ao lançamento da garrafa de PEAD “verde”, a Coca-Cola anunciou o início da distribuição, em todo o território norte-americano, das águas minerais Dasani envasadas na PlantBottle de PET. A iniciativa ocorre num momento em que crescem, nos Estados Unidos, os movimentos contra o consumo de água engarrafada, encabeçados principalmente pela ONG americana Corporate Accountability International (CAI) e sua campanha “Think Outside the Bottle” (algo como “Pense além da garrafa”, em tradução livre para o português). Vale lembrar que a cana-de-açúcar em que são baseadas todas as garrafas sustentáveis da Coca-Cola é brasileira. A empresa não revela a origem. Mas ressalta se tratar de matéria-prima originária “de plantações orgânicas, localizadas longe da floresta tropical amazônica” e cultivada “sob práticas avançadas e políticas públicas saudáveis.” (MM)
Recipiente dos sucos Odwalla pode seguir para a reciclagem convencional de PEAD
Dasani: PlantBottle em meio a ataques às águas engarrafadas
P&G começa a usar, lá fora, inovação brasileira no dia 26 de abril último a procter & gamble anunciou o início da produção de embalagens baseadas no polietileno “verde” da Braskem, derivado do etanol da cana-de-açúcar. antecipada pelas empresas há quase oito meses (ver EmbalagEmmarca nº 134, outubro de 2010), a iniciativa começou com frascos para xampus e condicionadoEstreia dos frascos de PE “verde” res da linha pro-V nature Fusion, da de Pantene será na Europa
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marca pantene. os recipientes estrearão em julho na europa. depois, serão gradativamente introduzidos, ao longo de dois anos, nos demais mercados em que os produtos são comercializados. “estamos entusiasmados por sermos a primeira marca em hair care a utilizar essa tecnologia de embalagem”, diz Hanneke Faber, gerente mundial de pantene na p&g.
Braskem (11) 3576-9999 www.braskem.com.br
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ARTIGO }}} LYNN DORNBLASER
A sustentabilidade anda Preocupação em reduzir impactos ambientais continua a movimentar indústrias e seus fornecedores de embalagens
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o encalço da Coca-Cola, que lançou no fim de 2009 a PlantBottle, garrafa de PET parcialmente obtida a partir de etanol de cana-deaçúcar, a PepsiCo anunciou semanas atrás a criação de uma garrafa de PET derivada de materiais como capim e cascas de pinheiro e de milho (ver edição anterior de EmbalagEmmarca). Seu grande diferencial é a origem 100% vegetal, enquanto a garrafa da adversária incorpora somente 30% de matériaprima renovável. A novidade só deverá ser lançada em 2012, mas movimentou o noticiário e causou grande alvoroço nos Estados Unidos. O anúncio sinaliza uma extensão lógica da empreitada que a PepsiCo começou em 2010, quando lançou o ecologicamente correto (porém barulhento) pacote compostável do salgadinho Sun Chips. Mostra, também, o alto nível alcançado pelas inovações em packaging criadas ante a busca por atitudes mais sustentáveis. Nessa linha, um outro exemplo é o da embalagem “verde” do lava-roupas líquido Natural 4x Laundry Detergent, da americana Seventh Generation.
