EmbalagemMarca 145

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Ano XIII • Nº 145 • Setembro 2011 • R$ 10,00

Colocar

no mercado

produtos acondicionados em embalagens

com perfil

único,

capazes de sobressair ante concorrentes,

garantia quase certa é

COMO TER UMA EMBALAGEM EXCLUSIVA

de êxito. O exemplo

mais notório, entre muitos outros

bem-sucedidos, é o da garrafa

contour de vidro da Coca-Cola. Mas quais os custos

e outras barreiras para o acesso a potes,

garrafas, frascos, cartuchos e outros recipientes personalizados? Talvez

sejam menores do que entrevista

Amália Sina, da Sina Cosméticos, conta como a pressão do varejo a levou a optar pelas vendas diretas

CONGELADOS Mercado de lanches que vão do freezer ao micro-ondas se aquece e ganha novas tecnologias

se pensa



Editorial UMA CONVERSA COM O LEITOR

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa Nesta edição, este espaço será usado para fazermos umas poucas considerações sobre o exercício de duas diferentes atividades que caracterizam empreendimentos de comunicação, a editorial e a comercial. Motivam-nos a isso queixas que vez ou outra recebemos de representantes de empresas que, ao lerem reportagens relacionadas ao campo em que atuam, não encontram seus nomes citados. Em seu julgamento, esse seria um “direito” a elas assegurado por serem ou terem sido anunciantes. Pelo que podemos responder por EmbalagemMarca, não é assim que as coisas funcionam. Os departamentos comercial e editorial operam de forma independente, sob o entendimento de que os resultados de seus respectivos trabalhos, ao serem materializados nas páginas da revista, constituem, cada um a seu modo, informação pertinente e confiável. Além das características específicas de cada um, a diferença crucial entre os dois formatos está em quem se responsabiliza pelas informações neles contidas. Vale dizer, os editores, pelo editorial, e os anunciantes, pela publicidade. Ainda que seja desejável que ambos se complementem, não se cogita de que um “ajude” o desenvolvimento dos trabalhos do dia a dia do outro. Ao longo de quase meio século de prática jornalística, boa parte vivida em alguns dos mais acreditados veículos de comunicação do País, aprendemos que evitar a mistura de canais é um tanto árduo para obter-se êxito nos negócios. Mas aprendemos também que essa senda é segura para alcançar o almejado sucesso comercial, com a recompensa adicional do reconhecimento de cre-

dibilidade. Na metade daquele tempo, dedicada a nossa própria iniciativa, a adoção dessa postura só nos deu bom retorno. Já que estamos nos dando ao atrevimento de transmitir princípios relativos a nosso campo de atuação, tomamos a liberdade de enviar mais um recado, este aos praticantes de outro tipo de mistura de estações. Referimo-nos àqueles que restringem seus planos de comunicação a ações de assessoria de imprensa. Acreditam – às vezes mal aconselhados por seus assessores – que, ao conseguirem “plantar” matérias nos veículos de informação estão economizando verbas de publicidade. Claro que cada um administra seu dinheiro como acha melhor. Claro também que materiais informativos enviados por suas assessorias de comunicação são bem vindos e eventualmente aproveitados, desde que contenham informações pertinentes e úteis aos leitores. Mas, como dar palpite não tem custo, ficamos à vontade para lembrar que os instrumentos de comunicação se complementam, não excluem uns aos outros. Assim, não têm valor algum os cálculos de centímetros de notícias publicadas que possam ser feitos com base nas tabelas de preços de anúncios dos veículos de informação. Em palavras diversas, para reiterar um princípio elementar da diferença, recorda-se que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Até outubro.

“Os instrumentos de comunicação se complementam, não excluem um ao outro. Assim, não têm valor algum os cálculos de centímetros de notícias publicadas que possam ser feitos com base nas tabelas de preços de anúncios dos veículos de informação”

WIlson palhares Setembro 2011 |

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Edição 145 • Setembro 2011

Sumário

24 Reportagem de capa

FORMATOS exclusivos Formatos exclusivos podem fazer toda a diferença para o sucesso de produtos e marcas. Saiba as dificuldades e facilidades, os mitos e as verdades sobre sobre como obter embalagens com desenho único em diferentes tipos de material PELA EQUIPE DE embalagemmarca

3 Editorial A importância da separação entre pauta editorial e pauta comercial

8 Inovação Pão de queijo gourmet congelado utiliza embalagem diferenciada e agrega valor, proteção e conveniência ao produto 10 Sanduíches Mercado de lanches congelados para micro-ondas se

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aquece e apresenta soluções tecnológicas para conservar o sabor e a consistência do produto POR MARCELO MARCONDES

14 Painel Brasilata e Cerviflan apresentam novidades para tintas imobiliárias. Uma nova caixa para morangos é lançada pela Rigesa. Henkel anuncia novo adesivo de cura rápida para laminados. As taxas de reciclagem do PET e do PVC em 2010

24 EM Foco EmbalagemMarca foi ao varejo para aferir se o consumidor sabe reconhecer o selo verde mais famoso do mundo

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28 Artigo Uma reflexão acerca das oportunidades que a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil apresentam para a promoção da cachaça e de outros produtos em âmbito internacional, e o que (não) está sendo feito a respeito POR WILSON PALHARES 32 Rotulagem Aplicadora de termoencolhíveis coloca os rótulos com a embalagem na horizontal, em vez da tradicional posição vertical 34 Construção civil Weber Saint-Gobain lança argamassa

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acondicionada em inédito saco valvulado de 10 quilos dotado de alça. Inovação foi desenvolvida pela Klabin



Edição 145 • Setembro 2011

Sumário 36 Azeites O célebre azeite português Gallo promove mudança nos rótulos e de quebra apresenta bico dosador retrátil 40 Entrevista Amália Sina, presidente da Sina Cosméticos, fala sobre a difícil relação entre fornecedor e varejo, a dificuldade de se obter certos tipos de embalagem e sobre as oportunidades de crescimento do setor em que atua

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46 Cervejas AmBev lança conceito inédito no Brasil de lata de cerveja com abertura total. Produzida pela Crown, embalagem é híbrido de copo e lata

47 Bebidas Queensberry ingressa no mercado de smoothies utilizando frascos de vidro decorados com rótulos termoencolhíveis 58 Prêmio EmbalagemMarca Jurados já avaliaram as peças

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concorrentes. Começam os preparativos para a cerimônia da quinta edição do evento

60 Lácteos Válvula da Rexam PLC, originalmente utilizada em cosméticos, é adaptada ao uso em bebidas alcóolicas e permite servir licor na forma de espuma

62 Internacional As duas maiores multinacionais de laticínios atuantes no País começam a adotar tampas e frascos feitos de polietileno de origem vegetal

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64 Display União Química ingressa no mercado de dermocosméticos com hidratante para gestantes. Coca-Cola lança refrigerante com guaraná e cajuína no Nordeste. Linha de produtos para piscinas ganha baldes retangulares cônicos e frasco ergonômico. Limpadores Veja agora disponíveis em panos umedecidos prontos. Sidra Cereser ganha embalagem comemorativa com rótulo termoencolhível full-sleeve. Embaré estreia no mercado de leite longa vida. Água mineral de Mato Grosso adota garrafas com inscrições em braille. Embalagem de Kero Coco imita coco verde 74 Almanaque A história da lata da cerveja americana mais

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emblemática em doze versões. As resinas plásticas que protegem La Gioconda. A história da dançarina espanhola do cinema que virou símbolo de casa importadora. A marca das três letras que, por quarenta anos, foram sinônimo de detergente no País

Empresas que anunciam nesta edição Aaron...........................................................69 Abeaço........................................................ 67 Arol................................................................17 BMB.............................................................. 47 Boxprint....................................................... 45 Center Fix....................................................61 Ciclo de Conhecimento......................... 63 CMP..............................................................13 Congraf........................................................ 11 Crespo..........................................................41 Embala........................................................ 73

Esko-Graphics...........................................49 Frascomar................................................... 53 Giro News...................................................68 Grif................................................................ 33 Husky................................................. 4ª capa Ibema............................................................15 Indexflex...................................................... 27 Innovia Films.............................................. 55 Krones......................................................... 35 Limer-Cart...................................................19 Málaga......................................................... 57

MLC...............................................................51 Moltec.........................................................69 Müller-Martini............................................ 75 MWV Rigesa..................................... 2ª capa Nitro Química............................................ 29 Optima.......................................................... 9 Pack Point....................................................71 PakTech....................................................... 59 Papirus......................................................... 25 Plastimagen................................................ 43 Prêmio EmbalagemMarca............38 e 39

SIG Combibloc.......................................... 23 Simbios-Pack.............................................69 Simei............................................................ 37 Technopack................................................71 Tetra Pak........................................................7 Versacolor...................................................21 Videojet........................................................31 Vitória Régia................................................61 Wheaton........................................................5

Diretor de redação: Wilson Palhares | palhares@embalagemmarca.com.br • Editor executivo: Guilherme Kamio | guma@embalagemmarca.com.br • Redação: Flávio Palhares | flavio@embalagemmarca.com.br • Marcelo Marcondes | marcelo@embalagemmarca.com.br • Comercial: Juliana Lenz | juliana@embalagemmarca.com.br • Karin Trojan | karin@embalagemmarca.com.br • Wagner Ferreira | wagner@embalagemmarca.com.br • Diretor de arte: Carlos Gustavo Curado | carlos@embalagemmarca.com.br • Assistente de arte: Wilson Roberto Jr. | arte1@embalagemmarca.com.br • Administração: Eunice Fruet | eunice@embalagemmarca.com.br • Marcos Palhares | marcos@embalagemmarca.com.br • Eventos: Marcella Freitas | marcella@embalagemmarca.com.br • Manoel Dias | eventos@embalagemmarca.com.br • Circulação e assinaturas (assinatura anual R$99): Kelly Cardoso | assinaturas@embalagemmarca.com.br

Publicação mensal da Bloco Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 04718-040 • São Paulo, SP (11) 5181-6533 www.embalagemmarca.com.br

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congelados

Mineirismo rebuscado Pão de queijo gourmet sobressai no mercado por meio de embalagem com diferenciais em imagem, proteção e conveniência

Cartucho rende diferenciação na categoria. Separação das unidades em berço plástico evita que produtos grudem e facilita o consumo paulatino

Não se sabe exatamente quando o pão de queijo foi criado, nem seu modo original de preparo. É certo, porém, que as primeiras encarnações da iguaria, caseiras, não continham aromatizantes nem espessantes, hoje encontrados em muitas de suas versões industrializadas. Apostando no sucesso de uma receita “mais pura”, a paulista Formaggio Mineiro lançou há quase um ano um pão de queijo com apelo gourmet, baseado somente em sete ingredientes (queijo canastra, parmesão, polvilho, ovos, leite integral, margarina e sal). O produto, distribuído congelado ao varejo, tem chamado a atenção por um outro apelo alternativo: a apresentação em um cartucho espigado de papel cartão, e não em bolsas plásticas, como ocorre na concorrência. A embalagem cartonada busca conferir imagem premium ao produto, incorporando design gráfico minima-

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lista, com poucos dizeres, e uso destacado da cor dourada. Para um melhor desempenho, o papel utilizado recebe aplicação de revestimento plástico em ambas as faces. Desse modo, resiste à ação da umidade presente nos balcões refrigerados. Outro charme do invólucro do pão de queijo gourmet não fica tão evidente nas lojas. No interior dos cartuchos, as dez unidades, cada uma com 25 gramas, são acomodadas individualmente em nichos de um berço plástico termoformado. “Isso proporciona grandes vantagens frente às bolsas plásticas”, afirma Mirany Soares, gerente de desenvolvimento de marca da Formaggio Mineiro. “Os produtos ficam protegidos e não grudam uns nos outros em caso de descongelamento no caminho entre o ponto de venda e a casa do consumidor”, diz a profissional. “Ademais, a embalagem facilita o acesso e o pos-

terior armazenamento no preparo de pequenas quantidades.”

Não foi fácil materializar o conceito de apresentação. Mirany relata que diversos fornecedores consultados tiveram dificuldade de assimilar o que a empresa queria. “Ninguém tinha soluções prontas em embalagem para o que desejávamos. Tivemos de começar o projeto do zero”, conta. O trabalho, diz a profissional, valeu a pena. Evitando revelar volumes, Mirany diz que as vendas do pão de queijo gourmet crescem “mês após mês sempre entre 20% e 30%”. Depois de conquistar empórios e supermercados de perfil requintado em São Paulo e Minas Gerais, o produto chegará em breve ao Rio. “Temos certeza de que a aceitação da proposta do produto não seria a mesma sem a embalagem especial”, avalia a gerente da Formaggio Mineiro.

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Occa m.PL (11) 3845-0278 www.occa.com.br CARTUCHO

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sanduíches

Ritmo intenso no preparo instantâneo

© Johnfoto

.com | Dreamstime

Diversificação de marcas e tecnologias de embalagem consolidam o mercado de sanduíches congelados Por Marcelo Marcondes

No campo

da alimentação, o apetite do brasileiro por conveniência tem estimulado ofertas de consumo mais rápidas e práticas até mesmo daquele que é um símbolo do fastfood: o sanduíche de hambúrguer. Depois de uma ação bem-sucedida da Sadia iniciada em meados de 2005, versões prontas e congeladas do produto, para preparo instantâneo no forno de micro-ondas, começaram a proliferar no varejo. Embora não haja estatísticas precisas, o que já se pode definir como categoria abriga hoje uma disputa entre pelo menos quinze marcas – e o número não para de crescer. A concorrência não se traduz somente em variedade

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de players, mas também dos conceitos de embalagem “inteligente” utilizados. A “inteligência” refere-se a qualidades que as embalagens devem apresentar para poder ir ao forno e garantir aos sanduíches congelados um aquecimento breve e uniforme – e, no ideal, resultando num produto parecido ao feito na hora, sem textura “emborrachada” ou amolecida. Não é fácil. Pioneira do mercado, a Sadia busca cumprir essa tarefa por meio do uso de uma embalagem primária especial. Trata-se de uma flexível do tipo flow-pack, transparente, confeccionada pela Celocorte a partir de um filme de BOPP (polipropileno biorientado) “res-

pirável”. O material contém microfuros que se abrem quando em contato com o vapor proveniente do aquecimento do sanduíche. Essas fendas microscópicas são responsáveis pela distribuição uniforme do vapor por dentro do invólucro, assegurando, segundo a empresa, um aquecimento balanceado, sem deixar nenhuma parte do sanduíche encharcada. Atualmente, tal solução é empregada nas embalagens de cinco sanduíches de hambúrguer da linha Hot Pocket: X-Burguer, X-Bacon, X-Calabresa, X-Frango e X-Picanha. Muitos dos fabricantes que vieram na esteira da Sadia, porém, apostam num sistema alternativo. As linhas de



burgers de marcas como Seara (Hot Hit), Aurora (X-Faroeste) e Massaleve (Lanche Fácil) oferecem sanduíches acomodados numa pequena bandeja, termoformada a partir de polipropileno de alta resistência térmica. Levado ao forno de micro-ondas, esse “berço” visa impedir que a água resultante da fusão das partículas de gelo presentes no sanduíche congelado volte para dentro dele, o que resultaria inevitavelmente num alimento “esponjoso”. “A peça apresenta ranhuras horizontais, na lateral, e redondas, na base, que permitem a circulação da água durante o aquecimento”, explica Eudes Bicalho, diretor comercial da Emplal, a produtora dos berços. “Desse modo, o líquido é canalizado e não se deposita no pão.”