Bolsa, casca e café O produto é acondicionado no que poderíamos chamar de “bag-in-shell”: uma bolsa plástica acomodada dentro de uma “casca” moldada em polpa de celulose – o mesmo material das clássicas caixas de ovos. A bolsa plástica incorpora um bocal com bico dosador e uma sobretampa transparente, ambos em plástico rígido. A embalagem interna e seu sistema dispensador são recicláveis. A externa, por sua vez, é compostável. A Seventh Generation afirma que sua solu-
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ção híbrida demanda 66% menos plástico que um frasco tradicional de lava-roupas líquido. O formato típico deste, aliás, é simulado pela nova embalagem, de modo a garantir a familiarização dos consumidores e varejistas com o produto. Mas seria essa uma apresentação viável para todos os detergentes para roupas? Em reportagens, porta-vozes da Seventh Generation têm deixado claro que a nova embalagem é cara, e sua adoção se justifica pelo valor agregado do produto, de alto rendimento e com fórmu-
Natural 4x: lava-roupas líquido é acondicionado em bolsa plástica acomodada em “casca” de polpa celulósica
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la natural. É de se esperar, no entanto, que as demais donas de marcas de cuidados com roupas comecem a investigar alternativas “verdes” às suas embalagens plásticas, passíveis de serem fabricadas e utilizadas em larga escala, caso essa nova embalagem faça sucesso. Do Japão vem outra amostra de produto com apelo ecológico que destoa dos padrões e que promete influenciar a concorrência. É o café pronto para beber Eco-Style, da Glico. A bebida é produzida com grãos de café orgânico colhidos à mão por pequenos produtores. Isso não é algo inédito, uma vez que muitas empresas adotam métodos de plantio orgânicos, políticas fair trade (comércio justo) ou ainda selos de sustentabilidade como o do FSC (Conselho de Manejo Florestal) e o da Rainforest Alliance (Aliança pela Floresta Tropical). O que chama a atenção no Eco-Style, na verdade, é sua embalagem. A bebida é envasada num copo de papel laminado, como muitos cafés prontos no mercado japonês. Diferentemente destes, porém, a sobretampa de plástico rígido é substituída por um selo-tampa. A simples ideia, de fácil assimilação pelos consumidores, encaixa-se
Eco-Style Café: copo fechado por selotampa, não por tampa rígida
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perfeitamente na tendência atual de redução e simplificação de materiais de embalagem onde e quando possível. Outro destaque é o canudo extensível que é anexado ao copo. Segundo a Glico, trata-se do primeiro em seu gênero feito totalmente de bioplástico derivado do milho.
Bioplásticos em fraldas Cabe, por fim, registrar uma tendência em sustentabilidade que não se manifesta diretamente nas embalagens, mas que é interessante: o uso de bioplásticos na produção de fraldas. A Kimberly-Clark brasileira acaba de lançar uma fralda parcialmente produzida em ácido polilático (PLA), resina de origem vegetal, biodegradável e compostável, crescentemente utilizada como alternativa aos plásticos convencionais (ver Display desta edição). No México, a Mabesa tem um produto similar. Mas talvez o destaque, nessa movimentação, seja o das fraldas da canadense Attitude. Até onde sabemos, elas são as primeiras feitas em PLA tanto na folha traseira quanto na frontal. De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pela Mintel, as mães norte-americanas estão preocupadas com o impacto causado pelas fraldas descartáveis ao meio ambiente, porém não gostariam de renunciar à conveniência proporcionada pelo produto. As fraldas da Attitude chegam ao mercado para preencher essa lacuna. São soluções para que as mães se sintam menos culpadas em relação ao passivo ambiental gerado pelos acessórios para seus bebês. Assim elas podem dormir mais tranquilas.
Attitude: fraldas em bioplástico para agradar às mães
Lynn Dornblaser é diretora da divisão CPG Trend Insight da consultoria Mintel International, com escritórios em Chicago e Londres. Com mais de vinte anos dedicados a análises de tendências globais de consumo, ela pode ser contatada pelo e-mail lynnd@mintel.com
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paINEL GrÁFICo
}}} Mercado de conVersÃo e iMpressÃo de rÓtulos e eMBalagens
Multinacionais de olho no mercado brasileiro de rótulos Em menos de quinze dias, Bic Label e Technopack são vendidas para grupos estrangeiros grandes empresas globais que atuam no setor gráfico estão de olho no mercado brasileiro de rótulos. em menos de quinze dias, a Bic label, com sede no rio de Janeiro (rJ), e a technopack, com fábrica em cachoeirinha (rs), foram vendidos a grupos internacionais. no dia 21 de abril, foi anunciada a compra, pelo grupo austríaco cti invest, da Bic label technologies de sua antiga proprietária, a pimaco, que pertencia ao grupo francês Bic desde 2006. a Bic label, empresa brasileira de impressão e processo de conversão, tem cerca de quarenta funcionários e produz rótulos autoadesivos. a empresa foi renomeada Viappiani do Brasil. a cti invest ag é
Heidelberg compra belga CERM Gigante alemã amplia atuação em sistemas de gestão da informação a Heidelberger druckmaschinen ag adquiriu a cerM, empresa sediada em oostkamp, na Bélgica, especializada no desenvolvimento, venda e implementação de sistemas de gestão da informação (Mis) para gráficas comerciais e de rótulos. a Heidelberg vai comercializar o atual portfólio mundial da cerM e integrálo no seu sistema de fluxo de produção prinect. sistemas de gestão de informação são usados para gerenciar todos os processos comerciais de uma gráfica.
um player global no setor de embalagens e rótulos com unidades de produção no canadá (royale print and packaging Halifax), na espanha (omnipack), na alemanha (Viappiani germany), na itália (Viappiani itália) e na colômbia (tann colombiana). trata-se de uma sociedade anônima de capital fechado com sede em linz, na Áustria. sua carteira de produtos abrange rótulos autoadesivos, in-mold, termoencolhíveis e wrap-around, entre outros, além de embalagens de papel cartão. duas semanas depois, no dia 2 de maio, a itW graphics anunciou a aquisição da gaúcha technopack, que atua no mercado nacional nos segmentos de rótulos autoa-
desivos, heat transfer, in-mould, termoencolhíveis e de papel, além de embalagens flexíveis e rotuladoras heat transfer. a direção da technopack, o quadro funcional, fornecedores, colaboradores e a política administrativa serão mantidos. de acordo com geraldo nunes, diretor da empresa brasileira, “a incorporação objetiva ampliar a participação da technopack nos segmentos em que atua”. o grupo itW graphics tem sede em Manchester, no estado de connecticut (eua), com atuação global na área gráfica, principalmente em heat transfer, tecnologia em que a technopack tem forte expertise. nas duas transações, os valores dos negócios não foram divulgados.
Avery Dennison lança concurso de marcas Designers do mundo inteiro podem participar a avery dennison lançou o concurso Brand experience contest, cujo objetivo é desenvolver marcas inovadoras. os competidores deverão criar cinco produtos: suco para crianças, vinho tinto, café orgânico, tempero de salada e xampu. o vencedores serão premiados durante a “the dieline package design conference”, que acontece em chicago no dia 23 de junho de 2011. além do reconhecimento internacional dos cinco vencedores, os trabalhos serão mostrados em um “look book”, que será enviado a 2 000 proprietários de marcas ao redor do mundo. o envio dos trabalhos poderá ser feito por funcionários de
empresas de publicidade ou design, e por profissionais autônomos. as inscrições são gratuitas e devem ser enviadas até 30 de maio. Mais informações: emb.bz/averymarcas
Mauricio Groke deixa a Antilhas Executivo continua à frente da Associação Brasileira de Embalagem Mauricio Montoro groke deixou a diretoria comercial da antilhas, após 22 anos na empresa. o executivo continuará na presidência da
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associação Brasileira de embalagem (abre). até o fechamento desta edição, a antilhas não havia informado quem comandará sua área comercial.