A PIONEIRA Na linha Hot Pocket, da Sadia, sanduíches são levados ao forno de microondas em flow pack “autoventilante”, que uniformiza a distribuição do vapor em seu interior

Existe, ainda, uma terceira via. A Alimenta, de Minas Gerais, distribui hambúrgueres congelados acondicionados em bandejas (“conchas”) de papel cartão dotadas do chamado heat susceptor – uma lâmina cartonada revestida com filme de poliéster metalizado que dinamiza o aquecimento de congelados ao converter energia eletromagnética do micro-ondas em energia térmica. Além de acelerar o preparo, o susceptor é também apontado como capaz de conservar a crocância dos alimentos.

AS EMERGENTES Novas disputantes, como Massa Leve e Seara, utilizam bandeja que retém a água liberada com o aquecimento

A ALTERNATIVA Alimenta propõe o aquecimento de sanduíches por meio de envoltório cartonado que balanceia irradiação das micro-ondas

O susceptor é utilizado pela Sadia nas embalagens das pizzas prontas Hot Pocket Pizza (ver EmbalagemMarca nº 121, setembro de 2009). Para os sanduíches congelados, entretanto, a empresa decidiu não utilizar o acessório. “Os sanduíches congelados não necessitam de susceptors porque o pão não precisa ser crocante como a massa da pizza”, argumenta Bicalho, da Emplal. Procurada pela reportagem, a Alimenta preferiu não se pronunciar a respeito do uso do acessório, nem revelar a identidade do fornecedor da embalagem. Como se vê pela movimentação dos players e por sua resistência em falar sobre fornecedores de insumos, o que se pode deduzir é que a concorrência, já intensa, se encontra num patamar que tende a crescer e a abrir campo para mais inovações. Emplal (11) 3795-5000 www.emplal.com.br

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Celocorte (11) 4156-8822 www.celocorteembalagens.com.br



Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

Edição: Guilherme Kamio guma@embalagemmarca.com.br

METÁLICAS

Novidades para tintas e massas Para atender ao público de baixa renda, diversos fabricantes têm colocado no mercado massas corridas em embalagens de custo reduzido, especialmente barricas de papelão. De olho nesse movimento, a Brasilata lançou uma barrica de aço, batizada com o sugestivo nome de Barricaço. Trata-se de uma versão light e econômica do balde de aço. Enquanto este é produzido a partir de folha de aço de 0,34 milímetro de espessura, a nova embalagem utiliza folha de 0,22 milímetro de espessura. O resultado é um recipiente 35% mais leve do que um balde de aço tradicional – e, segundo a fabricante, de custo “dramaticamente menor”. A resistência do Barricaço, claro, não é a mesma de uma lata de aço convencional. A Brasilata tomou o cuidado de sinalizar essa diferença com uma litografia vermelha na tampa especial onde é salientada a maior fragilidade da embalagem e os cuidados que devem ser observados com o transporte e o armazenamento. A tampa do Barricaço traz impressas, na cor vermelha, as

instruções de manuseio para orientar os operadores de produção bem como os lojistas da revenda especializada e pintores. A primeira usuária da novidade é a catarinense Anjo. Quem também anuncia novidades em embalagens de aço para o mercado de tintas imobiliárias é a Cerviflan. A metalúrgica lançou, brandindo pioneirismo no Brasil, uma lata de 1/16 de galão (225 mililitros) dotada de necking e uma versão da popular lata “quadrada” de 18 litros com solda reduzida. No caso das novas latinhas de 1/16, a Cerviflan argumenta que a incorporação do necking – desenhos no topo e na base que facilitam o empilhamento – ajuda tanto os fabricantes de tintas quanto lojistas e consumidores finais. A empresa diz que realizou pesquisas informais nos pontos de venda que identificaram ser esse tipo de embalagem o que mais sofre danos e quedas

por problemas de empilhamento. Por sua vez, a redução do espaço de solda na lata de 18 litros contribui para a apresentação da embalagem nas lojas. “É uma inovação que favorece principalmente os apelos de marketing para melhor e maior exposição do rótulo do produto sem a interferência da solda”, diz o diretor-presidente da Cerviflan, Vicente Lozargo Filho. ANTIGA

Cerviflan oferece latinhas com necking (à esq.) e lata de 18 litros com solda reduzida (na foto, uma comparação entre a novidade e a versão convencional)

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Barricaço, da Brasilata: balde ultraleve para competir com as barricas de papelão

NOVA



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SUSTENTABILIDADE

Adeus aos multipacks Alegando preocupação com a questão ambiental, a Piracanjuba abandonou o uso de envoltórios de filme plástico termoencolhível para a venda de múltiplas unidades de suas bebidas lácteas acondicionadas em embalagens cartonadas assépticas de 200 mililitros. A empresa utilizava os chamados shrinks para ofertas de três caixinhas agrupadas. “Percebemos que, mesmo sem o plástico, a qualidade e segurança de nossos produtos são mantidas”, diz o gerente industrial da Piracanjuba, Wagner Paschoalim. Com a medida, mais de duas toneladas de filme plástico deixarão de ser consumidas por mês. “Reduziremos o lixo enviado ao mercado, além de contribuir com o meio ambiente”, diz Paschoalim, acrescentando que a aposentadoria das multipacks gerou aumento de produtividade, com menos paradas e redução de perdas. “Sem esse material não utilizamos a máquina mais complexa da linha e a operação ficou bem mais simples e mais eficiente”, explica o executivo.

CERTIFICAÇÃO

Avery Dennison ganha selo “verde” Bebidas lácteas e achocolatados estão entre os produtos que não serão mais vendidos em trios de caixinhas

A Avery Dennison do Brasil foi certificada com o FSC (Forest Stewardship Council, ou Conselho de Segurança Florestal, em português). O certificado, outorgado pelo Det Norske Veritas, é válido até julho de 2016 para a produção, o acabamento e a distribuição da linha de materiais autoadesivos da empresa. Inicialmente foi certificada toda a linha de folhas da marca Fasson (Allprint e Fineprint), pois grande parte dos distribuidores dessas linhas já possui o mesmo certificado. “Temos como meta certificar 56 plantas globais com o selo FSC”, diz Marcos Iório, gerente da linha de papéis da Avery Dennison na América do Sul.

NEGÓCIOS

Huhtamaki adquire convertedora baiana O grupo de embalagens finlandês Huhtamaki anunciou que irá adquirir a Prisma Pack, convertedora baiana de filmes para aplicações técnicas e embalagens. Por meio de sua subsidiária brasileira, a adquirente irá desembolsar 20 milhões de euros (47 milhões de reais) no

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negócio. Fundada em 2003 no Pólo Petroquímico de Camaçari, a Prisma Pack emprega aproximadamente 200 pessoas e faturou o equivalente a 40 milhões de euros em 2010. A especialidade da empresa são filmes para a produção de fraldas descartáveis. Contu-

do, produz também materiais para embalagens plásticas flexíveis, possuindo parques de laminação solventless (sem uso de solventes pesados) e de impressão, composto por sete impressoras de rotogravura e três impressoras de flexografia.


FECHAMENTOS

Sem aberturas indesejadas Uma nova proposta de fechamento para bisnagas plásticas, com um diferencial em segurança, começa a ser oferecida pela Clever Pack. Trata-se de uma tampa flip-top que incorpora um sistema de lacre com micro-haste de pressão. Para abri-la o consumidor só precisa usar uma das mãos para primeiro destravar o lacre, empurrando a micro-haste para dentro e depois para cima (ver imagens). De acordo com Claudio Patrick Vollers, diretor da fornecedora, a novidade dificulta a abertura acidental e os consequentes vazamentos de produtos em bolsas, malas e nécessaires. “É um produto para o mercado Para abrir tampa é preciso empurrar a trava para dentro e depois movê-la para cima

‘on the-go’, que responde por grande parcela dos cosméticos regularmente consumidos pelo público feminino”, diz o profissional. A tampa com trava já é utilizada no mercado brasileiro num outro tipo de aplicação: nos frascos de PET do detergente para louças BioWash, da Cassiopéia. “Vendemos o produto também pelo nosso site e, não raro, produtos chegavam ao destino vazando pela tampa”, conta o diretor da Cassiopéia, Thorsten Weltzien. “Desde a adoção do novo fechamento, em junho último, as reclamações cessaram.”

Flip-top com trava, utilizada em detergente da Cassiopéia, é agora oferecida para bisnagas


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númeroS

7,6%

Foi o índice de evolução da reciclagem de PET no Brasil em 2010, segundo censo publicado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). O volume de embalagens pós-consumo recuperadas no ano passado atingiu 282 000 toneladas, ou 56% do total de recipientes de PET consumido no exercício. BIOPLÁSTICOS

Deleite mais sustentável

22,3%

Foi o crescimento da reciclagem de PVC pós-consumo no Brasil em 2010, aponta pesquisa encomendada pelo Instituto do PVC à consultoria Maxiquim. O número corresponde a 25 300 toneladas, ou 15,1% do total de produtos de PVC consumidos no País no ano passado.

43 milhões de toneladas Foi o volume de cartuchos de papel cartão consumidos mundialmente em 2010, segundo estudo da consultoria Pira International. Em valor, o total representou 78 bilhões de dólares.

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A rede de doçarias Amor aos Pedaços começa em setembro a utilizar pratos descartáveis compostáveis, produzidos a partir de bioplástico derivado de bagaço da cana-de-açúcar. A empresa diz ser a primeira entre as cadeias de alimentação nacionais a adotar iniciativa do gênero. Fabricados na China pela Roots Biopack, representada no mercado brasileiro pela Solupack, os utensílios serão adotados nos 56 pontos de venda que a Amor aos Pedaços tem no País.

ROTULAGEM

In-mold com rótulos de papel Por meio de sua divisão Speciality Papers, a finlandesa StoraEnso acaba de lançar um papel dedicado à produção de rótulos in-mold – aqueles fundidos a recipientes plásticos ainda na etapa de moldagem. Batizado de InnoMould, o novo material foi desenvolvido para substituir, com ganhos em sustentabilidade, os filmes plásticos normalmente empregados para o in-mold labeling de embalagens injetadas. Segundo a StoraEnso, ele não proporciona redução no uso de matéria-prima de origem fóssil somente por meio da troca do rótulo plástico por um celulósico. O papel também criaria embalagens mais rígidas, permitindo diminuição no uso de resina em até 50% nas paredes dos recipientes e aumentando a capacidade de empilhamento. Alta qualidade de impressão seria outro benefício assegurado pelo novo material. “O InnoMould suporta o uso de visuais de alta resolução e qualquer número desejado de cores diferentes, incluindo douInnoMould: celulose substitui filme rado e prata”, diz a fabricante. plástico com ganhos ambientais


INVESTIMENTOS

Aposta nos emergentes O grupo canadense CCL Industries confirmou no final de agosto que irá investir 30 milhões de dólares até o fim de 2012 para expandir as operações de sua divisão de rótulos, a CCL Label, em mercados emergentes. O aporte será direcionado para a construção de três novas fábricas e para a expansão de capacidade de produção de unidades já existentes. No Brasil, a construção de uma nova planta industrial de rótulos autoadesivos já foi iniciada em Vinhedo (SP). A planta vai mais que duplicar o tamanho da operação existente hoje no Brasil, e será dedicada principalmente aos mercados de higiene pessoal, limpeza doméstica, farmacêutico e de bebidas. A fábrica de rótulos termoencolhíveis da CCL Label em Criciúma (SC) também está recebendo investimentos para ampliar sua capacidade de produção, para melhor atender o rápido crescimento do setor de alimentos e bebidas. As outras duas novas fábricas do grupo estão sendo construídas em Bancoc, na Tailândia, e em Jedá, na Arábia Saudita.

GENTE

Movimentações na cadeia de celulósicas Hélio Henrique Bustamante (foto) assumiu em agosto o cargo de diretor comercial da Ibema Companhia Brasileira de Papel. Bustamante sucede a Túlio César Reis Gomes, que ocupou o posto nos últimos quatro anos. Especializada em embalagens de papel cartão, a Jofer Embalagens tem novo diretor comercial. É Raul Capozzi, egresso da Box Print e que atua há mais de quarenta anos no setor papeleiro. Bruno Baptista é o novo diretor comercial e de marketing da Antilhas. O executivo retorna à empresa onde já trabalhara por onze anos depois de atuar dois anos como consultor de estratégia e marketing na GS&MD – Gouvêa de Souza.


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CELULÓSICAS

VIDRO

Para morangos e frutas vermelhas

Bordeaux mais leve

Uma nova caixa de papelão ondulado para morangos e frutas vermelhas em geral acaba de ser lançada pela MWV Rigesa. O modelo, diz a empresa, busca atender a três anseios dos clientes: maior rigidez, aperfeiçoamento do processo logístico e maior visibilidade no ponto de venda. Confeccionada a partir de papelão ondulado kraftliner de alta gramatura, a embalagem apresenta áreas recortadas para ventilação, a fim de manter as frutas arejadas mesmo enquanto paletizadas. Um sistema lateral de abas de encaixe facilita o empilhamento das caixas. O novo design favorece ainda uma melhor acomodação das cumbucas de morango em seu interior e permite o manuseio mínimo do fruto, uma vez que não é necessária a retirada das embalagens primárias das caixas para a exposição no ponto de venda. “Desse modo é possível evitar perdas e garantir maior valor para toda a cadeia produtiva, do produtor ao varejista”, afirma Josué Ferreira, especialista de produtos da MWV Rigesa.

Nova caixa da Rigesa: capacidade de empilhamento e potencial para exposição direta no varejo

Famoso pelo formato distintivo, com maior parte do corpo cilíndrica e ombro acentuado, a tradicional garrafa Bordeaux para vinhos, com volume de 750 mililitros, acaba de ganhar Produção da uma versão mais leve garrafa consome no mercado nacional. menos energia e reduz emissões A Verallia, divisão de embalagens da SaintGobain Vidros, começa a oferecer um modelo que segue o conceito ecossustentável Ecova, que utiliza menos matéria-prima (a fornecedora não especifica o nível do aliviamento). À parte a leveza, a nova embalagem ainda emite 15% a menos de CO2 e reduz em 4% o gasto de energia durante o processo produtivo. Garrafas para vinhos de mesa mais leves eram tudo o que o mercado esperava, pois ajudam a otimizar os custos logísticos. Além disso, o impacto ambiental é sempre nossa grande preocupação”, comenta Paulo Dias, diretor comercial da Verallia.