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}}} doces
Dança protegida Sonho de Valsa adota embalagem selada, inédita no mercado nacional de bombons
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Sistema de selagem garante a qualidade do bombom por mais tempo
Embalagem metalizada (a de baixo) substitui o invólucro translúcido
Na embalagem selada, folha de alumínio (à direita) foi eliminada
fotos: carlos curado
mudança pode ser considerada a maior já ocorrida no acondicionamento do clássico bombom Sonho de Valsa, da Lacta (Kraft Foods), comercializado no País desde 1938. A embalagem cor-de-rosa que há décadas é a cara do produto, uma flexível do tipo twist wrap, com as extremidades torcidas, passa a ser selada. O sistema de fechamento hermético, inédito no mercado brasileiro de bombons, permitirá conservar o frescor e a crocância da guloseima por mais tempo. A concepção do novo modelo, que teve a patente depositada no Brasil pela Kraft Foods no início de 2010, foi inspirada por resultados de pesquisas de satisfação junto ao grande público e em informações obtidas por meio do serviço de atendimento ao consumidor da Kraft Foods. Foram feitos diversos estudos e contatos com fornecedores nacionais e internacionais até a escolha da Zaraplast e da Dixie Toga para a execução do projeto. As convertedoras foram apoiadas pela Vitopel. Esta desenvolveu um filme de polipropileno biorientado (BOPP) para substituir o filme de polipropileno translúcido até então empregado na embalagem do produto. Metalizado, o novo filme propiciou a eliminação da folha de alumínio que vinha sendo utilizada como camada de barreira no acondicionamento do produto. “O novo invólucro trouxe redução de mais de 20% no peso da embalagem”, comenta Patrícia Lombardi, gestora de mercado e produto da Vitopel. Para o diferencial do sistema de selagem, a solução encontrada foi aliar as propriedades do filme flexível com aplicação de uma cola especial (tecnologia cold seal). Além do ganho em conservação e da redução do consumo de material de embalagem, a nova apresentação do Sonho de Valsa traz uma vantagem mercadológica: o visual metálico diferencia-
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do na exposição do produto nos pontos de venda. Além do Sonho de Valsa original, o sistema será adotado nas versões Sonho de Valsa Branco, Sonho de Valsa Trufa e Sonho de Valsa Trufa Preta e Branca.
Integração da cadeia O diretor comercial da Vitopel, Dirceu Varejão, vê na reformulação do Sonho de Valsa um exemplo de como um projeto, quando conduzido em parceria entre empresas, pode contribuir para o sucesso de um empreendimento. “Neste caso”, conta o executivo, “envolveu o fabricante do produto como responsável pelo fornecimento de informações e ajustes no processo, o convertedor, com todo o conhecimento de processos, e o fabricante do filme, o que resultou em uma formulação adequada.” Nos últimos três anos, a marca Sonho de Valsa, que vende em média 600 milhões de unidades por ano, segundo a Nielsen, investiu em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias para garantir mais qualidade, sabor
e facilidades ao consumidor. Líder na categoria de bombons, representando quatro de cada dez unidades vendidas no Brasil (42,9% do mercado em 2010, segundo a Nielsen), a marca quer mais. “Nosso objetivo com o lançamento da embalagem selada é satisfazer nossos consumidores e superar as expectativas, garantindo aumento nas vendas”, explica Carlos Cortez, gerente de grupo para marketing de bombons, snacks e chocolates da Kraft Foods Brasil. Para comunicar a mudança na embalagem aos consumidores, a marca contará com o que a Kraft define como “o maior investimento de marketing já realizado em sua história”. Serão ações de merchandising, comerciais de tevê, sampling (com distribuição de mais de dois milhões de bombons nos meses de maio e junho nas principais capitais brasileiras), mídia externa e ações interativas em redes sociais da internet. Apesar de toda a mudança, uma das características do Sonho de Valsa não foi alterada: a embalagem continua fazendo o indefectível “barulhinho” quando aberta. (FP)
Dixie Toga (11) 2928-2000 www.dixietoga.com.br Vitopel (11) 3883-7700 www.vitopel.com.br Zaraplast (11) 3952-3000 www.zaraplast.com.br
}}} prêmio
Novo logotipo e outras novidades Premiação muda seu símbolo, melhora sistema de inscrições e amplia o júri
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oerente com a permanente proposta dos organizadores do Prêmio EmbalagemMarca – Grandes Cases de Embalagem de fazer da iniciativa um fator de estímulo para todos os elos da cadeia de valor do packaging no Brasil, três providências se destacam para a quinta edição, que transcorre este ano. A primeira delas refere-se à simplificação da mecânica de preenchimento do formulário de inscrição, sem implicar no afrouxamento das exigências e dos critérios de julgamento que, apesar de sua tão jovem existência, consolidaram o Prêmio como um dos mais concorridos, com maior credibilidade e fator de inspiração para iniciativas similares no País. As mudanças podem ser observadas no Regulamento do Prêmio, em www.grandescases.com.br, recordando-se que já estão abertas as inscrições, válidas para embalagens lançadas no mercado nacional entre 1º de janeiro de 2010 e 30 de junho de 2011. Foi também aumentado de cinco para sete o número de jurados que farão o julgamento dos cases inscritos. A alteração visa intensificar a discussão e a análise dos cases de forma ainda mais profunda que a registrada nas edições anteriores. O objetivo final é que, além do rigor do julgamento, a descrição dos cases vencedores seja, mais que uma homenagem, um instrumento didático e de acentuação do conhecimento no vasto universo da embalagem. Da mesma forma que os nomes dos vencedores, os dos componentes do júri somente serão conhecidos na cerimônia de entrega dos troféus, marcada para 18 de outubro. Finalmente, entre as novidades, registre-se a criação de novo logotipo para o Prêmio, feita pela agência de design Brainbox, de Curitiba. A sugestão feita à agência foi no sentido de que a marca que simboliza a iniciativa utilizasse como referência o troféu, criado pelo renomado designer Karim Rashid, de Nova York. A cor deveria ser independente da cor predominante que
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viesse a ser escolhida para cada edição do Prêmio. A proposta da Brainbox, aprovada sem restrições, oferece variadas opções de utilização, seja em meio impresso, seja em meios eletrônicos. Nela, além da referência inconfundível, predomina o sentido de movimento, traduzindo fielmente uma das principais características da cadeia de valor da embalagem, que é o dinamismo. (WP)
Patrocínio platina
Patrocínio ouro
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DIspLaY
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e noVidades – e seus sisteMas de eMBalageM
Despojamento e diferenciação
Conhaque para mulheres
Queijos fundidos da Sadia têm embalagens mais limpas e joviais linha de queijos fundidos fatiados da sadia, a X sanduíche está com novas embalagens. as flow packs em filme de polietileno transparente que acondicionam os produtos agora apresentam
design gráfico mais limpo e cores mais intensas. os objetivos da revitalização são cativar o público jovem e aprimorar a diferenciação entre os sabores que compõem a linha (pizza, cheddar e prato). Novas
Antiga
Design Kong Rex (11) 3032-1260 www.kongrex.com.br
Dreher lança bebida cremosa durante mais de um ano, o departamento de pesquisas e desenvolvimento da campari do Brasil trabalhou na elaboração de uma nova bebida, o dreher cremoso. o produto é acondicionado nas mesmas garrafas de vidro de 750 mililitros do conhaque dreher, e, segundo a empresa, é direcionado a mulheres maiores de 25 anos da “nova classe média”, que se identificam com a marca dreher e buscam uma bebida encorpada, mas com sabor suave.
Embalagens Cristal Embalagens (48) 3434-8000 www.cristalembalagens.com.br
Desenho chinês Xampu da Phisalia destaca Nihao, Kai-Lan em seu rótulo a phisalia apresenta seu novo xampu infantil, com embalagens temáticas do desenho animado Nihao, Kai-Lan, atração do canal nickelodeon. os frascos são decorados com rótulos termoencolhíveis impressos em offset, com acabamento em verniz fosco e com elementos vazados. a personagem que ilustra a linha é a garotinha chinesa Kai-lan chow, estrela do desenho. Rótulo Baumgarten (47) 3321-6666 www.baumgarten.com.br
Design gráfico Design Absluto (11) 3071-0474 www.designabsoluto.com.br Rótulo PGA + 54 (11) 4249-7000 www.pugra.com
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Garrafa Verallia (11) 2246-7402 www.verallia.com.br
Edição: FLÁVIO PALHARES ||| flavio@embalagemmarca.com.br
Uma Heineken notívaga Embalagem importada da cerveja brilha sob luz negra A Heineken traz para o mercado nacional a Star Bottle, garrafa de alumínio importada da Holanda que brilha quando exposta à luz negra. Uma tinta especial utilizada na decoração aparece na superfície da garrafa, mostrando desenhos de estrelas. A novidade estará disponível somente em casas noturnas selecionadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília. Além da Europa e do Brasil, a Star Bottle é também encontrada no Japão.