FECHAMENTOS

Mais uma opção em SportGuard Versão de tampa esportiva é compatível A AmericaTampas começa a oferecer no com padrão de gargalo reduzido Brasil uma variante da tampa plástica “esportiva” SportGuard, desenvolvida por sua parceira, a francesa Global Closure Systems (GCS). A nova opção, com diâmetro de 28 milímetros, é compatível com o padrão de gargalo reduzido PCO 1881, que ganha crescente espaço no cenário mundial de garrafas de PET para bebidas. Antes, somente a versão de 38 milímetros estava disponível no mercado nacional. Composta por duas peças moldadas em polietileno de alta densidade (PEAD), a tampa traz como diferenciais o desenho flip-top com abertura da sobretampa em 180 graus e um sistema duplo de segurança, que combina banda antiviolação e lacre de abertura na peça móvel. Pode ainda dispor, a pedido do cliente, de válvula de silicone no sistema vertedor, para a prevenção de derramamentos indesejáveis – a exemplo do que já ocorre com a SportGuard de 38 milímetros, utilizada no Brasil pela Coca-Cola na garrafa do isotônico Powerade.

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EQUIPAMENTOS

Fabricada no Brasil A P.E. Latina Labelers apresentou sua nova máquina fabricada no Brasil: a rotuladora linear Roll-Line hot melt para rótulos de BOPP. O modelo Roll Line é adequado somente para embalagens cilíndricas (inclusive vazias), de diversos modelos, e sua velocidade de produção varia de 9 000 a 24 000 unidades por hora. Segundo a P.E. Latina Labelers, o equipamento reduz em 50% o consumo de cola, na comparação com modelos similares, e tem reservatório de cola quente sem tubos aquecidos. O tambor de transferência dos rótulos em metal, com insertos intercambiáveis de borracha, reduz em até 60% os custos de manutenção.


SETOR

Leve alta na indústria de embalagens A Associação Brasileira de Embalagem (Abre) divulgou em agosto último os resultados da mais nova edição do Estudo Macroeconômico da Embalagem. Realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o documento apresenta um balanço do desempenho da indústria brasileira de embalagens no primeiro semestre deste ano. Segundo o levantamento, a produção física de embalagens no País cresceu 2,98% no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado. A ocupação do setor registrou aumento de 8 262 postos de trabalho formal entre junho de 2010 e junho deste ano. O incremento, porém, foi menor do que o registrado no período ante

rior: entre junho de 2009 e junho de 2010 foram criadas 14 943 vagas. Os dados que se referem à balança comercial demonstram um crescimento de 24,99% nas exportações – que ficaram em aproximadamente 229 milhões de dólares – entre o primeiro semestre de 2010 e o mesmo período em 2011. O aporte foi puxado pelas indústrias de plásticos (aumento de 40,13%) e de embalagens metálicas (aumento de 27,35%). O maior volume exportado, porém, não foi o suficiente para reverter o quadro deficitário da balança, uma vez que as importações de embalagens vazias tiveram um acréscimo de 20,25%, com volume total correspondendo a pouco mais de 390 milhões de dólares.

2,98% Foi o crescimento da produção física de embalagens no País no primeiro semestre

8 262 Novos postos de trabalho foram abertos pelo setor de embalagens entre junho de 2010 e junho de 2011

20,25% Foi o incremento da importação de embalagens vazias pelo mercado nacional, cujo total correspondeu a 390 milhões de dólares Fonte: Abre/FGV

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Painel MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS

EMBALAGENS E DAS MARCAS

PRÊMIO

INSUMOS

Troféu para rótulo de vanguarda

Agilidade e segurança

A Famigila Zanlorenzi Grupo Vinícola abiscoitou o Prêmio Colunistas do Paraná (seção Design) na categoria rótulos de bebidas e alimentos. O feito foi alcançado graças à decoração das garrafas da linha de vinhos Lunar. Nas embalagens, os contrarrótulos autoadesivos trazem impresso um código de barras bidimensional do tipo QR Code. Ao “ler” o elemento por meio de um smartphone ou de um tablet dotado de software decodificador, o consumidor tem acesso a um site com informações sobre a vinícola, sobre a linha de produtos e ainda dicas de harmonização do vinho com outros alimentos (ver EmbalagemMarca nº 133, setembro de 2010). Desse modo, o consumidor pode obter mais informações sobre o produto ainda no ponto de venda, antes mesmo da compra. Segundo o diretor-presidente da vinícola, Giorgeo Zanlorenzi, o projeto, desenvolvido pela agência Blu Comunicação Integrada, surtiu resultados positivos. Depois de estrear na garrafa do Vinho Branco Frisante Suave Moscato, o rótulo com QR Code foi incorporado a três novos produtos (Lunar Cabernet, Lunar Merlot e Lunar Moscato Bianco).

A Henkel anunciou na Europa o lançamento de um novo adesivo à base de poliuretano que promete revolucionar a produção de estruturas laminadas para embalagens flexíveis. O Liofol Fast One se destaca por apresentar, segundo a empresa, um tempo extremamente rápido de cura. “O processo de secagem é substancialmente reduzido para alguns dias, enquanto adesivos convencionais para o mesmo tipo de aplicação costumam levar até duas semanas para curar”, diz Georg Kinzelmann, diretor de P&D da área de poliuretanos da Henkel. Além da redução de tempo para os convertedores, o adesivo, segundo a fabricante, é capaz de proporcionar segurança para os end-users. Ocorre que ele é brandido como o primeiro do gênero isento de isocianatos livres – substâncias que, em estruturas inadequadamente manejadas, podem contaminar alimentos acondicionados nas embalagens.

Adereço com QR Code fatura prêmio no Paraná

22 | Setembro 2011

RECICLAGEM

Campo Limpo na web A Campo Limpo Reciclagem & Transformação de Plásticos inaugurou sua página na internet (www.campolimpoplasticos.com.br). O site traz informações sobre o perfil e a atuação da empresa, criada em 2008 pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) com o objetivo de gerar a autossustentabilidade econômica do sistema de logística reversa das embalagens de agrotóxicos, fechando o ciclo de gestão das embalagens dentro da própria cadeia. As 31 acionistas do negócio são indústrias fabricantes de defensivos agrícolas.



EM foco O QUE VAI PELA CABEÇA DO CONSUMIDOR

Selo FSC Será que os consumidores sabem o que são embalagens certificadas? FSC é uma sigla

em inglês para Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, em português. Embalagens celulósicas que levam impresso o selo FSC têm sua matéria proveniente de florestas certificadas. A certificação garante a rastreabilidade da madeira certificada e dos produtos florestais desde as florestas, passando pelo comércio e pelo processamento e chegando aos distribuidores e consumidores finais. O FSC é hoje o selo verde mais reconhecido em todo o mundo, com presença em mais de 75 países e todos os continentes. Mas será que o consumidor sabe o que significa o selo impresso nas embalagens? EmbalagemMarca ouviu alguns deles em um supermercado de São Paulo.

“Seria indiferente.” Rita de Cássia Caboclo

“Conheço. Material proveniente de floresta certificada.” Ana Cristina “Tem forma de árvore. Deve ser alguma coisa ligada a natureza, sustentabilidade.” Maíra de Souza M. Rodrigues “Não tenho a menor ideia.” Sylvia O. P. B. Corrêa “Esse aqui?” Carla M. Bove

Assista aos depoimentos na íntegra em emb.bz/145emfoco

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© Anna Anjos

artigo

Sem preparação não se ganha jogo Oportunidades abertas pela realização da Copa e dos Jogos Olímpicos precisam ser aproveitadas desde já, mas não há notícias de muitas iniciativas Por Wilson Palhares (*)

“Quando o Brasil criar juízo e se tornar uma potência mundial, será a cachaça, e não o uísque, a bebida do planeta.” Sobral Pinto, jurista (1893-1991)

A afirmação do grande advogado e defensor dos direitos humanos mineiro é um sonho de produtores, engarrafadores e comerciantes brasileiros de cachaça que se mantém latente há muitíssimos anos. A Copa do Mundo a se realizar no País em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 têm, segundo opinião generalizada, grande potencial para a realização daquele sonho e de muitos outros em termos de negócios, mesmo que o Brasil não se torne uma potência mundial até lá. 26 | Setembro 2011

Acontece que, da mesma forma que a seleção brasileira faz uma campanha pré-Copa do Mundo que leva os torcedores a antever fantasmas melando as chances de ganhar a taça pela sexta vez, nosso universo de negócios, a começar pelo da cachaça, não parece estar devidamente preparado para aproveitar as oportunidades que se abrem por conta do megaevento futebolístico e das Olimpíadas. A rigor, não há notícias de iniciativas significativas, porque, a exemplo do que se divulga no tocante aos investimentos em infraestrutura básica que tais eventos exigem, as empresas talvez considerem que eles estão muito distantes no tempo. É natural que ninguém queira neste momento abrir muito o jogo sobre o que preten-

de fazer em termos de promoções, de produtos e, consequentemente, de embalagens para o boom de demanda que se projeta para daqui a três e a cinco anos. Mas é preocupante tomar-se conhecimento, quando se consulta diferentes empresas, como foi feito para a elaboração deste artigo, de que a falta de fornecimento de informação se deve menos à proteção de segredos do que, até este momento, a uma generalizada ausência de iniciativas com vistas a capitalizar oportunidades ancoradas na Copa e nas Olimpíadas. Mesmo quando há movimentação, o quadro não chega a animar, como ocorre justamente na área da bebida tipicamente brasileira. A rigor, a movimentação do lado brasileiro parece estar mais em clima de concentração e de



se traçarem esquemas táticos. Enquanto isso, os italianos já deram o pontapé inicial no jogo com potencial de ganho em cima do torneio mundial de 2014 e, dois anos mais à frente, dos Jogos Olímpicos. E o fizeram, justamente, por meio de uma marca de cachaça. Em agosto último, o Gruppo Campari anunciou a compra da marca brasileira Sagatiba, por 26 milhões de dólares, com a intenção declarada de “explorar a categoria de cachaças premium, que continua a crescer no Brasil”. Quanto às ambições internacionais do grupo com relação à Sagatiba, cujas vendas (de 1 milhão de litros em 2010) se dão em um terço do total fora do País, seu presidente, Bob Kunze-Concewitz, foi claro, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo: “O mundo estará de olho no Brasil nos próximos anos, com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. A atenção sobre o País será muito grande, e o que nós queremos é aproveitar a ocasião para levar um pouco do estilo brasileiro para o resto do mundo. Vamos reviver o interesse pela cachaça”. Produtores, fornecedores e entidades ligadas ao segmento obviamente têm igual objetivo. No primeiro trimestre deste ano, sob tutela do Ministério da Agricultura, elaboraram um plano com vistas a tornar a cachaça referência internacional no campo das bebidas. O plano (acessível em www.ibrac.com), visa promover parceria com o Ministério do Turismo para instituir o destilado como “welcome drink” da Copa e das Olimpíadas, tanto puro quanto na forma de caipirinhas, coquetéis e batidas, em bares, hotéis e restaurantes aos muitos milhares de visitantes esperados.

Foi o que fizeram os mexicanos com a tequila na Copa de 1986. Durante doze anos o governo mexicano apoiou o esforço dos produtores para transformar o produto numa referência internacional em bebida. Investiu a fundo perdido nos mercados interno e internacional. Subsidiou a ida de produtores para feiras e exposições no exterior. No início daquele esforço, as exportações de tequila batiam em 150 milhões de dólares por ano. Atualmente – já sem interferência do governo – respondem

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por 1,6 bilhão de dólares. E, em termos de imagem para o país, hoje dificilmente alguém dissociará a palavra tequila de México. Se alguma coisa parecida for feita com a cachaça, não é exagero acreditar que se consolidará uma plataforma para exportações, dada a força de divulgação constituída pelas multidões de turistas estrangeiros que, teoricamente, serão conquistados pelo sabor da bebida. Convém sempre levar em conta que o mercado internacional oferece oportunidades para a cachaça, mas aproveitá-las exige grandes esforços, como observa César Rosa, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). Ele considera que a situação da cachaça melhorou muito nos últimos anos, porém ainda há muito a evoluir em qualidade de produto, em marketing, em comunicação e em embalagens. Neste aspecto volta à tona um antigo nó que dificulta a elevação do destilado típico brasileiro ao nível de bebida requintada, com alto valor agregado e, principalmente, com valor percebido – e que se estende a praticamente todos os tipos de artigos de consumo (ver reportagem de capa, na página 48). A queixa básica dos produtores recai sobre as escassíssimas opções de garrafas de vidro capazes de colocar a bebida brasileira em condições de competir em imagem de produto requintado com os uísques, as vodcas, os runs, os conhaques e as tequilas exibidas nas prateleiras de estabelecimentos mundo afora. Basta ver o que vem se registrando em termos de embalagem para a proliferação de marcas de cachaça premium lançadas nos últimos cinco ou seis anos, sob o incentivo da migração do consumo de bebida de qualidade “de combate” para aguardentes mais finas. O upgrade,

Verallia aposta nos quatro modelos da Selective Line (Moscou, Ovaline, Sidney e Toronto), já usada por diferentes bebidas na Europa e nos Estados Unidos

que resultou também na transferência de uma parcela de tradicionais bebedores de uísque, vodca e rum para o campo da aguardente de cana, chegou a afetar o consumo da cachaça comum. O tema da adequação de embalagens para tais produtos tem sido abordado intermitentemente por EmbalagemMarca (ver, por exemplo, as edições nº 93, de maio de 2007, e nº 120, de agosto de 2009). A tal ponto é assim que a produção e as vendas do produto, incluindo o pouco que se exporta (menos de 1% do total), permaneceram em 2010 no mesmo patamar de 1,2 bilhão de litros do ano anterior. Em outras palavras, os brasileiros vêm bebendo com mais apuro. Mas boa parte, se não a maior, das cachaças finas “com jeito estrangeiro” é lançada em garrafas de vidro importadas. Ao serem comparadas com o vasilhame nacional, elas se destacam como “diferenciadas”, embora, com raras exceções de encomendas específicas, sejam garrafas padrão em seus países de origem. A líder no fornecimento desse tipo de recipientes, em volumes não informados, é a francesa Saver Glass, nome cada vez mais presente em lançamentos de cachaças premium. Atenta a esse filão, a Verallia passou a oferecer no mercado brasileiro sua linha, também de fabricação francesa, Selective Line, composta por quatro modelos (Moscou, Ovaline, Sidney e Toronto) e largamente usada em diferentes tipos de bebidas na Europa e nos Estados Unidos. A Owens-Illinois não deixou por menos. No início deste ano passou a oferecer no mercado brasileiro sua família Specialty de garrafas de vidro especiais, destinadas a bebidas com apelo de requinte. São

Família Specialty, da Owens-Illinois, tem apelo de requinte



comunicação

Estádio envelopado para fixar marca

passos importantes, mas talvez não sejam suficientes para que a cachaça brasileira se torne “a bebida do planeta”, como Sobral Pinto gostaria de ter visto. Na verdade, esse é um caminho que apresenta um conjunto de problemas, no qual sobressaem dois aspectos. O primeiro ponto negativo é o real muito valorizado em relação ao dólar e ao euro, o que, ao diminuir a rentabilidade das exportações, as desestimula. César Rosa, que é também presidente da Tatuzinho, produtora da Velho Barreiro, acredita que esta talvez seja a única marca de cachaça que mantém uma diretoria de exportação (cabe registrar que é a maior exportadora de cachaça engarrafada, não a granel). “É um esforço para manter posições conquistadas em diversos países a duras penas e com muito investimento”, diz o executivo. “Empresas pequenas, que são o grande potencial para exportação de cachaças finas, não conseguem.”

Dow fecha acordo para envolver estádio dos Jogos Olímpicos em Londres, em 2012 Ante o leque

de oportunidades de comunicação e de fixação de imagem de marca aberto pela força de atração de interesse de milhões de pessoas no mundo inteiro para as Olimpíadas, a Dow Chemical foi uma entre onze empresas que firmaram acordo de patrocínio com o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, para, entre outras ações, “envelopar” o estádio que receberá o evento na capital inglesa. Sob o conceito da sustentabilidade, o envoltório do edifício, a ser fornecido pela fábrica americana da Dow, segundo a empresa será confeccionado com resinas produzidas com redução de matérias-primas, devendo ficar 35% mais leve e ter menor emissão de carbono quando comparado com materiais convencionais. Além disso, tintas especiais vão substituir as tintas convencionais, de modo a reduzir emissões durante o processo de impressão e eliminar compostos orgânicos voláteis (VOCs). A propaganda, entretanto, terá de ser retirada até o dia 27 de julho, data de início das Olimpíadas, pois o Comitê Olímpico Internacional (COI) proíbe

O segundo aspecto impeditivo é que, além do problema cambial e de outras dificuldades naturais para ganhar-se mercado onde produtos concorrentes como o uísque e os demais são extremamente consolidados, há falta de interesse do governo brasileiro, como se indigna César Rosa. “O setor não quer muletas, mas sem algum tipo de amparo oficial não consegue andar isoladamente num terreno hostil”, ele diz. Indagado sobre eventual apoio da ApexBrasil, o presidente do Ibrac é lacônico: “A Apex não faz nada”. É pena, pois as possibilidades de avanço do destilado 100% brasileiro ganhar espaço lá fora parecem ser muito boas, a levar-se em conta a opinião da revista inglesa Drinks International, principal referência editorial no mercado mundial de bebidas. “A cachaça tem hoje o status de próximo grande acontecimento no universo dos drinques”, afirmou a publicação em reportagem dedicada ao tema na edição de janeiro deste ano. E, num modo mais elegante de dizer que sem preparação não se ganha jogo, ponderou: “Se as coisas forem feitas corretamente, a cachaça finalmente realizará seu potencial; se forem feitas errado, uma oportunidade tão gigantesca quanto a atual pode nunca mais se repetir”. (*) Editor de EmbalagemMarca

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a exibição de marcas nas locações dos Jogos. Os materiais utilizados, incluindo as ferragens utilizadas para sustentar o wrap, serão reciclados na Europa. Segundo Sandro Sato, gerente comercial e de novos negócios do time da Dow Operações Olímpicas, no Brasil o acordo fechado pela empresa, na condição de Companhia Química Oficial dos Jogos Olímpicos, é válido também para as edições de 2014 (Jogos de Inverso, em Sochi, Rússia), 2016 (Rio de Janeiro), 2018 (cidade indefinida da Coreia do Sul) e 2020, em país ainda não escolhido. Sato informa que a unidade sob seu controle está aberta para encaminhar parcerias para patrocínio dos Jogos — e também da Copa do Mundo com empresas brasileiras na área de embalagem. “Os convertedores interessados terão à disposição todo o conhecimento acumulado ao longo do tempo no amplo portfólio da Dow em sustentabilidade, inovação e tecnologias que perduram após a realização dos eventos”, ele diz. Dow (11) 5188-9000 www.dow.com

Owens-Illinois (11) 2542-8084 www.oidobrasil.com.br Saverglass (11) 4612-0756 www.premierpack.com.br Verallia (11) 2246-7402 www.verallia.com.br

Dow produzirá envoltório para o Estádio Olímpico de Londres, mostrado nesta ilustração



Rotulagem

Pelo lado, e não em pé Aplicadora horizontal busca facilitar a decoração de embalagens pequenas ou delgadas com rótulos termoencolhíveis

De acordo com Américo Bini, gerente de vendas da subsidiária brasileira da Sleever, seis unidades do novo equipamento já foram vendidas no País, todas para a Avon. “Outras três grandes empresas do ramo farmacêutico e de cosméticos devem começar a usar a máquina a partir do próximo ano”, repassa o executivo. No exterior, detalha Bini, uma das adeptas do novo processo é a L’Oréal. A SleeverLogicpak é utilizada pela multinacional francesa na decoração de frascos dos perfumes Cacharel.

1. As embalagens são transportadas pela esteira da máquina deitadas em berços

2. No ponto de aplicação, mandris encaixam-se às extremidades das embalagens, pinçando-as dos berços

3. O rótulo, colocado sobre um dos mandris, é “empurrado” para a embalagem, ficando pronto para a etapa de encolhimento

32 | Setembro 2011

Sleever International (11) 2303-2337 www.sleever.com

Neves

A ilustração ao lado mostra, de forma simplificada, o método de operação da máquina para aplicação horizontal de rótulos termoencolhíveis

anos atrás por uma empresa alemã, a Logicpak, adquirida em meados de 2009 pela Sleever. Os alvos da máquina são embalagens pequenas ou delgadas, suscetíveis a quedas quando processadas nas máquinas de aplicação vertical, devido a vibrações das esteiras transportadoras. Exemplos de embalagens indicadas para o processo horizontal são pequenos frascos de perfumes, aplicadores para maquiagens como rímel e flaconetes de medicamentos. Decorações de canetas e isqueiros são também potenciais aplicações.

das

SEGREDO DOS MANDRIS

SleeverLogicpak: para pequenos frascos, aplicadores de batons e flaconetes

Daniel

Tradicionalmente, a rotulagem com termoencolhíveis é feita “na vertical”. Posicionadas em pé, as embalagens recebem os adereços, confeccionados como mangas, pelo topo. Em seguida, numa estação de encolhimento contígua, os rótulos adquirem o formato final, amoldandose à silhueta dos recipientes. Uma rotuladora oferecida pela Sleever tem chamado a atenção por fugir à regra. Batizada de SleeverLogicpak, a máquina realiza a aplicação dos rótulos a partir de recipientes “deitados”. Posicionadas horizontalmente em berços, as embalagens são transportadas na esteira da máquina até se alinharem a um par de mandris. Cada recipiente é pinçado pelas extremidades e içado. O rótulo, previamente formatado pela máquina e inserido em um dos mandris, é então “empurrado” para envolver a embalagem (alegando preservação de vantagem industrial, a Sleever prefere não dizer exatamente como ocorre o processo de deposição do adereço). O processo de encolhimento é realizado no mesmo equipamento, construído numa estrutura monobloco. O conceito foi desenvolvido alguns



Construção civil

Transporte facilitado Saco com alça desenvolvido pela Klabin estreia em argamassa de 10 quilos da Quartzolit

Alça no topo da embalagem ajuda usuário a transportar o produto

fotos: carlos curado

Ajudar a indústria

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usuária com melhorias em processos de automação e segurança e levar aos consumidores um produto fácil de ser manuseado. Esses foram os objetivos da Klabin ao desenvolver sacos valvulados com alça para o mercado da construção civil. O primeiro usuário da nova embalagem, de 10 quilos, é a Weber SaintGobain, com a argamassa colante Piso sobre piso rolado, da linha Quartzolit, para assentamento de azulejos sobre azulejos. Criada para atender o mercado de argamassas, a embalagem é formada por duas folhas de papel kraft e uma camada de polietileno. A manta de polietileno permite a adaptação a um sistema mais forte de selagem, que minimiza os vazamentos. A selagem por ultrassom garante segurança ao fechamento e maior precisão na pesagem. De acordo com a Klabin, os sacos com válvulas soldáveis não necessitam de cola ou calor para seu fechamento e contam com estrutura hermética. Eles são produzidos com papel de alta resistência, e podem ser impressos em até oito cores pelo sistema flexográfico. A Klabin já tem em seu portfólio


Papel kraft

polietileno

sacos com válvulas, que servem para o envase do produto e agilizam o fechamento da embalagem, evitando vazamentos e contaminações externas. A novidade é a alça, que facilita o transporte pelo consumidor nos homecenters. “Desenvolvemos uma solução inovadora que ajuda nossos clientes com melhorias em processos de automação, qualidade e segurança. Além disso, os consumidores contam com um produto de fácil manuseio nos homecenters”, diz Fernando Bruno, gerente comercial de Sacos Industriais da Klabin.

Por enquanto, a embalagem está disponível para o setor de construção civil, mas seu uso pode ser ampliado para outros mercados. “Os sacos valvulados com alça podem ser usados também para o setor alimentício, comvo farináceos. O tamanho e o formato variam de acordo com o produto a ser acondicionado, lembrando apenas que para esse tipo de embalagem, o peso máximo permitido é de 15 quilos”, explica Fernando Bruno. Klabin (11) 4588-7227 www.klabin.com.br

Saco, reforçado com duas camadas de papel kraft e uma de polietileno (ver foto à esq.), apresenta válvula para o envase da argamassa


Azeites

Gallo muda de bico, como Andorinha Marca líder no mercado brasileiro apresenta dispositivo dosador retrátil

com nome de ave faz mudanças em seu sistema de servir o conteúdo da embalagem. Depois de a marca Andorinha lançar uma garrafa de vidro com bico retrátil (ver EmbalagemMarca nº 119, julho 2009), a Gallo também aposta em novo dispositivo dispensador. Marca líder no mercado brasileiro, com 32% de share, a Gallo acaba de apresentar um bico dosador que, assim como o do concorrente, possui sistema retrátil, que é recolhido automaticamente quando a embalagem é retampada, deixando o recipiente lacrado. No ato de abertura, para o bico aparecer, há uma espécie de garra na tampa, que puxa a peça, tornando-a apta para o uso. A novidade foi adotada nas garrafas de 250 e de 500 mililitros. Segundo a diretora-geral da Gallo Brasil, Rita Bassi, o mecanismo ajuda também a verter o líquido sem desperdícios. “O bico garante o uso na dose certa, de forma prática e econômica, além de contribuir para evitar a oxidação do azeite” diz Rita. Considerado pela marca o principal mercado para seus negócios, o Brasil é o primeiro país onde o azeite Gallo lança o bico dosador. “O mercado brasileiro de azeites está cada vez mais em ascensão, e o consumidor vem buscando praticidade para o dia a dia, por isso incorporamos o bico dosador nos nossos produtos”, explica a executiva. O azeite, já acondicionado e com o bico aplicado, é importado de Portugal. A empresa não informou quem fornece esse dispositivo.

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Exclusivo para o mercado brasileiro, novo bico dosador do azeite Gallo é retrátil. Mecanismo é puxado por uma espécie de garra, que fica no interior da tampa

fotos: carlos curado

Mais um azeite


Em Portugal. a Gallo também renovou suas embalagens. A empresa investiu 5 milhões de euros em novas garrafas, que passaram a ser produzidas com vidro escuro. Além disso mudou a imagem do galo, que agora aparece nos rótulos como se estivesse cantando e tendo embaixo a assinatura do fundador da marca, Victor Guedes. A garrafa escura promete proteger o azeite da exposição à luz, evitando reações de oxidação capazes de provocar alterações de sabor. “Sabemos que o consumidor gosta de ver o azeite na embalagem, mas decidimos arriscar para oferecer algo novo”, informa Pedro Cruz, CEO da Gallo Worldwide. Segundo ele, a garrafa de vidro escuro, desenvolvida com tecnologia portuguesa, garante as propriedades originais do azeite por dezoito meses. Por enquanto, as novas embalagens de vidro escuro serão adotadas exclusivamente em Portugal. O design dos rótulos é da agência britânica JKR. A empresa não informou quem fornece as garrafas.

JKR +44 (0)20 7428 8000 www.jkr.co.uk

divulgação

Em Portugal, teste de garrafa escura e mudança sutil no rótulo


ANOTE

NA AG ENDA:

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entrevista

A relação entre indústria e comércio nunca foi de paz e amor. Mas azedou bastante com a concentração do grande varejo, resultado de um festival de fusões e aquisições intensificado a partir da década de 90. Com maior poder, os distribuidores passaram a comandar as negociações com mão de ferro. Nesse contexto, queixas sobre mandos e desmandos dos distribuidores tornaram-se frequentes – porém sempre feitas de forma velada. Reconhecida como uma das mais bem-sucedidas executivas brasileiras de sua geração – foi presidente da Philip Morris Brasil e da Walita, além de vice-presidente da Philips para a América Latina –, Amália Sina resolveu quebrar o tabu, expondo publicamente insatisfações com o trade, depois de anunciar que a Sina Cosméticos, fundada por ela há cinco anos, sairá do canal do autosserviço para ingressar nas vendas diretas. “A atitude do varejo é predatória. Não aguentava mais patrocinar o sucesso alheio”, vocifera. Na seguinte entrevista, a profissional fala não só dos conflitos com os varejistas, mas também dos percalços que fabricantes pequenos e médios de produtos de beleza enfrentam no terreno da embalagem.

Uma voz contra o trade Amália Sina, presidente da Sina Cosméticos, dispara contra o grande varejo e fala das dificuldades que pequenas e médias empresas de cosméticos enfrentam no campo do packaging 40 | Setembro 2011

O que levou a Sina Cosméticos a desistir de vender no grande varejo? Acho que “desistir” não é a melhor definição. Desistir é quando você tenta, tenta, tenta e não consegue. Não foi o que aconteceu comigo. Minha marca (Amazonutry) já estava presente em mais de 300 pontos de venda. Na verdade, fiz uma opção. Decidi não vender mais no varejo. Não aguentava mais pagar para vender. Os varejistas, que deveriam ser facilitadores, tornaram-se atravessadores. Hoje, os fabricantes estão reféns. A indústria patrocina o crescimento do varejo. E ninguém fala nada. Parece aquela situação em que uma pessoa tem uma doença e não conta para ninguém. Depois, quando a revela, surgem muitas pessoas dizendo que sofrem do mesmo problema, querem compartilhar a dor. Você não imagina a quantidade de pessoas que me procuraram depois de eu ter tornado pública minha insatisfação.


Em reportagens publicadas recentemente por veículos da área de negócios, a senhora declara que “o varejo tem uma atitude predatória”... (interrompendo) Pode soar pesado, mas é exatamente isso. O varejista tornou-se um predador. Quer usar sua força para levar vantagem e achacar o fornecedor. Vira e mexe vemos notícias sobre o êxito das redes de varejo, sobre seus modelos fantásticos de negócios. Mas ninguém diz, sem rodeios, a que custo esse sucesso é obtido. De onde vem o dinheiro? Se fosse tão fácil assim lucrar comprando e vendendo mercadorias, eu também abriria uma loja. Lembremos: varejo nada mais é que serviço. Não produz. Mesmo quando faz suas marcas próprias, as faz por meio da indústria. Fico revoltada porque o setor de distribuição tem crescido em detrimento da saúde do setor produtivo. O óleo da indústria está enfraquecido. E se a indústria quebra, parte da sociedade quebra.