Garrafa Boxal +31 (0) 318-559-800 www.boxal.com
Mais tempo até o reabastecimento Frascos maiores de Natura Chronos adiam necessidade de refis A Natura renova o portfólio de sua linha Natura Chronos e traz novidades para seis itens de limpeza, tonificação e esfoliação da pele. Novos frascos trazem até 50% mais conteúdo que as versões anteriores. Os recipientes continuam passíveis de recarga por meio de refis. “O aumento da volumetria das embalagens traz mais praticidade para a mulher, pois devido ao uso diário é preciso que os produtos durem mais tempo até a refilagem”, afirma Simone Esteves, gerente de desenvolvimento de produtos da Natura.
Tampas Aptar (11) 4196-7500 www.aptar.com Cartuchos Box Print (11) 5505-2370 www.boxprint.com.br Design Chelles & Hayashi (11) 5573-3470 www.design.ind.br Frascos e bisnagas Globalpack (11) 3908-1253 www.globalpack.com.br Válvulas Rexam Personal Care (11) 2152-9800 www.rexam.com/brazil
DIspLaY
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e noVidades – e seus sisteMas de eMBalageM
O bioplástico chega às fraldas Ácido polilático marca presença em lançamento da Kimberly-Clark – mas não na embalagem polímero de origem vegetal crescentemente utilizado na produção de embalagens, o ácido polilático (pla) agora marca presença na confecção de fraldas descartáveis. a novidade é da linha Huggies naturali, da Kimberly-clark Brasil. o biopolímero é empregado na camada interna das fraldas, que são de tripla barreira, reduzindo o consumo de plástico convencional em até 10%. além da produção parcial com material de fonte renovável, a novidade se destaca por incorporar um indicador de urina na parte frontal, que evita que as mães fiquem abrindo a fralda para verificar necessidades de troca, e forro interno com óleo de jojoba, um hidratante natural. a fabricante ressalta que a embalagem – um pacote em filme de polietileno de baixa densidade – é reciclável, alinhando-se à proposta “verde” do lançamento. Design Oz Design (11) 3024-2670 www.ozdesign.com.br
Pacote Rhotoplás (11) 4199-2555 www.rhotoplas.com.br
Elegância e praticidade Vinagres de mesa Castelo ganham garrafas delgadas e bico dosador nome forte do mercado brasileiro de vinagres, a castelo alimentos acaba de reformular a apresentação de seus vinagres clássicos de mesa. os produtos, nas versões Vinho tinto, Vinho Branco e Maçã, passam a ser comercializados em garrafas de vidro slim de 500 mililitros. Foram aposentadas as garrafas de vidro bojudas, de 380 mililitros. decoradas com rótulos autoadesivos impressos com detalhes metalizados, as
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novas embalagens trazem um diferencial em praticidade: são dotadas de bico dosador, que evita desperdícios (ver foto). o acessório é recoberto por tampas de alumínio dourado, de rosca.
Tampas Altec Tampas 3534-7171 www.altectampas.com.br Rótulos Indemetal Gráficos (11) 4013-6644 www.indemetalgraficos.com.br Garrafas Owens-Illinois (11) 2542-8084 www.oidobrasil.com.br Design Projeto Integrado (11) 3884-9344 www.projetointegrado.com.br
Novas
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Novas armas Lava-louças da Razzo ganha frasco menor e abandona o uso de refis o lava-louças Viking, da razzo, tem nova embalagem. Foi aposentado o frasco de pet de 720 mililitros, dotado de válvula pump (ver EMBALAGEMMARCA nº 117, maio de 2009). entra em cena um novo frasco de pet, de 570 mililitros, com tampa tipo push-pull e decorado com rótulos autoadesivos. devido à redução de volume, a razzo deixou de produzir o refil em stand-up pouch oferecido para a recarga da embalagem anterior.