Aturamos as práticas que todos mais ou menos conhecem. Enxoval de loja, por exemplo. Quando abre uma nova unidade, o varejista quer comprar sem pagar. Ou então quer participação: compra o xampu e você tem de dar condicionador. Época de inauguração de loja é um tormento. É preciso dar dinheiro e anunciar em tudo que o varejista quiser. E ele te convoca, não pergunta se você pode ou não. Passa o chapéu, mesmo. São frequentes, também, os pedidos de premiações para os vendedores. Existem redes em que todo mundo tem de receber brinde. Você entrega amostras e elas não voltam nunca mais. Mas a coisa que mais me entristece é quando damos ao varejista um desconto para ser repassado ao consumidor, para uma promoção, e ele não o repassa, colocando o preço que bem entender. Ah, e não paga em trinta dias, nem em sessenta dias. Algumas grandes redes costumam pagar em 120 dias. Houve um caso em que vendi 4 000 (reais) em produtos, paguei 7 000 em enxoval e ainda recebia ligações frequentes do varejista me pedindo mais promotoras nas lojas. É para chorar, não é? (risos). Mas minha insatisfação vai ainda além dessas distorções de relação comercial. Tem a ver também com estratégia. O varejo tem promovido uma ampla desvalorização dos cosméticos.

Quais foram as principais incoerências já vivenciadas por sua empresa na relação com os distribuidores?

Por quê? Porque cada vez mais a estratégia do varejo se resume às guerras de preço.

Fiquei impressionada. Existe um código de silêncio. Quem fala mal do varejo sofre represálias, retaliações. Pude falar porque estou me libertando, saindo do grande varejo. Depois de cinco anos de trabalho, não vi a coisa evoluir. É esse o jogo? A brincadeira é essa? Para mim, basta. Daí a atitude de ruptura.

Produtos como os nossos, de alta qualidade, com diferenciais, se perdem naquele mar de kits, onde o que vale é o compre esse e ganhe aquele. Virou escambo! O grande varejo martela a ideia de que o que vale é preço, de que o que é mais barato é melhor. Resultado: commoditização. Isso é terrível para o mercado de beleza. As diferenças em matérias-primas, em conceito, em embalagem não são exploradas pelo varejo, diluem-se quando os produtos chegam às prateleiras. Os distribuidores carecem de mão de obra qualificada para falar da categoria de cosméticos. Isso influencia a consumidora a escolher o xampu de 5 reais e não o nosso, de 18 reais. Um óleo essencial vegetal não pode ser comparado a um de base mineral. Uma embalagem de plástico reciclado é mais cara que uma de plástico virgem. O mercado está lotado de fórmulas testadas em animais! Os nossos não são, por isso são mais caros. Falta, também, gerenciamento de categoria. A exposição nas grandes redes é geralmente pobre, distante daquilo que o consumidor precisa. O varejo minimamente coloca condicionador ao lado do xampu. Até pouco tempo atrás, nem isso fazia. Você pegava o xampu e tinha de apanhar o condicionador da mesma marca em outra prateleira. Hoje, você vê fralda descartável junto a xampu. Qual é a correlação? Em sua opinião, e recorrendo a sua ex-


periência no setor produtivo, por que a situação chegou ao atual estado? O varejo vem se concentrando demais. Veja que coincidência: dois dias depois de eu ter anunciado que sairia do varejo foi divulgada a fusão entre Drogasil e Droga Raia. Só em São Paulo eles terão 800 lojas. Imagine o poder! Eles ditarão preços. Os espaços para o comércio ficam cada vez menores e a concorrência entre indústrias aumenta sem parar. A oferta de produtos cresceu absurdamente no mercado de bens não-duráveis e até de semiduráveis como celulares e eletroportáteis. Os distribuidores, então, viram-se no direito de escolher. E em vez de escolher pela qualidade, pelo diferencial, instauraram um leilão invertido. A lógica tornou-se a seguinte: como posso comprar mais por menos e revender menos por mais? Que canais a Sina Cosméticos irá utilizar daqui em diante? Faremos vendas diretas, por catálogo ou porta a porta. Iremos explorar também o e-commerce, a venda virtual. A mulher compra muito cosmético não só por catálogo impresso, mas também por catálogo virtual. Vamos tirar intermediários, vender direto ao consumidor. As mudanças serão implantadas aos poucos, porque para nós será quase um recomeço. Tentaremos seguir o caminho das marcas de cosméticos que mais têm crescido e feito trabalhos belíssimos, que são aquelas com lojas próprias ou que realizam vendas diretas. A embalagem tem um papel de persuasão crucial no varejo de autosserviço. Não à toa, já se tornou costume dizer que, nesse canal, ela funciona como uma “vendedora silenciosa”. Na venda direta, porém, muito dessa função de convencimento acaba recaindo sobre as consultoras. Isso irá acarretar mudanças no cuidado da Sina Cosméticos com a apresentação de produtos? A embalagem na venda direta é fundamental. É um fator ainda mais decisivo na hora da compra, porque o consumidor manuseia o produto. Não é em todos os casos que dá para pegar produtos nas lojas. Nem sempre há testers nas lojas,

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Uso de design caprichado, decoração serigráfica e válvulas pump visa dar apelo premium aos produtos Amazonutry

porque fica caro. E os testers costumam ficar nojentos, vazando, sujos. Não é bonito aquilo, vamos combinar. Com a consultora, o produto ficará sempre bem cuidado. Nossas embalagens têm soft touch (textura aveludada). Outras embalagens são de PET brilhante. Vai dar para a revendedora explicar por que escolhemos esses recursos, mostrar vantagens da tampa – porque ela é flip-top, porque é disc-top, porque é pump, de apertar... Na hora em que você vende no tête-à-tête com a consumidora, as embalagens têm um papel crucial. Aprendi que, na área de cosméticos, a apresentação, assim como a fragrância, chega antes da performance. Nesses cinco anos de atuação no negócio de cosméticos, o que mais a senhora aprendeu sobre o trabalho com embalagens?

Tenho estudado muito. Fiz um MBA a céu aberto e na pancada. Aprendi muitas coisas. Uma delas é que se perde muito dinheiro até acertar a embalagem. Tirando o varejo, se tem uma coisa em que perdi dinheiro nesses cinco anos foi em embalagem... (risos). No começo, errei muito. Hoje, consigo dizer detalhes em embalagem que sei que fazem diferença, nos quais não vale a pena economizar. Um projeto bem-sucedido foi a migração do uso de rótulos para a serigrafia. Melhoramos a qualidade de impressão, conseguimos redução do custo da mão-de-obra dentro do terceirista, ao eliminar uma etapa no envase, e ganhamos agilidade nas entregas.Uma coisa que eu não conhecia era o uso de texturas. Fiquei fascinada quando soube da possibilidade de foscar o PET, deixando-o semelhante ao vidro. Como nossa proposta é de produtos diferen-

O varejo vem se concentrando demais. Os distribuidores viram-se no direito de escolher e instauraram um leilão invertido. A lógica tornou-se a seguinte: como posso comprar mais por menos e revender menos por mais?



ciados, com apelo premium, envidamos muitos esforços para criar apresentações refinadas. Nossas embalagens não são populares. Nada contra estas, mas as nossas são foscadas, têm soft touch, hot stamping, tampas de qualidade, com dupla vedação, lacres, válvulas pump. Não colocamos xampu dentro de saboneteira, entende? É cada coisa no seu lugar. Por isso, como disse, não dá para o varejista querer que nossa marca concorra com produtos de primeiro preço. A senhora declarou recentemente que pequenas e médias empresas viriam encontrando dificuldades para serem atendidas por prestadores de serviços industriais, devido à falta de escala – e que quando se consegue espaço nas linhas dos terceiristas, “costuma faltar rótulo e embalagem”. Esse gargalo ocorre com frequência? Esse é um grande gargalo. Ocorre que a produção terceirizada é um modelo consolidado no mercado de cosméticos. Nesse contexto, empresas pequenas e médias concorrem entre si e com as grandes indústrias não só por espaços nas gôndolas, mas também por espaços nas linhas dos quase 1 700 terceiristas que existem no País. Entre seis toneladas de um pedido típico de uma empresa média como a nossa e as sessenta toneladas de uma empresa grande, claro que o fabricante vai priorizar o pedido maior. Nós temos de esperar na fila. E sem garantias. Se entrar algum pedido de emergência de uma marca poderosa, perdemos a vez. Isso também é velado. Nenhum terceirista vai dizer que isso acontece. Mas acontece. Não entregam no prazo. Aí, a entrega para o varejo atrasa e dinheiro é perdido. Esse problema se estende às embalagens. Em muitos casos utilizamos as mesmas embalagens que as grandes indústrias, porque o mercado fornecedor de embalagens é também concentrado. Isso vale para frasco, tampa, caixa de embarque, para tudo. Resultado: nossas encomendas costumam demorar mais para serem atendidas. Temos de esperar os volumes enormes que são produzidos para a grande indústria. O problema de oferta é grande. Principalmente de bisnagas.

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Na hora em que você vende no tête-à-tête com a consumidora, as embalagens têm papel crucial. Aprendi que, na área de cosméticos, a apresentação, assim como a fragrância, chega antes da performance

Bisnaga é o fantasma do negócio. É só ouvir a palavra “bisnaga” que me arrepio inteira (risos). A empresa já enfrentou ou enfrenta outros embaraços relacionados ao acondicionamento de produtos? Um grande problema que costuma ocorrer é a entrega de embalagens sujas, empoeiradas. Quando isso ocorre, o terceirista quer cobrar de você alguns centavos a mais para esterilizar cada frasco. As indústrias que fabricam embalagens deveriam entregá-las limpas. Essa é outra coisa que ninguém fala. Também já enfrentamos outros problemas de qualidade. Houve muitos casos em que tivemos de devolver lotes grandes de embalagens problemáticas, que não atendiam a requisitos de qualidade. De modo geral, como acontece em todas as demais áreas, falta qualificação de mão-de-obra de base. As pessoas acham que para envasar basta chamar qualquer funcionário, sem treinamento. Não é assim. Senão a embalagem estufa demais, ou enche de menos.

Que oportunidades a senhora enxerga para a oferta de cosméticos no mercado nacional? Existe um espaço fabuloso em tratamentos químicos para alisamento de cabelos. No Japão e na China já existem muitos produtos desse tipo, que por ora são oferecidos no Brasil somente através de importações da Ásia ou dos Estados Unidos. O produto que eu uso, o (japonês) Liscio, não tem similar aqui. Por isso, o mercado foi tomado pelo formol, por essas escovas marroquinas, paliativos para o alisamento. Outra oportunidade é o nicho de produtos fotoprotetores de uso diário. Não são os bloqueadores, que o consumidor compra para ir à praia. São cremes e loções para o dia-a-dia. Por fim, faltam produtos para homens, incluindo aí os homossexuais. Esse segmento cresce 40% ao ano. Há, enfim, uma série de demandas para atendermos. E mesmo assim somos o terceiro maior mercado do mundo. A brasileira gasta 30% de seus rendimentos em cosméticos. Por tudo isso, vejo um futuro brilhante para o mercado nacional.

De acordo com Amália, há dificuldade em se conseguir bisnagas no mercado



cervejas

Conveniência e prazer Lata de alumínio com função adicional de copo estreia no Brasil com a cerveja Brahma

O “casamento do século”,

Lata com abertura total adotada pela Brahma teve primeiro uso pela SABMiller na Copa da África do Sul, em 2010 (abaixo)

anunciado por duas semanas no final de agosto em peças “teasers” criadas pela agência África para a AmBev, se consumou no início deste mês. A cerveja Brahma passa a utilizar um novo conceito de lata de bebidas no Brasil. Trata-se do Copaço, “mistura” da função básica da lata de alumínio com a utilidade de um copo. A nova embalagem, produzida pela Crown Embalagens, conta com um sistema de abertura total da tampa, o que lhe dá a possibilidade de consumo da bebida como se fosse aquele utensílio doméstico. No momento da abertura da lata pelo anel superior, todo o topo é removido do corpo da embalagem. As bordas remanescentes são lisas, sem rebarbas que possam ferir o consumidor ou atrapalhar o consumo. A lata criada pela Crown foi adotada pela primeira vez pela cervejaria sul-africana SABMiller, na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Na época, a fabricante da embalagem informou que combinou tecnologias de produção de latas para bebidas e para alimentos (ver EmbalagemMarca nº129, Maio de 2010). Segundo a AmBev, a adoção do Copaço é fruto de demanda do próprio consumidor. A cervejaria argumenta que em grupos de pesquisas mensais realizados com mais de 2 500 pessoas, a equipe de inovação da empresa detectou o desejo do público de consumir a cerveja “de forma diferenciada, com a experiência do copo, mas com a conveniência da lata”.

“O principal benefício do Copaço é levar a

Crown Embalagens (11) 4529-1000 www.crownembalagens.com.br

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experiência e o prazer de beber no copo para a lata”, diz Paula Lindenberg, diretora de marketing da Brahma. “No copo se vê a espuma, sente-se o cheiro, o gole é maior e mais gostoso; agora o consumidor vai ter essa experiência também na lata.” Para o envase da cerveja na nova embalagem, a unidade fabril da AmBev em Jacareí (SP) passou por uma adaptação na linha de produção de modo a garantir a integridade do líquido e da nova embalagem. As latas com abertura total têm capacidade de conteúdo de 350 mililitros. A embalagem mantém o mesmo visual da lata tradicional, trazendo apenas as instruções de abertura na parte superior.


bebidas

Caminho parecido Queensberry ingressa em smoothies com tática de geleias Parece que a

Kiviks Marknad, dona da marca Queensberry, aprovou o uso de potes sinuosos, decorados integralmente com rótulos termoencolhíveis impressos em cores vibrantes. Quase dois anos após ter adotado esse tipo de embalagem para uma linha de geleias premium (ver EmbalagemMarca nº 122, outubro de 2009), a empresa agora segue a mesma estratégia para o lançamento de smoothies – bebidas prontas à base de suco de frutas mistas, sem adição de açúcar, e de consistência grossa. Composta por quatro versões, as novas bebidas da Queensberry são

acondicionadas em frascos de vidro de 260 gramas, com formato ondulado projetado pelo departamento de design da própria empresa. Decoradas com rótulo termoencolhível, as embalagens são fechadas por tampas do tipo twistoff de aço. Segundo a empresa, para produzir cada bebida são necessárias 338 gramas de frutas, e cada sabor é obtido a partir da combinação de seis ou sete frutas, incluindo em sua receita sempre duas frutas com alto valor nutritivo, ricas em vitaminas, minerais e antioxidantes: acerola, cranberry, romã, mirtilo ou açaí.

Rótulo

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reportagem de capa

Força visível mesmo oculta Além de chamar a atenção, formatos exclusivos podem se tornar preciosos patrimônios de marca. Obtê-los não é tão difícil quanto muitos imaginam Pela equipe de embalagemmarca

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Se não de todAs,

certamente o leitor adivinhará a maioria das identidades das embalagens disfarçadamente reproduzidas nestas duas páginas (cujas feições reais são mostradas na página seguinte). A familiaridade com tais silhuetas é uma medida inequívoca de como o uso de invólucros com formatos exclusivos pode contribuir para o sucesso das marcas. Para não ir além de uns poucos clássicos que comprovam a relação entre shape único e êxito mercadológico, basta citar unanimidades globais como a garrafa de vidro contour

da Coca-Cola, o frasco de poliestireno do Yakult e o cartucho triangular de papel cartão do chocolate Toblerone. No Brasil, são referências recorrentes o frasco com desenho “de caixa d’água” do limpador multiuso Veja, a lata expandida do Leite Moça e a garrafa de vidro do guaraná Antarctica, dentre muitas outras. Frente a exemplos desse calibre, dificilmente alguém contestará a afirmação de que embalagens de formato peculiar, carismáticas, podem resultar em diferenciais competitivos. Além de atrair atenção no


ponto de venda e influenciar decisões de compra, quando caem no gosto do consumidor elas se transformam em verdadeiros patrimônios, equities de valor inestimável que geram recall e fortalecem imagens de marca. Não surpreende, portanto, que gurus do design e do marketing de bens de largo consumo convirjam cada vez mais para a opinião de que, sem embalagens de silhueta exclusiva, a rota do sucesso estará, se não impedida, atulhada de obstáculos com um aspecto

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em comum: as caras parecidas, apenas com maquiagem a diferenciá-las. “Considerando que temos muitos rótulos similares disputando espaço nas gôndolas, cabe ao formato da embalagem fazer o papel de destaque da marca na hora da decisão de compra”, comenta Manoel Müller, diretor da agência de comunicação Müller Camacho e da Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedesign). Um dos mais conceituados designers do mundo segue a mesma linha.

Segundo o anglo-egípcio Karim Rashid, embalagens com formas diferenciadas acabam por tornar-se um recurso pragmático ante o atual cenário de verbas reduzidas para publicidade e de emparelhamento em qualidade e apresentação de produtos. “Houve um tempo em que marcas podiam desenvolver identidades etéreas, toda uma mitologia sobre elas mesmas. Isso está cada vez mais difícil”, ele constata. “Hoje, uma embalagem icônica, de shape carismático, é capaz de criar uma marca por si só.”


Rashid ilustra seu discurso com o já consagrado case da Method. A empresa americana ganhou fama ao investir em produtos de limpeza acondicionados em frascos com desenhos inusitados para a categoria, que o designer classifica como “orgânicos”. “Os contornos foram alicerces para todo o branding”, pondera Rashid.

Em outros mercados, a importância do formato exclusivo é mais bem assimilada. O holandês Francis Michael Claessens, diretor da

agência especializada em marcas que leva seu nome e apontado como uma das pessoas mais influentes do planeta no negócio de bebidas, com serviços prestados para pelo menos oitenta das 100 principais grifes mundiais no segmento, lembra que praticamente todas elas têm embalagens exclusivas. “Embalagem de bebida, para ter sucesso, tem de ser tailor-made”, declarou a EmbalagemMarca. Perfumes são hors-concours, já que, em princípio, boa parcela de marcas nessa categoria de produtos se consagra, justamente, pelo recur-


so às embalagens exclusivas desde o princípio de sua trajetória no mercado. É um “luxo” viável para artigos de valor unitário de venda elevado ao consumidor final, permitindo arcar com alegados custos altos iniciais dos moldes das embalagens – com os quais fabricantes de produtos de consumo massivo, especialmente os pequenos e médios, alegam não poder arcar. É um tema sobre o qual fornecedores têm também contra-argumentos. “Entendemos que é um erro considerar o investimento em um jogo de moldes como um custo do produto e não como um investimento em marketing”, diz Paulo Dias, diretor comercial da fabricante de embalagens de vidro Verallia. No caso da fornecedora, além dos custos de moldes, os lotes mínimos de produção para embalagens exclusivas são negociados caso a caso. “É claro que quanto mais simples for a embalagem, menor o seu custo. Mas se formos nessa direção, caminharemos para uma embalagem standard”, ele analisa. Em outra vidraria, a Wheaton, especializada em embalagens para cosméticos e perfumes, a produção de um frasco exclusivo exige um lote mínimo que varia entre 100 000 a 120 000 unidades. “Geralmente os frascos cilíndricos são mais competitivos”, conta Marta de Oliveira Bagolin, gerente de marketing da fornecedora. “Mas isso não é uma garantia, pois tudo depende da especificidade de cada projeto.” No caso das embalagens plásticas rígidas, Renato Szpigel, diretor comer-

Perfumes: posicionamento que justifica “luxo” por formatos exclusivos

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Method: marca alicerçada em imagens icônicas

cial da Engratech, admite que o investimento em molde é o principal fator limitante para empresas conseguirem acesso a recipientes exclusivos. “Um molde para sopro pode custar de 4 000 reais a 12 000 reais. Já um molde de injeção custa, no mínimo, cinco vezes mais”, detalha. Szpigel esclarece que o desembolso varia de acordo com o número de cavidades do ferramental, e ressalta que outras variantes devem ser levadas em conta. “O custo do tempo de setup (configuração da máquina) é também um fator que desencoraja empresas pequenas a procurar um projeto de frasco proprietário”, diz. Entre projetos de embalagens da lavra da Engratech que fogem às convenções do mercado, Szpigel destaca os frascos do detergente Ecobril (Bombril), dos xampus Naturé (Natura) e do medicamento veterinário Treo Ace, da Pfizer (um dos vencedores do Prêmio EmbalagemMarca – Grandes Cases de Embalagem 2010).

Ainda sobre a seara dos recipientes plásticos, Ricardo David, diretor comercial de outra grande fabricante de embalagens plásticas rígidas, a Graham Packaging, faz uma reflexão. “Não compensa para uma empresa pequena procurar uma grande fornecedora, porque todo o tempo gasto na produção – tempo de troca acrescido do tempo

de produção real – será cobrado, e este é maior quanto maiores forem as máquinas”, recomenda. “Para uma convertedora menor, pedidos partindo de 15 000 unidades já são viáveis. Para as maiores, esse número dobra ou triplica.” David diz que a situação se complica bastante no processo de injeção, já que moldes mais complexos podem até mesmo sair mais caro do que o próprio equipamento de moldagem. “Porém,

Treo Ace: formato ousado para item veterinário


a injeção é mais influente na área de tampas. O que vemos é que, mesmo que haja muitas empresas proprietárias de frascos exclusivos, não são tantas as que possuem tampas privativas”, ilustra o executivo. À parte as questões de custo, há ainda aspectos intrínsecos aos processos de produção que acabam dificultando a obtenção de embalagens com contornos diferenciados. Coordenador de projetos da 3D Modeling, escritório especializado na criação de shapes, Ronaldo Santos aponta o PET como uma resina particularmente difícil para o desenvolvimento de embalagens com formatos ousados. “Formatos ovais são muito complicados de se obter com o PET”, diz o especialista. “Ocorre que o material tende a se estirar, assumindo uma espessura muito fina, tornando-se frágil e impróprio para uso”.

Shapes arredondados: dificuldade para o uso do PET

Vale lembrar, por outro lado, que o trabalho com recipientes de PET de shapes especiais não implica o uso de préformas (peças intermediárias) de formatos diferenciados. Isso é visto, entre outros casos, nos frascos da linha Fast da Nestlé: a pré-forma é uma só para os recipientes das bebidas Alpino, Nescau, Neston e Molico, feitas em formatos diferentes entre si na etapa de sopro. Com o vidro, é possível ocorrer aproveitamento similar. “Dependendo de uma avaliação técnica, um parison (outro tipo de peça intermediária) que já existe também pode ser utilizado para uma garrafa ou pote especial”, diz Paulo Dias, da Verallia. Na seara das embalagens de aço, oportunidades para o trabalho

Nestlé Fast: frascos de formatos distintos originados de uma mesma pré-forma


com formatos distintivos, que fujam das raias dos perfis cilíndricos ou hexaedrais (cubos e paralelepípedos), têm se ampliado graças à difusão das tecnologias de expansão de latas. “O mercado já oferece tecnologias que permitem o desenvolvimento de shapes arrojados e diferenciados através dessa solução”, comenta Fernando de Melo, gerentegeral comercial da metalúrgica Prada. Como casos de destaque nesse campo, Melo aponta as latas do Leite Moça e do achocolatado em pó Nescau 2.0, portadoras, respectivamente, de desenhos superficiais ondulados e de vórtice.

Pelo ângulo técnico, o desenvolvimento de latas de aço expandidas depende basicamente de dois componentes: um expansor, que é um equipamento adicional dedicado à formatação da lata, e folhas de aço especiais. Melo ressalta que a Prada e a CSN, controladora da metalgráfica e fabricante de folhas adequadas a esse fim, possuem uma área de desenvolvimento de novos projetos “para revolucionar os shapes de acordo com a marca dos clientes, permitindo assim grandes inovações”. Fábio Rohr, diretor-presidente da Rimet, também produtora de embalagens de aço, entende que o interesse por latas de aço diferenciadas tende a crescer. “No Brasil, a tecnologia para uso de novos formatos é relativamente nova”, ele analisa. “Quando falamos de Europa e Estados Unidos, já se trata de

Nescau 2.0: distinção por meio de lata com vórtices

algo em uso há algum tempo, inclusive já em fase de otimização dos custos em função dos altos volumes negociados e da grande penetração no mercado.” O diretor da Rimet aponta dois projetos pratas da casa como evidências de sucesso do emprego de latas com shape exclusivo. Um deles é o da lata que imita um latão para coleta de leite. Desenvolvida quatro anos atrás como uma edição limitada para o leite em pó Ninho, da Nestlé, a embalagem, apelidada de Bote Lechero, teve bom desem-

“Bote Lechero” do leite Ninho: êxito no mercado gerou reprises

“Tulipa” da Sapporo dá exemplo de lata de alumínio diferenciada

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penho e seu uso vem sendo desde então reprisado ano após ano. O outro case, mais recente, é de uma lata expandida criada para uma linha de pratos prontos do Grupo Marfrig. “Inicialmente, a embalagem seria destinada somente ao acondicionamento de feijoada”, relata Rohr. “Contudo, a aceitação foi tão boa que cinco novos produtos foram lançados utilizando o mesmo recipiente.” No campo vizinho das embalagens de alumínio, utilizadas maciçamente pelo mercado de bebidas de alto giro, a sensação é de que a flexibilidade ainda não chegou ao mesmo nível ao alcance das latas de aço. Renato Estevão, diretor comercial da Rexam, empresa que reivindica a liderança na produção de latinhas de alumínio na América do Sul, comenta que, nessa área, a diferenciação ainda se dá muito mais pelo trabalho com tamanhos diferentes para o tradicional shape cilíndrico – embora a empresa detenha, no exterior, tecnologia para a criação de recipientes com detalhes gravados em alto ou baixo relevo. “Temos duas opções para trabalhar as latas com shapes diferenciados”, enumera Estevão. “A primeira seria


importar de outras plantas, o que reduziria significativamente o volume que o cliente necessitaria adquirir. Contudo, o custo seria fortemente impactado em função do imposto de importação e do frete”. A segunda opção, explica o diretor da Rexam, seria o investimento em capacidade própria. “Porém, isso demandaria um projeto a quatro mãos, junto ao cliente, em que seria necessária uma garantia de ocupação mínima dessa linha. Ademais, o tempo de maturação do projeto seria mais longo.” No exterior, não é de hoje que se vêem exemplos de latinhas de alumínio com formato diferenciado. Um deles é o da cerveja japonesa Sapporo, cujo recipiente lembra a forma de um copo do tipo tulipa. Além disso, com certa liberdade analítica, é possível enxergar as garrafas de alumínio, que fazem cada vez mais sucesso em outros países, como abordagens arrojadas para as latas em termos de formato. A própria

Rexam tem em seu portfólio solução desse gênero (ver EmbalagemMarca nº 101, janeiro de 2008). Muito embora a Müller Camacho tenha entre seus trabalhos mais célebres em shapes singulares cases como o da garrafa de PET em formato de gota da água mineral Crystal Vip (Coca-Cola) e o de um galão empilhável para produtos de marca própria do Walmart, Manoel Müller considera importante sublinhar que design de forma não se aplica só a embalagens plásticas ou de vidro. “Matérias-primas como papel cartão ou papelão são excelentes para desenvolver novos formatos a baixo custo”, argumenta o profissional. Para Sidney Anversa Victor, diretor da gráfica Congraf, existe “enorme liberdade” para o desen-

Embalagens de papel cartão produzidas pela Congraf com formatos diferenciados


volvimento de embalagens de papel cartão dotadas de desenhos especiais. “Exemplos são as caixas com formatos rebuscados que têm surgido em mercados como os de doces, chocolates e panetones, para ficar apenas em poucos exemplos”, aponta o dirigente.

Do balcão de outra empresa especializada em embalagens cartonadas, a Brasilgrafica, o gerente de marketing Célio Coelho de Magalhães concorda com a observação de Anversa, mas encaixa que os clientes não devem se esquecer que formatos diferentes acarretam desembolso maior. “Formatos que não sejam retangulares resultam em aproveitamento reduzido das folhas e em menor número de cartuchos impressos por vez”, detalha. “Além disso, a linha de montagem de uma embalagem com formato diferenciado é mais difícil, porque em geral as máquinas são dedicadas a montar embalagens com dimensões

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Software de modelagem auxilia O Boticário na criação de novos shapes para cosméticos

pré-programadas”. Resultado: muitas vezes, quando a encomenda é pequena, a montagem de caixas com formatos muito distintos acaba sendo feita manualmente. Afora as questões de custo e os empecilhos de processo, outros aspectos não podem passar em brancas nuvens na discussão sobre shapes exclusivos. Uma crítica frequentemente lançada, muitas vezes de forma velada, é sobre a suposta falta de capacitação dos designers nacionais para o design estrutural, de formato. Mais que frear criações de embalagens exclusivas já no início, nos processos criativos, efeitos desse panorama seriam retrabalhos constantes nos convertedores e a necessidade do auxílio extra de empresas especializadas em engenharia para a viabilização de projetos. Ronaldo Santos, da 3D Modeling, não concorda com essa noção – embora admita que designers nacionais, de fato, não costumam dominar minúcias fabris. “O que entendemos é que, uma vez que o designer começa a ter conhecimento das limitações inerentes aos processos de produção de embalagens, seu trabalho tende a ficar cerceado”, afirma. Por outro lado, convém lembrar que, ao projetar um formato exclusivo, o designer não pode esquecer que, resguardada sua criatividade, a embalagem precisa atender a requisitos de produção industrial, isto é, ser exequível tanto na sua fabricação quanto no enchimento em linha pela indústria usuária. Na visão de algumas empresas atuantes no mercado fornecedor, esse problema tem diminuído devido à crescente qualificação dos designers e pela popularização de ferramentas como os softwares de modelagem. Fernando Muniz, diretor da DIL Brands, agência que sempre foi reconhecida como especializada em shape design (foi a responsável, por exemplo, pela criação do frasco do limpador Veja, da Reckitt Benckiser), entende que o cenário melhorou a ponto de hoje ser difícil brandir a capacitação em formas como vantagem. “Isso talvez fosse um diferencial funcional nos anos 80, quando para fazer bom design indus-

trial era preciso comprar workstations Silicon Graphics e software de 50 000 dólares”, encaixa o profissional. “Essa barreira não existe mais.” Uma das opções de programa capaz de auxiliar o desenvolvimento de formatos diferenciados de embalagem é o SolidEdge, da Siemens PLM. O diretor de desenvolvimento de negócios da empresa, Paulo Oliveira, informa que a solução – que “permite total integração entre os departamentos de desenvolvimento de produtos com os responsáveis pelo projeto do ferramental” – vem tendo boa acolhida no mercado brasileiro. Entre os usuários do programa está O Boticário. “As ferramentas disponibilizadas permitem virtualmente a criação de qualquer formato”, diz Rogério Oliveira, coordenador de desenvolvimento de embalagens do gigante em cosméticos. “Utilizamos o software na concepção de design dos produtos e de suas peças e subcomponentes. Além disso, como trabalhamos com fornecedores diferentes, recebendo vários tipos de arquivos, o SolidEdge também é utilizado para conversão e análise de desenhos 2D e 3D”, detalha.