Tampa Damplastic (11) 3904-1706 www.damplastic.com.br Frasco Grupo Engra (19) 3837-8100 www.grupoengra.com.br Rótulo Mack Color (11) 2095-4499 www.mackcolor.com.br Design Quarter Group (11) 3804-7115 www.quartergroup.com.br
A remodelagem da Xiboquinha Aperitivo de cachaça é comercializada em nova apresentação o aperitivo de cachaça Xiboquinha, produzido em itapeva (Mg) pela philadelphia, teve a embalagem redesenhada. a garrafa, de vidro, ficou menor, passando de 965 mililitros para 750 mililitros. a tampa, antes amarela e moldada em plástico, é agora vermelha e em rosca de alumínio. o rótulo, que tinha topo arqueado, passa a ter desenho reto e nova organização das informações, além do nome e do símbolo do produto em posição angulada. Design Benchmark Design Total (11) 3057-1222 www.bench.com.br
Tampa Marcatto Fortinox (11) 2105-2727 www.marcattofortinox.com.br
Rótulos Color G (11) 2273-4666 www.colorg.com.br
Garrafa Verallia (11) 2246-7402 www.verallia.com.br
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maio 2011
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Almanaque Palitos em marcha Houve um tempo em que a técnica do stop motion – superposição de fotogramas, quadro a quadro, para simular o movimento de objetos – provocava fascínio nos espectadores tanto quanto os efeitos tridimensionais
hoje em voga. Uma das primeiras indústrias a valer-se daquele recurso na propaganda nacional foi a Cia. de Fósforos Fiat Lux. Na década de 60, fez sucesso um comercial da empresa em que palitos de fósforo “marchavam” como soldados (http:// emb.bz/fiatlux). A criação foi da agência pernambucana Abaeté. A execução, da Lynx Film.
O brilho como negócio O americano Samuel Curtis Johnson prosperou no fim do século 19 produzindo e vendendo assoalhos de tacos em desenhos geométricos. Para aplacar a vontade dos clientes, que insistiam em lhe pedir um produto para manter seus pisos brilhando, o empresário criou a Johnson’s Prepared Wax – cera especial, feita a partir de carnaúba, de consistência mais dura que as ceras de abelha até então utilizadas para o polimento de madeiras. O enorme sucesso do produto marcou o início da SC Johnson, empresa que hoje atua em mais de 100 países – e que no Brasil é conhecida como Ceras Johnson.
Do mundo das siglas AmBev, a líder do mercado nacional de cervejas, é conhecida no Brasil como Companhia de Bebidas das Américas. O acrograma origina-se, na verdade, da versão desse nome em inglês: American Beverages Company. Basf, que dá nome à maior empresa química do mundo, significa Badische Anilin und Soda-Fabrik – em português, “Fábrica de Anilinas e Soda de Baden”. Baden é um Estado histórico da Alemanha. ABB, da empresa que é referência em energia e automação, significa Asea Brown Boveri. A sigla foi criada em 1988 com a fusão entre a suíça Brown, Boveri & Cie. e a sueca Allmänna Svenska Elektriska Aktiebolaget – em português, algo como “Elétrica Geral Sueca S/A”. CCL, alcunha do grupo canadense com diversas operações na indústria de embalagens, é a redução de Connecticut 82
“Putredines prohibet in amaritudine sua”
Chemical Limited. Antes desse nome, adotado em 1980, a empresa utilizou outra redução: Conn Chem Limited. A polivalente 3M, fabricante de diversos produtos, tem nome derivado de Minnesota Mining and Manufacturing Company (MMM) – em português, Companhia de Mineração e Manufatura (do estado americano) de Minnesota. Adidas, marca de artigos esportivos, foi fundada pelo alemão Adolf Dassler na década de 20. A marca veio da junção de seu apelido (“Adi”) às três letras iniciais de seu sobrenome (“das”). Aspirina, da Bayer, o analgésico mais vendido no mundo, é uma junção das sílabas iniciais dos compostos usados na fabricação do remédio (Aspirin, em inglês): “A” de acetil, “Spir” da planta Spiraea ulmaria (filipêndula, de onde era retirada a salicina) e “in” um sufixo comum para medicamentos.
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A frase, datada de 1153, significa “Seu amargor evita a putrefação”, em tradução livre para o português. É atribuída à santa alemã Hildegarda de Bingen (10981179) e é tida como o primeiro registro da propriedade antibacteriana do lúpulo, planta que começou a ser adicionada à cerveja a partir da Idade Média para prolongar sua conservação – e que, de quebra, lhe deu o característico sabor amargo, preservado até os dias de hoje.
maio 2011