Pode soar a algo fora da realidade das pequenas e médias empresas (PMEs), que, segundo as diversas fontes ouvidas pela reportagem, ainda investem pouco em embalagens proprietárias. “É muito raro vermos essas empresas lançarem um produto novo com uma embalagem exclusiva”, relata Ronaldo Santos, da 3D Modeling. “Isso pode ser um erro fatal na concorrência com empresas maiores, principalmente no que diz respeito à tão almejada classe C.” O que é necessário, conforme reitera Santos, é encarar formatos exclusivos como um aporte de marketing, e não como despesa de processo. Um incentivo para a mudança de mentalidade vem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O órgão começou recentemente a oferecer para pequenas e médias empresas o uso do Cartão BNDES para projetos exclusivos de novos formatos de embalagens. Nessa modalidade, PMEs podem pagar os


juros mais baixos do mercado financiados em até 48 meses. “Isso permite concentração do capital de giro no lançamento comercial do produto, fazendo o próprio resultado das vendas pagar os investimentos no design de estrutura da embalagem”, diz Manoel Müller. “Já temos clientes utilizando o recurso com muito sucesso, e os primeiros resultados desse incentivo poderão ser vistos nas gôndolas de supermercado já no final deste ano.” Superado o desafio da obtenção de lastro financeiro, como proceder e o que não perder de vista? Tadeu Matsumoto, diretor da M Design, adverte que as empresas devem se planejar. “Como são projetos que envolvem diversos detalhes e limitações técnicas, sejam dos usuários das embalagens ou de seus diferentes fornecedores, tudo precisa estar alinhado desde o início do desenvolvimento”, recomenda o profissional. “Com isso, é possível prevenir retrabalhos – e seus respectivos prejuízos.”

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Saiba o que é possível fazer para que embalagens mais suscetíveis a formatos padronizados, como flexíveis e cartonadas assépticas, diferenciem-se em termos de shape emb.bz/145shape

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Siemens PLM (11) 4224-7155 www.plm.automation.siemens.com Verallia (11) 2246-7214 www.sgembalagens.com.br Wheaton (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br


evento

Mais um passo rumo à grande festa do setor Concluída a fase inicial do julgamento das inscrições, acentuam-se os preparativos para a cerimônia de entrega dos troféus A comissão julgadora do Prêmio EmbalagemMarca – Grandes Cases de Embalagem, ampliada este ano de cinco para sete componentes (ver quadro), concluiu dia 31 de agosto último a primeira etapa do julgamento das peças concorrentes na quinta edição da iniciativa. Até o encerramento dos trabalhos desta edição de EmbalagemMarca, os resultados da votação não tinham sido tabulados, mas os jurados manifestaram informalmente a opinião consensual de que o nível dos cases inscritos, de modo geral, é de excelente qualidade. Também de maneira informal, membros do júri participantes desta e de edições anteriores do Prêmio observaram que, não obstante tenham notado melhora na qualidade da parte descritiva das inscrições, ainda ocorre certo desnível entre a excelência das amostras das embalagens e, às vezes, a precariedade, quando não a ausência, de dados fundamentais, em prejuízo dos resultados finais. Também como em edições passadas, desta vez ocorreram casos em que uma mesma embalagem foi inscrita por três empresas diferentes (a usuária, a agência de design e o convertedor). Além de pagarem desnecessariamente três taxas, quando poderiam ter rateado entre si o valor de uma única, essa prática desperdiçou a oportunidade de representantes de diferentes elos da

cadeia produtiva interagirem e trocarem opiniões que poderiam resultar em descrições mais precisas e bem elaboradas. Por isso, mais uma vez os organizadores do concurso, a Bloco de Comunicação e a Embala Idéias, fazem uma recomen-

dação com vistas a contribuir para um dos objetivos maiores da premiação, que é o incentivo à interação dos agentes e, consequentemente, ao fortalecimento da cadeia de valor da embalagem. A sugestão é de que os interessados em

Na opinião consensual dos jurados do Prêmio EmbalagemMarca, o nível dos cases inscritos, de modo geral, é de excelente qualidade

Patrocínio Platina

Patrocínio Prata

Patrocínio Ouro

Promoção

Apoio Educacional

Organização

EmbalagemMarca

Fique atento! As vagas para a cerimônia de premiação são limitadas. Se você está concorrendo ao Prêmio, faça já a sua reserva! Informações: www.grandescases.com.br ou (11) 5181-6533 58 | Setembro 2011


concorrer futuramente procurem trocar ideias entre si antes de encaminhar as inscrições de cases. Vale lembrar que embora a escolha dos cases vencedores pelos jurados busque homenagear primordialmente as empresas usuárias de embalagem, todos os participantes do projeto são valorizados na premiação, recebendo troféus, desde que sejam citados nas fichas.

A propósito, a produção industrial do troféu, criado pelo renomado designer Karim Rashid com o foco de que deveria reproduzir o processo de fabricação de uma embalagem, estava programada para o início deste mês de setembro. Como já foi adiantado, a peça, com o mesmo formato da que foi lançada na quarta edição do Prêmio, no ano passado, terá apenas a cor alterada, constituindo-se numa das surpresas que deverão ser feitas na festa de premiação, dia 18 de outubro próximo. Outra será o estojo que abrigará esse cada vez mais cobiçado troféu, um trabalho

mais uma vez desenvolvido em parceria com a Antilhas. Os organizadores do Prêmio EmbalagemMarca dedicam-se agora com esforço redobrado à organização da festa de 18 de outubro, com a preocupação

de fazê-la cada vez mais objetiva, sem perder – ao contrário, ganhando sempre mais – charme e oportunidade de ampliação de conhecimento, além de bons relacionamentos profissionais e descontração.

Quem escolheu os vencedores São os seguintes os membros da Comissão Julgadora da edição de 2011 do Prêmio EmbalagemMarca – Grandes Cases de Embalagem: Antônio Carlos Yazbek, jornalista e publicitário, diretor do Portal Giro News e da revista Giro News, veículos focados em varejo. Criou a metodologia de pesquisa Cash & Carry – Shopper & Behavior. É especializado no tema comportamento do consumidor. Alexander Lipszyc, arquiteto pela Universidade Mackenzie, pós-graduado em Visual Design pelo Politécnico de Milão, Itália, é diretor da Panamericana Escola de Arte e Design. Auresnede Pires Stephan (prof. Eddy), consultor em design e professor de design das faculdades ESPM, FAAP, Santa Marcelina e IED (Instituto Europeo di Design).

Edson Fermann, engenheiro industrial, formado na FEI, com diversos cursos de especialização no Brasil e no exterior. É sócio consultor em Gestão Estratégica da Inovação da empresa Indexare. Joice Joppert Leal, diretora executiva da Associação Objeto Brasil, é curadora de design e representante brasileira do prêmio internacional de design IDEA Awards. Myrna de Arruda Nascimento, coordenadora do Curso de Design Industrial do Senac São Paulo. Nancy Andriolli, professora do Curso Técnico da área de Pré-Impressão e professora no curso de Pós-Graduação do Senai São Paulo em Impressão Digital.


Lácteos

Agora em leites e iogurtes

Aplicadas nas caixinhas dos leites da Nestlé, novas tampinhas de bioplástico são identificadas por imagem de folha gravada no topo

Nestlé e Danone passam a utilizar polietileno de origem vegetal em embalagens de produtos lácteos O mês de agosto registrou dois importantes marcos para o polietileno “verde” da Braskem. Potências do mercado nacional de alimentos, a Nestlé e a Danone lançaram embalagens dotadas desse bioplástico, produzido pela companhia petroquímica brasileira a partir do etanol da cana-de-açúcar. No caso da Nestlé, o material começou a ser utilizado nas tampas de rosca agregadas às caixinhas longa vida de 1 litro dos leites ultrapasteurizados (UHT) Ninho, Ninho Levinho, Ninho Baixa Lactose e Molico. Segundo a Tetra Pak, que produz as embalagens, não há diferenças físicas ou de desempenho em relação à versão convencional da mesma tampa, baseada em polietileno de origem fóssil. A identificação do novo fechamento “verde” só é possível graças à imagem de uma folha, gravada em alto relevo no seu topo (ver foto). A Danone, por sua vez, começou a utilizar o polietileno de cana na moldagem dos frascos de 150 gramas dos

iogurtes líquidos de sua linha Activia. Os recipientes, compostos em mais de 90% pelo material (o restante é de aditivos de processo), trazem no rótulo a marca “I’m green” (“Sou verde”), criada pela Braskem para identificar seus biopolímeros.

Para setembro, está prevista outra novidade: garrafinhas do Danoninho Leite Fermentado também fabricadas a partir de polietileno “verde”. As adoções das novas embalagens integram uma série de iniciativas sustentáveis lançadas pela multinacional francesa em 2008. O objetivo é reduzir em 30% as emissões de CO2 em suas operações mundiais até 2012. “Estamos comprometidos em tornar nosso negócio cada vez mais ambientalmente sustentável e isso reflete diretamente nas práticas de desenvolvimento de novas embalagens”, diz o presidente da Danone brasileira, Mariano Lozano. Fabricado desde setembro de 2010

A safra até agora Outras embalagens já produzidas com base no polietileno “verde” da Braskem

Empresa usuária

Mercado-alvo

60 | Setembro 2011

Tipo de Embalagem

Data de lançamento

Sabonete líquido Erva Doce Natura Brasil Frascos (refis) Outubro 2010

Iogurte Actimel Danone França Garrafinhas Março 2011


Por meio da marca “I’m green”, da Braskem, rótulos informam que novos frascos de Activia se baseiam em material renovável

numa unidade da Braskem localizada em Triunfo (RS), o polietileno “verde” já desencadeou projetos de embalagem não só no Brasil, mas também na Europa e nos Estados Unidos (ver quadro). A própria Danone já havia criado um frasco do material para a comercialização, no mercado europeu, dos iogurtes líquidos Actimel. Até o fim do ano, a Johnson & Johnson brasileira deverá ingressar no time, utilizando o bioplástico de cana nos frascos da linha Sundown de protetores solares.

Sucos Odwalla Coca-Cola Estados Unidos Garrafas Abril 2011

Xampus Pantene Procter & Gamble Europa Frascos Julho 2011

Braskem (11) 3576-9999 www.braskem.com.br Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br


Internacional

Adereços alcoólicos Graças a válvula especial, embalagem da Bols transforma licores em espumas para ornar drinques e sobremesas Uma parceria inusitada entre uma indús-

Válvula dispensadora adaptada do mercado de cosméticos possibilitou a criação do Bols Foam, licor em forma de espuma

tria de bebidas e um fabricante de soluções em embalagens para artigos de cuidados pessoais resultou na criação da primeira espuma alcoólica de que se tem notícia no mercado mundial. Trata-se do Bols Foam, que ao sair da garrafa se transforma numa espuma utilizável na finalização de drinques, cafés e sobremesas. O produto surgiu de um acordo entre a holandesa Lucas Bols, uma das maiores fabricantes mundiais de licores, e a britânica Rexam Personal Care (Rexam PLC), produtora de válvulas que transformam líquido num ingrediente cujo estado não é líquido, nem sólido, nem gasoso, nem pastoso, mas de uso muito prático. Disponível por enquanto somente no mercado europeu, o Bols Foam produz a espuma instantânea assim que uma bomba é acionada. A miniválvula aplicada na garrafa, de nomenclatura M3, foi desenvolvida pela Rexam PLC para cosméticos que precisam ser dispensados na forma de espuma, como produtos para limpeza facial e removedores de maquiagem. A tecnologia foi adaptada para surtir o mesmo efeito em licores.

Basicamente, o funcionamento do dispositi-

Válvula

Rexam PLC (11) 2152-9800 www.rexam.com Design

Van Heertum Design +31 (1) 3542-7610 www.heertum.nl

62 | Setembro 2011

vo dispensador consiste em misturar a bebida com ar, gerando o creme aerado, que permanece estável durante quinze minutos. Segundo a Bols, cada garrafa de 200 mililitros de licor rende até dois litros de espuma. Seis versões da novidade estão disponíveis: Blue, Creme de Cassis e Banana, para drinques, e Amaretto, Cacau Branco e Hortelã, para sobremesas. A agência holandesa Van Heertum Design criou a marca, as embalagens e os rótulos. Huub van Doorne, CEO da Lucas Bols, afirma que a nova abordagem em embalagem é inovadora, “pois permite novas apresentações de drinques, cria novas sensações para os consumidores e aumenta o potencial criativo dos licores”. Até agora, para se conseguir espuma consistente na finalização de drinques – frios ou quentes, como cafés – era necessária a utilização de uma bomba dosificadora, como a utilizada em cremes como chantili, ou então de ingredientes como clara de ovos. Casper Kleiman, gerente de produto da Rexam PLC, exalta o fato de a parceria com o cliente ter atingido uma nova fronteira. “O resultado foi uma nova categoria de produto”, define o executivo.


Mantenha-se atualizado. Acesse www.ciclodeconhecimento.com.br | @CicloEM

Embalagens dePapel Cartão Fórum

Como utiliz tipos de em ar o poder de atraçã o balagens d e papel car de estojos, caixas, bli ste tão para for talecer as m rs, carriers e outros arcas e ven “Chamadas de der mais secundárias, a s embalagens de papel cartã o são as prime iras a ser vistas”

Conteúdo:

Na cadeia de valor de embalagem, geralmente se emprega uma expressão limitante para definir as embalagens que acondicionam os recipientes dos produtos de consumo, isto é, as embalagens externas. Ao definir-se como “embalagens primárias” potes, garrafas e frascos, entre outras variedades acondicionadas em caixas e estojos de papel cartão, estes caem automaticamente na categoria das “secundárias”. Mas não é assim que o consumidor enxerga as embalagens de papel cartão.

Público:

e ionais d s s i f o de r ers, p imento v l o v n Design stria e s da indú ing, de s t a e r k p r a m m s dessa ns e co e t e n g a a r l a g inte emb outros e a i r á u us r. de valo cadeia

Para o potencial comprador que está no ponto de venda, a embalagem de papel cartão é, na maioria dos produtos expostos, a primeira coisa que ele vê. A inigualável propriedade do material permite aceitar infinitas possibilidades de formatos, impressão e acabamentos requintados. O visual das embalagens de papel cartão representa a mais eficaz ferramenta para atrair a atenção do consumidor e influir em sua decisão de compra.

Data:

e 2011 22 Novembro d

LI VA M G IT A AD S AS

!

Local:

o Britânico Centro Brasileir Araújo, 741 Rua Ferreira de São Paulo, SP

O Fórum de Embalagens de Papel Cartão vai mostrar como utilizar esses recursos e também a extrema versatilidade de uso do material, que se adapta a praticamente todo tipo de produto. O papel cartão está presente em embalagens de alimentos (naturais, congelados e para aquecer). Em perfumes. Em brinquedos. Em materiais de limpeza. Em roupas. Ele está em praticamente todas.

Patrocínio Ouro:

A ASSOCIADA A QUER TER A SUA MARC EM CONTATO: TRE EN ? TO EN ESTE EV .com.br ciclo@embalagemmarca ou (11) 5181-6533


Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA

Cosméticos

Por enquanto, para a mamãe. Depois, também para o bebê

A União Química ingressa no mercado de dermocosméticos. O primeiro produto da nova divisão da empresa é o hidratante para gestantes MamyDrat, feito à base de óleo de amêndoas, macadâmia e calêndula. Segundo a diretora de marketing da União Química, Andrea Marques Pinto, mais dois produtos serão lançados em outubro e novembro: para o bebê, contra assaduras, e para a mãe, para evitar o ressecamento do bico do seio. O MamyDrat é acondicionado em bisnaga plástica, protegida por um cartucho de papel cartão cujo design remete à silhueta de uma mulher grávida, produzido na gráfica da União Química. Segundo Andrea, o MamyDrat terá preço 20% mais baixo que o de produtos similares de outras marcas.

Design

Tiee Propaganda (11) 3596-7631 www.tiee.com.br Bisnagas

Impacta (11) 4447-7300 www.impacta-brazil.com.br

64 | Setembro 2011

Edição: flavio palhares flavio@embalagemmarca.com.br



Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA

1

3

Tampa

CSI Closures (11) 4134-2593 www.csiclosures.com Rótulo BOPP

Felinto Embalagens (83) 3315-1515 www.felinto.com.br

Bisnagas

C-Pack (11) 5547-1299 www.c-pack.com.br

cosméticos

Cervejas

protetores em tubos 1

duas no latão 2

Nova marca de produtos de beleza e cuidados com a pele, a Lielos Cosméticos nasce com uma linha composta por sete produtos (protetores solares, bloqueadores solares faciais, hidratante para as mãos com bloqueador solar e bloqueador solar facial cor de base clara e média), todos acondicionados em bisnagas.

O Grupo Petrópolis leva duas cervejas da linha Weltenburger Kloster para latas de 473 mililitros: a Barock Dunkele, escura, e a Anno 1050, clara. Assim como as outras latas da cervejaria, as da Weltenburger têm o selo de proteção de alumínio na parte superior. Produzida no Brasil desde 2010, a Weltenburger era vendida apenas em garrafas de vidro de 500 mililitros.

Refrigerantes

Antes . . .

Guaraná de caju 3

Piscinas

novos formatos

Balde

Bomix (11) 4523-0100 www.bomix.com.br

As embalagens da HidroAll do Brasil, fabricante de produtos clorados orgânicos para limpeza de piscinas, passaram por um processo de redesign realizado pela própria empresa. Os baldes de 10 quilos passam a ser retangulares cônicos, únicos do segmento com este formato, que permite ganho de 20% no armazenamento. O rótulo em heat transfer tem qualidade fotográfica. Os frascos de 1 litro também mudaram, e agora têm formato ergonômico, com rótulo metalizado, exclusivo no segmento.

Frasco

FirstPack (11) 5521-7366 www.oroplast.com.br Rótulo frasco

2

J. Andrade’s (19) 3253-2988 www.jandrades.com.br Rótulo

Technopack (51) 2139-9000 www.technopack.com.br

. . . e depois

Lata

Latapack-Ball (12) 2127-4700 www.latapack.com.br

66 | Setembro 2011

A Coca-Cola Norsa leva uma novidade para os consumidores da região do Cariri, no sul do Ceará. A Crush Cajuína é um refrigerante à base de caju e guaraná. A bebida é comercializada em garrafas de PET de 600 mililitros e de 2 litros. O sabor foi escolhido depois de pesquisas realizadas com o público local.


7

4 Rolha

Corticeira Paulista (11) 4584-2020 www.corticeirapaulista.com.br Rótulo

Flexul (47) 3274-6600 www.flexul.com.br Foil

Intercap (Itália) (54) 3464-7084 (no Brasil) www.intercap.it Design

Garrafa

Narita Design (11) 4052-3700 www.naritadesign.com.br

Owens-Illinois (11) 2542-8071 www.oidobrasil.com.br

limpeza doméstica

Ceras

Sidras

Espumantes

ação rápida

Ingleza em refil 5

Cereser 85 anos 6

Cresce a família 6

A cera Ingleza Maxx ganha uma nova opção de embalagem: refil tipo stand-up pouch de 500 gramas, nas versões incolor e vermelha. De acordo com a empresa, a opção pela embalagem se deu por ela ser “econômica e ecológica”. O design foi feito internamente.

Para comemorar os 85 anos da empresa, a Cereser lança uma embalagem especial da sua Sidra. A versão comemorativa, decorada com um rótulo termoencolhível, foi produzida em série limitada, com 20 mil unidades.

A Famiglia Zanlorenzi Grupo Vinícola investe no segmento de espumantes com o lançamento do Baccio – versões moscatel e brut. O espumante é produzido em São Marcos (RS) pela Vinícola Serra Gaúcha, braço da vinícola dedicado a produtos finos e premium. A garrafa é decorada com rótulo autoadesivo.

4

A marca de limpadores Veja, da Reckitt Benckiser, lança Veja Panos Umedecidos, produto que traz o conceito de limpeza rápida, em duas fragrâncias: Citrus e Frescor Campestre. Cada embalagem contém vinte pequenos panos umedecidos. O produto é importado do Reino Unido já acondicionado.

6 5

stand-up pouches

Teruel (19) 3344-0311 www.teruel.com.br Unipac (11) 5631-7882 www.unipacnet.com.br

Rótulo

CCL Label (19) 3876-9300 www.ccllabel.com.br Design

DZ Design (19) 3256-4440 www.dzdesign.com.br Garrafa

Owens-Illinois (11) 2542-8071 www.oidobrasil.com.br



Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA

1

Flow packs

Converplast (11) 2462-1177 www.converplast.com.br

Flow packs

Lamipack (49) 3561-1600 www.lamipack.com.br

Design

Indesign (11) 3284-0570 www.indesign.com.br

Chocolates

Tradição belga 1 A Puratos passa a produzir no Brasil a marca belga Chocolanté, nas versões Ao Leite, MeioAmargo e Branco. As embalagens do produto estampam imagens de sementes, do plantio e do transporte do cacau. O padrão de cores em branco e marrom faz parte da identidade internacional da marca. O chocolate é oferecido em barras de 2,3 quilos ou em filetes (pacote de 2,1 quilos).

Águas

Mais leve e com braile

2

A água mineral Puríssima, de Mato Grosso, adota novo padrão de embalagens. As novas garrafas de PET são produzidas com 15% menos resina que a versão anterior. As cinco novas garrafas – com e sem gás, sport, verão e mulher (rosa) – têm inscrições em braile (ver detalhe), para facilitar a identificação por deficientes visuais.

2

Tampas

Design

Tampas

Pré-formas

America Tampas (11) 2504-7000 www.americatampas.com.br CSI Closures (11) 4134-2593 www.csiclosures.com

Ideias.com (65) 3028-3777 www.agenciaideias.com Preformax (65) 3611-6900 www.preformax.com.br

Rótulos

Guará (48) 3478 0366 www.guara.ind.br

Setembro 2011 |

69


Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA

3

1

Design

Aya Nakai (11) 9546-2562 Rótulos

Le Print (11) 3208-9586 www.leprint.ind.br Potes

Nadir Figueiredo (11) 2967-8800 www.nadir.com.br

Geleias

Maracujá orgânico Chegam ao mercado as geleias de Maracujá Passion Fruit. O produto, orgânico, não tem aditivos químicos, conservantes, corantes ou aromatizantes artificiais. As geleias de Maracujá Premium, Maracujá com Menta, Maracujá com Canela e o Chutney de Maracujá são acondicionadas em potes de vidro standard, decorados com rótulos autoadesivos, que também adornam as tampas de aço.

Design

Flowpacks

Benten Comunicações (11) 6280-5000

Antes . . . ANTES X DEPOIS

marketing responsável

Design

DiMaquina www.dimaquina.com Embalagens

Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br

A Coca-Cola reformulou as embalagens de Del Valle Kapo para reforçar a política de marketing responsável da marca. A iniciativa da empresa é baseada em não direcionar publicidade e ações que promovam os produtos para menores de 12 anos. A companhia substituiu os personagens que estampavam as bebidas por uma imagem que sugere a ideia de aventura em família.

. . . e depois

Converplast (11) 2462-1177 www.converplast.com.br

Bebidas

Alimentos

Coco por dentro e por fora

Lámen picante

2

A Kero Coco criou uma forma de reforçar a ideia de que seu produto é água de coco in natura. A marca da PepsiCo lança uma edição limitada da embalagem “Celebre a Natureza”, de 330 mililitros, que imita um coco verde.

2

Design

Núcleo 3 Comunicação (11) 2306-2831 www.nucleo3com.com.br Embalagem

Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br

70 | Setembro 2011

3

A Panco lança a linha de macarrão instantâneo Hot Lámen, composta por quatro sabores e diferentes graus de picância: Galinha à Moda Baiana, Calabresa, Mexicano e Quatro Queijos com Gengibre e Curry. As embalagens foram desenvolvidas pelo departamento de criação da empresa e trazem em destaque a palavra “HOT”, com o T no formato de uma pimenta estilizada.


4

Design

Rótulos

MWitêr Comunicação (18) 3908-2268 www.mwiter.com.br

Pro Embalagens (11) 2411-1591

Vinagres

Jarrinha moderna

Energéticos 4

O vinagre Saboroso, vendido em uma jarrinha cor de rosa desde o início da década de 70, teve as embalagens renovadas. A jarrinha mantém seu shape, mas os rótulos ganharam uma linguagem moderna em um visual mais limpo. Para se aproximar de novos consumidores, os rótulos contam uma pequena história familiar e têm a foto de uma pessoa.

Rock sem açucar

5

Chega ao mercado mais um energético, o Rock’n Roll Energy Drink, produzido pela empresa homônima. O produto, sem açúcar, é comercializado em garrafas de PET de 260 mililitros decoradas com rótulos termoencolhíveis impressos em offset com acabamento em verniz brilho.

Rótulo

Baumgarten (47) 3321-6666 www.baumgarten.com.br


Display O QUE HÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA

1

3

Rótulo

Gráfica São Roque (54) 3451-3984 Garrafa

Verallia (11) 2246-7402 www.verallia.com.br

Sachês e figurinhas

Converplast (11) 2462-1177 www.converplast.com.br

Design

Vogt (51) 3331-7812 www.vogt.com.br

Vinhos

Leites

Estreia de rótulo 1

entrada em longa vida 2

A Pizzato Vinhas e Vinhos, de Bento Gonçalves (RS), coloca no mercado a safra 2011 do vinho Fausto Rosé Merlot, que marca a estreia do novo rótulo, agora auto-adesivo, da família Fausto.

A Embaré ingressa no mercado de leite longa vida com a marca Camponesa, nas versões integral, semidesnatado e desnatado. Os produtos são envasados em embalagens cartonadas assépticas de 1 litro com tampa de rosca.

Design

Quatro Três Três Comunicação (41) 3016-0433 www.433comunicacao.com.br

refrescos

Antes . . .

tudo azul Cama, mesa e banho

cartuchos para capas A Alergoshop, marca de produtos para pessoas alérgicas, reformulou a embalagem de suas capas protetoras antiácaro para colchões e travesseiros. Antes o produto era vendido em embalagens flexíveis de polietileno. Agora as capas são comercializadas em cartuchos flip-top de papel cartão.

2 Design

Matriz Desenho (11) 5083-2022 www.matrizdesenho.com.br Cartuchos

Maxxi Paper (11) 2084-1665 www.maxxipaper.com.br

. . . e depois Design

Coral Design (31) 3227-2006 www.coraldesign.com.br

72 | Setembro 2011

Embalagens

Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br

3

As embalagens do refresco em pó Nutrinho, da Nutrimental, estampam os personagens do longa de animação Os Smurfs. A empresa também lança o refresco no sabor tutti-frutti, que é azul, mesma cor dos personagens. As embalagens trazem figurinhas adesivas dos Smurfs em sessenta modelos diferentes.



Almanaque doze latinhas em 75 anos Em 1936, sessenta anos após sua criação e três anos depois da revogação da Lei Seca nos Estados Unidos, a cerveja americana Budweiser ganhou sua primeira versão em lata. Desde então, a embalagem metálica

da bebida – no início feita de aço, e a partir da década de 60 de alumínio – teve doze personificações. A mais nova delas (à direita, na foto abaixo) foi apresentada em agosto deste ano.

Das telas para os rótulos Foi só na década de 70 que a empresa curitibana criada em 1928 como Imperatriz das Frutas adotou a identidade de Importadora La Violetera. O nome é uma homenagem ao filme espanhol La Violetera, de 1958, cujo enredo conta a história de uma jovem que canta na porta de um teatro em Madri para vender violetas. A figura da moça que aparece nas embalagens dos azeites e demais produtos da marca foi inspirada na protagonista da película, interpretada pela atriz e cantora Sarita Montiel. emb.bz/145sarita

proteção à Mona Lisa Acolchoamentos de Styropor, polie stireno expansível desenvolvido pela Basf em 1951, ajudaram a proteger a Mona Lisa, obra-prima de Leonardo da Vinci, na primeira vez em que a pintura foi exibida fora do Museu do Louvre. Em 1962, o quadro foi empresta do aos Estados Unidos e exibido em Nova York e Washing ton. Na época, o seguro de La Gioconda foi feito por 100 milhões de dólares, o que mereceu menção no Guinness , o livro dos recordes, como o objeto mais valioso exis tente no mundo.

Sinônimo de lava-louças Lançado pela Orniex em 1955, o ODD fez tanto sucesso que acabou até se tornando sinônimo de detergente para louças no Brasil. A marca sumiu do mercado em 1996, quando foi comprada pela Bombril. Hoje, pertence à Procter & Gamble, que a utiliza num sabão em pó vendido somente na Região Nordeste.

QUIZ ais Um dos produtos nacion que mais focaram a gens publicidade nas embala foi a Geléia de Mocotó ada Inbasa, sucesso na déc e das de 80. Relembre o mot campanhas em

emb.bz/145quiz

74 | Setembro 2011

cartaz do filme La Violetera, estrelado por Sarita Montiel, e a espanhola que aparece nas embalagens da importadora la violetera, inspirada na atriz




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